DESENVOLVIMENTO DE ORÇAMENTO DE CUSTOS VIA BIM 5D ...

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL ESPECIALIZAÇÃO EM GERENCIAMENTO DE OBRAS NÍCHOLLAS VEADRIGO SANTI DESENVOLVIMENTO DE ORÇAMENTO DE CUSTOS VIA BIM 5D INTEGRADO COM A ELABORAÇÃO DE PROJETOS E CRONOGRAMA EM BIM 3D E 4D – UM ESTUDO DE CASO MONOGRAFIA DE ESPECIALIZAÇÃO CURITIBA 2015

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL

ESPECIALIZAÇÃO EM GERENCIAMENTO DE OBRAS

NÍCHOLLAS VEADRIGO SANTI

DESENVOLVIMENTO DE ORÇAMENTO DE CUSTOS VIA BIM 5D

INTEGRADO COM A ELABORAÇÃO DE PROJETOS E

CRONOGRAMA EM BIM 3D E 4D – UM ESTUDO DE CASO

MONOGRAFIA DE ESPECIALIZAÇÃO

CURITIBA

2015

NÍCHOLLAS VEADRIGO SANTI

DESENVOLVIMENTO DE ORÇAMENTO DE CUSTOS VIA BIM 5D

INTEGRADO COM A ELABORAÇÃO DE PROJETOS E

CRONOGRAMA EM BIM 3D E 4D – UM ESTUDO DE CASO

Monografia apresentada para obtenção do título de Especialista no Curso de Pós-Graduação em Gerenciamento de Obras, Departamento Acadêmico de Construção Civil, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, UTFPR. Orientador: Silvio Aurélio de Castro Wille, PhD

CURITIBA

2015

FOLHA DE APROVAÇÃO

RESUMO

SANTI, Níchollas. Desenvolvimento de orçamento de custos via BIM 5D integrado com a elaboração de projetos e cronograma em BIM 3D e 4D – Um estudo de caso. Monografia de Especialização, Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Curitiba, 2015.

Este trabalho tem como objetivo principal desenvolver um orçamento de custos de uma casa popular num ambiente BIM 5D, executado de forma simultânea e integrada com a elaboração de projetos (BIM 3D) e cronograma (BIM 4D). O orçamento foi feito em um módulo específico de um software ERP chamado SIENGE, baseado em um cronograma e um modelo 3D desenvolvidos por outros autores, referenciados ao longo do trabalho. O Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (SINAPI) foi utilizado como base de dados para o orçamento, tanto nos insumos, serviços e composições, como nos preços adotados. A extração de quantitativos do projeto foi realizada pelo autor diretamente do modelo 3D através do programa Revit, da Autodesk. Os quantitativos foram inseridos na planilha de orçamento do SIENGE. Com o orçamento concluído, no próprio ERP foram gerados relatórios de orçamento sintético, além de relatórios da curva ABC de insumos e de Serviços. O orçamento gerado serviu de apoio para realização de uma simulação 5D, onde é feito um vídeo da evolução de um projeto em 3D ao longo do tempo, mostrando seu custo correspondente a cada instante. Palavras-chave: Modelagem da Informação da Construção. BIM 5D. Estimativa de Custos. Simulação 5D.

ABSTRACT

SANTI, Níchollas. Development via integrated BIM 5D cost budget with project design and schedule in BIM 3D and 4D - A case study. Monografia, Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Curitiba, 2015.

This paper has as its main goal, to develop a cost estimating of a popular home in BIM 5D environment, run simultaneously and seamlessly with project design (3D BIM) and schedule (BIM 4D). The cost estimating was made on a specific module of an ERP named SIENGE, based on a schedule and on a 3D model, developed by other authors, mentioned throughout this paper. The Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (SINAPI), was used as a database for this budget, both for inputs, services and compositions, as in the adopted prices. The project`s quantity takeoff was made by the author directly from the 3D model, through the Revit program, from Autodesk. The quantities were inserted on the budgeting schedule on SIENGE. With the budget concluded, in the own ERP, it was generated the synthetic budgeting reports, as well as reports from the ABC curve of inputs and services. The generated budget served as support to performing a 5D simulation, where a project`s evolution time lapse 3D video was made, showing its correspondent cost at every moment.

Keywords: Building Information Modeling. BIM 5D. Cost Estimating. 5D simulation.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Verificação de interferências - Revit .......................................................... 18 

Figura 2 - Compartilhamento de trabalho - Revit ....................................................... 19 

Figura 3 - Organograma da Empresa Hipervisão Engenharia Civil ........................... 31 

Figura 4 - Casa 54m² da SMART Sistemas Construtivos Inteligentes ® ................... 32 

Figura 5 - PLS (Planilha de Levantamento de Serviços) ........................................... 33 

Figura 6 - Relatório de Preços de Insumos ............................................................... 35 

Figura 7 - Relatório de Custo de Composições Sintético .......................................... 35 

Figura 8 - Relatório de Custo de Composições Analítico .......................................... 36 

Figura 9 - Conversão de arquivo .pdf para .xls no Adobe Acrobat XI Pro ................. 37 

Figura 10 – Formatação da planilha de insumos para importação no SIENGE ........ 37 

Figura 11 - Formatação da planilha de serviços para importação no SIENGE ......... 38 

Figura 12 - Formatação da planilha de composições de serviços para importação no

SIENGE ..................................................................................................................... 39 

Figura 13 - Página de login do SIENGE .................................................................... 40 

Figura 14 - Importação da base de dados no SIENGE ............................................. 40 

Figura 15 - Formatação da planilha de insumos para atualização de preços no

SIENGE ..................................................................................................................... 41 

Figura 16 - Atualização de Preços de Insumos no SIENGE ..................................... 42 

Figura 17 - Cadastro de planilha de orçamento no SIENGE ..................................... 42 

Figura 18 - Estruturação do orçamento no SIENGE ................................................. 43 

Figura 19 - Consulta de Composições de Serviços no SIENGE ............................... 44 

Figura 20 - Cadastro de Serviços no SIENGE .......................................................... 44 

Figura 21 - Janela de apoio no SIENGE ................................................................... 45 

Figura 22 - Composição de Serviços no SIENGE ..................................................... 45 

Figura 23 – Menu Cadastro de Insumo no SIENGE .................................................. 46 

Figura 24 - Cadastro de Insumo no SIENGE ............................................................ 46 

Figura 25 - Extração de Quantitativos no Revit ......................................................... 47 

Figura 26 - Grupos de Componentes do Revit .......................................................... 47 

Figura 27 - Propriedades das Tabelas de Quantitativos no Revit ............................. 48 

Figura 28 - Parâmetro Calculado no Revit ................................................................ 48 

Figura 29 - Tabela de Janelas gerada no Revit ......................................................... 49 

Figura 30 - Tabela de Quantitativos do Revit em .txt ................................................ 49 

Figura 31 - Exportação de Tabelas de Quantitativos no Revit .................................. 50 

Figura 32 - Inserção de Quantitativos do Orçamento no SIENGE ............................ 50 

Figura 33 - Emissão de Relatório de Orçamento Sintético no SIENGE .................... 51 

Figura 34 - Emissão da Curva ABC de Insumos no SIENGE ................................... 52 

Figura 35 - Planta Casa SMART 54m² ...................................................................... 53 

Figura 36 - Relatório de Orçamento Sintético gerado no SIENGE ............................ 59 

Figura 37 - Relatório da Curva ABC de Insumos gerado no SIENGE ....................... 59 

Figura 38 - Relatório da Curva ABC de Serviços gerado no SIENGE ....................... 60 

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Formatos de intercâmbio mais utilizados na indústria EAC ..................... 20 

Tabela 2 - Quadro de Áreas - Ambientes .................................................................. 54 

Tabela 3 - Quadro de Áreas - Total ........................................................................... 54 

Tabela 4 - Elétrica - Conduítes .................................................................................. 54 

Tabela 5 - Elétrica - Conexões de Conduíte.............................................................. 54 

Tabela 6 - Elétrica - Quadros .................................................................................... 55 

Tabela 7 - Elétrica - Tomadas e Interruptores ........................................................... 55 

Tabela 8 - Esquadrias - Janelas ................................................................................ 55 

Tabela 9 - Esquadrias - Portas .................................................................................. 55 

Tabela 10 - Hidráulica - Acessórios de tubo .............................................................. 56 

Tabela 11 - Hidráulica - Conexões de Tubos ............................................................ 56 

Tabela 12 - Hidráulica - Louças e Acessórios ........................................................... 56 

Tabela 13 - Hidráulica - Tubos .................................................................................. 57 

Tabela 14 - Revestimentos - Cobertura .................................................................... 57 

Tabela 15 - Revestimentos - Forros .......................................................................... 57 

Tabela 16 - Revestimentos - Paredes ....................................................................... 57 

Tabela 17 - Revestimentos - Pisos ............................................................................ 58 

Tabela 18 - Topografia .............................................................................................. 58 

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas BIM Building Information Modeling CEF Caixa Econômica Federal EAC Engenharia, Arquitetura e Construção EAP Estrutura analítica de projeto EPI Equipamentos de Proteção Individual ERP Enterprise Resource Planning IAI International Alliance for Interoperability IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IDM Information Delivery Manual IFC Industry Foundation Class MCMV Minha Casa, Minha Vida MDIC Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior NBR Norma Brasileira PAC Programa de Aceleração do Crescimento PLS Planilha de Levantamento de Serviços SINAPI Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil UTFPR Universidade Tecnológica Federal do Paraná

