Derivados 4 aminoquinolinicos

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Derivados 4-Aminoquinolínicos como potenciais agentes anti-  Leishmania  Leishmanioses é  um complexo de doenças  causadas   pelo protozoário  Leishmania  e cla ssi fic ado como uma da s do en ça s trop icai s negligenciad as (DTNs) mais importantes . Conforme dados do WH!  "# milh$es de  pessoas est%o infectadas em todo o mundo e estima-se que # milh$es de no&os casos.  'lém disso, mais de ") milh$es de pessoas &i&em em áreas end*micas em +, pa-ses ou territ.rios, e  #) )))/ ) ))) mortes por ano, e de #!0 milh$es de incapacitados.  'lém disso! de acordo com a carga de doença estima/se 1ue a leishmaniose é  a segunda causa de  mortes relacionadas com parasitas ap.s malaria ( 1).  Leishmaniose  é causada  por  cerca de #) espécies diferentes de   Leishmania , e as manifestaç$e s cl-nicas depe ndem das espécies  de Leis hmani a associados  ( 2).  ' leishmaniose   pode assumir  tr*s  formas cl-nicas, que vão desde a leishmaniose cut2nea n%o/ letal ! para  a  progressi& a mucocut2nea  e a leishmanio se &isceral  potencialmente letal , se não tratada (34 s me di came nt os ut iliz ad os  na terap ia , como ant im5 nio pe nta&alen te ( esti bo gl uc on at o de só di o e an ti moniato de megl umina) e outros ! ta is co mo  pentamidina  e anfotericina  6 t*m algumas caracter-sticas em comum: (i) s%o t.xicos e sua longa administraç%o  faz com 1ue &ários efeitos secundários indese7á&eis ; (ii3 eles s%o caros; (iii3 além disso! eles mostram 8aixa eficácia em áreas end*micas de&ido 9 resist*ncia o8ser&ada de &árias espécies de parasitas  (!034   :iltefosina , uma no&a droga utilizada como um agente antineoplásico, é o ;nico agente oral  em uso para leishmaniose &isceral  na ndia e do Leste 'fricano, mas esta droga é teratog*nica e contraindicada  durante a gra&idez ( !). 'ssim, a desco8erta de no&os  fármacos 1ue s%o menos t.xicos e mais eficazes  contra a leishmaniose é de extrema urg*ncia . <uinolinas   pertencem a uma imp ort ant e cla sse de comp osto s 1ue apre senta m di&ersas propriedades  8iol.gicas  notá&eis , incl ui ndo ati&idade antiprotozoária (=34 Com ef eit o, 1uinolinas su8stitu-das t*m sid o efi caz es contra &árias espé cies de  Leishmania , tanto in &itro e em modelos in &i&o ( "-#).  'lém disso, sitama1uina, a #/ aminoquinolina, está em desen&ol&imento a >laxo?mith@line ( $eino %nido) para o tratamento oral  da leishmaniose &isceral  na Andia e na Bfrica (+/""3 .

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&ara obter mol'culas originais que eibem atividades anti-eishmania, nosso grupo de

 pesquisa relatou anteriormente resultados promissores com derivados da

aminoquinolina (12-1"). *gora, como uma continua+ão de nossos esor+os para obter 

novas drogas contra as leishmanioses, decidimos continuar a eplorar as propriedades

 biológicas dos derivados de !-aminoquinolina (*) con/ugando-a aos res0duos de

sulonamida, hidraida e hidraina. *lguns sulonamidas e h0bridos isoniaida

mostraram interessantes propriedades biológicas, incluindo a atividade leishmanicida

(1). *ssim, esta nova classe de compostos pode representar uma associa+ão

subunidade atraente. %ma s'rie de * (3igura 1), com base na estrutura de

amodiaquina, uma !-aminoquinolina ativa contra eishmania sp. a uma concentra+ão de

4 (1"), oi previamente sintetiada mostrando uma importante atividade antioidante

(1#). 5este trabalho, estes * oram ensaiadas contra promastigotas e amastigotas de

 L. amazonensis. 6omo composto *-/ oi encontrado muito ativo contra ambas as

ormas de L. amazonensis, temos vindo a desenvolver uma s'rie de ensaios biológicos,

a im de esclarecer o mecanismo de a+ão levando 7 morte celular deste protoo8rio.

