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DENTAL PRESS INTERNATIONAL MARINGÁ 2013 Maringá / 2013 1 a Reimpressão

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DENTAL PRESSI N T E R N A T I O N A L

MARINGÁ

2013

Maringá / 2013

1a Reimpressão

© 2013 by Dental Press Editora

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Coordenação Geral

Teresa Rodrigues D´Aurea Furquim

Produção Editorial e Revisão

Cabrera & Cabrerawww.cabrera.com.br

Ilustração

Lúcio Marcio Molena

Colaboração

Fernando Truculo EvangelistaGildásio Oliveira Reis JúniorJunior BianchiRonis Furquim

Dental Press International

Av. Dr. Luiz Teixeira Mendes, 2712 Zona 5, CEP 87015-001Maringá - Paraná44 3031-9818www.dentalpress.com.br

Orthológica Soluções Ortodônticas Lógicas / Carlos Alberto G. Cabrera, Marise de Castro Cabrera, Laura de Castro Cabrera. – – Maringá: Dental Press, 2013.562 p. : il.; 22x31 cm.

Bibliografia: p. 561

ISBN 978-85-88020-55-9

1. Odontologia. 2. Ortodontia. 3. Planejamento. 4. Tratamento. I. Cabrera, Marise de Castro. II. Cabrera, Laura de Castro.

CDD 617.643

C238

Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)

Prefácio ............................................................................................................................... 13Introdução .......................................................................................................................... 15

PARTE I – CONCEITOS

Capítulo 1 Arquitetura craniofacial ............................................................................... 17Capítulo 2 ..................................................... 51Capítulo 3 Diagnósticos perfeitos e convenientes ..................................................... 65Capítulo 4 Referências verticais interarcos .................................................................. 73Capítulo 5 Referências sagitais interarcos .................................................................... 91Capítulo 6 Referências intra-arcos .............................................................................. 107Capítulo 7 Referências transversais interarcos .......................................................... 131Capítulo 8 Referências, sugestões e limites ............................................................... 149

PARTE II – DIAGNÓSTICO E PLANEJAMENTO

Capítulo 9 Cefalograma padrão .................................................................................. 169Capítulo 10 Desenvolvimento do template e dos gabaritos preditivos Cabrera ... 183Capítulo 11 Metodologia para o diagnóstico cefalométrico ..................................... 199

PARTE III – MECANOTERAPIA

Capítulo 12 Introdução à mecanoterapia ..................................................................... 225Capítulo 13 Mecanoterapia ortodôntica ...................................................................... 231Capítulo 14 Etapas da mecânica ortodôntica .............................................................. 247

1ª - Montagem dos aparelhos, obtenção de espaços e início das desinclinações dentárias .............................................................. 2502ª - Desinclinações dentárias .................................................................... 2653ª - Fechamento de espaços ..................................................................... 2774ª - Intercuspidação e acabamento .......................................................... 3155ª - Remoção e contenção ........................................................................ 327

SUMÁRIO

Capítulo 15 Mecanoterapia ortopédica ........................................................................ 333Capítulo 16 Mecanoterapia ortodôntica pré-cirúrgica ............................................... 357

PARTE IV – Protocolos terapêuticos alternativos

Capítulo 17 Protocolos terapêuticos alternativos sagital - Classe I ................ 377Classe I com diastema ............................................................................... 381Classe I sem extração ................................................................................ 385Classe I com desgastes .............................................................................. 389Classe I com extração do incisivo inferior ............................................. 393Classe I com extração de 4 pré-molares ................................................. 397

Protocolos terapêuticos alternativos sagital - Classe II .............. 401Classe II com diastema ............................................................................. 403Classe II sem extração ............................................................................... 407Classe II com desgastes ............................................................................ 411Classe II com extração de 4 pré-molares ............................................... 415Classe II com extração de 2 pré-molares superiores ............................ 419Classe II com tratamento ortopédico ..................................................... 425Classe I pós-tratamento ortopédico da Classe II .................................. 429Classe II sem extração associado ao ortopédico - APM ..................... 433Classe II com extração de 4 pré-molares associado ao ortopédico - APM .............................................................. 437

Protocolos terapêuticos alternativos sagital - Classe III ............. 441Classe III sem extração ............................................................................. 443Classe III com desgastes ........................................................................... 447Classe III com extração do incisivo inferior .......................................... 451Classe III com extração dos 4 primeiros pré-molares ......................... 455Classe III com tratamento ortopédico ................................................... 461

Protocolos terapêuticos alternativos verticais ................................ 467Mordida profunda dentária ...................................................................... 469Mordida aberta dentária com diastema .................................................. 473Mordida aberta dentária com desgastes ................................................. 477Mordida topo a topo com extração de um incisivo inferior ............... 481Mordida aberta com extração de 4 pré-molares ................................... 485Mordida aberta ortopédica com desgastes ............................................ 491Mordida aberta ortopédica com extrações de 4 pré-molares .............. 497

