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XIII JORNADA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO – JEPEX 2013 – UFRPE: Recife, 09 a 13 de dezembro.

DERMATOLOGIA VETERINÁRIA: ESTUDO SOBRE O PRURIDO

NO GATO

Suany Regina da Silva Vanderlei1, Júlio Cézar dos Santos Nascimento

2, Marleyne José Afonso Accioly Lins Amorim

3,

Jorge Manuel Jesus Correia4, Emanuela Polimeni de Mesquita

5 e Marcelo Honorato Silva

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Introdução

O prurido é definido como uma sensação desagradável que leva o animal a coçar, a lamber, a morder ou a arranhar a

sua própria pele (Ikoma et al., 2003). O prurido em gatos é um verdadeiro desafio diagnóstico. Em concordância com as

suas características comportamentais, os gatos tendem a coçar-se quando não estão a ser observados pelos seus donos,

tornando-se difícil determinar com exatidão se o gato se tem lambido ou não. É igualmente difícil diferenciar entre

hábitos de higiene intensa e lambedura excessiva devido a prurido. Para complicar ainda mais, as reações cutâneas em

gatos podem ser o resultado de estados afetivos (Wolberg e Blanco, 2008).

Existem 4 padrões clássicos de reação cutânea em gatos pruríticos: Complexo granuloma eosinofílico felino;

Alopecia bilateral simétrica; Prurido na cabeça e no pescoço; Dermatite miliar felina.

Apesar dos recentes progressos na dermatologia felina, o complexo granuloma eosinofílico (CGE) segue sendo uma

síndrome mal conhecida e, portanto, origem de muitas falhas e erros terapêuticos (Mason e Burton, 1999). O Complexo

granuloma eosinofílico felino manifesta-se sob 3 formas: Úlceras indolores; Placas eosinofílicas; Granulomas

eosinofílicos. As especulações etiológicas sobre o CGE são numerosas, sendo citadas as causas virais, genéticas,

bacterianas, auto-imunes, parasitárias e alérgicas. Entre as mais importantes estão as alergias, que incluem aquelas de

origem alimentar, as decorrentes de picada de pulga, a atopia e a hipersensibilidade à picada de mosquito (Rey, 2004).

Os gatos com alopecia bilateral simétrica apresentam perda de pêlo em ambos os flancos (Wolberg e Blanco, 2008).

O prurido na cabeça e no pescoço pode estar presente com diversos graus de severidade, variando desde alopecia

ligeira e eritema até lesões erosivas, ulceradas ou crostosas na fronte, zonas pré-auriculares, orelhas, cabeça e pescoço

(Wolberg e Blanco, 2008).

A dermatite miliar felina apresenta-se como uma erupção de lesões pápulo-crostosas no dorso do animal, na área

lombar, na região caudal dos membros posteriores e no pescoço. As infecções secundárias incluem alopecia,

escoriações e crostas cuja severidade varia com a intensidade do prurido (Wolberg e Blanco, 2008).

Assim, a presença, a localização e a intensidade do prurido são critérios importantes na elaboração de diagnósticos

diferenciais para as doenças de pele (Scott et al., 2001).

Material e métodos

Realizamos pesquisa de literatura em artigos e capítulos de livros entre 1990 e 2008. Fizemos uma minuciosa

avaliação das referências bibliográficas, com o objetivo final de abordar os textos atuais e pertinentes sobre

dermatologia veterinária.

Resultados e Discussão

A dermatite por alergia à picada da pulga é uma reação alérgica induzida pelos antigênios presentes na saliva da

pulga Ctenocephalides felis. A condição é classificada como hipersensibilidade de tipo 1 e de tipo 4, (Lewis et al., 199).

As lesões cutâneas resultantes são variáveis. Está associada a prurido moderado a severo. O diagnóstico é feito por

associação dos sinais clínicos, pela presença quer de pulgas, como de fezes de pulga no corpo do gato e pelo

desaparecimento de sintomas quando o controlo das pulgas é conseguido. A resposta à corticoterapia é favorável

(Wolberg e Blanco, 2008).

