Desempenho e perspectivas Da inDústria catarinense · 2010-07-17 · da Indústria Catarinense, a...

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DESEMPENHO E PERSPECTIVAS DA INDÚSTRIA CATARINENSE Realização: Apoio:

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Desempenho e perspectivas Da inDústria catarinense 2010

Desempenho e perspectivas DainDústria catarinense

Realização: Apoio:

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Desempenho e perspectivas DainDústria catarinense

Desempenho e Perspectivas da Indústria Catarinense / Florianópolis / v. 10 / p.01 - 58 / 2010

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ElaboraçãoFederação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESCDiretoria de Relações Industriais e Institucionais Unidade de Política Econômica e Industrial

Equipe TécnicaMárcia Camilli Débora Horn Ana Lúcia TeixeiraAngelita V. Vieira HelayelPablo SetubalRodrik J. S. M. A. de Sousa

ProgramaçãoJorge Guirguis

Direção de arteLuiz Acácio de Souza

Edição de arteJoão Henrique Moço

F293d FEDERAÇÃO das Indústrias do Estado de Santa Catarina. Diretoria de Relações Industriais e Institucionais. Unidade de Política Econômica e Industrial.

Desempenho e perspectivas da indústria catarinense: investimentos industriais 2009-2012: a economia em 2009 e perspectivas para 2010. Florianópolis: FIESC, 2000- v. 10

1. Investimentos industriais – Santa Catarina. 2. Comportamento industrial - Santa Catarina. I. Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina. Unidade de Política Econômica e Industrial.

CDU 330.3(816.4)”2009-2012”

Essa revista foi impressa em papel Magno Satin, livre de cloro. A polpa utilizada para sua produção é proveniente de plantações mantidas dentro dos mais rígidos padrões de sustentabilidade. As fábricas contam com as certificações ISO 9001 e ISO 14001, além da certificação ambiental EMAS. Magno não é um papel ácido e é totalmente reciclável. Capa - 230g/m2 e o miolo 150g/m2

FIESCRodovia Admar Gonzaga, 2765 - Itacorubi - Florianópolis/SC. Cep 88034-001Fone: (48) 3231-4279 - Fax: (48) 3334-0608e-mail: [email protected]/pei

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SumárioApresentação .............................................................................................5

Investimentos na Indústria Catarinense – 2009 a 2012 ..............................7

Investimentos realizados em 2009 .............................................................. 8Fonte dos recursos dos investimentos realizados em 2009 ..................... 10Proporção do faturamento utilizado nos investimentos em 2009 ............. 11Nível das atividades após a crise ............................................................. 12Investimentos Futuros ............................................................................... 12Pontos preocupantes para 2010 ............................................................... 15Fonte dos recursos para os investimentos futuros.................................... 15Finalidades dos Investimentos .................................................................. 19Investimentos na esfera nacional .............................................................. 20Pró-Emprego e PRODEC .......................................................................... 21Desembolsos BRDE .................................................................................. 23Desembolsos do BNDES para Santa Catarina em 2008 e 2009 ............. 24Conclusão ................................................................................................. 25

A Economia em 2009 e Perspectivas para 2010...................................... 27

Cenário Macroeconômico ......................................................................... 28Economia Internacional ............................................................................. 28 Países desenvolvidos ............................................................................ 28 Países emergentes ................................................................................ 31 América Latina e África ......................................................................... 32 Preço das commodities ......................................................................... 33Cenário Brasileiro ...................................................................................... 35 Inflação .................................................................................................. 35 Vendas do Comércio ............................................................................. 36 Atividade Industrial ................................................................................ 37 Vendas Industriais e Horas Trabalhadas na Produção ......................... 39 Emprego ................................................................................................ 39 Mercado externo ................................................................................... 40 Variação cambial ................................................................................ 40 Balança Comercial ............................................................................. 43Desempenho Catarinense ......................................................................... 45 Comércio Exterior ................................................................................. 45 Produção Industrial ............................................................................... 48 Vendas Industriais ................................................................................. 49 Utilização da Capacidade Instalada ..................................................... 50 Nível de emprego na indústria .............................................................. 51 Vendas do Comércio ............................................................................. 51Perspectivas .............................................................................................. 53

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A indústria possui uma posição de destaque na economia, sendo grande

empregadora e geradora de riqueza. Monitorar seu desempenho, mapear

os gargalos, oferecer produtos e serviços e defender seus interesses são

compromissos estratégicos da Federação das Indústrias do Estado de

Santa Catarina.

Com o lançamento da edição 2010 do estudo Desempenho e Perspectivas

da Indústria Catarinense, a FIESC, com o apoio do BRDE, oferece informa-

ções referentes ao valor dos investimentos industriais realizados em 2009, a

fonte dos recursos utilizados e sua finalidade, as intenções de investimentos

até 2012 e os pontos que preocupam o setor com relação à competitivida-

de em 2010. A publicação também mostra os resultados alcançados pelo

setor secundário no ano passado em um ambiente de crise mundial, além

das expectativas para este ano.

Na primeira parte da publicação participaram 135 indústrias catarinenses

que forneceram informações entre fevereiro e abril de 2010. Na segunda

parte foram reunidas informações sobre produção, vendas, emprego, co-

mércio internacional, PIB e outros indicadores econômicos mundiais, na-

cionais e estaduais.

Assim, a FIESC cumpre mais uma vez seu compromisso de produzir e

tornar disponíveis informações estratégicas, para subsidiar ações volta-

das ao desenvolvimento da indústria catarinense e ao crescimento eco-

nômico do país.

Alcantaro CorrêaPresidente do Sistema FIESC

Apresentação

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2009 a 2012

Investimentos da Indústria Catarinense

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InVESTIMEnToS REALIzADoS EM 2009

Em 2009 a economia mundial sentiu os efeitos da crise que eclodiu no último trimestre de 2008 nos Estados Unidos. Foi

um ano adverso para as atividades, pois ocorreu forte retração da demanda externa, menor liquidez dos mercados e

pelas incertezas geradas.

O primeiro semestre do ano foi marcado por medidas de ajustes implementadas pelos governos para amenizar os efeitos

negativos sobre a economia, destacando-se o estímulo à demanda interna através da redução da taxa básica de juros,

da disponibilização de linhas de crédito e de reduções tributárias para alguns segmentos de atividade. Foi um ano foca-

do principalmente no mercado interno para compensar a retração da demanda internacional e para amortecer os efeitos

da menor competitividade dos produtos nacionais lá fora em função do câmbio.

A demanda interna, a menor taxa de juros e as políticas fiscais de estímulo ao consumo foram importantes para enfren-

tar a crise, mas não suficientes para fazer de 2009 um ano de crescimento econômico, embora no segundo semestre

alguns sinais de melhoria das atividades tenham sido registrados como o aumento do emprego a partir de julho, o cres-

cimento do Índice de Confiança do empresário industrial na economia e o retorno dos planos de investimento em diver-

sas indústrias no final do ano.

Os valores investidos pelas indústrias catarinenses, que em 2008 chegaram a R$ 2,1 bilhões, baixaram para R$ 1,2

bilhão em 2009. Essa diminuição já era esperada em decorrência da crise financeira mundial. As incertezas quanto à

dimensão da crise e os reflexos imediatos causados sobre o crédito e à demanda tornaram as indústrias menos confian-

tes nos cenários de curto, médio e longo prazos, além de ficarem menos capitalizadas para realizar investimentos de

maior monta. Na verdade 2008 foi um ano atípico em termos de investimentos industriais, com valores elevados, já que

a média anual não passou de R$ 1,2 bilhão nos últimos cinco anos. Então, mesmo abaixo dos valores de 2008, em 2009

os investimentos das indústrias catarinenses se mantiveram dentro da média anual.

Menor faturamento, oscilações do dólar, restrição do crédito e incertezas econômicas foram alguns dos fatores citados

como limitantes à realização de maiores investimentos em 2009. A proporção de indústrias que realizou investimentos

nesse ano foi 77%. Parte delas investiu conforme planejado (51%) e parte investiu parcialmente (46%), adiando para

2010 ou por tempo indeterminado. Outras cancelaram.

Apesar de 64,6% das indústrias terem voltado aos níveis de atividade pré-crise, percebe-se ainda certa cautela nas

decisões de investimentos para 2010. A projeção é de R$ 1,4 bilhão, ficando próximo dos valores médios anuais e dos

realizados em 2009. Porém, acrescentando a esses investimentos os de novas empresas que demonstram interesse em

vir para Santa Catarina, sinalizam-se boas perspectivas de renda e emprego para o estado nos próximos anos.

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Proporção de empresas que realizaram ou não investimentos em 2009

Gêneros de atividadeNº de empresas

informantesSIM(%)

NÃO(%)

Produtos alimentícios e bebidas 13 84,6 15,4Produtos têxteis 12 83,3 16,7Confecções de artigos do vestuário e acessórios 9 66,7 33,3Couros e artigos de viagem 1 100,0 0,0Produtos de madeira 15 60,0 40,0Celulose, papel e produtos de papel 7 85,7 14,3Edição, impressão e reprodução de gravações 1 100,0 0,0Produtos químicos 6 50,0 50,0Artigos de borracha e plástico 11 100,0 0,0Produtos de minerais não metálicos 9 66,7 33,3Metalurgia básica 8 87,5 12,5Produtos de metal - exceto máquinas 2 100,0 0,0Máquinas e equipamentos 16 68,8 31,3Máquinas, aparelhos e materiais elétricos 1 100,0 0,0Material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicação 3 100,0 0,0Veículos automotores 2 100,0 0,0Outros equipamentos de transporte 1 100,0 0,0Artigos do mobiliário 9 66,7 33,3Produtos diversos 1 100,0 0,0Tecnologia, automação, informática 8 75,0 25,0TOTAL 135 77,0 23,0

Fonte: FIESC/PEI

Valor investido em 2009 pelas indústrias catarinenses

Gêneros de atividadeEm

SC (R$)Em outros

estados (R$)No

exterior (R$)Total (R$)

Produtos alimentícios e bebidas 201.704.438,75 11.506.745,71 0,00 213.211.184,46Produtos têxteis 60.107.469,74 314.000,00 0,00 60.421.469,74Confecções de artigos do vestuário 44.200.387,67 25.169.490,44 0,00 69.369.878,11Couros e artigos de viagem 486.554,26 1.464.440,62 0,00 1.950.994,88Produtos de madeira 6.846.334,40 1.256.924,93 0,00 8.103.259,33Celulose, papel e produtos de papel 72.472.559,70 0,00 0,00 72.472.559,70Edição, impressão e reprodução de gravações 5.536.636,11 0,00 0,00 5.536.636,11Produtos químicos 10.097.738,00 64.833,00 0,00 10.162.571,00Artigos de borracha e plástico 21.515.047,05 12.000.000,00 1.035.000,00 34.550.047,05Produtos de minerais não metálicos 37.836.233,00 1.745.186,00 0,00 39.581.419,00Metalurgia básica 328.802.451,18 11.900.000,00 0,00 340.702.451,18Produtos de metal – exceto máquinas 11.500.000,00 3.800.000,00 0,00 15.300.000,00Máquinas e equipamentos 76.541.803,90 0,00 0,00 76.541.803,90Máquinas, aparelhos e materiais elétricos 159.494.000,00 0,00 53.761.000,00 213.255.000,00Materiais eletrônicos, apar. e equip. de comunic. 27.648.642,47 5.993.879,40 0,00 33.642.521,87Veículos automotores 3.740.000,00 0,00 0,00 3.740.000,00Outros equipamentos de transporte 1.178.722,82 0,00 0,00 1.178.722,82Artigos do mobiliário 7.125.734,74 0,00 0,00 7.125.734,74Produtos diversos 500.000,00 0,00 0,00 500.000,00Tecnologia, automação e informática 4.635.000,00 450.000,00 0,00 5.085.000,00TOTAL 1.081.969.753,79 75.665.500,10 54.796.000,00 1.212.431.253,89

Fonte: FIESC/PEI

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O total investido pelas indústrias catarinenses em 2009 foi de R$ 1,2 bilhão, sendo R$ 1,08 bilhão em Santa Catarina,

R$ 75,7 milhões em outros estados e R$ 54,8 milhões no exterior. Alguns dos estados que receberam investimentos foram:

São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Bahia, Goiás, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Ceará, Mato Grosso,

Distrito Federal e Pernambuco. No exterior deve-se citar, dentre outros, EUA, Alemanha, Argentina, Chile, Colômbia, Vene-

zuela, México, Espanha, Índia, China, Emirados Árabes, Austrália, França, Bélgica, Inglaterra, Portugal, Suécia e Itália.

Os segmentos de atividade líderes em investimentos no ano de 2009 foram: Metalurgia Básica, responsável por 28,1%

do total de investimentos; Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos, com uma parcela de 17,6%, e Produtos Alimentícios

e Bebidas, também com 17,6% do total.

Os segmentos industriais que não investiram em 2009 apontaram como razões as incertezas quanto à recuperação do

mercado em decorrência da crise econômica mundial, a queda nas vendas e consequentemente no faturamento, geran-

do indisponibilidade de recursos; maior foco na reestruturação produtiva e administrativa, custo do crédito e dificuldade

de obtenção, problemas financeiros, menor demanda, excesso de burocracia e demora na captação de recursos junto

aos agentes financeiros, menor exportação, baixa do dólar e elevação dos custos.

Em termos de valor médio investido por empresa, destacaram-se em 2009, Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos e

Metalurgia Básica.

Fonte dos recursos dos investimentos realizados em 2009

A preferência dos empresários continuou sendo a utilização de recursos próprios nos investimentos, porém em proporção

menor que no ano anterior (51,6% em 2009 contra 58,4% em 2008). Já a captação de recursos nos bancos de fomen-

to aumentou, passando de 15% em 2008 para 21,8% do total investido em 2009. Em bancos privados nacionais foram

obtidos 14,9% dos recursos. O capital próprio continua sendo preferência devido ao menor custo financeiro, dificuldade

na obtenção/acesso a linhas subsidiadas pelo governo, falta de linhas de crédito específicas, excesso de burocracia na

obtenção dos recursos, rigor na quantificação de garantias, taxas de juros elevadas, por existir disponibilidade de cai-

xa na empresa, pelos investimentos serem de pequeno porte, e por estratégia própria da empresa em não operar com

recursos de terceiros.

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Proporção do faturamento utilizado nos investimentos em 2009

Em média, as indústrias catarinenses utilizaram 4,48% de seu faturamento para investimentos em 2009, contra 7,37% no

ano anterior. Alguns segmentos de atividade ultrapassaram esta média de 4,48%, com destaque para Material Eletrônico

e de Comunicação (7,22%), Metalurgia Básica (6,89%), Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos (5,88%), Máquinas e

Equipamentos (5,74%) e Tecnologia, Automação e Informática (5,07%).

Proporção do faturamento utilizado nos investimentos em 2009

Gêneros de atividade

2009 Investimentos sobre faturamento

(%)Faturamento

R$Investimentos

R$Produtos alimentícios e bebidas 7.191.981.570,53 213.211.184,46 2,96Produtos têxteis 1.558.112.594,79 60.421.469,74 3,88Confecções de artigos de vestuário 1.767.698.282,68 69.369.878,11 3,92Couros e artigos de viagem 139.215.123,75 1.950.994,88 1,40Produtos de madeira 312.317.044,76 8.103.259,33 2,59Celulose, papel e produtos de papel 1.635.450.135,00 72.472.559,70 4,43Edição, impressão e reprodução de gravações 142.683.141,39 5.536.636,11 3,88Produtos químicos 227.131.360,26 10.162.571,00 4,47Artigos de borracha e plástico 829.011.976,95 34.550.047,05 4,17Produtos de minerais não metálicos 1.887.114.238,95 39.581.419,00 2,10Metalurgia básica 4.943.432.454,83 340.702.451,18 6,89Produtos de metal – exceto máquinas 378.491.502,44 15.300.000,00 4,04Máquinas e equipamentos 1.333.041.811,79 76.541.803,90 5,74Máquinas, aparelhos e materiais elétricos 3.625.349.000,00 213.255.000,00 5,88Materiais eletrônicos, apararelhos e equipamentos de comunicação 466.027.618,34 33.642.521,87 7,22Veículos automotores 121.141.779,57 3.740.000,00 3,09Outros equipamentos de transporte 32.397.072,57 1.178.722,82 3,64Artigos do mobiliário 348.570.721,90 7.125.734,74 2,04Produtos diversos 20.000.000,00 500.000,00 2,50Tecnologia, automação e informática 100.387.466,94 5.085.000,00 5,07TOTAL 27.059.554.897,44 1.212.431.253,89 4,48

Fonte: FIESC/PEI

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nível das atividades após a crise

Consultadas sobre o nível das atividades, a maior parcela, ou seja, 64,6% das indústrias informaram ter voltado aos ní-

veis anteriores à crise. Essa percepção foi revelada pelos empresários entre os meses de fevereiro e abril de 2010, pe-

ríodo em que se realizou a pesquisa.

A empresa já voltou aos níveis de atividade pré-crise?

