Desenvolvimento Gerencial e a busca pela Qualidade

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DESENVOLVIMENTO GERENCIAL E A BUSCA PELA QUALIDADE Residente: flávia r. cunha.

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DESENVOLVIMENTO GERENCIAL E A BUSCA PELA QUALIDADE

Residente: flávia r. cunha.

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Tendências no gerenciamento A área da saúde vem se desenvolvendo

gerencialmente para responder a alguns problemas: Aumento dos custos, sem aumento da

capacidade resolutiva dos serviços; Restrições crescentes ao acesso, no caso dos

serviços privados; Queda da qualidade dos serviços públicos

(aumento constante dos custos).

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Do lado dos pacientes...

Críticas em relação à burocratização dos procedimentos e rotinas de acesso aos serviços;

Restrições quanto a liberdade de escolha dos médicos e estabelecimentos de saúde;

Condições pactuadas nos planos de saúde.

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Do lado dos pacientes...

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Do lado dos médicos...

Perda de autonomia para prescrever exames e medicamentos para não diminuir a relação custo x efetividade;

Padronização de rotinas e serviços aumenta a possibilidade de erros que não são contemplados em estudos econômicos e gerenciais.

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Consequências

Resistência dos profissionais da saúde;

Resultados não são instantâneos;

Percepção negativa por parte dos pacientes, que condicionam qualidade ao atendimento, e não à efetividade do tratamento.

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Programas de Gerenciamento O desenvolvimento de novas

técnicas de gerenciamento vem aumentando por causa dos resultados obtidos, como maior capacidade de gerenciamento da saúde, diminuição dos custos e aumento da qualidade.

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Problemas da Administração Tradicional do Setor Saúde Complexidade do sistema; Baixa competitividade, reduzindo a

qualidade; Multi-emprego de médicos e

profissionais de saúde; Baixo grau de prevenção; Incorporação acrítica de tecnologias.

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Problemas da Administração Tradicional do Setor Saúde Ausência de Qualidade:

Está associada: rapidez do atendimento, tratamento atencioso e civilizado, limpeza das instalações, capacidade de solucionar os problemas, conforto oferecido;

O serviço de saúde dirigido pela oferta não se preocupa com a prevenção;

Aumento da capacidade gerencial do setor tem grande relação com a qualidade.

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Inovações no Gerenciamento da Saúde Alianças entre hospitais e médicos,

formando organizações destinadas a competir no mercado de prestação de serviços;

Introdução de tecnologia computacional nos sistemas de informação, registro, controle, prontuário e focalização dos usuários.

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Inovações no Gerenciamento da Saúde

Evolução da administração hospitalar: hospital passa a ser

administrado como uma empresa de qualquer outro

setor, reconhecendo concorrência e necessidades

organizacionais.

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Cenário da Saúde

Mercado extremamente focado em tecnologia: melhores tecnologias a custos mais altos;

Legislação da Saúde pressionando os custos: exigência de novos métodos, sem a contrapartida financeira;

Pressão do maior comprador dos serviços hospitalares, o SUS: Limita o crescimento do hospital com base na capacidade de compra do Gestor Público;

Subfinanciamento do SUS: Para cada R$ 100,00 de custo, o SUS paga R$ 65,00;

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Cenário da Saúde

Pressão das operadoras de planos de seguro e saúde por preços menores;

Modelo de contratualização precisando de ajustes;

Responsabilidade social;

Envelhecimento populacional;

Necessidade de mais leitos de UTI, Semi-leitos de retaguarda e leitos de curta permanência;

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Cenário da Saúde

BRASIL: 181 escolas médicas (100 na última década) – formando médicos despreparados.

