DESCONTO - ojornaldecoruche.com · Sousa sobre amiga Ana Moura. Quero dar publicamente os parabéns...

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Tesouros Escondidos Joaquim Laranjo mostra-nos as suas obras de modelismo naval. Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos seus autores. Destaques MIC em Breve António Monteiro, encadernar e recuperar livros é uma arte de que muito gosta ... Página 31 Página 30 Fundador: Abel Matos Santos • Director: José António Martins • Ano 3 - Número 31 Novembro de 2008 • Mensal • Preço: 1 Registo ERC 124937 • ISSN 1646-4222 CORUCHE O Seu Supermercado e Posto de Abastecimento de Combustíveis LAVAGENS AUTO * SELF-SERVICE SUPERCORUCHE – Supermercados SA. Telef. 243 617 810 Fax 243 617 712 Rua Açude da Agolada 2100-027 CORUCHE PREÇOS BAIXOS * QUALIDADE * ACOLHIMENTO V V ALE 15% ALE 15% DESCONTO DESCONTO em refeição em refeição Recorte e apresente na altura de pagar Grande Entrevista Grande Entrevista José Manuel Potier, o Presidente da concelhia de Coruche do PSD revela a sua estratégia para 2009 Laura Macedo mostra-nos que muitas pessoas preferem o mercado municipal às prateleiras dos supermercados Nos Bastidores do Mercado páginas 10 e 11 páginas 5 e 6 1ª Gala Prémios Foral Num ambiente bastante emotivo, O cavaleiro Mestre David Ribeiro Telles, o entusiasta do associativismo coruchense João de Matos Cravidão e a jovem fadista Ana Moura receberam os primeiros Prémios Foral do concelho de Coruche. páginas 3 e 4

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Tesouros EscondidosJoaquim Laranjo mostra-nos assuas obras de modelismo naval.

Os artigos assinados são da inteiraresponsabilidade dos seus autores.

Destaques

MIC em Breve

António Monteiro, encadernar erecuperar livros é uma arte de quemuito gosta ...

Página 31

Página 30

Fundador: Abel Matos Santos • Director: José António Martins • Ano 3 - Número 31 • Novembro de 2008 • Mensal • Preço: €1 • Registo ERC 124937 • ISSN 1646-4222

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José Manuel Potier,o Presidente da concelhiade Coruche do PSDrevela a sua estratégiapara 2009

Laura Macedo mostra-nos que muitas pessoaspreferem o mercado municipal às prateleirasdos supermercados

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páginas 10 e 11páginas 5 e 6

1ª GalaPrémios ForalNum ambiente bastante emotivo,O cavaleiro Mestre David Ribeiro Telles,o entusiasta do associativismo coruchenseJoão de Matos Cravidão e a jovem fadista Ana Mourareceberam os primeirosPrémios Foral do concelho de Coruche. páginas 3 e 4

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And, the new President of theUnited States of America is… (eo novo presidente dos EUAé…), muito provavelmente Ba-rack Obama.

Segundo as últimas estatísti-cas, Obama leva vantagem emquase todos os Estados, só umasurpresa de última hora enganaráas sondagens.

Quando há uns temposatrás Barack Obama seassumiu como candida-

to à presidência dos EUA, co-mentei num jantar de amigos, o“engraçado” e curioso que era osEstados Unidos terem um pre-sidente negro.

Todos se lembram de estudarou ver representada em diversosfilmes, a recente História ame-ricana, onde os negros eramoprimidos e escravizados até aolimite. E agora muitos anosdepois será um negro a coman-dar os destinos de um país hojeem dia multirracial. Será final-mente concretizado o sonho de

Martin Luther King? Dizem osentendidos na matéria que avitória de Obama será benéficapara a Europa, pois percebe queuma Europa forte política efinanceiramente será tambémvantajosa para os EUA. Vamosaguardar. Uma coisa é certa, osportugueses se tivessem direitoao voto, tinham mais convicçãoa escolher o presidente dosEUA do que a escolher o próxi-mo Primeiro-ministro cá doburgo.

Agora, senhores e senhoras,meninos e meninas… O Maga-lhães! Vou falar-vos dessa gran-de invenção (?) portuguesa. Oque parecia ser um caso únicode sucesso a nível nacional, caiupor água abaixo, quando numdos canais da nossa TV foidivulgado que o “Magalhães”só deve ser novidade em Portu-gal, pois, com outro nome, estepequeno computador já é uti-lizado em alguns países.

Mas caro leitor, de bradaraos céus foi a afirmação do pri-meiro-ministro ao dizer que os

seus assessores utilizam o Ma-galhães, chegamos então à con-clusão do porquê desta politicagovernamental do Sr. Sócrates.Vejamos o Magalhães é direc-cionado aos alunos do ensinobásico, logo se o primeiro-mi-nistro afirma que os seus asses-sores possuem um destes por-táteis, só revela que somos go-vernados por básicos.

O salário mínimo vai aumen-tar, este super aumento podere-mos investi-lo num seguro desaúde (isso sim dá jeito para nãomorrermos à espera de umaconsulta no serviço nacional desaúde), ou beber mais dois caféspor dia, pois também convémmantermo-nos acordados, nãová sermos assaltados enquantoestivermos a dormir!

Cá pelas bandas do Sorraia,assistimos no passado dia 24 deOutubro à entrega dos prémiosForal. Os três primeiros laurea-dos, O Mestre David RibeiroTelles, figura impar do toureionacional, que por onde passoulevou sempre o nome de Coru-che pela mão, o Sr. João Cravi-

dão, entusiasta do associativis-mo coruchense e dinamizadorde inúmeras actividades nonosso Concelho, e, Ana Moura,a fadista coruchense, que com asua voz conquista alguns dosmaiores palcos do mundo.

Estive no restaurante O Farnel,para assistir à entrega dos pré-mios e gostei do que vi. Gosteitambém da forma simpática ehumilde como os laureadosagradeceram. Gostei das inter-venções do Dr. António JoséRosa sobre o Sr. João Cravidão,do Sr. João Costa Pereira sobreo Mestre David e da MafaldaSousa sobre amiga Ana Moura.

Quero dar publicamente osparabéns ao trabalho de pesqui-sa do meu amigo Pedro Orva-lho, que foi ao fundo do baú decada um dos homenageados, oque proporcionou momentos deboa disposição e também umamaneira simpática de conhecer--mos melhor estas figuras de ex-trema importância para a histó-ria de Coruche.

As obras das pontes lá con-tinuam de vento em popa, ansia-mos desesperadamente pela suaconclusão, pois a alternativa nãoé a melhor nem a mais segura.

Quero ainda destacar maisuma vez a forma perspicaz esubtil como os nossos agentesda GNR actuam no que respeitaàs multas.

Para além de um filme deFellini esta nova maneira deactuar, faz-me lembrar umarubrica que existia no já extintojornal Sorraia, “passei, vi eanotei”, é mesmo assim caroleitor, estes heróis nacionaispassam no potente jipe, vêem ocarro mal estacionado e anotama matrícula depois é só aguardarem casa pela multa e dirigir-seao multibanco mais próximopara pagar e não bufar.

É só multar, multar e multar!Com isto não quero dizer quenão tenham razão na maior par-te das vezes, mas também, con-

vinha tentarem saber porqueestamos mal estacionados.

Já tentaram saber se é poralguma emergência? Pois não,mas brevemente também nóscomuns cidadãos e contribuin-tes desejamos saber quem multaestes audazes senhores quandoeles próprios estacionam mal assuas viaturas, para fazer sabe-selá o quê?

Na edição deste mês do JC,Laura Macedo leva-nos ao inte-rior do Mercado Municipal e fi-camos a saber que existem mui-tas pessoas que preferem os pro-dutos vindos directamente doprodutor dispensando assim asprateleiras dos hipermercados.

Na Grande Entrevista temosJosé Manuel Potier, o presidenteda concelhia do PSD, que nosrevela a sua estratégia para2009.

Os Tesouros Escondidos le-vam-nos ao atelier do nosso co-laborador Joaquim Laranjo quepartilha com os leitores do JC asua paixão pelo modelismo na-val.

O Luís António Martins par-tilha mais uma vez a sua experi-ência de voluntariado em Mo-çambique, com a sua crónica“Ecos de um macaco urbano”.Paulo Fatela dá-nos a conhecermais um artesão do nosso con-celho. O Dr. Domingos da CostaXavier e o Joaquim Mesquitaactualizam o panorama tauro-máquico do país e dos coru-chenses da arte e o Dr. Abel Ma-tos Santos, fundador do nossojornal, dá a sua opinião sobre osprémios Foral

Enfim são estas e muitas ou-tras notícias que o levam a ter o“O Jornal de Coruche”, como ojornal de eleição da sua Terra!

Boa Leitura e até para o mêsque vem!

____José António Martins

Director do Jornal de Coruche

2 O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 31 • Novembro de 2008

Reflexões puras e duras

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Fundador e Proprietário do Título: Abel Matos Santos ([email protected])Director: José António Martins ([email protected])Redacção: Rua Júlio Maria de Sousa, 36 – R/c. 2100-192 CorucheAgenda e Notícias: [email protected] Fax: 243 679 404 • Tlm: 91 300 86 58Redacção: Abel Matos Santos (TE-463) Carlota Alarcão (CP 6731) José António Martins (TE-626) Pedro BoiçaEditor: ProSorraia – NIPC: 508 467 403 Registo ERC: 124937 Depósito Legal: 242379/06 ISSN: 1646-4222Tiragem: 5000 exemplares Periodicidade: Mensal Paginação e Grafismo: Manuel Gomes Pinto Assinaturas, Publicidade e Contabilidade: 91 300 86 58 • [email protected]ão: Empresa do Diário do Minho, Lda, Braga.Colaboraram neste número: Abel Matos Santos, Amadeu Dourado, António Gil Malta, Brandão Ferreira, CarlosConsiglieri, Domingos da Costa Xavier, Fernando Carapau, Hélio Bernardo Lopes, Isabel Chaparro, Joaquim Laranjo,Joaquim Mesquita, Laura Macedo, Lino Mendes, Luís António Martins, Luís Dias, Luís Rafael Carlota, Manuel AmaroBernardo Marília Abel, Marina Jorge, Marta Costa Almeida, Mário Gonçalves, Mário Justino Silva, Mónica Tomaz,Osvaldo Ferreira, Paulo Fatela, Pedro Asseiceira, Pedro Boiça, Pedro Pinto, Telma Caixeirinho, DECO, GI-GCS, GIRPI-CMC, Nersant, Rádio ONUFotografias: Abel Matos Santos, Joaquim Mesquita, José António Martins, Laura Macedo, Luís António Martins, ManuelPinto, Paulo Fatela, Pedro Boiça, Pedro Aguiar, CMC, GI-GCSWeb: Henrique Lima

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No passado dia 24 de Outubro, nosalão de Festas do Farnel no Monte daBarca, a autarquia de Coruche atribuiu osprimeiros prémios Foral, que visam dis-tinguir personalidades que “tenham pres-tado, ao Município de Coruche serviçosconsiderados relevantes e excepcionais,designadamente de que resultem maiorrenome para o concelho, maior benefíciocolectivo ou honra especial”.

Este prémio, concebido pelo executi-vo camarário, que elaborou o seu regula-

mento e pretendeu criar uma comissão aser composta por representantes de ór-gãos de comunicação social e de agrupa-mentos escolares de Coruche, que deve-riam nomear os laureados.

É discutível esta solução, mas até aquitudo bem, não fosse o regulamento pro-fundamente redutor, dado que só permitea atribuição do prémio a pessoas vivas, oque não respeita a memória dos que jápartiram, e, a lista de nomeados pela talcomissão é depois levada para ser visada

pelo olhar censório do executivo camará-rio que, segundo o regulamento, pode nãoaceitar os nomes e até escolher outros.

Sendo assim, esta comissão não temnenhuma razão de existir, a não ser a de

credibilizar as eventuais escolhas dos no-mes propostos pelo “regime”, dado que opresidente da câmara integra a comissão etem voto de qualidade, e a maioria dos quese representam na comissão estarem liga-dos ao “regime” quer por cargos autárqui-cos, políticos ou de nomeação.

Se tivermos em conta que um dosmembros do júri, representante da escolaprofissional de Coruche, não é de Coru-che nem conhece a nossa história comotantos coruchenses informados e estudio-sos da matéria, e, outro dos membros arepresentar a RVS ser autarca eleito peloPS e presidente da concelhia deste par-tido e presidente de Junta, percebemos arazão pela qual o Jornal de Coruche en-tendeu não integrar a referida comissão.

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 31 • Novembro de 2008 3

A Gala realizou-se no Salão de Festas do restauranteO Farnel no Monte da Barca – Coruche, e contou coma presença dos três galardoados, familiares e amigos dosmesmos, alguns convidados e muitos outros coruchen-ses que se juntaram à festa para aplaudir os primeiroslaureados pelo prémio Foral.

Foi num ambiente repleto de emoção que os três ga-lardoados receberam os prémios e agradeceram peranteaqueles que efusivamente aplaudiram. Ana Moura deu oar de sua graça e brindou todos os convidados com doisbonitos fados. Esta foi a primeira vez que foram atribuí-dos os Prémios Foral.

Instituídos pelo Município de Coruche, constituemum acto de reconhecimento às pessoas que tenham pres-tado ao Município de Coruche serviços consideradosrelevantes e excepcionais, designadamente de que resul-tem maior renome para o concelho, maior benefíciocolectivo ou honra especial.

A fadista Ana Moura, o cavaleiro Mestre David Ribeiro Telles e o entusiasta do associativismo João Cravidão,receberam no passado dia 24 de Outubro, os prémios FORAL.

Prémios Foral

Abel Matos Santos *

A propósito dos Prémios ForalE Esta Hein!

> continua na página seguinte

JAM

fotos CMC

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Além de que personalida-des como João de Matos Cra-vidão ou David Ribeiro Telles,merecedores incontestáveis danossa admiração e respeito, sejá tivessem partido para juntode Deus, e queira este que per-maneçam junto de nós pormuitos e bons anos, já não po-deriam ser homenageados nemlembrados. Que profunda in-justiça seria!!! E profundainjustiça é para os que já nãoestão entre nós!!!

Não faria muito mais sentidoque estes homenageados pudes-sem ter como prémio o seu no-me numa rua, avenida ou praçade Coruche, visto que o prémioForal ao fim de uns tempos pas-sou e ninguém se lembra?

É que a nossa terra está cheiade nomes de pessoas que nuncavieram a Coruche nem nada fize-ram por ela (veja-se HumbertoDelgado, Lopes Graça ou Sal-gueiro Maia, atribuídos por ra-zões meramente políticas e des-providas de sentido) e a estes ver-dadeiros coruchenses são rene-gadas as verdadeiras homena-gens, que é a de terem os seusnomes nas tais ruas, praças ouavenidas.

Faz muito mais sentido teruma Av. David Ribeiro Telles,uma Praça Irmãos Badajoz,um Largo João Cravidão, umaRua Heraldo Bento, Eng.º Joa-quim Gusmão ou Arq. RibeiroTelles, ou será que estou errado?

Mas voltemos ao prémioForal, cuja participação na re-ferida comissão/júri o Jornal deCoruche recusou integrar, pelosmotivos apresentados e por en-tender independentemente danão aceitação das nossas suges-tões para alteração da proposta

de normas, essencialmente aofacto de nos querermos manterfiéis ao nosso estatuto editorial emanter a independência não nosquerendo associar a decisões co-legiais que possam ir contra osprincípios éticos e deontológi-cos que regem o nosso Jornal.

Achamos que um órgão deinformação com o prestígio e im-portância do Jornal de Coruche,

tem uma função que não se coa-duna com a integração numacomissão para atribuição de umprémio que é autárquico e nãodo próprio Jornal.

A seu tempo criaremos eatribuiremos os nossos própriosprémios, num outro formato e re-conhecendo personalidades einstituições em vários níveis edomínios de intervenção pública.

Contudo, divulgamos este eoutros eventos, aliás como sem-pre fizemos e é nossa obrigação.

Claro está que David RibeiroTeles, João Cravidão e Ana Mou-ra, são expoentes de excelênciahumana e cultural, mas feliz-mente para a nossa comunidadesão uns entre muitos mais queCoruche tem, o que às vezes pa-recemos não saber ou até esquecer.

Temos personalidades coru-chenses de todas as idades, pro-fissões e actividades, na nossaterra e fora dela, até pelo mundofora, que são excelências nassuas áreas e que nos honram erepresentam como embaixado-res de Coruche.

Se recuarmos ao nosso pas-sado mais recente, lembramo--nos do Eng. Joaquim Gusmão,responsável pela construção daimportante obra de rega do Valedo Sorraia e fundador da Asso-ciação de Regantes e Beneficiá-rios do Vale do Sorraia, da Coo-perativa Vale do Sorraia e daCaixa de Crédito Agrícola deCoruche.

E também nos vem à me-mória o nosso injustiçado MajorLuíz Alberto de Oliveira, e, maisremotamente um dos maioresCoruchenses de sempre, Fran-cisco de Brito Freire, descen-dente do irmão colaço do Infan-te Santo e sepultado na Erra, quevergonhosamente nem sequertem uma rua ou um busto emCoruche e é profundamente des-conhecido das entidades autár-quicas que têm a obrigação de omanter vivo e actual entre nós(autarquia e museu).

Entre muitas outras coisas,Francisco de Brito Freire (1627a 1692) era de Coruche, foi Go-vernador do Pernambuco no Bra-

sil, trazendo-o de novo para aCoroa Portuguesa combatendoos Holandeses em actos de cora-gem verdadeiramente heróicos,foi Almirante General coman-dante das armadas brasílicas, re-cebeu a incumbência, em con-junto com o Padre António Viei-ra de quem era grande amigo ese correspondia, de preparar oexílio da coroa Portuguesa parao Brasil em caso de invasão doPaís, além de conselheiro do Reie comendador da ordem de Cris-to, tendo sido juiz dos órfãos deCoruche.

Coruche ignora-o e a muitosoutros, ofendendo as suas almas.

Verdadeiramente interessan-te e particularmente gratificantepara mim, foi ver o Mestre Davide o Sr. Cravidão, apoiantes in-condicionais da reposição doBusto do Major Luíz Alberto deOliveira, serem aplaudidos e atéreceberem o prémio das mãosdaqueles que votaram contra adita reposição e encheram deimpropérios o Major e todos osque assinaram a petição de 1300assinaturas para a sua reposição.

E Esta Hein!? Que incon-gruência, falta de carácter e hipo-crisia políticas. Perdeu-se a ver-gonha.

Por todas estas razões, ach-amos estas formas de pseudo-reconhecimento mais parecidasa actos de pré-campanha elei-toral que me fazem lembrar ahipocrisia no seu estado maispuro, visto dizerem reconhecero valor das pessoas mas issonão se materializa na coisa pú-blica (o tal nome de rua, aveni-da ou praça), mas tão somentenum bonito, emotivo e agradá-vel jantar.

* Fundador do Jornal de Coruche

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Jornal de Coruche (JC) – O que olevou a candidatar-se a presidente daComissão Política Concelhia de Coru-che do PSD?

José Manuel Potier (JMP) – Foi aconstatação duma situação pontual queprovocou a demissão, para mim desne-cessária, de quem nos tinha antecedido.Havia um trabalho que tinha sido inicia-do e que não podia parar.

Esse facto foi determinante para que,depois de vários militantes terem con-statado que ninguém, repito ninguém, setinha disponibilizado para isso, haverquem entendesse que o PSD devia seguiro seu caminho, aproveitando os que esta-vam em condições de o realizarem. Du-rante cerca de quatro meses, não se viuque qualquer conjunto de pessoas – edigo que é um conjunto porque têm de seentender – dissesse que estava disponível.

E é um conjunto, como digo e reafir-mo, porque têm de se misturar pessoas dediferentes gerações para levarem a tarefapor diante, o que nem sempre é fácil deconseguir. Só quem não conheça, ou nãoqueira ver, a realidade do conjunto depessoas que actualmente integram adirecção local do PSD é que o não per-cebe. Não só dos eleitos directamentepelos militantes, como dos que o são porinerência.

Gostem ou não algumas pessoas, me-tade dos elementos que integram a actualComissão Concelhia do PSD tem menosde 35 anos de idade. Só dois ultrapassa-ram os 65 anos. Os restantes quatro têmidades compreendidas entre os 40 e os 60anos. Daqui resulta que a média etáriaponderada, não atinge, sequer, os 45 anos.

Se isto é ser velho, ou dinossáurico,há alguém que está a fazer uma grandeconfusão entre o que é ser de maior ida-de, com uma vida de trabalho intenso pordetrás, para poder exibir, e quem aindapouco mostrou a esse respeito. A vidanão se faz por instantes, ou por “flashes”,como agora se diz. Tem um percurso,com etapas sucessivas. Por vezes difíceisde realizar, para bem a cumprir.

Ao longo da minha vida, pessoal ecívica, não me recordo de haver lido, ououvido, nada assim, tão disparatado, ino-portuno e acintoso. Em quase cinquentaanos de trabalho, digo eu, também não.

Na vida política, também não. Não éusual a quem passou pelo PSD. Estamossempre a aprender, mesmo com quemtem pouco para nos ensinar, salvo umagrande prosápia. Naturalmente paraquem, desde Maio de 1974, sabia o que éser do PPD, ou do PSD, seria impensáv-el deixar passar mais tempo sem nadafazer. Está à vista o que se pretendia e oque daí resultaria. Só não compreende,ou não vê, quem não quer.

Ser Presidente da Comissão Política

Concelhia de Coruche do PSD não é,exactamente, um cargo honorífico paraquem já o foi há cerca de trinta anos eassumiu tarefas, no âmbito partidário,cívico ou autárquico, de muito mais rele-vo. Nunca o foi, nem será, penso eu. Pelomenos para mim.

Há duas condições mínimas que essecargo exige: disponibilidade de tempomuito frequente e vontade de trabalhar.Mas requer também algo mais naquiloque se refere à vontade de trabalhar: temde ser apenas pelo e para o PSD. É quenão se exerce na busca de qualquer re-muneração, seja ela de que natureza for.Só o não sabe quem nunca o fez. Não éesse o meu caso.

JC – Quais os seus projectos eobjectivos?

JMP – Foram transmitidos aos mili-tantes eleitores no PSD. Pela determi-nação no seu cumprimento, já começa-mos a responder no local e momentoadequados, que é ao nível da Assembleiada Secção que integramos. Iremos fazê-lo trimestralmente, como os estatutos doPSD determinam. A próxima reunião daAssembleia da Secção Concelhia de Co-ruche está prevista para o dia 12 de De-zembro, às 20h30. Todos os militantesque tenham cumprido os seus deveres,enquanto tal, têm o direito de nela par-ticipar. Penso que devo esclarecer que anossa tarefa será realizar todo o trabalhonecessário para que no próximo ano sevejam aproximar as diversas eleições quese vão realizar não como uma situaçãoinesperada, mas como algo que é normalpara um Partido.

Sem organização, não se conseguechegar a qualquer ponto. É esse o objec-tivo e o projecto essencial da nossa can-

didatura. Foi isso que dissemos aos mili-tantes que nos elegeram, que procu-raríamos fazer. Penso que estamos arealizá-lo, a pouco e pouco, a cada dia esemana que passam. Reparem que falono plural e não na primeira pessoa do sin-gular. Falar em nome singular num par-tido político, pouco ou nada significa.

No PPD ou no PSD, muito poucos,como todos sabemos e conhecemos bemos seus nomes, tiveram capacidade ecategoria para o fazerem. Não é, decerto,o nosso caso, em Coruche. O resto resul-tará da qualidade e aceitação das pro-postas que apresentarmos e das pessoasque escolhermos para nos representarem.Seguramente que tudo isso passará pelaapreciação, decisão e deliberação dequem tem competência estatutária para oefeito. Em concreto, por uma proposta daComissão Política, pela deliberação daAssembleia Concelhia, pela homolo-gação da Comissão Política Distrital e,finalmente, pela ratificação da ComissãoPolítica Nacional.

É a estes procedimentos que teremosde dar resposta atempada. Não se cum-prem num dia, ou numa reunião. Por issoe para isso, precisamos de estar organiza-dos.

JC – Vai ser candidato do PSD àCâmara de Coruche?

JMP – O exercício da função de Pre-sidente da Comissão Política Concelhiade Coruche, que tem um mandato de doisanos, não implica, necessariamente, paraquem a desempenha, a obrigatoriedadede se candidatar à Câmara, ou a qualqueroutro órgão autárquico.

Tendo em conta a resposta anterior,tudo poderá suceder. Sei bem que não sedeve dizer nunca, ou jamais, a qualquer

hipotética situação. Mesmo quando pare-ce que se domina bem uma matéria. Porvezes, ocorrem algumas surpresas, comovimos há poucos meses, aqui bem porperto. Bom seria, como acontecia háalguns anos, que o PSD tivesse pessoasmais novas, bem qualificadas e, sobretu-do, disponíveis profissionalmente, paradesempenharem esses cargos. Sei do quefalo e conheço relativamente bem asexigências.

É esta a grande questão: com as enor-mes dificuldades com que os mais jovensse confrontam actualmente, quem é quepode pôr em risco uma carreira profis-sional, eventualmente com um futuropromissor, por pouco mais do que incer-tezas? É o que tem de ser equacionado.

Se as coisas continuarem tal comoestão, num dia destes ainda veremos quesó quem é funcionário do Estado podeestar disponível para isso. Eu já me in-quiro, até, se mesmo esses, com tudoaquilo que tem sido dito e anunciado nosúltimos tempos, continuarão nessa situa-ção de disponibilidade de que gozavamaté há poucos anos. Com tantas avalia-ções, reavaliações, requalificações, qua-dros activos, menos activos, deslocaçõese situações similares, um dia destes serãopoucos os que podem estar disponíveis.

JC – O que pensa do actual manda-to do PS e do Presidente DionísioMendes?

JMP – Não me parece que essa ques-tão deva ser respondida de modo tão per-sonalizado. Uma coisa será falar-se domodo como o Partido Socialista tem pro-cedido através do exercício da actividadedos seus Autarcas, em Coruche; outra,bem diferente, é o posicionamento pes-soal de cada um. Não confundamos coi-sas que são tão diferenciadas quanto isso.Naquilo que me respeita, não o desejofazer, o que não serve para dizer queaprecio a forma como o poder tem sidoutilizado e instrumentalizado, ao longodos anos, no nosso Concelho.

O PSD tem discordado, de formafrontal e sei que continua a discordar, daforma como a política partidária se temsobreposto a tudo o mais ao nível con-celhio. A confusão das declarações públi-cas da Câmara e do Partido Socialistatem sido uma espécie de cortina de fumopara esconder a realidade dos factos. Es-tes existem e são conhecidos. Há váriosexemplos no nosso Concelho, algunsdeles bem recentes.

A altura do Muro no Rio Sorraia, comtoda a gente a protestar e a obra a pros-seguir, como se nada fosse; a impossibil-idade de apreciação exaustiva por umaComissão, nomeada pela AssembleiaMunicipal, do que se passou no âmbitoda construção do Observatório do So-

José MManuel PPotierCoruchense de gema, foi capitão miliciano no ultramar, de onde voltou para se ligar à agro-indústria.

Esteve na cooperativa Vale do Sorraia e na Unisul e mais tarde na Equipar Industria de Cortiça e no Arroz Cigala.Agora abraça um novo desafio, o de Presidente do PSD de Coruche.

O JC foi ouvir as suas opiniões e a sua estratégia para 2009.

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breiro e da Cortiça; o manifesto desres-peito pessoal pelo desempenho da tarefacometida aos elementos que a Assem-bleia Municipal designou para essaComissão; o real impedimento criado aosdeputados do PSD eleitos pelo círculo deSantarém para visitarem essa obra; a faltade esclarecimentos quanto à construçãoda Central de Camionagem. As própriasdecisões do Tribunal de Contas sobrediversas obras. Poderia indicar algo mais.

Quem é que deu cobertura política atudo isto e utilizou a força dos seus votospara o realizar? Todos sabemos que foi oPartido Socialista. Mais ainda: quem éque não cumpre, no nosso Concelho,aquilo que a Lei conhecida pelo nome doEstatuto do Direito de Oposição clara-mente determina? Todos sabemos que oPartido Socialista em nada contribuiupara que isso se concretize. A verdade éque não a respeitou, nem cumpriu.

