Detalhamento Da Armadura

120

Click here to load reader

description

calculo 3

Transcript of Detalhamento Da Armadura

  • 57

    3 DEFINIO DE DIRETRIZES PARA BALIZAR A

    REPRESENTAO DO PROJETO DE DETALHAMENTO DA

    ARMADURA

    Este captulo situa o projeto das armaduras no mbito do projeto da estrutura de

    concreto armado, chegando percepo da importncia dos projetos de

    detalhamento das armaduras. Alm do tratamento terico, junta-se aqui uma

    definio analtica dos projetos de detalhamento de armaduras, que se baseou num

    levantamento extenso de projetos de obras reais, com o intuito de conseguir tanto

    vislumbrar as partes que constituem tais projetos quanto os detalhes usados nos

    mesmos. Isto ser feito para os 3 elementos principais da estrutura de concreto

    armado, quais sejam, os pilares, vigas e lajes. Com isto se pretende entender a

    forma atual de representao utilizada (observe-se que o banco de projetos

    analisados restringe-se a casos relativos cidade de So Paulo SP), dando uma

    organizao s informaes levantadas, alm de facilitar a compreenso analtica

    das partes e formatos das plantas constituintes dos projetos de detalhamento das

    armaduras. Tais informaes serviro de referncia para a posterior pesquisa que

    ser feita com gestores da produo para a discusso das melhores formas de

    representao, do ponto de vista deles, de modo a facilitar o uso dos projetos na

    obra.

    3.1 PROJETO DE DETALHAMENTO DA ARMADURA

    A definio de projeto, no sentido mais amplo, abrange o projeto sob duas ticas,

    que so a do processo e a do produto.

    Uma relevante definio de projeto, no sentido mais amplo, a proposta por

    Melhado (1994), que define o projeto como sendo a atividade ou servio integrante

    do processo de construo, responsvel pelo desenvolvimento, organizao, registro

    e transmisso das caractersticas fsicas e tecnolgicas especificadas para uma

    obra, a serem consideradas na fase de execuo.

  • 58

    Nesta dissertao o projeto ser estudado sob a tica do produto, visto que os

    fatores de contedo, extrados do projeto de detalhamento da armadura, so

    detectados e quantificados atravs do projeto finalizado, ou seja, projeto do produto.

    Segundo Marques (1979), o conceito de projeto do produto (conceito esttico)

    refere-se ao projeto como um produto, constitudo de elementos grficos e

    descritivos, ordenados e elaborados segundo uma linguagem apropriada, visando

    atender s necessidades da fase do empreendimento que lhe sucede, que a fase

    de execuo, implantao ou, mais particularmente, de obra.

    Segundo Freire (2001), o projeto das estruturas de concreto armado tem a funo de

    representar graficamente a estrutura, os seus elementos e as peas que a

    compem, fornecendo informaes sobre as caractersticas do concreto e do ao.

    Adaptando-se o conceito de projeto do produto, proposto por Marques (1979), para o

    caso dos projetos das estruturas de concreto armado, define-se o projeto de

    estruturas de concreto armado como o documento que traz consigo informaes

    tcnicas, por meio de elementos grficos e descritivos, equipe que ir executar a

    estrutura de concreto armado.

    Freire (2001) ressalta que o projeto das estruturas de concreto armado o produto

    resultante do dimensionamento, modelagem e concepo relacionado com as

    solicitaes de exposio e a destinao da edificao, destacando-se que esse

    projeto tem que, dentro das normas de segurana, traduzir a estrutura materializada.

    O projeto de estruturas de concreto armado constitudo, basicamente, pelos

    projetos de frmas e projetos de detalhamento das armaduras.

    Seguindo-se raciocnio anlogo ao usado na definio proposta para o projeto de

    estruturas de concreto armado, define-se o projeto de detalhamento de armaduras

    como o documento tcnico, que traz informaes (elementos grficos e descritivos)

    a respeito das posies (bitola, comprimento unitrio, nmero de peas,

    espaamento, disposio da pea perante o conjunto armadura etc.) que constituem

    as armaduras das estruturas de concreto armado, equipe que ir montar as

    mesmas.

  • 59

    Os principais elementos que constituem o projeto das estruturas de concreto armado

    e, por conseqncia, o projeto de detalhamento das armaduras, so os pilares, vigas

    e lajes.

    3.2 VISO ANALTICA DA ARMADURA

    Antes de se adentrar a discusso, propriamente dita, da proposta de viso analtica

    da armadura que ser sugerida pelo autor dessa dissertao e que servir de base

    para o entendimento das discusses que se sucedem sobre as formas de

    representao dos projetos de detalhamento das armaduras, cabe apresentarem-se

    os conceitos que embasaram tal proposta.

    Inicialmente buscou-se classificar o edifcio e suas partes; entretanto, constatou-se

    que no existe um consenso quanto a tal classificao. Nesse contexto, utilizou-se,

    parcialmente, a classificao de alguns autores.

    O edifcio entendido, embasado em Souza (1983) e Mitidieri Filho (1998), como um

    produto que deve atender/satisfazer as exigncias dos usurios. Tambm entende-

    se o edifcio, baseado em Sabbatini e Barros (2008), como um sistema.

    Segundo Sabbatini e Barros (2008), a subdiviso do edifcio em partes,

    denominadas de subsistemas, feita atravs de critrios funcionais. Ainda segundo

    esses autores, os subsistemas se subdividem por sua vez em partes, denominadas

    elementos, o que tambm feito por meio de critrios funcionais. E, por fim, os

    elementos so constitudos por um conjunto de componentes (SABBATINI;

    BARROS, 2008).

    Segundo a ISO 6241 (1984), subsistema, elemento1 e componente podem ser

    definidos como:

    subsistema: parte de um edifcio desempenhando uma ou vrias funes

    necessrias para preencher os requisitos do usurio;

    1 Seguiu-se a traduo do termo assembly, proposta por Barros (1991) em analogia nomenclatura proposta por Souza (1983), pois assembly significa, ao p da letra, montagem; entretanto, tal traduo no expressa o sentido de assembly; logo, traduziu-se assembly como elemento.

  • 60

    elemento: agregado de componentes usados em conjunto;

    componente: produto manufaturado como uma unidade distinta para cumprir uma

    funo especfica (ou funes).

    Nessa dissertao vai-se usar a classificao e definio, do edifcio e suas partes,

    exposta acima.

    Visando-se enriquecer a discusso sobre a definio e classificao do edifcio e

    suas partes, torna-se interessante expor as referidas definies e classificaes

    propostas por Mitidieri Filho (1998), que classifica as partes do edifcio em material,

    componente e elemento e as define como:

    material: produto cuja correspondncia com funes especficas determinada

    apenas na ocasio de sua aplicao no edifcio (ex. areia, cimento, concreto, tinta

    etc.);

    componente: produto manufaturado como unidade distinta para servir a uma

    funo ou funes especficas (ex. porta, janela, viga, painel pr-fabricado etc.);

    elemento: agregado de componentes utilizados conjuntamente (ex. estrutura,

    paredes externas ou de fachada, divisrias internas, piso etc.); pode-se at

    considerar o elemento como um subsistema do edifcio.

    Segundo a NBR 15575-1 (2008), as partes do edifcio podem ser classificadas em

    sistema, elemento e componente, e suas definies so:

    sistema: a maior parte funcional do edifcio. Conjunto de elementos e

    componentes destinados a cumprir com uma macrofuno que a define (exemplo:

    fundao, estrutura, vedaes verticais, instalaes hidrossanitrias, cobertura);

    elemento: parte de um sistema com funes especficas. Geralmente composto

    por um conjunto de componentes (exemplo: parede de vedao de alvenaria,

    painel de vedao pr-fabricado, estrutura de cobertura);

  • 61

    componente: unidade integrante de determinado elemento do edifcio, com forma

    definida e destinada a cumprir funes especficas (exemplos: bloco de alvenaria,

    telha, folha de porta).

