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SALVADOR2006

1a Edição Volume I

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Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia-CONDER.Atlas do Desenvolvimento Humano da Região Metropolitana de

Salvador. — Salvador: CONDER.PNUD. Fund. João Pinheiro, 2006.

V. I il.

ISBN: 85-87034-04-9

1. IDH-RMS. 2. Desenvolvimento Humano. I. Programa das NaçõesUnidas para o Desenvolvimento-PNUD. II. Fundação João Pinheiro.

CDU 310

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Governo do Estado da BahiaPaulo Ganem Souto - Governador

Secretaria de Desenvolvimento UrbanoRoberto Moussallem de Andrade - Secretário

Secretaria do PlanejamentoArmando Avena - Secretário

Companhia de Desenvolvimento Urbanodo Estado da Bahia – CONDERMario de Paula Guimarães Gordilho - Diretor Presidente

Coordenação do Sistema de Informações GeográficasUrbanas do Estado da Bahia – INFORMSFernando Cezar Cabussú Filho - Coordenador

Gerência de GeoprocessamentoClaudio Emílio Pelosi Laranjeira - Gerente

Programa das Nações Unidas para oDesenvolvimento – PNUDKim BolducRepresentante Residente/Coordenadora do Sistema dasNações Unidas no Brasil

Gianna SagazioGerente do Escritório Estadual do PNUD na Bahia/Coordenadora da Unidade dos Escritórios Estaduais

Fundação João PinheiroAmilcar Vianna Martins Filho - Presidente

Maria Luiza de Aguiar MarquesDiretora do Centro de Estudos Econômicos e Sociais

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6 Elaboração do Atlas

7 Colaboração para a Definição e/ou Caracterização das Unidades Espaciais

Apresentações

9 Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD

13 Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia – SEDUR

14 Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia – CONDER

16 Diretrizes Metodológicas

23 A Divisão Espacial da Região Metropolitana de Salvador

24 Unidades de Desenvolvimento Humano – UDHs

27 Regiões Administrativas – RA

29 Macroáreas do Projeto Viver Melhor II

30 Zonas da RMS

32 Representações Cartográficas

35 Temas dos Indicadores

37 Análise Preliminar dos Resultados do Atlas

48 Conhecendo o Atlas

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Subgerência de Informações Estatísticas e Descritivas – CONDER/INFORMS/SIEDCoordenação: Erika do Carmo Cerqueira

Adriano Nascimento Mascarenhas – GeógrafoAlanderson Silva Matos – Graduando em GeografiaAna Rosa do Carmo Iberti – GeógrafaAnderson Gomes de Oliveira – GeógrafoErika do Carmo Cerqueira – Geógrafa/SubgerenteLuzinete Maria Leite Regis – Estagiária de GeografiaPaula Regina Barboza de Oliveira – Estagiária de GeografiaRicardo Augusto Souza Machado – GeógrafoVitória Régia Martins Sampaio – Arquiteta

Consultor: Antônio José Cunha Carvalho de Freitas – ArquitetoCoordenou o projeto até 12 de Julho de 2006

Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUDCoordenação: Maria Teresa Amaral FontesOficial de Programa/Escritório Estadual do PNUD na Bahia

Fundação João Pinheiro/Centro de Estudos Econômicos e Sociais – CEESCoordenação: Olinto José Oliveira Nogueira – Mestre em Economia

Cláudia Júlia Guimarães Horta – Doutora em DemografiaFernando Martins Prates – Mestre em EconomiaMaria Luiza de Aguiar Marques – Mestre em EconomiaMônica Galupo Fonseca Costa – Mestre em EstatísticaVera Scarpelli Castilho – Mestre em Tecnologia da InformaçãoBruna Duarte Matias – Assistente de Pesquisa/EstatísticaDaniele Reis de Oliveira – Assistente de Pesquisa em Programação/EstatísticaJefry Roger Rivas Arancibia – Assistente de Pesquisa em Programação/EstatísticaJosé Alberto Magno de Carvalho – Consultor/Doutor em Demografia

Design gráficoZeo Antonelli

FotografiasAristides Alves

Software desenvolvido por:Eduardo Martins – ESM Consultoria

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Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia – CONDERUnidade Técnica do Projeto Viver Melhor II – UTPLuiz Augusto de Alencar Serrano – CoordenadorÂngela Bahia Accioly Lins – ArquitetaRegina Lúcia Pereira de Assis Luz – Arquiteta

Subgerência de Cadastro Técnico Multifinalitário – SCTMCássio Marcelo Silva Castro – Urbanista

Prefeitura Municipal de CamaçariSecretaria de Planejamento Urbano e Meio Ambiente – SEPLANAna Lúcia Bastos de A. Costa – Coordenadora de Uso do Solo/COSJúlio César Andrade de Santana – Assessor ChefeJosé Simões Ferreira – AssessorCarlos Fernando Dias Bezerra – TécnicoFlávio Gibson de Carvalho – GerenteMoacir da Silva Rodrigues – ArquitetoGilzelita Magalhães da Silveira – Assessora do Secretário

Prefeitura Municipal de CandeiasSecretaria de Planejamento e Desenvolvimento UrbanoLuis Augusto Araújo Teixeira – Diretor de Desenvolvimento UrbanoLuis Carlos Pereira de Vasconcelos – Diretor de Processamento e Cadastro

Prefeitura Municipal de Dias D’ÁvilaSecretaria de Governo e PlanejamentoFrancisco Lessa – Secretário

Prefeitura Municipal de Lauro de FreitasSecretaria de Planejamento, Saneamento, Meio Ambiente e TurismoMarta Cordolino – Diretora de Departamento de Dados e Referência

Prefeitura Municipal do SalvadorSecretaria Municipal do Planejamento, Urbanismo e Meio Ambiente Ana Lúcia Álvares de Aragão – Coordenadora Central de InformaçõesAdalberto Bulhões Filho – Chefe de SetorLuciana de Carvalho Leite Câmara – Analista de GeoprocessamentoWilson Rodrigues Lima Nascimento – Operador de Informática

Prefeitura Municipal de Simões FilhoAssessoria de PlanejamentoJosé Renato Melo da Silva – AssessorSueli Barreto dos Santos – Assistente de Planejamento

Secretaria do Meio AmbienteAlice Queiroz Oliveira – Diretora de Estudos e Projetos Ambientais

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APRESENTAÇÃO PNUD

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OS RELATÓRIOS DE DESENVOLVIMENTO HUMANO DO PNUD

Em 1990, quando o economista e pensador Mahbud Ul Haq e o prêmio Nobel deEconomia Amartya Sen idealizaram o primeiro Relatório de DesenvolvimentoHumano, ainda não era possível prever a dimensão que tomaria esse trabalho.Por meio da abordagem inovadora do Relatório, lançado anualmente pelo Pro-grama das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD, foi possível chamara atenção para a avaliação crítica do processo de expansão das liberdades queconhecemos como o Desenvolvimento Humano. Nesses últimos 16 anos o Rela-tório vem ganhando importância na medida em que conseguiu centrar a análisenão mais exclusivamente em dados econômicos, mas nos seres humanos. Assim,deixou claro que o processo de desenvolvimento não pode se limitar à busca docrescimento sustentado da economia. Desenvolver significa remover o que impe-de as pessoas de realizarem seus potenciais, devido à educação incompleta, àsaúde combalida, à falta de acesso a recursos materiais, à ausência de gozo dasliberdades democráticas, ou o desrespeito aos direitos humanos.

Cada relatório soube levar à atenção da comunidade internacional – muitas vezesde maneira precursora – temas de grande relevância para a aldeia global. O Rela-tório de 1994, por exemplo, inovou ao introduzir a idéia da segurança humana nodebate sobre o desenvolvimento, olhando além das estreitas percepções da segu-rança nacional para focalizar-se nas vidas das pessoas. O Relatório de 1995, quecoincidiu com a Cúpula de Pequim, introduziu uma medida de desenvolvimentoque leva em conta as desigualdades entre homens e mulheres, demonstrando quenão há desenvolvimento efetivo se as necessidades femininas não forem levadasem conta especificamente. Em 2004, mostrou que a luta para a erradicação dapobreza no mundo tem de vencer, primeiro, o desafio da construção de sociedadesculturalmente diversificadas e inclusivas. O Relatório de Desenvolvimento Humanode 2006 aborda, com o foco nas regiões e populações mais pobres, o problema daágua, já que a pobreza está na base da chamada “crise da água” e que são ospobres os mais afetados por ela. Nos outros anos, o Relatório alertou sobre o Cres-cimento sem Emprego, sobre a Globalização e a Exclusão Digital, sobre as RegrasDesiguais do Comércio Internacional, dentre outros temas da atualidade, procu-rando sempre propor medidas concretas que permitissem avançar na agenda dedesenvolvimento humano.

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ATLAS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO DA REGIÃO METROPOLITANA DE SALVADOR

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O ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO – IDH

Desde o primeiro relatório o paradigma do desenvolvimento humano teve comocontrapartida imediata a busca de uma nova referência para medir o estágio dedesenvolvimento dos países, até então muito centrada no Produto Interno Bruto(PIB) per capita. Essa medida é o Índice de Desenvolvimento Humano – IDH.

O IDH sintetiza o nível de sucesso atingido pela sociedade no atendimento das trêsnecessidades básicas e universais do ser humano: acesso ao conhecimento (dimen-são educação), direito a uma vida longa e saudável (dimensão longevidade) e direi-to a um padrão de vida digno (dimensão renda). A dimensão educação é medidapor uma combinação da taxa de alfabetização de adultos e a taxa combinada dematrícula nos níveis de ensino fundamental, médio e superior. A longevidade émedida pela esperança de vida ao nascer, ou seja, o número de anos que umrecém-nascido viveria, mantendo-se inalterados os padrões de mortalidade preva-lecentes na época de seu nascimento. Ela reflete também, indiretamente, as condi-ções de saúde, mortalidade infantil, nutrição, higiene, acesso a serviços públicosbásicos, mortalidade decorrente da violência, entre outros fatores. A renda, final-mente, é medida pelo poder de compra da população, baseado no PIB per capita,ajustado ao custo de vida local para torná-lo comparável entre países e regiões.Tanto o IDH quanto seus três subíndices (educação, renda e longevidade) variamentre 0 e 1, sendo que quanto mais próximo de 1 o valor calculado para o indica-dor, maior será o nível de desenvolvimento humano do país ou região.

O IDH teve o grande mérito de suplantar a hegemonia do PIB, deixando claroque o desenvolvimento, assim como a pobreza, são fenômenos multidimensionais.Mas o IDH não reflete todas as dimensões inerentes ao desenvolvimento huma-no, que não deve ser limitado às três capacidades básicas incluídas no IDH, etampouco somente aos seus indicadores – educação, expectativa de vida e rendaajustada. O conceito do desenvolvimento humano é muito mais complexo eabrangente do que seu mais conhecido índice, pois avalia se as pessoas são capa-zes de viver em liberdade e com dignidade, de adquirir e pôr em prática novascapacidades, de maneira que possam ter uma vida plena e criativa.

O ATLAS ENQUANTO FERRAMENTA DE DESENVOLVIMENTO HUMANO

Fica claro o valor da parceria estabelecida entre o PNUD e o Governo do Estadoda Bahia. Com a participação substantiva da Fundação João Pinheiro, a colabora-ção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, e a participação técnica daCompanhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia – CONDER, foi pos-sível desagregar não apenas o IDH, mas uma centena de indicadores de desen-volvimento humano, para revelar, como nunca antes, as condições vivenciadas

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APRESENTAÇÃO PNUD

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pelas populações da Região Metropolitana de Salvador – RMS. Assim, além deexplorar as mais diversas dimensões da pobreza, o Atlas de DesenvolvimentoHumano da RMS permitirá – ao desagregar dados espaciais e temáticos - refletirsobre as iniqüidades municipais que limitam o processo de expansão das liberda-des. Desigualdades, muitas vezes cumulativas, entre mulheres e homens, negrose brancos, ricos e pobres, ou entre vizinhos, cujos poucos metros que separamsuas casas, representam muito em termos de oportunidades e dignidade.

Esse trabalho se insere, portanto, na continuidade dos Relatórios Nacionais de De-senvolvimento Humano – elaborados por vários países desde 1990 – que introdu-ziram uma forma de medir desigualdades baseadas em capacidades, por meio deindicadores desagregados por regiões, gênero e grupos étnicos. Insere-se tambémem um projeto mais amplo acordado entre a Fundação João Pinheiro e o PNUD,que propõe o levantamento de indicadores e índices de desenvolvimento humanopara grandes capitais e/ou regiões metropolitanas do Brasil, permitindo, ao seufinal, a realização de um estudo comparativo entre elas. Além de subsidiar estudosanalíticos, a intenção é que o Atlas sirva de apoio e instrumento para a atuação dosetor público, viabilizando a focalização de programas voltados para a redução dadesigualdade social. Dessa forma, alinha-se perfeitamente com o desejo dos cria-dores do conceito de desenvolvimento humano, pois representa a maneira maisavançada de apropriação local desse conceito e de seus desafios.

Conforme colocou Mahbud Ul Haq, para que a estratégia de desenvolvimentohumano funcione é fundamental a descentralização, a participação e o envolvi-mento da comunidade: “objetivos notáveis de desenvolvimento humano adotadosem planos nacionais são freqüentemente frustrados porque aos beneficiários édada pouca oportunidade de participação em seu planejamento e implementação”(HAQ, 1995, p.20). Assim, o presente trabalho concorda oportunamente com aatual estratégia de descentralização do PNUD para os Estados. Não restam dúvi-das de que o Atlas será um instrumento de trabalho fundamental para o Escritó-rio do PNUD na Bahia e seus parceiros, em seus esforços cotidianos para apoiaras políticas públicas e ações locais.

Trata-se de um salto qualitativo fundamental. Ao dispor de indicadores locais dedesenvolvimento humano, desagregados por unidades intraurbanas, que diferen-ciam a situação de diferentes grupos populacionais que coabitam uma mesma área,o Atlas propicia uma ferramenta valiosa de análise, planejamento, avaliação e for-mulação de políticas públicas. Torna-se, portanto, um importante subsídio para atomada de decisões, não somente governamentais, mas dos mais diversos atores,já que os dados georreferenciados tornam-se democraticamente acessíveis paratodos os interessados na promoção dos investimentos e do bem-estar da popula-ção metropolitana de Salvador.

