DESENVOLVIMENTO VEGETATIVO DE MUDAS DE … · crescimento considerado relativamente rápido, com...

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ENGENHARIA FLORESTAL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA FLORESTAL DESENVOLVIMENTO VEGETATIVO DE MUDAS DE CANAFÍSTULA SOB DIFERENTES SUBSTRATOS THAIS MARCELA DUARTE DE SIQUEIRA CUIABÁ-MT 2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE ENGENHARIA FLORESTAL

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA FLORESTAL

DESENVOLVIMENTO VEGETATIVO DE MUDAS DE

CANAFÍSTULA SOB DIFERENTES SUBSTRATOS

THAIS MARCELA DUARTE DE SIQUEIRA

CUIABÁ-MT

2018

THAIS MARCELA DUARTE DE SIQUEIRA

DESENVOLVIMENTO VEGETATIVO DE MUDAS DE

CANAFÍSTULA SOB DIFERENTES SUBSTRATOS

Orientador: Profª. Drª. Walcylene Lacerda Matos Pereira

Scaramuzza

Monografia apresentada à Disciplina de Trabalho de Curso do Departamento de Engenharia Florestal, Faculdade de Engenharia Florestal – Universidade Federal de Mato Grosso, como parte das exigências para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Florestal.

CUIABÁ-MT

2018

iii

iv

AGRADECIMENTOS

Aos meus pais, Ana e Wirton, pelo amor, apoio e confiança que sempre

depositaram em mim, sempre acreditando na minha capacidade. Tudo

que tenho e sou agradeço a vocês. E quero dizer que essa conquista não

é minha, é nossa! Muito obrigada por tudo!

Ao meu irmão, Thiago, que mesmo longe sempre torceu e acreditou no

meu sucesso.

A professora Walcylene L. M. P. Scaramuzza pela atenção e

disponibilidade na orientação deste trabalho.

Ao Prof. Dr. José Fernando Scaramuzza e MSc Mariana Pinto Coelho de

Oliveira, pela participação na examinadora.

Ao meu namorado, João Vitor, por sempre estar ao meu lado, por sempre

tentar fazer o melhor por nós, pela atenção e apoio durante a graduação

(minha eterna dupla de trabalho).

Aos meus familiares e amigos, aos que estão perto ou longe, que de

alguma forma contribuíram com essa conquista.

A todos os professores que me orientaram durante à vida escolar e

acadêmica.

v

SÚMARIO

RESUMO........... ...................................................................................... vii

LISTA DE FIGURAS .............................................................................. viii

1.INTRODUÇÃO ........................................................................................ 9

2.REVISÃO DE LITERATURA ................................................................ 11

2.1 Características da canafístula ............................................................ 11

2.2. Substrato na qualidade de mudas .................................................... 13

2.2.1. Esterco bovino ............................................................................... 14

2.2.2. Esterco aviário ............................................................................... 15

2.2.3. Farinha de osso ............................................................................. 16

2.2.4. Húmus de minhoca ........................................................................ 16

2.3. Fertilização na qualidade de mudas ................................................. 17

2.4. Parâmetros de crescimento e qualidade de mudas .......................... 18

3.MATERIAL E MÉTODOS ..................................................................... 19

3.1. Local do experimento e espécie vegetal utilizada .......................... 19

3.2. Delineamento experimental e tratamentos ..................................... 19

3.3. Superação de dormência das sementes ........................................ 19

3.4. Componentes para formulação dos substratos .............................. 20

3.5. Instalação e monitoramento do experimento ................................. 21

3.6. Variáveis analisadas ...................................................................... 22

3.7. Análise dos resultados ................................................................... 23

4.RESULTADO E DISCUSSÃO .............................................................. 24

4.1. Número de folhas - NF ................................................................... 25

4.2. Altura da parte aérea - H ................................................................ 26

4.3. Diâmetro do colo - DC .................................................................... 27

vi

4.4. Massa seca da parte aérea – MSPA .............................................. 28

4.5. Massa seca da raiz – MSR ............................................................ 29

4.6. Massa seca total – MST ................................................................. 30

4.7. Relação altura por diâmetro – H/DC .............................................. 31

4.8. Relação massa seca da parte aérea por massa seca da raiz –

MSPA/MSR .................................................................................... 33

4.9. Índice de Qualidade de Dickson - IQD ........................................... 33

5.CONSIDERAÇÕES FINAIS.. ................................................................ 35

6.REFERÊNCIAS BIBIOGRÁFICAS ....................................................... 36

vii

RESUMO

SIQUEIRA, T. M. D. Desenvolvimento vegetativo de mudas de canafístula sob diferentes substratos. 2018. Monografia (Graduação em Engenharia Florestal) – Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá-MT. Orientador: Profa Dra. Walcylene Lacerda Matos Pereira Scaramuzza. Baseado na importância do substrato e a necessidade de conhecimentos sobre a produção de mudas nativas, objetivou-se neste estudo avaliar o desenvolvimento vegetativo de mudas de canafístula (Peltophorum dubium) sob diferentes substratos. As mudas foram produzidas em casa de vegetação da Faculdade de Agronomia e Zootecnia da Universidade Federal de Mato Grosso, Campus Cuiabá. Utilizou-se um delineamento em blocos inteiramente casualizados, com sete tratamentos e cinco repetições, totalizando 35 mudas. As mudas foram produzidas em sacos plásticos com capacidade de 5 kg. O solo utilizado no experimento é classificado como Latossolo Vermelho Distrófico. Os tratamentos consistiram em solo (T1); solo + calagem (55%) (T2); solo + calagem + NPK (50-600-50 mg/dm3) (T3); solo + calagem + esterco aviário (30%) (T4); solo + calagem + esterco bovino (30%) (T5); solo + calagem + húmus de minhoca (30%) (T6); solo + calagem + farinha de osso (600 mg/dm3) (T7). Aos 90 dias, após a instalação do experimento, foram avaliadas as características morfológicas como: número de folhas; altura da parte aérea; diâmetro do colo; relação altura/diâmetro; relação massa seca da parte aérea/massa seca da raiz e o Índice de Qualidade de Dickson. Após avaliar todas as características acima mencionadas, foi possível constatar que os tratamentos que continham adubação NPK (T3) e húmus de minhoca (T6), foram os que mais se destacaram em todas as características avaliadas, como sendo os melhores tratamentos para a produção de mudas de Peltophorum dubium. Por outro lado, os tratamentos compostos por esterco aviário (T4), esterco bovino (T5) e farinha de osso prejudicaram o desenvolvimento, resultando na morte das mudas. Pode-se então concluir que os substratos contendo NPK e húmus de minhoca são mais recomendados para produção de mudas de Peltophorum dubium. Palavras-chave: Peltophorum dubium; húmus de minhoca; esterco bovino

viii

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 - LOCAIS IDENTIFICADOS DE OCORRÊNCIA NATURAL DA CANAFÍSTULA (Peltophorum dubium) NO BRASIL. ............................... 11