Protocolos terapêuticos alternativos transversais ......................... 501Atresia funcional ou postural ................................................................... 503Arco superior .............................................................................................. 505Arco inferior ............................................................................................... 509

Atresia maxilar dentoesquelética ortopédica ......................................... 515

Protocolos terapêuticos alternativos cirúrgicos ............................. 519Pré-cirúrgico sem extração (diastema) .................................................... 521Pré-cirúrgico sem extração (nula) ............................................................ 525Pré-cirúrgico sem extração (desgastes) ................................................... 529Pré-cirúrgico com extrações(4 pré-molares) .......................................... 533Pré-cirúrgico atresia maxilar dentoesquelética (cirúrgica)..................... 537

PARTE V – TORQUES

Capítulo 18 Arcos retangulares e torque ...................................................................... 541

Referências ....................................................................................................................... 561

Capítulo 2

Biotipos faciais e sínfi ses mentonianas

Parte I Conceitos

Capítulo 2 53

Introdução

A interpretação dos biotipos faciais constitui referência primária para se determinar o diagnóstico, prognóstico e plano de tratamento. Cabrera e Cabrera22 ocuparam a anatomia comparativa para descrever o conjunto de características morfodiferenciais que distinguem os biotipos faciais, isto é, braqui, meso e dolicofacial (Fig. 2.1 a

faciais. Desta forma, para não repetir conceitos e argumentações publicadas anteriormente Cabrera22 neste livro,

mentoniana para determinar as relações destas com os biotipos faciais e, assim, estabelecer mecanoterapias mais adequadas.

neologismo* para denominá-las de . Embora eventualmente estas possam ser encontradas em outros biotipos que não os seus correspondentes, suas características morfológicas individuais,

com distintas e permissíveis inclinações dos incisivos. Adicionalmente, convém destacar que estas características

da mandíbula e são importantes que as inclinações dos demais dentes sejam determinadas. Por se assemelharem

(Fig. 2.13 a 2.21).

fenômeno linguístico que consiste na criação de um novo sentido a uma palavra já existente.

Ortodontia - Cabrera & Cabrera54

2.5) proporciona visão em cortes coronais ao longo de todo corpo mandibular. Estes cortes possibilitam avaliar os

corpos mandibulares, encontradas nos distintos biotipos faciais (Fig. 2. 6 a 2.12).

Capítulo 2 55

superiores e inferiores dos biotipos braqui (esquerda), meso (centro) e dolicofacial (direita).

BRAQUIFACIAL MESOFACIAL DOLICOFACIAL

Fig. 2.6 - Incisivos centrais.

Fig. 2.7 - Incisivos laterais.

Fig. 2.8 - Caninos.

Ortodontia - Cabrera & Cabrera56

BRAQUIFACIAL MESOFACIAL DOLICOFACIAL

Fig. 2.12 - Segundos molares.

e primeiros e segundos molares dos biotipos braqui (esquerda), meso (centro) e dolicofacial (direita).

Fig. 2.11 - Primeiros Molares

Capítulo 2 57

Mais frequentemente encontradas nos indivíduos braquifaciais. Manifestam-se baixa verticalmente e larga horizontalmente, com pogônio expressivo. Estas características morfológicas não são

importantes para se determinar as inclinações dos demais dentes (Fig. 2.13 a 2.15).

Fig. 2.13 a 2.15 - As imagens representam a face, mandíbula e cortes anatômicos dos dentes dos arcos superiores e inferiores em indivíduos braquifaciais.

Ortodontia - Cabrera & Cabrera58

Mais frequentemente encontradas nos indivíduos dolicofacias. Manifestam-se alta verticalmente e estreita horizontalmente, com pogônio discreto ou ausente. Estas características morfológicas não

são importantes para se determinar as inclinações dos demais dentes (Fig. 2.16 a 2.18).

Fig. 2.16 a 2.18 - As imagens representam a face, mandíbula e cortes anatômicos dos dentes dos arcos superiores e inferiores em indivíduos dolicofaciais.

Capítulo 2 59

Fig. 2.19 a 2.21 - As imagens representam a face, mandíbula e cortes anatômicos dos dentes dos arcos superiores e inferiores em indivíduos mesofaciais.

Mais frequentemente encontradas nos indivíduos mesofaciais. Manifestam-se equilíbrio entre as dimensões horizontais e verticais, com pogônio discreto quanto à sua proeminência. Estas características morfológicas

são importantes para se determinar as inclinações dos demais dentes (Fig. 2.19 a 2.21).

Ortodontia - Cabrera & Cabrera60

norma lateral, pode-se reconhecê-las, distingui-las e correlacioná-las com os distintos biotipos faciais. Neste

mais vestibulares, nos dólicos mais linguais e nas mesos as inclinações assumem posições intermediárias. Diante da necessidade de estabelecer valores para as inclinações dos incisivos, de modo que estas pudessem

a compreensão das distintas relações com que os dentes superiores se relacionam com as corticais externas na maxila.