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ATLAS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO DA REGIÃO METROPOLITANA DE SALVADOR

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O ATLAS E OS OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO DO MILÊNIO (ODM)

O Atlas do Desenvolvimento Humano Municipal é o resultado de um valioso inter-câmbio de informações e conhecimentos com todos os parceiros envolvidos. Aocontrário do Atlas Nacional de Desenvolvimento Humano, em que as desagrega-ções por municípios e estados correspondem a divisões administrativas jáestabelecidas, neste, a divisão espacial é uma etapa importante e torna imprescin-dível a participação de representantes e especialistas locais. Esse processo permitiuo fortalecimento mútuo de capacidades que está na base do desenvolvimento hu-mano. Tais capacidades e conhecimentos são cruciais para o alcance dos Objetivosde Desenvolvimento do Milênio (ODM) até o ano de 2015. Apesar de serem obje-tivos globais, é somente no nível municipal que poderão ser atingidos.

Ao fornecer o ponto de partida, em 1991, bem como a evolução até 2000, damaioria das metas relativas aos ODM, o Atlas de Desenvolvimento Humano daRegião Metropolitana de Salvador estabelece as condições não só para omonitoramento municipal dos ODM, mas também para o planejamento demo-crático das ações e políticas públicas necessárias para a erradicação da pobreza ea efetiva expansão do desenvolvimento humano sustentável da população me-tropolitana.

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD, orgulha-se defigurar entre os parceiros responsáveis pela iniciativa que resultou nesta publica-ção. Congratulamos o Governo do Estado da Bahia e os demais parceiros desteprojeto, por contribuir para o objetivo central do conceito de DesenvolvimentoHumano: a incorporação da dimensão humana ao planejamento do desenvolvi-mento. Este compromisso com o bem-estar humano sempre poderá contar com oapoio do PNUD.

Kim Bolduc

Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD

Representante Residente/Coordenadora do Sistema das Nações Unidas no Brasil

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APRESENTAÇÃO SEDUR

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A Secretaria de Desenvolvimento Urbano – SEDUR, em nome do Governo da Bahia,tem a honra de apresentar à sociedade o Atlas do Desenvolvimento Humano daRegião Metropolitana de Salvador – RMS, desenvolvido por meio da parceriaentre o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD e aCompanhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia – CONDER, com asubstantiva participação da Fundação João Pinheiro – FJP e do Instituto Brasileirode Geografia e Estatística – IBGE.

O presente Atlas constitui um valioso instrumento, de caráter pioneiro no Estado,para planejamento de políticas públicas, aliando informações quantitativas equalitativas para retratar as desigualdades dos municípios e aprofundar oconhecimento sobre a situação dos grupos sociais que compõem o mosaico daRMS. Para a SEDUR, tem um relevante papel no apoio à implementação dascompetências desta Secretaria, principalmente no que se refere à melhoria de vidadas áreas urbanas metropolitanas.

Por meio de um software de fácil manuseio, disponibiliza uma centena de indicadoresque retratam o nível de desenvolvimento humano, em diversas escalasrepresentativas de recortes dos municípios, destacando-se o Índice deDesenvolvimento Humano Municipal – IDHM, que corresponde ao conhecido IDHem nível intramunicipal. Esses indicadores estão espacializados em unidadesterritoriais e representados cartograficamente em diversos formatos.

No processo de democratização da informação, o Atlas pretende contribuir paraanálises e estudos dos diversos segmentos da sociedade, bem como para a tomadade decisão pública em processos participativos de planejamento, além de construirnovas formas de gestão que garantam a cidadania plena, a conquista de melhoresníveis de desenvolvimento humano e o alcance dos Objetivos do Desenvolvimentodo Milênio defendidos pela Organização das Nações Unidas – ONU.

Nesta oportunidade, ao tempo em que agradecemos e parabenizamos a todos oscolaboradores que participaram da elaboração deste instrumento, desejamos queele possa alcançar plenamente todos os seus objetivos, particularmente aquelesvoltados para a melhoria dos índices de desenvolvimento do povo baiano.

Roberto Moussallem de Andrade

Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado da BahiaSecretário

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ATLAS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO DA REGIÃO METROPOLITANA DE SALVADOR

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A Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia – CONDER, empresapública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Urbano – SEDUR, vem ao longodos anos desenvolvendo ações voltadas para o planejamento e o desenvolvimentode municípios baianos. Com o objetivo de ampliar os instrumentais técnicos parasubsidiar políticas publicas em todos os níveis, a CONDER, por meio do Sistema deInformações Geográficas Urbanas do Estado da Bahia – INFORMS, vem desenvol-vendo uma série de parcerias para a realização de seus inúmeros projetos.

O INFORMS é um sistema de informações, baseado em tecnologias de geoprocessamento,que reúne dados básicos de uso comum sobre a Região Metropolitana de Salvador -RMS e áreas urbanas dos municípios baianos. Seu objetivo é estruturar e manter umconjunto de dados geográficos de uso compartilhado, que sirva de infra-estruturabásica para apoiar as administrações municipais na implantação dos Sistemas Mu-nicipais de Informações Geográficas, e desenvolver projetos conjuntos com os ór-gãos e instituições das três esferas de governo e também com empresas privadasque atuam no estado da Bahia.

Devido a sua abrangência, o INFORMS apresenta uma base de dados diversificada,composta por cartografia vetorial, imagens de satélite, ortofotos, fotografias aéreasgeorreferenciadas, malha de eixo de logradouros, setores censitários, zonas de infor-mação, mapas urbanos básicos, entre outros; disponíveis em meio analógico e/oudigital, ou ainda com acesso livre através da internet. Da mesma forma, colabora comas demais unidades da CONDER, não apenas na disponibilização de seu acervo, masapoiando-as na construção de bases de dados geográficos específicos e na capacitaçãodos técnicos para utilização de ferramentas de geoprocessamento, como por exemplo,nos trabalhos realizados para o Projeto Viver Melhor II e de regularização fundiária.

Destaca-se, também, as parcerias firmadas com as prefeituras municipais para a reali-zação de cadastros técnicos (logradouros, imobiliário e atividades), a capacitação deequipes e a disponibilização do GeoPolis (um software de geoprocessamento que utili-za tecnologia livre e permite o gerenciamento dos dados cadastrais georreferenciados),bem como, projetos conjuntos com outras instituições, como a Secretaria de Seguran-ça Pública da Bahia, onde foi desenvolvida uma aplicação de internet mapeando osdelitos ocorridos em Salvador, e junto à Secretaria de Educação, para a qual foi realiza-da o georreferenciamento das unidades de ensino público da RMS.

Foi celebrada, ainda, a parceria entre a CONDER/INFORMS e o Programa dasNações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD, e definido o primeiro projetoconjunto: a elaboração do Atlas do Desenvolvimento Humano da Região Me-tropolitana de Salvador, importante trabalho vinculado à preocupação global decolocar à disposição da sociedade informações sobre o nível de desenvolvimentohumano, buscando a melhoria das condições de vida das populações.

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APRESENTAÇÃO CONDER

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Este Atlas traz uma centena de índices e indicadores de desenvolvimento humanoque ilustram a situação da RMS (espacializados em unidades territoriais deplanejamento intramunicipal, para os anos de 1991 e 2000, proporcionando diversostipos de análise e saída dos resultados), dentre os quais se destaca o Índice deDesenvolvimento Humano Municipal – IDHM, que visa medir o estágio dedesenvolvimento de um território associando três variáveis: acesso ao conhecimento,direito a uma vida longa e saudável e direito a um padrão de vida digno. O IDHMsegue a mesma metodologia do já conhecido Índice de Desenvolvimento Humano– IDH, aplicado para países, estados e municípios e foi proposto diante da percepçãode que muitas vezes as desigualdades sociais intramunicipais são ainda mais acirradase graves, justificando uma análise detalhada do espaço municipal.

Nesse contexto, foi realizada uma parceria entre o PNUD e a Fundação João Pi-nheiro – FJP para a elaboração do Atlas de Desenvolvimento Humano Municipalpara as maiores cidades do país e/ou regiões metropolitanas, com o intuito decompará-las entre si e entre os valores alcançados pelos seus respectivos Estados.Este trabalho segue, portanto, metodologia desenvolvida pela FJP e o Instituto dePesquisas Econômicas Aplicada – IPEA.

As bases de dados para a elaboração dos indicadores são os questionários do uni-verso e da amostra do Censo Demográfico 2000/1991 do IBGE e seus resultadossão espacializados em unidades territoriais de diversas escalas. A RMS pode seranalisada a partir das Unidades de Desenvolvimento Humano – UDHs e Zonas daRMS, ao passo que Salvador, por ser o maior município, possui ainda os dadosespacializados pelas Regiões Administrativas e pelas Macroáreas do Projeto ViverMelhor II. A metodologia e a caracterização dessas unidades são encontradas emtextos específicos nesta publicação.

Ressalta-se que este projeto só conseguiu ser concretizado em tão pouco tempo(iniciou-se em Junho de 2006) graças à disponibilidade de dados já consolidadosdo INFORMS, e a colaboração dos técnicos da CONDER, da FJP e das diversasprefeituras da RMS envolvidas no trabalho. Constitui um esforço conjunto queobjetiva contribuir para o desenvolvimento de metodologias de geração de infor-mações, auxiliando na identificação de relações e processos de concentração e dedesigualdades sociais no espaço geográfico dos municípios da RMS, mediante mapastemáticos e dados tabulares. Dessa forma, o Atlas do Desenvolvimento Humanoda Região Metropolitana de Salvador busca servir como mecanismo gerencial deapoio a atividades de planejamento e proposição de políticas públicas, e tambémcomo instrumento de pesquisa para estudos científicos e de aprofundamento dadiscussão pública sobre a questão.

Mário de Paula Guimarães Gordilho

Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia – CONDER

Diretor Presidente

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ATLAS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO DA REGIÃO METROPOLITANA DE SALVADOR

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A Região Metropolitana de Salvador – RMS, área de relevante destaque no con-texto regional do Estado da Bahia foi criada em 1973 pela Lei Complementar n° 14e abrangia oito municípios (Camaçari, Candeias, Itaparica, Lauro de Freitas, Salvador– Capital do Estado, São Francisco do Conde, Simões Filho e Vera Cruz), posterior-mente acrescidos dos municípios de Dias D’ Ávila e Madre de Deus, desmembra-dos de Camaçari e Salvador respectivamente (Figura 1).

A RMS é a área do Estado com a maior concentração de bens e serviços, popula-ção, densidade demográfica e dinâmica socioeconômica. Sua escolha como objetodeste estudo decorre não apenas dessa posição de destaque, mas também da in-tenção do PNUD de elaborar o Atlas de Desenvolvimento Humano Municipal dasmaiores cidades e/ou Regiões Metropolitanas do país, com o objetivo de elaboraruma análise comparativa em 2007.

FIGURA 1 – DIVISÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA DA RMS

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DIRETRIZES METODOLÓGICAS

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Esse Atlas tem por objetivo apresentar índices e indicadores de desenvolvimentohumano para a RMS, espacializados em unidades territoriais de planejamentointramunicipal, para os anos de 1991 e 2000 (que correspondem aos dois últimosCensos Demográficos realizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística– IBGE), permitindo consultas, análises e saída dos dados. O que confere particula-ridade e grande importância a esta publicação, que utiliza metodologia desenvolvi-da pela Fundação João Pinheiro – FJP e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada– IPEA, é o fato de apresentar os dados por unidades espaciais intramunicipais,favorecendo um melhor conhecimento da realidade interna de cada município,contribuindo assim para a implementação de políticas públicas locais mais bemdirecionadas e mais eficientes.

A utilização de indicadores é uma estratégia de representação do mundo relativa-mente rápida, barata e de fácil leitura. Contemporaneamente, constitui um dosprincipais instrumentos de gestão pública, o que não exime a necessidade de ou-tras análises, mas exige o empenho em sua constante atualização. A intenção doProjeto é fazer a atualização dos dados a cada Censo Demográfico realizado.

A metodologia elegeu a dimensão espacial intramunicipal, a saber, a Unidade deDesenvolvimento Humano – UDH, como base para a espacialização dos indicado-res. A UDH representa uma proposta de recorte do município com o objetivo depermitir comparações entre áreas com perfis sociais diferenciados. Para tanto, bus-cou-se o máximo de homogeneidade interna possível.

Além das UDHs, outras unidades foram adotadas para espacializar os indicadores,mostrando panoramas distintos da região metropolitana, principalmente da capitalSalvador. São elas: Região Administrativa – RA, Macroáreas do Projeto Viver Me-lhor II da CONDER para Salvador, e um Zoneamento para a RMS. O Quadro 1ilustra a relação entre essas unidades.