Gêneros de atividade Nº de informantes% de respostas

Sim NãoProdutos alimentícios e bebidas 13 91,7 8,3Produtos têxteis 12 75,0 25,0Confecções de artigos do vestuário e acessórios 9 88,9 11,1Couros e artigos de viagem 1 0,0 100,0Produtos de madeira 15 33,3 66,7Celulose, papel e produtos de papel 7 85,70 14,3Edição, impressão e reprodução de gravações 1 100,0 0,0Produtos químicos 6 50,0 50,0Artigos de borracha e plástico 11 72,7 27,3Produtos de minerais não metálicos 9 75,0 25,0Metalurgia básica 8 62,5 37,5Produtos de metal - exceto máquinas 2 100,0 0,0Máquinas e equipamentos 16 40,0 60,0Máquinas, aparelhos e materiais elétricos 1 0,0 0,0Material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicação 3 66,7 33,3Veículos automotores 2 100,0 0,0Outros equipamentos de transporte 1 100,0 0,0Artigos do mobiliário 9 44,4 55,6Produtos diversos 1 100,0 0,0Tecnologia, automação e informática 8 42,9 57,1TOTAL 135 64,6 35,4

Fonte:FIESC/PEI

InVESTIMEnToS FUTURoS – 2010 a 2012

A maior parte das indústrias participantes da pesquisa está disposta a investir em 2010, ou seja, 67,7% delas. A pro-

porção de indefinidas é de 25,6%. Os segmentos de atividade mais cautelosos quanto a investir em 2010 são: Produtos

Químicos, Madeira, Vestuário e Têxtil. Em 2011 o percentual de indústrias dispostas a investir é de 51% e em 2012 de

47,5%. Quanto mais longo o período mais difícil realizar previsões. A prioridade no momento é a recuperação das ativi-

dades e o equilíbrio financeiro, já que 2009 foi um ano fraco para vários segmentos industriais.

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Estão previstos investimentos para 2010?

Gêneros de atividade% de respostas

SIM NÃO IndefinidoProdutos alimentícios e bebidas 91,7 0,0 8,3Produtos têxteis 58,3 0,0 41,7Confecções de artigos do vestuário 55,6 0,0 44,4Couros e artigos de viagem 0,0 100,0 0,0Produtos de madeira 33,3 20,0 46,7Celulose, papel e produtos de papel 71,4 14,3 14,3Edição, impressão e reprodução de gravações 100,0 0,0 0,0Produtos químicos 33,3 0,0 66,7Artigos de borracha e plástico 81,8 0,0 18,2Produtos de minerais não metálicos 66,7 11,1 22,2Metalurgia básica 100,0 0,0 0,0Produtos de metal – exceto máquinas 100,0 0,0 0,0Máquinas e equipamentos 62,5 12,5 25,0Máquinas, aparelhos e materiais elétricos 100,0 0,0 0,0Materiais eletrônicos, aparelhos e equipamentos de comunicação 100,0 0,0 0,0Veículos automotores 100,0 0,0 0,0Outros equipamentos de transportes 100,0 0,0 0,0Artigos do mobiliário 55,6 11,1 33,3Produtos diversos 100,0 0,0 0,0Tecnologia, automação e informática 87,5 0,0 12,5TOTAL 67,7 6,8 25,6

Fonte: FIESC/PEI

Segundo 86,4% dos industriais, a capacidade produtiva está adequada para atender a demanda prevista para 2010 e

apenas 13,6% acreditam que não está. Mesmo estando adequada para a maioria dos informantes, metade das indús-

trias respondentes possui intenção de ampliar a capacidade de produção em 2010.

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A empresa pretende ampliar a capacidade produtiva em 2010?

Gêneros de atividade% de respostas

SIM NÃO IndefinidoProdutos alimentícios e bebidas 75,0 16,7 8,3Produtos têxteis 81,8 9,1 9,1Confecções de artigos do vestuário e acessórios 66,7 22,2 11,1Couros e artigos de viagem 0,0 100,0 0,0Produtos de madeira 26,7 60,0 13,3Celulose, papel e produtos de papel 28,6 42,9 28,6Edição, impressão e reprodução de gravações 100,0 0,0 0,00Produtos químicos 33,30 33,3 33,3Artigos de borracha e plástico 36,4 27,3 36,4Produtos de minerais não metálicos 44,4 22,2 33,3Metalurgia básica 62,5 37,5 0,0Produtos de metal - exceto máquinas 50,0 50,0 0,0Máquinas e equipamentos 60,0 26,7 13,3Máquinas, aparelhos e materiais elétricos 100,0 0,0 0,0Materiais eletrônicos, aparelhos e equipamentos de comunicação 66,7 33,3 0,0Veículos automotores 50,0 0,0 50,0Outros equipamentos de transporte 0,0 100,0 0,0Artigos do mobiliário 33,3 33,3 33,3Produtos diversos 0,0 100,0 0,0Tecnologia, automação e informática 62,5 25,0 12,5TOTAL 51,5 31,1 17,4

Fonte: FIESC/PEI

A previsão de investimentos para 2010 é de R$ 1,4 bilhão. Desse valor, 86,2% ficará em Santa Catarina, 6,0% será re-

alizado no exterior e 7,8% em outros estados. A indústria de Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos lidera os inves-

timentos fora do país por possuir unidades instaladas no exterior e ter necessidade de atualização de suas fábricas. O

processo de internacionalização, a realização de parcerias estratégicas e fatores relacionados a logística foram citados

como motivos para a realização de investimentos fora do Brasil. Em outros estados os motivos apontados foram: aumento

da competitividade (logística, tributária e custos dos insumos), maior disponibilidade de mão de obra, proximidade com

os clientes, atualização de parque fabril situado fora de Santa Catarina, abertura de lojas próprias, ampliação de filial,

montagem de centro de distribuição, maior facilidade para aquisição de matérias-primas, expansão e implantação de

nova unidade industrial, fortalecimento de canais comerciais, abertura de assistência técnica, desenvolvimento de novos

produtos e aumento de produção.

Valor dos investimentos anunciados para os anos de 2010, 2011 e 2012 (R$) Local 2010 2011* 2012* TOTAL

Santa Catarina 1.210.020.973,41 551.664.381,00 494.499.239,00 2.256.184.593,41Fora do estado 108.913.636,48 57.650.000,00 59.850.000,00 226.413.636,48No exterior 84.585.000,00 2.550.000,00 5.500.000,00 92.635.000,00TOTAL 1.403.519.609,89 611.864.381,00 559.849.239,00 2.575.233.229,89

Fonte: FIESC/PEI

*Obs: parte das indústrias ainda não definiu valores para os investimentos a serem realizados nos anos de 2011 e 2012.

Dentre os estados que receberão investimentos até 2012 pode-se citar: São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás,

Minas Gerais, Sergipe, Mato Grosso, Rio Grande do Norte, Ceará, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Pernambuco, Bahia

e Amazonas. No exterior a previsão de investimentos até 2012 é de R$ 92,6 milhões, com maior concentração em 2010.

Alguns países que irão receber investimentos são: Argentina, Chile, México, Equador, Colômbia, Venezuela, Estados

Unidos, Índia, Emirados Árabes, China e vários da Europa.

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Os segmentos de atividade que irão investir mais em 2010 são Metalurgia Básica, Alimentar e Bebidas, Celulose e Papel

e Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos. O total de empregos a serem gerados com os novos investimentos até 2012

é de 12 mil, sendo 10 mil em Santa Catarina e 2 mil fora do estado.

Pontos preocupantes para 2010

Segundo os empresários, os fatores preocupantes para 2010 são vários. Na liderança está o câmbio, com reflexo ne-

gativo na competitividade de nossos produtos no exterior e estímulo à entrada de produtos importados. Na sequência

aparecem a concorrência externa, principalmente da China e o seu avanço e o da Rússia no mercado europeu; o au-

mento do preço dos insumos e matérias-primas (aço, algodão, petróleo etc.), a infraestrutura defasada (de serviços

públicos e logísticos), a elevada carga tributária, as taxas de juros, o crédito (caro e escasso) e o risco de novas crises

no mercado externo. Também são motivos de preocupação o ano eleitoral, os encargos trabalhistas e a diminuição da

jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, a inadimplência dos clientes, a falta de mão de obra especializa-

da, a retração da demanda externa, o risco de aumento da inflação, o aumento da concorrência informal, as restrições

impostas pela Argentina, o aumento das exigências legais no setor de pessoal e ambiental, a dívida interna do país, o

déficit em conta corrente e queda do superávit primário e a falta de subsídio do governo e de apoio em determinadas

áreas. Ainda aparecem como fatores preocupantes a possibilidade de crescimento maior do mercado do que a capaci-

dade da empresa, a disponibilidade de capital de giro (custo e crédito), as exigências do fisco, o aumento dos impostos

nos estados (por exemplo a substituição tributária), as oscilações nas bolsas de valores mundiais, a instabilidade do

mercado interno e a elevação do custo Brasil.

São em grande parte fatores sistêmicos que precisam de grande atenção do governo para que não venham a prejudicar

o desempenho industrial em 2010. A transparência nas contas públicas, a utilização correta dos recursos e a política vol-

tada para o bem comum são atitudes esperadas de um governo que deseja trabalhar para o desenvolvimento do país.

Fonte dos recursos para os investimentos futuros

Referente à fonte dos recursos para os investimentos futuros, apesar da utilização do capital próprio continuar sendo

prioridade, deve-se destacar o crescimento da disposição dos industriais em utilizar recursos dos bancos de fomento.

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Em 2008 as empresas captaram 15% dos recursos nesses agentes de desenvolvimento. Em 2009 o percentual subiu

para 21,8% e para os novos investimentos a intenção é obter 31,8% dos recursos diretamente nesses bancos e mais

6,4% indiretamente, através de bancos privados nacionais. Observa-se uma tendência de redução do capital próprio

nos investimentos futuros.

Investimentos anunciados para 2010

Gêneros de atividade

SantaCatarina

R$

Fora doestado

R$No exterior

R$TOTAL

R$Produtos alimentícios e bebidas 214.141.076,00 450.000,00 0,00 214.591.076,00Produtos têxteis 20.558.000,00 18.500.000,00 1.000.000,00 40.058.000,00Confecções de artigos do vestuário 63.426.412,33 42.523.608,58 0,00 105.950.020,91Couros e artigos de viagem 0,00 0,00 0,00 0,00Produtos de madeira 6.200.000,00 700.000,00 0,00 6.900.000,00Celulose, papel e produtos de papel 210.300.000,00 0,00 0,00 210.300.000,00Edição, impressão e reproduções de gravações 20.000.000,00 0,00 0,00 20.000.000,00Produtos químicos 13.300.000,00 0,00 0,00 13.300.000,00Artigos de borracha e plástico 32.709.200,00 8.226.005,00 0,00 40.935.205,00Produtos de minerais não metálicos 42.719.000,00 10.249.000,00 0,00 52.968.000,00Metalurgia básica 343.931.000,00 18.525.000,00 0,00 362.456.000,00Produtos de metal – exceto máquinas 17.000.000,00 0,00 0,00 17.000.000,00Máquinas e equipamentos 62.822.327,00 250.000,00 0,00 63.072.327,00Máquinas, aparelhos e materiais elétricos 100.771.000,00 0,00 82.925.000,00 183.696.000,00Materiais eletrônicos, apar. e equip. de comunicação 35.242.958,08 8.840.022,90 500.000,00 44.582.980,98Veículos automotores 6.300.000,00 0,00 0,00 6.300.000,00Outros equipamentos de transporte 2.000.000,00 0,00 0,00 2.000.000,00Artigos do mobiliário 13.500.000,00 0,00 160.000,00 13.660.000,00Produtos diversos 500.000,00 0,00 0,00 500.000,00Tecnologia, automação e informática 4.600.000,00 650.000,00 0,00 5.250.000,00TOTAL 1.210.020.973,41 108.913.636,48 84.585.000,00 1.403.519.609,89

Fonte: FIESC/PEI

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Investimentos anunciados para 2011

Gêneros de atividade

SantaCatarina

R$

Fora doestado

R$No exterior

R$TOTAL

R$Produtos alimentícios e bebidas 28.700.000,00 550.000,00 0,00 29.250.000,00Produtos têxteis 27.108.000,00 7.000.000,00 2.000.000,00 36.108.000,00Confecções de artigos do vestuário 25.200.000,00 20.000.000,00 0,00 45.200.000,00Couros e artigos de viagem 0,00 0,00 0,00 0,00Produtos de madeira 4.800.000,00 250.000,00 0,00 5.050.000,00Celulose, papel e produtos de papel 103.300.000,00 0,00 0,00 103.300.000,00Edição, impressão e reproduções de gravações 0,00 0,00 0,00 0,00Produtos químicos 12.450.000,00 350.000,00 0,00 12.800.000,00Artigos de borracha e plástico 18.271.000,00 15.000.000,00 0,00 33.271.000,00Produtos de minerais não metálicos 29.280.000,00 0,00 0,00 29.280.000,00Metalurgia básica 185.030.950,00 11.000.000,00 0,00 196.030.950,00Produtos de metal – exceto máquinas 25.000.000,00 0,00 0,00 25.000.000,00Máquinas e equipamentos 27.331.376,00 0,00 0,00 27.331.376,00Máquinas, aparelhos e materiais elétricos 0,00 0,00 0,00 0,00Materiais eletrônicos, apar. e equip. de comunicação 23.393.055,00 3.000.000,00 500.000,00 26.893.055,00Veículos automotores 7.100.000,00 0,00 0,00 7.100.000,00Outros equipamentos de transporte 4.000.000,00 0,00 0,00 4.000.000,00Artigos do mobiliário 23.800.000,00 0,00 0,00 23.800.000,00Produtos diversos 500.000,00 0,00 0,00 500.000,00Tecnologia, automação e informática 6.400.000,00 500.000,00 50.000,00 6.950.000,00TOTAL 551.664.381,00 57.650.000,00 2.550.000,00 611.864.381,00

Fonte: FIESC/PEI

*Obs: parte das indústrias ainda não definiu investimentos para o ano 2011. Por isso os valores encontram-se baixos.

Investimentos anunciados para 2012

Gêneros de Atividade

SantaCatarina

R$

Fora doestado

R$No exterior

R$TOTAL

R$Produtos alimentícios e bebidas 28.750.000,00 600.000,00 0,00 29.350.000,00Produtos têxteis 22.157.000,00 7.000.000,00 5.000.000,00 34.157.000,00Confecções de artigos do vestuário 25.200.000,00 20.000.000,00 0,00 45.200.000,00Couros e artigos de viagem 0,00 0,00 0,00 0,00Produtos de madeira 5.400.000,00 250.000,00 0,00 5.650.000,00Celulose, papel e produtos de papel 86.000.000,00 0,00 0,00 86.000.000,00Edição, impressão e reprodução de gravações 0,00 0,00 0,00 0,00Produtos químicos 11.700.000,00 0,00 0,00 11.700.000,00Artigos de borracha e plástico 19.100.000,00 17.000.000,00 0,00 36.100.000,00Produtos de minerais não metálicos 25.040.000,00 0,00 0,00 25.040.000,00Metalurgia básica 162.123.300,00 11.000.000,00 0,00 173.123.300,00Produtos de metal – exceto máquinas 17.000.000,00 0,00 0,00 17.000.000,00Máquinas e equipamentos 26.017.967,50 0,00 0,00 26.017.967,50Máquinas, aparelhos e materiais elétricos 0,00 0,00 0,00 0,00Materiais eletrônicos, apar. e equip. de comunicação 29.360.971,50 3.000.000,00 500.000,00 32.860.971,50Veículos automotores 7.600.000,00 0,00 0,00 7.600.000,00Outros equipamentos de transporte 2.000.000,00 0,00 0,00 2.000.000,00Artigos do mobiliário 18.500.000,00 0,00 0,00 18.500.000,00Produtos diversos 500.000,00 0,00 0,00 500.000,00Tecnologia, automação e informática 8.050.000,00 1.000.000,00 0,00 9.050.000,00TOTAL 494.499.239,00 59.850.000,00 5.500.000,00 559.849.239,00

Fonte: FIESC/PEI

*Obs: parte das indústrias ainda não definiu investimentos para o ano 2012. Por isso os valores encontram-se baixos.

