Desenho Técnico & Medição - formare.org.br · Este caderno busca trabalhar os conceitos básicos...

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Desenho Técnico & Medição 1

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Desenho Técnico & Medição

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Coordenação do Programa FORMARE Beth Callia

Coordenação Pedagógica Zita Porto Pimentel

Coordenação convênio UTFPR/Fundação Iochpe Alfredo Vrubel

Elaboração GIPE Projetos Educativos Ltda.Av. Imperial, 407 / Ipanema91760-400 – Porto Alegre, [email protected]

Coordenação Geral Ana Mariza Ribeiro Filipouski Diana Maria Marchi

Projeto Gráfico e Editoração Editoras AssociadasMarta Castilhos / Camila Kieling

Revisão Suliani Editografia Ltda.

Autoria deste caderno Adão Simon dos Santos Garcez (Cap. 1 e 5)Airton Cattani (Cap. 2 e 6)Francisco Firmino de Sales Basto (Cap. 3, 4, 7, 8 e 9)

Apoio MEC – Ministério da EducaçãoFNDE – Fundo Nacional de Desenvolvimento da EducaçãoPROEP – Programa de Expansão da Educação Profissional

Iniciativa Realização

Fundação IOCHPEAl. Tietê, 618, casa 3, Cep 01417-020, São Paulo, SP

www.formare.org.br

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)(William Okubo, CRB-8/6331, SP, Brasil)

BASTO, Francisco Firmino de Sales

Desenho técnico e medição / Francisco Firmino de SalesBasto ; Adão Simon dos Santos Garcez ; Projeto Formare.- São Paulo : Fundação Iochpe, 2007

226p. (Cadernos Formare, 71)

Inclui: Exercícios; Glossário; Bibliografia.ISBN 978-85-98169-71-2

1. Ensino Profissional 2. Desenho Técnico 3. Sistemade Medidas I. Garcez, Adão Simon dos Santos II. ProjetoFormare III. Título IV. Série

CDD-371.426

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Sobre o caderno

Você, educador voluntário, sabe que boa parte da performance dos jovens no

mundo do trabalho dependerá das aprendizagens adquiridas no espaço de

formação do Curso em desenvolvimento em sua empresa no âmbito do Projeto

FORMARE.

Por isso, os conhecimentos a serem construídos foram organizados em etapas,

investindo na transformação dos jovens estudantes em futuros trabalhadores

qualificados para o desempenho profissional.

Antes de este material estar em suas mãos, houve a definição de uma proposta

pedagógica, que traçou um perfil de trabalhador a formar, depois o delinea-

mento de um plano de curso, que construiu uma grade curricular, destacou con-

teúdos e competências que precisam ser desenvolvidos para viabilizar o alcance

dos objetivos estabelecidos, e então foram desenhados planos de ensino, com

vistas a assegurar a eficácia da formação desejada.

À medida que começar a trabalhar com o Caderno, perceberá que todos os

encontros contêm a pressuposição de que você domina o conteúdo e que está

recebendo sugestões quanto ao modo de fazer para tornar suas aulas atraen-

tes e produtoras de aprendizagens significativas. O Caderno pretende valorizar

seu trabalho voluntário, mas não ignora que o conhecimento será construído

a partir das condições do grupo de jovens e de sua disposição para ensinar.

Embora cada aula apresente um roteiro e simplifique a sua tarefa, é impossível

prescindir de algum planejamento prévio. É importante que as sugestões não

sejam vistas como uma camisa de força, mas como possibilidade, entre inú-

meras outras que você e os jovens do curso poderão descobrir, de favorecer a

prática pedagógica.

O Caderno tem a finalidade de oferecer uma direção em sua caminhada de

orientador da construção dos conhecimentos dos jovens, prevendo objetivos,

conteúdos e procedimentos das aulas que compõem cada capítulo de estudo.

Ele trata também de assuntos aparentemente miúdos, como a apresentação

das tarefas, a duração de cada atividade, os materiais que você deverá ter à

mão ao adotar a atividade sugerida, as imagens e os textos de apoio que po-

derá utilizar.

No seu conjunto, propõe um jeito de fazer, mas também poderá apresentar

outras possibilidades e caminhos para dar conta das mesmas questões, com

vistas a encorajá-lo a buscar alternativas melhor adequadas à natureza da

turma.

Como foi pensado a partir do planejamento dos cursos (os objetivos gerais de

formação profissional, as competências a serem desenvolvidas) e dos planos de

ensino disciplinares (a definição do que vai ser ensinado, em que seqüência e

intensidade e os modos de avaliação), o Caderno pretende auxiliá-lo a realizar

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um plano de aula coerente com a concepção do Curso, preocupado em investir

na formação de futuros trabalhadores habilitados ao exercício profissional.

O Caderno considera a divisão em capítulos apresentada no Plano de Ensino e

o tempo de duração da disciplina, bem como a etapa do Curso em que ela está

inserida. Com esta idéia do todo, sugere uma possibilidade de divisão do tem-

po, considerando uma aula de 50 minutos.

Também há avaliações previstas, reunindo capítulos em blocos de conhecimen-

tos e oferecendo oportunidade de síntese do aprendido. É preciso não esque-

cer, no entanto, que a aprendizagem é avaliada durante o processo, através da

observação e do diálogo em sala de aula. A avaliação formal, prevista nos ca-

dernos, permite a descrição quantitativa do desempenho dos jovens e também

do educador na medida em que o “erro”, muitas vezes, é indício de falhas ante-

riores que não podem ser ignoradas no processo de ensinar e aprender.

Recomendamos que, ao final de cada aula ministrada, você faça um breve regis-

tro reflexivo, anotando o que funcionou e o que precisou ser reformulado, se

todos os conteúdos foram desenvolvidos satisfatoriamente ou se foi necessário

retomar algum, bem como outras sugestões que possam levar à melhoria da

prática de formação profissional e assegurar o desenvolvimento do trabalho

com aprendizagens significativas para os jovens. Esta também poderá ser uma

oportunidade de você rever sua prática como educador voluntário e, simulta-

neamente, colaborar para a permanente qualificação dos Cadernos. É um desafio-

convite que lhe dirigimos, ao mesmo tempo em que o convidamos a ser co-autor

da prática que aí vai sugerida.

Características do caderno

Cada capítulo ou unidade possui algumas partes fundamentais, assim distri-

buídas:

Página de apresentação do capítulo: apresenta uma síntese do assunto

e os objetivos a atingir, destacando o que os jovens devem saber e o que se

espera que saibam fazer depois das aulas. Em síntese, focaliza a relevância do

assunto dentro da área de conhecimento tratada e apresenta a relação dos

saberes, das competências e habilidades que os jovens desenvolverão com o

estudo da unidade.

A seguir, as aulas são apresentadas através de um breve resumo dos conheci-

mentos a serem desenvolvidos em cada aula. Sua intenção é indicar aos educa-

dores o âmbito de aprofundamento da questão, sinalizando conhecimentos pré-

vios e a contextualização necessária para o tratamento das questões da aula.

No interior de cada aula aparece a seqüência de atividades, marcadas pela

utilização dos ícones que seguem:

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Indica, passo a passo, as atividades propostas para o educador. Apresenta as infor-

mações básicas, sugerindo uma forma de desenvolvê-las. Esta seção apresenta conceitos

relativos ao tema tratado, imagens que têm a finalidade de se constituírem em suporte

para as explicações do educador (por esse motivo todas elas aparecem em anexo num

cd, para facilitar a impressão em lâmina ou a sua reprodução por recurso multimídia),

exemplos das aplicações dos conteúdos, textos de apoio que podem ser multiplicados e

entregues aos jovens, sugestões de desenvolvimento do conteúdo e atividades práticas,

criadas para o estabelecimento de relações entre os saberes. No passo a passo, apare-

cem oportunidades de análise de dados, observação e descrição de objetos, classifi-

cação, formulação de hipóteses, registro de experiências, produção de relatórios e ou-

tras práticas que compõem a atitude científica frente ao conhecimento.

Indica a duração prevista para a realização do estudo e das tarefas de cada passo. É

importante que fique claro que esta é uma sugestão ideal, que abstrai quem é o sujeito

ministante da aula e quem são os sujeitos que aprendem, a rigor os que mais interessam

nesse processo.

Quando foi definida, só levou em consideração o que era possível no momento: o

conteúdo a ser desenvolvido, tendo em vista o número de aulas e o plano de ensino da

disciplina. No entanto você, juntamente com os jovens que compõem a sua turma, têm

liberdade para alterar o que foi sugerido, adaptar as sugestões para o seu contexto,

com as necessidades, interesses, conhecimentos prévios e talentos especiais do seu

grupo.

O glossário contém informações e esclarecimentos de conceitos e termos técnicos. Tem

a finalidade de simplificar o trabalho de busca do educador e, ao mesmo tempo,

incentivá-lo a orientar os jovens para a utilização de vocabulário apropriado referente

aos diferentes aspectos da matéria estudada. Aparece ao lado na página em que é

utilizado e é retomado ao final do Caderno, em ordem alfabética.

Remete para exercícios que objetivam a fixação dos conteúdos desenvolvidos. Não estão

computados no tempo das aulas, e poderão servir como atividade de reforço extraclas-

se, como revisão de conteúdos ou mesmo como objeto de avaliação de conhecimentos.

Notas que apresentam informações suplementares relativas ao assunto que está sendo

apresentado.

Idéias que objetivam motivar e sensibilizar o educador para outras possibilidades de

explorar os conteúdos da unidade. Têm a preocupação de sinalizar que, de acordo com

o grupo de jovens, outros modos de fazer podem ser alternativas consideradas para o

desenvolvimento de um conteúdo.

Traz as idéias-síntese da unidade, que auxiliam na compreensão dos conceitos tratados,

bem como informações novas relacionadas ao que se está estudando.

Apresenta materiais em condições de serem reproduzidos e entregues aos jovens, trata-

dos, no interior do Caderno, como textos de apoio.

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Em síntese, você, educador voluntário, precisa considerar que há algumas com-

petências que precisam ser construídas durante o processo de ensino-aprendi-

zagem, tais como:

conhecimento de conceitos e sua utilização;

análise e interpretação de textos, gráficos, figuras e diagramas;

transferência e aplicação de conhecimentos;

articulação estrutura-função;

interpretação de uma atividade experimental.

Em vista disso, o conteúdo dos Cadernos pretende favorecer:

conhecimento de propriedades e de relações entre conceitos;

aplicação do conhecimento dos conceitos e das relações entre eles;

produção e demonstração de raciocínios demonstrativos;

análise de gráficos;

resolução de problemas;

identificação de dados e de evidências relativas a uma atividade experimental;

conhecimento de propriedades e relações entre conceitos em uma situação

nova.

Como você já deve ter concluído, o Caderno é uma espécie de obra aberta, pois

está sempre em condições de absorver sugestões, outros modos de fazer, arti-

culando os educadores voluntários do Projeto FORMARE em uma rede que

consolida a tecnologia educativa que o Projeto constitui. Desejamos que você

possa utilizá-lo da melhor forma possível e que tenha a oportunidade de refletir

criticamente sobre eles, registrando sua colaboração e interagindo com os

jovens de seu grupo a fim de investirmos todos em uma educação mais efetiva

e na formação de profissionais mais competentes e atualizados para os desa-

fios do mundo contemporâneo.

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Introdução

Este caderno busca trabalhar os conceitos básicos de Desenho Técnico & Medi-

ção, imprescindíveis para a formação do jovem profissional. Para tanto, são

exploradas diversas ferramentas e dinâmicas de trabalho, a fim de viabilizar

aprendizagens significativas dos conteúdos.

Dentre as competências e habilidades a serem desenvolvidas, destacam-se: ler

e interpretar medidas de grandezas variáveis de processo; medir grandezas

dimensionais e de forma com instrumentos manuais e em precisão corrente na

indústria de manufatura; representar em croqui, conforme a ABNT, para fabri-

cação, componentes e peças industriais de pequena complexidade, além de

interpretar desenhos técnicos de componentes, peças isoladas e de conjunto.

Para tanto, o capítulo 1 trabalha com o sistema de unidades e medição. Traz

noções básicas indispensáveis a quem trabalhe neste setor.

De forma crescente em complexidade, aborda o histórico da medição e a defi-

nição de padrão, aprofundando noções de equivalência e detalhando o siste-

ma métrico e inglês de medida de comprimento, bastante usados na indústria.

O capítulo 2 aborda as linhas e escrita técnica através da execução de exercícios

que levem o jovem a identificar seus usos nos desenhos técnicos, conforme as

NBRs 8402 e 8403.

O capítulo 3 apresenta conceitos e propõe dinâmicas para fixar os aspectos

referentes à cotagem e escala e propõe atividades que desenvolvam a habili-

dade de cotar desenhos de figuras geométricas planas e componentes de uso

industrial.

O capítulo 4 trabalha com a perspectiva isométrica e introduz o traçado da

perspectiva isométrica de cubo e cilindro em papel isométrico.

Já o capítulo 5 está centrado no estudo das faixas de tolerância industrial, nas

formas de medir e registrar as tolerâncias e no uso do paquímetro.

O capítulo 6 pretende que o jovem, de posse de desenho de peças mecânicas

em perspectiva, esboce as projeções ortogonais no 1.º diedro, marcando as

cotas para fabricação. Para tanto, desenvolve conceitos e propõe atividades de

posição das vistas nos planos de projeção. A aplicação do princípio da

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proporcionalidade na execução das projeções ortogonais em croqui e a distri-

buição das cotas nas vistas que mais caracterizam os detalhes cotados também

são objeto de estudo.

O capítulo 7 pretende que consigam executar o desenho de croqui de peças de

fabricação em plástico, aplicando nas representações as vistas seccionais, con-

forme a ABNT NBR 10067.

O capítulo 8, a partir de demonstrações práticas, pretende realizar medições

de controle geométrico em peças ou sistemas usados na empresa, com o auxí-

lio do relógio comparador.

E, finalmente no capítulo 9, os jovens deverão, a partir de desenhos de peque-

nos conjuntos, interpretar seu funcionamento, montagem, representações

convencionais usuais e especificações técnicas e comerciais.

Além da análise e síntese de conceitos, a metodologia desenvolvida nestes

capítulos busca dar suporte à construção do conhecimento, desenvolver o espí-

rito crítico dos jovens, capacitar para o trabalho em equipe por meio da inte-

ração não só com o educador, mas com colegas e outros profissionais atuantes

na área. Também está atenta para a capacidade de comunicação oral e escrita,

a desinibição, a problematização de conhecimentos do senso comum e a busca

de soluções, habilidades e competências fundamentais para a formação de um

profissional amplamente capacitado em qualquer área do conhecimento.

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1 Normas, Linhas e Escrita TécnicaPrimeira Aula

Instrumentos e normatização para o desenho técnico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13Segunda Aula

Linhas técnicas com instrumentos e à mão livre: linhas retas . . . . . . . . . . . . . . . . 15Terceira Aula

Linhas técnicas com instrumentos e à mão livre: linha curva . . . . . . . . . . . . . . . . . 16Quarta Aula

Caligrafia técnica I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18Quinta Aula

Caligrafia técnica II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

2 Cotagem e Escala em Desenho TécnicoPrimeira Aula

Projeções ortogonais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .23Segunda Aula

Linhas de cota e de chamada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .25Terceira Aula

Redução e ampliação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .28

Sumário

3 Sistema Internacional (SI) de Unidades e MediçõesPrimeira Aula

Medição, grandeza e unidade padrão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33Segunda Aula

Sistema métrico e inglês . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38Terceira Aula

Grandezas variáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45Quarta Aula

Manuseio de instrumentos e aparelhos para controle de grandezas variáveis . . . 49 Quinta Aula

Medição de componentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51Sexta Aula

Avaliação 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .52

4 Paquímetro e Tolerância DimensionalPrimeira Aula

Paquímetro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .57Segunda Aula

Resoluções do paquímetro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60Terceira Aula

Leitura de paquímetro no sistema métrico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .63Quarta Aula

Medição com paquímetro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .68

9

Quinta AulaTolerância dimensional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .69

Sexta AulaCampos de tolerância . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74

Sétima AulaValores de afastamento e campos de tolerância . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .79

Oitava AulaAjustes usados na empresa: pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .87

Nona AulaAjustes usados na empresa: exemplificação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .88

Décima e Décima Primeira AulasTolerância dimensional de peças: exercício prático . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .88

5 Projeção Ortogonal e CroquiPrimeira Aula

Projeção ortogonal I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93Segunda Aula

Projeção ortogonal II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95Terceira Aula

Representação de figuras planas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .97Quarta Aula

Representação de sólidos em projeções ortogonais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .99Quinta Aula

Rebatimento dos planos de projeção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .102Sexta Aula

Sólidos: perspectiva e projeções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105Sétima Aula

Representações ortográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .106Oitava à Décima Aulas

Aplicação de técnicas de croqui . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .108

Exercícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111Gabarito do Exercícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 113

Gabarito das Avaliações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 115Glossário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

.

117 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 119

Anexos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .121

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Neste capítulo, serão apresentados conceitos de linhas curvas, retas paralelas e per-

pendiculares que servem para o desenho projetivo em vistas ortogonais, além de re-

gras para a escrita de letras e números em desenho técnico (NBR), relacionando tudo

com aplicações práticas.

