Demonstrações Financeiras em 31 de dezembro de 2015

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Cooperativa Agropecuária de Boa Esperança Ltda. 1 Relatório Anual do Conselho de Administração Ano 2015

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Cooperativa Agropecuária de Boa Esperança Ltda.

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Relatório Anual do Conselho de Administração

Ano 2015

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Cooperativa Agropecuária de Boa Esperança Ltda.

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Sumário 3 . Identificação 4 . Composição da estrutura operacional e área de atuação 5 . Composição da estrutura administrativa 6 . Composição do quadro social – Capital – quadro de associados e funcionários 7 . Composição da movimentação física de café, milho e leite 8 . Balanço Patrimonial – Ativo 9 . Balanço Patrimonial – Passivo 10 . Demonstração das sobras e perdas em 31.12.2015 e 31.12.2014 12 . Demonstração das mutações do patrimônio líquido 13 . Demonstração dos fluxos de caixa 14 . Notas explicativas às demonstrações financeiras 26 . Relatório dos Auditores Independentes 29 . Parecer do Conselho Fiscal

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Identificação Cooperativa Agropecuária de Boa Esperança Ltda. Capebe

� Data de Constituição: 12/05/1963 � CNPJ: 18.780.254/0001-35 � Inscrição Estadual: 071.095344.0025 � Endereço Matriz/Sede:

Rodovia BR 265 Km 01 – S/N Galpão 4 Boa Esperança-MG – CEP: 37170-000

� Endereço Comercial: Avenida Esmeralda, 555 – Jardim Alvorada CP 106 Boa Esperança-MG – CEP: 37170-000

� Fone: (35) 3851-9500 � Fax: (35) 3851-9502 � Home page: www.capebe.org.br � Facebook/capebe � Registro no Ministério da Agricultura n. 7565 em 05/12/1963 � Registro na OCEMG n. 059 em 30/04/1972 � Autorização de Funcionamento do INCRA n. 1127/74 � Registro na Junta Comercial do Estado de Minas Gerais n. 461.392 em 30/10/1978 � Registro no CRMV n. 0463/76 � Registro no CREA-MG n. 009242-0 em 25/02/1982

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Composição da estrutura operacional

Unidade/Núcleo CNPJ Cidade UF Telefone

MATRIZ 18.780.254/0001-35 Boa Esperança MG 35-3851-9500 Laticínios 18.780.254/0001-35 Boa Esperança MG 35-3851-9500 Café 18.780.254/0007-20 Boa Esperança MG 35-3851-9516 Loja Boa Esperança 18.780.254/0011-07 Boa Esperança MG 35-3851-9563 Ração 18.780.254/0005-69 Boa Esperança MG 35-3851-9535 Loja de Peças 18.780.254/0012-98 Boa Esperança MG 35-3851-9541 Posto Boa Esperança 18.780.254/0002-16 Boa Esperança MG 35-3851-9508 Armazéns Gerais 18.780.254/0008-01 Boa Esperança MG 35-3851-9516 Silo de Milho 18.780.254/0021-89 Boa Esperança MG 35-3851-9547 Complexo Novo Silo 18.780.254/0019-64 Boa Esperança MG 35-3851-9547 Torrefação 18.780.254/0019-64 Boa Esperança MG 35-3851-9500 Filial Ilicínea 18.780.254/0010-26 Ilicínea MG 35-3854-1123 Café Ilicínea 18.780.254/0023-40 Ilicínea MG 35-3854-1123 Filial Guapé 18.780.254/0016-11 Guapé MG 35-3856-1242 Filial Cristais 18.780.254/0004-88 Cristais MG 35-3835-2200 Filial Coqueiral 18.780.254/0009-92 Coqueiral MG 35-3855-2070 Café Coqueiral 18.780.254/0024-21 Coqueiral MG 35-3855-2070 Filial Campo do Meio 18.780.254/0017-00 Campo do Meio MG 35-3857-2233 Filial Nepomuceno 18.780.254/0018-83 Nepomuceno MG 35-3861-2175 Posto Ilicínea 18.780.254/0020-06 Ilicínea MG 35-3854-1350 Posto Guapé 18.780.254/0022-60 Guapé MG 35-3856-1133

Área de atuação

Para efeito de adminissão de associados, a Coopertiva abrnage os municípios de: Aguanil, alfenas, Boa Eperança, Bom Despacho, Bom Sucesso, Botelhos, Cambuquira, Campanha, Campo Belo, Campo do Meio, Campos Gerais, Carmo da Cachoeira, Carmo de Minas, Carmo do Rio Claro, Conceição do Rio Verde, Coqueiral, Cristais, Cordislândia, Elói Mendes, Formiga, Guapé, Heliodora, Ilicínea, Lambari, Lavras, Monsenhor Paulo, Nepomuceno, Oliveira, Paraguaçu, Perdões, Poço Fundo, Poços de Caldas, Pouso Alegre, Santa Rita do Sapucaí, São Lourenço, São Tomé das Letras, Três Corações, Três Pontas e Varginha, bem como todos os municípios do Estado de Minas Gerais podendo atuar em todo território nacional.