    Alm das definies expostas acima, para embasarem a viso analtica da

    armadura, que ser proposta nesta dissertao, necessita-se, tambm, de definies

    mais especficas. Tais definies, propostas por Freire (2001), so:

    armao: conjunto de atividades relativas preparao e posicionamento do ao

    dentro da estrutura;

    armadura: tambm conhecida como ferragem, a associao de diversas peas

    de ao, formando um conjunto para um determinado componente estrutural. o

    produto resultante do servio de armao;

    pea: parcela separvel da armadura de um componente da estrutura, constante

    do projeto estrutural, com dimenses e formato caractersticos que, quando

    associada a outras, gera a armadura;

    barra: elemento de ao para concreto armado, obtido por laminao, disponvel

    nos dimetros nominais a partir de 5mm (3/16);

    fio: elemento de ao para concreto armado, obtido por trefilao, disponvel nos

    dimetros nominais entre 3,2mm (3/32) e 10mm (3/8);

    vergalho: barra ou fio de ao com comprimento aproximado de 12m;

    cobrimento: tambm chamado de recobrimento, a camada de concreto que

    separa e protege a armadura do meio externo;

    camada: conjunto de peas, de um elemento estrutural, que pertencem ao

    mesmo plano;

    estribo: peas dispostas transversalmente ao elemento estrutural, com o objetivo

    de resistir aos esforos transversais decorrentes das foras de cisalhamento (no

    caso de vigas), auxiliar o concreto a resistir aos esforos de compresso (no caso

  • 62

    de pilares) e auxiliar a montagem e transporte das armaduras (tanto para pilares

    quanto para vigas);

    tela soldada: armadura composta por peas ortogonais, soldadas entre si,

    formando uma malha;

    dimetro nominal: tambm conhecido como bitola, o nmero correspondente

    ao valor, em milmetros, do dimetro da seo transversal do fio ou da barra;

    armadura positiva: tambm chamada de positivo, a armadura situada na parte

    inferior das lajes e vigas, responsvel por resistir trao proveniente dos

    momentos positivos;

    armadura negativa: tambm chamada de negativo, a armadura situada na

    parte superior das lajes e vigas, responsvel por resistir trao proveniente dos

    momentos negativos;

    traspasse: tipo de emenda, entre barras ou fios, atravs da justaposio de duas

    peas ao longo do comprimento;

    arranque: armadura deixada para fora do elemento estrutural , que ir, atravs

    do traspasse, dar a continuidade da transmisso dos esforos quando da

    solicitao da estrutura;

    armadura passiva: tambm conhecida como armadura frouxa, tem o objetivo de

    resistir aos esforos de trao e cisalhamento e no tem qualquer tipo de

    alongamento prvio, isto , nenhuma fora de protenso;

    armadura longitudinal: peas paralelas , dispostas no sentido da maior dimenso

    do elemento estrutural;

    armadura transversal: peas paralelas, dispostas no sentido da menor dimenso

    do elemento estrutural.

    Com uma abordagem um pouco distinta das citadas at aqui, Marchiori (2004),

    conforme esquematizado na Figura 3.1, prope um desdobramento partindo do

    edifcio como um todo e com nfase nas estruturas de concreto armado. Tal

  • 63

    esquema foi utilizado, tambm, por Arajo (2005), para abordar analiticamente o

    processo de produo das estruturas de concreto armado.

    Figura 3.1 Analiticidade do produto edifcio (MARCHIORI, 2004)

    Na Figura 3.1, o edifcio entendido como o produto final (sistema); esse produto

    final desmembrado em duas pores denominadas torre e periferia; ao analisar-se

    a poro referente torre, constata-se que ela possui vrios subsistemas, dentre os

    quais destaca-se a estrutura de concreto armado; esse subsistema pode ser

    analisado sob a tica do processo ou do produto.

    A abordagem de Marchiori (2004) se restringe apenas a analisar o subsistema

    estrutura de concreto armado, sob a tica do processo (servios, tarefas e

    subtarefas); entretanto, para esta pesquisa necessita-se analisar o subsistema

    estrutura de concreto armado tambm sob a tica do produto.

    Tarefas (viga, pilar, laje, escada) Subsistema

    Estrutura de Concreto Armado

    Servios

    Frmas

    + Armao

    + Concretagem

    Subtarefas exemplo para pilar: Gastalhos, 3 Faces, 4 Face, desforma

    Pores Produto Final

    Periferia

    Torre

  • 64

    Nesse contexto, o autor ampliar a abordagem proposta por Marchiori (2004), no

    sentido de tambm incluir, no esquema mostrado pela Figura 3.1, a anlise do

    subsistema estrutura de concreto armado sob a tica do produto.

    Na Figura 3.2 est incluso o entendimento da complementao/aprimoramento da

    anlise do subsistema estrutura de concreto armado, sob a tica do produto. Usam-

    se ali tambm as definies anteriormente discutidas neste item (note-se que, em

    funo das divergncias encontradas para alguns conceitos, o autor teve de adotar

    aqueles que acreditou serem os mais apropriados). Tal entendimento servir de

    base para as prximas etapas da pesquisa.

    Aps ampliar a abordagem de Marchiori (2004), no que tange ao entendimento

    analtico do subsistema estrutura de concreto armado, sob a tica do produto,

    entende-se que esse subsistema constitudo por elementos denominados pilar,

    viga e laje; cada um desses elementos constitudo por um conjunto de

    componentes (por exemplo, o elemento pilar representado na torre por vrios

    pilares: P1, P2, P3 etc.); cada componente, limitando-se a anlise ao servio de

    armao, constitudo por uma armadura; cada armadura constituda por

    conjuntos de posies (Ex. N1, N2, N3 etc.) e; cada posio constituda por um

    conjunto de peas iguais (Ex. estribos iguais).

    Estabelecida uma proposta de viso analtica da armadura, sob a tica do produto,

    pode-se discutir sobre quais os aspectos a serem abordados para se poder

    caracterizar uma determinada pea da armadura.

    Prope-se, para facilitar a caracterizao de uma determinada armadura, analisar os

    aspectos relacionados ao arranjo da informao e os relacionados visualizao da

    informao.

    A analise relacionada ao aspecto intitulado arranjo da informao abrange questes

    relativas utilizao ou no de pranchas diferentes, adoo ou no de pores

    separadas, organizao ou no de componentes separados, tipos de nomenclatura

    etc.

    A anlise relacionada ao aspecto intitulado visualizao da informao abrange

    questes relativas escala adotada, utilizao ou no de tracejado, ao local onde

  • 65

    se deve colocar a informao, adoo ou no de informaes adicionais,

    incluso ou no de cortes de frmas para elucidar a localizao da posio nos

    componentes etc.

    Figura 3.2 Abordagem analtica do processo de produo e do produto

    Tarefas (viga, pilar, laje, escada)

    Servios

    Frmas

    + Armao

    + Concretagem

    Subtarefas exemplo para pilar: Gastalhos, 3 Faces, 4 Face, desforma

    Subsistema Estrutura de Concreto

    Armado

    Pores Produto Final

    Periferia Torre

    PROCESSO

    PRODUTO

    Elementos (pilar, viga e laje)

    Componentes (Ex. Pilar: P1, P2, P3 etc.)

    Posio (Ex. Pilar: N1, N2, N3 etc.)

    Pea (Ex. Pilar: estribo)

    Armadura (Ex. Pilar: P1, P2, P3 etc.)

  • 66

    Uma estrutura de abordagem do projeto de detalhamento da armadura (PDA) ser

    usada tanto para estudar os diferentes PDAs de que o autor desta pesquisa

    dispunha, quanto para questionar os gestores (usurios dos PDAs) sobre as formas

    de representao que acham mais interessantes. Tal estrutura de abordagem ser

    explicada no item a seguir (estudos de caso).

    O conjunto das respostas dos gestores, junto com o diagnstico feito nas plantas

    dos estudos de caso e com a nomenclatura proposta, servem de diretrizes para uma

    futura discusso dos contratantes com os projetistas a respeito da forma de

    representao que deve ser adotada nos projetos contratados.

    3.3 ESTUDOS DE CASO

    O processo adotado para se chegar a uma proposta de uma estrutura de abordagem

    do projeto de detalhamento das armaduras (PDA) passou pelas seguintes etapas:

    reunio de todos os projetos relativos a obras de construo de edifcios,

    estudadas nessa pesquisa e que utilizavam exclusivamente o fornecimento de

    ao pr-cortado e pr-dobrado, chegando-se a um total de 7 obras (9 torres na

    fase de execuo do pavimento tipo 9 PDAs );

    anlise cuidadosa dos referidos projetos, por elemento (pilar, viga e laje),

    gerando-se a definio de partes2 com seus respectivos aspectos3 a serem

    observados;

    descrio da situao vigente.

