Dentro Do Mercado de Capital Nos Encontramos

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Índice 1.Introdução ------------------------------------------------------------ ----------------------------02 2. Sistema Financeiro ------------------------------------------------------------ -----------------04 Papel do Sistema Financeiro na Economia -----------------------------------------------------06 Tipos de Sistema Financeiros------------------------------------------------- --------------------07 Sub-sistema do Sistema Financeiro ------------------------------------------------------------ --07 3. Mercados de Capitais---------------------------------------------------- ------------------------08 Abertura de Capital --------------------------------------------------------- -------------------09 Decisão sobre abertura do capital --------------------------------------------------------- --11 Antonica Campos Pena 1

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Índice

1.Introdução ----------------------------------------------------------------------------------------02

2. Sistema Financeiro -----------------------------------------------------------------------------04

Papel do Sistema Financeiro na Economia -----------------------------------------------------06

Tipos de Sistema Financeiros---------------------------------------------------------------------07

Sub-sistema do Sistema Financeiro --------------------------------------------------------------07

3. Mercados de Capitais----------------------------------------------------------------------------08

Abertura de Capital ----------------------------------------------------------------------------09

Decisão sobre abertura do capital -----------------------------------------------------------11

Por que investir no mercado de capitais --------------------------------------------------- 12

Como investir e operar no mercados de capitais ----------------------------------------- 13

Tipos de mercados--------------------------------------------------------------------------------- 14

Mercados de créditos ------------------------------------------------------------------------- 14

Mercados de títulos --------------------------------------------------------------------------- 14

Mercados primários e secundários --------------------------------------------------------- 14

Mercados Primários -------------------------------------------------------------------------- 14

4. Importância dos Mercados Primários na Avaliação do Mercado de Capitais ---------- 18

5. Conclusão---------------------------------------------------------------------------------------- 19

6. Bibliografia---------------------------------------------------------------------------------------20

Agradecimentos ----------------------------------------------------------------------------------- 21

Antonica Campos Pena 1

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1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho debruça-se sobre a importância dos mercados primários na avaliação

do mercado de capitais, contudo para o alcance dos objectivos a que nos propomos com a

realização do mesmo adoptamos uma abordagem em forma piramidal, isto é, partimos do

geral ao específico, assim começamos por apresentar o sistema financeiro, seus

componentes e importância para a economia dos países, estudamos em seguida o

mercado de capitais, como subsistema do sistema financeiro, e só assim apresentamos o

mercado de primário, enquanto componente do mercado de capitais, e qual a importância

daquele na avaliação deste.

O sistema financeiro é uma série de mercados para os instrumentos financeiros, e os

indivíduos e instituições que negoceiam nestes mercados1

O Sistema Financeiro engloba a obtenção de recursos e a sua aplicação, ou seja, o sistema

em si consiste em um grupo de instituições e mercados e ambos ajudam as pessoas a

conceder empréstimos e a tomar emprestado. Tais actividades (de obtenção de recursos e

dispêndio destes) denominam-se actividades financeiras.

Os usuários do sistema financeiro são pessoas, firmas e outras organizações que desejam

fazer uso dos recursos oferecidos por um sistema financeiro, que são basicamente:

intermediação entre as unidades deficitárias e superavitárias de liquidez, serviços

financeiros como seguros e pensões, um mecanismo de pagamentos e instrumentos de

ajustes de portfólio.

O sistema financeiro possui 3 subsistemas, à saber: o sistema bancário, o sistema de

seguros e fundos de pensões e o mercado de capitais, pelo que neste trabalho focalizamos

a nossa atenção sobre o mercado de capitais, que é em essência um sistema de

distribuição de valores mobiliários que proporciona liquidez aos títulos de emissão de

empresas e viabiliza o processo de capitalização.

Dentro do mercado de capitais encontram-se outros submercados, à saber: mercado de

créditos, mercado de títulos, mercado secundário, e o mercado primário cuja importância

na avaliação dos mercados de capitais interessa-nos neste trabalho.