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Composição da estrutura administrativa Conselho Fiscal (2015) Donizete Tavares de Andrade Alneir José de Oliveira Lima Carlos Alberto Lima Conselho de Administração (2012-2016) Clésio Vilela Reis José Ângelo Machado Sebastião da Costa Reis Flávio José de Souza Spineli João Batista Vilela Johny Ferreira Bueno João Batista Silva Luiz Carlos de Oliveira Figueiredo José Carlos de Oliveira Figueiredo José Neife de Miranda Diretoria Executiva (2012-2016) Clésio Vilela Reis Diretor Presidente José Ângelo Machado Diretor Comercial Sebastião da Costa Reis Diretor Administrativo

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Composição do quadro social – Capital Social

Exercício Subscrito R$ A Integralizar R$ Integralizado R$ 2008 12.894.033,17 - 12.894.033,17 2009 13.719.333,35 - 13.719.333,35 2010 13.629.836,65 - 13.629.836,65 2011 14.742.445,09 - 14.742.445,09 2012 15.684.340,29 - 15.684.340,29 2013 16.384.340,29 - 16.384.340,29 2014 17.304.698,85 - 17.304.698,85 2015 18.007.982,59 - 18.007.982,59

Composição do quadro de associados

Exercício Admitidos Excluídos Total 2008 327 - 6.248 2009 464 - 6.710 2010 404 - 7.112 2011 424 - 7.529 2012 364 - 7.893 2013 265 - 8.158 2014 250 - 8.408 2015 144 - 8.574

Composição do quando de funcionários Exercício Total

2008 316 2009 354 2010 402 2011 409 2012 446 2013 453 2014 431 2015 412

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Composição da movimentação física de café Em sacas

Safra Entradas Saídas Estoque

2007/2008 395.340 418.764 235.618 2008/2009 644.929 503.536 377.011 2009/2010 711.921 501.361 252.594 2010/2011 590.910 651.677 316.244 2011/2012 727.299 800.325 243.218 2012/2013 575.276 452.957 364.537 2013/2014 630.201 619.898 371.870 2014/2015 553.279 606.478 318.671 2015/2016 465.672 606.478 229.052

Composição da movimentação física do milho

Em sacas Safra Entradas Saídas Estoque 2008 368.119 225.241 142.010 2009 591,314 351.007 83.217 2010 614.044 370.498 30.508 2011 700.553 726.950 73.300 2012 919.534 1.007.902 52.722 2013 790.728 816.354 89.106 2014 372.068 416.275 89.272 2015 293.979 242.637 84.154

Composição da movimentação do leite

Safra Litros Compras R$ Vendas R$ (*) 2008 45.644.220 34.124.117,48 39.563.987,26 2009 60.107.084 43.367.228,32 52.110.372,79 2010 70.621.885 54.841.876,48 69.865.927,59 2011 66.063.584 70.694.662,38 80.887.052,81 2012 64.956.437 96.801.872,00 66.334.164,00 2013 59.529.049 61.050.760,61 62.868.483,64 2014 49.218.253 51.944.557,96 47.498.377,05 2015 38.352.199 39.309.625,06 49.129.721,24

(*) Incluso in natura e produtios lacteos

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Balanço Patrimonial Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 Valores em R$ (00) Exercícios findos

As notas explicativas integram as Demonstrações Financeiras.

Nota 31-12-2015 31-12-2014 Ativo Explicativa Circulante Caixa e equivalentes de caixa 13.756.520 18.157.528 Contas a receber 4 63.614.520 70.618.980 Estoque de mercadorias para revendas 5 28.187.454 33.545.848 Estoque de café Cooperativa 5 19.254.898 14.426.209 Estoque de café Cooperados 6 66.555.878 96.499.111 Adiantamentos a fornecedores 1.048.316 57.316 Impostos a recuperar 7 3.060.927 2.048.727 Outros créditos 8 570.723 1.777.875 Despesas do exercício seguinte 2.535.248 1.222.308 Total do ativo circulante 198.584.484 238.353.902 Não circulante Conta a receber 4 7.379.344 4.108.000 Títulos de capitalização 106.996 341.103 Impostos a recuperar 7 2.482.553 2.371.788 Depósitos judiciais 26.923.079 22.467.918 36.891.972 29.288.809 Investimentos 9 4.181.899 4.055.215 Imobilizado 10 59.130.837 71.802.213 Intangível 3.321.226 280.722 Total do ativo não circulante 103.525.934 105.426.959 Total do ativo 302.110.418 343.780.861

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Exercícios findos Nota 31-12-2015 31-12-2014 Passivo Explicativa Circulante Fornecedores 17.095.801 9.416.144 Obrigações com cooperados 11 31.334.225 22.869.313 Empréstimos e financiamentos 12 69.381.808 88.140.073 Obrigações sociais e provisões 1.933.632 1.551.258 Obrigações tributárias 85.078 72.600 Café de cooperados 6 66.555.878 96.499.111 Outras obrigações 439.740 1.501.081 Total do passivo circulante 186.826.162 220.049.580 Não circulante Empréstimos e financiamentos 12 27.679.749 26.225.155 Obrigações CCL 9 5.983.286 5.983.286 Contribuições com exigibilidade suspensa 14 31.225.975 29.829.969 Total do passivo não circulante 64.889.010 62.038.410 Patrimônio líquido 15 Capital social 18.007.983 17.304.699 Ajuste de avaliação patrimonial 13.722.833 16.407.214 Fundo rotativo de capital 3.964.175 15.878.892 Reserva legal 5.874.364 4.267.365 Rates 278.963 262.821 Reserva de capitalização 53.567 - Reserva para Contigência 4.511.262 4.177.059 Sobras (perdas) acumuladas 3.982.099 3.394.821 Total do patrimônio líquido 50.395.246 61.692.871 Total do passivo 302.110.418 343.780.861

As notas explicativas integram as Demonstrações Financeiras.