    As partes com seus respectivos aspectos, que sero levantados nessa

    dissertao, podem ser visualizadas na Figura 3.3.

    A seguir sero explicadas cada uma das partes com seus respectivos aspectos, por

    elemento da estrutura (pilar, viga e laje), e, por conseqncia, se descrever a

    situao vigente, dentre os projetos analisados.

    2 As partes so aqui definidas como sendo os pontos a serem observados, de forma macro, nos projetos de detalhamento das armaduras. Cada parte constituda por um conjunto de aspectos. 3 Os aspectos so pontos a serem observados dentro de cada parte.

  • 67

    Figura 3.3 Estrutura de abordagem do projeto de detalhamento das armaduras (PDA)

    Informaes e particularidades de cada tipo de

    pea

    Valores de escala e locais de indicao

    Vistas da posio no componente

    Informaes especiais sobre as posies

    Pavimentos contabilizados e

    Formas de organizao

    Componentes com informaes

    oriundas do projeto de frmas

    Agrupamento de componentes

    Nomenclatura da pea

    Nomenclatura do componente estrutural

    Lista de Ferros e Resumo de

    Ao

    Escala

    Caracterizao

    das peas

    Representao

    grfica

    Nomenclatura

    Partes (analisadas separadamente para Pilar, Viga e Laje)

    Estrutura de abordagem do

    PDA

  • 68

    3.3.1 Pilares

    Para o caso do elemento da estrutura denominado pilar, as partes (com seus

    respectivos aspectos de projeto) levantadas e analisadas foram as seguintes:

    nomenclatura; representao grfica; caracterizao das peas; escala; e, lista de

    ferros e resumo de ao.

    3.3.1.1 Nomenclatura

    Em todos os projetos a nomenclatura dos pilares iniciou com a letra P, seguida de

    uma numerao (Figura 3.4); entretanto houve uma divergncia quanto numerao

    dos mesmos, pois em algumas situaes observou-se a adoo de centena (Figura

    3.5) na numerao que sucedia a letra P. Essa adoo de centena serve para

    representar uma parte da obra (no exemplo: P110 = pilar 10 da parte 1).

    Figura 3.4 Pilar sem a adoo de centena

    Figura 3.5 Pilar com a adoo de centena

  • 69

    A nomenclatura de cada conjunto de peas iguais que constituam as armaduras de

    pilares, em todos os projetos, iniciava com a letra N, seguida de uma numerao

    (Figura 3.6). Para essa nomenclatura dava-se o nome de posio.

    Figura 3.6 Representao das posies das peas da armadura de pilar

    3.3.1.2 Representao grfica

    Discutem-se aqui as formas de representao das peas da armadura de cada

    componente ou de um grupo de componentes.

    A representao grfica dos pilares ocorreu, nos projetos analisados, de forma

    agrupada (Figura 3.7) ou de forma isolada (Figura 3.8). O agrupamento dos pilares

    ocorria apenas quando o detalhamento de um conjunto de pilares era igual e o

    isolamento dos pilares ocorria quando o detalhamento de um pilar era diferente

    (nico) em relao aos outros ou ento quando o projetista optava por essa

    alternativa.

  • 70

    Figura 3.7 Pilares agrupados

    Figura 3.8 Pilar isolado

    Alm da representao grfica dos pilares em funo do agrupamento ou isolamento

    dos mesmos, ocorria tambm a representao grfica em funo do nmero de

    pavimentos. Esse segundo tipo de regra de agrupamento pode ser classificado em

    detalhamento da armadura do componente para um pavimento (Figura 3.9) ou

    detalhamento da armadura do componente para uma seqncia de pavimentos

    (Figura 3.10). O detalhamento da armadura do componente para um pavimento

    correspondia a um nico detalhamento da armadura do componente, podendo (tal

    detalhamento) servir para vrios pavimentos. O detalhamento da armadura do

    componente para uma seqncia de pavimentos correspondia ao detalhamento da

    armadura do componente vrias vezes, onde cada detalhamento correspondia a um

    pavimento.

  • 71

    Figura 3.9 Detalhamento dos pilares para um

    pavimento Figura 3.10 Detalhamento dos pilares para

    seqncia de pavimentos

    A representao grfica dos pilares pode ser acrescida de detalhes oriundos do

    projeto de frmas, como, por exemplo, o uso de hachura (Figura 3.11) para indicar

    que o pilar ter a sua seo reduzida ou ento para indicar que o pilar morre

    naquele pavimento.

    Figura 3.11 Pilar hachurado

    As vistas das posies nos componentes (Ex. P1, P2, P3 etc.), utilizadas nos

    projetos estudados, foram as vistas longitudinais e as vistas transversais. As

    referidas vistas podem ser visualizadas na Figura 3.12.

  • 72

    Figura 3.12 Vistas longitudinais (lado esquerdo) e transversais (lado direito)

    Observou-se que, para a situao das peas das armaduras de pilares que j haviam

    sido detalhadas antes, se utilizava, para as peas seguintes que fossem iguais, a

    representao grfica da pea na forma tracejada (Figura 3.13) e suprimia-se dela a

    especificao do seu comprimento e a representao das cotas.

    Figura 3.13 Pea linha tracejada

  • 73

    3.3.1.3 Caracterizao das peas

    Os tipos de peas que constituem as armaduras dos pilares (Figura 3.14) so as

    barras longitudinais, estribos e ganchos. A caracterizao da peas classificadas

    como barras longitudinais difere da caracterizao das peas classificadas como

    estribos e ganchos somente quanto incluso da informao referente ao

    espaamento das peas (cabvel ao caso dos estribos e ganchos, pois para as

    barras longitudinais essa informao desnecessria).

    Figura 3.14 Informaes referentes a cada tipo de pea (barra longitudinal, estribo e gancho)

    do componente

    Na maioria dos projetos observou-se que a seqncia de informaes das peas era

    composta por nmero da posio (N), nmero de peas, dimetro da pea (),

    espaamento (somente no caso dos estribos e ganchos) e comprimento da pea (C).

    Entretanto, constatou-se que, em alguns projetos, essa seqncia era diferente

    (Figura 3.15)

  • 74

    Figura 3.15 Estribo com seqncia de informaes diferente da usual

    A caracterizao das peas classificadas como estribos ou ganchos variava em

    funo da alocao dos mesmos (Figura 3.16), que poderia ser prxima

    representao grfica do prprio estribo (somente para o caso das peas

    classificadas como estribos) ou prxima representao grfica do prprio gancho

    (somente para o caso das peas classificadas como ganchos), denominada pelo

    autor de alocao horizontal, ou prxima representao grfica da barra

    longitudinal, chamada pelo autor de alocao vertical. Na situao de alocao

    horizontal, o estribo ou gancho tinha sua caracterizao completa e na situao de

    alocao vertical o estribo ou gancho tinha sua caracterizao incompleta, pois a

    informao referente ao comprimento no aparecia.

    Figura 3.16 Alocao horizontal e alocao vertical do estribo e do gancho

    Havia, em alguns projetos, informaes oriundas do projeto de frmas, no caso, a

    indicao da seo de cada pilar (Figura 3.17), localizada ao lado da nomenclatura

    do mesmo.

  • 75

    Figura 3.17 Seo indicada ao lado do nome do componente

    Com relao ao caso especfico do comprimento dos estribos e ganchos, ocorreu a

    situao de que alguns tipos de estribos4 e ganchos possuam (Figura 3.18 e Figura

    3.19) ou no (Figura 3.20 e Figura 3.21) um comprimento, acrescido soma dos

    comprimentos mostrados na figura, que no era mostrado na representao grfica

    da pea. Vale ressaltar que o comprimento adicional provavelmente seja resultante

    do clculo do comprimento necessrio para suprir o ao relativo s dobras e aos

    trechos retos dos estribos e ganchos (comprimento real total), que variam em funo,

    por exemplo, do tipo de estribo e gancho, do tipo de ao, do dimetro do raio de

    dobramento dentre outros aspectos. O fornecimento apenas das medidas externas

    (ou seja, sem o comprimento adicional) supre o armador das medidas que serviro

    para controle de aceitao das peas acabadas; o comprimento real total pode ser

    til para facilitar o corte de barras na medida certa para fazer a pea.