O PSD já o disse, clara e repetida-mente. Até já o escreveu, por mais do queuma vez. Estes são factos imputáveis àsposições políticas, reais, repetidamenteassumidas pelos eleitos pelo PS. Todavia,a bem do mínimo que a justiça exige, oPDP, através da coligação CDU, tambémnão procedeu de forma diferente relativa-mente ao cumprimento do Estatuto doDireito de Oposição. A Lei é de 1998, euera membro da Assembleia Municipal,pedimos através do nosso Grupo Muni-cipal, variadas vezes, que a respeitasseme o que é que fizeram? Nada, ainda quedissessem, e está escrito nas Actas, que oPSD tinha razão. Como é que votaram aMoção de Censura que se apresentou?

Já agora e neste contexto, como é quefoi votada essa Moção pelos eleitos doPS? Uns – os da CDU – votaram contra,dizendo que o faziam por motivos políti-cos; outros, os do PS, abstiveram-se, semsequer explicarem as razões. Por aquilo aque agora se assiste, também deve tersido por motivos políticos.

O que está em causa não são as pes-soas, só por si. O que o PSD questiona econtesta é que quem esteve, ou está, poli-ticamente no poder, em Coruche, não sedistinguiu assim tanto de quem o antece-deu, ou de quem lhe sucedeu, como àsvezes se pretende dar a entender, ou sedeseja fazer passar para a opinião públi-ca. Acessoriamente, envolvem-se algunscomportamentos pessoais, que não com-partilhamos, pois os fins não justificamos meios, mas isso não é o essencial.

Se várias destas pessoas tivessem tra-balhado em grandes empresas nacionaisou multinacionais, não poderiam terdesenvolvido uma grande carreira. Aí,tem de se explicar, muito bem explicado,os quês e os porquês. Na política local, éaquilo a que temos assistido ao longo dosanos. Se alguém insiste no sentido deobter uma melhor explicitação de qual-quer facto, passa a ser incómodo e não selhe prestam os devidos esclarecimentos,muito menos os necessários.

JC – O que diferencia o seu projec-to do anterior presidente da concelhiado PSD?

JMP – Lamento muito, mas nãopoderei responder a esta pergunta. Emprimeiro lugar, porque não traria – comoé costume dizer-se – para a denominada“praça pública”, a apreciação de algo querespeitasse à vida interna do PSD.

Em segundo lugar, porque não houvequalquer confrontação de ideias, ou deopiniões, fossem elas pessoais ou parti-dárias, privadas ou públicas. Esclareça-se, a este respeito e presumo que emdefinitivo, que nada, nem ninguém, den-tro do PSD, fosse a que nível fosse, ques-tionou o trabalho desenvolvido pela ante-rior Comissão Política e, designada-mente, pelo seu Presidente. Tiverammérito por isso.

Sempre foi dito e escrito, e ainda ébom que assim se tenha feito, que a actu-al Comissão Política pretendia continuaro trabalho desenvolvido pelas pessoasque constituíram a sua antecessora. Nadamais do que isto. Assim será, se bemespero.

JC – Quais são os seus objectivoseleitorais para 2009?

JMP – Todos sabemos que aquilo quedeve estar subjacente à actividade dequalquer partido político é o contributoque pode dar para a melhoria da vida doscidadãos e da área onde se insere. Comodiria alguém a quem já me referi, o queestá em causa, não são os projectos quese pretendem realizar, mas sim a sua pri-oridade, ou calendarização.

Penso que se deverá acrescentar a suacuidadosa apreciação e integração no“todo” do Concelho, para se evitaremerros e derrapagens. Já se viu como oTribunal de Contas está bem atento aisso. Parece que não há maioria munici-pal que seja capaz de evitar que os des-vios relativos aos orçamentos de obrasmunicipais se repitam. Necessariamenteque para se poder participar na tomadadas decisões, tem de existir o suporte quelegitime o seu exercício.

Desde há algum tempo que todosouvimos, com mais frequência do que aprática demonstra, os políticos nacionaisde alguns Partidos, a falarem em esquer-da e direita. Hoje, até já há alguma difi-culdade em distingui-los. Nalgumas ter-ras, como Coruche, por exemplo, poucaspessoas sabem o real destino que tiveramos seus votos, em 2005, e o que provo-caram.

Para que bem se entenda aquilo quepretendo dizer, acrescentarei que o factode se ter deixado para a última hora umatentativa de conciliação e, talvez, aambição de algum protagonismo pessoal,fez com que o PS tivesse obtido a maio-ria absoluta na Câmara. Isto é um factofacilmente demonstrável, com meia dú-zia de contas de dividir. E quem está pordentro desta questão, sabe e compreendemuito bem aquilo que aqui fica registado.

Todos conhecem, igualmente, que aaplicação do método de Hondt aos resul-tados eleitorais autárquicos, favorece ospartidos mais votados. Só há uma excep-ção, que parece não vir ao caso, porquese relaciona com o último eleito. Por

vezes, é aí que reside a diferença entremaioria absoluta, que depois se contesta,e maioria relativa.

Sendo assim e agora que toda a gente,em todo o sítio, fala em independentes,talvez estes se devam questionar sobrequem é que vão, eventualmente, favore-cer, ao contrário daquilo que possam pen-sar ou desejar. Ou quem está à Direita, aoCentro ou à Esquerda e quem é quefavorece quem, nem que seja por arrasta-mento.

No âmbito partidário, em Coruche, jámuitas coligações se fizeram, ainda exis-tem outras, há transferências de votos deeleitos locais, que são discutíveis, aindaque legítimas, mas parece que o que faltaé falar e tratar das coisas a tempo e horas.

Se não existir diálogo, definição eacordo sobre projectos eleitorais comuns,cedências recíprocas, menos convenci-mento dos méritos próprios e mais dosalheios, ninguém sai donde está. Isso éum facto sabido. É isso que está emcausa, em Coruche, se bem me parece.Falo só por mim, neste caso concreto,pois o PSD, em Coruche, ainda nãotomou qualquer decisão a esse respeito epela sua estrutura local terá, sem qual-quer dúvida, de passar. É da sua com-petência exclusiva.

JC – O PS de Coruche tem acusadoo PSD de estar coligado com a CDU, oque pensa disto?

JMP – O PS, no que respeita a esteaspecto específico, e penso em quem porele fala e que por ele tem acesso à comu-nicação social, deveria ser mais contido epesar bem aquilo que diz. Sabe, melhordo que ninguém, que essa afirmação, alémde não ter consistência, é totalmentefalsa. Sabe, também, algo mais, comonós, que conhecemos bem a causa dosaborrecimentos locais do PS. Costumadizer-se que o caminho se faz caminhan-do, ou que com vinagre não se apanhammoscas, o que parece não lhes ser apli-cável, por enquanto.

Gostem, ou não, os responsáveis lo-cais do PS, com esse falso argumento, deque usam e abusam, não convencerão oseleitos do PSD a adaptarem o seu sentidode voto à medida das conveniências doPS. Os nossos eleitos sabem muito bem oque têm de fazer e, sobretudo, os motivosporque tomam as decisões que adoptam.Não votam às cegas, sem consciênciadaquilo que estão a decidir, ou a defender.

Apetece perguntar: quando o PS con-segue convencer um, ou mais, eleitos daCDU a votarem com o PS, coisa quemuito tem acontecido, tanto ultimamentecomo no mandato anterior, estará a fazerqualquer coligação com eles? Bom, ulti-mamente até parece que está.

Porque motivo é que não vão consul-tar, no caso de não se lembrarem, asActas da Assembleia Municipal desdeDezembro de 2002 para dizerem, publi-camente, que o PSD nunca votou contranenhum Orçamento ou Plano de Activi-dades apresentado pelo Partido Socia-lista? Estes é que constituem os docu-mentos fundamentais para o governo lo-

cal e o PS sabe muito bem que se o PSDtivesse votado, nalgumas dessas ocasi-ões, no mesmo sentido do que a CDU, oPS teria passado pela vergonha de ver assuas propostas reprovadas.

Penso que assim sendo, e é, o PSficaria bem melhor no caso de ser maisverdadeiro, em vez de fazer uma espéciede queixinhas, totalmente inconsistentese infundamentadas. As pessoas aper-cebem-se com facilidade das realidades,o que parece não terem ainda compreen-dido.

JC – Foi um dos milhares decoruchenses apoiantes da reposição dobusto do Major Luís Alberto de Oli-veira. O que achou da atitude dos de-putados municipais e do executivo aochumbarem a reposição da justiça aum grande filho da terra? É seu objec-tivo lutar pela sua reposição?

JMP – Fui e, se fosse hoje, voltaria aser! A atitude adoptada pela AssembleiaMunicipal é preconceituosa, tendo muitomais que ver com outras situações quetêm ocorrido fora de Coruche, do quecom aquilo que foi a vida do Sr. MajorLuís Alberto de Oliveira, pessoa que con-heci, pois eu deveria ter cerca de vinteanos quando ele faleceu. Não vou repetiragora os seus muitos méritos e quali-dades, uma vez que isso foi muito bemdesenvolvido por “O Jornal de Coruche”.Apenas quero recordar duas coisas:

– A primeira é que os eleitos do PSDna Assembleia Municipal o souberamreconhecer e publicamente votaram pelareposição do busto, sem recurso a ati-tudes dúbias;

– A segunda é que a leitura desa-paixonada da história, objectiva, da quefoi escrita por diversos historiadores donosso tempo, mostra bem como é difer-ente da realidade o quadro que traçaram,onde não cabe, manifestamente, o Sr.Major Luís Alberto de Oliveira.

É minha convicção que o tempo seencarregará de colocar a verdade no seudevido lugar e, por consequência, o bustoem local condigno na nossa terra. Semqualquer dúvida pessoal, sou pela repo-sição do busto, há meses e hoje, emboratenha desaparecido!!!

No futuro, estou certo de que conti-nuarei a sê-lo, porque a história escreve--se, interpreta-se, mas não se apaga e asconvicções existem, ou não. Por mim,voltarei a fazer e dizer o que fiz e disse.E mais farei e direi, se necessário for.

Quem não teve dúvidas em pronun-ciar-se pela reposição há alguns meses,porque razão iria agora mudar de atitude?Seguramente que o PSD voltará a tomara posição que já adoptou e espero quealguns eleitos do Partido Socialista, entreos quais o actual Sr. Presidente da Câ-mara, tenham oportunidade para explici-tarem o que pensam a esse respeito e,sobretudo, a serem justos relativamente aquem foi um dos maiores coruchenses danossa época.

____Entrevista de Abel Matos Santos

Foto de José António Martins

> continuação da página anterior

José Manuel Potier

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O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 31 • Novembro de 2008 7

O troço que liga Coruche aCanha há muito que necessi-tava de uma intervençãoprofunda, sendo desde há vá-rios anos uma reivindicaçãodo executivo municipal e dapopulação local.

Esta rodovia é muito utili-zada por transportes pesados, es-sencialmente com destino aoPorto de Setúbal.

António Rodrigues é moto-rista e circula inúmeras vezesna EN 251, ao volante do ca-mião TIR já apanhou algunssustos por causa da degrada-ção da via, “esta estrada nemparece uma estrada nacionalde um país europeu, é um mi-

lagre não terem acontecidoaqui mais acidentes graves!”.Este camionista diz-se satisfei-to com início das obras, apesardo incómodo que isso lhe vaicausar no trabalho.

O presidente da CâmaraMunicipal de Coruche diz quevaleu a pena alertar insistente-mente as entidades competen-tes, ainda assim o autarca su-blinha que esta intervençãopeca por tardia, “há muito quea EN 251 já devia estar repa-rada, é uma situação que te-mos denunciado desde há vá-rios anos, alertamos vezes semconta as entidades competen-tes para a urgência de obrasnesta via e agora finalmente

temos uma resposta efectiva”.Dionísio Mendes lembra

que Coruche tem neste mo-mento algumas das principaisestradas nacionais que servemo concelho em obras e que épreciso ter boa-vontade parasuportar alguns contratempos“as pontes sobre o vale do Sor-raia estão a ser reparadas erequalificadas, agora é a EN251, destes trabalhos resultamincómodos para a população,mas temos que pensar que éuma situação passageira eque depois de concluídas asobras, somos nós que vamosbeneficiar com as estas me-lhorias”.

____

O atleta José Carvalho daSilva da Associação Desporti-va Strix Bike Team, rumou nopassado dia 13 de Julho à 5.ªProva Taça de Portugal marato-nas em Cantanhede e seguida-mente aos Campeonatos Nacio-nais de CrossCountry (XC) nodia 19 e 20 de Julho em Soa-lhães, Marco de Canavezes.

Num ano em que se tem tor-nado difícil a presença da equi-pa em provas mais distantes, eem que o azar tem batido à portados atletas e especialmente doJosé Carvalho da Silva a partic-ipação nestes dois eventos erade certa forma apenas um teste efoi encarda com um treino.

Na maratona de Cantanhedeesperava-o 80km de trilhos tãoduros quanto belos e seguindoas regras a Federação portugue-sa de Ciclismo o atleta viu-se

relegado para os últimos lugaresda grelha de partida o que lhedificultou a tarefa com ultrapas-

sagens, e perdas de tempo em“single tracks”.

Ao cortar a meta trazia con-sigo um excelente 7.º lugar dageral com o tempo de 03:38:19e com o 1.º lugar da sua classe,veteranos A.

Dia 19 de Julho em Soalhães,Marco de Canavezes, pelas 15horas, deu-se início à prova doCampeonato Nacional de CrossCountry escalão veteranos A,com presença do José Carvalhoda Silva. Esperavam-os 4 voltasa um circuito duríssimo, de gran-de nível e debaixo de um calorabrasador.

Com uma saída menos feliza primeira volta ao circuito eracompletada na 8.ª posição.

A partir desse momento ini-ciou-se uma recuperação fantás-tica tendo alcançado a medalhade bronze e o respectivo 3.º lugarno pódio.

Estrada Nacional 251Estrada Nacional 251em obras… finalmente!em obras… finalmente!

Atleta coruchense da Strix BikeTeam brilha em provas nacionais

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O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 31 • Novembro de 20088

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NOVEMBRO 2008

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C B A D C

1. Vou ficar “forte” se fizermusculação (leia-se treino deforça).

Talvez sim, talvez não. De-pende de muitos factores, comoa programação do treino, quemo orienta e dirige, regime ali-mentar, do potencial genético decada um para a hipertrofia mus-cular, sono, gestão do stress, en-tre outros.

Algumas pessoas têm umpotencial óptimo para o aumen-to da massa muscular e não sa-bem que o têm. Só há uma for-ma de saber se temos esse po-tencial ou não – treinar!

No entanto, é de referir quenão é só o treino de força brutoe acéfalo que nos faz desenvol-ver a capacidade de produzirforça ou aumentar a dimensãomuscular.

Existem muitas outras for-mas mais desafiantes e inteli-gentes de o fazer.

2. Não faço treino compesos, as máquinas são melho-res e mais seguras.

As máquinas são realmentemais seguras, mas não são ne-cessariamente melhores. Talvezem fases iniciais de treino até secompreenda, dado a segurançaque apresentam e as limitaçõesque algumas pessoas podemapresentar. No geral as máqui-nas limitam o movimento, não

permitindo que se trabalhe acoordenação motora.

O nosso corpo permite umaliberdade total de movimento,estar a treinar em planos limita-dos de movimento, é estar a con-dicioná-lo.

Embora já existam máquinacom uma liberdade muito gran-de de movimentos.

Os pesos livres (vulgo hal-teres) embora sejam mais difí-ceis de manobrar, permitemmaior liberdade de movimento erequerem maior controlo. Istopermite melhores adaptações nosistema nervoso, ao nível docontrolo motor.

Hoje em dia existem tantosoutros materiais, para além dasmáquinas e pesos que permitemque o treino completo.

3. Vou treinar para trans-formar a minha gordura emmúsculo.

Infelizmente esta ideia aindapersiste. Para que fique claro,gordura não se transforma em

músculo, nem o músculo emgordura. Desde o nosso nasci-mento até ao final da nossa vida,mantemos quase o mesmo nú-mero de células gordas (adipóci-tos). Elas apenas aumentam oudiminuem de volume, tendo emconta os nossos estilos de vida.

O treino, conjugado comuma alimentação adequada (depreferência com o acompanha-mento de um nutricionista) per-mite uma melhoria incrível nacomposição corporal, seja paraefeitos de perda de peso, tonifi-cação ou ganhos de massa mus-cular.

4. Hoje vou fazer exercíciospara reduzir a gordura que te-nho na barriga.

Reduzir a gordura localizadaou concentrada numa determi-nada região corporal não é pos-sível.

Não podemos seleccionar aregião onde queremos perdergordura (apenas via cirurgia plás-tica, mas os resultados, por ve-zes, não são muito estáveis).Perdemos gordura quando quei-mamos mais calorias, é tão sim-ples quanto isto.

Treino cardiovascular e for-ça muscular, são as melhores for-mas para o conseguir. Depois édeixar o nosso corpo actuar porsi, e decidir onde reduzir as gor-durinhas incómodas.

5. Nos ginásios comunscanso-me muito, prefiro fazer“ginástica passiva”.

Nem sei por onde começar.Primeiro, já sabem qual é a mi-nha opinião sobre o termo “gi-nástica”, quando se trata de rea-lizar exercício, depois associar otermo “passiva”?!?!

Ginástica motorizada passi-va, que é utilizada nalguns giná-sios e clínicas de estética, é umatentado como forma de treino

(excepto na reabilitação física)!Para que fique claro. Porquê?

Porque não permite movi-mentos voluntários, impedindoque o nosso sistema nervosocontrole o nosso corpo por nós.Isto reduz a funcionalidade donosso corpo, e quanto menosfuncionalidade ele tiver, menosautónomos nos tornamos.

Com os estilos de vida, cadavez mais sedentários, que carac-terizam as nossas sociedadesocidentais, torna-se necessárioencontrar estratégias para quenos tornemos ou mantenhamosfuncionais e autónomos, dado oaumento da esperança média devida.

Essa estratégia é o movimen-to voluntário e não passivo. Dei-xem a preguiça, não deixem quealgum aparelho faça o exercíciopor vocês, sejam vocês mesmosa participarem activa e volun-tariamente no vosso treino.

Por tudo o que acabei de des-mistificar, a minha mensagem éa seguinte: dêem uma oportuni-dade ao vosso corpo.

Juntem ao treino o regimealimentar que melhor resultadovos dará.

Até breve. Bons treinos.

____

Lic. em Ciências do Desporto

Pedro Asseiceira

SAÚDE E DESPORTO

Os mitos mais comuns do Fitnessparte I1

Nesta segunda parte pretendo continuar a desmistificar algumas das ideias mais comunsrelativamente ao exercício para a condição física e para a saúde.

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O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 31 • Novembro de 2008 9

Quando o Senhor Directorme convidou a fazer um peque-no artigo para uma data especí-fica, aceitei na convicção de queseria uma situação pontualíssi-ma que não teria mais de opinarsobre este ou aquele momento,este ou aquele assunto pontofinal paragrafo travessão.

Aos poucos comecei a perce-ber que o meu Amigo ZT tornou“isto” um habito e se preparavapara “me profissionalizar” e ain-da por cima deu um nome à mi-nha croniqueta “PENSAR AVIDA” que não é fácil não!Pois… Porque escrever sobre avida dos outros não é educado,não é de bom-tom, não é honesto!NÃO O FAÇO. Pois… Então eporque não escrever sobre daminha vida? – Bem… da minhanão falo porque não quero, por-que vocês não têm nada comisso e porque não me apetece,PRONTOS.

Optando por não escreversobre a tua nem a minha vida, sóvi uma solução, falar da Vida, deuma Vida Colectiva que a todospertence e que ainda está namemoria da maioria dos da mi-nha geração, ou melhor, da sac-rificada geração de 40 do séculopassado. Porque o vagar me so-

bra dedico grande parte do meutempo a percorrer os vastos ca-minhos da net e por ai me vouencontrando com Homens eMulheres que escreveram comsangue, suor e lágrimas o direitoa que o seu nome figure na His-toria de Portugal ainda que,infelizmente alguns como Sol-dados Desconhecidos.

Durante muitos anos, foi umassunto que os políticos e os in-fluentes homens deste País trans-formaram em tabu. Não sou, nempretendo ser Sociólogo ou outracoisa qualquer para discutir oporquê deste ostracismo, massinto que tenho o direito de lem-brar que, se algo mudou emPortugal há trinta anos, tambémse ficou a dever à conscienciali-zação dessa juventude que emdeterminada altura soube dizerbasta! Mas este meu pequenoapontamento tem uma outraintenção que não politica, nãoquero discutir, nem é discutívelse aquela ou outra guerra qual-quer é justa! NÃO!

Tento sim aproveitar a opor-tunidade que me é dada peloSenhor Director para chamar aatenção das várias entidadesdesta terra que pelo menos pes-quisem na net e tomem o exem-

plo do que tem sido feito porCâmaras Municipais, algumasdo nosso Distrito, no sentido deHomenagear os seus mortos. ex.Almeirim, Chamusca, VendasNovas, Vila Velha de Ródão,Gondomar, etc., etc., etc.

Nós por cá todos bem obri-gado, uma simples pedra demármore meio escondida naentrada do edifício da CâmaraMunicipal, com os nomes já umpouco sumidos, sem mais qual-quer identificação que um sim-ples nome que a muita gentehoje já nada diz, vamos ficandona vergonha de mostrar quetambém tivemos os nossos mor-tos e que acima de tudo temosobrigação de os HONRAR.

Como dizia acima, o meuvagar tem-me permitido fazervárias buscas o que me permiteter um vasto leque de elementosque teria algum interesse.

Deixo aqui a todos os inte-ressados um apelo, não esqueçamos vossos colegas e amigos e seo pretenderem contactem-nosatravés do Jornal de Coruche.

Um abraço.

A máquina de lavar loiça éum electrodoméstico cada vezmais comum nas residênciasportuguesas. No sector residen-cial, representa cerca de 3% dototal de energia eléctrica con-sumida de cada mês.

Em Portugal, na grandemaioria das casas onde se uti-lizam máquinas de lavar loiça,são as próprias máquinas aaquecer a água através de umaresistência eléctrica. Isto repre-senta um elevado consumo deelectricidade, tendo também oinconveniente de aquecer a águamuito lentamente e por issoobrigar a que as máquinas este-jam a funcionar durante maistempo.

Existem máquinas prepara-das para receber água pré-aque-cida, evitando a necessidade daresistência eléctrica. Estas má-quinas permitem poupar umaquantidade significativa de ener-gia se o nosso sistema de aquec-

imento de água for através decolectores solares. No entanto,teremos de exigir aos fabri-cantes de electrodomésticos quedisponibilizem equipamentoscom estas características, aindapraticamente inexistentes nomercado.

No acto na compra devemosescolher os equipamentos emfunção da classe de eficiênciaenergética, optando por modelos

de classe energética A. Estesmodelos consomem cerca demetade da energia consumidapor modelos mais antigos.

A fase de aquecimento dasmáquinas de lavar é aquela emque se consome mais energia.Por exemplo, numa máquina delavar roupa, o programa a 60ºCgasta 55% mais energia do queo programa a 40ºC. Além dissoos detergentes disponíveis no

mercado já permitem lavar aroupa a baixas temperaturas.

Para poupar energia quandoutilizamos este equipamento,basta por em prática uma sériede conselhos simples, tais co-mo:

– Utilize a máquina de lavarroupa sempre com a carga reco-mendada. Se precisar de lavarpouca roupa, utilize a função“meia-carga”, mas tenha emconta que o consumo eléctriconão diminui para metade, poisuma lavagem com carga com-pleta é mais barata do que duascom meia carga.

– Separe a roupa consoante otipo de tecido e o nível de suji-dade, escolhendo para cadagrupo de peças o programa maisadequado.

– Limpe regularmente o fil-tro e o distribuidor de detergen-te, dado que as impurezas e ocalcário acumulados dificultama descarga de água.

– Não utilize demasiadodetergente uma vez que umaboa lavagem não depende daquantidade de detergente uti-lizado mas sim da utilizaçãocorrecta da máquina de lavar, doseu desempenho e da dureza daágua.

– Em caso de uma inactivi-dade prolongada da máquina delavar, desligue a ficha da toma-da de corrente, feche a torneirade alimentação de água e deixea porta entreaberta.

– A função programação dalavagem, permite programar ahora de início de cada lavagem,o que é útil para quem tenhaaderido à tarifa bi-horária deelectricidade uma vez que oconsumo é mais barato nashoras de vazio.

Poupar é fácil, não custanada e o ambiente agradece.

____* Jurista na DECO

Delegação Regional de Santarém

Poupança de Energia Eléctrica– MÁQUINAS DE LAVAR LOIÇA – Marta Costa Almeida *

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DELEGAÇÃO NO BISCAÍNHO

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 31 • Novembro de 200810

Estão onze graus às seis horas da manhã. Coruche aindadorme. Os primeiros sinais de um novo dia acontecemainda durante a noite nos bastidores do MercadoMunicipal.Caixotes de hortaliças, batatas, frutas e paletes de peixeesperam já pelos vendedores habituais.Do outro lado da rua, a vila começa também a ganharvida. As luzes acendem-se dentro dos cafés.Levantam-se as cortinas e baixam-se os toldos.Os jornais diários e as revistas são descarregadosnas bancas e há até quem espere ansiosamentepara folhear as primeiras páginas.

Nos bastidores do mercado

É quinta-feira e o mercportas uns minutos an

A primeira banca a seré a do peixe fresco.

Fotos de Laura Macedo

Laura MacedoJornalista

G R A N D E R E P O R T A G E M

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O senhor António Marques faz os últimos preparospara começar um novo dia de vendas que, segundo diz, “sãomuito ruins hoje em dia”. Lulas, robalos, peixe-espada,douradas, carapaus, acumulam-se na banca à espera dosprimeiros clientes. Hoje em dia só começam a chegar a par-tir das nove ou dez horas da manhã. Mas o Sr. Marquesqueixa-se de que “são cada vez menos, aparece gente masnão é igual ao que era”. “Há dez anos atrás” – continua –“as vendas começaram a cair. A crise também ajuda, opoder de compra é mais baixo.”

Felícia Luís vende há vinte e dois anos neste mercado erefere que, para além da crise, os supermercados tambémvieram tirar clientes. “Aqui a fruta e as hortaliças têm maisqualidade, mas no supermercado, como podem comprartudo de uma vez, acabam por não ligar nem à qualidadenem aos preços. Muitas vezes pagam o mesmo que aqui oumais caro”. Mas nem todos os clientes o fazem.

Para bem da manutenção do mercado, ainda há quemprefira o mercado tradicional às prateleiras e corredores dasgrandes superfícies. Domingas Galvão é cozinheira no res-taurante O Rossio e vem ao mercado todos os dias. “Gostode vir aqui, os produtos são mais caseiros”, diz.

À sexta-feira faz as compras maiores para o restaurante,nos outros dias da semana, atravessa a rua para vir buscaraquilo que fizer falta.

Na banca em frente está Maria Antónia Conceição,uma alentejana do Redondo que assentou praça em Coruchehá 54 anos. Maria Antónia não vem para aqui pelo dinheiro.Durante a semana as vendas são muito fracas. Os dois eurose meio ou cinco euros que factura por dia não compensa ostrinta e oito euros que paga mensalmente pela banca. Mas éo seu passatempo, confessa – “eu estou sozinha, sou viúva,e prefiro vir para aqui do que ficar enfiada em casa. Aomenos aqui distraio-me com alguém que vá passando efalando”.

Três bancas montadas e um cliente rara a vez fazem osdias de semana do mercado. Só ao Sábado o ritmo é outro.O silêncio das manhãs de semana acaba e ouve-se oburburinho das conversas, e sentem-se os cheiros mistura-dos das verduras, do peixe, dos queijos e as cores enchempor completo as bancas do mercado.

