DESCRIÇÃO DE FUNCIONAMENTO DOS APARELHOS PATENTEADOS POR LANDELL DE MOURA, NOS E.U.A EM 1904.

8/9/2019 DESCRIO DE FUNCIONAMENTO DOS APARELHOS PATENTEADOS POR LANDELL DE MOURA, NOS E.U.A EM 1904.

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DESCRIO DO FUNCIONAMENTO DOS APARELHOS DETELECOMUNICAES DE ROBERTO LANDELL DE MOURA PATENTEADOSNOS EUA, NO UNITED STATES PATENT OFFICE:

Transmissor de Ondas: Patente 771.917 de 11/10/1904 Telefone Sem Fio: Patente 775.337 de 22/11/1904 Telegrafo SemFio (Transmisso e Recepo) - Patente 775.846 de 22/11/1904

Por: Luiz da Silva Netto

Para servir de orientao estudantes que queiram conhecer o funcionamento dos aparelhos deLandell.

Roberto Landell de Moura, era dotado de uma grande vocao cientfica e a par desse atributo,era tambm dotado de um grande sentimento religioso. Atendendo vontade de seus paisIGNACIO JOS FERREIRA DE MOURA e SARA MARIANNA LANDELL DE MOURA, foi para ROMA, juntocom seu irmo GUILHERME LANDELL DE MOURA e matriculou-se em 22 de Maro de 1878 noColgio Pio Americano para estudar Teologia, tendo se formado padre em 28 de Outubro de 1886.


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L em Roma, juntamente com seus estudos teolgicos, Landell de Moura estudou Fsica e Qumicana UNIVERSIDADE GREGORIANA, por onde passaram vrios papas.

Retornando ao Brasil, Landell foi proco em vrias cidades brasileiras como Santos, Campinas,Mogi das Cruzes, Botucatu e na Capital Paulista. Foi em Campinas que Landell fez suas primeirasexperincias com aparelhos de telecomunicaes tendo feito suas primeiras demonstraes detransmisso de voz entre 1893 e 1894 na cidade de So Paulo, segundo um de seus bigrafos queo conheceu e privou com ele, o jornalista e escritor Ernani Fornari.

Mas foi em 03 de junho de 1900 que Landell de Moura fez uma demonstrao pblica, registradapela imprensa (jornal do comrcio), com a presena do povo e de autoridades, entre eles ocnsul britnico P.C.P. Lupton, da transmisso da voz humana pelo espao sem auxilio de fios,atravs da irradiao de um sinal eletromagntico de baixa freqncia Transmissor de Ondas eoutro de altssima freqncia, a luz (Telefone Sem Fio).

Em Maro de 1901 conseguiu a patente brasileira de seu invento. Em 1901 foi para os EstadosUnidos e conseguiu 3 patentes no United States Pattent Office para o Transmissor de Ondas, oReceptor e Transmissor de Telegrafia e do Telefone Sem Fio.

Devido total falta de apoio para prosseguir com suas pesquisas, mesmo aps haver consegujidosuas patentes nos Estados Unidos, padre Landell voltou-se para a sua vida religiosa em PortoAlegre, no tendo contudo conseguido sufocar a sua vocao cientfica. Tinha conhecimentostambm na rea de Biologia, Medicina e Parapsicologia.

TELEFONE SEM FIO Wireless Telephone patente n.775.337 22/11/1904

O que voc v aqui o telefone sem fio de Landell de Moura. O aparelho dividido em 3cmaras. Na primeira cmara esquerda h uma superfcie parablica espelhada, sendo que nofoco desta superfcie parablica est uma possante fonte de luz obtida atravs do curto-circuitoentre dois reforos inseridos em um circuito de corrente contnua.


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Devido propriedade das superfcies parablicas, toda a luz gerada no foco desta superfcie enviada para a frente desta superfcie em raios paralelos. um possante holofote. Devido aogrande calor gerado pelo efeito Joule, existe um ventilador que joga ar para dentro desta cmarapara dissipar o calor gerado.

Os raios de luz que saem dessa cmara vo passar para a cmara seguinte, encontrando em seutrajeto uma placa de quartzo, que est vibrando segundo a forma de onda das presses acsticasda voz do locutor que introduz sua voz pelo bocal visto esquerda na parte de baixo da figuralogo mais acima desta.

