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HISTÓRIA DA TECNOLOGIA E DO DESIGN 2 Profª Paula F. Schlemper de Oliveira

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  • HISTRIA DA TECNOLOGIA E DO DESIGN 2

    Prof Paula F. Schlemper de Oliveira

  • A INDUSTRIALIZAO BRASILEIRA

    A produo de cultura material brasileira tem origemno artesanato indgena, cujo universo era limitado cestaria, cermica utilitria, pintura corporal, arte plumria e utilizao da madeira para umpequeno leque de aplicaes.

    Colonizao do Brasil por Portugal sistema decapitanias hereditrias.

    Donatrios ou seus representantes lanara, as basesde uma estrutura econmica dominantementeescravista, baseada na agro-manufatura do acar,no extrativismo do pau-brasil e na pecuria.

  • A INDUSTRIALIZAO BRASILEIRA

    As atividades econmicas foram desenvolvidas noBrasil em consonncia com os interesses do EstadoPortugus ou de seus aliados.

    As atividades manufatureiras foram geralmentecerceadas para manter o Brasil na condio deconsumidor compulsrio dos produtos oferecidosatravs do mercantilismo colonial.

    Desse modo, a produo artesanal e manufatureirase restringiu ao atendimento de dois tipos bsicos denecessidades:

    - as de consumo dos ncleos rurais;- e as necessidades dos centros urbanos.

  • A INDUSTRIALIZAO BRASILEIRA

    Aquisio de bens de consumo de origem europia,sobretudo inglesa, era exercida pela coroaportuguesa, limitando a produo manufatureira noBrasil aos gneros cuja importao no fossecompensadora.

    O impedimento colonial industrializao e imprensa fez com que a nossa produo materialfosse, em geral, grosseira e de padro rudimentar.

    As principais atividades manufatureirasdesenvolvidas no Brasil na etapa escravista foram ascharqueadas, os curtumes, a cordoaria, a cermica ea construo naval.

  • A INDUSTRIALIZAO BRASILEIRA

    O nvel tcnico da manufatura no Brasil ficou poucodesenvolvido, apesar dos primeiros colonizadores edonatrios chegarem ao Brasil trazendo consigo mestresde ofcios.

    Apesar da indstria do ferro ser favorecida em certasregies do pas, como Minas Gerais, pela abundncia dominrio e pela facilidade de sua explorao, a metalurgiano foi desenvolvida devido tenaz oposio oficial.

    1808 Fim do Pacto ColonialFoi revogada a proibio da produo manufatureira, atento quase toda restrita.Foi liberada a profisso de tipgrafo, at ento proibida.Criao da Imprensa Rgia, por D. Joo VI.

  • A INDUSTRIALIZAO BRASILEIRA

    No final do sculo XIX, a pronta disponibilidade decapitais decorrentes dos lucros da cafeiculturalevou a um gradual desenvolvimento de indstriasmanufatureiras.

    A introduo de novas tecnologias implicava na atuaode dois nveis de categoria profissional:

    1. a que a financiava e administrava;2. a que a operava.

    Para viabilizar este quadro:

    1. Criao de escolas de Engenharia no RJ, MG e SP.2. Dentro do sistema produtivo na condio de

    aprendiz ou auxiliar.

  • A INDUSTRIALIZAO BRASILEIRA

    1890 criado em So Paulo, o Liceu de Artes eOfcios, voltado para a formao de operrios.

    Em suma, nos princpios do sculo XIX, aindstria brasileira, que se restringia aatividades rudimentares, estava em seusprimrdios.

    Certo que muito da responsabilidade por talpanorama se deveu poltica metropolitana quepresidiu a colonizao do Brasil.

    Por outro lado, aps a independncia poltica,no houve mudanas estruturais das bases emque se assentava a economia do pas.

  • A INDUSTRIALIZAO BRASILEIRA

    O carter agroexportador cafeeiro da economiabrasileira determinou um parque industrialreduzido, pois os bens manufaturados eramimportados.

    Medidas tomadas pelo Governo Federal, parafazer face crise do caf que teve seu piceem 1930:

    - As reservas de capital oriundo da atividadeagrcola foram investidas na atividade industrial;

    - Os setores industriais ainda em formao econsolidao tiveram facilidades fiscais paraimportao de bens de capital.