Maria Espadaral vem quase todos os sábados porque“gosta mais de vir aqui”. Também vai aos supermercados,mas é na praça que compra “sempre as hortaliças e os fran-gos porque os produtos são melhores”, refere. A maioria daspessoas queixa-se dos preços, mas Maria Espadaral nãoconcorda, “agora tudo é caro, por isso, prefiro compraraqui que é tudo caseiro e fresco.”

“Aqui é tudo nosso! As couves, as nabiças, os repolhos,alho francês…isto são tudo coisas nossas! Laranjas, pimen-

tos, cenouras, feijão verde, é tudo da nossa produção!”,grita Maria Germínio detrás da banca onde vende há catorzeanos. “As pessoas queixam-se dos preços, mas temos quecomprar adubos, pesticidas, estrumes, gasóleo para ostractores…”. O produto tem que fazer render os custos daprodução.

Maria Guilhermina tritura salsa enquanto justificatambém os preços mais altos. “Dantes vendíamos uma coisapor cem escudos, agora vendemos por um euro. É o dobro.O adubo também aumentou. É tudo mais caro! Nãopodemos vender muito barato, senão mais vale estarmosquietos.” Já com os seus setenta e poucos anos vem venderna praça há cerca de quarenta. Agora vem só aos sábadosporque, segundo diz, “já não vale a pena vir nos outrosdias”. “No princípio” – recorda – “quando chegava, já nemtinha banca porque estavam todas ocupadas! Mas agora hámuito menos clientes e os próprios vendedores deixam de vir”.

Alguns vendedores deixam de vir porque não têm lucro,outros vêm por amor à camisola.

Às onze horas da manhã, Cristina Brasileiro já vendeuquase tudo. Restam-lhe apenas algumas abóboras para esva-ziar a banca. A avó vendia aqui há 47 anos e um dia Cristinateve que substituí-la. Ganhou-lhe o gosto e continuou a virjá lá vão dois anos. “Gosto de vender, contactar com as pes-soas, ter experiências novas, vivências novas”, são algumasdas razões porque Cristina começou a vender na praça.“Agora já não consigo abandonar isto” – diz com um bri-lho nos olhos e um sorriso nos lábios.

Uns vêm por gosto, outros para passar o tempo, outrospor necessidade. Enquanto houver vendedores, haverá sem-pre um cliente a preferir o tradicionalismo, o cheiro e a nos-talgia do mercado.

Haverá sempre um novo dia a começar ainda noite e aacordar a vila de Coruche.

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 31 • Novembro de 2008 11

cado abre asntes das sete.

r preenchida

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Encontro com a Escola deFutebol Sintrafoot

No passado dia 18 de Outubro asequipas de Infantis e Escolas da ADC,participaram num encontro que se reali-zou no campo dos “Recreativos do Al-gueirão” com as equipas da Sintrafoot.

Participaram no encontro 60 jovensatletas, numa jornada de grande conví-vio a jogar futebol.

Encontro com a EscolaAcademia Sporting de

Corroios

Realizou-se no dia 26 de Outubro,no Estádio Municipal Prof. José Peseiroem Coruche, a partir das 15h00, um en-contro entre as equipas de Minis, Esco-linhas, Escolas e Infantis da ADC e asequipas da E. A. Sporting de Corroios.

Nesta grande festa de Futebol e con-vívio participaram cerca de 120 crianças.

Competições em Novembro

1 de Novembro – Encontro com aEscola Academia Sporting de Setúbal,com as equipas de Infantis, Escolas eEscolinhas. O Encontro realiza-se emSetúbal a partir das 15h00.

22 de Novembro – Encontro com oSport Lisboa e Benfica, com as equipasde Infantis, Escolas e Escolinhas.

O Encontro realiza-se no Estádio daLuz em Lisboa

AAccttiivviiddaaddeess ddaa AAccaaddeemmiiaaDDeessppoorrttiivvaa ddee CCoorruucchhee

A ADC continua as actividades da Escola de Futebol com cerca de 70 criança emactividade semanal. Para além das sessões semanais de ensino-aprendizagem etreino de futebol, as turmas realizam competições sobre a forma de Encontros.

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 31 • Novembro de 200812

O Rancho Folclórico Regional do Sorraia, acaba de lançar o seu novoCD - Danças e Cantares.Dançares e Cantares é composto por dezasseis animadas faixas, quecertamente alegraram tos os amantes e simpatizantes de Folclore.O Rancho Folclórico Regional do Sorraia formou-se a 13 de Junho de1965.Como é apanágio de todo e qualquer agrupamento de folclore, temcomo objectivo divulgar as características tradicionais de um povo deuma determinada região.O Rancho Folclórico Regional do Sorraia, como é seu timbre, tem man-tido firmes e inalteradas as características tradicionais do povocoruchense. Tem como danças características, viras, verde gaios,fados, fandango, corridinhos, passo largo, passe catre e bailaricos.

Rancho Folclórico Regional doSorraia lança novo CD musical

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O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 31 • Novembro de 2008 13

A bela situação a que chegamosJoão José Brandão Ferreira

Jornais e televisões ingleses,em passado recente, davam con-ta das conclusões de um estudoencomendado pelo Ministérioda Defesa Britânico mandadoefectuar na sequência de se terverificado a desistência de cercade um quarto dos voluntáriospara as Forças Armadas de SuaMajestade durante a recruta.

O estudo concluiu e o res-pectivo Chefe de Estado-Maiordas Forças Armadas (CEMG-FA), corroborou publicamente,que a dificuldade de retençãodos candidatos a militar (numregime muito louvado de volun-tariado puro…), se resumia nadificuldade que os mancebosactualmente têm em “aguentar”a disciplina castrense.

Tal é fruto da evolução dasociedade, que faz com que osjovens cheguem à idade adultasem qualquer tipo de organiza-ção mental, hábitos de trabalho,disciplina de vida, referências

morais sedimentadas, nem dis-pensarem uma panóplia variadade cómodos e artefactos de di-versão (por exemplo terem umtoca CD’s no quarto), e reagi-rem muito mal a que se lhes ele-ve a voz.

E afirmava pesaroso o CEMG-FA (nós ouvimos): “os jovenschegam até nós, sem qualquertipo de respeito ou deferência”.E acrescentava, que dadas as fa-cilidades actuais, jovem que seaborreça na recruta, telefonapara casa (por telemóvel obvia-mente) e a sua mãezinha vem deimediato buscá-lo!

E por isto tudo, o relatóriorecomendava que se abrandassea disciplina, facilitasse a vidaaos recrutas, se melhorassemum certo número de instalaçõese da parafernália electrónica e,“last, but not least”, se melho-rasse o acesso aos preservativosalargando generosamente a dis-tribuição das respectivas máqui-

nas! No fim, o malfadado gene-ral (mais um a fazer o frete),sossegou os seus concidadãosafirmando que tudo se iria fazerpara que o produto acabado, nãoperdesse a qualidade. Presume-se, é bom de ver, com a ajuda doHarry Potter!

Ora aqui temos mais umexemplo desta desgraçada civi-lização ocidental, desta vez pelamão da velha Albion, que dis-põe (ainda) de um dos melhoresexércitos do mundo e onde sesuporia habitarem mentes maisatinadas.

É que, de facto, e lamenta-velmente o relatório em vez deapontar as causas profundas ebastas que levaram a este estadode coisas e os remédios para asmesmas (que são da responsa-bilidade de todo o governo e nãoapenas do ministro da Defesa),se limita a constatar com fatali-dade a triste realidade e a proporacções sobre os efeitos. O que

só irá agravar as causas e afastarpara as calendas gregas a reso-lução dos problemas.

Daqui a pouco tempo surgiráoutro estudo a propor qualquercoisa do género: quartos paraunidos de facto; casas de banhopara homossexuais, heteros-sexuais, transexuais, mistas, bi eoutras que se inventem; cama-rões grelhados para o lanche;shows de strip antes do recol-her; massagens após a instruçãode “aplicação militar” (leve);intervalos obrigatórios nos exer-cícios, para o pessoal poder tele-fonar à namorada(o) etc.

Um etcetera que apenasencontrará limites na degrada-ção da coluna vertebral (vulgocarácter) dos envolvidos e, cla-ro, no dinheiro disponível. To-davia pensamos, que tudo isto sóse irá inverter quando houverum susto grande e se, nessa al-tura ainda houver capacidade dereacção.

O assunto é grave e não selimita a um ou dois países: vaido Atlântico aos Urais e por issoé de muito mais difícil resolução.

É uma espécie de fim do im-pério romano, que acabou porcair quando os cidadãos romanosdeixaram de querer defender acidade e contrataram “bárbaros”para protegerem as suas fron-teiras.

Os bárbaros, ao fim de al-gum tempo, e já que estavam ládentro, acabaram por tomar a ci-dade.

Quando uma qualquer triboaguerrida de “tártaros” se aper-ceber deste estado de coisas echegar à fronteira, bastar-lhes-àlevantar a cancela (se esta aindaexistir ou não tiver sido abertaantes), e tomar conta de terri-tório e populações, sem dispararum tiro. É, apenas, uma questãode tempo.

____

OPINIÃO

TCor Pilav (Ref)“O único local em que o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário”

Lema da Escola de Karate Shotokan da AEIST

No Sábado, dia 4, a prova destinou-se aos mais novos, como estímulo eincentivo à juventude para fomentarjunto das camadas jovens a práticadesta bela modalidade. Marcaram pre-sença 8 jovens, distribuídos por váriosescalões consoante a idade.

No dia 5, Domingo, o Encontroera aberto a todos e contou com a par-ticipação de cerca de duas dezenas emeia de pescadores, não apenas deCoruche, e da Erra, mas também deoutras terras, como Marinhais, Salva-terra de Magos, Montijo, Benavente.

O grande vencedor da prova foiLuís Abalada, de Marinhais. A organi-zação ofereceu a todos os participan-tes um almoço de confraternizaçãopiscatória nas instalações da sua sedesocial, com febras na brasa, sardinhaassada, pão e vinho da região. No fi-

nal, houve prémios para todos (sis-tema de prémios à escolha).

O Coordenador-geral do evento,João Marçal, em declarações ao nossojornal, disse que a Casa do Benficaestá empenhada em contribuir para a“revitalização e fomento da práticada pesca desportiva”, tendo feito, nosúltimos anos, um grande esforço em“criar uma dinâmica nesse sentido”,sobretudo sem perder de vista o “fo-mento da modalidade junto das cri-anças, adolescentes e jovens”.

João Marçal lembrou ainda queCoruche é uma terra ribeirinha, delargas tradições de convívio com orio, onde há o “gosto pela pesca des-portiva e que, tendo pergaminhosnesta modalidade, não se pode dar aoluxo de perder esse estatuto”.

____

4º Convívio Piscatório

da Casa do Benficaem CorucheA Casa do Benfica em Coruche organizou mais umConvívio Piscatório, que teve lugar nos dias 4 e 5 deOutubro, no Rio Sorraia, junto à Vila de Coruche.

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Devo confessar que tenteipor mais de uma vez fugir aotema que vai marcar toda aagenda do mês de Novembro,tentei mas não consegui, os de-dos, o teclado foram mais fortesque a cabeça. O inevitável paratodo este mês é evidentemente aEleição Americana, polvilhadocomo não podia deixar de sercom a omnipresente crise. Masestas não são umas eleiçõesquaisquer, estão rodeadas devárias condicionantes que astornam “especiais”, extraordi-nariamente especiais. A come-çar pelos candidatos, um filhode um estudante emigrante que-niano, negro. O outro um rebel-de dentro do seu próprio par-tido. Depois porque presencia-mos vários indícios, que nosobrigam a concluir que a posi-ção relativa das Nações no con-texto geopolítico está a sofreruma profunda transformação.

Os Estados Unidos da Américatêm enquanto supremacia inter-nacional os dias contados, per-deram a hegemonia, emboraainda com um poder militarinigualável (atolado no Iraque),perderam poder económico coma crise e poder político comBush. A China posiciona-se paradisputar essa hegemonia, masnão podemos esquecer a Índia ea Rússia que periodicamente erevigorada pelo fôlego petro-lífero volta a dizer que está pre-sente. Energicamente presente.De estranhar, ou não, é a falta decomparência da União Euro-peia, mais preocupada com asua característica geometria var-iável, em que os vários países sevão ajustando ao sabor do mo-mento. Na América do Sul, te-mos Chavez enquanto o petró-leo durar e o Brasil, mas nadaque possa comprometer os joga-dores habituais. Em Áfricanada. Mesmo nada. Bem. Podenão ser bem assim, se Obamaganhar, um neto queniano tomao cargo que durante décadas foiconsiderado o líder mais pode-roso do mundo, ou mesmo o

líder mundial. (se pensarmosque há apenas quatro anos, meioPortugal simpatizava com Kerry,só porque a esposa era neta deportugueses, está feita a avalia-ção)

São estas algumas das cir-cunstâncias que revestem a es-pecificidade das eleições de dia4. As múltiplas e rápidas mu-tações num país como os Esta-dos Unidos são deveras interes-santes, se pensarmos que aindahá cinquenta anos atrás existiasegregação racial, e nas actuaiseleições, um negro é o favoritona corrida à Casa Branca, sepensarmos que o nosso país foio primeiro do mundo a abolir aescravatura, podemos facilmen-te aferir da diferença de dinâmi-ca que existe nas sociedadesentre os dois lados do Atlântico.

McCain perdeu as primáriaspara Bush e depois engoliu umsapo tamanho do mundo, vivo,para o apoiar, são elucidativasas imagens em que é um homemcabisbaixo, sem chama, semalma que publicamente apresen-ta o seu apoio ao candidato re-publicano. Obama foi selec-

cionado para durante a fasecrítica das últimas eleições, serorador durante a campanha deKerry, com um discurso infla-mado, cheio de garra, entusias-mado e entusiasmante, com lá-grimas e aplausos na assistên-cia, tão marcante que quatroanos depois é ele candidato.

Ainda que durante a recentederrocada dos mercados finan-ceiros as atitudes tenham sidoopostas, em que tivemos umMcCain efusivo e um Obamafrio e calculista, foi tudo istofruto das posições relativas emque cada um se encontra na cor-rida eleitoral.

Obama representa a esper-ança na América, McCain repre-senta a revolução da América. Éque McCain é tudo menos umtípico conservador. Em toda asua carreira politica tomouposições que não espelhavam aideia vigente no seu partido, oque demonstra coragem e olhospostos no horizonte, demonstraprincípios, valores e principal-mente argúcia. McCain deviater sido o eleito há oito anos, se-rá agora tarde demais? Ironica-

mente se tivesse sido McCain,agora não havia Obama. Nóspodemos mudar, é o slogan, amesma matriz de Kennedy daAmérica segregacionista, Oba-ma, simboliza em si mesmo osonho americano, a raiz identi-tária da cultura americana, seráisso suficiente?

Não é fácil a missão que seafigura para quem quer que sejao futuro Presidente Americano,para os Estados Unidos o que seaproxima é o declínio, uma no-va ordem, novos hábitos commenos vícios, para o cidadãocomum americano isto é incon-cebível, até porque para grandeparte deles o Mundo é a Amé-rica. Levantar um país do chão,faze-lo renascer das cinzas, é ahercúlea missão do futuro ho-mem quase mais poderoso doplaneta. O perfeito seria alma ea garra de um candidato, e aexperiência e pragmatismo dooutro. Para o Mundo inteiro Oba-ma já ganhou, mas e se McCainperder?

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 31 • Novembro de 200814

* Lic. em Economia

Pedro Boíça *

OPINIÃO

Na América

Cartório Notarial – CorucheAna Claro de Almeida

Ana Fernanda Claro de Almeida, Notária, certifico, narrativamente, para efeitos de publi-cação, que no Cartório Notarial de Coruche, sito na Rua dos Guerreiros, n° 15, no livro denotas para escrituras diversas número Três - A, a folhas cento e nove e seguintes, foi lavra-da uma escritura de justificação notarial, pela qual ANTÓNIO DOMINGOS MARQUESe mulher MARIA GABRIELAALBERTO MARQUES, casados sob regime da comunhãogeral, ambos naturais da freguesia e concelho de Coruche, residentes na Rua São João deDeus, lugar e freguesia de Biscainho, concelho de Coruche, declararam que são donos e legí-timos possuidores com exclusão de outrem, do prédio a seguir identificado, da freguesia deBiscainho, concelho de Coruche: URBANO, sito na Rua de S. Pedro, composto por ter-reno para construção, com a área de oitocentos e cinquenta e nove vírgula cinquenta e ummetros quadrados; a confinar do norte com Rua de S. Pedro, de sul com Paulo Maria Soares,de nascente com Florência Domingas Sousa Silva, e de poente com Idalina AlexandreMarques Bento, inscrito na matriz sob o artigo 1090, com o valor patrimonial tributável do29.900,00€, ao qual atribuem igual valor, e ali inscrito a favor do justificante marido AntónioDomingos Marques. Que o prédio não se encontra descrito na Conservatória do RegistoPredial de Coruche.

Que os justificantes, não são detentores de qualquer título formal que legitime o domíniodeste prédio, o qual veio à sua posse por doação feita ao justificante marido, pela formameramente verbal, por seus pais António Mendes Marques e Ludgera Domingos, presente-mente já falecidos, e ao tempo residentes no lugar e freguesia dita de Biscainho, por volta doano de mil novecentos e setenta e cinco.

Que, dado o modo de aquisição, não têm os justificastes possibilidades de comprovarpelos meios normais o seu direito de propriedade perfeita, mas a verdade é que são eles ostitulares de tal imóvel, pois dele têm usufruído, limpando-o, demarcando-o, e nele efectuan-do as reparações necessárias no gradeamento, pagando impostos, há mais de vinte anos, inin-terruptamente, com o conhecimento de toda a gente e sem a menor oposição de quem querque seja, sendo por isso uma posse contínua, pública e pacífica, pelo que o adquiriram porusucapião.

Que, dadas as enunciadas características de tal posse, os justificantes adquiriram o men-cionado prédio, por usucapião – título este, que, por natureza, não é susceptível de ser com-provado pelos meios normais.

ESTÁ CONFORME O ORIGINAL

A Notária,(Ana Fernanda Claro de Almeida)

NOTARIADO PORTUGUÊS

“O Jornal de Coruche, n.º 31 de 1 de Novembro de 2008”

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A iniciativa de divulgação, comercializa-ção e confecção da carne brava levada a cabopelo Jornal de Coruche e pelo Talho doManel, tem sido um sucesso, existe grandeprocura, quer no talho, quer nos restaurantes,nomeadamente, por parte de forasteiros.

Assim sendo o Talho do Manel conti-nuará a ter carne brava nos primeiros fins-desemana de cada mês.continua assim a apostacomercialização e na confecção da mais bemacabada e ecológica das carnes, como diz onosso escriba tauromáquico e gastrónomoDr. Domingos da Costa Xavier.

Também durante os dias das festas, oTalho do Manel terá à venda Carne Brava,aproveite assim o vale de desconto que seencontra no seu Jornal de Coruche.

Carne Brava de volta ao talhoe aos restaurantes

no 1.º fim-de-semana de Novembro

Restaurante A Tasca - Coruche- Aba de hortelã com repolho- Bifinhos Bravos com cogumelos- Bifinhos Bravos de Cebolada- Grelhados Bravos

Restaurante o Choupo - Montinhos dos Pegos- Miminhos de Toiro- Capote de Toiro

Restaurante Ponte da Coroa - Coruche- Chã de fora de Novilha Brava estufada no tacho

Café Restaurante Amorim - Salgueirinha- Cozido de Carnes Bravas, sexta-feira

(Sábado e Domingo por encomenda)

Restaurante O Rossio - Coruche- Costeletas e espetadas de Novilha Brava no carvão- Lagarto Bravo com cogumelos e pimentos

Restaurante O Farnel - Coruche- Rolinhos Bravos com rosmaninho- Bife à Victor Mendes- Bravo e Mar- Grelhada Mista Brava na telha

Restaurante Os Maias - Couço- Mão de Vaca Brava com grão

sexta-feira e sábado ao almoço- Rabo e Chambão de Novilha Brava estufado

sexta-feira e sábado ao almoço

Restaurante o Campino - Coruche- Bife à Corugália de Novilha Brava

Café Restaurante o Cantinho- Massada de vaca brava

sexta-feira ao almoço

A Quintinha- Carne Brava estufada com arroz de amêndoas

e pinhão

Restaurante Gran'Gula- Medalhão Bravo e cogumelos silvestres,

com espetadas de batata e puré de maçã

Restaurante Sal e Brasas– Coruche e Lisboa

Todos os dias do mês, o prato que é apresentado narubrica do JC “Receitas de Carne Brava”, este mês deNovembro – Carne Brava à Brasileira

Uma sugestão:Se vai à Mealhada comer leitão, se vai a

Almeirim comer sopa da pedra, se vai à beira-marcomer peixe grelhado, porque não vir às Festasem Honra de Nossa Senhora do Castelo experi-mentar deliciosos pratos de Carne Brava.

Aproveite ainda o vale de desconto de 2€ queo Talho do Manel oferece na compra de 15€ decarne brava. É só procurar o vale no Jornal deCoruche.

José António Martins

VALE 2€na compra de 15€

de Carne Brava

VEJA ONDE PODE SABOREARCARNE BRAVA

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 31 • Novembro de 2008 15

Telm. 91 25 37 181Telef. 243 675614

Mercado MunicipalCORUCHE

DESTAQUE O VALEe venha ao Talho do Manel

comprar carne com desconto.

Se preferir basta-lhe apresentereste seu jornal.

Almoço deconfraternizaçãoA Paróquia de Coruche vai promover umalmoço de confraternização, comemorati-vo dos 50 anos da inauguração da Igrejade São João baptista, no salão do Monteda Barca, no próximo dia 23 de Novem-bro, a seguir à Eucaristia Solene das11h30, ou seja, pelas 13h30, com a pre-sença do Sr. Arcebispo de Évora, D. JoséAlves.

As pessoas interessadas em participardevem inscrever-se no Cartório Paroquialda Igreja, (telefone 243 675 615) contri-buindo com a quantia de 12 Euros porpessoa. As inscrições devem ser feitas atéao dia 20 de Novembro.

Convidamos todas as pessoas interessa-das em participar neste acontecimentofestivo em ambiente de convívio e confra-ternização a inscrever-se no respectivoalmoço.

O PárocoPe Elias Martins

É um atentado à Torre do Castelo? É uma escala para Guantanamo?Não! É um voo Comercial.

Agora que as pontes vão encerrar, vai ser disponibilizada uma ponteaérea entre as duas margens do Sorraia. Em perfeita consonância com onovo Aeroporto de Lisboa, vão estar ao dispor da população duas pistas,na margem sul, no novo parque de negócios, na margem norte, no campodo Coruchense em Montinho do Brito.

A largada e tomada de passageiros será efectuada às horas certas namargem Sul (9H, 10H, 11H…) e às meias horas na margem norte (9h30,10h30, 11h30…). Segundo o empresário concessionário está a ser estu-dada a implementação de um passe social.

Foto manipulada

Ponte Aérea

Envie por e-mail [email protected] imagens ou situaçõesque deseje ver aqui publicadas

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O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 31 • Novembro de 200816

A propósito do lançamentodo 2.º volume das suas memó-rias, o Professor Freitas do Ama-ral veio recentemente fazer de-clarações na TV e na Imprensa.Curiosamente aquilo que acusaa PJ de fazer (ou não fazer) em

relação a Camarate, em Dezem-bro de 1980, e à morte do Pri-meiro Ministro, Sá Carneiro edo Ministro da Defesa Nacional,Amaro da Costa, foi semelhanteao seu comportamento comopolítico e responsável pelo Go-

verno de Portugal, juntamentecom Pinto Balsemão. Todosestamos lembrados da campa-nha feita na Comunicação So-cial a favor da tese do acidente enão do atentado, que, por incrívelque possa parecer, era corrobo-rada por alguns dos meus ami-gos pilotos militares…

Sobre a importância do 25de Novembro e a actuação deRamalho Eanes, desta vez, naentrevista a Judite de Sousa, fezuma análise que poderemosconsiderar aceitável… No entan-to, estranho que tenha tentadoconvencer os seus leitores dolivro publicado em 1995 de que,quando embarcou para Roma,

não sabia que o golpe dos pára-quedistas, apoiados por unida-des militares, como o RALIS e aEPAM, entre outras, fora desen-cadeado por cerca das 6h00 damanhã de 25 de Novembro.Então, quando se dirigiu para oaeroporto da Portela estava tãodistraído, que não viu os milita-res daquela unidade da Encar-nação a controlar os seus aces-sos? E ao relembrar as suas me-mórias nesse livro, Freitas doAmaral parece continuar dema-siado “a leste” do que sucediaefectivamente em Portugal, em25 de Novembro de 1975:

“(…) Para nós (ele e aesposa que o acompanhava), a

angústia da notícia do golpe eda incerteza sobre o seu desfe-cho tinha durado apenas cincominutos – o tempo de ler a men-sagem (do porteiro do hotel) ede obter a ligação telefónica pa-ra Portugal (para o sogro…).Tal como a grande maioria dosportugueses, também eu não meapercebi então da verdadeiraextensão e profundidade do gol-pe revolucionário, e do grandeperigo que representou paraPortugal.”

Enfim, cada um tirará assuas conclusões…

OPINIÃO

Os Equívocos de Freitas do Amaral

As “opiniões” de Marcello Caetano

Cor. Manuel Amaro Bernardo

Coronel (Ref) do ExércitoTerça-feira, 25 de Novembro (…) E no noticiário das 8h00 damanhã ouvi as seguintes deliberações do Conselho da Revolução.(…). Fechei o rádio e disse para a minha mulher: “Ganhámos (…).E lá partimos para Roma.

Freitas do Amaral, in “O Antigo Regime e a Revolução” (…)” / 1995 pp474.

25 de Novembro6h00 – O RALIS ocupa posições nos acessos à auto-estrada doNorte, ao Aeroporto da Portela e na zona de Beirolas.

Boaventura S. Santos e (…). in “O Pulsar da Revolução” (…) / 1997 pp296.

Além do modo incipientecomo apresentou o sucedido nocontragolpe de 25 de Novem-bro, definidor da Liberdade, daDemocracia e do Estado de Di-reito, para Portugal, o que nestaaltura mais me incomodou foi amaneira aligeirada e desconexacomo fez declarações sobreumas cartas de Marcello Cae-tano, a leiloar, em 25-10-2008,em Lisboa.

No “Público” de 17-10-2008,Freitas do Amaral afirma “con-siderar um elogio que MarcelloCaetano se tenha decepcionadocom ele”. Percebe-se… É umaopinião. Mas, depois, a propósi-to do pretenso conteúdo das re-

feridas cartas, declarou:“Pelo relato que me foi feito,

as figuras políticas mais ata-cadas são o Dr. Mário Soares eeu próprio, ao mesmo tempo queos nomes mais elogiados comosendo capazes de fazer regres-sar, por via militar, Portugal aoregime da Constituição de 1933são os Generais António de Spí-nola, Galvão de Melo e Kaúlzade Arriaga”.

Estas afirmações não têmqualquer sentido, nem corres-pondem minimamente à verda-de dos factos. Eu, que entrevis-tei pessoalmente estes militares(já falecidos) para livros que fizpublicar ao longo dos últimos

15 anos, posso confirmar que,face à discordância de fundo en-tre Marcello Caetano (e o regi-me que o sustentava), e os Ge-nerais António de Spínola e Gal-vão de Melo, tais referênciassão manipuladoras e estão mui-to longe da verdade históricaque se pretenda alcançar.

E mesmo em relação ao Ge-neral Kaúlza de Arriaga, nãoacredito que ele fosse um apolo-gista do regresso à Constituiçãode 1933.

As suas divergências com osoutros dois generais apenas seri-am com base numa questão de“timing” sobre o problema afri-cano, pois considerava ainda

não ser aquela a altura para ne-gociar qualquer cessar-fogo comos movimentos independentistas.

Aliás, mesmo que MarcelloCaetano tivesse uma visão algodistorcida, por estar longe dePortugal, julgo que o percursopolítico dos referidos militares,no pós-25 de Abril não tem nadaa ver com tais insinuações, oque me leva a duvidar das afir-mações produzidas e que elasestejam contidas nas cartas emquestão.

