Degradação e Protecção de Materiais - Técnico Lisboa · João Salvador – IST 2008 2...

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Degradação e Protecção de Materiais Capítulo 1.4 Velocidades de Corrosão Docente: João Salvador Fernandes Lab. de Tecnologia Electroquímica Pavilhão de Minas, 2º Andar Ext. 1964

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Degradação e Protecção de Materiais

Capítulo 1.4Velocidades de Corrosão

Docente: João Salvador FernandesLab. de Tecnologia Electroquímica

Pavilhão de Minas, 2º AndarExt. 1964

2João Salvador – IST 2008

Determinação de Velocidades de Corrosão

Velocidades de Corrosão

Perda de massa ∆m ⇒ mdd (mg.dm-2.dia-1)

Diminuição da espessura do material ∆e ⇒ mm/ano

Tem-se:

densidadetAm

te ∆∆=

∆∆ .

3João Salvador – IST 2008

Determinação de Velocidades de Corrosão

Ensaios de Exposição Natural

Ensaios Acelerados

Ensaios Electroquímicos

4João Salvador – IST 2008

Determinação de Velocidades de Corrosão

Morosos

Fornecem valores médios

Inconclusivos se houverformação de produtos sólidos

Ensaios de Exposição Natural

5João Salvador – IST 2008

Determinação de Velocidades de Corrosão

Ensaios AceleradosMaior rapidez

Modificação dos mecanismos

6João Salvador – IST 2008

Determinação de Velocidades de Corrosão

Ensaios Electroquímicos

Equação de Faraday

Medidas rápidas

Dificuldades em reproduzir condições

7João Salvador – IST 2008

Determinação de Velocidades de Corrosão

Ensaios ElectroquímicosEquação de Faraday

Icorr <> A (Ampere) ≡ C.s-1

F (cte de Faraday) = 96500 C mole-1

(carga de uma mole de electrões)nFtMIm corr

∆=∆

nFtAMim corr

∆=∆

..nF

AMitm corr

.=∆

Velocidade de Corrosão

nFMiAt

mr corr=∆∆= .

Taxa de penetração

mdd <> mg dia-1 dm-2

ρρ Atmrr ∆

∆==' mm ano-1

8João Salvador – IST 2008

Técnicas Electroquímicas

Extrapolação das Rectas de Tafel

Resistência de Polarização

Espectroscopia de Impedância Electroquímica

Ruído Electroquímico

9João Salvador – IST 2008

Extrapolação das Rectas de Tafel

Eoc

Eoa

i = 0

E

i

2 H+ + 2 e- → H2

H2 → 2 H+ + 2 e-

Men+ + n e- → Me

Me→ Men+ + n e-

( ) ( )[ ]'0'

00

ca bEEbEE eeiiii −−− −=+=sr

10João Salvador – IST 2008

Extrapolação das Rectas de Tafel

Eoc

Eoa

i = 0 icorr

Ecorr

E

i

2 H+ + 2 e- → H2

H2 → 2 H+ + 2 e-

Men+ + n e- → Me

Me→ Men+ + n e-

11João Salvador – IST 2008

Extrapolação das Rectas de Tafel

Eoc

Eoa

i = 0

E

i

2 H+ + 2 e- → H2

H2 → H+ + 2 e-

Men+ + n e- → Me

Me→ Men+ + n e-

12João Salvador – IST 2008

Extrapolação das Rectas de Tafel

Eoc

Eoa

i = 0

E

i

2 H+ + 2 e- → H2

H2 → H+ + 2 e-

Men+ + n e- → Me

Me→ Men+ + n e-

( ) ( ) '202

'101

020121ca bEEbEE

ca eieiiii −−− −=+=

13João Salvador – IST 2008

Extrapolação das Rectas de Tafel

Eoc

Eoa

i = 0 icorr

Ecorr

E

i

2 H+ + 2 e- → H2

H2 → H+ + 2 e-

Men+ + n e- → Me

Me→ Men+ + n e-

corrcorrbcorracorr iEiEiEE ==⇒= )()( 11

14João Salvador – IST 2008

Extrapolação das Rectas de Tafel

Eoc

Eoa

i = 0 icorr

Ecorr

E

i

2 H+ + 2 e- → H2

H2 → H+ + 2 e-

Men+ + n e- → Me

Me→ Men+ + n e-

corrcorrbcorracorr iEiEiEE ==⇒= )()( 11

15João Salvador – IST 2008

Extrapolação das Rectas de Tafel

Eoc

Eoa

icorr

Ecorr

Eoc

Eoa

i = 0 icorr

Ecorr

( )