 :ateriais e métodos

 rodutos 1uimicos

 :iltefosina   foi    fornecido   por   Caman  Chemical Compan  ( ichigan,  EF').

 'modia1uina   foi comprada pela   Ellipse   harmaceuticals  ( &essac, Grança34

>eneticina  ( 9!1#), iodeto de   prop-dio  ( &), rodamina  "#  ( 12  h),  L? 

( lipopolissacar0deo

a partir de  Escherichia coli  #I :  6I ), soluç%o de sal  e1uili8rada de HanJs ( <==),

hemina, ácido  f.lico, :TT , e KC/1 foram o8tidos a partir de ?igma/*ldrich ( =t. ouis, :,  EF'). #)!)/diacetato dichlorodihdrofluorescein  ( 2>63>*)  foi   o8tido a

 partir de  Mn&itrogen  :olecular ro8es ( ?ugene, @$, EF'). ?oro fetal 8o&ino e meio

 :M "I0)  foram ad1uiridos a CFLTML'6 ( 6ampinas, ?%o  aulo,  6rasil ); infus%o

cére8ro/cora+ão (6HM ) oi comprado de-oA EDM' ( umbai, Andia).

 arasitas

 romastigotas de   L4  amazonensis  ( 3*B 6IH,) e   L4  amazonensis

(WH:6=Kosefa) transfectadas com o  gene  da prote-na &erde fluorescente

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(>G3  foram  culti&adas em meio de  Warren ( inusão c'rebro-cora+ão/< /plus

hemina e o ácido  f.lico), suplementado com ")O de soro  fetal de 8o&ino ( 3<=) a ")C

e de urina humana a #=PC . romastigotas de  L4 amazonensis (WH:6=Kosefa)

oram periodicamente selecionados para  fluoresc*ncia &erde  por cultura em " mgmL

do anti8i.tico  geneticina  durante #  h  ("+34  s  parasitas  foram  rotineiramente

isolados a partir de les$es cut2neas de camundongos 6'L6C infectados e mantidos

como  formas promastigotas  a #=PC em meio  de Warren  suplementado com  G6? a

")O.

Ensaios leishmanicidas

Ensaio Antipromastigota

?nsaio antipromastigota oi realiado usando o ensaio colorim'trico com - (!,D-

dimetiltiaol-2-il) -2,D- de dienil-tetraólio (EE) que ' baseado na redu+ão sal de

tetraólio por desidrogenases mitocondriais (2F). $esumidamente, promastigotas de .

amaonensis (3*B<$B"B&#) a partir de uma cultura em ase logar0tmica oram

suspensos para produir 21F" c'lulasBm após a contagem cGmara de 5eubauer. @s

 parasitas oram epostos a uma concentra+ão crescente dos compostos (F,D-F,F 4g B

m) durante 2 horas a 2DH6. 6ontroles contendo >=@ a F,1C (o que não ' tóico

 para os parasitas) e o meio soinho tamb'm oram inclu0dos. * viabilidade dos

 promastigotas oi mensurada a DF nm (ultisIan = leitor de microplacas,

ab=Jstems @J, elsinI, 3inlGndia). @s resultados são epressos como a concentra+ão

que inibe o crescimento do parasita em DFC (6DF), após um per0odo de incuba+ão de

2 h. @s valores de 6DF oram obtidos a partir de trKs eperimentos independentes

realiadas em duplicata. ilteosina (F,D-F,F 4g B m) e amodiaquina F.D-F,F 4g Bm) oram utiliadas como o medicamento de reerKncia.

Ensaio Antiamastigota

eishmania amaonensis-93& oi usado para veriicar o eeito dos compostos sobre a

orma amastigota intracelular. @s macróagos oram obtidos a partir da cavidade

 peritoneal de camundongos <*<B6 previamente inoculados com C de tioglicolato(=igma 6hemical 6o). acróagos aderentes oram inectados com promastigotas de .

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amaonensis-93& numa propor+ão de c'lulas de parasitas, de 2F:1 durante ! h a H6.