QUADRO 1 – UNIDADES ESPACIAIS DO ATLAS

oipícinuMHDU avitartsinimdAoãigeR IIrohleMreviVodaeráorcaM SMRadsanoZ

ogidóC emoN ogidóC emoN ogidóC emoN ogidóC emoN

RODAVLAS 1 sonineMedaugÁ-ADAÇLAC 1 ORTNEC-I 9 ARIETSOC/AIACUL 1 RODAVLASEDLARTNECAERÁ

RODAVLAS 2 omraCodmélAoinôtnAotnaS-OICRÉMOC 1 ORTNEC-I 9 ARIETSOC/AIACUL 1 RODAVLASEDLARTNECAERÁ

RODAVLAS 3-OHLUJ2OGL/ÉRAZAN/ÓROROT/SIRRAB

amaetiloP,aobmaG1 ORTNEC-I 9 ARIETSOC/AIACUL 1 RODAVLASEDLARTNECAERÁ

RODAVLAS 4 amaetiloP-AICRAG/EDNARGOPMAC 1 ORTNEC-I 9 ARIETSOC/AIACUL 1 RODAVLASEDLARTNECAERÁ

RODAVLAS 5 AIRÓTIV/AÇARG/ALENAC 6 ANIDNO/ARRAB-IV 9 ARIETSOC/AIACUL 1 RODAVLASEDLARTNECAERÁ

RODAVLAS 6 ADINEVAARRAB/ARRAB 6 ANIDNO/ARRAB-IV 9 ARIETSOC/AIACUL 1 RODAVLASEDLARTNECAERÁ

RODAVLAS 7 ájnugO,seriPadnaloY-SATORBOHLEV.GNE 5 SATORB-V 9 ARIETSOC/AIACUL 1 RODAVLASEDLARTNECAERÁ

RODAVLAS 8 AICRAG 1 ORTNEC-I 9 ARIETSOC/AIACUL 1 RODAVLASEDLARTNECAERÁ

RODAVLAS 9,sabmoPsadotlA,rabalaC-OÃÇAREDEF

ohnidarboS6 ANIDNO/ARRAB-IV 9 ARIETSOC/AIACUL 1 RODAVLASEDLARTNECAERÁ

RODAVLAS 01,orazáL.S,amepipA-ANIDNO/EMAHC-EMAHC

anibaSaçoR6 ANIDNO/ARRAB-IV 9 ARIETSOC/AIACUL 1 RODAVLASEDLARTNECAERÁ

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ATLAS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO DA REGIÃO METROPOLITANA DE SALVADOR

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oipícinuMHDU avitartsinimdAoãigeR IIrohleMreviVodaeráorcaM SMRadsanoZ

ogidóC emoN ogidóC emoN ogidóC emoN ogidóC emoN

RODAVLAS 11adelaV,ohnidarboSodotlA-OÃÇAREDEF

acoçiruM7

/OHLEMREVOIR-IIVOÃÇAREDEF

9 ARIETSOC/AIACUL 1 RODAVLASEDLARTNECAERÁ

RODAVLAS 21 zárBoãSeuqraP,avliSadlaedraC-OÃÇAREDEF 7/OHLEMREVOIR-IIV

OÃÇAREDEF9 ARIETSOC/AIACUL 1 RODAVLASEDLARTNECAERÁ

RODAVLAS 31 aobsiLleinaD,epucA-SATORB 5 SATORB-V 9 ARIETSOC/AIACUL 1 RODAVLASEDLARTNECAERÁ

RODAVLAS 41 OÃÇAREDEFADOHLEVOHNEGNE 7/OHLEMREVOIR-IIV

OÃÇAREDEF9 ARIETSOC/AIACUL 1 RODAVLASEDLARTNECAERÁ

RODAVLAS 51zurCqP,aiacuL,sotaMaliV-OHLEMREVOIR

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/OHLEMREVOIR-IIVOÃÇAREDEF

9 ARIETSOC/AIACUL 4/AENÂROTILOÃSNAPXE

SATIERFEDORUAL-RODAVLAS

RODAVLAS 61edadiC,laednaC,latserolFotroH-SATORB

midraJ5 SATORB-V 9 ARIETSOC/AIACUL 4

/AENÂROTILOÃSNAPXESATIERFEDORUAL-RODAVLAS

RODAVLAS 71 ahnadlaSodotlA-SATORB 5 SATORB-V 9 ARIETSOC/AIACUL 1 RODAVLASEDLARTNECAERÁ

RODAVLAS 81 açnailAlatipsoH-ZURCATNAS 7/OHLEMREVOIR-IIV

OÃÇAREDEF9 ARIETSOC/AIACUL 4

/AENÂROTILOÃSNAPXESATIERFEDORUAL-RODAVLAS

RODAVLAS 91elaV,ohlemreVoiRodadapahC-ZURCATNAS

sahnirdePsad7

/OHLEMREVOIR-IIVOÃÇAREDEF

9 ARIETSOC/AIACUL 4/AENÂROTILOÃSNAPXE

SATIERFEDORUAL-RODAVLAS

RODAVLAS 02 ZURCATNAS 7/OHLEMREVOIR-IIV

OÃÇAREDEF9 ARIETSOC/AIACUL 4

/AENÂROTILOÃSNAPXESATIERFEDORUAL-RODAVLAS

RODAVLAS 12 sahnirdePsadelaV-ANILARAMAEDETSEDRON 7/OHLEMREVOIR-IIV

OÃÇAREDEF9 ARIETSOC/AIACUL 4

/AENÂROTILOÃSNAPXESATIERFEDORUAL-RODAVLAS

RODAVLAS 22 sanarabU-ANILARAMA 7/OHLEMREVOIR-IIV

OÃÇAREDEF9 ARIETSOC/AIACUL 4

/AENÂROTILOÃSNAPXESATIERFEDORUAL-RODAVLAS

RODAVLAS 32 ABUTIP 8/ABUTIP-IIIVLUZAATSOC

9 ARIETSOC/AIACUL 4/AENÂROTILOÃSNAPXE

SATIERFEDORUAL-RODAVLAS

RODAVLAS 42 edadiCadeuqraP-ABUTIP 8/ABUTIP-IIIVLUZAATSOC

9 ARIETSOC/AIACUL 4/AENÂROTILOÃSNAPXE

SATIERFEDORUAL-RODAVLAS

RODAVLAS 52 zuLadarohneSassoNqP,IVoluaPvA-ABUTIP 8/ABUTIP-IIIVLUZAATSOC

9 ARIETSOC/AIACUL 4/AENÂROTILOÃSNAPXE

SATIERFEDORUAL-RODAVLAS

RODAVLAS 62 ARAGIATI 8/ABUTIP-IIIVLUZAATSOC

9 ARIETSOC/AIACUL 4/AENÂROTILOÃSNAPXE

SATIERFEDORUAL-RODAVLAS

RODAVLAS 72 imetaugI-SEROVRÁSADOHNIMAC 8/ABUTIP-IIIVLUZAATSOC

9 ARIETSOC/AIACUL 4/AENÂROTILOÃSNAPXE

SATIERFEDORUAL-RODAVLAS

RODAVLAS 82 aletsopmoCedogaitnaS-SATORB 5 SATORB-V 9 ARIETSOC/AIACUL 1 RODAVLASEDLARTNECAERÁ

RODAVLAS 92 sevlAortsaC.dJ,satorBedsanipmaC-SATORB 5 SATORB-V 4 423RB 1 RODAVLASEDLARTNECAERÁ

RODAVLAS 03 atsiVaoB-AOBSILLEINAD 5 SATORB-V 4 423RB 1 RODAVLASEDLARTNECAERÁ

RODAVLAS 13odotlA-OMLESNAZIUL/SAIRAFEDEMSOC

oriezurC5 SATORB-V 4 423RB 1 RODAVLASEDLARTNECAERÁ

RODAVLAS 23otnaS,seveNortsaC-UTATAM/OMLESNAZIUL

ohnitsogA5 SATORB-V 4 423RB 1 RODAVLASEDLARTNECAERÁ

RODAVLAS 33,ahniuqorraB-EDÚAS/ÉRAZAN/ORTNEC

ohniruoleP1 ORTNEC-I 4 423RB 1 RODAVLASEDLARTNECAERÁ

RODAVLAS 43eteS-ÉRAZAN/SATNIUQEDXB/OHLABRAB

sabúacaM,satroP1 ORTNEC-I 4 423RB 1 RODAVLASEDLARTNECAERÁ

RODAVLAS 53aliV,azereTatSotnemaetoL-OMLESNAZIUL

aruaL5 SATORB-V 4 423RB 1 RODAVLASEDLARTNECAERÁ

RODAVLAS 63 ixacabAodalutóR,etroNossecA-ORITER 4 EDADREBIL-VI 4 423RB 2 RODAVLASEDOLOIM

RODAVLAS 73 ODÚIMUAP/AVONEDADIC 4 EDADREBIL-VI 4 423RB 1 RODAVLASEDLARTNECAERÁ

RODAVLAS 83 ohnidamieuQ,edadeloS-AUGÁ’DAXIAC 4 EDADREBIL-VI 4 423RB 1 RODAVLASEDLARTNECAERÁ

RODAVLAS 93 zurCareVmidraJ,acinôMatnaS-IPAI 4 EDADREBIL-VI 4 423RB 1 RODAVLASEDLARTNECAERÁ

...aunitnoc

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DIRETRIZES METODOLÓGICAS

19

oipícinuMHDU avitartsinimdAoãigeR IIrohleMreviVodaeráorcaM SMRadsanoZ

ogidóC emoN ogidóC emoN ogidóC emoN ogidóC emoN

RODAVLAS 04 ZAVOREP 4 EDADREBIL-VI 4 423RB 1 RODAVLASEDLARTNECAERÁ

RODAVLAS 14,euqnaTogL,inarauG.B,orieiS-EDADREBIL

ahnipaL4 EDADREBIL-VI 4 423RB 1 RODAVLASEDLARTNECAERÁ

RODAVLAS 24 uzuruC-EDADREBIL 4 EDADREBIL-VI 4 423RB 1 RODAVLASEDLARTNECAERÁ

RODAVLAS 34 ORITERODEDNARGADNEZAF 3 ONATEACOÃS-III 4 423RB 3 RODAVLASEDOIBRÚBUS

RODAVLAS 44 ahnilepaC,áraP-ONATEACOÃS/UREPODOTLA 3 ONATEACOÃS-III 4 423RB 3 RODAVLASEDOIBRÚBUS

RODAVLAS 54 ONATEACOÃS 3 ONATEACOÃS-III 4 423RB 3 RODAVLASEDOIBRÚBUS

RODAVLAS 64 onateaCoãSedatsiVaoB-ONATEACOÃS 3 ONATEACOÃS-III 4 423RB 3 RODAVLASEDOIBRÚBUS

RODAVLAS 74-OTABOLODATSIVAOB/OTIRBACODOTLA

otaboLmidraJ3 ONATEACOÃS-III 4 423RB 3 RODAVLASEDOIBRÚBUS

RODAVLAS 84-NODNORLAHCERAM/ÁJARIPEDSANIPMAC

sanipmaC.qP3 ONATEACOÃS-III 4 423RB 3 RODAVLASEDOIBRÚBUS

RODAVLAS 94 luzAosíaraP,peitS-OÃÇAMRADJ/LUZAATSOC 8ATSOC/ABUTIP-IIIV

LUZA5 EPIGORAMAC 4

/AENÂROTILOÃSNAPXESATIERFEDORUAL-RODAVLAS

RODAVLAS 05,airáivodoR-ABUTIP/SEROVRÁSAD.MAC

suiráuqAtoL8

ATSOC/ABUTIP-IIIVLUZA

5 EPIGORAMAC 4/AENÂROTILOÃSNAPXE

SATIERFEDORUAL-RODAVLAS

RODAVLAS 15,unaModxB,aiadnamaraS-SÉUBMANREP

lavruDoãoJjC11 ALUBAC-IX 5 EPIGORAMAC 2 RODAVLASEDOLOIM

RODAVLAS 25midraJ,etagseR-SÉUBMANREP/ALUBAC

ailísarB11 ALUBAC-IX 5 EPIGORAMAC 2 RODAVLASEDOLOIM

RODAVLAS 35 ORITERODOLAÇNOG.S 11 ALUBAC-IX 5 EPIGORAMAC 2 RODAVLASEDOLOIM

RODAVLAS 45,oriteRlaiarrA-ORITERODOLAÇNOG.S

sarierraBtsE21 SEVENODERCNAT-IIX 5 EPIGORAMAC 2 RODAVLASEDOLOIM

RODAVLAS 55 ARUCSEATAM 21 SEVENODERCNAT-IIX 5 EPIGORAMAC 2 RODAVLASEDOLOIM

RODAVLAS 65,oicánItSdJ,oãtebalaC-ARUCSEATAM

siaruR.jnarG21 SEVENODERCNAT-IIX 5 EPIGORAMAC 2 RODAVLASEDOLOIM

RODAVLAS 75,ebulcoreA-OÃÇAMRADJ/OIRODACOB

ocsicnarFSotlA9 /OIRODACOB-XI 6 OIRODACOB/UÇAUTIP 4

/AENÂROTILOÃSNAPXESATIERFEDORUAL-RODAVLAS

RODAVLAS 85 ohnilarruC,édnuxaC,airFaxiaB-OIRODACOB 9ODACOB-XISERAMATAP/OIR

6 OIRODACOB/UÇAUTIP 4/AENÂROTILOÃSNAPXE

SATIERFEDORUAL-RODAVLAS

RODAVLAS 95 LASCU,ohcaFetaB,oãoJoãSodotlA-UÇAUTIP 9ODACOB-XISERAMATAP/OIR

6 OIRODACOB/UÇAUTIP 4/AENÂROTILOÃSNAPXE

SATIERFEDORUAL-RODAVLAS

RODAVLAS 06ratiliMS,sardePsadoiR,kcabraM.G-ÍUBMI

onabrU9

ODACOB-XISERAMATAP/OIR

6 OIRODACOB/UÇAUTIP 4/AENÂROTILOÃSNAPXE

SATIERFEDORUAL-RODAVLAS

RODAVLAS 16 CB°91-ORIEOBAS/ABIDNARAN 11 ALUBAC-IX 6 OIRODACOB/UÇAUTIP 2 RODAVLASEDOLOIM

RODAVLAS 26 sanozamAotnujnoC,noroD-ORIEOBAS 11 ALUBAC-IX 6 OIRODACOB/UÇAUTIP 2 RODAVLASEDOLOIM

RODAVLAS 36 IValubaC-ABIDNARAN/ALUBAC 21 SEVENODERCNAT-IIX 6 OIRODACOB/UÇAUTIP 2 RODAVLASEDOLOIM

RODAVLAS 46 etnoziroHovoN,BAC-ANARAUSSUS 21 SEVENODERCNAT-IIX 6 OIRODACOB/UÇAUTIP 2 RODAVLASEDOLOIM

RODAVLAS 56 sarierraBsadadartsE-ARIEDAMOGNE 21 SEVENODERCNAT-IIX 6 OIRODACOB/UÇAUTIP 2 RODAVLASEDOLOIM

RODAVLAS 66 oderovrA.dnoC-)URIEB(SEVENODERCNAT 21 SEVENODERCNAT-IIX 6 OIRODACOB/UÇAUTIP 2 RODAVLASEDOLOIM

RODAVLAS 76 osonerA-)ÚRIEB(SEVENODERCNAT 21 SEVENODERCNAT-IIX 6 OIRODACOB/UÇAUTIP 2 RODAVLASEDOLOIM

RODAVLAS 86,lairepmIqB,uçautiPloC-SOCRAMOÃS

uçautiP.N.V31 AMILADUAP-IIIX 6 OIRODACOB/UÇAUTIP 2 RODAVLASEDOLOIM

RODAVLAS 96oidíserP,siaruR.jnarG-ANARAUSSUS

otirBsomeL21 SEVENODERCNAT-IIX 6 OIRODACOB/UÇAUTIP 2 RODAVLASEDOLOIM

...aunitnoc

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ATLAS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO DA REGIÃO METROPOLITANA DE SALVADOR