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Demonstrações das sobras e perdas dos exercícios findos em 2015 e 2014 Em R$ (00)

31.12.2015 31.12.2014_____________________

Ingresso operacional bruto Associados Terceiros Total Associados Terceiros Total Vendas de café 199.803.205 199.803.205 233.239.778 233.239.778 Revendas de mercadorias 101.350.814 18.684.861 120.035.675 91.367.946 16.284.360 107.652.306 Vendas de produtos 49.129.721 49.129.721 57.110.324 57.110.324 Vendas de serviços 5.782.420 367.765 6.150.185 8.917.884 291.382 9.209.266 356.066.160 19.052.626 375.118.786 390.635.932 16.575.742 407.211.674 Deduções do ingresso bruto Impostos sobre vendas (3.816.149) (1.857.874) (5.674.023) (5.105.328) (441.038) (5.546.366) Abatimentos (3.896.332) (263.158) (4.159.490) (4.295.120) (144.038) (4.439.158) (7.712.481) (2.121.032) (9.833.513) (9.400.448) (585.076) (9.985.524)

Ingresso operacional líquido

348.353.679 16.931.594 365.285.273

381.235.484

15.990.666

397.226.150 Dispêndios sobre produtos, mercadorias

e serviços prestados

(312.718.247) (15.362.621) (328.080.868)

(342.728.116)

(13.165.016)

(355.893.132)

Sobra bruta

35.635.432 1.568.973 37.204.405

38.507.368

2.825.650

41.333.018 (Dispêndios) Ingressos Operacionais Dispêndios gerais e administrativos (16.920.937) (1.638.232) (18.559.169) (14.470.791) (1.357.935) (15.828.726) Dispêndios de provisões sobre créditos (4.204.708) - (4.204.708) (6.601.973) - (6.601.973) Dispêndios tributários (660.360) (77.452) (737.812) (911.715) (114.112) (1.025.827) Dispêndios técnicos (3.883.473) (466.166) (4.349.639) (2.460.162) (198.895) (2.659.057) Outros ingressos operacionais 7.075.138 189.355 7.264.493 3.315.937 208.255 3.524.192 Outros dispêndios operacionais (10.382.099) (822.405) (11.204.504) (12.521.745) (592.563) (13.114.308) (28.976.439) (2.814.900) (31.791.339) (33.650.449) (2.055.250) (35.705.699)

Sobra antes do resultado financeiro

6.658.993 (1.245.927) 5.413.066

4.856.919

770.400

5.627.319

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Demonstrações das sobras e perdas dos exercícios findos em 2015 e 2014 31.12.2015 31.12.2014_________________

As notas explicativas integram as Demonstrações Financeiras

Associados Terceiros Soma Associados Terceiros Soma Resultado financeiro Ingressos financeiros 10.406.346 322.043 10.728.389 9.204.895 280.519 9.485.414 Dispêndios financeiros (9.236.121) (1.548.671) (10.784.792) (8.613.639) (1.276.292) (9.889.931) 1.170.225 (1.226.628) (56.403) 591.256 (995.773) (404.517)

Sobra (perda) operacional

7.829.218 (2.472.555) 5.356.663

5.448.175

(225.373)

5.222.802 Destinações estatutárias – RATES e R.Legal (1.928.399) - (1.928.399) (1.827.981) - (1.827.981)

Sobra (perda) líquida do exercício

5.900.819 (2.472.555) 3.428.264

3.620.194

(225.373)

3.394.821

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Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – Exercícios 2015 e 2014 Reserva de Sobras

As notas explicativas integram as Demonstrações Financeiras

Capital Integralizado

Legal

RATES

Reserva de Capitalização

Reserva de Contigências

Fundo Rotativo de

Capital

Ajustes De Avaliação Patrimonial

Sobras (Perdas)

Acumuladas

Total Saldo em 31.12.13 16.348.580 2.700.524 48.117 - 3.596.133 - 18.174.691 1.892.060 42.760.105 Ajustes de exercícios anteriores (nota 16) - - - - - - - (1.767.476) (1.767.476) Constituição de reserva - - - - 1.892.060 - - (1.892.060) - Constituição do fundo - - - - - 18.013.701 - - 18.013.701 Utilização do fundo - - - - - (2.134.809) - - (2.134809) Restituição de capital (188.813) - - - - - - - (188.813) Integralização de capital 1.144.932 - - - - - - - 1.144.932 Utilização de RATES - - (46.437) - - - - - (46.437) Realização de reserva - - - - (1.311.134) - (1.767.477) 1.767.477 (1.311.134) Sobras do exercício - - - - - - - 5.222.802 5.222.802 Destinação das sobras: - - . Reserva legal - 1.566.841 - - - - - - 1.566.841 . RATES - - 261.141 - - - - (261.141) - Saldo em 31.12.14 17.304.699 4.267.365 262.821 - 4.177.059 15.878.892 16.407.214 3.394.821 61.692.871 Ajustes de exercícios anteriores (nota 16) - (2.130.546) (2.130.546) Constituição de reserva - - - - 3.394.821 - - (3.394.821) - Compensação de perdas - - - - (3.060.618) - - - (3.060.618) Constituição do fundo - - - - - 1.676 - - 1.676 Utilização do fundo - - - - - (11.916.393) - - (11.916.393) Restituição de capital (276.185) - - - - - - - (276.185) Integralização de capital 979.469 - - - - - - - 979.469 Utilização de RATES - - (251.691) - - - - - (251.691) Realização de reserva - - - - - - (2.684.381) 2.684.381 - Sobras do exercício - - - - - - - 5.356.663 5.356.663 Destinação das sobras: - . Reserva de Capitalização - - - 53.567 - - - (53.567) - . Reserva legal - 1.606.999 - - - - - (1.606.999) - . RATES - - 267.833 - - - - (267.833) - Saldo em 31.12.15 18.007.983 5.874.364 278.963 53.567 4.511.262 3.964.175 13.722.833 3.982.099 50.395.246

