Depois do prazer, o luto

13
#01 - Depois do prazer, o luto A tarde não começou a cair ainda quando Ricardo escuta seu celular tocar. Ele abre sua mochila, mas por causa da imensa bagunça não consegue encontrar o celular com facilidade. Os toques continuam, mas logo a ligação se encerra. Ricardo finalmente pega o aparelho e vê que o numero que ligou para ele é da mãe de seu namorado, o Lucas. Algo não soa bem e Ricardo sabe disso. Para começar, a sua relação com a mãe de Lucas nunca foi das melhores, apesar dela sempre aceitar a homossexualidade do filho. Mas Lucas, por si só, não era um garoto dos mais apegados a família e sempre foi o responsável pela maioria dos problemas familiares. Ricardo, por sua vez, quando começou a namora-lo, logo foi tachado como o responsável pela rebeldia exacerbada de Lucas. Por tudo isso ele sabia que algo estava errado e tinha a ver com Lucas. Imediatamente Ricardo retornou a ligação e pouco mais de um minuto de conversa sua voz emudeceu com a notícia: Lucas estava morto, tinha sido assassinado. ”Por que o Lucas? Por que justamente o Lucas? O que ele fez dessa vez? Quem gostaria de matar alguém que era querido por todos?”, Ricardo pensava e repetia tais indagações exaustivamente para si mesmo. Em pouco tempo a notícia da morte de Lucas havia se espalhado e causado comoção nos mais chegados. Muitos amigos compareceram no enterro, logo na manhã seguinte de sua morte. Entre os tantos que queriam fazer uma última despedida, quatro pessoas em especial tinham todos os motivos para tentar descobrir quem havia assassinado Lucas e o porquê, mais do que isso, elas sabiam que de uma das quatro partiu a ordem para o crime. O desenrolar dos fatos Logo após o enterro Berzoni estava desconsolado. Homem maduro

description

Foto Novela

Transcript of Depois do prazer, o luto

#01 - Depois do prazer, o luto

A tarde não começou a cair ainda quando Ricardo escuta seu celular tocar. Ele abre sua mochila,

mas por causa da imensa bagunça não consegue encontrar o celular com facilidade. Os toques

continuam, mas logo a ligação se encerra. Ricardo finalmente pega o aparelho e vê que o numero

que ligou para ele é da mãe de seu namorado, o Lucas.

Algo não soa bem e Ricardo sabe disso. Para começar, a sua relação com a mãe de Lucas nunca

foi das melhores, apesar dela sempre aceitar a homossexualidade do filho. Mas Lucas, por si só,

não era um garoto dos mais apegados a família e sempre foi o responsável pela maioria dos

problemas familiares. Ricardo, por sua vez, quando começou a namora-lo, logo foi tachado como o

responsável pela rebeldia exacerbada de Lucas.

Por tudo isso ele sabia que algo estava errado e tinha a ver com Lucas. Imediatamente Ricardo

retornou a ligação e pouco mais de um minuto de conversa sua voz emudeceu com a notícia: Lucas

estava morto, tinha sido assassinado.

”Por que o Lucas? Por que justamente o Lucas? O que ele fez dessa vez? Quem gostaria de

matar alguém que era querido por todos?”, Ricardo pensava e repetia tais indagações

exaustivamente para si mesmo.

Em pouco tempo a notícia da morte de Lucas havia se espalhado e causado comoção nos mais

chegados. Muitos amigos compareceram no enterro, logo na manhã seguinte de sua morte. Entre

os tantos que queriam fazer uma última despedida, quatro pessoas em especial tinham todos os

motivos para tentar descobrir quem havia assassinado Lucas e o porquê, mais do que isso, elas

sabiam que de uma das quatro partiu a ordem para o crime.

O desenrolar dos fatos

Logo após o enterro Berzoni estava desconsolado. Homem

maduro

com seus 35 anos, ele era um empresário de sucesso há cerca de cinco anos, quando, de

forma não declarada, ele se tornou um homem de grande influência e com muitos negócios.

Desde cedo sentia atração por homens, mas por medo, acabou se tornando um gay enrustido. Era

casado e tinha um filho, mas sua vida havia mudado mesmo quando conheceu Lucas.

Lucas era um sedutor irrecuperável. Não havia uma pessoa que não gostasse dele, podia ser

homem ou mulher, mas todos reparavam em seu estilo. De fato ele não se considerava um cara

lindo, mas sabia que tinha um carisma e algo a mais que o tornava um verdadeiro garanhão.

Agora ele estava morto e Berzoni estava desesperado. Da noite pro dia todos os seus desejos e

planos de repente sumiram. Na sua cabeça estavam apenas imagens e o sabor da boca de Lucas.

Pensava em como seu amante beijava

bem

e como ele tinha

descoberto com Lucas o verdadeiro significado da palavra prazer.

Do outro lado da cidade Jeff também pensava em Lucas, que havia conhecido há cerca de um

ano quando Lucas foi até a boate da qual era sócio. A fascinação que Lucas causava quando

passava deixou Jeff hipnotizado e a partir de então ele fez de tudo para se aproximar de Lucas.

Com a morte de seu protegido, Jeff queria chorar, mas não conseguia. Pegou uma foto de Lucas

que ele sempre deixava na mesa ao lado do

sofá

e ficou observando o retrato, os traços de

Lucas,

que ele tanto gostava. Quando percebeu seu pau estava duro como aço. Achou que seria errado

bater uma punheta naquele momento, mas não conseguiu se controlar e olhando a foto se

masturbou com muito

tesão.

Berzoni sentia a dor da perda, mas ao mesmo tempo tinha raiva de Lucas por uma traição que ele

precisava desvendar ainda...