*pós 2 h de incuba+ão com dierentes concentra+Les dos compostos (1,D-F,F 4g B

m) dissolvido em >=@ (concentra+ão inal MF,1C vBv), os macróagos oram lisados

com 8gua destilada e transerido para microplacas negras. acróagos não inectados

oram utiliados como um branco. * intensidade de luorescKncia

das culturas oi mensurada utiliando um luorómetro de leitor de placas (3#FF,

<ioEeI nstruments, nc., NinoosIi, OE, ?%*) a/ustado a !#D nm de ecita+ãoBemissão

de D2# nm (21). @s resultados oram epressos como percentagem de inibi+ão em

rela+ão aos controles da inec+ão de macróagos com  L. amazonensis. ErKs

eperimentos independentes oram realiados em duplicata. * concentra+ão de

composto que inibe DFC do crescimento do parasita (6DF) oi calculada utiliando o

modelo de regressão de &robit. ilteosina (F,D-F,F 4gBml) e

amodiaquina (F,D-F,F 4g B m) oram utiliadas como o medicamento de reerKncia.

Eodos os protocolos oram aprovados pelo 6omitK de Ptica em &esquisa *nimal da

%niversidade 3ederal de Qui de 3ora (R F1"B2F12-6??*).

Citotoxicidade em macrófagos

acróagos peritoneais de camundongos oram obtidos e cultivados como descrito

antes. $esumidamente, os macróagos oram usados para o ensaio de citotoicidade em

uma concentra+ão de 2 de 1F" c'lulas B ml em placas de cultura de S" po+os com meio

$& 1"!F suplementado com 1FC de 3<= inativado, a H6 e DC de atmosera de

6@2. *pós 2! h, os macróagos aderentes oram incubados com os compostos em uma

dilui+ão em s'rie (1.D- F,F 4g Bm) durante 2 h a H 6 e DC de atmosera de 6@2.

acróagos não tratados oram utiliados como controle negativo. * viabilidade dos

macróagos oi determinada atrav's do ?nsaio de EE, tal como descrito acima. Eodosos protocolos oram aprovados pelo 6omitK de Ptica em &esquisa *nimal da

%niversidade 3ederal de Qui de 3ora (R F1DB2F12-6??*).

Ensaios biológicos utilizando formas promastigotas de ! amazonensis tratadas

com A"#-$

Determina%&o do potencial de membrana mitocondrial 'D(m)

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&romastigotas de eishmania amaonensis (1F 1F" c'lulas B ml) oram cultivadas na

ausKncia e na presen+a de 12,F e 2!,F 4g B m *-/ a 2D H 6. @s procedimentos

oram realiados de acordo com $ibeiro et al. (22), com algumas modiica+Les. *pós 2!

horas, os parasitas oram incubadas com F,D 4gB ml corante luorescente $h 12 durante

1D min no escuro a H 6. *quisi+ão e an8lise dos dados oram realiados utiliando

um citTmetro luo 3*6s6anto (<ecton >icIinson, $utherord, 5Q, ?%*) equipado

com o sotUare >O* (Qoseph Erotter, nstituto de &esquisa =cripps, a Qolla, 6*,

?%*). %m total de 1F FFF eventos oram adquiridos utiliando o canal de 3E6. @s

resultados oram obtidos a partir de pelo menos dois eperimentos independentes

realiados em triplicata. @ 0ndice de varia+ão (O) oi utiliado para quantiicar as

altera+Les na luorescKncia $h 12 obtidos pela equa+ão: O V (& - 6) B 6, onde

p ' a mediana da luorescKncia para promastigotas tratados, e mc ' a mediana da

luorescKncia para promastigotas não tratados. @s valores negativos correspondem O

 para a despolaria+ão da membrana mitocondrial (22). ilteosina oi utiliado como

um controle positivo (S 4g B m).

*l'm disso, o ensaio oi tamb'm realiado utiliando Q6-1 luorocromo, que ' um

corante catiónico lipo0lico mitocondrial vital que se concentra na mitocTndria em

resposta a WXm (2). &romastigotas de . amaonensis (1F 1F"cells B ml) oram

cultivadas durante 2! h na ausKncia e na presen+a de 12,F e 2!,F 4g B m *-/ a 2D H

6. *s c'lulas oram coletadas, novamente suspensas em solu+ão salina equilibrada

anIFs (<==), e o nYmero de c'lulas oi contado na cGmara de 5eubauer.