Observe que h nessa cmara um difusor de som, dirigindo a presso sonora para a placa de

quartzo. Essa luz, assim modulada em intensidade e freqncia pela voz do locutor atravessa oespao em um possante raio que ao chegar em outra unidade como esta vista na figura, situada aquilmetros de distncia, com o mesmo alinhamento, na mesma visada, vai incidir na terceiracmara, em uma fotoclula, colocada no foco da uma superfcie parablica espelhada quetransformar estas variaes de luz em corrente eltrica contnua de intensidade varivel,traduzindo-a novamente em som, que ser percebido atravs de um fone inserido nesse circuito.Produz-se assim a demodulao da onda que carregou a informao sonora.

Na experincia produzida em So Paulo, foi possvel ao assistente de Landell ouvir nitidamentecom muita clareza, o tic-tac de seu relgio situado a 8 Quilmetros de distncia.


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Telefone Sem Fio Detalhamento do funcionamento

Voc observa aqui neste conjunto de figuras na parte superior dois transceptores colocados umem frente ao outro separados por uma certa distncia que no caso da experincia de Landell aquiem So Paulo era aproximadamente de 8 quilmetros. Os dois devem estar na mesma linha de

visada e alinhados de modo que o raio de luz emitido por qualquer um deles possa ser observadopelo outro.

Para essa finalidade de ajuste existe em cada um dos transceptores uma luneta que serve paraorientar cada um dos operadores a posicionar corretamente seus aparelhos. Como vimos na figuraanterior a voz do locutor transformada em variaes de luz em freqncia e amplitude concentrada sob a superfcie de uma fotoclula, ou como chamamos hoje, uma LDR (lightdepending resistor ).

Vemos na parte baixa da figura o circuito que transforma a luz incidente na fotoclula - emudio. um simples circuito srie de corrente contnua, composto de um fone de ouvido, umabateria e uma fotoclula.

As correntes variveis no circuito devido s variaes do valor da resistncia da fotoclula emrazo da variao da intensidade da luz sobre ela incidente sero comunicadas bobina do fonede ouvido que far uma placa metlica vibrar em razo do campo magntico criado, vibraesessas que tero mesma freqncia e forma de onda de sua origem.

Assim, transforma-se uma onda sonora em variaes de luz e novamente em som.


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Aqui voc v dois transceptores colocados um frente ao outro separados por uma certa distncia

que no caso da experincia de So Paulo foi de 8 quilmetros.

TRANSMISSOR DE ONDAS Wave Transmitter


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Esta mais uma inveno de Landell de Moura: O Transmissor de Ondas. A grande diferena entrea inveno de Marconi e Landell que este buscou desde o incio a transmisso direta da palavra.Este aparelho buscava isto. No telefone sem fio visto anteriormente isto foi conseguido

plenamente com grande fidelidade de pureza do som. No entanto havia um limitante que era adistncia entre os aparelhos, pois estes deveriam estar em linha reta, sem obstculos frente.

Neste transmissor de ondas a informao era irradiada em todas as direes. O aparelho deconcepo simples mas muitssimo engenhosa, j que rigorosamente o que Landell fez foi colocarno lugar da Chave Morse um microfone fontico de sua inveno.O aparelho era constitudo do Microfone Fontico a bobina de Ruhmkorff, em cujo enrolamentosecundrio estava associado duas esferas centelhadoras e uma antena.

O Microfone Fontico era acionado pela voz do locutor. Ao ser introduzida atravs do bocal vistona figura, um diafragma sensvel era posto a vibrar pela ao da presso acstica da voz. Estasvibraes fechavam um contato que ligavam eletricamente ao primrio da bobina de Ruhmkorffum transformador de monitorao de sinal da voz do locutor.

O abrir e fechar destes contatos atravs da ao do diafragma na cadncia da voz do locutor,provocavam pulsos de alta tenso no secundrio da bobina de Ruhmkorff que podiam serirradiados atravs do centelhador ou antena.

Naturalmente que a voz assim irradiada no portava as caractersticas de TIMBRE da voz dolocutor. Assim seria impossvel identificar por exemplo se o locutor era um homem ou umamulher, pois tudo o que a chave fazia era fechar ou abrir um contato na cadncia, ou nafreqncia da voz.

S aps algum treino que se podia perceber o contedo das mensagens. O monitoramento dosinal era necessrio para fazer reajustes das distncias da agulha de contato com o diafragmapois o material se desgastava com as sucessivas descargas eltricas.