1 HOWELLS, Peter , BAIN, Keiter, economia monetária moedas e bancos, LTC S.A, 2001

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Assim, no presente capítulo faz-se a apresentação geral dos principais temas abordados

no trabalho, o segundo capítulo apresenta o sistema financeiro, no terceiro capítulo

estuda-se o mercado de capitais como subsistema do sistema financeiro, o quarto capítulo

enfoca a importância do mercado primário na avaliação do mercado de capitais, e por fim

o quinto capítulo apresenta as conclusões a que se chegou com a realização do trabalho.

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2. O SISTEMA FINANCEIRO

Introdução

Genericamente, um sistema é um conjunto de elementos interconectados, de modo a

formar um todo organizado.

O sistema financeiro é uma série de mercados para os instrumentos financeiros, e os

indivíduos e instituições que negoceiam nestes mercados2

O Sistema Financeiro engloba a obtenção de recursos e a sua aplicação, ou seja, o sistema

em si consiste em um grupo de instituições e mercados e ambos ajudam as pessoas a

conceder empréstimos e a tomar emprestado. Tais actividades (de obtenção de recursos e

dispêndio destes) denominam-se actividades financeiras.

Os usuários do sistema financeiro são pessoas, firmas e outras organizações que desejam

fazer uso dos recursos oferecidos por um sistema financeiro, que são basicamente:

intermediação entre as unidades deficitárias e superavitárias de liquidez, serviços

financeiros como seguros e pensões, um mecanismo de pagamentos e instrumentos de

ajustes de portfólio.

Fig1. Esquema simples do funcionamento do sistema financeiro

Fonte: Bebczuk(2003), citado por Everton Nunes da Silva e Sabino da Silva Porto

Júnior3

2 HOWELLS, Peter , BAIN, Keiter, economia monetária moedas e bancos, LTC S.A, 20013 SILVA, Everton Nunes da, JÚNIOR, Sabino da Silva Porto, Econ. Aplic., 10(3): 425-442, jul-set 2006

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A principal função de um sistema financeiro é reconciliar os interesses divergentes dos

usuários finais, isto é, emprestadores e tomadores de empréstimos.

Os efeitos de um sistema financeiro eficiente notam- se quando este consegue tornar mais

baratas a concessão e tomada de empréstimos, e aumentar a liquidez. Isto por sua vez

estimula o investimento e o nível total de gastos na economia.

A eficiência do sistema financeiro é salvaguardada por um vasto sistema de controles

dentro do mesmo, e justifica-se pelo papel essencial que a acumulação de capital e a

alocação de recursos financeiros assumem no processo de desenvolvimento económico e

pelas particularidades da actividade de intermediação financeira e dos operadores que a

exercem.

Angola encontra-se, hoje, a atravessar um período de crescimento económico sem

precedentes. O fim da guerra civil, que devastou o país ao longo de 30 anos, trouxe as

condições essenciais para o desenvolvimento de uma economia moderna, os seus vastos

recursos naturais garantem uma base de partida para a sua reconstrução.

O sistema financeiro angolano também se desenvolveu ao longo dos anos, de acordo com

o estudo Banca em análise Angola 20064, os primeiros anos do século XXI marcam o

início do Sistema de Pagamentos de Angola, crucial para a bancarização da economia e

para a eficiência do sector financeiro, uma vez que o aumento das transacções nos

mercados financeiros nacionais e internacionais, a sofisticação dos produtos financeiros e

a globalização dos mercados propiciada pelos avanços tecnológicos exigem o

desenvolvimento de sistemas de pagamentos eficazes, seguros e eficientes, de forma a

preservar o funcionamento estável dos sistemas financeiros e dar suporte mais adequado

às actividades produtivas, comerciais, financeiras e de serviço das economias.

Para o futuro próximo, perspectiva-se considerável tendência de crescimento do mercado

bancário, considerando os estudos prospectivos por parte de algumas entidades, nacionais

e estrangeiras; O exercício da actividade de seguro e resseguro como actividade

financeira em Angola foi liberalizado 1999, quebrando-se assim a tradição do monopólio

4 DELOITTE Angola, Banca em análise Angola 2006, Estudo sobre o sistema financeiro Angolano.

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do Estado no sector, através da ENSA. A criação da Seguradora AAA, essencialmente de

capitais públicos, iniciou o processo de partilha do mercado segurador.