Necessidade de capacitação de recursos humanos contínua;

Especialização crescente dos médicos;

Maior especialização da enfermagem;

Maior envolvimento dos outros profissionais da saúde ;

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Cenário da Saúde

Integração das ações na equipe de saúde – articulação de discussão de diretrizes;

Melhor remuneração associada a maior cobrança de resultados;

Segurança do paciente + Qualidade da assistência: Diretrizes assistenciais Protocolos institucionais

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O HOSPITAL TERÁ QUE ADAPTAR-SE AO AUMENTO DA EXPECTATIVA DE

VIDA DA POPULAÇÃO, MUDANÇA DO PADRÃO DAS DOENÇAS, INTRODUÇÃO DE NOVAS

TECNOLOGIAS E MEDICAMENTOS (QUE NÃO DEVEM SER TEMIDAS),

AUMENTO DA EXPECTATIVA PÚBLICA E POLÍTICA, ASSIM COMO NOVAS

MODALIDADES DE FINANCIAMENTO.

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Desenvolvimento Organizacional Necessidade de adaptações para as

exigências de um mercado dinâmico e exigente;

Eficiência e eficácia;

Clientes bem informados sobre o mercado;

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Desenvolvimento Organizacional

Alternativas para atender as necessidades do mercado: Planejamento Estratégico; Programas de Recursos Humanos; Programas de Gerenciamento; Aprimoramento da Informação; Programas de QUALIDADE.

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O que é Qualidade?

A Joint Comission (JCAHO) define qualidade como:

O grau de cuidado prestado ao paciente que aumenta a

probabilidade de obter o resultado desejado e diminui a probabilidade de

resultados indesejados.

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O que é Qualidade?

Conjunto de características de um bem ou serviço que

satisfazem as necessidades e expectativas tanto do usuário

como da comunidade e também do profissional de

saúde (OPAS).

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Por que buscar a Qualidade?

Resultados; Organização; Qualidade do trabalho e dos serviços

prestados; Custos; Redução de desperdícios; Diminuição de riscos.

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Por que buscar a Qualidade?

Qualidade não é simplesmente atendimento às exigências do cliente no final, é também a conformidade com as

exigências de segurança e organização do serviço.

CONFIABILIDADE

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Por que buscar a Qualidade? Mais de 90% dos problemas de uma

organização advêm de seus sistemas, processos e métodos de trabalho, e não de seus trabalhadores;

Uma mudança no sistema mudará o que as pessoas fazem. Mudar o que as pessoas fazem não mudará o sistema.

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Maiores desafios:

Adesão da Alta Direção; Comprometimento do Corpo Clínico:

protocolos e usuários; Comprometimento geral; Gerenciamento por processos; Gerenciamento de Risco; Absorção da cultura da Qualidade.

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O que é gestão da qualidade?

“Qualidade significa uma nova postura comportamental, não somente produzir mais, porém melhor, com menor custo,

menor desperdício, menos retrabalho.”

“Temos que ser mais efetivos, ou seja, fazer o que deve ser feito (eficácia), e bem feito (eficiência). Não podemos

desperdiçar tempo e recursos no atendimento à saúde, ela é muito cara!”

“Qualidade é um processo do topo para a base, é de responsabilidade, envolvimento e comprometimento do corpo

diretor, e esta liderança é indelegável.”

Davis Taublid

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A Qualidade na Saúde

O impacto da Qualidade no serviço de saúde vai além do

cuidado ao paciente, incluindo também a família e a

sociedade.

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O Surgimento da Qualidade na Saúde

Colégio Americano de Cirurgiões – Programa de Padronização Hospitalar (1924);

Garantiu um conjunto de padrões para melhorar a qualidade da assistência: Organização do corpo médico; Exercício da profissão; Conceito do corpo clínico; Preenchimento do prontuário; Recursos diagnósticos e terapêuticos, e a

existência de um laboratório clínico e departamento de radiologia.

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O Surgimento da Qualidade na Saúde

Primeira avaliação de hospitais após o PPH: De 692 hospitais com mais de 100 leitos

avaliados, somente 89 cumpriram os padrões.

Já em 1950, 3.290 hospitais aprovados.

Em 1951 foi criada a Comissão Conjunta de Acreditação de Hospitais.

Em 1952 foi criado o programa de acreditação Joint Comission on Accreditation of Hospitals.

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O Surgimento da Qualidade na Saúde

Na década de 60 a maioria dos hospitais atingiu os padrões mínimos de qualidade, então a Joint aumentou o grau de exigência;

Na década de 70 foi publicado o Accreditation Manual for Hospital, com padrões ótimos de qualidade, considerando processos e resultados.