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Demonstração dos fluxos de caixa exercícios 2015 e 2014

As notas explicativas integram as Demonstrações Financeiras

31-12-2015 31-12-2014 Atividades operacionais Sobra (perda) líquida 5.356.663 5.222.801 Ajustes por: Ajustes de exercícios anteriores (2.130.546) (1.767.476) Depreciações e amortizações 4.333.644 2.659.057 Sobra ajustada 7.559.761 6.114.383 Redução (Aumento) em contas do Ativo Contas a receber 3.733.116 (2.165.095) Estoques 529.705 (4.605.450) Estoques de cafés de Cooperados 29.943.233 (5.165.141) Títulos de capitalização 234.107 (66.601) Adiantamentos a fornecedores (991.000) 1.144.439 Impostos a recuperar (1.122.965) 17.150.726 Depósitos judiciais (4.455.161) (5.828.976) Outros créditos 1.207.152 (158.618) Despesas do exercício seguinte (1.312.940) (371.372) Aumento (Redução) em contas do Passivo Fornecedores 7.679.657 (64.271) Obrigações com Cooperados 8.464.912 11.910.403 Obrigações sociais, tributárias e férias 394.852 (19.415.658) Café de Cooperados (29.943.233) 5.165.141 Constribuições com exigibilidade suspensa 1.396.006 5.579.276 Outras obrigações (1.061.341) 786.996 Caixa gerado nas Atividades Operacionais 22.255.861 10.010.182 Atividades de Investimentos Aquisição de imobilizado (7.006.097) (22.114.793) Baixa do imobilizado 15.385.882 414 Aquisição de investimento (126.684) (91.821) Baixa no investimento - 621.652 Aquisição de intangível (3.082.556) - Caixa gerado ( aplicado) nas Atividades de Investimentos 5.170.545 21.584.548 Atividades de Financiamentos Empréstimos e financiamentos contraídos 105.873.169 135.572.366 Empréstimos e financiamentos liquidados (130.975.979) (151.122.165) Juros sobre os empréstimos 7.799.138 7.164.720 Constituição do fundo 1.676 18.013.701 Utilização do fundo (11.916.393) (2.134.809) Utilização do RATES (251.691) (46.437) Utilização de reserva (3.060.618) (1.311.134) Integralização/retençao de capital 979.469 1.144.932 Devolução de capital (276.185) (188.813) Caixa gerado (aplicado) nas Atividades de Financiamentos (31.827.414) 7.092.361 REDUÇÃO DE CAIXA E EQUIVALENTES (4.401.008) (4.482.005) Caixa e equivalentes no início do exercício 18.157.528 22.639.533 Caixa e equivalentes ao final do exercício 13.756.520 18.157.528 Redução de Caixa e Equivalentes (4.401.008) (4.482.005)

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NOTAS EXPLICATIVAS AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

1. Contexto Operacional

A CAPEBE foi constituída em 12.05.63 para a comercialização de leite e derivados, no município de Boa Esperança – MG e fundada em 25.03.63, passando oficialmente a comercializar café, leite e derivados, e, em 28.12.95, incorporou a Cooperativa de Eletrificação Rural de Campo do Meio, Campos Gerais e Boa Esperança Ltda.

Devido ao seu trabalho junto aos produtores, a CAPEBE, hoje, possui filiais nas cidades de Campo do Meio, Coqueiral, Cristais, Guapé, Ilicínea e Nepomuceno.

A Sociedade, composta por produtores de leite, café, cereais e outros, tem por objetivo a defesa comum de seus interesses econômicos, observando, para isso, o seguinte programa de ação, de acordo com a sua possibilidade econômico-financeira:

▪ Receber, beneficiar, industrializar, comercializar e distribuir o leite, café, seus derivados e

outros produtos entregues pelos associados, utilizando instalações e métodos modernos;

▪ Organizar e supervisionar o transporte dos produtos das fontes até à usina, postos de recepção e armazéns, visando à sua conservação e segurança;

▪ A venda, em comum, da sua produção agrícola ou pecuária de seus Cooperados nos

mercados locais, nacionais e internacionais;

▪ Classificar, padronizar, armazenar, beneficiar, industrializar e registrar as marcas de tais

produtos;

▪ Pugnar pelo estabelecimento de preços condizentes de seus produtos;

▪ Manter departamentos de compras em comum, para suprir os Cooperados com mercadorias e combustíveis e organizar serviços de terceiros necessários às suas atividades;

▪ Organizar serviços de assistência técnica e/ou social aos Cooperados, firmando e/ou

mantendo convênios;

▪ Promover a produção, industrialização, beneficiamento ou embalagem de artigos

destinados ao abastecimento de seus Cooperados;

▪ Fazer adiantamento em dinheiro aos Cooperados, sobre o valor dos produtos entregues a serem comercializados ou já comercializados, obedecidas as instruções do Conselho de

Administração;

▪ Organizar Serviços de Assistência Especializada em tratores, máquinas, equipamentos e

implementos agrícolas, motores elétricos e redes elétricas;

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Cooperativa Agropecuária de Boa Esperança Ltda.

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▪ A Sociedade promoverá, ainda, mediante convênio com entidades especializadas, públicas

ou privadas, o aprimoramento técnico-profissional dos seus Cooperados e de seus próprios funcionários

▪ E participará de campanhas de expansão do cooperativismo, de fomento da agropecuária e

da racionalização dos meios de produção;

▪ A Sociedade, para atingir seus objetivos, poderá associar-se a Cooperativas Centrais ou

Cooperativas Singulares;

▪ O Conselho de Administração, observados os limites e condições legais, autorizará a Sociedade a operar com não-associados, cujas atividades não conflitem com os objetos e interesses sociais, assegurada a prioridade aos associados; e

▪ A Sociedade cumprirá seus objetivos sociais sem fins lucrativos.