Transmissor de Ondas Detalhes


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Aqui vemos com mais detalhes construtivos o transmissor de ondas: Observe o bocal C por ondese introduzia a voz em uma cmara de Ressonncia 1. Observe que o diafragma a ao sercolocado em vibrao pela presso acstica da voz, fechava contato com a ponta da agulha b2,

fechando o circuito do primrio da bobina de Ruhmkorff. A corrente eltrica passando pelaBobina d , induzia no secundrio D uma fora eletromotriz, sendo este o sinal demonitoramento de como estava operando o contato. O dieltrico dos capacitores G e G era feitode vidro.

COESOR DE BRANLY

Observa-se aqui nesta figura o Coesor de Branly, cuja funo era detectar a passagem de umaonda eletromagntica. O coesor constitudo de um tubo de vidro no interior da qual colocadolimalha de ferro ou alumnio. Ele inserido em um circuito de corrente contnua onde se colocaem srie com uma campainha. Ao se fechar a chave S e quando se produz um pulsoeletromagntico, este ao passar pelo coesor, as partculas da limalha se alinham de modo aoferecer um caminho de baixa resistncia para a passagem da corrente eltrica, fazendo soar acampainha eltrica. Portanto, a propagao da onda praticamente curto-circuita os terminaismm visto na figura. A condutibilidade persiste mesmo aps cessar a propagao da onda, sendonecessrio dar uma leve batida sobre o corpo de vidro de coesor para que este abra os terminaismm colocando-se em situao de poder detectar a passagem de uma nova onda. Estesdispositivos foram usados nos primeiros receptores de telegrafia, sendo mais tardes substitudospor outros com uma melhor performance.


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Maiores detalhes do Coesor Descoesor de Branly

Observa-se aqui nesta figura com maiores detalhes o coesor-descoesor de Branly. Ao coesor cabiaa funo de agregar, de juntar as partculas de limalha de ferro ou alumnio, permitindocontinuidade entre seus terminais e ao Descoesor cabia a funo justamente oposta, a funode desagregao para deixar o coesor pronto para receber o prximo sinal.

Para a funo de desagregao era acionada uma pequena haste metlica no corpo do aparelhoatravs da qual se davam leves batidas sobre o corpo do coesor espalhando novamente aspartculas de limalha de ferro, abrindo novamente seus terminais.

Os circuitos eltricos de recepo de telegrafia eram dotados de um rel que fazia eletricamenteeste papel, atravs de uma pequena haste acoplada sua armadura. Aps a passagem de um

sinal eletromagntico pelo coesor, este levava uma suave batida no seu corpo de vidro. Veremoscomo funciona o coesor-descoesor logo a seguir.


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DETETOR DE SINAIS TELEGRFICOS E REFORADOR ACSTICO

Verificamos aqui a existncia de trs mdulos. O primeiro mdulo direita da figura o mduloda Reproduo Fontica dos Sinais Telegrficos. Logo mais esquerda v-se o detectorconstitudo pelo coesor e o descoesor. Na extrema esquerda est o mdulo do registrador Morse.Analisemos o funcionamento destes circuitos.

Quando chega um sinal eletromagntico antena, os materiais magnticos contidos no coesor sealinham de tal modo que os terminais a e b em 50, so postos em curto circuito. Com isso oterminal positivo da Bateria (58) alimenta o ponto (46) que de acordo com a posio mostradapela chave (52) far soar a campainha (60) avisando o operador para iniciar a recepo dos sinais.

O operador ento muda a posio da chave (52) para a posio (53) alimentando o circuito dereproduo fontica dos sinais telegrficos. Verifique que mudando as chaves (62) e (52)convenientemente o Registrador Telegrfico pode ser colocado em funcionamento para registraras mensagens telegrficas em fita.

