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    NORMAS E RECOMENDAES NA UTILIZAO DE EXPLOSIVO PARA O

    DESMONTE DE ROCHA EM REAS URBANAS

    As atividades que utilizam os explosivos devem ser monitoradas e

    controladas, no apenas no desmonte da estrutura, as rochas e outros

    materiais, mas tambm deve ser considerado os danos as estruturas em

    edificaes prximas, casas, apartamento, edificaes histricas, e a outros

    impactos ambientais como vibrao, propagao de rudos, ultra lanamentos

    e sobre presso atmosfrica.

    Os valores limites do nvel de vibrao do terreno no dependem apenas

    dos danos que a velocidade de vibrao de partcula pode causar nas

    construes civis, mas tambm do tipo de construo em si, tendo sido

    provado que, com frequncia, a vibrao gerada por explosivos apenas o

    instante detonador de um processo de instabilidade atribudo a outras causas,

    como recalque, dilatao trmica, insuficincia de material, erro de clculo de

    projeto,etc.

    Sero apresentadas, a seguir, as normas europias relacionadas ao

    nvel permitido de vibrao decorrente do uso de explosivos em mineraes em

    reas urbanas.

    1. Norma Italiana (UNI 9916)

    Trata-se de uma norma de 1991, referente metodologia de indagao

    e, portanto, no estabelece valores-limites.

    A norma fornece um guia para a escolha do mtodo apropriado de medida, de

    tratamento de dados e de avaliao dos fenmenos vibratrios produzidos nos

    edifcios, com os seguintes objetivos:

    a) Avaliar se o tipo de vibrao pode afetar a estrutura do edifcio.

    b) Verificar a presena ou no de danos estruturais atribudos

    superao dos limites de vibrao

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    c) Avaliar o comportamento do edifcio quando submetido a

    cargas dinmicas acidentais, como, por exemplo, terremotos.

    A norma tem um carter geral e no se refere aos efeitos das vibraes.

    Considera os fenmenos vibratrios no necessariamente produzidos pordesmontes, com cargas explosivas caracterizadas por gamas de freqncia

    compreendidas entre 0,1 e 150Hz, levando em conta que fenmenos

    vibratrios, caracterizados por freqncias superiores a 150Hz, no influenciam

    significativamente a resposta de um edifcio qualquer vibrao.

    Os parmetros seguidos para a caracterizao das vibraes so:

    a) Durao e amplitude da vibrao.b) Campo de freqncia de interesse.

    c) Caractersticas dimensionais do elemento estrutural do qual

    avaliada a resposta, em funo do tipo de edif-

    cio, da interao solo-rocha, das caractersticas do terreno e das

    freqncias naturais.

    Em relao ao posicionamento do aparelho de registro, a norma sugere

    a verificao do nvel de vibrao na base da estrutura, a qual escolhida em

    funo da fundao, ou, na ausncia desta, na base do muro de sustentao.

    aconselhvel, alm dos registros das trs componentes ortogonais entre si, o

    registro do vetor resultante da velocidade de vibrao.

    Para edifcios com menos de quatro andares, sugere-se dispor os

    geofones prximo fundao e no ltimo andar, enquanto que, para edifcios

    com mais de quatro andares, aconselhvel colocar os geofones em andares

    intermedirios. Os geofones devem estar fixados sobre a estrutura, evitando-se

    o uso de suportes, de modo que se permita a reproduo fiel do fenmeno

    vibratrio, impedindo alteraes atribudas ao sistema geofone-superfcie de

    medio.

    A norma italiana no apresenta novidades e segue os conceitos bsicos

    e limites da DIN 4150.

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    2. Norma Alem (DIN 4150)

    Antes dos anos 80, vigoravam duas normas distintas na Alemanha, at

    ento dividida. Na Alemanha Oriental, a recomendao vigente considerava

    dois parmetros: a tipologia estrutural do edifcio submetido aos efeitos davibrao, subdividido em quatro classes distintas, e a freqncia caracterstica

    do fenmeno vibratrio, enquanto que, na Alemanha Ocidental, admitiam-se

    diferentes freqncias em funo da tipologia estrutural do edifcio, tomando

    como referncia apenas a componente vertical da velocidade de vibrao da

    partcula (Vp).

    Com o decorrer dos anos, e aps a unificao das duas Alemanhas em

    1989, a Norma DIN 4150 (1986) foi adotada como norma-padro e tem sido

    atualizada desde ento. Ela fornece os valores limites de velocidade de

    vibrao de partcula em mm/s, considerando o tipo de estrutura civil e o

    intervalo de freqncia em Hz, os quais demonstram estarem os edifcios fora

    de risco de danos.

    As trs classes de edifcio definidas pela norma so:

    a) Edifcios estruturais.

    b) Habitaes.

    c) Monumentos e construes delicadas.