1 Normas, Linhas e Escrita Técnica

Conhecer as regras da NBR 8402 e NBR 8403 para desenhar linhas e escrita técnica;

Familiarizar-se com os meios de expressão e representação gráfica de objetos, além

de usar os instrumentos básicos para a aplicação prática em trabalhos a serem

desenvolvidos;

Desenvolver habilidade do manejo do lápis, a desinibição e a espontaneidade, em

desenho à mão livre, usando instrumentos próprios do desenho técnico;

Desenvolver o senso de observação e de medida.

Objetivos

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Rememore com os jovens os seguintes conceitos, que jádevem ter sido aprendidos: linhas retas e curvas, seg-mento de reta, perpendiculares e paralelas, vertical,horizontal, inclinada, círculo. Noções básicas do uso decompasso e do esquadro.

Exponha oralmente os seguintes temas, objetivandocomplementar os conhecimentos prévios dos jovens,organizando-os:

Tipos de desenho que existem: conteúdos desta ses-são presentes na NBR10647: desenho projetivo; instru-mental; não projetivo: diagramas, ábacos, nomogra-mas (cálculos, leis e dados estatísticos); fluxogramas,organogramas e gráficos;Escrita das letras: normógrafo; letras decalcáveis; le-tras à mão livre;Instrumentos; destacando seu uso e conservação; Materiais: lápis ou lapiseira com minas e grafites detamanhos e dureza diferentes: do 9H ao 6B. Tipos deborrachas adequadas para cada tipo de desenho;Maneira correta de segurar o lápis, de traçar retas ver-ticais e horizontais, curvas; de apagar com a borracha.

Ilustre com a demonstração dos objetos e mostre seu fun-cionamento, sempre que for possível. Estimule os jovensa anotarem aspectos relevantes.

Nesta aula, o desenho será introduzido como for-

ma de comunicação e registro; serão identifica-

dos os instrumentos para o desenho técnico, in-

dicando seus usos mais freqüentes, conforme a

NBR 8402 e a NBR 8403; os jovens iniciarão a con-

fecção de exercícios práticos à mão livre.

Primeira Aula

Passo 1 / Aula expositivo-dialogada

35min

Instrumentos e normatização para o desenho técnico

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Desafie os jovens a pesquisarem diversos tipos de lápis dedesenho e explicarem como trabalhar com eles, indican-do a fonte da consulta. Além de oportunizar que desen-volvam a autonomia, é um bom recurso para avaliar,num primeiro contato, o interesse dos jovens.

Passo 2 / Atividade prática

15min

Fig. 2 – 2º. método de desenhar linha horizontal: colocar o lápis no início e, com o olho no pontofinal, traçá-la de uma vez só, inclinando o pulso

Fig. 3 – Traçando uma linha vertical pelo 2º. método

Fig. 1 – 1º. método de desenhar linha horizontal: traçar pequenos traços e depois completá-los

Os jovens, primeiro, desenharão retas horizontais e ver-ticais à mão livre, com pequenos traços sucessivos.Depois, as reforçarão com segurança, conforme mostraa figura 1. Farão outras retas horizontais e verticais,desenhando de uma só vez e fixando os olhos para oponto final da linha, conforme figuras 2 e 3.

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1 treino com linhas paralelas verticais, horizontais e in-clinadas superpondo, como em grades. Prepare omaterial em folhas A4, ou outra de sua preferência.

2 treino com linhas paralelas verticais, horizontais eparalelas aplicadas em desenhos. Utilize peças co-muns, existentes na empresa, com estas caracterís-ticas, para que os jovens as copiem.

Forneça a folha com diversos pontos ou dê o exemplono quadro, solicitando que os jovens executem em suasfolhas de desenho. Eles estarão treinando uma habili-dade importante para quem quer fazer desenhos téc-nicos. No entanto, os desenhos de peças simples deve-rão ser visualizados em cópias na folha A4 e não noquadro branco, pois pressupõem a habilidade de trans-ferência de dados através de escala, que ainda não foidesenvolvida de maneira sistemática.

Esta aula prática será dedicada ao traçado de

linhas retas.

Segunda Aula

Passo 1 / Atividade prática

30min

Linhas técnicas com instrumentos e à mão livre: linhas retas

Esquadros de 45° e 30º/60° Demonstre no quadro como se faz a utilização dessesinstrumentos. Os jovens praticarão em diversos traçados,tais como paralelas horizontais, verticais e inclinadas.Poderão também utilizar o anexo 1 como suporte maisdirigido.

Passo 2 / Demonstração

20min

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Esta aula tratará do traçado de curvas, à mão livre

e com instrumentos.

Terceira Aula

Passo 1 / Atividade prática

10min

Linhas técnicas com instrumentos eà mão livre: linha curva

Fig. 4 – Traçando uma linha curva pelo 2º. método

Apresente os seguintes exercícios para os jovens trei-narem o traçado de curvas à mão livre. Caso não hajacondições de desenvolverem todos os exercícios suge-ridos, indique-os como tarefas de casa:

1 Traçado de curvas com movimentos amplos, depoisde demarcar alguns pontos de referência, conformefigura 4;

2 Aplicação de curvas em desenho topográfico;3 Desenhar circunferências dentro de quadrados pre-

viamente desenhados, marcando os pontos centraisdos lados dos quadrados e depois unindo-os comcurvas;

4 Desenhar círculos concêntricos;5 Desenhar sinuosas, também à mão livre, a partir

de retângulos pré-desenhados.

Preveja, para execução de cada exercício, respeitando oritmo próprio de cada um.

Acompanhe e oriente cada jovem durante a execução,corrigindo postura e estimulando a adoção de atitudesque aprimorem sua competência.

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Passo 2 / Atividade prática

20min

Passo 3 / Análise dos exercícios

Vários exercícios podem ser oferecidos aos jovens mais rápidos ou mesmo àqueles que se inte-

ressarem em fazê-los em casa, ou, ainda, se quiserem melhorar sua habilidade na execução de

mais desenhos.

20min

Demonstre o manejo do compasso e do esquadro, noquadro branco ou numa folha. Peça aos jovens quepratiquem em diversos desenhos.

Além da demonstração no quadro branco, será neces-sário atenção à demonstração do uso do compasso edos esquadros, pois, no quadro, os instrumentos exigemmovimentos mais amplos e a maneira de segurá-los édiferente da usada ao manejar o compasso e os esqua-dros sobre a mesa de trabalho.

Os jovens também poderão experimentar as diferentessituações, e serem desafiados a responder:

Onde há mais dificuldade?

Espera-se que possam concluir que, na comparação en-tre os dois traçados, não há dificuldades, mas habilida-des diferentes de manejar os instrumentos: uma noplano vertical, outra no plano horizontal.

Em pequenos grupos, peça aos jovens que exponhamaspectos fáceis na realização do exercício. Depois, nogrande grupo, que procurem identificar as dificuldadesque encontraram e discutam alternativas de resolvê-las.

Após a discussão, estimule-os a registrarem os proble-mas enfrentados e as alternativas de solução, em suasanotações.

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Esta aula apresentará situações de exercício com

caligrafia técnica.

Quarta Aula

Passo 1 / Atividade prática

35min

Passo 2 / Exercício

15min

Caligrafia técnica I

1 Propor que os jovens, conforme o anexo 2, executemletras, atendendo as direções da escrita indicadas emcada letra, até o fim da linha.

2 Solicite aos jovens que escrevam letras que tenhamas características abaixo descritas:

1 Intervalo de linhas paralelas, como N e H;

2 Linhas curvas, como O e C;

3 Linhas curvas e inclinadas, como D e A;

4 Linhas retas e inclinadas, como I e V;

5 Linhas paralelas inclinadas, como V e A.

Combinação de letras nas palavras e frasesProponha exercícios em que os jovens escreverão duaspalavras ilustrativas das seguintes situações:

1 Letra com traço vertical que esteja perto de letracom traço curvo deve ser menos aproximada queletra com traço vertical que esteja perto de letracom o traço inclinado. Exemplo: O e I.

2 Letras com linha vertical e linha inclinada devemser aproximadas. Exemplo: N e V.

3 Em letras com linha inclinada e linha curva, comoD e A , o espaçamento deve ser calculado, medin-do a partir da metade do traço inclinado.

4 Em letras com linha curva junto à outra letra comlinha curva, numa combinação dos traços curvoscom curvos, as letras devem se aproximar mais doque em todos os outros casos. Exemplo: O e C.

18

Esta aula dará continuidade à prática da escrita

técnica.

Quinta Aula

Passo 1 / Atividade prática

10min

Caligrafia técnica II

Dependendo da habilidade e interesse demonstradospelos jovens, proponha que escrevam mais palavras.

Desafie os jovens, perguntando o porquê dessas combi-nações. Com certeza você receberá todo tipo de justi-ficativa, mas a que melhor responderá é a que fizerreferência à área que cada letra ocupa junto à outra.

Coloque no quadro branco as letras X, J, P, L, F e T epergunte aos jovens:

Se a área das letras combinadas determina o tra-tamento dos espaços, como eles deverão tratar

estas letras ao combiná-las com outras?

A resposta que mais se aproximar de “sobrepondo-as”estará correta, como, por exemplo: LV, TA, FT.

Peça aos jovens para desenharem três palavras com es-tas combinações, seguindo as regras estabelecidas.

Solicite que construam frases com estas palavras. Ao es-colherem a frase, eles já deverão saber que:

1 na composição de frases em linhas estreitas (pau-tas de pouca altura), as letras largas e mais espa-çadas terão maior e melhor legibilidade;

2 o sinal de pontuação é considerado uma letra.

19

Desenho em espaços determinadosPrepare linhas com as palavras mais comuns usadas naempresa e peça aos jovens que as repitam várias vezese em diversos tamanhos de linhas e espaços, usando ascaracterísticas da composição das letras, segundo suaforma e espaçamento.

Passo 2 / Trabalho individual

15min

Passo 3 / Análise dos exercícios

25min

Forneça desenhos utilizados na empresa, de modo queos jovens possam compará-los e verificar a adequaçãoàs Normas Brasileiras. Utilize também desenhos incom-pletos, a serem complementados. Neste caso, enquantosupervisiona os trabalhos, reporte-se às informaçõespresentes nas NBR 8402 e 8403, que possibilitam a exe-cução desta tarefa.

A execução dessas atividades depende da motricidadefina dos jovens. Possibilite que eles a aperfeiçoem, masnão desrespeite seus ritmos. Por isso, se achar que ostempos destinados aos exercícios são reduzidos, adap-te-os à sua realidade.

20

2 Cotagem e Escala em Desenho TécnicoChama-se desenho de fabricação ao conjunto de desenhos e medidas elaborados para

que todos os envolvidos na produção de um objeto tenham uma idéia clara e correta

daquilo que deverá ser executado.

Para assegurar que a informação seja clara e correta, três fatores são indispensáveis:

a representação deve ser feita através de vistas ortogonais , isto é, através do uso

da geometria de forma organizada;

as dimensões devem ser cotadas, o que significa que as dimensões são represen-

tadas no desenho;

deve haver recurso à escala, de modo que qualquer produto, independentemente

de suas dimensões, caiba no papel de forma proporcional àquela que terá quando

pronto.

Serão propostos exercícios de medição com escalímetro de peças produzidas por

estampagem e serão elaborados desenhos para fabricação.

Identificar, analisar e aplicar conhecimentos sobre valores de variáveis, represen-

tados graficamente por meio de escalas;

Utilizar conhecimentos geométricos para a leitura e compreensão da represen-

tação em escala;

Relacionar as convenções utilizadas na representação por escala com as vantagens

que ela pode representar no processo de produção de peças;

Utilizar o escalímetro para obter medidas a serem representadas no desenho técnico.

Objetivos

21

22

Apresente um apagador aos jovens e peça que o obser-vem segundo suas vistas ortogonais (demonstre comofazer e faça os jovens repetirem o procedimento de-monstrado).

Esta aula apresentará como uma peça pode ser

representada através de suas projeções ortogo-

nais, facilitando seu processo de fabricação.

Primeira Aula

Passo 1 / Problematização

5min

Projeções ortogonais

Desafie os jovens a reproduzirem, em seus cadernos deanotações, as diferentes representações do apagador.

Feita a tentativa, reproduza no quadro as 5 representa-ções, e indique, ao lado de cada uma, as abreviaturas,conforme relação que segue.

Vistas ortogonais

Frontal (VF) – ocupa a posição central da folha erepresenta a peça observada de frente.

Lateral direita (VLD) – ocupa o lado esquerdo da vistafrontal (alinhada com esta) e representa a peça obser-vada do lado direito.

Passo 2 / Atividade prática

15min

Vista ortogonalForma de representação de uma peçaatravés de planos perpendiculares (or-togonais) entre si: frontal, lateral direi-ta e esquerda, superior e inferior

Vendo o modelo de frente Vendo o modelo de cima

Vendo o modelo de ladoFig. 1 – Pessoaolhando uma peçaperpendicularmente

23

Lateral esquerda (VLE) – ocupa o lado direito da vistafrontal (alinhada com esta) e representa a peça obser-vada do lado esquerdo.

Superior (VS) – ocupa a posição inferior em relação àvista frontal (alinhada com esta) e representa a peçaobservada de cima para baixo (face superior).

Fig. 2 – Vistasortogonais sem cota

Chame a atenção dos jovens para a centragem das pro-jeções no papel e principalmente o uso do espaço dispo-nível. É muito comum, entre iniciantes, a elaboração devistas muito pequenas na folha do caderno, dificultandoa colocação posterior de cotas e inclusive comprome-tendo a própria leitura e interpretação do desenho.

Saliente que só devem ser representadas as vistas indis-pensáveis à compreensão da peça. Forneça um contra-exemplo (uma peça representada com projeções exces-sivas) e coloque em discussão a sua utilidade.

Espera-se que os jovens concluam que os detalhes emexcesso:

a) ocupam espaço inutilmente na folha;

b) distraem a atenção do fabricante/montador do queé realmente importante no desenho;

c) se o desenho for à mão-livre, acarretam perda detempo.

Passo 3 / Aula expositiva

15min

Fabricante/montador Refere-se ao operador da máquina queirá fabricar a peça e a pessoa que irá,em seguida, montar a peça fabricadano conjunto de uma outra máquina,respectivamente.

24

Desafie os jovens a representarem superfícies planas,cilíndricas e curvas.

Represente no quadro as diferentes superfícies ou peçaa colaboração dos jovens para essa representação eretome com todos as abreviaturas e quais seriam indis-pensáveis para a compreensão da peça.

Passo 4 / Atividade prática

15min

Fig. 3 – Prisma cilíndricoe outro de secçãoquadrada

Complemente o que foi estudado com a seguinte analogia:

a) na língua alemã, o sentido global de uma frase só é compreendido olhando para o final da

mesma, onde se encontram o verbo ou seu prefixo.

b) nas representações de peças por vistas ortogonais, a distinção entre superfícies planas e

cilíndricas dependerá, algumas vezes, de uma única projeção ortogonal, fato que exigirá

atenção do projetista para que esta vista realmente esteja lá.

Um desenho de fabricação deve usar as projeções ortogonais da peça. O uso de vista

em perspectiva é opcional.

Devem ser usadas tantas vistas quantas forem necessárias ao entendimento da peça

como um todo.

O alinhamento em cruz é obrigatório e essencial para a clareza do desenho.

Alinhamento em cruz Disposição das projeções (vistas) orto-gonais num desenho mecânico, cujoformato lembra uma cruz, com a vistafrontal no centro.

Destaque a diferença observável entre um desenhocom dimensões apresentadas de forma livre e outrocom a utilização de normas.

Nesta aula, serão estudadas as técnicas para a re-

presentação das dimensões de objetos em dese-

nhos de fabricação.

Segunda Aula

Passo 1 / Aula teórico-prática

30min

Linhas de cota e de chamada

25

Linhas do desenho – elaboradas com traço mais forte.

Linhas de chamada – usadas como linhas auxiliares para a cotagem, e elaboradas com

traço mais fino que as do desenho.

Linhas de cota – correspondem às linhas que efetivamente indicarão a dimensão

(largura, profundidade, diâmetro, etc.).

Apresente outro objeto de forma simples (um livro,uma pasta, uma sacola) e peça que os jovens repre-sentem as dimensões nas vistas do objeto, conhecidasna aula anterior, usando letras (a, b, c, d, etc.), e colo-cando-as, por enquanto, onde acharem mais conve-niente no desenho.

Solicite que dois ou mais jovens apresentem suaproposta no quadro, ressaltando que não importarãoos erros, mas a iniciativa de contribuírem para quetodos entendam a etapa seguinte.

A seguir, represente as vistas do objeto com as cotasdispostas de forma correta e teça comentários sobre asdiferenças encontradas, destacando aquela que propor-cionará um entendimento mais rápido e fácil do dese-nho pelo fabricante.

Observe ainda, nos desenhos:Espaçamento mínimo entre projeções para a colo-cação de cotas;Diferença entre linhas de chamada, de cota e aslinhas do desenho em si.

Se a espessura de traço não for observada, poderá haver dificuldade de distinção

entre o que é linha representativa de peça e o que é linha representativa de cota.

Apresente aos jovens um desenho de fabricação que possua um certo número de detalhes

(que seja complexo) e que seja utilizado pela própria empresa, de forma que todos possam

perceber que tais regras efetivamente contribuem para a sua melhor compreensão.

