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DESENVOLVIMENTO DE UMA PROPOSTA PARA CLASSIFICAÇÃO E CERTIFICAÇÃO DOS SALÕES DE BELEZA
Alexandro Alves dos Santos¹: Acadêmico do Curso de Tecnologia em Cosmetologia e Estética, da Universidade do Vale do Itajaí, Balneário Camboriú, Santa Catarina. Géssica Gambeta Cordeiro²: Acadêmica do Curso de Tecnologia em Cosmetologia e Estética, da Universidade do Vale do Itajaí, Balneário Camboriú, Santa Catarina. Denise Kruger Moser³: Orientadora. Professora do curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí, Tecnólogo em Cosmetologia e Estética, mestranda do curso de Turismo e Hotelaria da Universidade do Vale do Itajaí. Maria Enói dos Santos Miranda4: Co-orientadora. Professora do curso de Farmácia da Universidade do Vale do Itajaí, graduada em Farmácia; Mestre em Ciência dos Alimentos; Doutora em Ciência dos Alimentos; Coordenadora do Curso Superior em Tecnologia em Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí. ¹[email protected] ²[email protected] ³[email protected] [email protected]
RESUMO
O mercado globalizado, cada vez mais competitivo, tem exigido esforços constantes das organizações, estimulando-as a desenvolver estratégias mais sofisticadas para obter melhoria contínua e, assim, sobreviver à incessante necessidade de mudança dos clientes e/ou à presença dos concorrentes. Além do mercado, a presença mais efetiva dos órgãos reguladores tem tornado a implantação de sistema de gestão da qualidade, parte fundamental para garantir o atendimento a todos os requisitos existentes e aos novos que surgem a todo o momento. A demanda por um modelo de gestão da qualidade levou as organizações a buscarem na certificação com base nas normativas das ISOS, a forma mais prática de se organizar e enfrentar seus desafios. Observando-se que na área de Cosmetologia e Estética os estabelecimentos “Salão de Beleza “ainda não possuem uma classificação e certificação dos seus estabelecimentos e objetivando uma melhoria pela busca da qualidade, e da competitividade entre o mercado da beleza , o desenvolvimento do projeto de classificação e certificação dos Salões de Beleza e teve como parâmetro a matriz de classificação e certificação hoteleira, desenvolvida pela EMBRATUR/ABIH em 2002, que classifica os hotéis por quantidade de estrelas. Este estudo foi desenvolvido por meio de pesquisa qualitativa com caráter bibliográfico exploratório, desenvolvendo-se padrões de avaliação e pontuação do estabelecimento através da análise de vários itens compostos no manual de classificação e certificação como: Aspectos legais do estabelecimento; Arquitetura; Avaliação da Biossegurança; Qualificação profissional. O resultado desta pontuação levará o estabelecimento a receber a certificação definida da seguinte forma: Tesoura de Diamante (pontuação máxima); Tesoura de Ouro; Tesoura de Prata; Tesoura de Bronze e Tesoura de Cobre(pontuação mínima). Palavras chaves: Salões de Beleza. Classificação. Certificações. Tesouras.
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INTRODUÇÃO
Observa-se que há em todo o país uma crescente oferta de trabalho e um número cada
vez maior de estabelecimentos que procuram, dia a dia, conquistar o seu espaço no mercado e
satisfazer a necessidade de todos os indivíduos. Para Kotler (1994, p. 50), “satisfação é o nível
de sentimento de uma pessoa resultante da comparação do desempenho (ou resultado) de um
produto em relação a suas expectativas”.
Para que os estabelecimentos possam se tornar verdadeiros empreendedores e se
firmar neste mercado que é tão exigente e competitivo, resolveu-se desenvolver através deste
trabalho um projeto de certificação e classificação para os Salões de Beleza.
Para várias pessoas a vantagem de ir a um Salão de Beleza é a comodidade de
encontrar vários serviços em um só lugar, serviços como: estética capilar (tratamentos
capilares; colorações; cortes; penteados)e estética dos anexos cutâneos (manicura e pedicura;
depilação; sobrancelhas: delineamento, coloração, permanente de cílios).
Outras pessoas buscam ouvir a opinião dos profissionais antes de optarem por uma
nova cor, um corte moderno ou um tratamento especial. Ainda existem os clientes fiéis que
acompanham os seus cabeleireiros mesmo quando eles mudam de estabelecimento (SENAC,
2008).
Segundo Mussi (2005), o interesse cada vez maior pela busca da beleza e bem estar e
consequentemente o aumento da vaidade humana, estimularam pesquisas e avanços na área da
cosmetologia, o que gerou uma maior diversidade de produtos químicos, equipamentos e
instrumentos de trabalho, que atualmente fazem parte da rotina dos Salões de Beleza.
Em decorrência destes fatos, observa-se uma disseminação de prestação de serviços
destes estabelecimentos em nosso contexto sócio-cultural, sendo que empresas podem
desenvolver diferentes tipos de atividades profissionais, de acordo com sua estrutura física e
serviços prestados (MUSSI, 2005).
Para o desenvolvimento e elaboração deste projeto de certificação voltado
exclusivamente para Salões de Beleza, foi analisado a matriz de certificação da
EMBRATUR/ABIH.
Para a concretização deste projeto, este estudo teve como meios metodológicos a
pesquisa qualitativa do tipo exploratório bibliográfico.
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ABNT – NBR ISO 9001:2000
Conforme a CB-25,1 a implantação de um sistema de gestão da qualidade é uma
decisão estratégica da organização que busca, por meio da aplicação do modelo de gestão da
qualidade baseado na norma ABNT- NBR ISO 9001:2000, norma esta já adotada por mais de
100 países, identificarem os processos do seu negócio, integrá-los e trabalhar para atingir os
seus objetivos estratégicos, objetivos de seus clientes, atenderem os requisitos de seus
produtos e outros requisitos aplicáveis, tendo a eficácia e a melhoria contínua como premissas
básicas (CB 25, 2005, p.3).