FIGURA 2 - (A) EXEMPLAR DA ÁRVORE; (B) FOLHAS E FLORES; (C) FRUTO; (D) SEMENTES; (E) CASCA. FONTE: ADAPTADO DE XAVIER (2016). ..................................................................................................... 12

FIGURA 3 – TRATAMENTOS T4: SOLO + CALAGEM + ESTERCO AVIÁRIO (30%); T5: SOLO + CALAGEM + ESTERCO BOVINO (30%); T7: SOLO + CALAGEM + FARINHA DE OSSO (30%). ........................... 24

FIGURA 4 - MÉDIAS DO NÚMERO DE FOLHAS DE Peltophorum dubium. .................................................................................................... 25

FIGURA 5 - MÉDIAS DA ALTURA DE Peltophorum dubium. ................. 26

FIGURA 6 - MÉDIAS DO DIÂMETRO DO COLO DE Peltophorum dubium. ................................................................................................................. 27

FIGURA 7 - MÉDIAS DA MASSA SECA DA PARTE AÉREA DE Peltophorum dubium. ............................................................................... 29

FIGURA 8 - MÉDIAS DA MASSA SECA DA RAÍZ DE Peltophorum dubium. .................................................................................................... 30

FIGURA 9 - MÉDIAS DA MASSA SECA TOTAL DE Peltophorum dubium. ................................................................................................................. 31

FIGURA 10 - MÉDIAS DA RELAÇÃO ALTURA POR DIÂMETRO DE Peltophorum dubium. ............................................................................... 32

FIGURA 11 - MÉDIAS DA RELAÇÃO MASSA SECA DA PARTE AÉREA POR MASSA SECA DA RAIZ DE Peltophorum dubium. ......................... 33

FIGURA 12 - MÉDIAS DO ÍNDICE DE QUALIDADE DE DICKSON DE Peltophorum dubium. ............................................................................... 34

9

1. INTRODUÇÃO

Em 2012, foi sancionada a Lei nº 12.651/2012 (alterada pela

Lei nº 12.727/2012) que muda os critérios para a proteção da

vegetação nativa. A nova legislação criou instrumentos que pretendem

mapear, monitorar e a restaurar Áreas de Preservação Permanente –

APP’s e Reserva Legal - RLs. Obrigando os proprietários de propriedades

que apresentarem passivos ambientais a recomporem, mediante plantio

de espécies preferencialmente nativas (BRASIL, 2012).

Além das mudanças na legislação brasileira, a crescente

preocupação ambiental de todos os segmentos da sociedade tem

estimulado diversos setores, principalmente os relacionados à instalação

de projetos florestais. Considerando essa situação, é provável que ocorra

um relevante aumento na demanda por mudas de espécies nativas

mostrando a necessidade de expandir os estudos sobre a produção de

mudas com baixo custo e boa qualidade.

Em face disso, a fase de produção de mudas é de extrema

importância em projetos florestais pois é a boa qualidade da muda que

garante a maior sobrevivência no campo e diminui a necessidade do

replantio.

Um conjunto de fatores influencia a qualidade das mudas,

como o ambiente de produção, a disponibilidade de água, o tipo de

recipiente, sendo de fundamental importância o substrato utilizado. Esse é

o meio que fornece suporte estrutural as mudas, devendo apresentar

características físicas e químicas que promovam a retenção de umidade,

disponibilidade de nutrientes, atendendo as exigências de cada espécie

(CUNHA et al., 2006).

Sendo comum na produção de mudas a utilização de terra de

subsolo e substratos comerciais, porém é difícil que apenas um material

contenha todas as características indispensáveis para as mudas, sendo

necessária a formulação do substrato com diferentes materiais, visando

obter um substrato com propriedades favoráveis ao crescimento das

mudas.

10

São exemplos de materiais utilizados na composição de

misturas de substratos: esterco, farinha de osso, húmus, vegetal, tortas,

bagaços, serragem, vermiculita, areia, espuma fenólica, isopor, etc.

Devendo-se considerar no momento da escolha, que a proporção de cada

material seja variável em função de suas características, do custo e da

disponibilidade desses materiais.

Baseado no aumento da demanda por mudas de espécies

nativas e a necessidade do conhecimento em procedimentos

relacionados com a sua produção, este trabalho foi desenvolvido com o

objetivo de avaliar o desenvolvimento vegetativo de mudas de canafístula

(Peltophorum dubium) sob diferentes substratos.

11

2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Características da canafístula

Peltophorum dubium é conhecida dentre seus diversos nomes

vulgares como canafístula, angico-amarelo e ibirá, sendo uma espécie da

família das leguminosas (Fabaceae) e subfamília Caesalpinioideae

(CARVALHO, 2002).

É uma espécie nativa, secundária, mas apresenta algumas

características de pioneira, sendo frequentemente encontrada na Floresta

Estacional Semidecidual, na formação de capoeiras, em clareiras e

bordas de matas. Em florestas nativas há presença de poucos indivíduos,

porém são sempre de grande porte e quase sempre ocupando o dossel

na floresta primária (LORENZI, 2002). Com ocorrência desde a região da

Paraíba até o Rio Grande do Sul (Figura 1), e em países como Argentina

e Paraguai (CARVALHO, 2003).