Fig. 4 – Construção de linhas de cota

26

Representação dos limites das linhas de cotaUtilize a reprodução das imagens que seguem e comen-te, a partir de cada uma, o que está indicado a seguir.

Observe:Colocação centrada das cotas;Posição da cota em relação ao desenho;Representação de diâmetros.

Sugira, então, que os jovens retomem e complemen-tem a representação de um dos objetos exercitados an-tes. Faça o mesmo no quadro.

Pergunte, ainda:

Qual seria a utilidade do uso de letras, em lugarde números, nas cotas?

Ouça as inferências dos jovens e conclua afirmandoque algumas peças apresentam formatos idênticos masdimensões variáveis, conforme o modelo fabricado.Assim, o valor correspondente a uma letra indicaria omodelo desejado.

Passo 2 / Aula expositivo-dialogada

20min

Fig. 5 – Cotas, posições e diâmetros

Educador, caso os jovens apresentem dificuldadeem reproduzir os detalhes (flechas, setas, símbolos dediâmetro, etc.) nos exercícios, mesmo com exemplosdemostrados no quadro, enfatize o correto posicio-namento destes mesmos detalhes geométricos naconstrução da cotagem.

O uso de cotas é organizado através de normas técnicas (NBR 10126) para a repre-

sentação em desenhos. Tem por finalidade facilitar a interpretação (visualização

espacial) da peça pelos operadores das máquinas, diminuindo possíveis erros e

agilizando os tempos de preparo de máquina e de fabricação da peça.

Preparo de máquinaRefere-se às atividades que precedemo acionamento de uma máquina: fixa-ção e alinhamento da peça na máqui-na, posicionamento de ferramentas,zeragem de peça, etc.

27

Introduza o conteúdo desta aula através de perguntas:

O que é definir uma escala?

Ouça as inferências dos jovens. Valorize-as para aapresentação da definição que interessa: é conhecer arazão de ampliação/redução do objeto, por exemplo,2:1. A escala tem uso necessário para que os objetospossam ser representados dentro dos limites de umafolha de papel.

Conhecendo a escala usada, pode-se saber quanto cadamilímetro do desenho no papel representa na realida-de. Um exemplo típico é o dos mapas (ver na tabela asescalas utilizadas). Um mapa, assim como uma maquete,devem representar o objeto (cidade, clube, condomí-nio, etc.) de forma reduzida e proporcional.

Redução e ampliação

Nesta aula, serão exercitadas noções de escala,

ampliação e redução de desenhos, com a finali-

dade de adequar a representação de um objeto

ao tamanho de uma folha, de forma proporcional

(sem distorções) e de fácil entendimento.

Terceira Aula

Passo 1 / Aula expositivo-dialogada

30min

Faça a comparação com o filme Socorro, encolhi as crianças. Encolher ou miniaturizar é, em

outras palavras, reduzir mantendo a proporção, tal como num desenho com escala de redu-

ção, onde a peça será na realidade bem menor que sua representação por desenho.

Proponha a representação ampliada do apagador noquadro, usando escala 1:2.

Como deve ser a dimensão do apagador?

Espera-se que os jovens indiquem que deverá ser odobro.

Em seguida, desafie-os a ampliarem o mesmo apagadorutilizando uma escala de 4:1 e calculando as dimensõesfinais que ele terá.

Esclarecendo: nos 2 casos, o desenho poderá ser domesmo tamanho, pois quem determina as reais dimen-sões do objeto é a escala. Por exemplo, na ampliação

Maquete Pequena construção que representaum objeto (prédio, máquina, cidade,etc.) em escala reduzida.

28

com escala 1:2, cada milímetro representará 2, ou seja,um comprimento de 20 milímetros representará narealidade 40 mm!

Na redução, com escala 3:1, por exemplo, cada 3 milí-metros no desenho representa 1mm do objeto. Dito deoutra forma, cada dimensão no desenho deverá serdividida por 3 para se obter a dimensão real.

Finalize apresentando as várias escalas utilizadas emdiversas áreas, conforme a tabela que segue.

Passo 3 / Aula expositiva

20min

Quando é usado um escalímetro, não são necessários cálculos, apenas a medição do

desenho com este instrumento e a leitura do resultado final.

EscalasEngenheiro Mecânico1” = 1” (tamanho real) 1/2” = 1” (1/2 tamanho)1/4”= 1” (1/4 do tamanho) 1/8 = 1” (1/8 tamanho)

Arquiteto ou Engenheiro Mecânico12”= 1’0” (tamanho real) 1” = 1’0”(1/12 do tamanho) 1/4” = 1’0”(1/48 do tamanho)

6”= 1’0” (1/2 do tamanho) 3/4” = 1’0” (1/16 do tamanho) 3/16” = 1’0” (1/64 do tamanho)

3”= 1’0” (1/4 do tamanho) 1/2” = 1’0” (1/24 do tamanho) 1/8” = 1’0” (1/96 do tamanho)

1 1/2 = 1’0” (1/8 do tamanho) 3/8” = 1’0” (1/32 do tamanho) 3/32” = 1’0” (1/28 do tamanho)

Engenheiro Civil10, 20, 30, 40, 50, 60 ou 80 divisões da polegada, representando 10 pés, rodas (medida

equivalente a 16 pés e meio), milhas ou qualquer outra unidade necessária.

MétricaReduções de :1:1, 1:2, 1:5, 1:10, 1:20, 1:25, 1:33.3, 1:50, 1:75, 1:80, 1:100, 1:150

Educador, este capítulo enfatiza a prática atravésde desenhos usados, pela empresa, nos quais as re-gras sejam aplicadas. A sugestão é mostrar um dese-nho e a norma, enfatizando os detalhes nele usadose apresentando a norma como respaldo técnico.

29

30

3 Sistema Internacional (SI) de Unidades e Medições

O atual estágio de globalização da sociedade humana exige nas atividades de fabri-

cação de produtos, prestação de serviços e comércio a compreensão e uso correto de

um sistema de unidades e medições que atendam aos requisitos dos diferentes ramos

de atividade econômica e que possam ser usados, sem restrições, em qualquer parte

do planeta.

Este sistema de unidades e medições, denominado Sistema Internacional de Unidades,

originário do sistema métrico, teve início a pouco mais de 200 anos, no fim do século

XVIII e vem sendo aprimorado através do progresso tecnológico.

Entretanto, em alguns lugares ou em determinadas atividades, ainda é usado o siste-

ma inglês, que é anterior ao sistema métrico e que tende a desaparecer gradativa-

mente para dar lugar a um único e internacional sistema de unidades.

Neste capítulo, para capacitar profissionalmente os jovens para a atividade industrial,

será estudado o Sistema Internacional de Unidades (Sistema Métrico), o Sistema Inglês

e a relação entre ambos.

ObjetivosIdentificar o sistema de medição métrico e realizar conversões de unidades;

Identificar o sistema de medição inglês e realizar conversões de unidades;

Realizar conversão de unidades entre os sistemas métrico e inglês;

Identificar as grandezas variáveis força, peso, tempo, pressão e temperatura;

Interpretar as grandezas variáveis estudadas neste capítulo;

Medir, usando escala, dimensões lineares em milímetros e polegadas.

31

32

Nesta aula, o jovem estudará a definição de gran-

deza, unidade padrão, medição e o histórico das

unidades de medida linear e o sistema métrico.

Primeira Aula

Passo 1 / Aula expositivo-dialogada

40min

Medição, grandeza e unidade padrão

Como introdução aos assuntos da aula, você pode me-dir com uma trena o comprimento de uma peça de usona empresa, na frente dos jovens, instigando sua curio-sidade através de colocações como as que seguem.

Hoje em dia, quando se quer medir o comprimento deuma peça, pega-se uma escala de aço ou uma trena,posiciona-se o início da escala graduada num extremoda peça e se analisa em qual posição da escala gra-duada está a outra extremidade da peça.

O valor da escala graduada é verificado nesta extre-midade da peça e obtém-se a medida do comprimentoda peça.

Na indústria ou em qualquer outra atividade profis-sional, o ato de medir deve ser realizado de maneirasegura para que não ocorram erros que podem custarmuito, tanto para a empresa quanto para o funcio-nário.

Para que o ato de medir seja realizado de maneiraprofissional e com exatidão, questione os jovens eajude-os a deduzirem a resposta certa, se for preciso:

O que é medir ?

Resposta: é comparar duas grandezas da mesma espécie.

Auxilie os jovens a entenderem o significado desta con-ceituação, explicando que grandeza significa tamanho.

Educador, é possível que os jovens tragam para aaula conhecimento parcial, sistematizado ou não, so-bre os assuntos que você irá abordar, especialmenteem se tratando de unidades de medida. Isto facilitaráa construção do conhecimento.

33

Quando se diz que medir é comparar grandezas demesma espécie, significa que quando se mede o com-primento (espécie de grandeza: comprimento) de umobjeto, ele é comparado com o comprimento (espéciede grandeza: comprimento) de um outro objeto.

Exemplifique:

Se o comprimento de uma caixa de fósforos for usadopara medir uma mesa, verifica-se quantas caixas defósforo serão encostadas uma ao lado da outra até seratingido o comprimento da mesa! Por exemplo: umamesa mede o comprimento de 50 caixas de fósforo.Neste caso são comparadas duas grandezas de mesmaespécie: o comprimento da mesa com o comprimentoda caixa de fósforos que foi tomada como unidade.

Logo, unidade é uma grandeza ou uma quantidade degrandeza da mesma espécie.

A unidade usada para medir, definida como modelooficial de um país ou da comunidade internacional, échamada de unidade padrão

Hoje, o mundo tem unidades de medida internacional-mente reconhecidas, mas nem sempre foi assim. Contea história da medição, traçando paralelos com a reali-dade atual.

Você pode tomar o texto de apoio, Histórico da Medi-ção como referência para introduzir o assunto sistemamétrico.

As quatro definições do metro são basicamente paraconhecimento histórico. É importantíssimo os jovensaprenderem que a unidade fundamental do sistemainternacional de unidades é o metro e que este possuimúltiplos e submúltiplos, usados conforme o ramo doconhecimento. Dê exemplos, relacionando diferentesunidades do sistema métrico com as suas aplicaçõespráticas.

Deixe claro que, na indústria, o milímetro é a unidadedo sistema internacional de unidades usada com maiorfreqüência para expressar as informações referentes adimensões lineares.

Utilize o texto que segue e suas imagens para ilustrarsua exposição. Se desejar, distribua-o, ao final, para osjovens.

34

Histórico da mediçãoAs unidades de medição primitivas foram definidas a partir do uso das partes do corpo huma-no como unidades lineares. Surgiram assim as medidas padrão: polegada (≅25,4 mm), palmo,pé (≅304,8 mm), jarda (≅914,4 mm), braça, passo, côvado (≅660 mm) e cúbito.

Fig. 1 – Ilustração das unidades polegada, palmo e pé

Fig. 2 – Ilustração das unidades jarda, passo e braça

Fig. 3 – Ilustração da unidade côvado

Fig. 4 – Ilustração da unidade cúbito

A Polegada O Palmo

o Pé

Tele

curs

o 2

000

Tele

curs

o 2

000

Tele

curs

o 2

000

A Jarda

O Passo

O Braço

O Côvado

O Cúbito

Tele

curs

o 2

000

35

Como as pessoas possuem diferentes tamanhos, as unidades de medições baseadas nas partesdo corpo humano geraram muitos problemas, por exemplo, as medições de dois cúbitos reali-zadas por duas pessoas diferentes tinham resultados práticos diferentes porque os tamanhosdos braços dessas pessoas eram diferentes. Os egípcios, para resolverem este problema criaramo cúbito padrão, formado por barras de pedra com determinado comprimento que poste-riormente foram substituídas por barras de madeira.

Na Inglaterra, nos séculos XV e XVI, para medir comprimentos eram usadas a polegada, o pé,a jarda e a milha.

Na França, no século XVII, surgiu um novo modelo oficial de unidade de medida linear a Toesaque é equivalente a seis pés, aproximadamente 1829 mm. A Toesa foi materializada na formade uma barra de ferro e fixada na parede externa do Grand Chatelet, próximo de Paris; como passar do tempo, devido às intempéries da natureza, este padrão foi se desgastando. Surgea intenção de estabelecer uma unidade natural, isto é, que pudesse ser encontrada na nature-za, e que possuísse submúltiplos decimais. No dia 08 de maio de 1790, foi aprovada na Françauma nova unidade de medida linear chamada metro.

Sistema métricoO sistema métrico é adotado como o Sistema Internacional de Medidas (SI).O metro, de 1790 até a presente data, em função do avanço científico, já teve quatro definições:1ª) Metro é a décima milionésima parte de um quarto do meridiano terrestre.2ª) Metro é a distância entre os dois extremos da barra de platina depositada nos Arquivos da

França e apoiada nos pontos de mínima flexão na temperatura de zero grau Celsius.3ª) Metro é a distância entre os eixos de dois traços principais marcados na superfície neutra

do padrão internacional depositado no B.I.P.M. (Bureau Internacional des Poids et Mesures),na temperatura de zero grau Celsius e sob uma pressão atmosférica de 760 mmHg eapoiado sobre seus pontos de mínima flexão.

4ª) Metro é o comprimento do trajeto percorrido pela luz no vácuo, durante o intervalo detempo de 1 / 299.792.458 do segundo.

Todas essas definições expressam com maior precisão o valor da mesma unidade: o metro.

Nome Símbolo Fator pelo qual a unidade é multiplicada

Exâmetro em 1018 = 1 000 000 000 000 000 000 mPeptametro pm 1015 = 1 000 000 000 000 000 mTerametro tm 1012 = 1 000 000 000 000 mGigâmetro gm 109 = 1 000 000 000 mMegametro mm 106 = 1 000 000 mQuilômetro km 103 = 1 000 mHectômetro hm 102 = 100 mDecâmetro dam 101 = 10 mMetro m 1 = 1mDecímetro dm 10-1 = 0,1 mCentímetro cm 10-2 = 0,01 mMilímetro mm 10-3 = 0,001 mMicrômetro µm 10-6 = 0,000 001 mNanômetro nm 10-9 = 0,000 000 001 mPicômetro pm 10-12 = 0,000 000 000 001 mFentômetro fm 10-15 = 0,000 000 000 000 001 mAttometro am 10-18 = 0,000 000 000 000 000 001 m

Tabela 1 – Múltiplos e submúltiplos do metro

36

Questione oralmente os jovens com perguntas sobre osassuntos que você acabou de abordar e use as respos-tas como elemento de ligação para os diferentes assun-tos estudados nesta aula. Pergunte:

É correto dizermos que o comprimento da sala deaula, a profundidade de um lago ou a altura de um

prédio são dimensões lineares? Por quê?

Resposta esperada: Sim, é correto dizer que o compri-mento da sala de aula, a profundidade de um lago oua altura de um prédio são dimensões lineares porque:se for esticada uma linha de um lado ao outro da salaserá obtido o comprimento da sala comparada ao com-primento da linha; se for esticada uma linha da super-fície até o fundo de um lago, será encontrada a profun-didade do lago comparada ao comprimento da linha;se for esticada uma linha de cima de um prédio até acalçada, será conhecida a altura do prédio comparadaao comprimento da linha.

E com qual unidade é correto medir estas3 dimensões lineares?

Resposta esperada: É correto medir estas 3 dimensões li-neares usando como unidade o metro, que é a unidadefundamental de medida (ou medição).

Na indústria, qual é o sistema e a unidade demedição linear usada?

Resposta esperada: Na indústria, o sistema de mediçãousado é o sistema métrico (sistema internacional de me-dição) e a unidade usada é o milímetro, um dos sub-múltiplos do metro.

Dependendo do tipo de resposta recebida, você per-ceberá o nível de aprendizagem dos jovens, os assuntosque devem ser reforçados e as questões relevantes àformação profissional que ainda devem ser realizadas.

Passo 2 / Exercícios de fechamento

10min

1

37

Nesta aula, os jovens estudarão o sistema inglês

e a conversão de unidades entre os sistema mé-

trico e inglês.

Segunda Aula

Passo 1 / Aula expositiva

15min

Sistema métrico e inglês

Relembre aos jovens o histórico da medição no que serefere às unidades polegada e pé. Em seguida, dê umabreve introdução histórica da oficialização do sistemainglês pelo rei Henrique I. Se desejar, utilize as informa-ções disponibilizadas no texto de apoio.

O império britânico (Inglaterra e suas colônias) che-gou a ocupar extensas regiões do globo, e a ativida-de comercial que desenvolveu impôs o uso de umsistema de medidas próprio, totalmente diferente dosistema métrico, posteriormente usado pelo resto domundo.

São exemplos de unidades:polegada,jarda,milha,libra,libra-força,pés.

O sistema inglês tem como padrão a jarda, que era opadrão de medição utilizado pelos alfaiates ingleses.Dada a sua enorme aceitação, foi oficializado por Hen-rique I e definido como sendo a distância entre o pole-gar e a ponta do nariz do rei, com o braço esticado.

Explique:

a simbologia usual para polegada (submúltiplo da uni-dade fundamental do sistema inglês mais usado naindústria);

1 pé = 12 polegadas

1 jarda = 3 pés

1 milha = 1760 jardas

38

como se lê uma dimensão linear expressa em pole-gada fracionária.as quantidades de partes em que a polegada foidividida convencionalmente.