Desta forma, a utilização de serviços de fornecedores competentes, em especial nas
áreas onde a organização não dispõe da competência requerida, tais como: serviços de
treinamento, consultoria e certificação, é fundamental para atingir os resultados planejados. A
correta seleção e contratação destes serviços tornam-se, neste contexto, parte da estratégia da
organização.
Os mercados estão se tornando cada vez mais exigentes e, assim, um certificado de
conformidade pode alavancar crescimento e evolução. Certificar um produto ou serviço
significa comprovar junto ao mercado e aos clientes que a organização possui um sistema de
fabricação controlado, garantindo a confecção de produtos ou a execução dos serviços de
acordo com normas específicas, garantindo sua diferenciação face aos concorrentes (CB 25,
2005).
A ABNT2 NBR ISO 9001 é a versão brasileira da norma internacional ISO 9001 que
estabelece requisitos para o Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) de uma organização, não
significando, necessariamente, conformidade de produto às suas respectivas especificações. O
objetivo da ABNT NBR ISO 9001 é lhe prover confiança de que o seu fornecedor poderá
fornecer, de forma consistente e repetitiva, bens e serviços de acordo com o especificado.
Os métodos e técnicas utilizados pelas instituições passam, cada vez mais fortemente,
pela aplicação de técnicas de planejamento e gerência que possibilitem a gestão dos recursos
com eficácia, pelo monitoramento do ambiente interno e externo, além de acompanhamento
dos requisitos e da satisfação dos clientes.
1 Comitê Brasileiro de Qualidade – Comissão organizadora das normas para orientações e contratações de
serviços de consultoria, treinamento e certificação de sistemas de gestão de qualidade. 2 Associação Brasileira de Normas Técnicas.
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Permeando essas técnicas e metodologias, encontra-se a gestão por qualidade, aplicada
pelas organizações que necessitam demonstrar sua capacidade para fornecer de forma
coerente produtos que atendam aos requisitos do cliente e requisitos regulamentares
aplicáveis; e pretendem aumentar a satisfação do cliente por meio da efetiva aplicação do
sistema, incluindo processos para melhoria contínua do sistema e garantia da conformidade
com requisitos do cliente e requisitos regulamentares aplicáveis (ABNT, 2000).
A gestão de qualidade visa o processo educacional que extravasa as fronteiras das
organizações, em que o primeiro passo é desenvolver meios e métodos para conquistar e
conservar o cliente (BARBALHO, 1996).
A norma NBR ISO 9001:2000 compõe a denominada família das ISO 9000. Esse
conjunto refere-se à qualidade, em seus diversos aspectos e aplicações, sendo a 9001:2000 a
que trata dos "sistemas de gestão da qualidade – requisitos".
A aplicação de uma norma ISO 9000 implica a compreensão da organização de que
sua gestão deverá ser feita com base em políticas de qualidade, foco no cliente, planejamento
de atividades, documentação de processos, monitoramento e melhorias contínuas (ABNT,
2000).
A metodologia ou abordagem, conforme as exigências descritas nessa norma são
feitas a partir da definição de um (ou mais) escopo (processo), que será certificado e
monitorado. A seleção de um ou mais processos deve ser estratégica para a instituição no
sentido de que seja algo claro e perceptível para os clientes, cuja qualidade de realização
implique impacto para sua avaliação e aceitação no âmbito da sociedade em geral
(especialmente o caso das instituições públicas), ou no mercado, conforme sua finalidade
básica. Também deve ser estratégica para o pessoal envolvido no trabalho, que devem
reforçar a consciência sobre a importância do serviço ou produto para os clientes/usuários e
para a organização (WANDERLEY, 2004).
A ISO 9001:2000 está focalizada na eficácia do sistema de gestão da qualidade para
que os requisitos do cliente sejam conhecidos e atendidos. Assim, as etapas do planejamento,
de acordo com a metodologia PDCA (Plan / Do / Check / Act) – planejar, realizar, verificar,
agir –, constituem um instrumento gerencial importante para que o processo se realize em
conformidade com os requisitos identificados para os clientes/usuários e para os
produtos/serviços.
A norma deve ser entendida como um roteiro, em nível macro, para que o sistema de
gestão da qualidade seja implantado e mantido. Pela sua estrutura, estão definidos as etapas e
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os conteúdos que as organizações devem identificar estudar, documentar, avaliar e realizar,
para o processo selecionado.
A sigla "ISO" refere-se à International Organization for Standardization, organização
não-governamental fundada em 1947, em Genebra, e hoje presente em cerca de 157 países. A
sua função é a de promover a normatização de produtos e serviços, para que a qualidade dos
mesmos seja permanentemente melhorada.
Esta família de normas estabelece requisitos que auxiliam a melhoria dos processos
internos, a maior capacitação dos colaboradores, o monitoramento do ambiente de trabalho, a
verificação da satisfação dos clientes, colaboradores e fornecedores, num processo contínuo
de melhoria do sistema de gestão da qualidade. Aplicam-se a campos tão distintos quanto
materiais, produtos, processos e serviços (WANDERLEY,2004)
A adoção das normas ISO é vantajosa para as organizações uma vez que lhes confere
maior organização, produtividade e credibilidade - elementos facilmente identificáveis pelos
clientes -, aumentando a sua competitividade nos mercados nacional e internacional. Os
processos organizacionais necessitam ser verificados através de auditorias externas
independentes (WNADERLEY,2004).