&romastigotas (D 1F" c'lulas B ml) oram incubadas com Q6-1 (1F 4g B m) durante 2F

min no escuro a H 6. >epois de lavar duas vees com <==, a luorescKncia oi

medida espectroluorometricamente (3#FF, <ioEeI nstruments, nc.) a D2# e "FF

ambos nm, utiliando um comprimento de onda de ecita+ão de !#D nm. @ valor 

relativo WXm oi quantiicado utiliando a raão entre a leitura a "FF nm e leitura a D2#nm. @s resultados oram obtidos a partir de pelo menos dois eperimentos

independentes realiados em triplicata. ilteosina em S 4gBml oi utiliado como

controle positivo.

A medi%&o dos níveis de *+,

&romastigotas de . amaonensis oram cultivadas durante 2! h na ausKncia e na presen+a de 2!,F e F,F 4gBm *-Q. &romastigotas oram então coletadas e

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ressuspensas em solu+ão salina tamponada com osato, (&<=) e a concentra+ão de

 parasita oi a/ustada para ! 1F promastigotas em 2FF 4 de &<=. ?m seguida, 2F 4

de 2>63>* oi adicionado, e as amostras oram incubadas durante F min no escuro

a H6 (2). * luorescKncia oi monitoriada espectroluorometricamente (3#FF,

<ioEeI nstruments, nc.) utiliando comprimentos de onda de ecita+ão e emissão de

!#D e D2# nm, respectivamente. @s resultados oram obtidos a partir de pelo menos dois

eperimentos independentes realiados em triplicata. ilteosina em S 4g B ml oi

utiliado como um controle positivo.

A determina%&o da integridade da membrana celular

&romastigotas de . amaonensis (1F 1F" c'lulas B ml) oram tratadas ou não com

12,F, 2!,F, e F,F 4g B m *-/ durante 2! h a 2D H 6, coletadas, lavadas com &<=,

ressuspensas em &<= e incubadas com 1 4gBm de & durante 1D min no escuro 7

temperatura ambiente. @s procedimentos oram realiados de acordo com Oolpato et al.

(2!), com algumas modiica+Les. * luorescKncia oi monitoriada

espectroluorometricamente (3#FF, <ioEeI nstruments, nc.) utiliando um

comprimento de onda de ecita+ão de D!F nm e um comprimento de onda de emissão

de "FF nm. @s resultados oram obtidos a partir de pelo menos dois eperimentos

independentes realiados em triplicata. 6omo controle positivo, as c'lulas aquecidas a

"D H 6 durante 1F min oram utiliadas para se obter um valor m8imo da intensidade

de luorescKncia.

Ensaios biológicos utilizando macrófagos infectados ! amazonensis-tratados com

A"#-

3oram usadas macróagos inectados com eishmania amaonensis, e os macróagos

 peritoneais oram obtidos como descrito anteriormente. @s macróagos oram

adicionados a 2 1F" c'lulasBm a laminulas (1 mm de diGmetro), previamente

dispostos numa placa de 2! po+os em meio $& 1"!F suplementado com 1FC de 3<=

inativado e deiados aderir a H 6 em DC de 6@2. acróagos aderentes oram

inectados com promastigotas de . amaonensis (3*B<$B"B&#) na aseestacion8ria de crescimento usando uma propor+ão de 1:1F em

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H 6; DC de 6@2 durante ! h. &romastigotas não-internaliados oram eliminados e as

c'lulas oram tratadas com *-/ a ,F, 1,D, e 2,F 4g B ml e mantida a H 6 em DC

>e 6@2 durante 2! h. *s c'lulas oram lavadas, iadas com etanol absoluto, e coradas

com 9iemsa. *s c'lulas oram em seguida desidratadas em acetona, seguido por um

gradiente de acetona-ilol (S: 1; 1: 1; 1: S) e, inalmente, o ilol. *s lGminas oram

montadas com b8lsamo do 6anad8 para a contagem de parasitas (microscopia óptica,

1FFFS amplia+ão). * carga parasit8ria oi avaliada por contagem dos parasitas

intracelulares, os macróagos inectados e não inectados (com 2FF c'lulas m0nimos em

culturas tratadas e não tratadas. @s resultados oram obtidos a partir de pelo menos dois

eperimentos independentes realiados em duplicata.

Determina%&o do potencial de membrana mitocondrial 'D(m)

@ ensaio oi realiado em macróagos não inectados e em inectados, tal como descrito

acima, mas os macróagos oram plaqueadas em placas de S" po+os de cultura de

tecidos pretas. >epois 2! h de tratamento de *-/ a ,F, 1,D, e 2 lg B ml, o meio oi

re/eitado, os macróagos oram lavados em &<= e, em seguida as c'lulas oram

incubadas com 1F 4g B ml de Q6-1 durante F min no escuro a H 6 em DC de 6@2.

