Depressão na Adolescência - Desenvolvimento

22
3 1 INTRODUÇÃO Atualmente na sociedade em que vivemos, as exigências econômico-sociais, nos deixam afastados por muito tempo do ambiente familiar, gerando dificuldades no relacionamento entre os membros da família e acarretando problemas emocionais. Todos podem ser atingidos, mas o enfoque que faremos será nos adolescentes que desenvolvem um quadro de depressão. Abordaremos nesta pesquisa os fatores desencadeantes dessa doença e a assistência oferecida pelos profissionais do serviço público de saúde. Segundo Townsend (2002), a depressão leva muitas vezes ao fracasso escolar, problemas emocionais e sociais. É um fator importante da causa de suicídio em adolescentes, por isso, é de extrema urgência um atendimento psiquiátrico especializado sendo recomendada, quase sempre a hospitalização. Devido ao aumento de procura ao CAPSi ( Centro de Apoio Psicossocial Infantil) buscaremos analisar o que o profissional julga necessário para uma adequada assistência. De acordo com ALVIM (2008), o cuidado deve ser holístico, isto é não envolve somente o corpo, mas é preciso olhar nos olhos do cliente, ouvir o que ele sente, conversar e tocá-lo como um ser humano, constituindo assim, um aprendizado integro do que existe de mais sentimental no homem.Deste modo, uma simples atitude do cuidador concede ao que padece algo de grande preciosidade: a empatia.

Transcript of Depressão na Adolescência - Desenvolvimento

Page 1: Depressão na Adolescência  - Desenvolvimento

3

1 INTRODUÇÃO

Atualmente na sociedade em que vivemos, as exigências econômico-

sociais, nos deixam afastados por muito tempo do ambiente familiar, gerando

dificuldades no relacionamento entre os membros da família e acarretando

problemas emocionais. Todos podem ser atingidos, mas o enfoque que

faremos será nos adolescentes que desenvolvem um quadro de depressão.

Abordaremos nesta pesquisa os fatores desencadeantes dessa doença e a

assistência oferecida pelos profissionais do serviço público de saúde.

Segundo Townsend (2002), a depressão leva muitas vezes ao fracasso

escolar, problemas emocionais e sociais. É um fator importante da causa de

suicídio em adolescentes, por isso, é de extrema urgência um atendimento

psiquiátrico especializado sendo recomendada, quase sempre a hospitalização.

Devido ao aumento de procura ao CAPSi ( Centro de Apoio Psicossocial

Infantil) buscaremos analisar o que o profissional julga necessário para uma

adequada assistência.

De acordo com ALVIM (2008), o cuidado deve ser holístico, isto é não

envolve somente o corpo, mas é preciso olhar nos olhos do cliente, ouvir o que

ele sente, conversar e tocá-lo como um ser humano, constituindo assim, um

aprendizado integro do que existe de mais sentimental no homem.Deste modo,

uma simples atitude do cuidador concede ao que padece algo de grande

preciosidade: a empatia.

É essencial aprofundarmos sobre o tema, pois não tendo conhecimento

muitas vezes acreditamos ser uma simples depressão passageira, rebeldia,

devido à idade, mudanças hormonais com efeitos psicossomáticos, como

preguiça, desânimo, comodismo, deixando os pais sem paciência e irritados

com atitudes desses jovens.

Mostraremos como é a visão dos profissionais e a assistência da equipe

multidisciplinar, auxiliando e levando o adolescente a manter o equilíbrio na sua

vida, e a se reintegrar harmoniosamente a sua família e à sociedade.

Fizemos um questionário com dez perguntas que foi respondido

respectivamente pelos profissionais integrantes do CAPSi, montamos gráficos

nos quais baseamos a conclusão.

Page 2: Depressão na Adolescência  - Desenvolvimento

4

O trabalho está assim organizado: I Capítulo: Descreve a justificativa e

objetivos. II Capítulo: Analise Teórica dos Dados composta por: definição,

principais causas, sintomatologia, risco de suicídio e tratamento. III Capítulo:

Avalia e descreve a pesquisa realizada no CAPSi, resultando a conclusão.

2 JUSTIFICATIVA

O Presente estudo tem por finalidade ilustrar como a equipe

multidisciplinar compreende o adolescente portador de depressão e quais

quesitos julgam necessários para uma assistência humanizada. Outro ponto

relevante será aprofundar nossos conhecimentos perante situações de ordem

familiar e comunitária.