SUMÁRIO

1.  INTRODUÇÃO ............................................................................................. 12 1.1  OBJETIVOS ................................................................................................. 13 1.1.1  Objetivo Geral .............................................................................................. 13 1.1.2  Objetivos Específicos ................................................................................... 13 1.2  JUSTIFICATIVA ........................................................................................... 13 1.3  LIMITAÇÕES DO TRABALHO ..................................................................... 14 1.4  ESTRUTURA DO TRABALHO ..................................................................... 14 1.5  METODOLOGIA CIENTÍFICA ...................................................................... 14 2.  FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................... 15 2.1  BIM – MODELAGEM DA INFORMAÇÃO DA CONSTRUÇÃO .................... 15 2.2  GERENCIAMENTO DO ESCOPO ............................................................... 16 2.2.1  Ferramentas BIM para modelagem .............................................................. 16 2.2.2  Colaboração ................................................................................................. 17 2.2.3  Interoperabilidade ......................................................................................... 19 2.2.4  Modelagem 3D ............................................................................................. 20 2.3  GERENCIAMENTO DO TEMPO.................................................................. 21 2.3.1  Estrutura analítica de projeto (EAP) ............................................................. 21 2.3.2  Rede de precedências ................................................................................. 21 2.3.3  Cronograma de Gantt ................................................................................... 22 2.3.4  Modelagem 4D ............................................................................................. 22 2.4  GERENCIAMENTO DE CUSTOS ................................................................ 23 2.4.1  Estimativa de custos .................................................................................... 23 2.4.2  Orçamento ................................................................................................... 25 2.4.3  Controle de Custos ....................................................................................... 25 2.4.4  Modelagem 5D ............................................................................................. 26 2.4.5  Orçamento em software ERP ....................................................................... 26 3.  METODOLOGIA .......................................................................................... 28 3.1  O MÉTODO DE ESTUDO DE CASO ........................................................... 28 3.2  PASSOS DA PESQUISA ............................................................................. 28 3.2.1  Formulação do problema ............................................................................. 28 3.2.2  Definição de unidade-caso ........................................................................... 29 3.2.3  Determinação do número de casos .............................................................. 29 3.2.4  Elaboração do protocolo (coleta de dados) .................................................. 29 3.2.5  Coleta de dados ........................................................................................... 29 3.2.6  Avaliação e análise dos dados ..................................................................... 30 3.2.7  Preparação do relatório ................................................................................ 30 4.  ESTUDO DE CASO ..................................................................................... 30 4.1  REUNIÕES INICIAIS .................................................................................... 31 4.1.1.  Primeira reunião: Apresentação do projeto .................................................. 32 4.1.2  Segunda reunião: Definição dos níveis de detalhamento do orçamento ...... 32 4.1.3  Terceira reunião: Definição das bases de dados para orçamento ............... 33 4.1.4  Quarta reunião: Definição do software de orçamento .................................. 34 4.1.5  Quinta reunião: Recebimento de arquivos de escopo e planejamento para orçamento ................................................................................................................. 34 4.2  ADOÇÃO DE UMA BASE DE DADOS PARA ORÇAMENTO ...................... 34 4.2.1  Download da base de dados ........................................................................ 34 4.2.2  Conversão de formatos da base de dados ................................................... 36 4.2.3  Formatação da base de dados para importação pelo SIENGE .................... 37 

4.3  REALIZAÇÃO DE ORÇAMENTO EM SOFTWARE ERP ............................ 39 4.3.1  Criação de usuário, login e senha ................................................................ 39 4.3.2  Importação da base de dados para o SIENGE ............................................ 40 4.3.3  Atualização dos preços dos insumos no SIENGE ........................................ 41 4.3.4  Cadastramento de nova obra e orçamento no SIENGE ............................... 42 4.3.5  Estruturação do orçamento baseado no cronograma no ambiente SIENGE43 4.3.6  Inserção de composições de serviços no SIENGE ...................................... 43 4.3.7  Cadastramento de insumos e composições de serviços incrementais no SIENGE ..................................................................................................................... 44 4.4  QUANTIFICAR OS SERVIÇOS DO ORÇAMENTO NO REVIT ................... 47 4.4.1  Extração de quantitativos do modelo BIM .................................................... 47 4.4.2  Documentação dos quantitativos no Revit ................................................... 49 4.4.3  Lançamento dos quantitativos do orçamento no SIENGE ........................... 50 4.5  EMISSÃO DE RELATÓRIOS DE ORÇAMENTO NO SIENGE .................... 51 4.5.1  Emissão de relatório de Orçamento Sintético no SIENGE ........................... 51 4.5.2  Emissão de relatório da Curva ABC de Insumos no SIENGE ...................... 51 4.5.3  Emissão de relatório da Curva ABC de Serviços no SIENGE ...................... 52 4.6  ALTERAÇÕES DO ORÇAMENTO DEVIDO A MUDANÇAS ....................... 52 5.  ANÁLISE DOS RESULTADOS ................................................................... 53 5.1  EXTRAÇÃO E DOCUMENTAÇÃO DE QUANTITATIVOS ........................... 53 5.2  RELATÓRIOS DE ORÇAMENTO ................................................................ 58 5.2.1  Relatório de Orçamento Sintético ................................................................. 59 5.2.2  Relatório da Curva ABC de Insumos ............................................................ 59 5.2.3  Relatório da Curva ABC de Serviços ........................................................... 60 6.  CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ...................................................... 61 6.1  CONCLUSÕES DO ESTUDO DE CASO ..................................................... 61 6.2  SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS ........................................... 62 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 63 APÊNDICES ............................................................................................................. 68 APÊNDICE A – RELATÓRIO DE ORÇAMENTO SINTÉTICO .................................. 68 APÊNDICE B – RELATÓRIO DA CURVA ABC DE INSUMOS ................................. 73 APÊNDICE C – RELATÓRIO DA CURVA ABC DE SERVIÇOS ............................... 78 

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1. INTRODUÇÃO

Em meados de 2011 a indústria da construção civil no Brasil experimentou um

de seus melhores momentos da história do país com crescimento recorde, os

créditos desse acontecimento ficaram por conta de investimentos públicos e

privados e de programas do governo federal como o PAC (Programa de Aceleração

do Crescimento) e o MCMV (Minha Casa, Minha Vida) (PIGHINI, 2011).

Porém esse grande crescimento não foi acompanhado igualmente pela

evolução tecnológica no processo de construção como ocorreu em outros setores

industriais (MDIC, 2010). De acordo com Eastman et al. (2014), a forma de

documentação e comunicação baseada em papel ainda é amplamente

predominante nesse ramo, gerando demasiados erros e omissões que resultam em

atrasos, custos imprevistos, conflitos entre informações e eventuais processos

judiciais para os envolvidos na obra.

Matipa (2008) afirma que o processo de geração de documentos e dados,

quantificação e de outros processos técnicos deverão ter cada vez menos a

intervenção humana. De acordo com Florio (2007), a aplicação de uma ideologia

denominada BIM pode auxiliar de maneira muito significativa na automatização

desse processo.

BIM é um conceito de trabalho que sugere a modelação das informações do

projeto, através de um modelo digital integrado abrangendo todas as disciplinas

durante todo o ciclo de vida da edificação (AZEVEDO, 2009).

A ideia de BIM nos remete a algo muito recente, porém de acordo com

Laiserin (2007) a ideologia surgiu há muito tempo e foi relatada pela primeira vez por

Charles M. “Chuck” Eastman em 1975. Em seu artigo publicado no jornal AIA,

Eastman (1975) já idealizava um modelo interativo onde fosse necessário apenas

uma mudança no projeto base para que todos os desenhos derivados dele

acompanhassem a alteração automaticamente. Além disso, já imaginava um banco

de dados integrado que fornecesse facilmente quantitativos, visualizações e

estimativas de custos.

Segundo Laiserin (2007) a primeira vez em que o termo Building Information

Model apareceu documentado foi em um artigo de G.A. van Nederveen e F. Tolman,

em dezembro de 1992, com o título Automation in Construction. Com a difusão do

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BIM no cenário brasileiro surgiu a necessidade de uma tradução para o português

do termo Building Information Modeling de forma que seu significado fosse mantido,

isso só ocorreu de forma consensual e determinante com a publicação da norma

NBR 12006-2 em 2010, onde foi traduzido como “Modelagem da Informação da

Construção” (ABNT, 2010).

Na Modelagem da Informação da Construção os quantitativos são extraídos

de um modelo tridimensional com objetos parametrizados, esse fator contribui muito

no processo de estimar os custos de uma obra, podendo gerar ganhos significativos

na velocidade e na precisão do orçamento (NASSAR, 2012).

A estimativa de custos é o tema principal do presente trabalho e recebeu a

nomenclatura “5D” em um conceito de Aouad et al. (2006) que trata da

multidimensionalidade no BIM. Tal conceito é melhor explanado no capítulo 2.1.4.

1.1 OBJETIVOS

1.1.1 Objetivo Geral

Desenvolver um orçamento de custos de uma casa popular num ambiente

BIM 5D, executado de forma simultânea e integrada com a elaboração de projetos

(BIM 3D) e cronograma (BIM 4D).

1.1.2 Objetivos Específicos

Os objetivos específicos são:

Explicitar a participação do orçamentista no desenvolvimento do projeto

arquitetônico e complementares, cronograma e orçamento, de uma obra

que utilize o ambiente BIM 3D, 4D e 5D;

Extrair quantitativos do modelo para alimentar a estimativa de custos;

Analisar a interoperabilidade entre o modelo e um software de orçamento;

Gerar um orçamento sintético para realização de uma simulação 5D.

1.2 JUSTIFICATIVA

Com o passar do tempo surgiram novas necessidades e tecnologias na

construção civil, com isso os projetos ficaram mais complexos, envolvendo diversas

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disciplinas. Uma equipe multidisciplinar trabalhando de maneira colaborativa é o

modo mais eficiente para se ter êxito nas metas de prazo, custo e qualidade em um

projeto (FLORIO, 2007).

De acordo com Kymmel (2008) um dos maiores problemas na construção é a

visualização errônea dos projetos, impossibilitando o acerto no planejamento, na

estimativa de custos e na execução dos edifícios. O BIM proporciona uma maior

precisão no levantamento dos custos, uma considerável redução no tempo de

engenharia, além de dar suporte para a automação na fase de produção (SACKS et

al., 2005).

Matipa (2008) cita que na fase inicial do projeto um dos fatores mais

relevantes é o levantamento quantitativo, pois é a base para alimentar a gestão de

custos da obra. Com a utilização da Modelagem da Informação da Construção, a

extração de quantitativos é realizada automaticamente, com isso os responsáveis

pela estimativa de custos podem atingir uma maior precisão (CHO et al., 2011).

1.3 LIMITAÇÕES DO TRABALHO

O foco do trabalho foi gerar um orçamento abrangendo somente as atividades

previstas no cronograma e no modelo em que foi baseado. Alguns itens do projeto

não modelados também ficaram de fora do escopo do orçamento. Para as emissões

de relatórios de orçamento foi adotado um BDI de 25%.

1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO

O presente trabalho é composto por seis capítulos. No primeiro é feita uma

introdução ao tema, além dos objetivos, justificativa, limitações e metodologia da

pesquisa. O segundo capítulo apresenta a fundamentação teórica. O terceiro

capítulo explica a metodologia adotada e o quarto o estudo de caso de um

orçamento no ambiente BIM. Já o quinto capítulo mostra os resultados obtidos com

uma análise dos mesmos. O sexto e último capítulo expõe as conclusões sobre a

pesquisa e algumas recomendações para trabalhos futuros.

1.5 METODOLOGIA CIENTÍFICA

O método escolhido para esse trabalho foi o “Estudo de Caso”.