Relato: Associação Brasileira da Indústria dos Hotéis (ABIH) - Instituto Brasileiro de
Turismo - EMBRATUR
No Brasil, até abril de 2002 existiam dois sistemas principais de classificação de meios
de hospedagem: a classificação oficial, definida pelo Instituto Brasileiro de Turismo
(EMBRATUR), e a classificação realizada por entidades privadas e representada pela ABIH3
(WANDERLEY, 2004).
A classificação dos meios de hospedagem pelo sistema da EMBRATUR era realizada
pela verificação da adequação e da conformidade dos itens existentes no estabelecimento
quando comparados aos padrões definidos nas matrizes de classificação. Essas matrizes eram
compostas por padrões gerais e específicos adequados aos diferentes tipos de meios de
hospedagem.
Os estabelecimentos hoteleiros deveriam então atender aos padrões exigidos para a sua
categoria por meio da verificação de diversos itens. Por outro lado, a classificação pelo
3 Associação Brasileira Indústria de Hotéis.
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sistema da ABIH era realizada pelo próprio estabelecimento hoteleiro, por meio da
verificação da conformidade do estabelecimento em relação a padrões preestabelecidos.
Entretanto, pela Deliberação Normativa n.429 da EMBRATUR (2002), a EMBRATUR e a
ABIH instituíram o atual sistema de classificação dos meios de hospedagem. Esse novo
sistema também utiliza matrizes de classificação compostas por padrões de adequação aos
diversos tipos de meios de hospedagem (WANDERLEY, 2004).
A nova matriz enfatiza a qualidade dos serviços nos empreendimentos, onde o sistema
é comprometido na garantia da qualidade, tomando como base o modelo de ISO 9000,
portanto atualmente além dos outros itens o hotel deverá apresentar e comprovar o processo
de gerenciamento de qualidade.
A classificação hoteleira avalia vários itens que compõe o estabecimento e certifica os
mesmos em “Estrelas”. Para melhor compreensão dos itens avaliados apresenta-se a
descrição das estrelas em seu critério de avaliação:
• Uma estrela (Moderado)
Normalmente, indica hotéis independentes ou de marca reconhecidos pela qualidade constante
dos seus serviços e equipamentos. O hotel é geralmente de pequena ou média dimensão, está
bem situado em relação às atracções da zona envolvente e propõe preços moderados. Os
serviços incluem normalmente telefone e televisão no quarto. Alguns hotéis dispõem de um
serviço de restauração limitado; no entanto, o serviço de quartos não é geralmente fornecido.
• Duas estrelas (Moderado)
Normalmente, hotéis de menor dimensão geridos pelo proprietário. É frequente o hotel
possuir 2 - 4 andares e um ambiente mais personalizado. Estão geralmente situados perto de
atrações económicas, cruzamentos principais, com facilidade de acesso aos transportes
públicos. O equipamento e as instalações são asseados mas simples. Em maioria, não dispõem
de restaurante nas próprias instalações mas ficam próximos de bons estabelecimentos a preços
acessíveis. O acesso público, após determinadas horas, pode ser restrito.
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• Três estrelas (Primeira classe)
Normalmente, estes hotéis oferecem acomodações mais espaçosas que incluem quartos bem
equipados e recepções bem decoradas. É frequente estarem localizados perto dos principais
eixos rodoviários ou de áreas comerciais, convenientes para compras e atracções, e propõem
preços moderados a altos. Em regra geral, estes hotéis dispõem de restaurantes de média
dimensão que costumam prestar serviço do pequeno-almoço até ao jantar. A disponibilidade
do serviço de quartos pode variar. É frequente incluirem serviço de estacionamento, ginásios e
piscinas.
• Quatro estrelas (Superior)
Na grande maioria hotéis grandes e formais com áreas de recepção elegantes, serviço de
atendimento. É frequente a maior parte destes hotéis estarem localizados perto de outros
hotéis do mesmo calibre e normalmente encontram-se perto de atrações principais de
compras, restauração e outras. O nível de serviço está bem acima da média e os quartos
possuem boa luz e estão bem equipados. Os jantares no restaurante estão normalmente
disponíveis e podem incluir mais do que uma escolha. Certos estabelecimentos propõem
pequeno-almoço continental e/ou acepipes em certas horas a preços reduzidos. O serviço de
quartos está normalmente disponível durante a maior parte do tempo. O serviço de
estacionamento e/ou de garagem também está geralmente disponível. É frequente possuirem
serviços de porteiro, ginásios e uma ou mais piscinas.
• Cinco estrelas (Luxo)
Estes hotéis oferecem apenas o mais elevado nível de acomodações e serviços. São
estabelecimentos que propõem um serviço personalizado de alto nível. Embora a maioria dos
hotéis de cinco estrelas sejam estabelecimentos de grande dimensão, por vezes os pequenos
hotéis independentes (não filiados em cadeias) proporcionam um ambiente elegante e calmo,
que não pode ser alcançado em cenários maiores. A localização destes hotéis é muito variável,
desde locais muito exclusivos até áreas suburbanas, passando pelos centros das cidades. As
recepções dos hotéis são sumptuosas, os quartos são apetrechados com equipamento
estilizado e roupa de cama de qualidade. Os serviços podem incluir: Videogravadoresamp;,
sistemas de áudio com CD, jacuzzi, videoteca no quarto, piscinas aquecidas e mais. Estes
hotéis podem possuir até três restaurantes, todos com menus requintados. O serviço de
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quartos está normalmente disponível 24 horas por dia. Em regra geral, estão disponíveis
ginásios e serviço de estacionamento e/ou de garagem. Um porteiro também está disponível
para lhe prestar assistência.