    As freqncias so analisadas em trs intervalos, ou seja, valores

    menores que 10Hz, valores entre 10-50Hz e valores entre 50-100Hz. A norma

    prev que, para freqncias acima de 100Hz, a estrutura suporta nveis altos

    de vibrao.

    Os valores de velocidade de vibrao de partcula definidos variam de

    3mm/s, no caso de monumentos e construes delicadas com freqncia

    inferior 10Hz, at 50mm/s, no caso de estruturas industriais com freqncia

    entre 50 -100Hz.

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    Na avaliao dos danos estruturais causados pelas vibraes do

    terreno, os valores-limites de Vp admitidos para diversos tipos de construes,

    em funo da freqncia, so apresentados na tabela a segur.

    3. Norma Sua(SN 640312 a)

    Antes de 1992, a Sua adotava uma norma referente aos valores para

    salvaguardar a integridade dos edifcios; referia-se ela componente vertical

    da velocidade, medida na fundao dos edifcios.

    Os limites de intensidade de velocidade de vibrao de partcula

    variavam de 25mm/s para museus at 100mm/s para construes em concreto

    armado.

    Estudos posteriores introduziram a freqncia como parmetro a ser

    avaliado, resultando na elaborao da Tabela 2, na qual o tipo de estrutura e o

    tipo de fonte de vibrao so atualmente considerados.

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    A norma introduzida em abril de 1992 abrange os efeitos nos edifcios,

    acrescentando critrios de avaliao dos danos materiais, mantendo, no

    entanto, os valores de Vp mostrados na Tabela 2.

    Essa norma, utilizada mais para escavaes em subterrneo, no perododiurno, diferencia as classes de edifcios, as classes de repetitividade do fen-

    meno (ocasional, freqente e permanente) e os campos de freqncia de

    velocidade da partcula. Acrescenta a distino dos efeitos das vibraes, nas

    pessoas, no terreno e nos aparelhos que se encontram nos edifcios e prope,

    ainda, uma atualizao da metodologia de coleta de dados e dos critrios de

    determinao e avaliao dos danos materiais.

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    4. Recomendaes Francesas

    Atualmente, esto em vigor na Frana duas recomendaes diferentes.

    A recomendao sugerida pela AFTES (Association Fraaise des Travaux em

    Souterrain), de 1974, e a Circular, proposta pelo Ministrio do Ambiente, em

    julho de 1986, ampliada em setembro de1993.

    A recomendao AFTES subdivide os edifcios em trs classes:

    a) Tipo A - edifcio de baixa qualidade mecnica (muros deformados).

    b) Tipo B - construes de mdia qualidade mecnica (sem deformaes

    aparentes).

    c) Tipo C - construes de boa qualidade mecnica (fundaes profundas).

    Os limites sugeridos de velocidadeso mostrados na Figura 2.

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    O valor discriminante de frequncia a 10Hz arbitrrio, ignorando os

    fenmenos de ressonncia que podem surgir nas estruturas.

    5. Norma Portuguesa (NP-2074)

    Datada de 1983, a norma portuguesa segue, em linhas gerais, a norma

    alem DIN 4150, determinando, em particular, um critrio de controle dosparmetros caractersticos das vibraes produzidas em mineraes e seus

    efeitos nos edifcios.

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    Os valores-limites so estabelecidos de acordo com as caractersticas

    das condies da fundao, do tipo de construo e das foras dinmicas.

    Esteves (1994) props, alm da considerao das caractersticasanteriormente mencionadas, a considerao da frequncia. O parmetro usado

    para avaliar o nvel de vibrao a soma vetorial das trs componentes

    ortogonais da velocidade de partcula, ou simplesmente tomando-se o valor

    mximo de cada eixo.

    O resultado desse estudo mostrado na Tabela 5.

    6. Norma Sueca (Ss4604866)

    A norma sueca foi aprovada em 1989 e revisada em 1991.Essa norma

    prev a medida da componente vertical do vetor de velocidade de vibrao da

    partcula como parmetro de controle das vibraes nos edifcios (Borla, 1993).

    Os nveis estipulados no consideram, entretanto, a perturbao nos

    seres chumanos ou possveis danos em aparelhos sensveis. Em particular, o

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    valor da velocidade medido deve resultar menor que a velocidade V calculada

    como segue:

    V = Vo F k F d Ft

    onde:

    V0 = velocidade em mm/s, extrada de uma tabela, variando entre 18 e

    70mm/s.

    Fk = tipo de construo (por exemplo: edifcio industrial, habitao,

    edifcio histrico, etc.) e do material usado na construo.

    F d = distncia entre o ponto de detonao e a captao.

    Ft = ambiente de trabalho (galeria, cava,etc.)

