DESTAQUES VOZ RIBATEJANA 18 JULHO
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“:: número 42 :: ano 2 :: 18 de Julho de 2012 :: quinzenário regional :: director Jorge Talixa :: preço 0,50 cêntimos ::
“
Confusão na assembleiapor causa das freguesias
Águas do
Ribatejo
investe
15 milhões
no concelho
de Benavente
Os eleitos da Assembleia Municipal de Vila Franca de Xira discutiram, mais uma vez, durante quase quatro horas, o processo de
reorganização administrativa que pode levar à extinção de cinco das 11 freguesias do concelho. No final concluíram apenas, pela
terceira vez em pouco mais de quatro meses, que estão contra qualquer mexida no mapa das freguesias vila-franquenses. pags.: 2 e 3
Vila Franca celebra 30 anos do Monumento ao Campino
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de cadeia por degolar
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pag.: 19
ESPECIAL pags.: 10 à 14
pag.: 11
Foto de A
na Serra
Inspecção de Jogos
penhora verbas do
Vilafranquense
Atletismo do
Arrudense
ganha títulos
nacionais
pag.: 20
pag.: 21
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Freguesia de Alverca
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de mérito pag.: 7
02
DESTAQUE
“
voz ribatejana # 42
Jorge Talixa
Depois de meses de discussão
e da promulgação, em Maio,
da Lei 22/2012, que fixa os
parâmetros de redução do
número de freguesias, a
Assembleia Municipal de
Vila Franca de Xira reuniu,
no dia 12, em sessão extra-
ordinária para deliberar sobre
a “reorganização administra-
tiva do território das fregue-
sias do concelho”. Depois de
quase quatro horas de dis-
cussão, por vezes sobre
questões laterais, pouco ou
nada se evoluiu e o órgão
deliberativo municipal
aprovou uma nova posição (a
terceira semelhante) contra a
legislação elaborada pelo
Governo e aprovada na
Assembleia da República.
Na prática isto significa que,
se até Outubro, a Assembleia
de Vila Franca não emitir
nenhum parecer concreto
sobre as alterações que con-
sidera mais favoráveis no
mapa das freguesias do con-
celho, será a unidade técnica
nomeada pelo Governo a
fazê-lo. Embora a Assembleia
Municipal ainda venha a ser
chamada, então, a pronun-
ciar-se sobre a proposta da
unidade técnica, poderá já
não ter, nessa altura, capaci-
dade legal para alterar muita
coisa.
Certo é que a assembleia da
passada quinta-feira acabou
de um modo algo surpreen-
dente, com a aprovação da
proposta da CDU (ver
caixa com as três pro-
postas) e sem que a proposta
da maioria PS chegasse
sequer a ser votada.
Os socialistas queriam criar
uma comissão alargada que
recolhesse os pareceres das
11 assembleias de freguesia e
elaborasse, depois, uma pro-
posta final para votar na
Assembleia Municipal e
remeter à Assembleia da
República. A bancada da
CDU acusou o PS de, com
esta proposta, estar a recuar
nas suas posições,
depois de se ter
manifestado antes
abertamente contra
esta Lei Nº. 22/2012.
Para a coligação liderada
pelo PCP não se justifica
qualquer comissão e o
eleito Carlos Braga apre-
sentou uma proposta de
pronúncia da Assembleia
Municipal de Vila Franca
que, em três linhas ape-
nas, diz que o órgão
deliberativo municipal
deliberou pronunciar-
se “em desconformi-
dade com a Lei em
causa”. O que, na
prática, quer dizer
que está contra e não pretende
apresentar nenhuma proposta
alternativa.
É que os parâmetros da Lei
22/2012 apontam para a elim-
inação de uma das freguesias
rurais do concelho (a mais
pequena é Cachoeiras) e para
a extinção de quatro das 8
freguesias urbanas (estão
assim em risco
A l h a n d r a ,
C a s t a n h e i r a ,
Forte da Casa e
Sobralinho). A
Coligação Novo
R u m o
( P S D / P P M / M P T )
ainda insistiu que a
Assembleia Municipal
devia apresentar uma pro-
posta concreta sobre este
processo de extinção/agre-
gação de freguesias, sob pena
de vir a ser a unidade técnica
criada pelo Governo a deter-
minar quais as freguesias a
extinguir. O CDS-PP tem
posição semelhante, mas as
restantes bancadas recusam
qualquer proposta de elimi-
nação de freguesias.
Também por isso, Fátima
Pires (PS) apresentou um
extenso documento em que
diz que, para os socialistas,
num concelho com 317
quilómetros quadrados e 140
mil habitantes não há necessi-
dade de reduzir nenhuma
freguesia. “A lógica aritméti-
ca e geométrica triunfa face a
critérios legais claros e pre-
cisos”, observa Fátima Pires,
criticando os parâmetros da
Lei que “implicarão a elimi-
nação de quatro freguesias
urbanas e de uma rural, sem
que tal se traduza em qual-
quer mais-valia real, nem
para a administração do
Estado, nem para as popu-
lações”. Sugeriu, por isso, a
criação de uma comissão com
representantes dos órgãos
municipais e das freguesias
que emita “um parecer final
maturo, sólido e justo a enviar
à Assembleia da República”.
A Coligação Novo Rumo
(CNR), pela voz de Gonçalo
Xufre, ainda defendeu que
“esta reunião não pode con-
tinuar, porque não cumpre os
pressupostos da Lei”. O líder
da bancada da CNR e presi-
dente da Concelhia do PSD,
sustentou que a Assembleia
só poderia pronunciar-se
munida de pareceres da
Câmara e das 11 assembleias
de freguesia sobre esta Lei
22/2012, frisando que a coli-
gação só tinha conhecimento
de três desses pareceres.
A CNR ainda admitiu retirar a
sua proposta e apoiar a do PS,
desde que esta acrescentasse
uma alínea para que as
assembleias de freguesia fo-
ssem questionadas sobre o
Assembleia Municipal
de 4 horas deixa tudo
na mesmaA sessão da Assembleia Municipal de Vila Franca de Xira convocada para emitir parecer sobre o processo
de extinção/agregação de freguesias perdeu-se em discussões, por vezes sem sentido, e acabou por aprovar,
apenas, pela terceira vez em 5 meses, uma posição contra a Lei de Reorganização Administrativa promul-
gada em Maio. Significa isto que, provavelmente, será a unidade técnica nomeada pelo Governo a deter-
minar quais as cinco freguesias do município a extinguir .
Proposta socialista nãochegou a ser votadaA proposta do PS, apresentada por Fátima Pires, reiteraposições anteriores contra esta Lei e propõe a criação deuma comissão que emita “um parecer final maturo, sólidoe justo a enviar à Assembleia da República”. No entenderdos socialistas nesta comissão deveriam ter assento os 11presidentes de junta, eventualmente os 11 presidentes dasassembleias de freguesia, um elemento de cada uma dascinco forças com assento na Assembleia Municipal, umelemento do executivo camarário e o presidente daAssembleia Municipal, que presidiria aos trabalhos destacomissão.
Novo Rumo queria maisdadosA proposta da Novo Rumo, apresentada por GonçaloXufre, acabou por ser rejeitada. O eleito social-democratacomeçou por requerer a mesa cópias dos pareceres daCâmara e das assembleias de freguesia. Percebendo quealguns destes órgãos não se pronunciaram sobre a Lei,mas apenas sobre a anterior proposta de lei, GonçaloXufre referiu que há pelo menos 14 diferenças entre elase propôs um adiamento da deliberação da Assembleia atéque fossem recolhidos todos os pareceres finais. Foi acu-sado pela CDU de estar a arranjar expedientes para
arrastar o processo.
Proposta da CDU apontadesconformidadeA proposta da CDU, que acabou por ser a única aprovadanesta sessão, refere que a Assembleia Municipal de VilaFranca “deliberou pronunciar-se em desconformidade(contra) com a Lei em causa”.
As três propostas
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Vila F. de Xira
parecer definitivo que dão
sobre a matéria, uma vez que
muitas só se pronunciaram
sobre a proposta de lei e não
sobre a lei. Houve ainda um
intervalo de 10 minutos para
tentar gerar consensos mas
quase nada evoluiu.
João Quítalo, presidente da
Assembleia Municipal, colo-
cou, então as três propostas à
votação, pela ordem em que
foram apresentadas. A pro-
posta da CNR de adiamento
da deliberação para recolha
de pareceres das freguesias
foi rejeitada com votos a
favor desta coligação e do
CDS-PP e contra de PS, CDU
e Bloco de Esquerda (BE).
Mas na proposta da CDU,
votaram a favor os 13 eleitos
presentes desta força política
e do BE. O PS absteve-se e a
Coligação Novo Rumo e o
CDS-PP votaram contra.
Percebendo que a sua posição
estava aprovada, os eleitos da
CDU sustentaram que já não
fazia qualquer sentido votar a
proposta do PS, que isso seria
até ilegal (considerando que
as duas se contrariavam entre
si) e que abandonariam a sala
se o presidente da mesa insis-
tisse na sua votação. A banca-
da do PS, que não esperaria
esta reacção da oposição, ten-
tou por todas as formas que a
sua proposta fosse também
votada. Jorge Ribeiro e Paulo
Afonso insistiram que era
bem diferente da da CDU,
mas o presidente da mesa, o
também socialista João
Quítalo, confessou que tinha
dúvidas legais sobre a
matéria. Ainda foi ventilada
uma hipótese de suspensão da
reunião para consultar um
jurista. Mas toda a oposição
esclareceu que se recusaria a
votar a proposta do PS e Ana
Belchior, eleita do CDS-PP,
questionou mesmo a mesa
para saber, no caso de ficarem
aprovadas as propostas da
CDU e do PS, qual é que
prevaleceria.
João Quítalo acabou por não
a proposta socialista à
votação e por aceitar que a
posição formal da Assembleia
é a proposta pela CDU. “Já
aprovámos anteriormente
duas posições similares.
Lamento que a Assembleia
não tenha podido aprovar
uma posição mais forte”,
rematou o líder da mesa da
assembleia.
Já na sexta-feira, a
Concelhia do PS de Vila
Franca de Xira promoveu
uma conferência de impren-
sa em que comentou os
desenvolvimentos da
Assembleia Municipal da
véspera e procurou clarificar
a sua posição sobre os pró-
ximos passos deste proces-
so. Os socialistas vila-fran-
quenses reafirmaram que
são favoráveis a uma refor-
ma administrativa que con-
duza à criação das regiões e
a uma revisão da Lei
Eleitoral Autárquica que
reforce a governabilidade e
responsabilidade dos órgãos
eleitos. Mas exigem, tam-
bém, que a eventual propos-
ta de extinção de freguesias
no concelho que venha a sair
da unidade técnica “seja pre-
sente à Assembleia
Municipal de Vila Franca de
Xira para análise, num
quadro global de liberdade e
respeito pela legitimidade
democrática das autarquias”.
Na conferência de imprensa,
Fernando Paulo Ferreira,
presidente da Concelhia
socialista, salientou que o
PS de Vila Franca “manifes-
ta-se mais uma vez
disponível (como o compro-
vou mais uma vez a sua ati-
tude na Assembleia
Municipal) para, com todas
as outras forças políticas
locais, encontrar a solução
que – in fine – melhor venha
a evitar o ataque que a
impreparação governamen-
tal personalizada pelo seu
ministro Miguel Relvas quer
perpetrar cegamente no con-
celho de Vila Franca”.
Recorde-se que, na anterior
Assembleia Municipal, a 14
de Junho, já fora aprovada
uma moção do PS sobre esta
matéria. O documento apre-
sentado por José Manuel
Peixeiro, presidente da Junta
do Sobralinho, não vê “qual-
quer utilidade nesta lei” e
considera que a melhor pro-
posta é manter “as 11
freguesias, as 11 histórias, as
11 culturas e tradições, os 11
rostos da população do
município”.
PS quer autarquias
com “voto na matéria”
Todas as assembleias de freguesia do concelho de Vila
Franca de Xira se têm pronunciado contra a Lei que impõe a
redução do número de freguesias. Em Alverca, no dia 22,
uma moção da CDU foi aprovada por maioria e, para além de
rejeitar a proposta de lei de reorganização administrativa
defende que a questão venha a ser submetida a referendo
local e não apresentar qualquer proposta que implique a
extinção de freguesias no concelho. Já no dia 11, a
Assembleia de Freguesia de Alverca aprovou nova posição,
agora rejeitando a Lei 22/2012.