O interesse pela pesquisa surgiu a partir da observância da necessidade

de estudos aprofundados neste campo e da escassez de trabalhos realizados

nesta área.

3 OBJETIVOS

3.1. Objetivo geral

Ilustrar a concepção da equipe multidisciplinar frente aos fatores

desencadeantes da depressão na adolescência.

3.2. Objetivos específicos

Conhecer as necessidades que a equipe multidisciplinar julga ser

primordial na assistência do paciente com depressão.

Elaborar cartilha com orientações frente às necessidades levantadas.

4 REVISÃO DA LITERATURA

Page 3: Depressão na Adolescência  - Desenvolvimento

5

4.1 Definição

Segundo Aune e Penna (2006) a depressão é reconhecida como a

doença do século, pois tem sido nos últimos anos a enfermidade que mais tem

afetado o mundo, causando assim empobrecimento, tristeza, solidão e até

mesmo aos suicídios, devido a isso tem sido um assunto de suma importância.

Todos que padecem com a depressão provam por um longo tempo uma

tristeza intensa e profunda, angústia interior, vazio e até mesmo isolamento,

sendo manifestado por reações de perda, acontecimentos marcantes do

passado e do presente. Porém, depressão não caracteriza-se somente ao

humor deprimido, mas sim por síndromes causadas por alterações do humor e

distúrbios somáticos, onde que em seu diagnóstico será computado os

sintomas psíquicos, fisiológicos e comportamentais” (CRIVELATTI, DURMAN,

HOFSTATTER, 2007).

A ciência não obteve totalmente os fatores que desencadeiam as

alterações do humor, sabe-se que a depressão é caracterizada como uma

doença afetiva que se subdividem em dois grupos sendo: distúrbios

depressivos e bipolares, porém os episódios depressivos têm por duração pelo

menos duas semanas sendo que algumas manifestações psicóticas podem

sobrevir (AZEVEDO, 2004, p.83).

Muitos de nós experimentamos por vezes o que é estar melancólico e somos conscientes da capacidade desta doença para corromper as nossas vidas. A depressão destrói as raízes do otimismo, prejudica profundamente a auto-estima e a confiança em si mesmo, impregna de negatividade e de remorsos a perspectiva do ontem e rouba a esperança no amanhã. (MARCOS, 2006)

A depressão não é uma forma de ser da pessoa, mas sim uma ocasião

pela qual ela está passando, tornando-a frágil e sutil por uma falha no

funcionamento biológico, psicológico e/ou social (FUREGATO , et.al, 2005).

No Brasil a infelicidade, e a depressão se encontram instaladas no

cotidiano de um ser humano comum, podendo ameaçar o que se torna o último

recurso da existência: a esperança. Porém os médicos querem acreditar que

as pessoas deprimidas, são aquelas que nascem com perturbações nos

neurotransmissores do cérebro, ao contrário dos psicólogos que falam que a

depressão ocorre por fatores emocionais que geram ansiedades nos

Page 4: Depressão na Adolescência  - Desenvolvimento

6

indivíduos. Certamente se não houver a empatia, torna- se complicado chegar

ás origens do mal ao qual as deprime (TELES; 1992, p.13).

4 PRINCIPAIS CAUSAS

As principais causas conferidas são psicossociais, sendo por momentos

estresse, isolamento, desemprego, problemas familiares ou amorosos, excesso

de trabalho, uso de drogas, problemas na infância, fraqueza de caráter ou falta

de força de vontade, falta de amor próprio, problema genético, problema no

cérebro e raramente por caráter biológico ou espiritual. Os fatores coerentes ao

ambiente social e interpessoal , e o principal sendo o desemprego seguido por

isolamento são os mais encontrados (PELUSO, BLAY, 2008).

Não existem causas exatas, portanto a depressão não é totalmente

compreendida. Acredita-se que tal doença é desencadeada por mais de um

fator, variando assim de uma pessoa para outra, sendo que alguns fatores

predispõem a depressão. Sendo assim, pode-se citar os principais, como:

(AZEVEDO, 2004; p.99)

Fatores Genéticos: De fato a genética ainda não está esclarecida, nem

determinada pelos pesquisadores, porém apontam a existência de uma

vulnerabilidade, sendo que se o pai e/ou a mãe forem deprimidos, o filho

correrá o risco de contrair a doença (MATEOS,1994 p.94).