  • A INDUSTRIALIZAO BRASILEIRA

    Consequncias:

    - Sobretudo em So Paulo, houve umadiversificao industrial, com expanso dealguns setores, como da metalurgia, damecnica, do cimento e do papel;

    - Enquanto de 1929 a 1932 crescimento industrialfoi de 1%, no perodo de 1933 a 1939 a taxaanual chega ordem de 11,2% ao ano.

  • A INDUSTRIALIZAO BRASILEIRA

    Relao de dependncia do Brasil com os pasescentrais passa a ter nova configurao. A Inglaterraperde a hegemonia, em declnio desde a PrimeiraGuerra, para os Estados Unidos e a Alemanha,pases com os quais o Brasil passa a alternarparceria.

    O Brasil havia deixado de ser agro-exportador eainda no era efetivamente industrializado. Estacontradio passou a ser determinante naeconomia nacional.

  • A INDUSTRIALIZAO BRASILEIRA

    Aps a Segunda Guerra houve a definio doalinhamento do poltica brasileira com os EstadosUnidos.

    Como resultado de acordos internacionais, areserva de divisas de guerra foi empregada naimportao de produtos de consumo. Com issohouve uma estagnao da indstria nacional.

    1955 projeto governamental para odesenvolvimento da indstria tinha como alguns deseus fundamentos o ingresso de capital estrangeiroe a importao de tecnologias.

  • A INDUSTRIALIZAO BRASILEIRA

    O Programa de metas de Juscelino Kubitschek tinhacomo objetivo principal acelerar a acumulao decapital, aumentando a produtividade dosinvestimentos existentes e aplicando novosinvestimentos em outras atividades produtivas.

    - Cooperao internacional.

    - Indstria automobilstica, construo de estradas,transportes areos, eletricidade e ao.

    - Inflao.

  • A INDUSTRIALIZAO BRASILEIRA

    Jogava-se para o futuro a responsabilidade pelassolues forosamente conflituosas, que iriam gerarum processo de instabilidade.

    Alm disso, o Brasil se deparava com milhes deanalfabetos por conta do predomnio na Nao daestrutura agrria, que bloqueava a expanso domercado interno de consumo, condio bsica paraa industrializao, para a produo em massa e,portanto, para o desenvolvimento do design.

  • O ENSINO DO DESIGN NO BRASIL

    Nos anos 50, os industriais brasileiros sequersabiam direito o que era design.

    Nessa poca, um segmento da elite ilustradapaulista vislumbrou a necessidade de formarprofissionais com a qualificao adequada parasuprir a demanda de projetos de produtos e decomunicao visual que adviriam da atividadeeconmica crescente e da indstria nacionalcrescente.

  • O ENSINO DO DESIGN NO BRASIL

    Aps a Segunda Guerra Mundial, a estabilidadeeconmica e o futuro promissor do pas ensejavamum ambiente para que inovaes assinalassemaqueles novos tempos.

    1947- Criao do Museu de Arte Moderna deSo Paulo (MASP). Construo concluda em 1968(Lina Bo Bardi).

    O clima em So Paulo era propcio criao deinstituies ligadas cultura: havia dinheiro e haviapessoas da alta burguesia que queriam ver seusnomes ligados s atividades artsticas.

    No MASP que o design passou a sersistematicamente tratado, seja em suas entrevistasdidticas e exposies, seja nos seus equipamentos.

  • O ENSINO DO DESIGN NO BRASIL

    1951- IAC ( Instituto de Arte Contempornea) por iniciativa de Bardi e sob coordenao de Lina BoBardi.

    Foi a semente do ensino do design, de nvel superior,no Brasil.

    Os cursos do IAC e as exposies do MASPestimularam a discusso sobre a relaodesign, arte, artesanato e indstria.

    O IAC s existiu por 3 anos, atravs de convniomantido com a prefeitura. A insuficincia de recursosno permitiu a continuidade daquela instituio.

  • O ENSINO DO DESIGN NO BRASIL

    A Escola Superior de Desenho Industrial (ESDI)

    - Fundada em 1963 no Rio de Janeiro, inspirado nosmoldes da Escola de Ulm (Alemanha).