PROPOSTA DO MANUAL PARA CERTIFICAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DOS
SALÕES DE BELEZA
A proposta deste projeto de classificação e certificação dos Salões de Beleza, teve
como parâmetro a classificação e certificação Hoteleira. Procurou-se manter as mesmas bases
da Matriz de Classificação para orientação e segmentação dos quesitos necessários para este
projeto (manual).
Em estudo realizado por Mussi (2005) em sua tese de doutorado, foram obtidos dados
em 2002 junto ao Sindicato dos Empregados (regiões de São Paulo – ABC, Guarulhos, e
Osasco) eram dois mil associados os profissionais que atuavam na área de salão de beleza. O
sindicato dos Empregadores contava naquele ano com 800 proprietários associados só no
município de São Paulo (MUSSI, 2005).
A diretoria do Sindicato Patronal dos Salões de Beleza da região de São Paulo, ABC,
Guarulhos e Osasco, classificam os estabelecimentos prestadores de serviço nesta área,
através do número apenas de funcionários sem especificar como é feita esta avaliação O
fazem de forma informal onde analisam infra-estrutura, serviços oferecidos, localização e
número de funcionário, e tem a classificação apenas em grande, médio e pequeno porte
conforme descrito abaixo:
� Pequeno porte= 1 a 2 cabeleireiros e as vezes um auxiliar;
� Médio porte = 3 a 9 cabeleireiros e dois auxiliares;
� Grande porte = acima de 10 cabeleireiros e mais de cinco auxiliares.
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O MANUAL DE CLASSIFICAÇÃO E CERTIFICAÇÃO DOS SALÕES DE BELEZA
Para que a classificação e certificação possam ocorrer alguns aspectos deverão estar
em conformidade com os itens descritos no manual.
• A classificação só poderá ocorrrer a partir do momento que o estabelecimento estiver
cadastrado junto ao orgão de representatividade da cidade ou região: Sindicato dos
Salões de Beleza; Associação dos profissionais que atuam em salões de beleza;
• O estabelecimento deverá preencher o formulário com o aceite de todas as normas
estabelecidas para a participação do processo de certificação, onde primeiramente será
feito uma análise da documentação do estabelecimento;
• O órgão de representação da classe deverá contratar uma empresa de consultoria com
profissionais formados na área de Cosmetologia e Estética para visitação aos
estabelecimentos, para a verificação “in loco” dos itens do referido manual para a
certificação e classificação do mesmo;
• A classificação se dará primeiramente através da somatória dos pontos recebidos pela
comissão avaliadora de cada item dos segmentos do manual.
� A = Atende = 10 pontos
� B = Atende parcialmente = 05 pontos
� C = Não atende = 00 = pontos
Os estabelecimentos receberão sua certificação após o resultado das somatórias, e
divididos em categorias de acordo com os pontos obtidos, sendo elas: tesoura de diamante,
tesoura de ouro, tesoura de prata, tesoura de bronze ou tesoura de cobre, sendo que cada
categoria devera atingir determinada quantidade de pontos, sendo assim:
� Tesoura de diamante: de 321 a 390 pontos
� Tesoura de ouro: entre 251 a 320 pontos
� Tesoura de prata:entre 161 a 250 pontos
� Tesoura de bronze: entre 101 a 160 pontos
� Tesoura de cobre: ate 100 pontos
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AVALIAÇÃO DOS ASPECTOS LEGAIS DO ESTABELECIMENTO (APÊNDICE
I)
Refere-se à apresentação, inclusive, quando for o caso, dentro do prazo de validade,
dos seguintes documentos:
a) Habite-se;
b) Alvará de Localização e Funcionamento;
c) Atestados de condições sanitárias, de saúde e de higiene e comprovante de
consumo dos serviços públicos de abastecimento de água, energia elétrica, esgoto
e coleta de lixo;
d) Certificado expedido pelo Corpo de Bombeiros, dentro do prazo de validade, que
se refere a avaliação “in loco” dos equipamentos e instalações contra incêndio,
em todas as dependências do estabelecimento.
e) Observação na construção do estabelecimento, de instalações e facilidades de uso
para pessoas com necessidades especiais física, como por exemplo, rampas
móveis, cadeiras de rodas ou pessoal especificamente treinado para atender este
tipo de cliente.
AVALIAÇÃO DA BIOSSEGURANÇA (APÊNDICE II)
Dentro do segmento Salões de Beleza, existe a possibilidade do profissional e cliente
estarem exposto a uma série de riscos que podem ser: físicos, químicos e biológicos inerentes
às atividades desta profissão, a que podem estar sujeitos, mas que os mesmos podem ser
minimizados através de medidas de prevenção básicas. As medidas de Biossegurança
abrangem uma série de cuidados, que incluem limpeza do estabelecimento e mobiliários,
desinfecção, assepsia e/ou esterilização dos artigos, uso de Equipamentos de Proteção
Individual (EPI’s) e Equipamento de Proteção Coletiva (EPC’s), gerenciamento de resíduos
gerados pelo estabelecimento entre outros (GARCIA; MOSER, 2007). Nas palavras de
Oppermann; Pires, (2002, p.5) a Biossegurança é:
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Um processo funcional e operacional de fundamental importância em serviços de saúde, não só por abordar medidas de Controle de Infecções para proteção da equipe de assistência e usuários em saúde, mas por ter um papel fundamental na promoção da consciência sanitária,na comunidade onde atua, da importância da preservação do meio ambiente na manipulação e no descarte de resíduos e da redução geral de riscos à saúde e acidentes ocupacionais.
O Ministério do Trabalho e Emprego em sua Norma Regulamentadora 6 – da Portaria
3.214/1978, considera Equipamento de Proteção Individual – EPI, todo dispositivo ou produto
de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de
ameaçar a segurança e a saúde do trabalhador.