FIGURA 1 - LOCAIS IDENTIFICADOS DE OCORRÊNCIA NATURAL DA CANAFÍSTULA (Peltophorum dubium) NO BRASIL. Fonte: CARVALHO (2003).

12

A canafístula tem sua forma biológica descrita como uma

espécie heliófila, caducifólia, de crescimento rápido, com tolerância ao

clima frio, podendo atingir 40 m de altura e 120 cm de DAP. Apresenta

tronco cilíndrico, a casca externa rugosa, provida de pequenas fissuras

longitudinais (Figura 2E). A copa é ampla e umbeliforme (Figura 2A), com

folhas compostas bipinadas com cerca de 25 cm de largura por 50 cm de

comprimento (Figura 2B), com flores amarelo-vivas ou alaranjadas (Figura

2B), ramificação dicotômica cimosa e sistema sexual hermafrodita

(CARVALHO, 2003). O fruto é do tipo vagem (Figura 2C), indeiscente,

geralmente com uma ou duas sementes (Figura 2D), com dispersão

anemocórica (REITZ et al., 1978).

A espécie é muito utilizada como tutora de espécies

secundárias clímax, para sombreamento e quebra-vento em pastagens

(CARVALHO, 2003), em projetos de recuperação de áreas degradadas,

áreas de preservação permanente, em projetos paisagísticos e

ornamentais, na indústria de móveis, construção civil, na produção de

lenha e energia, sendo viável para a indústria de papel e ainda pode ser

utilizada como planta medicinal na forma de chá, devido a presença de

taninos (LORENZI, 2002).

FIGURA 2 - (A) EXEMPLAR DA ÁRVORE; (B) FOLHAS E FLORES; (C) FRUTO; (D) SEMENTES; (E) CASCA. Fonte: ADAPTADO DE XAVIER (2016).

13

Em relação ao crescimento e produção, quando comparado

com outras espécies florestais nativas, a canafístula apresenta um

crescimento considerado relativamente rápido, com produtividade máxima

registrada de 19,60 m3 ha-1 ano-1 (BERTOLINI, 2015).

No setor madeireiro a canafístula foi classificada como uma

das 15 árvores de valor com maior densidade e ainda como uma entre as

oito de maior classe de valor para a madeira serrada da floresta

estacional decidual do Alto Uruguai (RUCHEL, 2003).

Devido a essas potencialidades, o conhecimento dos aspectos

nutricionais da espécie e o tipo de substrato para a geração de mudas de

qualidade e menor custo se fazem necessário, porém poucos estudos são

encontrados quanto à exigência nutricional da canafístula (BERTOLINI,

2015).

Em estudo realizado por Venturin et al. (1999), a canafístula

apresentou elevada exigência nutricional, constatando a sua limitação no

crescimento pela falta de P, N, S e Ca, seguidos pela falta de Mg, K, B e

Zn, sendo que a falta de K, Ca e Mg também afetou a absorção de S.

Souza et al. (2012) avaliaram o efeito de doses combinadas de

N e P na eficiência nutricional nas mudas de canafístula, utilizando

Latossolo Vermelho Distroférrico, com quatro doses de N (0; 20,82; 41,64;

e 62,46 mg kg-1 de N) e quatro doses de P (0; 41,72; 83,72; e 125,16 mg

kg-1 de P2O5). Os autores observaram que as maiores doses de N e P

ofereceram maiores acúmulos de macro nutrientes para a planta como

um todo e, para os micronutrientes, este mesmo fato foi detectado

somente com as doses de P, concluindo que a espécie requer grande

quantidade de N, mas que utilizou de forma mais eficiente o P.

2.2. Substrato na qualidade de mudas

De acordo com Ferreira et al. (2009) a produção de mudas em

condições adequadas proporciona melhor crescimento inicial em campo,

colaborando para o aumento da homogeneidade, sanidade e redução da

mortalidade do plantio. Com a produção influenciada por fatores internos

14

de qualidade da semente e fatores externos, em que o substrato é o fator

externo mais relevante (NOMURA et al., 2008; BORTOLINI et al., 2012).

O substrato é o meio em que as raízes se desenvolvem para

fornecer o suporte estrutural à parte aérea das mudas, assim como suprir

as necessidades de água, oxigênio e nutrientes (VALLONE, 2006). Um

substrato de qualidade apresenta como principais características:

homogeneidade, baixa densidade, alta porosidade, boa capacidade de

retenção de água, alta capacidade de troca catiônica, boa agregação das

partículas nas raízes, isentos de sementes indesejáveis, pragas e

organismos patogênicos, ser de fácil manipulação, ser abundante e

economicamente viável (GOMES e SILVA 2004).

Outra característica importante é o pH do substrato, devido ao

efeito deste sobre a disponibilidade de nutrientes à planta. Como os

valores de pH variam entre os substratos, é necessário a correção por

meio da calagem, visando atender as necessidades nutricionais das

plantas (KAMPF, 2005).

Como é difícil encontrar um material que possua todas as

características necessárias ao desenvolvimento das mudas, procuram-se

substratos formados pela mistura de diferentes materiais (WAGNER

JÚNIOR et al. 2006). Esses materiais podem ter diversas origens, como:

animal (ex: esterco, farinha de osso, húmus, etc), vegetal (ex: tortas,

bagaços, serragem, etc), mineral (ex: vermiculita, areia, etc) e artificial (ex:

espuma fenólica, isopor, etc) (CAETANO, 2016).

2.2.1. Esterco bovino

O esterco animal é uma das principais fontes de adubos

orgânicos devido à sua composição, disponibilidade relativa e benefícios

da aplicação (MARQUES, 2006). Este adubo possui características

próprias de composição, variando em função da espécie, idade e manejo

(MALAVOLTA et al.,2002).

O esterco bovino aumenta a capacidade de troca catiônica,

capacidade de retenção de água, à porosidade do solo e agregação do

15

substrato (PRESTES, 2007), constituindo um dos produtos mais rico em

fibras e com interações benéficas com microrganismos do solo.