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Investimentos totais anunciados para 2010, 2011 e 2012

Gêneros de atividadeValores em R$

2010 2011 2012 TOTALProdutos alimentícios e bebidas 214.591.076,00 29.250.000,00 29.350.000,00 273.191.076,00Produtos têxteis 40.058.000,00 36.108.000,00 34.157.000,00 110.323.000,00Confecções de artigos do vestuário 105.950.020,91 45.200.000,00 45.200.000,00 196.350.020,91Couros e artigos de viagem 0,00 0,00 0,00 0,00Produtos de madeira 6.900.000,00 5.050.000,00 5.650.000,00 17.600.000,00Celulose, papel e produtos de papel 210.300.000,00 103.300.000,00 86.000.000,00 399.600.000,00Edição, impressão e reprodução de gravações 20.000.000,00 0,00 0,00 20.000.000,00Produtos químicos 13.300.000,00 12.800.000,00 11.700.000,00 37.800.000,00Artigos de borracha e plástico 40.935.205,00 33.271.000,00 36.100.000,00 110.306.205,00Produtos de minerais não metálicos 52.968.000,00 29.280.000,00 25.040.000,00 107.288.000,00Metalurgia básica 362.456.000,00 196.030.950,00 173.123.300,00 731.610.250,00Produtos de metal – exceto máquinas 17.000.000,00 25.000.000,00 17.000.000,00 59.000.000,00Máquinas e equipamentos 63.072.327,00 27.331.376,00 26.017.967,50 116.421.670,50Máquinas, aparelhos e materiais elétricos 183.696.000,00 0,00 0,00 183.696.000,00Materiais eletr., apar. e equip. de comunicação 44.582.980,98 26.893.055,00 32.860.971,50 104.337.007,48Veículos automotores 6.300.000,00 7.100.000,00 7.600.000,00 21.000.000,00Outros equipamentos de transporte 2.000.000,00 4.000.000,00 2.000.000,00 8.000.000,00Artigos do mobiliário 13.660.000,00 23.800.000,00 18.500.000,00 55.960.000,00Produtos diversos 500.000,00 500.000,00 500.000,00 1.500.000,00Tecnologia, automação e informática 5.250.000,00 6.950.000,00 9.050.000,00 21.250.000,00TOTAL 1.403.519.609,89 611.864.381,00 559.849.239,00 2.575.233.229,89

Fonte: FIESC/PEI

*Obs: parte das indústrias ainda não definiu investimentos para os anos 2011 e 2012.

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FInALIDADES DoS InVESTIMEnToS

Os investimentos planejados para o triênio 2010 a 2012 terão como principais finalidades a aquisição de máquinas e

equipamentos, atualização tecnológica e desenvolvimento de produtos. Na sequência aparecem o aumento da capaci-

dade produtiva, a ampliação das instalações e o lançamento de novos produtos. A tabela a seguir mostra a quantidade

de assinalações em cada item:

Os investimentos a serem realizados de 2010 a 2012 terão quais finalidades?

FinalidadesNúmero de

assinalações*

% sobre o total de respondentes

(135) Aquisição de máquinas e equipamentos 91 67,4Atualização tecnológica 62 45,9Desenvolvimento de produtos 58 43,0Aumento da capacidade produtiva 48 35,6Construção civil/ ampliação de instalações 48 35,6Lançamento de novos produtos 47 34,8Melhoria da qualidade dos produtos 41 30,4Treinamento/ aperfeiçoamento de pessoal 33 24,4Implantação de novos processos de produção 28 20,7Melhorias administrativas 27 20,0Investimento na área ambiental 20 14,8Implantação de nova unidade fabril 17 12,6Propaganda/ marketing 17 12,6Implantação de programas para melhoria da qualidade 13 9,63Reflorestamento 12 8,89Diversificação de atividades 11 8,15Investimentos sociais (restaurante, creche, ambulatório etc.) 7 5,19Matriz energética: gás, energia elétrica e outros 6 4,44Criação de empresa cooperada, em rede ou joint-venture 5 3,7Comércio eletrônico 5 3,7Investimento em PCH – Pequena Central Hidrelétrica 1 0,74Outros* 8 5,93TOTAL dE ASSINALAçõES 605

Fonte: FIESC/PEI

Obs: questão de múltipla escolha

*Outros: abertura de lojas de varejo, investimentos em sistema integrado de informação, manutenção da capacidade produtiva, aquisição de caminhões.

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Além das informações obtidas pela FIESC diretamente nas indústrias, foi realizada uma pesquisa na mídia impressa

chegando a mais informações de planos de investimentos industriais em Santa Catarina, inclusive de novas empresas

que pretendem se instalar. Além da área industrial, se observou anúncios nos ramos de ensino, imobiliário e comercial.

A tabela a seguir relaciona as empresas.

Investimentos anunciados, veiculados pela mídia:

EmpresaValor

(milhões de R$) Local AnoÁrea IndustrialZF (alemã, autopeças) 100,0 Lages - SC 2010Grupo Global (termoelétrica) 2.000,0 Treviso - SC 2010 - 2012Laticínios Bela Vista 35,6 Maravilha - SC 2010Columbia Logística (área portuária) 30,0 Itajaí - SC 2010Ibrame (metais não ferrosos) 20,0 Joinville - SC 2010 - 2012Eletrosul (energia) 78,9 Rio Fortuna e Santa Rosa de Lima - SC 2010Condor (escovas, pincéis...) 9,9 São Bento do Sul -SC 2010Hyosung (coreana, fio de elastano) US$ 100,0 Araquari-SC 2010OSX (tecnologia naval) 15 Florianópolis - SC 2010KTR (espanhol, peças de metal) US$ 1,0 São Francisco do Sul - SC 2010Lafran (francês, porcas e parafusos) São Francisco do Sul - SC 2010Komeco (aquecedores) 20,0 Palhoça - SC 2010EBX (estaleiro) US$ 1.500,0 Biguaçu - SC 2010Santos Brasil (área portuária) 137,0 Imbtuba - SC 2010Keppel Sigmarine (Cingapura, naval) US$ 50,0 SC 2010Paranapanema (cobre) US$ 300,00 SCMalwee (vestuário) 20,00 Ceará 2010Outras áreasShopping Müller 20,0 Joinville - SC 2010Grupo Temple (Portugal, imobiliário) US$ 400,0 SC - RJ - BA - PB A partir de 2010Construtora Vectra (imobiliário) 25,0 Joinville - SC 2010Sociesc (ensino) 28,0 Joinville - SC 2100 - 2011

Fonte: Diário Catarinense e Boletins de Investimentos do Bradesco.

Investimentos na esfera nacional

Segundo acompanhamento feito pelo Bradesco, através da imprensa, os investimentos deverão seguir em ritmo forte

no Brasil em 2010. Até o início de abril foram identificadas 371 empresas com planos de investimentos. Destas, 170 são

indústrias.

A grande maioria dos anúncios é referente a investimentos greenfield ou de ampliação dos empreendimentos. Na se-

quência aparece a modernização das instalações ou dos serviços. A participação de empresas nacionais dentro desse

movimento é predominante, representando mais de 75% dos anúncios. A maioria das empresas espera concluir seus

aportes até o fim de 2010 e outra parcela importante terá finalizado os investimentos dentro de um prazo de quatro anos.

As indústrias e os serviços respondem pela maioria dos anúncios, enquanto o agronegócio quase não está presente.

Porém, historicamente se verifica que o setor dificilmente divulga seus planos de investimentos e quando o faz se con-

centra em determinados segmentos, como açúcar e álcool.

Segundo o levantamento, o mercado doméstico vem puxando os investimentos. Assim, setores como comércio, alimen-

tos, transporte e logística, calçados, têxtil e vestuário e material de construção seguem no topo dos rankings de anún-

cios de investimento. Outros, como mineração, siderurgia e metalurgia, têm sido beneficiados pelo forte crescimento da

China. Transporte, logística e construção civil também possuem grande espaço para crescer, dada a frágil infraestrutura

no país.

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O gráfico abaixo mostra o número de empresas que divulgaram investimentos de 2006 a 2010, de acordo com o levan-

tamento realizado pelo Bradesco.

Pró-Emprego e PRoDEC

Das 135 empresas consultadas pela FIESC sobre os programas de incentivo oferecidos pelo governo estadual, 89% re-

velaram conhecer o Pró-Emprego e 85% o PRODEC, mas grande parte delas ainda não os utilizou. Da última pesquisa

para esta ocorreu uma evolução positiva no número de indústrias que conhecem o PRODEC, passando de 73,8% para

85% na atual.

A proporção de indústrias investidoras que pretendem utilizar o benefício do Pró-Emprego em 2010 é de 35% e as que

pretendem solicitar apoio do PRODEC totalizam 23,3%.

PRoGRAMA DE DESEnVoLVIMEnTo DA EMPRESA CATARInEnSE-PRoDEC

O Programa de Desenvolvimento da Empresa Catarinense - PRODEC tem como finalidade conceder incentivo à implan-

tação ou expansão de empreendimentos industriais e comerciais, que vierem produzir e gerar emprego e renda no es-

tado de Santa Catarina.

Trata-se de incentivo a postergação equivalente a um percentual pré-determinado sobre o valor do ICMS a ser gerado

pelo novo projeto.

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Em 2009, os incentivos aprovados estão a seguir:

Projetos aprovados no PROdEC em 2009

Empresa Município Setor econômicoInvestimentos

R$Nº de empregos

diretos

Cisa Brasile Ltda. JoinvilleFarmacêutico / Hospitalar 6.983.000,00 120

Azeplast Ind. e Comércio Ltda. Chapecó Plástico 1.553.564,00 103Marisol Indústria do Vestuário Ltda. Jaraguá do Sul Vestuário 58.648.230,00 110Laticínios Bela Vista Ltda. Maravilha Alimentício 90.000.000,00 350Comércio de Gêneros Alimentícios Zoni Ltda. Gaspar Comércio 12.256.459,68 350Hypê Agrocomércio Ltda. São Miguel do Oeste Alimentício 566.265,00 14Fortlev Sul Indústria e Comércio de Plásticos Ltda. Araquari Plástico 66.590.000,00 415Portobello S/A Tijucas Cerâmica 75.500.000,00 160Iguaçu Celulose Papel S/A Campos Novos Papel e Celulose 18.371.538,85 60Descarpack Descartáveis do Brasil Ltda. Ilhota Diversos 6.022.115,00 75Plasson do Brasil Ltda. Criciúma Diversos 10.363.989,00 75Volani Metais Indústria e Comércio Ltda. Joinville Metalmecânica 2.850.000,00 25Cerealista Martendal Ltda. Lages Comércio 3.065.665,06 40Cerâmica Elizabeth Sul Ltda. Criciúma Cerâmica 69.667.951,61 265ASJ Cimento e Participações S/A Pomerode Construção 68.847.915,00 700Indústria e Comércio Oliveira Ltda. Laurentino Alimentício 2.560.474,74 8Leardini Pescados Ltda. Navegantes Alimentício 12.517.315,00 42

Firal Ind. e Com. de Produtos Têxteis Ltda.Santo Amaro da Imperatriz Têxtil 5.983.169,49 50

Condor S/A. São Bento do Sul Diversos 39.441.746,00 50Cia. Industrial H. Carlos Schneider Joinville Metalúrgica 279.227.256,00 331S. Q. Supermercados Ltda. Canoinhas Comércio 5.862.909,43 102Metalúrgica Denk Ltda. São Bento do Sul Metalmecânica 38.117.717,06 110Oxford S/A Indústria e Comércio São Bento do Sul Diversos 19.648.424,04 60Dalila Têxtil Ltda. Jaraguá do Sul Têxtil 16.890.000,00 91Preluz Indústria e Comércio de Embalagens Ltda. Videira Plástico 1.315.000,00 14Karsten S/A Blumenau Têxtil 57.564.568,39 100Usipe Indústria e Comércio de Peças Ltda. Içara Metalmecânica 2.447.800,00 26TOTAL 972.863.073,35 3.846

Fonte: Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável / Diretoria de Desenvolvimento Econômico - DIEC

Prodec - Projetos Aprovados de 2000 a 2009

Ano Quant. deprojetos

InvestimentosR$

Empregosdiretos

2000 12 964.102.687,00 8532001 13 222.772.028,63 2.3242002 23 813.764.676,24 2.3762003 55 462.150.491,66 4.5792004 4 43.919.868,52 4932005 14 234.455.877,88 1.6352006 29 386.931.882,25 4.1782007 8 83.073.108,71 1.9292008 72 3.871.618.625,67* 14.6592009 27 972.863.073,35 3.846

Fonte: Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável / Diretoria de Desenvolvimento Econômico - DIEC

* Em 2008 o programa foi ampliado abrangendo também empresas comerciais.

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Desembolsos BRDE

O BRDE como agente de fomento empenhado na promoção do desenvolvimento regional tem financiado investimentos

para diversos segmentos de atividade em nosso estado. Em 2009 o valor total desembolsado em Santa Catarina foi de

R$ 550 milhões, sendo 57,2% destinado para a indústria, ou seja, R$ 314,8 milhões. De 2008 para 2009 os valores con-

tratados por esse segmento de atividade cresceram 23,4% (variação real).

Desde o início da década, o BRDE está empenhado em financiar os investimentos na geração e distribuição de energia

elétrica, de forma a evitar racionamento de energia e o consequente prejuízo às indústrias, bem como garantir seguran-

ça para o crescimento das mesmas. Atualmente, já estão consolidadas importantes parcerias com diversos agentes do

setor elétrico, facilitando todo o processo de financiamento dos investimentos.

Contratações por Ramo de Atividade – Região Sul

discriminação2008

R$ mil2009

R$ milVariação real

(%)Agropecuária 371.780 636.543 74,2Indústria 681.340 757.068 13,1Infraestrutura 157.807 249.638 60,9Comércio e serviços 347.691 598.757 75,2TOTAL 1.558.618 2.242.006 46,4

Fonte: BRDE

Indústria - o que é financiado pelo BRDE

Tipos de investimento Capitalização de empresas fabricantes de bens de capital, componentes e autopeças;

Construção e reforma de prédios e instalações;

Aquisição de máquinas e equipamentos novos nacionais cadastrados na Finame;

Aquisição de máquinas e equipamentos importados, sob consulta;

Capital de giro associado, ou seja, o capital de giro necessário ao financiamento do aumento de produção e vendas

decorrente do investimento realizado.

Programas ou projetos em Gestão para a Qualidade;

Capacitação tecnológica e desenvolvimento de produtos e processos;

Controle ou gestão ambiental e tratamento de resíduos;

Conservação de energia;

Conversão de plantas industriais para o uso do gás natural como fonte energética;

Instalação de centrais de cogeração;

Conversão ao gás metano veicular, nas modalidades: oficinas de conversão de veículos, instalações para gás em

postos de combustíveis e conversão de frotas de veículos de transporte de passageiros;

Outros empreendimentos associados à utilização do gás natural como fonte energética;

Centros ou laboratórios de pesquisa;

Treinamento de pessoal e qualificação profissional;

Aquisição e desenvolvimento de software (sob condições).

Projetos de infraestrutura econômica ou social;

Silos e armazéns;

Pequenas centrais hidrelétricas;

Equipamentos turísticos;

Reflorestamento para fins energéticos ou suprimento de matéria-prima;

Outros.

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desembolsos do BNdES para o estado de Santa Catarina em 2008 e 2009

AtividadesValores em R$ %

2009/20082008 2009Agropecuária 494.929.545 700.116.346 41,46Indústria Extrativa 13.779.273 14.887.430 8,04Indústria de Transformação 1.786.216.161 2.028.605.825 13,57 Produtos Alimentícios 334.780.894 532.033.976 58,92 Bebidas 13.293.157 2.812.728 -78,84 Têxtil 249.224.929 99.589.694 -60,04 Confec, vestuário e acessórios 88.570.442 67.003.152 -24,35 Couro, artefato e calçado 20.159.341 16.149.071 -19,89 Madeira 63.985.001 12.301.008 -80,78 Celulose e papel 80.211.082 44.730.375 -44,23 Gráfica 443.260 3.552.518 701,45 Coque, petróleo e combustível 100.890 477.500 373,29 Química 11.597.598 24.270.007 109,27 Farmoquímico, farmacêutico 1.844.802 4.859 -99,74 Borracha e plástico 78.739.419 83.345.059 5,85 Mineral não metálico 36.407.964 14.768.415 -59,44 Metalurgia 129.708.531 225.503.502 73,85 Produto de metal 28.736.857 35.712.721 24,27 Equip info, eletronico, ótico 1.326.577 47.031.446 3.445,32 Máq, aparelho eletrico 435.379.338 524.565.878 20,48 Máquinas e equipamentos 144.261.592 233.435.539 61,81 Veículo, reboque e carroceria 24.788.363 13.534.848 -45,40 Outros equip transporte 12.374.912 18.685.256 50,99 Móveis 24.241.400 19.106.193 -21,18 Produtos diversos 4.817.418 4.238.397 -12,02 Manutenção, reparação, instal. 1.222.395 5.753.682 370,69Eletricidade e gás 956.719.439 928.143.177 -2,99Água, esgoto e lixo 32.083.750 65.086.005 102,86Construção 77.090.534 87.548.895 13,57Comércio 135.027.391 290.757.683 115,33Transporte terrestre 1.064.474.063 1.102.835.945 3,60Transporte aquaviário 874.572 6.988 -99,20Transporte aéreo - 3.758.680 -Ativ aux transporte e entrega 38.753.754 190.135.897 390,63Alojamento e alimentação 8.024.921 8.571.016 6,80Informação e comunicação 6.186.667 13.492.298 118,09Telecomunicações 4.291.240 2.007.163 -53,23Ativ financeira e seguro 13.134.872 3.271.638 -75,09Ativ imobil, profissional e adm 158.827.728 157.671.249 -0,73Administração Pública 3.343.595 59.785.198 1.688,05Educação 9.632.701 7.385.630 -23,33Saúde e serv social 6.076.784 21.233.909 249,43Artes, cultura e esporte 751.747 2.694.544 258,44Outras ativ serviços 6.698.488 3.297.369 -50,77TOTAL 4.816.917.225 5.691.292.885 18,15

Fonte: BNDES

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ConCLUSÃo

Apesar de 2009 ter sido um ano difícil para as indústrias em função da crise financeira mundial, os investimentos foram

realizados dentro da média anual, tomando-se como base os últimos cinco anos e excluindo-se 2008, que foi bem su-

perior em termos de valores.