20

oipícinuMHDU avitartsinimdAoãigeR IIrohleMreviVodaeráorcaM SMRadsanoZ

ogidóC emoN ogidóC emoN ogidóC emoN ogidóC emoN

RODAVLAS 07 sariezajaCmidraJ-SOCRAMOÃS/AMILADUAP 31 AMILADUAP-IIIX 6 OIRODACOB/UÇAUTIP 2 RODAVLASEDOLOIM

RODAVLAS 17 ebiraugaJ,ellivahplA-SERAMATAP 9/OIRODACOB-XI

SERAMATAP7 ARIEBAGNAM/ÃUPATI 4

/AENÂROTILOÃSNAPXESATIERFEDORUAL-RODAVLAS

RODAVLAS 27 drofacalPmidraJ-ÃTAIP 01 ÃUPATI-X 7 ARIEBAGNAM/ÃUPATI 4/AENÂROTILOÃSNAPXE

SATIERFEDORUAL-RODAVLAS

RODAVLAS 37 aiereS,ohnirieuqoCodotlA,éteabA-ÃUPATI 01 ÃUPATI-X 7 ARIEBAGNAM/ÃUPATI 4/AENÂROTILOÃSNAPXE

SATIERFEDORUAL-RODAVLAS

RODAVLAS 47 ãupatIedailísarBavoN-ÃUPATI 01 ÃUPATI-X 7 ARIEBAGNAM/ÃUPATI 4/AENÂROTILOÃSNAPXE

SATIERFEDORUAL-RODAVLAS

RODAVLAS 57ALLETS/OGNEMALFODSAIARP/ÃUPATI

otroporeA-SIRAM01 ÃUPATI-X 7 ARIEBAGNAM/ÃUPATI 4

/AENÂROTILOÃSNAPXESATIERFEDORUAL-RODAVLAS

RODAVLAS 67 seõçisopxEedeuqraP-ÃUPATI/ZAPADORRIAB 01 ÃUPATI-X 7 ARIEBAGNAM/ÃUPATI 4/AENÂROTILOÃSNAPXE

SATIERFEDORUAL-RODAVLAS

RODAVLAS 77 IIeIagnurussuM-AGNURUSSUM 01 ÃUPATI-X 2/OCNARBOLETSAC

EPIRAUGAJ2 RODAVLASEDOLOIM

RODAVLAS 87,oãvotsirCSqP-OÃVOTSIRC.S/AGNURUSSUM

dliW’nteW01 ÃUPATI-X 2

/OCNARBOLETSACEPIRAUGAJ

2 RODAVLASEDOLOIM

RODAVLAS 97,sogaLsodelaV-SOCRAMOÃS/AVARBANAC

ygoborT31 AMILADUAP-IIIX 2

/OCNARBOLETSACEPIRAUGAJ

2 RODAVLASEDOLOIM

RODAVLAS 08,sorássaPsodadneviV-SOCRAMOÃS

opmaCodsadaroM31 AMILADUAP-IIIX 2

/OCNARBOLETSACEPIRAUGAJ

2 RODAVLASEDOLOIM

RODAVLAS 18 ailísarBavoN-AVARBANAC 31 AMILADUAP-IIIX 2/OCNARBOLETSAC

EPIRAUGAJ2 RODAVLASEDOLOIM

RODAVLAS 28IIedGzaF,IIIVjaC-EDNARGZAF/SARIEZAJAC

IIIe41 SARIEZAJAC-VIX 2

/OCNARBOLETSACEPIRAUGAJ

2 RODAVLASEDOLOIM

RODAVLAS 38 luzAaniloC-SOCRAMOÃS/AMILADUAP 31 AMILADUAP-IIIX 2/OCNARBOLETSAC

EPIRAUGAJ2 RODAVLASEDOLOIM

RODAVLAS 48ovoN,açnarepsEavoNdJ-LIRBAEDETES

ohnitoraM31 AMILADUAP-IIIX 2

/OCNARBOLETSACEPIRAUGAJ

2 RODAVLASEDOLOIM

RODAVLAS 58EDETES/AIRÁNAC.V/OCNARBOLETSAC

ebulCfloG-LIRBA31 AMILADUAP-IIIX 2

/OCNARBOLETSACEPIRAUGAJ

2 RODAVLASEDOLOIM

RODAVLAS 68 VIsariezajaC-OCNARBOLETSAC/SARIEZAJAC 31 AMILADUAP-IIIX 2/OCNARBOLETSAC

EPIRAUGAJ2 RODAVLASEDOLOIM

RODAVLAS 78 -RALEVAMOD/OCNARB.C/SARALCSAUGÁ 31 AMILADUAP-IIIX 2/OCNARBOLETSAC

EPIRAUGAJ2 RODAVLASEDOLOIM

RODAVLAS 88 sarieugoN-SARALCSAUGÁ 41 SARIEZAJAC-VIX 2/OCNARBOLETSAC

EPIRAUGAJ2 RODAVLASEDOLOIM

RODAVLAS 98 IIV,IV,VsariezajaC-SARIEZAJAC/SARALCSAUGÁ 41 SARIEZAJAC-VIX 2/OCNARBOLETSAC

EPIRAUGAJ2 RODAVLASEDOLOIM

RODAVLAS 09 IXeXsariezajaC-SARIEZAJAC 41 SARIEZAJAC-VIX 2/OCNARBOLETSAC

EPIRAUGAJ2 RODAVLASEDOLOIM

RODAVLAS 19,sadiragraMsadmidraJ-OÃVOTSIRCOÃS

egnassaC01 ÃUPATI-X 8 AGNATIPI 2 RODAVLASEDOLOIM

RODAVLAS 29-otroporeAAIC,acnarBaierA-LARURANOZ

asaeC71 AGNATIPI-IIVX 8 AGNATIPI 2 RODAVLASEDOLOIM

RODAVLAS 39 VIeIIIednarGadnezaF-EDNARGADNEZAF 41 SARIEZAJAC-VIX 8 AGNATIPI 2 RODAVLASEDOLOIM

RODAVLAS 49 IIeIednarGadnezaF-EDNARGADNEZAF 41 SARIEZAJAC-VIX 8 AGNATIPI 2 RODAVLASEDOLOIM

RODAVLAS 59,-sarieugoN-ATAMADACOB/SARALCSAUGÁ

anitselaP71 AGNATIPI-IIVX 8 AGNATIPI 2 RODAVLASEDOLOIM

RODAVLAS 69 ODAHCAM.B/AMOR/SERAM/ADAÇLAC/MEGAIVAOB 2 EPIGAPATI-II 3 ERBOC/LUZAARIEBIR 1 RODAVLASEDLARTNECAERÁ

RODAVLAS 79OHNIMAC/TARRESTNOM//ARIEBIR/MIFNOB

AIERAED2 EPIGAPATI-II 3 ERBOC/LUZAARIEBIR 1 RODAVLASEDLARTNECAERÁ

...aunitnoc

Page 23: Desenvolvimento Humano RMS Final - informs.conder.ba.gov.br · Desde o primeiro relatório o paradigma do desenvolvimento humano teve como contrapartida imediata a busca de uma nova

DIRETRIZES METODOLÓGICAS

21

oipícinuMHDU avitartsinimdAoãigeR IIrohleMreviVodaeráorcaM SMRadsanoZ

ogidóC emoN ogidóC emoN ogidóC emoN ogidóC emoN

RODAVLAS 89,oelórtePodaxiaB-ARIEBIR/ABUDNARASSAM

sodagalA2 EPIGAPATI-II 3 ERBOC/LUZAARIEBIR 3 RODAVLASEDOIBRÚBUS

RODAVLAS 99iuRaliV-ABUDNARASSAM/ORIEZURCMIDRAJ

asobraB2 EPIGAPATI-II 3 ERBOC/LUZAARIEBIR 1 RODAVLASEDLARTNECAERÁ

RODAVLAS 001 sodagalA-IAUGURU 2 EPIGAPATI-II 3 ERBOC/LUZAARIEBIR 3 RODAVLASEDOIBRÚBUS

RODAVLAS 101,lacsiFxB-OTABOL/OTABOLODAIZULATS

senaoJ.neP2 EPIGAPATI-II 3 ERBOC/LUZAARIEBIR 3 RODAVLASEDOIBRÚBUS

RODAVLAS 201ATSIVAOB/OTIRBACODOTLA

oriedaioB-OTABOL/OTABOL3 ONATEACOÃS-III 3 ERBOC/LUZAARIEBIR 3 RODAVLASEDOIBRÚBUS

RODAVLAS 301otlanalP,otirbaCodoãoJoãS-AMROFATALP

laeR61

OIBRÚBUS-IVXF SAHLI-IIIVX/OIRÁIVORRE

3 ERBOC/LUZAARIEBIR 3 RODAVLASEDOIBRÚBUS

RODAVLAS 401 IIeIájariPsotnujnoC-ÁJARIP 51 AIRÉLAV-VX 3 ERBOC/LUZAARIEBIR 3 RODAVLASEDOIBRÚBUS

RODAVLAS 501atSotlA,uemolotraB.SqP-ALERAMAAHLI

ahnizereT61

OIBRÚBUS-IVXF SAHLI-IIIVX/OIRÁIVORRE

3 ERBOC/LUZAARIEBIR 3 RODAVLASEDOIBRÚBUS

RODAVLAS 601 ANESOIR 61OIBRÚBUS-IVX

F SAHLI-IIIVX/OIRÁIVORRE3 ERBOC/LUZAARIEBIR 3 RODAVLASEDOIBRÚBUS

RODAVLAS 701 ájariPedonatiloporteMqP-ANESOIR/ÁJARIP 51 AIRÉLAV-VX 3 ERBOC/LUZAARIEBIR 3 RODAVLASEDOIBRÚBUS

RODAVLAS 801 AIRÉLAVEDAILÍSARBAVON/ATAMACOB/AIRÉLAV 51 AIRÉLAV-VX 3 ERBOC/LUZAARIEBIR 3 RODAVLASEDOIBRÚBUS

RODAVLAS 901atSotlA,adacsE,ahnaracatI-AMROFATALP

ahnizereT61

OIBRÚBUS-IVXF SAHLI-IIIVX/OIRÁIVORRE

1 ANABRUBUS 3 RODAVLASEDOIBRÚBUS

RODAVLAS 011 irepirePedetnariM-EDNARGAIARP/IREPIREP 61OIBRÚBUS-IVX

F SAHLI-IIIVX/OIRÁIVORRE1 ANABRUBUS 3 RODAVLASEDOIBRÚBUS

RODAVLAS 111 IREPIREP 61OIBRÚBUS-IVX

F SAHLI-IIIVX/OIRÁIVORRE1 ANABRUBUS 3 RODAVLASEDOIBRÚBUS

RODAVLAS 211 etniutitsnoCavoN-IREPIREP/SOTUOC 61OIBRÚBUS-IVX

F SAHLI-IIIVX/OIRÁIVORRE1 ANABRUBUS 3 RODAVLASEDOIBRÚBUS

RODAVLAS 311 labúteS.qP.toL-SOTUOC 61OIBRÚBUS-IVX

F SAHLI-IIIVX/OIRÁIVORRE1 ANABRUBUS 3 RODAVLASEDOIBRÚBUS

RODAVLAS 411 edadicileF,sotuoCadnezaF-SOTUOC 61OIBRÚBUS-IVX

F SAHLI-IIIVX/OIRÁIVORRE1 ANABRUBUS 3 RODAVLASEDOIBRÚBUS

RODAVLAS 511 EPIRAP 61OIBRÚBUS-IVX

F SAHLI-IIIVX/OIRÁIVORRE1 ANABRUBUS 3 RODAVLASEDOIBRÚBUS

RODAVLAS 611 oãçaroCetaB-EPIRAP 61OIBRÚBUS-IVX

F SAHLI-IIIVX/OIRÁIVORRE1 ANABRUBUS 3 RODAVLASEDOIBRÚBUS

RODAVLAS 711 oãrabuT,epiraPémoToãS-EPIRAP 61OIBRÚBUS-IVX

F SAHLI-IIIVX/OIRÁIVORRE1 ANABRUBUS 3 RODAVLASEDOIBRÚBUS

RODAVLAS 811.diseRaliV,utarAedlavaNesaB-EPIRAP

ahniraMad61

OIBRÚBUS-IVXF SAHLI-IIIVX/OIRÁIVORRE

1 ANABRUBUS 3 RODAVLASEDOIBRÚBUS

RODAVLAS 911,sossaPsodsuseJmoB-SEDARF,ÉRAMSAHLI

anamaraP61

OIBRÚBUS-IVXF SAHLI-IIIVX/OIRÁIVORRE

0 3 RODAVLASEDOIBRÚBUS

EDORUALSATIERF

021-OHNIUQARUB/AGNATIPI/OCITNÂLTAOD.V

saugÁ.cnE0 0 4

/AENÂROTILOÃSNAPXESATIERFEDORUAL-RODAVLAS

EDORUALSATIERF

121 ebulCyekcoJ.qP,anaiarPaliV-ORTNEC 0 0 4/AENÂROTILOÃSNAPXE

SATIERFEDORUAL-RODAVLASEDORUAL

SATIERF221 OÃTROP 0 0 4

/AENÂROTILOÃSNAPXESATIERFEDORUAL-RODAVLAS

EDORUALSATIERF

321,oiránetneC,uedaTsaduJS.sdJ-AGNITI

avoNedadiC0 0 5 SMRADETRONLAROTIL

EDORUALSATIERF

421 agnatipImidraJ,oluaPoãSqP-ÍJAC/ACNARBAIERA 0 0 5 SMRADETRONLAROTIL

SEÕMISOHLIF

521/NOMLAC.G/IER.C/AOGAL.C/IIAIC

ADARAP.P/AHNIUGNATIP0 0 7 OIOPAEDANABRUANOZ

...aunitnoc

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ATLAS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO DA REGIÃO METROPOLITANA DE SALVADOR