A ver vamos, quando o seuconteúdo for tornado público…

___

PS:O “Público” de 25-10-2008 veiocomentar o conteúdo de 7 das15 cartas leiloadas e nada cons-ta sobre as referências da talapologia dos 3 generais à Cons-tituição de 1933. Notei apenasque em 13-04-1977, MarcelloCaetano escrevia sobre Freitasdo Amaral: “(…) O Diogo eradevoto de Salazar, amigo doPresidente Tomás, de quem umtio era ajudante, a ponto de irpreparar os seus exames para oPalácio de Belém.”

____

Este é um dos dos melhores beat`em up no mercado na actualidade, produzido pela UbySoft.

Neste jogo podemos contar com uma variedade de modos de jogo, o típico story mode ondepodemos ver a história das personagens, o modo árcade, mas o tipo de modo de que se desta-ca é o versus mode, neste modo podemos jogar contra um amigo ou jogar online.

Os pontos fortes de Soul calibur são principalmente a quantidade de personagens que foramintegradas neste jogo, personagens de filmes, e até de outros jogos, como exemplo Darth Vaderda trilogia da “Guerra das estrelas”.

Temos ao nosso dispor uma variedade de lutadores, embora muitos deles partilhem dos mes-mos movimentos de combate.

Uma das novidades mais satisfatórias é o facto de podermos criar o nosso lutador o que ébastante viciante.

Para criarmos o nosso lutador basta irmos ao creation mode, onde podemos dispor dos maisvariados tipos de adereços e acessórios que vamos desbloqueando ao longo do jogo, podemosescolher a massa muscular, tipo de voz, tipo de armadura, estilo de luta, tipo de armas e até osexo do lutador.

Os gráficos são bons nos detalhes das personagens com uma boa jogabilidade, com umabanda sonora razoável, mas o jogo tem um facto negativo a longevidade é curta pelo menos nosingle mode, mas o regresso desta série tem alguns argumentos de peso.

acção virtual Luís Rafael Carlota

Analista de jogos de consola e pc

Soul Calibur 4: PS3 / XBOX 360

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Foi a 7 de Julho de 1858que José Leite de VasconcelosCardoso Pereira de Melo abriuos olhos à luz na pequena vilade Ucanha, nos arredores deTarouca, Beira Alta.

___

Insigne investigador no cam-po das ciências humanas, desdemuito novo se interessou pelahistória e pela cultura do seupovo, tal como a sua fina sensi-bilidade impeliu-o na juventudea compor poemas inspiradosnos encantos das paisagens dasua mítica Beira natal.

Mas a sua formação acadé-mica desenvolveu-se primeirono âmbito das ciências naturais,tendo-se formado seguidamenteem medicina. Porém, motivadopor outros interesses, apenasdurante pouco mais de um anoexerceu as funções de médico,obtendo por concurso o lugar deconservador da Biblioteca Na-cional. Começava aqui a carrei-

ra do estudioso incansável, ver-dadeiro “peregrino do saber”,que fez de Portugal o núcleo dasua obra.

Destacou-se sobretudo comoetnógrafo, arqueólogo e filólogo,áreas científicas das quais foipioneiro entre nós, sendo aindaconsiderado um ilustre epigra-fista e numismata, bem como

um grande empreendedor cul-tural. Da sua vasta obra há duasque merecem um realce espe-cial: a fundação do Museu Etno-lógico Português (1893), e a pu-blicação em três volumes dasReligiões da Lusitânia (1897,1905 e 1913).

Calcorreou o nosso territó-rio, não houve região da terra

portuguesa que não tivesse estu-dado e por isso também apare-cem referências a Coruche noseu trabalho. Nomeadamente,em três artigos na revista OArqueólogo Português (tambémpor ele criada): vol. III, 1897,pp. 65-66, intitulado “Objectosromanos achados em Coruche”(Quinta Grande), em que agra-dece a generosa oferta do Vis-conde de Coruche ao MuseuEtnológico, seguida de carta donobre titular; com o mesmo títu-lo; no vol. V, 1900, pp. 104-105,publicando as estampas dosachados a que se refere o volu-me anteriormente mencionado,e no vol. XXVIII, 1927-1929,pp. 214-215, no âmbito da cata-logação “Epigrafia do MuseuEtnológico (Belém)”, acerca deuma lápide funerária romanaencontrada no recinto do Caste-lo, doada pela Câmara Munici-pal de Coruche ao Museu Etno-lógico (actual Museu Nacionalde Arqueologia), em 1927.

Este rincão transtagano étambém referido na EtnografiaPortuguesa: vol. II, 1995 (1ª ed.1936), pp. 514, 515, 518 (comreferência ao Couço) e 650; vol.V, 1982 (1ª ed. 1967), pp. 381-382 e 655, e vol. IX, 2007 (1ªed. 1985), pp. 301 e 571;

Apelidado por quem o co-nheceu de “Mestre” e de “Pri-meiro entre os iguais”, Leite deVasconcelos está a ser justa-mente recordado em várias ini-ciativas realizadas em diversospontos do país, merecendo tam-bém de quem se interessa pelopatrimónio de Coruche umaoportuna alusão que pelo menoseste texto pretende constituir.

Porque não o Museu Muni-cipal ou a Associação de Defesado Património organizarem umcolóquio em que se recorde umdos maiores expoentes da cul-tura portuguesa do século XX eque também se interessou porCoruche?

Fica lançado o desafio.

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 31 • Novembro de 2008 17

Viver na “pobreza” não éapenas viver “com fome”, é vi-ver na penúria, com escassez derecursos, e cuja solução (?) “nãodepende só dos países em desen-volvimento”, já que se torna fun-damental que os mais ricos cum-pram o que prometeram para aju-dar a combater a pobreza: maise melhor ajuda, o perdão dadívida e comércio mais justo.

Embora a concretização dosprojectos fiquem sempre longedos objectivos, em 1974 e duran-te a Conferência Mundial sobreAlimentação, as todo NaçõesUnidas estabeleceram que “to-do o homem, mulher, criança,tem o direito inalienável de serlivre da fome e da desnutri-ção” pelo que a comunidadeinternacional deveria ter comomaior objectivo a segurança ali-

mentar, isto é, “o acesso, sem-pre, por parte de todos, a ali-mento suficiente para umavida sadia e activa”. No entan-to, e isto enquanto o militarismoesbanja o que seria suficiente pa-ra que nos aproximássemos dameta, os números são cruéis:

Há 800 milhões de pessoasdesnutridas no mundo; 11 milcrianças morrem de fome emcada dia; um terço das criançasdos países em desenvolvimentoapresenta atraso no crescimentofísico e intelectual; 1,3 bilião depessoas no mundo não dispõede água potável; 40% das mu-lheres dos países em desenvol-vimento são anémicas e encon-tram-se abaixo do peso; Umaem cada sete pessoas padece defome no mundo. No entanto eao contrário do que alguns afir-

mam, a terra tem recursos sufi-cientes para alimentar a huma-nidade inteira; por enquanto hásuficientes terras cultiváveis; enão se pode argumentar que so-mos “demais” pois bastam doisexemplos para desmontar esseexemplo: a China é um país po-puloso, mas todos os habitantestêm, todo o dia, pelo menos umaquantidade mínima de alimen-tos, enquanto na Bolívia, paíspouco habitado, na verdade ospobres padecem de fome. Para-doxalmente, e por mor das desi-gualdades sociais, “aqueles queproduzem os alimentos são osprimeiros a sentir a sua falta”.

Eu, não acredito que se con-siga erradicar a pobreza do mun-do, mas estou convicto que asituação pode ser melhorada, setodos quisermos e os governan-

tes não permitam nos seus paí-ses o esbanjamento e estiveremsensibilizados face à solidarie-dade entre povos.

Não é fácil atingir os objec-tivos, que neste momento visamacabar com a pobreza extre-ma até 2015. E se é essencialque países ricos não esqueçamos apoios prometidos, aos paísesmais pobres é-lhes pedido quetomem como prioridade “salvara vida dos seus cidadãos maispobres e que sejam transparen-tes e responsáveis na forma co-mo gastam o dinheiro, e quecombatam as desigualdades e acorrupção”.

Entretanto, não podemos ig-norar que existe pobreza emPortugal. Um em cada cinco por-tugueses vivem no limiar da po-breza, e 20% da população con-

trola quase 50% da riqueza. So-mos na Europa o país commaior desigualdade social, sen-do cada vez maior o fosso entrericos e pobres.

Que ricos e pobres semprehouve e sempre há-de haver, edaí não vem mal ao mundo. Masé atentatório dos Direitos Hu-manos que enquanto uns pas-sam fome outros esbanjam nosupérfluo.

Não nos esqueçamos que pordia morrem de pobreza extrema50 mil pessoas. Mas como po-demos ter esperança de melho-res dias, se vemos instituições eentidades vivendo na opulênciadesnecessária enquanto procla-mam o direito à paz e o combateà fome?

____* Agente Cultural

Lino Mendes *

ACTUALIDADE

O erradicar da POBREZA

António Gil Malta

TODAS AS LETRAS

O 150º Aniversário do Nascimento de um dosmaiores vultos da cultura portuguesa do século XXque também escreveu sobre Coruche

JJoosséé LLeeiittee ddee VVaassccoonncceelloossHistoriador

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Há uma hora e meia que umgalo jaz dormente no meu colo.Eram três da manhã quandofomos apresentados, eu disse--lhe era só o que me faltava, elerespondeu até que enfim. So-mos dois passageiros. O galo eeu. Aninhou-se no colo comooutros se glorificam no prato.Crianças, com crianças nos bra-ços, velhos que respiram a cus-to, donzelas de sobrancelhaengaivotada e um indomávelriso comum que ri da minha corcomo a minha cor rira delesdurante séculos. O espaço équase largo. Uma caixa-abertaque não chegando para os ani-mais de Noé, arquiva os 54 estô-magos vazios que ali entoamhinos à mandioca crua. E o galodorme. Talvez aquele sono doscondenados que à beira do fimlhe chamam início por excessode expectativas. O cobrador gri-ta propagandeando o seu carrocomo o mais rápido, chamando-lhe até de máquina como nóschamamos ao coração quandoele falha nas suas missões em-pirico-cardíacas em demandasamorosas ou profissionais. Cin-quenta e quatro pessoas voamabanando, abraçam-se como sese amassem mas apenas evitama queda mortal.

Aconchego-me no Índico elá longe ouvem-se as baleiassonoramente invisíveis por cul-pa do dia. Está atrasado e porisso escuro. Refresca-se a gar-ganta como manda a bíblia deum futuro defunto. Esfregam-seos olhos. A baía de Nacala. Pes-cadores da terra e do mar en-sombram o chilrear das ondas.Roubam o peixe e os homens.Caminho com nada para quenada seja roubado. Um dia fin-do. Regresso na madrugada se-guinte. Desta vez sem galo. Umporco de bicicleta mas semcarta. Aproximo-me enquanto osom da marrimba ecoa. Cincohomens debaixo de um cajueiroenganam a fome e mascaram anecessidade enquanto a mar-rimba tocar a barriga vai ter queaguentar, instrumentos primi-tivos que fazem envergonhar omais industrial dos sons, o cajusai mais saboroso com música,garantem-me.

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 31 • Novembro de 200818

CRÓNICAS DE VIAGENS

Ecos de um macaco Ur“Noé, Noés e alguns animais”

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O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 31 • Novembro de 2008 19

Leitões de bairro (já não dabairrada) ali se sentam como semembros da família se tratas-sem. Um puto com um pato namão e arroz na outra. Mexe edança por trás dos algodoeiros.Atravesso de arco e flecha àscostas não vá o diabo tecê-las.Não é que vá atirar, mas qual-quer homem com arco aparentaser arqueiro. O eterno problemadas aparências. Os líderes discu-tem. Três vozes evitam a insta-lação de uma bomba de águanuma zona seca. Matematica-mente dá qualquer coisa como3000 gargantas secas graças atrês gargantas fundas e ocas co-mo as há por aí dispersas nessadesgraça chamada planeta. Mis-são falhada. Água? Da barrigadas mães aquando do nascimen-to dos filhos. No Ocidente dilú-vio é apocalypse, em África seriamilagre, depende do tipo de igre-ja em que nos sentamos, na deouro e cobre ou na cana e palha.

Armando Paposeco infor-ma-me O benfica ganhou. Osenhor Alfandêga não trouxe aslicenças para as bicicletas. Ama-nhã meio-mundo arrastar-se-á apé por este areal cor-de-sangue.Maria da Aviação lá está, con-centrada na ciência vital que é atécnica das covas. Uma técnicaheróica. Já salvou o milho e ofeijão que entretanto salvaramtantos bairros como os que aminha idade conta. Ibrahim Ar-cângelo, Agostinho Caneta eAlves Cebola lá estão a contas

com o abcedário.O dia acaba por entre gemi-

dos de galinha em morte. Des-pejo um balde de água na ca-beça e chamo-lhe duche. Arru-mo o arco. Sento-me em cimade um lagarto filho de outromaior, meu companheiro noc-turno comedor de mosquitosque, por sua vez comem ho-mens e crianças colorindo-lhesas almas da cor da malária. Umescorpião-bébé junta-se à festa,e acabo o dia como começara oanterior: era só o que me falta-va. Fecho os olhos e penso emescrever um livro. Parvoíce.Seria só mais uma cópia nomeio de tantas outras já escritas.Pondero e decido sim. Escreve-rei com certeza mas... um livromágico, inexistente, adornadode palavras silenciosas, rela-ções, acções, imagens, um livroem que cada página escritaprostrar-se-á atrás da paginaseguinte até ao fim dos temposaqui no meio do nada que étudo, um livro de veias e mús-culos, sangue e ossos, crença edoença até que a memória mefalhe, perdida algures por entreo pó e estas árvores mudas, umlivro real sem tradução ou có-pia, sem crueldade ou justiçadependendo somente do querealmente acontece sem imagi-nação como escudeira das per-sonagens, sem argumentos deperdão ou culpa. Um livro... so-mente um livro sem papel nemdor.

Moçambique, Setembro de 2008.

Lic. em Filosofia

Luis António Martins

rbano II

Os CTT – Correios de Por-tugal vão investir mais de 1 mi-lhão de euros no distrito deSantarém até 2010.

Esta aposta no distrito foihoje anunciada numa visita doConselho de Administração (CA)da empresa a Santarém e quecoincide com o tiro de partidade uma semana de animação naEstação de Correios da Cidade.

A administração dos Correi-os deslocou-se a Santarém como objectivo de se reunir comgrandes clientes e jornalistas do

distrito, no âmbito de um pro-jecto que visa aprofundar o con-hecimento da empresa sobre asnecessidades desta e de outrasregiões do País. Em face das ne-cessidades já apuradas, os Cor-reios irão investir mais de 1 mi-lhão de euros na melhoria dascondições de atendimento dasEstações de Correios do distrito,dos Centros de DistribuiçãoPostal e nos edifícios própriosdos CTT.

O objectivo é aumentar aatractividade das instalações, ascondições de trabalho e garantira manutenção de padrões eleva-dos de qualidade de serviço.

Os CTT distribuem todos osdias cerca de 270 mil objectos,entre correspondência e enco-

mendas, no distrito de Santarém.Para garantir o serviço, os

Correios contam com 45 Esta-ções de Correio em todo o dis-trito e 23 Centros de Distribui-ção Postal. Os carteiros percor-rem 348 percursos de distri-buição (giros) diariamente.

Os mais de 200 veículosCTT e CTT Expresso afectos aesta distrito percorrem, a cada24 horas, mais de 16 mil qui-lómetros.

A empresa dá emprego a 507pessoas do distrito, a maior par-te dos quais na empresa-mãe, osCorreios. A CTT Expresso, PostContacto e PayShop, todas em-presas do grupo, estão tambémpresentes no distrito, esta últimacom 125 agentes.

NOTÍCIAS DO DISTRITO

OS CCTT IINVESTEM1 MMILHÃO DDE EEUROS NNODISTRITO DDE SSANTARÉM

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O CNO, Centro de NovasOportunidades da Nersant, já seencontra a acolher todos os adul-tos que não tendo frequentadoou concluído o 4.º, 6.º, 9.º ou12.º ano de escolaridade, têminteresse em obter uma certifi-cação escolar equivalente.

O CNO também se encontraa receber as inscrições de em-presas ou instituições que pre-tendam valorizar e qualificar osseus recursos humanos.

O centro tem como objectivopromover a procura de novosprocessos de aprendizagem, de

formação e de certificação porparte dos adultos com baixosníveis de qualificação escolar eprofissional.

O horário de funcionamentopretende ser adequado às carac-terísticas dos vários públicos-alvo e de acordo com a disponi-bilidade dos adultos inscritos. OCNO funciona nas instalaçõesda Nersant, mas poderá funcio-nar nas instalações das empre-sas caso haja colaboradores su-ficientes que pretendam partici-par neste processo.

A Nersant garante uma res-posta adequada ao perfil de cada

um e celeridade no processo decertificação.

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A propósito da divulgaçãodos dados estatísticos da tempo-rada de 2008, a Sociedade doCampo Pequeno promoveu umaconferência de imprensa, emque, de facto, o maior motivo deinteresse consistiu na reafir-mação de Rui Bento como ges-tor taurino da raça de Lisboa.

Cá por mim, congratulo-mecom tal facto, dado que com osanos que levo de vida, de hámuito que sei que o óptimo éinimigo do bom. O matador detoiros Rui Bento, atesoura bomsenso e saber bastantes paracontinuar a diligenciar executarum bom trabalho, agradando apatrões e a aficionados, o queconvenhamos não é fácil face àescassez do meio em que vive-mos.

Note-se que de cada vez quese anuncia uma importanteFeira Taurina Espanhola, nãoraro a comunicação titula comas ausências, o que deixa prova-do o quão difícil é acertar deforma a agradar a todos. Por cáo problema se quer se põe, dadoque a “Feira” se expande aolongo da temporada, dado queentre nós tudo se confunde.

Ora, aqui e agora, tambémimporta que se diga que a neces-sidade de tal reunião, teve porbase o veículo por um semaná-rio temático, que divulgou o quejulgava ser a verdade das “suasfontes fidedignas”, dado que

não é de crer que a tarimba doDirector embarcasse de formatão leviana como embarcou, nãofora um profundo convencimen-to de que o que divulgava tinhaum fundo de verdade. Já era;sobra de facto um Rui Bento depedra e cal, de quem se esperauma gestão de sucesso, embenefício da empresa, em seubenefício, e no benefício de

todos nós que nos interessamospela festa.

Depois, entrado o ambientena tertúlia, que vos diga que rel-evante foi o que disse MaurícioVale (repetindo aliás o que estoucansado de dizer…) sobre aquestão teimosa do Hino Nacio-nal em fim de festa, dado queembora viciando o protocolo deestado, mal por mal, que se to-

que no inicio, e, também (e con-cordo) sobre a designação da“porta de cavalheiros”, que élógico se deve designar “Portade Quadrilhas”.

Que também aqui se regis-tem com agrado os bons resulta-dos do sucesso televisivo da“festa” em 2008 e, a intenção deque tal colaboração continue.Que nos lembremos que a mi-

nha geração se cimentou aficio-nada de “gargalo” para o ar, nosaudoso “café Coruja”, vendo ascorridas á quinta-feira.

Muitas mais coisas se disse-ram, mas bem sabemos quequando taurinos se reúnem, sedizem muitas coisas.

____* Médico veterinário

e escriba taurino

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EDITORIALRui BBento, dde ppedra ee ccal… Dr. Domingos da Costa Xavier *

SS OBREOBRE TTOIROIR OSOS

Tauromaquiasuplemento

Coordenação de Domingos da Costa Xavier

Não pode ser vendido separadamente.

Fundador: Abel Matos Santos • Director: José António Martins Este suplemento é parte de O Jornal de Coruche nº 31 de Novembro de 2008

Quis a mão amiga do Luis Fer-reira fazer-me chegar uma cópia doprograma da vacada acontecida a18 de Agosto em Coruche em 1934.

Tudo o que em tal programa seescreve é curioso, pelo que mereceatenção.

Que se atente no elenco, integra-do por elementos da nata do tecidosocial, para medir a força da coisatáurica no nosso concelho.

DCX

Umaccuurriioossiiddaaddee……

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No dia 5 de Outubro aconte-ceu em Alcácer do Sal uma cor-rida de toiros, com cartel votadopelo público (fórmula que a em-presa adopta há vários anos…)integrado por António RibeiroTelles, Luis Rouxinol e VictorRibeiro, e, pelos Forcados Ama-dores de Montemor e de Évora,para dar lide a um soberbo currode toiros com ferro ManuelAssunção Coimbra.

Face á qualidade dos toiros,o evento divertiu e emocionou.António lidou primorosamenteo seu primeiro, com arte e valor,na esteira aliás do que tem sidoesta temporada em que come-mora um quarto de século dealternativa; face ao seu segundotemos que lhe averbar meia lidedo melhor e meia lide do pior,que foi o que de facto se passoue costuma passar com os artistasquando as coisas não correm

bem. Luís Rouxinol, que já noano transacto se guindou a gran-de altura, veio determinado anão defrontar, antes sim a triun-far forte, o que de facto aconte-ceu, sagrando-se de novo vence-dor do “troféu João BrancoNúncio” em disputa.

Lidou primeiro um toiro me-nos colaborante, que tapou,pondo o que o toiro não tinha.Face ao quinto da ordem, queteve qualidade, o cavaleiro daFaias agigantou-se e prodigali-zou uma lide antológica com ospratos completos da sua ementahabitual, o que o público aplau-diu em pé. Foi de facto um tri-unfo sonoro e redondo, monta-do no “Mustang” que é sem dú-vida um dos cavalos mais tou-reiros do momento.

Victor Ribeiro, que já portrês vezes ganhou o troféu cita-do, veio a Alcácer em dia não e

nada sobra para contar que te-nha relevo; no que fechou praçaaté teve o azar de cravar umferro de palmo na perna do cav-alo, indicativo (para além dapouca sorte, é claro…) da poucaverdade com que efectuava areunião. Vem aí nova tempora-da, e, o cavaleiro que já é umacerteza, quanto ao potencial queatesoura, tem que se reencontrarse quer prosseguir pelos cami-nhos do triunfo. Noite grandeaverbaram os forcados; Frede-rico Caldeira Manzarra, ManuelDentinho (na sua primeira pegaem praça) e João Caldeira porMontemor, e, António Bera (me-xicano de queretaro, que se cre-ditou com um pegão), FredericoMacau e João Pedro Oliveira(isso mesmo, tem o mesmonome do pai), por Évora foramdigníssimos executantes danobre arte de pegar toiros, bem

ajudados por seus grupos que semostraram coesos e valentes.

Um júri constituído porFrancisco Borges, Jorge Mendese eu próprio, conferiu a Rou-xinol o troféu em disputa, o que

a praça aplaudiu. Pese o facto deque sempre os jurados decidemde “sua justiça”, é bom agradáv-el que tal aconteça.

____Domingos da Costa Xavier

AAllccáácceerr ddoo SSaall,, ffeeiirraa ddee OOuuttuubbrroo

Tivemos ocasião dedesfrutar de uma dassessões de tão badaladoevento, e saímos agrada-dos com o que vimos.

Sem exageros, no quereporta á coisa hípica,temos que convir que jános foi dado ver muitobem feito, e para que con-ste, em Portugal é possívelpresenciar o que de me-lhor fazem a escola por-tuguesa de arte equestre,o grupo do mestre LuisValença (que é já umaacademia…), a charangada G.N.R. (única domundo a tocar a galope) e

o grupo de equitação do C.M.E.F.E.D, que creio já mudou de nome,mas tal facto é ao momento irrelevante.

No seu conjunto, havendo que analisar o espectáculo multi-média, os desempenhos circenses, os desempenhos musicais (aovivo…) e o que toca aos cavalos, importa que aqui vos diga quemuito me lembrei do que com frequência me dizia a figura insignee saudosa que se chamou António Luis Lopes – “Os cavalos mon-tam-se no chão”.

Que bom seria que os nossos calções taurinos (alguns que háquem felizmente não precise…) tirassem as devidas ilações de talespectáculo e de tal conceito.

DC Xavier

IITauromaquiasuplemento Suplemento de O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 31 • Novembro de 2008

Tertúlia

Desta vez o convidado foi o nosso conter-râneo João Ribeiro Telles, que após o exce-lente repasto falou de coração aberto e semrodeios da sua vida de toureiro, da sua relaçãoapaixonada com o campo, os cavalos e os toi-ros, sendo o elo de transição de duas gerações,pelo facto de ser filho de Mestre David, figuraímpar da tauromaquia nacional e pai de umjovem com créditos já firmados e em ascensãometeórica.

Contudo, parecendo às vezes esquecer-sedele próprio como uma referência incontornáveldo toureio a cavalo, mostrou toda a sua cumpli-

cidade com os presentes, respondendo às váriasperguntas colocadas e deixando claro que o quemais o entusiasma no toureio é poder fazer comque o público se divirta.

Como já vem sendo hábito “O Jornal deCoruche” fez-se representar pelo seu fundadorDr. Abel Matos Santos e pelo fotógrafo taurinoSr. Joaquim Mesquita, tendo sido o jornal ofer-tado a todos os mais de 80 convivas, onde seincluía outro conterrâneo nosso e figura de pres-tígio nacional, o Arquitecto Gonçalo RibeiroTelles.

Foto: Joaquim Mesquita

João RRibeiro TTelles nna TTTMNo passado dia 29 de Outubro, realizou-se mais um jantar conferência da

Tertúlia Tauromáquica “A Mexicana”, que o nosso estimado assinanteSr. Joaquim Tapada tão brilhantemente organiza, sendo neste momento

uma referência nacional na cultura taurina.

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O matador Luís Vital “Pro-cuna” encerrou-se com seistoiros, no culminar da Feira daMoita 2008. Fê-lo a preceito,com ganas e vontade de agradara um público que preencheumeia casa da “Daniel do Nasci-mento”. Os toiros de diversasganadarias deram jogo variado e“Procuna” esteve a contento,toureando com valor e mostran-do uma capacidade física extra-ordinária, ao bandarilhar cincodos exemplares.

Abriu praça com o toiro deManuel Veiga, que teve recorri-do e com o qual o matador es-teve em bom plano, em especialpelo lado direito, ligando sériesde derechazos de boa nota.

O de Conde Cabral não ser-viu, mansote e chato e o mata-dor despachou-o com dignida-de. Ao São Torcato faltou classe,apesar da irrepreensível apre-sentação e ao de Murteira Gra-ve, faltou transmissão, voltou omatador a estar em bom nível.

O quinto era um Castro,complicado, chato e perigoso; aíveio ao de cima todas as capaci-dades de “Procuna”; bulidor e aarrimar-se. Destaque para uma

série de naturais arrancados aferros. Fechou com um BritoPaes excelente e foi a cereja nocimo do bolo; boa faena, a apro-veitar o bom toiro e a culminar

uma noite de êxito. Saíu emombros pela porta de quadri-lhas, talvez merecesse mais!

Pedro Pinto(director da revista Ruedo Ibérico)

Suplemento de O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 31 • Novembro de 2008III Tauromaquiasuplemento

De há muito que a sabedoriapopular consignou que “pre-sunção e água benta cada qualtoma a que quer”, e, se assimcomeço, é tão só, porque nestetexto pretendo por a claro algu-mas coisas que bem merecemser esclarecidas.

Primeiro, que vos diga, assu-midamente, que recuso, de for-ma determinante, a alcunha queinsistem em me colocar de“critico taurino”, não porque talconsidere ultraje (que o não é),mas porque tenho consciênciafirme de que para criticar é pre-ciso saber, e eu, sem falsas mo-déstias, tenho a certeza que nãosei.

Aliás, em matérias de toiros,deixem-me que me socorra delugares comuns. Foi pedro Moya"Nino de la Capea" que um diaafirmou que os toureiros impor-tantes são os que têm muitostoiros na cabeça, e é lógico quesó almeja tal conhecimentoquem se põe por diante.