As casas de câmbio exercem, nos termos da Lei das Instituições Financeiras, a actividade

exclusiva de compra e venda de moeda estrangeira e cheques de viagem. Neste mercado,

a redução significativa das margens comerciais entre as taxas de câmbio dos mercados

primário e secundário de câmbios, induziu, de forma natural, a selectividade das

instituições actualmente em funcionamento.

Papel do Sistema Financeiro na Economia

O sistema financeiro é um dos pilares do desenvolvimento económico das sociedades,

uma vez que é a ele que as empresas recorrem para a obtenção de recursos para a

concretização de determinados projectos de investimento, isto é, formas de assegurar o

respectivo financiamento e, permite o desenvolvimento de um conjunto de produtos

financeiros que facilitam as transações dentro da economia.

O sistema financeiro influencia o crescimento económico devido às funções que este

desempenha, ou seja, a intermediação financeira permite maior eficiência na alocação dos

recursos financeiros, o que corresponde a maior captação de poupança e,

consequentemente, maiores recursos para emprestar, que podem se destinar ao

melhoramento do capital físico e humano, o que, por sua vez, gera crescimento

económico.

Outro canal pelo qual o sistema financeiro pode promover o crescimento económico é

proporcionando às famílias pobres recursos para acumulação de capital humano, como

por exemplo os créditos à educação e ensino que os bancos comerciais oferecem pois, de

outra forma, essas famílias não teriam acesso à educação, por ser a educação um bem

caro.

Assim, tanto por reduzir a necessidade de liquidez das firmas como por resolver o

problema de indivisibilidade de alguns investimentos, quanto por facilitar a acumulação

de capital (físico e humano), o sistema financeiro contribui para criar um ambiente mais

propenso ao crescimento económico.

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Tipos de Sistemas Financeiros

Segundo Fernando Teixeira dos Santos5 tipicamente, podemos distinguir dois tipos de

sistemas financeiros, á saber:

2 Sistemas financeiros assentes no sistema bancário, os casos da Alemanha, Japão e

França;

3 Sistemas financeiros mais dependentes dos mercados de capitais, como os Estados

Unidos da América (EUA), e o Reino Unido.

Sub- Sistemas do Sistema Financeiro

SANTOS6, afirma que podemos identificar três segmentos dentro do sistema financeiro,

outrora bem distintos – o bancário (que aceita depósitos e concede empréstimos), o

segurador (que garante um pagamento em caso de ocorrência de uma determinada

contingência) e o financeiro (permite o acesso directo ao mercado). No entanto, a

fronteira de delimitação entre eles tem-se vindo a esbater, fundamentalmente devido a um

processo de integração de natureza tecnológica, geográfica e funcional.

Entretanto, de acordo com os Artigos 4º e 5º da Lei das Instituições Financeiras da

República de Angola, o nosso sistema financeiro é composto por três subsistemas: O

primeiro que é regulado pelo Banco Nacional de Angola engloba os bancos, as

sociedades de locação financeira, as cooperativas de crédito e as sociedades financeiras,

entretanto, das instituições sob supervisão do Banco Nacional de Angola, apenas operam

no país os bancos e as casas de câmbio; O segundo, regulado pelo Instituto de Supervisão

de Seguros de Angola engloba as Sociedades seguradoras e resseguradoras, os fundos de

pensões e suas sociedades gestoras e outras sociedades que sejam como tal qualificadas

por Lei; e o terceiro subsistema regulado pela Comissão do Mercado de Capitais engloba

as instituições financeiras não bancárias ligadas ao mercado de capitais e ao investimento

transacção para as unidades económicas, entre outras.