22

oipícinuMHDU avitartsinimdAoãigeR IIrohleMreviVodaeráorcaM SMRadsanoZ

ogidóC emoN ogidóC emoN ogidóC emoN ogidóC emoN

SEÕMISOHLIF

621.PETSEL/IAICBAHOTNUJNOC/ORTNEC

AVON.V/ADARAP0 0 7

OIOPAEDANABRUANOZLAIRTSUDNI

SEÕMISOHLIF

721,2sardauQ-IIAICLANOICATIBAHOTNUJNOC

5,4,30 0 7

OIOPAEDANABRUANOZLAIRTSUDNI

SEÕMISOHLIF

821 03MK/52MK/OTPILACUE/ORTNEC 0 0 7OIOPAEDANABRUANOZ

LAIRTSUDNISEÕMISOHLIF

921 IOHLIFSEÕMISLANOICATIBAHOTNUJNOC 0 0 7OIOPAEDANABRUANOZ

LAIRTSUDNISEÕMISOHLIF

031.AOTS/SERAMLAP/ELEPAM/EPIGETOC/UTARA

SARDEPOIR0 0 8

LAIRTSUDNI-LARURROIRETNISMRAD

SEÕMISOHLIF

131 OÃOJOÃSEDAHLI 0 0 8LAIRTSUDNI-LARURROIRETNI

SMRAD

IRAÇAMAC 231QP/QORTEPOLÓP/LATAN/LARIEUGNAM

OLUGNÂIRT/ETILÉTAS0 0 8

LAIRTSUDNI-LARURROIRETNISMRAD

IRAÇAMAC 331/LAIRTSUDNI/CABELG/ORTNEC

ARIEVAÇAIP/POOCONI0 0 7

OIOPAEDANABRUANOZLAIRTSUDNI

IRAÇAMAC 431/B,AABELG/ORTNEDEDIRAÇAMAC

ETILÉTASQP/ÁTAVARG0 0 7

OIOPAEDANABRUANOZLAIRTSUDNI

IRAÇAMAC 531AMAL/ORTNEDEDIRAÇAMAC/ABITUJACA

IICOHP/ATERP0 0 7

OIOPAEDANABRUANOZLAIRTSUDNI

IRAÇAMAC 631/ICOHP/ATERPAMAL/HABELG/ABUTASIRUB

IIICOHP0 0 7

OIOPAEDANABRUANOZLAIRTSUDNI

IRAÇAMAC 731SEDREV/EDREVQP/SABAGNAM.QP

OSUFARAP/SETNOZIROH0 0 8

LAIRTSUDNI-LARURROIRETNISMRAD

IRAÇAMAC 831/ÓIPUCUS/ÁUAJ/UTAC/EPEBMERA/SETNARBA

SETNARBAALIV0 0 5 SMRADETRONLAROTIL

IRAÇAMAC 931/ABUJARAUG/ACUJOP.B/EPÍUCAJ.B

ODROG.M/MIRIMICATI0 0 5 SMRADETRONLAROTIL

SAIDALIVÁD

041SAIDAVON/SILOPÓRTEPQP/ALIVÁ’DAICRAG

ALIVÁ’D0 0 8

LAIRTSUDNI-LARURROIRETNISMRAD

SAIDALIVÁD

141/ANELEHATS/ALIVÁ’DSAIDBAHJC/ORTNEC

YASSABMI.V0 0 8

LAIRTSUDNI-LARURROIRETNISMRAD

SAIEDNAC 241ONINEM/ARIEDAM/ABORAC/OTOBAC

SABODNIP/ÉSSAP/SUSEJ0 0 8

LAIRTSUDNI-LARURROIRETNISMRAD

SAIEDNAC 341/OINÔTNATS/SNITRAMNAS/AIERA

IISIBRU/OCSICNARF.S0 0 7 OIOPAEDANABRUANOZ

SAIEDNAC 441 IDNARAS/OCIRÓTSIHORTNEC/ORTNEC 0 0 7 OIOPAEDANABRUANOZ

SAIEDNAC 541ORUO/AILÍSARB.N/ÁBMELAM/RALEVAMOD

AGNATIP/ORGEN0 0 7 OIOPAEDANABRUANOZ

OÃSOCSICNARFEDNOCOD

641 EDNOCODOCSICNARFOÃS 0 0 8LAIRTSUDNI-LARURROIRETNI

SMRAD

EDERDAMSUED

741 SUEDEDERDAM 0 0 8LAIRTSUDNI-LARURROIRETNI

SMRAD

ACIRAPATI 841 ACIRAPATI 0 0 6 ACIRAPATIEDAHLI

ZURCAREV 941 ZURCAREV 0 0 6 ACIRAPATIEDAHLI

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DIRETRIZES METODOLÓGICAS

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Todos os índices e indicadores foram calculados com base nas informações levanta-das pelo IBGE, a partir do Censo Demográfico, no qual a unidade de coleta são osSetores Censitários (SC), razão porque todas as unidades espaciais foram elaboradastomando-se por base a agregação dos SC de 2000. Para as informações derivadas docenso de 1991 foram realizados ajustes estatísticos nos dados para adaptá-los aoslimites das unidades propostas. O Setor Censitário é a menor unidade espacial para aqual se tem atribuído variáveis demográficas servindo como base para diversas aná-lises socioeconômicas intraurbanas. Porém, grande parte não possui homogeneidadesocial interna, condição relevante e que se reflete na delimitação das UDHs.

Essa metodologia vem sendo aplicada nos Atlas de Desenvolvimento HumanoMunicipal para várias cidades do país e a exigência de seguí-la justifica-se pelaconveniência de se obter produtos compatíveis e comparáveis. Entretanto, qual-quer proposta de divisão do território é difícil e é resultado de critérios técnicosadotados.

No que se refere especificamente ao Atlas da RMS – realizado entre os meses dejunho e dezembro (2006) – cabe ressaltar o curto período de tempo destinado àconcretização do projeto, mas espera-se que eventuais deficiências venham a sersuperada por análises posteriores que com certeza renderão distintas, porém, com-plementares visões da Região Metropolitana de Salvador.

Por fim, cabe dizer que o presente trabalho é resultado de uma reflexão e de crité-rios técnicos que não pretendem ser definitivos, pois a dinâmica do espaço se con-trapõe ao recorte estático proposto. Trata-se de uma proposta de análise do territórioque tenta aludir e levar em consideração as principais diferenças socioespaciais dosmunicípios da RMS com o objetivo de subsidiar o desenvolvimento humano dapopulação metropolitana.

1 – A DIVISÃO ESPACIAL DA REGIÃO METROPOLITANA DE SALVADOR

O processo de recorte dos municípios da RMS para a formação de UDHs exigiu,além do respeito às condições técnicas estabelecidas, o conhecimento desse terri-tório. Logo, uma sucinta contextualização do seu processo de ocupação se faznecessária, começando com a fundação de Salvador, como a primeira capital doBrasil, numa área caracterizada por topografia acidentada, com encostas de altadeclividade que se configuram na paisagem como vales e topos de morro.

As classes sociais mais favorecidas ocuparam as cumeadas e aí se mantiveram aolongo do tempo, enquanto a população mais pobre ocupava intensa edesordenadamente os fundos dos vales e as vertentes. Esse processo experimentauma aceleração a partir de 1940 e 1950, quando se dá um crescimento demográficosignificativo, principalmente em decorrência de movimentos migratórios, e alcançaseu ápice nas décadas de 60 e 70, época em que foram implantados diversos pro-jetos de urbanização, dentre eles a abertura das avenidas de vale, a expansão do

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sistema viário, e o desenvolvimento da industrialização, com a implantação da Re-finaria Landulfo Alves (1956), do Centro Industrial do Aratu (1964) e do ComplexoPetroquímico de Camaçari (1970).

O município de Salvador, com seus três vetores de expansão – a Orla Atlântica, oMiolo e o Subúrbio Ferroviário – foi acompanhado pelo crescimento dos outrosmunicípios da RMS, que tiveram seu processo de ocupação delineado com basenas funções que passaram a exercer, principalmente após a década de 60. Camaçari,Simões Filho, Candeias e Madre de Deus destacaram-se pelas áreas industriais epetroquímicas; Lauro de Freitas, antes área de veraneio, tornou-se bastanteurbanizado e conurbado com Salvador. Dias D’Ávila e São Francisco do Condeconverteram-se em municípios de apoio à dinâmica social e econômica das áreasindustriais, enquanto Vera Cruz e Itaparica, passaram a ser, nas três últimas déca-das, locais de veraneio e de turismo.

1.1 – UNIDADES DE DESENVOLVIMENTO HUMANO – UDHS

Assinale-se que as UDHs, juntamente com as informações dos indicadores, são umresultado da história aludida brevemente no tópico anterior. Na Tabela 1 e na Figu-ra 2 são apresentadas as distribuições das 149 UDHs que compõem a RMS.

TABELA 1 – DISTRIBUIÇÃO DAS UDHS NA RMS

soipícinuM sHDUededaditnauQosneCodnugesoãçalupoP

0002edocifárgomeD

iraçamaC 8 727.161

saiednaC 4 387.67

alivÁ'DsaiD 2 333.54

*acirapatI 1 549.81

satierFedoruaL 5 345.311

*sueDederdaM 1 630.21

rodavlaS 911 701.344.2

*ednoCodocsicnarFoãS 1 282.62

ohliFseõmiS 7 660.49

*zurCareV 1 057.92

latoT 941 275.120.3

iofoãnocifárgomeDosneCodartsomaadoiránoitseuqolepsodasiuqsepsoilícimodedoremúnosoipícinumsetseN*

.etnaidasiamodacilpxeáresomoc,HDUamuedsiamropmocarapetneicifus

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FIGURA 2 – DIVISÃO ESPACIAL DA RMS POR UDH

A fim de estabelecer a comparabilidade e a confiabilidade das informações, essasunidades respeitam regras rígidas para sua composição, que devem ser observadaspara a contextualização de seu uso. Assim, por questões de consistência estatísticapara a utilização dos dados da Amostra do Censo Demográfico 2000, base princi-pal do conjunto proposto de índices e indicadores de desenvolvimento humano, acomposição das UDHs obedece a um tamanho mínimo de 400 domicíliospesquisados pelo questionário da amostra, e cada uma delas agrega obrigatoria-mente setores censitários, preferencialmente limítrofes, e respeitam os limites mu-nicipais. Observe-se que em Salvador, por motivos técnicos, em duas áreas dacidade os setores censitários não coincidem com o limite municipal, mais especifi-camente em Itinga, com o município de Lauro de Freitas, e em Felicidade, comSimões Filho. Nestes dois casos prevaleceu o limite do setor.

Como a UDH é a unidade básica do Atlas, todas as outras são resultantes de suasagregações; mas, considerando que as Regiões Administrativas já tinham sidoestabelecidas desde 1987, fruto da agregação de SC, foi necessário compatibilizaros limites da UDH com essa divisão administrativa. Com relação às Macroáreas doProjeto Viver Melhor II, por se tratar de áreas estabelecidas com base em outrosparâmetros, foram necessários alguns ajustes para que a compatibilidade fossepossível. Esses detalhes serão discutidos nos itens 1.2 e 1.3.

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Como o objetivo das UDHs é a identificação das desigualdades sócio-espaciais noterritório municipal, a sua elaboração buscou o maior grau de homogeneidadesocial interna possível. A busca por áreas homogêneas foi um objetivo perseguido,mas algumas vezes dificultado principalmente pela existência de setores censitáriosinternamente heterogêneos, e de guetos de pobreza e/ou riqueza com universopopulacional da amostra insuficiente ou sem continuidade espacial para comporuma UDH, sendo forçoso, em algumas situações, sua agregação com outras reali-dades socioeconômicas. Foi necessário, ainda, que as UDHs se constituíssem emunidades identificáveis, áreas com uma denominação reconhecida popularmente ecom representatividade para seus moradores. Considerando que os municípios daRMS não dispõem de uma malha atualizada e oficial de bairros que pudesse servirde base a este estudo, solicitou-se a colaboração de diversas Prefeituras no sentidode fazer a correlação entre as UDHs e os bairros. Este último pode compor integralou parcialmente as unidades de desenvolvimento humano.

Dessa colaboração resultou a nomenclatura das UDHs, que é formada da seguintemaneira: as palavras com todas as letras maiúsculas representam bairros e/ou loca-lidades de maior destaque, enquanto que aquelas em que somente a letra inicial émaiúscula indicam bairros e/ou localidades de menor destaque. Assim, pode-sechegar a delimitações aproximadas dessas unidades a partir de agregações de UDHs.A nomenclatura respeita os limites técnicos do software de no máximo 50 caracteres,o que resultou na abreviação de alguns nomes, que podem ser encontrados noglossário disponibilizado no CD.

As UDHs foram delimitadas sobre a malha de setores censitários de 2000 usando-se ainda a cartografia SICAR/RMS, mapas temáticos das sedes municipais e foto-grafias aéreas verticais. Destas bases foram consideradas principalmente a topografia,hidrografia, sistema viário, tipologia habitacional e uso do solo que, juntamentecom o conhecimento sobre a RMS, constituíram-se em matéria-prima básica paraa divisão espacial. Observaram-se ainda algumas tendências de uso e ocupação dosolo, com vistas à proposição de uma delimitação que pudesse se ajustar à baseoperacional do Censo de 2010.

A renda média do chefe do domicílio [1] foi considerada uma variável compreensi-va e guiou o estabelecimento das UDHs, buscando-se garantir médias estatísticasque refletissem a homogeneidade interna e a heterogeneidade sócioespacial intra -unidades. Ressalta-se que o procedimento adotado sempre consistiu em superpora informação socioeconômica às informações cartográficas, para refletir a diversi-dade territorial da cidade.

Como recurso complementar para a construção das UDHs de Salvador foram utili-zadas outras informações que refletem, sob variadas abordagens, elementos ca-racterísticos do uso do solo no município, assim como identidades territoriaiscorrentes, que foram de grande utilidade para a proposição, a saber:

[1] Utilizou-se a seguinte faixa de renda (valores em Reais): 0,00 a 300,00/300,01 a 600,00/600,01 a 800,00/800,01 a 1500,00/1500,01 a 2.000,00/2.000,01 a 3.000,00/3.000,01 a 7.978,33.

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■ Limite de bairros da Empresa de Correios e Telégrafos – ECT;

■ Áreas Especiais de Interesse Social – AEIS, da Política Municipal de Habitaçãode Interesse Social da Prefeitura Municipal do Salvador;

■ Localização pontual de micro-comunidades, segundo dados da CONDER;

■ Áreas de ponderação do IBGE.

Salienta-se que o estabelecimento das UDHs para os municípios de Lauro de Freitas,Camaçari, Candeias, Simões Filho e Dias D’ Ávila contou com a importante colabora-ção de técnicos das Prefeituras que validaram a divisão proposta pela equipe daCONDER ou definiram novas delimitações. O tamanho da população dos municípiosde São Francisco do Conde, Madre de Deus, Vera Cruz e Itaparica, segundo o Censode 2000, não permitiu que eles abrigassem mais de uma UDH. Nesses casos, é opróprio município que representa a unidade de espacialização dos indicadores.

Os parâmetros descritos foram a regra geral para a delimitação, mas houve algu-mas exceções. Após uma primeira definição das UDHs percebeu-se que trinta de-las, todas em Salvador, estavam seccionadas por RAs ou Macroáreas do ProjetoViver Melhor II, situação em que tais unidades foram transformadas em UDHscontíguas. Contudo, para fins de cálculo dos indicadores, foram agregadas paraatingir o número mínimo de domicílios amostrados necessários para tornarem-serepresentativas na amostra, ou seja, os códigos abaixo listados, indicam UDHscontíguas que foram agregadas para efeito de cálculo e portanto, possuem osmesmos resultados para os indicadores. São elas: nos. 1-96, 4-5, 8-9, 16-18, 20-24,22-23, 27-28-50, 2-33, 36-43, 62-63, 68-80, 106-107.