Escreva no quadro branco a progressão dos valores deuma escala em polegada fracionária iniciando de 0;1/16” até 15/16” e finalmente 1”. Em seguida, mostrecomo se faz a leitura de uma dimensão linear expressaem polegada milesimal.

Escreva no quadro branco a progressão dos valores deuma escala em polegada milesimal iniciando de 0;0,025” até 0,975” e finalmente 1”, a fim de que todosos jovens acompanhem o seu raciocício.

Explique, através de exemplos, como transformar pole-gada fracionária em milímetros.

Conversão de unidades entre os sistemas métrico e inglês

Observação:

Polegada fracionária em milímetros = multiplica-se ovalor em polegada fracionária por 25,4mm.

Exemplos:

Passo 2 / Exercício

25min

Realizando conversão de unidades

Educador, para esta aula será necessário disponibi-lizar calculadoras simples para os jovens. O uso desterecurso otimizará o tempo disponível para a realiza-ção do exercício.

Repita o procedimento para explicar a maneira de rea-lizar as transformações de:

Milímetro em polegada fracionária;Polegada fracionária em polegada milesimal.Polegada milesimal em milímetro.Milímetro em polegada milesimal.

a)

b)

39

Milímetro em polegada fracionária = multiplica-se ovalor em milímetro por 5,04 (arredondar o produto),mantendo-se 128 como denominador e simplificando afração resultante, se necessário.

Exemplos:a)

b)

Polegada fracionária em polegada milesimal = divide-se o numerador da fração pelo seu denominador.

Exemplos:a)

b)

Polegada milesimal em milímetro = multiplica-se ovalor por 25,4.

Exemplos:

a)

b)

Milímetro em polegada milesimal = divide-se o valorem milímetro por 25,4

Exemplos:

a)

b)

Educador, o material em anexo é apenas uma su-gestão. Com seu conhecimento técnico e vivênciaprofissional, você poderá propor outro material quemelhor atenda às necessidades dos jovens.

Redija numa folha ou forneça uma folha e dite, para os jovens copiarem, exercícios de conversão

de unidades, focalizando as necessidades de conversão de unidades características da sua empresa.

Proponha que trabalhem extraclasse e recolha a folha com os exercícios resolvidos na próxima aula.

40

Sistema inglês / exercíciosO sistema inglês ainda é muito utilizado na Inglaterra, nos países de colonização inglesa etambém no Brasil através da presença de empresas multinacionais originárias de países decolonização inglesa e da importação de produtos desses países.

No sistema inglês, a unidade de medida linear padrão é a jarda. Este termo vem da palavrainglesa yard que significa ”vara". A jarda foi definida como sendo a distância entre o polegare a ponta do nariz do rei Henrique I, com o braço esticado.

Fig. 5 – Ilustração da jarda

Tele

curs

o 2

000

As equivalências entre as principais unidades do sistema inglês são:

1 pé = 12 polegadas

1 jarda = 3 pés

1 milha terrestre = 1.760 jardas

Nota: apesar de o metro ser a unidade padrão do sistema métrico e a jarda a unidade padrão dosistema inglês, no setor industrial é comum usar o milímetro e a polegada.

Polegada ordinária ou fracionáriaSímbolos: ” (duas aspas) e in (de inch = polegada em inglês).

Nas escalas dos instrumentos de medição, a polegada (geralmente) está divida em 16 partesiguais, logo, cada divisão da escala vale 1/16” (um dezesseis avos de polegada).

Na escala abaixo, o primeiro traço, diferente de zero, vale 1/16” (um dezesseis avos de polegada).

Fig. 6 – Escala em polegada fracionária

Tele

curs

o 2

000

A Jarda

41

O segundo traço 2/16” (dois dezesseis avos de polegada). Neste caso, como o numerador dafração não é um número ímpar e o denominador da fração é um número par, a fração ésimplificada, dividindo o numerador e o denominador por um mesmo número diferente dezero e um, até ser obtida uma fração onde o numerador e o denominador não sejam maisdivisíveis por um mesmo número diferente de zero e um; logo, o segundo traço da escala vale1/8” (um oitavo de polegada) porque:

O mesmo procedimento deve ser realizado para a leitura das demais divisões da escala. Assimsendo, o resultado obtido é expresso na tabela que segue:

Divisão da escala Vale Lê-sePrimeira 1/16” Um dezesseis avos de polegada

Segunda 1/8” Um oitavo de polegada

Terceira 3/16” Três dezesseis avos de polegada

Quarta 1/4” Um quarto de polegada

Quinta 5/16” Cinco dezesseis avos de polegada

Sexta 3/8” Três oitavos de polegada

Sétima 7/16” Sete dezesseis avos de polegada

Oitava 1/2” Meia polegada

Nona 9/16” Nove dezesseis avos de polegada

Décima 5/8” Cinco oitavos de polegada

Décima Primeira 11/16” Onze dezesseis avos de polegada

Décima Segunda 3/4” Três quartos de polegada

Décima Terceira 13/16” Treze dezesseis avos de polegada

Décima Quarta 7/8” Sete oitavos de polegada

Décima Quinta 15/16” Quinze dezesseis avos de polegada

Décima Sexta 1” Uma polegada

Tabela 2

A polegada divide-se em frações ordinárias de denominadores iguais a 2; 4; 8; 16, 32; 64 e 128.

Nota: Na escala dos instrumentos de medição, chamada Nônio ou Vernier, cada divisão da es-cala vale 1/128” (um cento e vinte oito avos de polegada).

Polegada milesimal ou sistema inglês: fração decimalA polegada está divida em 1.000 partes iguais.

Exemplo:1) 0,775 in → lê-se: setecentos e setenta e cinco milésimos de polegada.2) 1,005 in → lê-se: uma polegada e cinco milésimos.3) 3,585 in → lê-se: três polegadas e quinhentos e oitenta e cinco milésimos.

42

Nas escalas dos instrumentos de medição, a polegada milesimal está divida em 40 partes iguais;logo, cada divisão da escala vale 0,025 in (vinte e cinco milésimos de polegada).

Na escala acima:

O primeiro traço, diferente de zero, vale 0,025 in (vinte e cinco milésimos de polegada);

O segundo traço vale 0,050 in (cinqüenta milésimos de polegada);

O terceiro traço vale 0,075 in (setenta e cinco milésimos de polegada);

O quarto traço vale 0,100 in (em milésimos de polegada);

O quinto traço vale 0,125 in (cento e vinte e cinco milésimos de polegada).

E assim sucessivamente, de 25 em 25 milésimos, até chegar a 1.000 milésimos, que é igual a 1polegada.

Nota: Na escala dos instrumentos de medição chamada Nônio ou Vernier, cada divisão vale0,001 in (um milésimo de polegada).

Exercícios:

1) Transforme os valores expressos em polegada fracionária em milímetro.

2 “= mma) b) 14

=“

i) 111128

=“

d) 1116

=“

f) 3364

=“

g) 35128

=“

c) 78

=“

e) 532

=“

j)

h) 111128

=“

2 732

=“5

2) Transforme os valores expressos em milímetros em polegada fracionária.

a) 4,7625 mm = b) 3,175 mm =

c) 22,6219 mm = d) 23,8125 mm =

e) 8,7313 mm = f) 38,1 mm =

g) 177,8 mm = h) 5,5563 mm =

i) 22,8203 mm = j) 146,05 mm =

43

c) 5364

=”1

a) b) 1932

=”

d) 12

=”

f) 18

=”e) 916

=”

3) Transforme os valores expressos em polegada fracionária em polegada milesimal.

34

=”

9

8

12

4) Transforme os valores expressos em polegada milesimal em milímetros.

a) 0,275 in = b) 0,680 in =

c) 0,850 in = d) 5,575 in =

e) 7,785 in = f) 8,900 in =

5) Transforme os valores expressos em milímetros em polegada milisimal.

a) 75 mm = b) 87 mm =

c) 105 mm = d) 115 mm =

e) 281 mm = f) 333 mm =

g) 559 mm = h) 1001 mm =

44

Passo 3 / Correção do exercício

25min

1) a) 50,80 mm b) 6,35 mmc) 22,23 mm d) 17,46 mme) 3,97 mm f) 13,10 mmg) 6,95 mm h) 22,03 mmi) j)

2) a)

c)

e)

g)

i)

3) a) 0,750 in b) 0,594 inc) 1,828 in d) 8,500 ine) 9,563 in f) 12,125 in

4) a) 6,99 mm b) 17,27 mmc) 21,59 mm d) 141,61 mme) 197,74 mm f) 226,06 mm

5) a) 2,953 in b) 3,425 inc) 4,134 in d) 4,528 ine) 11,063 in f) 13,110 ing) 22,008 in h) 39,409 in

115128

7 “

1132

5764

316

16732

= 5,22 mm198

= 2,38 mm

b)

d)

f) 1

h)

j) 5 34

732

12

1516

18

As unidades do sistema internacional (SI), além das uni-dades de dimensão lineares, compreendem muitas outrasunidades de medida, conforme a área do conhecimen-to onde se faça necessária o uso de medições.

Faça a correção do exercício, valorizando a participaçãodos jovens e retomando aspectos não compreendidos.

Grandezas variáveis

Nesta aula, serão estudadas as grandezas variá-

veis: força, massa, tempo, pressão e temperatura.

Terceira Aula

Passo 1 / Aula expositiva

20min

45

Múltiplos Unidade submúltiplos

quilograma hectograma decagrama grama decigrama centigrama miligrama

kg hg dag g dg cg mg1000 g 100 g 10 g 1 g 0,1 g 0,01 g 0,001 g

Tabela 4

Força Newton N DinamômetroMassa Quilograma kg BalançaTempo Segundo s CronômetroPressão Pascal Pa Manômetro

Temperatura Graus ºC Termômetro

Tabela 3 – Grandezas variáveis

Nome daGrandeza

Unidade Símbolo Unidade Símbolo

Instrumento deMedição

Uso da unidadena empresa

Unidade usada naempresaUnidade do SI

Observação: As colunas referentes a "Unidade usada na empresa” e "Uso na empresa” devem ser preenchidas pelo educador.

Escreva no quadro branco ou projete numa tela a Tabe-la 3 e explique aos jovens cada uma destas grandezasconforme indicação abaixo:

Nome da grandeza – massa, por exemplo – leia o no-me desta grandeza variável, explicando que ela signi-fica a quantidade de matéria que um corpo possui.Repita este procedimento para os nomes das demaisgrandezas variáveis indicadas no quadro acima.

Unidade no SI – diga aos jovens que a unidade demassa no Sistema Internacional (SI) é o quilograma.

Símbolo no SI – indique no quadro ou na projeção databela que a unidade de massa é simbolizada pelasletras minúsculas kg.

Unidade usada na empresa (múltiplo ou submúltiplo)No caso da grandeza variável massa, embora o quilo-grama (kg) seja a unidade fundamental do SistemaInternacional (SI), na prática os múltiplos e submúlti-plos são obtidos a partir do grama que se abrevia g,grama (g) é a milésima parte do quilograma (1 kg :1000 = 1 g), ou seja, 1 kg = 1000 g.

Para que os jovens visualizem a posição da unidade demassa adotada pela empresa em relação à unidade dereferência grama (g), escreva ou projete no quadro a ta-bela fornecida abaixo com os múltiplos e submúltiplosda grandeza variável massa e explique que cada múl-tiplo é 10 vezes maior que a unidade a sua esquerda(indicada na tabela) e que cada submúltiplo é 10 vezesmenor que a unidade a sua direita (indicada na tabela).

46

Instrumento de medição – explicite o nome de cadaum dos instrumentos usados na medição das grandezasvariáveis indicadas na tabela 3; explique a maneiracorreta de utilização dos instrumentos de medição usa-dos em sua empresa em função tipo do instrumento demedição (modelo), suas características técnicas pecu-liares e as características do ambiente onde o instrumen-to é utilizado (para se prevenir de possíveis influênciasambientais no resultado da medição).

Instrumentos de medição de grandezas variáveis pos-suem formatos e modelos variados e maneiras diferen-tes de serem utilizados. Descreva para os jovens a ma-neira como você utiliza os instrumentos relacionadosna Tabela 3.

Educador, antes de ensinar aos jovens a maneiracorreta de utilizar a balança para medir massa, é pre-ciso, previamente, ir até o local onde estão as balan-ças e avaliar o tipo de balança (modelo), suas carac-terísticas, o tipo de ambiente onde são usadas e amaneira correta de sua utilização para depois entãoplanejar a aula onde será ensinada a utilização dabalança ou dos diferentes tipos de balanças.

Uso da unidade na empresa – diga aos jovens onde(local e/ou atividade) são usadas na empresa as unida-des de grandeza variáveis estudadas, por exemplo:

a unidade de massa quilograma (kg) é usada noalmoxarifado para separar do estoque as quanti-dades de matéria-prima requeridas na fabricação dosprodutos da empresa, no setor contábil, no cálculodo custo e preço de venda dos produtos e no setorde PCP (Planejamento e Controle da Produção), paraplanejar a produção;se a empresa fosse uma indústria fornecedora de pe-ças, técnicas de plástico, a unidade quilograma (kg)seria usada para medir as quantidades de cada ma-téria-prima usada na composição das peças plásticasfabricadas pela empresa; se fosse uma farmácia de manipulação, a unidadeseria miligrama (mg) para medir as quantidades decada matéria-prima usadas na composição dos medi-camentos.

47

Força Newton N Newton N Dinamômetro

Massa Quilograma kg g Balança

Tempo Segundo s min Cronômetro

Pressão Pascal Pa Bar Manômetro

Temperatura Graus ºC Graus °C TermômetroCelsius

Tabela 5 – Grandezas variáveis

Nome daGrandeza

Unidade Símbolo Unidade Símbolo

Instrumentode Medição

Uso da unidade naempresa

Unidade usada naempresaUnidade do SI

Bar1 Bar é iguala 1.000.000

Pa

Grama1 kg é igual

a 1000 g

Minuto1 min é igual

a 60 s

Medir a força necessáriapara montar 2 peças cominterferência entre assuperfícies de contato.

Medir a quantidade dematéria-prima usada nafabricação de umproduto.

Medir a quantidade detempo necessária paramontar um determinadoproduto.

Medir a pressão detrabalho usada na redede ar comprimido dalinha de montagem.

Medir a temperatura nointerior da estufa usada nasecagem de determinadamatéria-prima.

Passo 2 / Exercícios

20min

Cada jovem deve interpretar, no mínimo, 4 medidas degrandezas variáveis usadas nos setores de produçãoe/ou montagem da empresa.

Esta atividade prática depende das grandezas variáveisusadas em setores da empresa. Utilize seu conhecimentopara complementar a tarefa solicitada.

Providencie em folha A4 os exercícios descritos acima.Você pode fazer uso de fotografias realizadas no localde trabalho dos instrumentos e suas respectivas leiturase, após uma breve descrição da situação representadana foto, pedir ao jovem que escreva a interpretação damedição registrada no instrumento de medição.

Segue um exemplo do preenchimento da Tabela dasGrandezas Variáveis.

48

Prepare, previamente, alguns ensaios em um labora-tório da empresa.

Providencie para os jovens uma planilha com espaço ade-quado para o registro das medições feitas nos ensaios.

Os jovens deverão manusear instrumentos e aparelhos(disponíveis na empresa) para controle de grandezasvariáveis:

força e peso (operação de balanças);tempo (operação de cronômetro);pressão e temperatura.

Manuseio de instrumentos eaparelhos para controle degrandezas variáveis

Nesta aula, os jovens realizarão atividade prática

de manuseio de instrumentos e aparelhos (dispo-

níveis na empresa) para controle de grandezas

variáveis: força e peso (uso de dinamômetro); mas-

sa (uso de balança); tempo (uso de cronômetro);

pressão (uso de manômetro) e temperatura (uso

de termômetro).

Quarta Aula

Passo 1 / Atividade prática

50min

É muito importante para a formação profissional acorreção dos exercícios e o retorno do resultado do seudesempenho. Portanto, reserve esses minutos finais daaula para efetuar a correção dos mesmos, com o auxíliodos jovens.

Passo 1 / Correção

50min

Educador, os ensaios são medições de grandezasvariáveis usadas nos setores da empresa, e você é apessoa qualificada para definir o que deverá ser me-dido, direcionando esta atividade prática à formaçãoprofissional do jovem. Nesta atividade, ser medido éigual a ser ensaiado.

49

Jovem: Fulano de Tal

Grandeza: massa Local da medição: laboratório de metrologia

Unidade: kg Item medido: pigmento azul céu

Valor medido: 0,007 kg Instrumento usado: balança digital resolução ± 0,04 g

Tabela 7

Registro de medição de grandezas variáveis

Data:99/99/99

Hora:99:99

Exemplo de preenchimento da tabela para registro demedição de grandezas variáveis no laboratório.

Jovem:

Grandeza: Local da medição:

Unidade: Item medido:

Valor medido: Instrumento usado:

Grandeza: Local da medição:

Unidade: Item medido:

Valor medido: Instrumento usado:

Grandeza: Local da medição:

Unidade: Item medido:

Valor medido: Instrumento usado:

Grandeza: Local da medição:

Unidade: Item medido:

Valor medido: Instrumento usado:

Grandeza: Local da medição:

Unidade: Item medido:

Valor medido: Instrumento usado:

Tabela 6

Registro de medição de grandezas variáveis

Data:

Hora:

Data:

Hora:

Data:

Hora:

Data:

Hora:

Data:

Hora:

Explique aos jovens os cuidados de manuseio e conserva-ção dos instrumentos de medição que serão utilizados.