5 SANTOS, Fernando Teixeira dos, o sistema financeiro e a globalização- a regulação do sistema financeiro, artigo disponível em http: www.cmvm.pt6 SANTOS, Fernando Teixeira dos, o sistema financeiro e a globalização- a regulação do sistema financeiro, artigo disponível em http: www.cmvm.pt

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3. Mercado de Capitais

O mercado de capitais é definido como sendo “um sistema de distribuição de valores

mobiliários que proporciona liquidez aos títulos de emissão de empresas e viabiliza o

processo de capitalização. É constituído pelas bolsas de valores, sociedades corretoras e

outras instituições financeiras autorizadas”7.

Os principais instrumentos negociados no mercados de capitais são:

a) Acções

b) Hipotecas

c) Títulos de dividas das empresas

O mercado de capitais funciona de formas a captar a poupança dos diversos agentes

económicos, para complementar a poupança interna das empresas, afim de financiar a

formação de capital da economia, ou seja, o seu objectivo é canalizar as poupanças da

sociedade para o comércio, a indústria, outras actividades económicas e para o próprio

Governo.

Em Angola, dada a necessidade de recursos para o financiamento do crescimento e

desenvolvimento económico pretendidos pelo Estado, criou-se a Comissão do Mercado

de Capitais (CMV), pelo Decreto n.º 9/05 de 18 de Março.

Segundo o artigo 5.º, n.º 1 e 2 do estatuto orgânico da Comissão do Mercado de Capitais,

constituem atribuições da Comissão do Mercado de Capitais as seguintes:

2 Estimular a formação da poupança e a sua aplicação em valores mobiliários;

3 Promover a organização e funcionamento regular e eficiente do mercado de capitais;

4 Assegurar a transparência do mercado de capitais e das transações que nele se

efectuam;

7 www.wikipédia.com.br/mercado de capitais

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5 Assegurar aos investidores e intermediários financeiros em geral uma informação

suficiente, verídica, objectiva, clara, acessível e atempada sobre os valores

mobiliários, as entidades que os emitem e as transações que são efectuadas;

6 Assessorar o Ministro das Finanças em todas as matérias relacionadas com os

mercados de capitais;

7 Assegurar a cooperação com as autoridades congéneres de todos os países do

mundo;

8 Desempenhar as demais funções que lhe forem acometidas por lei.

ABERTURA DE CAPITAL

A empresa em fase de crescimento necessita de recursos financeiros para financiar seus

projectos de expansão. Mesmo que o retorno oferecido pelo projecto seja superior ao

custo de um empréstimo, o risco do negócio recomenda que exista um balanceamento

entre o financiamento do projecto com recursos externos e próprios.

Fontes de Financiamentos para a empresa:

-  Externas

  Passivo Circulantes

  Exigível a longo prazo

-  Próprias

Capital

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Aporte de capital dos atuais sócios

Abertura de capital

Acções preferenciais

Acções ordinárias

Lucros retidos

 

Cabe-nos destacar que nem todas as necessidades podem ser satisfeitas com a abertura de

capital. As necessidades satisfeitas pela abertura de capital, normalmente, estão ligadas à

necessidade de financiamento dos projectos de expansão, como, por exemplo: ampliação

da produção; modernização da empresa; criação de novos produtos; informatização etc.

Não existe regra para determinar o equilíbrio ou balanceamento entre nível de capital de

terceiros e de capital próprio empregado. Portanto, a decisão de buscar capital próprio por

meio da emissão de novas acções para serem adquiridas pelo público em geral envolve

diversos factores, alguns de natureza objectiva e outros de natureza subjectiva. Esses

motivos podem ser sintetizados nos seguintes:

· Captação de recursos para realização de investimentos;

· Reestruturação financeira (activos e passivos);

· Engenharia jurídica (reestruturação societária);

· Profissionalização da gestão;

· Melhoria da imagem institucional etc.

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DECISÃO SOBRE ABERTURA DE CAPITAL

Antes da decisão sobre a abertura ou não do capital da empresa, é necessário que algumas

questões sejam bem esclarecidas pela empresa. Em primeiro lugar, é necessário proceder

a alguns ajustamentos de ordem jurídica, societária e de posicionamento, diante da

condição que irá assumir como empresa de capital aberto. Esses ajustes envolvem as

seguintes etapas preliminares:

· Adaptação dos estatutos sociais;

· Reorganização da estrutura societária;

· Criação do Conselho de Administração;

· Designação do Director de Relações com Mercado (DRM);

· Contratação de Auditoria Independente;

· Acerto de pendências fiscais;

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Por que investir no Mercado de Capitais?