Diante da incompatibilidade física em acomodar o volume das massas dentárias em suas respectivas bases ósseas, a disposição harmônica dos elementos dentários torna-se inviável. Utilizando recursos terapêuticos, o ortodontista pode alterar o perímetro dos arcos dentários reduzindo-os por meio de extrações, desgastes dentários ou expandindo-os através de vestibuloversões. Como os ápices radiculares mantêm-se relativamente estáveis, a expansão ou redução do perímetro das arcadas dentárias ocorre respectivamente por meio de inclinações das coroas por vestibular, lingual e translações mesiais. Entretanto, para que os arcos dentários sejam compatibilizados em uma oclusão perfeita, por vezes, decisões difíceis devem ser tomadas. Se, por um lado, as extrações serão requeridas para compatibilizar os arcos e favorecer a função, por outro, poderão

do nariz, quando há necessidade de lingualização ou translações posteriores dos incisivos centrais superiores.

decidir se o tratamento requereria extrações dentárias, não extrações ou desgastes. Observa-se, ainda, que apenas dois dentes eram ocupados no julgamento quanto as suas inclinações ideais, ou seja, os dois incisivos centrais inferiores.

tridimensional que estas permitem, torna-se possível fazer um julgamento individualizado de todos os dentes, quer na arcada inferior, ou, na superior. Adicionalmente, ao se compreenderem as variações das relações dos dentes com os distintos biotipos faciais, as indicações por extrações e o uso de disjunção palatina diminuem substancialmente, tornando-se assim os tratamentos mais coerentes e menos iatrogênicos.

equilíbrio muscular vestibulolingual limitado devido à musculatura anterior dos orbiculares dos lábios manterem-se fechadas. Em decorrência deste desequilíbrio, os incisivos inferiores apresentam na maioria das más oclusões, vestibuloversões em relação ao seu posicionamento ideal, havendo necessidade de lingualizá-los ou até mesmo mantê-los em suas posições originais. Entretanto, como os elementos dentários posteriores (pré-molares e molares) têm seu equilíbrio vertical ditado pelo antagonismo da oclusão, enquanto que suas posições vestibulolinguais equilibram-se pelas ações externas da musculatura do bucinador e masseter, e internamente pela língua, há tendência de os dentes posteriores encontrarem-se lingualizados na maioria das más oclusões. Assim, pode-se concluir que, com a vestibuloversão dos dentes posteriores ocorrerão ganhos de espaços os quais consequentemente, favorecerão as lingualizações dos incisivos inferiores.

Para se determinarem possíveis discrepâncias intra-arcos inferiores, a obtenção do valor do perímetro ideal do arco dentário inferior é essencial. Este procedimento exige que seja estabelecida a inclinação ideal dos primeiros molares inferiores (modelos em gesso) e as inclinações ideais dos incisivos centrais inferiores

Capítulo 2 61

dentários inferiores. Subtraindo o valor do perímetro ideal do somatório das dimensões mesiodistais, será possível determinar se haverá ausência de discrepância (nula), se positivas ou negativas, bem como seus valores.

Nos diagnósticos intra-arcos, quando as discrepâncias forem negativas, estas são as alternativas de que

extrações ou vestibularização dos dentes. Se for priorizada esta última, o julgamento desta possibilidade

Os preceitos que norteiam as movimentações ortodônticas revelam que, durante a etapa de fechamento de espaços, ao induzirem mecanicamente as translações dentárias dos dentes posteriores, suas raízes deverão ser controladas rigorosamente de modo a manterem-se em íntimo contato com os ossos alveolares e distantes

se antever a efetividade das translações dentárias.

consolida a compreensão do óbvio, isto é; após a correção das inclinações dentárias inadequadas, o espaço residual encontrado na mandíbula, quer seja, natural ou promovidos por extrações deverão ser fechados única e exclusivamente por aproximação dos dentes posteriores anteriormente.

Ortodontia - Cabrera & Cabrera62

Diante dessas expectativas, a , revela que as corticais basais guardam uma boa distância vestibulolingual com as raízes de todos os dentes, bem como uma boa distribuição das raízes com ossos alveolares. Esta correlação favorece a translação dentária ortodôntica induzida, tanto na mandíbula como na maxila (Fig. 2.22 e 2.23).

Capítulo 2 63

-

Na embora na mandíbula haja uma maior distância vestibulolingual entre as corticais de ossos basais e as raízes de todos os dentes, o que favorece a translação dentária ortodôntica induzida, é preciso observar que não raro estes pacientes poderão ter verticalmente os ápices radiculares dos dentes superiores ultrapassando

.

Ortodontia - Cabrera & Cabrera64

Já em relação às verticalmente uma distância favorável entre os ápices radiculares e os seios maxilares, a proximidade vestibulolingual entre as raízes de todos os dentes com as respectivas corticais de ossos basais, tanto na mandíbula quanto na maxila tornarão os movimentos de translações dentárias induzidas ortodonticamente, mais difícil de ser executado,

Fig. 2.26 e 2.27).