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Dengue Valdes Roberto Bollela Divisão de Moléstias Infecciosas Departamento de Clínica Médica da FMRP-USP

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Dengue

Valdes Roberto Bollela Divisão de Moléstias Infecciosas

Departamento de Clínica Médica da FMRP-USP

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Introdução

• A mais importante arbovirose humana em

termos de morbidade e mortalidade

• Estima-se que 80 milhões de pessoas/ano se

infectem pelo vírus do dengue, no mundo.

• Descrita 1a vez por Benjamin Rush em 1780, na

Filadélfia

• Primeiro surto descrito no Brasil

– 1846 RJ

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Etiologia

• Vírus da Dengue

– Flavivírus:

• Envelopado

• RNA vírus de fita simples (+) 11Kb

• 10 genes

– 3 proteínas Estruturais

– 7 não estruturais

– 4 Sorotipos

– D1, D2, D3, D4

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v

M E

C

RNA (ss+)

Vírus Dengue

C capsídeo viral

NS1 – Fixação complemento Maturação viral

NS3 e NS5 Replicação viral

Estrutural Não estrutural

M envelope viral prM M = infectividade

E envelope viral (Ag) ligação + fusão

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Ciclo Vital

• Transmitido por artrópodes

– Aedes aegypti

– Transmissão por fêmeas infectadas

• hematófagos

– Vivem cerca de 6 a 8 semanas

– Voam num raio de 200m

• Carona em carros, navios e aviões

– Ovos são viáveis fora da água por

até 1 ano

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Vetores

• Aedes aegypti:

– antropofilia

– hábitos diurnos

– urbano e doméstico

– vetor mais importante

• Aedes albopictus:

– hábitos rurais e silvestres

– transmissão transovariana

– manutenção da endemia

Gluber DJ, 1987

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Epidemiologia

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Epidemiologia Dengue nas Américas

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1930 1970 2002

Epidemiologia

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Casos Prováveis e Hospitalizações por Dengue Brasil - 1986-2015*

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Municípios infestados Aedes aegypti e Aedes albopictus Brasil, 2014

Não Infestado

Aedes aegypti – 4.523 Aedes albopictus – 3.285

Fonte: Carvalho et al , 2014

Infestado

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Epidemiologia

Den 3 RJ

Den 1 e 2 RJ-SP

Den 4 AM

Den 4 RR Sudeste

Nordeste

Sudeste

Centro Oeste NE + SE

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HOMEOSTASE

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Fisiopatogenia

Agressividade do patógeno

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Fisiopatogenia

Defesa do Hospedeiro

Agressividade do patógeno

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Infecção Doença

Agressividade do patógeno

“Defesa do Hospedeiro”

