Desenvolvimento e aprendizagem na etapa de 0 a 6 anos.

1.1 Introdução.

Desde o nascimento até os seis anos, ocorrem mudanças evidentes,

espetaculares, bastante visíveis, que nos permite considerar que as crianças

pequenas cada vez mais formam parte de nossa cultura e de nossa comunidade,

a cada dia vão-se tornando mais parecidas co0m as pessoas adultas.

O texto apresentará algumas questões a respeito do desenvolvimento e da

aprendizagem nos primeiros seis anos de vida, já na segunda parte relatará dos

grandes marcos do desenvolvimento nas diversas áreas(motora, cognitiva e

afetiva).

1.2 Como se desenvolvem e aprendem as crianças da etapa de Educação

Infantil?

Para explicar como se desenvolvem e se aprendem o autor para de três

conceitos:

1. Maturação: Refere-se as mudanças que ocorrem ao da evolução dos

indivíduos, as quais se fundamentam na variação da estrutura e da função

das células, a maturação está estritamente ligada ao crescimento,

alongamento dos ossos, aumento de peso corporal....

2. desenvolvimento: Formação progressiva das funções humana(linguagem,

raciocínio, memória, atenção, estima).

3. Aprendizagem:incorporam-se novos conhecimento, valores, habilidades

que são próprias da cultura e da sociedade em que vivemos.

Como ocorre o processo de desenvolvimento? Em que consiste?

De zero a seis anos, ocorre um processo e complexidade do ser humano que não

se repetirá durante seu desenvolvimento, pois o ser humano é o0 único ser vivo

que pode planejar sua ação, por em andamento uma atividade psíquica que lhe

permitirá realizar ações criadoras. Todas as pessoas são diferente em suas

particularidades físicas e psíquicas:cada uma recebe por meio de herança,

determinadas características físicas e determinadas potencialidades.

Qual é o papel da herança no decorrer do desenvolvimento?

0Quando uma criança nasce, recebe de seu pai e de sua mãe uma informação

genética que lhe permite fazer parte da espécie humana: traços morfológicos, um

sexo definido, algumas capacidades de desenvolvimento que estão inscritas em

determinada constituição do cérebro e um calendário de maturação.

A compreensão da influencia hereditária no desenvolvimento do ser humano está

bem esclarecida na diferenciação apresentada por F. Jacob a parte aberta e a

parte fechada do código genético. A parte fechada do código genético impõe uma

determinada informação genética que será necessariamente cumprida, já a parte

genética aberta do código trata-se das possibilidades de utilização da linguagem,

das capacidades de estabelecimento de vínculos emocionais e da resolução de

problemas. A herança recebida dá-nos uma série de possibilidades e indica em

que momento aproximado estarão disponíveis.

O desenvolvimento da espécie humana é portanto o resultado de uma interação

entre o programa de maturação e a estimulação social e pessoal que a criança

recebe das pessoas que a cuidam.

Que relações podemos estabelecer entre o desenvolvimento e a

aprendizagem.

A perspectiva que Vygotsky abordou em relação á aprendizagem escolar é

fundamental para que se possa raciocinar e entender qual é a natureza da

aprendizagem e do ensino escolar e sobre que se possa raciocinar e entender

qual é a natureza da aprendizagem e do ensino escolar e sobre que relações seria

conveniente estabelecer o desenvolvimento da criança. Para que possa haver

desenvolvimento é necessário que se produza uma série de aprendizagens.

É a aprendizagem na interação com outras pessoas que nos dá a possibilidade

de avançar em nosso desenvolvimento psicológico.

Podemos destacar que, no processo de ajuda, de cuidado dedicado a uma

criança pequena, os educadores e os pais atuam de uma maneira ou outra,

conforme entendem implicitamente que seja seu papel no processo de

estimulação dessa criança, para que ela desenvolva suas capacidades, a partir de

um processo de observação constante dos aspectos que esteja incorporando,

para conseguir melhorar essas suas capacidades.

O desenvolvimento não surge do nada, mas é uma construção sobre a base de

desenvolvimento que já existe previamente, sendo uma construção que exige o

envolvimento tanto do menino ou da menina como daqueles que se inter

relacionam com ele ou ela.

Como as crianças aprendem?

No decorrer da história da psicologia e da pedagogia, tem-se explicado, de

diversas formas, a aprendizagem nessa idade. Os meninos e as meninas

aprendem comportamentos, destrezas, hábitos e conhecimentos, de maneiras

muito variadas.

A experiência com os objetos.

O processo de conhecimento das crianças inicia sempre, desde pequenas, com

uma exploração dos objetos, a criança conhece quando atua sobre os objetos,

quando pratica ações sobre eles. Essas exploração e experimentação constante

que a criança faz sobre os objetos, no decorrer dos dois primeiros anos de vida,

proporcionando-lhe um conhecimento do mundo que envolve.