Os profissionais devem evitar contato direto com matéria orgânica, através de
barreiras protetoras como luvas, gorros, aventais, óculos de proteção e máscaras.
Para atividades que utilizem procedimentos específicos como: aplicação de produtos
químicos tendo como componentes a amônia, tioglicolato de amônia, per sulfato de amônia,
hidróxidos; faz-se necessário o uso dos principais EPI’s sendo eles, as máscaras com carvão
ativado e respirador.
Conforme Resolução Normativa (NR 23) do Ministério do Trabalho e do Emprego
(2004) deve haver extintores de incêndio para produtos químicos (extintores PQS de pó),
eletricidade (extintores a gás CO2) e para papéis (extintores de água comprimida) devem estar
disponíveis. Em ambientes que utilizam muitos equipamentos elétricos deve-se ter maior
número de extintores para eletricidade enquanto aqueles em que o número de produtos
químicos for muito grande devem conter extintores PQS em número suficiente. Os dois
podem ser utilizados em ambos os casos e os mesmos devem ser guardados em local livre e
não distante mais do que a um metro do piso e devidamente sinalizados. Os extintores devem
estar com a carga válida e devem estar à disposição em local acessível a todos. Recomenda-se
em locais com maior periculosidade que haja um extintor a cada 10 metros.
A ANVISA, através da RDC 306 (2004) dispõe sobre o Regulamento Técnico para o
gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. Este gerenciamento constitui em um
conjunto de procedimentos planejados e implementados a partir de bases científicas técnicas e
normativas legais, com o objetivo de minimizar a produção de resíduos gerados,
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estabelecerem um encaminhamento seguro aos resíduos de forma eficiente, visando a
proteção dos trabalhadores e do meio ambiente.
O manejo dos resíduos é entendido como a ação de gerenciar os mesmos em aspectos
intra e extra-estabelecimento, desde a geração até a disposição final, incluindo as seguintes
etapas: segregação, acondicionamento, identificação, transporte e destino final (tratamento do
resíduo).
AVALIAÇÃO FÍSICA – ARQUITETURA (APÊNDICE III)
Neste item são avaliados os aspectos arquitetônicos que incluem os espaços
específicos dos atendimentos e seu mobiliário, procurando sempre atingir o objetivo de estar
respeitando a ergonomia em relação ao profissional e a melhor comodidade ao cliente.
Segundo Wisner (1987 apud MUSSI, 2005), a ergonomia é uma disciplina definida
como conjunto de conhecimentos científicos relativos ao homem e necessários a concepção
de instrumentos máquinas e dispositivos que possam ser utilizados com o máximo de
conforto, segurança e eficiência.
Conforme SEBRAE (2009) é importante que a estrutura básica conte com uma área de
no mínimo 20 m², que será suficiente para montar um salão pequeno porte. O estabelecimento
deve ter instalações elétricas e hidráulicas em boas condições, com um ambiente bem
iluminado, paredes e pisos claros e laváveis, o que são imprescindíveis para transmitir a
impressão de limpeza.
Além disto, é necessário tanto para segurança e conforto cliente/profissional que
aspectos como salas de preparação e aplicação de produtos químicos capilares sejam
separadas, sala específica para limpeza , desinfecção e esterilização de artigos,equipadas com
sistemas de ventilação e exaustão, assim como os demais ambientes que foram desenvolvidos
e criados para o bom funcionamento do estabelecimento (SEBRAE, 2009).
Seguindo a orientação básica da RDC 50 da ANVISA (2002) e também o Manual de
Processamento de artigos e superfície em Estabelecimentos de saúde (MINISTÉRIO DA
SAÚDE, 1994) desenvolvida para ambientes hospitalares ora adaptada para o estabelecimento
Salão de Beleza, a estrutura arquitetônica deve apresentar as seguintes características:
a) Os pisos e paredes destas áreas devem ser lisos, sem reentrâncias, resistentes a
ação de produtos químicos destinados a limpeza;
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b) As superfícies do mobiliário devem ser lisas e resistentes a água e sabão assim
como a agentes saneantes, para a facilitar na limpeza diária dos mesmos;
c) A disposição do mobiliário deve ser adequada para evitar problemas com a
circulação de pessoas;
d) As salas deverão possuir sistema próprio de exaustão e ventilação para evitar o
acúmulo de gases e odores que são liberados durante os procedimentos capilares
como a amônia, tioglicolato e outros.
e) A iluminação é outro ponto fundamental para a realização dos trabalhos dos
profissionais. O ideal é trabalhar com luz natural, como isso não é possível, deve
ser utilizada a iluminação equilibrada em tom mais semelhante a luz do dia.
f) Deve haver sala ou local reservado para a preparação e armazenamento de
colorações e descolorações. Nesta sala deve haver sistema de exaustão ou
ventilação, com adequação de pia com bancada.
g) As instalações elétricas devem ser mantidas em bom estado de conservação. O
bom funcionamento depende dos equipamentos elétricos e problemas com a
fiação ou com tomadas podem acarretar sérios danos. Evitar o uso de extensões,
pois os mesmos podem causar sobrecarga na rede e até mesmo um princípio de
incêndio. Não deixar a fiação exposta. O ideal é que exista um interruptor para
cada equipamento, evitando-se a sobrecarga elétrica.
h) Deve haver a separação entre sanitário masculino e feminino;
i) Vestiários e armários para a troca e guarda de pertences de funcionários;
j) Copa para preparação de lanches rápidos, com pia e geladeira.