Disse também um dia Cana-bate, mestre incontestável, quepese o ser mais costumbrista quetaurino, me não canso de citar,que “quem sabe verdadeira-mente de toiros são os toureiros,dado que todos os outros se

limitam a julgar as aparências”.Que se acrescente ainda, que

em tempos de “Joselito, el Gallo”,se dizia que sabia tanto de toirosque parecia ter sido parido poruma vaca, o que não impediu tertropeçado com “Bailador” emTalavera e aí ter deixado umavida que ninguém acreditavaque um toiro pudesse cobrar.Acresce que sequer o caso é vir-gem, dado que Joseph Delgado“Pepe Hillo”, matador insigneque ditou a Don José de la Ti-xera primeira das “Tauroma-quias”, também, pese o seu mui-to saber, a seu tempo permitiuque “Barbudo” lhe truncasse avida.

Ora, depois destes exemplosavulsos que julgo bastam paraque se avalie a extrema dificul-dade da coisa táurica, permitam-me que expresse a profundaadmiração e respeito que nutropelos que têm a coragem de sevestir de toureiros.

No entanto o que acabo deafirmar, não invalida que acred-ite no meu direito de gostar daforma como alguns expressam atauromaquia que levam dentro,e é claro detesto, a forma comooutros desenvolvem, o que meleva, é lógico a preferir os car-

téis em que actuam, preferindo,gastar tempo e dinheiro, fruindoo que fazem os que me agradam.

O que digo, creio que sepassa com qualquer aficionadoque tenha um conhecimentomínimo que lhe permita aferircorrectamente o que se está pas-sando na arena, sobretudo nuncaperdendo de vista as caracterís-ticas do toiro, toiro que comoelemento essencial da festa deveser sempre o objecto primeirode análise, e só depois se podeconfrontar o artístico labor dotoureiro.

É claro, que os toureiros ver-dadeiramente bons, por um la-do, têm capacidade para enten-der a maioria dos toiros en-frentam e por isso se alcondo-ram ao estatuto de figura, e ou-tros pese a sua aficion e não raromuita técnica, ou se contentamcom o “montón” ou mudam devida, nunca concitando o verda-deiro interesse dos públicos tãosó porque lhes falta o dom inatoe substantivo que na verdade faztoda a diferença.

Tudo isto deve ser devida-mente pesado na hora em quenos propusermos avaliar o estardos toureiros, na certeza plenade que ninguém pode dar o que

não tem (toiros incluídos…) Convém contudo que tam-

bém os próprios profissionaisequacionem devidamente tudoisto, e sobretudo que não se ilu-dam; para aí andam uns quantosque já se julgam figuritas quenão tarda como infelizmenteaconteceu com muitos, se quis-erem ganhar dinheiro com ostoiros têm que mudar o oiro pelaprata.

Que se lembre aqui que onovilheiro “Puntero” da geraçãode “Espartaco”, anda de bandar-ilheiro de uns e de outros, emboas quadrilhas, porque de factoé bom, mas sem o tal gramita decarisma que lhe possibilitasse aascensão. Acontece, que en-quanto não reconsideram a suavidinha, por aí andam, muitasvezes protegidos pelos cambala-chos das empresas que osapoderam e dos apoderados quetambém são empresa, quitandopostos a uns e a outros que osmerecem, aborrecendo a afi-cion, que o que precisa nos tem-pos que correm é ser estimado.

Facto é, que por assim ser,temos que os gramar enquanto obarómetro da bilheteira os nãoafasta, misturados nos cartéis dafigura de verdade que queremos

ir ver. Inconscientes do seu realestatuto, sequer medem devida-mente o que dizem e quandoabrem a boca, agora que não hámoscas é certo que sai asneira.

Talvez por tudo isto, é umluxo ler as palavras de um mae-stro de verdade, Rafael de Paula(6 toros 6, n.º 659 de 13.02.2007),quando “sobre falar de toiros”se pronuncia – “Ya hace tiempoque muchos toreros dicen que loquieren es que el publico sedivierta. El torero tiene un len-guaje próprio, y yo en mi vidahabia oido una cosa asi.

Algunas expresiones debe-rían ser prohibidas por decretoley, porque por la boca un torerono puede salir una cosa asi.Divertirse? Me sabe mal y meextraña que se hable de esa ma-nera. El toreo, tal como yo loconcibo, nunca puede ser unadiversión. El objectivo del toreodebe ser que el publico se emo-cione. Como? Toreando, sencil-lamente”.

Evitei a tradução para nãolhe roubar sabor, mas é factoque tão francas e honestas ra-zões, por pertinentes, devem serdevidamente pensadas e reflec-tidas.

____

Razão pertinente Domingos da Costa XavierCortesia da revista "Equitação"

OPINIÃO

Procuna em ombrosMoita Fotos: Joaquim Mesquita

Diego Diego VVentura e o númerentura e o número do “caballito que morde no toiro do “caballito que morde no toiro”o”foi a atração da noitefoi a atração da noite

PrProcuna com as bandarilhas andou extraordinarioocuna com as bandarilhas andou extraordinario

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IVTauromaquiasuplemento Suplemento de O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 31 • Novembro de 2008

ddee AAnnttóónniioo VViiccttóórriiaa MMaarrttiinnss

Agente 1600189 • Totobola, Totoloto e Euromilhões

Tel 243 617 350

Bifanas * Marisco * PetiscosÓptimo Serviço de Bar

Rua 5 de Outubro, 25 • 2100-127 Coruche

Tel. 243 618 875 • Tlm. 917 785 703Est. Nacional 251 • Montinhos dos Pegos

2100-045 CORUCHE

A tradicional corrida da feirade S. Miguel em Coruche, esteano num formato de concursode ganadarias e com seis cava-leiros estava de certo modoatractiva, a imponência dos 2toiros em cartaz dava o motepara uma grande tarde de toiros,mas apresentação não é sinoni-mo de bravura, houve emoção écerto, houve dois toiros bravos,mas também houve alguns man-sos e outros com falta de volu-me.

O tempo a ameaçar chuvaretirou algum publico das banca-das, apenas um terço de entrada. Ode veiga Teixeira saiu com pata,veio a menos refugiou-se emtábuas. O de Conde de Murçafoi manso, estava bem apresen-tado. O de Ortigão Costa foiencastado, acudiu aos cites comtranco de bravura, pecou pelafalta de força. O de Passanhacumpriu superiormente, comandamento e raça. O do Eng.Jorge Carvalho alternou algunspormenores de investida comoutros de mansear e por fim o de

José Luís Vasconcellos e SousaD'Andrade foi mansote, empa-relhava-se com a montada e adi-antava-se, estava muito bemapresentado.

António Ribeiro Telles em-penhou-se para cumprir com aferragem numa lide vistosa. Rui

Salvador tragou com valor e ra-ça para levar de vencido o opo-nente. Pedro Salvador cumpriucom uma lide altos e baixos ter-minando com um ferro de mérito.

Filipe Gonçalves realizouum toureio de boa conexão com

SS OBREOBRE TTOIROIR OSOS

Joaquim Mesquita

crítico taurino

DDuuaarrttee PPiinnttoo ee PPaassssaannhhaaTTrriiuunnffaarraamm nnoo SS.. MMiigguueell

Coruche

> continua na página seguinte

Antonio Macedo (amadores de Coruche) protagionizouo que melhor se viu em pegas numa tarde cinzenta

em todos os aspectos

Conde Murça, aprConde Murça, apresentação e Passanha, bravura foramesentação e Passanha, bravura foramos pros premiados pelo juriemiados pelo juri

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Vendas Novas viu realizar-seuma corrida de toiros por oca-sião da feira de Setembro, umacorrida concurso de ganadariasintitulado “Portas do Alentejo”com reses de Veiga Teixeira(inutilizou-se durante a lide),Dias Coutinho (cumpriu), Pégo-ras (mansote), Jorge Mendeslidados em 4º e 5º como sobreroextra concurso, ambos saíram

mansotes e pouco andamento) eRomão Tenório (cumpriu), esta-va igualmente anunciado umtoiro de Luís Sousa Cabral quehoras antes da corrida fugiu docamion de transporte e acaboupor ser abatido.

Actuaram os cavaleiros An-tónio Ribeiro Telles com duasactuações bem ao seu estilo asuperar as dificuldades do pri-

meiro oponente e lidou no fim osegundo sobrero de Dias Cou-tinho sendo que foi o melhortoiro da tarde, como sobrero nãoentrou a concurso, António an-dou em bom plano a encerrar acorrida.

José Prates, toureiro local,viu-se com agrado em duasactuações muito aplaudidas,deixando a ferragem a quarteio

e em sortes cambiadas de gran-de impacto. Manuel Lupi agar-rou o triunfo da tarde diante doúltimo a concurso com umaactuação superior, destacando--se na brega e ladeio arrimadoagitando as bancadas e cravan-do em reuniões ajustadas. Pega-ram pelos Amadores de Monte-mor, Manuel Dentinho (1º),Miguel Pinto (1º) e Francisco

Borges (1º). Pelos Amadores deCoruche, Luís Marques (3º), Pe-dro Galamba (3º) e Pedro Cres-pim (1º).

O público preencheu meialotação, correcta direcção deFrancisco Farinha assessoradopelo Dr. Mota Ferreira.

____Joaquim Mesquita

Texto e fotos

Suplemento de O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 31 • Novembro de 2008V Tauromaquiasuplemento

o publico em sortes variadas.Duarte Pinto sagrou-se triunfa-dor da corrida com uma lidecorrecta, impondo-se a um opo-nente que tentava o refúgio detábuas mas que provocado in-vestia com raça e o ginete aaproveitar essas mangadas paracravar de alto a baixo em reu-niões apertadas de grande valorartístico.

Francisco Palha sentiu seriasdificuldades diante dum opo-nente algo complicado, adian-tando-se nas reuniões e na bre-ga. Tarde dura para a forcada-gem, por Coruche, Ricardo Diase António Macedo, imponentes,ambos à primeira e Nuno Fei-

joca a dobrar Alberto Simõesque sofreu um corte na facemais uma vez vitima das ban-darilhas, muito se fala, escreve ediscute sobre as bandarilhas, osprós e os contras mas constante-mente vão surgindo vitimasdelas e ninguém dá ou não querdar o passo para a segurança dosque arriscam a própria vida.

O toiro teimava em tirar acara ao sentir o grupo e dificul-tou a concretização da pega.Pelo Aposento da Moita, HugoMineiro e João Rodrigues nãoconseguiram levar de vencido ode Murça que derrotava alto ecom mau génio sendo pegadode cernelha por Bernardo Car-

doso e Tiago Ribeiro.José Broga e Diogo Gomes

completaram o ciclo do grupocom muita garra e vontade emduas pegas ao primeiro intento.

No final o júri composto porDionísio Mendes, presidente daCâmara de Coruche, AntónioTereno, presidente da Câmarade Barrancos e Domingos daCosta Xavier, cronista de “OJornal de Coruche”, decidiramoutorgar o prémio bravura aotoiro de Passanha e o de apre-sentação ao de Conde Murça.

Dirigiu sem problemas An-tónio Garçoa assessorado peloDr. João Maria Nobre.

____

Corrida de pouca história em Vendas Novas

Realizou-se no sábado, umacorrida de toiros em SantiagoMaior (Alandroal), onde o cava-leiro Manuel Ribeiro TellesBastos alcançou importante tri-unfo com duas actuações ho-mogéneas e muito aplaudidas.No seu estilo peculiar, as sortesfrontais foram exímias rematan-do com dois palmitos exce-lentes.

José Manuel Duarte rubricouduas boas actuações, nomeada-mente a sua segunda com o opo-nente fechado em tábuas cra-vando sesgos de bom nível.Marco José andou algo irregularno primeiro e só no final dasegunda actuação remontou um

êxito comprometido. Actuoutambém o amador Rui Guerra,um jovem do concelho na suasegunda vez em praça. Rui mos-trou maneiras, parece quererdefinir um estilo de toureio mo-dernista, um pouco verde mascom pormenores importantes,poderá vir a ser um caso, hajasorte!Os forcados de S. Mançose do Aposento do Alandroalsentiram algumas dificuldadesperante 3 novilhos da Casa Pru-dêncio e 3 de Hrds. Conde Ca-bral. Pouco público e correctadirecção de António Barrocalassessorado pelo Dr. José Guerra.

Joaquim MesquitaTexto e fotos

Manuel R. Telles Bastos triunfa em Santiago Maior

> continuação da página anterior Duarte Pinto e Passanha Triunfaram no S. Miguel

Antonio Ribeiro Telles Pedro Crespim

DuarDuarte Pinto, o que mais se destacou a cavalote Pinto, o que mais se destacou a cavalo

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Não pretendo neste artigoapontar defeitos ou, por outrolado, sair em defesa do Orça-mento do Estado para 2009.Importa focar os aspectos maisrelevantes do documento. Estapostura não significa uma au-sência de opinião global do OE,mas sim a omissão da mesma.

É importante reforçar que osmomentos que vivemos caracte-rizam-se por uma volatilidadeambiental sem precedentes.Recordo-me de há poucas sem-anas atrás ouvir um conceituadoperito na área económica/finan-ceira afirmar que “jamais vol-taremos a ter o barril de petróleocotado nos 60/70 dólares”, poisbem, esta semana o “Brent” doMar do Norte cotava-se nos 59dólares/barril. Este é apenas umsimples exemplo de, nesta altu-ra, uma qualquer previsão me-nos avisada poder parecer ridí-cula poucos dias depois.

É neste sentido que não vouquestionar os indicadores ma-cro-ecónomicos nos quais assen-tam os pressupostos do OE-2009.Podem ser entendidos como

demasiado optimistas ou eleito-ralistas mas são os que temos efoi com base nesses presumíveisvalores, certamente falíveiscomo uma outra qualquer pre-visão, que o Governo vai reger asua actuação em 2009.

Aliás, ainda a este propósito,o famoso economista inglêsJohn Maynard Keynes dizia “Aúnica certeza que temos é que alongo prazo todos estaremosmortos”.

Recentrando então no OE-2009, as premissas são uma taxade crescimento do PIB na or-dem dos 0,6%; a taxa de desem-prego a manter-se nos 7,6% euma diminuição da taxa deinflação em cerca de 0,4% esti-mando-se um valor de 2,5%. Aconsolidação orçamental con-tinua a ser um desígnio do gov-erno de Sócrates prevendo-separa 2009 um défice na ordemdos 2,2% do PIB. Pela primeiravez desde há largos anos con-templa-se um esperado aumentoreal dos salários na medida emque o 2,9% de aumento dos sa-lários da função pública supera

em 0,4% a taxa esperada para ainflação.

Em relação aos famigeradosimpostos, encontram-se inscri-tas no OE-2009 algumas correc-ções que pecam por tardias. Aredução do IVA para a taxareduzida para alguns produtosconsiderados essenciais, e.g., aredução para 5% do IVA dascadeirinhas para transporte debébes.

Uma medida de apoio às mi-cro e pequenas empresas é aredução da taxa de IRC de 25%para 12,5% nos primeiros 12500 euros de matéria colectável.

O controverso pagamentoespecial por conta vai continuarmas com uma ligeira reduçãopara empresas que tenham umvolume de negócios inferior a“100 mil contos”.

A taxa que era de 75% passaagora para 70%. Mas como nãohá bela sem senão, as empresasque tenham um volume denegócios superior ao montantereferido passam a pagar agora90% do IRC desembolsado noexercício anterior em vez dos85% actuais.

Passando agora para umaárea de âmbito mais alargado, oOE-2009 apresenta uma claraaposta nos investimentos públi-cos.

Vejamos, num momentocomo o que vivemos estas me-didas procuram corresponder àtradicional Política Orçamentalutilizada em períodos de fracaprosperidade económica e dina-mismo e empreendedorismoempresarial. Há nestas políticasum esforço que, quer queiramos

quer não, tem que ser realizado.O estado procura com os in-

vestimentos públicos atenuar aausência do investimento priva-do, procurando desta forma usarmecanismos de compensaçãoque lhe permitam assegurar, ouse de outra forma quisermosentender, perder menos empre-gos e tentar estimular algunssectores da economia que po-dem servir de motor para outros.No entanto, é importante salien-tar que os governos perderam aautonomia sobre duas outrasPolíticas, que por sinal erambem mais eficazes nestas altu-ras, a Política Monetária e aPolítica Cambial.

Estas duas formas de estabi-lizar ou atenuar as flutuaçõesdos ciclos económicos encon-tram-se agora sobre a alçada doBanco Central Europeu (BCE)/Eu-rosistema.

Esta situação traduz-se numamenor flexibilidade no ajusta-mento das economias consider-adas “locais” no contexto daUnião Europeia. O BCE quandodefine uma política monetária e/ou cambial fá-lo para o conjun-to das economias da união e nãopara atender as necessidades daeconomia Portuguesa, Espa-nhola, Grega, etc.

Por este motivo, temos quereconhecer alguma legitimidadeaos governos de cada um dosestados membros na adopçãodas políticas orçamentais, asúnicas sobre as quais têm “qua-se total” autonomia, para queem conjunto com as políticasadoptadas pelo BCE/Eurosis-tema produzam mais efeitos na

sua economia e sociedade.Se por um lado é legítimo

que o governo Português adoptemedidas com vista a maximizaros efeitos da política orçamen-tal, designadamente, estabilizaro nível de emprego, incrementara procura por via do efeito mul-tiplicador dos investimentos pú-blicos, entre outros mecanis-mos, já não será tão legítimoaceitar todo e qualquer investi-mento como sendo “produtivo”.

Aí sim, é importante realizaruma importante reflexão sobreas prioridades do investimentopúblico. Não nos podemos es-quecer que os recursos são es-cassos e irrepetíveis e uma me-dida que pretende ser hoje umbalão de oxigénio pode vir arevelar-se catastrófica a médio elongo prazo.

Como quer que seja, com ousem eleições, parece-me que háuma preocupação evidente noOE-2009 no sentido de não dei-xar agravar ainda mais a situa-ção económica do país. Se a preo-cupação é patente no documentojá o sucesso das medidas, esse,para o ano responderá por si.

Para finalizar, regista-se comagrado as palavras do sr. Jean-Claude Trichet, presidente doBanco Central Europeu, queaponta a possibilidade de umanova descida da taxa de juro dereferência já esta semana.

Com esta potencial reduçãoé natural que a Euribor continueo ritmo de descida iniciado hámais de quinze dias consecu-tivos com vista à aproximação àtaxa de referência do BCE.

____

Dr. Osvaldo Santos Ferreira

ECONOMIA

Economista e Mestre emGestão de Empresas

O Orçamento do Estado para 2009“O estado procura com os investimentos públicos atenuar a ausência

do investimento privado”

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 31 • Novembro de 2008 25

Lar de S. José– CONVOCATÓRIA –

Nos termos da lei e dos Estatutos, convoco aAssembleia Geral do Lar de São José, a reu-nir em sessão ordinária na sua Sede Social,sito na Rua dos Bombeiros Municipais, nº 9em Coruche, pelas 20 horas do dia 14 deNovembro, com a seguinte ordem de traba-lhos:

1 - Discussão e votação do Plano de Acti-vidades, proposto pela Direcção para o exer-cício de 2009, e Parecer do Conselho Fiscal;

2 - Qualquer outro assunto de interesse parao Lar de São José.

Não havendo número legal de associadospara a Assembleia funcionar regularmente,fica desde já feita segunda convocação parauma hora depois, funcionando então comqualquer número de associados.

Coruche, 29 de Outubro de 2008

O Presidente da Assembleia Geral

Joaquim Norte

Sensibilização para a sustentabilidade dafloresta e a importância da água numa iniciati-va conjunta do Município de Coruche, ICNB,Produtores Florestais e Nestlé Waters

Herdade dos Concelhos,30 de Outubro de 2008

Mais de 100 sobreiros foram plantados naquinta-feira, dia 30 de Outubro, em Coruche,por 300 crianças das escolas do ensino básico esecundário do concelho, numa acção de reflo-restação organizada pela Câmara Municipal,Associação de Produtores Florestais de Coru-che, ICNB e Nestlé Waters, que em 2009 abreuma unidade industrial de captação e engarra-famento de água naquela zona.

Com a cobertura assegurada pelos JovensRepórteres para o Ambiente da Escola Profis-

sional de Coruche, a iniciativa vai igualmenteelucidar os mais novos para a importância daágua e para a riqueza do subsolo da região noprecioso líquido e que levou à escolha daNestlé para ali erguer a sua unidade nº 100 a ní-vel mundial.

Jogos pedagógicos sobre a sustentabilidadeda floresta completam a acção. Recorde-se queo Sobreiro é o ex-libris do concelho de Coru-che.

A Nestlé Portugal está a investir mais desete milhões de euros na sua 5ª unidade indus-trial no país, a nova fábrica da Nestlé WatersDirect, a inaugurar em em Coruche em 2009. Aescolha do concelho de Coruche para a locali-zação da fábrica deveu-se à grande abundânciae qualidade da água da sua reserva ecológica.

330000 AAlluunnooss ddaass eessccoollaass ddee CCoorruucchhee ppllaannttaamm ssoobbrreeiirrooss

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O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 31 • Novembro de 200826

D. João V subiu ao trono,sendo solenemente aclamado noprimeiro dia do ano de 1707.Casou em 1708, na catedral deSanto Estêvão em Viena de Áus-tria, com D. Maria Ana de Áus-tria – filha terceira do imperadorLeopoldo. Em Portugal come-morou-se o evento, havendo emLisboa preparações extraordiná-rias para a bênção nupcial, comespectaculares arcos de triunfode enorme aparato e magnifi-cência. Dois factos marcaram olonguíssimo reinado deste sobe-rano, a quem colocaram o cogno-me de o Magnânimo: um delesfoi a Guerra da Sucessão de Es-panha e o outro foi a descobertade extraordinárias riquezas, so-bretudo ouro e diamantes, exis-tentes no Brasil.

Entre muitas obras, duasobras ficaram sempre muitoligadas à vontade do rei: o Aque-duto das Águas Livres e o Con-vento de Mafra.

O Aqueduto foi uma obraestruturante e absolutamente ful-cral para a cidade de Lisboa epara a sua modernização. Des-tinada a resolver o gravíssimoproblema do abastecimento deágua à capital, era manifesto ointeresse público de uma obradesta envergadura e desta im-portância, pois todos tinham a“obrigação de dar passagem àdita agoa, e não há previlegioque desto os escuze”.

O Convento, por sua vez, foiconstruído para dar cumprimentoa um voto do rei, três anosdepois de casar e ainda sem fil-hos (facto que muito o preocu-pava), prometendo “erguer umconvento para a religião de S.Francisco”.

D. João V era um rei que,como era próprio da época emque viveu e das circunstânciasdo seu tempo, procurava ser a“vedeta”, rodeando-se de umhalo de veneração. “Vedeta”,também, no sentido de “emble-ma” de todo um complexo sis-tema político-social. Era própriodo monarca absolutista, na épo-ca barroca, construir uma “ima-gem” que impressionasse, nãoapenas pelo distanciamento,mas também pelo aparato céni-co da esplendorosa exibição depoder perante os seus súbditos.

Ao guindar-se ao topo “ina-cessível”, do alto do seu poder,o monarca acabava, em certosentido, por orientar o imaginá-rio social.

A postura de um monarcaassim, privilegiava necessaria-mente o carácter intangível dasua pessoa. Aliás, o próprio cor-po do rei era, a um tempo, físicoe simbólico, uma vez que erapensado e olhado na configu-ração solar. Isto é, o Sol estavapara o mundo, como o rei estavapara os seus súbditos.

O rei era como o “Sol”, in-

dispensável e insubstituível parailuminar a vida da nação.

A imagem solar era um sím-bolo privilegiado que, um poucopor todo o lado, as civilizaçõesforam erguendo.

Por isso, o Sol foi, desdesempre, objecto de reverênciasagrada, ligando-o a sucessivasreferências de carácter simbóli-co. Sabe-se que a relação sim-bólica é tão velha como a pró-pria condição humana.

A linguagem simbólica sur-giu como resíduo da nossa co-municação primitiva com a Na-tureza. Comunicação semprerodeada de mistério, espanto,interrogação, assombro e admi-ração. A luz e o calor, que do solemanavam, remetiam para con-stantes associações. Senão ve-jamos: o calor era o símbolo dafecundidade, do bem-estar, daprosperidade. A luz representa-va o triunfo do dia sobre a noite,da claridade que rompia astrevas. Em suma, o monarca, talcomo o Sol, dava vida, orienta-va e fazia crescer tudo quanto aseus pés se estendia. Era como oSol.

Para toda esta encenação esimbolismo muito contribuiu oexemplo que vinha de França,do esplendoroso palácio de Ver-salhes, onde reinava o todo po-

deroso e impressionante LuísXIV, o Rei-Sol que D. João Vprocurava imitar.

Com efeito, o culto da dis-tanciação potenciou a afirmaçãoda autoridade e do poder absolu-to, que tinha origem em Deus,sendo esta uma forma de «divi-nização» do rei.

A conduta e a exibição públi-ca de D. João V eram cuidadosae meticulosamente preparadas,medidas e rodeadas de grandeaparato, de modo a que todos osactos fossem vistos pelo maiornúmero de pessoas.

A composição das refeições,a organização dos locais por on-de ele passava e onde pernoita-va, os rituais e gestos com querecebia, a sua posição nas ceri-mónias – que deviam ser vistaspelo maior número possível depessoas, tudo era escolhido emfunção do carácter sagrado dapessoa do rei. Era, pois, do mo-narca que, pela sua magnanimi-dade, dependiam, como da fonteda vida, os factos e as gentes.Assim se percebe por que razãoa imagem solar era indissociávelda imagem do rei. Havia quepropagandear a imagem de umrei omnipotente, capaz, inclusivé,de intervir de um modo criadorna evolução dos destinos dotempo. Todo este comportamen-

to não é só fruto da personali-dade autoritária dos reis abso-lutistas. Ele resulta de um novomodo de ver e de sentir o mun-do. Era a mentalidade barroca aditar as suas leis. Havia umasede ilimitada de impressõesvisuais, ou verbais visualizáveis.Havia um apetite insaciável pelomaravilhoso, pelo sonante. Daítodo o aparato dos actos públi-cos e privados, com todos osseus gestos teatrais, que faziamparte desse novo modo de ver,de estar e de sentir o mundo – amentalidade barroca, com toda asua exuberância, requinte eexcentricidade. E, como éobvio, o poder político supremotinha que saber utilizar todas asformas teatralizáveis de condutacolectiva, e até pessoal, parareforço da sua própria autori-dade, construindo e projectandodessa forma uma imagem miti-ficada da realeza em que o reiera o centro das atenções.

O luxo era uma forma depropaganda da realeza. Toda aostentação da riqueza era umaforma de afirmação da autori-dade absoluta.

D. João V foi, em toda a His-tória portuguesa, um dos reis quemais apoiou a Cultura.

O seu nome ficou ligado anumerosas obras, nos domíniosda arquitectura, da pintura, daescultura, do mobiliário, da ta-lha, do azulejo e da ourivesaria.Foi ele que introduziu em Portu-gal a ópera italiana.

No campo diplomático D.João V conseguiu importantesvitórias para Portugal, nomeada-mente o Tratado de Madrid de1750, onde se deu o reconheci-mento europeu da realidade dasfronteiras do Brasil – colónia deextrema importância para osinteresses estratégicos de Portu-gal no xadrez político-diplomá-tico internacional.

Em suma, D. João V procu-rou, no seu tempo e à sua ma-neira, aproximar Portugal da Eu-ropa e do Mundo.

Na fase crepuscular do seureinado, denotando uma saúdefrágil, o velho monarca procura-va com insistência as Caldas eas águas termais.

Veio a falecer em Lisboa,numa altura em que se já encon-trava fisicamente muito dimin-uído. Ficou sepultado no Mos-teiro de S. Vicente de Fora, nopanteão dos Braganças.

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Mário Justino Silva

CRÓNICA PORTUGUESA

Historiador

D. João V nasceu em Lisboa em 1689.Bebeu, na infância, uma educação esmerada que lhe foiministrada por três notáveis perceptores, todos padres daCompanhia de Jesus. D. João foi portanto um príncipeinstruído em múltiplos saberes, revelando vasta cultura eerudição. Da paixão pela música à cultura literária, daCiência às Artes, passando pelo domínio de várias lín-guas, pela formação espiritual e prática religiosa, enfimforam múltiplos os seus interesses intelectuais que lhederam uma sólida preparação para o “duro ofício” de rei.