Durante todo o período de medição, fique atento a fimde sanar dúvidas e evitar acidentes.

A seguir é sugerido um exemplo de tabela para regis-tro da atividade prática de manuseio de instrumentosde medição de grandezas variáveis que poderá ser utili-zada pelos jovens.

50

Realize uma atividade no ambiente de fábrica. Os jovens, previamente orientados quanto ao

que medir e onde medir, registrarão em planilha apropriada as medições realizadas.

Utilize a tabela para Registro de Medição de Grandezas Variáveis sugerida no passo 1.

Elabore um roteiro com a localização dos ambientes onde serão realizadas as medições.

Oriente os jovens quanto à forma de proceder dentro dos diferentes setores da empresa, para

evitar constrangimentos e acidentes.

Explique aos jovens os cuidados de manuseio e conservação dos instrumentos de medição que

serão utilizados.

Defina procedimentos para encaminharem dúvidas durante a realização da atividade, estando

o jovem longe do educador.

Defina o local onde o jovem poderá, a qualquer momento da atividade, localizar o educador.

Passo 1 / Atividade prática

50min

Para a realização desta aula, disponibilize para cadajovem:

4 componentes e/ou produtos de sua empresa paraa realização de medições;Planilha adequada para o registro das medições fei-tas. Utilize uma planilha da empresa ou, se preferir,recorra ao modelo da aula anterior;Escala de aço com graduações em milímetro e pole-gada.

Lembre os jovens dos cuidados de manuseio e conser-vação das escalas de aço, tais como não bater, não fle-xionar excessivamente, não sujar e, após o uso, guardarem local apropriado.

Durante todo o período de medição, permaneça comos jovens para sanar dúvidas, principalmente quanto àmedição em polegada, e faça em tempo real, a avalia-ção da atividade realizada pelos jovens.

Nesta aula, o jovem irá medir em milímetro e pole-

gada as dimensões de, no mínimo, 4 componen-

tes e/ou produtos, selecionados pelo educador,

usando escala de aço e aplicando técnicas de me-

dição linear e de conservação de instrumentos.

Quinta Aula

Medição de componentes

51

Avaliação teórica

Escolha a alternativa que melhor se adapte à sua rea-lidade ou faça uma combinação entre elas, já que aprimeira sugestão é prática e a outra teórica.

Avaliação PráticaTraga para a sala diversos produtos para serem me-didos, escolhendo os que determinem o uso de tipos demedidores como escala de aço, balança, cronômetro,etc., a fim de que os jovens tenham contato com dife-rentes instrumentos de medição. Solicite que, com oauxílio de um formulário, relatem:

objeto;a marca;modelo;unidades de medida empregadas;nível de precisão;grandezas que estão sendo medidas;onde é empregado;exclusividade de uso e outras peculiaridades.

Avaliação TeóricaImprima e distribua a prova que segue:

Avaliação 1

Nesta aula, está prevista a realização de uma ava-

liação dos conhecimentos desenvolvidos no capí-

tulo 1.

Sexta Aula

Passo 1 / Avaliação prática

50min

Educador, esta atividade poderá ser um dos ele-mentos que comporão a avaliação dos jovens.

52

1 Para verificar a equivalência entre os dois sistemas, brasileiro e inglês, pode-se em-

pregar a seguinte tabela:

PROJETO ESCOLA FORMARECURSO: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

ÁREA DO CONHECIMENTO: Desenho Técnico & Medição

Nome: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Data:. . . ./. . . /. . .

Avaliação 1

Grandeza Para converter Multiplicarde para por

Comprimento Polegadas Milímetros 25,4Polegadas Centímetros 2,54Pés Centímetros 30,48Pés Metros 0,3048Milímetros Polegadas 0,03937Centímetros Polegadas 0,3937Centímetros Pés 0,0328Metros Polegadas 39,37

Com base nela, complete a tabela abaixo, com valores convertidos.

Grandeza Para converter Resultadosde para

Comprimento 4 Polegadas Milímetros5 Polegadas Centímetros1,5 Pés Centímetros3 Pés Metros75 Milímetros Polegadas2 Centímetros Polegadas5 Centímetros PésMeio Metros Polegadas

53

2 Para verificar a equivalência entre os dois sistemas, brasileiro e inglês, pode-se em-

pregar a seguinte tabela:

Com base nela, complete a tabela abaixo, com valores convertidos.

Unidade de peso Abreviatura Equivalência

grama g 1g = 0,001 kg= 0,032150737 oz

onça oz 1oz = 28,35g

quilograma kg 1kg = 1000g= 2,204623lb

libra 1b 1lb = 453,59237= 16oz

Unidade de peso Abreviatura Equivalência

100 gramas g

2 onças oz

3 quilogramas kg

40 libras 1b

54

4 Paquímetro e Tolerância Dimensional

A atividade profissional industrial, como todas as outras atividades, exige que a exe-

cução das tarefas satisfaça as especificações de qualidade requeridas.

Estas especificações de qualidade são evidenciadas nos desenhos técnicos e nos docu-

mentos do setor de produção e na forma de indicação da precisão dimensional reque-

rida para um produto determinado. Portanto, é importantíssimo o profissional da

indústria saber avaliar e controlar as dimensões dos produtos recebidos e fornecidos

por ele e por sua organização.

Neste capítulo, para capacitar os jovens a avaliarem e controlarem as dimensões dos

produtos, serão estudados o paquímetro e a tolerância dimensional.

ObjetivosExecutar medições de dimensões lineares e de grandezas variáveis com o auxílio do

paquímetro de resolução 0,05 mm;

Interpretar o significado dos afastamentos indicados nas cotas dos desenhos téc-

nicos;

Realizar controle dimensional de peças;

Registrar em documento apropriado as medições realizadas e os desvios em relação

às dimensões estabelecidas.

55

56

Nesta aula, o jovem estudará o instrumento de

medição denominado paquímetro, cuidados de

manuseio e conservação, nomenclatura e carac-

terísticas de suas partes.

Primeira Aula

Passo 1 / Aula expositivo–dialogada

50min

Paquímetro

Para facilitar o processo de ensino e aprendizagem,durante a exposição oral, utilize um paquímetro de ma-deira fixado acima do quadro branco da sala de aula.Após ter ensinado os cuidados de manuseio e conser-vação do paquímetro, distribua para cada jovem umpaquímetro real.

Peça que os jovens façam anotações a respeito do quefor importante a respeito do conteúdo em desenvol-vimento. Na medida do possível, anote no quadro umroteiro da sua aula, de modo a orientar os jovens noprocesso de seleção do que é necessário ser aprendido.

PaquímetroO paquímetro é um instrumento usado para medirdimensões lineares externas, internas e de profun-didade de uma peça.

Cuidados de manuseio e conservação

Evitar quedas.

Evitar batidas com outros objetos.

Evitar o contato com ferramentas.

Evitar riscos ou entalhes que possam prejudicara leitura da graduação.

Limpar após o uso e guardar em local apropriado.

57

Fig. 1 – Nomenclatura das partes que compõem

um paquímetro

1. orelha fixa2. orelha móvel3. nônio ou vernier (polegada)4. parafuso de trava5. cursor6. escala fixa de polegadas7. bico fixo

8. encosto fixo9. encosto móvel10. bico móvel11. nônio ou vernier (milímetro)12. impulsor13. escala fixa de milímetros14. haste de profundidade

Tele

curs

o 2

000

Nomenclatura das partes do paquímetro

Durante a identificação das partes do paquímetro,proponha alguns exemplos práticos da utilização decada uma delas no dia-a-dia. Pergunte, por exemplo:

Se na fábrica for necessário medir o comprimentode uma peça, que parte do paquímetro entrará em

contato com as faces externas da peça?

Resposta: os bicos.

Na fábrica, é possível medir com as orelhas dopaquímetro esta mesma peça, nesta mesma

dimensão?

Resposta: não, porque as orelhas do paquímetro sãopara medir dimensões internas. Elas não terão como seapoiar de maneira adequada sobre as faces externas dapeça, não oferecendo ao instrumento condições demedir corretamente dimensões externas.

É possível usar a escala fixa do paquímetro, juntocom um riscador, para traçar chapas?

Resposta: jamais, a escala fixa é parte de um instrumen-to de precisão, ela precisa ter as suas superfícies para-lelas e com um bom nível de acabamento superficialpara que o cursor deslize sobre ela corretamente. Se aescala fixa for usada junto com um riscador para traçarchapas, o atrito entre ambos provocará desgaste da

58

escala fixa, danificando o instrumento, e o uso inade-quado do paquímetro pode provocar danos ao instru-mento.

O que deve ser feito se não for possível ler amedida com as escalas do paquímetro bem defrente aos olhos (escalas perpendiculares aos

olhos) no momento da medição?

Resposta: apertar o parafuso de trava suavemente parafixar o cursor (fixar a medida), tirar o instrumento dapeça e ler o instrumento em posição favorável.

Qual parte do paquímetro deve se usada paramedir a profundidade do rasgo de uma peça?

Resposta: a haste de profundidade.

Qual parte do paquímetro deve ser utilizada parapressionar os bicos ou as orelhas sobre a parte da

peça que dever ser medida?

Resposta: o cursor.

Um paquímetro possui uma parte fixa e outramóvel, qual é o nome da parte móvel?

Resposta: cursor.

Qual é o nome das escalas gravadas sobre ocursor?

Resposta: nônio ou vernier.

Tanto nos bicos como nas orelhas, qual é o nomedas superfícies (que não podem ser esfregadas

sobre a peça para que não sofram desgaste) queentram em contato com as faces da peça que será

medida?

Resposta: encosto fixo e móvel.

Que vantagens tem o paquímetro,comparativamente a outro instrumento demedição mais comum, como uma régua?

Resposta: a principal vantagem é atribuída à resoluçãoobtida através de seu uso.

O paquímetro não é um instrumento de traçagem de peças. Suas orelhas e bicos

são unicamente para a realização de medições externas e internas.

59

Os paquímetros apresentam resoluções de: 0,02 mm,0,05 mm, 1/128" e 0,001 in.

Resolução é o quociente da menor divisão da escala fi-xa sobre a quantidade de divisões do nônio ou vernier.

Exemplo:

O paquímetro com resolução de 0,05 mm possui 20divisões no Nônio. Cada divisão na escala fixa vale 1mm. Logo:

Passo 1 / Aula expositiva

35min

Nesta aula o jovem estudará a resolução do pa-

químetro, os erros de leitura com paquímetro e o

controle dimensional e seus três elementos.

Segunda Aula

Resoluções do paquímetro

Educador, para a realização da atividade práticadesta aula, disponibilize peças, preferencialmente deaço, para serem medidas. Sugira, para as mediçõesexternas, eixos escalonados com 7 diâmetros exter-nos diferentes para cada peça e, para as mediçõesinternas, buchas com 7 diâmetros internos diferentespara cada peça.

Resolução = Menor divisão da escala fixa

Quantidade de divisões do Nônio ou Vernier

1 mm

20= 0,05 mm=

Observação: 0,05 mm é a menor dimensão que podeser medida com um instrumento que apresenta estaresolução.

Quociente Resultado da divisão de um número(dividendo) por outro (divisor).Divisão No caso da conceituação de resolução,significa o valor determinado por 2 tra-ços consecutivos da escala fixa do instru-mento. Nos paquímetros do sistema mé-trico a menor divisão da escala fixa vale1 mm (um milímetro) e nos paquíme-tros do sistema inglês a menor divisãoda escala fixa vale 1/16" (um dezesseisavos de polegada) ou 0,025 in (vinte ecinco milésimos de polegada) confor-me o instrumento.DeterminadoDefinido; indicado com precisão.ConsecutivoQue segue outro; imediato; que estáantes ou logo depois.

Destaque a importância da resolução para justificar apreocupação com o assunto que é tratado na seqüência. Preferentemente, proponha situações práticas em quepossa ocorrer erro de leitura, por exemplo:1 indicar uma situação em que é possível erro de paralaxe;2 indicar uma situação em que possa ocorrer erro de

pressão de inclinação do instrumento, etc.;

Na prática profissional, é conveniente utilizar o paquímetro com resolução de 0,05 mm

principalmente durante a noite ou em ambientes com pouca luz, pela facilidade de

interpretação dos traços do Nônio.

60

No final, com a colaboração dos jovens, explique a con-ceituação de cada um dos erros de leitura com paquí-metro como segue.

Erros de leitura com paquímetro

Paralaxe: leitura de uma dimensão irreal, devido aoposicionamento errôneo da escala graduada doinstrumento em relação aos olhos do observador. Façaa leitura do paquímetro perpendicularmente aos olhos.

Pressão de medição: ocorre devido à inclinação da ré-gua em relação ao cursor devido ao excesso de pressãoque o observador exerce sobre o impulsor do cursor.

Inclinação do instrumento: ocorre devido ao apoioincorreto do paquímetro sobre a peça. Este erro é mui-to comum em medições de profundidade (figuras 2 e3). Exemplos:

Educador, ao conceituar cada um dos erros de lei-tura com paquímetro, dê exemplos de situações nasquais eles podem ocorrer dentro de uma empresa.

errado certo Fig. 2 – Erro de inclinaçãodo paquímetro

errado certoFig. 3 – Erro de inclinaçãodo paquímetro

Tele

curs

o 2

000

Tele

curs

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Educador, é importante deixar claro para os jovensque são eles o principal elemento no controle dimen-sional e que é preciso saberem definir qual instru-mento de medição usar, utilizá-lo adequadamente eescolher o método de medir mais indicado para a ati-vidade de controle dimensional. As qualificações paraoperar instrumentos de medição decorrem da intera-ção com o educador na sala de aula, através da reali-zação dos exercícios práticos de medição e do ques-tionamento sempre que ocorrer alguma dúvida.

61

Controle dimensional e seus três elementosSão necessários três elementos para realizar o controledimensional de maneira satisfatória. São eles:

O operador: a pessoa que irá executar o controle di-mensional. O operador é o elemento mais importanteda atividade de controle dimensional, pois é ele a parteinteligente na análise das medidas. De sua habilidadedepende, em grande parte, a precisão conseguida. Énecessário ao operador conhecer o instrumento de me-dição, adaptar-se às circunstâncias do ambiente detrabalho, escolher o método de medida mais adequadoà atividade de controle dimensional e interpretar osresultados obtidos com as medições realizadas.

O instrumento: não basta ter o instrumento de medi-ção, é preciso ter o instrumento de medição em boascondições de conservação, calibrado conforme as uni-dades de medidas padronizadas e adequado à precisãodimensional exigida pelo projeto da peça.

O método de medida: uma medida pode ser obtidapor dois métodos de medida distintos:

1 Medição direta: compara-se a dimensão da peça aser medida com uma escala conhecida como, porexemplo, a escala de medida linear do sistema mé-trico, obtendo-se para a dimensão medida uma quan-tidade de unidades da escala utilizada. Por exemplo: quando o operador mede a largura deuma peça com uma régua graduada, ele está reali-zando uma medição direta; para a largura da peçamedida corresponderá uma quantidade determinadade milímetros da régua graduada.

2 Medição indireta: compara-se a dimensão da peçaa ser medida com a dimensão equivalente de um pa-drão (outra peça considerada correta) de mesmanatureza ou propriedade; a dimensão da peça a sermedida é considerada correta se tiver as mesmas di-mensões ou características do padrão. Por exemplo, medição do diâmetro interno de umapeça com calibrador tampão passa-não-passa.

O calibrador tampão passa-não-passa é um instrumento de medição que estabelece

os limites máximo e mínimo da dimensão a ser comparado, o diâmetro interno que

será medido deve permitir a entrada do lado mais longo do tampão (lado passa),

mas não do outro lado (lado não passa).

62

Numa folha, os jovens deverão entregar as seguintesquestões com as respostas.

A finalidade do exercício é fazer com que os jovensleiam com cuidado as informações sobre erros de lei-tura com paquímetro. Na realidade, não existe “o erromais comum“, mas, em diferentes momentos eles sur-gem porque as pessoas desconhecem estes tipos de errosou, quando lhes foram apresentados, não lhes foi dadaa devida importância.

1 Definição da resolução de um paquímetro com 50divisões no nônio.

2 Indicação, com justificativa, do tipo de erro de leitu-ra com paquímetro que julgam ser mais comum naempresa.Para obterem a resposta da pergunta 2, os jovensdeverão conversar com os funcionários que usam opaquímetro em suas atividades ou com os funcio-nários do setor de qualidade da empresa.

3 Indicação, com justificativa, do elemento de contro-le dimensional que julgam ser de maior importância.

Passo 2 / Exercícios

15min

1

Passo 1 / Exposição dialogada

10min

Nesta aula, será estudada a leitura de paquíme-

tro no sistema métrico.

Terceira Aula

Leitura de paquímetro no sistemamétrico

Sistematize o conteúdo apresentado, explicando pormenorizadamente cada passo da leitura de

paquímetro no sistema métrico.

Para facilitar o processo de ensino e aprendizagem, você pode usar novamente, durante a expo-

sição oral, um paquímetro de madeira didático, fixado acima do quadro branco da sala de aula,

e distribuir para cada jovem um paquímetro real.

Projete a imagem e leia na escala fixa, quantos milíme-tros estão à esquerda do traço “zero“ do nônio (parteinteira).