Na Póvoa de Santa Iria, a Assembleia de Freguesia aprovou
um documento que recorda que a freguesia tem uma popu-
lação de 29.348 habitantes e regista a maior densidade popu-
lacional de todas as freguesias do concelho, ficando próximo
dos 7.500 habitantes/por quilómetro quadrado.
“Verifica-se que a freguesia da Póvoa de Santa Iria reúne os
requisitos e os pressupostos que permitem não ter que se unir
a outra(s) freguesia(s). Em termos populacionais, se tal
viesse a acontecer, a soma populacional viria a superar os
50.000 habitantes (valor que a lei considera máximo) no caso
de agregação com Vialonga ou muito perto desse valor no
caso de agregação com o Forte da Casa, valor que seria rap-
idamente alcançável nos próximos anos face ao contínuo
aumento demográfico das freguesias em causa”, proessgue o
documento, considerando que não se vislumbram “ganhos de
escala e de eficiência e, em muitas situações, poderia ocorrer
o contrário, pois poderiam existir assuntos, interesses e
decisões antagónicos”. Por isso, a Assembleia de Freguesia
povoense decidiu, por unanimidade, afirmar que a Póvoa de
Santa Iria deve manter-se como está sem agregar nenhuma
outra freguesia.
Já a Assembleia de Freguesia da Castanheira aprovou um
documento onde manifesta a sua “oposição à extinção/agre-
gação/fusão da freguesia da Castanheira, e demais freguesias
do País, apelando à Câmara e à Assembleia Municipal para
que se pronunciem contra, recusando ser cúmplices neste
processo”.
A moção reclama, ainda, às forças com assento na
Assembleia da República que “rejeitem este projecto” de
extinção de freguesias, “defendendo a identidade local, a
proximidade às populações e o desenvolvimento e coesão
territorial”.
Alverca, Castanheira e Póvoa contra extinções
Quatro dias antes, também
em conferência de imprensa,
a Concelhia de Vila Franca
do PSD acusou o PS de não
querer trabalhar numa pro-
posta conjunta que impeça a
extinção de cinco das 11
freguesias do concelho e
minimize o impacto da
reforma administrativa em
curso. Gonçalo Xufre avisou
que os socialistas “ainda não
perceberam” que, ao não se
apresentar nenhuma propos-
ta das autarquias locais no
âmbito desta reorganização
administrativa, os eleitos
locais deixam de poder
influenciar esta decisão.
“Esta posição do PS é terrí-
vel e extremamente prejudi-
cial para o concelho. Não
permite tirar partido dos
benefícios da Lei, levando a
uma reestruturação do nosso
território elaborada por ele-
mentos estranhos ao concel-
ho, que promoverá um
número de fusões de fregue-
sias muito superior ao
necessário”, previu. O presi-
dente da Concelhia social-
democrata garantiu que o
seu partido está disponível
para, em conjunto com o PS,
encontrar as melhores
soluções, mas acusou os
socialistas de estarem mais
preocupados com jogos par-
tidários do que com o com
concelho e com os
munícipes.
PSD critica “inércia” do PS
“A leiimplicará aeliminação dequatrofreguesiasurbanas e deuma rural,sem que tal setraduza emqualquermais-valia”
Fátima Pires
Jorge Ribeiro tentou fazer passar aideia de que a proposta socialista era
muito diferente da da CDU
João Quítalo não conseguiu pro-mover consensos entre o PS e as
bancadas da oposição
Extinção de freguesias divide leitoresA eventual redução do número de freguesias noconcelho de Vila Franca de Xira é um tema quedivide os leitores que participaram no inquéritoque estamos a promover no blog do VozRibatejana. Até ao fecho desta edição, 50 porcento dos participantes acham que não devemser reduzidas as actuais 11 freguesias domunicípio, mas outros 50 por cento têm opiniãoexactamante contrária e defendem uma redução.
50%
sim
50%
não
António Manuel Riscado
cumpriu os pagamentos que
lhe foram exigidos, como é
seu timbre, mas não se con-
formou e resolveu desabafar
com o Voz Ribatejana,
revoltado com a forma como
a Sociedade Portuguesa de
Autores (SPA) lhe exigiu, em
Junho, o pagamento do IVA
de uma taxa que já pagara em
Fevereiro. O comerciante
vila-franquense, proprietário
há muito anos do Café Tic-
Tac do Bom Retiro, lamenta
que estejamos a atravessar
uma época em que as mais
variadas entidades procuram
“sacar” taxas e mais taxas e
diz que muitas pequenas
empresas não conseguem
resistir a tudo isto.
“Gosto de estar devi-
damente legalizado e com os
documentos todos”, sublinha,
frisando que também para a
esplanada do café lhe foi
exigida ultimamente, pela
Junta de Freguesia, uma
verba bastante mais elevada.
“Muita gente já tira a publici-
dade luminosa para não pagar
mais taxa. Acho que até
embeleza as ruas e dá mais
segurança aos cidadãos haver
esta iluminação. Mas parece
que só se preocupam em
arranjar sempre mais taxas”,
critica.
Já no que diz respeito à SPA,
António Riscado mostra-se
revoltado. “Tenho outros
colegas que estão indignados
com isto”, garante. É que,
contou ao Voz Ribatejana,
como habitualmente, pagou, a
1 de Fevereiro, a licença
cobrada aos estabelecimentos
por terem regularmente um
televisor ligado no seu
espaço. Pagou, assim, os 81
euros que lhe foram exigidos.
Mas qual não foi a surpresa
de António Riscado quando, a
22 de Junho, recebeu uma
carta dos serviços centrais da
SPA a dizer que tinha que
pagar mais 18, 3 euros,
porque, afinal, estas licenças
estavam, agora, sujeitas a
23% de IVA, de acordo com
as normas do Orçamento de
Estado de 2012. Foi à sede da
SPA, pagou, mas manifestou
toda a sua estranheza por esta
situação. Quem o
aten-
deu, explicou que
a Sociedade Portuguesa de
Autores ainda não tinha con-
hecimento desta incidência
do IVA quando lhe cobrou os
81 euros da licença. António
estranha como é que a SPA
não sabia, quando o
Orçamento de Estado foi
aprovado em Novembro, pub-
licado e estas novas normas
do IVA entraram em vigor a
30 de Dezembro. “Disseram-
me que estas taxas da SPA
sempre estiveram isentas de
IVA e agora, a 30 de
Dezembro, é que veio um
decreto aplicar IVA à taxa de
23%. Mas está errado, eu
paguei a 1 de Fevereiro e
um mês depois ainda não
sabiam disto?”, estranha.
Para o comerciante vila-fran-
quense o mais grave nem são
os 18 euros que teve que
pagar a mais, mas foi o teor
da notificação que recebeu
em Junho, porque, para além
de atribuir a questão do IVA
ao Orçamento de Estado, a
carta diz que, se não pagar os
18 euros no curto prazo, a
licença e os 81 euros que já
pagara em Fevereiro ficam
sem efeito nenhum.
O Voz Ribatejana tentou obter
esclarecimentos junto da
Sociedade Portuguesa de
Autores mas, até ao fecho
desta edição, não tivemos
resposta.
J.T.
05
25 de Julho ’12
15h00
Salão Nobre
dos Paços do Município
Vila Franca de Xira
Pe
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18 de Julho de 2012
Comerciante critica forma como
a SPA cobrou IVA atrasado
Associação quer abrir centroluso-ucraniano no concelhode Vila Franca
A Associação “Sobor”, constituída por imigrantes ucrani-anos radicados em Portugal, pretende instalar, no conce-lho de Vila Franca de Xira, o primeiro Centro Luso-Ucraniano criado no nosso País. Representantes destaassociação de cidadãos ucranianos reuniram, em Junho,com a presidente da Câmara vila-franquense e com overeador Fernando Paulo Ferreira, a quem expuseram osseus objectivos.O encontro, para além do presidente da associação, con-tou com a participação da diretora do Centro deAprendizagem da Língua Materna. Na oportunidadeforam resumidos os resultados de sete anos de colabo-ração. A Associação “Sobor” propõe-se aplicar um projetode criação do Centro Luso-Ucraniano, primeiro emPortugal, “onde os portugueses poderão obter mais infor-mações sobre a Ucrânia e também onde será fornecidaassistência integral aos ucranianos (cursos de língua,informações sobre História e Cultura de Portugal)”, re-fere uma nota da Associação Sobor enviada ao VozRibatejana. Khrystyna Koval, aluna da Faculdade de Letras e membroda associação, explica que esse projecto visa “contribuirpara a integração da comunidade ucraniana na sociedadeportuguesa” e que a associação aguarda novos desen-volvimentos dos contactos com a Câmara de Vila Franca,que poderá ajudar a desbloquear o problema do espaçopara a instalação deste centro.
“Muita gente já tira apublicidade luminosa paranão pagar mais taxa. Achoque até embeleza as ruas e dámais segurança aos cidadãoshaver esta iluminação”
A cobrança de IVA nas licenças de Direito de Autor, para
que estabelecimentos comerciais possam ter televisores liga-
dos, está a motivar protestos de vários comerciantes.
Lisboa, Vila Franca de Xira,
Torres Vedras, Viana do Castelo
Benavente expõetradição ferreira“Uma no cravo outra na fer-radura- a tradição ferreiraem Benavente” é o tema daexposição patente no MuseuMunicipal de Benavente.Uma mostra inaugurada nodia 29 que poderá ver até 20de Outubro.
08
voz ribatejana # 42CASOS
“
Jorge Talixa
Um imigrante guineense de
26 anos foi condenado por um
colectivo do Tribunal de
Benavente a 19 anos de cadeia
pela prática de um crime de
homicídio qualificado. Os
juízes realçaram a especial
violência do crime, con-
siderando provado que Bouna
Sacko golpeou a sua própria
esposa na garganta, cortando a
veia jugular e a carótida e
provocando-lhe a morte. Ao
arguido foi também aplicada a
pena acessória de expulsão do
território português após o
cumprimento da pena e o imi-
grante foi, ainda, condenado a
pagar indemnizações de um
valor global de 180 mil euros
à mãe da vítima.
Na manhã de 12 de Setembro
de 2011, GNR e bombeiros
depararam com um cenário
macabro num apartamento de
Samora Correia. Helmina
Biem, de 23 anos, funcionária
do Hospital de Vila Franca de
Xira, foi encontrada já sem
vida, nua e coberta de sangue
num quarto da casa. No chão
estavam duas facas de cozi-
nha, a maior das quais com
cerca de 9 centímetros de
lâmina. O marido, Bouna
Sacko, apresentava também
ferimentos na garganta e no
peito e, em Junho, na primeira
audiência do julgamento, con-
tou que teria sido a mulher quem primeiro o tentou gol-
pear com uma faca de cozinha
e que se procurou defender,
não conseguindo explicar
como é que provocara a morte
da esposa. Segundo Bouna
Sacko, a discussão teria sido
motivado por eventuais
ciúmes dela. Mas a mãe da
vítima relatou, na mesma
audiência, que o casal tinha
problemas, porque ele queria
um filho para legalizar a sua
permanência em Portugal e
ela ainda não queria. Na
sessão seguinte, o depoimento
de uma inspectora da Polícia
Judiciária rebateu a tese do
arguido de que a mulher teria
sido a primeira a golpeá-lo.
Agora, o colectivo presidido
por Carla Ventura deu por
provados quase todos os fa-
ctos constantes da acusação,
considerando que “não
merece nenhuma credibili-
dade a versão do arguido de
que foi Helmina quem
primeiro o atacou”. O
acórdão, resumido no dia 12
pela juíza-presidente do
colectivo Carla Ventura, con-
clui, baseando-se em vários
testemunhos sobre anteriores
agressões do arguido à esposa
e no testemunho da investi-
gadora da PJ, que “não há
dúvidas de que foi o arguido
que se cortou no pescoço e no
peito, já na casa de banho”,
cerca de duas horas depois da
morte da vítima. Carla
Ventura admitiu que o colecti-
vo teve dúvidas em perceber
se Bouna terá tentado suici-
dar-se ou arranjar motivos
para se desculpabilizar, vin-
cando que se fosse provada
esta segunda hipótese a pena
deveria ser mais pesada. A
análise dos vestígios de
sangue recolhidos permitiu,
segundo os juízes, concluir
que Helmina morreu cerca das
21h00 e que os ferimentos do
marido ocorreram já duas
horas depois e fora do quarto
onde o casal terá discutido.