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O Surgimento da Qualidade na Saúde

Recentemente, direcionou sua atuação para o monitoramento de indicadores de desempenho, assumindo papel de educação com monitoramento.

Instituiu 4 níveis de acreditação: com distinção, sem recomendação, com recomendação e condicional.

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Por que qualidade?

99,9% é um bom padrão? 0,1% de erro significa:

120 mil prescrições erradas de remédio/ano

15 mil quedas acidentais de RN em hospitais/ano

500 cirurgias incorretas/semana 2 mil correspondências perdidas/hora

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Qualidade da Saúde no Brasil Década de 30 – Censo hospitalar do estado

de São Paulo, primeira proposta de regionalização e hierarquização;

1951 – 1° Congresso Nacional do Capítulo Brasileiro do Colégio Internacional de Cirurgiões: Padrões mínimos para Centro Cirúrgico Planta física e organização da unidade hospitalar Componentes do prontuário médico Normas gerais para funcionamento do hospital

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Qualidade da Saúde no Brasil Em 1960, o Instituto de

Aposentadoria e Pensões dos Previdenciários já possuía padrões para acreditar hospitais:

Planta física; Equipamentos; Organização.

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Qualidade da Saúde no Brasil Na década de 90, surgiram iniciativas para

a qualidade em diversos estados; Em 1994 o Ministério da Saúde lançou o

Programa de Qualidade e estabeleceu a Comissão Nacional de Qualidade e Produtividade em Saúde;

O Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade estabeleceu a qualidade como projeto prioritário para o Ministério da Saúde para os anos de 97/98;

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Qualidade da Saúde no Brasil Em 1997 o Ministério da Saúde

anunciou medidas para desenvolver a Acreditação;

Em 1998 foi lançado oficialmente o Programa Brasileiro de Acreditação e foram elaboradas propostas para o Sistema Nacional de Acreditação;

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Qualidade da Saúde no Brasil No período entre 98 e 99, o

Ministério da Saúde iniciou o projeto “Acreditação no Brasil”, para melhorar a compreensão sobre o Sistema Brasileiro de Acreditação;

O projeto resultou na criação da ONA.

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Organização Nacional de Acreditação - ONA

Organização privada, sem fins lucrativos e de interesse coletivo;

Implantação e implementação nacional de um processo de melhoria da qualidade da saúde;

Credencia as Instituições Acreditadoras para avaliar e certificar a qualidade nas instituições de saúde.

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O que é Acreditação?

Acreditação é o procedimento de avaliação dos recursos

institucionais, voluntário, periódico, reservado e sigiloso,

que tende a garantir a qualidade da assistência através de padrões

previamente aceitos.

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O que é Acreditação?

Uma espécie de ramificação do programa de qualidade total, porém voltado a instituições da área da saúde;

Racionalização dos serviços de maneira a garantir a qualidade médico-hospitalar;

Garantir o cumprimento de normas de qualidade, favorecendo cada indivíduo como paciente e cidadão.

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Preparação para Acreditação Sensibilização da comunidade

hospitalar; Criação de um grupo coordenador do

processo; Capacitação: desenvolvimento de

multiplicadores internos; Elaboração de Diagnóstico

Institucional, focalizando não conformidades e traçando plano de melhoria;

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Preparação para Acreditação Definir prioridades de implantação; Criar grupos de trabalho para os ajustes

das não conformidades; Reuniões sistemáticas para o

monitoramento da execução dos planos de melhoria e avaliação setorial e global da Organização;

Avaliação interna; Visita de avaliação: CERTIFICAÇÃO.

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Características da Acreditação A participação é voluntária; Há um conjunto de padrões contra os quais

as organizações são avaliadas; A avaliação de conformidade com os padrões

é conduzida por avaliadores independentes das organizações participantes;

Há um resultado de acreditação sob a forma de aprovado ou não ou uma escala de pontos que denota conformidade com os padrões – o “status” da acreditação;

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Características da Acreditação Baseia-se no princípio do “tudo ou nada”; O padrão tem que ser totalmente

cumprido para que seja acreditado no nível avaliado;

Todas as áreas devem satisfazer um determinado nível, agregando-se dessa forma o conceito de homogeneidade;

O que define o resultado final é o menor nível.

