DEL ARCIPRESTE DE TALAVERAaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27821/1/... · o de Cuenca 1...

30
LA C O RÚNICA DE MAHOMAD DEL ARCIPRESTE DE TALAVERA Pocos escritores de la Edad Media española tuvieron, con sus obras, fortuna tan varia y dispar como Alfonso Martínez de Toledo, arcipreste de Talavera. Por su libro más conocido (que él designó con su propio título eclesiástico: Arcipreste de Talauera, pero que la posteridad conoció con los nombres de Corbacho y Reprobación del amor mundano), se le suele considerar el prosista más impor- tante de la primera mitad del siglo xv. El Corbacho tuvo toda una serie de publicaciones, desde los incunables de 1495 (hoy perdido), 1498 y 1500, hasta las ediciones modernas de Cristóbal Pérez Pastor, José Rogerio Sánchez, E. Barriovero y Herrán, Leslie Byrd Simpson, Martín de Riquer y Mario Penna. Por el contrario, la Vida de San Isidoro permaneció inédita hasta la presente década, en que la dio a luz J. Madoz y Moleres 1 . Habent sua fata libelli. Entre los tratados de Alfonso Martínez, el menos conocido es, sin duda, el inédito Vengimjento del mundo (conservado e n u n solo manuscrito, del que preparamos una edición). Menos ignorada es su otra obra inédita: la Atalaya de las coránicas. Me abstengo, por lo demás, de considerar como suyos el Invencionario y el Espejo de las historias, ya que en casi toda su extensa tradición manuscrita estos tratados aparecen atribuidos a otro autor, confundido a menudo con el del Corbacho: el bachiller Alfonso de Toledo, vecino de Cuenca 2 . 1 Clás. cast., t. 134 (1952). Este tomo contiene también la Vida de San Ildefonso del mismo Arcipreste, que Madoz ya había publicado en la Biblioteca de antiguos escritores cristianos españoles, t. 2, M a d r i d , 1943. 2 Según MARIO PENNA, en su reciente edición del Arcipreste de Talavera, To- rillo, 1956, p. xiv, "queda aún sin resolver la cuestión, ya estudiada desde hace tiempo, de si el Invencionario y el Espejo de las historias deban atribuirse a nuestro Arcipreste o a otro Alonso Martínez de Toledo, también bachiller, pero vecino de Cuenca"; y ERICH VON RICHTHOFEN, ZRFh, 61 (1941), p. 435, había incluido el Invencionario entre las "obras de dudosa atribución". A nuestro en- tender, las dos obras son, sin duda, del escritor de Cuenca. En relación con el tema del presente artículo, el pasaje del Invencionario reproducido a continua- ción mostrará cómo su autor, para el relato del origen del Islam, siguió una tradición bien distinta de la que veremos en la "Corónica de Mahomad de Meca". Citamos el Invencionario por el ms. escurialense h.II.24. (copiado en 1485 por Antonio de Córdoba), fols. 66 v°-67 r°. Reproducimos, en columna paralela, la fuente de este fragmento: un pasaje de la Historia ecclesiastica de Bartolomeo

Transcript of DEL ARCIPRESTE DE TALAVERAaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27821/1/... · o de Cuenca 1...

Page 1: DEL ARCIPRESTE DE TALAVERAaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27821/1/... · o de Cuenca 1 Clás. cast., t. 13 (1952)4 Est.e tom contieno tambiée lna Vida de Ildefonso San del

L A C O RÚNICA DE MAHOMAD D E L A R C I P R E S T E D E T A L A V E R A

P o c o s escritores de l a E d a d M e d i a e s p a ñ o l a t u v i e r o n , c o n sus

o b r a s , f o r t u n a t a n v a r i a y d i s p a r c o m o A l f o n s o M a r t í n e z de T o l e d o ,

a r c i p r e s t e de T a l a v e r a . P o r s u l i b r o m á s c o n o c i d o (que él d e s i g n ó

c o n s u p r o p i o t í t u l o eclesiást ico: Arcipreste de Talauera, p e r o q u e

l a p o s t e r i d a d c o n o c i ó c o n los n o m b r e s de Corbacho y Reprobación

del amor mundano), se le suele c o n s i d e r a r e l p r o s i s t a más i m p o r ­

t a n t e d e l a p r i m e r a m i t a d d e l s i g l o x v . E l Corbacho t u v o t o d a u n a

ser ie d e p u b l i c a c i o n e s , desde los i n c u n a b l e s de 1495 (hoy p e r d i d o ) ,

1498 y 1500, hasta las e d i c i o n e s m o d e r n a s d e C r i s t ó b a l P é r e z P a s t o r ,

José R o g e r i o Sánchez , E . B a r r i o v e r o y H e r r á n , L e s l i e B y r d S i m p s o n ,

M a r t í n de R i q u e r y M a r i o P e n n a . P o r e l c o n t r a r i o , l a Vida de San

Isidoro p e r m a n e c i ó i n é d i t a hasta l a presente década , e n q u e l a d i o

a l u z J . M a d o z y M o l e r e s 1 . Habent sua fata libelli.

E n t r e los t ratados d e A l f o n s o M a r t í n e z , e l m e n o s c o n o c i d o es, s i n

d u d a , e l i n é d i t o Vengimjento del mundo ( conservado e n u n so lo

m a n u s c r i t o , d e l q u e p r e p a r a m o s u n a e d i c i ó n ) . M e n o s i g n o r a d a es su

o t r a o b r a i n é d i t a : l a Atalaya de las coránicas. M e abstengo, p o r l o

d e m á s , d e c o n s i d e r a r c o m o suyos e l Invencionario y e l Espejo de las

historias, y a q u e e n casi t o d a s u e x t e n s a t r a d i c i ó n m a n u s c r i t a estos

t r a t a d o s a p a r e c e n a t r i b u i d o s a o t r o a u t o r , c o n f u n d i d o a m e n u d o c o n

e l d e l Corbacho: e l b a c h i l l e r A l f o n s o de T o l e d o , v e c i n o de C u e n c a 2 .

1 Clás. cast., t. 134 (1952). Este t o m o c o n t i e n e t a m b i é n l a Vida de San Ildefonso

d e l m i s m o A r c i p r e s t e , que M a d o z ya h a b í a p u b l i c a d o en l a Biblioteca de antiguos

escritores cristianos españoles, t. 2, M a d r i d , 1943. 2 S e g ú n M A R I O P E N N A , en su rec iente edic ión d e l Arcipreste de Talavera, T o ­

r i l l o , 1956, p . x i v , " q u e d a a ú n s i n resolver l a cuest ión, y a estudiada desde hace

t i e m p o , de si e l Invencionario y e l Espejo de las historias d e b a n atr ibuirse a

n u e s t r o A r c i p r e s t e o a otro A l o n s o M a r t í n e z de T o l e d o , t a m b i é n b a c h i l l e r , p e r o

v e c i n o de C u e n c a " ; y E R I C H V O N R I C H T H O F E N , ZRFh, 61 (1941), p . 435, h a b í a

i n c l u i d o e l Invencionario entre las " o b r a s de d u d o s a a t r i b u c i ó n " . A nuestro en­

tender , las dos obras son, s i n d u d a , d e l escritor de C u e n c a . E n re lac ión c o n e l

t e m a d e l presente art ículo, e l pasaje d e l Invencionario r e p r o d u c i d o a c o n t i n u a ­

c ión mostrará cómo su autor , p a r a e l re la to d e l o r i g e n d e l I s lam, siguió u n a

t radic ión b i e n d i s t i n t a de l a q u e veremos en l a " C o r ó n i c a de M a h o m a d de

M e c a " . C i t a m o s el Invencionario p o r e l ms. escurialense h.II.24. (copiado e n 1485

p o r A n t o n i o de C ó r d o b a ) , fols. 66 v°-67 r°. R e p r o d u c i m o s , e n c o l u m n a p a r a l e l a ,

l a fuente de este f ragmento: u n pasaje de l a Historia ecclesiastica de B a r t o l o m e o

Page 2: DEL ARCIPRESTE DE TALAVERAaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27821/1/... · o de Cuenca 1 Clás. cast., t. 13 (1952)4 Est.e tom contieno tambiée lna Vida de Ildefonso San del

22 RAÚL A . D E L PIERO N R F H , X I V

N ó t e s e q u e l a o b r a más c é l e b r e d e l A r c i p r e s t e es l a p r i m e r a q u e él

c o m p u s o ( p o r l o m e n o s e n t r e las q u e se nos c o n s e r v a n : e l Corbacho,

escr i to e n 1438, c u a n d o e l a u t o r t e n í a c u a r e n t a años) , e n t a n t o q u e

e l Vengimjento del mundo, v i r t u a l m e n t e d e s c o n o c i d o h o y , es e l úl­

t i m o t r a t a d o q u e sal ió de s u p l u m a , y las obras q u e e s c r i b i ó e n t r e

estas dos s o n a ú n p o c o c o n o c i d a s . L a f a m a p o s t u m a , t a n generosa

c o n su p r i m e r l i b r o , se fue m o s t r a n d o c a d a vez m á s a v a r a c o n sus

p r o d u c c i o n e s poster iores .

C o n t o d o , los estudiosos de l a E d a d M e d i a c a s t e l l a n a c o n o c e n

( c u a n d o m e n o s a través de los trabajos de C i r o t ) l a Atalaya de las

F i a d o n i (fra T o l o m e o d i L u c c a ) , s iglo x i n , t o m a d o de L . A . M U R A T O R I , Rerum

Italicarum scriptores, t. 11, M e d i o l a n i , 1737, p . 930:

. . . L a causa ¿Leste error fue la teránica opresión del enperador Heracl io, después que ouo victoria de los persianos, a los quales, e a las otras circunstantes regiones, mucho oprimía, así como árales [sic], cal­deos e otros vezinos.

. . . Estas gentes fueron de Arabia , de la raya del monte Cáucaso: de aquí salió esta porfiosa gente contra Haracl io el enpe­rador.

. . . Éstos, denostando todas las regiones del Imperio, e inde [sic, por a Judea] l le­garon, contra los quales innumerable gen­te del enperador ocurrió, de los quales mataron ciento e cinquenta m i l i . . .

E mostraron estos nabath[e]os una gran­deza con sus enemigos: que por los legatos les enbiaron el despojo . . .

Esto así fecho, el ejército de las conpan-nas nabatheas e árabes fue mult ipl icado de muchas vezinas provincias, a las quales Mahomat se ayuntó, el qual en A r a b i a e l principado tenía, el q u a l era de noble generación, del linaje de N abajo th. Éste sabía mucho del arte mágica, e dio a éstos reglas de beuir e para acres^entar su sen­sor io : mucho con sus artes el pueblo en-gannó. De la verdadera fe se partió, dizién-doles que el principado non duraría en ellos si en esta manera non se oviesen (con­viene a saber: distintos en l a fe).

Causa istius erroris fuît Heraclius, quia propter suam tyrannidem post vittoriani de Persis habitant nimis premebat Persas et regiones circumstantes, ut Arabes, Chai-déos et alios confines ejusdem.

... Omnes entra conveniunt, quod de Arabia, et de radicibus montis Caucasi pro­gressa est gens perfida contra Heraclium.

.. .[Hi], devastantes regiones Imperii... et Judœam jam vénérant; contra quos ve-nit militia innumera Imperatoris, et ab hottibus cœsa est, ac CL. millia ex militi-bus ejus prostrata sunt.

Sed hanc humanitatem fecerunt hottes: quia per legatos remiserunt spolia...

lis igitur perattis, multiplicatur exerci-tus Arabum et Nabatheorum ex diversis provinciis ipsis affinibus... quibus Macho-metus adjungitur, qui et principatum obti-nebat in Arabia... qui de Naboth primo­genito natus, ac prosapia nobili, et magias artibus inttruttus prœtextu contemtus Im­perii persuadet eisdem de modo vivendi ad augendum dominium, multumque sua arte deludit populum, et avertit a fide dicens ipsos tenere non posse principatum, nisi sic faciant.

Obsérvese que, según l a " C o r ó n i c a d e M a h o m a d " (como luego se verá) , e l pro­

feta f u n d a su secta p r i m e r o , y después i n s t i g a a los suyos a rebelarse. P o r e l

c o n t r a r i o , según l a tradic ión de P t o l o m e o de L u c a , seguida e n e l Invencionario,

el l e v a n t a m i e n t o t iene l u g a r p r i m e r o , y M a h o m a , que se u n e a los rebeldes, per­

suade a éstos a r e p u d i a r l a re l ig ión d e l I m p e r i o p a r a p o d e r mantenerse i n d e p e n ­

dientes. — D e i g u a l m o d o , según l a " C o r ó n i c a " d e l A r c i p r e s t e , M a h o m a n o h izo

más q u e r e s t i t u i r a su p r i m e r estado l a a n t i g u a herej ía de los nicolaítas. Según

e l Invencionario, e l I s l a m p a r t i c i p a de " los errores nestorianos, eut ic ianos , arr ia-

nos, jacobitas e e b i o n i t a s " — c i n c o herejías, entre las cuales n i s i q u i e r a se m e n ­

c i o n a l a de los nicolaítas. T o d o esto d e b i l i t a a ú n más l a a tr ibuc ión d e l Inven­

cionario a l A r c i p r e s t e de T a l a v e r a .

Page 3: DEL ARCIPRESTE DE TALAVERAaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27821/1/... · o de Cuenca 1 Clás. cast., t. 13 (1952)4 Est.e tom contieno tambiée lna Vida de Ildefonso San del

N R F H , X I V L A "CORÓNICA D E M A H O M A ü " 23

coránicas, c o m p i l a c i ó n q u e r e s u m e los r e i n a d o s sucesivos d e España ,

desde l a f u n d a c i ó n de l a m o n a r q u í a v i s i g ó t i c a hasta J u a n I I . L a o b r a

está cas i t o t a l m e n t e i n é d i t a , y a q u í p r e s e n t a m o s l a " C o r ó n i c a de M a -

h o m a d de M e c a " , q u e es l a d e c i m o q u i n t a de las sesenta y siete cró­

n i c a s de q u e c o n s t a s u m a n u s c r i t o q u e c o n s i d e r a m o s p r i n c i p a l : e l

C o d e x E g e r t o n 287. T e n e m o s p r o y e c t a d a u n a e d i c i ó n de l a extensa

Atalaya; p e r o , m i e n t r a s t a n t o , m e r e c e u n a p u b l i c a c i ó n p o r separado

l a " C o r ó n i c a de M a h o m a d " , y a q u e p o r s u c o n t e n i d o y carácter for­

m a u n a especie de t r a t a d i l l o a p a r t e d e n t r o de l a o b r a ; es l a ú n i c a

de sus c r ó n i c a s q u e n o h a b l a de u n s o b e r a n o d e E s p a ñ a , y l a ú n i c a

c u y a a c c i ó n t r a n s c u r r e casi e n t e r a m e n t e f u e r a de l a P e n í n s u l a . T a m ­

b i é n desde e l p u n t o de v is ta l i t e r a r i o este c a p í t u l o de l a Atalaya pre­

senta u n interés espec ia l , pues e n él v e m o s b r i l l a r , m e j o r q u e e n los

otros , a l g u n o s de los rasgos i n c o n f u n d i b l e s d e l a u t o r d e l Corbacho.

N o s r e l a t a e n esta c r ó n i c a l a h i s t o r i a d e l p r o f e t a d e l I s l a m , s i g u i e n d o

e n t o d o las t r a d i c i o n e s d e l T u d e n s e y d e l T o l e d a n o , q u e le h a n

l l e g a d o a través de l a Primera crónica general. T o d o parece sal irse

a q u í d e l e s q u e m a h a b i t u a l de l a Atalaya: e l m a r c o s o b r e n a t u r a l q u e

c i r c u n d a l a n a r r a c i ó n 3 y los m i l a g r o s q u e o b r a M a h o m a p o r " a r t e

d i a b ó l i c a " ; e l e l e m e n t o p r o f é t i c o y o n í r i c o (en los v a t i c i n i o s q u e

a c o m p a ñ a n e l n a c i m i e n t o d e l p r o f e t a , y e n los presagios funestos d e l

e m p e r a d o r de B i z a n c i o ) ; l a " a m i g a n z a " de M a h o m a c o n j u d í o s y

herejes, de q u i e n e s r e c i b e las d o c t r i n a s q u e le s e r v i r á n p a r a i n s t i t u i r

l a n u e v a secta; los viajes p o r O r i e n t e , s u p e r e g r i n a c i ó n l e g e n d a r i a

a l a P e n í n s u l a i b é r i c a , y hasta sus artes de s e d u c t o r i r r e s i s t i b l e c o n

q u e e l v i d e n t e ( m e d i a n t e e l c o n j u r o d i a b ó l i c o , p o r supuesto) a p r i ­

s i o n a e n sus redes a l a i n d e f e n s a r e i n a de C o r o z a c é n . F i e l a l a t ra­

d i c i ó n m e d i e v a l , e l A r c i p r e s t e n o ve e n M a h o m a a l f u n d a d o r de u n a

n u e v a r e l i g i ó n , s i n o a u n c i s m á t i c o ( D a n t e , p o r e j e m p l o , m e n c i o n a

a l p r o f e t a e n e l c a n t o X X V I I I d e l Inferno c o m o " s e m i n a t o r d i

s c a n d a l o e d i s c i s m a " ) . P a r a e l T u d e n s e y p a r a los c r o n i s t a s q u e e n

é l se b a s a r o n d i r e c t a o i n d i r e c t a m e n t e , M a h o m a r e s t i t u y ó a s u estado

p r i m e r o l a h e r e j í a c r i s t i a n a d e l d i á c o n o N i c o l á s , c o n d e n a d a ya p o r

e l E v a n g e l i s t a a l p r i n c i p i o d e l A p o c a l i p s i s .