“Já não dormiam em camas
separadas. Não estavam bem
e havia uma situação de ru-
ptura no casal”, referiu a
juíza-presidente, frisando que
o facto de Helmina ter sido
também golpeada nas costas
demonstra que se tentou
defender e fugir das
agressões. Tendo em conta a
violência do crime, a situação
de vulnerabilidade em que a
mulher se encontrava e o facto
do arguido só ter confessado
os factos que não podia negar,
o tribunal decidiu condenar
Bouna Sacko a 19 anos de
cadeia (moldura penal de 12 a
25 anos) pelo crime de
homicídio qualificado e à
pena acessória de expulsão de
Portugal por um período de 10
anos.
“O senhor matou a sua
esposa, fê-lo de forma atroz,
pelo entendemos que deve ser
aplicada uma pena acima do
limite médio, atendendo àqui-
lo que fez e às circunstâncias
em que aconteceu”, rematou
Carla Ventura, prevendo que,
de acordo com o habitual no
nosso País, Bouna Sacko
cumpra dois terços desta pena
em cadeias portuguesas e seja
depois expulso do território
nacional.
Imigrante condenado a 19 anos por
degolar a esposa em Samora CorreiaO caso do imigrante guineense acusado de ter golpeado a esposa (funcionária do Hospital de Vila Franca) em várias partes do corpo, num apartamento de Samora Correia, terminou com
a condenação do arguido a 19 anos de cadeia.
Advogadasconsideramsentença“equilibrada”
Ana Casquinha, advogadaque representa a famíliada vítima, disse, ao VozRibatejana, que, “doponto de vista meramenteracional, é uma penajusta. Do ponto de vistaemocional, quem perdeum ente querido quersempre que seja aplicadaa pena máxima. Mas deuma forma racional con-cordo com os 19 anos”,sublinhou. A causídica mostrou-se“satisfeita” com oacórdão, que consideraque está de acordo com oque se passou em tribu-nal. “Nestas situações dehomicídio nunca se fazjustiça. Há sempre umamargo de boca, é umavida humana que seperde, ainda por cimauma jovem com tantosprojectos de vida”, sublin-hou, criticando a posturado arguido que “nãoapresentou qualquerarrependimento”. Já Dulce Ortiz, que sub-stituiu na sessão de leitu-ra da sentença o seu cole-ga Carlos Arantes, defen-sor oficioso de BounaSacko, considerou a pena“equilibrada”, tendo emconta os factos dadoscomo provados.
Condenadospor assalto aresidência deBenavente
Dois jovens residentes noconcelho de Benaventeforam condenados, tam-bém no dia 12, por crimesde roubo agravado naforma tentada. Em causaestava a forma como, a 11de Agosto de 2008, ten-taram assaltar umaresidência da RuaSerrado do Valverde emBenavente, ameaçando ocasal que ali reside comduas armas de fogo echegando a esmurrar epontapear o dono da casa.Assaltantes e residentesacabaram por se embru-lhar, quando uma dasarmas se partiu eacabaram por sair dolocal sem conseguiremroubar nada. Mas, em jul-gamento, o colectivo pre-sidido por Raquel Costaconsiderou provada aacusação e condenou oarguido Sandro (comantecedentes) a 4 anos e 9meses de prisão efectiva eo arguido Gonçalo (semantecedentes) a 4 anos decadeia com pena suspensapor igual período.
Lei colocavaagressor comoprimeirobeneficiáriodaindemnização
Carla Ventura comentouque “de modo até algocaricato”, a Lei prevê quenestes casos o direito àindemnização por morteviolenta pertence, emprimeira instância, aocônjuge. Como não pode-ria ser Bouna Sacko areceber uma indemniza-ção quando foi elepróprio o autor dos golpesque vitimaram a esposa,cabe nesta situação à mãede Helmina, Rosa Biem, odireito à indemnização. Otribunal decidiu, por isso,condenar o arguido apagar uma indemnizaçãode 180 mil euros à suaantiga sogra.
“O senhormatou a suaesposa, fê-lode formaatroz, peloentendemosque deve seraplicada umapena acimado limitemédio”
Carla Ventura
09
18 de Julho de 2012
Cerca de 40 cartazes da corrida do Colete Encarnado
foram vandalizados na noite de 4 para 5 de Julho, com a
colocação de faixas com frases contra os espectáculos tau-
romáquicos, que apontam a alegada “crueldade” destas
actividades. Também alguns outdoors de divulgação dos
80 anos da festa instalados pelo Município de Vila Franca
de xira foram danificados. Detectados na manhã da quin-
ta-feira em que se realizaram as primeiras actividades do
Colete Encarnado 2012, estes actos motivaram um comu-
nicado da Tauroleve, empresa concessionária da Praça de
toiros de Palha Blanco, que lamenta as atitudes provo-
catórias do grupo em causa.
“A cidade de Vila Franca acordou vandalizada pelos anti-
taurinos que, uma vez mais, mostraram a sua pouca for-
mação ética e de respeito pelas tradições. Mais de
quarenta cartazes referentes aos espetáculos taurinos que
terão lugar na centenária Palha Blanco, bem como ou-
tdoors do Município a anunciar a sua festa maior –
Colete Encarnado – , foram vandalizados com auto-
colantes que demonstram a pouca formação das pessoas”,
refere o comunicado da Tauroleve, frisando que ao longo
de várias ruas e na própria praça de toiros as provas são
mais do que evidentes. “Fica uma vez mais provado o
desrespeito que estas pessoas têm pela cultura”, lamenta
a empresa, considerando que a forte adesão aos espe-
ctáculos e às largadas de toiros serão uma demonstração
da força dos aficionados.
GNR apreende 1600 quilosde amêijoa
A GNR de Vila Franca de Xira apreendeu, na noite de dia9, cerca de 1600 quilos de amêijoa, cuja pesca não é per-mitida nesta área. Avaliados em perto de 6500 euros, estes1600 quilos de amêijoa foram, depois, devolvido ao Tejopelos militares do Núcleo de Protecção Ambiental daGNR.
Grupo “anti-taurino” ataca cartazes
da corrida do Colete Encarnado
PSP descobre estufade liamba em Alverca
Agentes da Esquadra de Investigação Criminal da PSPdetectaram e desmantelaram uma estufa de plantação deliamba, no passado dia 10, em Alverca. Depois de váriasdiligências de investigação, os elementos da DivisãoPolicial de Vila Franca de Xira procederam também àapreensão de liamba suficiente para 22 doses e váriosobjectos alegadamente destinados ao cultivo desta planta,incluindo um desumidificador, uma ventoinha, um ter-mómetro e projectores de luz.Entre os dias 5 e 10, a PSP deteve três homens por con-dução com excesso de álcool no sangue. Têm idades com-preendidas entre os 39 e os 50 anos e apresentaram taxasde álcool no sangue situadas entre os 1,38 gramas/litro eos 1,70 g/l, sendo o máximo permitido por lei de 0,5 g/l.
Comboio rápido vitima idosa em Vila FrancaUm comboio rápido originou a morte de uma idosa, na manhã do passado dia 4, na zona da passagem de nível de acesso ao cais de Vila
Franca. Ao que tudo indica, o sistema electrónico de aviso da aproximação de comboio estava a funcionar correctamente .
Jorge Talixa
Uma mulher de 67 anos,
residente no centro de Vila
Franca de Xira, foi mortal-
mente atingida por um
comboio, na manhã do pas-
sado dia 4, quando circula-
va a pé na zona da pas-
sagem de nível que dá aces-
so ao cais. O acidente deu-
se pouco depois das 7h00 e
os escassos testemunhos
deixam ainda algumas
dúvidas sobre a forma
como tudo aconteceu. O
maquinista do rápido que
circulava no sentido sul-
norte terá referido que viu
a mulher na linha, tentou
travar e apitou para aler-
tar a idosa. Ao que tudo
indica os sinais de aviso
estariam a funcionar e a
senhora, reformada da CP,
estaria a caminho da zona
ribeirinha para um passeio
a pé.
Certo é que terá sido arras-
tada pela deslocação de ar
originada pelo comboio
rápido, que ainda lhe terá
tocado na cabeça. No local
estiveram os bombeiros de
Vila Franca e uma equipa
do INEM, mas já nada
havia a fazer para tentar
salvar a vida da senhora,
residente na Rua 25 de
Abril. O corpo esteve
durante algum tempo a
pouco mais de 10 metros da
passagem de nível e a cir-
culação de comboios foi
retomada já depois das
8h00. Nova passagem
rodoviária sem obra à vista
A obra de construção da
passagem superior de
peões na zona da antiga
lota de Vila Franca está
quase concluída. Mas o
processo da passagem
rodoviária, prevista para
as proximidades da praça
de toiros, está muito mais
atrasado, o que significa
que a passagem de nível
onde se deu este acidente
(acesso ao cais) vai contin-
uar a funcionar por mais
alguns anos, porque não
será possível desactivá-la
sem que exista uma via
rodoviária de acesso à zona
ribeirinha e ao Jardim
Constantino Palha.
O gabinete de comuni-
cação da Refer (empresa
responsável pela gestão da
rede ferroviária nacional)
disse, ao Voz Ribatejana,
que “existe um acordo tri-
partido” visando a sua
supressão desta passagem
de nível, com “repartição
de custos entre a Refer, a
Câmara Municipal de Vila
Franca de Xira e o promo-
tor imobiliário (Obri-
verca). Mas as dificuldades
financeiras das duas
empresas têm levado ao
adiamento de uma obra
que deverá custar mais de
1, 5 milhões de euros.
Sete acidentes
em cinco anos
Já em Março, a Refer adi-
antara, em resposta ao Voz
Ribatejana, que na pas-
sagem de nível de acesso ao
cais de Vila Franca “não
houve nenhum acidente
em 2011, tendo ocorrido
um suicídio”. De acordo
com o gabinete de comuni-
cação da empresa, nos últi-
mos cinco anos, no conce-
lho de Vila Franca de Xira,
ocorreram sete acidentes
em passagens de nível.
Quatro deram-se nesta
passagem de nível de ace-
sso ao cais de Vila Franca e
os restantes três na pas-
sagem de nível do
quilómetro 30,131, que foi
“entretanto suprimida
com a construção da pa-
ssagem superior pedonal
da estação”.
Natália Gromichoexpõe no Bom Sucesso
Uma exposição de pin-tura de NatáliaGromicho vai estarpatente no CentroCultural do BomSucesso. A inaugu-ração está marcadapara as 15h30 do próx-imo sábado.
ESPECIAL COLETE ENCARNADOAs fotos e as reportagens da festa mais típica do Ribatejo. O Voz Ribatejana esteve lá e conta-lhe tudo
Jorge Talixa
Vila Franca de Xira não
deixou os seus créditos por
mãos alheias e celebrou com
muito sentimento os 80 anos
da sua festa maior. O Colete
Encarnado reuniu largas
dezenas de milhares de pe-
ssoas e, dos apaixonados
pelos toiros aos que preferem
uma boa sardinha assada, pa-
ssando pelos mais interessa-
dos pela música ou pela
dança, tudo contribuiu para o
êxito da festa. Nestes 80 anos,
o Colete Encarnado apresen-
tou também um programa
reforçado, com um leque
importante de exposições, a
comemoração dos 30 anos do
Monumento ao Campino, a
inauguração da Rua dos
Varinos, largadas com toiros
de melhor qualidade e uma
tarde de emissão da TVI dedi-
cada às tradições e à principal
festa vila-franquense.
O sábado foi o dia mais dedi-
cado, como habitualmente, ao
campino. Logo a partir das
10h00 concentraram-se mais
de 30 junto ao monumento
que lhes é dedicado no centro
da cidade. As cerimónias ini-
ciaram-se com a deposição de
uma coroa de flores, junto ao
monumento, pela presidente
da Câmara de Vila Franca de
Xira e pelos campinos
António Abreu (homenageado
em 2011) e António Verdasca
Júnior, o mais antigo campino
presente neste Colete
Encarnado, nascido em 1929,
hoje com 83 anos.
“Há mais de 50 anos que
venho ao Colete Encarnado. A
festa vai-se mantendo e ainda
aparecem muitos campinos”,
disse António Verdasca Júnior
ao Voz Ribatejana, admitindo
que a maioria dos que ali
estavam a cavalo já “não exe-
cuta a arte de campino”,
porque, no seu dia-a-dia, já
não trabalham a cavalo. “Vila
Franca tem muito orgulho nos
campinos. Acho que a popu-
lação ainda aprecia os
campinos e estas coisas do
campo. E o Colete Encarnado
tem futuro”, acrescentou.