Piaget denomina assimilação e acomodação, a criança pequena da etapa

sensório-motora faz uma aprendizagem do mundo que a envolve e aprende a

resolver as situações com as quais convive, á medida que vai colocando em

pratica esquemas cada vez mais complexos para indagar e intervir na realidade, o

contato com os objetos e a experiência que a criança tem através do jogo

individual; em grupo ou com uma pessoa adulta, são situações de apredizagem

básicas durante todo o período que poderíamos considerar como etapa da

Educação Infantil.

As experiências com situações.

A criança pequena, além das experiências com os objetos, vive muitas

experiências relacionadas com as situações da vida cotidiana, as experiências

adquiridas pelas crianças permitem formar esquemas que a ajudam a predizer e a

antecipar o que é natural que aconteça em determinada situação na qual esteja

envolvida.

As experiência reiterativas ajudam no estabelecimento desses esquemas de

conhecimento que permitem á criança conhecer situações mais prospera, é

importante haver experiências variadas na vida diária das crianças dessa idade,

mas como um certo componente de reiteração e de rotina que contribua para dar-

lhe segurança e uma certa sensação de controle sobre os acontecimentos do

cotidiano.Podemos ver que os meninos dessa idade aprendem muitas coisas

importantes por meio da sua própria participação nas situação mais habituais e

cotidianas; aprendizagens vão além de uma simples exercitação de hábitos e que

são germes de uma aprendizagem de conceitos eu lhe servirá para continuarem

conhecendo o mundo que os envolve.

Os prêmios e os castigos.

É muito freqüente assistir-se a desentendimentos entre professores e alunos,

entre pais e filhos, nos quais os pequenos tentam por á prova os limites que lhe

são dados e amplia-los em beneficio próprio para conseguirem fazer o que não

lhes é habitualmente permitido. É preciso evitar situações de inflexibilidade muito

grande,com as quais as crianças também aprendam a ser inflexíveis e incapazes

de compreender a possível variedade nas situações, é preciso evitar os castigos

que repercutem de maneira negativa na auto-estima e na própria segurança.

A imitação.

Meninos e meninas da etapa da Educação Infantil, muitas vezes aprendem por

imitação daquilo que vêem e vivem ao seu redor.as crianças geralmente se

espelham no pai, na mãe, nos educadores e professores ou seja nas pessoas

mais velhas e acabam imitando as expressões, a maneira de agir, a atitudes e até

os comportamentos dessas pessoas.

A aprendizagem por meio da criação de andaimes e a aprendizagem

compartilhada.

A criança dessa idade recebe muitas influências das pessoas que a rodeiam,

tantos dos adultos como de crianças maiores. A interação que se estabelece nas

situações da vida cotidiana entre a pessoa adulta e a criança, trata-se de uma

aprendizagem compartilhada, em que ambos tem um papel que se diversifica no

decorrer da interação.

Quando um adulto chama o menino ou a menina para um jogo e auxilia eles para

o sucesso, esse adulto estaria estimulando o desenvolvimento da criança.

Bruner utiliza a metáfora do “andaime” que é utilizada na área da construção de

edifícios pois sem ele um prédio não pode ser construído, pode-se encontrar um

exemplo de todo esse processo em uma situação muita habitual, como naquela

em que o pai explica um determinado conto a sua filha de um ano e meio, neste

momento, o adulto atua, adotando um papel de protagonista. A medida que o pai

tenha explicado o conto varias vezes, a menina começa a lembrar alguns dos

gestos ou alguma parte da canção e quando o pai a convidar para participar da

narração auxiliando com o tempo ela passará a contar a história sozinha. Esse

tipo de interação permite que a criança aprenda e avance em suas capacidades.

Característica Evolutivas.

O desenvolvimento humano é social e culturalmente mediado, tanto na sua

sustentação quanto nos metos que utilizamos para alcança-lo. Todos os seres

humanos passam por estágios, mesmo que não necessariamente na mesma

idade, os momentos que ocorrem os saltos qualitativos podem ser bastante

diferentes, conforme as crianças e os diversos grupos culturais.

Os meios ricos em afeto e estimulação permitem uma evolução mais rápida no

desenvolvimento das capacidades do que outros contextos menos ricos em

estímulos.

Os traços gerais da evolução da criança durante a etapa da educação infantil se

da através 3 grandes áreas de desenvolvimento:

-Área motora.

-Área cognitiva.

-Área afetiva.

As capacidades motoras.

No decorrer dos primeiros seis anos de vida, a criança passa de uma situação de

total dependência das pessoas que a cuidam a uma autonomia completa ,do

movimento coordenação e incontrolado ao controle e á coordenação quase total

O primeiro ano de vida.

Durante o primeiro ano de vida ,ocorre uma grande quantidade de aquisições

passa-se de alguns movimento inicias involuntários a um controle de movimentos.