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 BIM – MODELAGEM DA INFORMAÇÃO DA CONSTRUÇÃO

BIM não é um software específico, nem pode ser caracterizado simplesmente

por um desenho em 3D ou por um modelo em que seus componentes não

apresentam a inteligência paramétrica (EASTMAN et al., 2014). De acordo com

Menezes (2011) Building Information Modeling (BIM) é uma filosofia de trabalho, a

qual integra engenheiros, arquitetos e construtores na concepção de um modelo

virtual fiel ao escopo e que seja capaz de gerar dados contendo informações que

atendam todo o ciclo de vida da edificação.

Para Meireles (2013) a Modelagem da Informação da Construção é um

processo integrado que proporciona um fluxo de trabalho dinâmico entre os

projetistas e demais partes envolvidas, através de modelos digitais em três

dimensões e que simulam as características físicas e funcionais do edifício.

O BIM é baseado em um banco de dados digitais onde uma simples alteração

efetuada no modelo reflete em todas as vistas automaticamente, possibilitando uma

compatibilização otimizada do projeto (AZEVEDO, 2009). Além disso, pela

necessidade de se modelar grande parte dos componentes do projeto,

consequentemente obteve-se elementos mais detalhados, diminuindo os problemas

causados por falta de detalhamento de projeto, erros e omissões (VASCONCELOS,

2010).

A filosofia da Modelagem da Informação da Construção engloba, além de

dados referentes ao gerenciamento do escopo (parâmetros geométricos e

especificações), dados referentes aos gerenciamentos do tempo, custo e facilidades

e manutenção do edifício. Com isso Auoad et al. (2003) criou o conceito de

multidimensionalidade no BIM batizado de nD Modelling, classificando os estágios

de modelagem de acordo com as nomenclaturas a seguir:

Modelagem 3D: Gerenciamento do Escopo (modelo geométrico 3D

parametrizado);

Modelagem 4D: incorpora-se o Gerenciamento do Tempo;

Modelagem 5D: incorpora-se o Gerenciamento dos Custos;

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Modelagem 6D: incorpora-se o Gerenciamento das Facilidades e

Manutenção.

Ainda de acordo com Auoad (et al. 2003), o nD Modelling é uma classificação

do BIM conforme os dados gerados automaticamente pelo modelo como plantas,

cortes, elevações, cronogramas e custos. O modelo virtual permite sincronizar as

alternativas de desenho com o planejamento, na simulação 4D, e com as

estimativas de custos, na simulação 5D (AZEVEDO, 2009).

2.2 GERENCIAMENTO DO ESCOPO

Segundo o Guia PMBOK (2008), projeto é um empreendimento colaborativo,

que envolve pesquisa e/ou desenho, que é planejado para atingir um ou mais

objetivos, tendo como principais características as listadas a seguir:

Temporário, possui início e fim bem definidos;

Planejado, executado e controlado;

Geram produtos, serviços ou resultados exclusivos;

Executado em etapas pré-estabelecidas, por pessoas e com recursos

delimitados.

No gerenciamento de projetos é essencial que todos os envolvidos possuam

acesso ao escopo, status do projeto, responsáveis, etapas, prazos, custos,

qualidade, recursos disponíveis, metas e riscos (QUINTÃO, 2003). Escopo, no

âmbito do gerenciamento de projetos, é a totalização de todos os produtos do

projeto juntamente com seus respectivos requisitos ou características (PMBOK,

2008).

2.2.1 Ferramentas BIM para modelagem

Segundo Eastman et al. (2014), atualmente estão disponíveis no mercado

diversos softwares para modelagem voltada para o BIM, a se destacar:

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ArchiCAD: o software da Graphisoft, com sua primeira versão introduzida

em 1980, é a ferramenta BIM mais antiga entre as que estão disponíveis

atualmente. O Graphisoft MEP é o software que completa a suíte de

produtos para modelagem do ArchiCAD.

Bentley Architecture: software da Bentley Systems introduzido em 2004.

Hoje estão integrados a ele o Bentley Structural, o Bentley Building

Mechanical Systems, o Bentley Building Electrical Systems, o Bentley

Facilities, o Bentley PowerCivil e o Bentley Generative Components;

Revit Architecture: software introduzido pela Autodesk em 2002 que

atualmente está integrado com o Revit Structure e o Revit MEP, formando

uma família de produtos para modelagem BIM;

Digital Project: software que foi adaptado de uma plataforma de

modelagem amplamente utilizada nas indústrias automobilística e

aeroespacial para a arquitetura e construção, foi desenvolvido pela Gehry

Technologies;

Tekla Structures: software que foi reestruturado em 2004 pela Tekla

Corporation através da ampliação das funções de um outro produto da

empresa chamado Xsteel, que foi amplamente utilizado na aplicação de

detalhamento de aço na década de 1990. A sua última versão engloba

suporte para aço, concreto pré-moldado, madeira, concreto armado e

engenharia estrutural.

De modo geral, essas ferramentas incorporam diferentes tipos de

capacidades, são elas: interface do usuário, geração de desenhos, facilidade de

desenvolver objetos paramétricos personalizados, escalabilidade (habilidade de lidar

com projetos de grande escala e alto nível de detalhamentos), interoperabilidade

(importação e exportação para demais softwares), extensibilidade, modelagem de

superfícies curvas complexas e ambiente multiusuário (EASTMAN et al., 2014).

18

2.2.2 Colaboração

O sucesso de um projeto dependente em grande parte da qualidade da

comunicação entre os colaboradores (DENG et al., 2001). Além disso, de acordo

com Santos (2009), para se obter êxito em um projeto é necessário gerar

informações consistentes, com qualidade e da maneira mais rápida possível.

A ideologia da Modelagem da Informação da Construção atende esses

requisitos, pois utilizada uma plataforma de softwares concebidos para diversas

áreas da Arquitetura, Engenharia e Construção (AEC), de tal forma que é possível

reunir em um único arquivo as informações de todas as disciplinas envolvidas e

modeladas de determinado projeto (OLIVEIRA, 2011).

O trabalho colaborativo através da utilização do BIM pode aprimorar a

visualização dos projetos, melhorar a eficiência e qualidade da construção, agilizar e

dar maior confiabilidade a documentação gerada, facilitar a gestão de projetos e

facilitar a quantificação e estimativa de custos (FLORIO, 2007).

O software Revit possui funcionalidades que auxiliam na colaboração no

gerenciamento de projetos como as ilustradas nas Figuras 1 e 2. São elas

respectivamente: a verificação de interferências, onde é possível fazer uma análise

do modelo quanto a conflitos entre os elementos; e o compartilhamento de trabalho,

onde vários usuários salvam seu trabalho em um único arquivo central. Essas

possibilidades.

19

Figura 1 - Verificação de interferências - Revit FONTE: AUTODESK, 2015

Figura 2 - Compartilhamento de trabalho - Revit FONTE: AUTODESK, 2015

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2.2.3 Interoperabilidade

Interoperabilidade é a capacidade que sistemas distintos têm de trocar

informações entre si sem perder parâmetros e sem comprometer a funcionalidade

do outro sistema, é uma das características principais na Modelagem da Informação

da Construção (AZEVEDO, 2009).

Segundo Eastman et al. (2014), no ramo da construção civil a

interoperabilidade é representada pela necessidade constante de trocas de dados

entre os colaboradores das diferentes disciplinas de um projeto. No BIM o modelo

pode ser feito separadamente em softwares diferentes, porém todas as partes do

modelo devem ser capazes de se unir às outras sem perder ou distorcer

informações (MATTEI, 2008). Sua aplicação reduz a quantidade de dados criados

previamente, auxilia no fluxo de informações e proporciona uma automação dos

processos (EASTMAN et al., 2014).

Mattei (2008) cita que a interoperabilidade é muito importante para aumentar

a eficiência dos projetos e da produção, tornando a empresa que à adota mais

competitiva. De acordo com Oliveira (2005), podem ocorrer problemas de retrabalho

quando existem informações conflitantes ou não recebidas no intercâmbio de

formatos de arquivos, o que não deverá acontecer quando os softwares utilizados

forem interoperáveis entre si.

De acordo com Eastman et al. (2014) existem diversas extensões utilizadas

atualmente na indústria AEC como pode ser observado na Tabela 1:

Tabela 1 - Formatos de intercâmbio mais utilizados na indústria EAC

Formatos de imagem JPG, GIF, TIF, BMP, PIC, PNG, RAW, TGA, RLE

Formatos vetoriais 2D DXF, DWG, AI, CGM, EMF, IGS, WMF, DGN

Formatos de superfícies e formas 3D

3DS, WRL, STL, IGS, SAT, DXF, DWG, OBJ, DGN, PDF(3D), XGL, DWF, U3D, IPT, PTS

Formatos de intercâmbio 3D

STP, EXP, CIS/2

Formatos de informação geográfica

SHP, SHX, DBF, DEM, NED

Fonte: EASTMAN et al. (2014)

21

No ano de 1994 a desenvolvedora de softwares Autodesk deu início a um

consórcio, nomeado como Industry Alliance for Interoperability, para tentar criar um

padrão de intercâmbio de informações entre as diferentes aplicações. No final dos

anos 1990 o consórcio foi aberto para todos os interessados em contribuir e teve seu

nome alterado para International Alliance for Interoperability (IAI), a qual publicou o

Industry Foundation Class (IFC). O IFC é um formato de dados neutro que visa a

interoperabilidade principalmente entre aplicações de diferentes desenvolvedores, já

que os formatos nativos de uma mesma empresa naturalmente possuem boa

interoperabilidade entre si (EASTMAN et al., 2014).

Em 11 de janeiro de 2008, o IAI mudou seu nome para buildingSMART. Com

o passar do tempo surgiu o Information Delivery Manual (IDM), uma metodologia

criada para melhorar a interoperabilidade entre os softwares através da

padronização dos processos de criação, que foi publicada por meio da norma

internacional ISO 29481-1:2010 (buildingSMART, 2015).

2.2.4 Modelagem 3D

A Modelagem da Informação da Construção utiliza modelos paramétricos dos

elementos da edificação, permitindo alterações dinâmicas no modelo base, que

refletem em todos os demais desenhos, assim como no orçamento e nas

especificações (COELHO e NOVAES, 2008). Diversos elementos do edifício são

modelados e reunidos em um único projeto virtual, viabilizando simulações,

melhores detalhamentos e perspectivas para gestão, além de reduzir os riscos e o

retrabalho (RUIZ, 2009). Além disso, com o BIM, é possível atrelar aos elementos

parâmetros como: desempenho, funcionalidade, compatibilidade com os demais

materiais, geração de resíduos, resultados de ensaios normatizados, durabilidade,

entre outros (PISSARRA, 2010). Os modelos virtuais em 3D podem ser concebidos

com maior ou menor grau de imersão ou interatividade, individualmente ou

conjugados, de forma que possam ser utilizados de acordo com a necessidade de

cada projeto (SANTOS, 2010).