A alergia alimentar é causada por uma reação imunológica a determinadas proteínas presentes no alimento. Os

principais tipos de reações de hipersensibilidade envolvidos são os do tipo 1, tipo 3 e tipo 4. É a segunda alergia mais

comum em gatos (Verlinden et al., 2006). O principal sinal clínico é um prurido ligeiro a severo e, em determinados

casos, podem surgir reações dermatológicas e gastroenterológicas. Pode apresentar-se como qualquer uma das formas

agrupadas sob a designação de complexo do granuloma eosinofílico, como prurido na face, cabeça e pescoço, alopecia

simétrica autoinduzida, ou dermatite miliar. As lesões aparecem como resultado da fricção de coçar e, ao contrário dos

cães, as infecções por bactérias e leveduras são raras. Estima-se que 20 a 30% das alergias alimentares estão associadas

à atopia e à alergia à picada da pulga. A resposta ao tratamento com corticoides é variável (Rosser, 1993). O diagnóstico

1. Primeiro Autor é Discente do Curso de Graduação em Medicina Veterinária, da Universidade Federal Rural de Pernambuco, Pesquisadora de

Neuroimunomodulação do CNPq. E-mail: [email protected]

2. Segundo Autor é Discente do Curso de Graduação em Medicina Veterinária da Universidade Federal Rural de Pernambuco. 3. Terceiro Autor é Docente da Área de Morfologia e Fisiologia Animal do Curso de Graduação em Medicina Veterinária, Coordenadora de Pós-

Graduação em Ciência Animal Tropical, da Universidade Federal Rural de Pernambuco.

4. Quarto Autor é Docente da Área de Sanidade Animal do Curso de Mestrado em Medicina Veterinária da Universidade de Lisboa. 5. Quinto Autor é Médica Veterinária, Mestranda em Ciência Animal Tropical pela Universidade Federal Rural de Pernambuco

6. Sexto Autor é Discente do Curso de Graduação em Medicina Veterinária da Universidade Federal Rural de Pernambuco.

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é confirmado através de testes alérgicos alimentares, que consistem na eliminação de todos os alimentos e suplementos

conhecidos que o animal tenha consumido ao longo da vida e na prescrição de uma dieta de eliminação que deve ser

cumprida de modo rigoroso durante um mínimo de 8 semanas e, por vezes, até às 10 semanas. A dieta deve consistir de

2 ingredientes, uma fonte proteica e uma fonte de carboidratos, aos quais o paciente nunca tenha sido exposto. Uma

opção diagnóstica é uma dieta comercial com proteína hidrolisada, caso uma dieta de preparação caseira não seja

possível (Roudebush e Cowell, 1992). Se o prurido se resolveu no final da dieta de eliminação, deve ser realizada uma

dieta de provocação até o alergênico responsável ser identificado. Os testes alérgicos intradérmicos e in vitro não têm

valor diagnóstico para as alergias alimentares (Wolberg e Blanco, 2008).

A atopia felina é uma condição hereditária que é caracterizada pela predisposição para as reações de

hipersensibilidade seguidas da exposição aos alergênicos ambientais (Mac Donald, 1993). Os alergênicos que afetam os

gatos com maior frequência são os ácaros do pó e, numa menor extensão, o pólen, as escamas cutâneas e o bolor. Os

mecanismos imunológicos envolvidos na patogênese da atopia felina são as células de Langerhans, os eosinófilos, os

mastócitos, os linfócitos T CD4+ e vários tipos de anticorpos de imunoglobulina E (Prelaud e Gilbert, 1999). A afecção

pode ocorrer em gatos com idades compreendidas entre os 6 meses e os 3 anos, e o principal sinal é o prurido moderado

a severo. Os sinais não dermatológicos como rinite, tosse e dispneia podem igualmente ser observados em alguns

pacientes. Os testes alérgicos de diagnóstico não apresentam utilidade em gatos, e os testes intradérmicos são difíceis de

interpretar devido à natureza da pele do gato e aos fracos resultados positivos observados. Os níveis de IgE específica

não variam entre gatos saudáveis e gatos atópicos (Gilbert e Halliwell, 1998). A atopia é essencialmente diagnosticada

com base nas evidências clínicas. Uma vez que a atopia felina coexiste frequentemente com outras alergias, é necessário

excluir todas as alergias antes de estabelecer um diagnóstico definitivo (Wolberg e Blanco, 2008).

Os gatos com alopecia simétrica apresentam perda de pêlo em ambos os flancos. De um modo geral, não existem

causas subjacentes para estas lesões e o principal sinal é o prurido. O diagnóstico diferencial, neste caso, deve incluir

alopecia psicogênica neurodermatite e alopecia simétrica felina. Uma vez excluída a presença de pulgas e revistos os

hábitos sanitários e alimentares, deve ser instituído o mesmo procedimento como o descrito acima para o complexo do

granuloma eosinofílico para descartar a dermatite por alergia à picada da pulga, alergia alimentar ou atopia. Este

procedimento é necessário porque a alopecia simétrica tende a ser causada por reações de hipersensibilidade. O

diagnóstico de alopecia psicogênica ou neurodermatite pode ser confirmado com base na história e na resposta ao

tratamento (Wolberg e Blanco, 2008).