ATENDIMENTO AO CLIENTE (APÊNDICE IV)
Segundo SEBRAE (2009), para algumas pessoas, os salões de beleza são considerados
supérfluos, para outros, eles são imprescindíveis à manutenção da auto-estima. Os salões de
beleza são considerados por muitas pessoas, como um templo onde se operam verdadeiros
milagres, funcionam como verdadeiras fábricas de beleza, onde o "processo produtivo" pode
envolver desde a lavagem, corte alisamentos, penteado e coloração dos cabelos entre outras
atividades de cuidado e arranjo dos mesmos. São utilizadas diversos matérias e técnicas como
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ferramentas, que empregadas adequadamente embelezam a clientela de acordo com a moda e
suas exigências.
Por isso, o espaço físico, a higiene e o profissionalismo são ferramentas indispensáveis
na construção de um bom ambiente de trabalho e por ter clientela geralmente fixa que só
procura a concorrência caso os serviços não sejam satisfatórios (SEBRAE, 2009).
O ideal é que o empreendedor ofereça no seu salão qualidade e bons preços em todos
os serviços disponíveis, dessa maneira ele manterá o cliente utilizando sempre o seu salão.
Além disso, este é um ramo muito rentável, sobretudo à medida que o profissional se torna
conhecido da clientela (SEBRAE, 2009).
FORMAÇÃO PROFISSIONAL (APÊNDICE V)
Para avaliar em um estabelecimento de beleza o nível de qualificação profissional é
necessário iniciar o processo investigativo de sua formação, seja ela a vivência e aprendizado
das atividades passado por outros profissionais por experiência, a formação técnica ou a
graduação através dos cursos de tecnologia.
A formação profissional é muito importante numa carreira de sucesso, por isso é
necessário formar profissionais competentes e com grande capacidade de criação e
habilidades específicas, preparando-os para um mercado de trabalho cada vez mais exigente e
competitivo.
O profissional de beleza é responsável por cuidar da saúde do corpo e da pele,
voltando-se para o bem-estar físico, estético e mental das pessoas. Por isso, o profissional
precisa ter plena consciência da importância que tem para seus pacientes, já que beleza, para
muitos, é sinal de bem-estar. Além de conhecimentos científicos e anatômicos do corpo
humano, este profissional também precisa ter noções de cosmetologia e dos princípios ativos
de cada cosmético(NUNES; SILVA, 2009).
Vários cursos para profissionais de beleza são lançados no mercado brasileiro quase
que mensalmente. Portanto são de grande valia tanto os técnicos como os de graduação, não
desmerecendo os de atualização e aperfeiçoamento.
Pode-se ainda dizer que a maior experiência se adquire no dia-a-dia, na prática. O
profissional de beleza é responsável por planejar, organizar, direcionar e supervisionar toda a
assistência dada em seu salão de beleza, ações estas que vão amadurecendo com as
experiências adquiridas. O mercado de trabalho tem se mostrado amplo para esses
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profissionais e vem exigindo além de atividades assistenciais também desenvolva atividades
de gerenciamento e administrando o seu negócio.
O exercício do curso de técnico é permeado por uma constante exposição a diferentes
situações decorrentes de dois aspectos: o primeiro é que, ao lidar com o cliente, o profissional
enfrenta no seu cotidiano várias situações em que vai lhe exigir otimismo e sabedoria, para
tanto, necessita desenvolver habilidades para enfrentar tais situações; o segundo aspecto desta
profissão é que a maioria de seus profissionais trabalha diretamente com o ser humano,
pessoas diferentes, com pensamentos e atos diferentes fazendo-o se socializar para poder
atender bem aos seus clientes (NUNES; SILVA, 2009).
A indústria de cosméticos e artigos usados nos tratamentos de beleza em clínicas,
salões ou em domicílios, consolida-se no país, tornando-se cada vez mais especializada,
desenvolvendo produtos e equipamentos de novas tecnologias, o que aumenta a participação
dessas empresas no mercado. Com isso é essencial o aprimoramento, o estudo e também o
dia-a-dia prático destes profissionais.
METODOLOGIA
O presente trabalho tem caráter qualitativo do tipo exploratório e bibliográfico.
Para Merriam (apud GODOI; BANDEIRA-DE-MELLO; SILVA, 2006, p. 91) a pesquisa
qualitativa é:
Um “guarda-chuva”, que abrange várias formas de pesquisa e nos ajuda a compreender e explicar o fenômeno social com menor afastamento possível do ambiente natural. Nesse cenário não se buscam regularidade, mas compreensão dos agentes, daquilo que os levou singularmente a agir como agiram.
A abordagem qualitativa de um problema na visão de Richardson (1999, p.79) “além
de ser uma opção do investigador, justifica-se, sobretudo, por ser uma forma adequada para
entender a natureza de um fenômeno social”. Já a pesquisa bibliográfica é a fonte conceitual
de um trabalho, é através dela que se podem desenvolver linhas de pensamento e defender
idéias, apoiadas nos conceitos já existentes. Para Gil (1996, p.48) a pesquisa bibliográfica é
desenvolvida:
16
a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Embora quase todos os estudos sejam exigidos algum tipo de trabalho desta natureza, há pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes bibliográficas.
Ainda para Gil (1999, p. 43) “a pesquisa exploratória tem como principal finalidade
desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e idéias, tendo em vista, a formulação de
problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores”.
Quanto aos procedimentos da pesquisa, inicialmente foi feito um levantamento
bibliográfico, em livros, artigos científicos, normas técnicas e documentos institucionais,
utilizando palavras chaves como: Certificação, normatização, classificação de instituições
e/ou organizações, ISO 9000, a fim de recuperar materiais para fundamentar o estudo e
desenvolver o projeto. Localizou-se a Matriz de Classificação da rede Hoteleira, desenvolvida
pela EMBRATUR e ABIH, feita a leitura e interpretação, escolheram-se alguns itens
relevantes e estabeleceu-se como padrão para o desenvolvimento do Manual de Classificação
e Certificação dos Salões de Beleza.