No trabalho desenvolvido por Vieira et al. (2009), avaliando o

crescimento de mudas de Trema micranta em diferentes composições de

substratos orgânicos, foi observado que o uso de esterco bovino e terra

de subsolo como substrato melhorava o crescimento e desenvolvimento

das mudas quando o substrato apresentava 40% de esterco bovino.

No entanto, em pesquisa realizada com a palmeira real

(Archantophoenix alexandrae) e Pupunha (Bactris gasipaes), sob o uso

de diferentes substratos, concluiu-se que na produção de mudas a

proporção de 25% de esterco bovino com 75% de solo ou 65% de solo e

10% de areia é a proporção mais indicada para as espécies (MARTINS

FILHO et al., 2007).

2.2.2. Esterco aviário O esterco aviário é uma ótima fonte de nutrientes, possuindo

alta concentração mesmo que em pequenas quantidades, isso porque as

rações de aves são concentradas e, em função do baixo aproveitamento

dos animais, geram dejetos com alta concentração de elementos

(KONZEN e ALVARENGA, 2005).

Os substratos enriquecidos com esterco aviário, além do alto

índice de elementos com disponibilização rápida, apresentam a

capacidade de retenção e absorção de água, devido aos coloides da

matéria orgânica, que proporcionam aeração as raízes e isenção de

patógenos (MAZZUCHELLI, 2014).

Lucena et al. (2004), avaliando o desenvolvimento de mudas

de cássia (Cassia siamea) e tamboril (Enterolobium maximum Ducke) em

diferentes composições de substrato, observaram melhor desempenho

das mudas com uso de esterco de minhoca e esterco aviário,

respectivamente.

Caçador (2011), avaliando mudas de sombreiro (Clitoria

fairchildiana Howard), utilizando como substratos esterco bovino, esterco

aviário, adubo químico e substrato comercial, concluiu que a melhor

16

composição de substrato para tal espécie é a de 20% areia + 40% de solo

+ 40% de esterco curtido de aves.

2.2.3. Farinha de osso

A farinha de osso é proveniente do abate de animais,

principalmente bovinos, sendo um dos mais tradicionais fertilizantes

fosfatados insolúveis em água, porem solúvel em ácidos fracos como o

ácido cítrico e citrato neutro de amônio (CAVALLARO JÚNIOR, 2006).

Uma das referências mais antigas sobre a composição química

da farinha de osso é de Amaral (1910), em que o autor relatou que esse

adubo possuía ação lenta, duradoura e com efeitos perceptíveis mesmo

depois de quatro a cinco anos.

Além das características próprias do adubo, a velocidade de

disponibilização do fósforo para as plantas depende do tipo de solo no

qual é aplicado e da capacidade de extração de fósforo pela planta

(CAVALLARO JÚNIOR, 2006).

2.2.4. Húmus de minhoca

O húmus de minhoca é resultado do processo digestivo das

minhocas, no qual as minhocas ingerem nutrientes e defecam na

superfície, como resultado ocorre a produção de material mais

estabilizado, com carbono na forma humificada (AQUINO, 2005).

De acordo com Antoniolli et al. (2002), este material consiste

em um produto estável e homogêneo, de coloração escura, inodoro de

textura leve e rico em nutrientes, capaz de elevar a fertilidade do solo,

promovendo mudanças positivas nos atributos físicos e biológicos (VITTI,

2006), inclusive no crescimento de plantas.

Anevan (2009), ao testar diferentes componentes de substrato

para a produção de mudas de eucalipto, verificou que a altura e diâmetro

das plantas foram maiores com o húmus de minhoca que os demais

substratos, definindo-se como o melhor para o desenvolvimento de

mudas de eucalipto.

17

Em pesquisa desenvolvida por Góes (2011), utilizando

proporções crescentes de húmus de minhoca (0%; 25%; 50%; 75% e

100%) como substrato para produção de mudas de tamarindeiro

(Tamarindus indica L.), foi constatado que o aumento da proporção de

húmus de minhoca promoveu o crescimento das mudas.

2.3. Fertilização na qualidade de mudas

Os efeitos benéficos da adição de elementos minerais, para

melhorar o crescimento da planta são conhecidos há muito tempo, e são

aqueles que atendem aos três critérios de essencialidade (SORREANO,

2006):

• O elemento é essencial quando a planta não consegue completar

seu ciclo de vida na sua ausência;

• O elemento tem função específica e não pode ser substituído;

• O elemento deve estar diretamente envolvido no metabolismo da

planta, fazendo parte de um constituinte essencial.

O suprimento inadequado de um elemento essencial ocasiona

distúrbio nutricional manifestando-se por sintomas de deficiência

característicos, sendo que espécies florestais têm deficiências nutricionais

diferenciadas (SORREANO, 2006).

Vieira et al. (2013), observaram influência de diferentes doses

de fertilizante no crescimento em altura e diâmetro de mudas de

Schizolobium amazonicum em que os maiores resultados foram obtidos

com a dose de 80 g/kg de N, 100 g/kg de P e, 100 g/kg de K.

Gonçalves et al. (2014), estudando mudas de jacarandá-da-

bahia (Dalbergia nigra) recomendam doses iguais ou superiores a 600

mg/dm-3 de P e 200 mg/dm-3 de N. Quanto a dose de K, como as mudas

mostraram-se poucos exigentes recomendou-se a menor dose testada

(50 mg/dm-3) em Latossolo Vermelho-amarelo.

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2.4. Parâmetros de crescimento e qualidade de mudas

De acordo com Bortolini et al. (2012), mudas com boa

qualidade aumentam a porcentagem de sobrevivência no campo evitando

assim o replantio de mudas e diminuindo os custos da implantação

florestal.

Para saber como as mudas estão reagindo as variações de

adubação são realizadas mensurações de parâmetros morfológicos, que

são determinados física ou visualmente, tais como: altura da parte aérea,

diâmetro do colo, massa seca da parte aérea, massa seca da raiz e

massa seca total, que são os parâmetros mais utilizados na determinação

da qualidade das mudas (FONSECA, 2000; BINOTTO, 2007).

No estudo realizado por Gomes et al. (2002), a altura

apresentou uma contribuição relativa de 32,34% para avalição das mudas

de Eucalyptus grandis aos 90 dias e 43,98% para a relação altura/peso da

parte área mostrando-se dessa forma um parâmetro importante para

avaliar a qualidade de mudas.