22

2.3 GERENCIAMENTO DO TEMPO

De acordo com Eastman et al. (2014), o planejamento e a programação de

uma construção consistem no sequenciamento das atividades a serem

desenvolvidas num determinado espaço e tempo, considerando-se

aprovisionamento, recursos, limitações e outras questões no processo.

2.3.1 Estrutura analítica de projeto (EAP)

A estrutura analítica de projeto é uma decomposição hierárquica ordenada

das atividades a serem realizadas pela equipe de colaboradores do projeto, para

atingir os objetivos e controlar as entregas parciais necessárias. O processo é

subdividido em tarefas menores e melhor gerenciáveis, podendo ter diversos níveis

de detalhamento (PMBOK, 2008). Para Kerzner (2002), a EAP é uma das mais

importantes ferramentas no gerenciamento de projetos, nela cada tarefa possui um

código identificador exclusivo para facilitar sua localização dentro do escopo do

projeto.

2.3.2 Rede de precedências

Na realização de um cronograma é possível utilizar ferramentas de simulação

a fim de estabelecer as sequências e precedências das atividades do escopo,

analisando as interferências de cada atividade nas datas de início e término de

tarefas precedentes e/ou dependentes. Com a simulação pode-se variar as

sequências e o ritmo dos serviços gerando alternativas estratégicas para a tomada

de decisão em cada situação. Com uma rede de precedências bem elaborada é

possível fazer um acompanhamento preciso da obra, através de relatórios de índices

físicos, indicadores de desempenho e eficiência dos processos (MORAES e SERRA,

2009).

2.3.3 Cronograma de Gantt

O gráfico de Gantt é um modelo de visualização de cronograma com barras

escaladas de acordo com o tempo de duração das atividades. Com ele é mais

intuitivo realizar ações de gerenciamento como alterar o sequenciamento, datas de

início e término de tarefas, pulmões (folgas entre as atividades), preenchimento do

23

físico realizado, entre outras. É uma ferramenta que possibilita pessoas com pouca

instrução manuseá-lo e extrair as informações necessárias facilmente (MATTOS,

2010).

2.3.4 Modelagem 4D

O planejamento do tempo é um pré-requisito para obtenção do sucesso no

gerenciamento de uma obra e se bem conduzido pode gerar grandes benefícios

como: a redução da probabilidade de imprevistos, precisão no planejamento de

compras e auxílio na gestão de pessoas e comunicações (MATTOS, 2010). Santos

(2011) acrescenta como vantagem de um bom planejamento a antecipação da

tomada de decisões, reduzindo o tempo demandado pelo processo.

Para Bernardes (1996) o planejamento pode considerado um processo de

geração de alternativas que permite uma melhor escolha entre as várias opções

analisadas, baseada em critérios predeterminados para se atingir certo objetivo.

De acordo com Biotto (2012), a modelagem 4D é composta essencialmente

por modelos tridimensionais interligados ao tempo, este podendo ser o tempo real

de execução de certa atividade, do tempo planejado para a mesma ou até mesmo

do tempo para construção dos elementos da atividade. Ou seja, é um processo que

permite visualizar o andamento da obra em três dimensões ao longo do tempo, que

é conhecido no ambiente BIM como a quarta dimensão (WITICOVSKI, 2011).

Eastman et al. (2014) afirma que a modelagem 4D começou a ser

desenvolvida no fim da década de 1980 por grandes empresas que executavam

projetos complexos de infraestrutura e energia, onde erros de planejamento

geravam um acréscimo extremamente relevante no custo. Entretanto, foi na década

de 1990 que a modelagem 4D foi implementada de forma mais efetiva, o que

permitiu aos construtores utilizar das simulações para controlar de maneira mais

eficiente os prazos de execução de obras, além de reduzir consideravelmente o

retrabalho (FLORIO, 2007).

Staub-French et. al. (2007) cita que a modelagem 4D tem grande

potencialidade na melhoria dos processos de projetos e execução de obras e ainda

lista como vantagens de sua implantação os seguintes fatores:

Identificação e extinção de interferências;

24

Diminuição do retrabalho;

Melhora na produtividade;

Redução de solicitações de informações sobre o projeto;

Redução de solicitações de modificações no projeto e

Redução do custo de construção.

2.4 GERENCIAMENTO DE CUSTOS

O gerenciamento de custos de um projeto, de acordo com o PMBOK (2008),

envolve três processos principais, são eles:

Estimativa de custos;

Orçamento;

Controle de custos.

2.4.1 Estimativa de custos

A estimativa de custos envolve, além da geração de uma lista de materiais e

suas dimensões, uma análise da edificação, a alocação de elementos em grupos e

subgrupos adequados à construção, análise de variáveis e a determinação dos

preços dos insumos (KHEMLANI, 2006). A precisão nas fases iniciais de uma

estimativa de custos varia entre -50% a + 100% do custo final do projeto, ao longo

do desenvolvimento dos detalhes a estimativa de custos é refinada, chegando a uma

precisão entre -10% a +15% (PMBOK, 2008).

O primeiro passo para uma estimativa de custos é a quantificação, onde é

realizado um registro dos componentes juntamente com suas quantidades. É um

processo que demanda muito tempo e está sujeito a erros humanos, podendo

demandar de 50% a 80% do tempo de uma estimativa de custos em um projeto

(SABOL, 2008). Para Azevedo (2009), o levantamento de quantitativos é a base de

qualquer estimativa de custo e exige o conhecimento especifico de cada elemento e

de todos os métodos de construção que o projeto demanda.

A falta de padronização no levantamento de quantitativos, o desconhecimento

das especificações do projeto e os conflitos entre os coeficientes de consumo

25

utilizados nas composições e seus respectivos critérios de medição são as variáveis

que causam maior imprecisão no custo final orçado (MARCHIORI, 2009).

De acordo com Alder (2006), o levantamento de quantitativos pode ser

realizado tanto manualmente quanto automatizado, isso irá depender da preferência

e da disponibilidade de ferramentas da equipe responsável pela estimativa de

custos. Métodos que realizam este processo automaticamente, através da

compilação, padronização e integração dos dados, reduzem o tempo demandado,

os erros e as falhas na estimativa de custos (TOENJES, 2000).

Uma das vantagens experimentadas pelas empresas ao utilizar a Modelagem

da Informação da Construção é justamente na extração de quantitativos e na

estimativa de custos (KHEMLANI, 2006). No BIM a extração de quantitativos é

realizada diretamente no modelo, reduzindo os problemas causados pela utilização

incorreta da escala no projeto (ALDER, 2006).

Para Schwegler et al. (2001) a utilização do BIM fornece apoio à decisão

desde às fases preliminares, quantificações e estimativas confiáveis para

orçamentação, além de dados sobre todas as etapas do ciclo de vida do projeto. Tal

afirmação foi feita por Schwegler et al. (2001) após apresentar um caso em que a

YIT Corporation implantou um ambicioso programa de desenvolvimento de

softwares para a estimativa de custos de obras e obteve os seguintes resultados:

Diminuição de 80% no tempo de realização da estimativa de custos (incluindo

etapas antes inexistentes como a análise do modelo e a simulação de novas

alternativas);

Aumento na precisão da estimativa de custos para +/- 3%;

Além da geração de visualizações do modelo e demais simulações de novas

alternativas que trouxeram outros benefícios não mensuráveis.

2.4.2 Orçamento

O orçamento consiste em uma estimativa ou previsão, que envolve

quantidades de materiais, horas de mão de obra, horas de equipamentos, além das

receitas, despesas, custos, impostos e lucro, realizado a fim de fundamentar às

tomadas de decisões e auxiliar no gerenciamento de custos de um projeto (LOSSO,

26

1995). A orçamentação abrange os custos estimados das atividades,

individualmente ou em pacotes de serviço, para se determinar uma linha base dos

custos do projeto, possibilitando a medição do desempenho do mesmo (PMBOK,

2008).

Segundo Marchiori (2009), na fase de pré-projeto o orçamento geralmente

não é muito detalhado, pois tem o objetivo de análise de viabilidade, já nas fases

próximas da construção, com todos os projetos prontos, é necessário um maior

detalhamento para se determinar as metas de custo.

De acordo com Knolseisen (2003), a primeira etapa de um orçamento é a

interpretação minuciosa dos projetos arquitetônicos e complementares e de todas as

especificações para só então avançar à segunda etapa, que é a definição da

estrutura analítica do projeto. Nesta etapa o orçamentista deve considerar o maior

número possível de itens que geram custos durante a execução de uma obra

(LOSSO, 1995).

Knolseisen (2003) cita ainda que para a realização de um orçamento o

planejamento se faz necessário, pois ele define as etapas e sequência das

atividades a serem desenvolvidas, buscando reduzir o desperdício, atingir a

qualidade e determinar a velocidade de execução da obra.

2.4.3 Controle de Custos

A maior dificuldade no controle de custos está relacionada à apropriação de

cada custo gerado com seus respectivos itens do orçamento (PMBOK, 2008). De

acordo com Eastman et al. (2014), no BIM este problema é amenizado graças aos

parâmetros que podem ser associados a cada elemento do modelo, podendo

associa-lo a uma atividade ou grupo de custo já na fase de projeto.

Segundo Coelho (2001), com a conclusão do orçamento e cronograma, é

possível emitir relatórios para acompanhamento físico-financeiro do projeto. Para

Limmer (1997), a principal função do controle de custos de um projeto é a detecção

dos desvios do previsto, se possível até mesmo antes de sua ocorrência, visando

cumprir as metas estabelecidas em orçamento.

A curva ABC é um método de classificação de informações muito utilizado e

eficaz para se priorizar itens em um controle de custos. O método consiste em

27

classificar os valores totais de cada insumo em ordem decrescente e estabelecer 3

faixas de quantidades de insumos: 0% a 20%, 20% a 50% e 50% a 100%. Deste

modo se obterá a maior parcela do custo concentrado em poucos itens, facilitando a

priorização no controle de custos (MATTOS, 1965).

2.4.4 Modelagem 5D

De acordo com Gouvêa et. al. (2013), o enfoque da modelagem 5D são os

custos, os quais podem ser obtidos com maior precisão quando o levantamento de

quantitativos é realizado através de ferramentas BIM. Porém Staub-French (2007)

destaca que um modelo 5D só pode ser gerado com sucesso a partir de um modelo

4D, uma vez que a dimensão tempo se faz presente em ambos e é o enfoque do

modelo 4D.