A Cooperativa apresenta, ainda, em seus objetivos, a atividade de depósitos e armazenagem na condição de Armazéns Gerais, com a emissão de conhecimento de depósito e “warrants” para os produtos depositados em seus armazéns, próprios ou arrendados, consoante legislação específica (Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971 (Art. 82 a 88), Lei Federal nº 9.973, de 29 de maio de 2000, e Decreto Federal nº 3.855, de 03 de julho de 2001).

2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

As demonstrações financeiras são elaboradas com base em registros permanentes, de acordo com a Lei nº 5.764/71 e Resoluções do Conselho Federal de Contabilidade, em especial nºs. 920/01 e 1.013/05 e normas editadas pelo CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis, quando aplicáveis às Sociedades Cooperativas.

3. PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS

As principais práticas e diretrizes contábeis adotadas na elaboração das Demonstrações Financeiras podem ser assim resumidas:

a. Regime de escrituração e apuração das sobras ou perdas: os ingressos operacionais são

apresentados pelos valores brutos, ou seja, incluem descontos e impostos incidentes sobre vendas, os quais são apresentados como redutores de ingressos. O resultado das operações (sobras ou perdas) é apurado em conformidade com o regime contábil de competência de exercícios. A aplicação desse conceito exige reconhecimento das receitas e despesas na ocasião em que são realizadas ou incorridas, independentemente, portanto, do seu efetivo recebimento ou pagamento;

b. As aplicações financeiras de liquidez imediata são registradas ao custo acrescido dos

rendimentos auferidos até a data do balanço;

c. Estoques: as mercadorias para revenda são avaliadas pelo custo médio de aquisição, inferior ao valor de mercado. Os produtos agrícolas, em especial café, provenientes de varreduras são contabilmente registrados a crédito das contas de sobras e perdas e avaliados ao custo médio de comercialização;

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Cooperativa Agropecuária de Boa Esperança Ltda.

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d. A provisão para créditos de liquidação duvidosa foi constituída em montante julgado suficiente, pela Administração, para cobrir eventuais perdas na sua realização;

e. Os investimentos permanentes são avaliados pelo custo de aquisição, em conformidade com

às práticas estabelecidas pela Resolução 1.013/05 e NBC T 10.8 – IT – 01 – Entidades Cooperativas;

f. Intangível: está representado por ativos intangíveis, adquiridos separadamente. São

mensurados no seu reconhecimento inicial, ao custo de aquisição e, posteriormente, deduzidos da amortização acumulada e perdas do valor recuperável, quando aplicável. Os intangíveis com vida útil indefinida não são amortizados;

g. Outros ativos e passivos: um ativo é reconhecido no balanço quando for provável que seus

benefícios econômicos futuros serão gerados em favor da Cooperativa e se o seu custo ou valor puder ser mensurado com segurança. Um passivo é reconhecido no balanço quando a Cooperativa possui uma obrigação legal ou constituída como resultado de um evento passado, sendo provável que um recurso econômico seja requerido para liquidá-lo. As provisões são registradas tendo como base as melhores estimativas do risco envolvido. Os ativos e passivos são classificados como circulante quando sua realização ou liquidação é provável que ocorra nos próximos doze meses. Caso em prazo maior, são apresentadas como não circulante. Estão demonstrados por seus valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e atualizações monetárias incorridas até a data do balanço;

h. Ativos e passivos contingentes e obrigações legais: o reconhecimento, a mensuração e a

divulgação das contingências ativas e passivas e obrigações legais são efetuados tendo como base os pronunciamentos do Conselho Federal de Contabilidade: ativos contingentes não são reconhecidos contabilmente, exceto quando a Administração possui total controle da situação ou quando há garantias reais ou decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos; passivo contingente: são reconhecidos contabilmente levando em conta a opinião dos assessores jurídicos, a natureza das ações, a similaridade com processos anteriores, a complexidade no posicionamento de tribunais, entre outras análises da Administração, sempre que a perda for avaliada como provável ou possível, ou que ocasionaria uma saída de recursos para a liquidação das obrigações, e/ou quando os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança. Os passivos contingentes classificados como perdas remotas não requerem provisão e nem divulgação;

i. Ajuste a valor presente: os ativos e passivos monetários de longo prazo são ajustados pelo seu

valor presente, e os de curto prazo, quando o efeito é considerado relevante em relação às demonstrações financeiras tomadas em conjunto. O ajuste a valor presente é calculado levando-se em consideração os fluxos de caixa contratuais e a taxa de juros explícita e, em certos casos, implícita dos respectivos ativos e passivos, e, se relevantes, esses juros são realocados nas linhas de despesas e receitas financeiras no resultado;

j. Redução ao valor recuperável de ativos: o imobilizado, outros ativos não circulantes e os

ativos circulantes relevantes são revisados anualmente com o objetivo de verificar a existência de indício de perdas não recuperáveis. A Administração efetuou a análise de seus ativos e constatou que não há indicadores de sua desvalorização, bem como que eles são realizáveis em prazos satisfatórios;

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k. As operações com não-associados foram devidamente destacadas na escrituração contábil, em observância ao Artigo 87, da Lei nº. 5.764/71, sendo o resultado líquido das mesmas oferecido à tributação; e

l. Na elaboração das demonstrações financeiras é necessário utilizar estimativas para

contabilizar certos ativos, passivos e outras transações. As demonstrações financeiras da Sociedade incluem, portanto, estimativas referentes a provisões, à seleção das vidas úteis do ativo imobilizado, apuração dos valores de mercado dos bens destinados à venda, provisões necessárias para passivos contingentes, determinação de provisão para imposto de renda e outros similares. Os resultados reais podem apresentar variações em relação às estimativas.