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Programas pioneiros

EUA: 1951, Joint Commission Hospital Accreditation;

Canadá: 1958, Canadian Council on Health Services Accreditation;

Austrália: 1959 e 1987: ACHS e QIC; Reino Unido: 1986 e 1989, dois programas:

Hospital Accreditation Programme (HAP) King’s Fund (KFHQS);

Nova Zelândia: 1987, The New Zealand Council on Healthcare Standards.

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Programas de acreditação 1990: Reino Unido 1995: Finlândia 1996: Espanha (Catalunha) 1997: República Checa e Lituânia 1997: França 1998: Polônia e Suíça 1999: Letônia e Holanda 2000: Portugal 2001: Brasil 2001: Alemanha 2002: Dinamarca, Irlanda e Bósnia

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Níveis de Acreditação

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Certificação ONA – Nível 1 Princípio: Segurança (estrutura);

Padrão: Atende aos requisitos formais, técnicos e de estrutura para a sua atividade conforme legislação correspondente;

Identifica riscos específicos e os gerencia com foco na segurança;

Gerenciamento de riscos.

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Certificação ONA – Nível 1

Itens de orientação:

Responsabilidade técnica conforme legislação; Corpo funcional habilitado ou capacitado para

as necessidades dos serviços; Condições operacionais que atendam aos

requisitos de segurança para o cliente; Identificação, gerenciamento e controle de

riscos sanitários, ambientais, ocupacionais e relacionados à responsabilidade civil, infecções e biossegurança.

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Gerenciamento de riscos

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Gerenciamento de riscos

Risco e Fator de Risco

• É a probabilidade de ocorrência de uma doença, agravo, óbito ou condição relacionada à saúde (incluindo cura, recuperação ou melhora), em uma população ou grupo, durante um período determinado;

• É estimado sob a forma de uma proporção (razão entre duas grandezas, na qual o numerador se encontra necessariamente contido no denominador).

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Gerenciamento de riscos

O conceito de risco possui dois elementos:

A probabilidade de um evento perigoso; são condições de uma variável com potencial necessário para causar danos. Esses danos podem ser entendidos como lesões a pessoas, danos a equipamentos e instalações, danos ao meio ambiente, perda de material em processo, ou redução da capacidade de produção;

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Gerenciamento de riscos

Severidade da consequência do evento perigoso: expressa uma probabilidade de possíveis danos dentro de um período de tempo ou número de ciclos operacionais. Pode indicar ainda incerteza quanto à ocorrência de um determinado evento.

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Gerenciamento de riscos Foco da Acreditação - As necessidades dos clientes estão mudando

ao longo do tempo devido educação, economia, tecnologia e cultura;

- Estas mudanças requerem melhorias continuas da qualidade.

• Métodos Administrativos • Protocolos Assistenciais

Gerenciamento de Risco

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Gerenciamento de riscos

Gestão do Risco

• Processo através do qual as organizações

lidam com o risco associado à sua atividade;

• Medidas de prevenção ou controle que devem

ser adotadas, para eliminar, prevenir ou

minimizar um ou vários pontos críticos ou de

risco.

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Gerenciamento de riscos

Redução da probabilidade da ocorrência de Eventos Adversos

ACESSO

RACIONALIDADE

SEGURANÇA

QUALIDADE

CUSTO

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Gerenciamento de riscos Riscos Ambientais

- Probabilidade de ocorrer um evento bem definido, que pode causar algum dano relacionado a(s):

• Saúde;

• Unidades operacionais;

• Econômico;

• Social.

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Gerenciamento de riscos

Riscos Ambientais

A ocorrência de lesões causadas por dispositivos médicos pode estar relacionada ao equipamento, ao operador, ao paciente, ou estar relacionada a outros fatores, como por exemplo, o transporte externo e interno, armazenamento ou instalação do produto.