Família: O ambiente familiar torna-se uma das principais causas da

depressão. Pesquisadores afirmam que a falta de afeto e atenção ou/e

pais que impõe cobranças severas sobre o filho, criam condições para

que os mesmos tornem possíveis crianças/adolescentes deprimidos.

Outro fator muito importante é a perda de um ente querido,como os pais,

deixando marcas em suas vidas de sofrimento ao qual as leva a tal

depressão (AZEVEDO, 2004; p.100).

Ocorrência de doenças: A descoberta de doenças incuráveis como:

AIDS, mal de Parkinson,diabetes entre outras, ou até mesmo por

invalidez, causam desesperança, pensamentos negativos, até mesmo

de morte, podendo assim desenvolver um quadro de depressão grave

(AZEVEDO, 2004, p.102).

Page 5: Depressão na Adolescência  - Desenvolvimento

7

Segundo Townsend (2002) estudos verificaram que filhos adotivos

possuem o risco de desenvolver algum distúrbio depressivo, se possuírem pais

biológicos afetados, mesmo que sejam criados em famílias adotivas em que

não ocorrem estes problemas. Este mesmo autor evidencia o desenvolvimento

da doença em casos de deficiência neurotransmissora, distúrbios

neuroendócrinos, uso de algumas drogas como por exemplo os ansiolíticos e

os antipsicóticos e desequilíbrios hormonais.

A escravidão, a solidão constante, o egoísmo, frustrações, anseios não

realizados, o perfeccionismo, o temor do fracasso, desequilíbrios hormonais,

carência à uma relação de cumplicidade, entre outros são fatores que

contribuem a depressão (TELES,1992,p. 22).

A semelhança estabelecida entre a depressão e a genética é apontada

em muitas pesquisas, entretanto não há nada ainda que confirme que a

depressão ocorra diretamente de uma transmissão genética ou de fatores

isolados. Reconhece-se a combinação de influências genéticas, bioquímicas e

psicossociais sobre a suscetibilidade do indivíduo apresentar a depressão

(TOWNSEND, 2002).

5 SINTOMATOLOGIA

Page 6: Depressão na Adolescência  - Desenvolvimento

8

Segundo Furegato et al., (2005), a depressão tem sido qualificada como

episódio patológico sendo assim ocorre perda do empenho, lástima, anseios,

distúrbios cognitivos, maus pensamentos e até mesmo suicídios.

Os sintomas são alternados, entretanto a psicopatologia adverte como

correta a existência da tríade sintomática, sendo o principal norteamento do

processo diagnóstico: (AUNE, PENNA, 2006)

Aflição moral;

Inibição global e;

Aperto vivencial.

Sendo assim, os sintomas podem se ramificar em diversos grupos

subjacentes a todos os transtornos que a ela são relacionados como: perda da

força ou empenho, humor deprimido, lentidão mental e física, alterações do

sono e apetite, fracasso e desânimo. Além desses sintomas analisados, nos

deparamos ainda há diversos sintomas associados, como: irritabilidade e/ou

impaciência, muitas vezes culpa, pena de si próprio, entre outros fatores.

(AUNE; PENNA, 2006)

Conforme Avanci, Assis, Oliveira (2008), sentir-se abatido, chorar com

exagero, ter dificuldades de realizar suas atividades diárias, perda da

motivação, alteração de peso, fadiga, sentimento de inutilidade, pensamento de

morte entre outros são os sintomas chaves para o diagnóstico clínico da

depressão.

A pessoa deprimida sente-se desanimado, descoroçoado,

impossibilitado muitas vezes de desfrutar das coisas que o cercam,

preocupado, temerosos, e muitas vezes com sensação de desassossego

interior. Entretanto, em casos extremos, pode ocorrer uma incapacidade afetiva

com o meio ambiente, o que é denominado “sentimentos da falta de

sentimentos” ( MATEOS,1994;p.97).

“A depressão faz com que percamos o sentido de humor, a capacidade

de sorrir e o interesse em tarefas e relações que até então nos eram

agradáveis” (A FORÇA DO OPTIMISMO, MARCOS, 2006).

6 RISCO DE SUICÍDIO

Page 7: Depressão na Adolescência  - Desenvolvimento

9

Segundo Bahls (2002), são considerados fatores de risco ao suicídio, na

adolescência: tentativas anteriores, idade, história familiar com transtornos

psiquiátricos, ausência da cumplicidade e afetividade, doenças crônicas,

presença de arma de fogo, entre outros fatores. O risco torna-se bem maior

caso haja comorbidade com transtornos de conduta e abuso de substâncias. O

sentimento de desânimo é um dos principais fatores ao comportamento suicida,

sendo que os que acometem suicídio fizeram ameaças ou tentativas no

passado.