Outro importante parâmetro é o diâmetro do colo que, segundo

Carneiro (1995), tem grande correlação com a taxa de sobrevivência no

campo. Segundo Gomes e Paiva (2004) o diâmetro do colo, combinado

com altura ou sozinho é uma das melhores características para a

avaliação de mudas, concluindo que quanto maior o diâmetro, melhor

será o equilíbrio do crescimento com a parte aérea.

A massa seca das mudas indica a rusticidade da muda, quanto

maior, mais rustificada será (GOMES e PAIVA, 2004). De acordo com

Gomes et al. (2002), a massa seca total contribuiu com 43,39% para a

avaliação da qualidade de mudas de Eucalyptus grandis aos 120 dias,

seguido da massa seca aérea com 28,60% e da raiz com 11,78%.

Outra característica importante é o Índice de Qualidade de

Dickson considerado um confiável indicador de qualidade de mudas, pois

considera todos os parâmetros supracitados, fazendo um balanceamento

entre a massa seca total e as relações entre os parâmetros morfológicos

(MELO JUNIOR, 2013).

19

3. MATERIAL E MÉTODOS

3.1. Local do experimento e espécie vegetal

O experimento foi realizado na casa de vegetação da

Faculdade de Agronomia e Zootecnia-FAAZ da Universidade Federal de

Mato Grosso-UFMT, Campus Cuiabá, entre os meses de novembro de

2017 e janeiro de 2018. A espécie florestal nativa em estudo foi a

Peltophorum dubium, com aquisição das sementes no comércio Caiçara

Comércio de Sementes LTDA, com procedência de Penápolis-SP.

3.2. Delineamento experimental e tratamentos

O delineamento experimental utilizado foi o de blocos

inteiramente casualizados, com 07 tratamentos e 05 repetições,

totalizando 35 unidades experimentais. Utilizando-se sacos plásticos com

4 kg de substrato. Os tratamentos utilizados foram:

T1 – Solo;

T2 – Solo + calagem (55%);

T3 – Solo + calagem + NPK (50-600-50 mg/dm3);

T4 – Solo + calagem + esterco aviário (30%);

T5 – Solo + calagem + esterco bovino (30%);

T6 – Solo + calagem + húmus de minhoca comercial (30%);

T7 – Solo + calagem + farinha de osso (600 mg/dm3).

3.3. Superação de dormência das sementes

As sementes de canafístula foram submersas em ácido

sulfúrico concentrado (98%) por 15 minutos, e, a seguir, lavadas em água

corrente e desinfestadas com hipoclorito de sódio (2%) (DUTRA et al.

2013).

20

3.4. Componentes para formulação dos substratos

O solo utilizado foi classificado como Latossolo Vermelho

Distrófico (EMBRAPA, 2013), coletado no Instituto Federal de Educação,

Ciência e Tecnologia de Mato Grosso, Campus São Vicente, na

profundidade de 0-20 cm. As análises química e física do solo foram

realizadas pela Agroanálise Laboratórios Integrados, localizada em

Cuiabá-MT, cujos resultados encontram-se na Tabela 1.

TABELA 1 - PROPRIEDADES QUÍMICAS E FÍSICAS DO SOLO UTILIZADO NO EXPERIMENTO.

A farinha de osso foi cedida pelo Laboratório de Fertilidade do

Solo da Faculdade de Agronomia e Zootecnia da Universidade Federal de

Mato Grosso (UFMT). O esterco bovino, aviário, curtidos, foram

adquiridos no comércio local, com suas composições química obtidas

através de tabelas com concentrações médias de nutrientes (Tabela 2).

TABELA 2 - COMPOSIÇÃO QUÍMICA DOS MATERIAIS UTILIZADOS NO EXPERIMENTO.

Material N P2O5 K2O Ca Mg S

%

Esterco aviário 3,2 3,5 2,5 4 0,8 -

Esterco bovino 1,5 1,4 1,5 0,8 0,5 -

Farinha de osso

7,1 8,5 0,2 12,4 0,1 0,3

Fonte: CQFS-RS/SC (2004).

pH P K Ca Mg Al H M.O. V

água CaCl2 mg/dm3 cmolc/dm3 g/dm3 %

5,9 5,1 2,8 41,5 1,4 0,5 0 2,2 12,8 47,8

SB CTC Ca/Mg Ca/K Mg/K Areia Silte Argila

cmolc/dm3 g/kg

2,0 4,3 2,4 12,9 5,3 340 146 514

21

O húmus de minhoca foi adquirido no comércio local e sua

composição química foi obtida de acordo com o Ministério da Agricultura,

Pecuária e Abastecimento - MAPA (2007) (Tabela 3).

TABELA 3 - COMPOSIÇÃO QUÍMICA DO HÚMUS DE MINHOCA.

3.5. Instalação e monitoramento do experimento

O solo foi previamente seco ao ar e peneirado em malha de

2 mm, posteriormente foi realizada a calagem com a aplicação de 0,62 g

de calcário dolomítico por saco plástico, visando elevar a saturação de

bases para 55%, conforme recomendação de Freitas (2013). Em seguida

foram adicionados 500 mL de água por saco, para favorecer a reação do

calcário.

Após 15 dias da calagem, os estercos bovino e aviário foram

peneirados em malha de 2 mm, em seguida foram pesados, assim como

o húmus de minhoca e a farinha de osso na proporção de 30% seguindo

a recomendação de Szareski et al. (2015).

A farinha de osso foi aplicada de forma localizada na proporção

de 2:1, e os demais substratos foram misturados manualmente ao solo,

nas proporções estipuladas anteriormente.

Em novembro de 2017 realizou-se a semeadura direta, sendo

que cada saco plástico recebeu três sementes, as quais foram enterradas

com cerca de um centímetro de profundidade, depois os sacos foram

irrigados, visando manter a capacidade de campo.