( )

'303.2log

log

222022

111011'202

'101

bbcomibaEeii

ibaEeii

ccbEE

c

aabEE

a

c

a

=−=⇒−=

+=⇒=−−

16João Salvador – IST 2008

Extrapolação das Rectas de Tafel

ilogba ⋅±=η

17João Salvador – IST 2008

Extrapolação das Rectas de Tafel

18João Salvador – IST 2008

Extrapolação das Rectas de Tafel

19João Salvador – IST 2008

Extrapolação das Rectas de Tafel

VantagensPermite conhecer o comportamento E-i do sistema

Permite o cálculo simultâneo de icorr, Ecorr, ba e bc

DesvantagemMétodo destrutivo

20João Salvador – IST 2008

Extrapolação das Rectas de Tafel

Equipamento

21João Salvador – IST 2008

Resistência de Polarização

iicorr

Ecorr

E

iaic

ia + ic

Utiliza a zona linear da curva de polarização(ao contrário da Extrapolação das Rectas de Tafel)

22João Salvador – IST 2008

Resistência de Polarização

( ) ( )

( ) ( )

( ) ( ) ( ) ( )

( ) ( )[ ]''

''''

''

''

..

)()(

ccorracorr

ccorrccorracorracorr

ccorracorr

ca

bEEbEEcorr

bEEbEEbEEbEE

bEEbEEcorr

corrcorrbcorracorr

bEEbEEca

eeii

eeieeii

eieii

iEiEiEE

eieiiii

21

20221011

202101

202101

0201

0201

11

020121

−−−

−−−−−−

−−−

−−−

−=

−=

==

==⇒=

−=+=

23João Salvador – IST 2008

Resistência de Polarização

( ) ( )[ ]''ccorracorr bEEbEE

corr eeii 21 −−− −=

⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛+=⎟

⎠⎞

⎜⎝⎛∂∂

''ca

corrE bb

iEi

corr 21

11

ccc

aaa

iEbb

iEbb

2

'2

1

'1

log303.2

log303.2

∂∂

==

∂∂

==

( )ca

ca

corrE bbbb

iiE

corr+

=⎟⎠⎞

⎜⎝⎛∂∂

30321

..

24João Salvador – IST 2008

Resistência de Polarização

( )ca

ca

corrE bbbb

iiE

corr+

=⎟⎠⎞

⎜⎝⎛∂∂

30321

..

( )caca

Ep

bbbbB

iER

corr

+=

⎟⎠⎞

⎜⎝⎛∂∂

=

303.2. p

corr RBi =

25João Salvador – IST 2008

Resistência de Polarização

( )caca

Ep

bbbbB

iER

corr

+=

⎟⎠⎞

⎜⎝⎛∂∂

=

303.2.

pcorr R

Bi =

( )ca

ca

corrE bbbb

iiE

corr+

=⎟⎠⎞

⎜⎝⎛∂∂

30321

..

Ecorr

icorr

∆E20mV

∆i

Rp

26João Salvador – IST 2008

Resistência de Polarização

Vantagensnão destrutiva (pequenas polarizações ±10mV)

rápida

permite monitorização on-line

Desvantagenspode ser sujeita a erros quando existe uma elevada queda óhmica no sistema

necessita dos valores de ba e bc

( ) ( )[ ]''ccorracorr bEEbEE

corr eeii 21 −−− −=

27João Salvador – IST 2008

Resistência de Polarização

Equipamento

28João Salvador – IST 2008

Espectroscopia de Impedância Electroquímica

consiste na aplicação de uma pequena perturbação, sob a forma de uma onda sinusoidal de potencial

V(t) = V0 sen ωt

em que V0 é a amplitude e ω a frequência angular

regista-se a resposta de corrente do sistema

I(t) = I0 sen (ω t + φ)

em que I0 é a amplitude do sinal de corrente e φ a diferença de fase entre os dois sinais

tI

V

29João Salvador – IST 2008

Espectroscopia de Impedância Electroquímica

A impedância, Z, do sistema será, por analogia com a Lei de Ohm:

Como qualquer onda sinusoidal, a perturbação de potencial e a resposta de corrente podem ser representadas como dois vectores rodando à mesma frequência, com um desfasamento φ

) t( sent sen

IV

I(t)V(t)Z

00

φωω+

==

Rotação

I

30João Salvador – IST 2008

Espectroscopia de Impedância Electroquímica

a impedância pode ser representada como um vector que, portanto, apresenta um módulo e um ângulo de fase θ = (ωt) - (ωt + φ) = -φ.

este vector pode ainda ser tratado como um número complexo, da forma:

IVZrrr

=IVZrrr

=

real

imag

2imag

2real

ZZ

ZZ com

=

+=

+=

θtan

|| Z

ZjZZ imagreal

θ

Z=E/I

Zreal

Zimag

31João Salvador – IST 2008

Espectroscopia de Impedância Electroquímica

Num ensaio de espectroscopia de impedância electroquímica efectua-se a determinação da impedância do sistema ao longo de uma vasta gama de frequências, normalmente dentro do domínio 10-4-105Hz.

Os resultados obtidos para os vários valores de frequência da perturbação imposta podem ser representados num diagrama de coordenadas rectangulares Zreal e Zimag, designado por Diagrama de Nyquist.

32João Salvador – IST 2008

Espectroscopia de Impedância Electroquímica

outra representação comum é a normalmente designada por Diagramas de Bode

usa coordenadas polares (magnitude log |Z| e ângulo de fase θ em função de log ω) e a frequência ω aparece já como variável independente, ao contrário da representação de Nyquist.

em muitos casos é muito útil em sistemas de maior complexidade, onde os valores de impedância se distribuem por várias ordens de grandeza, tornando ineficaz a representação de Nyquist

θθ

senZZcosZZZjZZ

imagreal

imagreal

||||

==

+=

real

imag

2imag

2real

ZZ

tan

ZZ||

=

+=

θ

Z

33João Salvador – IST 2008

Espectroscopia de Impedância Electroquímica

Montagem Experimental

34João Salvador – IST 2008

Espectroscopia de Impedância Electroquímica

O Circuito EquivalenteEm princípio, qualquer célula electroquímica pode ser representada por um modelo eléctrico.

Assim, uma interface eléctrodo/electrólito na qual ocorra uma determinada reacção electroquímica será análoga a um circuito eléctrico formado por um conjunto de resistências, condensadores e indutores.

É nesta analogia que reside uma das principais vantagens da impedância electroquímica, já que torna possível a caracterização de um sistema electroquímico através do seu "circuito eléctrico equivalente".

O objectivo da técnica será então medir os valores de Zreal e Zimag para perturbações com várias frequências e tentar encontrar o circuito equivalente mais próximo da realidade física que apresente a mesma resposta.

35João Salvador – IST 2008

Espectroscopia de Impedância Electroquímica

Elementos Básicos de CircuitoResistência

RtsenR

VtsenVZ

tsenR

VtItsenVtV

R ==

=⇒=

ω

ω

ωω

00

00 )()(

Zreal

-Zimag

R Log ω

Log

|Z|

0

90

ZR=R

36João Salvador – IST 2008

Espectroscopia de Impedância Electroquímica

Elementos Básicos de CircuitoCondensador

( )21

0

0

00

πωω

ωωωω

ωωω

+==

==⇒=

tsentsen

CtcosVCtsenVZ

tcosVCdtdVCtItsenVtV

C

)()(

Zreal

-Zimag

ω

Log ω

Log

|Z|

0

90

Cj

CjZC ωω

−==1

37João Salvador – IST 2008

Espectroscopia de Impedância Electroquímica

Elementos Básicos de CircuitoBobina

( )

( )

( ) ( )22

2)()(

1)(

00

00

πωωω

πωω

ω

πωω

ω

−=

−=

−=⇒=

=⇒= ∫

tsentsenL

tsenLV

tsenVZ

tsenL

VtItsenVtV

VdtL

tIdtdILtV

L

LjZL ω=

38João Salvador – IST 2008

Espectroscopia de Impedância Electroquímica

RC série - RC

RC paralelo – (RC)