O prurido na cabeça e no pescoço pode estar presente com diversos graus de severidade, variando desde alopecia

ligeira e eritema até lesões erosivas, ulceradas ou crostosas na fronte, zonas pré-auriculares, orelhas, cabeça e pescoço.

Dependendo da causa, pode tratar-se duma lesão primária. As possíveis causas incluem: Sarna notoédrica, Sarna

otodécica, Demodecose; Dermatite alérgica à picada da pulga, alergia alimentar, atopia, hipersensibilidade à picada de

mosquito; Dermatofitose; Pênfigus foliáceo; Distúrbios psicogênicos (Wolberg e Blanco, 2008).

A sarna notoédrica é uma doença contagiosa que causa prurido intenso. É causada pelo ácaro Notoedres cati, que

afeta gatos. A lesão primária consiste numa pápula crostosa na cabeça e no pescoço, mas as lesões podem dispersar-se

para zonas mais distantes do corpo, tais como os dígitos anteriores e posteriores devido ao contacto através do ato de

coçar. As lesões podem também surgir no períneo, isto porque os gatos têm a tendência para dormir enrolados. As

manifestações secundárias incluem alopecia, crostas e escoriações, variando de níveis de severidade. A sarna otodécica

é uma condição contagiosa e prurítica causada pelo Otodectes cynotis. Não é específica dos gatos. Afeta frequentemente

animais provenientes de criadores ou de vida em comunidade. Manifesta-se como uma otite externa e produz uma

secreção ceruminosa escura, cuja cor pode variar de ambar a preto. A lesão primária é uma pápula crostosa, mas devido

à sua localização (dentro do canal do ouvido externo) e ao coçar pelo gato, existe frequentemente perda de pêlo na

orelha, pescoço e cabeça. Podem igualmente estar presentes lesões em outras partes do corpo para onde os ácaros

tenham migrado. A demodecose felina pode ser causada pelo Demodex cati ou Demodex gatoi. O Demodex cati, vive

nas estruturas pilossebáceas e causa lesões cutâneas localizadas que podem afetar a face (áreas pré-auriculares, áreas

perioculares e mento) e o pescoço. As lesões podem, no entanto, ser também generalizadas e envolver o tronco e os

membros, para além da cabeça e do pescoço. A forma generalizada da doença tende a estar associada a doença

sistêmica grave. As lesões incluem alopecia, eritema, descamação e crostas. A intensidade do prurido é variável. As

manifestações clínicas causadas pelo Demodex gatoi, um ácaro de cauda curta que vive à superfície da pele, são

semelhantes às observadas na sarna notoédrica ou nas afecções de hipersensibilidade com prurido severo e com lesões

secundárias (alopecia, crostas, descamação). As áreas mais frequentemente afetadas são a cabeça, o pescoço e os

cotovelos. A alopecia simétrica pode também ser observada em determinados casos. Esta condição é contagiosa

(Wolberg e Blanco, 2008).

A causa mais comum de dermatofitose em gatos é o Mycrosporum canis (Foli e Greene, 1998). Os esporos de

dermatófitos conseguem sobreviver no ambiente durante muitos meses. A condição é altamente contagiosa e pode

afetar humanos. As manifestações clínicas são variáveis e pleomórficas (DeBoer e Moriello, 1995) e, embora pouco

comum, o prurido pode existir. As lesões podem ser localizadas ou difusas e podem caracterizar-se por vários níveis de

alopecia, eritema e descamação. Em gatos, a doença afeta normalmente a face, a cabeça, o pescoço e os membros,

apesar do tronco poder estar igualmente envolvido, com alopecia simétrica ou uma erupção de pequenas pápulas

crostosas (dermatite miliar). Um diagnóstico definitivo pode ser feito quando se obtém o resultado positivo de uma

cultura fúngica ou quando as lesões recuperam após terapêutica específica (Wolberg e Blanco, 2008).