À medida que cresce o nível de poupança individual e a poupança das empresas (entende-

se por poupança o lucro das mesmas) constituem a fonte principal do financiamento dos

investimentos de um país. Tais investimentos são o motor do crescimento económico e

este, por sua vez, gera aumento de renda, com consequente aumento da poupança e do

investimento, assim por diante.

As empresas, à medida que se expandem, carecem de mais e mais recursos, que podem

ser obtidos por meio de:

•    Empréstimos.

•    Reinvestimentos de lucros.

•    Participação de accionistas.

As duas primeiras fontes de recursos são limitadas. Geralmente, as empresas utilizam-nas

para manter sua actividade operacional.

Mas é pela participação de novos sócios – nesse caso os accionistas - que uma empresa

ganha condição de obter novos recursos não exigíveis, como contrapartida à participação

no seu capital.

Com esses novos recursos, as empresas têm condições de investir em novos

equipamentos ou no desenvolvimento de pesquisas melhorando seu processo produtivo,

tornando-o mais eficiente e beneficiando toda a comunidade. O investidor em acções

contribui assim para a produção de bens, dos quais ele também é consumidor. Como

accionista, ele é sócio da empresa e se beneficia da distribuição de dividendos sempre

que a empresa obtiver lucros.

Essa é a mecânica da democratização do capital de uma empresa e da participação em

seus lucros.

Antes de investir no mercado de capitais deve-se também analisar o tipo de investidor

que você é, pois no mercado de capitais você possui diversas formas de obter retorno

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buscando equilibrar os três aspectos básicos em um investimento: retorno, prazo e

protecção. Ao avaliá-lo, portanto, deve estimar sua rentabilidade, liquidez e grau de risco.

A rentabilidade é sempre directamente relacionada ao risco. Ao investidor cabe definir o

nível de risco que está disposto a correr, em função de obter uma maior ou menor

lucratividade. Tornando-se desta forma uma óptima forma de investir seu dinheiro com

diversas formas de rentabilidade de pequeno, médio e grande risco, sendo de pequena,

media e grande rentabilidade respectivamente

Como investir e operar no mercado de capitais?

Para operar no mercado secundário de acções é necessário que o investidor se dirija a

uma sociedade corretora membro de uma bolsa de valores, na qual funcionários

especializados poderão fornecer os mais diversos esclarecimentos e orientação na

selecção do investimento, de acordo com os objectivos definidos pelo aplicador . Se

pretender adquirir acções de emissão nova, ou seja, no mercado primário, o investidor

deverá procurar um banco, uma corretora ou uma distribuidora de valores mobiliários,

que participem do lançamento das acções pretendidas.

O Mercado de capital providencia financiamentos para investimento capital de empresas

bem como despesas de consumo de bens duradouros (casas , automóveis, etc.) das

famílias.

O mercado de capital tem a função de facilitar a canalização de poupança para o sector

produtivo de economia, com a vantagem de não gerar massa monetária através de

qualquer efeito multiplicador evitando tensões inflaccionárias.

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Tipos de mercados

Mercado de crédito

Os contratos são feitos de forma individualizadas entre as duas partes e as obrigaçãoes

resultantes em geral não são transferíveis. Há intermediação financeira, no caso o banco

comercial é o intermediador entre o tomador do empréstimo e o proprietário do recurso.

Podem ser divididos em:

curto prazo e;

longo prazo

Mercado de títulos

Os contratos são mais genéricos e padronizados de forma que podem ser transferíveis a

terceiros, ou seja, tais contratos podem ser negociáveis em mercados secundários,

ganhando liquidez. Não há intermediação financeira, o banco apenas promove o encontro

entre investidores e tomadores com a cobrança de uma taxa de corretagem.