Assim como no caso das ferramentas de modelagem, já é possível encontrar

no mercado vários softwares capazes de unir modelos de diferentes disciplinas em

um único, identificar interferências entre eles, fazer a simulação 5D entre outras

funções (PLATAFORMA BIM, 2015). Alguns destes softwares estão listados a

seguir:

Tekla BIMsight;

Graphisoft BIMx;

Autodesk Navisworks;

Solibri Model Checker.

2.4.5 Orçamento em software ERP

Os sistemas ERP (Enterprise Resource Planning), conhecidos no Brasil como

Sistemas Integrados de Gestão, são compostos por vários módulos integrados, que

atendem ás diversas necessidades de apoio dentro de uma empresa a partir de uma

única base de dados (VALENTE, 2004). Essa base de dados serve de referência

para uniformizar, otimizar e integrar os processos da empresa (CABRAL, 2012).

Santos et. al. (2013) cita em seu trabalho alguns exemplos de sistemas ERP

internacionais, listados a seguir:

28

SAP/R3;

BANN4;

Oracle Applications;

BPCS;

People Soft;

JDEdwards;

MFG/Pro;

Microsoft Dynamics AX.

De acordo com Witicovski (2011) no Brasil existem sistemas ERPs

direcionados ao ramo da construção civil, alguns deles são:

SIENGE da Softplan;

SIECON da Poliview Tecnologia;

UAU da Globaltec.

O sistema ERP SIENGE possui um módulo voltado para o orçamento, onde é

possível elaborar a planilha de orçamento da obra através do cadastro de insumos,

serviços, composições, etapas e subetapas. Além disso, é possível separar o

orçamento em unidades construtivas e emitir relatórios de orçamento em mais de 30

formatos (SIENGE, 2015).

29

3. METODOLOGIA

Este capítulo apresenta a metodologia utilizada para o desenvolvimento deste

trabalho. O método de pesquisa escolhido foi o do Estudo de Caso.

3.1 O MÉTODO DE ESTUDO DE CASO

Conforme Gil (1996) o estudo de caso é caracterizado pelo amplo

detalhamento da pesquisa, sendo um estudo profundo e exaustivo. O estudo de

caso deve abordar não só o fenômeno de interesse do estudo, como também seu

contexto, gerando com isso um grande número de variáveis potencialmente

significantes (YIN, 2005).

Segundo Yin (2005), o estudo de caso é uma estratégia ideal quando se

colocam questões do tipo “como” e “por que”. A questão “como” foi utilizada no

problema desta pesquisa sobre como é realizado o projeto de uma obra nas

dimensões 3D (projeto arquitetônico e complementares), 4D (cronograma) e 5D

(orçamento).

3.2 PASSOS DA PESQUISA

A presente monografia seguiu os seguintes passos no desenvolvimento do

estudo de caso:

Formulação do problema;

Definição de unidade-caso;

Determinação do número de casos;

Elaboração do protocolo;

Coleta de dados;

Avaliação e análise dos dados;

Preparação do relatório.

30

3.2.1 Formulação do problema

O problema desta pesquisa envolve levantar como realizar um orçamento de

obra integrado a um sistema BIM envolvendo a fase de projetos arquitetônico e

complementares (BIM 3D) e de programação de atividades no cronograma da obra

(BIM 4D), de forma a gerar o BIM 5D, que é a dimensão do orçamento da obra. Com

isso definido o capítulo 1 apresenta os objetivos geral e específicos desta

monografia.

3.2.2 Definição de unidade-caso

O estudo de caso será aplicado na unidade projetos e obras de uma

construtora, tendo como unidade de pesquisa uma obra residencial em Steel Frame

de 54m².

3.2.3 Determinação do número de casos

Tendo em vista a dificuldade de localizar construtoras em Curitiba que

realizem projetos e obras em Steel Frame, e ainda mais, que além disso ainda

utilizem o ambiente BIM para todo o processo de projeto e planejamento da obra,

será adotada a realização de apenas um estudo de caso.

Tal decisão foi motivada pelo fato do autor ter encontrado apenas uma

construtora disposta a participar do estudo de caso.

3.2.4 Elaboração do protocolo (coleta de dados)

A implementação deste estudo de caso adotará a utilização das técnicas de

entrevista não estruturada e coleta de dados por levantamentos específicos,

conduzidos pelo pesquisador.

Desta forma não existe neste momento nenhum formulário ou documento

similar a ser apresentado.

3.2.5 Coleta de dados

Todo o processo de coleta de dados será realizado ao longo do

desenvolvimento integrado dos projetos arquitetônicos, complementares,

31

cronograma e orçamento. No capitulo estudo de caso são oferecidos mais detalhes

das partes envolvidas.

O pesquisador participará do estudo de caso na figura do orçamentista, de

forma a obter uma visão completa de como realizar um orçamento em BIM 5D.

A sequência de atividades a ser utilizada na elaboração do estudo de caso

envolverá:

Coleta de informações da construtora e dos envolvidos;

Reuniões iniciais visando a apresentação do projeto e definições como:

nível de detalhamento do orçamento, base de dados e software a

serem utilizados no orçamento;

Recebimento dos arquivos dos projetos e do cronograma da obra

objeto do estudo de caso;

Organização das informações para orçamentação em uma base de

dados única;

Entrada de dados no software de orçamento SIENGE e geração de

orçamentos.

Disponibilização dos resultados do orçamento utilizando a EAP como

elemento chave para o transito de informações entre o BIM 3D, 4D e

5D.

3.2.6 Avaliação e análise dos dados

A avaliação dos dados do estudo de caso será feita no capítulo 5, que se

segue ao estudo de caso. Nesta avaliação está prevista uma análise mais detalhada

dos eventuais ganhos com a extração de quantitativos diretamente do modelo 3D.

3.2.7 Preparação do relatório

O relatório decorrente da aplicação do estudo de caso será apresentado no

capítulo 5, onde deverão ser apresentados documentos tais como: relatório de

orçamento sintético, relatório da curva ABC de insumos e relatório da curva ABC de

serviços.

32

4. ESTUDO DE CASO

Neste capítulo será apresentado como foi desenvolvido o processo dessa

pesquisa, bem como o detalhamento de cada etapa.

O presente estudo de caso foi estruturado com três trabalhos desenvolvidos

em paralelo, simulando um organograma de uma empresa engajada para utilizar a

metodologia BIM. Os colaboradores envolvidos foram: o autor, representando o

engenheiro orçamentista; o arquiteto, representado por Eduardo Belusso Cecco; o

planejador, representado por Felipe Zanini Müller; além do engenheiro Andre

Schneider, no papel de construtor. O organograma da empresa pode ser visto na

Figura 3.

Os trabalhos de Cecco (2015) e Müller (2015) aconteceram em paralelo ao

presente estudo e foram utilizados como base para geração do orçamento

desenvolvido no mesmo.

Figura 3 - Organograma da Empresa Hipervisão Engenharia Civil FONTE: HIPERVISÃO, 2015

33

4.1 REUNIÕES INICIAIS

Foram conduzidas 5 reuniões na condução conjunta do projeto BIM 3D, do

planejamento (cronograma, BIM 4D) e a orçamentação (BIM 5D). Os itens a seguir

apresentam os trabalhos realizados em cada uma das reuniões desenvolvidas. As

reuniões receberam como nome o tema principal abordado.

4.1.1. Primeira reunião: Apresentação do projeto

Em uma primeira reunião com todos os colaboradores presentes, foi feita a

apresentação do projeto escolhido para o desenvolvimento da pesquisa.

O projeto escolhido foi o de uma casa térrea em Steel Frame com 54m²,

concebido pela empresa SMART Sistemas Construtivos Inteligentes ®. Uma foto de

uma casa da SMART construída aparece na Figura 4.

Figura 4 - Casa 54m² da SMART Sistemas Construtivos Inteligentes ® FONTE: SMART, 2015

4.1.2 Segunda reunião: Definição dos níveis de detalhamento do orçamento

Na segunda reunião do orçamentista com o construtor ficou definido que o

nível de detalhamento do orçamento deveria estar alinhado com os detalhamentos

do projeto (modelo 3D) e do cronograma.

Além disso foi acordado que projeto, planejamento e orçamento deveriam

respeitar a estrutura de serviços imposta pela CEF (Caixa Econômica Federal) para

34

liberação das parcelas de financiamento para construtoras. Tal definição foi feita

pelo fato da CEF ser o principal banco financiador de obras de casas populares,

similares ao do projeto escolhido para o presente estudo.

Esta estrutura de serviços fica disponível para download no site da CEF

através da PLS (Planilha de Levantamento de Serviços). Se trata de uma planilha no

formato .xls (Excel ou similar) comprimido, com o nome PLS_Casas_160UH. Uma

parte da referida planilha está ilustrada na Figura 5 a seguir:

Figura 5 - PLS (Planilha de Levantamento de Serviços) FONTE: CEF, 2015

A estrutura de serviços utilizada no estudo sofreu uma adaptação com relação

à PLS da Caixa Econômica Federal. Esta adaptação foi para enquadrar o sistema

construtivo Steel Frame, que até o instante da pesquisa não foi englobado pela

mesma.

4.1.3 Terceira reunião: Definição das bases de dados para orçamento

A base de dados ideal para realização de um orçamento é o histórico da

própria construtora, pois ninguém conhece melhor do que ela a produtividade de

suas equipes, os seus processos e os preços de insumos que consegue negociar.

Como se trata de um estudo de caso onde o autor não possui essas informações,

optou-se por buscar uma base de dados externa.

35

Para a realização do orçamento foi estipulada a utilização da base de dados

do SINAPI (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil),

que possui sua gestão compartilhada entre a CEF e o IBGE (Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística). A escolha se deve a facilidade de acesso às informações

buscadas, experiência do autor com o SINAPI, além de ser uma base confiável.

4.1.4 Quarta reunião: Definição do software de orçamento

Nesta reunião do orçamentista com o construtor foi feita a escolha do

software a ser utilizado para realização do orçamento. A escolha foi pelo SIENGE,

da Softplan (SIENGE, 2015), que é um software ERP que possui um módulo de

orçamento. O SIENGE foi escolhido por ter a capacidade de rodar no navegador de

internet, sem ser necessário instalar nada no computador e ser possível seu acesso

de qualquer máquina. Apesar de ser um software pago, sua utilização foi

possibilitada pela empresa local de consultoria do software, chamada BR PRO

Consultores Associados, apenas com o custo de um treinamento inicial.

4.1.5 Quinta reunião: Recebimento de arquivos de escopo e planejamento para orçamento

Na quinta reunião, com todos os colaboradores presentes, foram entregues

ao engenheiro orçamentista (autor), o arquivo em Revit com o projeto executado por

Cecco (2015) em seu trabalho, além do arquivo em Ms Project com o cronograma

completo da obra executado por Müller (2015) em sua pesquisa.