Ao seu lado, o jovem João,
com apenas 7 anos, ouvia
atentamente. Veio da Golegã,
com o seu pai, que é campino
e diz que gostava de trabalhar
também na campinagem.
“Venho vestido de campino
porque gosto. O meu pai tam-
bém é campino. Se puder
gostava de ser campino”, con-
fessa.
O programa do Colete
Encarnado prosseguiu com o
habitual desfile de campinos e
com as provas de destreza
realizadas na Praça de Toiros
Palha Blanco. Inscreveram-se
20 campinos de todas as
idades, incluindo o João e
também o Diogo Reis, vindo
de Samora que, influenciado
pelo avô, parece estar mesmo
empenhado em ser campino.
Certo é que nas provas
demonstrou já muita capaci-
dade.
À conversa com o Voz
Ribatejana, o Diogo adiantou
que gosta do Colete
Encarnado, que já veio mais
vezes e que, tal como o avô,
gostava de ser campino. “Eu
gostava que ele continuasse
nesta arte de campino. Espero
por isso. Já vai encaminhado,
mas tem que aprender
primeiro na escola”, salientou,
por seu turno, o avô, Casimiro
Diogo, com 73 anos, campino
da herdade da Portucale, situ-
ada na freguesia de Samora
Correia, junto ao Infantado.
No seu entender, a festa do
Colete Encarnado “está boa”.
Mas há algumas dificuldades.
“Acho que está com menos
condições do que tinha há uns
anos, para a mobilidade dos
cabrestos e isso tudo, está
mais complicado”, considera.
A tarde de sábado ficou, tam-
bém, marcada pela home-
nagem ao campino Vítor
Guerreiro da Silva, também
conhecido por Vítor ‘Japão?,
funcionário da Companhia
das Lezírias e com quase 50
anos de campinagem. Na
oportunidade foi, ainda,
prestada homenagem aos
campinos José Canário e José
da Costa Laureano, recente-
mente falecidos.
Colete Encarnado enche Vila FrancaVila Franca festejou de forma muito especial os 80 anos do Colete Encarnado. Foram três dias de muita animação e convívio, marcados também pelas homenagens aos campinos, pelas
sempre aguardadas esperas e largadas de toiros, pela inauguração da Rua dos Varinos e por uma tarde de emissão da TVI inteiramente dedicada à grande festa vila-franquense. Muitos
dos mais de 30 campinos que participaram na festa são jovens, o que faz acreditar que a campinagem, apesar de tudo, tem futuro.
Diogo Reis como avô Casimiro Diogo
As sempre animadas provas de campinosrealizadas na Praça de Toiros
Imagem de vídeo de Enguiameneditada no blog Festa Brava no Ribatejo.
A colhida mais grave do Colete Encarnado 2012 deu-se na larga-da de dia 8, na Rua 1º de Dezembro, junto à antiga lota. A vítimafoi rapidamente transportada ao Hospital de Vila Franca de Xira
e deste para Sta Maria, em Lisboa. De resto, há a registar maisalgumas colhidas de menor gravidade.
18 de Julho de 2012
voz ribatejana # 42 11
O Clube Taurino Vila-fran-
quense (CTV) organizou, no
dia 10, uma homenagem aos
membros da comissão pro-
motora do Monumento ao
Campino. Um monumento da
autoria do escultor Domingos
Soares Branco que, hoje, é
um verdadeiro emblema da
cidade. Foi inaugurado a 10
de Julho de 1982, quando se
assinalavam os 50 anos do
Colete Encarnado, numa cer-
imónia presidida pelo mi-
nistro da Cultura de então
Francisco Lucas Pires.
O monumento resulta do
esforço de uma comissão
composta por representantes
de 13 tertúlias vila-fran-
quenses que angariaram fun-
dos e contribuíram eles
próprios para que fosse uma
realidade. A celebração do
passado dia 10 iniciou-se
com a deposição de uma
coroa de flores em memória
de todos os tertulianos e
campinos que fizeram parte
deste esforço de instalação do
monumento de homenagem
ao campino.
Paulo Silva, presidente do
CTV, lembrou que a
Comissão Promotora do
Monumento ao Campi-
no/Tertúlias Vilafranquenses
foi também o embrião do que
é hoje o Clube Taurino
Vilafranquense. A presidente
da Câmara Municipal de Vila
Franca, Maria da Luz
Rosinha, realçou o acto
destacando e congratulando-
se com a iniciativa do CTV,
enaltecendo também o monu-
mento que “hoje é um sím-
bolo e um orgulho de Vila
Franca de Xira”. Destacou,
também, a presença dos
familiares dos tertulianos que
infelizmente já não estão
entre nós, convidando esses
familiares a deporem uma
coroa de flores junto do
Monumento ao Campino.
Em nome da então Comissão
das Tertúlias
Vilafranquenses, o tertuliano
Armando Jorge de Carvalho
(Tertúlia Cirófila) agradeceu
a iniciativa, destacando
alguns factos importantes
daquele processo e lembran-
do todos aqueles que aju-
daram a edificar este sonho
em honra do campino.
Momentos depois, já na sede
do Clube Taurino Vila-fran-
quense, foi feito o descerra-
mento de uma “cabeça de
toiro” oferecida pela afi-
cionada Clara Maria
Fonseca. Trata-se da cabeça
de um toiro lidado em 1901,
aquando da inauguração da
Praça de Toiros Palha
Blanco.
José Serra expõe no AteneuO fotógrafo vila-franquense José Serra expôs alguns dosseus trabalhos, na primeira quinzena de Julho nas insta-lações do Ateneu Artístico Vilafranquense. Intitulada“Percursos”, a mostra esteve patente durante o ColeteEncarnado e apresentou 320 retratos sobre a históriacolectiva da vila levada a cidade, mostrando detalhada-mente um lato conjunto das suas transformações sócio-culturais. “Solto e livre em decidir, o veterano fotógrafovila-franquense foi incrivelmente responsável e selectivono trabalho exposto”, mostrando toda a sua criatividade eas soluções que conseguiu encontrar para ilustrar asmodificações verificadas na vida da cidade.
Clube Taurino
homenageia
promotores do
monumento ao
campino
A Comissão Promotora doMonumento aoCampino/TertúliasVilafranquenses foi o embriãodo que é hoje o Clube TaurinoVilafranquense.
José Serra com a presidentedo Ateneu, Filipa Silva
Catorze agrupamentos e
cerca de 200 artistas pas-
saram pelo Palco
Sevilhanas.Com neste
Colete Encarnado 2012. Na
Rua Manuel de Arriaga,
junto às instalações da esco-
la de sevilhanas com o
mesmo nome, este tem sido
um dos principais palcos de
animação da grande festa
vila-franquense. Desde 2009
que a Sevilhanas.Com
dinamiza o espaço, que este
ano contou, também, com os
habituais comes e bebes e
com uma exposição
fotográfica do espetáculo
“Olé Tú! by
Sevilhanas.Com”, realizada
pela AFCA (Associação de
Fotografia e Cultura de
Alcochete).
Pelo palco passaram
Sevilhanas.Com, Sevilhanas
da Garnacha, Al Kabir com
as Sevilhanas do Clube
Taurino de Alcochete, Doras
Groovy (sexta-feira),
Sevilhanas.Com infantil e
Juvenil, Sevilhanas da Prof.ª
Maria José Navarro,
Beliche, Barking Dog's,
Freddy Cats (sábado),
Marcha Infantil do Bom
Retiro, Vivir Flamenco,
Jamila's Bellydance (dança
oriental/dança do ventre) e
Sevilhanas.Com (domingo).
Um tema a que voltaremos
no início de Outubro, com a
edição nº. 2 da revista Vida
Ribatejana.
200 artistas no Palco Sevilhanas
12 voz ribatejana # 42
Rua homenageia comunidade varina
Jorge Talixa
A aspiração era antiga e
demorou a concretizar-se,
mas a comunidade varina de
Vila Franca de Xira tem,
desde o passado dia 7, uma
rua que realça o papel destas
famílias oriundas da costa do
distrito de Aveiro na vida da
cidade. A placa de atribuição
do nome “Rua dos Varinos” à
antiga “Travessa do Mercado”
foi inaugurada no sábado do
Colete Encarnado, numa ce-
rimónia em que membros de
Rancho Varino e não só fizer-
am questão de se vestirem à
moda desta comunidade e em
que até a presidente da
Câmara de Vila Franca se
vestiu também de varina.
João Conceição foi o primeiro
subscritor de um documento
lançado há anos que destacava
a necessidade de atribuir o
nome de uma rua da cidade
aos Varinos. A petição foi
entregue nas autarquias
locais, os seus objectivos
foram aprovados, mas a con-
cretização do acto demorou. E
João Conceição apontou isso
mesmo em Assembleia de
Freguesia realizada em Abril.
O processo foi então concluí-
do e a inauguração agendada
para o Colete Encarnado. A
rua encheu, com largas
dezenas de membros da
comunidade varina vila-fran-
quense, autarcas, campinos e
outros convidados.
João Conceição reconheceu, à
conversa com o Voz
Ribatejana, que mais vale
tarde que nunca. “As coisas
são pedidas e, às vezes, não
são logo concretizadas, mas é
preciso acompanhar e
explicar às pessoas a razão
desta homenagem aos vari-
nos. É a rua possível e, de
facto, uma rua onde eles pa-
ssavam muito tempo. A outra
que vulgarmente dizemos
“rua dos varinos” é a Luís de
Camões, mas esta acho que
está muito bem. É um marco
histórico para esta comu-
nidade”, sublinha, lembrando
que estes pescadores, oriun-
dos das zonas costeiras de
Ovar, Murtosa e Estarreja, se
começaram a fixar no Tejo e
em Vila Franca no fim do
século XVIII, procurando
melhores condições de vida.
Na pequena intervenção que
leu na cerimó-
nia inau-
gural
d o
n o v o
topónimo
da rua, João Conceição
vincou que os varinos jun-
taram dinheiro, compraram
alguns terrenos e começaram
a construir as suas casas em
Vila Franca, principalmente
nas actuais ruas Vasco da
Gama e Luís de Camões e na
Travessa da Lourença.
“Integraram-se perfeitamente
na sociedade vila-franquense
e até criaram o seu próprio
clube, o saudoso Águia
Vilafranquense”, acrescentou
João Conceição, mostrando-
se comovido com esta home-
nagem e agradecendo à comu-
nidade varina “pela lição de
vida que nos deram”.
No mesmo sentido foi a inter-
venção de Ana Serra, presi-
dente do Rancho Varino de
Vila Franca, que frisou que
esta rua regista ao longo do
tempo a memória da vivência
da comunidade varina. Já Ana
Câncio, presidente da Junta
vila-franquense, lembrou os
últimos passos até à
atribuição do novo nome a
esta rua e salientou que a sua
inauguração durante o Colete
Encarnado “tem um brilho
completamente diferente”.
“É com muito orgulho que
visto hoje esta roupa de vari-
na em dia de festa”, susten-
tou, por seu turno, Maria da
Luz Rosinha, presidente da
Câmara de Vila Franca, já
depois de ter recebido alguma
ajuda de varinas ali presentes
para compor melhor o chapéu
e o lenço. “É um momento de
homenagem e de respeito pela
vivência e contributo daque-
les que, no fim do século
XVIII, começaram a chegar a
esta terra e que começaram a
ser chamados “ovarinos”
pelos vila-franquenses. Fazem
parte integrante de Vila
Franca. São uma parte de Vila
Franca de Xira de que muito
nos orgulhamos e de que não
podemos perder a memória”,
observou a edil, realçando o
facto de neste mesmo dia se
juntarem em Vila Franca
todos os elementos que mais a
distinguem e caracterizam:
“O campo, o rio, os toiros, a
Lezíria, os vila-franquenses e
aqueles que nos visitam”.