¿Y p o r q u é — p o d r í a preguntarse—- q u i s o e l A r c i p r e s t e i n s e r t a r s u

r e l a t o d e M a h o m a e n u n a h i s t o r i a d e c a r á c t e r n a c i o n a l , c o m o l a

Atalaya? M u y p o s i b l e es q u e l o h i c i e r a (aparte d e l interés intr ínseco

d e l a h i s t o r i a ) c o m o p u n t o de r e f e r e n c i a p a r a n a r r a r d e s p u é s l a i n v a ­

s i ó n m u s u l m a n a de l a P e n í n s u l a , y, s i n d u d a a l g u n a , b a j o e l i n f l u j o

d e l a Primera crónica general. E l m i s m o a u t o r , p o r l o d e m á s , m e n -

8 R e c o r d e m o s , s i n embargo, q u e l o s o b r e n a t u r a l t a m b i é n f o r m a parte i m p o r ­

tante de o t r o c a p í t u l o de l a Atalaya: l a crónica de R o d r i g o , el ú l t i m o godo, e n

q u e e l A r c i p r e s t e i n c o r p o r a a lgunos detal les n a r r a d o s e n l a Crónica sarracina.

de P e d r o d e l C o r r a l ; p o r e j e m p l o , a l v i o l a r l a casa e n c a n t a d a d e Hércules , e n

T o l e d o , R o d r i g o h a l l a u n a inscripción c o n l a profec ía de l a pérdida de E s p a ñ a

( C o d e x E g e r t o n 287, f o l . I x i i v°).

Page 4: DEL ARCIPRESTE DE TALAVERAaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27821/1/... · o de Cuenca 1 Clás. cast., t. 13 (1952)4 Est.e tom contieno tambiée lna Vida de Ildefonso San del

24 RAÚL A . D E L P I E R O N R F H , X I V

d o n a s u f u e n t e a l final d e l pasaje a q u í e d i t a d o : "Éste es e l f e c h o

s u m a r i o de M a h o m a d " — d i c e — , y " q u i e n l o q u i s i e r e leer más c o n -

p i i d a m e n t e , e n l a Estoria general de Castilla l o f a l l a r á " . ¿A q u é o b r a

se re f iere e l A r c i p r e s t e ? L o m á s n a t u r a l sería pensar e n l a Crónica

general de 1344, hasta h o y i n é d i t a e n s u m a y o r p a r t e , p e r o q u e d u ­

r a n t e e l s i g l o x v fue m u y p r e f e r i d a a l a Primera, a t a l p u n t o q u e ,

c o m o d i c e M e n é n d e z P i d a l , e n esa é p o c a "es r a r o e n c o n t r a r testi­

m o n i o s de q u e e l t e x t o de l a Primera crónica fuese c o n o c i d o " 4 . O

acaso p o d r í a haberse r e f e r i d o a l a Crónica de 1440, i n é d i t a t a m b i é n .

S i n e m b a r g o , es u n h e c h o q u e se ref iere a l a Primera crónica ge­

neral, d e t a l l e i n t e r e s a n t í s i m o q u e nos p e r m i t e c i t a r a l a u t o r de l a

Atalaya c o m o e j e m p l o a i s l a d o d e u n c r o n i s t a d e l s i g l o x v q u e se

a p o y ó , n o e n l a Segunda crónica, s i n o e n l a de A l f o n s o e l S a b i o .

E s t a a f i rmación p u e d e c o m p r o b a r s e c o t e j a n d o l a i n t e r e sa nt e y ú t i l

c o m p i l a c i ó n de textos sobre Rodrigo, el último godo, d e l m i s m o

M e n é n d e z P i d a l , c o n e l c o r r e s p o n d i e n t e c a p í t u l o de l a A talaya, cote­

j o q u e m u e s t r a q u e e l A r c i p r e s t e , s i b i e n s i g u i ó e n este caso p a r t i c u ­

l a r — y sólo e n a l g u n o s pasajes— l a n o v e l e s c a Crónica sarracina de

P e d r o d e l C o r r a l 5 , r e s u m i ó , p o r l o d e m á s , l a r e l a c i ó n de l a Primera

crónica, p r e s c i n d i e n d o t o t a l m e n t e d e l a Segunda. T e s t i m o n i o d e esto

es t a m b i é n e l h e c h o de q u e e n l a Atalaya n o se m e n c i o n e a l l e ge n­

d a r i o r e y A c o s t a , s u p u e s t o sucesor d e V i t i z a q u e c o n l a Crónica de

1344 hace su e n t r a d a e n l a h i s t o r i o g r a f í a española , p a r a s e g u i r e n e l l a

h a s t a e l s ig lo x v i 6 .

T a m b i é n sería n a t u r a l p e n s a r q u e , p a r a u n a p a r t e de l a h i s t o r i a

de los godos, e l A r c i p r e s t e h u b i e r a s e g u i d o e l c r o n i c ó n de S a n I s i ­

d o r o , y a q u e t a n t o a d m i r a b a a este santo , c u y a b i o g r a f í a e s c r i b i ó .

A m a d o r de los R í o s d i j o q u e , e n l o c o n c e r n i e n t e a l o r i g e n d e los

g o d o s , e l a u t o r de l a Atalaya " s e g u í a fielmente" esa o b r a de S a n I s i ­

d o r o 7 , y Sánchez A l o n s o a f i r m a q u e A l f o n s o M a r t í n e z s i g u i ó p r i n c i -

4 R A M Ó N M E N É N D E Z P I D A L , Catálogo de la Real Biblioteca: Crónicas genera­

les de España, M a d r i d , 1918, p . 46. 5 J . F I T Z M A U R I C E - K E L L Y , A new histoyy of Spanish literature, O x f o r d , 1926,

p. 107, señaló el p a r e c i d o de l a Atalaya c o n l a Crónica sarracina (cf. B . S Á N C H E Z

A L O N S O , Historia de la historiografía española, M a d r i d , 1947, p . 317), y desde

q u e R . M E N É N D E Z P I D A L señaló (Rodrigo, el último godo, e n Clás. cast., 1925, t. 1,

p . 120) q u e e l A r c i p r e s t e h a b í a u t i l i z a d o l a o b r a de P e d r o d e l C o r r a l , a lgunos

a m p l i a r o n esta afirmación, y hasta e n u n a o b r a n a d a especial izada, como l a E n ­

c i c l o p e d i a Espasa-Calpe (s. v. " M a r t í n e z de T o l e d o , A l f o n s o " ) leemos q u e l a

Atalaya y l a Crónica sarracina se p a r e c e n tanto que u n a debe ser c o p i a de l a o t r a .

R e c o r d e m o s , s i n embargo, q u e e l A r c i p r e s t e de T a l a v e r a abrevió a lgunos pasajes

de l a Crónica sarracina sólo e n una d e las sesenta y siete crónicas de que consta

l a Atalaya ( C o d e x E g e r t o n 287, fols. l x i i v°-lxx r°). 6 C f . M E N É N D E Z P I D A L , Rodrigo..., ed . cit . , p . 84.

7 J . A M A D O R D E L O S R Í O S , Historia crítica de la literatura española, t. 6, M a ­

d r i d , 1865, p . 201.

Page 5: DEL ARCIPRESTE DE TALAVERAaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27821/1/... · o de Cuenca 1 Clás. cast., t. 13 (1952)4 Est.e tom contieno tambiée lna Vida de Ildefonso San del

N R F H , X I V L A " C O R O N I C A D E M A H O M A D " 25

p á l m e n t e a l H i s p a l e n s e , e n l a p a r t e q u e él h i s t o r i ó 8 . N o s o t r o s h e m o s

c o t e j a d o v a r i o s pasajes de l a Atalaya, n o sólo c o n l a Historia de regi-

bus Gothorum de I s i d o r o , e n var ias e d i c i o n e s , s i n o t a m b i é n c o n el

De Gothorum origine de J o r d a n d e s y c o n otros c r o n i c o n e s l a t i n o -

eclesiásticos sobre los godos, y hasta a h o r a h a s i d o v a n o n u e s t r o i n ­

t e n t o d e establecer u n a r e l a c i ó n d i r e c t a e n t r e c u a l q u i e r a de esas

obras y l a d e l e s c r i t o r c a s t e l l a n o . A l c o n t r a r i o , f r e n t e a cas i c u a l q u i e r

pasaje d e l De regibus Gothorum, sería fáci l m o s t r a r q u e e l A r c i p r e s ­

te p r e s c i n d i ó de l a t r a d i c i ó n i s i d o r i a n a , a p o y á n d o s e casi s i e m p r e e n

l a Primera crónica general9.

E n c u a n t o a l c a p í t u l o de l a Atalaya q u e a q u í e d i t a m o s , A l f o n s o

M a r t í n e z n o h i z o más q u e c o m p e n d i a r — a ñ a d i e n d o a q u í y a l lá a l g u ­

n a g losa p e r s o n a l — los catorce c a p í t u l o s q u e sobre M a h o m a c o n t i e n e

l a m e n c i o n a d a c o m p i l a c i ó n a l f o n s i n a , y q u e e n ésta v a n i n t e r c a l a d o s

c o n e p i s o d i o s de l a h i s t o r i a n a c i o n a l . T r a t a r e m o s , pues , de m o s t r a r l a

r e l a c i ó n e x i s t e n t e e n t r e l a " C o r ó n i c a de M a h o m a d " y l a Primera cró­

nica r e p r o d u c i e n d o a m b o s textos a dos c o l u m n a s . Ser ía a n a c r ó n i c o ,

p o r l o d e m á s , b u s c a r e n l a E d a d M e d i a l a n o c i ó n m o d e r n a de o r i g i ­

n a l i d a d : los escri tores c u l t o s de a q u e l l o s s ig los b u s c a b a n e l a p o y o

c o n s t a n t e — c u a n d o n o l a r e p r o d u c c i ó n l i t e r a l — de fuentes , autores y

a u t o r i d a d e s . E s t o se a d v i e r t e sobre t o d o e n l a p r o s a d i d á c t i c a . E n t r e

los c o n t e m p o r á n e o s d e l A r c i p r e s t e de T a l a v e r a , n o f a l t a b a n q u i e n e s

se jactasen de h a b e r t o m a d o t o d a l a m a t e r i a de sus l i b r o s de fuentes

e r u d i t a s l a t i n a s 1 0 . P o r o t r a p a r t e , s i e l A r c i p r e s t e s i g u i ó m u y de cerca

e n su c r ó n i c a de M a h o m a a l r e d a c t o r a l fonsí , éste a su vez r e p r o d u j o

casi a l a l e t r a , e n esos pasajes, e l c r o n i c ó n de L u c a s de T u y , q u e p o r

s u p a r t e se h a b í a a p o y a d o e n u n a a n ó n i m a Vita Isidori11.

E n e l s i g l o x v m , e l C o n d e de C a m p o m a n e s a p u n t a b a q u e , p a r a

s u Atalaya, e l A r c i p r e s t e de T a l a v e r a p a r e c í a h a b e r d e p e n d i d o de

8 B . S Á N C H E Z A L O N S O , Fuentes de la historia española e hispanoamericana,

t. 1, M a d r i d , 1927, p . 10, 11. 67. 9 P o r e j e m p l o , e l A r c i p r e s t e re la ta l a b a t a l l a de los C a m p o s Cata láunicos en

p o c o m e n o s de m i l pa labras (fols. i x v°-xi r° d e l c i t a d o C o d e x E g e r t o n ) , resu­

m i e n d o e l extenso c a p í t u l o 413 de l a Primera crónica. P o c o o n a d a podr ía h a b e r

sacado de l a lacónica re ferencia de San Is idoro , que t iene apenas unas sesenta

palabras (PL, t. 83, c o l . 1065, n . 25). 1 0 Véase e l s iguiente pasaje d e l ms. escurialense c i t a d o supra, n o t a 2: " C o s a

q u e aquí diré non digo de mío, saluo l o q u e tomé de las estorias, de los Testa­

mentos U i e j o e N u e u o , e destos decretos e decretales e leyes; de las ystorias sco-

lásticas e eclesiásticas, e de los d ichos de los santos doctores de l a ygiesia, e de

otros m u c h o s sabios, q u a s i t ras ladar [sic] a l p i e de l a l e t r a " ( fol . 2 r°). 1 1 C f . J . L Ó P E Z O R T I Z , " S a n I s i d o r o de S e v i l l a y e l I s l a m " , Cruz y Raya, 1936,

núra. 36, p p . 8-63 (sobre este p u n t o , l a p . 21). A l o d i c h o p o r L ó p e z O r t i z aña­

damos q u e l a Historia Arabum d e l T o l e d a n o es o t r a fuente i m p o r t a n t e d e l re­

l a t o sobre M a h o m a i n c l u i d o en l a Primera crónica general. P a r a estas fuentes,

véase el estudio de M E N É N D E Z P I D A L en e l t. 1 de su edic ión, M a d r i d , 1955,

p p . C X X V I SS.

Page 6: DEL ARCIPRESTE DE TALAVERAaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27821/1/... · o de Cuenca 1 Clás. cast., t. 13 (1952)4 Est.e tom contieno tambiée lna Vida de Ildefonso San del

26 RAÚL A . D E L PIERO N R F H , X I V

h i s t o r i a d o r e s á r a b e s 1 2 . N o es éste e l l u g a r o p o r t u n o p a r a d i s c u t i r ta l

h ipótes is , m a s l o c i e r t o es q u e , p a r a su " C o r ó n i c a de M a h o r n a d " , d o n ­

d e p o d r í a esperarse q u e h u b i e r a s e g u i d o textos d e autores m u s u l ­

m a n e s , e l A r c i p r e s t e sólo parece h a b e r a p r o v e c h a d o l a f u e n t e d i r e c t a

q u e a r r i b a m e n c i o n a m o s .

P a r a e l t e x t o de l a Primera crónica general s e g u i m o s l a r e c i e n t e

e d i c i ó n de M e n é n d e z P i d a l , t. i , 1955, p p . 261-275. E l cote jo q u e

h a c e m o s d e l a Atalaya c o n su f u e n t e es i n t e r e s a n t e p o r q u e nos d a

u n a i d e a d e l m o d o c o m o e l a u t o r e l a b o r a l i t e r a r i a m e n t e sus m o d e ­

los. A l c o n t r a r i o d e l o t r o A r c i p r e s t e , q u e e n e l s i g l o a n t e r i o r h a b í a

a m p l i f i c a d o a l g u n a s fuentes l a t i n a s d e s u Libro de buen amor, e l

a u t o r de l a Atalaya s i e m p r e c o m p e n d i a y a b r e v i a l a suya (según

e l p r o p ó s i t o d e c l a r a d o a l c o m i e n z o m i s m o de l a o b r a : " m e p r o p u s e

y c o m e d í de c o p i l a r los m á s reyes, así godos c o m o españoles y caste­

l l a n o s q u e y o p u d i e s e a l c a n z a r y saber, so e l m á s b r e v e c o m p e n d i o

q u e a m í p o s i b l e fuese") . E n u n a s pocas l íneas v i e r t e a veces párra­

fos enteros d e l a c r ó n i c a a l fonsí , e l i m i n a n d o t o d o l o q u e l e parece

accesor io . A s í , e n tres o c u a t r o f o l i o s de los mss. r e s u m e catorce ca­

p í t u l o s de l a Primera crónica q u e c o m p r e n d e n u n a s siete m i l pa la­

bras . E s t e p r o c e d i m i e n t o era de esperar t a m b i é n d e l t í t u l o m i s m o de

l a o b r a , q u e s u g i e r e e l p r o p ó s i t o d e l a u t o r : c o n t e m p l a r desde u n a

" a t a l a y a " los sucesos n a r r a d o s p o r los c r o n i s t a s , d i v i s a n d o sólo l o más

s o b r e s a l i e n t e .