63

Passo 2 / Exercícios

20minEntregue como texto de apoio os exercícios que seguem.Realize, como exemplo, no quadro, as leituras das letras“a“ e “g“;

Exercício da letra “a“ – nele aparece a coincidênciado traço zero do nônio;Exercício da letra “g“ – nele aparece a situação emque o traço zero do nônio não ocorre.

É importante a realização destes dois exercícios no qua-dro acompanhados de explicações, para facilitar o pro-cesso de construção do conhecimento dos jovens.

Enquanto os jovens trabalham, circule entre eles e orien-te-os em relação à correção da medição e ao manuseiodo paquímetro.

A seguir, leia no nônio o valor do traço que coincidecom o traço da escala fixa (parte decimal).

Leitura

73,0mm→ escala fixa0,65mm→ nônio (traço coincidente: 5º)73,65mm → total

Fig. 4 – Exemplo de leituracom paquímetro comresolução de 0,05 mm

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A coincidência de traços da escala do nônio com a escala fixa é a sobreposição entre

um dos traços do nônio sobre um traço da escala fixa.

Após a conclusão dos exercícios, peça a cada jovem quecorrija um exercício no quadro e explique como ele foiresolvido. Esta atividade contribuirá para melhorar a

Passo 3 / Correção

20min

64

Educador, se sobrar tempo após exercícios e cor-reção, questione oralmente os jovens sobre as partesque compõem o paquímetro, a utilidade de cada umadelas e os requisitos de conservação do instrumento.

expressão oral dos jovens frente a um grupo, avaliar aconstrução do conhecimento realizada até o momentoe identificar necessidades de reforçar pontos específi-cos do conteúdo desenvolvido. Confira as respostas nogabarito abaixo.

a) 4,00 mm b) 4,50 mm c) 32,70 mmd) 78,15 mm e) 59,30 mm f) 125,80 mmg) 23,35 mm h) 11,05 mm i) 2,55 mmj) 107,35 mm k) 94,10 mm l) 0,35 mm

65

Exercício 1Paquímetro no sistema métrico

66

67

Nesta aula, serão realizados exercícios de medi-

ção de peças com o uso do paquímetro.

Quarta Aula

Passo 1 / Exercícios de medição

50min

Medição com paquímetro

Para a realização desta atividade, disponibilize peças,preferencialmente de aço, para serem medidas. Sugira,para as medições externas, eixos escalonados com 7diâmetros externos diferentes para cada peça e, paraas medições internas, buchas com 7 diâmetros internosdiferentes para cada peça.

Antes de distribuir os paquímetros e as peças para osjovens, retome oralmente os cuidados de conser-vação do paquímetro. Após distribuir os paquímetros, demonstre novamen-te a maneira correta de segurar o paquímetro.Relembre as etapas da medição e reforce a conve-niência de ser cuidadoso, evitando prejuízos para aempresa, para os seus clientes internos e externos epara o próprio funcionário.Escreva no quadro a orientação para os exercícios,conforme segue.

Siga as orientações abaixo para a realização das medições:

1 Medir primeiramente a peça com os 7 diâmetros exter-nos e anotar o resultado da medição no caderno;

2 Depois de realizada a medição da peça com os diâmetrosexternos, trocar de peça com um colega e repetir a 1.ªatividade;

3 Depois de realizada a 2.ª atividade, comparar com ocolega os resultados obtidos com as medições;

4 No caso de divergência nas medições superiores a 0,05mm, ambos deverão medir novamente a peça nodiâmetro divergente. Caso persista a divergência,chamar o educador para esclarecer a situação;

5 Repetir a operação acima para as peças com diâmetrosinternos;

6 Repetir os mesmos itens para as peças com medidas deprofundidade.

68

Depois de realizarem os exercícios práticos, abra o paquímetro de maneira aleatória, fixe o cursor

e peça que cada jovem leia a dimensão indicada no paquímetro. Em caso de erro de leitura, realize

para o jovem a leitura correta e mostre a maneira como você realizou a leitura; em seguida, abra

novamente de maneira aleatória o paquímetro e peça ao jovem que realize a leitura do instru-

mento. Repita esta atividade até o jovem não errar mais a leitura do instrumento.

Passo 1 / Aula expositivo-dialogada

20min

Nesta aula, o jovem aprenderá a identificar, nas

cotas de um projeto, os elementos que compõem

o sistema de tolerância dimensional e a definir,

mediante consulta em tabela técnica, tipos de

ajustes em função da aplicação do produto.

Quinta Aula

Tolerância dimensional

Educador, para a execução dos exercícios desta aula,o uso de uma calculadora simples otimizará o tempo.

Através de exemplos de peças e/ou produtos da em-presa nas quais a tolerância dimensional assume gran-de importância para o bom funcionamento das mes-mas, introduza a noção de tolerância dimensional.

Faça uma lâmina para retroprojetor ou projete comum datashow o desenho de uma peça onde haja co-tas com afastamentos e, a partir daí, questione osjovens com perguntas para as quais a resposta depen-da do conhecimento dos assuntos que serão abor-dados a seguir.

Direcione as questões ao assunto proposto e ajudeos jovens na construção das respostas, despertandoneles o interesse pelo assunto tolerância dimensional.

Escolha no desenho uma cota qualquer; por exemplo,o diâmetro externo 75 , e comece perguntandoaos jovens:

+ 0,20- 0,15

69

O desenho desta peça pede que este diâmetroexterno seja de 75 e a empresa precisa

produzir 3.000 peças. Porque não cotar o desenhoapenas 75?

Resposta: porque não é possível produzir 3.000 peçastodas iguais com diâmetro externo de 75 exatos.

Por que não?

Resposta: porque todo o processo de fabricação pro-duz variação dimensional, algumas peças poderão serproduzidas com 75 mm, outras com um pouco a mais eoutras com um pouco a menos. Mas nunca será possívelassegurar exatidão nas medidas de uma quantidade depeças produzidas.

Para que servem estes números colocados nocanto superior direito da cota?

Resposta: eles indicam o quanto a medida da peçapode ficar afastada da medida do desenho (medidanominal). Neste caso, a medida da peça pode ficar afas-tada da peça para mais 0,20 mm e para menos 0,15 mm

Se não é possível obter 3.000 peças exatamenteiguais no diâmetro externo de 75, que medidas as

peças precisam ter para serem consideradasboas?

Resposta: neste diâmetro externo serão consideradasboas todas as peças que medirem de 74,85 (75,00 – 0,15= 74,85) até 75,20 (75,00 + 0,20 = 75,20).

Se uma peça é considerada boa com medidas entre74,85 e 75,20, qual é a medida em que é permitido(é tolerado) o operador trabalhar sem que exista a

necessidade de errar a medida da peça?

Resposta: 0,35 (75,20 – 74,85 = 0,35)

Para que fabricar 3.000 peças com medidassemelhantes?

Resposta: para ser possível trocar uma peça pela outraquando uma delas, por algum motivo, não funcionarmais como deveria.

+0,20- 0,15

Esta possibilidade de troca de peças, uma pela outra, chama-se intercambialidade.

70

Conclusões:

Não existe exatidão de medidas numa quantidade(grande ou pequena) de peças fabricadas, pois, emfunção de suas características os processos industriaisnão permitem .

A indústria precisa que peças que desempenharão amesma função sejam intercambiáveis e, para isto ,são usados os afastamentos.

Os afastamentos dizem o quanto pode variar (paramais ou para menos) a medida de uma peça, sejaque ela deixe de ser considerada boa.

Nem sempre a medida da peça deve ser igual àmedida do desenho. É preciso observar o valor dosafastamentos e, a partir deles, calcular a dimensãomínima e a dimensão máxima que a peça pode ter,sem deixar de ser considerada boa.

A tolerância ou a medida em que o operador podetrabalhar sem que haja risco de que a peça sejamorta (peça morta é igual à peça feita de forma er-rada) é a diferença entre as medidas máxima e míni-ma da peça, calculadas a partir dos afastamentos.

A combinação dos diferentes afastamentos possibi-litará a existência de ajustes entre as peças, ou seja,duas peça serão montadas com maior ou menordificuldade ou com maior ou menor aplicação deforça dependendo do tipo de ajuste que for usadono seu projeto.

Tolerância dimensional – é a variação admissível nasdimensões de uma peça, sem que isso prejudique suaqualidade. Sem a tolerância dimensional, a intercam-bialidade em qualquer tipo de indústria seria impossível.

No Brasil, o sistema de tolerância recomendado pelaABNT segue as normas internacionais ISO (InternationalOrganization for Standardization).

Para o bom entendimento de tolerância dimensional, éimportante conhecer os seguintes conceitos:

Dimensão Nominal: são as cotas indicadas nos dese-nhos técnicos.Afastamento Superior: são desvios aceitáveis, paramais, nas dimensões nominais.Afastamento Inferior: são desvios aceitáveis, para

TolerarPermitir; suportar.IntercambialidadeQualidade de troca, troca de uma peça,ou parte, por outra similar, com mes-ma função e qualidade.

71

menos, nas dimensões nominais.Dimensão Máxima: é a dimensão nominal mais oafastamento superior.Dimensão Mínima: é a dimensão nominal menos oafastamento inferior.Tolerância: é a diferença entre a dimensão máximae a dimensão mínima.

Dimensão Nominal: 16 mmAfastamento Superior: - 0,20 mmAfastamento Inferior: - 0,41 mm

Dimensão Máxima: 15,80 mmDimensão Mínima: 15,59 mm

Tolerância: 0,21 mm

Fig. 6 – Dimensão nominal comafastamentos negativos

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Passo 2 / Exercícios

20minEscreva no quadro branco ou entregue uma cópia paracada jovem das 10 dimensões diferentes indicadas natabela que segue. Proponha que realizem o exercício.

Dimensão Nominal: 20 mmAfastamento Superior: + 0,28 mmAfastamento Inferior: + 0,18 mm

Dimensão Máxima: 20,28 mmDimensão Mínima: 20,18 mm

Tolerância: 0,10 mm

Fig. 5 – Dimensão nominal comafastamentos positivos

Dimensão Nominal: 12 mmAfastamento Superior: + 0,50 mm

Afastamento Inferior: - 0,50 mmDimensão Máxima: 12,50 mmDimensão Mínima: 11,50 mm

Tolerância: 1,00 mm

Fig. 7 – Dimensão nominal comafastamentos positivo e negativo

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Exercício 2Determine, de cada uma das dimensões indicadas:

a dimensão nominal (D.N.);a afastamento superior (A.S.);o afastamento inferior (A.I.);a dimensão máxima (D. Max.);a dimensão mínima (D. Min.);a tolerância (T).

Nº Dimensão D. N. A. S. A. I. D. Máx. D. Min. T

01 70

02 28

03 25

04 20

05 15

06 102

07 60

08 52

09 35

10 22± 0,34

- 0 - 0,09

± 0,16

+ 0,020

+ 0,71+ 0,15

+ 0,05- 0,11

- 0,02- 0,08

- 0,17- 0,43

+ 0,40- 0,15

+ 0,25- 0,10

73

Nesta aula, os jovens estudarão campos de tole-

rância, qualidade de trabalho, sistema furo-base

e sistema eixo-base, tipos de ajustes e aplicações.

Sexta Aula

Passo 1 / Aula teórica

25min

Campos de tolerância

Passo 3 / Correção

10minRealize correção com os jovens utilizando o gabaritoque segue.

Nº Dimensão D. N. A. S. A. I. D. Máx. D. Mín. T

01 70 70,00 +0,25 -0,10 70,25 69,90 0,35

02 28 28,00 +0,40 -0,15 28,40 27,85 0,55

03 25 25,00 -0,17 -0,43 24,83 24,57 0,26

04 20 20,00 -0,02 -0,08 19,98 19,92 0,06

05 15 15,00 +0,05 -0,11 15,05 14,89 0,16

06 102 102,00 +0,71 +0,15 102,71 102,15 0,56

07 60 60,00 +0,02 0 60,02 60,00 0,02

08 52 52,00 +0,16 -0,16 52,16 51,84 0,32

09 35 35,00 0 -0,09 35,00 34,91 0,09

10 22 22,00 +0,34 -0,34 22,34 21,66 0,68± 0,34

- 0 - 0,09

± 0,16

+ 0,020

+ 0,71+ 0,15

+ 0,05- 0,11

- 0,02- 0,08

- 0,17- 0,43

+ 0,40- 0,15

+ 0,25- 0,10

Educador, os assuntos desta aula são mais bem explicados e entendidos a partir deum desenho de peça feito no quadro branco, cotado com os afastamentos na formade campos de tolerância e qualidade de trabalho. Deixe claro que a cotagem de desenhos de peças feitas desta maneira é rara e deveser evitada para facilitar o trabalho dos funcionários da empresa.Uma vez realizado o desenho no quadro branco, explique o que são os campos de to-lerância, a qualidade de trabalho, os sistemas furo-base, eixo-base, a razão de ter me-lhor aceitação o sistema furo-base e os tipos de ajustes e suas aplicações na indústria.No decorrer da explicação dos assuntos, use sempre exemplos práticos, oriundos davivência na empresa.

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Fig. 8 – Desenhocotado com indicaçãode ajuste e comafastamentos naforma de campos detolerância equalidade de trabalho

Projete a imagem que segue e peça que os jovens obser-vem no desenho a interpretação da cota.

FURO

EIXO

DIM.

Qualidade de trabalho é a precisão da peça. A ABNTprevê 18 qualidades de trabalho. Essas qualidades sãoidentificadas pelas letras IT, seguidas de números. A cadauma delas corresponde um valor de tolerância.

IT01 IT0 IT1 IT2 IT3 IT4 IT5 IT6 IT7 IT8 IT9 IT10 IT11 IT12 IT13 IT14 IT15 IT16

mecânica extra precisa mecânica extra precisa mecânica extra precisa

Qualidade de trabalho

Tabela 7

a b c cd d e ef F fg g h j js k

m n p r s t u V x y z za zb zc

Os campos de tolerância para eixos (dimensões exter-nas) são indicados por letras minúsculas do alfabetolatino.

Campo de tolerância é o conjunto de valores admis-síveis para o afastamento superior e inferior de umadeterminada peça.

Os campos de tolerância para furos (dimensões inter-nas) são indicados por letras maiúsculas do alfabetolatino.

A B C CD D E EF F FG G H J JS K

M N P R S T u V X Y Z ZA ZB ZC

75

Fig. 9 –Representação

esquemáticado sistemafuro-base

Sistema eixo-base – Neste sistema, os valores de tole-rância dos eixos são fixos e os furos variam.

Entre os dois sistemas, o furo-base tem melhor aceita-ção, pois fica mais fácil obter o ajuste recomendado,variando apenas as tolerâncias dos eixos.

Fig. 10 –Representação

esquemática dosistema eixo-base

Ajuste é a posição relativa entre a superfície interna de um furo (dimensão interna)

e a superfície externa de um eixo (dimensão externa).

Tipos de ajustes e aplicações – Os tipos de ajustes eaplicações, em geral normalizados, dependerá da fun-ção para a qual o produto é desenvolvido. Em determi-nados casos, quando não houver uma norma específicaou uma recomendação de ajuste a ser utilizada, ensaiosdevem ser realizados para a determinação do melhorajuste possível.

Sistema furo-base – é também conhecido por furo pa-drão ou furo único. Neste sistema, os valores de tole-rância dos furos são fixos e os valores de tolerância doseixos variam. A linha zero indica a dimensão nominal ea origem dos afastamentos.

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EEP

SEN

AI

José

Gaz

ola

Tabela 1 – Tipos de ajustes e aplicações

77

Em geral, os ajustes são classificados em três gruposprincipais:

Ajuste com folga: aquele em que a dimensão má-xima do eixo é menor que a dimensão mínima dofuro. Geralmente usado em conjuntos de peças ondehaja a necessidade de deslocamento de uma peça emrelação a outra e/ou desmontagem com facilidade.Ajuste com interferência: aquele em que a dimen-são máxima do furo é menor que a dimensão míni-ma do eixo. Geralmente usada em conjuntos de peçasonde haja a necessidade de fixação de uma peça emrelação a outra. Neste caso, a desmontagem das pe-ças montadas com interferência exige equipamentoadequado.Ajuste incerto: aquele em que o ajuste entre furo eeixo tanto pode ter folga com pode ter interferência.Geralmente usado em conjuntos de peças onde o des-locamento entre as mesmas ou a fixação das peçasnão afetarão o funcionamento do conjunto.

Passo 2 / Exercício 3

20minEscreva no quadro os exercícios que seguem. Peça queos jovens procurem resolvê-los individualmente. Reser-ve os momentos finais da aula para efetuar a correçãoem conjunto com o grupo.

1 Considerando a cota 490 responda:a) O que indica o número 490?

b) O que significa a indicação ?

c) O que significa a indicação H8?

d) O que significa a indicação e9?

e) O que indicam as letras “H“ e “e“?

f) O que indicam os números “8“ e “9“?

f) Conforme a tabela “tipos de ajustes e aplicações“,qual é a classificação do tipo de ajuste indicadona cota?

( ) Ajuste forçado duro.( ) Ajuste deslizante.( ) Ajuste livre.( ) Ajuste forçado duro.( ) Ajuste à pressão com esforço.

H8e9

H8e9

3

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Nesta aula, os jovens estudarão a utilização da

tabela ABNT/ISO NBR 6158.