Decorridos 13 dias da semeadura foi efetuada a adubação com

NPK, com as doses recomendadas por Cruz et al. (2011). Foi feita uma

única aplicação localizada de P com 600 mg/dm3 de superfosfato simples

(P2O5 20% P2O5, 10% S e 17% Ca) e aplicação parcelada da solução de

N e K com 50 mg/dm3 de nitrato de amônio (NH4NO3) e cloreto de

pH N P K Ca Mg M.O.

(CaCl2) mg/dm3 cmolc/dm3 g/dm3

6,54 5.8 4.1 5.4 11,0 37,0 159,0

22

potássio (KCl) respectivamente, aplicados a cada 20 dias, totalizando

quatro aplicações de cobertura.

O raleamento das mudas foi realizado depois de 20 dias do

plantio, deixando uma muda com melhor desenvolvimento. Durante o

período de permanência das mudas em casa de vegetação procedeu-se o

rodízio dos sacos dentro do bloco, visando diminuir os efeitos do

ambiente (ex: luminosidade).

3.6. Variáveis analisadas

Transcorridos os 90 dias do plantio, as plantas foram

mensuradas em número de folhas (NF), altura da parte aérea (H) e

diâmetro do colo (DC). Em seguida realizou-se o corte das plantas,

separando-se a parte aérea das raízes, as quais foram lavadas em água

corrente e submetidas à secagem em estufa de circulação forçada de ar a

65°C, até atingir peso constante e, posteriormente, foram pesadas para

determinação de massa seca da parte aérea (MSPA) e massa seca da

raiz (MSR).

Com os dados dessas variáveis, foram calculados os índices

morfológicos: relação altura da parte aérea e diâmetro de colo (H/DC),

relação da massa seca da parte aérea e massa seca da raiz (MSPA/MSR)

e o índice de qualidade de Dickson (IQD), calculado pela seguinte

equação (1):

(1)

Em que: MST = massa seca total (g);

H = altura da parte aérea (cm);

DC = diâmetro do colo (mm);

MSPA = massa seca da parte aérea (g);

23

MSR = massa seca da raiz (g).

3.7. Análise dos resultados

Os dados foram avaliados de modo descritivos, pois as mudas

de alguns tratamentos não se desenvolveram impossibilitando, desse

modo, a aplicação de Teste F. Fato esse, descrito no item Resultado e

Discussão.

24

4. RESULTADO E DISCUSSÃO A aplicação da dose de 30% de esterco aviário, esterco bovino

e farinha de osso inibiu o crescimento das plantas, resultando na morte

das mudas de canafístula com 27 dias de experimento (Figura 3).

O efeito adverso da adição de esterco aviário no substrato para

produção de mudas, também foi detectado para mudas de Pouteria

caimito, em que as doses crescentes de cama de frango (0%, 10%, 20%,

30%, 40% e 50%) ocasionaram a diminuição do crescimento a partir da

dose de 30% e morte de plântulas na dosagem mais elevada, obtendo-se

a máxima produção entre 10 e 15% de cama de frango (CARVALHO et

al., 2004).

Em experimento realizado por Pereira et al. (2017), com

produção de mudas de Coffea arabica sob diferentes proporções de

FIGURA 3 – TRATAMENTOS T4: SOLO + CALAGEM + ESTERCO AVIÁRIO (30%); T5: SOLO + CALAGEM + ESTERCO BOVINO (30%); T7: SOLO + CALAGEM + FARINHA DE OSSO (30%).

25

materiais orgânicos no substrato, foi constatado que doses superiores a

17,4% de esterco bovino adicionados ao substrato Bioplant, reduziram o

desenvolvimento das mudas, e doses maiores que 60% causaram a

fitotoxidez com a queda de folhas e morte das mudas.

Portanto, a morte de todas as plantas nos tratamentos com

esterco aviário, bovino e farinha de osso indicaram que as doses

utilizadas neste trabalho foram altas, podendo ter levado à fitotoxidez, fato

pelo qual foi observado baixo desenvolvimento das mudas, caracterizado

pelo amarelecimento e desfolha, seguido por morte. Desse modo, as

variáveis morfológicas avaliadas nesse trabalho não foram coletadas,

para esses tratamentos.

4.1. Número de folhas - NF

O tratamento com NPK e com húmus de minhoca

apresentaram os maiores resultados, com médias de 12,60 e 11,60

folhas, respectivamente (Figura 4).

FIGURA 4 - MÉDIAS DO NÚMERO DE FOLHAS DE

Peltophorum dubium. T1: SOLO; T2: SOLO + CALAGEM; T3: SOLO + NPK; T6: SOLO + HÚMUS DE MINHOCA.

9,40

10,80

12,60

11,60

0,00

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

14,00

T1 T2 T3 T6

mer

o d

e Fo

lhas

-N

F

Tratamentos

26

O maior desenvolvimento das mudas observado no tratamento

com NPK, é explicado pelas funções exercidas na planta por cada

nutriente (CAIONE et al., 2012). O N faz parte dos aminoácidos que

juntos constituem as proteínas, que têm função enzimática, isto é,

desempenha diversas funções, como: absorção de minerais. O P faz

parte da ATP, gerado na respiração e fotossíntese, e o K na ativação de

enzimas (MALAVOLTA et al., 2002).

4.2. Altura da parte aérea - H

Na avaliação de crescimento em altura, as mudas de

Peltophorum dubium obtiveram maior valor médio no substrato com NPK

(49,58%) e a menor média no substrato com solo (26,60%), conforme

mostra a Figura 5.

Resultado esse superior ao encontrado por Caione et al. (2012)

com mudas de Schizolobium amazonicum, em que foram aplicados

isoladamente nitrogênio, fosforo e potássio, e também em conjunto, e

verificaram que a aplicação completa com NPK proporcionou maior

crescimento em altura com 43,12 cm.

FIGURA 5 - MÉDIAS DA ALTURA DE Peltophorum dubium. T1: SOLO; T2: SOLO + CALAGEM; T3: SOLO + NPK; T6: SOLO + HÚMUS DE MINHOCA.