A d i f e r e n c i a de l a Primera crónica general, q u e se r e p i t e a cada

paso ( h a c i e n d o s i e m p r e m i n u c i o s a r e f e r e n c i a a l o y a d i c h o p o c o más

a r r i b a ) , A l f o n s o M a r t í n e z sacr i f ica a veces a l a b r a q u i l o g í a l a c l a r i d a d

d e l s e n t i d o , c o m o e n e l l u g a r e n q u e d i c e q u e M a h o m a a p r e n d i ó de

u n j u d í o e s t r e l l e r o ' l a s leyes de j u d í o s y c r i s t i a n o s , y l a seta de m o ­

r o s " . E s éste u n pasaje q u e parece estar c o r r o m p i d o , p o r l o m e n o s

e n dos d e los c u a t r o mss. p r i n c i p a l e s q u e se c o n o c e n , mas p o r l o

p r o n t o p a r e c e r í a a b s u r d a l a a f i r m a c i ó n d e q u e M a h o m a fue a d o c t r i ­

n a d o p o r u n j u d í o e n l a secta de los m o r o s , a n o ser q u e se r e f i r i e r a

e l a u t o r a a l g ú n c u l t o p r o f e s a d o p o r los árabes antes de l a p r e d i c a ­

c i ó n d e l I s l a m . L o q u e o c u r r e , e n r e a l i d a d , es q u e e l A r c i p r e s t e h a

q u e r i d o a b r e v i a r t o d o l o p o s i b l e e l pasaje c o r r e s p o n d i e n t e de l a cró­

n i c a a l fonsí , e n q u e l e e m o s q u e " e l i u d i o e n s e n n o l estonces e n las

s c i e n c i a s n a t u r a l e s et e n l a l e y de los c r i s t i a n o s et d e los i u d i o s , e

daqui apriso Mahomat et tomo después cosas que metió en aquella

mala secta que el compuso p a r a p e r d i c i ó n d e las a l m a s d a q u e l l o s

q u e l a c r e e n . . . " (p. 263, c o l . 472) .

A veces l a d e p e n d e n c i a de l a f u e n t e es t a n es trecha q u e p o d e m o s

saber, n o y a c u á l fue e l m o d e l o d e l A r c i p r e s t e , s i n o i n c l u s o q u é

r e d a c c i ó n o q u é t i p o de t r a d i c i ó n m a n u s c r i t a d e b i ó de serle acce-

1 2 E n notas autógrafas que hemos visto, y q u e c i t a C . P É R E Z P A S T O R en l a

p . x v i i d e su ed. d e l Arcipreste de Talayera, M a d r i d , 1901.

Page 7: DEL ARCIPRESTE DE TALAVERAaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27821/1/... · o de Cuenca 1 Clás. cast., t. 13 (1952)4 Est.e tom contieno tambiée lna Vida de Ildefonso San del

N R F H , X I V L A " C O R O N I C A DE M A H O M A D " 27

s i b l e . A s í , e n e l caso p a r t i c u l a r de esta c r ó n i c a de A l f o n s o X , d e

e n t r e los m u c h o s mss. u t i l i z a d o s e n l a ed . de M e n é n d e z P i d a l , h a y

u n o e s p e c i a l m e n t e , d e s i g n a d o c o n l a s i g l a U ( B i b l i o t e c a de l a U n i ­

v e r s i d a d de M a d r i d , s i g l o x v ) , c o n cuyas v a r i a n t e s c o i n c i d e n m u c h a s

veces las de l a Atalaya, e n c o n t r a d e las l ecc iones de los p r i n c i p a l e s

mss. d e l a Primera crónica, a d m i t i d a s e n e l t e x t o p o r e l e d i t o r . Bas­

t a r á n dos o tres e j e m p l o s . E n todos los mss. de l a Atalaya se nos

d i c e q u e e l e m p e r a d o r H e r a c l i o e n v i ó a s u sobrino T e o d o r o a so­

m e t e r a los secuaces de M a h o m a q u e se n e g a b a n a p a g a r e l t r i b u t o ;

a h o r a b i e n , e n l a e d i c i ó n d e l a c r ó n i c a a l fonsí leemos q u e T e o d o r o

e r a hermano* de H e r a c l i o , p e r o U p r e s e n t a , c o m o los mss. d e l A r c i ­

preste , l a l e c c i ó n sobrino. S e g ú n e l t e x t o de la Crónica general, e l

l u g a r sagrado de l a M e c a se l l a m a b a Alcahaba; p e r o e l A r c i p r e s t e

l o l l a m a Alcahabán, f o r m a q u e c o i n c i d e c o n U. L o s p r i n c i p a l e s mss.

d e l a Primera crónica l l a m a n e n u n pasaje Hadiga a l a esposa d e l

p r o f e t a (p. 265, c o l . 478) , p e r o U l a l l a m a t a m b i é n a q u í Cadiga,

c o m o l o h a c e n s i e m p r e los mss. de l a Atalaya. Estas y otras c o i n c i ­

d e n c i a s n o p r u e b a n , p o r s u p u e s t o , q u e A l f o n s o M a r t í n e z h a y a u t i ­

l i z a d o p r e c i s a m e n t e e l m s . U, p e r o sí s u g i e r e n q u e d e b i ó c o n o c e r l a

t r a d i c i ó n m a n u s c r i t a d e l a Primera crónica r e p r e s e n t a d a p o r d i c h o

c ó d i c e .

T o c a a h o r a r e f e r i r n o s a los textos u t i l i z a d o s p a r a esta e d i c i ó n d e

l a " C o r ó n i c a d e M a h o m a d d e M e c a " . S o n los s igu ientes : 1) E l C o d e x

E g e r t o n 287 d e l B r i t i s h M u s e u m , q u e y a h e m o s m e n c i o n a d o , y q u e

d e s i g n a r e m o s c o n l a s i g l a L. S u l e t r a es de m e d i a d o s d e l s i g l o x v , y

c o n s t a de c c l x x x v i f o l i o s d e p a p e l , s e g ú n l a n u m e r a c i ó n d e l c o p i s t a

m i s m o , a q u e se ref iere u n í n d i c e c o n t e n i d o e n los p r i m e r o s c i n c o

f o l i o s . E s e l ú n i c o de los mss. m e d i e v a l e s de l a Atalaya q u e t i e n e

í n d i c e , y u n t í t u l o p a r a c a d a u n a de las crónicas (de este c ó d i c e p r o ­

v i e n e , pues , e l e p í g r a f e d e l f r a g m e n t o a q u í e d i t a d o : " C o r ó n i c a de

M a h o m a d de M e c a " ) . U n a p a g i n a c i ó n p o s t e r i o r , h e c h a a lápiz , i n ­

c l u y e t a m b i é n los p r i m e r o s f o l i o s y l l e g a a l n ú m e r o 290. M i d e 2 9 0 X

205 m m . Este ms. , m e n c i o n a d o e n e l s i g l o pasado p o r G a y a n g o s , fue

e s t u d i a d o después p o r C i r o t , c u y o s a r t í c u l o s m e e x c u s a n de c o n t i ­

n u a r a q u í c o n l a d e s c r i p c i ó n e x t e r n a 1 3 . L a " C o r ó n i c a de M a h o m a d "

1 3 P A S C U A L DE G A Y A N G O S , Catalogue of the manuscripts in the Spanish lan-

guage in the British Museum, t. 1, L o n d o n , 1875, p . 194; G E O R G E S C I R O T , " N o t e

sur Y Atalaya de r A r c h i p r é t r e de T a l a v e r a " , HMP, t. 1, p p . 355-369, y unas

" N o t e s c o m p l e m e n t a r e s " e n e l BHi, 28 (1926), 140-154. N a d a nos d ice C i r o t

sobre l a h i s t o r i a de este ms. antes de su adquis ic ión p o r e l B r i t i s h M u s e u m , y

p o r e l l o nos p e r m i t i m o s r e s u m i r aquí e l resu l tado de nuestra r á p i d a invest igación

sobre ese p a r t i c u l a r . E l ms. L presenta u n a serie de notas m a r g i n a l e s de dos

m a n o s diferentes, ambas, a l parecer, de m e d i a d o s d e l siglo x v n . P o r e j e m p l o , a l

p r i n c i p i o de l a " C o r ó n i c a de M a h o m a d de M e c a " , en e l m a r g e n derecho d e l f o l .

x x x v r°, hay esta acotación: " e n t i e m p o s d e l R e y L e o v i g i l d o fue M a h o m a " , es­

c r i t a c o n le tra d i s t i n t a de u n a n o t a q u e hay a l m a r g e n d e l f o l . x x v i v°, d o n d e

e l A r c i p r e s t e r e l a t a l a m u e r t e d e l rey T e n d i ó en Segovia. L a n o t a d ice : " E l

Page 8: DEL ARCIPRESTE DE TALAVERAaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27821/1/... · o de Cuenca 1 Clás. cast., t. 13 (1952)4 Est.e tom contieno tambiée lna Vida de Ildefonso San del

28 RAÚL A . DEL PIERO N R F H , X I V

C o d e x E g e r t o n 287, f o l . x x x v - v

Page 9: DEL ARCIPRESTE DE TALAVERAaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27821/1/... · o de Cuenca 1 Clás. cast., t. 13 (1952)4 Est.e tom contieno tambiée lna Vida de Ildefonso San del

i N K l M r i , A 1 V L A "CORÓNICA DE M A H O M A D " 29

o c u p a los fols. x x x v r ° - x x x v i i i r° (40 r 0 - 4 3 r° s e g ú n l a f o l i a c i ó n a lá­

p i z ) . 2) E l ms. 1892 de l a B i b l i o t e c a d e l P a l a c i o de O r i e n t e ( M a d r i d ) ,

q u e d e s i g n a r e m o s c o n l a s i g l a P. M i d e 2 7 0 X 2 0 0 m m . L e t r a d e l s i g l o

x v , c o n a l g u n a s notas m a r g i n a l e s d e l x v i . D e sus 251 f o l i o s s i n n u ­

m e r a r , c u a t r o c o n t i e n e n n u e s t r a " C o r ó n i c a " . R e m i t o a l l e c t o r a l a

d e s c r i p c i ó n q u e de él h i z o M e n é n d e z P i d a l 1 4 . 5 j E l C o d e x P a l a t i n u s

V i n d o b o n e n s i s H i s p a n i c u s 3 4 2 4 * , q u e d e n o m i n a r e m o s V. S u l e t r a

es t a m b i é n d e l s i g l o x v . T i e n e 213 f o l i o s , n u m e r a d o s 1-160, 162-214

(el n ú m e r o 161 f u e salteado p o r e r r o r de f o l i a c i ó n ) . L a " C o r ó n i c a

d e M a h o m a d " o c u p a los fols. 28 v°-3i v°. E l m s . f o r m ó parte de l a

b i b l i o t e c a de d o n P e d r o de N a v a r r a y de l a C u e v a , m a r q u é s de C á -

b r e g a , hasta q u e ésta fue a d q u i r i d a e n 1671 p a r a l a B i b l i o t e c a I m ­

p e r i a l de V i e n a , p o r m e d i a c i ó n d e l C o n d e de P ó t t i n g , e m b a j a d o r

d e L e o p o l d o I e n M a d r i d . H a s i d o d e s c r i t o p o r R i c h t h o f e n y p o r

W a l t e r C . K r a f t 1 5 . 4) F i n a l m e n t e , i n c l u i m o s las v a r i a n t e s de u n a co-

A r o o b i s p o D o n R o d r i g o L i b . 2. cap. 12 y D o n L u c a s de T u y . era D . L X I X d i c e n

q u e esta m u e r t e d e l R e y T e n d i ó sucedió e n Septa ( h o i Ceuta) C i u d a d de Áfr ica

— A m b r o s i o de M o r a l e s 2. L i b . i i cap. 53 y M a r i a n a L i b . 5 cap. 8 n o escr iben

e l l u g a r de su m u e r t e , n i hemos h a l l a d o o t r o a u t o r que l a escriba, y asi n o pare­

ció c o n v e n i e n t e e s c r i b i r l o en nuestra H i s t o r i a de Segovia" . E s t a n o t a n o puede

ser s ino de D i e g o de C o l m e n a r e s , a u t o r de l a Historia de la ciudad de Segovia

(1* ed. , Segovia, p o r D i e g o D i e z , 1637; 2 * e&., M a d r i d , p o r e l m i s m o impresor ,

1640; l a 1* ed. t iene 652 p p . ; l a 2* t iene 828, y es más c o m p l e t a ; cf. los datos

bio-bibliográficos de C o l m e n a r e s e n G . M . V E R G A R A Y M A R T Í N , Ensayo de una

colección... de noticias referentes a la provincia de Segovia, G u a d a l a j a r a , 1903,

p p . 468-475). E n l a p . 63 de l a ed. m a d r i l e ñ a (p. 116 de l a ed. de Segovia, 1921),

d i c e C o l m e n a r e s q u e los histor iadores n o ref ieren e l m o d o n i e l l u g a r d e la

m u e r t e d e l rey W i t e r i c o , pues todos s iguen u n a confusa n o t i c i a de San Is idoro ,

y a ñ a d e q u e sólo p o r e l A r c i p r e s t e de T a l a v e r a se sabe q u e fue m u e r t o en

Á v i l a y sepul tado e n Segovia, datos conservados e n los fols. l x v y x l i , repect iva-

m e n t e , d e l ms. de l a Atalaya de las crónicas q u e C o l m e n a r e s dice poseer. Esos

fo l ios c o i n c i d e n c o n los de L, y e n ambos lugares hay notas marginales de l a

m i s m a l e t r a d e l a u t o r de l a Historia de Segovia. A m a y o r a b u n d a m i e n t o , a l p i e

d e l f o l . 2 r° (donde c o m i e n z a e l índice) hay u n a firma, m e d i o b o r r a d a p o r u n

l í q u i d o , q u e C i r o t n o p u d o ident i f i car , y q u e nosotros leemos Diego de Colme­

nares. P o r c ierto, e n e l pasaje c i t a d o dice C o l m e n a r e s q u e l a Atalaya se escribió

p o r o r d e n expresa de J u a n I I . — E n l a p o r t a d a de L hay u n a n o t a (en le tra d e l

s ig lo X V I I d i s t i n t a de l a de Colmenares) p o r l a q u e sabemos q u e el códice "costó

trescientos reales". E s dif íci l saber a q u é v e n t a a l u d e . E n marzo de 1651, pocos

días después de l a m u e r t e de C o l m e n a r e s , su b i b l i o t e c a se ofreció en públ ica

subasta, y fue a d q u i r i d a e n 25,000 reales p o r P e d r o L a s o (cf. M A R I A N O Q U I N T A -

N I L L A , La biblioteca de Colmenares, Segovia, 1951, p . 5); poco después e l códice

de l a Atalaya pasó a l a b i b l i o t e c a d e l M a r q u é s de C a b r e r a , según n o t i c i a de

G A S P A R IBÁÑEZ DE S E G O V I A - P E R A L T A Y M E N D O Z A (marqués de Mondéjar) , Diser­

taciones eclesiásticas, Zaragoza, 1671, p . 53. E l ú l t i m o español que poseyó este

ms. fue A n t o n i o d e U g u i n a , a cuya m u e r t e (1835) pasó a l B r i t i s h M u s e u m . C f .