4. CONTAS A RECEBER

Exercício findo em 31.12.15 31.12.14

Circulante � Cooperados - conta movimento 5.177.063 10.321.382 � Títulos a receber de Cooperados 71.238.008 69.481.745 � Títulos a receber de clientes 7.439.530 10.962.910 � CCL conta movimento 30.644 30.644 � C/C consumo funcionários 29.071 24.325 Total 83.914.316 90.821.006 Provisão para créditos de liquidação duvidosa (20.299.796) (20.202.026) Líquido 63.614.520 70.618.980 Não Circulante � Cooperados - títulos a receber 7.379.344 4.108.000 Total 7.379.344 4.108.000 Total geral 70.993.864 74.726.980

A Administração vem empreendendo esforços no sentido de minimizar perdas com associados inadimplentes, através de renegociações visando a busca de novas garantias e utilizando a cobrança pela via judicial. A Cooperativa está adequando seu sistema e política de crédito e cobrança objetivando revitalizar o seu fluxo financeiro, e, para isso, foram implementadas ações administrativas e judiciais para recuperação dos créditos vencidos e critérios mais elaborados para novas negociações.

A Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa constituída no decorrer do exercício somou R$ 4.205 mil (R$6.602 mil em 2014). Em 2015 foram revertidas para o resultado da Cooperativa cerca de R$ 4.181 mil de provisões anteriormente constituídas, em função das renegociações empreendidas e embasadas no relatório da Assessoria Jurídica que prevê êxito nos processos por ela patrocinados.

A Sociedade possui crédito junto a empresa Indústria de Alimentos Nilza S.A., no montante de R$8.078 mil. Conforme consta do Plano de Recuperação Judicial, anexo ao Relatório do Poder Judiciário do Estado de São Paulo- Comarca de Ribeirão Preto – Quarta Vara Cível, a previsão é o pagamento em 10 anos, sendo dois de carência e oito para pagamento, contados, igualmente, da

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aprovação do plano e com pagamentos ao final de cada mês. A Administração constituiu cem por cento da provisão desse crédito face a decretação da falência daquela entidade.

5. ESTOQUES

Compreendem os seguintes itens:

Exercício findo em 31.12.15 31.12.14

� Café - Cooperativa 19.254.898 14.426.209

� Mercadorias para revenda 14.398.636 14.292.077

� Produtos acabados 7.063.299 13.159.757

� Centro de distribuição 6.725.519 6.094.014

Total - R$ 1 47.442.352 47.972.057

6. PRODUÇÃO AGRÍCOLA ARMAZENADA

A Cooperativa possui em seus armazéns produção agrícola de propriedade de Cooperados, para futura comercialização, dos seguintes produtos:

Situação em 31.12.15

Valor R$ Produtos estimado Quantidade

� Milho (quilos) 906.298 1.536.098

� Café (sacas ) 66.555.877 182.595 7. IMPOSTOS A RECUPERAR

São decorrentes de:

Exercício findo em Circulante 31.12.15 31.12.14

� ICMS - créditos presumidos café e milho 1.411.604 1.218.952

� ICMS – comercial 50.739 101.866

� Imposto de renda 1.185.517 458.792

� Contribuição social 413.067 269.117

Total 3.060.927 2.048.727

Não circulante

� ICMS – créditos presumidos café milho - -

� ICMS – sobre o ativo imobilizado 2.482.553 2.371.788

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Total 2.482.553 2.371.788

Total 5.543.480 4.420.515

Créditos de PIS e COFINS

Com o advento da Lei nº 10.865/04, em seu artigo 21, as sociedades cooperativas agropecuárias foram inseridas na regra de apuração não cumulativa das contribuições COFINS e PIS. Os créditos, em 31 de dezembro de 2015 e de 2014, para a COFINS e PIS, são de R$ 45.946.298. Em 2015, tais créditos foram registrados em tributos a recuperar e, simultaneamente, constituída provisão para perdas do valor integral dos mesmos.

8. OUTROS CRÉDITOS

Estão representados por:

Exercício findo em 31.12.15 31.12.14

� Banco do Brasil – Operação cartão 334.274 1.163.128

� Adiantamento a empregados 209.101 385.938

� BDMG investimentos - 215.423

� Outros 27.348 13.386

Total – R$ 1 570.723 1.777.875 9. INVESTIMENTOS

Estão assim demonstrados:

Exercício findo em 31.12.15 31.12.14

� CCL – Conta Capital 3.617.840 3.617.840

� Participações em outras Cooperativas 554.110 427.416

� Outros investimentos 9.959 9.959

Total – R$ 1 4.181.899 4.025.215

Em 21.12.09 foi realizado ma AGE – Assembleia Geral Extraordinária, para proceder à 8ª reforma do Estatuto Social e autorizar o desligamento da CAPEBE do quadro societário da Cooperativa Central de Laticínios do Estado de São Paulo (CCL), que foi aprovada por unanimidade. Em 22.12.09 foi protocolada, junto à CCL, a solicitação dessa demissão, conforme preceitua o artigo 19 do Estatuto Social daquela Central, cujo desfecho vem sendo buscado através de tratativas pertinentes. Ainda sobre esta questão, a CAPEBE vem

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discutindo crédito que a CCL entende como de seu direito, no montante de R$ 5.983 mil, que se encontra provisionado em rubrica própria no Passivo Não Circulante.