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Transmissão Fisiopatogenia

O vírus infecta as células brancas do sangue e dos tecidos linfáticos

Vírus multiplica e dissemina no sangue

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T8

T4

Mo

IFNg IL-2 TNFa TNFb

TNFa

+

Mo

EC

Ac

Vírus da dengue

MHC I

MHC II

Peptídeos Vírus dengue

Receptor vírus dengue

FcgR

monócito

Célula endotelial

Receptor de cél T

Rothman, 2001

Primeira Infecção – Den 1

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T4

T8

T4

Mo

Mo T8

IFNg IL-2 TNFa TNFb

TNFa

TNFa

+

+

lise

Mo

EC

Ac

Vírus da dengue

MHC I

MHC II

Peptídeos Vírus dengue

Receptor vírus dengue

FcgR

monócito

Célula endotelial

Receptor de cél T

Rothman, 2001

Primeira Infecção – Den 1

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T4 EC

extravasamento plasmático

T8

T4

Mo

Mo T8

IFNg IL-2 TNFa TNFb

TNFa

TNFa

complemento

C3a C5a

+

+

lise

EC

Mo

EC

Ac

Vírus da dengue

MHC I

MHC II

Peptídeos Vírus dengue

Receptor vírus dengue

FcgR

monócito

Célula endotelial

Receptor de cél T

Rothman, 2001

Primeira Infecção – Den 1

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Primeira

infecção DEN-1

Ac específicos

DEN-1

Neutralização

do vírus

Memória

imunológica

Ac específicos

contra DEN-1 ligam-

se ao DEN-2

Receptor

Fc

Monócito

Maior penetração

de vírus

Linfócito T Liberação de

fatores

inflamatórios

AUMENTO DA

PERMEABILIDEDE

VASCULAR

Fisopatogenia

• Formas Graves: Antibody-Dependent Enhancement

Segunda

infecção DEN-2

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Hemoconcentração

• Aumento da permeabilidade vascular

• Extravasamento líquido para

extravascular

• Hemoconcentração

• Choque

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PLAQUETAS

Ação direta em MO levando à diminuição da produção

plaquetária

Aumento do consumo periférico de plaquetas

Destruição plaquetária devido à deposição de imunocomplexos na

superfície plaquetária

Plaquetopenia

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Fisiopatogenia

Viremia Viremia

DIAS 0 5 8 12 16 20 24 28

Mosquito pica Mosquito pica /

Transmite vírus

Doença Ser humano 1

Doença Ser humano 2

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Subclínica Febre

indiferenciada

Dengue Dengue

Grave

Manifestações Clínicas

A dengue é uma doença só.

Dengue

c/ sinais

de alerta

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Fisiopatogenia

Fatores Virais

Fatores Hospedeiro

Fatores

ambientais

Sorotipo: (2>3>4>1)

Cepa Seqüência

Infecção secundária Idade (Rn)

Etnia branca? Genética

Densidade vetorial Densidade populacional

Intervalo entre epidemias Guzmán MG and Kourí G. The Lancet 2002

DG

Fatores relacionados a Febre Hemorrágica do Dengue

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Manifestações Clínicas

Assintomático Sintomático

Dengue

Grave

Febre

indiferenciada

Dengue

Clássica

Sem

choque

Com

choque

Adaptado OMS

Infecção por dengue

Formas clínicas

incomuns

SNC

Hepatites

miocardite

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Quando Suspeitar?

• Febre (duração menor que 7 dias)

+ 2 sintomas a seguir:

– Cefaléia Mialgia

– Artralgia Exantema

– Prostração Dor retro-orbitária

– Manifestação hemorrágica

Suspeita epidemiológica Sazonalidade

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Dengue clássico

• Febre (99%)

– Início súbito, elevada (39-40oC)

– Duração máxima de 7 dias

• Cefaléia

– Constante (93%)

– Dor retro-orbitária (55%)

• Artralgia (80%)

• Mialgia, panturrilha (66%)

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Dengue clássico

• Vômitos (36%)

• Náuseas (12%)

• Exantema cutâneo (25%)

– Eritematoso, maculopapular

– Prurido (20%)

• Fenômenos hemorrágicos

– Epistaxe, petéquias,

– gengivorragia

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Quadro clínico Dengue Clássica

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Sinais de alerta

• Febre Hipotermia

• Agitação ou sonolência

• Derrames cavitários

• Trato digestivo:

– Dor abdominal intensa e contínua

– Vômitos persistentes

– Hepatomegalia dolorosa

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Sinais de alerta

• Sinais de choque

– Diminuição da diurese

– Pulso rápido e fraco

– Hipotensão

– PA < 20 mmHg (PA convergente)

– Extremidades frias e cianose

– Enchimento capilar > 2 seg

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Sinais de alerta

• Hemoconcentração

– Elevação do Hematócrito

• Plaquetopenia

– Plq < 130.000

– Prova do laço +

• Epistaxes, gengivorragia

• Petéquias e equimoses

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Diagnóstico Complementar

• Prova do laço:

5’ PAM. Observar petéquias 2,5 cm2

Se> 20 petéquias = + 2,5

2,5

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Dengue Grave

• Início semelhante à dengue

clássica.

• Agravamento no 3o ou 4o dia de

evolução

dias 1 2 3 4 5 6

Doença é bifásica

Temp.