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Gerenciamento de riscos

Riscos Ambientais• Não contêm sinalizações ou avisos adequados;

• Não foram projetados adequadamente para o uso pretendido;

• São divulgados como passível de esterilização, mas não o são;

• Falha ou deterioração por qualquer razão.

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Gerenciamento de riscos

Gerenciamento do Ambiente Hospitalar

O gerenciamento do ambiente hospitalar pode ser definido como um conjunto de processos utilizados para planejar, construir, equipar e manter a confiabilidade de espaços e tecnologias.

Page 62: Desenvolvimento Gerencial e a busca pela Qualidade

Gerenciamento de riscos

Gerenciamento do Ambiente Hospitalar

Page 63: Desenvolvimento Gerencial e a busca pela Qualidade

Gerenciamento de riscos

A identificação de riscos

Para o Gerenciamento do ambiente hospitalar, vamos necessitar além das informações do campo da manutenção, as informações relativas aos riscos existentes. Com relação aos riscos no prédio e infra-estrutura, o mapa de riscos dos diversos espaços tem seu conceito ampliado.

Page 64: Desenvolvimento Gerencial e a busca pela Qualidade

Gerenciamento de riscos Mapa de Risco

O Mapa de Risco foi criado através da portaria nº 05 de 18/08/1992 do DNSST (Departamento Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador) do Ministério do Trabalho, e as informações sobre sua construção foram transferidas para a NR-5 que trata da CIPA.

O mapa de Risco é uma representação gráfica dos fatores de riscos existentes nos diversos locais de trabalho.

(TEIXEIRA, P, p. 111,1996)

Page 65: Desenvolvimento Gerencial e a busca pela Qualidade

Gerenciamento de riscos Mapa de Risco

• Tem como objetivos reunir as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da situação de segurança e saúde no trabalho na empresa. Possibilita, durante sua elaboração a troca e divulgação de informações entre trabalhadores, bem como estimular sua participação nas atividades de prevenção.

• Tais fatores têm origem nos diversos elementos do processo de trabalho.

Page 66: Desenvolvimento Gerencial e a busca pela Qualidade

Gerenciamento de riscos

Identificação do Risco no Ambiente Hospitalar

• Quando se fala em riscos em ambientes hospitalares, pensamos imediatamente em infecção hospitalar.

• A preocupação em se definir os riscos existentes no ambiente hospitalar e inventariá-los de forma objetiva e racional são fundamentais para definição de parâmetros e procedimentos de biossegurança.

Page 67: Desenvolvimento Gerencial e a busca pela Qualidade

Gerenciamento de riscos

Desafio da Gestão do Risco • Mudança de Cultura. De uma cultura de relato para

uma de aprendizagem;

• Análise dos Micro-sistemas;

• Análise dos Processos;

• Análise da estrutura;

• Educação e treinamento, Colaboração, Relatórios de Pesquisa e Projetos Especiais.

Page 68: Desenvolvimento Gerencial e a busca pela Qualidade

Tecnologia da Informação

O termo "Tecnologia da Informação" serve para designar o conjunto de recursos tecnológicos e computacionais para a geração e uso da informação.

Page 69: Desenvolvimento Gerencial e a busca pela Qualidade

Tecnologia da Informação

Predominância: Velha economia -> fluxo de informação físico

X Nova economia -> fluxo de informação digital

(redes)

Benefícios da TI: maior produtividade e, consequentemente, maiores lucros dentro da organização.

Logo, a segurança deve ser tratada não apenas como um mecanismo de proteção, mas sim como um elemento habilitador para que os negócios de uma empresa sejam executados.

Page 70: Desenvolvimento Gerencial e a busca pela Qualidade

Informação

Uma das ferramentas mais poderosas no gerenciamento de riscos é o conhecimento;

Conhecimento está intimamente relacionado à informação;

Importância da informação: utilidade, valor, validade, classificação.

Page 71: Desenvolvimento Gerencial e a busca pela Qualidade

Informação

Segurança requer investimentos;

O objetivo da segurança da informação é protegê-la contra riscos.