4.2 ADOÇÃO DE UMA BASE DE DADOS PARA ORÇAMENTO

4.2.1 Download da base de dados

As bases de dados de insumos, com seus preços atualizados, de serviços e

das composições dos serviços foi obtida através de download no site do SINAPI

(2015).

Os arquivos em PDF baixados foram os seguintes:

SINAPI_Preco_Ref_Insumos_PR_052015_NaoDesonerado.PDF

36

SINAPI_Custo_Ref_Composicoes_PR_052015_NaoDesonerado.pdf

SINAPI_CATALOGO_COMPOSICOES_ANALITICAS_MAIO_2015.pdf

Figura 6 - Relatório de Preços de Insumos FONTE: SINAPI, 2015

Figura 7 - Relatório de Custo de Composições Sintético FONTE: SINAPI, 2015

37

Figura 8 - Relatório de Custo de Composições Analítico FONTE: SINAPI, 2015

4.2.2 Conversão de formatos da base de dados

Os relatórios para base de dados do orçamento mencionados anteriormente

são disponibilizados pelo SINAPI apenas com a extensão .pdf, o que impossibilita

qualquer modificação e importação para o SIENGE. Foi necessário utilizar o

programa Adobe Acrobat XI Pro para converter os arquivos de extensão .pdf para

arquivos .xls, como mostra a Figura 9, possibilitando sua abertura em Excel.

38

Figura 9 - Conversão de arquivo .pdf para .xls no Adobe Acrobat XI Pro FONTE: O Autor, 2015

4.2.3 Formatação da base de dados para importação pelo SIENGE

Com as planilhas da base de dados convertidas e abertas em Excel, foi

necessário formata-las em um padrão aceito pelo SIENGE na importação de dados.

Para a importação da base de dados dos insumos no SIENGE, a planilha de

insumos foi formatada de modo a ficar com 4 colunas, e somente com as

informações dos insumos nas linhas, sem cabeçalho e títulos de colunas. As

informações foram dispostas na planilha da maneira ilustrada na Figura 10 e descrita

a seguir:

Coluna “A”: códigos do SINAPI de cada insumo;

Coluna “B”: tipo de insumo (material, mão de obra ou equipamento);

Coluna “C”: descrição do insumo;

Coluna “D”: unidade do insumo.

Figura 10 – Formatação da planilha de insumos para importação no SIENGE FONTE: O Autor, 2015

39

A planilha contendo o relatório de custo de composições sintético foi

formatada em 4 colunas, para importação dos serviços no SIENGE, da maneira

ilustrada na Figura 11 e relacionada a seguir:

Coluna “A”: códigos do SINAPI de cada serviço;

Coluna “B”: descrição do serviço;

Coluna “C”: unidade do serviço;

Coluna “D”: grupo do serviço.

O modulo de orçamento do SIENGE permite organizar os serviços cadastrados

em 763 grupos de serviço distintos. Como a importação de todos os serviços é feita

simultaneamente, por questão de agilidade, este campo foi preenchido com o grupo

“Diversos” para todos os serviços a serem importados.

Figura 11 - Formatação da planilha de serviços para importação no SIENGE FONTE: O Autor, 2015

No caso da planilha contendo o relatório de custo de composições analítico, a

formatação também foi realizada em 4 colunas, porém foi necessário fazer uma

adaptação extra na formatação oriunda do SINAPI. A planilha do SINAPI organiza

as composições utilizando uma linha acima dos insumos com o código, descrição e

unidade do serviço, como mostra a Figura 8. Entretanto essas informações já serão

importadas pelo SIENGE através da lista de serviços conforme a Figura 11. Para

importação das composições, é necessário que exista uma coluna com o código do

serviço e que ele se repita para todos os insumos da composição como mostra a

Figura 12. A disposição das demais colunas também aparecem na Figura 12 e estão

relacionadas na sequência:

Coluna “A”: códigos do SINAPI de cada serviço;

Coluna “B”: códigos do SINAPI de cada insumo ou serviço;

Coluna “C”: coeficiente de consumo;

40

Coluna “D”: tipologia do item (Insumo ou Serviços).

Figura 12 - Formatação da planilha de composições de serviços para importação no SIENGE FONTE: O Autor, 2015

A coluna “D” na planilha da Figura 12 se faz necessária para identificar se o

item inserido na composição de um serviço é um insumo ou outro serviço. Dessa

forma é possível inserir uma composição dentro de outra. Isso é muito utilizado nos

itens de mão de obra, uma vez que o preço utilizado nos serviços para “pedreiro” por

exemplo não é o preço do insumo “pedreiro” simplesmente, mas sim uma

composição chamada “pedreiro com encargos complementares”, que engloba itens

como café da manhã, equipamentos de proteção individual (EPI), entre outros.

4.3 REALIZAÇÃO DE ORÇAMENTO EM SOFTWARE ERP

4.3.1 Criação de usuário, login e senha

Para utilização do SIENGE é necessário criar um login com senha para

acesso ao programa via navegador de internet. Esse passo foi executado

juntamente com o consultor da BR PRO, que disponibilizou sua conta no SIENGE

para a pesquisa. A criação de um novo usuário permite ao moderador restringir o

seu acesso à determinado módulo que lhe seja conveniente.

41

Figura 13 - Página de login do SIENGE FONTE: O Autor, 2015

4.3.2 Importação da base de dados para o SIENGE

Com as planilhas da base de dados devidamente formatadas conforme o item

4.2.3, foi feita a importação das mesmas no modulo “Engenharia” do SIENGE

utilizando o menu através do seguinte caminho: Exportações e Importações >

Importações > Insumos, Serviços e Composições conforme ilustrado na Figura 14.

Figura 14 - Importação da base de dados no SIENGE FONTE: O Autor, 2015

42

4.3.3 Atualização dos preços dos insumos no SIENGE

Para a atualização dos preços dos insumos já cadastrados por importação no

SIENGE, foi necessário utilizar mais uma vez o relatório de preços de insumos do

SINAPI, convertido em xls, porém desta vez com outra formatação padrão. Nesse

caso foram utilizadas apenas duas colunas, conforme a Figura 15 e relacionado a

seguir:

Coluna “A”: códigos do SINAPI de cada insumo;

Coluna “B”: preços de cada insumo.

Figura 15 - Formatação da planilha de insumos para atualização de preços no SIENGE FONTE: O Autor, 2015

Este passo pôde ser realizado pelo autor sem acompanhamento do consultor

do software, pois foi um campo do módulo orçamento liberado pelo moderador. O

caminho no menu foi o seguinte: Custos Unitários > Insumos > Atualizações de

Preços. Feito isso abre-se uma janela na qual foram feitas as escolhas dos

parâmetros a serem importados conforme mostrado na Figura 16.

43

Figura 16 - Atualização de Preços de Insumos no SIENGE FONTE: O Autor, 2015

4.3.4 Cadastramento de nova obra e orçamento no SIENGE

Para realização do orçamento é necessário cadastrar uma nova obra,

processo realizado com o auxílio do consultor. O nome da obra cadastrada para o

estudo de caso foi “Monografias BIM”. Em seguida foi criado uma nova planilha de

orçamento para obra utilizando o menu: Orçamento > Planilhas, selecionando a obra

“Monografias BIM” e clicando em “Nova versão” como ilustrado na Figura 17.

Figura 17 - Cadastro de planilha de orçamento no SIENGE FONTE: O Autor, 2015

44

4.3.5 Estruturação do orçamento baseado no cronograma no ambiente SIENGE

Baseado no cronograma do estudo de Müller (2015) foi criado a estrutura de

serviços do orçamento. Isso foi realizado dentro da planilha de orçamento utilizando

os 3 níveis possíveis no SIENGE: “Célula Construtiva”, “Etapa” e “Subetapa”. A

estrutura foi montada clicando, para cada linha da EAP do cronograma, no link

“Novo Grupo”, selecionando o nível e inserindo o título no campo “Descrição”,

conforme mostra a Figura 18.

Figura 18 - Estruturação do orçamento no SIENGE FONTE: O Autor, 2015

4.3.6 Inserção de composições de serviços no SIENGE

Baseando-se no projeto e no memorial descritivo, foram inseridas

composições pertinentes, de modo a representar cada atividade do cronograma e os

materiais especificados no projeto e no e memorial descritivo.

Este passo também é realizado na tela “Planilha de Orçamentos”,

selecionando a atividade na qual deseja inserir composições de serviços e clicando

no botão “Serviço por código”. Dessa forma abrirá uma nova janela denominada

“Consulta de Serviços”, nela é possível efetuar uma busca na base de dados como

mostra a Figura 19. Após encontrada a composição desejada basta selecioná-la,

clicar em “Selecionar”, a tela voltará para a “Planilha de Orçamentos”, e em seguida

clicar em “Inserir”.

O processo de inserção de composições foi realizado para todas as

atividades relacionadas no cronograma, com exceção dos “Serviços Técnicos”,

“Despesas Iniciais” e “Habite-se”, onde foram criadas verbas para compor o custo.

45

Figura 19 - Consulta de Composições de Serviços no SIENGE FONTE: O Autor, 2015

4.3.7 Cadastramento de insumos e composições de serviços incrementais no SIENGE

Eventualmente não serão encontradas composições que representem as

atividades, nesse caso será necessário cadastrar uma nova composição e em

seguida inserir os insumos da composição com seus respectivos índices de

consumo. Para isso não é preciso sair da tela do orçamento, basta clicar no botão

“Novo Serviço”, seguirá para outra tela onde é possível determinar a descrição da

atividade assim como sua unidade. Esta etapa esta ilustrada na Figura 20.

Figura 20 - Cadastro de Serviços no SIENGE FONTE: O Autor, 2015

46

É importante selecionar o campo “Cadastrar este serviço no cadastro geral”

para que possa utilizá-lo novamente diretamente como descrito no item 3.3.6.

Após o cadastro do novo serviço, clicar em “Cadastrar composição para o

serviço” como na Figura 21.

Figura 21 - Janela de apoio no SIENGE FONTE: O Autor, 2015

Desta forma abrirá uma nova janela (Figura 22) onde será possível inserir

cada insumo através de um sistema de buscas similar ao descrito em 3.3.6.

Figura 22 - Composição de Serviços no SIENGE FONTE: O Autor, 2015

Também é possível não encontrar algum insumo especifico para inserir nas

composições, neste caso é necessário cadastrar um novo insumo no SIENGE, para

posteriormente inseri-lo na composição. Para isso é necessário acessar o menu em:

Custos Unitários > Insumos > Cadastros. Esse link não abre uma nova janela

automaticamente, por isso é necessário clicar nele com o botão direito do mouse e

47

clicar em “Abrir link em uma nova guia”, como ilustrado na Figura 23. Desse modo

pode-se continuar mexendo na planilha de orçamento em paralelo.