>epois de ter sido lavado trKs vees com <==, a luorescKncia oi medida

spectroluorometricallJ (3#FF, <ioEeI nstruments, nc.) a ambos os D2# e "FF nm,

utiliando um comprimento de onda de ecita+ão de !#D nm. @ valor relativo >Um oi

quantiicado utiliando a raão entre a leitura a "FF nm e leitura a D2# nm. @s

resultados oram obtidos a partir de pelo menos duas eperiKncias independentes

realiadas em triplicado. ilteosina oi utiliado como positiva

controlo (2D lg B m).

A medi%&o dos níveis de *+,

 ntracelular n0veis de $@= em . amaonensis macróagos inectados com que oram

tratados previamente com *-/ em ,F, 1,D, e 2,F lg B m oram medidos usando o

2>63>* corante. *pós 2! horas de inec+ão, o meio oi re/eitado, os macróagos

oram lavados em &<= e, em seguida as c'lulas oram incubadas com 2>63>* (2F

lm), durante "F min no escuro a H 6 em DC de 6@2. * luorescKncia oi medidautiliando um spectroluorometricallJ comprimento de onda de ecita+ão de !#D nm e

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um comprimento de onda de emissão de D2# nm (2D). @s resultados oram obtidos a

 partir de pelo menos duas eperiKncias independentes realiadas em triplicado.

ilteosina (2D lg B m) oi utiliada como um controlo positivo.

+ óxido nítrico '.+)

&rodu+ão de óido n0trico oi determinada nos sobrenadantes da cultura de macróagos

inectados com . amaonensis depois incubadas durante 2! h na presen+a de *-/

composto.

@ ensaio oi realiado como descrito por 9reen et al. (2"). $esumidamente, DF4l de

reagente de 9riess de: 1C de sulanilamida em 2,DC de &@! e F,1C de 5-1-

naphthJlethJlenediamine dicloreto em 2,DC de &@! (v B v) oi adicionado a DF l

dos sobrenadantes de cultura de c'lulas de uma microplaca de S" po+os. $eerKncia em

 branco oi realiada, e teor em nitrito oi quantiicada por etrapola+ão a partir de uma

curva padrão de nitrito de sódio em cada eperiKncia. Eodos os ensaios oram realiados

em duplicado. @s n0veis de absorvGncia oram quantiicadas a D!F nm usando um leitor 

de microplacas (leitor de microplacas ultisIan =, ab=Jstems @J, elsinI,

3inlGndia). @s resultados oram calculados como percentagens em rela+ão ao controlo

&=-positivo (F lg B m).

An/lise estatística

* concentra+ão inibitória de DFC, isto ', a concentra+ão m0nima de composto que

causou uma redu+ão de DFC na sobrevivKncia ou a viabilidade da eishmania (6DF) e

murino macróagos (66DF) oi realiado, e os intervalos de conian+a de SDC oram

inclu0dos, calculada pela itchtiet e Nilcoon, utiliando o m'todo de &robit

considerando o signiicar a partir de trKs eperimentos independentes. @s dados oramanalisados estatisticamente pela an8lise de variGncia seguida do pós-teste de >unnett

utiliando 9raph&ad &rism ! (9raph&ad =otUare, =an >iego, 6*, ?%*). *s dieren+as

oram consideradas signiicativas quando p MF,FFF1 (ZZZ), p MF,FF1 (ZZ), e p MF,F1 (Z).

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*esultados

A atividade dos derivados 4-aminoquinolinicos 'A"#) contra promastigotas e

amastigotas de ! amazonensis

 5este trabalho, oi avaliada a citotoicidade em c'lulas de mam0eros e atividade in

vitro contra ambas as ormas promastigotas de insetos e as intramacro8gicas de

amastigotas de . amaonensis de de !-aminoquinolina (*) derivados e seus

 precursores (Eabela 1). &ara a atividade antipromastigota, entre de compostos *

avaliada, trKs compostos (*-b, , e /) apresentou uma orte atividade

antipromastigota (6DF de 1F,S, F,D, e D,S 4g Bml, respectivamente), sendo mais eica

do que a amodiaquina e milteosina nesta ase etracelular do parasita. >os cinco

compostos contendo o nYcleo de quinolina e seus derivados de sulonamida, composto