10. IMOBILIZADO

Em 2010, a CAPEBE observando as determinações dos Pronunciamentos CPC 01 e 27, aprovados pelo Conselho Federal de Contabilidade, estabeleceu novo valor para seus ativos e nova estimativa de vida útil para os mesmos.

Tal procedimento identificou bens ou conjunto de bens (imóveis, equipamentos, mobiliário e utensílios, máquinas e veículos) de valores relevantes e em operação que apresentaram valor contábil substancialmente inferior ao seu Valor Justo, o que levou a Administração da Sociedade, com base na Interpretação Técnica ICPC – 10, a atribuir novo valor a esses bens (deemed cost). Essa mais valia gerou um acréscimo no Imobilizado de R$25.037.041, líquido dos efeitos tributários, e na rubrica “Ajustes de Avaliação Patrimonial”, no Patrimônio Líquido.

Em 2011, a Administração, também observando os citados pronunciamentos e através da mesma empresa, revisou o valor contábil desses ativos, com o objetivo de determinar e avaliar seu valor de recuperação (impearment). Foram efetuadas análises para identificar as circunstâncias que podiam exigir a avaliação da recuperabilidade dos ativos e medir a potencial perda no valor recuperável.

Para averiguar a presença de impairment foram observados se os ativos não apresentavam obsolescência evidente e/ou danos físicos e, ainda, desempenho econômico menor que a expectativa indicada.

Foi também levado em consideração a comparação do valor contábil estabelecido no Balanço Patrimonial com o valor líquido provável de venda disponível no mercado Ativo. O relatório dos Avaliadores apontou o valor de venda como o maior valor entre os dois valores, para todos os itens objeto da avaliação, o que não indicou uma perda de valor econômico. Sendo assim, a situação não mostrou à necessidade de reconhecimento contábil do impairment.

Em 2015, a Administração entende que os valores apresentados estão a mercado, foram efetuados os cálculos de ajustes a valor presente (impearment), resultando em valores não passíveis de ajustes observando que a Cooperativa é a única unidade geradora de caixa impossibilitando de precisar no conjunto de todo o seu ativo as perdas por recuperabilidade de um ativo.

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A composição do Imobilizado é a seguinte:

Saldo em 31.12.15 31.12.14

� Terrenos 12.948.735 13.599.835

� Benfeitorias 21.732.027 21.654.041

� Edificações 9.012.497 9.012.497

� Equipamentos industriais 5.593.024 5.119.268

� Instalações 2.877.851 2.634.614

� Veículos 7.515.086 20.240.907

� Equipamentos de escritório 370.002 266.905

� Máquinas e ferramentas 486.491 473.571

� Equipamentos odontológicos 9.389 9.389

� Equipamentos de Informática 483.805 427.001

� Imobilizações em andamento 11.452.499 7.591.707

� Outras imobilizações 42.517 143.310

� Depreciação acumulada (13.393.086) (9.370.832)

59.130.837 71.802.213

11. OBRIGAÇÕES COM COOPERADOS

Estão representadas por:

Saldo em 31.12.15 31.12.14

▪ Obrigações por empréstimos de café 25.648.408 17.350.158

▪ Obrigações por empréstimo de milho - 168.000

▪ Cooperados – conta movimento 5.685.817 5.351.155

Total R$ 1 31.334.225 22.869.313

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12. FINANCIAMENTOS

Podem ser assim resumidos:

Exercício findo em 31.12.15 31.12.14

Circulante Não Circulante

Circulante Não Circulante

� Funcafé 55.516.229 15.878.045 62.411.667 10.199.928

� Custeio 7.660.874 - 5.297.334 -

� Comercialização 731.839 591.249 20.325.308 788.004

� Giro 4.644.713 - 105.764 -

� Finame - 2.842.930 - 3.432.461

� Prodecoop - 4.003.043 - 3.972.411

� Giro BNDES - 3.930.995 - 7.832.351

� BNDES Agric 828.153 433.486 - -

Total R$ 1 69.381.808 27.679.748 88.140.073 26.225.155

Os encargos sobre os empréstimos e financiamentos são:

Modalidade Taxa de Operação

� Capital de giro 8,66 % a.a

� Funcafé 8,75 % a 10,50 % a.a.

� Finame 2,50 % aa

� Comercialização 7,50 % a.a

� Giro/BNDES 6,75 % a.a.

� Giro 16,70 % aa

� Custeio 8,75 % a.a.

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Em garantia, a Cooperativa outorgou hipotecas e alienações fiduciárias de bens do ativo além de avais dos Diretores.

No decorrer de 2015, a Cooperativa efetuou amortizações de contratos de empréstimos e/ou financiamentos no montante de R$ 130.975 mil (R$ 151.122 mil em 2014).

13. PASSIVOS CONTINGENTES

A Cooperativa, no desenvolvimento normal de suas operações, está sujeita a certos riscos, representados por eventuais processos tributários, cíveis e reclamações trabalhistas. Conforme o posicionamento dos seus assessores jurídicos, as ações onde a Cooperativa figura no polo passivo e existentes em 31 de dezembro de 2015, foram classificadas com possibilidade de perdas remotas. Portanto, não passíveis de aprovisionamento contábil.

14. CONTRIBUIÇÕES COM EXIGIBILIDADE SUSPENSA Refere-se a obrigações com a União inerentes às contribuições previdenciárias (ex-FUNRURAL) que a Cooperativa entende ser inconstitucionais. Foi ajuizado processo que se encontra no Supremo Tribunal Federal – STF. Em contrapartida, foram realizados depósitos judiciais para dar suporte legal ao processo cujo montante entendemos ser suficiente para contrapor aos riscos.