    Figura 3.18 Comprimento adicional, ou seja, comprimento real total (Estribo Fechado)

    Figura 3.19 Comprimento adicional, ou seja, comprimento real total (Gancho)

    4 Detectou-se que existiam, nos projetos de detalhamento das armaduras, diferentes tipos de estribos, no que tange ao arranjo dos mesmos. O autor dessa pesquisa, visando diferenci-los, criou uma classificao para a rpida identificao de cada tipo de arranjo de estribo. Tal classificao resultou em trs tipos de estribos: Estribo Fechado (Figura 3.18), Estribo Segmentado (Figura 3.20) e Estribo Acorrentado (Figura 3.52).

  • 76

    Figura 3.20 Sem comprimento adicional, ou seja, medidas externas (Estribo Segmentado)

    Figura 3.21 Sem comprimento adicional, ou seja, medidas externas (Gancho)

    3.3.1.4 Escala

    A localizao da escala do pilar apareceu tanto na prpria representao grfica dele

    (Figura 3.22), e nessa situao apresentava-se uma escala na direo horizontal e

    outra na vertical que no eram necessariamente iguais; e na legenda da prancha

    (Figura 3.23), onde nas situaes em que se tinha mais de uma escala, as mesmas

    no tinham como elucidar a que pilares e direes dos mesmos correspondiam tais

    escalas.

    Figura 3.22 Escala no detalhamento do pilar

  • 77

    Figura 3.23 Escala na legenda da prancha

    Nos projetos estudados detectou-se uma falta de padronizao quanto escala

    adotada para se representarem os detalhamentos de pilares, resultando com isso em

    detalhamentos que utilizavam uma menor escala (Figura 3.24) em relao a outros

    que utilizavam uma maior escala (Figura 3.25); como conseqncia do uso de uma

    menor escala visualiza-se um detalhamento mais denso. Os valores de escalas

    adotados nos projetos estudados foram 1:50 e 1:25; 1:50 e 1:20; 1:35 e 1:20; e, 1:35

    e 1:25.

  • 78

    Figura 3.24 Menor escala (1:50 e 1:25) Figura 3.25 Maior escala (1:20 e 1:35)

    3.3.1.5 Lista de Ferros e Resumo de Ao

    A Lista de Ferros e o Resumo de Ao de pilares eram organizados sob uma das

    seguintes formas em uma prancha:

    por pavimento: apresentao de 1 Lista de Ferros (Figura 3.26) e 1 Resumo de

    Ao (Figura 3.27). A organizao da Lista de Ferros e do Resumo de Ao se

  • 79

    classifica em por pavimento, pelo fato de eles contabilizarem a quantidade de

    ao correspondente a um pavimento tipo. A Lista de Ferros era estruturada por

    pilar (agrupando-se pilares iguais), ou seja, a cada novo pilar a contagem das

    posies era reiniciada. Cada posio (conjunto de peas iguais) continha

    informaes referentes ao tipo de ao (CA50A ou CA60B); nmero da posio;

    tamanho da bitola, em milmetros; quantidade de peas; e comprimento que era

    apresentado na forma unitria (comprimento de uma pea) e total (comprimento

    do conjunto de peas); O Resumo de ao somava todas as peas, em funo do

    tipo de ao e bitola, apresentando como resultado, para cada tipo de ao e bitola,

    os comprimentos totais das peas e respectivos pesos. O Resumo de Ao

    tambm mostrava o peso total das peas em funo apenas do tipo de ao.

    Figura 3.26 Lista de Ferros dos pilares por pavimento (viso parcial)

    Figura 3.27 Resumo de Ao dos pilares por pavimento

    para um conjunto de pavimentos: apresentao de 1 Lista de Ferros (Figura 3.28)

    e 1 Resumo de Ao (Figura 3.29). A organizao da Lista de Ferros e do Resumo

    de Ao se classifica em para um conjunto de pavimentos pelo fato de eles

    contabilizarem a quantidade de ao correspondente a esse conjunto de

    pavimentos tipo. A Lista de Ferros e o Resumo de Ao possuam a mesma forma

  • 80

    de estruturao que foi mostrada para a organizao da Lista de Ferros e do

    Resumo de Ao intitulado por pavimento.

    Figura 3.28 Lista de Ferros dos pilares para um conjunto de pavimentos (verso parcial)

    Figura 3.29 Resumo de Ao dos pilares para um conjunto de pavimentos

    para um conjunto de pavimentos e cada pavimento desse conjunto: apresentao

    de 1 Lista de Ferros (Figura 3.30), 1 Resumo de Ao (Figura 3.31), atendendo a

    essa lista, e quantos Resumos de Ao (Figura 3.32) fossem necessrios para

    atender a cada pavimento abrangido pelo conjunto de pavimentos. A organizao

    de Lista de Ferros e Resumos de Ao se classifica em para um conjunto de

    pavimentos e cada pavimento desse conjunto pelo fato de a Lista de Ferros e de

    um Resumo de Ao contabilizarem a quantidade correspondente a esse conjunto

    de pavimentos e tambm pelo fato de os demais Resumos de Ao atenderem,

    cada um, a cada pavimento abrangido pelo conjunto de pavimentos. A Lista de

    Ferros e os Resumos de Ao possuam a mesma forma de estruturao que foi

    mostrada para a organizao da Lista de Ferros e do Resumo de Ao intitulado

    por pavimento.

  • 81

    Figura 3.30 Lista de Ferros dos pilares para um conjunto de pavimentos e cada pavimento

    desse conjunto (viso parcial)

    Figura 3.31 Resumo de Ao dos pilares para um conjunto de pavimentos e cada pavimento desse conjunto que est vinculado a Lista de Ferros

    Figura 3.32 Resumos de Ao dos pilares para um conjunto de pavimentos e cada pavimento desse conjunto para a situao em que cada Resumo de ao atende a um pavimento

  • 82

    3.3.2 Vigas

    Para o caso do elemento da estrutura denominado viga, as partes (com seus

    respectivos aspectos de projeto) levantadas e analisadas, como no caso dos pilares,

    foram as seguintes: nomenclatura; representao grfica; caracterizao das peas;

    escala; e lista de ferros e resumo de ao.

    3.3.2.1 Nomenclatura

    Em todos os projetos a nomenclatura das vigas iniciou com a letra V, seguida de

    uma numerao (Figura 3.33); entretanto, houve uma divergncia quanto

    numerao das mesmas, pois em algumas situaes observou-se a adoo de

    centena (Figura 3.34) na numerao que precedia a letra V. Essa adoo de centena

    serve para representar uma parte da obra (no exemplo: V607 = viga 7 da parte 6).

    Figura 3.33 Viga sem a adoo de centena Figura 3.34 Viga com a adoo de centena

    Em algumas situaes optou-se por uma nomenclatura diferente da mostrada acima,

    como, por exemplo, CONS ou TEST, seguido de um nmero (Figura 3.35), para

    representar algumas vigas especiais, dentre as que constituam os projetos que

    adotavam a nomenclatura acima, visando diferenci-las das demais.

  • 83

    Figura 3.35 Viga com nomenclatura diferente

    A nomenclatura de cada conjunto de peas iguais que constituam as armaduras de

    vigas, em todos os projetos, iniciava com a letra N seguida de uma numerao

    seqencial (Figura 3.36). Para essa nomenclatura das peas dava-se o nome de

    posio.

    Figura 3.36 Representao das posies das peas da armadura de viga

  • 84

    3.3.2.2 Representao grfica

    A representao grfica das vigas ocorreu nos projetos analisados de forma

    agrupada (Figura 3.37) ou de forma isolada (Figura 3.38). O agrupamento das vigas

    ocorria apenas quando o detalhamento de um conjunto de vigas era igual e o

    isolamento das vigas ocorria quando o detalhamento de uma viga era diferente

    (nico) em relao aos outros ou, ento, quando o projetista optava por essa

    alternativa, mesmo que as vigas pudessem ser agrupadas.