*-b eibida uma atividade signiicativa (valores de 6DF de 1F,S 4g B m). *

 presen+a destes dois grupos heteroc0clicos dentro da mesma estrutura (quinolina e

 piridina) pode ser respons8vel pela atividade do presente composto, quando comparado

com os outros da s'rie (*-*-?). * associa+ão entre o composto aminoquinolina e os

an8logos hidraida tamb'm provou ser vanta/osa. ?ste ' destacada no caso *-,

que ' cerca de 2# vees mais ativo contra promastigotas de . amaonensis, quando

comparado com milteosina utiliado como contrelo positivo. ais uma ve, a presen+a

de ambos os heterociclos encontrado pode ser interessante, porque mesmo nesta s'rie,

eles tamb'm eibem atividade (tal como o composto *-3). P v8lido salientar que,

aparentemente, deslocando o anel de piridina na posi+ão !, como composto *-i

tamb'm heterociclos cont'm, não provou ser ativa por causa do padrão de substitui+ão

no anel de piridina ' de 1, (ou -posi+ão ). 5a s'rie de hidraina, a ra+ão quinolina

combinada com um anel de beneno tamb'm oi avor8vel. @ caso do composto *-/o qual apresenta um 6DF de D,S 4g B m contra promastigotas de . amaonensis '

not8vel.

&ara avaliar os eeitos citotóicos do *, macróagos hospedeiros oram tratados com

estes compostos e avaliados pelo m'todo de EE. ?ntre os compostos avaliados *

(a-/), nenhum deles mostrou citotoicidade para macróagos peritoneais nas

concentra+Les mais elevadas ensaiadas (F,F 4g B m). ?m contraste, amodiaquina oi

mais citotóica para os macróagos (6DF de 2F,S 4g B m). ?ste resultado ' avor8vel

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controle (3igura 2). ilteosina (S,F 4g B ml), utiliado como 8rmaco de controle,

induiu um aumento de !FC nos n0veis de $@=.

uando macróagos inectados com  L. amazonensis  oram tratados com A"#-$, a

 produ+ão de $@= oi aumentada de uma orma dose dependente quando comparado

com macróagos inectados com . amaonensis não-tratados (3igura ). *pós 2! h de

tratamento com ,F, 1,D, e 2,F 4g B ml do composto, pode-se observar um aumento na

 produ+ão de $@= (2D,C, ,FC, e !",C, respectivamente) em compara+ão com o

controlo (acróagos inectados com . amaonensis). acróagos inectados com .

amaonensis tratados com A"#-$ nas mesmas concentra+Les utiliadas para os ensaios

de $@=, isto ', a ,F, 1,D, e 2,F 4g B m tamb'm inibiram a multiplica+ão de parasitas

intracelulares em todas as concentra+Les testadas (D1,C, DD,C, e S1,2C,

respectivamente). *l'm disso, uma correla+ão linear ($2 V F,S""") entre a percentagem

de inibi+ão da carga global dos parasitas intracelulares e a produ+ão de $@=, após

tratamento oi tamb'm observada.

A"#-$ induz a despolariza%&o do potencial de membrana mitocondrial 'D(m) em

 L4 amazonensis

@s histogramas mostram que um tratamento de 2! h de promastigotas de .

amaonensis com 12,F e 2!,F 4g B m *-/ conduiu a uma redu+ão de luorescKncia

de $h12 de #,SC e S,SC, respectivamente. ilteosina (S,F 4g B m) oi utiliado

 para compara+ão e diminuiu em D,2C D(m  (3igura !*). @s resultados de O

conirmou a despolaria+ão da membrana mitocondrial, porque os promastigotas

tratados com o composto em 12,F e 2!,F 4gBml apresentaram valores de O F,# e F,S,

respectivamente (3igura !<).%sando a sonda luorescente de Q6-1, os resultados tamb'm conirmaram que A"#-$

modiica a un+ão de mitocTndrias de promastigotas de . amaonenis (3igura D). @

tratamento com o composto em 12,F e 2!,F 4g B m durante 2! h diminuiu a rela+ão

entre intensidade de luorescKncia vermelhoBverde (F,C e ,C de inibi+ão,

respectivamente), quando comparados com o controle de parasitas não tratados. *l'm

disso, a luorescKncia diminuiu de D,#C para as c'lulas de controle tratadas com

milteosina (S,F 4gBm).