O suicídio é a seqüela mais amarga do pessimismo maligno. Desde o

amanhecer da civilização até os nossos dias, um interminável fio

condutor de desespero, auto-desprezo, cansaço, solidão e

ressentimento une aqueles que, vencendo o instinto primário da

conservação e o medo da morte, põem termo á vida antes de chegar

o fim natural de sua existência (MARCOS, A FORÇA DO

OPTIMISMO, 2006).

A equipe de saúde precisa manter-se em alerta e assim analisarem

atenciosamente há qualquer alerta e considerarem cuidadosamente qualquer

comportamento suicida, mesmo que não apresentem psicopatologia. A maneira

ideal da prevenção ao suicídio é a detecção precoce e o tratamento das

doenças psiquiátricas que o predispõe. (BAHLS, 2002)

O suicídio é caracterizado como um dos sintomas mais graves da

depressão, sendo que gera em torno de dez mil óbitos por ano no Brasil

(AZEVEDO, 2004, p.87), podendo assim afirmar que pacientes com esta

patologia será um suicida potencial. Os períodos críticos nos episódios

depressivos caracterizados de maior risco ao suicídio são: no início da

patologia e na recuperação da mesma. (MATEOS, 1994.p.102).

“As idéias suicida podem, muitas vezes, ser expressas sem o desejo ou

intenção de morrer realmente; o que a pessoa aspira é, na verdade, á chance

de dormir sem preocupações” (TELES; O QUE É DEPRESSÃO, 1992, p. 26).

7 TRATAMENTO

Page 8: Depressão na Adolescência  - Desenvolvimento

10

MATOS (1999), afirma que o tratamento da depressão proporciona

várias opções que permitirá uma flexibilidade aos profissionais da psiquiatria

clínica, adaptando assim uma melhora na abordagem terapêutica. O

tratamento antidepressivo necessita ser entendido de uma forma globalizada

levando em conta a empatia. Assim, a terapia carece compreender a

humanização e empregar a psicoterapia, modificações no estilo de vida.

Porém, deve-se citar que não se trata “depressão” de forma abstrata, mas sim

pacientes deprimidos.

Para aqueles que viveram na floresta escura da depressão e conheceram a sua inexplicável agonia, a saída do abismo é como a difícil ascensão do poeta que finalmente surge das profundezas dilacerantes do inferno e entra num mundo reluzente. Recuperar a capacidade de sentir serenidade e alegria á suficiente indenização por ter suportado o desespero para lá de desespero (STYRON, VISÍVEL ESCURIDÃO, 1991).

MATEOS (1994) salienta que, a melhoria na farmacologia e na

psicoterapia colaboraram para suavizar substancialmente os sintomas, prevenir

as incidências e impedir as complicações, dispondo assim de várias escolhas

terapêuticas que podem ser empregadas separadamente ou em combinação,

como:

Farmacoterapia: Os mais empregados recentemente são os anti-

depressivos tricíclicos, reservando-se os inibidores da

monoaminooxidase para casos mais específicos. O lítico (sais de lítico)

é usado essencialmente no tratamento da enfermidade maníaco-

depressiva. Entretanto na utilização de antidepressivo pode-se acreditar

que 70% de resultados são favoráveis (MATEOS, 1994, p.103)

Terapia eletroconvulsiva: é um procedimento pela qual consiste na

indução de crises convulsivas, por meio da passagem de uma corrente

elétrica pelo cérebro para fins terapêuticos. A resistência à medicação

antidepressiva estabelece a fundamental indicação da ECT8-

11(ANTUNES et.al, 2009).

Page 9: Depressão na Adolescência  - Desenvolvimento

11

Psicoterapia: O movimento da psicoterapia baseia-se em proeminências,

mencionando ao esforço em identificar, examinar, ampliar e,

principalmente, excitar a disseminação e o uso de técnicas autenticadas

em análises científicas. (PHEULA; ISOLAN; 2006 )

8 METODOLOGIA

O trabalho foi realizado no CAPSi Girassol ( Centro de Apoio

Psicossocial Infantil), na cidade de Lins, situado na rua Rodrigues Alves, n°

372, sendo o horário de atendimento das 07:00 às 17:00 horas, onde atende

crianças e adolescentes de 5 a 18 anos incompletos.