26,60

33,78

49,58

42,50

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

T1 T2 T3 T6

Alt

ura

-H

(cm

)

Tratamentos

27

De acordo com Favalessa (2011) a altura é tecnicamente

aceita como boa medida de potencial de desempenho das mudas, por

fornecer uma excelente estimativa da predição do crescimento inicial em

campo. Segundo Wendling e Dutra (2010), a altura recomendada para o

plantio em campo é superior a 15 cm. Desta forma, todos os tratamentos

da espécie estudada neste trabalho estão acima da altura recomendada,

com médias de 26,6 cm (solo); 33,78 cm (calagem); 49,58 cm (NPK) e

42,5 cm (húmus de minhoca), ficando aptas para o plantio, porém com

médias muito superiores nos tratamentos que receberam algum material

se comparado ao solo.

4.3. Diâmetro do colo - DC

Avaliando o incremento em diâmetro do colo entre os

tratamentos, o substrato com NPK apresentou o maior diâmetro com a

média de 7,0 mm, os demais tratamentos apresentaram valores inferiores,

havendo uma diferença de 3,8 mm para o menor diâmetro observado com

o tratamento com calagem (Figura 6).

3,80

3,20

7,00

5,80

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

7,00

8,00

T1 T2 T3 T6

Diâ

met

ro d

o C

olo

-D

C (

mm

)

Tratamentos

FIGURA 6 - MÉDIAS DO DIÂMETRO DO COLO DE Peltophorum dubium. T1: SOLO; T2: SOLO + CALAGEM; T3: SOLO + NPK; T6: SOLO + HÚMUS DE MINHOCA.

28

De acordo com Gomes e Paiva (2004), o diâmetro do colo é

um importante parâmetro para indicar a capacidade de sobrevivência da

muda no campo e a muda deve apresentar no mínimo 2 mm de diâmetro

do colo para ser considerada apta para o plantio (WENDLING e DUTRA,

2010). Logo, todos os substratos avaliados proporcionaram mudas

habilitadas para o plantio.

Vieira et al. (2013) e Venturin et al. (1999) destacaram a

importância do P no crescimento de mudas de Shizolobium amazonicum

e Peltophorum dubium, respectivamente, principalmente no aumento em

diâmetro do colo, resultados esses que podem justificar a maior média

para o tratamento com NPK, em que a maior dose aplicada foi de P com

600 mg/dm3.

O tratamento com húmus de minhoca apresentou a segunda

maior média da variável analisada (5,8 mm), resultado superior ao

encontrado por Gomes et al. (2010) que trabalhando com o material

húmus de minhoca de forma isolada e em combinação com diferentes

materiais, observou os maiores incrementos em diâmetro do colo de

mudas de Cedrela fissilis, alcançando a média de aproximadamente 4,50

mm.

4.4. Massa seca da parte aérea – MSPA

Assim como para as características altura da parte aérea e

diâmetro do colo, as mudas de Peltophorum dubium produzidas em

substrato composto por NPK e húmus de minhoca apresentaram as

maiores médias em relação a massa seca da parte aérea, com 12,6 g e

8,5 g, respectivamente (Figura 7).

29

A massa seca da parte aérea apesar de ser um método

destrutivo é um importante variável para indicar a rusticidade das mudas

após o plantio (GOMES e PAIVA, 2004). Desse modo, os tratamentos

testemunha e com calagem, que apresentaram os menores valores,

estariam mais susceptíveis as variações do ambiente após o plantio.

Na pesquisa realizada por Cruz et al. (2011), com a mesma

espécie desse trabalho, observando o efeito de doses de macronutrientes

no crescimento e índices de qualidade de mudas, concluíram que os

nutrientes que mais surtiram efeitos foram o P e o N, com maior média de

MSPA de 7,08 g e 6,01 g, respectivamente, recomendando as doses de

540 mg/dm3 de P e 50 mg/dm3 de N, confirmando os resultados

encontrados neste trabalho.

4.5. Massa seca da raiz – MSR

A massa seca da raiz tem sido reconhecida como um dos

melhores parâmetros para estimar a sobrevivência e crescimento das

FIGURA 7 - MÉDIAS DA MASSA SECA DA PARTE AÉREA DE Peltophorum dubium. T1: SOLO; T2: SOLO + CALAGEM; T3: SOLO + NPK; T6: SOLO + HÚMUS DE MINHOCA.

2,36 2,51

12,55

8,50

0,00

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

14,00

T1 T2 T3 T6

Mas

sa s

eca

da

par

te á

erea

-M

SPA

(g)

Tratamentos

30

mudas em campo, em que quanto mais abundante o sistema radicular

maior é a sobrevivência (GOMES e PAIVA, 2004).

Os valores médios encontrados para massa seca ficaram entre

0,91 a 3,79 g, com os maiores valores obtidos nos tratamentos com NPK

e húmus de minhoca (Figura 8).

Observando os resultados, a menor média foi obtida pelo

tratamento com calagem, indicando que as condições originais do solo,

sem a realização da calagem, proporcionaram melhores condições para o

desenvolvimento radicular das mudas de canafístula.

No trabalho realizado por Caçador (2011), avaliando diferentes

materiais orgânicos como substrato no crescimento de mudas de Clitoria

fairchildiana observou que o tratamento com NPK promoveu, em média,

um dos maiores valores de massa seca da raiz, resultado análogo ao

observado com a canafístula.

4.6. Massa seca total – MST

1,35

0,91

3,79

2,92

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

3,50

4,00

T1 T2 T3 T6

Mas

sa s

eca

da

raíz

-M

SR (

g)

Tratamentos

FIGURA 8 - MÉDIAS DA MASSA SECA DA RAÍZ DE Peltophorum dubium. T1: SOLO; T2: SOLO + CALAGEM; T3: SOLO + NPK; T6: SOLO + HÚMUS DE MINHOCA

31

Para a massa seca total, os resultados não diferiram da massa

seca da parte aérea e radicular. As mudas alcançaram valores entre 3,42

a 16,34 g, sendo a maior média encontrada no tratamento com NPK,

seguido pelo tratamento com húmus de minhoca (Figura 9).

Deve-se considerar que, quanto maior for esse valor, melhor

será a qualidade das mudas produzidas (CRUZ, 2006). Portanto, os

tratamentos com NPK e com húmus de minhoca proporcionaram as

mudas com melhor qualidade.