R(RC)

Zreal

-Zimag

R

ω

Log ω

Log

|Z|

0

90

Zreal

-Zimag

R

ω

Log ω

Log

|Z|

0

90

Zreal

-Zimag

R

ω

R0 Log ω

Log

|Z|

0

90

CjRZZZ CR ω

−=+=

CjRZZZ CR

ω+=+=1111

CRjRRZω+

+=10

39João Salvador – IST 2008

Espectroscopia de Impedância Electroquímica

Circuito Básico para Reacções de Corrosão

constituído por três elementos, todos eles com equivalência a um componente eléctrico:

a resistência óhmica, Rs (ou RΩ)

a capacidade da dupla camada, Cdc

a resistência à transferência de carga, Rtc

assume que a reacção Ox + n e- Red, envolve apenas um processo de transferência de carga.

40João Salvador – IST 2008

Espectroscopia de Impedância Electroquímica

Resistência óhmica:

é a soma da resistência do electrólito, da resistência dos fios eléctricos e da resistência interna dos eléctrodos.

em geral, os dois últimos termos são desprezáveis face ao primeiro, pelo que a resistência óhmica é normalmente identificada como resistência da solução, Rs.

para uma zona delimitada, com uma área A e comprimento l, atravessada por uma corrente uniforme, Rs é definido por

onde ρ é a resistividade da solução e k a sua conductividade.

Akl

AlRs .== ρ

41João Salvador – IST 2008

Espectroscopia de Impedância Electroquímica

Capacidade da Dupla Camada:

a dupla camada electroquímica, formada devido à separação das cargas nos dois lados da interface metal-electrólito, comporta-se como um condensador de placas paralelas, permitindo, através de sucessivas cargas e descargas, a passagem de corrente de uma forma descontínua (corrente não--farádica).

42João Salvador – IST 2008

Espectroscopia de Impedância Electroquímica

Capacidade da Dupla Camada (cont.):

A capacidade desta dupla camada (designada geralmente por Cdc ou Cdl, do inglês double layer) depende da sua espessura, da concentração iónica e da constante dieléctrica do meio.

os valores de Cdc são da ordem do 20-50µF.cm-2

ao contrário do que acontece num condensador, na dupla camada apenas se verifica linearidade entre a carga e a diferença a de potencial para pequenas amplitudes da perturbação, geralmente da ordem de ∆V < 20 mV.

43João Salvador – IST 2008

Espectroscopia de Impedância Electroquímica

Resistência à Transferência de Carga:é definida como a resistência à remoção ou adição de um electrão, numa espécie química, a potencial constante:

é de notar a semelhança com Rp

pode ser relacionada com a constante cinética k0, o coeficiente de simetria α e as concentrações das espécies oxidada e reduzida Cox e Cred através de expressões como a seguinte, válida para o potencial de equilíbrio

Etc i

ER ⎟⎠⎞

⎜⎝⎛∂∂

=

αα -1redox0

22tcCC1

kFnRT = R

44João Salvador – IST 2008

Espectroscopia de Impedância Electroquímica

Circuito Básico (cont)

A passagem de corrente neste sistema far-se-à então através de condução iónica na solução (representada por RΩ) e, no eléctrodo, dependendo da frequência, através da dupla camada (corrente não-farádica), através da reacção (corrente farádica), ou através dos dois processos em simultâneo.

Desta forma, ao procurar-se um circuito equivalente coloca--se a resistência da solução em série com uma associação em paralelo do condensador com a resistência à transferência de carga.

45João Salvador – IST 2008

Espectroscopia de Impedância Electroquímica

Circuito Básico (cont)

Z

- Z

RΩ Rtc

Rtc

Cdc

real

imag

ω*

Cj + 1

R+ R = Zdc

tctcRωΩ

2tc

2dc

2

2tcdc

2dc

2tc

RC + 1

RC

RC + 1

R+ R = Zω

ω

ωj

tc−Ω 2

tcdc R *

1 = Cω

46João Salvador – IST 2008

Espectroscopia de Impedância Electroquímica

Difusão

Para sistemas mais complexos aumenta também a complexidade dos circuitos equivalentes

Por exemplo, quando há limitações ao transporte de massa (controlo difusional ou misto) surge um elemento de Warburg que representa a contribuição dos processos de difusão

Z = W σω σω− −−

12

12j

σ = +⎛

⎜⎜

⎟⎟

RT

n F c D c Dox ox red red2 2 1

2122

1 1

47João Salvador – IST 2008

Espectroscopia de Impedância Electroquímica

Difusão (cont.)