Epistolario de Manuel José Quintana, ed . E . D Í A Z - J I M É N E Z , M a d r i d , 1933, p . 36. X 4 c R . M E N É N D E Z P I D A L , Catálogo de la Real Biblioteca..., p p . 167-169 ( lo c i ta

c o n l a s i g n a t u r a a n t i g u a : 2-C-9, y r e p r o d u c e e n colores l a p r i m e r a página) . 1 5 W A L T E R C . K R A F T , Códices Vindobonenses Hispanici, C o r v a l l i s , O r e g o n ,

Page 10: DEL ARCIPRESTE DE TALAVERAaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27821/1/... · o de Cuenca 1 Clás. cast., t. 13 (1952)4 Est.e tom contieno tambiée lna Vida de Ildefonso San del

RAÚL A . D E L P I E R O N R F H , X I V

U n t i l a

'AÈM± -fitti

TO^il^lép» U#É£j>l?¡t¡to0*

f « » t f » f e ^ * A i i * é tota '^tsmpmim ymipi* Jmm*» i

M a n u s c r i t o 1893 (2-C-9) de l a B i b l i o t e c a de P a l a c i o ( M a d r i d )

Page 11: DEL ARCIPRESTE DE TALAVERAaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27821/1/... · o de Cuenca 1 Clás. cast., t. 13 (1952)4 Est.e tom contieno tambiée lna Vida de Ildefonso San del

J \ I K * W , X I V L A "CORÓNICA DE M A H O M A D " 31

p i a d e l s i g l o x v m q u e se c o n s e r v a e n l a A c a d e m i a de l a H i s t o r i a

( M a d r i d ) , est. 26, gr . 1, D . 21. Este ms. , q u e d e s i g n a m o s c o n l a s ig la

H, m i d e 2 0 X 3 0 c m . , y c o n s t a de 563 hojas, s e g ú n p a g i n a c i ó n re­

c i e n t e , h e c h a c o n m á q u i n a de n u m e r a r . F u e c o p i a d o c u i d a d o s a ­

m e n t e e n 1755 p o r J u s t o d e l C e r r o , y t i e n e notas m a r g i n a l e s de l e t r a

de C a m p o m a n e s . S u t e x t o f u e e l ú n i c o c o n o c i d o p o r C r i s t ó b a l P é r e z

P a s t o r , p r i m e r e d i t o r m o d e r n o d e l Corbacho, y p o r otros e r u d i t o s

españoles de p r i n c i p i o s de s i g l o 1 6 .

A los tres mss. m e d i e v a l e s de l a Atalaya t a l vez p o d r í a añadirse

o t r o más, a u n q u e es f r a g m e n t a r i o y n o se a t r i b u y e a s u v e r d a d e r o

a u t o r . N o s r e f e r i m o s a l E s c u r i a l e n s e X . i . 1 2 , c ó d i c e i l u m i n a d o p o r

G o n z a l o d e T o l e d o , de 3 5 i X 2 5 ° n i m . , e n l e t r a g ó t i c a d e l s ig lo x v ,

a dos c o l u m n a s . S u c u a r t a y ú l t i m a p a r t e (fols. 312 T°-3Q8 v°) c o n ­

t i e n e pasajes de l a Atalaya, desde P e l a y o hasta E n r i q u e I I I ; n o i n ­

c l u y e , pues, e l f r a g m e n t o q u e a q u í e d i t a m o s 1 7 . M e n c i o n e m o s , p o r

ú l t i m o , otras dos c o p i a s d e l s i g l o x v m , q u e t a m p o c o h e m o s u t i l i z a d o :

u n a se c o n s e r v a e n l a A c a d e m i a E s p a ñ o l a , y l a o t r a e n l a B i b l i o t e c a

d e P a l a c i o 1 8 .

1957, p p . 4-5; E R I C H VON R I C H T H O F E N , " A l f o n s o M a r t í n e z de T o l e d o u n d sein

Arcipreste de Talauera. E i n kasti l isches P r o s a w e r k des 15. J a h r h u n d e r t s " , ZRPh,

61 (1941), 417-537 (en las p p . 430-433 describe e l códice V, y e n l a p . 431 repro­

duce e l p r i m e r fo l io) . 1 6 R I C H T H O F E N , art. cit . , p . 434, n o t a 1, c i ta estas pa labras de A . B o n i l l a y

San M a r t í n : " L a crónica i n t i t u l a d a Atalaya de las coránicas, escrita e n 1443 y to­

davía inédita , merecía q u e e l señor Pérez Pastor se hubiese d e t e n i d o en l a des­

cr ipción d e l m a n u s c r i t o de l a R e a l A c a d e m i a de l a H i s t o r i a , único citado y m u y

d i g n o de ver p r o n t o l a l u z p ú b l i c a " . 1 7 L o s fols. 1 r ° - n r° c o n t i e n e n u n a tab la cronológica de los reyes de España,

m u y semejante a l a que se h a l l a a l p r i n c i p i o de H; e n los fols. 13 r°-22 r° está

l a Crónica del moro Rasis, y e n los fols. 42 r 0 - 3 i 2 r° l a Crónica sarracina de

P e d r o d e l C o r r a l ( fa l tan m u c h o s fol ios) . E l copis ta t a m p o c o a t r i b u y e estas dos

últ imas obras a sus autores, y a l parecer se p r o p u s o c o m p i l a r u n a miscelánea

histórica. R . M E N É N D E Z P I D A L , La leyenda de los Infantes de Lara, M a d r i d , 1896,

p . 75, n o t a 1, o b s e r v a n d o q u e l a h i s t o r i a de los Infantes se n a r r a e n este códice

ta l c o m o e n l a Atalaya, supone q u e "quizá e l A r c i p r e s t e copió algo de esta cró­

n i c a " ( la ú l t i m a d e l Escur ia lense) , p e r o más tarde (Rodrigo, ed. cit . , p . 179) rec­

ti f ica su o p i n i ó n y reconoce q u e l a re lac ión es inversa , y q u e l a par te final d e l

E s c u r i a l e n s e está t o m a d a de l a Atalaya. As í es, e n efecto; obsérvese, p o r e j e m p l o ,

que el c o m p i l a d o r c o p i a l a Crónica sarracina s i n m e n c i ó n de su t í tu lo n i de su

autor , p e r o i n c l u y e t a m b i é n , a l l a d o de e l la , u n c o n o c i d o pasaje de las Genera­

ciones y semblanzas e n q u e e l señor de Batres cal i f ica de " t r u f a " y " m e n t i r a pa­

l a d i n a " l a o b r a de P e d r o d e l C o r r a l . — N i R i c h t h o f e n n i los d e m á s estudiosos

d e l A r c i p r e s t e de T a l a v e r a m e n c i o n a n e l extenso f r a g m e n t o d e l E s c o r i a l entre

los mss. de l a Atalaya. N o es m u y i m p o r t a n t e esta omis ión, de todos modos , y a

q u e e l interés d e l f r a g m e n t o parece l i m i t a r s e a l es tudio d e l a transmisión t e x t u a l .

C r e o q u e pertenece a l t i p o representado p o r P y V ( t e r m i n a c o n las mismas pa­

labras q u e estos dos: " . . . e fue f a l l a d o d o n Á l u a r Peres q u e d e m a n d a u a R a z ó n e

tenía d e r e c h o " ; cf. infra, n o t a 19); sus var iantes d i f í c i lmente p o d r í a n preferirse

a las de los demás códices. 1 8 D e estos dos mss. d a n o t i c i a M E N É N D E Z P I D A L , La Leyenda de los Infantes

Page 12: DEL ARCIPRESTE DE TALAVERAaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27821/1/... · o de Cuenca 1 Clás. cast., t. 13 (1952)4 Est.e tom contieno tambiée lna Vida de Ildefonso San del

32 RAÚL A . DEL PIERO N R F H , X I V

A pesar de las val iosas d e s c r i p c i o n e s ais ladas de L, P y V q u e

m e n c i o n a m o s a r r i b a , n i n g ú n es tudioso parece h a b e r t e n i d o a l a v i s t a

los tres mss. s i m u l t á n e a m e n t e . U n e x a m e n a u n s u p e r f i c i a l m u e s t r a

q u e P y V p r e s e n t a n c o i n c i d e n c i a s n o t a b l e s f r e n t e a L. A m b o s l l e ­

g a n h a s t a E n r i q u e I I I , de c u y o r e i n a d o i n c l u y e n só lo u n a p a r t e ,

e n t a n t o q u e L c o m p l e t a e l p e r í o d o d e este r e y y a ñ a d e l a c r ó n i c a

d e s u sucesor, J u a n I I , l l e g a n d o hasta e l a ñ o de 1454, c o n u n

b u e n n ú m e r o de f o l i o s q u e sólo e n este m s . se e n c u e n t r a n 1 9 . A d e ­

m á s , P y V r e p r e s e n t a n u n a m i s m a t r a n s m i s i ó n , y p o r las var iantes

d e l f r a g m e n t o a q u í p u b l i c a d o se o b s e r v a r á q u e c o n c u e r d a n (frente

a L j e n v a r i o s errores ev identes : p o r e j e m p l o , h a c e n a L e o n e g i l d o

( q u e n o es s i n o L e o v i g i l d o , c o m o l o c o n f i r m a e l cote jo c o n l a fuente)

rey de Arabia, s i n d u d a p o r u n a g losa a b s u r d a d e l c o p i s t a ; a m b o s

d i c e n puerta e n vez de piedra ( h a b l a n d o de l a " p i e d r a a y m a n t " c o n

q u e , s e g ú n e l c r o n i s t a a l fonsí , d e b í a c o r o n a r s e l a r e c o n s t r u c c i ó n d e l

A l c a h a b á n ) ; a m b o s o f r e c e n l a l e c c i ó n c o r r u p t a matheo dor, f r e n t e

a l a de L: mato a theodorio; a m b o s s i t ú a n e l n a c i m i e n t o de M a h o -

m a " a n d a d o s a d i e z anwos de su r r e y n a d o d e l d i c h o r r e y L e o n e g i l ­

d o " , m i e n t r a s q u e L (de a c u e r d o c o n l a Primera crónica) d i c e : " a n ­

d a d o s a n u e u e a n n o s d e l d i c h o Rey L e o n e g i l d o " ; a m b o s o f r e c e n l a

l e c c i ó n " v e y n t e e <iinco" e n e l l u g a r e n q u e L ( a p o y a d o s i e m p r e p o r

l a Primera crónica) t i e n e : "y e r a y a de h e d a d de t r e y n t a y (¡meo

a n n o s " . L o s e j e m p l o s p o d r í a n m u l t i p l i c a r s e .

A u n q u e u n a caracter ís t ica m u y c o n o c i d a de l a e s c r i t u r a d e l s i g l o

x v es l a v a c i l a c i ó n ( q u e se a d v i e r t e , n o y a c o t e j a n d o d i s t i n t o s códices ,

s i n o a m e n u d o d e n t r o d e u n a p á g i n a d e l m i s m o copis ta) , p u e d e

d e c i r s e q u e las graf ías de P y V se a s e m e j a n bastante , f r e n t e a las de

L . H a s t a p o d r í a dec irse q u e los p r i m e r o s f o l i o s d e P y V f u e r o n co­

p i a d o s p o r l a m i s m a m a n o , d i s t i n t a s i n d u d a de l a q u e t ranscr ib ió

los ú l t i m o s f o l i o s de V. C l a r o q u e t a m b i é n se a d v i e r t e n d i f e r e n c i a s

n o t o r i a s : V está c o p i a d o a dos c o l u m n a s ; P, a p á g i n a e n t e r a (cuyo

de Lara, loe. ext.; según el m i s m o a u t o r (Catálogo dx la Real Bibl., p . 169), e l de

l a B i b l i o t e c a d e P a l a c i o es c o p i a d e H. Y a veremos q u e e l o t r o t a m b i é n l o es. 1 9 L a frase final de P y V, antes d e l explicit, es: "e fue f a l l a d o d o n Á l u a r

Pérez q u e d e m a n d a u a R a z ó n e tenía derecho a l a l m i r a n t a d g o " . E n L, f o l . ecl iv

v°, h a c i a e l final, se lee esa m i s m a frase, seguida de u n calderón en t i n t a r o j a ,

tras e l c u a l pros igue e l texto: "E después desto estando e l R e y d o n E n R i q u e en

V a l l a d o l i d le v i n i e r o n nueuas q u e l R e y d o n J u a n de P o r t o g a l a u í a q u e b r a n ­

t a d o . . . " ; e l r e l a t o p r o s i g u e hasta e l f o l . c c l x x x v i v°. V a r i o s autores (entre ellos

S Á N C H E Z A L O N S O , e n las dos obras y lugares y a citados) a f i r m a n q u e l a Atalaya

alcanza hasta e l final d e l r e i n a d o de J u a n I . P e r o , a u n p r e s c i n d i e n d o de las adi ­

ciones de L —que Sánchez A l o n s o conoce, y c i t a e n su Historia de la historiogra­

fía, loe. cit.—>, los demás mss. i n c l u y e n t a m b i é n , c o m o q u e d a d i c h o , u n a parte

c o n s i d e r a b l e d e l r e i n a d o de E n r i q u e I I I . ( E l hecho de q u e L l leve u n poco más

ade lante l a narrac ión n o p r u e b a , a nuestro e n t e n d e r , q u e este c ó d i c e sea pos­

t e r i o r a P y V, c o m o a f i r m a b a R I C H T H O F E N , art. cit . , p . 432, a u n q u e s in d a r

razones).

Page 13: DEL ARCIPRESTE DE TALAVERAaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27821/1/... · o de Cuenca 1 Clás. cast., t. 13 (1952)4 Est.e tom contieno tambiée lna Vida de Ildefonso San del

N R F H , X I V L A " C O R Ó N I C A D E M A H O M A D " 33

contenido es mucho menor). E l texto de P parece u n poco menos corrupto. A u n q u e L se lee sin dificultad, es muy inferior, caligráfi­camente, a P y V. L a letra de L es cursiva, en tanto que P y V pre­sentan u n buen ejemplo de ese t ipo de escritura semigótica, tan común en la l ibrar ia del siglo xv, que los paleógrafos del siglo pa­sado l lamaban "redonda de l ibros" . Faltan en L las mayúsculas i l u ­minadas (a excepción de la pr imera E, hecha toscamente en t inta roja), mientras que en P y V hay muchas i luminaciones, que marcan la subdivisión de las crónicas; esta subdivisión, que suele responder a u n criterio más ornamental que histórico, es casi siempre igual en P y en V, y la letra i l u m i n a d a (de preferencia una E) suele ser también la misma. Por último, el escriba de P concluye con la fórmula: "Este l i b r o es acabado; Dios todopoderoso sea siempre en­c a l c a d o . . . Deo grás por sienpre", que se parece mucho a l a que aparece en V: "Este l i b r o es acabado; Dios sea por sienpre loado. Deo gracias por sienpre", en tanto que el explicit de L es m u y la­cónico: "Amén Pater noster".

E l copista de L es menos culto: sus erratas del tipo mor do por morbo parecen indicar que ignoraba el latín. Sabido es, sin embargo, que los mejores manuscritos se deben a los copistas más ignorantes 2 0 , pues quienes no entendían lo que escribían, rara vez se tomaban l i ­bertades con el texto, al contrario de los más cultos, que a menudo cedían a la tentación de enmendarlo. H e aquí u n ejemplo tomado del texto que editamos. Según l a Primera crónica, M a h o m a fue a Jerusalem en una bestia l lamada "en arauigo alborach", y "desta bestia dizen los moros que tiene alas". E l Arcipreste (texto de L) nos dice que el profeta "fue cauallero en vna bestia que dezien alborach y tiene alas", frase, sin duda, algo elíptica. E l copista de L no se atrevió a enmendar el pasaje y nos lo transmitió en su forma más pura : "y tiene alas y anda m u c h o " . E n cambio, los copistas de P y V juzgaron quizá que lo del monstruo alado no venía bien en u n texto histórico, y nos dejaron sendas enmiendas de su cosecha: "e tiene an­das e anda mucho" (P), "e tiene alas andas m u c h o " (V), donde alas es probablemente preposición más artículo (a las); esta última en­m i e n d a es la más or ig inal , ya que el copista logra deshacerse del elemento fabuloso con sólo añadir u n a s y supr imir el signo pequeño de la copulativa.

Si admitimos que P y V están estrechamente relacionados, y que hasta pudieron tener u n escriba en común, ¿podría uno de ellos ser copia del otro? Es seguro que no, pues si hay en P lagunas que n o aparecen en V, también es cierto lo contrario. P o r ejemplo, en esta "Corónica de M a h o m a d " , en el pasaje en que L dice: "que estaua

2 0 L o c u a l , según A L B E R T C . C L A R K , Recent developments in textual criticism,

O x f o r d , 1914, p . 21, "ya h a de jado de ser u n a p a r a d o j a p a r a convert irse e n u n

l u g a r c o m ú n " .

Page 14: DEL ARCIPRESTE DE TALAVERAaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27821/1/... · o de Cuenca 1 Clás. cast., t. 13 (1952)4 Est.e tom contieno tambiée lna Vida de Ildefonso San del

34 RAÚL A . D E L PIERO N R F H , X I V

muy poderoso M a h o m a d E después que vido la su couardía M a h o -m a d dio en ellos", las palabras "E después que v ido la su couardía M o h a m a d " se hal lan en V (con alguna ligerísima variante), pero faltan en P, por evidente homoeoteleuton21. E n cambio, en el pasaje que se refiere a l a visión de los tres vasos, la frase 4 's i el del b i n o que se perdería con el pueblo" falta en V pero está en P (aquí la omisión del escriba es u n buen ejemplo de homoeoarcton). U n poco antes, a l hablar de las festividades instituidas en el Alcorán, las palabras " jten ordenó otra fiesta que l laman almohara y más otros treynta días" faltan también en V (homoeoteleuton) pero están en P. Así, pues, P y V proceden de u n arquetipo común perdido.