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Febre Hemorrágica do Dengue

• Extravasamento de líquidos

– Ascite, derrame pleural,

pericárdico (US/Ecocardio)

– Insuficiência circulatória

– Choque

• Letalidade no Brasil:

– ± 10%

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Nova classificação clínica

http://bvs.sld.cu/revistas/mtr/vol61_2_09/mtr01209.htm

Sem sinais de alerta

Com sinais de alerta

DENGUE SEM E COM SINAIS DE ALERTA

DENGUE GRAVE

• Extravasamento plasmático grave

• Hemorragia grave

• Comprometimento grave de órgãos

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Diagnóstico Complementar

• Hemograma

– Na dengue clássica:

• Leucopenia (GB entre 2.000 e 4.000)

• Plaquetopenia (PLQ entre 100.000 e 150.000)

– Dengue grave:

• Leucopenia (GB entre 2.000 e 4.000)

• Plaquetopenia (PLQ < 100.000)

• Hemoconcentração (elevação hematócrito ≥ 20%)

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Diagnóstico Complementar

• Hematócrito

– Começa normal e vai subindo

– Estudos radiológicos de tórax ou a US abdominal podem

apresentar ascite ou derrame pleural

– A máxima elevação do hematócrito coincide com o choque

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Diagnóstico Complementar

• A trombocitopenia progressiva é melhor indicador

para prever o choque do que as hemorragias

97

82,2 82,5

55 56

70,780,6

133

74,5

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

200

Fase Inicial Choque Convalescência

500 contagens plaquetárias em 200 crianças com FHD/SCD

Plaquetas (mil x mm3)

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Diagnóstico Complementar

• Enzimas hepáticas

– Elevação discreta é o mais comum (2 a 3 xx)

• Fatores da coagulação

– fração C3 do complemento

– fator V, VII, IX, X

– Prolonga TP, TTPA,

– dímeros de fibrina CIVD

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Febre Hemorrágica do Dengue

NS1

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Diagnóstico Diferencial

• Inluenza

• Mononucleose infecciosa

• Hepatite viral aguda

• Leptospirose

• Sarampo

• Rubéola

• Zika

• Chickungunia

• Febre amarela

• Malária

• Meningococcemias

• Sepse

• Hantavirose

• Síndromes purpúricas (Henoch Schonleinv e Kawasaki, púrpura auto-imune)

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Diagnóstico Etiológico

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Diagnóstico Etiológico

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Diagnóstico Etiológico

Pesquisa de

anticorpos

Isolamento viral Pesquisa do material

genético

Pesquisa do

antígenos

• MAC-Elisa (IgM)

- S = 90% (após 5 dias sintomas)

- Método usado como rotina

• Colher até 5 dias de doença

• Alta especificidade

• Elevado custo e complexidade

• Disponível só em lab. pesquisa

• Detecção NS1

- Boa positividade na maior

parte da evolução da doença

- Permite diagnóstico rápido e

precoce e com bons custos

• PCR

- Melhor S, se colhido precoce

- Diagnóstico rápido e precoce

- - Custos ainda elevados para

utilizar em larga escala

Diagnóstico de Dengue

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Conduta Terapêutica

• Dengue Clássico:

• Tratamento ambulatorial:

• Repouso relativo

• Hidratação oral (2-3 l/dia);

• Paracetamol;

• Proibir o uso de AINE

• Retornar se sinais de alerta

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Conduta Terapêutica

• Dengue com sinais de Alerta

• Tratamento ambulatorial:

• Repouso relativo

• Acesso venoso e hidratação

• Encaminhar para Unidade de Pronto Atendimento (UPA)

• Observação por no mínimo 24 horas

• Monitorar sinais de hipotensão

• Manifestações hemorrágicas

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Conduta Terapêutica

• Dengue Grave - (Sinais de Choque)

• Internação hospitalar

• Hidratação EV vigorosa (FUNDAMENTAL)

• Reavaliação da PA e da diurese 1/1h

• Cuidado mais intensivo

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• Hidratação EV deve ser iniciado no local onde

forem diagnosticados os sinais de alerta.