    Figura 3.37 Vigas agrupadas

    Figura 3.38 Vigas isoladas (mesmo detalhamento)

    A representao grfica das vigas foi feita em dois tamanhos de folhas, no caso, A1

    (841 x 594 mm) e A0 (1189 x 841 mm). Vale ressaltar que houve muitas situaes

  • 85

    em que o conjunto de projetos, que abrangiam o detalhamento das vigas, utilizava

    tanto a folha A1 quanto A0.

    Havia situaes em que a representao grfica de uma mesma viga, do ponto de

    vista do projeto de frmas, ter de ser feito mais de uma vez, numa mesma prancha,

    devido a tais vigas terem armaduras diferentes. (Figuras 3.39 e 3.40).

    Figura 3.39 Viga detalhada mais de uma vez numa mesma prancha (parte 1)

    Figura 3.40 Viga detalhada mais de uma vez numa mesma prancha (parte 2)

  • 86

    A representao grfica das vigas pode ser acrescida de detalhes oriundos do

    projeto de frmas, como, por exemplo, a visualizao da seo da viga para indicar

    de que maneira os estribos, as barras longitudinais e as costelas devem ser

    posicionados dentro da viga. Entretanto, havia projetos que possuam a seo da

    viga cotada (Figura 3.41) enquanto que outros no (Figura 3.42)

    Figura 3.41 Seo de viga com cota

    Figura 3.42 Seo de viga sem cota

  • 87

    As vistas das posies nos componentes (Ex. V1, V2, V3 etc.), utilizadas nos

    projetos estudados, foram as vistas longitudinais e as vistas transversais. As

    referidas vistas podem ser visualizadas na Figura 3.43.

    Figura 3.43 Vistas longitudinais (lado esquerdo) e transversais (lado direito)

    Observou-se que, para a situao das peas das armaduras de vigas que j haviam

    sido detalhadas antes, se utilizava, para as peas seguintes, que fossem iguais, a

    representao grfica da pea na forma tracejada e suprimiam-se dela as dimenses

    e a especificao do seu comprimento. A linha tracejada tambm foi usada para

    representar peas que tinham a funo de costela na viga. A Figura 3.44 mostra as

    duas situaes citadas acima, no que tange ao uso de linha tracejada, visando-se

    representar graficamente algumas das peas que constituem as armaduras das

    vigas.

  • 88

    Figura 3.44 Uso de tracejado para representar algumas peas das armaduras das vigas

    3.3.2.3 Caracterizao das peas

    Os tipos de peas que constituem as armaduras das vigas so as barras

    longitudinais, estribos, costelas (em alguns projetos foram chamadas de armadura de

    pele) e costuras.

    A caracterizao das peas (Figura 3.45) classificadas como barras longitudinais,

    costelas e costuras difere da caracterizao das peas classificadas como estribos

    somente quanto incluso da informao referente ao espaamento das peas

    (cabvel somente para o caso dos estribos, pois para os demais tipos de pea essa

    informao era desnecessria).

  • 89

    Figura 3.45 Tipos de peas que constituam as armaduras das vigas

    Na maioria dos projetos observou-se que a seqncia de informaes das peas, da

    esquerda para a direita, era composta por nmero da posio (N), nmero de peas,

    dimetro da pea (), espaamento (somente no caso dos estribos) e comprimento

    da pea (C). Entretanto, constatou-se que, em alguns projetos, essa seqncia era

    diferente (Figura 3.46)

    Figura 3.46 Costela com seqncia de informaes diferente

    da usual

  • 90

    A caracterizao das peas classificadas como estribos variava em funo da

    alocao dos mesmos, que poderia ser prxima representao grfica do prprio

    estribo (Figura 3.47), ou prxima representao grfica da viga (Figura 3.48). Na

    situao em que a caracterizao do estribo estava prxima a sua representao

    grfica, o estribo tinha da sua caracterizao o item espaamento excludo e, na

    situao em que a caracterizao do estribo estava prxima a representao grfica

    da viga, o estribo tinha o item comprimento excludo da sua caracterizao.

    Figura 3.47 Estribo prximo a sua representao grfica

    Figura 3.48 Estribo prximo viga

    Havia, em alguns projetos, informaes oriundas do projeto de frmas, no caso, a

    indicao da seo de cada viga. Essa indicao da seo da viga se dava vrias

    vezes no mesmo desenho, pois ela podia variar para diferentes trechos. Os trechos

    foram definidos pela delimitao de pilares (Figura 3.49) e/ou pela mudana de

    seo na viga (Figura 3.50), se localizando tal informao imediatamente acima da

    caracterizao do estribo que estava prximo representao grfica da viga.

    Figura 3.49 Trecho de viga delimitada por pilares

    Figura 3.50 Trecho de viga definido em funo da mudana de seo

  • 91

    Observou-se, em todas as obras que utilizaram estribo fechado (Figura 3.51) e

    estribo acorrentado (Figura 3.52), que o comprimento destes tipos de estribos era

    maior que a somatria das cotas apresentadas na representao grfica deles.

    Acredita-se que o comprimento adicional, adotado para estes estribos, tenha sido

    baseado nos mesmos critrios que foram adotados para o caso dos estribos dos

    pilares (expostos no item 3.3.1.3).

    Figura 3.51 Estribo fechado Figura 3.52 Estribo acorrentado

    3.3.2.4 Escala

    A escala em que as vigas foram detalhadas estava localizada somente na legenda

    da prancha, onde, nas situaes em que se tinha mais de uma escala, as mesmas

    no tinham como elucidar a que vigas correspondiam tais escalas. Em quase todas

    as situaes se tinham duas escalas (Figura 3.53); apenas em uma obra deparou-se

    com apenas uma escala (Figura 3.54).

    Figura 3.53 Duas escalas

  • 92

    Figura 3.54 Uma escala

    Nos projetos estudados detectou-se uma padronizao quanto escala adotada para

    se representarem s vigas. As escalas adotadas, em quase todos os projetos, foram

    as 1:50 e 1:25; somente em uma obra se usou apenas a escala 1:50.

    3.3.2.5 Lista de Ferros e Resumo de ao

    Para a maioria das obras havia uma Lista de Ferros (Figura 3.55) e um Resumo de

    Ao (Figura 3.56) que contabilizam apenas para um pavimento tipo, mesmo a

    legenda indicando que a planta dessas obras abrangia um conjunto de pavimentos.

    Figura 3.55 Lista de ferros para um pavimento (verso parcial)

  • 93

    Figura 3.56 Resumo de ao para um pavimento

    Houve situaes em que a Lista de Ferros (Figura 3.57) e o Resumo de Ao (Figura

    3.58) foram contabilizados para o conjunto de pavimentos tipo que a planta abrangia

    e que estava indicado na legenda.

    Figura 3.57 Lista de ferros para o conjunto de pavimentos (verso parcial)

    Figura 3.58 Resumo de ao para a obra SP11 (conjunto de pavimentos)

  • 94

    3.3.3 Lajes

    Para o caso do elemento da estrutura denominado laje, as partes (com seus

    respectivos aspectos de projeto) levantadas e analisadas, como no caso dos pilares

    e vigas, foram as seguintes: nomenclatura; representao grfica; caracterizao das

    peas; escala; e lista de ferros e resumo de ao.

    3.3.3.1 Nomenclatura

    Em todos os projetos a nomenclatura das lajes iniciou com a letra L seguida de uma

    numerao (Figura 3.59); entretanto, houve uma obra que no usou nenhuma

    nomenclatura para diferenciar as lajes que constituam esse projeto (Figura 3.60).

    Figura 3.59 nomenclatura de laje Figura 3.60 Laje sem nomenclatura

    Em algumas situaes optou-se por uma nomenclatura diferente da mostrada acima,

    para representar algumas lajes, dentre as que constituam os projetos e que

    adotavam a nomenclatura acima, visando diferenci-las das demais. Por exemplo,

    ABA e LB (Figura 3.61) seguido de um nmero de ordem.

  • 95

    Figura 3.61 Laje com nomenclatura diferente

    A nomenclatura das peas das posies que constituam as armaduras de lajes, em

    todos os projetos, iniciava com a letra N seguida de uma numerao (Figura 3.62).

    Para essa nomenclatura das peas dava-se o nome de posio.