A h o r a debemos ocuparnos del ms. H. A l final de este códice (fol. 563 v°) se halla la siguiente nota, en la esmerada letra del copista: ''Acabóse de copiar este manuscrito el día 17 de octubre de 1755 por l a mañana, habiéndose cotejado con todo cuidado con su or ig inal , para el uso de la R e a l Academia de la His tor ia , y de su orden. M a ­d r i d , dicho día.-— [Firmado:] Campomanes.—Justo del C e r r o " . Y más abajo, de letra de Campomanes: "Pertenece a la R e a l Academia de la Histor ia , y es copia de u n or ig inal coetáneo del Arcipreste, bus­cado por di l igencia de d o n Pedro Rodríguez Campomanes, acadé­mico y revisor de la misma R e a l Academia" . ¿Cuál es ese "original"? Según M A R T Í N D E R I Q U E R (en su ed. del Corbacho, Barcelona, 1949,

p. 10, nota 1), H es copia de P . U n rápido cotejo muestra, s in em­bargo, que no es así. H no sólo presenta toda u n a serie de variantes frente a P, sino que está exento de lagunas de este último ms. Por ejemplo, en el pasaje de nuestro texto "y tanto le ayudaua Dios que acrecentó muy mucho el auer de su tía", las palabras de su tía faltan en P, pero están en V y en L, y están también en H. E n el pasaje "fue a Meca y tomó los corrixinos chmh'anos", l a palabra corrixinos falta en P y en V, pero está en L y en H. Más abajo, donde el A r c i ­preste habla de la segunda batalla entre M a h o m a y Teodoro , las palabras " M a h o m a d e desque vido la su couardía" faltan en P, pero están en V y en L, y asimismo en H (por el contrario, en ese mismo lugar H coincide con V y P en la lección corrupta " M a t h e o dor" , que ya hemos mencionado). Frente a V y P, que ofrecen la lección incorrecta "veynte e c.inco", H dice " x x x v años", a semejanza de L: " . . . ; y era ya de hedad de treynta y <:inco annos" (lección corrobo­rada por la Primera crónica). P o r otra parte —y esto es decisivo—, H presenta lagunas extensas que no están en P y que se deben, según hace constar Campomanes en el pr imer folio, a que "padecía el mis-

2 1 Se h a b l a de omissio ex homoeoteleuto c u a n d o e l copis ta o m i t e u n a p a l a b r a

o u n s i n t a g m a q u e se repi te a l final de dos o más períodos, p o r h a b e r saltado su

v is ta de u n a p a l a b r a (o terminac ión, o g r u p o de palabras) a l a m i s m a p a l a b r a ,

r e p e t i d a después. L a omissio ex homoeoarclo se d a c u a n d o l a semejanza ocurre

a l c o m i e n z o d e l per íodo . C f . A . C . C L A R K , The descent of manuscripts, O x f o r d ,

1918, p p . 1 ss.

Page 15: DEL ARCIPRESTE DE TALAVERAaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27821/1/... · o de Cuenca 1 Clás. cast., t. 13 (1952)4 Est.e tom contieno tambiée lna Vida de Ildefonso San del

N R F H , X I V L A "CORÓNICA DE M Á H O M A D " 35

m o defecto su or ig ina l" . E n conclusión, el or ig inal de H no es P, sino u n texto medieval hoy perdido (o que, por lo menos, no ha llegado a la noticia del autor de estas líneas). S i n embargo, en líneas generales H se asemeja mucho más a PV que a L. L a lección corrup­ta " judío de A n t i o c h i a " (en vez de " J u a n de Ant iochia") está en H a l igual que en P y V; la división de los capítulos es la misma, y los tres mss. terminan en el mismo lugar de la crónica de E n r i q u e I I I , y con las mismas palabras, mientras que L, como hemos visto, concluye esa crónica y añade la de J u a n I I . Podemos afirmar, pues, que el or ig inal perdido de H —que llamaremos Z — pertenecía a la misma famil ia que los mss. P y V; y es evidente que el modelo común de P y V —que llamaremos Y — estaba estrechamente relacio­nado con Z ; quizá Y y Z provenían de una misma fuente 2 2 .

E n vista del anterior cotejo, tratemos de trazar la filiación (por lo menos provisional) de los principales textos de la Atalaya. N o incluimos el fragmento del Escorial (que habría que relacionar con Z). P\ conservado en la Bibl ioteca de Palacio, es copia de H. T a m ­bién comprobamos que lo es el ms. de la R e a l Academia Española: ambos carecen, pues, de valor crítico (cf. supra, n . 18).

X

, O r i g i n a l N

Y

/ \ P V

H

(P')

2 2 H a y unas pocas c o r r u p c i o n e s de H-Z q u e c o i n c i d e n sólo c o n P , pero poco

p r u e b a n , pues s u p o n e n correcciones d e l escriba de V, p o r e j e m p l o pro rrebuelta

f rente a rrebuelta. E s difíci l saber si las erratas o r i g i n a l e s de H estaban y a e n Z

o se d e b e n a J u s t o d e l C e r r o . H e aquí a lgunos e jemplos: Entina p o r Emina

( C a m p o m a n e s corr ige a l m a r g e n , en caste l lano y e n árabe: " E m i n a , h i j a de

W a h e b " ) , " j u d í o E s t u l e r o " p o r " j u d í o es tre l lero" , " t u v o camiones m a l a s " p o r

" y n v o c a c i o n e s m a l a s " . A l g u n a s de las erratas d e H p r e s e n t a n formas intermedias

entre l a lección g e n u i n a de u n ms. y l a más c o r r u p t a de otro , p o r e jemplo "seta

d i m o r a s " , v e r d a d e r o p u e n t e entre l a corrupc ión "seta d i y a o r a s " de V y l a f o r m a

correcta "seta de m o r o s " de P y L: p o d e m o s s u p o n e r q u e el a r q u e t i p o Y decía

"seta d i m o r a s " o algo p a r e c i d o , y q u e el copis ta corrigió m a l e n u n caso y b i e n

e n e l o t r o . — U n a s pa labras más acerca de H. L o s fo l ios i n i c i a l e s c o n t i e n e n u n a

" T a b l a de los reyes de E s p a ñ a " (más extensa q u e l a de L, pues i n c l u y e también

l a cronología) q u e se parece m u c h o a l a y a m e n c i o n a d a (supra, n o t a 17) d e l Es-

cur ia lense X . i . 1 2 , y q u e seguramente se e n c o n t r a b a y a e n Z ; o t r a semejanza de

Z con e l E s c u r i a l e n s e parece h a b e r sido e l t i p o de l e t r a (gótica, a juzgar p o r u n

d i b u j o m a r g i n a l d e l f o l . 69 r° de H, d o n d e J u s t o d e l C e r r o trata de r e p r o d u c i r

Page 16: DEL ARCIPRESTE DE TALAVERAaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27821/1/... · o de Cuenca 1 Clás. cast., t. 13 (1952)4 Est.e tom contieno tambiée lna Vida de Ildefonso San del

36 RAÚL A . DEL PIERO N R F H , X I V

isamsmat Smammi

~ : Ì I Ì I É J I Ì I ^

j i f i a » , »

fwfetow I ^ I I S I « t a p N »

J t a ^ & M * . . . . ...(CN»» Jisf f * »

« flUcv ' <*t*mlk><inU «ut

C o d e x P a l a t i n u s V i n d o b o n e n s i s 3424*, f o l . 29-r

Page 17: DEL ARCIPRESTE DE TALAVERAaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27821/1/... · o de Cuenca 1 Clás. cast., t. 13 (1952)4 Est.e tom contieno tambiée lna Vida de Ildefonso San del

N R F H , X I V L A "CORÓNICA DE M A H O M A ü " 37

Según hemos observado, L debe de estar muy cerca del or ig inal ; acaso es copia directa. E l arquetipo X es el pr imer ejemplar de la versión que podríamos l lamar palatina. E n él se introducía segura­mente la subdivisión de las crónicas mediante mayúsculas i l u m i n a ­das. E l copista de X cometió por descuido varios errores, reprodu­cidos por P, V y H, que ya hemos mencionado, por ejemplo "judío de A n t i o c h i a " en vez de " J u a n de A n t i o c h i a " , o "Matheo dor" en vez de "mató a Theodor( i )o"; a X debe remontarse también la co­rrupción del pasaje en que Mahoma, estando para m o r i r , profetiza a los suyos: "Amigos, sabed que [yo] morré; mas vosotros por agua auedes de ser saluos"; en vez de agua, encontramos alguno en P , algunos en V y alguna en H (la lección genuina agua, preservada en L , está apoyada por la Primera crónica general y por su fuente, el cronicón del Tudense: " O n d e d i x o a algunos que estauan presentes que por agua alcanzarían el perdón de sus pecados, y luego murió", ed. J . P u y o l , M a d r i d , 1926, p. 206). E n cambio, creemos que en la oración que antecede, el sentido hace preferible la lección "yo morré" de PVH, frente al " n o n morré" de L. Entre las variantes que recogemos en nuestra edición de la "Corónica de M a h o m a d " , el lector podrá descubrir otros errores, legiones varice y omisiones atribuibles a X, frente a la lección de L.

Hemos supuesto que de X derivan Y y Z: Y es el arquetipo de PV, y Z el or ig inal de H. L a tabla cronológica contenida en los primeros folios de H estaba evidentemente en Z, y es muy probable que estu­viera también en X (recuérdese lo dicho en nuestra nota 17 sobre el ms. del Escorial): en ese caso, Y la omitió. A las omisiones y errores de X, el copista de Y añadió otros nuevos, o sea aquellos en que coinciden PV en contra de LH, como puerta por piedra o la omi­sión de corrixinos. P o r su parte, Z parece haber añadido asimismo errores nuevos a los que ya había en X; pero como esos errores sólo los podemos ver en H, cabe la posibi l idad de que sea Justo del Cerro quien los haya cometido.

Resta todavía una dificultad. E n el texto que aquí editamos hay por lo menos dos pasajes en que H(Z) concuerda con V frente a P, y uno en que H(Z) coincide con P frente a V. ¿Destruiría esto la explicación de u n arquetipo común, Y, para PV? Examinemos los pasajes. A l final de la "Corónica", V y H añaden (cito por V): "Ago­ra, acabados los fechos de M a h o m a d , tornaré a los godos rreyes, que luego que Leonegi ldo murió en T o l e d o E [sic] fue aleado rrey su

l a a b r e v i a t u r a ihrlm ' J e r u s a l e m ' de su m o d e l o ) . J u s t o d e l C e r r o m o d e r n i z a casi

s iempre las grafías: n o escribe, p o r e jemplo , auian, onbre, dezia, rrica, vna,

comengo, dexo, etc., s ino habían, hombre, decía, rica, una, comenzó, dejo, etc.

A pesar de todo, l a c o p i a parece ser m u y fiel, y a su interés se u n e e l de las

notas de C a m p o m a n e s . Véase, p o r e j e m p l o , l a interesante observac ión p r e l i m i n a r

de este e r u d i t o , e n l a p o r t a d a de H, q u e c o p i a C . P É R E Z P A S T O R e n su ed. d e l

Corbacho, M a d r i d , 1901, p p . x v i - x v i i .

Page 18: DEL ARCIPRESTE DE TALAVERAaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27821/1/... · o de Cuenca 1 Clás. cast., t. 13 (1952)4 Est.e tom contieno tambiée lna Vida de Ildefonso San del

3» RAÚL A . D E L PIERO N R F H , X I V

fijo rrecaredo". Y en el pasaje en que M a h o m a va a Casti l la, V y H coinciden en la lección " e l diablo avisóse", frente a P: " e l diablo lo aujsó" (L 4 'el diablo auisóle"); por el contrario, poco antes L y V coinciden en la lección "en tal Rebuelta" frente a l a corrupción "en tal pro rrebuelta" en que concuerdan P y H. Adviértase, sin em­bargo, que dentro de la transmisión que llamamos palatina, distinta de L, n inguna de estas tres coincidencias forma u n verdadero sternma o marca genealógica lo bastante firme para establecer una relación más estrecha entre H y uno de los otros mss. B i e n podría suponerse que l a oración final de V y H estaba en X y pasó a Y y a Z, pero que el copista de P la desechó como glosa de otro escritor, sobre todo si estaba al margen de Y. E n cuanto al error "avisóse", podría haber estado en X , de donde fue copiado por los escribas de Y y Z, y corre­gido por el de P . U n a explicación análoga valdría para la lección "pro rrebuelta", aunque aquí la corrección fue realizada por el copista de V. E n todo caso, la filiación que proponemos es provi­sional. B i e n puede haber habido generaciones intermedias, por ejem­plo entre los arquetipos X e F ^ o entre X y Z, etc.

L a base de nuestra edición, como ya hemos dicho, es el ms. L . Tratamos de reproducir fielmente este texto, poniendo siempre entre [ ] las poquísimas lecciones de otros mss. que introducimos en el texto para enmendar lo que consideramos error u omisión evidente (y en esos casos, incluimos en las variantes las lecturas de L). Con­servamos la v y la / vocálicas y la u consonantica, pero no la [ elon-gada (en la "Corónica de M a h o m a d " , los tres mss. medievales usan siempre la [ al p r i n c i p i o o en medio de palabra, y la s al final; pero en los primeros folios de L su copista, menos experto, usa a veces la [ en final de palabra). Transcr ibimos 3; l a copulativa 2 de L, porque el copista alguna vez la escribe "y"; en cambio, represen­tamos con e ese mismo signo en las variantes de P y V, ya que en estos códices la conjunción suele escribirse " E " ; transcribimos E la copulativa mayúscula usada a veces en L (parecida a una a manus­crita moderna, cruzada a la derecha por u n rasgo horizontal). Las tres representaciones (y, e, E) van siempre en cursiva, como también las letras suplidas en la resolución de abreviaturas 2 3 . Separamos la preposición de su complemento ("en el", "a las" en lugar de "en^l" , "alas"), excepto cuando la vocal i n i c i a l del complemento coincide con l a final de la preposición ("deste", "despedías"). Fuera de la pr i ­mera E, no hay mayúsculas en el texto L de nuestra "Corónica" (no es mayúscula la R - i n i c i a l que L, a diferencia de P y de V, prefiere a la reduplicación rr para representar el fonema múltiple; a veces

2 3 L a s abrev iaturas xanos, Ihu Xpo y Ihrlm (todas el las c o n t i l d e superpues­

to) h a n sido desarrol ladas respect ivamente " c h m f i a n o s " , "Ie.su C h m í o " y " lerw-

salem". O m i t i m o s los t i ldes l l a m a d o s " i n ú t i l e s " , q u e n o s u p o n e n abreviaturas, y

q u e e n L suelen i r sobre pa labras c o n ch y sobre a lgunas otras, c o m o mili, etc.

Page 19: DEL ARCIPRESTE DE TALAVERAaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27821/1/... · o de Cuenca 1 Clás. cast., t. 13 (1952)4 Est.e tom contieno tambiée lna Vida de Ildefonso San del

N R F H , X I V L A "CORÓNICA DE M A H O M A D " 39

hallamos también en L la -R- media). Así, pues, las mayúsculas son nuestras, como también la acentuación y puntuación modernas. C o n el signo representamos los calderones rojos del ms. pr inc ipal . In­cluimos las variantes de PVH que suponen cambios fonéticos (por ejemplo bino, pero no ujno, como variante de vino)24". C o m o hemos dicho, nuestro texto empieza en el fol . x x x v r° de L, y acaba en el fo l . X X X V I I I r°; las divisiones entre las caras de los folios van marcadas con dos barras diagonales. Para señalar cómodamente las variantes, pone­mos en el margen izquierdo unas letras entre corchetes, y numeramos las líneas de cinco en c inco 2 5 .

R A Ú L A . D E L P I E R O

U n i v e r s i t y of C a l i f o r n i a .

2 4 N o recogemos las grafías de H q u e son m o d e r n i z a c i o n e s evidentes, c o m o

dijo p o r *dixo, etc.; J u s t o d e l C e r r o suele t r a n s c r i b i r c o n -b- l a -u- c o n s o n a n t i c a :

andubo p o r *anduuo, rebeló p o r *rreuelo, etc. 2 5 Deseo expresar m i a g r a d e c i m i e n t o a A n t o n i o A l a t o r r e , que en dos largas

cartas m e h i z o l legar sugestiones m u y val iosas p a r a l a edic ión. A l a a m a b i l i d a d

d e d o n T o m á s M a g a l l ó n d e b o micropel ículas de dos de los códices estudiados.