Núcleo museológicoseria importanteJoão Conceição admite que será impor-tante dar mais alguns passos para perpetu-ar a memória da comunidade varina emVila Franca e concorda que a criação deum núcleo museológico seria importante.“Penso que seria o próximo passo a dar, atéporque para muita gente que vem a VilaFranca passear ou que vem almoçar, é impor-tante ter coisas abertas para ver”, sublinha. “Acho que Vila Franca precisava de ter algunsmuseus, algumas coisas desse género, para deixarmospara os vindouros a memória do que foram os antepassa-dos que aqui viveram. Porque se não a história dos vari-nos apaga-se. Ainda cá vivem, mas a sua actividade hoje écompletamente diferente do que foi, desde que começarama fixar-se aqui no fim do século XVIII até há 20 ou 30anos atrás”, prossegue João Conceição, que até não gostamuito da opção tomada para a estátua da varina, colocadajunto à Estação dos Correios, à beira da Rua JacintoNunes. “Penso que não representa de facto a varina.Bastava ver os azulejos que estão no mercado para perce-bermos que a estátua está desenquadrada. Defendi sempreque, a fazer-se uma varina, ela devia ser colocada maisjunto ao Mercado Municipal, com um pedestalzinho, umacoisa mais gira. Acho aquele monumento pobre, mas foi oque as pessoas na altura fizeram”, conclui.
Maria da Luz Rosinha realçou opapel da comunidade varina nodesenvolvimento de Vila Franca
Elementos do Rancho Varino deVila Franca
A antiga Travessa do
Mercado de Vila Franca de
Xira passa a designar-se
Rua dos Varinos, em home-
nagem a esta comunidade
que se fixou na agora cidade
desde os finais dos séculos
XVIII.
EDITAL Nº 296/2012
ATRIBUIÇÃO DO DIREITO AO ARRENDAMENTODO ESPAÇO MUNICIPAL DESTINADO AESTABELECIMENTO, DESIGNADO POR
“CAFETARIA DAS PISCINAS MUNICIPAISDO FORTE DA CASA”
MARIA DA LUZ GAMEIRO BEJA FERREIRAROSINHA, PRESIDENTE DA CÂMARAMUNICIPAL DE VILA FRANCA DE XIRA
Nos termos do artigo 91º, da Lei nº 169/99, de 18 desetembro, com as alterações introduzidas pela Leinº 5-A/2002, de 11 de janeiro, torna público que deacordo com a deliberação de câmara, tomada nasua reunião de 30 de maio de 2012, se procederáno próximo dia 2 de julho de 2012, às 9H30, nasinstalações da Divisão de Desporto e Gestão deEquipamentos, sita na Rua Dr. Vasco Moniz, nº 17,Edificio Varandas da Lezíria 2600-273 Vila Francade Xira, ao ato público, para a abertura das pro-postas destinadas à atribuição do direito ao arrenda-mento do espaço municipal destinado a estabeleci-mento, designado por “Cafetaria das PiscinasMunicipais do Forte da Casa”, em conformidadecom o documento que contém o “Programa eCondições” do procedimento e que está disponívelpara consulta ou obtenção por parte dos interessa-dos que queiram apresentar proposta na moradaacima indicada, a partir da data indicada no pre-sente edital, nos dias úteis, das 09H30 às 12H00 edas 14H30 às 16H30, até à data e hora limite para aentrega das propostas, sendo que:
1. O valor base da renda mensal é de € 250,00(duzentos e cinquenta euros) e o contrato será ce-lebrado pelo prazo de 5 anos, prorrogável por perío-dos de 3 anos, até ao limite máximo de 20 anos,incluindo o contrato inicial.
2. No período inicial de 5 anos o montante da rendamensal é fixo, sendo atualizado em cada renovação,de acordo com o índice de preços ao consumidorapurado pelo Instituto Nacional de Estatística para oano imediatamente transacto.
3. Podem concorrer pessoas singulares (em nomepróprio ou devidamente representado) ou pessoascolectivas através dos seus legais representantes.
4. Os concorrentes deverão apresentar uma propos-ta de acordo com o indicado no “Programa eCondições”, com a indicação do valor mensal darenda, que não poderá ser inferior ao valor base derenda mensal indicado no ponto 1.
5. A proposta deverá também conter um projetocomercial que contemple todos os factores e sub-factores do critério de adjudicação, descritos no“Programa e Condições” do procedimento,nomeadamente, com a descrição dos equipamentose mobiliário a instalar no estabelecimento, investi-mentos a realizar, número de postos de trabalho acriar, podendo conter outros elementos que o con-corrente considere relevantes.
6. O critério de adjudicação será o da proposta eco-nomicamente mais vantajosa, tendo em conta osfactores e a ponderação dos mesmos que se encon-tram descriminados no “Programa e Condições” doprocedimento.
7. Os interessados poderão consultar e/ou solicitar o“Programa e Condições” do arrendamento do esta-belecimento em causa, nas instalações da Divisãode Desporto e Gestão de Equipamentos, sita na ruaDr. Vasco Moniz, nº 17, Edificio Varandas da Lezíria2600-273 Vila Franca de Xira.
8. As propostas apresentadas em invólucro opaco,fechado e lacrado, devem ser apresentadas nomesmo local até às 16h30 do dia 29 de junho de2012, pessoalmente, contra recibo, ou pelo correio,sob registo e com aviso de recepção, não sendoaceites propostas enviadas via postal que deementrada após esta data.
9. A abertura dos envelopes será feita no ato públi-co, no dia 2 de Julho de 2012, às 9H30, nas insta-lações da Divisão de Desporto e Gestão deEquipamentos, sita na rua Dr. Vasco Moniz, nº 17Edificio Varandas da Lezíria 2600-273 Vila Francade Xira.
10. Posteriormente ao ato público será efectuadoum relatório preliminar com o projeto de decisão deadjudicação, que será notificado a todos os conco-rrentes, dispondo os mesmos do prazo de 10 diasúteis contados a partir da data da notificação dorelatório, para se pronunciarem, querendo, sobre oprojeto de decisão de adjudicação.
11. Findo o acima indicado prazo de 10 dias úteis,será elaborado o relatório final de adjudicação, queserá submetido a aprovação em reunião de CâmaraMunicipal, do qual os concorrentes serão notifica-dos.
12. O contrato de arrendamento será celebrado noprazo de trinta dias seguidos a contar da data danotificação da adjudicação e após a entrega dosdocumentos relativos à identificação do adjudi-catário descriminados no “Programa e Condições”do procedimento.
Para constar se publica o presente edital e outros deigual teor que vão ser afixados nos Paços doMunicípio, na página electrónica da CâmaraMunicipal e, ainda, num jornal de circulaçãonacional e num jornal local.
E eu, Maria Paula Cordeiro Ascensão, Diretora doDepartamento de Administração Geral, o subscrevi.
Paços do Município de Vila Franca de Xira, 31 demaio de 2012
A Presidente da Câmara Municipal,
- Maria da Luz Rosinha -
1318 de Julho de 2012
Jorge Talixa
O Colete Encarnado terá re-
gistado, este ano, a maior
afluência de pessoas de que há
memória, pelo menos na últi-
ma década. As maiores
enchentes deram-se, como é
habitual, na noite de sábado
para domingo (sardinha assa-
da) e nas tardes do fim-de-
semana, com o domingo a
beneficiar da influência da
transmissão directa da TVI e
da corrida de toiros na Palha
Blanco. Para os autarcas
locais, o balanço é muito po-
sitivo, também pelo conjunto
de exposições organizado e
pelo facto de não terem oco-
rrido distúrbios complicados.
Estes 80 anos do Colete
ficam, por isso, na memória
com uma imagem bem positi-
va.
Maria da Luz Rosinha, presi-
dente da edilidade de Vila
Franca, disse isso mesmo na
reunião camarária de quarta-
feira. “Foi o ano que congre-
gou mais pessoas em todos os
seus dias, beneficiando tam-
bém do facto de ter sido real-
izado aqui um programa da
TVI no domingo, que foi pro-
movido logo desde a quarta-
feira anterior”, vincou.
Positiva foi também a apreci-
ação de Aurélio Marques
(CDU), que destacou sobretu-
do a organização das
exposições dos 80 anos do
Grupo de Forcados Amadores
de Vila Franca e “Glórias”,
frisando que foram “exclusi-
vamente organizadas pela
Câmara, o que é de realçar e
que demonstra que a Câmara
tem quadros devidamente
qualificados e que os seus
serviços podem fazer estas
organizações, isto sem despri-
mor para as outras exposições
da Semana da Cultura
Tauromáquica, que também
têm bastante categoria”. Mas
Aurélio Marques aponta um
único se não ao programa da
Semana da Cultura Tau-
romáquica, o facto de ter con-
tado com mais espanhóis do
que com portugueses nos seus
três colóquios. “Havia dois
terços de espanhóis e um terço
de portugueses. Não tenho
nada contra os nuestros her-
manos, mas acho que, até por
razões de custo-benefício e da
situação, há em Portugal pes-
soas muito importantes no
âmbito da tauromaquia para
participar nestas realizações”,
salientou.
Já João de Carvalho, vereador
da Coligação Novo Rumo,
realçou que o Colete
Encarnado “teve a maior
afluência de gente dos últimos
anos. Notou-se mais no
domingo, provavelmente pelo
atractivo da TVI. Foi, sem
sombra de dúvida, um êxito,
não só por serem os 80 anos.
Este foi o que mais afluência
teve pelos menos nos últimos
10 anos”, sustentou.
Maria da Luz Rosinha acres-
centou que o programa da
TVI “Somos Portugal” foi o
mais visto na televisão por-
tuguesa no domingo e chegou
a atingir mais de 1 milhão de
telespectadores. “Uma exce-
lente forma de promover o
concelho”, observou, admitin-
do que também ocorreram
alguns episódios menos bons,
como o facto de, sobretudo na
sexta-feira à noite, muitos
terem resolvido usar o monu-
mento ao campino como “ele-
mento de diversão”. A autarca
assume que se enervou bas-
tante por ver pessoas a
saltarem por cima do monu-
mento e em cima do cavalo.
“O monumento esteve em
risco”, admite, mas as coisas
acalmaram e, tendo em conta,
a quantidade de pessoas mais
bebidas, considera que “cor-
reu tudo muito bem e não
houve nenhum incidente
merecedor de registo”.
Colete Encarnado com a maior
afluência dos últimos anosA edição 2012 do Colete Encarnado terá sido a mais concorrida dos últimos anos, na opinião dos autarcas locais e de muitos
dos participantes na festa
Foi o Norte que mais viu oColete na TVI
Segundo dados da empresa GFK de medição de audiên-cias televisivas, o programa da TVI dedicado ao ColeteEncarnado foi um dos mais vistos do domingo dia 8 e o21º. mais visto da semana. Mais de um quarto dos queviram televisão naquela tarde sintonizaram o programadedicado à festa de Vila Franca, salientando-se a audiên-cia alcançada no Norte (29, 3%), no escalão etário dos 55aos 64 anos (21, 8%), nos telespectadores de sexo femini-no (62, 7%) e na classe média-baixa (44, 8%).
Perigo na Linha do Norte
João de Carvalho alertou, todavia, para os riscos que cor-rem as pessoas que insistem em colocar-se na linha-fér-rea, na zona da Rua 1ª. de Dezembro, para verem asesperas e largadas de toiros. “É impossível controlar aspessoas, tem que se por ali polícia que diga às pessoas quetêm que sair dali. Dizem que os comboios vêm a 10 àhora, mas a 10 à hora também podem matar. Nos toirosestá quem quer, na linha do comboio é proibido. Não épossível continuar a ver centenas de pessoas penduradasdo lado da linha. As pessoas têm que entender que aoestarem ali estão a pôr a sua vida em risco”, sublinhou. Francisco Vale Antunes, vereador responsável pelopelouro do turismo, explicou que já se realizaram váriasreuniões “tentando minimizar os impactos” desta situ-ação, porque “os comboios reduzem a velocidade, mas háriscos para a segurança das pessoas”. Também por isso,na recente requalificação da Rua 1º. de Dezembro, a edili-dade resolveu afastar as tronqueiras do muro que separaa rua da linha-férrea, de modo a tentar que as pessoas sefixassem no passeio. “No entanto, ainda persistem pessoasdo lado de lá da linha. Foram feitas reuniões com asforças de segurança, que estiveram lá, mas foram apedre-jadas”, refere o edil, sublinhando que a PSP aconselhou,então, que não fossem solicitados agentes para vigiar alinha, porque isso iria gerar uma forte tensão. “A alterna-tiva seria subir a barreira física (muro), de forma a cortara visibilidade, mas esse aspecto ainda não foi concretizadopela CP e pela Refer, por dificuldades financeiras. Eudiria que é este aspecto que falta para conseguirmosresolver o problema”, rematou Francisco Vale Antunes.