A pesquisa realizada pela FIESC, junto a 135 indústrias do estado, revelou R$ 1,2 bilhão investido em 2009. Os segmen-

tos metalúrgico, alimentar e máquinas, aparelhos e materiais elétricos concentraram 63% do total.

Para 2010 a projeção é R$ 1,4 bilhão, sendo que 86% desse valor será aplicado em Santa Catarina. Nota-se uma tendência de

as empresas aumentarem a captação dos recursos em bancos de fomento e diminuírem a utilização de capital próprio.

As principais finalidades dos investimentos a serem feitos até 2012 são aquisição de máquinas e equipamentos, atuali-

zação tecnológica, desenvolvimento de produtos e aumento da capacidade produtiva.

Além dos valores identificados na pesquisa da FIESC, novos empreendimentos virão para o estado, conforme veiculado na

mídia, sinalizando boas perspectivas de renda e emprego para os próximos anos: investimentos nas áreas portuária, na-

val, de autopeças, energética, de produtos de metal, alimentar, têxtil, de plásticos e nos ramos imobiliário e comercial.

Porém, vários pontos causam preocupação aos empresários em 2010, podendo-se citar alguns: o câmbio, a concorrência

chinesa, o preço dos insumos e matérias-primas, a infraestrutura, a carga tributária, as taxas de juros, o crédito, o risco

de novas bolhas no mercado internacional, as eleições, os encargos trabalhistas, a falta de mão de obra especializada,

a retração da demanda externa, o risco de aumento da inflação, o aumento das exigências legais no setor de pessoal e

ambiental, a queda do superávit primário, a instabilidade dos mercados e a elevação do custo Brasil.

A retomada das atividades em 2010, caso a crise na Zona do Euro não avance, deverá dar impulso aos investimentos.

O retorno da confiança na economia já está sendo observada, conferindo boas perspectivas nas decisões de investir

do empresário catarinense.

Realizar investimentos com responsabilidade é a palavra atual. Utilizar os recursos de maneira equilibrada, com baixo

impacto ecológico, é uma premissa básica para o desenvolvimento sustentável. Tecnologia mais limpa, reciclagem, efi-

ciência energética, inovação e tecnologias da informação e comunicação deverão estar cada vez mais presentes nas

decisões empresariais. A nova definição de sucesso englobará a sinergia entre o econômico, o social e o ambiental.

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2009

2010

A economia em

e

Perspectivas para

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A e c o n o m i a e m 2 0 0 9 e P e r s p e c t i v a s p a r a 2 0 1 0

CEnÁRIo MACRoEConÔMICo

A economia mundial passou o ano de 2009 sob os efeitos da crise que abalou o mercado financeiro no final de 2008.

A retomada veio a partir do terceiro trimestre, e de forma bastante distinta entre países e blocos econômicos. A evolu-

ção do PIB de 2009 mostra que Estados Unidos e Japão superaram as expectativas, enquanto a Área do Euro mostrou

reação mais lenta. Nos países emergentes, o impacto da recessão derrubou trajetórias de crescimento, principalmente

na Rússia e no México, mas as projeções para o PIB 2010 indicam o retorno de taxas positivas robustas, superando o

patamar pré-crise.

A crise desencadeada em setembro de 2008, que teve como estopim a quebra de um dos maiores bancos de investi-

mento dos Estados Unidos, o Lehman Brothers, deixou rastros de recessão em todo o mundo, como o crédito escasso,

a falta de confiança no sistema financeiro internacional e o desemprego em grande escala.

Em diversos países, autoridades monetárias tentaram minimizar os efeitos da crise injetando dinheiro público em insti-

tuições financeiras ameaçadas de quebra. Além disso, muitos governos alteraram políticas fiscais e monetárias para in-

centivar a produção, o consumo interno e as exportações. Nesse sentido, alguns países reduziram significativamente as

taxas de juros, a fim de fomentar atividades produtivas. Em outra frente, instituições multilaterais, como a Organização

Mundial do Comércio (OMC), o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI) articularam-se em ações emer-

genciais, ampliando os recursos para empréstimos às nações mais vulneráveis à recessão econômica.

Embora o déficit público e o desemprego tenham aumentado tanto nos países desenvolvidos quanto nos demais, a crise

não afetou a todos com a mesma intensidade. Enquanto algumas nações entraram em recessão no final de 2008 e no

início de 2009 – caso de Estados Unidos, Suécia, Coreia do Sul e União Europeia – outros, como Brasil, Índia, China e

África do Sul apresentaram uma queda mais suave nos níveis de produção.

Todos esses fatores fizeram de 2009 um ano de superação, encerrando com melhores perspectivas em relação

a 2008.

Economia internacional

Países desenvolvidos

Epicentro da crise, a economia norte-americana apresentou sinais de recuperação no final de 2009, registrando aumento

de 5,6% no último trimestre. A previsão é de que o país retome lentamente os índices de desempenho ao longo de 2010.

O FMI estima que o PIB dos Estados Unidos feche em queda de 2,4% em 2009.

O consumo das famílias americanas aumentou 2,8% e 1,7% no terceiro e quarto trimestres, respectivamente, e a produ-

ção industrial 8,4% e 5,5% nesse mesmo período, sugerindo um cenário futuro mais favorável, segundo perspectivas do

Banco Central do Brasil. Analistas estimam que o PIB norte-americano cresça cerca de 2,5% em 2010 e o FMI projeta

3,1%. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) dos Estados Unidos, divulgado em janeiro de 2010, registrou variação

de 2,6% em 12 meses. As exportações cresceram 22,4% no quarto trimestre e as importações 15,3%, evidenciando a

retomada nos fluxos de comércio externo no período.

No Japão, o desempenho da economia não foi muito diferente. Segundo estimativas do FMI, o PIB do país deve encerrar

2009 em queda de 5,2%, mas as perspectivas para 2010 são de crescimento de 1,9%, com base nos resultados positivos

registrados já a partir do segundo trimestre de 2009. O consumo das famílias japonesas aumentou 2,8% e o comércio exterior

apresentou acentuada recuperação. As exportações no quarto trimestre tiveram alta de 21,7%, e as importações de 5,3%.

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Na Área do Euro, os reflexos da crise ainda são sentidos. O FMI estima queda de 4,1% do PIB em 2009, e para 2010 a

expectativa é de um crescimento tímido da ordem de 1,0%, indicado pela expansão de 1,7% e 0,5% do PIB nos dois úl-

timos trimestres de 2009. O resultado foi influenciado pelo desempenho da Alemanha, a maior economia do bloco, cuja

recuperação perdeu força nos meses finais de 2009. O PIB alemão fechou o ano com uma retração de 5,0%.

As indústrias da Área do Euro registraram crescimento de 8,2% no terceiro trimestre de 2009, frente a uma queda de

4,9% no trimestre anterior. As exportações do bloco avançaram 7,0% e as importações 3,7% no quarto trimestre. A varia-

ção do IPC acumulada em 12 meses atingiu 1% em janeiro, impulsionada principalmente pelo crescimento registrado no

preço da energia, de 4%. O Banco Central Europeu (BCE) avaliou que o processo deflacionário será revertido em 2010

e manteve a taxa básica de juro em 1% a.a., patamar vigente desde maio.

A economia britânica apresenta a recuperação mais lenta entre os países desenvolvidos. Depois de seis trimestres con-

secutivos de contratações, o Banco Central do Brasil estima variação positiva do PIB do Reino Unido em 1,1% e o FMI

em 1,3%. A fraca demanda e a baixa confiança dos consumidores deixam dúvidas de que a recessão tenha ficado para

trás. A produção manufatureira britânica no terceiro trimestre recuou 1,0%, resultado que, embora negativo, representa

avanço significativo em relação à queda de 19,4% no início de 2009. Contudo, no último trimestre de 2009 houve aumento

na produção industrial de 3,2%, o que confirma a recuperação da economia do Reino Unido. O mercado externo acom-

panhou o ritmo da economia, com alta de 15,9% nas exportações e 17,6% nas importações, no quarto trimestre de 2009.

Em 12 meses, a variação do IPC britânico atingiu 3,5%, impulsionada pelo aumento do imposto sobre valor agregado,

a elevação dos preços da energia e a depreciação da libra. Embora os riscos de retomada da inflação no médio prazo

aumentassem no cenário de contínua depreciação da libra, o Comitê de Política Monetária do Banco da Inglaterra (BoE)

manteve, em fevereiro de 2010, a taxa de juros básica em 0,5% a.a., correspondendo a juros reais de -3% a.a.

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A tabela a seguir apresenta o desempenho dos componentes do PIB e outros indicadores das maiores economias de-

senvolvidas e o gráfico a evolução da inflação em alguns países.

Tabela I - Maiores economias desenvolvidas: componentes do PIB e outros indicadores em 2008 e 2009, por trimestres (taxa % anualizada)

2008 2009I II III IV I II III IV

PIB Estados Unidos -0,7 1,5 -2,7 -5,4 -6,4 -0,7 2,2 5,9 Área do Euro 3,2 -1,2 -1,6 -7,5 -9,6 -0,5 1,7 0,5 Reino Unido 2,9 -0,3 -3,7 -7,0 -10,2 -2,54 -1,2 1,1 Japão 3,8 -5,2 -4,3 -11,4 -12,3 5,2 0,0 4,6Consumo das Famílias Estados Unidos -0,6 0,1 -3,5 -3,1 0,6 -0,9 2,8 1,7 Área do Euro 0,9 -1,4 -0,1 -2,3 -1,9 0,3 -0,7 -0,1 Reino Unido 3,5 -1,0 -1,2 -4,5 -5,8 -3,7 0,6 1,5 Japão 2,4 -6,2 -0,6 -3,2 -5,2 4,7 2,4 2,8Investimento Empresarial Estados Unidos 1,9 1,4 -6,1 -19,5 -39,2 -9,6 -5,9 6,5 Área do Euro 1 2,8 -5,3 -4,8 -15,3 -19,9 -6,7 -3,7 -3,3 Reino Unido 1 -10,1 12,7 -8,7 -6,3 -30,7 -35,2 -2,3 nd Japão 19,5 -4,5 -14,7 -26,0 -30,6 -15,6 -9,8 4,0Investimento Residencial Estados Unidos -28,2 -15,8 -15,9 -23,2 -38,2 -23,3 18,9 5,0 Área do Euro 2 6,7 -7,7 -5,6 -7,2 -3,8 -2,7 -4,0 -4,5 Reino Unido -4,7 -17,6 -24,5 -23,4 -33,7 -22,8 7,3 nd Japão 16,0 0,5 17,0 10,2 -23,7 -32,7 -27,7 -12,8Exportações de bens e serviços Estados Unidos -0,1 12,1 -3,6 -19,5 -29,9 -4,1 17,8 22,4 Área do Euro 8,3 -1,7 -4,9 -26,1 -29,3 -4,5 11,9 7,0 Reino Unido 4,8 1,2 -2,2 -16,8 -26,5 -6,2 0,4 15,9 Japão 14,8 -5,6 -2,8 -46,6 -66,3 42,2 37,8 21,7Importações de bens e serviços Estados Unidos -2,5 -5,0 -2,2 -16,7 -36,4 -14,7 21,3 15,3 Área do Euro 8,3 -4,3 0,0 -18,2 -27,2 -11,0 11,8 3,7 Reino Unido -1,2 -3,0 -4,5 -22,1 -24,3 -10,9 5,4 17,6 Japão 4,2 -10,3 10,8 0,3 -53,9 -14,7 23,3 5,3Gastos governamentais Estados Unidos 2,6 3,6 4,8 1,2 -2,6 6,7 2,6 -1,2 Área do Euro 3 2,1 2,9 1,9 2,4 2,2 2,4 3,1 -0,5 Reino Unido 3 3,4 3,3 2,2 4,5 -1,4 3,0 1,4 4,9 Japão -3,6 -7,5 -0,3 4,1 5,2 5,2 -0,7 1,6Produção manufatureira Estados Unidos -1,2 -5,4 -9,2 -18,2 -21,9 -8,9 8,4 5,5 Área do Euro 8,8 -10,0 -12,3 -21,8 -26,9 -10,1 3,2 7,9 Reino Unido 2,2 -6,0 -8,8 -19,7 -19,4 -0,3 -1,0 3,2 Japão 2,1 -7,4 -11,6 -37,3 -61,1 28,2 37,8 22,9Taxa de desemprego 4 Estados Unidos 5,1 5,5 6,2 7,4 8,6 9,5 9,8 10,0 Área do Euro 7,2 7,4 7,7 8,2 9,1 9,4 9,8 9,9 Reino Unido 5,2 5,4 5,9 6,4 7,1 7,8 7,8 7,8 Japão 3,8 4,1 4,0 4,3 4,8 5,4 5,3 5,2

Fonte: BEA, Cabinet Office e Eurostat; 1- Inclui investimentos com construções residenciais e investimentos públicos; 2- Gastos totais com construções; 3- Exclusivamente gastos

com consumo; 4- Taxa ao final do período.

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Países emergentes

A China apresentou recuperação da economia doméstica e avanço do PIB de 10,7% no quarto trimestre de 2009. Se-

gundo o Escritório Nacional de Estatísticas da China, o PIB chinês encerrou o ano de 2009 com alta de 8,7%, e a previ-

são do FMI para 2010 é de voltar aos 10%, mesmo patamar de 2008. O resultado foi impulsionado, principalmente, pela

expansão de 16,8% no consumo, no terceiro trimestre do ano, alavancado pela manutenção dos incentivos às vendas

de bens duráveis. As exportações registraram aumento de 15,7% e as importações apresentaram novo crescimento,

de 30,3%. Segundo análise do Banco Central do Brasil, o processo deflacionário na China registrou arrefecimento, em

resposta à ampliação das reservas internacionais do país. O IPC fechou em 1,5% em janeiro de 2010, contra 1,8% re-

gistrado em julho de 2009.

Tabela II – China: componentes do PIB e outros indicadores em 2008 e 2009, por trimestres (taxa anualizada)

discriminaçãoTrimestres 2008 Trimestres 2009

1° 2° 3° 4° 1° 2° 3° 4°PIB 10,6 10,1 9,0 6,8 6,1 7,9 9,1 10,7Vendas no Varejo 11,7 13,4 17,1 17,6 15,7 16,8 16,8 16,5Vendas de Veículos¹ 21,8 15,4 -1,9 -8,2 3,6 31,6 73,8 85,7Formação Bruta de Capital Fixo 20,3 20,1 20,2 25,3 38,8 50,1 47,4 29,9Exportação de Bens 17,3 17,3 18,5 4,4 -10,9 -9,1 -5,5 15,7Importação de Bens 15,7 17,1 10,6 -2,4 -3,9 18,1 28,7 30,3Produção Industrial 16,3 15,9 12,9 6,4 5,6 9,0 12,4 18,0Taxa de Desemprego² 4,0 4,0 4,0 4,2 4,3 4,3 4,3 4,3

Fonte: Thomson

1. Inclui vendas a empresas.

2. Taxa de desemprego urbano ao final do período.

A Índia teve alta de 5,7% no PIB em 2009 e, segundo estimativa do FMI, deve crescer 8,8% em 2010. O IPC deve ter

uma ligeira queda, com alta de 8,4% este ano frente aos 8,7% em 2009. Entre os demais emergentes asiáticos, a Coreia

do Sul registrou crescimento de 0,2% no PIB em 2009, com previsão de crescimento de 4,5% em 2010, segundo o FMI.

Em Taiwan, a queda em 2009 chegou a 1,9%, porém com tendência de rápida recuperação, com crescimento previsto

de 6,5% no ano de 2010.

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A tabela a seguir apresenta as projeções de crescimento do PIB real mundial e de países desenvolvidos e emergentes

feitas pelo FMI.

Tabela III – Quadro de projeções – PIB mundial e de países selecionados

ProjeçõesFMI

diferença entre a projeção atual e a divulgada em janeiro de 2010

2008 2009 2010 2011 2010 2011Mundo 3.0 -0.6 4.2 4.3 0.3 0.0Economias avançadas 0.5 -3.2 2.3 2.4 0.2 0.0Estados Unidos 0.4 -2.4 3.1 2.6 0.4 0.2Área do Euro 0.6 -4.1 1.0 1.5 0.0 -0.1

Alemanha 1.2 -5.0 1.2 1.7 -0.3 -0.2França 0.3 -2.2 1.5 1.8 0.1 0.1Itália -1.3 -5.0 0.8 1.2 -0.2 -0.1Espanha 0.9 -3.6 -0.4 0.9 0.2 0.0

Japão -1.2 -5.2 1.9 2.0 0.2 -0.2Reino Unido 0.5 -4.9 1.3 2.5 0.0 -0.2Canadá 0.4 -2.6 3.1 3.2 0.5 -0.4Outras economias avançadas 1.7 -1.1 3.7 3.9 0.4 0.3

Novas economias industrializadas da Ásia 1.8 -0.9 5.2 4.9 0.4 0.2Economias em desenvolvimento 6.1 2.4 6.3 6.5 0.3 0.2Europa Central e Leste Europeu 3.0 -3.7 2.8 3.4 0.8 -0.3Comunidade dos Estados Independentes 5.5 -6.6 4.0 3.6 0.2 -0.4Rússia 5.6 -7.9 4.0 3.3 0.4 -0.1Excluindo Rússia 5.3 -3.5 3.9 4.5 -0.4 -0.6Ásia em desenvolvimento 7.9 6.6 8.7 8.7 0.3 0.3

Índia 7.3 5.7 8.8 8.4 1.1 0.6China 9.6 8.7 10.0 9.9 0.0 0.25 Asiáticos* 4.7 1.7 5.4 5.6 0.7 0.3

Oriente Médio e Norte da África 5.1 2.4 4.5 4.8 0.0 0.1África Sub Saariana 5.5 2.1 4.7 5.9 0.4 0.4Hemisfério Ocidental 4.3 -1.8 4.0 4.0 0.3 0.2

Brasil 5.1 -0.2 5.5 4.1 0.8 0.4México 1.5 -6.5 4.2 4.5 0.2 -0.2

Fonte: FMI (World Economic Outlook) – divulgada em abril de 2010

*Indonésia, Malásia, Filipinas, Tailândia e Vietnã.