A g r a d e z c o también a l señor pres idente d e l P a t r i m o n i o N a c i o n a l de España , a l

secretario de l a A c a d e m i a de l a H i s t o r i a , a los b i b l i o t e c a r i o s d e l m o n a s t e r i o d e l

E s c o r i a l , a l a d irecc ión d e l B r i t i s h M u s e u m y a l d i r e c t o r de l a Sección de M a ­

n u s c r i t o s de l a B i b l i o t e c a N a c i o n a l de A u s t r i a , a qu ienes debo e l acceso a las

fuentes manuscr i tas aquí citadas, y e l p e r m i s o p a r a r e p r o d u c i r l a s .

Page 20: DEL ARCIPRESTE DE TALAVERAaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27821/1/... · o de Cuenca 1 Clás. cast., t. 13 (1952)4 Est.e tom contieno tambiée lna Vida de Ildefonso San del

40 R A Ú L A . D E L PIERO N R F H , X I V

Corónica de Mahomad de Meca [Primera crònica general]

[a] E n el tienpo del Rey Leone­gildo, que fue en la era de dcxviii annos, y de la Encar­nación en dlxxx annos; *¡ en

5 este tienpo, en vna v i l la lla­mada Yatrif, acerca de Meca, ouo vn moro que auía nonbre Abdalla* y tenía vna muger que llamauan Emina, f E con­

i o cibió y parió este anno a Ma­homad, andados a nueue an­nos del dicho Rey Leonegildo; y en aquel anno fizo grand! se­ca en aquella tierra de Arauia,

15 |̂ que non podían arar nin senbrar, y morían de fanbre. f E vn judío estrellero miró por su astrologia** y falló que aquel ninno Mahomad auía de

20 ser grande onbre.

[b] f¡ E quando cunplió el nin­no los ocho annos comentó aprender con aquel judío las leyes de judíos y elimínanos y

5 la seta de moros, *¡ E después, desque fue de edad de treze annos, era entendido en las le­yes nueua y vieja y la semencia de strología natural, E eres­

i o emendo de cada día ser más, era ya grand clérigo.

. . .Abdalla, morando de souno con su muger E m i n a . . . en la ui l la que dizen Yatrib, que es acerca de Meca, concibió dun fijo a que di-xieron M a h o m a t . . . andados nueue annos del regnado del rey Leoue-gildo, que fue en la era de seyscien-tos et dizeocho annos, quando anda-ua ell anno de la Encarnación en quinientos et ochaenta. Acaescio assi en aquell anno en que Emina con­cibió deste Mahomat, que fizo una tan grand seca por toda tierra de Arauia que sola mientre non po-dien arar n in senbrar.. . Este Ab­dalla .. . auie muy grand companna con un judio que sabie mucho la sciencia que llaman estrenomia... Aquel judio estrellero... cato et asmo la concordancia de las estre­llas . . . e entendió por ellas que auie de seer aquel ninno omne mu­cho esforzado et aleado et podero­so.. .

Mahomat auiendo ya ocho annos de e d a d . . . su t i o . . . d io l a ensen-nar al judio estrellero... E l iudio ensennol. . . en la ley de los cristia­nos e de los iudios, et daqui apriso Mahomat et tomo después cosas que metió en aquella mala secta que el compuso. . . Mahomat auiendo ya treze annos de edad, levol aquel Abutalib [su t í o ] . . . a Iherusalem... seyendo ya Mahomat muy grand clérigo en la nueua ley et en la uieia, et en la sciencia de las natu­ras .. .

[a] 1 Leonegildo: leonegildo rrey de arabja P V H (arauja P). || 3 y: om. P. || 3 Encar­nación: encarnascion V . || 4 d l x x x : quinientos e noventa V . || 6 Yatrif : Yatr iba P. || 6 acerca: cerca P V . || 7 auía: ouo P V H . || 8 Abdal la : audalla P V H . || 9 E m i n a : Ent ina H . j| 11 a nueue annos del: a diez annos de su rreynado del P V H . jj 14 en aquella: fl" E en aquella P. || 14 A r a u i a : arabja P V ; A r a b i a H . |¡ 17 estrellero: Estulero H . |j 18 astrologia: estrologia V ; astronomja P; astronomia H . j| 19 aquel: en aquel P; en quel V . II [&] 2 los: om. V . || 3 aprender: a aprender P. || 5 de moros: diyaoras V ; dimoras H . II 6 desque: de que P V . || 8 sciencia de strología: sciencia de estrologia V ; nascien-

* A l margen de //, Campomanes escribe Abdallah, en letras latinas y árabes. ** Aquí los arquetipos X e Y debían tener la variante astronomia, en que coinciden

Page 21: DEL ARCIPRESTE DE TALAVERAaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27821/1/... · o de Cuenca 1 Clás. cast., t. 13 (1952)4 Est.e tom contieno tambiée lna Vida de Ildefonso San del

N R F H , X I V L A "CORÓNICA DE M A H O M A D " 41

[c] y vino otra vez muy granel fanbre en Arabia y Mahomad f allegóse a vna su tia biuda muy Rica que auía nonbre Ha-

5 daya; y como Mahomad la sir-uiese bien, con diligencia, f diole bestias y carretas para an­dar en mercadurías y trabajar; //y tanto le ayudaua Dios que

10 acrecentó muy mucho el auer de su tía. E ella amáuale mucho y porfijóle, y crescien-do tanto que llegó a los veyn-te annos, era auido por vno de

15 los sabios de toda Arabia. E fue muy sabio de arte mágica y nigromancia, tanto que ya pedricaua.*

[d] f E commo yua con las bes­tias de su tía a tierra de Egip­to y de Palestina, E estaua mucho con los judíos, y ouo

5 amiganca con vno que 11a-mauan Juan de Antiochia, monje, y era ere je. E aques­te Juan monge le mostró muy muchas cosas contra Dios y

10 contra su ley. f E andando en la mercaduría despechas, vino a vna prouincia que llaman Corozacén,*^ do auía vna sen­i o r a desta prouincia que 11a-

U i n o otra vez tan grand fambre por toda tierra de Arauia que non se podien dar conseio las yentes... Mahomat. . . llegóse el a companna duna bibda su parienta, que era muy rica duenna, que auie nombre H a d a y a . . . E el, faziendo seruicio en casa, salio por omne acucioso et sabidor et prouechoso.. . L a duen­na, quando! assi uio entendudo. . . diol estonces bestias e carretas con que andidiesse en camino. . . e tal gracia le diera Dios que siempre le uinie con ganancia pora casa, de guisa que si la duenna era rica, que lo fue mucho m a s . . . e e l l a . . . a-maual m u c h o . . . et profijol por ende. . . Este Mahomat era om­n e . . . muy sabidor en las artes que llaman mágicas, e en aqueste tiem­po era ya uno de los mas sabios de A r a u i a . . .

E yua. . . con sus camellos a tie­rra de Egipto e de Palestina, et mo-raua alla con los judíos et los cris­tianos . . . et mayormientre con un monge natural de Antiochia que auie nombre J o h a n . . . et era here-ge . . . Todo lo que aquel monge le demostraua, todo era contra Dios et contra la ley. E l i , andando con sus camellos.. . ouo de entrar en la prouincia que dizien Corrozante. Desta prouincia era sennora una duenna que auie nombre Cadiga. Esta Cadiga, quandol uio mancebo

cia de astro-logia P. || 10 ser más: om. P V H . || 11 ya: o m . P V . || [c] 1 muy: om. P V . II 2 A r a b i a : arauja V . || 2 M a h o m a d : el M a h o m a d V ; el e M a h o m a d P. || 3 biuda: vujda P; bjuada V . || 4 muy: om. P V . || 7 diole: e diole P. ¡| 10 acrecentó: acrescento P V . || 10 muy: om. P V H . || 11 de su tía: om. P. || amáuale: amólo P V ; amóle H . || 12 crescendo tanto: acrescento tanto ya a P; acrescentando tanto ya a V . || 13 llegó: allego P. || 14 era: E era P; e era V . || 17 nigromancia: engromancia P; yngromancia V . || Id] 2 Egipto; egibto V (con tilde sobre -bt-). || 6 J u a n : judio P V H . || 8 muy: om. P V H . || 9 y contra su: e su P V H . || 10 E: om. P V . || 12 a: en P V H . || 12 l laman:

P y H. Dentro de la filiación que hemos establecido, podría suponerse que estrologia es corrección del copista de V.

* Estas últimas palabras no corresponden a la fuente; acaso el Arcipreste quiso hon­rar su propio ministerio eclesiástico.

** L a transmisión de la Primera crónica conocida por el Arcipreste tenía la lección corozante (mss. CBU: cf. las variantes de la ed., p. 2656). E l Arcipreste debió de

Page 22: DEL ARCIPRESTE DE TALAVERAaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27821/1/... · o de Cuenca 1 Clás. cast., t. 13 (1952)4 Est.e tom contieno tambiée lna Vida de Ildefonso San del

42 RAÚL A . D E L PIERO N R F H , X I V

15 mauan Cadiga. ^ E ella vídole mancebo y fermoso y sabio, y las gentes que non se fartauan de oyr sus dichos, [y] ella ena­moróse del. E él syntiólo y fizo sus conjuraciones y jnuo-caciones malas, y fizóla arder de fuego de amor, y él díxole que él era el Mexía de los ju­díos, ^ E en tal Rebuelta puso

25 la prouin^ia y la duenna, que ouo de casar con él, veyendo que todos adorauan en él y le tenían por profeta.

[e] f E ya fazía leyes y las guar-dauan todos, y ansy fue auido por Rey y por sennor de aque­l la tierra, pero auía mor[b]o

5 caduco y caya muy feamente. E quando la Reyna le vio

ende morir y tornar a su ser, demandándole ella que qué era aquella enfermedad que

10 tenía, / / dezía que el ángel Grabiel le parescia y non po­día soportar su Resplandor,* y que con aqiíello fazía él aquellos gestos, *¡ E algunas

15 vezes fazía commo miraglos delante della, y adeuinaua las cosas [que] venían con el arte diabolical.

tan grand e tan aguisado et fermo­so et bien fablant, fue toda ena­morada del l . . . Mahomat, quando aquello uio, comento de constren-nirla por sus coniuraciones et sus espiramientos. . . diziendol con tod esto que eli era Messias, el que los judíos atendien que auie de uenir... Quando la reyna Cadiga uio que assil onrrauan yl aguardauan to­dos. . . cassos con eli et tomol por marido.

E el comencaua les de predigar et de fazer enfinitosamientre nueuas leys. . . e fue Mahomat rey et sen-nor de tierra. . . Este Mahomat era mal dolient duna emferaiedad a que dizien caduco morbo et de epi lesia . . . L a reyna Cadiga quan­do lo uio ouo ende muy grand pe­sar; e pues que uio la emferaiedad partida del, pregunto! que dolencia era a q u e l l a . . . e dixol Mahomat: "amiga, non es emf erme dad, mas el ángel sant Gabriel es quien uien a m i . . . e porque noi puedo catar en derecho nin puedo sofrir su vista, tanto es claro e fermoso. . . , cayo assi como ueedes por muerto en tie­rra". Luego trabaiosse por sus en­cantamientos, et con la ayuda del diablo por quien se el guiaba, de

l lamauan P V . || 16 mancebo y fermoso: mancebo fermoso P V H . || 18 [y] ella: ella L ; E el la P V ; é ella H . || 20 y jnuocaciones: om. V ; tuvo cachones H . || 21 fizóla: fizóle P V H . || 22 díxole: le dixo P V H . || 23 que él era: que era V ; que en P. || 23 Mexía: mexias P H . || 24 Rebuelta: pro rrebuelta P H . || 25 que ouo de casar: de que aquello oyó ouo de casar V . || 28 profeta: profecta V . || [e] 2 todos, y ansy: todos ansy P V . ¡| 2 auido: avjdo todo (todo tachado) V- II 3 y por sennor: y señor H . || 4 mor[b]o: mordo L ; morbo P V H . |¡ 5 caya: cayan P V . || 6 le vio ende morir y tornar a su ser: lo v ido cuydo mor ir e tornando en su ser P V H . || 11 Grabie l : grauiel P V . || 11 parescia: aparesciera P V . || 13 él: om. P V H . || 15 miraglos: milaglos P. || 16 adeui­naua: adevjnauan V . || 17 cosas [que] venían: cosas venian L ; cosas que venían P V H .

leer corozate, con tilde largo sobre la terminación -ate, de manera que podría suponerse que l a nasal correspondía a la e final; por otra parte, la t manuscrita del siglo xv suele confundirse con la c. T o d o esto explica la lección corozacen. (A su vez, la forma coro-zante de la crónica alfonsí puede provenir del genitivo corozate, en el texto del T u -dense, escrito quizá con tilde inútil).

* A l margen de H: Blasfemia; y a l margen de V: balfema [sic]. L a acotación debió ser introducida por el copista de X .

Page 23: DEL ARCIPRESTE DE TALAVERAaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27821/1/... · o de Cuenca 1 Clás. cast., t. 13 (1952)4 Est.e tom contieno tambiée lna Vida de Ildefonso San del

N R F H , X I V L A " C O R Ó N I C A DE M A H O M A D " 43

[/] f E después convirtió aque­llos pueblos a su mala sseta, y vínose para Castilla por los convertir a su seta mala, f E

5 vinose para Córdoua, y pedri-có ally cómmo Nuestro Sen-ñor nasciera de virgen, por obra de Espíritu Santo, mas que non fuera Dios, f Quando

io sante Ysidro arcobispo de Seui-l la lo sopo (que [era] entonces llegado de corte de Roma), en-bió para le prender; y el dia­blo auisóle, E fuyó* y fuese

15 para Arauia, y ally convirtió muchos pueblos, pedricándo-les cosas tenporales que les agradasen, y cómmo non auía otro mundo, E que parayso

20 sy le auía; que allí auían de auer mugeres abondo, vírgi-nes; y miel y leche, e cétera.

[g] f E ansy and[u]do # # Maho-mad engannando el mundo, buscando fermosas mugeres: ouo bien diez y ocho mugeres

5 barraganas.

fazer antella assi como sennales et miraglos. . . Et el diablo faziel dezir algunas cosas daquellas que auien de uenir.

Después desto passo ell a Espan-na, et fuesse pora Cordoua, et pre­digo y aquella su mala secta; et di-zie les en su predicación que Nues­tro Sennor Ihesu Cristo nasciera de uirgen por obra dell Spiritu Sancto, mas non que fuesse el Dios. Quan-do esto sopo el buen padre sant Esi-dro, que llegara estonces de la corte de Roma, enuio luego sus omnes a Cordoua quel prissiesen et ge le le-uassen; mas el diablo apparescio a Mahomat, et dixol que se partiesse daquel logar; ell estonces saliosse de Cordoua et fuxo et passo allend mar et predigo en Arauia et en Affrica, et enganno y et coffondio muchos pueblos ademas... et dizie les que el parayso era logar muy sabroso et muy delectoso de comer e de beuer, et que corrien por y tres rios: vno de uino, otro de miel e otro de leche, e que auran los que y fueren mugeres escosas, non des-tas que son agora en este mundo, mas dotras que uernan después.

. . .Tomo Mahomat otras mugie­res et caso con ellas; e fueron por cuenta todas las mugieres que ell ouo en adulterio et en fornicio di-zeocho.

|| 18 diabolical: diablorica P; diaborica V . || [/] 1 f E después: después P V H . || 1 convirtió: convertio P V H . || 4 mala: om. P V H . || 5 vínose: vjno P V ; v ino H . || 7 por: om. P V . || 10 sante: sant P V H . || 11 sopo: supo P H . || 11 [era] entonces: entonces L ; era entonce P V H . || 12 corte de: om. P V H . || 12 enbió: e envjo P. || 14 auisóle: avisóse V H ; lo aujso P. || 15 A r a u i a : arabia P V . || 15 convirtió: convertio P V H . || 18 non: no V . || 19 E que: syno el V . || [g] 1 and[u]do: andando L ; anduuo P V ;

* L a segunda parte del art. cit. de LÓPEZ ORTIZ (cf. supra, nota 11) se refiere a esta leyenda medieval de la predicación de M a h o m a en Córdoba, y su h u i d a por consejo diabólico. E l Arcipreste l a narra más detenidamente en su Vida de San Isidoro, ed. cit., pp . 99-103, y otra vez en la Atalaya, a l final de la crónica de Sisebuto, dice que "en el tiempo de este r e y . . . pasó M a h o m a d a Córdova". Campomanes anota a l mar­gen de H: "Los juiciosos tienen por incierta la venida de M a h o m a a España, no ha­biendo or ig inal con que comprobarla".