Sétima Aula

Valores de afastamento e camposde tolerância

Entregue o texto de apoio para que os jovens possamacompanhar a explicação.

A partir de um desenho de peça cotado com campos detolerância e qualidade de trabalho no lugar dos afas-tamentos do desenho projetado, ensine os jovens a uti-lizarem a tabela ABNT/ISO NBR 6158. Ela identifica osvalores dos afastamentos referentes aos campos detolerância e qualidade de trabalho, e possibilita deter-minar, para cada dimensão:

a dimensão nominal, o afastamento superior,

Passo 1 / Aula teórica

20min

Passo 3 / Correção

5min

Realize a correção solicitando que os jovens desenvol-vam o exercício no quadro

1 a) O número 490 indica o valor nominal da cota

b) A indicação significa que existe um ajuste defi-nido entre duas dimensões uma interna (ou furo)H8 e outra externa (ou eixo) e9.

c) A indicação H8 significa a tolerância do eixo (oudimensão interna)

d) A indicação e9 significa a tolerância do eixo (oudimensão externa).

e) As letras “H“ e “e“ indicam os campos de tolerân-cia usados na definição do ajuste.

f) Os “8“ e “9“ indicam as qualidades de trabalhousadas na definição do ajuste.

g) (X ) Ajuste livre.

H8e9

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o afastamento inferior, a dimensão máxima, a dimensão mínima e a tolerância.

É importante deixar claro que nas tabelas ABNT/ISONBR 6158, com afastamentos para furos e eixos os valo-res são expressos em mícrons, ou seja, eles devem serdivididos por 1.000 antes de serem utilizados.

Isso significa que, se na tabela estiver escrito + 12,deve-se dividir + 12 por 1.000 e utilizar o valor + 0,012 (+ 12 : 1.000 = + 0,012).

Educador, exercite com os jovens a divisão de nú-meros decimais por 1000.

80

Tabela 2 – Tolerância ISO para furos – ABNT/ISO NBR 6158 (reprodução parcial)

Tolerância em milésimos de milímetro (µm → lê-se: micrômetro ou mícron)

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Tabela 3 – Tolerância ISO para eixos – ABNT/ISO NBR 6158 (eprodução parcial)

Tolerância em milésimos de milímetro (µm → lê-se: micrômetro ou mícron)

82

Passo 2 / Exercicios

20minEntregue os exercícios como texto de apoio.

Realize, no quadro branco, explicando-o detalhada-mente aos jovens.

No exercício 8, por exemplo, está representado o ajusteentre duas peças.

Os jovens precisam encontrar nas tabelas ABNT/ISONBR 6158 de tolerâncias para furos e eixos os afastamen-tos superiores e inferiores para as cotas 45 H7 e 45 g6.

Depois de encontrados os afastamentos, calculam-se:

Dimensão Máxima (Dimensão Nominal + Afastamento Superior).Dimensão Mínima (Dimensão Nominal + Afastamento Inferior).Tolerância (Dimensão Máxima - Dimensão Mínima).

Dividir por 1.000 os valores dos afastamentos das tabelas ABNT/ISO NBR 6158 antes

de serem colocados na tabela do exercício.

É importante alertar os jovens que:

O exercício objetiva instrumentalizá-los para otrabalho com as tabelas ABNT/ISO NBR 6158 detolerâncias para furos e eixos (identificando os dife-rentes tipos de afastamentos expressos nos desenhostécnicos e determinando as dimensões máximas, mí-nimas e a tolerância das peças) de modo a investirno trabalho com segurança e na produção com aqualidade dimensional requerida.

As tabelas ABNT/ISO NBR 6158 de tolerâncias parafuros e eixos, na indústria, são usadas pelos proje-tistas durante o desenvolvimento de produtos.

Na interpretação de desenhos de peças, geralmenteas tabelas ABNT/ISO NBR 6158 de tolerâncias parafuros e eixos não são usadas, porque os desenhos sãocotados com os afastamentos em milésimos de milí-metro.

DES. D. N. A. S. A. I. D. MÁX. D. MIN. T

8A 45,00 + 0,025 0 45,025 45 0,025

8B 45,00 - 0,009 - 0,025 44,991 44,975 0,016

83

A única situação que exigiria do operador a utili-zação da tabelas ABNT/ISO NBR 6158 de tolerânciaspara furos e eixos seria aquela na qual os afasta-mentos da cota de uma peça contivessem expressãona forma de campos de tolerância e qualidade detrabalho, o que, atualmente, é uma situação muitorara.

4

Passo 3 / Correção

20minRealize a correção dos exercícios, conforme gabaritoque segue.

DES. D. N. A. S. A. I. A. Máx. D. Mín. T

01 28,00 0 -0,021 28,00 27,979 0,02102 28,00 +0,021 0 28,021 28,00 0,02103 30,00 +0,021 0 30,021 30,00 0,02104 30,00 -0,020 -0,041 29,980 29,959 0,02105 30,00 +0,035 +0,022 30,035 30,022 0,01306 70,00 +0,018 -0,012 70,018 69,988 0,0307A 18,00 +0,023 +0,012 18,023 18,012 0,0117B 12,00 -0,006 -0,017 11,994 11,983 0,0118A 45,00 +0,025 0 45,025 45 0,0258B 45,00 -0,009 -0,025 44,991 44,975 0,01609 12,00 -0,016 -0,034 11,984 11,966 0,01810 70,00 0 -0,030 70,00 69,970 0,030

84

Exercício 4

Analise os desenhos e identifique, para cada um deles:

Des. D. N. A. S. A. S. A. Máx D. Mín. T

a

b

c

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Fig. 11 Fig. 12

Fig. 13 Fig. 14

Fig. 15 Fig. 16

Fig. 17 Fig. 18

Fig. 19 Fig. 20

a) b)

c) d)

e) f)

gI)gII)

hI)hII)

i) j)

86

Nesta aula, o jovem pesquisará ajustes usados na

empresa, relacionando folga mínima e máxima /

interferência mínima e máxima.

Oitava Aula

Ajustes usados na empresa: pesquisa

Esta será uma atividade de campo e, para que tenha su-cesso, são necessárias algumas providências de sua parte:

Elabore um roteiro com a localização dos ambientesonde será realizada a pesquisa;Oriente os jovens quanto à forma de proceder den-tro dos diferentes setores da empresa para evitarconstrangimentos e acidentes;Explique aos jovens os cuidados de conservação comos produtos e desenhos que serão manuseados du-rante a pesquisa;Combine procedimento caso surjam dúvidas durantea realização da atividade, estando o jovem longe doeducador.

Defina se a atividade será individual ou em duplas (con-sidere para isso, as condições da empresa). Escreva noquadro a seguinte tarefa e peça que todos a copiemantes de se dirigirem ao espaço da pesquisa:Pesquisar 3 exemplos de ajustes usados na empresa,relacionando folga mínima e máxima / interferênciamínima e máxima. Relate seus achados detalhando:

O nome do produto em que o ajuste foi identificado.A denominação do tipo de ajuste.A folga mínima e máxima / interferência mínima e má-xima.

Passo 1 / Pesquisa

50min

87

Passo 2 / Avaliação da atividade

10minReserve os minutos finais para fazer uma avaliação glo-bal das apresentações, incluindo as dificuldades e/oufacilidades encontradas pelos jovens na realização dapesquisa.

Passo 1 / Exercícios práticos

100min

Nestas aulas, o jovem aprenderá a verificar a con-

formidade da tolerância dimensional estabeleci-

da em projeto com a dimensão efetiva da peça.

Tolerância dimensional de peças:exercício prático

Décima e Décima PrimeiraAulas

Para a realização da atividade prática, disponibilize:

Tabela de inspeção ou relatório de inspeção para oregistro das medições das peças. Pode ser usada ta-bela de inspeção existente na empresa para este fim,ou crie uma na qual conste, no mínimo, uma coluna

Nesta aula, os jovens apresentarão o resultado da

pesquisa realizada na empresa.

Nona Aula

Ajustes usados na empresa:exemplificação

Após a realização da pesquisa, promova a apresentaçãooral dos resultados obtidos.

Distribua o tempo igualmente entre os jovens, de modoque todos possam apresentar seus achados.

Incentive-os a questionarem e compararem os exemplose os ajustes encontrados.

Passo 1 / Apresentação dos trabalhos

40min

88

para o nome da peça, código da peça, medida no-minal (incluso os afastamentos), tolerância, medidaefetiva.

Peças e os desenhos das mesmas, com precisão dimen-sional de décimos de milímetro.

Paquímetro com resolução de 0,05 mm.

Em função do tempo disponível para a realização destatarefa, defina a quantidade de peças que serão me-didas. Para todas as peças, inclua dimensões externas,internas e de profundidade para serem medidas.

Antes de distribuir os paquímetros e as peças, reforceos cuidados de conservação necessários ao paquímetro.

Mostre na prática a maneira correta de medir a peça,preencher a tabela de inspeção e definir se a dimensãoverificada está de acordo com o solicitado em projeto.

Escreva no quadro a ordem do exercício:

De posse das tabelas de inspeção, dos paquímetros, daspeças e dos desenhos das peças:

1 analise o desenho da peça; 2 identifique a ou as dimensões que devem ser contro-

ladas;3 preencha a tabela de inspeção com as informações

necessárias;4 verifique a conformidade da dimensão efetiva com

a dimensão nominal.

Educador, durante a verificação das peças, certifique-se

de que os jovens estão realizando a atividade de maneira

correta. Para tanto, verifique, pelo menos, uma medição

externa, uma interna e uma de profundidade realizada por

cada jovem da turma.

O resultado desta atividade prática poderá ser computado

para fins de avaliação dos conhecimentos construídos ao

longo deste capítulo.

89

90

O capítulo apresenta conceito e funcionamento de croquis e projeções ortogonais,

possibilitando o esboço de projeções no 1.º diedro e marcando cotas para fabricação.

Propõe viabilizar a compreensão de que “assim como um texto depende da interpre-

tação de cada palavra em função do seu correlacionamento com as demais, uma

representação no sistema de vistas ortográficas somente será compreendida de modo

inequívoco se cada vista for interpretada em conjunto e coordenadamente com as

outras“ (Bornancini, 1981).

5 Projeção Ortogonal e Croqui

Familiarizar os jovens com a forma e a representação em vistas ortogonais de obje-

tos e com a importância de seguir as regras de composição de seus campos de pro-

jeção;

Compreender as diversas formas de esboçar croquis e a função de comunicar idéias

através deles;

Desenvolver habilidades no manejo da régua ou do esboço à mão livre, além da

escolha de vistas que mais detalham o objeto;

Desenvolver o senso de observação, de medida e de proporcionalidade na exe-

cução das projeções ortogonais.

Objetivos

91

92

Diferentemente da perspectiva isométrica, já vista an-teriormente, as projeções ortogonais não representamos objetos de modo a mostrar as três dimensões. Assim,o desenvolvimento da visão espacial é um dos objetivosa ser alcançado, quando os jovens compreenderão ascaracterísticas volumétricas de um objeto por meio deuma série de representações que mostram apenas duasdimensões por vez.

Apresente os conceitos de modelo, ponto de vista eplano de projeção.

Nesta aula, serão introduzidos os conceitos que

orientam a representação por meio de projeções

ortogonais.

Primeira Aula

Passo 1 / Aula teórica

20min

Definição de modelo: é o objeto ou objetos que serãorepresentados.

Projeção ortogonal I

Fig. 1

93

Mesmo que os jovens ainda não tenham conhecimentospara executar os desenhos de acordo com as normas, pe-ça seja desenhado um objeto projetado nos diferentesplanos. Isso fará com que os jovens percebam a neces-sidade de vários desenhos para compreender uma peça.

Procure usar peças ou objetos que produzam projeçõessemelhantes em dois planos, de modo que sejam neces-sários dois desenhos para sua interpretação.

Observe que peças compostas de vários elementos sãorepresentadas separadamente.

Definição de ponto de vista: O ponto de vista indi-ca de onde o objeto quer ser representado. Por conven-ção, o observador está situado no infinito. Observe afigura 1 do capítulo 4.

Definição de plano de projeção: Os planos de pro-jeção podem ocupar diversas posições no espaço.

2.ºdiedro 1.ºdiedro

3.ºdiedro 4.ºdiedro

PHP

PV

PVI

Convenção para a designação dos diedros:PV – plano vertical superiorPVI – plano vertical inferiorPH – plano horizontal anteriorPHP – plano horizontal posterior

Fig. 2

PH

Passo 2 / Atividade prática

30min

94

Dica: Lembre-se de que, no Brasil, a ABNT recomenda aprojeção no 1.º diedro.

Esta aula iniciará o estudo da representação em

projeções ortogonais, abordando desde seus con-

ceitos mais básicos até exemplos de maior com-

plexidade.

Segunda Aula

2º. diedro 1º. diedro

3º. diedro 4º. diedro

Fig. 3

Projeção ortogonal II

Apresente, com recurso à projeção das imagens, os con-ceitos relativos a:

Projeção ortográfica do ponto;Projeção ortográfica de um segmento de reta:

Retas paralelas ao plano;Retas perpendiculares ao plano;Retas oblíquas ao plano (não estará em VG).

Passo 1 / Aula teórica

20min

95

Fig. 4 – Projeçãodo ponto

linha projetante

PV

A1 Ax x

PV

B

A1 A

B1

PV

A1=B1 Ax x

Bx

Fig. 5 – Projeçãoda reta

Fig. 6 – Projeção dareta perpendicular

96

Passo 2 / Atividade prática

30min

Os jovens deverão fazer seus próprios desenhos, proje-tando pontos e segmentos de retas nos diversos planos.

Verifique se estão aplicando os conteúdos do capítuloLinhas e escrita técnica. Se necessário, retome essesconteúdos.

Dê continuidade à apresentação dos conteúdos, recor-rendo à projeção das figuras representativas de:

Projeção ortográfica de um retângulo;Retângulo paralelo ao plano;Retângulo perpendicular ao plano;Retângulo oblíquo ao plano (não estará em VG).

Passo 1 / Aula teórica

20min

Nesta aula, serão representadas figuras planas em

projeções ortogonais.

Terceira Aula

Representação de figuras planas

PV

B

A1 A

B1

Fig. 7 – Projeçãoda reta oblíqua

97

Fig. 9 – Retânguloperpendicular ao plano

Fig. 10 – Retângulooblíquo ao plano

B1=C1

B

A

D

C

A1=D1

D1

C1

A1

B1

A

B

D

C

PV

C1

D1

A1 A

B

D

C

B1

PV

Fig. 8 – Retângulo paralelo ao plano

98

Proponha que os jovens desenhem figuras planas e asprojetem nos planos de projeção.

Sugira exemplos com três alternativas de solução, ondeapenas uma seja correta.

Passo 2 / Atividade prática

30min

Procure explorar bem exercícios que representem superfícies oblíquas que não este-

jam em verdadeira grandeza. Este aspecto das projeções ortogonais merece especial

atenção, pois é muito fácil cometer equívocos ao representar superfícies com essa

característica.

Como a projeção em um plano vertical e em um planohorizontal não é suficiente para a interpretação de umapeça, a partir desta aula será acrescentado o plano deprojeção lateral, a ser utilizado na projeção de sólidos.

Passo 1 / Aula teórica

20min

Nesta aula, será trabalhada a representação de

sólidos em projeções ortogonais.

Quarta Aula

Representação de sólidos emprojeções ortogonais

plano vertical

plano horizontal

plano lateral

Fig. 11

99

Deste modo, será dada origem às seguintes situações:

a projeção do modelo no plano vertical dá origem àvista frontal;a projeção do modelo no plano horizontal dá ori-gem à vista superior;a projeção do modelo no plano lateral dá origem àvista lateral esquerda.

Fig. 12 – Projeção de umparalelepípedo no plano

vertical – Vista frontal

B1=C1

D

C

A1=H1

E1=D1

C1=F1 C

E

H

A

F

B

VF

Passo 2 / Atividade prática

30min

Proponha aos jovens que refaçam os desenhos feitosnas aulas anteriores utilizando, a partir de agora, tam-bém o plano lateral de projeção.

Com isso, eles poderão verificar o caráter complemen-tar deste plano que permite compreender melhor osobjetos.

Faça-os observar que uma mesma linha ou figura planapoderá ter projeções diferentes ou iguais, conforme oplano de projeção, e que as diferenças podem ser mui-to pequenas.

100

É importante que os jovens compreendam que as trêsprojeções se referem ao mesmo objeto, embora resul-tem desenhos diferentes, conforme o plano utilizado.

Fig. 13 – Projeção de umparalelepípedo no planohorizontal – Vista superior

Fig. 14 – Projeção de umparalelepípedo no planolateral – Vista lateral

F1=G1

B

CA

ED

H

G

F

B1=C1

A1=D1

E1=H1

A1=B1

E1=F1 D1=C1

H1=G1

H

G

C

F

B

DE

A

PVPL

Fig. 15

PH

101

Após o estudo dos diversos planos de projeção, é precisoadotar alguns procedimentos para rebater os planos, ouseja, trabalhar com eles em superfícies bidimensionais.

Nesta aula, será trabalhada a representação de

sólidos em projeções ortogonais.