    Figura 3.62 Representao das posies das peas da armadura de laje

    3.3.3.2 Representao grfica

    A representao grfica das peas que constituam as armaduras das lajes ocorreu,

    nos projetos analisados, em funo de elas serem pertencentes armadura positiva

    ou armadura negativa. A armadura positiva e negativa, em algumas situaes,

    vinha representada na mesma planta, mas em desenhos diferentes; em outras

    situaes, vinha em plantas diferentes. Tanto na armadura positiva quanto na

    negativa havia peas que estavam na direo X (longitudinal) e/ou na direo Y

    (transversal). Na maioria das obras as peas detalhadas na longitudinal e na

    transversal estavam juntas no mesmo desejo, tanto para o caso da armadura positiva

    (Figura 3.63) quanto para o caso da armadura negativa (Figura 3.64). Entretanto,

  • 96

    houve um caso em que a armadura constituda por peas na longitudinal e peas na

    transversal foi detalhada em desenhos diferentes, tanto para a armadura positiva

    (Figuras 3.65 e 3.66) quanto para a armadura negativa (Figuras 3.67 e 3.68)

    Figura 3.63 Armadura positiva com peas na transversal e longitudinal

    Figura 3.64 Armadura negativa com peas na transversal e longitudinal

    Figura 3.65 Armadura positiva com peas na transversal

    Figura 3.66 Armadura positiva com peas na longitudinal

    Figura 3.67 Armadura negativa com peas na transversal

    Figura 3.68 Armadura negativa com peas na longitudinal

  • 97

    A representao grfica das lajes foi feita em trs tamanhos de folhas, no caso, A1

    (841 x 594 mm), A0 (1189 x 841 mm) e um personalizado (1189 x 594 mm). Vale

    ressaltar que houve situaes em que o conjunto de projetos, que abrangiam o

    detalhamento das lajes, utilizava mais de um tipo de folha.

    A representao grfica das lajes pode ser acrescida de detalhes oriundos do projeto

    de frmas, como, por exemplo, a indicao de rebaixo na laje. A indicao de rebaixo

    na laje, nos projetos analisados, ocorreu de duas maneiras. Na primeira maneira

    adotou-se uma linha tracejada (para delimitar a rea rebaixada); havia ainda um

    texto, inserido nos limites da linha tracejada, mencionando que a laje era rebaixada e

    a nova espessura da rea da laje rebaixada (Figura 3.69). Na segunda maneira

    hachurou-se a rea rebaixada da laje e incluiu-se nessa rea a nova espessura da

    mesma (Figura 3.70).

    Figura 3.69 Representao de rebaixo sem hachura

  • 98

    Figura 3.70 Representao de rebaixo com hachura

    Outro detalhe oriundo do projeto de frmas a indicao da diferena de nvel das

    lajes. Tal indicao era feita, dentre os projetos analisados, de duas maneiras. A

    primeira era hachurando-se a laje com nvel diferente em relao s outras lajes

    (Figura 3.71). A segunda maneira era mostrando o corte da laje com nvel diferente

    (Figura 3.72).

    Figura 3.71 Diferena de nvel, das lajes, representado por hachura

  • 99

    Figura 3.72 Diferena de nvel, das lajes, representado por corte

    As vistas das posies nos componentes (Ex. L1, L2, L3 etc.), utilizadas nos projetos

    estudados, foram somente vistas em planta. A referida vista pode ser visualizada na

    Figura 3.73.

    Figura 3.73 vista em planta da Laje

    Observou-se que, para a situao das peas das armaduras de lajes que j haviam

    sido detalhadas antes, se utilizava, para as peas seguintes que fossem iguais, a

    representao grfica da pea na forma tracejada (Figura 3.74) e suprimiam-se dela

    as dimenses e a especificao do seu comprimento.

  • 100

    Figura 3.74 Pea com linha tracejada

    Na maioria das obras utilizou-se uma seta dupla para mostrar a regio da distribuio

    da peas que constituem as armaduras das lajes (Figura 3.75).

    Figura 3.75 Visualizao da peas e da regio de distribuio delas

    A pea responsvel por garantir o posicionamento da armadura negativa, na maioria

    das obras, no foi especificada, detalhada e muito menos contabilizada na Lista de

    Ferros e Resumo de Ao. Entretanto, detectou-se uma obra que especificou o tipo de

    pea (caranguejo), detalhou (Figuras 3.76, 3.77 e 3.78), em funo da altura h da

    laje, e contabilizou, na lista de ferros e resumo de ao, esse tipo de pea.

  • 101

    Figura 3.76 Caranguejo p/

    h=10 Figura 3.77 Caranguejo p/

    h=12 Figura 3.78 Caranguejo p/

    h=14

    3.3.3.3 Caracterizao das peas

    Os tipos de peas de ao que constituem as armaduras das lajes so as peas

    pertencentes armadura positiva e negativa, tanto na direo X (longitudinal) quanto

    na direo Y (transversal).

    A representao descritiva das peas de ao (Figura 3.79), em qualquer uma das

    situaes citadas acima, a mesma.

    Figura 3.79 Caracterizao das peas de ao que constituam as armaduras das lajes

  • 102

    Na maioria dos projetos observou-se que a seqncia de informaes das peas, da

    esquerda para a direita, era composta por nmero de peas, nmero da posio (N),

    dimetro da pea (), espaamento e comprimento da pea (C). Entretanto,

    constatou-se que, em alguns projetos, essa seqncia era diferente (Figura 3.80)

    Figura 3.80 Representao descritiva com seqncia de informaes diferente

    Havia, na maioria dos projetos, uma representao descritiva oriunda do projeto de

    frmas, no caso, a indicao da altura (h) de cada laje, que se localizava

    imediatamente abaixo da identificao da laje (Figura 3.81). Em apenas uma obra

    essa informao no era fornecida, devido ao fato de nenhuma laje ser identificada

    na mesma.

    Figura 3.81 Indicao da altura (h) da laje

    3.3.3.4 Escala

    A escala em que as lajes foram detalhadas, na maioria das obras, estava indicada

    tanto na prancha quanto na legenda da prancha; entretanto, houve situaes em que

    nem todas as escalas indicadas na prancha apareciam na legenda e vice-versa.

    Ocorreu tambm a situao em que se viam detalhes com a escala intitulada S/

    escala e em que havia detalhes sem nenhuma indicao de escala e, nesse

    contexto, surgia a dvida, sobre se esse detalhe estava sem escala ou a escala

    estava na legenda; e, se tivesse na legenda, no caso em que na legenda aparecia

    mais de uma escala, qual das escalas estava sendo usada naquele desenho.

  • 103

    Quando aparecia alguma escala, na legenda, a mesma era utilizada no desenho

    (Figura 3.82). Houve a situao em que os valores das escalas que apareceram na

    prancha no apareceram na legenda, ficando a legenda, com o campo escala,

    preenchido pela palavra Indicada (Figura 3.83).

    Figura 3.82 Escala que aparece na prancha igual da legenda

    Figura 3.83 Escala que aparece na prancha substituda na legenda por Indicada

    Nos projetos estudados detectou-se uma padronizao quanto escala adotada para

    se representarem as armaes positivas e negativas das lajes, na direo X e Y, no

    caso, 1:50 (com exceo da obra SP 83, que adotou a escala 1:75). Para se

    representarem os detalhes, nos vrios projetos, usaram-se as escalas 1:50, 1:25,

    1:10 e S/ Escala .

    3.3.3.5 Lista de Ferros e Resumo de ao

    Na maioria dos projetos estudados observou-se a presena de uma lista de ferros

    (Figura 3.84) e de um resumo de ao (3.85) para a armadura positiva e a presena

    de uma lista de ferros e um resumo de ao para a armadura negativa; em ambos os

    casos as listas de ferros e os resumos de ao foram dimensionados para um

    pavimento tipo, mesmo a prancha abrangendo um conjunto de pavimentos. Cabe

  • 104

    ressaltar que as listas de ferros e os resumos de ao das armaduras positivas e

    negativas poderiam ou no vir na mesma prancha.