Divide-se em:

Títulos de propriedade (acções);

Títulos de dívidas (debentures, commercial, papers, bônus-bonds)

Mercado primário e secundário

Mercado primário

O mercado primário é o mercado financeiro no qual novas emissões de um titulo são

vendidas aos compradores iniciais pelas empresas ou órgão do governo pedindo fundo

emprestados.

Exemplo: imagine que comprou-se um carro zero km.

A primeira pergunta é: é a primeira vez que este carro esta sendo comprado?

A resposta é sim. pois porque fui a concessionária que ninguém havia utilizado . desta

forma podemos concluir que o carro foi n negociado no mercado primário.

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A segunda pergunta é :Quem receberá os recursos utilizados para o pagamento do carro ,

ou seja quem ficará com o dinheiro que eu entreguei na compra?

A fabrica.

Logo, outra conclusão importante, é de quando algo é negociado no mercado primário, os

recursos serão enviados para o emissor do títulos. Exemplificando quando a Petrobas

resolve captar recursos via emissão de novas acções, ela fará um aumento de capital

aumentando o numero de acções em seu contrato social, e posteriormente, efectuará uma

oferta publica de acções. Após dessa oferta publica ser concluída a empresa receberá os

recursos das vendas desses papeis.

No entanto, utiliza-se este carro durante um ano e posteriormente, o vendo a uma terceira

pessoa. Ele esta sendo negociado pela segunda vez, logo, está sendo negociado no

mercado secundário.

A segunda pergunta é: Quem ficará com os recursos obtidos com a venda deste carro?

A resposta é: a ex-dona. Eu que efectuei a venda do carro ficarei com o pagamento

efectuado. Desta forma podemos tirar mas uma conclusão, quando algo é negociado no

mercado secundário, a empresa não recebe nenhuma parcela dos recursos originados na

venda, dado que o actual dono que vai receber.

Agora pergunta-se : As acções na bolsas de valores são negociados no mercados

primários ou secundários?

Na bolsas de valores todas as negociações efectuadas são feitas no mercado secundário,

dado que são os investidores que efectuam a compra e posteriormente, venda das acções.

Quando uma empresa precisa de dinheiro para investir(para construir novas fabricas por

exemplo), ela pode pedir dinheiro emprestado aos bancos. Mas quando ela precisa de

muito dinheiro, os juros dos bancos tornam o negocio muito caro e talvez impossível.

Neste momento a empresa pode decidir em abrir seu capital no mercado de acções. Neste

caso será feita vários cálculos e analises para que se estabeleça o preço d cada acção

individual e quantas delas serão lançadas no mercado. E chamado mercado primário.

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Neste mercado corretoras e bancos permitem que seus clientes comprem estas acções da

empresa. Todo o dinheiro obtido com a venda de acções pagando os devidos imposto, irá

direito para caixa da empresa sem aqueles juros que o banco cobraria. Após de sair do

mercado primário, os detentores iniciais das acções podem querer vende-las a pessoas

interessadas aí que entra a bolsa de valores, ou mercado secundário.

O mercado primário compreende o lançamento de novas acções no mercado, com aporte

de recursos a companhia, é aqui que o emissor toma e obtém os recursos.

Os lançamentos de novas acções no mercado de forma ampla e não restrita á subscrição

pelos accionistas, chamam_ se lançamento públicos de acções.É um esquema de

lançamento de uma emissão de acções para subscrição publica no qual a empresa

encarrega a um intermediário financeiro a colocação desses títulos no mercado.

Os mercados primários para títulos de dividas não são muitos conhecidos ao publico

porque as vendas de títulos para compradores iniciais se da a porta fechada.

Para o lançamento de acções no mercado primário, a empresa contrata os serviços de

instituições especializadas tais como:

Bancos de Investimento- São instituições financeiras cujo “objectivo principal é

dilatar o prazo das operações de empréstimos e financiamentos, particularmente para

fortalecer o processo de capitalização das empresas, através da compra de máquinas e

equipamentos e da subscrição de debêntures e acções8”.