Um outro caso foi a agregação, para fins de cálculo estatístico, de UDHs sem con-tigüidade territorial, uma vez que as unidades vizinhas possuíam característicasbastante diferentes. Isto levou sua agregação às unidades mais semelhantes e ocorreunas de número 121 com a 122 em Lauro de Freitas, a 126 com a 127, a 131 com as128 e 129 em Simões Filho, a 118 com as 71 e 72 em Salvador.

A ultima exceção ocorreu com a Ilha de Maré e a Ilha dos Frades, UDH 119, per-tencentes ao Município de Salvador, que por não possuírem os requisitosdemográficos necessários para a expansão da amostra, tiveram seus indicadorescalculados em conjunto com a UDH 117, por ser a unidade semelhante mais pró-xima e também pertencente ao mesmo município.

1.2 – REGIÕES ADMINISTRATIVAS – RA

As Regiões Administrativas de Salvador foram incorporadas com o propósito dedisponibilizar os dados do Atlas em uma unidade espacial já existente e de usocorrente por instituições públicas. Estabelecidas pelo Decreto Municipal 7.791, de

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16/05/1987, constituem áreas utilizadas para a descentralização administrativamunicipal de Salvador. São 17 regiões compostas por agregação de setores censitárioscom identificação feita mediante numeração seqüencial, representada por algaris-mos romanos e nome de referência. (Tabela 2 e Figura 3).

rodavlaSedavitartsinimdAoãigeRosneCodnugesoãçalupoP

0002edocifárgomeD

ORTNEC-I 416.58EPIGAPATI-II 050.951

ONATEACOÃS-III 085.112EDADREBIL-VI 744.781

SATORB-V 310.191ANIDNO/ARRAB-IV 277.38

OÃÇAREDEF/OHLEMREVOIR-IIV 411.751LUZAATSOC/ABUTIP-IIIV 187.401

SERAMATAP/OIRODACOB-XI 818.28ÃUPATI-X 311.471ALUBAC-IX 933.731

SEVENODERCNAT-IIX 444.881AMILADUAP-IIIX 383.402SARIEZAJAC-VIX 791.811

AIRÉLAV-VX 344.36SAHLI-IIIVX/OIRÁIVORREFOIBRÚBUS-IVX 674.652

AGNATIPI-IIVX 325.73latoT 701.344.2

TABELA 2 – POPULAÇÃO DAS REGIÕES ADMINISTRATIVAS

FIGURA 3 – DIVISÃO ESPACIAL DO MUNICÍPIO DE SALVADOR POR REGIÕES ADMINISTRATIVAS

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Como a quantidade de RAs de Salvador é bem menor que a de Unidades de De-senvolvimento Humano, os índices calculados para estas representam uma síntesedos resultados, ilustrando sua relevância, pois possibilita uma análise macro dacidade. Os outros municípios da RMS não dispõem oficialmente de tal delimitação.

Por último, cabe ressaltar que a RA XVIII-Ilhas, por não possuir quantidade dedomicílios amostrados suficientes para sua representatividade estatística, teve queser agregada à RA XVI-Subúrbio, a mais próxima e semelhante para fins de cálculodos indicadores.

1.3 – MACROÁREAS DO PROJETO VIVER MELHOR II

Essas nove áreas, delimitadas segundo bacias hidrográficas do município de Salvador,servem de base ao desenvolvimento do Projeto Viver Melhor II da CONDER, cujo obje-tivo geral é a melhoria de condições de habitabilidade e a elevação da qualidade de vidadas populações residentes em áreas de grande precariedade urbana e de vulnerabilidadesocial. Sua denominação faz referência à bacia hidrográfica envolvida (Tabela 3).

TABELA 3 – POPULAÇÃO DAS MACROÁREAS (ADAPTADAS)

A inserção das macroáreas se deve inicialmente ao interesse da CONDER em obteros índices e indicadores do Atlas para as Macroáreas, a fim de que, com outrosindicadores que estão sendo calculados, seja montado um sistema eficiente demonitoramento e avaliação do projeto. Da mesma forma, considerando a grandequantidade de UDHs num município com a extensão e o tamanho demográfico deSalvador, considerou-se oportuno inserí-las como uma outra opção de análise quepossibilitasse a visualização dos dados por meio de unidades maiores e, portanto,menos numerosas. Pela exigência metodológica, tiveram seus limites, originalmen-te delimitados por bacias hidrográficas, ajustados aos setores censitários de 2000,conforme ilustrado na Figura 4.

IIrohleMreviVotejorPodsaeráorcaMosneCodnugesoãçalupoP

0002edocifárgomeD

ANABRUBUS 363.502

EPIRAUGAJ/OCNARBOLETSAC 557.082

ERBOC/LUZAARIEBIR 867.382

423RB 781.825

EPIGORAMAC 506.991

OIRODACOB/UÇAUTIP 249.992

ARIEBAGNAM/ÃUPATI 921.501

AGNATIPI 049.001

ARIETSOC/AIACUL 107.234

latoT 093.634.2

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FIGURA 4 – DIVISÃO ESPACIAL DO MUNICÍPIO DE SALVADOR POR MACROÁREAS

1.4 – ZONAS DA RMS

Com o intuito de proporcionar uma visão da RMS segundo grandes eixos de de-senvolvimento, foi proposta esta quarta divisão. A denominação de cada uma dasoito zonas tem a ver com sua função/localização na região. A Tabela 4 e a Figura5 ilustram suas características.

TABELA 4 – POPULAÇÃO DAS ZONAS

SMRadsanoZosneCodnugesoãçalupoP

0002edocifárgomeD

RODAVLASEDLARTNECAERÁ 500.546

RODAVLASEDOLOIM 771.267

RODAVLASEDOIBRÚBUS 061.036

SATIERFEDORUAL/RODAVLASAENÂROTILOÃSNAPXE 665.264

SMRADETRONLAROTIL 077.301

LAIRTSUDNIOIOPAEDANABRUANOZ 346.702

SMRADLAIRTSUDNI-LARURROIRETNI 655.161

ACIRAPATIEDAHLI 596.84

latoT 275.120.3

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FIGURA 5 – DIVISÃO ESPACIAL DA RMS POR ZONAS/GRANDES EIXOS DE DESENVOLVIMENTO

Para sua delimitação, a RMS foi observada em seu conjunto além de cada municí-pio de per si, num processo que evidenciou as seguintes divisões:

■ Área Central de Salvador – se estende desde a Península de Itapagipe, pas-sandopelo Centro Histórico, maciço de Brotas até Barra e Ondina.

■ Miolo de Salvador – área situada entre os dois grandes eixos viários BR-324e Avenida Luis Viana (Paralela), prolongando-se até o limite com os municí-pios de Simões Filho e Lauro de Freitas.

■ Subúrbio de Salvador – envolve desde o Lobato até Paripe incluindo as Ilhasde Maré e Frades.

■ Expansão Litorânea Salvador/Lauro de Freitas – inclui toda a faixa entre aAvenida Luiz Viana (Paralela) e a orla atlântica, entre o Rio Vermelho e Itapuã,estendendo-se por toda a faixa litorânea de Lauro de Freitas.

■ Litoral Norte da RMS – inclui o restante do município de Lauro de Freitas euma grande faixa abrangendo as UDHs adjacentes à orla atlântica deCamaçari.

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■ Zona Urbana de Apoio Industrial – inclui as sedes municipais de Camaçari,Simões Filho e Candeias, que se encontram inseridas em áreas industriais.

■ Interior Rural-Industrial da RMS – abrange todas as UDHs que representamáreas rurais e/ou áreas industriais, como o Complexo Petroquímico deCamaçari, o Centro Industrial de Aratu e o Complexo do Cobre. Incluemtambém os municípios de Madre de Deus, Dias D’Ávila e São Francisco doConde.

■ Ilha de Itaparica – abrange os municípios de Vera Cruz e Itaparica.

2 – REPRESENTAÇÕES CARTOGRÁFICAS

O Sistema de Informações Geográficas Urbanas do Estado da Bahia – INFORMS éum sistema de informações baseado em tecnologias de geoprocessamento quereúne dados básicos de uso comum sobre a Região Metropolitana de Salvador eáreas urbanas dos demais municípios baianos. Seu objetivo é estruturar e manterum conjunto de dados geográficos de uso compartilhado, que sirva de infra-estru-tura básica para apoiar as administrações municipais e desenvolver projetos con-juntos com os órgãos e instituições das três esferas de governo e empresas privadasque atuam no estado da Bahia.

Devido a sua abrangência apresenta uma base de dados diversificada, armazenadaem um banco de dados Oracle, composta por cartografia vetorial, imagens desatélite, ortofotos, fotografias aéreas georreferenciadas, malha de eixo delogradouros, setores censitários, zonas de informação, mapas urbanos básicos, en-tre outros, e que foram utilizados para as representações cartográficas que se en-contram neste trabalho.

O Atlas dispõe de três categorias de mapas: “Fotografias Aéreas”, “Sistema Viá-rio” e “Mapas de Referência”. Neles se pode visualizar a dimensão e a configura-ção espacial das unidades espaciais, individualmente ou no contexto da RMS,cabendo notar que as diferenças entre eles são as formas de apresentação e ostipos de informação associada. O software utilizado foi o Arc Gis 9.1 e todos osmapas foram elaborados em formato A3.

As UDHs estão representadas nos mapas de fotografias aéreas e do sistema viá-rio, enquanto as RAs e Macroáreas apenas nos mapas de sistema viário, tendoem vista que o tamanho destas últimas impossibilitava uma visualização de deta-lhe na fotografia.

As Fotografias Aéreas, obtidas com base em levantamentos fotogramétricos, sãoimagens verticais, em cores ou em preto e branco, que permitem distinguir ospadrões de ocupação, áreas verdes, bem como outros elementos. Encontram-setambém nesses mapas informações sobre localidades, principais pontos notáveis(pontos de referência) e os limites da UDH. Eles têm por objetivo enriquecer a

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percepção do usuário com relação à RMS, a par-tir de uma escala de detalhe que constitui a UDH,e também complementar as informações dos ma-pas viários. Entretanto, as diferentes escalas defotografias aéreas, que representa o que se tinhade melhor até o momento do trabalho, permi-tem diferentes níveis de detalhe. A Figura 6 ilus-tra um modelo desta representação.

Os Mapas Viários foram elaborados utilizando-se a cartografia SICAR/RMS, resultante da resti-tuição das fotografias aéreas verticais. Nessesmapas não é possível visualizar uma superfíciecom a riqueza de detalhes de uma foto, mas, poroutro lado, traz uma interpretação simplificadadas imagens, o que facilita a compreensão docontexto espacial das unidades. Como o próprionome diz, têm a função de evidenciar o sistemaviário com as principais toponímias (nomes), eagregar, além das informações de localidade epontos notáveis as Áreas Institucionais – AI.

Porém, devido ao excesso de informações so-brepostas foram selecionadas apenas algumasAIs, como Parques, Aterros e a Base Aérea deSalvador; as demais se encontram em um Mapade Referência específico. Cabe ressaltar que porausência de dados, algumas UDHs não possu-em mapas de sistema viário, sobretudo nas áre-as rurais de alguns municípios e/ou emmunicípios que não têm cartografia vetorial con-solidada. A Figura 7 ao lado ilustra um modelodesta representação.

Enquanto os mapas de Fotografias Aéreas e deSistema Viário enfocam individualmente as uni-dades espaciais, os Mapas de Referência temcomo objetivo localizá-las na RMS em virtude dasrelações existentes entre esta e as demais unida-des espaciais adotadas. São sete tipos de mapas:a Região Metropolitana de Salvador, as Unida-des de Desenvolvimento Humano-UDHs, as Re-giões Administrativas – RA, Macroáreas doProjeto Viver Melhor II, Zonas da RMS, ÁreasInstitucionais e um último mapa com todas essas

FIGURA 6 – MODELO DE MAPA COM

FOTOGRAFIA AÉREA

FIGURA 7 – MODELO DE MAPA COM SISTEMA VIÁRIO

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unidades sobrepostas. Todos esses mapas se encontram no CD do Atlas do Desen-volvimento Humano da RMS.

A seguir são detalhadas as fontes das bases cartográficas utilizadas para os mapasde cada município.

■ Salvador e Lauro de Freitas – Base Cartográfica SICAR/RMS, 1992, escala1:2.000; ortofotos e imagens georreferenciadas coloridas, 2002, escala 1: 2.000;malha de eixos de logradouros de Salvador (agosto/2006) e Lauro de Freitas(dezembro/2004).

■ Madre de Deus – Base Cartográfica SICAR/RMS, 2001; ortofotos coloridas,2001, escala 1: 2.000; malha de eixos de logradouros (janeiro/2002).

■ São Francisco do Conde, Dias D’Ávila, Vera Cruz e Itaparica – Imagensgeorreferenciadas, 1998, escala 1:40.000, em preto e branco.

■ Simões Filho e Candeias – Base Cartográfica Municipal, 1998/1999; ortofotos,1998/1999, escala 1:2.000 da PRODUR/CAR/CONDER; imagensgeorreferenciadas, 1998, escala 1:40.000 em preto e branco; malhas de ei-xos de logradouros de Simões Filho (dezembro/1998) e Candeias (março/2002).

■ Camaçari – Imagens georreferenciadas coloridas, 2005, escala 1:2.000; ima-gens georreferenciadas preto e branco, 1998, escala 1:40.000; Planta deReferência Cadastral, 1992; malha de eixos de logradouros (dezembro/1996).

Todos estes produtos pertencem ao acervo do INFORMS/CONDER com exceçãoda malha de eixo de logradouros da Prefeitura de Salvador (2006) e Lauro deFreitas (2004).

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TEMAS DOS INDICADORES

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O Atlas contém um conjunto de cerca de 200 indicadores relacionados com desen-volvimento humano para os anos de 1991 e de 2000, além do IDHM e seus sub-índices para as diversas unidades espaciais da Região Metropolitana de Salvador,obtidos através dos questionários dos censos demográficos.