O concerto da banda do Ateneu
Faixa com pressa de serdescerradaA bandeira do Município de Vila Franca que encobria aplaca alusiva à nova Rua dos Varinos parecia apostadaem acelerar a cerimónia, tantas foram as vezes que caiu,ajudada por algum vento que se fazia sentir. A solução foimesmo segurá-la durante algum tempo com a ajuda deuma vara. Será que depois de tanto tempo à espera quefosse cumprida a promessa de dar o nome dos “Varinos”a uma rua da cidade, a bandeira queria mesmo con-cretizar a homenagem o mais rapidamente possível!?
Rosinha vestida decampino!?É verdade que a presidente da Câmara de Vila Franca deXira surpreendeu ao surgir vestida de varina na recenteinauguração da Rua dos Varinos (ver página 12), mas oque ninguém esperaria talvez foi o desafio lançado àautarca já na reunião camarária de quarta-feira: aparecerno próximo Colete Encarnado vestida de campino.Aurélio Marques, vereador da CDU, destacou a qualidadedas exposições “Glórias” e dos 80 anos dos Forcados deVila Franca e o trabalho dos técnicos e funcionáriosmunicipais envolvidos. E lembrou a forma como Maria daLuz Rosinha decidiu “disfarçar-se” de varina. “Gostavade a ver vestida de campino no próximo ColeteEncarnado”, observou.
OLHO VIVO I
OLHO VIVO II
14voz ribatejana # 42
Texto: João Mascarenhas
Fotos : Ana Serra
No toureio sabe-se que para
se alcançar a excelência e o
reconhecimento, para além
do valor, é preciso ter-se
muita disciplina, determi-
nação e responsabilidade.
Para além da intuição, no
âmbito social, o artista deve
saber contornar os contac-
tos, ponderar as acções e
poder amar um belo status
imbuído no desejo de sin-
grar na vida. Alguns “di-
estros” apontam coisas
interessantes no inicio das
carreiras, mas depois falta-
lhes a ponderação e o saber
estar nos diferentes lugares,
tornando difícil a sua ascen-
são. No domingo do Colete
Encarnado voltou a tourear
o jovem matador espanhol
David Mora, que é apodera-
do por António Tejero, ex-
bandarilheiro da quadrilha
de Enrique Ponce. Tem
escola e, tal como nós, é de
opinião que o David possui
boas chances de sucesso
profissional se seguir em
frente com a arte e beleza do
seu toureio, servindo-se
somente do talento de que é
possuído.
Três excelentes toiros
de Oliveira, Irmãos
António Ribeiro Telles
lidou o primeiro e quarto da
tarde, com 550 e 500 kilos,
respectivamente. O que
abriu praça foi um animal
que cumpriu bastante bem.
Nobre de excelentes investi-
das, sério e muito bem apre-
sentado. O seu segundo foi
diferente, mas o que mais
motivou o ginete da
Torrinha. A lide decorreu em
excelente ritmo, quer com o
toiro no primeiro estado,
quer depois com as bandari-
lhas, em que mexeu no
adversário com brilho,
vindo a reunir-se e a cravar
uma notável série de ferros
curtos. Actuação de nota
alta.
João Ribeiro Telles Júnior
lidou o 2º e 5º da tarde, que
pesaram 525 e 515 kilos, e
não esteve ao seu nível. As
reuniões e a cravagem não
lhe saíram bem, sobretudo
na lide do “colorau”, segun-
do de seu lote, um toiro que
veio de mais a menos e que
também contribuiu para que
as coisas não lhe tenham
funcionado como decerto
desejaria.
Forcados Amadores de
Vila Franca
O cabo Ricardo Castelo
pegou o toiro com maior
peso da corrida e fê-lo com
enorme determinação e
valor numa estupenda pega
à córnea e à primeira tenta-
tiva; Diogo Pereira fechou-
se sem brilho à córnea e ao
3º intento; Márcio Francisco
aguentou violentos derrotes,
rematando uma magnífica
pega à córnea e à primeira.
Por fim, Ricardo Patusco, à
córnea e ao 3º intento, não
conseguiu fazer-se luzir.
Toureio a pé
Dois toiros negros de
Oliveira, Irmãos, bonitos,
bem apresentados, nobres,
de investidas claras e recor-
rido, serviram magnifica-
mente os propósitos artísti-
cos de David Mora, um
jovem “diestro” que
começou a entrar nas feiras
importantes de Espanha e
França e… triunfa. O
primeiro pesou 442 e o
segundo 457 kilos. Sabe
andar pela arena, maneja o
capote e a muleta com acer-
to. A arte de tourear necessi-
ta o corpo como instrumento
e o artista deve tê-lo domi-
nado para que não interfira
nas lides, que não seja um
obstáculo para que as suas
intenções se expressem. O
sentimento deve fluir com
liberdade espiritual, porque
a tarefa mais difícil do
artista consiste em expressar
exactamente o que pensa, o
que sente. E David Mora
possui esses predicados.
Executou dois quites de
capote, diferentes e bem
desenhados e construiu duas
faenas a provar ambos os
“pitons” dos adversários,
levando-os embarcados no
engano com distâncias cer-
tas e rematando as séries na
devida altura. Toureia com a
cabeça despejada e com bom
gosto. Voltou a deixar exce-
lente ambiente na Praça
Palha Blanco. Com ¾ de
entrada, um pouco de vento
e meritório comportamento
das quadrilhas, o espectácu-
lo foi bem dirigido por
Ricardo Pereira.
Duas faenas com juros de Mora
Texto: João Mascarenhas
O espectáculo taurino da madrugada de sábado foi criadocom determinada finalidade. Os mais novos e muitos comoutra idade, enchem a Palha Blanco sem a preocupação demergulhar a alma no outro e em perceber o que ele sente,sonha, precisa ou sofre. A garraiada pretende reunir genteque quer passar uma noite alegre, descontraída, que perce-ba e alie a sua boa disposição ao outro. Sabe-se que estesrequisitos formam um traço que depende da formação
moral de cada um, mas é neste contexto e foi com estepropósito que se imaginou a “Garraiada da SardinhaAssada”. Digamos que é um espectáculo onde se exige umelenco de qualidades, onde se soma simpatia, empatia, gen-erosidade e… clemência.Com a casa quase cheia, foram lidados quatro erales deSantos Silva, que deram bom jogo. Actuaram os jovens ca-valeiros amadores Alexandre Gomes, Jacobo Botero, MartaValente e Andreia Oliveira. Houve detalhes bastante intere-ssantes, sobretudo dos dois primeiros que deixaram na
arena vila-franquense apontamentos de excelente intuiçãotoureira. Pegaram os Forcados Juvenis de Vila Franca,agrupamento que se mostrou desarrumado, salvando-se aboa prestação de Francisco Faria, que se fechou numa rijapega à córnea e à primeira tentativa. Jorge Silva foi dobra-do por João Matos que pegou à 2ª numa barbela inexpressi-va; João Vilaverde Júnior esteve valente nas diferentes ten-tativas: louve-se a determinação e Pedro Loureiro fechou ociclo consumando uma pega à córnea ao 2ª intento. Oespectáculo foi bem dirigido por Pedro Reinhard.
Jovens com habilidade em espectáculo a repensar
Jorge Talixa
A empresa intermunicipal
Águas do Ribatejo (AR) inau-
gurou, no dia 4, a sua nova
Unidade de Atendimento
Comercial (UAC) na cidade
de Samora Correia. Um
espaço amplo, situado no
centro da cidade, que servirá
os já perto de 20 mil habi-
tantes da freguesia e todos os
utentes dos sete municípios
da área de influência da AR
que ali se dirijam. Na sessão
inaugural, os responsáveis da
empresa salientaram que a
Águas do ribatejo está, nesta
altura, a investir cerca de 15
milhões de euros no concelho
de Benavente.
Hélio Justino, presidente da
Junta de Freguesia de Samora
Correia, realçou a importân-
cia deste investimento, que
vem dotar Samora Correia de
melhores infra-estruturas na
área do abastecimento de
água e saneamento. Já
Dionísio Mendes, represen-
tante do conselho de adminis-
tração da AR e presidente da
Câmara de Coruche, obser-
vou que a abertura desta nova
unidade “é mais um passo na
caminhada pelo desenvolvi-
mento que já se concretizou
em mais de 50 milhões de
euros de investimentos em
seis concelhos” e que “irá
atingir 130 milhões até
2015”, dos quais cerca de 30
milhões no Município de
Torres Novas, que passou a
integrar a empresa em
Outubro de 2011.
“Esta região vai ficar dotada
de uma cobertura de quali-
dade no saneamento e
abastecimento de água para
mais de 95 por cento das po-
pulações. Apesar do forte
apoio dos fundos comu-
nitários, há aqui um esforço
significativo da empresa”,
salientou o autarca.
António José Ganhão, presi-
dente da Câmara Municipal
de Benavente, sublinhou, por
seu turno, que o tempo veio
dar razão a quem acreditou no
projeto da Águas do Ribatejo
e congratulou-se com os
resultados obtidos. “Não
havia outro modelo que
servisse melhor o interesse
das nossas populações”,
referiu.
Investimentos de 15 mil-
hões no concelho de
Benavente
Segundo foi revelado nesta
cerimónia, a AR está a desen-
volver investimentos da
ordem dos 15 milhões de
euros na área do Município
de Benavente (o segundo
mais extenso e mais populoso
da sua área de influência). As
obras de saneamento com a
construção/requalificação das
ETAR (estações de tratamen-
to de águas residuais) da
Esteveira, Quinta do Papelão
(Benavente), Barrosa, Santo
Estêvão, Quinta dos Gatos,
Bordalo Pinheiro, Pendente 2
de Porto Alto, respectivas
estações elevatórias e a
ampliação da rede de sanea-
mento com mais de 5 milhões
de euros de investimento, que
permitiu dotar o concelho
duma cobertura superior a 95
por cento, estão concluídas.
Resta a conclusão dos traba-
lhos já iniciados em Foros de
Charneca.
Na área do abastecimento de
água, a AR está a investir
cerca de 10 milhões de euros,
destacando-se o sistema Vale
Tripeiro/Benavente/Samora
Correia, a obra de maior vol-
ume financeiro com um custo
de quase 6 milhões de euros.
“O reservatório, num ponto
quase equidistante de
Benavente e Samora Correia,
tem uma capacidade de 5 mil
m3 e está equipado com um
moderno sistema de desin-
feção e tratamento da água.
Três novas estações ele-
vatórias, irão ajudar a levar a
água até às localidades de
Benavente, Coutada Velha e
Samora Correia, através de
21 quilómetros de novas con-
dutas, já construídas”, refere
a empresa.
Por outro lado, estão a ser
construídas estações de trata-
mento de água (ETA) em Vale
Tripeiro e na Barrosa, que
irão custar cerca de 600 mil
euros e “minimizar os proble-
mas do manganês verificados
em vários locais do concelho
de Benavente”. Acrescenta o
gabinete de comunicação da
Águas do Ribatejo que “sete
reservatórios descentraliza-
dos no território do município
de Benavente, a maioria com
mais de 20 anos, foram
requalificados e os seus
equipamentos reabilitados
para garantir o seu bom fun-
cionamento. Foi ainda instal-
ado o sistema de telegestão
que permite o controlo à dis-
tância de situações anómalas
e respostas mais rápidas per-
ante situações anómalas”.
A instalação de um posto de
transformação de “elevada
capacidade”, que garante a
alimentação do sistema de
Vale Tripeiro, e de um ger-
ador que será accionado em
caso de falha de energia na
rede da EDP e a colocação de
“novos equipamentos ao
serviço da proteção civil para
permitir o abastecimento
mais célere de viaturas em
caso de catástrofe ou situ-
ações de emergência”, são
outras das medidas já
tomadas pela empresa inter-
municipal, que serve os con-
celhos de Almeirim, Alpiarça,
Benavente, Chamusca,
Coruche, Salvaterra e Torres
Novas.
Ainda segundo a AR, estas
obras são financiadas pela
União Europeia, mas exigem
“um grande esforço da Águas
do Ribatejo, que suporta uma
parte significativa dos mon-
tantes recorrendo em exclusi-
vo aos valores pagos pelos
clientes. Para além das obras
financiadas têm sido rea-
lizadas várias intervenções
que não foram financiadas
pela União Europeia, mas
revelavam-se inadiáveis e por
isso a empresa avançou com
recurso a capitais próprios”,
conclui.