Quando se extingue o pulso, o rele (55) (descoesor) no fica mais atracado e ao voltar suaposio normal, faz com que o PERCURTOR a ele acoplado d uma leva batida no coesor fazendo

com que os termi8nais (a) e (b) fiquem abertos novamente e preparados para receber um novopulso e assim sucessivamente.Roberto Landell de Moura nasceu em 21 de Janeiro de 1861 em Porto Alegre e faleceu em 30 dejunho de 1928 tambm em Porto Alegre no Rio Grande do Sul. Desde muito cedo demonstrou

Bom... mas e o reforador acstico como opera? Vamos a ele: Quando o primrio dotransformador (64) recebe energia na presena de um pulso porque o coesor permitiu isto haver a induo de um pulso no secundrio do transformador onde est associado uma bobina um diafragma que vibrar muito fortemente.As vibraes desse diafragma fazem com que a coluna de ar no interior desse dispositivo fiquealternadamente comprimida e rarefeita e essa presso exercer no carvo contido no circuitosrie do primrio uma variao de resistncia que ocasionar tambm uma variao da


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intensidade de corrente eltrica. Com isso essa variao de corrente induzir um novo pulso nosecundrio do transformador reforando a vibrao. um processo regenerativo. Segundodescrio de Landell os sons obtidos assemelham-se ao sons de uma flauta, emitidos com durao

curta representando o ponto e outro mais longo representando o trao do cdigo Morse.TRANSMISSO-RECEPO DE TELEGRAFIA

Para facilitar o entendimento do funcionamento de como operam os circuitos de transmisso erecepo de telegrafia de Landell de Moura, indicamos sobre este desenho original apresentadoao Departamento de Patentes dos Estados Unidos, as funes de cada parte do circuito.

Assim temos da direita para a esquerda ao alto, o circuito detector de telegrafia, composto poruma bateria, um fone de ouvido, uma placa de selnio (fotoclula) e a chave que fecha ocircuito. J explicamos anteriormente como funciona esta parte.

Logo mais abaixo vemos a bobina de Ruhmkorff, em cujo primrio est conectada uma chaveMorse para produo de pulsos eltricos em Cdigo Morse e que se refletiro no secundrioaplicando ampola de Crookes altas voltagens para ionizar o gs nela contido e produzindolampejos com durao diferentes que traduziro os pontos e traos do cdigo Morse.

Subindo e mais esquerda temos o circuito de transmisso telegrfica, via ondaseletromagnticas, composto da bobina de Ruhmkorff e da chave Morse. Com o abrir e fechar dachave Morse utilizando pontos e traos convenientemente de acordo com este cdigo far-se- atransmisso de qualquer mensagem alfanumrica.

Mais esquerda temos o circuito detector de telegrafia e o registrador Morse.Landell introduziu aqui um meio de amplificar os sinais acsticos telegrficos, obviamente semutilizar vlvulas, pois elas ainda no existiam. Os detalhes de funcionamento deste amplificadoracstico sero dados mais adiante.

Temos aqui ento o Coesor de Branly, devidamente acompanhado de um descoesor eltrico. Aqui que se d o registro da passagem de um pulso eletromagntico. Funciona como um detector de


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Uns e Zeros se chamarmos de Zero o PONTO do cdigo Morse e se chamarmos de Um o TRAO docdigo Morse. O detalhe em verde no canto superior direito mostra um refletor parablicocolhendo os sinais de luz transformados em som. V-se aqui que o cdigo poderia ser detectado

atravs da viso e tambm eletricamente, quando utilizada a ampola de Crookes.TRANSMISSOR TELEGRFICO VIA ONDAS ELETROMAGNTICAS

No canto esquerdo da figura temos o circuito de transmisso de telegrafia via ondaseletromagnticas. Observe a posio da chave Morse. O abrir e fechar da chave Morse com umadurao curta para representar o ponto e uma durao longa para representar o trao produzpulsos que so irradiados para o espao.

O circuito mais direita ser objeto de anlise a seguir.


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TRANSMISSO TELEGRFICA VIA PULSOS DE LUZ

Observe agora o circuito direita da figura. Veja a chave Morse colocada no primrio da bobinade Ruhmkorff. O abrir e fechar do circuito do primrio induzir pulsos de alta tenso nosecundrio da bobina, que provocar ionizao de gs contido na ampola de Crookes. Esseslampejos assim obtidos, de durao curta e um pouco mais longa, podero ser detectados

visualmente ou ouvidos atravs do detector de som atravs da luz emitida estando acionado ocircuito de deteco de luz.

Roberto Landell de Moura*21/01/1861+30/06/1928Nasceu e faleceu em Porto Alegre - RS

Luiz da Silva Nettohttp://www.landelldemoura.qsl.br

MLM Movimento Landell de Moura

http://www.mlm.landelldemoura.qsl.br


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DESCRIÇÃO DE FUNCIONAMENTO DOS APARELHOS PATENTEADOS POR LANDELL DE MOURA, NOS E.U.A EM 1904.

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