O padrão adotado segue as diretrizes que norteiam todo o projeto. Dividiram-se em
unidades os itens a serem avaliados e pontuados para a obtenção da certificação, envolvendo
desde a documentação exigida para fins legais até a formação do profissional das áreas de
serviços oferecidos pelo estabelecimento. O instrumento de avaliação foi desenvolvido no
formato de formulário com questões fechadas, tendo os itens (a) , (b) e (c) como alternativas
de escolha.
A escolha do peso da pontuação foi feita de forma aleatória nos valores da escala
numérica de zero, cinco e dez, para facilitar a somatória total dos pontos, sendo dez para o
enunciado:atende; cinco para o enunciado: atende parcialmente e zero para o enunciado: não
atende.Ao estabelecimento que atender a todos os itens do manual sua pontuação máxima
poderá chegar de 321 a 390 pontos e sua pontuação mínima até 100 pontos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Tradicionalmente resistente aos períodos de crise, o mercado de beleza continua dando
sinais da sua força no Brasil. Resultados divulgados pela Associação Brasileira da Indústria
de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC, 2009) informam que o crescimento
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no período de janeiro a junho de 2009 foi de 18% em relação ao mesmo período de 2008. O
índice foi obtido a partir da compilação dos dados consolidados da indústria, relativos aos
dois primeiros bimestres de 2009, e pela estimativa de vendas dos meses de maio e junho. O
aspecto cultural, os hábitos de higiene e o cuidado com a aparência fazem parte da rotina da
população, com importantes impactos na preservação da saúde, pois ajuda na preservação de
uma imagem social positiva, o que resulta em das forças do setor.
Com esses dados pode-se constatar que o mercado da beleza está realmente em
crescimento, e isto significa mais estabelecimentos no mercado e mais profissionais atuando
na área, evidenciando-se assim, a concorrência a cada dia, estimulando dessa forma a
competitividade produtiva do setor.
Como já relatado, a ABNT possui em sua série de normativas a NRB ISO 9001: 2000
que estabelece a qualidade nos serviços e/ou produtos oferecidos no mercado. Dentro da
grande área da Cosmetologia e Estética, tendo como recorte o estudo dos salões de beleza,
objetivou-se o desenvolvimento de um projeto de certificação e qualificação dos mesmos,
para alavancar o nível de qualidade, competitividade e a busca dos profissionais pelo
aprimoramento dos seus conhecimentos. Pois se existem produtos, e o consumo é crescente
como nos mostra os resultados da ABIHPE é possível aumentar a quantidade de
estabelecimentos qualificados.
A contribuição deste estudo e conseqüente desenvolvimento do projeto de
classificação e certificação para os Salões de Beleza são muito relevantes, pois, estará
estimulando o Tecnólogo em Cosmetologia e Estética a lutar pelos seus direitos legais,
buscando a união da categoria e reconhecimento perante o Ministério do Trabalho. A busca
pelo aperfeiçoamento, aplicação dos conhecimentos e práticas desenvolvidas durante o
período acadêmico estimula positivamente a competitividade buscando qualidade nos serviços
prestados.
Este estudo é um projeto modelo, o mesmo deve ser aprimorado e desenvolvido para
que possa ser encaminhado aos órgãos representativos da categoria, para tanto deverá ainda
ser submetido a um pré-teste, sendo composta uma comissão para a avaliação e aplicação do
mesmo, para verificação dos itens que o compõe. Sugere-se que o trabalho tenha sua
continuidade por acadêmicos da própria instituição como trabalho de iniciação científica.
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REFERÊNCIAS
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_____. RDC n. 50, de 21 de fevereiro de 2002. Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. Rio de Janeiro, 2002 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE HOTÉIS (ABIH).Classificação dos meios de hospedagem. Disponível em: <http:// www.abih.com.br/Classificacao_Matriz. php>. Acesso em: 20.10.2009 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 9001: sistemas de gestão da qualidade – requisitos. Rio de Janeiro, 2000. _____. NBR 9000:9001 - Orientações para a seleção e contratação de serviços de consultoria, treinamento e certificação de sistemas de gestão da qualidade. Rio de Janeiro: CB-25, 2005. BARBALHO, C. R. S. Gestão pela qualidade: referencial teórico. Transinformação, v. 8, n. 3, p. 97-120, set./dez. 1996. Disponível em: <www.puccamp.br/~biblio/barbal83.html>. Acesso em: 15 ago. 2009.. GIGLIO, Ernesto. O Comportamento do Consumidor e a gerência de marketing, São Paulo: Pioneira, 1996. Gil, A C. Como elaborar projetos de pesquisa. 3. ed. São Paulo: Atlas. 1994. GODOI, Christiane Kleinubing; BANDEIRA-DE-MELLO, Rodrigo; SILVA, Anielson Barbosa da;. Pesquisa qualitativa em estudos organizacionais: paradigmas, estratégias e métodos. São Paulo, SP: Saraiva S.A. Livreiros Editores, 2006. INSTITUTO BRASILEIRO DE TURISMO (EMBRATUR). Deliberação Normativa n. 429, 23 de abril de 2002. Disponível em: <http://www.embratur.gov.br>. Acesso em: 20.10.2009. MINISTÉRIO DO TRABALHO E DO EMPREGO. NR 06. Equipamentos de proteção Individual – EPI. 1978. Disponível em: <http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_06.pdf> Acesso em em: 20 set. 2009.