Conduta Terapêutica

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Conduta Terapêutica

100% 0.5 % (48-72 h)

12.0 % (24-47 h) 87.5 % ( 0-23 h)

Duração do Choque

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Critérios de Alta

• Ausência de febre por 24 horas

• Estabilidade hemodinâmica

• Hematócrito estável

• Plaquetas em elevação e acima de 50.000/ mm3

• Regressão de derrames cavitários quando

presentes

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Terapêutica

• Antitérmicos e analgésicos – Dipirona, paracetamol, paracetamol+codeína se dor intensa.

– Evitar AINES e SALICILATOS

• Anti-eméticos

– Metoclopramida, bromoprida, dimenidrinato, alizaprida

• Anti-pruriginosos

– Dexclorfeniramina, cetirizina, loratadina, hidroxizine

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Prevenção e Controle

• Combate ao vetor:

– Reservatórios de água;

– Larvicidas;

– Borrifação para forma alada;

– Armadilhas para ovos e larvas

• Vacina tetravalente

– Já está disponível

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Chikungunya

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Chikungunya

• Arbovirose transmitida pelo Aedes sp. e caracterizada por um

início abrupto de febre e artralgia generalizada

Inicialmente descrita na Tânzania em 1952

Língua Makonde – kungunyala – andar encurvado

Família Togaviridae – Gênero Alphavirus

• Período de incubação varia de 1-12 dias (mais frequentemente

3-7 dias)

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Chikungunya

• Maioria das pessoas infectadas (72%-97%) desenvolvem

sintomas clínicos

• Frequentemente causa grandes epidemias com alta incidência

de casos novos

• Primeiras epidemias ocorreram na África, Ásia, Europa e países

localizados no Oceano Índico e Pacífico

• Primeiros casos autóctones das Américas foram detectados nas

ilhas do Caribe em 2013

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Chikungunya

E1:A226V E2:L210Q

Expert Reviews Vaccines, 2012

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Chikungunya

• Transmissão

– Vetorial

• Aedes aegypti

• Aedes albopictus

– Raros

• Transmissão intra-útero resultando em abortamento fetal

• Intraparto a partir de uma mãe virêmica

• Acidentes ocupacionais percutâneos

• Exposição laboratorial

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Chikungunya

• Transmissão

– Não há evidências de transmissão pelo leite materno (não há

evidências de que o CHIKV seja excretado no leite materno)

• Outros modos de transmissão

– Teoricamente possível iatrogênica

• Transfusões sanguíneas

• Transplantes de órgãos

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Chikungunya

nas Américas

País Número de casos (2016)

Estados Unidos

325.127

Brasil 203.657

México 125.235

Colômbia 49.529

Canadá 35.871

Venezuela 31.292

Perú 31.161

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Chikungunya - Brasil

Ministério da Saúde – Brasil 46(24) - 2015

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Chikungunya no Brasil, 2016

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Chikungunya

• Febre – Início abrupto

– Tipicamente alta (≥39,0oC)

• Dores articulares – Frequentemente debilitante e muito dolorosa

– Associada a mialgia intensa

– Acometimento de múltiplas articulações

– Normalmente bilateral e simétrica, frequentemente nas mãos e nos pés

– Grandes articulações e coluna vertebral também acometidas

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Chikungunya

• Outros achados clínicos

– Cefaléia

– Mialgia

– Artrite

– Conjuntivite

– Náuseas e vômitos

– Rash maculopapular

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Não pare o aleitamento materno

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Chikungunya

• Evolução clínica

Doença trifásica

• Fase aguda

Sintomas e sinais da fase aguda se resolvem em 7-10 dias

• Fase artralgia aguda

Alguns pacientes têm permanência dos sintomas articulares (poliartralgia,

poliartrite, tenossinovite) por semanas ou mesmo, alguns meses após a doença

aguda

• Fase artralgia crônica

Proporção variável de pessoas (dependendo do estudo) relatam recrudescência

ou persistência das dores articulares por meses ou anos

Índia: abortamento fetal (infecção <22 semanas)

