Design & Gênese - Art Nouveau

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contexto histórico

No século XVIII, o processo de industrialização provocou

um grande número de transformações na Europa. Em

pouco tempo, os centros urbanos eram tomados por

trabalhadores que assumiriam os seus postos de trabalho

nas fábricas. A rotina de milhares de pessoas era agora

determinada por uma jornada de trabalho e subordinada

à eficiência das máquinas. Ao mesmo tempo, a tecnologia

possibilitava a produção em massa de mercadorias a

serem consumidas em diferentes lugares do mundo.

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Ao longo desse processo, observamos o nascimento de

um forte interesse em conciliar a demanda acelerada

por manufaturas das indústrias e as limitações impostas

pelo trabalho artesanal. A fabricação em grandes escalas

podia, cada vez menos, se sujeitar ao detalhismo e à

demora do artesanato. Por volta de 1830, o governo

britânico incentivou a criação de escolas de desenho

que preparassem profissionais comprometidos com

o desenvolvimento de um design aliado à produção

industrial.

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Na medida em que essas situações ganhavam público,

observamos a manifestação de vários críticos avessos a

esse processo de interferência do capitalismo industrial

no mundo das artes. Para muitos desses, a padronização

esperada pela Revolução Industrial viria a determinar

um sério atentado contra as formas livres e originais que

guiaram o fazer artístico ao longo dos séculos. Com isso,

podemos ver que as origens do Art Noveau se impõem

como uma reação aos ditames da emergente sociedade

industrial.

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As fórmulas baseadas no Renascimento começam a

dissipar-se dando lugar a Arte Nova, que se opunha

ao historicismo e tinha como tônica de seu discurso

a originalidade, a qualidade e a volta ao artesanato. A

sociedade aceitou novos objetos, móveis, anúncios,

tecidos, roupas, jóias e acessórios criados a partir de

outras fontes: curvas assimétricas, formas botânicas,

angulares, além dos motivos florais.

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grandes nomes

John Ruskin, um dos mais influentes críticos de arte da

Inglaterra, defende a arte inspirada no feito dos artesãos

do período medieval. Combate fortemente os padrões ar-

quitetônicos da época e destaca que a manutenção de uma

arte genuina e verdadeira.

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A síntese entre arte e indústria: William Morris e os lim-

ites entre a arte e o trabalho artesanal.

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A Art Nouveau não apenas faz pinturas, como também

cartazes promocionais dos cabarés e teatros, fazendo-

se presente na revolução da publicidade do século

XIX, quando a arte passa ser comprada e utilizada pelo

comércio crescente gerado pela revolução industrial.

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Como os cartazes do designer gráfico checo e um dos

principais expoentes do movimento, Alphonse Mucha.

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Jules Chéret foi um pintor e litógrafo francês. Foi pioneiro,

em 1860, na criação de cartazes publicitários artísticos.

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Outro pioneiro, mas na área da arquitetura, foi Victor

Horta.

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O ilustrador e escritor inglês Aubrey Beardsley influen-

ciado pelo japonismo, e influenciou o desenvolvimento

do art nouveau.

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Toulouse-Lautrec revolucionou o design gráfico dos

cartazes publicitários, ajudando a definir o estilo.

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Os primeiros trabalhos de Pierre Bonnard foram inspira-

dos em Galgam e no japonismo, que ele muito admirava.

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Gustav Klimt, simbolista austríaco, destacou-se dentro do

movimento Art Nouveau por pintar mosaícos da beleza

estética de prazer e erotismo feminino...

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... mas cerca de 1/4 de seus quadros são paisagísticos.

Quadrados e de estilo impressionista, apresentam ár-

vores, jardins, casas e pântanos. Valorizando a natureza,

como o Art Nouveau propunha.

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Com o passar do tempo, uma nova geração de decoradores

e artesãos se apropriaram dos materiais popularizados

graças à industrialização para delinear um novo tipo de

concepção de desenho. Influenciados pelo movimento das

Artes and Crafts (iniciado por William Morris), pelas artes

decorativas, as iluminuras medievais e a arte oriental,

esses artistas do final do século XIX organizaram novas

concepções entre os ornamentos e formas arquitetônicas

de definir o que viria a ser o Art Nouveau.

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Gaudi, arquiteto entrava na obra e o projeto estava em

sua mente. responsavel pela igreja Sagrada Família, em

Barcelona.

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Na arquitetura, o ritmo orgânico e linear envolve

uma construção, mostrando uma união de ornato

e estrutura (a linha arquitetural e a decoração se

fundem e reforçam), juntamente com a utilização de

novos materiais como o ferro e o vidro.

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Os artistas ansiavam por representar seus sentimentos

em suas imagens, que eram transmitidos pela linha

pura. Evitava-se a lei da gravidade e perspectiva,

não havendo dife-rença de objeto e fundo. A assimetria

dominava, e enfatizada, não existindo uma simples du-

plicação da forma.

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Uma das principais influências do estilo foi a natureza,

mas de uma forma contrária a do Impressionismo.

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art nouveau no Brasil

No Brasil, observam-se leituras e apropriações de

aspectos na arquitetura e na pintura decorativa. No

cenário das artes plásticas, Eliseu Visconti foi grande

atuante.

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No Rio de Janeiro tem-se a influencia do Art Nouveau na

Confeitaria Colombo, inaugurada em 1905.

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Em São Paulo temos um edifício importante que rep-

resenta o Art Nouveau: a Vila Penteado, projetada pelo

arquiteto sueco Carlos Ekman. é hoje a sede da Pós

Graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da

Universidade de São Paulo – FAU-USP.

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Podemos então resumir o movimento em algumas

características chaves...

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1. Temática naturalista (flores e animais);

2. Motivos icônicos, estilísticos e tipológicos derivados

da arte nipônica;

3. Arabescos lineares e cromáticos; preferência pelos

ritmos baseados na curva e variantes; a cor, tons frios,

pálidos, transparentes, formados por zonas planas, ou

esfumadas;

4. Recusa da proporção e equilíbrio simétrico, a busca

de ritmos musicais, em elementos ondulados e sinuosos;

5. Propósito de comunicar por empatia um sentido de

agilidade, elasticidade, leveza, juventude, otimismo.

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bibliografia

Meggs, Philip B. ; Purvis, Alston W. História do Design

Gráfico. São Paulo: Cosac Naiify, 2009. 284p. a 297p.

Outros:

Sousa, Rafael. As Origens do Art Nouveau. Disponível em:

http://www.brasilescola.com/historiag/art-nouveau.htm.

Acesso em: 16/09/2014.

Wikipedia.