RISCOS X CUSTOS

Page 72: Desenvolvimento Gerencial e a busca pela Qualidade

Informação

No domínio da gestão da informação e dos documentos de arquivo: relativamente recente (Legislação: NP 4438);

Algumas questões analisadas nesse âmbito: Acessibilidade dos documentos; Pertinência dos dados; Credibilidade da informação; Integralidade dos documentos de arquivo e da

informação.

Page 73: Desenvolvimento Gerencial e a busca pela Qualidade

Informação

A prioridade da gestão da segurança da informação é certificar-se de que a segurança seja uma responsabilidade que permeie toda a corporação.

“Neste mundo globalizado, onde as informaçõesatravessam fronteiras com velocidade espantosa, a

proteção do conhecimento é de vital importância para asobrevivência das organizações. Uma falha, uma

comunicação com informações falsas ou um roubo oufraude de informações podem trazer graves consequênciaspara organização, como perda de mercado, de negócios e,

consequentemente, perdas financeiras.” (NAKAMURA,2002, pág. 28).

Page 74: Desenvolvimento Gerencial e a busca pela Qualidade

Certificação ONA – Nível 2

Princípio: Organização (processos); Identifica, define, padroniza e gerencia os

processos e suas interações sistemicamente;

Estabelece sistemática de medicação e avaliação dos processos;

Possui programa de educação e treinamento continuado, voltado para a melhoria de processos.

Page 75: Desenvolvimento Gerencial e a busca pela Qualidade

Certificação ONA – Nível 2

Itens de verificação: Identificação, definição, padronização e

documentação dos processos; Documentação (procedimentos e registros)

atualizada, disponível e aplicada; Definição de indicadores para os processos

identificados; Medição e avaliação dos resultados dos

processos; Grupos de trabalho para a melhoria de

processos e interação.

Page 76: Desenvolvimento Gerencial e a busca pela Qualidade

Certificação ONA – Nível 3

Princípio: Excelência na Gestão (Resultados) Utiliza perspectivas de medição organizacional,

alinhadas às estratégias e correlacionadas aos indicadores de desempenho dos processos;

Dispõe de sistemática de comparações com referenciais externos pertinentes, bem como evidências de tendência favorável para os indicadores;

Apresenta inovações e melhorias implementadas, decorrentes do processo de análise crítica.

Page 77: Desenvolvimento Gerencial e a busca pela Qualidade

Certificação ONA – Nível 3

Itens de verificação: Sistema de indicadores de desempenho

focalizando as perspectivas básicas com informações íntegras e atualizadas, incluindo informações de referenciais externos pertinentes;

Estabelecimento de uma relação de causa e efeito entre os indicadores e os resultados;

Page 78: Desenvolvimento Gerencial e a busca pela Qualidade

Lógica para a definição dos níveis Não se avalia setor ou departamento

isoladamente, o hospital somente é acreditado se todos os serviços atingirem o mesmo nível de qualidade;

O funcionamento de um componente interfere em todo o conjunto e no resultado final;

Page 79: Desenvolvimento Gerencial e a busca pela Qualidade

Lógica para a definição dos níveis Padrões de complexidade crescente

e correlacionados;

Para se alcançar um nível de qualidade superior, os níveis anteriores devem ter sido atingidos.

Page 80: Desenvolvimento Gerencial e a busca pela Qualidade

Níveis de certificação

De acordo com a adequação aos critérios estabelecidos no Manual: Nível 1: Acreditado (atende aos

requisitos básicos); Nível 2: Acreditado Pleno (requisitos

básicos mais procedimentos padronizados);

Nível 3: Acreditado com excelência (requisitos básicos, procedimentos padronizados mais indicadores)

Page 81: Desenvolvimento Gerencial e a busca pela Qualidade

Vantagens da Acreditação

Critérios e objetivos concretos, adaptados à realidade brasileira

Estimula a melhoria contínua da qualidade Segurança para pacientes e funcionários Reforça a lealdade dos trabalhadores Economiza recursos e diminui retrabalho Agrega valor a imagem da Instituição Estabelece estrategicamente um

diferencial em relação a concorrência

Page 82: Desenvolvimento Gerencial e a busca pela Qualidade

Maiores desafios

Adesão da alta Direção Comprometimento do Corpo Clínico:

protocolos e prontuários Trabalho em equipe Gerenciamento por processos Gerenciamento de Riscos Envolvimento dos “terceiros”