D. JOÃO V, o Magnânimoa áurea grandeza do Rei-Sol português

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O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 31 • Novembro de 2008 27

Se eu tivesse que tentar ex-plicar a um amigo meu, em ter-mos simples, o que é a dita eco-nomia de mercado, e que é, defacto, o neoliberalismo, deitariamão da analogia da tinta perma-nente, que vou agora expor.

Imagine-se uma universi-dade com cerca de dez mil estu-dantes de cursos e graus diver-sos. Tal universidade dispunhade um regulamento obrigatório,a cuja luz todos os estudantesteriam de usar caneta de tintapermanente. A tinta da canetacontinha uma dose elevada decianeto, e de tal modo que se umaluno se picasse no aparo, e hou-vesse contacto com sangue, amorte era imediata.

Como se sabe, quem usa cane-tas deste tipo, de um modo geral,não se pica no aparo, e nas con-dições atrás referidas. Indubita-velmente, contudo, terão já sidomuitas as pessoas a quem talsituação aconteceu.

A universidade, ao longo doano letivo, recebia um montantecrescente em função dos valoresdas notas e do número de pas-sagens. Tal montante era distri-buído em vinte por cento para oestudante e oitenta para a uni-versidade. Contudo, em caso demorte, toda a riqueza do alunopassava de imediato para a uni-versidade. Pois, a dita economiade mercado é exatamente isto,que se acaba de expor. Tambémnesta universidade, no caso de

uma morte ocorrer, haveria umareação à utilização daquele tipode canetas, ficando o funciona-mento da instituição fortementeabalado. E se a isto juntarmosque numa tal situação a univer-sidade pagava ao Ministério doEnsino valores muito mais drás-ticos do que os recebidos emfuncionamento normal, para amesma unidade de tempo, bom,fica-se com uma ideia do injus-to e desumano deste modelo, queo é da dita economia de mercado.

Agora pergunto eu: serialógico que um Estado, defensorda dignidade humana, aceitasseuma universidade com estascaraterísticas? Claro que não. Averdade, contudo, é que o Mun-do atual se deixou condicionar,até ao nível da própria sobera-nia, fingindo, no domínio dasresponsabilidades a pedir e dasmudanças a operar neste taldesastroso

(dito) mercado, que tudo estáem recuperar da crise... Umproblema supostamente cíclico,portanto inevitável, onde não hálugar para preocupações de or-dem moral.

Este estado de completa lou-cura, assente em modelos ma-temáticos de decisão onde a dig-

nidade humana é razoavelmentedesprezada, foi o que permitiuque tudo o que é preço subaquando o petróleo desce, masque logo impede o comporta-mento inverso. No primeiro ca-so, ganham as empresas e per-dem os cidadãos, ao passo queno segundo caso, continuam asempresas a ganhar, por vezesainda mais, e continuam ou vol-tam a perder os cidadãos. O mer-cado, portanto...

A uma primeira vista, estecomportamento dos preços dopetróleo e dos seus derivadosparecia estar esquecido, porquea onda de indignação das pes-soas, o seu eco na comunicaçãosocial, e a reação pronta do Go-verno, ainda assim criticado,mais uma vez, pela oposição doresto da direita, fez com que osegundo daqueles preços des-cesse. Foi, porém, coisa depouca dura, porque se a taxa dejuro do Banco Central Europeubaixou razoavelmente, a Euri-bor continuou a crescer, assimdefraudando qualquer atitudesoberana de quem tem legitimi-dade para governar, servindo ointeresse geral e evitando calami-dades. Ou seja, o mercado...

O que tudo isto mostra é esta

horrorosa desgraça: com a im-plantação do neoliberalismo, agovernação funciona como umjogo, fortemente marcado peloacaso, como naquela terríveluniversidade. Deixou de haversoberania, suscetível de ser usa-da pelos legitimamente eleitos,porque existem fenómenos, li-vre e pateticamente organiza-dos, que impedem a utilizaçãodaquela. É o mercado!

Por fim, o caso dos famige-rados e criminosos paraísos fis-cais, cuja natureza ficou muitoclaramente explicada por JoeBerardo na curta entrevista queconcedeu a Mário Crespo, noJornal das Nove: mais de noven-ta e tais por cento do dinheirocuja circulação criou esta crisejá mundial move-se nos taisparaísos fiscais... E mais: segun-do Joe Berardo, e segundo qual-quer um que seja infimamentelúcido, o Estado não poderánunca corrigir o que se passa seas coisas continuarem como atéaqui, que é o que vai dar-se.

As razões são fáceis de per-ceber: o volume de dinheiro emjogo, a velocidade com que omesmo circula, o segredo ban-cário, a universalidade do cir-cuito, e, claro está, os tais paraí-

sos fiscais. Um fenómeno gigan-tesco, incontrolável e natural-mente convidativo à trapaça.

Em contrapartida, o Estadofraco vai olhando e debitandoalguma doutrina bombeirística,de aparência moralizadora e jus-ticialista, apesar de se perceberque tudo isso é tão-só nada.

Por todas estas razões, e portantas outras tão fáceis de perce-ber, quem tem a máxima razão,de resto elementar, é Jerónimode Sousa, ao propor o retorno ànacionalização da banca e dasprincipais atividades económi-cas do País, mormente, seguros.O contrário, como se veio a ver,é o desastre que alguns recusa-ram anunciar.

Questão interessante a estu-dar por economistas ou mate-máticos, talvez mesmo físicos, éa de encontrar a distribuição dovalor esperado do intervalo en-tre crises sucessivas deste tipo,tendo em conta, nomeadamente,o volume de dinheiro em circu-lação, a velocidade da mesma eo número de fontes e de sumi-douros em jogo. Aqui está umtema que me levaria a gostar deEconomia e a poder fazer umatese de doutoramento interes-sante.

Hélio Bernardo Lopes

POLÍTICA

Do petróleo à euriborAnalista Político

As mono-aventuras do E. Leitery Capítulo III

HHootteell ddee 55 eessppoorraassO inverno chegara. E. Lei-

terry ou Leite-no-cu-que-ri emdialecto Indio, estava apreen-sivo. A razão era simples, lá emcasa a luz fora cortada, e comela o aquecedor e tudo o mais.Restavam as mantas mas tin-ham mais buracos que um quei-jo suiço. As mantas e as peúgas.O KGB, talvez por dificuldadeburocrática, esquecera-se de pa-gar os últimos dois meses dareforma de tão solene ex-agente.E. Leiterry que há 23 anos estápara receber uma herança de umtio-avô das ilhas Samoa ali paraos lados da peida de Judas nãocontava com esta agrura finan-ceira. Felizmente que conser-vara a sua cavalariça com cava-los gordos e vistosos. Raça Lu-sitana, dizia com gosto. Anatureza, com acaso ou sem ele,tem várias leis e uma delas é

simples, quando o dono tá tesonão há cavalo sem desprezo, eassim os cavalos de E.Leiterryou Don Leiterón à moda daTierra del Fuego, por ali anda-vam a fazer lembrar Gandhi emplena greve de fome. Pele eosso. E se foram os hindus amatar Gandhi não haveria de sera fome a matar os pontificantescavalos de E. Leiterry. Postoisto, vá de comer o que nas re-dondezas abundava: pedras. Na-quele aperto, e a congelar na suaprópria casa, E. Leiterry foi deraciocínio rápido. Costumadizer-se que para situações drás-ticas se devem tomar medidasdrásticas. E assim foi. Em plenamanhã de Dezembro, foi pe-remptório Vou para a cavala-riça, ao menos lá no meio doAfonso, da Castelinha e do Car-litos vou-me aquecer.

E assim foi.Há pessoas que com frio

vestem casacos, outras procu-ram corpos alheios na esperançade encontrar no calor humanoaquilo que as finanças negam,outras ainda procuram trabalho,enquanto as restantes limitam--se a pagar a conta da luz. Gentesimples. E. Leiterry não. Deci-diu-se por uma hospedagemtemporária no seu próprio HotelResort de 5 Esporas, ou estrelasdepende da quantidade de pe-dras que forem servidas ao jan-tar. E tudo isto por causa dosrussos que teimam em não pa-gar a reforma. Enfim, pedras,uns fumam-nas com esperançade voar outros comem-nas naesperança de engordar...os bol-sos, está claro.

Amadeu DouradoApicultor

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Integrado no programa daFersant, decorreu no passadodia 09 de Outubro, o seminário“Novo Código dos ContratosPúblicos”, com a presença deNuno Peres Alves da Sociedadede Advogados Morais Leitão,Galvão Peres e Soares da Silva.

O Novo Código dos Contra-tos Públicos (CCP) define as no-vas regras para as empreitadasde obras públicas e as aquisi-ções de bens e serviços da admi-nistração pública, mas tambémdas empresas de capitais públi-cos, à excepção das que operemem mercados abertos à concor-rência.

A sessão teve como objecti-vo simplificar a linguagem uti-lizada pelos juristas na redacçãodo código, bem como dar a con-hecer os procedimentos a tomarmediante este novo código. Asessão começou por analisar aparte I e II do CCP, onde foramexpostos temas como o âmbitode aplicação do CCP, tipos eescolha dos procedimentos pré-contratuais e critérios de adjudi-cação.

Relativamente aos tipos deprocedimentos, o novo CCPidentifica apenas os seguintesprocedimentos: ajuste directo,concurso público, concurso lim-itado por prévia qualificação,procedimento de negociação ediálogo concorrencial. Elimina-se a consulta prévia e o procedi-mento por negociação sem pu-blicação de anúncio.

No ajuste directo, não podemser convidadas as empresas quetenham ultrapassado o valor li-mite do ajuste directo, 75 mileuros, nos últimos 3 anos. É in-troduzido ainda o conceito de“preço-base”, que diz respeitoao preço acima do qual todas aspropostas são recusadas. Estamedida mais não é que a imple-mentação de um preço máximo,no sentido de fugir às estimati-vas antes utilizadas e que nuncase mostravam fiáveis.

Relativamente aos concursospúblicos, as propostas passam aser entregues por via electrónica.

As candidaturas e as propos-tas podem ser consultadas on-line, e informações e notifica-

ções podem ser comunicadaspor via electrónica. No entanto,existe um regime transitório até29 de Julho do próximo ano,podendo-se ainda proceder àentrega da documentação empapel. O novo código prevê ain-da que a fase de habilitação pas-se a ser anterior à adjudicação enão na fase das propostas, eeliminou-se a fase do acto públi-co. Deixa também de haver aapreciação da candidatura (fasede habilitação dos concorrentesaquando da entrega da proposta).

O código estipula ainda osprocedimentos a tomar relativa-mente a preços anormalmentebaixos, erros e omissões queocorram na candidatura e aindaaos trabalhos a mais. Os traba-lhos a mais passam a ter comolimite 5 por cento do preço con-tratual excepto obras marítimasou portuárias.

Se o valor dos trabalhos amais e o valor dos erros e omis-sões exceder 50 por cento dopreço da obra, a entidade nãopode realizar o trabalho, dando-se início a um novo concurso.

A parte III do CCP diz res-peito ao regime substantivo docontrato administrativo e regi-mes especiais. Aqui, o códigotenta reportar para a adminis-tração pública as estratégias queos meios empresariais vãoadoptando. Surge, assim, o con-ceito de “acordo-quadro”, ondeum conjunto de empresas fazuma oferta e com quem a insti-tuição estabeleceu ligações.Quando a entidade necessitar doproduto, escolhe a empresa ecompra-o ao preço anteriormen-te estipulado. As centrais de com-pras são outra das inovações,onde o código estabelece a cen-tralização das contratações.

Em suma, o Código dos Con-tratos Públicos muda radical-mente o regime da contrataçãopública a que as empresas e asentidades públicas estavam habi-tuadas, nomeadamente atravésda redução do número de pro-cedimentos adjudicatórios, alte-ração dos limites na escolha dosprocedimentos, desenvolvimen-to das possibilidades de negoci-ação das propostas e estabeleci-

mento de uma maior responsa-bilidade dos concorrentes nadetecção dos erros e omissõesdos cadernos de encargos.

Os novos Contratos Públicoslimitam ainda o recurso aos tra-balhos a mais e criam novos sis-temas de avaliação dos concor-rentes e de avaliação das pro-postas.

O contrato de locação, o con-trato de fornecimento e o contratode prestação de serviços são asáreas que o novo código passa aregular.

De referir que, no domíniodas empreitadas de obras públi-cas, a diminuição de disposiçõesaplicáveis não significa umamaior simplicidade ou flexibili-dade do regime – exige maioratenção e preparação dos con-correntes na elaboração das pro-postas. Nuno Peres Alves, nasessão de esclarecimento, aler-tou as entidades presentes para aimportância de pedir esclareci-mentos em caso de dúvidasantes da apresentação das pro-postas.

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NOTÍCIAS DO DISTRITO SANTARÉM

apresentou inovações e procedimentosdo “Novo Código dos Contratos Públicos”

O auditório Nersant emTorres Novas recebeu, no pas-sado dia 10 de Outubro, maisuma edição do Galardão Em-presa do Ano, uma parceriaentre a Nersant e o jornal OMirante.

Na gala foram conhecidas asmelhores performances econó-micas do distrito de Santarémdo ano de 2007, nas categorias“MicroEmpresa”, “PME” e “Em-presa do Ano”. Neste mesmoevento, foram igualmente co-nhecidos os premiados para ascategorias “Jovem Empresário”e “Mulher Empresária” bemcomo a emblemática distinção"Prémio Carreira Empresarial",que distingue um empresário dodistrito cujo percurso de vida naactividade empresarial é dignode reconhecimento público.

O empreendedorismo, a ca-pacidade de inovação, a intro-dução de novas tecnologias, acriação de postos de trabalho, adefesa do ambiente e a aposta naqualidade estão entre os crité-

rios que motivaram a selecçãodos premiados.

A cerimónia começou com aentrega do Prémio Jovem Em-presário 2007 a Rui Miguel Sal,da Tecnogarden, empresa de con-strução e manutenção de espa-ços verdes. A Tecnogarden exe-cutou o seu primeiro trabalho noKartódromo de Nossa Senhorada Conceição em Almeirim enão mais parou. A empresa, se-deada em Almeirim desde 1997,encontra-se em fase de expan-são, tendo mudado recentemen-te de instalações para a zona deactividades industriais de Al-meirim. O jovem empresário doano 2007 recebeu o prémio dasmãos de Catarina Campos, doInstituto de Emprego e Forma-ção Profissional.

Eduarda Reis foi galardoadacom o Prémio Mulher Empre-sária 2007, pelo trabalho desen-volvido na Escola Internacionalde Línguas, de Santarém.

A Escola Internacional deLínguas foi criada há 12 anos ehoje é uma referência nacional

ao nível do ensino suportado pornovas tecnologias. A escola tem20 professores, que ensinam In-glês, Alemão, Castelhano e Por-tuguês para estrangeiros a cercade 400 alunos. Armando Pauli-no da Silva, da Petroibérica, en-tidade patrocinadora desta dis-tinção, foi quem entregou esteprémio a Eduarda Reis.

A Microempresa do Ano2007 situa-se no Cartaxo. Agro-sport é o nome da empresa dePaulo Neves, que recebeu o ga-lardão do representante daCULT e Presidente da CâmaraMunicipal da Chamusca, SérgioMorais Carrinho. A Agrosport,em actividade desde 1990, dedi-ca-se à comercialização e repa-ração de máquinas e equipa-mentos para construção civil, deorigem alemã, italiana, espanholae portuguesa. Dumpers, gruas ebatoneiras são alguns exemplosdo material disponibilizado pelamicroempresa do ano. Nestemomento, a Agrosport está emfase de lançamento das suascofragens de alumínio, que são

totalmente fabricadas nas insta-lações da empresa.

A cerimónia continuou coma distinção da PME 2007. Foi avez da empresa “Birrento En-genharia”, de Samora Correia,ser premiada. Foi Manuel Bir-rento quem subiu ao palco parareceber este galardão, entreguepor Teresa Casanova, do BES. Aempresa nasceu em 2001 e ope-ra no ramo da construção civil.A Birrento Engenharia alargou oseu mercado, apostando nareabilitação de edifícios.

A Empresa do Ano 2007 daRegião de Santarém é de Fer-reira do Zêzere. Jorge Fernan-des, da Rações Zêzere, subiu aopalco para receber o galardãodas mãos de Gabriel Pascoal, daCaixa Geral de Depósitos. ARações Zêzere assegura 30 pos-tos de trabalho e produz raçõespara frangos, galinhas, patos,perus, avestruzes, perdizes, suí-nos, bovinos, caprinos, coelhose cavalos. A preocupação com aqualidade dos produtos é umaconstante. As matérias-primas e

os produtos finais são analisa-dos em laboratório químico quea empresa tem nas suas insta-lações.

O último prémio da noite –Carreira Empresarial 2007 –foi recebido com emoção porAlbano Mateus, presidente doGrupo Mateus. Albano come-çou a sua carreira empresarialcom uma pequena mercearia daqual era sócio. O negócio ex-pande-se. Albano Mateus cria osSupermercados Mateus e torna-se dono de 21 lojas, onde che-gou a ter três centenas de em-pregados. Actualmente, dedica-se ao imobiliário e à construçãode empreendimentos. Destaca-sea construção do centro comer-cial Torre Shopping, em TorresNovas. Paulo Fonseca, Gover-nador Civil do distrito de Santa-rém, entregou o galardão a Al-bano Mateus.

A cerimónia de entrega doGalardão Empresa do Ano 2007da Região de Santarém termi-nou com um jantar servido atodos os presentes.

“Galardão EEmpresa ddo AAno 22007”Nersant distingue empresários da Região de Santarém

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 31 • Novembro de 200828

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Por ocasião da Semana Flo-restal Europeia, o Secretário deEstado do DesenvolvimentoRural e das Florestas visitou, napassada quarta-feira, as obras dofuturo Observatório do Sobreiroe da Cortiça (OSC).

Em Coruche, Ascenso Si-mões anunciou a disponibilida-de do Governo para colaboraçãocom a autarquia, num eventoonde foi apresentado um estudosobre a mortalidade do sobreiro.

“O Governo está disponívelpara participar com a Câmaranuma parceria que dê a esteObservatório um espaço deintervenção no global da políti-ca para o sector [florestal] epara a fileira [da cortiça].”

As palavras do Secretário deEstado foram de encontro à pre-tensão do Presidente da CâmaraMunicipal para valorização daárea corticeira.

Após a visita às obras ondeficará instalado o Observatório,Ascenso Simões explicou aintenção governamental com anecessidade de apoiar um sectorde elevada importância econó-mica e no qual Portugal é líder

mundial. “Devemos apoiar asindústrias, a investigação, osprodutores, a indústria numaperspectiva de novos produtosque está a desenvolver-se por sisem esperar subsídios do Esta-do”, alertou ainda o governante.

Para o Governador Civil, oOSC representa a valorizaçãotanto de um produto como deuma região: “Pode servir de com-plemento e de identidade atécultural para que, nesta terra,

se afirme uma centralidadeneste caminho”. “A melhor afir-mação de cada uma das regiõesé a valorização daquilo em queela é diferente”, acrescentouPaulo Fonseca, para quem a es-trutura florestal do distrito é de-masiado importante para não seraproveitada economicamente.

O Presidente da Câmara Mu-nicipal salientou a relevância doOSC, que pretende atribuir maisvisibilidade ao sector da cortiça,

ser um centro de investigação,sensibilizar os mais jovens epromover as exportações.

Coruche é o maior produtorcorticeiro nacional, representan-do 10 por cento de toda a pro-dução. O Observatório é umaideia gerada há dois anos e,segundo Dionísio Mendes,deverá estar pronto até ao finaldeste ano. Na iniciativa, foiapresentado o estudo “Inventá-rio Nacional de Mortalidade do

Sobreiro” que incidiu sobre aidentificação, delimitação equantificação das zonas de de-clínio daquela espécie. Realiza-do pela Universidade de Évora,o documento concluiu existemcerca de 330 mil árvores mortas,o que representa cerca de 7,4milhões de quilos de perda esti-mada de produção de cortiça,número que não afecta a econo-mia do sector.

No distrito de Santarém, osconcelhos da Golegã, da Lezíriado Tejo, e de Vila Nova da Bar-quinha, no Médio Tejo, são osque apresentam maiores níveisde mortalidade. O estudo, quedurou cerca de um ano e meio,apresenta os solos e a sua mobi-lidade, os declives e a precipi-tação como as principais causaspara a mortalidade dos sobrei-ros.O evento, no qual tambémestiveram presentes o Presiden-te da Autoridade Florestal Na-cional e diversos representantesdistritais, serviu ainda para pro-ceder à entrega do alvará de orga-nização interprofissional flores-tal do Ministério da Agriculturaà FILCORK.

Secretário de Estado anuncia em Corucheparceria com Observatório da Cortiça

Aconteceu em 3, 4 e 5 de Outubro, associado às 20.ªJornadas de Gastronomia, uma mostra de artesanato, dePaulo Fatela, no restaurante “MIRA RIO” em Coruche.

Foi com enorme satisfação, que se registaram muitasvisitas e se confirmou que estes eventos (gastronomia eartesanato) formam uma simbiose perfeita.

Paulo Fatela, afirma que “Aqui Está Coruche” não foisó a denominação escolhida para a mostra apresentada,mas um projecto que visa promover e divulgar a nossa terra“CORUCHE”, através de imagens que caracterizam o con-celho, pintadas sobre as mais diversas peças (artesanais).

As Jornadas de Gastronomia têm, na sua essência, a

função de preservar a nossa cultura, também o artesanatode Coruche é cultura, devendo ser, igualmente, dinami-zado. São iniciativas, como teve proprietário do restauran-te Mira Rio, e outras, que contribuem para a preservação edesenvolvimento da manifestação de arte popular que é oartesanato.

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 31 • Novembro de 2008 29

Mostra de Artesanato, de Paulo Fatela““AAqquuii EEssttáá CCoorruucchhee””

Entrada do Restaurante “Mira Rio” Peças: “A Vinha e o Vinho”

Fotos: Nuno Ribeiro

Peças: “Sabores de Coruche”

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Bem escondidos em sua casa, guarda os seusTesouros, três magnificas construções de modelismonaval e uma de aeromodelismo, constituem o espó-lio deste homem que dedicou alguns anos à cons-trução de uma réplica perfeita de uma das caravelasque levou Vasco da Gama à India, do famoso Titanice do Navio Escola Sagres. O avião vem por acrésci-mo.

“Este que aqui está levei dois anos a construí-lo”– diz Joaquim Laranjo, mostrando orgulhosamente acaravela, que é a menina dos seus olhos!

Esta paixão surgiu quando apareceram uns kitsmais pequenos que bastava colar as peças. “Mas nãome satisfaziam, queria mais, queria coisas mais per-feitas e mais trabalhosas! E quando vi pela primeiravez a caravela, foi amor à primeira vista!” – relem-bra. Peças minúsculas, em ferro e madeira, são aprova do tempo que cada uma destas pequenas ma-ravilhas demoram a construir, muitas e muitas horasde paciência com muitos escudos e euros gastos àmistura.

“Quando fazemos um filho, fazemo-lo por gostoe a seguir vem outro, e assim foi, depois veio oTitanic, mais dois anos de colagens, soldagens, pinta

daqui pinta dali, entre muitos outros pequenos masimportantes pormenores”!

Cada kit de construção vem de Espanha, “o queé lamentável” – diz Laranjo, “pois na maioria dasvezes os portes de envio são muito superiores à en-comenda”.

Em fase de acabamento encontra-se o Navio Es-cola Sagres, que também tem a sua própria beleza, epormenores de encher a o olho!

“A próxima construção será a réplica do barcoa vapor que subia o Mississípi na famosa série dedesenhos animados Tom Sawyer, talvez a última, nãoque eu queira morrer!”.

É o seu próximo sonho, desafia ainda a CâmaraMunicipal a fazer os planos de montagem à escala atriplicar, pagam o material e Joaquim Laranjo con-strói o barco e coloca-o no rio Sorraia Para quemquiser brincar! Quando lhe fiz a pergunta se gostariade expor a sua obra, respondeu-me que sim com o arsério e convicto que quem o conhece, sabe que tam-bém lhe é característico. “Sim gostava, gostava deum dia poder expor as minhas obras, todas as mi-nhas obras, todos os meus tesouros escondidos, quenão são só estes!”.

Tesouros escondidos

Joaquim LaranjoTexto e fotos: José António Martins

... gostava de um dia poder expor as minhas obras,todas as minhas obras, todos os meus tesourosescondidos, ...

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•• Artesanato eem CCoruchePaulo Fatela

ARTE & CULTURA

Tenho exposto em feiras de artesanato, comblocos, álbuns fotográficos e dossiers para re-ceitas culinárias.

Dedico-me também à “reconstrução de li-vros” sendo este trabalho muito interessante e“importante”.

Actualmente a minha mulher, Rosa, tam-bém colabora comigo, pinta diversas imagensnos blocos que eu executo.

António Monteiro poderá ser contactado narua Alto do Marau – Foros do Paul – Coruche,na Associação de Artesanato de Coruche bemcomo em diversas papelarias de Coruche

Freguesia de Coruche

Artesão: António Monteiro

ROSADO & CATITAMontagens de Alumínios, Lda.

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•Rua do Alto do Marau – Foros do Paúl

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•Portões Basculantes para Garagens

Fotos – Paulo Fatela

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 31 • Novembro de 2008 31

António Monteiro fala de si

Comecei por dedicar alguns tempos livresa fazer encadernação, há cerca de cinco anos,vontade que surgiu um pouco na sequência daminha actividade profissional e de muitacuriosidade nesta área.

Após ter iniciado a actividade de encader-nação, como autodidacta, e por convite de Pau-lo Fatela, tornei-me associado da “CORART –Associação de Artesanato de Coruche”, aí de-senvolvi alguns projectos.

Por sugestão do Paulo, comecei a executarblocos de apontamentos, álbuns fotográficos,dossiers para receitas culinárias e a funcionar,aos fins-de-semana num espaço designadocomo “Corart – Artes e Ofícios” na área da en-cadernação. Participei em diversos ateliês parajovens.

Blocos, Álbuns fotográficos (revestidoscom tecidos tradicionais)

Encadernação ereconstru;\ao de livros

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O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 31 • Novembro de 200832

QUEM SOMOSSomos uma Fundação de carácter social sem fins lucrativos que temem vista a promoção do desenvolvimento social e humano, ajudandoao combate à pobreza absoluta em Moçambique.

COMO SURGIMOSSurgimos na província de Sofala, no ano de 2002, a partir de activi-dades pontuais de apoio às famílias mais carenciadas dos trabalhadoresda fábrica da Lusalite, situada no Dondo.No ano de 2006, a responsabilidade social da Lusalite Grupo torna-seuma prioridade, dando origem ao processo de criação da FundaçãoLusalite Vida (F.L.Vida). No ano seguinte, 2007, o âmbito alargado deintervenção e profissionalização conduzem à implementação de umvasto e ambicioso programa denominado “Programa Integrado para aRedução da Pobreza Absoluta no Dondo, Sofala”. Neste mesmo ano teve início o “Projecto Sakana” (denominação cor-rente para a avaliação do Piri-Piri) que traduz a vertente da auto-sus-tentabilidade do rendimento familiar, missão da F.L.Vida

O QUE QUEREMOS– Queremos melhorar as condições de vida das famílias do Dondo, no

âmbito social, educacional e habitacional – Queremos uma melhoria da capacidade de resposta no sector da

saúde, com especial incidência nas vertentes da nutrição, vacinaçãoe prevenção do HIV sida, malária e tuberculose.

– Queremos participar no fortalecimento da preservação e divulgaçãodos valores culturais, paisagísticos e ambientais do Dondo, comespecial relevo na protecção da sua Floresta e dos seus recursos na-turais.

– Queremos melhorar as capacidades técnico-agrícolas e agro-pecuá-rias das famílias do Dondo, aumentando assim os seus níveis deprodução local.

– Queremos melhorar o acesso ao mercado de trabalho dos jovens doDondo, através de ensino técnico-profissional.