19
MINISTÉRIO DO TRABALHO E DO EMPREGO. NR 23 – Proteção Contra Incêndios (123.000-0). Disponível em: http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentodoras/nr_23.asp> Acesso em: 05 out. 2009. MINISTÉRIO DA SAÚDE – Coordenação de Controle de Infecção Hospitalar. Processamento de Artigos e Superfícies em Estabelecimentos de Saúde. 2. ed. Brasília, 2004.
MINISTÉRIO DO TRABALHO E DO EMPREGO. NR 06 – Equipamentos de Proteção Individual – EPI. 1978. Disponível em: <http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_06.pdf> Acessado em: 29/09/2009.
MINISTÉRIO DO TRABALHO E DO EMPREGO. NR 23 – Proteção Contra Incêndios (123.000-0). Disponível em: http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentodoras/nr_23.asp> Acessado em: 05/10/2009.
GARCIA, D. ; MOSER D.K. A Biossegurança nos Salões de Balneário Camboriú/SC .2007. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso Superior em Tecnologia e Cosmetologia e Estética. Universidade do Vale do Itajaí. Balneário Camboriú/SC. MUSSI, Gisele. Prevalência de distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (LER/DORT) em profissionais cabeleireiros em Institutos de Beleza de dois distritos da cidade de São Paulo. Tese (Doutorado em Medicina Ocupacional) - Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. São Paulo, 2005.
OPPERMANN, C. M.; PIRES, L. C. de Biossegurança para serviços da saúde. Porto Alegre: PMPA/SMS/CGVS, 2003.
SEBRAE. Salão de Beleza. Disponível em: <http://www.sebrae-sc.com.br/ideais/>. Acesso em 10 ago. 2009. SENAC. DN. Salão de beleza: organizacao e gestão do trabalho. Rio de Janeiro : Senac Nacional, 2008. WANDERLEY, H. A percepção dos hóspedes quanto aos atributos oferecidos pelos hotéis voltados para o turismo de negócios na cidade de São Paulo. Dissertação (Mestrado) — Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2004.
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APÊNDICES
21
APÊNDICE I
Avaliação dos aspectos legais do estabelecimento
A B C
Aspectos Legais
Inscrições e documentações exigidas, especialmente pela
Vigilância Sanitária. Alvará de localização e funcionamento.
Legislação quanto a proteção contra incêndio, dispondo de
equipamentos e instalações exigidos pelas autoridades
competentes, iluminação de emergência.
Exigência da legislação trabalhista, especialmente no que se
referem a vestiários, sanitários e locais de refeições de
funcionários.
Tabela de serviços e preços praticados
Documentação e recolhimentos efetuados através de
contador. Ex.: imposto, taxas, guias de recolhimento, etc.
PONTUAÇÃO TOTAL =
A=10 pontos – atende
B= 05 pontos – atende parcialmente
C = 0 pontos – não atende
22
APÊNDICE II
Avaliações da Biossegurança
A B C
Biossegurança
Utilização de toalhas limpas e ou descartáveis para cada cliente.
Local adequado para a separação e descarte das toalhas sujas.
Lixas de unhas, protetores para bacias, procedimentos de
depilação descartáveis
Materiais esterilizados em autoclave
Utilização de EPI’s – luvas, máscaras, avental, etc.
Limpeza e desinfecção de artigos e utensílios.
Limpeza do mobiliário, pisos.
Equipamento proteção coletiva – Extintores.
Gerenciamento dos resíduos gerados de forma eficiente.
PONTUAÇÃO TOTAL =
A=10 pontos – atende
B= 05 pontos – atende parcialmente
C = 0 pontos – não atende
23
APÊNDICE III
Avaliação Física – Arquitetura
A B C
Arquitetura
Recepção – espaço físico suficiente para acomodar os clientes
sentados enquanto aguardam o atendimento.
Agendamento e serviços inerentes a recepção e administração
informatizados.
Espaço reservado aos lavatórios, com móveis adequados e
ergonômicos tanto ao profissional quanto ao cliente.
Sala de Química – destinada a aplicação das químicas realizadas
nos salões como colorações, descoloração, alisamentos e
relaxamentos.
Sala de Preparação de químicas – destinada a preparação e
armazenamento dos produtos químicos. Deve conter bancada,
pia e água corrente.
Sala de procedimentos de cortes, escovas, penteados
Sala para manicure – com mobiliário ergonômico para o
profissional e o cliente.
Banheiros individuais para cliente – masculino e feminino.
Vestiários com banheiro para os funcionários com guarda
volumes.
Sala de esterilização – procedimentos de limpeza, higienização e
esterilização dos artigos
Sistema de ventilação, exaustão e climatização
Copa
Facilidade construtiva, de instalações e de uso para portadores de deficiência.
PONTUAÇÃO TOTAL = A=10 pontos – atende
B= 05 pontos – atende parcialmente
C = 0 pontos – não atende
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APÊNDICE IV
Atendimento ao cliente
Itens Gerais A B C
Atendimento ao Cliente
Promoção e marketing
Facilidade de atendimento para minorias especiais (fumantes,
idosos, portadores de deficiência.
Crédito e facilidade de pagamento
A Localização do salão é central
Estacionamento para cliente – vagas acima de 10carros
PONTUAÇÃO TOTAL =
A=10 pontos – atende
B= 05 pontos – atende parcialmente
C = 0 pontos – não atende
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APÊNDICE V
Formação profissional
A B C
- Cabeleireiro
Nível superior
Nível técnico
Experiência somente com trabalho
-Manicura e pedicura
Nível superior
Nível técnico
Experiência somente com trabalho
-Anexos cutâneos
Nível superior
Nível técnico
Experiência somente com trabalho
PONTUAÇÃO TOTAL =
A=10 pontos – atende
B= 05 pontos – atende parcialmente
C = 0 pontos – não atende