Os melhores resultados encontrados nesta pesquisa para o

tratamento com NPK, confirmam as recomendações propostas por Cruz

et al. (2011), que avaliaram o efeito de macronutrientes na qualidade de

mudas de canafístula, recomendando as doses de NPK (50-600-50), com

base nos dados de MST, que de acordo com o autor é variável que

melhor reflete a produção de mudas.

4.7. Relação altura por diâmetro – H/DC

FIGURA 9 - MÉDIAS DA MASSA SECA TOTAL DE

Peltophorum dubium. T1: SOLO; T2: SOLO + CALAGEM; T3: SOLO + NPK; T6: SOLO + HÚMUS DE MINHOCA.

3,71 3,42

16,34

11,41

0,00

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

14,00

16,00

18,00

T1 T2 T3 T6

Mas

sa s

eca

tota

l -M

ST (

g)

Tratamentos

32

Quanto à relação H/DC, a maior média foi observada nas

mudas produzidas no substrato com calagem, os demais tratamentos

apresentaram médias semelhantes (Figura 10).

A relação H/D, segundo carneiro (1995) exprime o equilíbrio de

crescimento das mudas no viveiro, pois une duas variáveis em apenas um

índice. De acordo com mesmo autor, a relação H/D deve encontrar-se

entre os limites de 5,3 até 8,1. Logo, o tratamento com calagem que

apresenta o valor de 10,63 não se enquadra neste limite, indicando que

um desequilíbrio de crescimento, em que as mudas se desenvolveram

melhor em altura (29,9 a 38 cm) do que em diâmetro (3 a 4 mm).

Resultado semelhante foi encontrado para mudas de

Eucalyptus grandis, em que foram encontrados índices entre 10,74 e

13,90, fato relacionado ao maior incremento no crescimento em altura do

que em diâmetro (TRIGUEIRO e GUERRINI, 2003).

Os demais tratamentos manifestaram as médias dentro do

limite de 5,3 a 8,1, indicando que os tratamentos proporcionaram

condições para o crescimento equilibrado das mudas de canafístula.

7,30

10,63

7,13 7,35

0,00

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

T1 T2 T3 T6

Rel

ação

alt

ura

e d

iâm

etro

-H

/D

Tratamentos

FIGURA 10 - MÉDIAS DA RELAÇÃO ALTURA POR DIÂMETRO DE Peltophorum dubium. T1: SOLO; T2: SOLO + CALAGEM; T3: SOLO + NPK; T6: SOLO + HÚMUS DE MINHOCA

33

4.8. Relação massa seca da parte aérea por massa seca da

raiz – MSPA/MSR

A relação entre massa seca da parte aérea com a massa seca

das raízes (Figura 11) apresentou maior valor para o tratamento com

NPK, seguido dos tratamentos com calagem, com húmus de minhoca e

testemunha.

Segundo Brissette (1984, citado por CRUZ, 2010), o valor de

2,0 seria a melhor relação de MSPA/MSR de uma mesma planta. De

forma geral, pode-se observar que os valores médios dos tratamentos

variaram de 1,80 até 3,33, encontrando-se acima e abaixo do valor

considerado ideal, permitindo inferir que, por esse índice o tratamento

testemunha alcançou um bom padrão de qualidade de muda.

4.9. Índice de Qualidade de Dickson - IQD

O Índice de Qualidade de Dickson é uma formula balanceada

que inclui as relações entre os parâmetros morfológicos, em que quanto

1,80

3,143,33

2,97

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

3,50

T1 T2 T3 T6

MSP

A/M

SR (

g)

Tratamentos

FIGURA 11 - MÉDIAS DA RELAÇÃO MASSA SECA DA PARTE AÉREA POR MASSA SECA DA RAIZ DE Peltophorum dubium. T1: SOLO; T2: SOLO + CALAGEM; T3: SOLO + NPK; T6: SOLO + HÚMUS DE MINHOCA.

34

maior o IQD, melhor é a qualidade da muda produzida (GOMES, 2001).

Para Gomes e Paiva (2004), o valor mínimo do IDQ é de 0,20, porém tal

recomendação foi baseada na qualidade de mudas de Pseudotsuga

menziessi e Picea abies.

A utilização de NPK e húmus de minhoca proporcionaram

maiores valores de índice de qualidade de Dickson que os demais

tratamentos, obtendo valores médios de 1,56 e 1,11 respectivamente,

valores maiores ao mínimo recomendado, indicando boa qualidade das

mudas de canafístula (Figura 12).

Na pesquisa desenvolvida por Caione et al. (2012), utilizando

substrato fertilizado com NPK, testando esses nutrientes aplicados de

forma isolada e em conjunto, em mudas de Schizolobium amazonicum, o

tratamento completo (NPK) apresentou o maior IQD, desta forma os

resultados apresentados neste estudo corroboram com os resultados

desse trabalho.

0,41

0,25

1,56

1,11

0,00

0,20

0,40

0,60

0,80

1,00

1,20

1,40

1,60

1,80

T1 T2 T3 T6

Índ

ice

de

Qu

alid

e d

e D

icks

on

-IQ

D

Tratamentos

FIGURA 12 - MÉDIAS DO ÍNDICE DE QUALIDADE DE DICKSON DE Peltophorum dubium. T1: SOLO; T2: SOLO + CALAGEM; T3: SOLO + NPK; T6: SOLO + HÚMUS DE MINHOCA.

35

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

• O substrato com NPK (50-600-50 mg/dm3) promoveu os

maiores valores para todas as características analisadas e mostrou-se

mais eficiente, sendo, portanto, o mais recomendado para o

desenvolvimento das mudas de Peltophorum dubium.

• O tratamento que com húmus de minhoca proporcionou um

bom desenvolvimento vegetativo das mudas, portanto é recomendado

seu uso para a produção de mudas de canafistula.

• A dosagem utilizada de esterco bovino, de esterco aviário e

farinha de osso prejudicou o desenvolvimento das mudas de Peltophorum

dubium.

36

6. REFERÊNCIAS BIBIOGRAFICAS

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