19
18 de Julho de 2012
EDITAL Nº 336/2012MARIA DA LUZ GAMEIRO BEJA FERREIRA ROSINHA, PRESI-
DENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE VILA FRANCA DE XIRA
FAZ SABER que, por despacho de 2012/06/04, do Sr. Vice-Presidente, Alberto Mesquita, proferido ao abrigo do despacho nº2/2011, de 10 de janeiro, que remete para o despacho nº 32/2009, de4 de novembro, de delegação de competências da signatária:
1. Fica notificado o Sr. João Teixeira, residente na Avenida Manuel daMaia, nº 48, 2º esq, em Lisboa, do teor ofício nº 2371, de 2012/05/11:“Assunto da notificação - Imóvel degradado na Rua Serpa Pinto, nº67, 69, 71 e 73 - Vila Franca de Xira
Relativamente ao assunto acima mencionado e, em conformidadecom o despacho exarado em 2012/04/17 pelo Vice-Presidente Sr.Alberto Mesquita, informa-se de acordo com o seguinte:
1. Trata-se de um edifício antigo, com três pisos, tendo no piso 0 umespaço comercial e no piso 1 e 2 habitação.
2. Verificou-se que o revestimento/reboco da parede exterior do alça-do principal, se encontra num avançado estado de degradação, tendojá ocorrido a queda de parte deste revestimento/reboco para a viapública e existindo um risco iminente de ocorrerem novas quedas.Face ao exposto notifica-se V. Ex.ª para, num prazo de 15 dias, ini-ciar os trabalhos de reparação necessários à correção das anomaliasexistentes, devendo obter as necessárias licenças de ocupação davia pública junto da Junta de Freguesia de Vila Franca de Xira.Mais se informa que serão imputadas a V. Ex.ª todas as responsabil-idades por danos pessoais ou patrimoniais que possam ocorrer emconsequência do estado de degradação do imóvel de sua pro-priedade.
Com os melhores cumprimentos.
Por delegação do Diretor do Departamento, O Chefe da Divisão deFiscalização, Pedro J. A. Cairrão, (Eng.º Civil)”
2. Procede-se à notificação por edital nos termos da alínea d), do nº1, do artigo 70º do CPA – Código do Procedimento Administrativo,depois de se terem frustrado várias tentativas para efetuar a notifi-cação postal ao interessado.
A este assunto corresponde o processo camarário nº 99/00ONEREDPDM.
Para constar se publica o presente edital e outros de igual teor vãoser afixados nos locais do costume, na morada a que o mesmo aludee publicado nos jornais locais. E eu,Maria Paula Cordeiro Ascensão, Diretora do Departamento deAdministração Geral, o subscrevi.
Paços do Município de Vila Franca de Xira, 19 de junho de 2012
A Presidente da Câmara Municipal,
- Maria da Luz Rosinha -
A Águas do Ribatejo está a investir cerca de 15 milhões de euros no concelho de Benavente, segundo foi anunciado na cer-
imónia inaugural da nova unidade de atendimento da empresa em Samora Correia.
Águas do Ribatejo inaugura
loja em Samora Correia
Opel Adam disponível em 2013A GM Portugal anunciou o próximo lançamento do OpelADAM, modelo que será apresentado no final deSetembro no salão de Paris e que estará disponível nomercado no início de 2013. Segundo a empresa, com onovo ADAM, “a Opel estreia um automóvel urbano‘chique’ e elegante num segmento de mercado bastantevirado para o estilo”. O Opel ADAM “combina um designarrojado com possibilidades de personalização pratica-mente ilimitadas, as quais podem tornar cada ADAM numautomóvel singular”. “O novo modelo também oferece tecnologias típicas desegmentos superiores, tais como um novo sistema deinformação e entretenimento que permite integrar smart-phones (Android e Apple iOS), tornando acessíveis fun-cionalidades e aplicações assentes na Internet através dosdispositivos do automóvel”, acrescenta a GM Portugal,frisando que o Opel ADAM, com 3,7 ms de comprimento e1,7 ms de largura, é um “modelo de três portas perfeitopara o meio urbano”. “O novo Opel ADAM representa grande potencial decrescimento para a marca e estamos orgulhosos do quealcançámos, com um produto que integra a excelência daengenharia neste segmento», afirma o CEO da Opel,Karl-Friedrich Stracke. «O ADAM é o primeiro automóveldo segmento A a ser produzido exclusivamente naAlemanha. Estamos seguros de que terá uma receçãoentusiástica na estreia mundial em Paris, em Setembro”,refere. Na fase inicial de comercialização, o Opel ADAMoferecerá à escolha três motores a gasolina (1.2 de 70 cv,1.4 de 87 cv e 1.4 de 100 cv), associados a caixas manuaisde cinco velocidades.Esta região
vai ficardotada deumacobertura dequalidade nosaneamento eabastecimentode água paramais de 95por cento daspopulações
A inauguração da loja de SamoraCorreia da Águas do Ribatejo
Futsal do Alverca City tricampeãono Xira 2011/12A equipa de futsal do Alverca City sagrou-se tri-campeãdos jogos concelhios de Vila Franca de Xira, com umtotal de 11 vitórias e uma derrota. A equipa alverquensemarcou 89 golos e sofreu 20, conseguindo também omelhor ataque e a melhor defesa do campeonato. Osmelhores marcadores da equipa foram TiagoCarvalho e Geovani Quitumbo ambos com 24golos marcados em 12 jogos.
20
DESPORTO
“
voz ribatejana # 42
Acção da Inspecção de Jogos leva à penhora
de verbas do Vilafranquense
Jorge Talixa
O bingo, que durante anos foi
uma boa fonte de receita da
União Desportiva Vila-fran-
quense (UDV), acabou, nos
últimos anos, por se transfor-
mar num problema. Desacti-
vado em 2009, quando já fun-
cionava no Vilafranca
Centro, por falta de afluên-
cia, gerou então situações
complicadas com os paga-
mentos aos funcionários.
Mais recentemente, os diri-
gentes da colectividade de
Vila Franca foram surpreen-
didos com uma acção da
Inspeção-Geral de Jogos
(IGJ) que reclama equipa-
mentos alegadamente não
devolvidos. O Voz Ribatejana
apurou que, em 2010, uma
empresa contratada pela
Inspecção de Jogos esteve em
Vila Franca e, segundo os
dirigentes, levou todo o
equipamento existente. Só
que não deixou, nem lhe terá
sido pedido, um documento
com a descrição completa do
equipamento devolvido.
Nove meses depois, a UDV
recebeu uma comunicação da
IGJ que diz que parte do
equipamento não foi entregue
e avalia em 25 mil euros os
materiais alegadamente em
falta. Não tendo nada em seu
poder, o clube procurou
esclarecer e contestou várias
vezes a posição da IGJ. Mas
este organismo insiste na sua
tese e, com multas e juros, já
reclama, nesta altura, cerca
de 70 mil euros, tendo tam-
bém em conta que a UDV
não teve condições para apre-
sentar uma garantia bancária
de 90 mil euros que aquela
entidade exigiu. Os respon-
sáveis da União Vilafran-
quense estão até dispostos a
contestar toda esta acção em
tribunal, reafirmando que o
clube não ficou com qualquer
tipo de equipamento do
bingo. Entretanto, a IGJ terá
procurado, em articulação
com as Finanças, alguns bens
da UDV para penhorar e,
como o pavilhão já foi dado
como garantia para outra
situação, resolveu reclamar
as verbas do PAMA
(Programa de Apoio Muni-
cipal ao Associativis-mo),
que a Câmara de Vila Franca
atribui anualmente às cole-
ctividades para apoio ao seu
funcionamento. O Voz
Ribatejana sabe que, no mês
passado, a comissão adminis-
trativa que gere o clube foi
surpreendida com a comuni-
cação desta penhora dos 22
mil euros que a UDV devia
receber este ano da Câmara.
Os dirigentes já apresentaram
contestação e admitem levar
o caso a tribunal, mas é mais
uma situação que vem com-
plicar a já difícil vida do
Vilafranquense.
A Inspecção de Jogos alega que o Vilafranquense não terá entregue todo o equipamento
depois de ter desactivado a sua sala de bingo e exigiu 25 mil euros. O clube contesta com-
pletamente esta versão, mas as multas e os juros somados já elevaram este valor para cerca
de 70 mil euros e motivaram uma penhora das verbas que a UDV devia receber em 2012 da
Câmara de Vila Franca. O caso pode seguir para tribunal.
Atletas do Arrudense em destaque nos 1500 metros
do nacional de juvenis
“A prova teve 144 equipas
inscritas. Gonçalo Cláudio e
Rafael Rucha tinham rea-
lizado mínimos de partici-
pação. No entanto, os seus
tempos não indicavam que
pudessem chegar entre os 10
primeiros classificados. Mas
acabariam por surpreender
ao ter uma excelente
prestação, apesar do vento
que se fazia sentir, con-
seguindo assim uma
prestação coletiva fabulosa,
sendo mesmo a melhor de
sempre para atletas do
CRDA e a única equipa com
2 atletas nas 10 primeiras
posições, a nível nacional.
No final da prova, ouvimos
os atletas, que, satisfeitos,
falaram da prova e da forma
como se sentiram. O
primeiro a falar foi Rafael
Rucha que, confrontado com
várias perguntas, explicou
que, “baseado nos rankings
nacionais e na lista dos
inscritos, achei que tinha
capacidade de fazer uma boa
prova, desde que não pio-
rasse demasiado o tempo.
Senti que acabei bem, mas
com a sensação que podia
ter feito ainda melhor. A
meio da prova não me senti
mal, mas o vento dificultou
muito as coisas e também
ajudou a que o tempo da
prova não fosse o melhor”.
“Apesar de não ter batido o
recorde pessoal e não ter
obtido um lugar mais alto,
estou contente porque tive
uma semana pré-competiti-
va bastante complicada,
com um início de lesão que
poderia deixar-me de fora
desta prova muito impor-
tante”, prosseguiu Rafael
Rucha, que terminou na
sexta posição com 4’12’’11.
Falámos também com o
atleta Gonçalo Cláudio, que
nos fez uma breve abor-
dagem da prova. “As
condições não eram as me-
lhores, principalmente por
causa do vento que per-
maneceu durante toda a
prova. No entanto, sabia que
esta era a prova da época,
senti-me bastante concentra-
do na mesma e acabei por
conseguir um bom resulta-
do, pelo que os objectivos
foram claramente ultrapas-
sados. Com a época a termi-
nar, este resultado abre boas
expectativas para uma pró-
xima época, que, em com-
panhia de todo o grupo de
treino, dos treinadores e
especialmente do meu cole-
ga Rafael Rucha, espero que
venha a ser ainda mais pro-
dutiva”, referiu o Gonçalo,
que ficou na sétima posição,
com o tempo de 4’12’’84.
Gonçalo Cláudio e Rafael Rucha representaram o Arrudense no recente Campeonato
Nacional de Juvenis, disputado na pista de Abrantes. Correram os 1500 metros e
alcançaram o sexto e o sétimo lugares, no que constituiu a melhor prestação de sempre em
nacionais da equipa do CRDA, que foi mesmo a única a colocar dois atletas nos primeiros
10 desta final nacional. Ana Monteiro e Jéssica Cruz, colegas de equipa dos jovens atletas
do CRDA, elaboraram uma oportuna reportagem que o Voz Ribatejana reproduz nesta
página.
Atletismo do Arrudense traz três títulosindividuais dos nacionais de veteranos
A equipa de atletismo do Arrudense alcançou um excelente quarto lugar colectivo noCampeonato Nacional de Veteranos, disputado no passado fim-de-semana no Luso (con-celho da Mealhada). Os atletas arrudenses trouxeram mesmo quatro títulos individuais,conquistados por Fernanda Nunes (escalão F 55) nos 800 e nos 1500 metros, por RosaVassindula (F35) nos 800 metros e por Alexandre Monteiro (M45) nos 3000 metrosobstáculos.Destaque também para a vitória de Anabela Gomes nos 5000 metros (Extra), com umreorde pessoal de 18’18”91 e para os segundos lugares de Luísa Monteiro (nos 200 metrosescalão F45), Rosa Vassindula (dardo, no escalão F35), Francisco Fernandes (5000 me-tros no escalão de M65) e da equipa de 4x400 metros composta por Zulmira Belo, RosaVassindula, Luísa Monteiro e Fernanda Nunes.Os veteranos do Clube Recreativo e Desportivo Arrudense trouxeram ainda quatro ter-ceiros lugares (Luísa Monteiro, Alexandre Monteiro, David Fernandes e equipa de 4x100composta por Zulmira Belo, Rosa Vassindula, Luísa Monteiro e Fernanda Nunes.