Mortalidade é rara; predominantemente em idosos

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Chikungunya – doença articular

Page 74: Dengue - Moodle USP: e-Disciplinas

Chikungunya – doença articular

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Chikungunya – doença articular

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Achados clínicos: Dias 1, 7 e 25

Th

ibe

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e, S

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l. P

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Tro

p D

is. 2

01

3

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Chikungunya

• Achados laboratoriais

– Linfopenia

– Plaquetopenia

– Elevação da creatinina

– Elevação das enzimas hepáticas

– Hemoconcentração

– Neutropenia

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Chikungunya – diagnóstico laboratorial

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Teste diagnóstico Dias após o início da doença

Cultura viral ≤3 dias

RT-PCR ≤8 dias

Detecção de IgM ≥4 dias

Detecção de IgG ≥8 dias

Chikungunya - diagnóstico

• Testes diagnósticos e o momento correto de pedi-los

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Zika

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Zika

• Isolado em Uganda – 1947 (Zika Forest)

• Família Flaviviridae – gênero Flavivirus • Genoma RNA

• Duas linhagens: Africana e Asiática

• Ciclos silvestres e urbanos • Mosquitos do gênero Aedes

• Doença

• Período de incubação: 2 – 7 dias

• Assintomática

• Evidente clinicamente (18%) Síndrome de Guillain-Barré Euro Surveill, 2014: 19(13); 2014: 19(14); 2014: 19(9); Emerg Inf Dis 2011: 880-2

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Zika - Brasil

Wanderson Kleber de Oliveira, Secretaria de Vigilancia em Saude, MS - 2015

Page 83: Dengue - Moodle USP: e-Disciplinas

ZIKV – SPH2015

Page 84: Dengue - Moodle USP: e-Disciplinas

Zika vírus no Brasil, 2015

Page 85: Dengue - Moodle USP: e-Disciplinas

Zika vírus no Brasil, 2016

Page 86: Dengue - Moodle USP: e-Disciplinas

África Ambiente urbano

Ciclo de transmissão

Page 87: Dengue - Moodle USP: e-Disciplinas

Transmissão sexual

Page 88: Dengue - Moodle USP: e-Disciplinas

Emerging Infectious Diseases, 18(2), 2012

Zika: quadro clínico

N Engl J Med 2009;360:2536-43

Page 89: Dengue - Moodle USP: e-Disciplinas

Zika: quadro clínico

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Rash

Page 91: Dengue - Moodle USP: e-Disciplinas

Rash

Page 92: Dengue - Moodle USP: e-Disciplinas

Rash

Page 93: Dengue - Moodle USP: e-Disciplinas

Rash malar

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Conjuntivite

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• Duração da doença: 2 – 7 dias

• Diagnóstico diferencial

– Dengue

– Chikungunya

– SLE

– Parvovírus B19

– Mono-likes

– Estreptococcias

Zika: quadro clínico

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Zika

Associação com Guillain-Barré

Page 97: Dengue - Moodle USP: e-Disciplinas
Page 98: Dengue - Moodle USP: e-Disciplinas

Zika

Associação com microcefalia

Page 99: Dengue - Moodle USP: e-Disciplinas
Page 100: Dengue - Moodle USP: e-Disciplinas

Zika – microcefalia - 2016

Page 101: Dengue - Moodle USP: e-Disciplinas

www.thelancet.com/infection Published online February 17, 2016 http://dx.doi.org/10.1016/S1473-3099(16)00095-5

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Zika: diagnóstico laboratorial

• Pouca informação

– Proteína C reativa levemente elevada

– Leucócitos normais

• Neutropenia relativa

– Plaquetas normais

– LDH levemente elevada

– γGT levemente elevada

– Ferritina levemente elevada

Euro Surveill 2014: 19(4)

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Zika: diagnóstico laboratorial Diagnóstico Laboratorial

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Manejo

• Sintomáticos

• Auto-limitada