* * L a lección andando (L) se explica por atracción de los gerundios que siguen. E l sentido requiere anduvo; he preferido poner and[u]do porque en el párrafo [h] se en­cuentra l a forma estudo.

Page 24: DEL ARCIPRESTE DE TALAVERAaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27821/1/... · o de Cuenca 1 Clás. cast., t. 13 (1952)4 Est.e tom contieno tambiée lna Vida de Ildefonso San del

44 RAÚL A . D E L PIERO N R E H , X I V

f E vn día vn aguaducho leuó su mesquita, que ellos di-zían Alcahabán,* y fue des­pués Reparada, y quedó por

i o poner vna piedra aymán, la qual acauaba la obra. f E or­denaron que el que primero entrase por la puerta Basayba, que aquél la pusiese, *¡ E Reue-

15 lóle el diablo a Mahomad, y bino a entrar primero por la puerta (y otros dizen que él lo tenía así ordenado con los otros), E fue to[rn]ado lue-

20 go, y fue con ellos a poner la piedra, y touié//ronle por pro­feta, commo en su nonbre se auía acabado aquella obra. E n aquel tienpo llamauan a las

25 casas de oración iglesias, y non mesqm'tas.

[h] ^ E fue Mahomad para Me­ca, y era ya de hedad de treyn-ta y cinco annos; y fiziéronle tornar, [̂ E vínose a la su vil la

5 de Yatrib do era natural, y es-tudo ay cinco annos. Después, con poderío de sus parientes y amigos, f fue a Meca y tomó

los corrixinos chmífanos** 10 que eran poderosos, y fizólos

venir a su seta y perdonólos y soltólos, y fueron grandes ami­gos suyos después.

Auino assi en aquel tiempo que fizo un tan grand aguaducho que leuo una de las onrradas eglesias que en Meca a u i e . . . que llamauan por sobrenombre Alcahaba. E pues que las paredes daquella eglesia fueron aleadas como deuien, auien aun de poner en ell un fastial della una piedra aymant.. . E ouieron su acuerdo tal que el primero que en-trasse por la puerta que era dicha Baysayba, que aquel la pusiesse y. Et auino assi que fue Mahomat el primero que entro por aquella puer­t a . . . Los moros quando aquello u i e r o n . . . creyeron que era prophe-ta. Agora sabet aqui los que esto oydes que en aquel tiempo eglesias llamauan las casas de oración, ca non mezquitas.

E Mahomat, auiendo ya de edad treynta e cinco annos, fuesse pora Meca, e moro y dessa uez cinco an­nos . . . Mas fizieron le salir de Me­ca por fuerza et foyr. E el fuesse es­tonces pora la cibdad de Yatrib, onde era natural, et moro y cinco annos. . . Et allego muy grant po­der de yentes, assi de sus parientes como dotros. E pues que se el uio bien apoderado, dio tornada pora Meca, et entro muy brauamientre en la ui l la , e priso por fuerca a los coraxinos.. . E l l estonces perdonó­los luego, et soltólos; e ellos dalli adelant fueron le siempre omildo-sos et obedientes.

andubo H . || 6 v n d í a . . . leuó: vjno vn d i a . . . e leuo P. || 7 mesquita: mezquita P V H . II 8 Alcahabán: alcahahan P V . || 12 que el que: que el H . || 13 Basayba: de basayba P V H . || 14 Reuelóle el diablo a M a h o m a d : rreuelolo el diablo con mahomad P V H . (I 16 bino: vjno P. || 18 tenía así: tenjan ya ansy P. || 19 to[rn]ado: tomado L ; tornado P V . || 21 piedra: puerta P V . || 21 touiéronle: tuujeron le P. || 22 commo: pues P V H . I] 22 se auía: le avjan P V . || 23 E n aquel: E aquel P V . || 26 mesqwftas: mezquitas P V H . || |7i] 1 fue: fuese V . || 2 treynta y çinco: xxxv H ; veynte e cinco P V . II 3 y fiziéronle: fiziéronle V . || 4 v i l l a : vjda V . || 5 Yatr ib do: yatrib do do V . II 8 amigos: amjgos de sus parientes V . || 9 corrixinos: om. P V . || 10 poderosos: pode-

* L a corrupción alcahahan debió estar en el arquetipo Y, no en X, pues L y H coinciden en la lección correcta alcahahan, que se hal laba en la forma de transmisión de la Primera crónica que el Arcipreste conocía.

** A la palabra corrixinos, que procede de la Primera crónica, el Arcipreste añadió

Page 25: DEL ARCIPRESTE DE TALAVERAaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27821/1/... · o de Cuenca 1 Clás. cast., t. 13 (1952)4 Est.e tom contieno tambiée lna Vida de Ildefonso San del

N R F H , X I V

[i] [̂ E entonces fizo s u b i r a las torres do tannían las canpanas onbres a l l a m a r su A l c o r á n y a su oración, ^ E fizieron allí

5 mesqwita y pusiéronle de allí adelante así nonbre y n o n igle­sia, y que quitasen las canpa­nas E l lamasen los onbres a bozes; y ordenó l a fiesta d e l

10 Ramadán y e l ayuno de treyn-ta días; j ten ordenó o t ra fiesta que l l a m a n almohara, y más otros treynta días de ayuno, E ordenó el su Alcorán, y las

15 leyes y fueros y ordenanzas que auían de tener, y cómrao auían de b e u i r de allí adelante, E teníanle en v i d a ya p o r santo.

[j] Y después* desto M a h o m a d Reboluió toda t ierra de A r a b i a y S i r i a y M e s o p o t a m i a , que n o n pagasen t r i b u t o a l enpe-

5 r a d o r de R o m a , J?[r]acl io** e l enperador enbió sus mensa­jeros allá, y salió M a h o m a d c o n gente armada y matólos.

[k] ^ E dessqwe esto v i o A m e l i o e l enperador, enbió su hueste c o n ssu sobrino T e o d o r o . * # #

45

Después m a n d o M a h o m a t que su-biesse u n m o r o en las torres, o las campanas de los cristianos so l ien es­tar, e que en logar de c a m p a n a que diesse y vozes et l lamase a todos aquellos que de l a su secta eran p o r a u e n i r a l a oración, assi como oy en d i a uedes a u n que fazen. Otrossi m a n d o que en e l mes que los moros l l a m a n r a m a d a n que ayunassen y treynta dias, e otros treynta en e l mes que d i z i e n ellos a l m o h a r r a n . . . E tenien que era p r o p h e t a . . .

E n u i o e l emperador E r a c l i o sus mandaderos p o r los t r i b u t o s . . . M a ­h o m a t . . . salió contra ellos con aquellos que auie leuantados et aluoro^ados, et d ixoles que les n o n quería dar renda n i n g u n a . E tomo e l l estonces en esto g r a n d esforzó, et fuesse luego p o r a t ierra de A r a -u i a et de S i r i a et de M e s o p o t a m i a , et c o n q u i r i o l a toda.

Q u a n d o e l sopo que los moros le m a t a r a n los mandaderos que enma­ra , guiso m u y b i e n de g r a n d caua-

L A "CORÓNICA DE M A H O M A D "

rosos e prendiólos P V H . || n seta: secta P. || [i] i entonces: entonce P V . || 3 y a su: á P V H . y 5 mesqwíta: mezquita P. || 5 pusiéronle: púsole P V H . || 6 así: corsy P V ; corsi H . II 10 de: om. V . || 11 j ten o r d e n ó . . . otros treynta días: om. V . || 14 ^ E: om. P. II 15 fueros: fueron P. || 18 en vida: en vida en vida H . || [j] 1 Y: om. P V H . II 2 A r a b i a y Siria: arauja e siria V ; A r a b i a Siria H . || 3 Mesopotamia: mesopotanja P V . I! 5 1[ £[r]aclio el: í[ E aclio el L ; eraclio el V H ; eracljo E el P. || [fe] 1 vio:

christianos, vocablo que conservan todos los mss.; pero el copista del arquetipo Y debió de supr imir corrixinos, viendo tal vez en esta forma una repetición corrupta de chris­tianos (abreviado xanos, con ti lde superpuesto).

* Los mss. de la transmisión " p a l a t i n a " abren aquí nuevo capítulo (V y P me­diante una D i luminada); en cambio, el copista de L n i siquiera pone u n calderón.

* * Heracl io (575-641) fue emperador de Bizancio a part ir del año 610. E l título de emperador de R o m a no es error del Arcipreste n i del cronista alfonsí, pues entonces la denominación Roma alcanzaba a Bizancio, como también a l Sacro Imperio. Así, Alfonso de Cartagena l lama "rey de los romanos" a l emperador de Alemania (Obras de Santi l lana, ed. A m a d o r de los Ríos, M a d r i d , 1852, p. 501, y también en el ms. escuria-lense H.II.22 [siglo xv], fol. 134 v°).

* * * Teodoro fue hermano 1 de Heracl io , tal como se lee en los principales mss. de la Primera crónica; pero a l pie de la ed. se consigna la variante sobrino, que aparece, por ejemplo, en el ms. U.

Page 26: DEL ARCIPRESTE DE TALAVERAaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27821/1/... · o de Cuenca 1 Clás. cast., t. 13 (1952)4 Est.e tom contieno tambiée lna Vida de Ildefonso San del

4 6 RAÚL A . D E L P I E R O NRFH, XIV E eso mesmo fue v e n c i d o y

5 fuyó // p a r a e l enperador y demandóle más gente, y él n o n gela quería dar, f p o r q u a n t o auía sonrcado que vnos mures que nacían en África, que ve­

l o nían a Roer los cabos de los mantos de los Romanos; f pe­r o dio le gentes y fue o t r a vez, y n o n le ossauan acometer, que estaua m u y poderoso M a h o -

15 m a d .

[I] ^ E después que v i d o l a su couardía, M a h o m a d d i o e n ellos y mató a T h e o d o r i o , so­b r i n o de l enperador, y todos

5 los que con él vinieron, que apenas fuyeron algunos pocos, f E desde allí f u e r o n los mo­ros esentos d e l t r i b u t o d e l en­perador Romano. ¡̂ E fue M a -

10 h o m a d t e n i d o e n m u y grande posesión, y aleáronle p o r Rey de S i r i a luego, y Reinó diez annos; y auíanlo p o r ta l que espíritu de D i o s era en él.

[m] E p e d r i c a u a l a seta que Nicolás de A n t i o c l u a touo, l a q u a l destruyeron los apostó­los, y este M a h o m a t tornóla

5 en el estado q u e Niculás la dexó, f que fue v n o de los dis-

l l e r i a a u n h e r m a n o que auie n o m ­bre T h e o d o r o . . . et e n u i o l a A f f r i ­ca que lidiasse con aquel los que se alearan. E assi como T h e o d o r o lle­g o . . . l i d i o con ellos, mas fue e l uencudo et fuxo. D e s i fuesse p o r a l l emperador E r a c l i o m u y maltrecho. . . A a q u e l l a sazón que esto fue, son-no e l emperador E r a c l i o que unos mures, que nascien en t ierra de Af fr ica , q u e l royen las faldas et las puntas de los p a n n o s . . . E p i d i o l q u e l diesse caualleros con que tor­nasse otra u e z . . . E l i emperador d i -x o l estonces e l suenno que u iera de los m u r e s . . . M a s como q u i e r que los romanos fuessen muchos ademas, q u a n d o l legaron a l a t ierra et u i e r o n e l i p o d e r . . . que M a h o ­mat tenie c o n s i g o . . . , p o r e l g r a n d p a u o r que ende o u i e r o n q u i s i e r a n se acoger a u n castiello.

L o s reuellados, q u a n d o aque l lo u i r o n , fueron empos ellos, m a t a n d o et astragando muchos d e l l o s . . . et m a t a r o n y a T h e o d o r o . . . D e s i los reuellados m a t a r o n los y todos, si n o n unos pocos que f u x i e r o n . . . E d a l l i adelante fue t o l l u d o e l sen-n o r i o et l a p r e m i a de los romanos de las ceruizes de los moros. L o s agarenos d i e r o n t o r n a d a a t ierra de S i r i a . . . et a learon y a M a h o m a t p o r su r e y . . . et regno diez annos. Demás d i z i e n todos et a fBrmauan que las palabras que M a h o m a t d i -zie, que era p o r e l p o d e r de D i o s que yazie dentro en e l i ascondudo.

A g o r a sabet a q u i que entre todas aquellas malas et descomulgadas le­yes que M a h o m a t predigo et de­mostro a los moros, q u e fue seta de N i c o l a s e l de A n t i o c h i a , que fuera u n o de los syete diáconos dis-

vjdo P H . I] 2 el enperador: o m . P V H . || 4 f E: om. H . || 9 nacían: nascian P V . || 12 gentes: gente V . || 13 ossauan: osaua P V . || [i] 1 f £ después que vido la su couardía, M a h o m a d : om. P; E desque vido la su couardía dellos mahomad V . || 3 mató a Theodorio: matheo dor P V ; Matheodor H . || 7 desde: de P V H . || 10 en muy grande: en muy grand P; en grand V H . || 14 espmíu: el espiriíu V . || [m] 1 seta: secta V . II 3 apostólos: apostóles P V H . || 5 Niculás: nicolas P V H . || 6 discípulos: disciplos P;

Page 27: DEL ARCIPRESTE DE TALAVERAaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27821/1/... · o de Cuenca 1 Clás. cast., t. 13 (1952)4 Est.e tom contieno tambiée lna Vida de Ildefonso San del

J N K f ' H , X I V L A "CORÓNICA D E M A H O M A D " 47 cípulos de los apostólos de l e s u Christo.*

[n] % E después, en e l anno de l a Encarnación de seiscientos y veynte annos, fue M a h o m a d a Jerusa lem a fazer oración.

5 E fue caual lero en v n a bes­t i a que dezíen a lborach, y tie­ne alas, y anda m u c h o , porque los profetas en tales bestias so­l ían andar.

[ñ] E d i x o que fa l lara e n Ierw-salem a A b r a h a m , y a Muysén, y a Iesu Christo, y a otros m u ­chos antiguos profetas, y que

5 le d i e r o n tres vasos en ofren­d a : v n o de leche, y e l otro de v i n o , y e l otro de agua, y que oyó boz // d e l cielo, que si beuiese e l vaso de l agua,

í o que sería quebrantado con to­d o e l p u e b l o ; si e l de l b i n o , q u e [se] perdería con el pue­b l o ; y si e l de l a leche beuiese,

ciplos de los apostólos: e este M a -h o m a t t o r n o l a toda et cobróla se-g u n d e l l estado en que N i c h o l a s l a touiera et l a l euantara pr imera-mientre .

Q u a n d o a n d a u a el anno de l a Encarnación en seyscientos et ueyn-t e . . . fue M a h o m a t a Iherusalem a fazer o r a c i ó n . . . en u n a bestia que d izen en arauigo alborach, que a n d a u a m u c h o ademas, porque e n tales bestias como aquellas sol ien a n d a r los p r o p h e t a s . . . Desta bestia d izen los moros que tiene a l a s . . .