21
18 de Julho de 2012
Miguel António Rodrigues
O Carregado tem estado, nos
últimos anos, na alta roda do
futebol nacional. A sua equipa
principal lutou, na época pas-
sada, pelo regresso à Liga de
Honra e vai apostar em
2012/2013 numa época tran-
quila na Zona Sul da II
Divisão. Continuar a apostar
na formação e aumentar o
número de sócios são dois dos
grandes objectivos da
direcção da Associação
Desportiva do Carregado
(fundada em 1950). Aurélio
Lameiras continua à frente
dos destinos da colectividade
carregadense e, em entrevista
ao Voz Ribatejana, lamenta a
falta de apoios da Câmara de
Alenquer, que, refere, no ano
passado, não entregou qual-
quer verba ao clube. Aurélio
Lameiras está ligado à
direcção da ADC há 10 anos,
por convite do então presi-
dente. Chegou à colectividade
porque o seu filho era atleta
do clube.
A residir em Alenquer,
Aurélio Lameiras lamenta que
muitas pessoas não compreen-
dam a necessidade da existên-
cia desta instituição, mas sub-
linha que o Carregado con-
segue congregar muitas pes-
soas à volta do seu projecto.
Para o presidente “existem
dois Carregados. Um novo e
um velho”. E explica que ao
novo pertencem aquelas pe-
ssoas que só vão dormir ao
Carregado. Ao velho pertence
uma outra geração de pessoas.
Uma geração mais velha que
se dá mais às colectividades e
que aparece no campo para
apoiar à equipa principal, que
este ano se manteve com tran-
quilidade na II Divisão
nacional. Aliás, o Carregado,
tem, segundo o responsável,
uma massa associativa que vai
aparecendo, apoiando o clube,
“em casa e fora”, nos princi-
pais jogos.
Mas, como quase todos os
clubes, também a ADC luta
contra uma crise directiva.
Aurélio Lameiras é presidente
pela segunda vez, sendo que
antes presidiu a uma comissão
administrativa, porque não
apareceu nenhuma lista.
Entretanto, há poucas se-
manas, voltou a encabeçar
uma lista e, em conjunto com
um grupo de pessoas, volta
igualmente a liderar o projec-
to que se prevê dinâmico e
inovador para um clube que
terá este ano perto de 25/30
mil euros de orçamento para a
equipa principal de futebol.
Como todas as colectividades
do país, também a ADC
procura apoios junto das
empresas e do município. Da
parte da Câmara de Alenquer,
o clube refere que no ano pas-
sado não teve qualquer apoio.
Aurélio Lameiras diz que,
neste caso, a Lei 8/2012 (Lei
dos Compromissos), que
impede as autarquias de faz-
erem planos no âmbito finan-
ceiro sem cabimento orça-
mental, veio prejudicar as
associações. Para ultrapassar
essa situação, o clube está a
negociar com a autarquia a
venda de publicidade à “Vila
Presépio” nas camisolas dos
atletas. Essa será uma forma,
acrescenta, de ultrapassar a
situação. A outra passa pelas
receitas próprias que, para
além da publicidade e das
quotizações, implica também
muita criatividade. A venda de
bebidas e comidas em algu-
mas festas da região tem sido
um folêgo financeiro impor-
tante. O clube já esteve repre-
sentado nas Festas da
Ascensão e prepara-se agora
para outros eventos, igual-
mente importantes, que
podem gerar mais alguma
receita.
Aurélio Lameiras lamenta,
contudo, que a autarquia não
“olhe” para a associação
como gostariam os carre-
gadenses. O presidente lem-
bra a falta de equipamentos
desportivos municipais na
freguesia e sublinha que,
neste caso, é a ADC que se
substitui ao Estado no fomen-
to da prática desportiva.
Todavia, Aurélio Lameiras
destaca o empenho e a entrega
dos jogadores e técnicos, o
que contrasta com a atitude
mais distante dos associados.
A Associação Desportiva do Carregado movimenta mais de 800 atletas. O futebol é a principal
actividade do maior clube da freguesia. Para além de ter a equipa sénior da região mais bem colo-
cada nos nacionais (lutou pela subida à Liga de Honra na época passada), o Carregado dá car-
tas também na formação de jovens futebolistas.
68 mil euros em quotaspara cobrar
A Associação Desportiva do Carregado tem perto de 2500sócios. Todavia, o distanciamento de parte dos associadosfaz-se sentir no dia-a-dia do clube. Aurélio Lameirasdestaca que a situação não é favorável economicamente,mas poderia melhorar se o clube conseguisse cobrar pertode 68 mil euros de quotas em atraso.Pese embora todas as tentativas, os colaboradores do ADCnão têm tido muito sucesso. Em alguns casos, conseguemrecuperar alguns meses, mas noutros nem por isso, algoque faz toda a diferença.De acordo com o responsável, o “cobrador” não tem tidosucesso, embora existam campanhas de desconto emquase 50 por cento sobre as dívidas a cobrar no imediato. Ainda assim e crentes que os sócios, mais tarde ou maiscedo, vão aparecer, a ADC vai agora implantar medidaspara angariar mais associados.Para já o clube oferece descontos em algumas situações.A começar pela redução de 10% na Farmácia Varela doCarregado e nas mensalidades aos interessados no healthclublocal.Para o futuro, refere o presidente, está pensado o Dia doSócio com descontos no Intermarché do Carregado, bemcomo vales de desconto em gasolina e outros. Medidas,que refere Aurélio Lameiras, a direcção espera que sejamuma mais-valia para a instituição. Para além destasideias, o clube quer ainda organizar eventos desportivos,recreativos, culturais e lúdicos e rentabilizar os espaçosdesportivos. Por outro lado, anuncia ainda AurélioLameiras ao Voz Ribatejana, há planos para “divulgaçãoe promoção do nosso merchandising” e a abertura deuma loja com produtos do clube.Para além do futebol, modalidade “rainha” do clube, aADC promove também a prática de ginástica, trampolins,judo e taekwon-do, entre outras modalidades.
Futebol aposta namanutenção na ll divisão
A manutenção da equipa principal na II Divisão nacionalde futebol é uma preocupação da actual direcção. O presi-dente refere que os bons resultados da equipa estão rela-cionados com o espírito de grupo e com a política que aADC tem implantado.Para não descaracterizar o clube, Aurélio Lameirasdefende apenas a manutenção na próxima época, já que aADC não tem condições logísticas para o futebol profis-sional. A começar pelo campo e pelas estruturas, tudoteria de ser mudado, ou então, à semelhança de anosanteriores, o Carregado teria de jogar em casa empresta-da, como aconteceu no Estádio Municipal do Cartaxo, oque levou à perda de sócios.A aposta na manutenção e numa política desportiva sus-tentada, é a bases do clube para o sucesso. Este ano, aADC já tem o plantel praticamente fechado. Vieramjogadores da Castanheira, de Fazendas de Almeirim e,assim, aos poucos, a colectividade vai preenchendo oslugares vazios criados pelas saídas de jogadores para ou-tros clubes.Mas até nos atletas, o clube pretende poupar e inovar.Para isso, a aposta vai ser em jogadores formados nacasa. Este é um projecto de curto/médio prazo que dará aoclube a garantia de que os seus jogadores têm a formaçãoadequada, evitando custos com compras ou transferênciasde jogadores. Trata-se do projecto “Horizonte Sénior”,uma “aposta forte e bem identificada na formação dejogadores da casa que, dentro do perfil desportivo e socialtraçado por esta direcção” para que sejam parte inte-grante “na totalidade ou quase totalidade da equipa defutebol sénior”.
Presidente do Carregado
lamenta falta de apoios
da Câmara de
Alenquer
Sucessos da ADC
A equipa de futebol sénior, que começou no CampeonatoNacional da III Divisão na época de 2001/2002, chegouem 2007/2008 ao Campeonato Nacional da II Divisão;Na época de 2009/2010, a equipa de futebol sénior par-ticipou no campeonato profissional – Liga Vitalis; Desde a época de 2010/2011 que a equipa de futebolsénior participa no Campeonato Nacional da II Divisão;Na época de 2007/2008, a equipa de Juvenis sagrou-secampeã distrital da 1.ª Divisão, garantindo a subida paraa Divisão de Honra; Na época de 2011/2012, a equipa de Juniores iniciou asua participação no Campeonato Nacional da 2.ª divisão,onde teve uma excelente actuação, apesar de ser a suaestreia em campeonatos nacionais terminou em 8.º lugar,com 33 pontos, na fase regulamentar.
Voz Ribatejana
“
“
ALVERCA
:: número 42 :: ano 2 :: 18 de Julho de 2012 :: quinzenário regional ::
Adriano Pires
O estádio do Futebol Clube
de Alverca (FCA) recebeu,
no dia 7, uma iniciativa
solidária de apoio às
famílias mais carenciadas do
concelho. No âmbito do
chamado “Futrebol”, um
conjunto de figuras públicas
como o próprio Paulo Futre,
o actor Fernando Mendes e o
árbitro Pedro Proença dis-
putaram um jogo de futebol.
A animar a jornada de soli-
dariedade estiveram também
o Corpo Nacional de Escutas
(agrupamento de escuteiros
de Alverca), o Moto Clube
de Alverca, a equipa de
ginástica acrobática do
Grupo Desportivo do
Pessoal da Cimpor de
Alhandra, a Escola de
Futebol Geração do Benfica,
a tuna da Sociedade
Filarmónica Recreio Alver-
quense e o campeão nacional
de street Fábio Simões, entre
outros.
A iniciativa contou ainda
com os apoios do Hotel
Lezíria (Vila Franca de Xira)
SIC, RTP, TVI, Rádio
Popular, Boa–Vai–Ela e do
jornal Voz Ribatejana.
Se o resultado do jogo foi de
3 a 1, já o balanço desta ini-
ciativa resultou na recolha
de 5 toneladas e meia de ali-
mentos, o que, para os pro-
motores, mormente para a
equipa diretiva do FCA, li-
derada por Fernando Orge,
foi um sucesso, “mostrando,
assim, que a freguesia de
Alverca do Ribatejo é uma
freguesia solidária”.
Estrelas do futebolajudam famíliascarenciadasO jogo de futebol solidário organizado no estádio do Alverca permitiu recolher 5, 5
toneladas de alimentos que serão distribuídos pelas famílias mais carenciadas do concelho
de Vila Franca. As centenas de espectadores foram convidados a entregar alguns bens ali-
mentares em troca de bilhetes de entrada na iniciativa.
Teatro na Póvoa recolhe alimentos para sem-abrigo
O Grupo de Teatro Gruta Forte e a Associação “Os Companheiros da Noite” promovem,na tarde do próximo sábado(16h30), um espectáculodiferente de teatro solidário.A parceria entre estas duasinstituições visa recolherbens alimentares que OsCompanheiros da Noite dis-tribuirão, depois, pelos sem-abrigo que apoiam umpouco por todo concelho. Ainiciativa realiza-se nosjardins do Palácio daQuinta da Piedade (junto àbiblioteca). De acordo comOs Companheiros da Noite,esta representação do GrutaForte (Forte da Casa) seráfeita solidariamente deforma aquela associação devoluntários sedeada naPóvoa, “permitindo que amesma continue a desen-volver o seu trabalho deapoio a pessoas sem-abrigoe carenciadas do concelho.Os alimentos recolhidosserão distribuídos, atravésde rondas nocturnas, porequipas de voluntários”.
CASBApromove festa grande no Bom Sucesso
A festa de encerramento do ano lectivo 2011/2012 do CASBA atraiu milhares de pessoas,entre utentes, funcionários, familiares e outros amigos da instituição e moradores dazona. Para além das actividades ligadas às crianças que frequentam o Centro de ApoioSocial do Bom Sucesso e Arcena, a festa incluiu concertos com o Grupo Banza (dia 15) ecom o conhecido João Pedro Pais (16). A festa, que se realizou no Jardim Central do BomSucesso, prolongou-se pela noite e culminou com lançamento de fogo-de-artifício.Com cerca de 320 utentes nas valências de infância, o CASBA passou a incorporar, tam-bém, recentemente, os serviços da Instituição de Apoio a Idosos de São Romão.
Algumas das estrelas que participaramno evento solidário
Fernando Orge, presidente do Alverca, entregaalgumas lembranças aos participantes
Fotos de F
ilipe Martins