– Queremos cooperar e estabelecer parcerias com organizações e enti-dades, de natureza pública ou privada, nacionais ou internacionaisque partilhem dos princípios e objectivos da F.L.VIDA

O QUE FAZEMOS– Fazemos com que a população do Dondo veja minimizada a inci-

dência de doenças infecto-contagiosas;– Fazemos com que as famílias do Dondo aumentem o seu bem-estar

social, garantindo o acesso dos seus filhos à escola, à creche e aoATL;

– Fazemos com que as crianças que frequentam o ATL da FLVida me-lhorem a sua alimentação, com almoço diário, através do projecto doapadrinhamento.

– Fazemos com que mulheres e jovens desempregados dinamizemactividades culturais e associativas de divulgação dos valores cultu-rais e paisagísticos da província de Sofala;

– Fazemos com que a população jovem tenha acesso ao EspaçoMultimédia do Centro de Formação Profissional da FLVida, aumen-tando o seu nível cultural e o seu conhecimento informático.

– Fazemos com que a maioria das famílias aumente a capacidade decomercialização de especiarias (piri-piri), de produtos locais hortí-colas secos e de produtos agro-pecuários;

– Fazemos com que seja conferida a possibilidade de cada família doDondo, produzir o seu próprio piri-piri, sendo garantida pela FLVidaa compra, a um preço justo, e a respectiva comercialização do pro-duto final.

– Fazemos com que o nivel de desemprego baixe, com o acesso da po-pulação do Dondo ao Centro de Corte e Costura, aumentando orendimento familiar.

E fazemos muito mais…..!!!

A NOSSA EQUIPA:Helena e Duarte - os MentoresHelena - nos ProjectosMercia - no TerrenoAna - o Apoio na SedeCabrita - no PatrimónioCélia - na SaúdeFlorinda - na Organização

COMO COLABORAR:• Ser Sócio• Ser padrinho de uma criança• Ser Voluntário (e-mail para flvida)• Donativo• Estatuto de mecenatoCONTACTOS:Na sede: Av. Mao Tse Tung, nº 796 Maputo MoçambiqueTel.: (+258) 21 499626. Fax: (+258) 21 488 726e-mail: [email protected] terreno: Estrada Nacional nº 6 Dondo MoçambiqueTel./Fax: (+258) 23 950 476E-mail: [email protected]

FFuunnddaaççããoo LL.. VVIIDDAAPara que as crianças do Dondo (Aldeia Africana situada no centro de Moçambique) tenham umarefeição diária, e possam deslocar-se à escola mais próxima (cerca de 5 km), precisam de alguém quequeira fazer a diferença! Precisam de um padrinho/madrinha. De alguém que se preocupe com elas!

SER PADRINHOO que é

É alguém que concretiza a sua preocupação ajudando a crescer uma criança concreta:– Suportando o custo de uma refeição diária – Apoiando na sua formaçãoEstas crianças, apesar de na sua maioria viverem com a família, vivem no limiar da pobreza absoluta,onde a fome e o absentismo escolar imperam.

Como funcionaCada pessoa interessada

1. Apadrinha uma criança do nosso ATL – e ao fazê-lo compromete-se a contribuir com uma verbade 130 €, anual, por um período de 3 anos, para que a criança possa receber uma refeição diária, mate-rial escolar e uniforme (obrigatório em Moçambique). 2. Efectua o seu depósito numa destas contas:

PORTUGAL MOÇAMBIQUEBANCO ESPIRITO SANTO BANCO BCI FomentoNOME: APOIAR NOME: FUNDAÇÃO LUSALITE VIDAConta 0076 4155 0003 CONTA: 1441633510001NIB 0007 0007 00641550003 50 NIB 000800001441633510180IBAN PT50 0007 0007 0064 1550 0035 0SWIFT/BIC BESCPTPL

Não se esqueça de enviar o seu nome, morada e nº de contribuinte.3. Comunica com a criança pelo menos 1 vez por ano – poderá fazê-lo contactando as responsáveis pelo projecto do apadrinhamento no Dondo, HelenaAleixo e Celina Luis [email protected]

A FUNDAÇÃO L. VIDA– Manterá um registo actualizado da evolução da criança ao longo do período de apadrinhamento, efornecer-lhe-á todos esses dados.– Informará a criança e a Responsável da Creche dos dados do Padrinho ou Madrinha, se assim odesejar.– Com vista à coordenação deste projecto em Portugal, a FLVIDA estabeleceu uma parceria com aAssociação Portuguesa de Apoio a África – APOIAR, que lhe emitirá um recibo da importância rece-bida, dedutível no IRS.

FUNDAÇÃO L.VIDAEstrada Nacional 6 – Dondo, BeiraMoç[email protected]: [email protected]

APOIARAv. Venezuela, 492765-455 [email protected]

A fome é uma realidade! Ajude a Fundação L. Vidano novo Projecto do APADRINHAMENTO.

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A manhã despertava com avisita a uma escola daqui doConcelho, daquelas que o tem-po faz ressuscitar pelo aumentodo número de crianças, contra-riando a vaga de encerramentodas escolas do primeiro ciclo doensino básico.

O mapa de encerramentopassou ao lado desta, porque deencerrada passou à categoria deescola aberta, ali se tinha recria-do uma nova paisagem educati-va.

Os contornos das velhinhasjanelas, de alumínio lacado comverdes tons de esperança, deix-avam antever paredes comletras, umas gigantes e outrasanãs, umas verdadeiras obrasesculpidas com o lápis e outras,libertavam o som das antigasmáquinas de escrever. Já dentrodo recreio, rastos de brincadei-ras deixados na areia, revelavamos promissores jogadores defutebol e as corridas à volta daroda com o lenço que se põe evolta a rodar, até cair sem espre-itar! Mas a hora era a mais apro-priada! Sem toque nem relógiode ponta, entravam na sala darefeição os actores principaisdaquela manhã de Outono tãocheia de verão. Lá se iam sen-tando, pela forma geométricadas mesas, que os punha frente afrente com o professor e osrestantes colegas.

Mais do que uma classe outurma, o que vi foi uma famíliacom tarefas distribuídas, gostospartilhados, aprendizagens vivi-das com a emocionante vontadede saltar das cadeiras para con-tinuar uma rabía por desforrar,mas tudo isto dependia da con-hecida palavra mágica da auxil-iar que, num sorriso cúmpliceao deles, lhes permitia irem atéao reino das areias.

E assim foi…eu também fuisurpreendida pela rapidez comque o professor passava decapitão de equipa a ponta delança ou de mestre a amigo damalta. E neste instante veio àmemória as palavras da Profes-sora Maria José Balancho, no

seu artigo tão conhecido para osprofessores que ousam desafiaras leis da gravitação do ensino-aprendizagem, os que ela apeli-da de professores Poetas. Artigoesse que passarei a reproduzirmais à frente, porque nada me-lhor do que perceber a abençoa-da loucura que para alguns, éser Professor

Olhei para a parede por cimada sua cadeira, e perguntei-lhequem tinha feito aquela bandei-ra de papel que representava oNosso Portugal, e numa imedia-ta convicção respondeu que,andava sempre com ele pelasmuitas escolas que já conhecerae irá certamente conhecer.

O sorriso dos dois esclareceuas mais ténues dúvidas quepudessem existir acerca do queestávamos ali a fazer, para ondedevia ir a educação, para queserve e quem realmente somos.

Ali estava o sinal inequívocode que o professor tinha a moti-vação para o ser. A sua versatili-dade não espanta os que sabemdefinir o verdadeiro professor,aquele que mais do que tudocentra na relação pedagógica,uma comunicação de rostos, deexperiências de gente que seouve e sabe comunicar, ultra-passam a mensagem intelectuale cognitiva da aula para fazerdela um recado afectivo, umamensagem para o Ser.

Muitos, mas mesmo muitos,sabem jogar com as peças quese lançam logo, no momentoprimogénito desta relação, naprimeira aula de todas as outrasque compõem o ano lectivo.

Outros há que, na primeiraaula, fazem a sua despedida esão recusados pela forma comose situam no espaço da sala deaula, quantas vezes inconscien-tes deste facto.

Estar dentro da sala é estarcom a turma, desde o começo detudo o que é desconhecido, nãoé criar um refúgio, que até podeser a simples secretária ou umcanto, ou melhor, um cantinho,onde a quietude do corpo é vistacomo um sinal de distanciamen-

to e de medo. A medida de todasas aulas é a primeira. Se a medi-da foi demasiado severa, autori-tária e deixando transparecersinais de futuras batalhas, entãoestejamos certos que iremos ter,uns valentes gladiadores, mas sea medida for visível, num olharcomprometido e situado, numaempatia de face e numa vozcolocada ou vinda do interior,aquele momento de apresen-tação passará a ser visto comoalgo que se deseja repetir ouconhecer mais e melhor.

Assegurada a empatia e acuriosidade, o professor podepassar para o exercício da moti-vação, o gosto de aprender, cujamissão consistirá em despertar eidentificar, através de técnicaspedagógicas e didácticas, as ne-cessidades, as motivações queexistem em cada aluno.

Mas imperioso é não esque-cer que “O aluno só se implicana situação educativa se for seuinteresse pessoal atingir esseobjectivo”, tal como nos diz ofilósofo da educação, MarcelPostic, a propósito da relaçãoeducativa.

Curtas reflexões, que parti-lho com o leitor, não mais doque isso, nem grandes teoriasfundamentam estes apontamen-tos, mais que tudo isso, e muitopara além do amigo Magalhãesque virá um dia, é o mundo dasvivências, dos momentos únicosdentro de uma pedagogia dialó-gica, centrada na Palavra e naHistória que cada um traz paradentro da sala e leva para fora daescola.

Naquela manhã, reconhecina figura daquele professor, osmuitos professores que percor-rem distâncias incontáveis paraos seus processos individuais,nem tão pouco para a sua pro-gressão na carreira, aliás a ava-liação desempenho em nadaatrapalha o seu profissionalis-mo, tão comum nas respostasque esta classe teve de se habi-tuar a dar, quando são colocadosem causa direitos e deveres queas medidas políticas tendem aencobrir.

As suas lutas podem conti-nuar, não está em causa tal rea-lidade, contudo, a sua adaptaçãoé conduzida com a consciênciaque não podem largar o leme dobarco, mesmo quando a buro-cracia preenche parte das reu-niões e dos conselhos de do-centes, desfilam legislações saí-das à pressa do gabinete da ave-nida, preparam-se aulas no finaldo dia, contam-se as piruetas

estratégicas que para os maisdesmotivados tem que se fazere, para além de tudo o resto, nooutro dia, há que substituir ocolega na turma mais pertur-badora da escola.

E lá continuam, na manhãseguinte, a abrir a porta de umaqualquer sala, de uma qualquerescola para uma turma que jánão é uma qualquer turma, sim-plesmente são os seus alunos osque mais perto estão de o conhe-cer como o “S'tor”, o “Prof.” ouo Captain my Captain!

Deixo-vos com as palavrasde uma Professora, a sua leituraaviva a nossa consciência dosvalores do acto de ensinar, afas-ta os fantasmas e os medos quetantas vezes se adquire ao longodesta profissão, reconfigura aposição na sala de aula e na es-cola, para além de ter a vanta-gem sublime, de nos fazer ques-tionar sobre o tipo de professorque Somos.

“Para se ser professor emPortugal, das três uma: ou se é“puro”, ou se é “poeta”, ou se é“pendura”.

Dos últimos não rezará a his-tória. Vendedores de aulas emsaldo, mercantilistas da ignorân-cia, não arriscam o sono, nemqualquer investimento pessoal.Seguem os manuais que nuncaleram e saltam as matérias quenão entendem.

Agentes reprodutores dasfaltas de castigo, atingem per-formances imbatíveis na médiadiária de alunos que expulsamdas aulas. (...).

Dos “puros”, talvez já reze ahistória...

Cordas vocais desgastadaspelo tempo, cumpridores e dedi-cados, carregam aos ombros aresponsabilidade eterna de ensi-nar. Meticulosos com o progra-ma, solidários com a obrigação,sabem a matéria de cor e recu-sam-se a acrescentar uma vírgu-la. Reconfortada a consciêncianos parâmetros do dever, nãoreivindicam, não reclamam, nãose insinuam. São professores,sempre o foram, sempre ensina-ram, antes com sucesso, agoracom insucesso.

Nem mesmo assim se ques-tionam. Para quê? A reforma jánão tarda e a casa fica tão per-to...

Dos “poetas”, desses sim, re-zará a história.

São tão ingénuos como osoutros, tão mal pagos com osoutros, tão assíduos como osoutros, mas tão loucos como osoutros não são. É essa a princi-

pal virtude. Vingam-se da pró-pria condição e do próprio esta-tuto, transformando o acto ensi-nar num sabor de gelado noVerão ou de chocolate quente noInverno.

Apaixonam-se pelas coisas,emocionam-se com as pessoas,reivindicam dos poderes divi-nos, para, logo a seguir, esque-cerem as guerras, porque se tor-nam incómodas.

A aula é um gosto por si,com matéria estabelecida ousem ela, e ser professor é umainteracção de linguagens.

Vibram com o entusiasmo eprovocam-no. São lideres nasviagens que proporcionam atra-vés do imaginário e param emtodas as estações do insólito edo divertido.

Saltam janelas e grades,mergulham na vida e a aula ilu-mina-se e transfigura-se. Não hápausas nem compassos, porquetodos os minutos têm o mesmosentido de cumplicidade e derisco, o mesmo prazer de estar:em ironia, em tristeza, em trans-parência, em descoberta, emalegria em aventura.

E durante todos os momen-tos se processa o ensino/apren-dizagem, na sua maior dimen-são

Estes são os verdadeiros pro-fessores, aqueles que os alunosnão esquecem e conquistamquase sempre um lugar nas pá-ginas dos seus diários. Extra-vasam a escola e permanecemna memória, porque têm a cora-gem de incentivar o acto de vi-ver.

São motivadores das apren-dizagens e referências alternati-vas ao tédio e ao conformismo.

Não precisam de estátuasnem de monumentos.

Tornam-se personagens deficção e contrariam as leis dapsicologia humana.

Frued ficaria agastado.Mas são estes que estrutu-

ram os homens, os ajudam acrescer e crescem com eles nashistórias que sempre se contam:“Uma vez tive um professorque...”

“E consoante o real imaginá-rio de cada narrativa, assim sãoapresentados: como sonhadores,como heróis ou como mitos;loucos quase sempre.

Abençoada loucura!”

in Noesis, Dez/Jan/Fev., 1993/1994

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O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 31 • Novembro de 2008 33

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Realiza-se no fim-de-sem-ana de 8 e 9 de Novembro maisuma feira Vin&Cultura naaldeia alentejana de Ervidel,conhecida pela produção devinho.

Durante os dois dias, alémda famosa rota pelas adegas,acompanhada sempre de ani-mação musical, ainda há, ex-positores com os mais diversosmateriais (desde pintura, doça-ria, artesanato, etc.) e, na adegacolectiva, animação noite fora.

Passe um fim-de-semanadiferente na planície alentejana!

Secretário-Geral das Nações Unidas afirmouque a situação no leste do país representa umaameaça a segurança regional.

Ban Ki-moon, declarou, nesta sexta-feira, emNova Deli, capital da Índia, que está profunda-mente preocupado com a crise na República Demo-crática do Congo. Ban afirmou que a situação noleste do país representa uma ameaça à segurançaregional.

Direitos HumanosO Secretário-Geral pediu o respeito do cessar-

-fogo em vigor e apelou aos líderes dos países naregião para que tomem medidas concretas para aconsolidação da paz.

A alta comissária de Direitos Humanos das

Nações Unidas, Navi Pillay, também manifestousua preocupação sobre o número crescente demortos e outras violações dos Direitos Humanosnos últimos dias, na província de Kivu Norte.

Pillay disse que em Goma, capital da provín-cia, os principais responsáveis pelos saques, vio-lações sexuais e assassinatos são soldados doexército congolês.

SaquesAinda nesta sexta-feira, o Alto Comissariado

da ONU para Refugiados, Acnur, anunciou queestá investigando informações sobre saques noscampos para deslocados internos no norte deGoma. Os detalhes são do porta-voz do Acnur,Ron Redmond.

Segundo Redmond, o Acnur recebeu relatosde que vários acampamentos, perto da cidade deRutshuru, tinham sido queimados e as pessoasevacuadas a força.

Marco Alfaro, da Rádio ONU em Nova York

O sucesso de bilheteira chega agora em formato DVD. Sexo e aCidade:

O Filme reúne as amigasmais famosas de New Yorkem torno de um grande acon-tecimento. Mas nada acon-tece sem que, no meio, hajainúmeras (e deliciosas) aven-turas.

As personagens você jáconhece (ou, pelo menos ou-viu falar), são elas Carrie(Sarah Jessica Parker), Sa-mantha (Kim Cattrall), Char-lotte (Kristin Davis), Miran-da (Chyntia Nixon) e Mr. Big(Chris Noth).

Um filme para todos,mesmo para os que não viama série!

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 31 • Novembro de 200834

• SUGESTÕES DE LEITURA de Mário Gonçalves

• O Meu Primeiro Larousse dos Quem é?Sabia que para o navegador português Fernão de Magalhães conseguir provar que aterra era redonda, partiu de Espanha para efectuar a primeira volta ao mundo à vela?Dirigido a públicos de palmo e meio (crianças dos 5 aos 8 anos), este livro da Campodas Letras é um compêndio de cultura universal indispensável para miúdos, e atégraúdos. Breve, conciso e ilustrado, o livro responde de forma simples e muito inter-essante às múltiplas interrogações da história. Da pintura à escultura, passando pelareligião, o desporto ou a história. Quem são os reis e rainhas? Quem são os sábios?Quem são os monstros? Os inventores, os espiões, as estrelas, os super-heróis, osimperadores ou os atletas? O Meu Primeiro Larousse explica!• O Universo Eléctrico"O Universo Eléctrico" retrata-nos a verdadeira e surpreendente história da electrici-dade, e a forma como esta transformou o mundo. O livro é uma aventura científicaonde, no palco da electricidade, se cruzam heróis e vilões que encantam e arrepiam.Publicado com grande êxito em Portugal pela mão da Gradiva, a obra da autoria deDavid Bodanis foi contemplada, em 2006, com o Prémio Aventis, galardão que dis-tingue o melhor livro de ciência em língua inglesa. Dividido em cinco capítulos(Fios; Ondas; Máquinas de Fazer Ondas; Um Computador feito de Pedra; O Cérebro; eMais Além), a obra destaca os avanços científicos que passaram pela teia da electrici-dade. Esse cenário permitiu ao autor, um exímio contador de histórias, cruzar episó-dios de romance, inspiração divina e fraude.

• Para Além do QIEste livro da Quarteto é uma profunda reflexão sobre as consequências e implicaçõespedagógicas da evolução do termo "inteligência". "Para Além do QI", da autoria daprofessora universitária Alexandra Branco, responde-nos a uma série de interro-gações relativas à inteligência. Será que a inteligência cresce com a idade? Serão asqualificações práticas inatas? Há inteligentes e burros? A autora passa em relevo asdiferentes teorias de um conjunto de estudiosos que, ao longo das suas vidas, sededicaram a este facto. De Siegler a Case, passando por Piaget, Bruner, Alfred Binet,Freud, entre muitos outros. São, no total, sete capítulos de grande interesse. A obratermina com os contributos das novas concepções de inteligência para a formação deprofessores.

• CamaradasIntegrado na colecção "Grandes Biografias" das Publicações Europa-América, aobra intitulada "Camaradas" é um fiel retrato da história mundial do comunismo.Robert Service, um especialista da história da Rússia moderna, autor das obras"Lenine" e "Estaline", acaba por alargar a sua investigação à história do comunismoa nível mundial. As fontes que sustentam esta interessante obra (independentementedas convicções políticas de cada um) são diversas, algumas das quais inéditas eencontradas em diversos locais do mundo (da URSS à Europa Ocidental, passandopela China e por Cuba). A obra divide-se em seis distintos capítulos, cronologicamentealinhados, descritos e ilustrados. A primeira parte fala das origens do comunismo até aoano de 1917. Seguem-se os capítulos que o autor designa de "Experiência","Desenvolvimento", "Reprodução", "Mutação" e "O Fim - a partir de 1909".

A não perder . . .

Telma Leal Caixeirinho

SUGESTÕES

DVD

Sexo e a Cidade: O Filme de Michael Patrick King

Este é o filme de que todosfalam. Um olhar sobre a vidade um homem que (pelas pio-res razões, digo eu) ficará nahistória.

Chama-se George W. Bush.W., simplesmente W. mereceser visto, mais que não fossepela excelente interpretação deJosh Brolin como protago-nista.

A realização está a cargo deum dos Senhores do Cinema,Oliver Stone.

A não perder!

CINEMA

W. de Oliver Stone

FEIRA/EXPOSIÇÃO

Vin&Cultura em Ervidel

Ban pede que respeitemcessar-fogo na RD Congo

cortesia: http//radio.un.org/por

www.un.org/av/radio/portuguese/partnerships.html

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O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 31 • Novembro de 2008 35

Hoje vamos iniciar a nossa habitualcrónica de xadrez com a solução do pro-blema proposto na anterior edição do jor-nal.

Sendo assim, e depois de uma análiseda posição do problema, as peças brancasestão a sentir o xeque-mate com a entra-da do Cavalo na casa f6 ou na casa e7.

Na casa f6 é apenas um sonho pois aspeças pretas têm a Dama e o seu Bispo aproteger tal casa. Se a Torre preta nãoestivesse na casa e8 o lance fatal seriaCe7 e xeque-mate. Sendo assim a estraté-gia das brancas é afastar e de forma obri-gatória a Torre preta da casa e8.

Ora, as brancas podem fazer tal sacri-ficando a Dama com 1.DxC+, e as pretassão obrigadas a jogar 1….TxD e assim acasa e7 está sem protecção para o lancefatal das brancas, i.e. 2.Ce7++.

Depois de transmitirmos o movimen-to do Rei (ver edição de Outubro) vamosaprender o movimento da Dama e doBispo. A Dama é uma peça de uma mobi-lidade muito interessante o que faz damesma uma peça muito valiosa no jogo.

A Dama joga para todo o lado atéonde puder (e quiser), ou seja, joga pelaslinhas, colunas e diagonais as casas quedesejar, ver diagrama.

De seguida o movimento do Bispo. OBispo joga apenas nas diagonais até ondepuder (e quiser). Cada jogador tem à suadisposição (no início do jogo) 2 Bispos,um joga apenas nas diagonais brancas e ooutro joga apenas nas diagonais pretas,ver diagrama.

No desafio deste mês as peças bran-cas jogam e ganham com um lance ge-nial, não perca a solução na próxima edi-ção no nosso jornal:

De seguida pequenas histórias soltassobre esse fantástico jogador de xadrezque foi Bobby Fischer. No final dos anos90 surgiu no ICC (Internet Chess Club)um jogador anónimo que superou muitosdos melhores jogadores do mundo emjogos relâmpago de 3 minutos, e rapida-mente se disseminaram os boatos de queeste jogador poderia ser Bobby Fischer.Nada ficou comprovado e até hoje não sesabe quem foi este jogador, mas um epi-sódio envolvendo o vice-campeão mun-dial Nigel Short foi bastante marcante.Short havia sido informado sobre estas“aparições”, mas não as levava a sério,até que em certa ocasião foi convidadopor um “guest” para uma partida. Eleaceitou e o guest começou a jogar lancesexóticos e passear com o Rei pela frentedos Peões logo nos primeiros lances.Porém, repentinamente, depois de inten-cionalmente ter degradado muito a pró-pria posição, o guest passou a jogar lan-ces fortíssimos e o venceu. Jogaram vá-rias outras partes, e em todas elas o guestpasseava com o Rei, deteriorava a pró-pria posição, e depois começava a jogar“para valer” e vencia.

Ao relatar o episódio, Short apresentavários motivos para ter concluído que defacto foi Fischer quem o venceu daquelamaneira. Short comentou que há algunsmeses ele havia empatado em 12x12 ummatch relâmpago contra Kasparov, por-tanto não havia muitas pessoas no mundoque pudessem vencê-lo por 7x0 ou algoassim, sobretudo iniciando o jogo comhandcap de roque e vários lances a mais,aliás, provavelmente só uma pessoapoderia ter feito isso: Bobby Fischer.

Outra curiosidade interessante foi asua participação via telefone, devido aoembargo económico imposto pelos USA,no memorial de Capablanca, disputadoem Havana, o qual terminou em segundolugar.

Continuando com a biografia doscampeões do mundo. O terceiro campeãodo mundo em xadrez foi o cubano JoséRaul Capablanca (campeão mundialentre 1921-1927).

Nasceu em 19 de Novembro de 1888,em Havana. Capablanca aprendeu ajogar xadrez ao cinco anos vendo o seupai a jogar.

O genial “Capa” era conhecido como“a máquina de xadrez” devido à purezado seu estilo de jogo.

Aparentemente esmagava os seusadversários com simplicidade e com umaformidável elegância. Era um jogadorque não preparava muito a sério as suaspartidas. Era um favorito do público, umhomem do mundo, sem dúvida uma dasfiguras mais admiradas e lendárias dahistória do xadrez.

Não deixa de ser curioso que as figu-ras mais lendárias do xadrez tenhamnascido no continente americano: Mor-phy, Pillsbury, Capablanca e Fischer.Embora Capa e Fischer fossem dois esti-los totalmente opostos. Enquanto Fischervivia de forma intensa e diária o xadrez,Capa não preparava muito o seu estilo dejogo, por exemplo não era muito fortenas aberturas e suas variantes e vivia, oseu dia-a-dia afastado do mundo fantásti-co do xadrez. Mesmo assim, Capablancapossuía uma incrível habilidade de rapi-damente piscar o olho numa posição eintuitivamente captar suas característicasessenciais.

O seu estilo, um dos mais puros ecristalinos em toda a história do xadrez,assombra pela sua lógica. Este grandejogador posicional foi, por assim dizer,um sucessor natural e espontâneo da es-cola de Steinitz.

Segundo Lasker, Capa se norteia pelalógica das posições estáveis, valorizaapenas aquilo que tenha um fundamento:solidez da posição, pressão nos pontosfracos. Não confia no imprevisto, aindaque seja um mate de problema, no mo-mento necessário ele descobre e realizacombinações subtis e profundas.

Muito diferente de Lasker, o grandepsicólogo, Capa claramente subestimavao papel do elemento psicológico no xa-drez, dizendo: quando se senta para jo-gar, é preciso pensar apenas sobre a posi-ção, e não sobre o adversário.

Para Capa a psicologia só atrapalhavao caminho do verdadeiro xadrez.

De seguida uma partida de Capablan-ca contra Lasker para o campeonato domundo em 1921, em Havana.

J. Capablanca – E. Lasker

Campeonato do Mundo, Havana, 1921Gambito de Dama

1.d4 d5 2.Cf3 Cf6 3.c4 e6 4.Bg5Cbd7 5.e3 Be7 6.Cc3 0-0 7.Tc1 b6 (mel-hor seria 7…c6! ou 7….a6!) 8.cxd5 exd59.Da4 c5!? (um lance corajoso e arrisca-do, envolvendo um sacrifício de peão)10.Dc6 Tb8 11.Cxd5 Bb7 12.Cxe7+Dxe7 13.Da4 Tbc8? (correcto seria13….Bxf3) 14.Da3! De6 15.Bxf6! Dxf616.Ba6! (Capa consegue vantagem comuma série de lances precisos) 16….Bxf3!(única situação prática para Lasker)17.Bxc8 Txc8 18.gxf3 Dxf3 19.Tg1 Te8!20.Dd3 g6 21.Rf1 Te4! (a engenhosaideia de Lasker impressiona) 22.Dd1Dh3+ 23.Tg2 Cf6 24.Rg1! cxd4

25.Tc4! (esplêndido) dxe3 26.Txe4Cxe4 27.Dd8+ Rg7 28.Dd4+ Cf629.fxe3! De6 30.Tf2 g5 31.h4 gxh432.Dxh4 Cg4 33.Dg5+ Rf8 34.Tf5 h5!35.Dd8+ Rg7 36.Dg5+ Rf8 37.Dd8+Rg7 38.Dg5+ Rf8 39.b3!? (mais forteseria 39.Dxh5!) 39…Dd6! (brilhanteresposta) 40.Df4! Dd1+ 41.Df1 Dd742.Txh5 Cxe3 43.Df3! Dd4! 44.Da8+?!Re7 45.Db7+ Rf8?? (erro terrível)46.Db8+ e as pretas abandonam (1-0)

Um jogo com história

Xadrez por: Fernando Carapau

Matemático da Univ. de Évora

ANUNCIENO JORNAL

DE CORUCHE

Tlm: 91 300 86 58

Pub.