Page 83: Desenvolvimento Gerencial e a busca pela Qualidade

Organizações Prestadoras de Serviços de Saúde - OPPS

São definidas como entidades jurídicas e legalmente constituídas, nas quais se prestam serviços de:

• assistência médica, de tipo hospitalar, • hemoterápico, • laboratório e patologia clínica, • ambulatorial e pronto-atendimento, • diagnóstico e terapia, • atenção primária à saúde e assistência domiciliar,

de caráter estatal ou privado, com ou sem fins lucrativos, sob a responsabilidade de uma diretoria.

Page 84: Desenvolvimento Gerencial e a busca pela Qualidade

Instituições acreditadoras

São entidades de direito privado credenciadas pela ONA para

desenvolverem o processo de avaliação na OPPS.

Page 85: Desenvolvimento Gerencial e a busca pela Qualidade

Instituições acreditadoras

Page 86: Desenvolvimento Gerencial e a busca pela Qualidade

Atribuições e competências das IAC’S• Avaliar a qualidade dos serviços de

saúde;• Certificar as Organizações Prestadoras de

Serviços de Saúde Acreditadas;• Capacitar os avaliadores para o processo

de avaliação;• Realizar diagnóstico organizacional;• Palestras de sensibilização.

Page 87: Desenvolvimento Gerencial e a busca pela Qualidade

Atribuições vedadas às IAC’S

Consultoria /assessoria: participação

ativa e criativa no desenvolvimento

do sistema de assistência e

qualidade da OPPS.

Page 88: Desenvolvimento Gerencial e a busca pela Qualidade

HOSPITAIS ACREDITADOS

Certificação N°Acreditado 49Acreditado Pleno 51Acreditado com Excelência 63Total 163

BrasilHospitais Acreditados por Nível

Fonte: www.ona.org.br (12/09/12)

Certificação N°Acreditado 3Acreditado Pleno 8Acreditado com Excelência 17Total 28

Minas GeraisHospitais Acreditados por Nível

Fonte: www.ona.org.br (12/09/12)

Page 89: Desenvolvimento Gerencial e a busca pela Qualidade

Realidade da Qualidade no Brasil Boa parte dos serviços de saúde

existentes no Brasil não são seguros nem eficientes;

A maioria dos hospitais brasileiros sequer atende a legislação vigente;

Qualidade percebida x Qualidade real.

Page 90: Desenvolvimento Gerencial e a busca pela Qualidade

Dados Preocupantes

Em cada 100 admissões de pacientes há 6,5% de eventos adversos relacionados à medicação;

40 a 70% dos eventos adversos são evitáveis;

Eventos adversos relacionados à medicação são o tipo mais comum de evento adverso não cirúrgico;

Page 91: Desenvolvimento Gerencial e a busca pela Qualidade

Dados Preocupantes

Estudo de Harvard concluiu que 4% dos pacientes sofrem algum tipo de dano no hospital; 70% dos eventos

adversos provocam uma incapacidade temporária e 14% dos

incidentes são mortais.

Page 92: Desenvolvimento Gerencial e a busca pela Qualidade

Dados preocupantes

Baseado nos números de Harvard: Internações hospitalares do SUS no

Brasil em 2001: 11.756.3544% = 470.254 eventos adversos70% = 329.178 incapacidades

temporárias14% = 65.836 mortes

Page 93: Desenvolvimento Gerencial e a busca pela Qualidade

Casos reais

Guillermo L, um paciente diabético de 51 anos, aos despertar da anestesia depois de submeter-se a uma cirurgia para a retirada de carcinoma no pé direito descobriu espantado que lhe haviam amputado o pé esquerdo. O chocante da situação é que depois tiveram de amputar-lhe o pé direito.