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&ara avaliar os eeitos da A"#-$ sobre a un+ão mitocondrial de macroagos inectados

com . amaonensis, medimos o potencial de membrana mitocondrial utiliando a

sonda luorescente de Q6-1. @s resultados oram epressos como a rela+ão da

intensidade de luorescKncia obtida a "FF e D2# nm. * diminui+ão da rela+ão da

intensidade de luorescKncia vermelhaBverde indica um colapso no potencial de

membrana mitocondrial. * 3igura "* mostra uma redu+ão signiicativa no potencial da

membrana mitocondrial de macróagos inectados correspondentes para !,"C, ",C,

e D,FC após o tratamento com ,F, 1,F, e 2 4g B m *-/, respectivamente. %ma

correla+ão linear ($2 V F,#!#") oi observada entre a percentagem inibi+ão da carga

global dos parasitas intracelulares, bem como uma diminui+ão no potencial

mitocondrial (3igura "<). *s c'lulas tratadas com 2D,F 4g B ml de milteosina mostrou

uma diminui+ão de D#,FC no potencial de membrana. &or outro lado, a an8lise realiada

com macróagos não inectados tratados com *-Q não tKm uma redu+ão

estatisticamente signiicativa da >Um quando comparado com o controlo não tratado

(3igura =1).

 ':<-$ n%o altera a  integridade da mem8rana plasmática  em  promastigotas de L4

amazonensis

 ara a&aliar se o mecanismo de morte celular  desencadeada pelo  ':</7  en&ol&e a

ruptura da integridade da mem8rana plasmática, promastigotas  foram tratados com o

composto e coradas com  M , 1ue é uma estirpe de ácido nucleico  espec-fica 1ue se

difunde atra&és da mem8rana  plasmática comprometida.  composto  ':</ / em "#!);

#0!)  e  "!)   Qg       ml   n%o induziu  um  aumento significati&o  em   promastigotas

manchado/& 1uando comparado com o controle negati&o, indicando assim um n%o permea8ilizaç%o  da mem8rana plasmática ( 3igura  ?#).   controle positi&o  ( c'lulas

a1uecida a I= P  C durante ") min) mostraram um aumento de ,)!C da percentagem

de  promastigotas manchado/&.

 ':<-$ n%o induz  a produç%o de N em macr.fagos infectados com  L4 amazonensis

 Em relaç%o 9  produç%o de  produtos reati&os de nitrog*nio! tais como N, os nossosresultados mostraram 1ue  ':</Q n%o induziu um aumento significati&o na produç%o

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de  .xido  n-trico  em  1ual1uer das concentraç$es usadas  1uando comparados com

macr.fagos infectados com  L4 amazonensis n%o tratadas ( dados não mostrados).

Discuss&o

 5este trabalho, nós inormamos a atividade leishmanicida de derivados da !-

aminoquinolina (*) contra promastigotas e amastigotas de  L. amazonensis. @s

resultados demonstraram que alguns compostos eibiram um orte eeito leishmanicida

contra L. amazonensis, sendo mais seletivo contra o parasita do que para o macróago

hospedeiro.  Leishmania  amazonensis  tem sido associado com v8rias caracter0sticas

cl0nicas da leishmaniose humana, incluindo cutGnea e leishmaniose cutGnea diusa no

<rasil e tamb'm pode induir a resultados cl0nicos atais, incluindo a orma visceral da

doen+a (2#,2S).

uitos compostos antimal8ricos são baseados no uso de nYcleo de quinolina tal como

!-aminoquinolinas, 8lcoois arilo-aminoquinolina e #-aminoquinolinas (F). sto tamb'm

oi o caso de medicamentos leishmanicidas, tais como sitamaquina e taenoquine

(1,2). *l'm disso, outros alvos de mecanismo de a+ão destas drogas em  Leishmania,

est8 relacionada com desordens mitocondriais e suas consequKncias (1-!). 5os

estudos descritos aqui, nós tamb'm conirmamos que o eeito leishmanicida da *

est8 relacionado 7 disun+ão mitocondrial. @ composto A"#-$ indu a despolaria+ão

do potencial de membrana mitocondrial em promastigotas e de macróagos   com L.