América Latina e África

O PIB da América Latina caiu 1,9%, segundo o relatório do FMI de abril de 2010, e deve voltar a crescer este ano, em

média 4,1%. O pior desempenho em 2009 foi registrado no México, com queda de 6,5% no PIB. Para 2010, a perspec-

tiva de crescimento da economia mexicana é de 4,2%. O Índice de Preços ao Consumidor no país, que fechou 2009 em

alta de 5,4%, deve crescer menos em 2010, cerca de 3,5%. Na Argentina, o PIB que em 2009 foi de 0,9% volta a crescer

3,5% em 2010. O IPC argentino também terá uma alta menos acentuada, de 5,2% em 2010 contra 6,1% em 2009.

A previsão para a Venezuela é a mais pessimista da América Latina. Depois da queda de 3,3% em 2009, o PIB deve cair

novamente em 2010, embora de forma menos acentuada, e fechar o ano em -2,6%, principalmente devido à redução na

receita provinda do mercado de petróleo. O IPC venezuelano continua a sequência de alta, que deve chegar a 30% em

2010 contra 29,5% em 2009. A previsão mais otimista é para o Peru, que, ao lado do Uruguai (2,9%), foi um dos países

a registrar crescimento do PIB em 2009 (0,9%) e deve ter alta de 6,3% em 2010, segundo o FMI. O IPC peruano fechou

2009 em alta de 3,2% e deve subir outros 2% em 2010.

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No continente africano, o PIB encerrou 2009 em alta de 2,1% e deve crescer 4,7% em 2010. Em Angola, o avanço pre-

visto é de 7,1% do PIB em 2010 contra uma queda de 0,4% registrada em 2009. Na África do Sul o PIB caiu 1,8% em

2009 e tem perspectiva de crescimento de 2,6% em 2010.

Preço das commodities

Fatores como a depreciação do dólar, a recuperação da economia mundial, especialmente nos países emergentes, e

o aumento nas importações chinesas impulsionaram a recuperação dos preços internacionais das commodities em re-

lação às perdas registradas em 2008. O relatório de inflação do Banco Central do Brasil, publicado em março de 2010,

destaca que a evolução dos preços agrícolas se deve principalmente ao aumento da demanda mundial para consumo

e para a produção de biocombustíveis.

O índice S&P Goldman Sachs Commodity Index (GSCI), da Standard & Poor’s, em conjunto com o Goldman Sachs, mos-

tra que os preços internacionais das commodities registraram elevação de 1% no trimestre encerrado em fevereiro de

2010, decorrente da variação dos itens agrícola (5,6%), energético (1,9%) e metálico (4,3%). No mesmo período, os pre-

ços do trigo, soja, milho e café sofreram redução de 10,7%, 10,3%, 6,1% e 9%, respectivamente, tendo como base os

contratos futuros para primeira entrega. Contrastando com esse cenário, os contratos de açúcar registraram aumento de

9,3%. As cotações das commodities metálicas refletem a recuperação dos países emergentes, especialmente da China,

maior consumidor mundial desses produtos. De acordo com a London Metal Exchange (LME), entre o final de novembro

2009 e fevereiro de 2010, foi registrada alta nas cotações de níquel (29,1%), estanho (12,3%), cobre (3, 8%) e alumínio

(3,6%). Já os preços do chumbo e do zinco sofreram queda de 7,6% e 5,3%.

Os gráficos a seguir mostram a evolução dos preços das commodities agrícolas, energéticas e metais, de 2008 a 2010.

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Os preços do petróleo registraram recuperação devido à maior atividade econômica mundial e à depreciação da moeda

norte-americana. Entre dezembro de 2009 e fevereiro de 2010, o barril WTI teve alta de 0,38%, passando de US$ 74,60

para US$ 76,30, e o barril Brent teve redução de -0,67%, passando de US$ 74,70 para US$ 74,31. Segundo projeção do

Relatório do Departamento de Energia dos EUA (DOE), divulgado em fevereiro de 2010, as cotações médias do petróleo

WTI tendem a registrar leve aumento. Conforme o DOE, os preços do barril WTI devem fechar em US$ 81 no segundo

semestre de 2010 e chegar a US$ 84 em 2011.

O gráfico a seguir mostra a evolução do preço do petróleo, de junho de 2008 a fevereiro de 2010.

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CEnÁRIo BRASILEIRo

Para o Brasil, 2009 foi um ano em que o PIB não cresceu. Apesar de ter sido um dos primeiros países a sair da recessão,

a retração de 0,2% do PIB contrastou com o cenário de expansão verificado ao longo de mais de uma década. Em 2007

e no ano da crise, 2008, a variação brasileira do PIB havia sido de 6,1% e 5,1%, respectivamente. Com a demanda do

mercado internacional deprimida e o aumento de barreiras aos produtos brasileiros, a economia nacional foi sustentada

principalmente pelo consumo interno. Depois de apresentar um ligeiro aumento de 0,2% no primeiro trimestre de 2009

frente ao quarto trimestre de 2008, o consumo das famílias brasileiras cresceu a taxas superiores a 2% nos dois trimes-

tres seguintes e encerrou o ano com crescimento médio estimado em 3,7%. A projeção do Banco Central para 2010,

em relatório divulgado em 30 de abril deste ano, é de uma alta de 6,0% do PIB brasileiro, desempenho bem acima do

registrado durante a recessão, mas ainda menor do que o registrado no patamar pré-crise.

A dívida externa brasileira caiu para cerca de R$ 99 bilhões, redução de 1,2%, e em 2009, pela primeira vez na história,

o Brasil se tornou credor do Fundo Monetário Internacional (FMI). Em abril, o país aceitou o convite feito pelo FMI pa-

ra entrar no clube dos 47 países que compõem o fundo e colocou US$ 4,5 bilhões à disposição do FMI. Já em 2007 o

Brasil anunciou ter reservas internacionais em volume maior que a dívida externa do país. Em dezembro de 2009, essas

reservas somavam US$ 239 bilhões. A dívida pública interna, entretanto, continuou subindo em 2009 e chegou a quase

R$ 1,4 trilhão em dezembro.

Inflação

A inflação fechou o ano de 2009 com variação de 4,3%. De acordo com o relatório Focus, do Banco Central do Brasil,

divulgado em 30 de abril de 2010, as projeções para o IPCA são de 5,42% em 2010 e 4,8% em 2011. A queda na in-

flação foi provocada principalmente pela queda no preço internacional das commodities agrícolas e os impactos que a

crise causou na indústria brasileira. O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que registrou variações

negativas ou próximas de zero ao longo de todo o ano de 2009 e 0,11% em dezembro, subiu bem mais que o espera-

do em janeiro (1,01%) e atingiu o maior patamar desde outubro de 2008, segundo dados da Fundação Getulio Vargas

(FGV), apresentados na tabela a seguir.

Tabela IV - Índices Gerais de PreçosVariação % mensal

discriminação2009 2010

Out Nov dez Jan FevIGP-DI -0,04 0,07 -0,11 1,01 1,09IPA -0,08 -0,04 -0,29 0,96 1,38IPC-Br 0,01 0,26 0,24 1,29 0,68INCC 0,06 0,29 0,10 0,64 0,36

Fonte: FGV

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo IBGE, fechou o ano em 4,31%, ante os 5,9%

registrados em 2008. A queda da inflação favoreceu a recomposição da oferta de crédito ao possibilitar a redução na taxa

Selic, que encerrou 2009 em queda de cinco pontos percentuais em relação ao ano anterior e alcançou pela primeira vez

o patamar de um dígito. Foram 8,75% no final de 2009 contra 13,75% registrados em 2008. Para 2010, a previsão é que

a Selic alcance 11,75%. Segundo estimativas da CNI, com a inflação controlada e a Selic mantendo-se estável, a taxa

de juros real será menor que no ano anterior, terminando 2010 em 4,3% a.a. (previsão feita em dezembro de 2009).

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Vendas do Comércio

O atual ciclo da recuperação da economia brasileira segue sustentado pelo aumento da demanda interna, aquecida

principalmente por programas de transferência de renda do governo federal, redução pontual de tributos, retomada no

mercado de trabalho e restituição da oferta de crédito. Os resultados do comércio varejista, que ao longo de 2009 des-

toaram dos dados de produção – em parte devido ao elevado nível de estoques com o qual a indústria iniciou o ano –,

confirmam a avaliação de que a demanda doméstica foi o elemento de sustentação da economia brasileira em 2009.

Segundo o IBGE, o volume de vendas do comércio varejista se expandiu 5,9% em 2009, após uma expansão de 9,1%

em 2008. O segmento “hipermercados, produtos alimentícios, bebida e fumo” foi um dos principais destaques em ven-

das, com expansão de 8,3% em 12 meses. O comércio varejista ampliado – que inclui “veículos, motos, partes e peças”

e “material de construção”, segmentos mais sensíveis às condições de crédito – também apresentou forte desempenho,

com crescimento de 6,9% no mesmo período. O desempenho das vendas do comércio varejista em 2009 é apresentado

na tabela a seguir.

Fonte: Banco Central do Brasil - www.fiescnet.com.br

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Tabela V - Brasil: volume de vendas do comércio varejista e do comércio varejista ampliado segundo grupos de atividades, 2009

Atividades

Indicador mês/mês (*) Indicador mensal AcumuladoTaxa de variação Taxa de variação Taxa de variação

Out Nov dez Out Nov dez No ano12

MesesCOMÉRCIO VAREJISTA (**) 1,4 0,7 -0,4 8,6 8,6 9,1 5,9 5,91 - Combustíveis e lubrificantes 2,3 1,0 0,7 1,3 3,0 5,3 0,8 0,82 - Hiper, supermercados, prods. alimentícios, bebidas e fumo 1,5 1,0 -0,8 12,2 8,2 9,7 8,3 8,3 2.1 - Super e hipermercados 1,4 1,4 -1,2 12 7,9 9,3 8,1 8,13 - Tecidos, vest. e calçados 2,2 -0,2 0,2 3,9 4,8 5,8 -2,8 -2,84 - Móveis e eletrodomésticos 1,2 5,3 -3,3 3,5 13,8 13,2 2,1 2,15 - Artigos farmacêuticos, med. ortop. e de perfumaria 3,2 0,5 -0,8 12,4 11,3 10,7 11,8 11,8 6 - Equip. e mat. para escritório, informática e comunicação 1,3 1,2 0,2 4,4 18,0 3,7 10,6 10,6 7 - Livros, jornais, rev. e papelaria 1,7 -1,1 1,6 13,3 9,0 9,3 9,6 9,68 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico 1,3 -2,0 -3,4 9,5 7,3 6,8 8,4 8,4 COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIAdO (***) -1,9 0,8 0,6 11,2 16,3 14,3 6,9 6,99 - Veículos e motos, partes e peças -14,0 0,5 1,6 19,9 37,0 28,2 11,1 11,110 - Material de Construção 1,8 3,2 3,3 -4,5 4,5 16,8 -5,9 -5,9

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.

(*) Série com ajuste sazonal

(**) O indicador do comércio varejista é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 8

(***) O indicador do comércio varejista ampliado é composto pelos resultados das atividades de 1 a 10

As desonerações tributárias promovidas pelo governo federal como resposta à cri se econômica chegaram a R$ 13,5 bi-

lhões em 2009. A redução do IPI nos segmentos de veículos automotores, materiais de construção civil e linha branca e

o maior acesso ao crédito impulsionaram o consumo. O aumento nas vendas de móveis e eletrodomésticos ficou acima

dos 13% nos meses de novembro e dezembro, embora no acumulado do ano a alta tenha sido de apenas 2,1%. A venda

de veículos, motos, partes e peças subiu 37% em novembro e 28,2% em dezembro, fechando o ano com alta acumula-

da de 11%. O setor de material de construção recuperou-se em dezembro (16,8%), mas o resultado não impediu uma

queda de 5,9% no acumulado do ano. Mesmo com os incentivos fiscais, segundo a CNI, os segmentos bene ficiados só

devem superar o nível de produ ção pré-crise em 2010.

No mercado agrícola, entre 25 produtos selecionados para pesquisa pelo IBGE, 14 apresentaram variação positiva na

produção em relação a 2008. Os maiores destaques foram a mamona, com alta de 83,2%, o feijão em grão (23,1%),

a soja (16%) e o café (15,3%). Variações negativas foram registradas nas lavouras de aveia (-10%), arroz (-5,2%) e

cacau (-4,3%).

Atividade Industrial

A indústria foi o componente que mais teve influência negativa no desempenho da economia brasileira em 2009. Depois

de um forte ajuste, o setor entrou em processo de recuperação no final do ano, mas, segundo a CNI, o patamar pré-crise

só deve ser alcançado no primeiro semestre de 2010. A atividade industrial registrou queda de 7,4% no acumulado de

2009, a mais forte desde 1990, quando o indicador recuou 8,9%. De acordo com o IBGE, o resultado reflete as perdas

no nível de investimento, influenciadas pela deterioração da confiança dos agentes econômicos, e a redução brusca

da demanda internacional. A queda foi verificada em 23 dos 27 setores pesquisados, com destaque para material ele-

trônico e equipamentos de comunicações (-25,5%), máquinas e equipamentos (-18,5%), metalurgia básica (-17,5%) e

veículos automotores (-12,4%).

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Tabela VI - Indicadores conjunturais da indústria Brasileira em dezembro de 2009

Segmentos

Variação %dez09/Nov09 (com ajuste) dez09/dez08

Acumulado no ano

Acumulado em 12 meses

Classe da IndústriaIndústria Geral -0,3 18,9 -7,4 -7,4Indústria Extrativa Mineral 1,0 19,1 -8,8 -8,8Indústria de Transformação 0,2 18,9 -7,3 -7,3Categoria de UsoBens de Capital 0,2 23 -17,4 -17,4Bens Intermediários 1,0 21 -8,8 -8,8Bens de Consumo -0,6 15 -2,7 -2,7Duráveis -4,9 72,1 -6,4 -6,4Semiduráveis e não Duráveis 0,4 6,0 -1,6 -1,6

Fonte: IBGE - Pesquisa Industrial Mensal.

Por categoria e uso, a queda mais intensa concentrou-se no setor de bens de capital (17,4%), influenciada pela dete-

rioração da confiança dos agentes econômicos ante a incerteza em relação ao futuro, seguido por bens intermediários

(-8,8%), refletindo principalmente a redução brusca da demanda internacional por commodities, juntamente com a menor

demanda por insumos industriais para bens finais, decorrentes principalmente da desaceleração dos segmentos asso-

ciados ao setor produtivo. Os resultados do primeiro trimestre de 2010 mostram um quadro de recuperação das ativida-

des, tendo a produção industrial crescido 18,1% em relação aos primeiros três meses de 2009. A estimativa do Banco

Central do Brasil é de crescimento de 9,5% na produção industrial em 2010 (em 30 de abril de 2010).

O PIB industrial recuou 5,5% em 2009, a maior retração da atividade industrial da atual série histórica, iniciada em 1996.

Em particular, a indústria de transformação caiu 7,0%. Também se deve destacar o forte recuo no investimento. Segundo

o IBGE, a formação bruta de capital fixo caiu 9,9% em 2009, na comparação com 2008.

Os setores com maior exposição ao mercado externo e os que produzem bens duráveis – portanto, mais sensíveis às flu-

tuações do crédito – foram os que mais sentiram os impactos negativos da crise. Mas o crescimento da produção física

da indústria de transformação no primeiro trimestre de 2010 indica um cenário de recuperação nesse ano.

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Vendas Industriais e Horas Trabalhadas na Produção

Segundo a CNI, na média do ano de 2009 o faturamento real de indústria de transformação teve um recuo de 4,3%, em

relação a 2008. Entretanto, as vendas cresceram 3,5% em dezembro ante o mês anterior e, com esse resultado, o fatu-

ramento superou o nível pré-crise em 0,2%. Ocorreu crescimento em 15 dos 19 setores industriais em dezembro com-

parativamente ao mesmo mês do ano anterior. Oito setores registraram taxas mais intensas de expansão do faturamento

em dezembro. Os destaques vieram de Metalurgia Básica, Borracha e Plástico e Produtos Químicos.