    Figura 3.84 Lista de Ferros das lajes para um pavimento tipo (viso parcial)

    Figura 3.85 Resumo de Ao das lajes para um pavimento tipo

    Houve a situao em que existiam uma Lista de Ferros (Figura 3.86), contabilizando

    de uma nica vez as posies das armaduras positivas e as negativas das lajes para

    um pavimento, e dois resumos de ao, um para contabilizar as posies das

    armaduras positivas e negativas das lajes de um pavimento tipo (Figura 3.87) e o

    outro para contabilizar as posies das armaduras positivas e negativas das lajes

    para o conjunto de pavimentos que a prancha abrangia (Figura 3.88).

  • 105

    Figura 3.86 Lista de Ferros das lajes para um pavimento tipo, contabilizando as posies das

    armaduras positivas e negativas (viso parcial)

    Figura 3.87 Resumo de Ao das lajes para um pavimento tipo

    Figura 3.88 Resumo de Ao das lajes para o conjunto de pavimentos tipo abrangidos pela

    prancha

    A situao vigente para os elementos pilar, viga e laje a de uma parcial

    padronizao dos projetos estudados, pois, como foi mostrado, se percebeu que

    alguns projetos possuam informaes a mais ou a menos quando comparados em

    conjunto.

  • 106

    3.4 QUESTIONAMENTOS AOS GESTORES DA PRODUO DE ARMADURAS:

    PERGUNTAS E RESPOSTAS

    3.4.1 Idia geral

    Nessa etapa da pesquisa, j se tem conhecimento a respeito das vrias formas de

    apresentao dos projetos de detalhamento das armaduras que foram utilizados nas

    9 torres estudadas. De posse dessas informaes, a etapa seguinte consiste em

    fazerem-se entrevistas com os gestores de obras a respeito de tais formas de

    apresentao.

    Com relao s entrevistas com os gestores de obras, sobre as formas de

    apresentao dos projetos de detalhamento das armaduras, objetiva-se saber, na

    opinio deles, que formas de apresentao, para pilares, vigas e lajes, so mais

    favorveis ao seu entendimento no momento em que forem utilizar os referidos

    projetos para a montagem das armaduras.

    Embora no se v avaliar quantitativamente a alterao ou no da produtividade,

    entende-se que, se os projetos de detalhamento das armaduras forem inteligveis e

    supridos com informaes suficientes para o completo entendimento do gestor de

    obras, isto aumentar sua produtividade em termos da gesto da montagem das

    armaduras.

    Desenvolveu-se um material de apoio para auxiliar nas entrevistas com os gestores

    de obras. Esse material de apoio consistiu, basicamente, no desenvolvimento e

    aplicao de um questionrio semi-estruturado. O autor considera que o material

    usado nas entrevistas associado apresentao organizada das respostas obtidas

    podero subsidiar a especificao quanto apresentao do projeto de

    detalhamento das armaduras. As etapas do processo que geraram os subsdios so

    mostradas na Figura 3.89.

  • 107

    Desenvolver material de apoio entrevista (questionrio semi - estruturado)

    Aplica aos Gestores

    Respostas

    orga nizao das respostas dos gestores.

    Anlise das respostas

    Subsdios

    Figura 3.89: Etapas que geram os subsdios para a especificao quanto apresentao do

    PDA

    3.4.2 Material utilizado

    Apresentar-se-o, a seguir, na ntegra, os questionrios semi-estruturados que foram

    utilizados para a entrevista com os gestores de obras. Tais questionrios se

    basearam nos estudos de caso mostrados no item anterior, no que se refere

    maneira como os mesmos foram estruturados. No total foram desenvolvidos 9

    Formulrios, onde: 2 abordaram a parte relacionada nomenclatura; 4 abordaram a

    parte relacionada representao grfica; 1 abordou a parte relacionada

    caracterizao das peas; 1 abordou a parte relacionada escala; e 1 abordou a

    parte relacionada lista de ferros e resumo de ao.

  • 108

    3.4.2.1 Formulrios 1 e 2: Parte referente Nomenclatura

    Parte NomenclaturaAspecto Nomenclatura do Componente Estrutural

    Descrio:Pilar P1 x P101 +Viga V1 x V101 +Laje L1 x sem nomenclatura +

    Comentrios:

    Discusso:1) Quando possvel omitir a nomenclatura das lajes?

    2) Qual a melhor nomenclatura do componente estrutural na sua opinio?

    3) Outras sugestes de aprimoramento?

    Observaes Complementares:

    Anexo 01 - Pilar:

    3) Para os pilares no se usou nomenclatura diferenciada, mas para as vigas e lajes se usava uma nomenclatura especfica para pontos especficos, como testadas e consoles (vigas) e varandas (lajes)

    2) Para laje iniciava-se com a letra "L", seguida de um nmero de ordem (Ex. L01) ou ento no aparecia nenhuma nomenclatura.

    Formulrio 01

    Detalhe de um pilar seguido de um nmero de ordem e de um pilar seguido de um nmero da poro mais um nmero de ordem

    -TEST1/CONS1

    LBA/ABA

    1) Para pilar e viga, em todos os casos, iniciava-se com a letra "P" e "V", respectivamente, seguida de um nmero de ordem (Ex. P01); ou seguido de uma centena, para representar o nmero da poro, mais um nmero de ordem (Ex. 101 = Poro 1; Posio 01)

  • 109

    Anexo 02 - Viga:

    Detalhe de nomenclatura especfica para pontos especficos

    Anexo 03 - Laje

    Detalhe de nomenclatura especfica para pontos especficos

    Detalhe de uma laje seguida de um nmero de ordem e de uma laje sem nomenclatura nenhuma

    Detalhe de uma viga seguida de um nmero de ordem e de uma viga seguida de um nmero da poro mais um nmero de ordem

  • 110

    Anexo 01 - Pilar Fl 1/1Formulrio

    01

    Detalhe de um pilar seguido de um nmero de ordem e de um pilar seguido de um nmero da poro mais um nmero de ordem

  • 111

    Anexo 02 - Viga Fl 1/1Formulrio

    01

    Detalhe de uma viga seguida de um nmero de ordem e de uma viga seguida de um nmero da poro mais um nmero de ordem

    Detalhe de nomenclatura especfica para pontos especficos

  • 112

    Fl 1/1Formulrio

    01

    Detalhe de uma laje seguida de um nmero de ordem e de uma laje sem nomenclatura nenhuma

    Anexo 03 - Laje

    Detalhe de nomenclatura especfica para pontos especficos

  • 113

    Parte Nomenclatura Aspecto Nomenclatura da Pea

    Descrio: Viga

    Comentrios:

    Discusso:

    2) Para o caso das lajes, qual a melhor forma de contar as posies?

    3) Outras sugestes de aprimoramento?

    Observaes Complementares:

    Anexo 01 - Pilar:

    Formulrio 02

    Detalhe de um pilar com suas respectivas posies

    1) Voc acharia interessante uma nomenclatura alternativa, como, por exemplo, (NP x NV x NL) ou (p x v x l)?

    2) No caso de pilar e viga, a contagem da posio era feita em funo do componente estrutural, ou seja, a cada componente a contagem das posies era reiniciada;

    3) Para o caso das lajes, a contagem da posio era feita em funo da armadura positiva e negativa, de forma isolada, ou ento era feita de uma nica vez para a armadura positiva e negativa;

    Por Armadura "+" e "-" x Por seqncia nica

    1) Em todos os casos, a nomenclatura da pea inicia com a letra "N" seguida de um nmero de ordem. Para essa nomenclatura das peas d-se o nome de Posio ;

    N23 Por componente estrutural

    Pilar Laje Por componente

    estrutural

  • 114

    Anexo 02 - Viga:

    Anexo 03 - Laje

    Detalhe de uma viga com suas respectivas posies

    detalhe de posies contabilizadas s para armadura positiva e contabilizadas s para armadura negativaDetalhe de posies contabilizadas de uma s vez para armadura positiva e negativa.

  • 115

    Formulrio 02

    Detalhe de um pilar com suas respectivas posies

    Anexo 01 - Pilar Fl 1/1

  • 116

    Detalhe de uma viga com suas respectivas posies

    Anexo 02 - Viga Fl 1/1Formulrio

    02

  • 117

    Fl 1/1

    detalhe de posies contabilizadas s para armadura positiva e contabilizadas s para armadura negativa

    Anexo 03 - Laje Formulrio

    02

    Detalhe de posies contabilizadas de uma s vez para armadura positiva e negativa.