    7. Norma Sueca (SS4604866).

    Essa norma prev a medida da componente vertical do vetor develocidade de vibrao da partcula como parmetro de controle das vibraes

    nos edifcios (Borla, 1993).Os nveis estipulados no consideram, entretanto, a

    perturbao nos seres humanos ou possveis danos em aparelhos sensveis

    Todos os coeficientes definidos anteriormente so extrados de tabelas,

    as quais foram elaboradas a partir de trabalhos prticos

    Para casas antigas, com fundaes de baixa qualidade, o valor de Vppermitido reduzido de 70mm/s para 50mm/s e, no caso de edifcios de

    concreto leve, o limite chega a 35mm/s. Muitos valores que ultrapassaram

    110mm/s, nos estudos de definio dessa norma, foram registrados sem

    causar nenhum tipo de dano em construes com fundaes slidas.

    Construes de concreto armado, escavadas diretamente em rocha, puderam

    suportar valores de Vp acima de 150mm/s.

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    8. Normas Inglesas

    As normas britnicas mais relevantes so: BS 5228 (1997) - Controle de

    Rudo e Vibrao em Construes e reas a Cu Aberto; BS 6472 (1992)

    Guia para Avaliao da Exposio Humana Vibrao em Edifcios; BS 7385(1990) - Avaliao e Medies de Vibrao em Edifcios.

    O limite de variao da freqncia de 5 a 40Hz, com nveis

    predominantes de 20 a 30Hz no caso de rochas mais duras e de 5 a 15Hz no

    caso de mineraes de rochas com menor competncia.

    A norma BS 7385, Parte 1 (1990),discute as medies de vibrao em

    edifcios em termos gerais, com maior ateno para a investigao de danos,

    dada na BS 7385, Parte 2 (1993), e para a percepo humana na BS 6472

    (1992). Define quatro parmetros que podem ser utilizados para definir a

    magnitude da vibrao no terreno, sendo estes: deslocamento, velocidade e

    acelerao de partcula e frequncia.

    O parmetro mais utilizado em todas as normas e a velocidade mxima

    (Vp), medida em trs direes: longitudinal, vertical e transversal. Segundo

    essa norma, os registros so feitos fora da propriedade, no terreno

    imediatamente adjacente ao local da detonao. Se existirem reclamaes,

    pode ser necessrio monitorar a vibrao dentro da propriedade no local onde

    os reclamantes considerarem os efeitos mais notveis.

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    REFERNCIAS

    Disponvel em:

    http://www.tte.com.br/Treinamento.aspx?id_area=19&id_treinamento=46

    #.UUZriRecevMAcessado(15-03-2013)

    Disponvel em:

    http://www.scielo.br/pdf/rem/v56n1/v56n1a10.pdfAcessado em (15-03-

    2013)

    Disponivel em :

    http://www.infomine.com/events/Desmonte.de.Rochas.em.rea.Urbana.e.

    Controle.de.Vibrao.Provocada.pelo.Uso.de.Explosivos--IM22028.aspx

    Acessado em 15-03-2013

    no tirei nada desses site, so pra ele

    pensar que foi bem pesquisado :B

    http://www.tte.com.br/Treinamento.aspx?id_area=19&id_treinamento=46#.UUZriRecevMhttp://www.tte.com.br/Treinamento.aspx?id_area=19&id_treinamento=46#.UUZriRecevMhttp://www.tte.com.br/Treinamento.aspx?id_area=19&id_treinamento=46#.UUZriRecevMhttp://www.scielo.br/pdf/rem/v56n1/v56n1a10.pdfhttp://www.scielo.br/pdf/rem/v56n1/v56n1a10.pdfhttp://www.infomine.com/events/Desmonte.de.Rochas.em.rea.Urbana.e.Controle.de.Vibrao.Provocada.pelo.Uso.de.Explosivos--IM22028.aspxhttp://www.infomine.com/events/Desmonte.de.Rochas.em.rea.Urbana.e.Controle.de.Vibrao.Provocada.pelo.Uso.de.Explosivos--IM22028.aspxhttp://www.infomine.com/events/Desmonte.de.Rochas.em.rea.Urbana.e.Controle.de.Vibrao.Provocada.pelo.Uso.de.Explosivos--IM22028.aspxhttp://www.infomine.com/events/Desmonte.de.Rochas.em.rea.Urbana.e.Controle.de.Vibrao.Provocada.pelo.Uso.de.Explosivos--IM22028.aspxhttp://www.infomine.com/events/Desmonte.de.Rochas.em.rea.Urbana.e.Controle.de.Vibrao.Provocada.pelo.Uso.de.Explosivos--IM22028.aspxhttp://www.scielo.br/pdf/rem/v56n1/v56n1a10.pdfhttp://www.tte.com.br/Treinamento.aspx?id_area=19&id_treinamento=46#.UUZriRecevMhttp://www.tte.com.br/Treinamento.aspx?id_area=19&id_treinamento=46#.UUZriRecevM