As horas trabalhadas de 2009 apresentaram queda de 7,6% quando comparadas a 2008. A massa salarial sofreu um

decréscimo de 1,5%, no ano. Apesar de uma ligeira recuperação em dezembro, a utilização média da capacidade ins-

talada registrou uma redução de 2,8 pontos percentuais em relação ao ano anterior.

Tabela VII - Vendas industriais e horas trabalhadas na produção - BrasilÍndice base fixa: média 2006=100

Faturamento real *Ano/Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov dez2005 86,5 87,8 102,1 97,4 100,6 103,0 97,4 103,6 102,3 101,0 103,5 101,32006 88,2 86,4 103,0 91,8 102,2 99,8 98,8 108,0 105,9 108,2 107,0 99,62007 91,0 90,3 107,8 99,6 106,3 105,3 105,3 114,2 108,8 116,6 114,3 104,12008 100,2 100,6 109,2 110,2 111,1 114,3 120,8 114,0 121,3 122,0 106,4 101,62009 88,0 89,0 108,2 98,6 102,8 106,6 108,7 110,2 115,1 117,4 114,1 114,62010 94,8

* Deflator: IPA/OG – FGV

Fonte: CNI

Índice base fixa: média 2006=100

Horas trabalhadas na produçãoAno/Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov dez2005 91,9 92,3 99,9 99,7 102,9 104,1 102,3 106,2 101,9 101,6 100,9 94,52006 92,5 92,6 101,1 95,0 103,2 101,5 102,6 107,0 102,4 104,9 102,8 94,32007 94,4 94,3 102,4 100,2 107,1 104,8 107,0 110,4 105,5 111,4 107,1 97,92008 100,5 102,0 105,7 108,9 110,0 111,7 114,6 113,8 115,6 117,0 108,6 93,32009 93,2 93,7 99,4 97,5 100,0 100,7 103,7 102,3 103,7 106,6 104,5 97,72010 96,7

Fonte: CNI

Emprego

O nível de emprego também mostrou reação nos últimos meses de 2009. Em dezembro, segundo o IBGE, a taxa de de-

semprego nas seis regiões metropolitanas ficou em 6,8% da População Economicamente Ativa, a mesma observada em

dezembro de 2008 e a menor de toda a série histórica, iniciada em março de 2002.

Segundo o IBGE, a taxa de desocupação média de 2009 (8,1%) também ficou próxima da taxa média de 2008 (7,9%).

De acordo com dados do Caged, de janeiro a dezembro o número de empregos gerados acumulou alta de 3%. Na in-

dústria de transformação, a variação foi de ligeiro 0,1%. O melhor resultado foi registrado na construção civil, com alta

de 9,17%, e o destaque negativo foi a agricultura, com queda de 0,99% no número de trabalhadores.

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Tabela VIII - Comportamento do emprego no Brasil segundo setores de atividade econômica

Setor de atividade econômica

dezembro de 2009 Janeiro a dezembro de 2009

Variação absolutaVariação

relativa(%) Variação absolutaVariação

relativa(%)Indústria extrativa -384 -0,22 2.036 1,18Indústria de transformação -166.040 -2,18 10.865 0,15Serv. Industriais de utilidade pública -841 -0,23 4.984 1,41Construção civil -50.966 -2,29 177.185 9,17Comércio 10.598 0,14 297.157 4,20Serviços -68.082 -0,51 500.177 3,93Administração pública -22.261 -2,71 18.075 2,33Agropecuária -117.216 -6,91 -15.369 -0,99TOTAL -415.192 -1,23 995.110 3,11

Fonte: CAGED

Mercado externo

A boa imagem no Brasil no exterior fez o Risco Brasil cair a 196 pontos em dezembro de 2009. Entre agosto e dezembro,

a queda do índice Emerging Markets Bond Index Plus (Embi+) no Brasil foi de 54 pontos, e em comparação com dezem-

bro de 2008 a taxa de risco caiu para menos da metade. O cenário confirma o bom desempenho do mercado de capitais

ao longo do ano. O Ibovespa (principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo) valorizou cerca de 145% em dólar em

2009 – maior ganho da Bovespa em 18 anos e terceira maior alta desde a criação da bolsa, em 1968. O ganho em reais

somou 82,66% e fechou o ano acima dos 68 mil pontos.

Variação cambial

A cotação do dólar encerrou 2009 a R$ 1,743, acumulando desvalorização de 25,29% no ano, a maior desvalorização

em relação a moedas brasileiras na história, segundo relatório da consultoria Economática. Até novembro de 2009, a

valorização do real havia sido de 27% frente ao dólar, 20% frente ao euro, 26% com relação ao iene, 19% frente à libra

esterlina e 35% na comparação com o peso argentino.

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A tendência de alta do real se tornou uma grande preocupação da indústria brasileira no fim de 2009 e o será também

em 2010, segundo avaliação da CNI. Com o aumento da competição no cenário pós-crise, a valorização da moeda bra-

sileira expõe dificuldades de competir no mercado internacional, tanto em relação às exportações quanto na competição

com produtos importados no mercado doméstico.

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Tabela IX – dólar americano – Em R$ (cotação do último dia útil)Mês 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Jan 3,438 2,940 2,693 2,274 2,140 1,745 2,380 1,874Fev 3,591 2,913 2,598 2,137 2,089 1,754 2,378 1,811Mar 3,447 2,908 2,762 2,121 2,090 1,694 2,315 1,781Abr 3,119 2,944 2,597 2,142 2,023 1,682 2,178 1,730Mai 2,956 3,096 2,471 2,177 1,992 1,660 1,973Jun 2,883 3,107 2,445 2,284 1,909 1,636 1,951Jul 2,860 3,026 2,342 2,213 1,868 1,591 1,872Ago 3,003 2,933 2,342 2,148 2,004 1,638 1,886Set 2,923 2,858 2,301 2,154 1,903 1,812 1,778Out 2,861 2,856 2,251 2,141 1,807 2,115 1,744Nov 2,914 2,730 2,199 2,153 1,737 2,280 1,750Dez 2,925 2,701 2,295 2,147 1,795 2,369 1,741

Fonte: Banco Central do Brasil

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Tabela X – Euro - Em R$ (cotação do último dia útil)Mês 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Jan 3,664 3,599 3,425 2,698 2,764 2,615 2,969 2,602Fev 3,877 3,706 4,440 2,535 2,803 2,556 3,021 2,466Mar 3,724 3,567 3,460 2,632 2,738 2,760 3,078 2,407Abr 3,395 3,492 3,263 2,636 2,776 2,635 2,882 2,303Mai 3,433 3,730 3,962 2,947 2,595 2,535 2,789Jun 3,369 3,807 3,845 2,768 2,607 2,506 2,739Jul 3,280 3,729 2,899 2,778 2,569 2,443 2,671Ago 3,354 3,665 2,914 2,740 2,675 2,398 2,701Set 3,294 3,540 2,671 2,757 2,623 2,693 2,601Out 3,353 3,576 2,702 2,735 2,520 2,692 2,570Nov 3,418 3,632 2,602 2,874 2,620 2,884 2,626Dez 3,604 3,652 2,769 2,814 2,605 2,994 2,507

Fonte: Banco Central do Brasil

Balança Comercial

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 25,3 bilhões em 2009, resultado 1,6% superior aos US$ 25 bi-

lhões registrados em 2008, apesar da redução no valor tanto de exportações quanto de importações no ano passado.

As exportações somaram US$ 153 bilhões, com queda de aproximadamente 23% em relação ao ano anterior. Para 2010,

a expectativa divulgada em dezembro pela CNI é de aumento nas exportações brasileiras, que devem chegar aos

US$ 188 bilhões, patamar ainda inferior aos US$ 197,9 bilhões registrados em 2008.

No outro lado da balança, o Brasil importou US$ 127,7 bilhões em 2009 contra os US$ 173,0 bilhões registrados no ano

anterior (-26,2%). Em 2010 a projeção é superar o patamar de 2008 e importar cerca de US$ 175 bilhões, o que deve redu-

zir o saldo da balança comercial para um superávit de US$ 13 bilhões, queda de 4% em relação ao resultado de 2009.

Tabela XI – Balança Comercial brasileira em 2008 e 2009

discriminação2009

US$ milhões2008

US$ milhões%

2009/2008Exportação 152.995 197.942 -22,7Importação 127.712 172.985 -26,2Saldo 25.283 24.957 1,6Corrente de comércio 280.707 370.927 -24,3

Fonte: MDIC

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Tabela XII – Principais parceiros comerciais do Brasil em 2009

descrição do país

US$ milhões

Exportação ImportaçãoCorrente de

comércioSaldo

comercialCHINA 20.191 15.911 36.102 4.280ESTADOS UNIDOS 15.740 20.183 35.922 -4.443ARGENTINA 12.785 11.281 24.066 1.504ALEMANHA 6.175 9.866 16.041 -3.691JAPÃO 4.270 5.368 9.637 -1.098PAÍSES BAIXOS (HOLANDA) 8.150 972 9.123 7.178COREIA DO SUL 2.622 4.818 7.441 -2.196ITÁLIA 3.016 3.664 6.680 -647FRANÇA 2.905 3.615 6.521 -710REINO UNIDO 3.723 2.408 6.131 1.315NIGÉRIA 1.066 4.760 5.827 -3.694ÍNDIA 3.415 2.191 5.606 1.224MÉXICO 2.676 2.783 5.459 -108CHILE 2.657 2.616 5.273 41ESPANHA 2.637 1.955 4.592 682BÉLGICA 3.138 1.154 4.292 1.984RÚSSIA 2.869 1.412 4.281 1.456VENEZUELA 3.610 582 4.192 3.029SUÍÇA 1.921 2.050 3.971 -130

Fonte: MDIC

A valorização do real e, por consequência, a perda de competitividade das exportações brasileiras fez com que parceiros

tradicionais do país na venda de produtos industrializados perdessem importância na pauta de exportação. Em 2009 as

vendas para os Estados Unidos recuaram 43,1% e para a União Eu ropeia 26,6% em relação a 2008. Já as exportações

para a China, que se tornou o principal parceiro comercial do Brasil, registraram crescimento de 23,1% no mesmo perí-

odo. A participação da China nas exportações brasileiras passou de 8,3% em 2008 para 13,2% em 2009, ocupando em

parte o espaço deixado pelos Estados Unidos, cuja presença recuou de 14,1% para 10,3%. Com a consolidação dos

números de 2009, o total exportado para a China somou US$ 20,1 bilhões, contra US$ 15,7 bilhões exportados para os

Estados Unidos. A Argentina vem em terceiro lugar, com US$ 12,7 bilhões (-27,4%). As exportações para o Mercosul

tiveram queda de 27,2%.

Embora a taxa de câmbio seja favorável às importações, a forte queda na atividade industrial e nos investimentos, além da

escassez de crédito, sobretudo no início de 2009, explicam a queda nas compras externas. Os Estados Unidos continuam

como principal fonte das compras brasileiras, que somaram US$ 20,1 bilhões em 2009, à frente da China, que exportou

cerca de US$ 15,9 bilhões para o Brasil. A Argentina também ocupa a terceira posição nas importações brasileiras, com

US$ 11,2 bilhões.

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DESEMPEnHo CATARInEnSE

Comércio exterior

Santa Catarina respondeu por 4,2% das exportações brasileiras em 2009, ficando com a décima posição no ranking na-

cional. De janeiro a dezembro, as exportações catarinenses chegaram a US$ 6,4 bilhões, uma queda de 22,66% em

relação ao ano anterior, acompanhando o resultado do Brasil (-22,7%). Também houve queda de 8,28% nas importações,

que somaram US$ 7,3 bilhões e cuja variação foi menos acentuada do que a queda nas importações brasileiras (-26,2%).

O resultado levou a balança comercial catarinense a ter o primeiro saldo negativo da história, no valor de

US$ 857 milhões.

Tabela XIII – Balança comercial de Santa Catarina em 2008 e 2009

Ano

Exportação ImportaçãoSaldo(A–B)

US$ mil FOB (A)

% anual

US$ milFOB (B)

%anual

2008 8.310.528 12,6 7.940.724 59,0 369.8042009 6.427.614 -22,7 7.285.048 -8,3 -857.434

Fonte: MDIC

Tabela XIV – Exportações do Brasil e de Santa Catarina em 2009 comparado a 2008

Exportações

Jan-dez/09 US$ 1000 FOB (A)

Jan-dez/08US$ 1000 FOB (B)

Variação % (A/B)

Brasil 152.994.743 197.942.443 -22,71Santa Catarina 6.427.614 8.310.528 -22,66

Fonte: MDIC

A pauta de exportações do estado manteve o mesmo cenário de 2008. O principal produto exportado por Santa Catarina

em 2009 foi frango (carne e miudezas), com US$ 1,44 bilhão, cerca de 23% do total exportado pelo estado. O volume,

no entanto, corresponde a uma queda de mais de 17% em relação ao resultado do ano anterior. Em segundo lugar vem

o fumo, com cerca de US$ 800 milhões exportados e alta de 8,3%, e em terceiro lugar estão motores, transformadores e

geradores elétricos, com US$ 383 milhões exportados, uma acentuada queda de 28% nas exportações.

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Tabela XV – Os 10 produtos mais exportados por Santa Catarina em 2009*

Produtos Jan-dez 2009 (A)

US$/F.O.B.Jan-dez/ 2008 (B)

US$/F.O.B.%

(A/B)Frango (carnes e miudezas) 1.444.657.703 1.748.680.436 -17,39

Fumo 797.391.820 736.253.547 8,30

Motores, transformadores e geradores elétricos 382.685.367 530.868.134 -27,91

Motocompressor hermético 343.813.165 409.686.353 -16,08

Suínos (carnes, carcaças e miudezas) 304.143.777 400.956.306 -24,15

Preparações aliment. e conservas de galos/galinhas 276.753.952 293.691.307 -5,77

Móveis de madeira 211.603.430 261.955.899 -19,22

Blocos de cilindros, cabeçotes etc. para motores 120.444.398 245.231.628 -50,89

Ladrilhos, cerâmicas, vidrados e esmaltados ou não 110.139.678 170.507.022 -35,40

Portas, resp. caixilhos, alizares e soleiras de madeira 109.967.151 155.710.067 -29,38Fonte: MDIC/SECEX

*Obs: para a seleção dos produtos foi utilizada a listagem dos 100 mais exportados e feita a soma de NCMs similares.

As vendas para os Estados Unidos caíram 34,5% no ano, mas o país continua como o principal parceiro comercial de

Santa Catarina, com US$ 746 milhões vendidos pelo estado. Em segundo lugar vem a Holanda, para onde Santa Catarina

exportou US$ 527 milhões (-5%), seguida da Argentina, com US$ 409 milhões (-25,2%) e do Japão, com US$ 315 milhões

(-43,5%). As dez maiores empresas exportadoras do estado respondem por 56,2% do total vendido por Santa Catarina ao

mercado externo. Com exceção da Universal Leaf Tabacos Ltda., que vendeu no exterior 32% a mais do que em 2008,

todas registraram queda na exportação. A Seara Alimentos S/A, que responde sozinha por quase 10% das exportações

do estado, registrou queda de 15,8% nas vendas para o mercado internacional. Na WEG Equipamentos Elétricos S/A, a

retração foi de 21,1%. A maior queda foi registrada na Tupy S/A, cujas vendas para o exterior caíram 51,75%, fazendo a

empresa passar da quinta para a oitava posição no ranking das exportadoras catarinenses.

Tabela XVI – As maiores empresas exportadoras de Santa Catarina em 2009

Empresa2009 2008 %

09/08US$ FOB % s/total US$ FOB % s/totalSeara Alimentos S/A 622.625.671 9,69 739.756.693 8,90 -15,83WEG Equipamentos Elétricos S/A 518.906.825 8,07 658.200.009 7,92 -21,16Whirlpool S/A 505.642.735 7,87 623.936.641 7,51 -18,96Sadia S/A 473.460.901 7,37 587.186.533 7,07 -19,37Universal Leaf Tabacos Ltda. 378.904.548 5,89 286.857.150 3,45 32,09BRF - Brasil Foods S/A 359.190.999 5,59 - - - Souza Cruz S/A 306.049.245 4,76 344.833.318 4,15 -11,25Tupy S/A 167.793.133 2,61 347.780.767 4,18 -51,75Cooperativa Central Oeste Catarinense 161.644.063 2,51 232.471.727 2,80 -30,47Diplomata Industrial e Comercial Ltda. 119.683.154 1,86 196.519.009 2,36 -39,10TOTAL dE SANTA CATARINA 6.427.614.419 100,00 8.310.528.005 100,00 -22,66

Fonte: MDIC

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Tabela XVII – Principais destinos das exportações catarinenses em 2009Países

Jan-dez 2009 US$ FOB (A)

Jan-dez 2008 US$ FOB (B)

%(A/B)

Estados Unidos 745.697.539 1.138.616.610 -34,51Países Baixos (Holanda) 526.706.531 554.527.227 -5,02Argentina 409.326.111 547.590.406 -25,25Japão 315.380.850 558.180.900 -43,50Alemanha 272.001.037 369.384.913 -26,36Hong Kong 254.077.537 231.100.692 9,94Reino Unido 231.241.554 328.977.200 -29,71Bélgica 199.567.830 163.827.195 21,82África do Sul 189.352.924 204.936.741 -7,60Rússia 159.038.229 248.189.624 -35,92

Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior- MDIC / Secretaria de Comércio Exterior – SECEX – Sistema Alice

A pauta das importações continuou puxada pelos cátodos de cobre refinado e seus elementos, cujo montante foi de

US$ 687 milhões, valor que representou uma queda de 20,8% em relação a 2008. Os fios de fibras tiveram alta expressi-

va de 25,5% e passaram da terceira para a segunda posição entre os produtos mais comprados por Santa Catarina no

mercado externo, em um total de US$ 241 milhões, seguidos do polietileno, com leve alta de 6,4% e total importado na

ordem de US$ 214 milhões. A queda mais expressiva foi registrada na importação de pneus novos, devido ao arrefeci-

mento nas montadoras de automóveis, afetadas pela recessão. Em 2008, o item havia sido o segundo colocado na pauta

de importações do estado, mas caiu 39%, passando à sétima posição, com US$ 118 milhões negociados.