Figura 23 – Menu Cadastro de Insumo no SIENGE FONTE: O Autor, 2015

Na janela que se abrirá, clicar em “Novo”, para cadastrar um novo insumo. A

janela para adicionar as informações referentes ao novo insumo está representada

na Figura 24.

Figura 24 - Cadastro de Insumo no SIENGE FONTE: O Autor, 2015

48

4.4 QUANTIFICAR OS SERVIÇOS DO ORÇAMENTO NO REVIT

4.4.1 Extração de quantitativos do modelo BIM

Os quantitativos foram extraídos diretamente do arquivo do modelo 3D, do

projeto executado por Cecco (2015) em sua pesquisa. A extração de quantitativos

no Revit é baseada na geração de tabelas por grupo de componentes do modelo.

Para o presente trabalho foram extraídas 17 tabelas de quantidades da seguinte

maneira no menu superior do Revit: na aba “Vista”, na subdivisão “Criar”, clicar no

ícone “Tabela” e selecionar “Tabela/Quantidades” conforme mostra a Figura 25.

Figura 25 - Extração de Quantitativos no Revit FONTE: O Autor, 2015

Na janela seguinte (Figura 26) deve-se selecionar o grupo de componentes

desejado, nomear a tabela a ser gerada e clicar em “OK”.

Figura 26 - Grupos de Componentes do Revit FONTE: O Autor, 2015

49

No próximo passo é necessário selecionar os parâmetros desejados para a

geração da tabela. A Figura 27 ilustra esse processo e mostra os parâmetros

selecionados para gerar a “Tabela de Esquadrias – Janelas” mostrada na Figura 29.

Figura 27 - Propriedades das Tabelas de Quantitativos no Revit FONTE: O Autor, 2015

Nesse momento também é possível filtrar as informações que apareceram na

tabela, classificar e agrupar itens semelhantes, formatar o texto e a própria tabela.

Outro recurso do Revit presente na janela da Figura 27 é o de inserir um

parâmetro que não está presente na lista “campos disponíveis”, e ainda fazer com

que um novo parâmetro seja calculado a partir dos parâmetros existentes, como

mostrado na Figura 28.

Figura 28 - Parâmetro Calculado no Revit FONTE: O Autor, 2015

50

Este recurso foi necessário no caso das janelas por exemplo, onde o

orçamento demandou uma quantidade em m², devido às composições do SINAPI

adotas, e este não era um parâmetro disponível incialmente no Revit para esse

grupo de componentes. Gerando a “Tabela de Esquadrias – Janelas” mostrada na

Figura 29.

Figura 29 - Tabela de Janelas gerada no Revit FONTE: O Autor, 2015

4.4.2 Documentação dos quantitativos no Revit

Para aumentar a confiabilidade dos dados gerados pelo Revit e inseridos na

Planilha de Orçamento do SIENGE, foram exportadas todas as tabelas de

quantitativos geradas conforme visto anteriormente.

O Revit pode exportar as tabelas de quantidades nele geradas em arquivos

.txt (Figura 30), de tal maneira que podem ser facilmente abertos e formatados no

Excel ou qualquer outro editor de planilhas. O caminho no menu do programa para

fazer a exportação é mostrado na Figura 31 e listado a seguir: Iniciar Revit >

Exportar > Relatórios > Tabela.

Figura 30 - Tabela de Quantitativos do Revit em .txt FONTE: O Autor, 2015

51

Figura 31 - Exportação de Tabelas de Quantitativos no Revit FONTE: O Autor, 2015

4.4.3 Lançamento dos quantitativos do orçamento no SIENGE

A única forma de entrada para se abastecer os quantitativos dos serviços no

orçamento no programa SIENGE é manualmente. Desta forma foram realizadas as

digitações no SIENGE, baseadas nas documentações de quantidades geradas

através do Revit. A Figura 32 ilustra o processo de inserção de quantidades na

planilha de orçamento aberta no navegador de internet.

Figura 32 - Inserção de Quantitativos do Orçamento no SIENGE FONTE: O Autor, 2015

É importante citar que a atividade de inserir o quantitativo físico de serviços

no sistema do SIENGE, não sendo automática, faz com que seja perdido a

52

interoperabilidade dos softwares nesse momento. Desta forma, para que isso ocorra

tem-se duas opções: 1) sistema SIENGE passa a oferecer essa funcionalidade ao

usuário ou, 2) será necessário adotar um outro sistema que apresente essa

funcionalidade, mantendo-se as demais funcionalidades apresentadas

anteriormente.

4.5 EMISSÃO DE RELATÓRIOS DE ORÇAMENTO NO SIENGE

Após a conclusão do orçamento foram gerados alguns relatórios do mesmo

no SIENGE, que possibilita uma variedade deles em seu módulo de orçamento. Os

relatórios gerados e os processos para suas emissões estão descritos nos tópicos

seguintes.

4.5.1 Emissão de relatório de Orçamento Sintético no SIENGE

O relatório de orçamento sintético foi gerado seguindo o seguinte caminho no

menu do SIENGE: Orçamento > Relatórios > Emissão de Orçamentos. A tela para

emissão de orçamentos bem como os preenchimentos dos campos realizado para

emissão do relatório sintético estão mostrados na Figura 33.

Figura 33 - Emissão de Relatório de Orçamento Sintético no SIENGE FONTE: O Autor, 2015

53

4.5.2 Emissão de relatório da Curva ABC de Insumos no SIENGE

O relatório da Curva ABC de Insumos foi emitido através do seguinte caminho

no menu do SIENGE: Orçamento > Relatórios > Curva ABC de Insumos. A Figura 34

ilustra a tela referida, além dos campos disponíveis com seus respectivos

preenchimentos utilizados no estudo.

Figura 34 - Emissão da Curva ABC de Insumos no SIENGE FONTE: O Autor, 2015

4.5.3 Emissão de relatório da Curva ABC de Serviços no SIENGE

Para emissão do relatório da Curva ABC de Serviços foi realizado o seguinte

caminho: Orçamento > Relatórios > Curva ABC de Serviços. A tela para sua

emissão é muito semelhante à da Curva ABC de Insumos, mostrada na Figura 34.

4.6 ALTERAÇÕES DO ORÇAMENTO DEVIDO A MUDANÇAS

A sistemática vista nos itens anteriores evidenciou as atividades necessárias

para criar um orçamento no ambiente BIM 5D, que podem ser também realizadas da

eventualidade de alguma mudança no produto, no método construtivo, nos índices

de consumo dos itens da composição de custo, das quantidades de serviços e dos

preços unitários. Qualquer alteração havida implicara em uma nova rodada das

tarefas identificadas anteriormente.

54

5. ANÁLISE DOS RESULTADOS

5.1 EXTRAÇÃO E DOCUMENTAÇÃO DE QUANTITATIVOS

O principal diferencial da utilização do BIM na orçamentação é a extração de

quantitativos. Através de um modelo 3D com diversos parâmetros embutidos em

seus componentes, o Revit é capaz de gerar tabelas de quantidades rapidamente.

Uma prova da consistência das informações geradas nas tabelas de quantidades do

programa pode ser observada comparando a planta da Figura 35 Figura 35 - Planta

Casa SMART 54m²com a Tabela 2.

Além de gerar as tabelas de quantitativos, utilizando a Modelagem da

Informação da Construção, foi possível documentar essas tabelas via extração de

dados no Revit. Dessa forma o orçamentista possui um embasamento muito bom ao

montar o orçamento do projeto, além de economizar muito tempo e diminuir os

riscos de erro.

Figura 35 - Planta Casa SMART 54m² FONTE: Cecco, 2015

55

Tabela 2 - Quadro de Áreas - Ambientes

Nome Área Perímetro

QUARTO 2 10.59 m² 13.03 m

QUARTO 1 7.70 m² 11.22 m

WC 3.07 m² 7.16 m

SALA 9.48 m² 12.78 m

COZINHA 8.52 m² 11.97 m

CIRC. 1.49 m² 4.94 m

VARANDA 3.02 m² 7.05 m

VARANDA 4.33 m² 8.87 m

TOTAL 48.21 m² 77.01 m

FONTE: O Autor, 2015

Tabela 3 - Quadro de Áreas - Total

SMART Área Perímetro

Casa II C 54.45 m² 30.10 m

FONTE: O Autor, 2015

Além dos quadros de áreas mostrados na Tabela 2 e na Tabela 3, foram

extraídos e documentados quantitativos de: Elétrica; Hidráulica; Esquadrias;

Revestimentos e Topografia. Os quantitativos das instalações elétricas são

mostrados na Tabela 4, na Tabela 5, na Tabela 6 e na Tabela 7.

Tabela 4 - Elétrica - Conduítes

Bitola Qtde

25 mmø 59.34 m

32 mmø 45.33 m

FONTE: O Autor, 2015

Tabela 5 - Elétrica - Conexões de Conduíte

Descrição Bitola Qtde

Curva PVC Tigre 25 mm 57

Curva PVC Tigre 32 mm 31

FONTE: O Autor, 2015

56

Tabela 6 - Elétrica - Quadros

Descrição Qtde

Quadro Distribuição Embutir para Disjuntores, com Barramento 1

FONTE: O Autor, 2015

Tabela 7 - Elétrica - Tomadas e Interruptores

Descrição Qtde

Caixa 4x2 - RJ11 1

Caixa 4x2 - S01 H 7

Caixa 4x2 - T01 H 17

Caixa Octogonal 9

FONTE: O Autor, 2015

As tabelas de quantitativos dos itens das instalações elétricas apresentam apenas os itens inseridos no modelo. As quantidades de fios formam estimadas por meio de análise digital do modelo e seus valores foram inseridos diretamente no orçamento.

As tabelas 8 e 9 mostram os quantitativos de esquadrias extraídos do modelo, sendo a Tabela 8 de janelas e a Tabela 9 de portas. Ambas são visualizadas a seguir.

Tabela 8 - Esquadrias - Janelas

Cód. EAP Tipo Largura Altura Peitoril Qtde Área

1.2.5.3.1.1 Maxim-ar 60 60 150 1 0.36 m²

1.2.5.3.1.1 Correr 120 100 110 1 1.20 m²

1.2.5.3.1.1 Correr 150 100 110 4 6.00 m²

FONTE: O Autor, 2015

Tabela 9 - Esquadrias - Portas

Cód. EAP Largura Altura Qtde

1.2.5.5.1 80 210 2

1.2.5.5.3 70 210 2

1.2.5.5.5 60 210 1

FONTE: O Autor, 2015

Na Tabela 8 pode-se observar o quantitativo de janelas em quantidade unitária e também a metragem quadrada de cada tipologia de janela. Tal compilação foi efetuada no momento da extração de quantidades no Revit, obtendo-se a unidade requerida para este item no orçamento.