15. PATRIMÔNIO LÍQUIDO

a) Capital social

O Capital Social, subscrito e integralizado, é de R$18.007.982 (R$17.304.698) em 31.12.14), pertencente a pessoas físicas e jurídicas, domiciliadas no país.

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b) Fundo Rotativo de Capital

Refere-se aos créditos presumidos de ICMS extemporâneo mineiro, oriundo de seus associados, apurados no período de março de 2009 a outubro de 2011, cujo montante foi utilizado na aquisição de 155 veículos da Iveco Latina.

No exercício de 2015 foi realizado desse fundo R$ 11.914.716 ( R$ 10.870.900) realizado contra a entrega do bem ao associado detentor do crédito até o valor de cada veículo.

16. AJUSTES DE EXERCÍCIOS ANTERIORES

Em 2015, representado pela regularização de registros realizados indevidamente em exercícios anteriores, em contas de saldos inativos sem perspectativa de realização (783.625) . e nos estoques obsoletos (1.346.919).

17. POLÍTICA DE SEGUROS

A Sociedade adota a política de contratar seguros para todas as suas Unidades. Na posição de 31 de dezembro de 2015, as coberturas das referidas apólices eram as seguintes:

Valor da Objeto do Seguro Modalidade cobertura

� Armazém de Café Incêndio 45.000.000

� Frota de veículos Riscos diversos 9.000.000

� Armagéns gerais, Lojas e Postos de Combustíveis Riscos diversos 5.700.000

� Seguro de vida diretoria e funcionários Vida em grupo 59.975.000

Total R$ 1 119.675.000

A produção agrícola armazenada dos Cooperados está segurada pela Yasuda Seguros S/A, apólice nº 1800099530, com vigência até 27 de novembro de 2016, pelo montante de R$ 45.000 mil.

18. COOPERATIVA CENTRAL MINAS LEITE LTDA.

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Em 26 de agosto de 2014, a Cooperativa firmou com a Cooperativa Central Minas Leite Ltda. - MINASLEITE e demais associadas daquela Central, um Protocolo de Intensão versando sobre bases e condições para a aquisição de seus ativos pela CAPEBE.

Até 31/12/2014 a Cooperativa honrou R$1.497.403 de obrigações pactuadas no Protocolo de Intenção, sendo ainda credora de R$ 3.684.867 pelo fornecimento de matéria prima em períodos anteriores. Com base no referido Protocolo a CAPEBE, passou a envasar o leite “Blink” garantindo assim o mercado para que possa agregar resultados visando a recuperação de possíveis perdas.

A CAPEBE está revisando esse protocolo amparada por Consultoria Jurídica para adoção definitiva do Instrumento Particular de Compra de Ativos e Outras Avenças como também o Instrumento Particular de Cessão e Transferência de Direitos sobre Marcas da qual a MINASLEITE é detentora (Blink e Estância de Minas).

Em 2015 a cooperativa contabilizou o Protocolo de Intenção, sendo a movimentação assim realizada:

1. Protocolo de Intenção 6.500.000 2. Valores a crédito da Cooperativa:

2.1 – Pelo fornecimento de matéria prima 3.451.296

2.2 – Pelos pagamentos honrados no Protocolo 2.301.969

2.3 – Adiantamentos concedidos 117.453

2.4 – Reversões de provisoes de risco de crédito 335.571

3. Total dos créditos 6.206.289 4. Valores a crédito da Minas Leite

4.1 – Créditos sobre notas fiscais de vendas 1.016.956

4.2 – Obrigações de responsabilidade da Cooperativa 206.173

5. Total dos créditos 1.223.129 6. Saldo a favor da Cooperativa 4.983.160 7. Compensações:

7.1 Aquisição do ativo imobilizado da Minas Leite 2.194.315

7.2 Aquisição dos direitos das Marcas Brink e Estãncia de Minas 3.082.556

8. Total dos valores compensados no Protocolo de Intenção 5.276.871 9. Saldo em conta corrente a favor da Minas Leite ( 8 – 6 ) 293.711

DIRETORIA EXECUTIVA CLÉSIO VILELA REIS, Diretor Presidente JOSÉ ÂNGELO MACHADO, Diretor Comercial SEBASTIÃO DA COSTA REIS, Diretor Administrativo GERENTE GERAL E FINANCEIRO RAMON GARCIA CHAGAS CONTADOR RESPONSÁVEL ANSELMO ROCHA SILVA CRC-MG 036.923/O

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Parecer do Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal da Cooperativa Agropecuária de Boa Esperança Ltda. CAPEBE, reunido em 01 de março de 2016 em cumprimento ao artigo 54 alínea II, do Estatuto Social, declara para os devidos fins legais e estatutários, que examinando os documentos e peças contábeis relativo ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2015 dentro das avaliações mensais podemos expressar sua real situação patrimonial e financeira. Em nossa opinião, as demonstrações contábeis, refletem corretamentte em todos os aspectos relevantes a posição patrimonial e financeira da Cooperativa Agropecuária de Boa Esperança Ltda. em 31 de dezembro de 2015. Assim somos unanimes e favoráveis a aprovação das Demonstrações Financeiras relativo ao período de 01 de janeiro de 2015 as 31 de dezembro de 2015. (aa) Carlos Alberto Lima Coordenador do Conselho Fiscal Donizeti Tavares de Andrade Secretário do Conselho Fiscal Alneir José de Oliveira Lima Conselheiro Fiscal Efetivo