E e l , m i n t i e n d o , dize que fa l lo y estonces A b r a h a m , et a M oy se n, et a Ihesu, et a u n a otros de los pro­phetas a n t i g o s . . . et q u e l d i e r o n como e n offrenda tres uasos: e l l u n o era l l e n o de leche, e l l otro de u i n o e el tercero de agua; e que oyó u n a uoz d e l c ie lo q u e l d i x o : " S i e l uaso d e l l agua beuieres, seras crebantado c o n todo t u pueblo; si e l uaso de u i n o beuieres, perder te as con toda t u yent; mas si e l uaso de l a leche beuieres, seras enderes-

deciplos V . || 7 apostólos: apostóles P V H . |¡ [n] i ^ E: om. P V . || 2 Encarnación; encarnascion V . || 6 dezíen: l laman P V H . || 6 tiene: tienen H . || 7 alas y a n d a : alas andas V ; andas e anda P. || [ ñ ] 2 a Abraham: abraham P V . || 2 Muysén: moysen V H . || 3 muchos: om. P V H . || 4 profetas: om. V . || 4 que le: quel P H . || 5 ofrenda: R e d o m a ofrenda P. j| 6 y e l o t r o . . . y el otro: e o t r o . . . otro V ; o t r o . . . otro P H . || 8 boz: luz P. || 8 que si: que dezia que si P V H . || 11 si el del b i n o . . . pueblo: om. V . || 12

* L a pr imera mención de la herejía de los nicolaítas se encuentra en el Apocalip­sis, 2:6, 16. Parece que esta p r i m i t i v a secta libertino-gnóstica debe identificarse con la "doctr ina de B a l a a m " de Apocalipsis, 2:14, pues se cree que nicolaítas es helenización del nombre hebreo Balaam, interpretado 'el que vence a l pueblo' (los nicolaítas se arrogaban dones proféticos, igual que el apóstata Balaam, mencionado en el capítulo 24 de los Números). E l Arcipreste, fundado en la Primera crónica general, hace derivar a estos herejes de Nicolás, prosélito de Antioquía, uno de los siete diáconos ordenados por los apóstoles (Hechos, 6:5). E n esto la Primera crónica sigue la tradición de Ireneo, que ya en el siglo 11 había dado esa explicación en Adversus hcereses, I, 26, 3 y III , 11, 1 (PG, t. 7, cois. 687, 880), repetida por Hipólito de R o m a , Philosophoumena, V I I , 36. Por e l contrario, Clemente de Alejandría, Stromata, I I , 20 y III , 4 (PG, t. 8, cois. 1061, 1129-1132), seguido por Ensebio, Historia eclesiástica, I II , 29 (PG, t. 20, cois. 275-278) y Teodoreto, Hcereticorum fabularum compendium, I I I , 1 (PG, t. 83, col. 401), explica que algunos hombres inmorales interpretaron torcidamente l a frase TrapaxpaaOat rfj aapKí Bel ("conviene desdeñar la carne") del piadoso diácono Nicolás: el verbo 7rapaxpáofiaL puede significar tanto 'desdeñar' o 'descuidar' como 'abusar de'. Cf. A . VON H A R N A C K , " T h e sect of the Nicolaitans and Nicolaus, the deacon i n Jerusalem", JR, 3 (1923), 413-422; J . H U T T E N , " T h e sin of the Nicolaitans", The Expositor, 26 (1923, II), 220-230.

Page 28: DEL ARCIPRESTE DE TALAVERAaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27821/1/... · o de Cuenca 1 Clás. cast., t. 13 (1952)4 Est.e tom contieno tambiée lna Vida de Ildefonso San del

48 R A Ú L a . d e l p i e r o N R F H , X I V

sería enderecado con todo el 15 p u e b l o ; y vínose para M e c a .

[o] f E entonces d i x o a sus dis­

cípulos que le parespera A b r a ­

h a m , que era ta l c o m m o él;

y Muysén, RUUÍO y crespo; y 5 I e m G h m í o , los cabellos ama­

r i l l o s , onbre mediano, f E te­

nía mojados los cabellos, y pa-

rescía que le salía agua dellos,

y m u y fermosos y claros.

[p] ^ E d i x o más: que e l ángel

G r a b i e l l o subiera a los cielos,

y que v i d o muchas visiones, y v i d o allá comer de buenas car-

5 nes adobadas; f E en e l se­

g u n d o p e l o que falló a Iesu

Christo, y a sant J u a n , fijo de

Zacarías.

[q] ^ E después, en e l tercero p e l o , v i o a Josep, fijo de J a ­cob, fermoso c o m m o l u n a , E en e l quarto cielo v iera v n

5 o m n e viejo que [se] dezía A a r o n , y en e l otro cielo M u y -sén.

cado t u et t u p u e b l o " . E pues que e l l o u o fecha su oración en Iheru-salem, tornosse p o r a M e c a . . .

E d i x o a sus disciplos: " Q u a n d o yo u i a A b r a h a m et a M o y s e n et a I h e s u . . . los oios deste mió cuerpo d o r m i e n , mas los oios d e l mió co­r a r o n ue lauan. E semeio me que A b r a h a m era ta l como yo en f o r m a et en c u e r p o . . . , mas M o y s e n era r u b i o et crespo; et Ihesu fijo de Mar ía auie los cabellos amariel los, et n o n era luengo n i n pequenno, mas mesurado et conuenible , de f o r m a m e d i a n a , et semeiaban los cabellos de l que todos eran moiados et que corr ie agua: tanto eran fer­mosos et claros.

"Después desto tomo me e l l án­gel G r a b i e l et leuo me suso fastal p r i m e r o c i e l o . . . V i otrossi en a q u e l c ielo que algunos de los que y es-t a u a n que c o m i e n de buenas carnes et b i e n adobadas. . . Después desto leuo m e e l l ángel G r a b i e l a l segun­do cielo, et fal le y a Ihesu, fijo de María , et a H y a y a , el que los cris­tianos d izen san I o h a n , fijo de Za-charias . . .

" D e s i leuo me a l tercero cielo et fal le y u n omne tan fremoso que n o n semeiaua a l si n o n la l u n a q u a n -do es l l e n a ; e d i x o m e G r a b i e l : Este es Joseph, fijo de Jacob el patr iar­ca. Después desto leuo me a l q u a r t o cielo, et fal le y u n omne m u c h o o n r r a d o , et d i x o me G r a b i e l : Este es A r o h o . E m p o s desto leuome a l q u i n t o cielo, et fal le y u n o m n e u i e i o , m u y fremoso, et d i x o me G r a ­b i e l : Este es A a r o n , fijo de A m r a m . D e s i leuo me a l sexto cielo, et fal le

[se]: es L ; se P H . || 13 y: o m . P . || 14 e n d e r e c a d o : e n d e r e s c a d o P . || 14 e l p u e b l o : s u

p u e b l o P H ; su p o d e r V . || [ o ] 1 e n t o n c e s : e n t o n c e P V . || 2 p a r e s c i e r a : p a r e s c i a V ; p a -

r e s c e r i a a H . [| 3 c o m m o : o m . P V . || 4 y M u y s é n : c o m m o m o y s e n V ; é M o y s e n H .

|[ 4 R U U Í O : r r u b j o P . || 4 c r e s p o ; y: c r e s p o V . || 7 m o j a d o s : a m o j o n a d o s P . || lp] 1 E: o m . P V . || 2 G r a b i e l : g r a u j e l P V . || 4 v i d o a l l á : v i d o a l l y P ; d i x o q u e v i d o

a l l i V H . || 4 b u e n a s : v n a s P V . || 7 y a s a n t : e s a n t V . || 8 Z a c a r í a s : z a q u i r o s V ; z a q u i -

r i o s P ; s a q u i r i o s H . || [q~] 1 f E: o m . P V H . || 2 v i o : v j d o P . || 3 l u n a : l a l u n a P V H .

|| 3 51 E: o m . P V H . || 5 o m n e : o n b r e V P . || 5 que [se] d e z í a : que d e z i a L ; q u e se

Page 29: DEL ARCIPRESTE DE TALAVERAaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27821/1/... · o de Cuenca 1 Clás. cast., t. 13 (1952)4 Est.e tom contieno tambiée lna Vida de Ildefonso San del

x v i x x, yvx v L A C O R O N I C A DE M A H O M A D " 49

[r] E en el otro cielo estaua v n oírme en v n a s i l la , y más de sesenta m i l i en torno del. y destas visiones contó m u -

5 chas; ^ E [que] fue a l parayso y a l inf ierno y a l p u r g a t o r i o : #

todo esto contó en M e c a .

[s] ^ E después desto, en el Rey-nadgo del Rey S y n t i l l a , en el a n n o de l a Encarnación de d c x x i x annos, a u i e n d o M a h o -

5 m a d diez annos, que era Rey de A r a b i a , <[ tenía v n dicípu-l o que auía nonbre A b i m o r , el q u a l oyera algunas vezes dezir a M a h o m a d que auía / / d e

10 m o r i r en el dezeno an[n]o de su Reynado, y que auía de Re­cuestar; y quiso p r o u a r l o A -b i m o r esto, *¡ E d i o l o v e n i n o a beuer, y luego fue turbado

15 de muerte; y l legó los moros y díxoles: " A m i g o s , sabed que [yo] morré; mas vosotros p o r agua auedes de ser sa luos ."**

y u n omne r u u i o et u i e i o : [ . . . ] M o y s e n .

" E m p o s desto subióme a l vn° cie­lo, et falle y u n omne cano que seye en u n a s ie l la . . . et seyen y con el mas de setaenta uezes m i l i om-n e s . . . E d i x o me e l i ángel: Aques­te omne que tu uees es A b r a h a m , uestro p a d r e . . . " E a l l i estando [en Meca] predicaua et dizie, m i n t i e n ­do, todas estas cosas. . .

A n d a d o s cinco annos de l regnado del rey S u y n t i l l a . . . q u a n d o andaua e l i anno de la Encarnación en seys-cientos et u e y n t i n u e u e . . . M a h o -mat auiendo ya diez annos que fue­ra rey de los alaraues e n Damasco, v n su disc ip lo que auie n o m b r e A l b i m o r quiso p r o u a r si resuscitarie M a h o m a t . . . assi como d i x i e r a , ca e l i auie d icho que después que los diez annos fuessen compl idos de su regnado, que m o r r i e et desi que re­suscitane a l tercer d i a . E p o r ende aquel su disc iplo destempro u n ue-n i n o et diogelo a beuer m u y encu-biertamientre . M a h o m a t , assi corno l o beuio , mudosse le luego a soora toda l a color, e p o r que e l i enten­dió que su muerte era ya l legada, d i x o a aquellos moros que estarían y con el que p o r agua serien salvos et a u r i e n el perdón de sus pecados.

dezja P V H . || 6 el o t r o : e l q u j n t o P V H . || 6 M u y s é n : a m o y s e n P . || [ r ] 1 f E e n e l

o t r o c i e l o e s t a u a v n o m n e : e n e l sesto c i e l o e s t a u a v n o n b r e P V . || 2 y m á s : m a s P .

|| 3 del: o m . P . || 5 % E [que] : «¡ E L ; E q u e P V . || [s] 1 Reynadgo: r r e y n a d o P V . || 2

S y n t i l l a : c i n t i l l a P V H . || 3 E n c a r n a c i ó n : e n c a r n a c i ó n ( e n c a r n a s c i o n H ) d e nuestro

s a l u a d o r I e m C h m í o P V H . || 4 d c x x i x : seyscientos e v e y n t e P . || 6 A r a b i a : arauja V .

|| 6 51 t e n í a : o m . V ; e t e n j a P . || 6 d i c í p u l o : d i c i p l o P . || 10 an[n]o: a n o L ; a m z o

P V H . || 11 R e c u c i t a r : rresucitar P V ; r e s u s c i t a r H . || 12 p r o u a r l o : p r o u a r V . || 13 esto:

o m . P V . || 13 d i o l o : d i o l e V H . || 13 v e n i n o : b e n e n o H . |] 16 d í x o l e s : d e x o les P . || 17

[yo]: n o n L ; y o P V H . || 18 a g u a : a l g u n a H ; a l g u n o P ; a l g u n o s V . || 18 a u e d e s : aves

* O b s é r v e s e q u e e n l a Primera crónica general n o se m e n c i o n a esta p e r e g r i n a c i ó n

p o r los tres m u n d o s d e u l t r a t u m b a , q u e nos r e c u e r d a l a d e D a n t e . E l A r c i p r e s t e l a

a ñ a d e a m a n e r a d e c o r o l a r i o , y h a c i e n d o a l p r o f e t a c o n t r a d e c i r su p r é d i c a a n t e r i o r , a

s a b e r , q u e " n o n a u í a o t r o m u n d o , E q u e p a r a y s o sy l e a u í a . . . " , o, s e g ú n V, " n o a u í a

o t r o m u n d o s y n o e l p a r a y s o " .

* * A q u í e l s e n t i d o y l a c o n j u n c i ó n a d v e r s a t i v a h a c e n p r e f e r i b l e l a l e c c i ó n " y o m o r r é " .

E n c a m b i o , l a l e c t u r a * algunos d e l a r q u e t i p o X es c o r r u p c i ó n , i n t r o d u c i d a acaso p o r i n ­

fluencia d e l c r o n i c ó n d e l T u d e n s e : " O n d e d i x o a a l g u n o s . . . q u e p o r agua a l c a n z a r í a n

p e r d ó n d e sus p e c a d o s , y l u e g o m u r i ó " (ed. c i t . , p . 206).

Page 30: DEL ARCIPRESTE DE TALAVERAaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27821/1/... · o de Cuenca 1 Clás. cast., t. 13 (1952)4 Est.e tom contieno tambiée lna Vida de Ildefonso San del

RAÚL A . D E L P I E R O NRFH, XIV [t] |̂ E mur ió luego M a h o m a d ,

y los discípulos guardáronle b i e n si Resucitaría a l tercero día, y como v i e r o n que ya £e-

5 día , dexáronle y friéronse de allí , y ansí q u e d ó allí , f E a cabo de honze días v i n o A b i -m o r a uer l o que era del, y fallólo c o m i d o de perros, E

10 cogió A b i m o r los huesos, y so­terrólos en M e d i n a R a f u í ; # y e n ese anrco trimió l a t ierra, f E aparesció v n a espada en e l cielo p o r treynta días.

[u] y éste es el fecho s u m a r i o de M a h o m a d : q u i e n lo quisiere leer más conpl idamente , E n * * l a E s t o r i a general de C a s t i l l a

5 l o fallará. [Agora, acabados los fechos de M a h o m a d , tornaré a los godos rreyes, que luego q u e L e o n e g i l d o m u r i ó en T o ­ledo, fue aleado rrey su fijo

10 R r e c a r e d o . ] * * *

E sus disciplos g u a r d a r o n b i e n el cuerpo, cuedando que resuscita­r le a l tercer d i a , assi como les el d i x i e r a , mas pues que ellos u i r o n que n o n resuscitaua et que fedie ya m u y m a l , desamparáronle et fue-ronse su u i a . D e s i a cabo de los onze dias pues que era e l m u e r t o , u i n o A l b i m o r , a q u e l su d isc ip lo , ueer como yazie, e segund cuenta d o n Lucas de T h u y f a l l o l tod e l cuerpo c o m i d o de canes. A l b i m o r cogió es­tonces todos los huessos de l , et so­terrólos en Medina rasul, que quie­re dezir en e l lenguaje de Cast ie l la tanto como " l a c i b d a d de los m a n ­daderos". Esse anno tremió l a t ierra , et apparescio e n e l c ie lo u n signo en manera de espada, b i e n p o r treynta dias, que demostraua e l sen-n o r i o que los moros a u i e n de auer.

P V . || [í] 2 d i s c í p u l o s : d i c i p u l o s P V . || 2 g u a r d á r o n l e : g u a r d á r o n l o P V H . || 3 Resu­

c i t a r í a : r r e s c u ^ e t a r i a V ; r e s z u c i t a r i a H . || 5 d e a l l í : o m . P V H . || 6 q u e d ó : e q u e d o V .

|| 10 c o g i ó : c o g o V . || 10 s o t e r r ó l o s : o m . P V H . || 11 R a f u l : r r a f a l P V H . || [M] 1 y:

o m . P V . || 3 En: e n P V H . || 9 f u e : E f u e V .

* L a f o r m a Rasul c o n c o r d a r í a c o n l a Primera crónica y ser ía u n a t r a n s l i t e r a c i ó n

m u c h o m á s a p r o x i m a d a d e l a p a l a b r a á r a b e q u e s i g n i f i c a ' e n v i a d o ' , p e r o c o n s e r v a m o s

l a l e c c i ó n d e L, i n t e r m e d i a e n t r e rasul y l a c o r r u p c i ó n rrafal d e los o t r o s mss. C a m p o -

m a n e s c o r r i g e a l m a r g e n d e H: " M e d i n a - a l - r a s u l , esto es C i u d a d d e l A p ó s t o l " .

* * O t r o d e t a l l e q u e m u e s t r a l a f a l t a d e h a b i l i d a d p r o f e s i o n a l d e l e s c r i b a d e L: e l

u s o d e l a c o p u l a t i v a e n l u g a r d e l a l e t r a " e " , i g u a l q u e a r r i b a "E a c l i o " p o r " e r a c l i o " ,

d e s c u i d o c o m p a r a b l e a l u s o d e l a \ a l final d e p a l a b r a , e n q u e i n c u r r e v a r i a s veces

e n los p r i m e r o s f o l i o s d e l c ó d i c e .

* * * L a frase e n t r e c o r c h e t e s v a t r a n s c r i t a c o m o e n V ( s a l v o l a ú l t i m a v a r i a n t e ) .

C o m o se h a l l a s ó l o e n este m s . y e n H, d e b i ó ser g l o s a d e l a r q u e t i p o X, e s c r i t a t a l vez

a l m a r g e n d e F , l o c u a l e x p l i c a r í a s u s u p r e s i ó n e n P y s u i n t r o d u c c i ó n e n e l t e x t o d e V.