A Assustadora História da Medicina

Ediouro, 2002

Page 94: Desenvolvimento Gerencial e a busca pela Qualidade

Casos Reais

Juan R. R, submeteu-se a um autotransplante de medula óssea para resolver um problema de mileloma múltiplo em um hospital de Santander. Horas após a intervenção, sofreu transfusão de plaquetas contaminadas por HIV em virtude de erro na identificação do sangue. Um ano e meio depois veio a falecer.

A Assustadora História da Medicina

Ediouro, 2002

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Casos Reais

Bebê tem parte do dedo cortado em hospital de São Paulo Uma menina de 1 ano de idade teve parte do dedo mínimo cortado por

uma auxiliar de enfermagem no Hospital Geral do Mandaqui, na zona norte da capital paulista. O incidente aconteceu enquanto a profissional retirava uma bandagem colocada para imobilizar a mão da criança enquanto ela recebia medicação intravenosa. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, a menina foi encaminhada ao centro cirúrgico assim que foi constatado o ferimento, mas não houve a possibilidade de reimplante do tecido cortado. O Conjunto Hospitalar do Mandaqui determinou o afastamento por tempo indeterminado da auxiliar de enfermagem. Uma sindicância deverá ser aberta nesta segunda-feira para apurar o ocorrido e o caso será encaminhado ao COREN que definirá as sanções profissionais cabíveis. A SES ainda informou que a auxiliar de enfermagem trabalha há cerca de 10 anos no hospital e pode ser exonerada caso seja constatada falta grave. Os familiares da criança registraram boletim de ocorrência e foram à delegacia acompanhados por uma enfermeira do hospital. Site Uol, jan/11

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REFLETIR

Porque o fato aconteceu?

Como este caso poderia ter sido evitado?

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De 1995 a 2005, nos EUA:

464 mortes de pacientes internados; 455 cirurgias em lado errado; 444 mortes ou injúrias por

complicações pós-operatórias; 358 mortes ou injúrias relacionadas

com erros de medicação; 269 mortes ou injúrias relacionadas

ao atraso no atendimento;

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De 1995 a 2005, nos EUA:

138 mortes ou injúrias relacionadas com queda;

121 assaltos, estupros ou homicídios; 94 mortes ou injúrias relacionadas com

transfusão sanguínea; 67 eventos relacionados à infecção; 58 eventos relacionados à anestesia.

Fonte: Joint Comission on Acreditation of Healthcare Organizations

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Ainda nos EUA:

“Estima-se que cerca de 100 mil pessoas morram nos Estados Unidos vítimas de Eventos Adversos. Essa alta incidência resulta em uma taxa de mortalidade

maior que as atribuídas à AIDS, câncer de mama ou atropelamentos.”

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Situação da rede SUS

“Apenas 1.253 hospitais, 18,3% do total, apresentam possibilidade de trabalhar

com eficiência, a grande maioria tende a operar com deseconomias de escala.”

Fonte: Ministério da Saúde 2003

CONASS - Sus: Avanços e Desafios

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Situação da rede SUS

Os serviços são ruins porque faltam recursos, estes são escassos porque os serviços não são bons ou os recursos

existem, porém não são utilizados corretamente?

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Carga Tributária e Gasto Público em Saúde

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O Sistema de Gestão da Qualidade

Rede Privada (imagem institucional) x Serviço Público (metas qualitativas);

Dada a organização sistêmica do hospital, não basta que haja ilha de excelência, todo o sistema precisa funcionar em conjunto;

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Conclusão

Gestão da Qualidade:

Satisfação e segurança do paciente; Segurança para os profissionais; Responsabilidade sócio-ambiental; Racionalização do uso dos recursos

materiais; Melhoria da imagem institucional.

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Conclusão

O sistema de gestão da qualidade nos serviços de saúde não vem para

burocratizar a assistência, mas sim para torná-la mais segura e eficiente, através

da busca por melhores resultados.

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Outras ferramentas da Qualidade

Brain-storming; Histograma; Gráficos e Cartas de Controle; Diagrama de Causa-Efeito; Folhas de Verificação; 5S.