Nesse caso particular passa a obter-se o “Circuito Equivalente de Randles”:

ZwRtc

Cdc

ω→0

48João Salvador – IST 2008

Espectroscopia de Impedância Electroquímica

Outros circuitos

muitos outros circuitos são encontrados para diversas situações (ex: revestimentos por tintas, anodizados, etc)

Ex: Circuito equivalente para a corrosão por picadas do alumínio

R Ω

R picad a/F

F .C p icada

Ó x idoA lu m ín io S o luçã o

W

(1 -F )C o x

R o x/(1 -F )

49João Salvador – IST 2008

Espectroscopia de Impedância Electroquímica

Medição de Velocidades de Corrosão

à semelhança da Resistência de Polarização, usa-se

contudo, devido à separação entre Rs e Rtc, esta medida é mais exacta do que a obtida através de Rp (Rp=Rs+Rtc)

tccorr R

Bi =

50João Salvador – IST 2008

Espectroscopia de Impedância Electroquímica

Vantagens

não destrutiva

fornece informação mecanística

aplicável a sistemas pouco condutores (tintas, armaduras de betão, anodizados, ...)

Desvantagens

elevado preço do equipamento

difícil interpretação (informação mecanística)

reduzida portabilidade

51João Salvador – IST 2008

Espectroscopia de Impedância Electroquímica

Equipamento

52João Salvador – IST 2008

Espectroscopia de Impedância Electroquímica

Equipamento

53João Salvador – IST 2008

Espectroscopia de Impedância Electroquímica

Exemplo –Aço Macio em Corrosão

54João Salvador – IST 2008

Espectroscopia de Impedância Electroquímica

Exemplo –Aço Macio em Corrosão

55João Salvador – IST 2008

Espectroscopia de Impedância Electroquímica

Exemplo –Aço Macio em Corrosão

Rs = 20 Ω.cm2

Rtc = 120 Ω.cm2

f*=28Hz ⇒ ω*=2πf* = 176 rad.s-1

⇒ Cdc = 1/(ω*.Rtc)⇒ Cdc = 47 µF.cm-2

com B = 16.3 mV (literatura)icorr = B / Rtc

icorr = 16.3 /120 = 0.14 mA.cm-2

56João Salvador – IST 2008

Ruído Electroquímico

Fundamento

Consiste na medida do ruído (flutuações espontâneas) do potencial ou da corrente num dado sistema

O ruído electroquímico é do tipo 1/f ⇒ ruído de baixa frequência e de características não-gaussianas

O tratamento de resultados envolve técnicas de análise espectral (Transformadas de Fourier ou Método da Entropia Máxima)

A velocidade de corrosão pode ser estimada a partir de expressões que relacionem parâmetros de ruído electroquímico com o conceito de resistência ou, mais genericamente, de impedância, que envolve aaplicação da Lei de Ohm:

IVZ =

57João Salvador – IST 2008

Ruído Electroquímico

Fundamento (cont.)

Uma das grandezas utilizadas é a resistência de ruído (noise resistance), da forma:

É possível provar que, em determinadas condições, Rn = Rp

Outra grandeza, designada por resposta de ruído espectral (Mansfeld), envolve a razão entre as transformadas rápidas de Fourier (FFT) das medidas de potencial e corrente:

( ) ( ) tItVRn σ

σ=

( ) ( )( )fIfV

fRFFT

FFTsn =

58João Salvador – IST 2008

Ruído Electroquímico

Vantagens

não introduz qualquer perturbação ( ⇒ não destrutiva)

Desvantagens

difícil interpretação e/ou obtenção de valores quantitativos (ainda em estudo)

em estruturas de grandes dimensões, torna-se impossível distinguir o ruído electroquímico de outros tipos de ruído

59João Salvador – IST 2008

Ruído Electroquímico

Equipamento