Foi realizada uma pesquisa descritiva do tipo exploratória com

abordagem quantitativa, através de um questionário contendo 10 perguntas de

múltipla escolha elaboradas pelas autoras. A coleta de dados foi realizada com

a equipe multidisciplinar que é constituída por oito profissionais, sendo eles:

médica pediatra, enfermeira, psicólogo, terapeuta ocupacional, técnica de

enfermagem, assistente social e duas secretárias.

9 ANÁLISE DE DADOS

Page 10: Depressão na Adolescência  - Desenvolvimento

12

Para análise dos dados, utilizamos um questionário de múltipla escolha

contendo 10 questões com vertentes importantes ao tema estudado. De acordo

com a pesquisa realizada para obtenção de informação, obtivemos o seguinte

resultado: 37,5% dos entrevistados possuem de 31-40 anos, 25% de 20-30

anos, 25% de 41-50 anos e 12,5% possuem mais de 50 anos.

Page 11: Depressão na Adolescência  - Desenvolvimento

13

88% dos entrevistados são do sexo Feminino e 12% do sexo masculino.

Page 12: Depressão na Adolescência  - Desenvolvimento

14

Dentre a equipe multidisciplinar 85,8% dos mesmos caracterizou

Depressão como Doença, já 14,2% distinguiu como período de tristeza.

Observamos que a maior parte dos autores pesquisados nas referências

teóricas também caracterizou a depressão como uma doença.

Segundo pesquisa 85% dos entrevistados apontam como causas da

Depressão as mudanças psicossomáticas, entretanto 15% julgam ser o

componente Amoroso um elemento desencadeador na depressão.

Page 13: Depressão na Adolescência  - Desenvolvimento

15

Entre os entrevistados 70% definiram a Depressão como um Sofrimento,

20% caracterizou como Angústia, já 10% como Solidão/Perdas.

A maior parte dos entrevistados consideraram com 71,5% que a

Humanização é um dos fatores necessários para uma adequada assistência,

57,2% apontaram a Seriedade e Respeito e 42,9% julgam ser a Empatia.

Page 14: Depressão na Adolescência  - Desenvolvimento

16

Dentre os métodos de tratamentos pesquisados todos os entrevistados

apontam que é um conjunto do mesmo, compondo assim: Terapia familiar, T.O,

Terapia medicamentosa e Psicoterapia.

71,4% dos profissionais consideram-se aptos para prestar uma assistência

holística ao paciente, porém 28,6% julgam que não.

Page 15: Depressão na Adolescência  - Desenvolvimento

17

Segundo a pesquisa 57,2% dos entrevistados acreditam que o contato

com o paciente relativamente pode originar alterações psicoemocionais no

profissional, porém 28,6% julgam que não e 14,2% apontam que sim.

11 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A pesquisa desenvolvida levou-nos ao conhecimento da doença,

proporcionando-nos a reflexão e a conscientização de quão necessário é o

tratamento urgente, efetivo e humanizado, tanto da equipe multidisciplinar

quanto da família.

A Equipe hoje que compõe o CAPSi , mostra-se comprometida com a

realização de uma assistência e tratamento eficazes, tanto do adolescente

quanto dos familiares. Segundo a equipe multidisciplinar são promovidas

reuniões mensais para promover a colaboração dos pais ao tratamento,

conforme as necessidades individuais de cada adolescente, portanto cremos

que é necessário o aumento dessas reuniões, pois disponibilizará aos pais um

maior esclarecimento quanto à uma adequada assistência ao adolescente.

Conseguimos constatar que o profissional julga ser primordial na

assistência, o cuidado humanizado, a empatia, a seriedade e o respeito, que

Page 16: Depressão na Adolescência  - Desenvolvimento

18

com certeza são essenciais para uma efetiva terapêutica. Verificamos através

da análise de dados, que os resultados obtidos confirmaram-se com o

levantamento bibliográfico adquirido durante a pesquisa.

Os objetivos do trabalho foram atingidos totalmente, pois conhecemos

segundo a equipe, os verdadeiros fatores desencadeantes e a real assistência

ao adolescente com depressão.

O assunto abordado é envolvente e atual, mais não se esgota aqui.

Outros aspectos poderão ser aprofundados em trabalhos futuros, tais como:

transtornos acompanhados pela depressão ( ex: transtorno de personalidade,

bordeline, bipolar entre outros..).