Tabela XVIII – Importações do Brasil e de Santa Catarina em 2009 comparadas a 2008

Importações

Jan-dez/2009 US$ 1000 FOB (A)

Jan-dez/2008 US$ 1000 FOB (A)

Variação % (A/B)

BRASIL 127.712.203 172.984.768 -26,17SANTA CATARINA 7.285.048 7.940.724 -8,26

Fonte: MDIC

Tabela XIX – Os 10 produtos mais importados por Santa Catarina em 2009*

Países Jan-dez/2009 (A) Jan-dez/2008 (B) %

(A/B) US$ FOB US$ FOBCátodos de cobre refinado e seus elementos 687.253.717 868.258.481 -20,85Fios de fibras (de poliésteres e artificiais) 241.199.942 192.116.560 25,55Polietileno (sem carga e linear) 214.907.447 201.857.340 6,47Laminados ligas de ferro e aço 183.989.988 149.672.827 22,93Polímeros de etileno em formas primárias 158.447.052 187.510.559 -15,50Fios texturizados (poliésteres e náilon) 125.611.377 110.727.831 13,44Pneus novos para ônibus, caminhões e automóveis 118.218.284 193.912.238 -39,04Malte não torrado, inteiro ou partido 99.267.613 77.975.654 27,31Circuitos integrados 73.762.195 56.822.112 29,81Garrafões, garrafas, frascos de plásticos 71.399.392 102.945.291 -30,64

Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – MDIC/SECEX

*Obs: para a seleção dos produtos foi utilizada a listagem dos 100 mais exportados e feita a soma de NCMs similares.

A China se manteve como a principal origem das importações catarinenses, inclusive com alta de 5,5% no volume das

transações. Em segundo lugar vem a Argentina, com US$ 869 milhões importados (-8%), e em terceiro o Chile, com

expressiva queda de 21,1%, somando US$ 734 milhões. A principal retração foi registrada nas compras dos produtos

indianos (-28,4%), e os destaques positivos foram as importações da Itália, que cresceram 10,3% em relação ao ano

anterior, da Coreia do Sul (7,63%) e da Indonésia (6,59%).

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Tabela XX – Principais países de origem das importações catarinenses em 2009Países

Jan-dez/2009 (A)

US$ FOBJan-dez/2008 (B)

US$ FOB%

(A/B)China 1.712.653.371 1.622.215.704 5,57Argentina 869.576.974 946.058.741 -8,08Chile 734.040.280 930.886.633 -21,15Estados Unidos 618.291.536 673.398.016 -8,18Alemanha 316.743.692 348.281.527 -9,06Itália 206.167.284 186.862.148 10,33Índia 197.916.274 276.439.643 -28,41Coreia do Sul 196.124.909 182.223.898 7,63Indonésia 173.715.605 162.969.569 6,59Uruguai 165.043.521 175.822.479 -6,13

Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – MDIC/SECEX

As dez maiores empresas importadoras do estado respondem por 27,40% das compras catarinenses no exterior. A Dow

Brasil S/A se manteve em primeiro lugar, com US$ 279 milhões negociados, apesar da queda de 11,2% em relação a

2008. A Trop Comércio Exterior Ltda. foi responsável por US$ 271 milhões importados (18,8%) e passou à frente da Co-

pper Trading S/A, que caiu do segundo para o quarto lugar (-53,5%), com US$ 233 milhões, e da Cotia Vitória Serviços

e Comércio Ltda., que manteve o terceiro lugar no ranking, apesar da redução em 33,2% no valor negociado (US$ 262

milhões).

Tabela XXI – As maiores empresas importadoras de Santa Catarina em 2009

Empresa2009 2008 %

09/08US$ FOB % s/total US$ FOB % s/totalDow Brasil S/A 279.723.712 3,84 315.258.289 3,97 -11,27

Trop Comércio Exterior Ltda. 271.977.416 3,73 228.797.567 2,88 18,87

Cotia Vitória Serviços e Comércio S/A 262.607.808 3,61 393.670.338 4,96 -33,29

Copper Trading S/A 233.913.656 3,21 503.344.576 6,34 -53,53

SIDMEX Internacional Ltda. 231.497.669 3,18 57.650.814 0,73 301,55

First S/A 173.737.135 2,39 130.349.535 1,64 33,29

Diamond Business Trading S/A 163.541.170 2,25 118.668.339 1,49 37,81

WEG Equipamentos Elétricos S/A 131.701.839 1,81 127.001.216 1,60 3,70

Sertrading (BR) Ltda. 128.372.233 1,76 105.906.152 1,33 21,21

Columbia Trading S/A 117.906.305 1,62 48.580.669 0,61 142,70

TOTAL dE SANTA CATARINA 7.285.048.159 100,00 7.940.723.855 100.00 -8,26Fonte: MDIC

Produção Industrial

A indústria catarinense enfrentou em 2009 um ambiente econômico adverso, marcado por restrições de liquidez no

mercado internacional e incertezas quanto ao futuro das principais economias do mundo. A produção industrial do es-

tado recuou 7,75% no acumulado do ano. As piores retrações foram registradas no segmento de veículos automotores

(-54,5%), metalurgia básica (-28,6%) e borracha e plástico (-21,1%). Os únicos segmentos a apresentar variação positiva

foram alimentos (1,6%), minerais não metálicos (0,3%) e máquinas, aparelhos e materiais eletrônicos, com expressiva

alta de 12% na produção. O ano de 2009 foi focado principalmente no mercado interno para compensar a retração da

demanda internacional e amortecer os efeitos da menor competitividade dos produtos nacionais no mercado externo

em função do câmbio.

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Tabela XXII – Comportamento da produção física industrial de Santa Catarina em 2008 e 2009

Subsetores Variação % acumulada anual

2008 2009Alimentos 1,48 1,64Minerais não Metálicos 3,82 0,35Vestuário e Acessórios 2,00 -2,80Celulose, Papel e Produtos de Papel 1,52 -1,61Têxtil -0,74 -3,86Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos -1,64 11,98Máquinas e Equipamentos -7,00 -1,19Madeira -26,02 -12,78Borracha e Plástico 7,22 -21,14Metalurgia Básica 3,20 -28,63Veículos Automotores 4,12 -54,49TOTAL INd. TRANSFORMAçÃO -0,64 -7,75

Fonte: IBGE

A demanda interna, a menor taxa de juros e as políticas fiscais de estímulo ao consumo foram importantes para enfrentar

a crise, mas não suficientes para fazer de 2009 um ano de crescimento econômico, segundo análise da FIESC, embora

no segundo semestre as atividades tenham dado sinais de melhoria, como o aumento no emprego a partir de julho, o

crescimento do Índice de Confiança do empresário industrial na economia e o retorno dos planos de investimento em

diversas indústrias.

Vendas Industriais

As vendas da indústria catarinense fecharam 2009 com queda de 6,6% em relação ao ano anterior. O recuo no fatura-

mento foi verificado em 11 dos 16 setores analisados pela FIESC. Apesar do resultado negativo, devido à retração do

mercado internacional e à desvalorização do câmbio, a tendência para 2010 é de que a indústria retome o crescimento

gradualmente e de forma sustentada. Os dados do primeiro trimestre de 2010 confirmam essa tendência, mostrando

crescimento de vendas de 4,58% em relação ao primeiro trimestre de 2009.

Em 2009, o melhor desempenho foi registrado no segmento de máquinas e equipamentos, com crescimento de 19% no

acumulado do ano. Responsável pelo desempenho positivo da indústria catarinense ao longo do ano, foi beneficiado

pela redução do IPI, que alavancou a demanda por eletrodomésticos da chamada “linha branca”.

Tabela XXIII - Indicadores industriais de Santa Catarina - 2009

Variáveis

Variação %

Anualdez 09/dez 08

AcumuladaJan-dez 09/Jan-dez 08

Vendas reais (faturamento real) -2,02 -6,64Horas trabalhadas na produção 6,54 -6,47Remunerações pagas (massa salarial real) 1,06 -3,27Utilização da capacidade instalada Variação (pontos percentuais) 6,10 -1,76 Percentual médio 84,97 (dez 09) 78,88 (dez 08)

Fonte: FIESC/PEI

Os dados de 2009 também indicam a retomada do crescimento do setor de móveis (5,2%), após queda significativa

no último trimestre de 2008, quando a crise financeira internacional levou a uma redução da ordem de 11% em relação

ao mesmo período de 2007. Também apresentaram crescimento nas vendas os segmentos de confecções e artigos do

vestuário (4,6%) e material eletrônico e equipamentos de comunicação (2,3%).

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Tabela XXIV – desempenhos setoriais em Santa Catarina em 2008 e 2009

Gêneros

Faturamento real(%)

Capacidade instalada % médio (2008)

Capacidade instalada % médio (2009)2008/2007 2009/2008

Alimentos e bebidas 15,41 -11,05 90,80 87,72Produtos têxteis 8,97 -3,44 87,59 85,27Confecções, art. do vestuário e acessórios 9,21 4,66 75,39 77,26Produtos de madeira -27,19 -17,41 77,92 76,14Celulose, papel e produtos de papel 3,54 1,91 89,74 86,95Produtos químicos -14,03 -3,18 86,92 86,91Artigos de plástico 8,22 -13,62 77,69 77,83Produtos minerais não metálicos 0,75 -4,41 86,99 86,38 Cerâmica para revestimento 0,02 -3,86 91,06 92,07 Outros 7,07 -5,67 83,66 78,31Metalurgia básica 3,78 -19,68 85,81 60,62Prod. metálicos – excl. máquinas 7,72 -23,87 76,84 70,19Máquinas e equipamentos 7,24 18,97 89,41 89,57Máquinas, aparelhos e mat. elétricos 5,15 -11,92 90,40 78,64Material eletrônico e equip. de comunicação 12,41 2,35 87,72 93,37Veículos automotores, carrocerias e autopeças 17,19 -40,20 79,85 81,24Móveis -10,86 5,20 78,53 80,50Diversas -2,58 -17,94 80,11 74,92TOTAL 7,06 -6,64 83,50 81,74

Fonte: FIESC/PEI

A queda nas vendas ocorreu de forma mais acentuada nas indústrias de veículos automotores (-40,2%), produtos me-

tálicos (-23,9%) e metalurgia básica (-19,7%), bastante afetadas tanto pela retração da demanda quanto pela escassez

de crédito para as atividades produtivas.

Utilização da Capacidade Instalada

No primeiro trimestre de 2009 alguns segmentos de atividade apresentaram baixa utilização de sua capacidade produti-

va. As incertezas geradas com a crise mundial retraíram a demanda, mantendo o mercado em compasso de espera. Os

gêneros industriais que mais reduziram sua produção foram metalurgia básica e produtos de metal. No primeiro trimestre

de 2009 as metalúrgicas operaram com apenas 57% de sua capacidade operacional e no segundo e terceiro trimes-

tres com 53%. A recuperação só veio no quarto trimestre quando o percentual médio passou para 80%. Em produtos

de metal a reação foi mais rápida, passando de uma média de utilização da capacidade instalada de 60% no primeiro

trimestre para 68% no segundo, 73% no terceiro e 80% no último trimestre do ano. Os estímulos fiscais dados pelo go-

verno à indústria automobilística, à construção civil e a máquinas e equipamentos (linha branca) refletiram positivamente

no mercado, aumentando a demanda e encomendas junto à indústria.

Na comparação de 2009 com 2008 o setor de material eletrônico e equipamentos de comunicação liderou o ranking

catarinense, com utilização média de 93,3% da capacidade instalada (5,6 pontos percentuais a mais que em 2008), e

na outra ponta o setor de metalurgia básica registrou o pior resultado do período, utilizando, em média, 60,6% da capa-

cidade instalada (25 pontos percentuais a menos que no ano anterior). A média geral da indústria catarinense ficou em

81,74% em 2009, contra 83,50% em 2008.

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Nível de emprego na indústria

Em Santa Catarina, o nível de emprego na indústria permaneceu praticamente estável em relação a 2008, registrando

crescimento de apenas 0,41%. O setor têxtil foi o que registrou o maior crescimento, com 4,1%, seguido do segmento

de produtos químicos e farmacêuticos, cuja alta foi de 3,06%. O pior desempenho no nível de contratações foi registrado

nos setores de material de transporte (-5,28%) e material elétrico e de comunicação (-4,47%).

No ano de 2009 foi aprovado o salário mínimo estadual, que começou a vigorar em janeiro de 2010. Os deputados ca-

tarinenses aprovaram quatro faixas salariais, que variam de R$ 587 a R$ 679.

Tabela XXV – Evolução do emprego na indústria catarinense em 2009Setores Admitidos demitidos Saldo Variação %

Indústria de transformação 281.436 279.062 2.374 0,41Produtos minerais não metálicos 14.406 13.690 716 2,39Metalúrgica 20.256 21.434 -1.178 -2,40Mecânica 16.436 17.132 -696 -1,53Material elétrico e de comunicação 6.137 7.109 -972 -4,47Material de transporte 5.255 6.119 -864 -5,28Madeira e mobiliário 29.804 30.856 -1.052 -1,61Papel, papelão e edit. 10.424 9.961 463 1,72Borracha, fumo e couros 9.652 10.210 -558 -3,38Química, produtos farmacêuticos e veterinários 20.556 19.237 1.319 3,06Textil e vestuário 88.268 81.847 6.421 4,11Calçados 5.750 5.842 -92 -1,20Produtos alimentícios e bebidas 54.492 55.625 -1.133 -1,06

Fonte: Caged

Vendas do Comércio

A demanda interna foi a grande responsável pela recuperação da economia em 2009. As medidas de estímulo fiscal

implementadas pelo governo, a redução das taxas de juros e as melhores condições do crédito e renda aqueceram o

mercado em diversos segmentos. Em Santa Catarina, segundo o IBGE, as vendas do comércio varejista acumularam

alta de 6,8% em 2009. O melhor resultado foi no segmento de equipamentos de escritório, informática e comunicação,

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com alta expressiva de 66%. O segmento de produtos farmacêuticos vendeu 23,6% a mais do que em 2008. No comér-

cio de tecidos e vestuário a alta foi de 4,4%, e de móveis e eletrodomésticos, 4,6%. Material de construção apresentou

diminuição de vendas de 2,5% por conta do fraco desempenho no primeiro semestre do ano.

Tabela XXVI – Santa Catarina: volume de vendas do comércio varejista e do comércio varejista ampliado segundo grupos de atividades, em 2009

Subsetor 2008 (%) 2009 (%)Hipermercados e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo 2,7 6,6 Hipermercados e supermercados 2,7 6,5Combustíveis e lubrificantes 3,7 2,4Tecidos, vestuário e calçados 3,9 4,4Móveis e eletrodomésticos 10,0 4,6Livros, jornais, revistas e papelaria 16,6 7,8Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos 22,8 23,6Outros artigos de uso pessoal e doméstico 14,4 1,0Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação 109,7 66,0TOTAL COMÉRCIO VAREJISTA 6,2 6,8Material de construção 7,5 -2,5Veículos, motocicletas, partes e peças 16,7 6,4TOTAL COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIAdO 9,9 6,0

Fonte: IBGE

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PERSPECTIVAS

O consumo das famílias brasileiras deve ser favorecido pela recuperação no mercado de trabalho e por um cenário de

inflação controlada, além da expansão da massa salarial aliada à oferta de crédito e às transferências de renda por par-

te do governo, fatores que devem proporcionar um crescimento real de 5,6% no consumo das famílias. A projeção do

IPCA para 2010 é de 5,42% e para 2011 de 4,8%, de acordo com o Relatório de Mercado (Focus) divulgado em 30 de

abril de 2010. A inflação estabilizada vai permitir ao Banco Central do Brasil manter a taxa de juros Selic em 11,75% ao

final do período.

A recuperação iniciada no terceiro semestre de 2009 deve manter-se ao longo de 2010 e favorecer os investimentos. Com

o aumento da utilização da capacidade instalada, do nível de confiança da indústria, a redução de custos e o aumento

da disponibilidade de financiamentos de longo prazo, a projeção da CNI, em 14 de dezembro de 2009, é de um cresci-

mento de 14% nos investimentos em 2010. O nível de investimentos também será impulsionado por novas oportunidades

para a indústria, principalmente para a cadeia do petróleo, com as novas descobertas no pré-sal, e para a construção

civil, com a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.