O IDH é um índice síntese que procura captar o nível de Desenvolvimento Humanoalcançado em uma localidade, levando em consideração três dimensões básicas: asaúde, a educação e a renda. O índice é uma média simples dos sub-índices encon-trados para cada uma dessas dimensões [2]. Inicialmente desenvolvido pelo PNUDpara comparação internacional, foi adaptado, no Brasil, para o nível (intra) municipalrecebendo a denominação de Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – IDHM.

Os indicadores estão agregados em áreas temáticas:

■ Educação – Os indicadores desse bloco são tratados separadamente segun-do a faixa etária da população e abordam o nível de escolaridade (sem ins-trução, menos de quatro anos de estudo, menos de oito anos de estudo emais de 11 anos de estudo); o acesso ao sistema educacional (percentual dapopulação freqüentando escola segundo o nível de ensino) e o grau de atra-so escolar (percentual de alunos com mais de um ano de atraso escolar quefreqüentam o ensino fundamental).

■ Renda – Com foco na renda familiar per capita, os indicadores desse blocoabordam o valor da renda, a composição (percentual advindo do rendimentodo trabalho, das transferências do governo e do capital), o grau de desigual-dade da distribuição (índice de gini, renda média da população distribuídapor quintis, razão 10/40 e 20/40) e a pobreza (percentual de pessoas quevivem abaixo de uma linha de pobreza estabelecida).

■ Trabalho – Os indicadores de trabalho focalizam três temas: população edesemprego (no qual é medido o tamanho da população em idade ativa, dapopulação procurando emprego e da empregada); rendimentos do trabalhosegundo faixas salariais e; características do mercado de trabalho (tais comoformalização do emprego, nível educacional do empregado e participaçãodos setores mais dinâmicos da economia no total do emprego).

■ Demografia – Os indicadores demográficos podem ser tomados como uma“proxy” do estado de saúde da população, tais como expectativa de vida aonascer, aos 40 e aos 60 anos e mortalidade até um, e até cinco anos de vida.

[2] O IDH varia entre 0 e 1, com a seguinte classificação: Baixo Desenvolvimento Humano (0 a 0,49); MédioDesenvolvimento Humano (0,5 a 0,79) e Alto Desenvolvimento Humano (0,8 a 1). Para efeito de análise,dividiu-se o Médio Desenvolvimento Humano em: médio-alto (IDH entre 0,7 e 0,79), municípios com tendênciaacentuada para o alto desenvolvimento; médio-médio (IDH entre 0,6 e 0,69), e médio-baixo (IDH entre 0,5 e0,59), municípios com resquícios de baixo desenvolvimento.

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Outros indicadores que compõem esse bloco tratam da fecundidade e damaternidade precoce.

■ Habitação – Os indicadores desse bloco abordam o acesso da população aserviços básicos urbanos, tais como água encanada e coleta de lixo, e o aces-so a bens como geladeira, televisão, carro e computador.

■ Vulnerabilidade – Ressalta situações de risco social tais como analfabetismo,crianças e adolescentes fora da escola, maternidade precoce, crianças emfamílias que vivem abaixo da linha de pobreza e precariedade do emprego.Pertencem ainda a esse bloco indicadores sobre a disponibilidade de médi-cos, professores e enfermeiros.

■ População – Indicadores de população total e por faixas etárias específicas.

Esse conjunto de informações permite traçar um detalhado perfil do estágio dedesenvolvimento atingido pela população da Região Metropolitana de Salvador.Além disso, por meio da comparação da situação observada nos dois anos, é pos-sível traçar um retrato da evolução, em termos de desenvolvimento humano, ocor-rido durante a década de noventa.

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ANÁLISE PRELIMINAR DOS RESULTADOS DO ATLAS

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[3] O IDH varia entre 0 e 1, com a seguinte classificação: Baixo Desenvolvimento Humano (0 a 0,49); MédioDesenvolvimento Humano (0,5 a 0,79) e Alto Desenvolvimento Humano (0,8 a 1). Para efeito de análise,dividiu-se o Médio Desenvolvimento Humano em: Médio-Alto (IDH entre 0,7 e 0,79), regiões com tendênciaacentuada para o alto desenvolvimento; Médio-Médio (IDH entre 0,6 e 0,69), e Médio-Baixo (IDH entre 0,5 e0,59), regiões com resquícios de baixo desenvolvimento.

Em 2000, a Unidade de Desenvolvimento Humano-UDH com Índice deDesenvolvimento Humano-IDH mais alto em Salvador-Ba, supera a No-ruega, cujo IDH é o maior entre os países, segundo o Relatório da ONU.Por outro lado, nas UDHs com os índices mais baixos, estes se aproximamdo da Bolívia. Tal disparidade é muito maior que a verificada entre osmunicípios da Bahia.

As mesmas disparidades e desigualdades verificadas entre os municípios brasilei-ros ou da Bahia são reproduzidas, em maior ou menor intensidade, em nívelintramunicipal, entre as UDHs de Salvador. Em 2000, o Índice de Desenvolvi-mento Humano Municipal – IDHM da Região Metropolitana de Salvador era de0.791, apresentando UDHs com valores entre 0,652, na UDH ZONA RURAL-Areia Branca, CIA Aeroporto-Ceasa, e 0,971, na UDH ITAIGARA. Essa variaçãono valor do IDHM – 0,319 – é muito mais alta do que aquela observada entre osmunicípios da Bahia com mais baixo e mais alto IDHM, respectivamente, Itapicuru,com 0,521, e Salvador, com 0,805 (Gráfico 1). A grande diferença entre um casoe outro está no nível do indicador. As UDHs da RMS estão em um patamar maisalto: enquanto os municípios vão das categorias3 Médio-Baixo ao Alto Desenvol-vimento, as UDHs vão do Médio-Médio ao Alto Desenvolvimento Humano.

Entre as UDHs de Salvador, a distância entre o maior e o menor IDHM supera adistância entre países como a Noruega e a Bolívia. Na UDH com mais altoIDHM, esse índice é bem superior ao da Noruega (0,942), maior entre os paísesem 2000.

Na verdade, 37% das UDHs já tinham atingido o Alto Desenvolvimento Huma-no em 2000, contudo em níveis bastante distintos. Desse total, 10 UDHs ti-nham índices superiores ao da Noruega e 15 ao de São Caetano do Sul (0,919),maior entre os municípios brasileiros. Comparando-se apenas com os municípi-os da Bahia observa-se que em 34% das UDHs o IDHM é mais alto que o deSalvador, maior entre os municípios, e que 75% dos municípios do estado estãoem pior situação que a ZONA RURAL-Areia Branca, CIA Aeroporto-Ceasa, UDHde menor índice.

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GRÁFICO 1 – IDHM 2000/BRASIL, BAHIA, RMS E UDHS

Na região metropolitana de Salvador, assim como na Bahia e no Brasil, adimensão com o índice mais alto é Educação, ou seja, é a dimensão quemais contribui para o valor do IDHM em 2000. Em grande parte das UDHs,o subíndice Educação é também o mais alto, sendo que em apenas noveo subíndice Renda é maior.

No Brasil, no estado da Bahia e na RMS, a ordem de importância dos subíndicespara a composição do IDHM é: educação, longevidade e renda.

Em 2000, Educação é o subíndice mais alto em todas as UDHs, à exceção de nove,onde o de Renda supera. A continuação dessa seqüência – longevidade, renda – sónão é verdadeira para 34 UDHs onde o subíndice renda supera o de longevidade.Praticamente todas as UDHs em que o subíndice Renda se destaca estão classifica-das entre as de maior renda per capita e maior IDHM. Para a maioria das UDHs, oIDHM seria menor sem a contribuição dos indicadores de educação e longevidade.

Entre 1991 e 2000 a RMS apresentou uma evolução em termos de Desenvolvi-mento Humano que fez seu IDHM passar de 0,737 para 0,791. Grande parte dessamelhoria foi devida ao peso do município de Salvador, cujo IDHM subiu de 0,751para 0,805, fazendo-o passar da 291ª posição para as 276ª dentre todos os muni-cípios brasileiros.

Em 2000, as UDHs da RMS distribuíam-se, quanto às categorias do IDHM, em: a)Alto Desenvolvimento Humano, com 55 UDHs e 30% da população; b) Médio-Alto Desenvolvimento Humano, com 77 UDHs e cerca de 59% da população; ec)Médio-Médio Desenvolvimento Humano, com 17 UDHs e 11% da população.

Se a UDH com menor IDHM – ZONA RURAL-Areia Branca, CIA Aeroporto-Ceasa– continuasse a melhorar a uma velocidade média igual ao da região como umtodo, levaria em torno de 53 anos para alcançar os níveis do ITAIGARA (IDHMmais alto) em 2000.

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ANÁLISE PRELIMINAR DOS RESULTADOS DO ATLAS

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1 – INDICADORES QUE COMPÕEM O IDHM, E OUTROS DE SUPORTE

Além do IDHM e subíndices, o Atlas disponibiliza os indicadores que os compõem,além de vários outros que dão grande suporte à interpretação da realidade domunicípio.

Alguns exemplos:

Em educação, a taxa de analfabetismo, taxa de analfabetismo funcional (menos dequatro anos de estudo) e taxa de analfabetismo fundamental (menos de oito anosde estudo). Em longevidade, a taxa de mortalidade Infantil. Em renda, a rendafamiliar per capita, a proporção de pobres e vários indicadores de desigualdade nadistribuição de renda.

1.1 – EDUCAÇÃO

Um dos indicadores levados em conta no IDHM-educação é a taxa de analfabetis-mo das pessoas acima de 15 anos, entendendo-se por analfabeto a pessoa que sedeclara incapaz de ler e escrever um bilhete simples, conforme a definição para apesquisa do censo. Se fossem observados indicadores de definição mais precisa emais exigentes, os números mudariam substancialmente.

Observando o percentual das pessoas de 15 anos e mais com menos de quatroanos completos de estudo, chamados analfabetos funcionais, nota-se que enquan-to a taxa de analfabetismo da RMS é de 7%, a taxa de analfabetismo funcional équase três vezes maior, 19% (Gráfico 2). Isso representa um contingente de 417mil analfabetos funcionais, superior à população de qualquer município da Bahia, àexceção de Salvador e Feira de Santana.

GRÁFICO 2 – ANOS DE ESTUDO/RMS 2000

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Nas UDHs, a taxa de analfabetismo da população acima de 15 anos varia entre0,5% (UDH CAMINHO DAS ÁRVORES-Iguatemi) e 23% (UDH B. JACUÍPE/B.POJUCA/GUARAJUBA/ITACIMIRIM/M. GORDO, em Camaçari, e na UDH ILHASMARÉ, FRADES-Bom Jesus dos Passos, Paramana, em Salvador). O analfabetismofuncional nessa faixa etária varia entre 2,1% na UDH ITAIGARA a 48% na mesmaUDH de Camaçari apontada para o analfabetismo. Vale destacar que, além dessaUDH com melhor resultado, mais outras quatorze têm taxas de analfabetismo fun-cional menores que a do município brasileiro com melhor taxa (Bom Princípio/RS,com 6%). Em 42% das UDHs as taxas são melhores que a taxa de Salvador (17%)que, por sua vez, é o município da Bahia com a taxa mais baixa. Contudo, em 39UDHs, a taxa de analfabetismo funcional está acima de ¼ da população de 15anos e mais (Gráfico 3).

Se o IDHM fosse calculado com as taxas de alfabetização funcional, o IDHM daRMS, como o de todas as suas UDHs, cairia de modo expressivo, principalmentenaquelas em que o IDHM já era mais baixo. O valor mais baixo de IDHM passariade 0,656 para 0,577, observando-se mesmo uma queda de categoria Médio-Mé-dio, Médio Baixo Desenvolvimento Humano (isso ocorre em mais três UDHs). Acategoria de Alto Desenvolvimento Humano diminuiria de 56 para 43 UDHs. Quantoà taxa de analfabetismo fundamental da população adulta (pessoas de 25 anos emais que têm menos de oito anos de estudo), Salvador com 45%, é o município daBahia com o menor valor. Em 59% das UDHs, a taxa é ainda mais alta. Portanto, namaioria das UDHs, mais da metade da população adulta não têm o ensino funda-mental completo. Constituem um contingente de 727 mil pessoas, ou seja, apenas19 municípios no Brasil têm população total superior a esse contingente. O melhorresultado observado é o da UDH ITAIGARA (8%), sendo que 35 outras UDHs supe-ram o município brasileiro com melhor resultado, Niterói/RJ (31%) (Gráfico 4).

Realizando-se o mesmo exercício anterior para o cálculo do IDHM com a taxa deanalfabetismo fundamental, obtém-se para todas UDHs uma sensível queda nos

GRÁFICO 3 – NÍVEL EDUCACIONAL DA POPULAÇÃO DE 18 A 24 ANOS EM 2000/UDHS DA RMS

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ANÁLISE PRELIMINAR DOS RESULTADOS DO ATLAS

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valores do IDHM. A categoria de Médio-Baixo Desenvolvimento Humano passariaa contar com 34 UDHs, chegando a UDH CABOTO/CAROBA/MADEIRA/MENINOJESUS/PASSÉ/PINDOBAS quase ao limite do Baixo DesenvolvimentoHumano com 0,511. A participação das UDHs no Alto Desenvolvimento Humanocairia de um total de 56 para 35.

1.1.1 – A SITUAÇÃO EDUCACIONAL EM TERMOS DE PERSPECTIVAS

Considerando os crescentes requerimentos mínimos para o completo acesso daspessoas às disponibilidades e exigências do mundo moderno e para o pleno desen-volvimento de suas potencialidades, um cidadão com menos de oito anos de estu-do (ensino fundamental incompleto) pode ser considerado praticamente umanalfabeto. Sob esse ângulo, a situação da região requer muito esforço, principal-mente quando se projeta essa taxa para outras gerações, como a de jovens adultos(18 a 24 anos), que, com certeza, tiveram melhores oportunidades de acesso aoensino do que aquelas que hoje formam o contingente adulto. Mesmo apresen-tando melhores indicadores educacionais que a população acima de 25 anos, sãoexpressivos os contingentes desse grupo etário que deverão entrar na fase adultadespreparados do ponto de vista educacional. Pior do que isso deverão perpetuaras diferenças já verificadas entre as UDHs para a população adulta. Assim, as me-lhores e piores taxas continuam se verificando nas mesmas UDHs, com o agravan-te de que as UDHs com os piores resultados praticamente mantêm os patamarespara as duas gerações. Em 32% das UDHs o percentual de jovens com menos de 8anos de estudo é maior que 50%, chegando ao máximo de 78% na UDH B.JACUÍPE/B. POJUCA/GUARAJUBA/ITACIMIRIM/M. GORDO. Mesmo para a re-gião metropolitana como um todo, a diferença entre as gerações não é grande: ataxa de analfabetismo fundamental cai de 48% entre a população de 25 anos oumais, para 41% entre os jovens de 18 a 24 anos.