Quinta Aula

Passo 1 / Aula teórica

30min

Como a viabilização da execução de um desenho técni-co requer o trabalho em um plano bidimensional, osplanos de projeção deverão ser rebatidos todos sobreuma mesma superfície. Construa essa compreensão como auxílio da projeção das figuras e peça para os jovensfazerem desenhos representativos dos conceitos, en-quanto anotam.

A maneira como isso é feito é descrita a seguir:

o plano vertical, onde se projeta a vista frontal, deveser imaginado sempre numa posição fixa;

para rebater o plano horizontal, imagina-se que elesofre uma rotação de 90º para baixo, em torno doeixo de interseção com o plano vertical;

Fig. 16

linhas projetantesauxiliares

linhas projetantesauxiliares

Rebatimento dos planos de projeção

PV

PH

PL

102

para rebater o plano de projeção lateral deve-se ima-ginar que ele sofre uma rotação de 90º para a direita,em torno do eixo de interseção com o plano vertical.

Deste modo, tem-se os três planos rebatidos sobre a mes-ma superfície de desenho.

PV PL

PH

PV PL

PH

PV

PH

PV PL

PH

PL

Fig. 18

Fig. 20

PV PL

PH

Fig. 21

Fig. 17

Fig. 19

103

Como no desenho técnico não se representam as linhasde interseção dos planos, o desenho final será represen-tado assim:

Por convenção, sabe-se que A representa a vista fron-tal, B representa a vista superior e C representa a vistalateral.

A figura abaixo apresenta um resumo do rebatimentode planos.

A compreensão mais efetiva de como ocorre o rebatimento pode ser feita com diedros de pa-

pelão. Assim, os jovens terão mais facilidade de verificar a transposição dos planos.

Fig. 22

A

B

C

vista frontal

vista superior

vista lateralesquerda

Fig. 23

104

Outra maneira de fazer com que os jovens entendammelhor o que é uma projeção é utilizando o facho lu-minoso de um projetor de slides, que estaria simulandoo ponto de vista do observador.

Mas atenção: esta situação é uma simulação, pois oprojetor estará a uma distância conhecida em relaçãoao objeto, o que não corresponde à situação ideal doobservador situado no infinito. É um artifício que ajudaa compreensão do sistema de projeção.

Passo 2 / Simulação de ponto de vista

20min

Passo 1 / Atividade teórico-prática

50min

Nesta aula, será estudado o desenho de sólidos,

primeiramente em perspectiva; após, nas suas res-

pectivas projeções.

Sexta Aula

Fig. 24

Fig. 25

Indique que a próxima projeção é exatamente igual àanterior, porém o sólido que deu origem ao desenho édiferente.

Sólidos: perspectiva e projeções

AE

B

D

C A

B C

E

D

A

C D

C

B

Apresente a figura que segue e examine com o auxíliodos jovens sua projeção.

105

Fig. 26

Por isso é importante a escolha das vistas para uma me-lhor compreensão do objeto.

Apresente exercícios que mostrem a perspectiva de pe-ças, pedindo que os jovens as desenhem em vistas orto-gráficas; ou apresente vistas e peça que os jovens asdesenhem em perspectiva.

Proponha vários sólidos ambíguos, ou seja, que apre-sentam as mesmas projeções ortogonais, e desafie osjovens a indicarem-nos em perspectiva.

Obtenha peças que possam ser utilizadas para demons-tração, juntamente com as projeções. Distribua-as entreos jovens e, na medida em que o conteúdo vai sendoexposto, peça que eles o relacionem.

Arestas invisíveis – A bibliografia existente sobre oassunto indica que linhas tracejadas, representando de-talhes invisíveis de peças cortadas, são utilizadas empouquíssimos casos, quando se tornam fundamentaispara a compreensão de algum detalhe da peça.

Nesta aula, serão trabalhadas as representações

ortográficas dos seguintes elementos: arestas invi-

síveis, linhas de centro, linhas de simetria e super-

fícies arredondadas.

Sétima Aula

Passo 1 / Aula teórico-prática

50min

Representações ortográficas

106

Linha de centro – A execução de modelos que apresen-tam furos, rasgos, espigas, canais, partes arredondadas,etc., requer a determinação do centro desses elementos.

Assim, a linha utilizada em desenho técnico para indicaro centro desses elementos é chamada de linha de centro,representada por uma linha estreita de traço e ponto.

Linhas de simetria – Em desenho técnico, quando omodelo é simétrico, também deve ser indicado pela linhaestreita traço e ponto. Neste caso, ela recebe o nomede linha de simetria.

A linha de simetria indica que são iguais as duas meta-des em que o modelo fica dividido. Essa informação émuito importante para o profissional que vai executaro objeto, representado no desenho técnico.

Superfícies arredondadas – Os contornos das partesarredondadas são representados, nas vistas ortográfi-cas, pela linha para arestas e contornos visíveis.

Peça que os jovens observem, no desenho abaixo, osvários furos e as linhas que os indicam (traço e ponto).

Fig. 27

Fig. 28

Fig. 29

107

Forme três conjuntos de peças mecânicas que atendam aos interesses do curso. Faça com que os

conjuntos circulem entre os jovens de modo que, ao final das três aulas, todos tenham dese-

nhado as peças. A exposição dos desenhos e a conversa sobre as dificuldades e as alternativas de

solução encontradas proporcionará a troca de informações e a construção do conhecimento.

Passo 1 / Exercícios

150minFaça com que os jovens desenhem peças como as sugeri-das a seguir; serão mostradas perspectivas isométricas depeças que contêm elementos diversos, tais como furos,rasgos, espigas, canais e partes arredondadas. Por meiodeste exercício, também poderá ser verificado o grau deentendimento que os jovens tiveram de conteúdos minis-trados anteriormente, tais como linhas e escrita técnica,cotagem e escala e perspectiva isométrica.

Estimule os jovens a revisarem suas notas de aula, poistodos estes conteúdos estão interligados.

As projeções dos dois furos horizontais coincidem navista frontal. Esses furos têm a forma de círculos. Paradeterminar seu centro, são usadas duas linhas de cen-tro que se cruzam.

O furo vertical não aparece quando o modelo é olhadode frente.

Na vista frontal, esse furo é representado pela linhapara arestas e contornos não visíveis (linha tracejadaestreita). Uma única linha de centro é suficiente paradeterminar o centro desse furo.

Observando o modelo de cima, o furo vertical é o únicovisível e seu centro é indicado por duas linhas de centroque se cruzam. Os outros dois furos são representadospela linha para arestas e contornos não visíveis, e seuscentros são indicados por uma linha de centro.

Observando o modelo de lado, nenhum dos furos fica visí-vel; portanto, todos são representados pela linha para ares-tas e contornos não visíveis. As linhas de centro que apa-recem no desenho determinam os centros dos três furos.

Nestas três aulas, os jovens irão aplicar os conhe-

cimentos adquiridos, reforçando-os através de

exercícios práticos.

Oitava à Décima Aulas

Aplicação de técnicas de croqui

108

Exercícios práticos:aplicação de técnicas de croqui

Fig. 30

Fig. 32

21

10

18

18

21

10

18

18 32

2054

Fig. 31

109

Fig. 34

Fig. 33

Fig. 35

110

Capítulo 31 Redija um resumo, com suas próprias palavras, do que foi estudado em sala de aula,

contendo no mínimo a definição de medir, grandeza, unidade, padrão e as princi-

pais unidades (prefixos) do sistema métrico usadas na indústria.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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Capítulo 41 Entregar na próxima aula, em uma folha com dados de identificação:

a Descrição de situações de trabalho na empresa onde podem ocorrer os erros de

leitura com paquímetro. Identificar uma situação para cada erro de leitura.

b Identificar, justificar e descrever uma situação de trabalho na empresa na qual o

descuido com os elementos do controle dimensional podem gerar prejuízos para

a empresa.

2 Determine, para cada uma destas dimensões: a dimensão nominal (D.N), o afasta-

mento superior (A.S.), o afastamento inferior (A.I.), a dimensão máxima (D. Máx.),

a dimensão mínima (D. Min.) e a tolerância (T).

Exercícios

Nº Dimensão D. N. A. S. A. I. D. Máx. D. Min. T

01 19

02 33

03 111

04 16

05 116

06 3

07 16

08 49

09 21

10 86+ 0,46+ 0,12

+ 0,07 0

± 0,14

± 0,30

+ 0,62+ 0,12

+ 0,05- 0,29

+ 0,22- 0,06

0- 0,53

- 0,08- 0,21

- 0,03- 0,10

111

3 Com base na tabela de tipos de ajustes e aplicações, escreva, para cada três tipos de

ajustes estudados em aula, o nome de três produtos diferentes da empresa onde

estes ocorrem, justificando sua resposta.

4 Analise as dimensões cotadas com campos de tolerância e qualidade de trabalho e

na tabela abaixo identifique para cada uma delas:a dimensão nominal (D.N.);a afastamento superior (A.S.);o afastamento inferior (A.I.);a dimensão máxima (D. Max.);a dimensão mínima (D. Min.);a tolerância (T).

Nº Dimensão D. N. A. S. A. I. D. Máx. D. Mín. T

01 19e9

02 27g5

03 38d11

04 51D10

05 73N6

06 94s9

07 116K8

08 9n6

09 5H7

10 3G7

112

Gabarito dos Exercícios

Capítulo 42

Nº Dimensão D. N. A. S. A. I. D. Máx. D. Mín. T

01 19 19,00 - 0,03 - 0,10 18,97 18,90 0,07

02 33 33,00 - 0,08 - 0,21 32,92 32,79 0,13

03 111 111,00 0 - 0,53 111,00 110,47 0,53

04 16 16,00 + 0,22 - 0,06 16,22 15,94 0,28

05 116 116,00 + 0,05 - 0,29 116,05 115,71 0,34

06 3 3,00 + 0,62 + 0,12 3,62 3,12 0,50

07 16 16,00 + 0,30 - 0,30 16,30 15,70 0,60

08 49 49,00 + 0,14 - 0,14 49,14 48,86 0,28

09 21 21,00 + 0,07 0 21,07 21,00 0,07

10 86 86,00 + 0,46 + 0,12 86,46 86,12 0,34+ 0,46+ 0,12

+ 0,07 0

± 0,14

± 0,30

+ 0,62+ 0,12

+ 0,05- 0,29

+ 0,22- 0,06

0- 0,53

- 0,08- 0,21

- 0,03- 0,10

4Nº Dimensão D. N. A. S. A. I. D. Máx. D. Mín. T

01 19e9 19,00 - 0,040 - 0,092 18,960 18,908 0,052

02 27g5 27,00 - 0,007 - 0,016 26,993 26,984 0,009

03 38d11 38,00 - 0,080 - 0,240 37,920 37,760 0,160

04 51D10 51,00 + 0,220 + 0,100 51,220 51,100 0,120

05 73N6 73,00 - 0,014 - 0,033 72,986 72,967 0,019

06 94s9 94,00 + 0,133 - 0,059 94,133 93,941 0,192

07 116K8 116,00 + 0,016 - 0,038 116,016 115,962 0,054

08 9n6 9,00 + 0,019 + 0,010 9,019 9,010 0,009

09 5H7 5,00 + 0,012 0 5,012 5,00 0,012

10 3G7 3,00 + 0,012 + 0,002 3,012 3,002 0,010

113

114

Gabarito das AvaliaçõesAvaliação 1

1 4 polegadas = 101,60 milímetros.5 polegadas = 12,70 centímetros.1,5 pés = 45,72 centímetros.3 pés = 0,914 metros.

75 milímetros = 2,953 polegadas.2 centímetros = 0,787 polegadas.5 centímetros = 0,164 pés.Meio metro = 19,69 polegadas.

2 100 gramas = 3,215 onças.2 onças = 56,70 gramas.3 quilogramas = 6,614 libras.40 libras = 640 onças.

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GlossárioAço polido Peça fabricada em aço e com superfície acabada pelo processo de fabricação denominado poli-mento, que permite uma rugosidade bastante reduzida.Alinhamento em cruz Disposição das projeções (vistas) ortogonais num desenho mecânico, cujo formato lembra umacruz, com a vista frontal no centro.Arranjo experimentalConsiste no conjunto de instrumentos de medição e de dispositivos de fixação, além dos demaisacessórios, montados e posicionados de tal forma que possibilitem a realização adequada daexperiência.AxialRefere-se à direção do eixo, também chamado longitudinal.Braço mecânicoConjunto de hastes articuladas e fixadas por parafusos, para fixar o relógio comparador.CameElemento mecânico que gira excentricamente, ou com batimento.ConsecutivoQue segue outro; imediato; que está antes ou logo depois.Controle de forma Medição realizada para verificar se um ou mais parâmetros de forma (planicidade,alinhamento, batimento, etc.) estão em conformidade com os valores exigidos pelastolerâncias de fabricação.Controle dimensional Medição realizada para saber se uma ou mais dimensões da peça estão em conformidade comos valores exigidos pelas tolerâncias de fabricação.Critério normativo Critério estabelecido por uma Norma Técnica.Determinado Definido; indicado com precisão.Divisão No caso da conceituação de resolução, significa o valor determinado por 2 traços consecutivosda escala fixa do instrumento. Nos paquímetros do sistema métrico a menor divisão da escalafixa vale 1 mm (um milímetro) e nos paquímetros do sistema inglês a menor divisão da escalafixa vale 1/16" (um dezesseis avos de polegada) ou 0,025 in (vinte e cinco milésimos de pole-gada) conforme o instrumento.Eixo cartesianoSistema de coordenadas perpendiculares que apresenta um origem a partir da qual projetam-se 3 eixos, a saber x, y e z (largura, altura e comprimento)ElipseForma mais genérica do circulo, com raios maior e menor, a e b respectivamente. Um círculoé um caso especial de elipse no qual a = b .EngrenagemElemento mecânico que gira ou se desloca devido ao encaixe de seus dentes. Fabricante/montador Refere-se ao operador da máquina que irá fabricar a peça e a pessoa que irá, em seguida,montar a peça fabricada no conjunto de uma outra máquina, respectivamente.FolgaRefere-se ao espaço existente entre dois elementos mecânicos que, após a montagem, funcio-nam com movimento relativo entre si.

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Intercambialidade Qualidade de troca, troca de uma peça, ou parte, por outra similar, com mesma função e qua-lidade.InterferênciaRefere-se à diferença de dimensões existente entre elementos mecânicos em que a dimensãomaior é montada por encaixe na menor.IrregularidadeNuma análise superficial, são todas as formas geométricas que diferenciam a superfície de umplano ideal teórico, perfeitamente plano e liso. São, em linguagem mais comum, todos osaltos e baixos encontrados numa superfície.Maquete Pequena construção que representa um objeto (prédio, máquina, cidade, etc.) em escalareduzida.NormaDocumento de reconhecimento oficial, cujos valores e informações servem como referência pa-ra validar ou não os valores medidos nos experimentos de controle dimensional nas empresas.Polia Elemento mecânico onde são montadas as correias.Pré-cargaDeslocamento dado na haste do relógio comparador sempre que se executa uma medição.Este nome está associado ao fato de pressionar-se a mola interna do instrumento para estedeslocamento.Preparo de máquinaRefere-se às atividades anteriores à usinagem de uma peça numa máquina (torno por exem-plo): fixação da peça, alinhamento da peça na mesa da máquina, colocação da ferramenta decorte, etc.Quociente Resultado da divisão de um número (dividendo) por outro (divisor).Relógio apalpadorInstrumento semelhante ao comparador, mas com sensibilidade normalmente superior àsensibilidade daquele, além de operar por deslocamento angular de sua haste, e não linear.Tolerar Permitir; suportar.Vista ortogonal Forma de representação de uma peça através de planos perpendiculares (ortogonais) entre si:frontal, lateral direita e esquerda, superior e inferior.

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ReferênciasABNT. Normas de Metrologia NBR7624 (régua em aço de face paralela).BACHMANN & FORBERG. Desenho técnico. Porto Alegre: Globo, 1979.CATTANI, Airton. Desenho Mecânico e Medição I e II. Projeto Formare. São Paulo: Fundação Iochpe, 2006.CUNHA, Lauro Salles. Manual Prático do Mecânico. São Paulo: Hemus, s.d.CZIULIK, Carlos. Caderno de desenho técnico e arquitetônico. São Paulo: Formare, 2005.Elementos de Máquinas vol. 1 e 2. Curso profissionalizante de Mecânica, Telecurso 2000, São Paulo: Globo, 2000.FRENCH, Thomas E. Desenho técnico e tecnologia gráfica. 2. ed. Rio de Janeiro: Globo, 1985. GONÇALVES Jr., Armando Albertazzi , Metrologia. Parte I, Laboratório de Metrologia e Automatização. Florianópolis:Universidade Federal de Santa Catarina, 1997. Metrologia. Curso profissionalizante de Mecânica, Telecurso 2000. São Paulo: Globo, 2000.Processos de Fabricação, vol. 1. Curso Profissionalizante de Mecânica, Telecurso 2000. São Paulo: Globo, 2000.pt.wikipedia.org/wiki/PerspectivaSPECK, Henderson J. Desenho Mecânico, Centro de Comunicação e Expressão, Departamento de Artes, UniversidadeFederal de santa Catarina.www.gouldspumps.comwww.parker.com www.salesianost.com.br/aulaweb/educart/perspectiva

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1ª Técnica horizontal

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Anexo 1

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2ª Técnica horizontal

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1ª Técnica vertical

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2ª Técnica vertical

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Anexo 2

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