Sociedades corretoras- são instituições autorizadas a funcionar pelo banco central e

pela comissão de valores mobiliários. Executam operações de compra e venda de

acções em nome dos seus clientes.

8 PASSOS, Carlos Roberto Martins, NOGAMI, Otto, Princípios de economia, 4ª Edição, Revista e ampliada, Thonson, 2003.

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Sociedades distribuidoras-

Uma vez fazendo o lançamento inicial ao mercado, as acções passam a ser negociadas no

mercado secundário que compreende as bolsas de valores e os mercados de

balcão(mercados onde são negociadas acções e outros activos, geralmente de empresas de

menor porte e não sujeitas aos procedimentos especiais de negociação).Apesar da

semelhança com o mercado primário os recursos captados vão para o accionista vendedor

e não para companhia , determinando uma distribuição no mercado secundário.

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4. Importância dos mercados primários na avaliação dos mercados de

capital.

Os mercados primários para avaliação dos mercados de capital em grande importância,

uma vez que os mercados primários são as fontes de fundo das empresas ela permite

que as empresas invistam.

Uma vez que o mercado de capital tem a finalidade de financiar despesas de capital de

médio e longo prazo, bem como capital circulante e despesas de consumo das famílias, o

mercado primário.

O mercado primário é a finalidade maior do mercado accionário, porque é através dele

que se cumpre a missão do mercado de capitais: a de prover recursos para a capitalização

das companhias abertas. Os recursos captados com a venda das acções aos investidores,

podem ser utilizados de várias maneiras: novos investimentos, aquisições, pagamentos de

dívidas e outros. Assim, enquanto o mercado primário viabiliza a capitalização das

empresas, o mercado secundário dá liquidez às emissões, e é a força de ambos que faz o

equilíbrio do mercado accionário.

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5. Conclusão

Os mercados primários funcionam dentro do mercado de capitais, sem os mercados

primários os mercados secundários não funcionam, porque são eles que emitem os novos

títulos.

Embora eles não sendo muito conhecido ao publico, porque as vendas para a títulos de

dividas são dadas a porta fechadas para compradores iniciais.

Os dois mercados (secundário e primário andam juntos) .

O mercado secundários têm duas funções importantes: facilitam as vendas de títulos e

outros valores mobiliários para levantar fundos tornam os mesmos mas líquidos, factores

que os torna mas desejáveis, mas fáceis para que a firma emissora os venda nos mercados

primários; determina o preço de titulo no mercado primário.

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6. Bibliografia

1 HOWELLS, Peter , BAIN, Keiter, economia monetária moedas e bancos, LTC S.A,

2001.

2 DELOITTE Angola, Banca em análise Angola 2006, Estudo sobre o sistema

financeiro Angolano.

3 PASSOS, Carlos Roberto Martins, NOGAMI, Otto, Princípios de economia, 4ª

Edição, Revista e ampliada, Thonson, 2003.

4 DELOITTE Angola, Banca em análise Angola 2006, Estudo sobre o sistema

financeiro Angolano.

5 SANTOS, Fernando Teixeira dos, O sistema financeiro e a globalização- A

regulação do sistema financeiro, Disponível na <URL

http://www.cmvm.pt/NR/rdonlyres/D4D81329-64E1-4917-B99E-

0C225E9B16AA/772/20020617.pdf>

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Agradecimentos

Agradeço a Deus pela a vida, pela benção de poder explorar esta investigação.

Aos meus pais e irmãos que têm me apoiado na minha formação, e ao meu noivo, que é

meu amigo de todas as horas, que sempre oportuno e compreensível da o seu ombro, o

seu colo, suportando os meus momentos de indisposição por motivos vários,

encorajando-me a não vacilar e a prosseguir.

Ao docente José Silva que me impulsionou a fazer este trabalho e a todos que lerem este

trabalho.

Á Daniel Quicuamanga, Hermenegildo Matranga e a Luzia Quitangaxi que sempre

presentes com carinho e amor trouxeram luz á minha mente em momentos de difícil

discernimento , dando-me coragem.

A todos vós que directa e indirectamente apoiaram-me na realização deste trabalho.

Obrigada a todos, de coração.

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