amazonensis. 6omo os amastigotas estão dentro da c'lula hospedeira, seria de interesse

determinar se a despolaria+ão mitocondrial observadas em c'lulas inectadas a partir 

de macróagos ou de parasitas intracelulares. 6uriosamente, os macróagos não

inectados tratados com A"#-$  não induiu a despolaria+ão do potencial demembrana mitocondrial, sugerindo que este composto oi seletivamente tóico

unicamente para as mitocTndrias em macróagos inectados com . amaonensis. *l'm

disso, em macróagos inectados, a despolaria+ão do potencial de membrana

mitocondrial era dependente da dose. * correla+ão oi tamb'm observada entre a

redu+ão da carga global de parasitas intracelulares e a diminui+ão do potencial

mitocondrial. &or conseguinte, podemos concluir que a A"#-$ pode atuar diretamente

dentro da mitocTndria do parasita, causando disun+ão mitocondrial do protoo8rio e, posteriormente, a morte do parasita intracelular.

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 'lém disso, observou-se um aumento nos  n-&eis de ?   em   promastigotas  e

macr.fagos inectados com L4 amazonensis tratados com  ':<-/. 's mitoc5ndrias s%o

as principais fontes de  ?   em  Leishmania  e  um aumento do  ?   pode  induzir 

alteraç$es mitocondriais (3. Estes resultados s%o realmente interessantes!  por1ue a

diferença morfol.gica mais marcante entre a mitoc5ndria de eucariotas superiores e

de tripanosomat-deos é o n;mero e &olume relati&o dessas organelas.  Em contraste

com eucariotas, estes parasitas conter apenas uma organela, que se torna um ;nico

local potencial para inter&enç%o farmacol.gica ( ).

 5este trabalho, oi observada uma despolaria+ão do potencial mitocondrial associada

com a produ+ão de $@= em  L. amazonensis.  5o entanto, o tratamento A"#-$  de

 promastigotas não envolve a ruptura da membrana de plasma. *lguns eventos, incluindo

os acima mencionados, associados 7 eternalia+ão da osatidilserina na membrana e a

ragmenta+ão do >5* nuclear são indicados como apoptose em protoo8rio

 Leishmania. *lgumas drogas, incluindo o sitamaquina, #-aminoquinolinas e

taenoquine, tKm seu eeito leishmanicida associada a um evento apoptose-liIe (1-!).

ais estudos são necess8rios para esclarecer se o modo de a+ão do composto A"#-$

est8 relacionada com apoptose ou outro tipo de morte do parasito do gKnero eishmania.

?mbora  Leishmania  inecte outras c'lulas, macróagos são considerados como as

 principais c'lulas hospedeiras para tal parasita. ?stas c'lulas agoc0ticas tem um duplo

 papel no controle da doen+a, porque em eperimentos de leishmanioses os macróagos

são signiicativos em ambas a sobrevivKncia e a elimina+ão do parasita (!). *lgumas

mol'culas microbicidas produidas por macróagos estão envolvidos na elimina+ão

completa de Leishmania. ?m rela+ão 7 produ+ão de produtos de nitrogKnio reativo, o

óido n0trico (5@) ' um dos mecanismos utiliados pelos macróagos para matar as

amastigotas intracelulares (D). 6ontudo, nossos resultados mostraram que os

macróagos inectados com L. amazonensis tratados com A"#-$ não induiu aumentosigniicativo na produ+ão de óido n0trico em todas as concentra+Les utiliado quando

em compara+ão com macróagos inectados com  L. amazonensis  não tratados. sto

sugere que a atividade leishmanicida contra o parasita intracelular observada neste

trabalho pode estar mais ortemente relacionadas com outros mecanismos, tais como a

 produ+ão de $@=, que para a produ+ão de 5@ por macróagos inectados.

Conclus%o

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 Em conclus%o!  temos demonstrado  1ue ':</ $  exi8e  uma promissora  ati&idade

leishmanicida.  'lém disso!  composto ':<-$  foi capaz de induzir   dist;r8ios  no

 parasita  1ue s%o mediados  principalmente  pela  disfunç%o  mitocondrial   associada

com a  produç%o de ? .  'lém disso, estudos in vitro e in &i&o s%o necessários para

aumentar o nosso conhecimento so8re o modo de aç%o deste composto.