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O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 31 • Novembro de 200836

Agência Funerária Jacinto, Lda.Funerais, Trasladações e Cremações

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BAPTIZADOS

IGREJA DO CASTELODia 11 - Carolina Sónia Esgueira

Rodrigues - Afonso Miguel FilipeTacão - Afonso Maria de SousaHeliodoro - Luís Duarte PirralhoCésar Pinto

Dia 18 - Guilherme Carolino dos SantosCalção - Eduardo Carolino dosSantos Calção - Maria Do CarmoSantos Calção Tavares Morais - RitaMaria Pinto Silva

Dia 25 - Rodrigo Emídio SoaresAlarcão Potier

IGREJA MATRIZDia 25 - Joaquim Vidigal Marques de

Oliveira - André Vidigal Ferreira deOliveira

IGREJA DA ERRADia 4 - Mariana Tadeia Pinto dos SantosDia18 - Maria Francisca Cardoso Leal

Feliciano

IGREJA DO BISCAINHODia 11 - Tomás do Coral Ribeiro

Queirós Pereira

FALECIMENTOSDia 2 - José Penteado - 83 anosDia 3 - Maria Eugénia Rodrigues

Aivado Amaro - 86 anos - AlbertinaMaria - 74 anos

Dia 4 - António Pedro Justino - 76 anos- Elisa Camilo Batista - 87 anos

Dia 5 - António Vieira Alves - 74 anos Dia 6 - Ana Prates Castanha - 82 anos Dia 7 - Marcelina Pereira Canejo - 81

anos - António Casimiro - 86 anos Dia 8 - Francisco Justino Ferreira - 59 Dia 12- Nazaré Marques Romão - 89 Dia 13 - Fernando Manuel Rebola - 70

- Joaquina Teresa Gomes - 74 anosDia 14 - Custodio Coelho - 75 anosDia 15 - Maria do Castelo Tomaz de

Sousa Alarcão Potier - 96 anos -Isabel Maia da Silva - 85 anos

Dia 16 - Joaquim Rodrigues - 88 anos- Francisco Marques - 86 anos

Dia 18- Francisco José - 88 anos- Dionisia Margarida -85 anos- Joaquina Carrapo - 101 anos

Dia 19 - Maria Augusta dos Santos - 76 Dia 21 - Beatriz Alexandra Fernandes

Ferreira - 5 anosDia 23 - José Rodrigues Pedro Texugo -

75 anosDia 24 - Diamantina Galvão - 90 anos

- Feliciano David - 82 anosDia 27 - Ricardina Maria - 67 anosDia 28 - Guilhermina Maria - 86 anosDia 29 - António Manuel - 81 anosDia 30 - João Artur Santos Palminha -

58 anos - Gracinda MariaDomingas - 55 anos

Dia 31- Heraldo António Ferreira - 91

Informações da Paróquia de CorucheSSeetteemmbbrroo ddee 22000088

MARIA DO CASTELO TOMÁS DE SOUSADE ALARCÃO POTIER

Participação e Missa de 30.º Dia

Filhos, Nora, Netos, Bisnetos e demais Família participam o seu falecimento,ocorrido no dia 15 de Outubro, cujo funeral se realizou para o Cemitério

de Santo Antonino, em Coruche.No Sábado, dia 15 de Novembro, pelas 17H30, será celebrada Missa por sua alma,

na Ermida de Nossa Senhora do Castelo. Agradecem, desde já, a todos quantos se dignarem assistir a esta Celebração,bem como a todas as pessoas que participaram nas exéquias fúnebres ou que,

por qualquer forma, lhes manifestaram o seu pesar.

Pai Nosso Avé Maria

BERTILIA MARIA DE FÁTIMA ABREUFARINHA MANAIA

Seus filhos, noras, genro, netos e restante família, vêm por este meio,agradecer a todos os que de uma maneira ou de outra manifestaram a sua dor

e a acompanharam no seu funeral para o cemitério de Coruche.A todos, o nosso bem hajam.

Agência funerária Sebastião, Lda.tel. 243 617 067

Coruche

Pai Nosso Avé Maria

E-mail ao DirectorAssunto: Grande entrevista a Ricardo SantosExmo. Senhor Director do Jornal de Coruche, sobre o assunto mencionado em epígrafe, cumpre-me informar que por lapso não referi que a empresa SITACO, foi a primeira (1ª) a disponibilizaro seu apoio de forma célere e significativa, com vista a patrocinar uma equipa dos escalões de for-mação dos Amigos do Grupo Desportivo “O CORUCHENSE”, à data do contacto com o GrupoAmorim não foi possível dar satisfação ao meu pedido de emprego para dois jogadores, deixandoem aberto a possibilidade de satisfazer noutra oportunidade.Com os Melhores CumprimentosRicardo Santos

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O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 31 • Novembro de 2008 37

Estamos em pleno mês deNovembro. Mês que a tradiçãoda Igreja dedica, particular-mente, à Solenidade de todos osSantos e à Comemoração dosFiéis Defuntos. Aqueles que nosprecederam na vida e na fé e quesimplesmente foram à nossafrente.

Que costumamos fazer pelosnossos defuntos? Algumas coi-sas que concerteza devem serúteis para eles e para nós e ou-tras que são totalmente inúteisou supérfluas, pelo menos paraeles.

Costumamos chorar. A dornatural da separação arrancalágrimas dos nossos olhos, por-que as lágrimas são o sinal sen-sível da nossa dor e do nossoamor.

Costumamos oferecer floresaos defuntos. As flores são sobre-tudo um símbolo; manifestamosa nossa consideração, o nossorespeito e o nosso amor a uma

pessoa enviando-lhe um ramode flores. A mesma coisa fazcom os defuntos. No entanto, aúnica coisa de que dão testemu-nho é da fugacidade da existên-cia humana, que se dissipacomo uma flor e da caducidadeda vida sobre a terra. Pois, comodiz S. Agostinho elas são maisuma consolação dos vivos doque utilidade dos defuntos. Se-jamos moderados nestas expres-sões e evitemos os exageros.Antigamente chamavam-se ospobres para que acompanhas-sem o defunto; e depois dava-selhe de comer; os pobres são amelhor coroa dum defunto cris-tão. Hoje pode-se, igualmente,ajudar as pessoas necessitadas eas instituições que os acolhem,sufragando os defuntos com arealização de obras de caridade

Pelo ensinamento de Jesus,há um modo cristão de “con-templar” a morte, como entradana vida verdadeira, como pas-

sagem para a eternidade, comotomada de posse da felicidadeque nunca terá fim. Não há mor-tos. Todos estamos vivos. Unsainda nesta vida terrena, comen-do, bebendo, trabalhando, so-frendo, alegrando-se, etc. Ou-tros, verdadeiramente vivos, dooutro lado da morte, que é pas-sagem para a eternidade semfim. Vivos em Deus. Foi paraessa vida que todos nascemos.Somos homens e mulheres paraa eternidade.

Há um modo cristão de noscolocarmos perante e a morte.Não pode ser de tristeza mórbi-da mesmo que seja de muitasaudade e de muita dor. Nãopode ser de uma maneira tal queparece que não temos fé na vidaeterna, como se não acreditásse-mos que os que partiram domeio de nós, os defuntos, estãovivos em Deus.

Eles precisam muito da nos-sa solidariedade e da nossa cari-

dade mais do que das nossaslágrimas ou das nossas flores.Precisam mais das nossas ora-ções e dos nossos sufrágios doque dos arranjos sofisticados edispendiosos nos funerais oujunto das campas.

Dá pena ver as igrejas cheiasde gente nos funerais e nas mis-sas pelos defuntos e tão poucos,por vezes, a abeirar-se da mesaEucarística para receber o Cor-po do Senhor: Aquele Jesus queé a Ressurreição e a Vida, Aque-le que disse: “Quem comer des-te pão viverá eternamente. E oPão que Eu hei-de dar é a minhacarne, que Eu darei pela vida domundo,” oferecendo a sagradacomunhão, devidamente prepa-rados, em sufrágio de das almasdos que partiram.

Precisamos todos duma fémais adulta, duma consciênciacristã, mais esclarecida e maisamadurecida. Precisamos de irao essencial, de nos afeiçoarmos

ao que não murcha e não enve-lhece.

As melhores flores a ofere-cer pelos defuntos são as nossasorações, as nossas Eucaristias,as nossas boas obras, e os nos-sos actos de amor e o cumpri-mento fiel dos nossos deveres.São esses pequenos tesouros queos nossos irmãos e irmãs que jápartiram deste mundo maisnecessitam. E a nossa consciên-cia cristã bem formada e escla-recida deve levar-nos à tomadade atitudes que sejam um ver-dadeiro sinal de amor e utilidadepara os nossos defuntos do quemera consolação para nós osvivos, como, infelizmente mui-tas vezes acontece.

É bela e conhecida a frase deS. Agostinho: “Uma flor sobre acampa murcha, uma lágrimasobre a terra evapora-se; masuma oração pela sua alma temacolhimento em Deus”.

Matemático

PENSAMENTOS

Pedro Dourado

Vivemos numa sociedade,onde praticamente tudo estápadronizado, onde para tudoexiste uma “regra”, não umdecreto, não uma lei, mas simalgo instituído pela “maioria”. Esegundo aquela, tomamos asnossas decisões e agimos con-soante tal nos é ditado. Há quema siga na sua totalidade, háquem a siga somente parcial-mente, mas no fundo, todos aseguimos por muito que a tenta-tiva seja não a seguir. Há quema adapte à sua forma de viver etente conviver com ela, e, até háquem a tente alterar!

A nossa sociedade, temdeterminados códigos de condu-ta, próprios da nossa história,que foram sendo construídos aolongo dos tempos. Todos eles seformaram, tendo em conta osfactos que se deram por cá, etambém à custa da evolução domundo e da nossa adaptação atal evento. Portanto, algo já comalgum período de maturação.Algo que já se encontra enraiza-do e que, para que possa seralterado, em caso de tal ser ne-cessário ou de algo não estar

adequado, se tornará moroso eaté mesmo, muito conflituoso.

Viver em sociedade, porvezes implica não estar de acor-do com a maioria, implica porvezes pensar, que a “regra” nãoestá correcta ou simplesmenteprecisa de ajustes. Mas será fácilexprimir tal situação? Será quedo outro lado, o que supos-tamente devia ouvir e meditarsobre o que é dito, existe abertu-ra para tal? Ou será que é fácilter um comportamento que fujaà “regra”? Penso que no mo-mento actual, e provavelmenteem toda a história, nunca o foi,mas muitas das vezes em que talaconteceu, ficou provado quenão é fácil mas relevante para o“agitar” de mentalidades e con-sciências.

Em grupo, a opinião da mai-oria absorve e “abafa” qualqueropinião individual, a não ser,que esta seja a de alguém queouse furar a “regra”.

Alguém que tenha a cora-gem de ser diferente. Alguémque não queira usar determina-dos costumes, alguém que nãotenha problemas em agir de

determinadas formas, enfim,alguém que queira ver debatidoe porque não, aceite aquela for-ma de estar. Se quiser usar umacamisa branca, quando todosusam azul e isso não tiver impli-cações no desenrolar de umaqualquer actividade, quer delazer ou profissional, simples-mente porque assim se sentirámelhor, porque não poderá essapessoa fazê-lo, sem que seja porisso apontado ou olhado deforma “estranha”?

Diariamente, quer em conví-vio com os amigos, quer no tra-balho, quer no decorrer do dianas mais diversas actividades,surgem situações que não sãototalmente do nosso agrado.Muitas vezes, existe a necessi-dade de agir e fazer algo paraalterar essa realidade. Será que ofazemos sempre? Será quenunca o fazemos? A maioria dasvezes, a vontade é imensa paraagir, mas, por nossa conveniên-cia, quer seja por temermosrepresálias profissionais, portemermos não ser mais convida-dos para determinado local oufesta, por temermos perder

determinada vantagem ou bene-fício, por temermos não ser vis-tos com os olhos que queremosser vistos, por temermos que asituação se altere irremediavel-mente, para posições que nãoqueremos que ela se altere, fica-mos com inércia e enclausu-ramos aquela veleidade, leia-sepensamento, de forma a que elanão nos cause transtornos demaior. Não quero com as linhasanteriores, dizer que devemoster uma sociedade de “super-ho-mens”, que estejam prontos, aqualquer momento, para desa-fiar todos e qualquer “regra”instituída, porque para que talacontece-se, seria necessáriodesenvolver outra das coisasque acho faltar ainda, para queos desafios sejam constantes eque, a sociedade, possa evoluirde uma forma mais rápida parauma situação de maior conforto,e porque não, de felicidade paraum maior número de pessoas.Falo da tolerância para debatertais ideias. Com ela e por arras-to, falo da sensibilidade para areceptividade de novas ideias, eda capacidade de alteração e

adaptação a mudanças. Veja-seo caso célebre, e meramente deforma exemplificativa, de Gali-leu aquando da sua tese de que aTerra girava à volta do sol e nãoo contrário. Devido a motivaçõespróprias da altura, a Igreja Cató-lica assumiu uma posição de nãotolerância para tais conclusões.Esta voz isolada na altura nuncapoderia ter ido longe porque atolerância era mesmo nula.

As sociedades mudam comas alterações de mentalidades,com formas de encarar a reali-dade, diferentes das instituídas,mas nunca mudam sem que hajatodo um ambiente preparadopara tal.

A coragem para expor novasideias, tem de ser acompanhadode uma tolerância para que estassejam debatidas, sejam vistascomo hipóteses à sua nascença.Sem tais condições, podemoscorrer o risco de vivermos a vi-da, enquanto sociedade ou co-mo individualidade, de umaforma que não nos dará a satis-fação que procuramos e porquenão dizer mesmo, que merece-mos.

A coragem de o ser, e a tolerânciapara o debater!

Padre Elias

Novembro mês dos Santos e dosfiéis Defuntos

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O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 31 • Novembro de 200838

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Semi-NovosOpel Corsa EcoFlex 1.3 CDTI 5p (Diesel) 2008Opel Corsa Enjoy 1.2 5p 2008Opel Astra GTC 1.3 CDTI 3p (Diesel) 2007Opel Astra Enjoy 1.3 CDTI 5p (Diesel) 2007VW Polo 1.2 12v 5p 2007Seat Ibiza 1.2 12v Fresh 5p 2007Peugeot 307 SW 1.6 HDI 5p (Diesel) 2007Peugeot 207 Sport 1.4 5p 2006Peugeot 206 SW 1.4 HDI 5p (Diesel) 2006Seat Ibiza 1.4 TDI 5p (Diesel) 2006Seat Ibiza 1.2 12v C/AC 5p 2006Ford Focus STW 1.4 16v Sport 5p 2006Citroen C-3 1.1 SX Pack 5p 2006

RetomasMercedes C-220 CDI STW Avangard 5p (Diesel) 2005Citroen Xsara Break 1.4 HDI 5p (Diesel) 2005Opel Astra Carav. 1.7 CDTI 5p (Diesel) 2005Opel Astra Elegance 1.7 CDTi 5p (Diesel) 2005Renault Clio 1.2 16v C/AC 5p 2005Peugeot 206 Look 1.1 5p 2005Renault Clio 1.2 16v 5p 2004Volkswagen Polo 1.2 12v C/AC 5p 2004Mercedes C-220 CDI STW 5p (Diesel) 2002Peugeot 206 CC 2.0 16v 5p 2002

ComerciaisOpel Corsa Sport Van 1.3 CDTI C/AC 2007Mitsubishi Strackar 2.5 TD CD 4X4 C/AC 2006Peugeot Partner Reforce 1.9 D Van 2006Peugeot 206 1.4 HDI Van C/AC 2006Citroen Berlingo 1.9 D Van 2005Opel Corsa 1.3 CDTI Van C/AC 2004Nissan Navara 2.5 TD CD 4x4 C/AC 2002Peugeot 206 1.9 D Van C/AC 2000

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A lojados seus filhos!

Receitas de Cheff

Nota:

Antes de começar a confecção deste prato deve ter em atençao algunspormenores em relação a alguns produtos, como por exemplo as amei-joas, que em caso de serem frescas devem ser lavadas em água abun-dante com um pouco de farinha. Essa água deverá ser mudada pelomenos duas vezes. Se forem congeladas, abra-as também em água tépi-da. Caso compre o tamboril inteiro, tenha em atenção que este é umpeixe com aproximadamente 70% de desperdicio, por isso aproveite aespinha dorsal e a cabeça para fazer um caldo de peixe que podera seraproveitado para uma sopa de peixe ou até mesmo na confeção destareceita. O piri piri pode ser um em pó ou de óleo, apesar de eu ter prefer-ência pelas malaguetas frescas ou secas. Caso use malaguetas frescasdeve ter em atenção retirar as pevides do interior e lavar bem as mãosdepois de as usar. Na elaboração deste tipo de pratos convém ter sem-pre água bem quente pronta a ser usada para que não se interrompa oprocesso de cozedura do arroz. Também é aconselhável que use umtacho de barro pois é perfeito para manter a temperatura da cozeduramesmo já fora do lume, assim como todos os aromas e sabores.

Confecção

Pique a cebola e o alho e refogue-os no azeite. Junte o pimento laminado, o piripiri e as folhas de louro. Deixe refogar um pouco. Retire a pele aos tomates,corte-os em cubos e junte-os ao refogado, refresque com o vinho branco.Adicione cerca de ½ litro de água fervida e deixe entrar em ebulição. Corte otamboril em cubos e junte ao caldo que ja deve ferver, tempere com sal e pimen-ta. Adicione o arroz e deixe cozer por aproximadamente 6 a 7 minutos, masnunca deixe de mexer com uma colher pois o arroz tem muita tendencia para seagarrar ao fundo do tacho. Não existe uma quantidade certa de água nesteprocesso de cozedura, daí se chamar arroz malandrinho, por isso tenha sempreágua bem quente pronta a usar, porque provavelmente irá precisar. Quando oarroz abrir adicione entao as amêijoas e o camarão, juntando um pouco mais deágua sempre que achar que esta está a secar. Quando as ameijoas abrirem,junte os coentros levemente picados, rectifique os temperos, diminua o lume etape com uma tampa, destapando só quando estiverem todos à mesa, pois umdos principais prazeres deste prato é exactamente o destapar do tacho e cheiraro aroma que se espalha pela mesa!

Ingredientes 4 pax:

• 1 kg lombo de tamboril• 200 gr camarao 40/60• 200 gr amêijoas• 1 cebola média• 1 pimento verde• 4 dentes de alho• 6 tomates bem maduros• 300 gr arroz carolino

• 1 dl azeite• 2 dl vinho branco• Água qb• Sal e pimenta qb• Piri piri qb• 1 molhinho de coentros• 2 folhas de louro

Arroz de tamborilcom marisco

> CheffPedro Aguiar

Serviços de Informática,Unipessoal, Lda.

Apartado 782104-909 Coruche

Assistência técnica:Estrada da Lamarosa

(frente ao centro de saúde)

Tel. 93 610 11 69E-mail: [email protected]

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Ao implementar-se um sistema desegurança alimentar baseado numa aná-lise de perigos e estabelecimento de pon-tos críticos de controlo (HACCP) ao pro-cesso produtivo e aos produtos dumaempresa, faz todo o sentido adquirir pro-dutos e matérias-primas com iguais ga-rantias de segurança.

Assim, torna-se fundamental subme-ter os fornecedores a uma série de regrase controlos adequados ao sector a quepertencem.

O controlo de fornecedores passa pelasua avaliação e qualificação, pela criaçãoe cumprimento das regras para o trans-porte e entrega das matérias-primas epela requisição das fichas técnicas e fi-chas de controlo analítico dos produtosfornecidos e permanente actualizaçãodas mesmas. Desta forma obtêm-se garan-tias de que os produtos recebidos são se-guros e que respeitam as suas caracterís-ticas.

O processo de avaliação e qualifica-ção dos fornecedores tem por objectivoestimar ou antever qual o grau de segu-rança que se pode esperar dos produtos edas matérias-primas que são utilizadasno processo produtivo, reforçando a no-ção de que produtos e matérias-primasseguras têm reunidas as condições neces-sárias para originar produtos finaisseguros e que, produtos e matérias-pri-mas não seguras não têm reunidas as

condições necessárias para originar pro-dutos finais seguros.

Sendo assim, caro leitor se o seu pro-duto é fazer uma simples sopa da pedra,de que lhe vale cumprir todos os requisi-tos inerentes à sua produção se a batataque o seu fornecedor lhe traz vem muitasdas vezes podre; e se o seu talho lhe man-da carne de segunda, sem valor nutritivo;e se o feijão e as couves vierem com“bicho”?!!! Urge ser exigente… Nãopodemos fazer um telhado sem termos osalicerces da casa bem montados. Muitas

vezes dizem-me: “acha que eu vou recla-mar, tenho vergonha, deixe estar amanhãvem melhor!!”. É esta mentalidade quetemos de mudar. O seu produto não podeser prejudicado pelas relações cordiaisque mantem com os seus fornecedores.Estamos a falar de Segurança Alimentare de rentabilidade económica.

Para garantir a qualidade e segurançados alimentos aquando da recepção dasmercadorias/matérias-primas, é impor-tante nomear um responsável com for-mação adequada para que possa tomar

decisões em função do que lhe é apresen-tado, no sentido de detectar a existênciade não confornidades.

É importante verificar a integridadedas embalagens, os rótulos dos produtos(datas de validade), as suas temperaturas(quando se trata de géneros alimentíciosrefrigerados ou congelados), a sua aparên-cia/côr/cheiro e as condições em que sãotransportados (especial importância paraa higiene).

Depois de recepcionadas as matérias-primas devem ser armazenadas de imedi-ato em local apropriado, principalmentequando se tratam de bens refrigeradose/ou congelados. Caríssimos, esqueçamaquela velha história das coisas ficarempor ali no corredor, à mercê daquele quetiver o remate mais potente para libertara passagem até que tenham tempo ouvontade de as arrumar!!

Se as entregas são realizadas em máaltura (horas de muita azáfama no estabe-ecimento) não deixem. É requisito im-portante que tal aconteça em alturas demenor afluxo de trabalho.

No fundo quem tem de mandar nãosão os da transportadora que fazem oshorários que mais lhes convém, são vo-cês, produtores de géneros alimentíciospreocupados com a saúde dos vossosconsumidores.

Até breve.

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 31 • Novembro de 2008 39

Preparação

• Cozinha-se o feijão na panela de pressão, coberto com água e uma folha de louro, até ficar macio (cerca de 30 minutos). Numa panelanormal cozinha-se a carne com água e sal a gosto, cerca de 2 horas, em lume brando. Noutro recipiente põe-se o toucinho ao lume atédourar. Junta-se a cebola, o louro restante, o cheiro-verde, a pimenta e os orégãos, mexendo-se sempre até a cebola ficar transparente,adiciona-se o tomate picado, sem sementes, e cozinha-se até desmanchar. Junta-se ao feijão com o caldo, a carne, a linguiça e o sal senecessário, tapa-se e cozinha cerca de 4 horas ou até ficar bem apurado. Sirva-se em seguida, acompanhado com arroz branco, couve-flor ou nabiças salteadas.

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Carlos CConsiglieriMarília AAbelMarina JJorge

CORUCHECORUCHELISBOALISBOA

Este mês pode experimentar este pratono Restaurante Sal & Brasas

em Coruche ou em Lisboa

Cruzamento de CorucheTel. 243 618 319

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DO PRADO AO PRATO

Avaliação de fornecedorese Recepção de Matérias-primas Mónica Tomaz

*Médica veterinária

Page 40: DESCONTO - ojornaldecoruche.com · Sousa sobre amiga Ana Moura. Quero dar publicamente os parabéns ao trabalho de pesqui-sa do meu amigo Pedro Orva-lho, que foi ao fundo do baú

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 31 • Novembro de 200840

Jornal de Coruche (JC):Como surgiu o Pátio Andaluz?

Nelson Filipe (NF): O PátioAndaluz surgiu por eu achar quefaltava algo do género em Coru-che. Um local onde as pessoas pu-dessem através de pequenos pe-tiscos fazerem uma refeição, é umconceito diferente do que estamoshabituados e que eu penso que sevai implantar, pois os coruchen-ses apreciam um bom petisco.

JC: Qual a fonte de inspira-ção na decoração deste espaço?

NF: A decoração passa pelomeu gosto pessoal, o meu gostopelo requinte, e por tudo aquiloque tenho visto em Portugal e noestrangeiro.

JC: Que tipo de produtospodemos encontrar no PátioAndaluz?

NF: A ideia é apresentar pro-dutos de qualidade e de referência.

JC: Uma casa de petiscospressupõe uma garrafeira dequalidade, é política desta casaapostar em vinhos de qualida-de?

NF: Sem dúvida alguma, te-mos os melhores vinhos do Riba-tejo, Alentejo, Palmela e Douro.

JC: Qual a razão de servir ovinho a copo?

NF: O vinho a copo surgedevido ao facto de por vezes exis-tirem casais onde só um dosmembros bebe vinho, ou pessoasque só pretendem beber um oudois copos e assim não têm obri-gatoriamente de pagar uma gar-rafa.

Ao servir o vinho a copo per-mite ainda ao cliente provar maisdo que um vinho durante a refeição.

JC: A aposta em bons diges-tivos foi ganha?

NF: Sem dúvida, apostamosem digestivos de qualidade por-que uma refeição em que o clientebebe um bom vinho, tem que cul-minar com um bom digestivo,quer seja uma aguardente velha,um whisky velho, um porto vin-tage ou até mesmo um moscatelroxo.

JC: Em Portugal uma casade petiscos lida bem com o Fa-do, está nos seus horizontes de-dicar algumas noites ao fado?

NF: Claro que sim! A primei-ra noite de fados no Pátio Andaluzestá em fase de preparação e pensoque irá ter uma grande aceitação. Ea partir dessa noite iremos todosos meses ter uma noite dedicadaao Fado. Vamos ainda apostar emoutras noites temáticas todos osmeses, como é o caso da primeiranoite dedicada ao vinho, que tam-bém já está em fase de preparaçãoe que tem como objectivo propor-cionar aos nossos clientes a possi-bilidade de beberem vinhos quenem todos os dias estão ao nossoalcance. Outra noite temática queestá nos nossos horizontes é tam-bém uma vez por mês a noite de“degustação de vinhos brancos etintos” fazendo referencia a umúnico produtor, onde pretendemosdar a conhecer todos os vinhos des-se produtor, desde os mais comunsaos chamados topo de gama.

_____Publireportagem de:

José António Martins

Pátio Pátio AndaluzAndaluzRua de Olivença Rua de Olivença CorucheCorucheReservas: 93 400 51 10Reservas: 93 400 51 10

Há boa mesa...

Quase no topo da Rua de Olivença, encontramos o espaço quefaltava a Coruche, uma casa de petiscos e tapas que transpirarequinte, bom gosto na decoração e na música, bem como osmanjares e os vinhos, que fazem os Deuses descer à terra – OPátio Andaluz.

Com um vasto cardápio que faz com que apeteça provar todasas iguarias de várias regiões de referência de Portugal e Espanha,o Pátio Andaluz tem à disposição dos seus clientes, queijos eenchidos nacionais de porco preto tais como a farinheira, chouri-ço e chouriço de vinho para assar, a famosa alheira de Mirandelae a morcela de arroz da Gardunha sem esquecer o presunto ser-rano, o pica-pau e variadas saladas.

Da vizinha Espanha a oferta passa pelo presunto pata negra, acaña do lombo, o chouriço ibérico, bem como outras especiali-dades, os pimentinhos de padron, as gambas à l'aguijjo, os pin-chos e os famosos revueltos. A garrafeira é de encher o olho, osvinhos são de importantes zonas vinícolas do país.

O JC foi ao Pátio Andaluz lanchar e entrevistar o propri-etário Nelson Filipe.

O Pátio Andaluz