A dermatite miliar felina consiste num padrão de reação cutânea que apresenta uma grande variedade de diferentes

causas. Apresenta-se como uma erupção de lesões pápulo-crostosas no dorso do animal, na área lombar, na região

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caudal dos membros posteriores e no pescoço. As afecções secundárias incluem alopecia, escoriações e crostas cuja

severidade varia com a intensidade do prurido. Causas de dermatite miliar felina: Dermatites por alergia à picada da

pulga, alergia alimentar, atopia; Sarna notoédrica, sarna otodécica, queiletiose; Dermatofitoses, pioderma; Deficiência

em ácidos gordos essenciais; Desordens idiopáticas (Wolberg e Blanco, 2008).

O ácaro mais frequentemente responsável por queiletiose é o ácaro Cheyletiella blakei. Vive na camada de queratina

da epiderme e não penetra nos folículos pilosos. O curso da doença é geralmente mais lento em gatos do que em cães,

uma vez que uma grande quantidade de escamas infectadas são eliminadas pela higiene realizada pelos gatos. Uma vez

contraída, a doença parece ser altamente prurítica, causando alopecia e descamação severas. Alguns gatos desenvolvem

pápulas crostosas difusas no dorso (dermatite miliar). O diagnóstico baseia-se na identificação de ácaros em esfregaços

cutâneos superficiais ou exame microscópico de pêlos e escamas obtidos utilizando um pente para pulgas. Podem ser

igualmente utilizadas impressões por fita adesiva transparente para detectar ácaros adultos ou ovos. O método de

identificação mais fiável parece ser o pente para pulgas, embora possa falhar em 58% dos gatos (Paradis et al., 1990).

O pioderma superficial é raro em gatos. É geralmente secundário a distúrbios pruríticos (dermatite por alergia à

picada da pulga, alergia alimentar, atopia felina, sarna notoédrica), doenças sistémicas (vírus da imunodeficiência

felina), ou terapia imunossupressora (tratamento oncológico, corticóides, etc.) (Medleau et al., 1991). As bactérias mais

frequentemente isoladas são o Staphylococcus intermedius, S. stimulans e S.aureus. As lesões características variam

desde alopecia localizada (com ou sem eritema) a pápulas, pústulas, erosões, úlceras e crostas. O diagnóstico é baseado

no exame citológico de lesões bacterianas (Wolberg e Blanco, 2008).

Os problemas dermatológicos são frequentes na clínica veterinária e o prurido é o sinal clínico mais comum,

tornando-se necessária a sua compreensão, para obtermos um diagnóstico e tratamento corretos.

Agradecimentos

Agradecemos a Deus, aos nossos orientadores Profa. Dra. Marleyne Jose Afonso Accioly Lins Amorim e Prof. Dr.

Jorge Manuel Jesus Correia, a todos os pesquisadores contidos nesta revisão de literatura e ao CNPq.

Referências

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Foli CS, Greene CE (ed). Infectious Diseases of the Dog and Cat. WB Saunders, Philadelphia 1998.

Gilbert S, Halliwell REW. Feline immunoglobulin E: induction of antigenspecific antibody in normal cats and levels in

spontaneously allergic cats. Vet Immunol Immunopathol 1998.

Ikoma A, Rukwied R, Ständer S, Steinhoff M. Neurophysiology of pruritus – interaction of itch and pain. Archives of

Dermatology 2003.

Lewis DT, Ginn PE, Kunkle GA. Clinical and histological evaluation of immediate and delayed flea antigen intradermal

skin test and flea bite sites in normal and flea-allergic cats. Vet Derm 1999.

Mac Donald JM. Food allergy. In: Griffin CE, et al. Current Veterinary Dermatology. Mosby Year Book, St. Louis

1993.

Mason, K. & Burton, G. Complejo granuloma eosinofilico. In: Guaguère, E. & Prélaud, P. Guia Práctica de

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Medleau L, Rakich PM, Latimer KS, et al. Superficial pyoderma in the cat: diagnosing an uncommon skin disorder. Vet

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Paradis M, Scott DW, Villeneuve A. Efficacy of ivermectin against Cheyletiella blakei infestation in cats. J Am Anim

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Prelaud P, Gilbert S. A practical guide to feline dermatology. Merial 1999.

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Rosser EJ. Advances in Veterinary Dermatology, Vol 2. Pergammon Press, Oxford 1993.

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Saunders, 2001.

Roudebush P, Cowell CS. Results of a hypoallergenic diet survey of veterinarians in North America with a nutritional

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Verlinden A, Hesta M, Millet S, et al. Food allergy in dogs and cats: A review. Critical Reviews in Food Science and

Nutrition 2006.

Wolberg AC, Blanco A. O prurido no gato. Veterinary Focus 2008.