GRÁFICO 4 – NÍVEL EDUCACIONAL DA POPULAÇÃO DE 25 ANOS E MAIS EM 2000/UDHS DA RMS

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laeRotlanalP,otirbaCodoãoJoãS-AMROFATALP 44,55 31,74ADARAP.P/AHNIUGNATIP/NOMLAC.G/IER.C/AOGAL.C/IIAIC 90,75 61,94IISIBRU/OCSICNARF.S/OINÔTNATS/SNITRAMNAS/AIERA 54,85 28,05

ONINEM/ARIEDAM/ABORAC/OTOBACSABODNIP/ÉSSAP/SUSEJ 70,06 18,25

asaeC-otroporeAAIC,acnarBaierA-LARURANOZ 99,36 26,75etniutitsnoCavoN-IREPIREP/SOTUOC 26,46 93,85edadicileF,sotuoCadnezaF-SOTUOC 26,46 93,85

agnatipImidraJ,oluaPoãSqP-ÍJAC/ACNARBAIERA 08,46 16,85IIICOHP/ICOHP/ATERPAMAL/HABELG/ABUTASIRUB 33,76 17,16

seõçisopxEedeuqraP-ÃUPATI/ZAPADORRIAB 31,86 96,26

sodatluserserohleM

ARAGIATI 48,6 -aletsopmoCedogaitnaS-SATORB 18,7 -

suirauqAtoL,airáivodoR-ABUTIP/SEROVRÁSAD.MAC 18,7 -imetaugI-SEROVRÁSADOHNIMAC 18,7 -

sanarabU-ANILARAMA 42,8 -ABUTIP 42,8 -

zuLadarohneSassoNqP,IVoluaPvA-ABUTIP 42,8 -onabrUratiliMS,sardePsadoiR,kcabraM.G-ÍUBMI 94,11 -

amaetiloP-AICRAG/EDNARGOPMAC 15,21 -AIRÓTIV/AÇARG/ALENAC 15,21 -

SMR 13,04 85,826002,rodavlaSedanatiloporteMoãigeRanonamuHotnemivlovneseDodsaltA:etnoF

1 0002e1991ertneSMRadlitnafniedadilatromedaxatadotnemicsercedededadicolevaodnaredisnoc,)limropsetrom71(oinêlimodatemàaicnâtsiD

1.2 – MORTALIDADE INFANTIL

Nota-se uma reduzida disparidade em termos de Taxa de Mortalidade Infantil-TMI entre os municípios da RMS, comparativamente às demais divisões espaciaisconsideradas (Gráfico 5), principalmente em relação à variação constatada paraos municípios brasileiros.

GRÁFICO 5 – DISPARIDADE DE TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL-2000/BRASIL, BAHIA, RMS E UDHS

TABELA 5 – VALORES EXTREMOS PARA A TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL

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ANÁLISE PRELIMINAR DOS RESULTADOS DO ATLAS

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Em se tratando de médias municipais e sabendo dos diferenciais internos existentesem termos de condições de vida, os dados, quando desagregados segundo UDHsda RMS, revelam uma importante disparidade na TMI. A UDH BAIRRO DA PAZ/ITAPUÃ-Parque de Exposições, com a maior TMI - 68,1 mortes por mil nascidosvivos - é dez vezes maior que aquela encontrada na UDH ITAIGARA – 6,8 por milnascidos vivos (Tabela 5). Tais níveis são observados na Índia e nos Estados Unidos,respectivamente, também no ano 2000.

Se a taxa de mortalidade infantil decrescesse com a mesma velocidade média verificadapara a RMS como um todo, entre 1991 e 2000, atingiria em torno do ano de 2030,o patamar proposto pela meta do milênio. Seguindo o mesmo raciocínio, das 149UDHs da RMS, 70% não alcançariam esse valor em 2015, sendo que naquelas empior situação, a meta somente seria alcançada próximo ao ano de 2060.

È importante salientar que a mortalidade infantil da Região Metropolitana de Sal-vador como um todo (40,31 mortes/1000 nascidos vivos) ainda representa maisque o dobro do patamar proposto pela ONU para o Brasil nas “Metas do Milênio”,em que o indicador deveria atingir, até 2015, no máximo, 17 mortes para cada1000 crianças nascidas vivas. A meta corresponde a 2/3 do valor observado para opaís em 1990. Vale distinguir a situação entre UDHs:

■ Apenas 15 UDHs já teriam conseguido atingir o patamar proposto pela ONUpara o Brasil nas “Metas do Milênio”

■ De todas as UDHs que ainda não haviam atingido a meta do milênio em2000, 60 estariam acima da média da região como um todo, chegando a ummáximo de 68 mortes/mil; o que exigiria o esforço de reduzi-la em quatrovezes, até 2015, para que a meta fosse atingida (Gráfico 6).

■ Mesmo aquelas com melhores resultados ainda têm o que melhorar. Hajavista que, a despeito de ser muito bom o indicador mais baixo (ITAIGARA, 7p/mil), ainda é maior que os melhores resultados encontrados para o país(em São Caetano do Sul/SP, essa taxa chega a 5,4 mortes/mil).

GRÁFICO 6 – TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL, 1991 E 2000 (UDHS DA RMS)

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1.3 – RENDA

Em 2000, a renda familiar per capita da Região Metropolitana de Salvador era deR$ 311,24, comparável à do município brasileiro situado na posição 445a (entre5.507), bem superior ao da Bahia (R$ 160,19) e de todos os outros municípios doEstado, à exceção de Salvador e Lauro de Freitas, e um pouco superior à média dopaís (R$ 297,23).

Com relação as UDHs, ITAIGARA apresentava, em 2000, a maior renda per capitada região, R$ 2.135,54. Esse valor representa mais de duas vezes a maior renda percapita entre os municípios brasileiros (Água de São Pedro-SP, R$ 954,65) e 26 vezesa menor renda per capita entre as UDHs, de COUTOS-Fazenda Coutos, Felicidade(R$ 82,94).

Nesse ano, em 43% das UDHs a renda per capita é menor que a da Bahia, em 70%ela é menor que a da região metropolitana, e em 71%, menor que a do Brasil.

Entre 1991 e 2000, a desigualdade de renda na Região Metropolitana de Salvadoraumentou, como mostra a observação de qualquer um dos indicadores de desi-gualdade de renda considerados (Gini, Theil e relação 20/40). Os indicadores dedesigualdade da RMS são piores que os do Brasil, que tem uma das piores desi-gualdades de renda do mundo. Em 2000, enquanto para o Brasil o Gini era de 0,65,e a relação 20/40 (quanto, em média, os 20% mais ricos ganham em relação aos40% mais pobres) é de 21 vezes, na Região Metropolitana de Salvador esses indi-cadores são de 0,66 e 25 vezes, respectivamente.

É evidente que os indicadores de desigualdade, na perspectiva das UDHs, se mos-tram de forma completamente distinta. Dado o criterioso trabalho de divisão espa-cial do município em UDHs com o maior grau de homogeneidade possível, adesigualdade, dentro delas, é, em média, muito menor que a do município. PeloGini, Theil e pela relação 20/40, apenas quatro UDHs tem desigualdade maior quea da região como um todo.

GRÁFICO 7 – RMS: RENDA APROPRIADA POR ESTRATOS DA POPULAÇÃO, 2000

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FIGURA 8 – PERCENTUAL DAS PESSOAS COM RENDA PER CAPITA ABAIXO DE R$ 75,50/2000,EM TODAS AS UDHS DA REGIÃO METROPOLITANA DE SALVADOR

Outra forma de abordar a questão da desigualdade na distribuição de renda domunicípio como um todo é por meio da apropriação da renda por estratos da po-pulação. Conforme mostra o Gráfico 7, enquanto os 20% mais pobres da popula-ção apropriam-se de apenas 1,2% da renda gerada no município, os 20% maisricos ficam com 71%. Subdividindo esse grupo, vê-se que apenas os 10% maisricos ficam com mais da metade, ou 55%.

Essa forma completamente distorcida de apropriação da renda pode ser evidencia-da nas UDHs por meio de outros indicadores, como o que expressa a proporção depessoas vivendo abaixo de uma linha de pobreza e de indigência.

Tomando-se então a proporção de pobres (consideradas pobres as pessoas quevivem com menos de metade do salário mínimo de 2000 – R$ 75,50 – de rendafamiliar per capita), observa-se que ela chega a mais de 1/3 na RMS, formando umcontingente de quase um milhão de pessoas (905 mil), 411 mil das quais podendoser consideradas indigentes (vivem com menos de ¼ do salário, R$ 37,75). Taiscontingentes são bem superiores à população total de qualquer um dos outrosmunicípios da Bahia, exceto Salvador e Feira de Santana (Figura 8).

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Em 51% das UDHs da RMS, esse percentual é ainda maior: em 26 delas, mais dametade da população é pobre. O maior percentual de pobres é verificado na UDHCABOTO/CAROBA/MADEIRA/MENINO JESUS/PASSÉ/PINDOBAS, com 64%(nessa UDH, 40% de sua população são indigentes).

Acrescenta-se a esse quadro da pobreza dois fatos: primeiro, ela caiu muito poucodurante a década de 90, tendo passado de 38% em 1991 para 34% em 2000.Segundo, o percentual de indigentes caiu menos ainda nesse mesmo período (16%para 15%). Conseqüentemente, nos dois casos essas reduções não foram suficien-tes para diminuir o número absoluto de pobres e indigentes que, na verdade, au-menta durante essa década.

2 – CONCLUSÃO

O espaço urbano da Região Metropolitana de Salvador, como o da maioria dosmunicípios e grandes aglomerados populacionais brasileiros, é extremamente desi-gual. A visibilidade ostensiva dessa desigualdade a torna mais perversa. Pratica-mente não existe barreira alguma (nem mesmo ruas) que divida esses espaços.Assim, condições de desenvolvimento humano só encontradas em países de tercei-ro mundo, convivem, lado a lado, com outras que, muitas vezes, ultrapassam osparâmetros dos países mais desenvolvidos. Se forem regiões desiguais em renda,são mais ainda em indicadores sociais, sobretudo os de educação.

Nas UDHs com as maiores rendas per capita, o percentual da população adultacom mais de 12 anos de estudo supera 50%, chegando a 64% em ITAIGARA. Noentanto, em 70% das UDHs, esse percentual não chega a 10%, sendo que naque-las com as menores rendas, 36%, não chega a 2%.

Observando o indicador que revela a média de anos de estudo da população adul-ta, a UDH com maior nível, ITAIGARA (13 anos) – que apresenta também o maiornível de renda per capita – é quase quatro vezes a menor média, CABOTO/CAROBA/MADEIRA/MENINO JESUS /PASSÉ/PINDOBAS (3,5 anos), que apresenta o se-gundo mais baixo nível de renda per capita.

Mais grave ainda que essas constatações é o fato de não ser possível vislumbrar,para as próximas gerações, perspectiva de mudanças significativas na situaçãoeducacional observada para 2000. Isso pode ser fundamentado no fato do indi-cador jovens-adultos (18 a 24 anos) freqüentando curso superior ter praticamen-te a mesma distribuição, entre as UDHs, daquela verificada para o percentual dosadultos com nível superior. Nas UDHs com faixas de renda mais altas, o percentualde jovens-adultos freqüentando universidades chega a 60% em ITAIGARA, en-quanto em várias outras esse percentual ainda é zero, não chegando a 2% emmais da metade delas.

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O que é mais preocupante nos resultados de 2000, que podem estar comprome-tendo seriamente as gerações futuras, é o significativo percentual de adolescentesfora da escola nas UDHs com níveis de renda per capita mais baixos. Em quatorzeUDHs, esses percentuais são maiores que 20%, chegando a 30% em B. JACUÍPE/B.POJUCA/GUARAJUBA/ITACIMIRIM/M.GORDO. Nesta UDH e na ZONA RU-RAL-Areia Branca, CIA Aeroporto-Ceasa, até mesmo o percentual de crianças forada escola é ainda consideravelmente alto – 9%– fato que chama a atenção, vezque nesse período o ensino básico foi praticamente universalizado.

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O Atlas de Desenvolvimento Humano da Região Metropolitana de Salvador é umimportante instrumento de análise e gestão municipal, e esta publicação pretendeconvidar o usuário a conhecê-lo. Nesse intuito, esta última página resume suasprincipais funcionalidades, destacando-se:

■ Possibilidade de visualizar o resultado dos indicadores a partir de unidadesintramunicipais de diferentes escalas, inclusive com sua representação emcartogramas que podem ser editados e impressos.

■ Diversas formas de consulta e edição das tabelas que trazem os indicadoresdivididos em temas e subtemas.

■ Construção e edição de Histogramas e Diagramas de Dispersão com os da-dos disponíveis, incluindo estatísticas descritivas.

■ Representações cartográficas das unidades espaciais.

■ Disponibilização de um “Perfil” que representa um resumo quali-quantitati-vo de cada unidade espacial, incluindo cartograma de localização. Cabe res-saltar que os dados qualitativos apresentados são apenas uma sucinta descriçãoque aborda tópicos como: localização e topografia da área, padrão de rendados moradores, uso do solo, grandes equipamentos e acessibilidade.

■ Disponibilização dos indicadores para 1991 e 2000, propiciando a compara-ção entre esses dois anos, bem como a possibilidade de construção dos mes-mos indicadores a partir dos dados do próximo censo demográfico.

■ Comparabilidade com os Atlas de Desenvolvimento Humano de outras cida-des e/ou regiões metropolitanas.

O Atlas, com o conteúdo e as funcionalidades descritas, apresenta-se em um softwarede fácil manejo e com ferramentas gráficas básicas. Além disso, contém textos deapresentação, a descrição metodológica utilizada para o cálculo dos indicadores,para a delimitação das unidades espaciais e para a produção da base cartográfica;ferramenta de ajuda e detalhes institucionais.

COMO INSTALAR O ATLAS

O CD do Atlas do Desenvolvimento Humano da RMS pode ser executado emcomputadores PC com sistema operacional Windows, com as seguintes configura-ções mínimas: processador Pentium 500 Mhz, resolução de vídeo de 800x600,memória de 64 MB, espaço em disco 800 MB.

Instalação: (1) coloque o CD no drive; (2) Escolha do drive do CD; (3) Dê um duploclique no arquivo AtlasSalvador.exe; (4) Siga as instruções de instalação do programa.

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