Quando nasce ,o bebê o sistema nervoso central está preparado para iniciar uma

maturação muito importante ,que será a base de todo o desenvolvimento

posterior.

A existência dos movimentos reflexos no momento do nascimento e o seu

desaparecimento posterior indica-nos que a maturação do sistema nervoso central

segue um caminho correto.

O recém-nascido têm um reflexo denominado de preensão, o qual fecham as

mãos quando um objeto toca em sua palma. Esse reflexo vai desaparecendo e,

aos poucos, o bebê esforça-se tentando dirigir sua mão até o lugar em que sua

vista vê um objeto interessante.

No primeiro ano, o bebê utiliza as mãos para explorar o mundo á sua volta e o

corpo nessa evolução , intervêm a maturação do sistema nervoso central, todo o

crescimento óssea e muscular e também as experiência afetivas que o bebe vive

com as outras pessoas e os objetos á sua volta.

O primeiro ano, habitualmente o bebê começa a dar os primeiros passos com ou

sem ajuda.Dessa maneira,começa a conhecer ,além das partes do seu corpo,

todo o espaço próximo que lhe oferece uma variedade de possíveis experiências.

Do segundo ao sexto ano de vida

Ao final do primeiro ano de vida ou em torno dele obtém-se uma aquisição muito

importante para o desenvolvimento posterior a possibilidade de caminhar

autonomamente.Essa aquisição, do ponto de vista psicomotor, é básica para

evoluir até o domínio e o conhecimento das possibilidade do corpo.

O avanço no domínio do conhecimento do corpo e das suas possibilidades no

espaço e no tempo são os elementos principais a partir dos quais analisaremos

as capacidades dos meninos e das meninas nessa etapa.

A construção do esquema corporal;a principal conquista da criança na etapa da

educação infantil em relação ao seu esquema é que graças ao movimento e ás

aço~es que realiza um conhecimento de seu próprio corpo e de suas

possibilidades. No decorrer dessa etapa da Educação Infantil, há uma gradativa

independência motora. No decorrer da Educação Infantil a uma evolução dentre

as habilidades de locomoção e de deslocamento.

As habilidades de locomoção; são todas aquelas que não requerem deslocamento

do corpo no espaço; somente um deslocamento em relação ao eixo corporal.

As habilidades e projeção-recpção e manipulação;São as que envolvem

basicamente uma parte do corpo e representam um esforço de coordenação

relacionado entre a percepção visual do movimento do objeto e o próprio

movimento.

Aos seis anos, os meninos e as meninas normalmente já conhecem todas as

partes externas que formam seu corpo e começam a interessar-se por algumas

partes internas, é nessa etapa que descobrem a simetria imaginária que divide o

corpo em duas partes, denominadas parte direita e esquerda.

Orientação no espaço e no tempo; Os adultos que rodeiam as crianças, desde os

primeiros anos utilizam uma série de conceitos básicos para poderem comunicar-

se, isso permite ás meninas e aos meninos pequenos iniciarem a construção de

suas idéias sobre o tempo e o espaço, algumas situações e direção espacial que a

criança de dois e seis anos vão entendendo e utilizando são: no alto/ embaixo,

em frente/atrás, de um lado/de outro. Direita/esquerda, em cima/em baixo,

dentro/fora...

As noções temporais e espaciais são muito importantes na organização pessoal

das crianças pequenas e também para o desenvolvimento de suas capacidades

cognitivas.

As capacidades cognitivas.

Capacidades que a criança possui para compreende o mundo que a envolve e

para compreender o mundo que a envolve e para poder atuar nele, nas

capacidades cognitivas estão estreitamente relacionadas com a capacidade de

utilização da linguagem verbal.

Do Nascimento até um ano e meio ou dois anos.

Ao nascerem os seres humanos precisam de uma dedicação muito grande dos

adultos que fazem parte da espécie para conseguirem sobreviver e chegar a ser

pessoas autônomas.

A percepção visual: Os bebês desde o momento em que nascem, sua visão não é

tão precisa como as das pessoas adultas, o que vai sendo adquirido no decorrer

dos primeiros meses. Os recém-nascidos interessam-se especialmente por

algumas partes do rosto humano, por aquelas mais expressivas: boca e os olhos.

A percepção auditiva: ocorre antes do nascimento quando o bebê, quando o bebê

nasce já é capaz de perceber ruídos e sons em sua volta.

As percepção gustativa,tátil e olfativa: Iniciam se depois, outra fonte de

conhecimento do recém-nascido é a ação que ele mesmo pode ter sobre os

objetos, para que ele possa conhecer as características dos objetos que estão em

sua volta.

O bebê de quatro meses aprende estabelecer relações entre o chocalho , o bebê

de seis a oito meses aproximar-se do trenzinho que o agrada, Piaget destaca que

a criança pequena vai coordenando, repetindo