Em relação à política fiscal, a perspectiva é de cenário positivo em 2010. A retomada de crescimento da economia e a re-

dução do impacto das desonerações tributárias na arrecadação devem elevar a receita líquida do governo federal em 8,2%

no ano, segundo projeção da CNI. A receita bruta do Tesouro Nacional correspondeu em 2009 a 18,2% do PIB, conforme

Relatório de Inflação do Banco Central divulgado em março deste ano. A meta de superávit primário, no entanto, deve

cair para 2,3% do PIB, em virtude da implementação dos projetos vinculados ao Programa de Aceleração do Crescimento

(PAC). Para 2011, a projeção do Copom é de a meta do superávit primário retornar ao patamar de 3,3% do PIB.

No mercado externo, como a recuperação econômica na maioria dos países será mais lenta do que no Brasil, o cresci-

mento das exportações deverá ser menor do que o das importações, que deverão totalizar US$ 175 bilhões em 2010,

com crescimento de 38% na comparação com 2009. O resultado será impulsionado pela substituição de matérias-primas

domésticas por similares importados, além do aumento do poder de compra do brasileiro aliado à taxa de câmbio.

As exportações deverão totalizar US$ 188 bilhões em 2010, um crescimento de 24% na comparação com 2009, princi-

palmente com base nas vendas para os países em desenvolvimento. Medidas protecionistas internacionais adotadas

durante a crise devem permanecer ainda por algum tempo, impedindo a retomada rápida das exportações dos bens

industriais, em especial de máqui nas e equipamentos, o que manterá as vendas para o mercado externo em um pata-

mar inferior ao pré-crise.

O real continuará sua trajetória de valorização, principalmente por causa da entrada de capital externo. Parte desses

recursos virá de investimentos estrangeiros diretos, que voltarão a crescer em 2010. Outro motivo apontado pela CNI é

a taxa de juros americana, que deverá seguir muito baixa e estimular a tomada de empréstimo em dólares para investir

em países como o Brasil. Segundo estimativa do Copom, o dólar deverá terminar 2010 cotado a R$ 1,80.

No cenário macroeconômico, a previsão do FMI é de que o PIB mundial cresça 4,2% em 2010. Para as economias de-

senvolvidas, a estimativa é de alta de 2,3%. Já para as economias em desenvolvimento, o crescimento pode chegar a

6,3%. Na revisão do relatório Perspectiva Econômica Mundial (WEO, na sigla em inglês), o FMI prevê crescimento de

10% para a China, de 3,1% para os Estados Unidos, de 1,9% para o Japão e de 1% para a Área do Euro.

Segundo análise do Banco Central, a sustentação da retomada do crescimento da economia norte-americana e a ma-

nutenção do vigor apresentado pelas economias emergentes, em particular nos países do BRIC e no Sudeste da Ásia,

indicam a continuidade da recuperação da economia mundial em 2010. Por outro lado, há indícios de nova estagnação

na Alemanha e de aprofundamento das dificuldades fiscais na Grécia, em Portugal, na Irlanda e na Espanha, além de

debilidade da demanda interna no Japão.

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A continuidade do crescimento acelerado da China e dos demais emergentes deve contribuir para compensar a queda

no crescimento do consumo dos Estados Unidos, prevê a CNI. Por conta disso, o crescimento mundial em 2010 deverá

ser sustentado pela reaceleração dos investimentos e pelo consumo privado nos países emergentes.

Tabela XXVII – Projeções do Banco Central do Brasil para 2010 e 2011 (expectativas de mercado em 30.04.2010)

IndicadoresProjeções

2010 2011IPCA (%) 5,42 4,80IGP-DI (%) 8,05 5,00IGP-M (%) 8,28 4,82IPC-Fipe (%) 5,53 4,50Taxa de câmbio – fim de período (R$/US$) 1,80 1,85Taxa de câmbio – média do período (R$/US$) 1,80 1,85Meta taxa Selic – fim de período (% a.a.) 11,75 11,25Meta taxa Selic – média do período (% a.a.) 10,34 11,50Dívida líquida do setor público (% do PIB) 41,00 39,55PIB (% do crescimento) 6,06 4,50Produção Industrial (% do crescimento) 9,54 5,00Conta corrente (US$ bilhões) -49,90 -58,00Balança comercial (US$ bilhões) 12,24 5,00Invest. estrangeiro direto (US$ bilhões) 38,00 40,00Preços administrados (%) 3,65 4,50

Fonte: Bacen

Diante desse cenário, os industriais catarinenses se mostram mais confiantes do que no ano passado. O Índice de Con-

fiança do Empresário Industrial Catarinense, apurado pela FIESC, cresceu de outubro de 2009 para janeiro de 2010,

passando de 62,5 para 65,5 pontos. Foi o melhor resultado desde 2001. Em janeiro de 2009, em função da crise, a con-

fiança dos empresários catarinenses estava em 47,3 pontos. O ICEI varia no intervalo de 0 a 100. Acima de 50 indica

confiança e abaixo falta de confiança na economia.

Apesar dos avanços, os empresários apontaram a elevada carga tributária, a competição acirrada de mercado, a taxa

de câmbio e a escassez de mão de obra qualificada como os principais problemas enfrentados pelas indústrias cata-

rinenses no final de 2009. Como preocupações para 2010, além dos itens acima, foram citadas o risco de novas crises

internacionais, os custos das matérias-primas e insumos, os problemas de infraestrutura e o protecionismo internacio-

nal. Fatores que deverão ser resolvidos para melhorar o ambiente dos negócios, para estimular os investimentos e para

que possam ser melhor aproveitadas as potencialidades do estado que tem atraído tanto empresários nacionais quanto

internacionais.

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BRDE Parceiro para crescer O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) é uma instituição financeira pública criada em 15 de junho de 1961, per-tencente aos governos de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. Sua missão é promover o desenvolvimento econômico e social da Região Sul através do apoio técnico, institucional e creditício de longo prazo. No ano que passou, o BRDE registrou um forte incre-mento em suas operações no setor industrial, sendo o que mais buscou crédito, com R$ 757,07 milhões, pouco mais de 33% do total de R$ 2,24 bilhões em contratações. Do valor total contratado, Santa Catarina responde por R$ 550 milhões, sendo a indústria também o setor responsável pelo maior volume de recursos, R$ 314,8 milhões.Nos seus 49 anos de atuação, o BRDE produziu os seguintes resultados: Mais de 50 mil clientes financiados; US$ 20 bilhões em financiamentos; US$ 42 bilhões em investimentos totais; Geração/manutenção de 2,2 milhões de empregos; US$ 5 bilhões em adicional de arrecadação (ICMS) para os governos do Sul.O Banco apoiou fortemente a formação do complexo metalmecânico e a indústria moveleira na região Norte do estado, a indústria de cerâmica no Sul, a indústria têxtil do Vale do Itajaí, o sistema de integração da agroindústria e cooperativas na região Oeste, a fruticul-tura de clima temperado no Planalto e Meio-Oeste, a hotelaria no Litoral e o ensino superior privado em todo o estado. Além disso, teve papel fundamental na transformação de Santa Catarina em um importante polo agroindustrial brasileiro. Além de financiar os projetos de produção de aves e suínos, principalmente na região Oeste, o Banco também financiou a correção de solo e projetos de integração entre produtor e frigoríficos.Mais recentemente, o BRDE tem uma forte atuação no setor energético na região Sul, especialmente em Santa Catarina. Desde o início da década, o banco está empenhado em financiar os investimentos na geração e distribuição de energia elétrica, de forma a evitar es-cassez de energia e o consequente prejuízo às indústrias, bem como garantir segurança para o crescimento das mesmas. Atualmente, já estão consolidadas importantes parcerias com diversos agentes do setor elétrico, facilitando todo o processo de financiamento dos investimentos.Por operar fundamentalmente com recursos provenientes do BNDES, o BRDE pode oferecer linhas de crédito com juros baixos e longos prazos de amortização e carência. Não importa o setor nem o tamanho da empresa: no BRDE, o empresário ou produtor rural sempre encontra o financiamento na medida certa para seu projeto. Principais linhas e programas de financiamento paraos setores Secundário e Terciário (indústria, comércio e serviços): O que pode ser financiado:Investimentos em geral (construção, ampliação ou reforma de instalações, aquisição de equipamentos, desenvolvimento de programas e produtos, treinamento e qualificação de recursos humanos, racionalização do consumo de energia, capital de giro associado ao in-vestimento a ser realizado, entre outros).

Programas especiais:Finame PSI – Programa de Sustentação do Investimento, que tem por objetivo financiar a produção e a aquisição de máquinas e equi-pamentos novos, de fabricação nacional, credenciados no BNDES, inclusive agrícolas, aí incluídos conjuntos e sistemas industriais, máquinas-ferramenta, embarcações, aeronaves, vagões e locomotivas ferroviários e metroviários, tratores, colheitadeiras, implementos agrícolas e máquinas rodoviárias e equipamentos para pavimentação. Juros fixos de 4,5% ao ano, com prazos de até 120 meses. Requisitos mínimos: Apresentar boa situação cadastral; Apresentar situação fiscal/tributária em dia; Possuir bom retrospecto econômico-financeiro; Dispor da parcela de recursos próprios e garantias reais para o projeto; Apresentar documentação padrão, fornecida pelo BRDE, seus conveniados ou obtida através do site do Banco. Informações:Fone: (48) 3221-8000E-mail: [email protected]: www.brde.com.br

Diretoria BRDE

Diretor-Presidente Airton Carlos PissettiVice-Presidente e Diretor Financeiro Renato de Mello ViannaDiretor de Acompanhamento e Recuperação de Créditos Casildo MaldanerDiretor Administrativo Mario BerndDiretor de Operações Celso BernardiDiretor de Planejamento José Moraes neto

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Sistema FIESC

Alcantaro Corrêa – PresidenteGlauco José Côrte – 1º Vice-Presidente

FIESC

Alcantaro Corrêa – PresidenteGlauco José Côrte – 1º Vice-PresidenteMario Cezar de Aguiar – Diretor1º SecretárioMaurício César Pereira – Diretor 2º SecretárioCésar Murilo Barbi – Diretor 1º TesoureiroCarlos Toniolo – Diretor 2º Tesoureiro

Vice-Presidentes para Assuntos Regionais

Álvaro Luis de Mendonça – Alto Uruguai CatarinenseGermano Emílio Purnhagen – Alto Vale do ItajaíGilberto Seleme – Centro-NorteAnselmo Zanellato – Centro-OesteAstor Kist – Extremo OesteMichel Miguel – Litoral SulAlbano Schmidt – Norte-NordesteWaldemar Antônio Schmitz – OesteArnaldo Huebl – Planalto NorteCândido Bampi Filho – Serra CatarinenseVítor Mário Zanetti – SudesteGuido José Búrigo – SulRui Altenburg – Vale do ItajaíDurval Marcatto Júnior – Vale do Itapocu

Vice-Presidentes para Assuntos Estratégicos

Alfredo PiotrovskiCarlos Vitor OhfIngo FischerJorge Luiz StrehlMário LanznasterOvandi Rosenstock

Diretores

Adolfo FeyAfonso Eliseu FurghesttiAldo Apolinário JoãoAlexandre d’Avila da CunhaBárbara PaludoCarlos Alberto Barbosa MattosCarlos Ivanov HristoCélio BayerCharles Alfredo BretzkeConrado Coelho Costa FilhoDiomício VidalEdvaldo ÂngeloFlávio José MartinsGünter KnolseisenIda Áurea da CostaJayme Antônio ZanattaJohni RichterLuiz César MeneghettiMaury Santos JúniorMoacir Antoninho SartoriMurilo Ghisoni BortoluzziNey Osvaldo Silva FilhoPaulo Sérgio AriasRenato Rossmark SchrammValter Ros de Souza

Conselho Fiscal

TitularesFred Rubens Karsten

Leonir João PinheiroWalgenor Teixeira

SuplentesFlávio Henrique FettTito Alfredo SchmittWoimer José Back

Delegação junto à CNI

TitularesAlcantaro Corrêa Glauco José Côrte

SuplentesMario Cezar de AguiarJoão Stramosk

CIESC

Alcantaro Corrêa – PresidenteGlauco José Côrte – 1º Vice-PresidenteEster de Souza F. de Macedo – Diretora 1ª SecretáriaAdalberto Roeder – Diretor 1º TesoureiroAldo Nienkötter – Diretor 2º Tesoureiro

Conselho Consultivo

Amilcar Nicolau PelaezEvandro Müller de CastroFernandes Luiz AndrettaJair PhilippiJairo BeckerLino RohdenLuciano Flávio AndrianiLuiz Antônio BotegaLuiz Gonzaga CoelhoMarcio Anselmo RibeiroOdelir BattistellaOsmar Telck

Conselho Fiscal

TitularesÁlvaro WeissDario Luiz VitaliNivaldo Pinheiro

SuplentesKonstantinos MeintanisSalvador Ramiro NavidadSônia Regina Hess de Souza

SESI

Conselho Regional

Alcantaro Corrêa – PresidenteGlauco José Côrte – 1º Vice-PresidenteHenrique de Bastos Malta – Representante da FIESC junto ao Conselho Regional do SESI

Representantes da Indústria

TitularesCid Erwin LangJosé Fernando da Silva RochaLuís Carlos GuedesSérgio Luiz Pires

SuplentesAlfredo Ender

Diretorias e Conselhos do Sistema FIESC

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Amauri Alberto BuzziCarlos Kracik RosaRamiro Cardoso

Representantes Institucionais

TitularesLuis Miguel Vaz Viegas – Representante do Ministério do Trabalho e EmpregoCélio Goulart – Representante do Governo do Estado de Santa CatarinaAri Oliveira Alano – Representante dos Trabalhadores da Indústria

SuplentesCarlos Artur Barboza – Representante do Ministério do Trabalho e EmpregoAntônio Carlos Poletini – Representante do Governo do Estado de Santa CatarinaCarlos Alberto Baldissera – Representante dos Trabalhadores da Indústria

SENAI

Conselho Regional

Alcantaro Corrêa – PresidenteGlauco José Côrte – 1º Vice-PresidenteCésar Augusto Olsen – Representante da FIESC junto ao Conselho Regional do SENAI

Representantes da Indústria

TitularesAdemir Luiz Dalla LanaCidnei Luiz BarozziJosé SuppiNilton Gomes Paz

SuplentesHumberto Barros SilvaJader Jacó WestruppOsvaldo LucianiVincenzo Francesco Mastrogiacomo

Representantes Institucionais

TitularesLuis Miguel Vaz Viegas – Representante do Ministério do Trabalho e EmpregoConsuelo Aparecida Sielski Santos – Representante do Ministério da EducaçãoAri Oliveira Alano – Representante dos Trabalhadores da Indústria

SuplentesCarlos Artur Barboza – Representante do Ministério do Trabalho e EmpregoRosângela Mauzer Casarotto – Representante do Ministério da EducaçãoCarlos Alberto Baldissera – Representante dos Trabalhadores da Indústria

IEL

Alcantaro Corrêa – PresidenteGlauco José Côrte – 1º Vice-PresidenteAdalberto Roeder – Diretor TesoureiroIsrael José Marcon – Representante da FIESC junto aoConselho Regional do IEL

Conselho ConsultivoTitularesCésar Gomes JúniorGiordan HeidrichHaroldo da Silva BremenHeleny Mendonça MeisterHélio César BairrosIsabel Christina Antunes BaggioNeivaldo Suzin

SuplentesÁlvaro SchweglerAntônio WiggersCelso PanceriEduardo SelemeGuido Jackson BretzkeJaime FranznerPaulo Rubens Obenaus

Conselho Fiscal

TitularesJoão Paulo SchmalzMarcus SchlösserNorberto Dias

SuplentesIsmar LombardiLuiz Eduardo BroeringMaria Regina L. R. Alves

Representantes Institucionais

BRDEFAPESCFundação CERTISEBRAE/SCSistema ACAFEUDESCUFSC

Diretoria Executiva do Sistema FIESC

FIESC / CIESC

Henry Uliano Quaresma – Diretor de Relações Industriais e InstitucionaisFernando Pisani de Linhares – Diretor Administrativo e Financeiro

SENAI / SC

Sérgio Roberto Arruda – Diretor RegionalMarco Antônio Dociatti – Diretor de Desenvolvimento OrganizacionalAntônio José Carradore – Diretor de Educação e Tecnologia

SESI / SC

Hermes Tomedi – SuperintendenteDaniel Thiesen Horongoso – Diretor de Administração e FinançasLeocádia Maccagnan – Diretora de Operações Sociais

IEL / SC

Natalino Uggioni – SuperintendenteFernando Pisani de Linhares – Diretor Administrativo e Financeiro

Diretoria Jurídica do Sistema FIESC

Carlos José Kurtz – Diretor Jurídico

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Rodovia Admar Gonzaga, 2.765 - Itacorubi - Florianópolis/SC - CEP 88034-001Fone: (48) 3231-4279 - Fax: (48) 3334-0608

e-mail: [email protected]/pei

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Desempenho e perspectivas DainDústria catarinense

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