57

As tabelas 10, 11, 12 e 13 a seguir contêm os quantitativos dos itens das instalações hidráulicas.

Tabela 10 - Hidráulica - Acessórios de tubo

Cód. EAP Descrição Qtde

1.2.13.3.1 Registro de Chuveiro PVC Branco e Cromado 20mm - TIGRE 3

FONTE: O Autor, 2015

Tabela 11 - Hidráulica - Conexões de Tubos

Descrição Qtde

Adaptador soldável para Cx D'água - 20mm 2

Adaptador soldável para Cx D'água c/ registro - 20mm 1

Bucha de redução soldável curta - 25x20mm 4

Joelho 45º PVC Esgoto série normal - 50mm 1

Joelho 90º PVC Esgoto série normal - 100mm 2

Joelho 90º PVC soldável - 25mm 17

Joelho 90º PVC soldável - 32mm 1

Joelho 90º PVC Esgoto série normal - 40mm 9

Junção simples PVC Esgoto série normal - 100x50mm 1

Luva simples PVC Esgoto série normal - 50mm 1

Luva simples PVC Esgoto série normal - 100mm 3

Tê PVC soldável - 25mm 4

FONTE: O Autor, 2015

Tabela 12 - Hidráulica - Louças e Acessórios

Descrição Qtde

Caixa D'Água completa 500L 1

Caixa de inspeção de esgoto 1

Caixa de gordura 1

Caixa sifonada PVC 100x100x50mm 1

Cavalete 1/2" padrão Sanepar 1

Bacia sanitária padrão popular 1

Chuveiro elétrico tipo ducha 1

Lavatório louça 1

Assento sanitário para bacia 1

Caixa de Descarga 9L 1

Coluna para lavatório 1

Coluna para tanque 1

58

Tanque coluna 18L 1

Torneira para lavatório 1

Fossa séptica 1

Prolongamento para caixa sifonada 1

Tampa para Caixa D'Água 1

Torneira boia 1

Torneira de parede para tanque 1

FONTE: O Autor, 2015

Tabela 13 - Hidráulica - Tubos

Cód. EAP Descrição Qtde

1.2.13.4 Esgoto - 40mm 6.54 m

1.2.13.4 Esgoto - 50mm 0.58 m

1.2.13.4 Esgoto - 100mm 28.31 m

1.2.13.3.1 Água Fria - 25mm 31.27 m

1.2.13.3.1 Água Fria - 32mm 1.00 m

FONTE: O Autor, 2015

Os quantitativos das instalações hidráulicas, assim como os quantitativos das instalações elétricas, foram conseguidos graças à disponibilização de peças previamente modeladas pela fabricante Tigre® em seu site. Tal prática serve de exemplo para todos os fornecedores da construção civil, pois auxilia na geração de modelos BIM e na extração de quantitativos com especificações adequadas.

As tabelas 14, 15, 16 e 17 apresentam os quantitativos de revestimentos extraídos do modelo via Revit.

Tabela 14 - Revestimentos - Cobertura

Descrição Área

Telhado Shingle 73.24 m²

FONTE: O Autor, 2015

Tabela 15 - Revestimentos - Forros

Descrição Área

Forro de Gesso 50.11 m²

FONTE: O Autor, 2015

59

Tabela 16 - Revestimentos - Paredes

Descrição Área

Alvenaria (Muro) 51.12 m²

Steel Frame (Pintura / Azulejo) 14.38 m²

Steel Frame (Pintura / Pintura) 14.93 m²

Steel Frame (Textura / Azulejo) 3.70 m²

Steel Frame (Textura / Pintura Interna)

62.07 m²

Steel Frame (Textura) 29.76 m²

Tapume e Barracão 68.80 m²

FONTE: O Autor, 2015

Tabela 17 - Revestimentos - Pisos

Descrição Área Perímetro

Asfalto 30.02 m² 30.70 m

Calçada 27.99 m² 86.18 m

Passeio 26.10 m² 30.10 m

Piso Cerâmico 47.89 m² 72.72 m

Radier 54.45 m² 64.04 m

Soleira 0.84 m² -

FONTE: O Autor, 2015

A Tabela 18 mostra quantitativo referente a topografia do terreno no modelo. O único valor apresentado é o da área projetada do terreno. O modelo não contemplou variações topográficas de nível no terreno, caso tivesse sido modelado com volumes de escavação e aterro no Revit, essas informações também poderiam ser extraídas de forma precisa.

Tabela 18 - Topografia

Descrição Área projetada

Terreno 153.85 m²

FONTE: O Autor, 2015

5.2 RELATÓRIOS DE ORÇAMENTO

As informações de quantidades e especificações, oriundas do modelo BIM,

juntamente com a base de dados do SINAPI, foram unidas no software SIENGE

gerando um orçamento completo para o projeto da casa de 54m² da SMART

Sistemas Construtivos Inteligentes. A única maneira de entrada de dados de

quantidades na planilha de orçamento do SIENGE é via digitação, não sendo

60

possível importar essa informação separadamente, nem criar um link direto com o

modelo em Revit. Com o orçamento concluído foram extraídos 3 relatórios,

apresentados nos tópicos a seguir.

5.2.1 Relatório de Orçamento Sintético

Para a realização deste e dos demais relatórios de orçamento foi aplicado um

BDI de 25% sobre cada item. Desta forma os valores obtidos estão muito próximos

aos que uma construtora solicitaria para gerenciar uma obra similar.

A Figura 36 mostra um trecho do orçamento sintético gerado no SIENGE, o

relatório completo encontra-se no nos apêndices.

Figura 36 - Relatório de Orçamento Sintético gerado no SIENGE FONTE: O autor, 2015

5.2.2 Relatório da Curva ABC de Insumos

A Figura 37 mostra o topo do relatório da Curva ABC de Insumos da obra

estudada.

61

Figura 37 - Relatório da Curva ABC de Insumos gerado no SIENGE FONTE: O autor, 2015

Pôde-se observar na Figura 37 que o sistema construtivo do projeto em

estudo influenciou na curva ABC típica de uma obra executada em sistemas

convencionais, como alvenaria de blocos cerâmicos. Tal fator pode ser explicado

também pelo fato de não ter sido possível coletar a informação das quantidades de

cada perfil de Steel Frame junto à SMART, gerando um único insumo que abrange

diversos componentes.

O relatório completo da Curva ABC de Insumos pode ser encontrado nos

apêndices.

5.2.3 Relatório da Curva ABC de Serviços

A Figura 38 mostra o início do relatório da Curva ABC de Serviços e reforça o

argumento apresentado no tópico anterior. É possível observar que, mesmo o

insumo de maior custo da curva ABC de insumos ter ficado mascarado, ainda assim

os serviços correspondentes a estrutura em Steel Frame, aparecem no topo dos

custos novamente. Esse relatório completo encontra-se nos apêndices.

62

Figura 38 - Relatório da Curva ABC de Serviços gerado no SIENGE FONTE: O autor, 2015

63

6. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

6.1 CONCLUSÕES DO ESTUDO DE CASO

No contexto da participação do orçamentista no processo de desenvolvimento

do projeto arquitetônico e complementares, cronograma e orçamento, sobressai-se a

conclusão de que o orçamentista e os demais colaboradores de um projeto têm de

trabalhar de forma cooperativa desde o início do processo. Mais do que isso, um

deve auxiliar a atividade do outro buscando um melhor alinhamento do projeto como

um todo. Desta forma é possível colocar a metodologia BIM em prática, gerando

modelos, cronogramas e orçamentos de melhor qualidade e sempre interligados.

Quanto a extração de quantitativos, tal processo apresentou-se como sendo

um excelente ganho do BIM no processo de orçamentação. Apesar do projeto do

estudo ser muito simples, se fosse um projeto de dimensões muito maiores, o

trabalho para quantificar todo o projeto seria praticamente o mesmo. Além disso foi

possível documentar essa extração de quantitativos, auxiliando na confiabilidade do

orçamento gerado.

No contexto da interoperabilidade entre o modelo e um software de

orçamento, destaca-se que a única etapa que destoou da metodologia BIM no

processo de criação do orçamento foi a inserção manual dos quantitativos no

mesmo. Devido a uma limitação do programa utilizado, não foi possível interligar as

planilhas de quantidades do Revit diretamente com o orçamento. Uma vez que no

SIENGE, depois da estruturas e composições montadas, a única forma de inserir as

quantidades é manualmente.

Mesmo com a limitação do SIENGE no âmbito da inserção de quantidades, o

software foi muito útil: na importação de dados da base do SINAPI; na estruturação

e organização das composições por atividade; e na emissão dos relatórios de

orçamento.

O relatório de orçamento sintético gerado atendeu completamente a

expectativa de auxiliar na elaboração de uma simulação 5D do projeto em estudo.

Com o atingimento de todos os objetivos específicos, garantiu-se o

atendimento do objetivo principal desta monografia: “Desenvolver um orçamento de

custos de uma casa popular num ambiente BIM 5D, executado de forma simultânea

e integrada com a elaboração de projetos (BIM 3D) e cronograma (BIM 4D)”.

64

6.2 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS

Diante das conclusões recomenda-se:

Estudar a interoperabilidade de outro programa de orçamento com o Revit,

ou com outro software de modelagem qualquer, para garantir que o

software de orçamentação consegue importar os dados das quantidades

físicas dos serviços de forma direta e digital, não obrigando o orçamentista

à digitá-las manualmente;

Analisar se o módulo de exportação e importação de orçamentos do

SIENGE permite a interligação automática dele com o modelo BIM,

exportando o orçamento sem as quantidades físicas dos serviços,

utilizando outra ferramenta, tal como o Excel, para inserir os quantitativos

automaticamente e importá-los novamente para o SINGE;

Estudar a utilização do parâmetro “custo” presente no Revit, como uma

forma de trazer para o ambiente BIM os valores unitários dos serviços

associados aos elementos modelados no BIM 3D.

Estudar o uso de softwares similares com o intuito de identificar a solução

que ofereça maior facilidade de uso e interoperabilidade, como por

exemplo utilizar o VICO software (VICO, 2015).

65

REFERÊNCIAS

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70

APÊNDICES

APÊNDICE A – RELATÓRIO DE ORÇAMENTO SINTÉTICO

75

APÊNDICE B – RELATÓRIO DA CURVA ABC DE INSUMOS

80

APÊNDICE C – RELATÓRIO DA CURVA ABC DE SERVIÇOS