    Ver folha a seguir

    Ver folha a seguir

  • 118

    3.4.2.2 Formulrios 3, 4, 5 e 6: Parte referente Representao Grfica

    Parte Representao GrficaAspecto Agrupamento de Componentes

    Descrio:Viga

    Comentrios:

    Discusso:1) Pode ser interessante representar componentes iguais separadamente?

    3) O que melhor: todas as vigas de um pavimento x grupo de vigas para intervalos de pavimentos diferentes?

    4) Laje: armadura negativa e positiva na mesma planta ou em plantas diferentes?

    Laje

    1) Piguais = um conjunto de pilares iguais. Idem para o caso das vigas. No caso de lajes, pavimento quer dizer que os componentes no eram agrupados e sim representados no pavimento.

    2) "1 Pavimento" = os pilares de apenas 1 pavimento esto na mesma planta; e "Por pilares para vrios pavimentos" = numa planta um mesmo pilar est representado para vrios pavimentos. No caso das vigas, a mesma viga era detalhada mais de uma vez; entretanto, cada detalhe correspondia a intervalos de pavimentos diferentes. Para as lajes, haviam plantas s com a armadura positiva e outras plantas s com armadura negativa; em outros casos, haviam plantas com armadura positiva e negativa na mesma planta.

    Viguais: uma a uma x uma para

    todasPavimento

    Subconjuntos de um pavimento que serve para um grupo de pavimentos

    armadura positiva/negativa x armadura positiva + armadura negativa

    Pilar

    2) O que melhor: todos os pilares de um pavimento x grupo de pilares para grupo de pavimentos?

    Dentro de uma prancha

    De uma prancha para outra

    Piguais: um a um x um para todos

    Formulrio 03

    1 Pavimento x Por pilares para

    vrios pavimentos

  • 119

    5) Outras sugestes de aprimoramento?

    Observaes Complementares:

    Anexo 01 - Pilar:

    Anexo 02 - Viga:

    Anexo 03 - LajeArmadura positiva e negativa na mesma planta x armadura positiva e negativa em plantas diferentes

    Detalhe de pilares iguais: um a um x um para todosDetalhe de pilares correspondentes a 1 pavimento x pilares para vrios pavimentos

    Detalhe de vigas iguais: uma a uma x uma para todasDetalhe de vigas vigas detalhadas para intervalos de pavimentos diferentes

  • 120

    Anexo 01 - PilarFormulrio

    03Fl 1/1

    Detalhe de pilares iguais: um a um x um para todos

    Detalhe de pilares correspondentes a 1 pavimento x pilares para vrios pavimentos

  • 121

    Formulrio 03

    Anexo 02 - Viga Fl 1/1

    Detalhe de vigas iguais: uma a uma x uma para todas

    Detalhe de vigas vigas detalhadas para intervalos de pavimentos diferentes

  • 122

    Formulrio 03

    Armadura positiva e negativa na mesma planta x armadura positiva e negativa em plantas

    diferentes

    Anexo 03 - Laje Fl 1/1

    Ver folha a seguir

  • 123

    Parte: Representao GrficaAspecto: Componentes com informaes oriundas do projeto de frmas

    Descrio:

    Pilar

    Viga

    Laje

    Comentrios:

    Discusso:

    2) Quando fundamental ter corte de vigas?

    3) Que cotas so importantes nos cortes da viga?

    4) Quais as melhores maneiras de representar rebaixo?

    5) Quais as melhores maneiras de representar lajes com nveis diferentes?

    6) Outras sugestes de aprimoramento?

    Observaes Complementares:

    1) Representao de rebaixo de laje: a) linha cheia ou pontilhada no contorno para indicar rebaixo; b) hachura ou no; c) degrau mostrado: c1) em corte na prpria planta; c2) com texto na planta; c3) com indicao de espessura, na planta, distinta para o rebaixo e o resto da laje.

    1) Detalhes mais adequados para indicar continuidade ou no de pilar?

    corte da seo da viga com cota x corte da seo da viga sem cota

    texto mencionando rebaixo x hachura em rebaixo/lajes em diferentes nveis x sem indicao

    2) Representao para lajes em diferentes nveis: a) hachura nas lajes mais baixas; b) espessuras diferentes; c) cortes.

    Formulrio 04

    hachura para indicar reduo/fim de pilar

  • 124

    Anexo 01 - Pilar:

    Anexo 02 - Viga:

    Anexo 03 - Laje

    corte da seo da viga com cota x corte da seo da viga sem cota

    texto mencionando rebaixo x hachura em rebaixo/lajes em diferentes nveis x sem indicao

    hachura para indicar reduo/fim de pilar

  • 125

    Anexo 01 - Pilar Fl 1/1Formulrio

    04

    hachura para indicar reduo/fim de pilar

  • 126

    Formulrio 04

    Anexo 02 - Viga Fl 1/1

    corte da seo da viga com cota x corte da seo da viga sem cota

  • 127

    Anexo 03 - Laje Fl 1/1 Formulrio

    04

    Texto mencionando rebaixo x Hachura em rebaixo

    Lajes em diferentes nveis sem indicao

    Hachura de lajes em diferentes nveis

  • 128

    Parte Representao Grfica Aspecto "Vistas" da posio no componente

    Descrio: Pilar Viga Laje

    Comentrios:

    Discusso:

    2) Sugestes para melhorar a representao das posies nos pilares?

    3) Sugestes para melhorar a representao das posies nas vigas?

    4) Sugestes para melhorar a representao das posies nas lajes?

    5) Outras sugestes de aprimoramento?

    Observaes Complementares:

    Formulrio 05

    Longitudinais e transversais Longitudinais e transversais

    Longitudinais

    1) Para pilar e viga foi possvel visualizar as peas de cada posio na longitudinal e na transversal; entretanto, para o caso das lajes, as peas das posies s foram visualizadas na longitudinal, mesmo havendo situaes em que se deveria ter a vista transversal das peas de cada posio, como no caso das peas que estavam numa rea rebaixada.

    1) Em que casos a vista em planta, somente, no suficiente para a armadura de lajes?

  • 129

    Anexo 01 - Pilar:

    Anexo 02 - Viga:

    Anexo 03 - Laje

    Longitudinais e transversais

    Longitudinais e transversais

    Longitudinais

  • 130

    Formulrio 05

    Longitudinais e transversais

    Anexo 01 - Pilar Fl 1/1

  • 131

    Longitudinais e transversais

    Formulrio 05

    Anexo 02 - Viga Fl 1/1

  • 132

    Anexo 03 - Laje Fl 1/1 Formulrio

    05

    Ver folha a seguir

  • 133

    Parte Representao Grfica Aspecto Informaes especficas sobre as posies

    Descrio:

    Pilar

    Viga

    Laje

    Comentrios:

    Discusso:

    2) Tracejado para as costelas (pele) bom?

    5) Outras sugestes de aprimoramento?

    Formulrio 06

    a) usa tracejado para indicar posio j anteriormente mencionada.

    a) usa tracejado para indicar posio j anteriormente mencionada; b) usa tracejado para indicar costela.

    a) usa tracejado para indicar posio j anteriormente mencionada; b) usa seta dupla para indicar regio de distribuio das peas da posio; c) descrio dos componentes responsveis pelo posicionamento das armaduras negativas.

    4) importante ter na planta a descrio das peas complementares? Como fazer a representao delas?

    1) As peas das posies j anteriormente mencionadas uma primeira vez, quando eram novamente mencionadas tinham seu desenho feito com linha tracejada e suas dimenses parciais eram suprimidas juntamente com o seu comprimento total.

    3) Usar linha com seta dupla para determinar espao ocupado por um conjunto de peas iguais? Que informaes adicionais seriam necessrias?

    1) O tracejado interessante?

  • 134

    Observaes Complementares:

    Anexo 01 - Pilar:

    Anexo 02 - Viga:

    Anexo 03 - Laje

    uso de tracejado para indicar posio repetida

    uso de tracejado para indicar costela

    descrio das peas complementares

    uso de tracejado para indicar posio repetida

    uso de seta dupla para indicar regio de distribuio das peas da posiouso de tracejado para indicar posio repetida

  • 135

    Anexo 01 - Pilar Fl 1/1Formulrio

    06

    uso de tracejado para indicar posio repetida

  • 136

    Anexo 02 - Viga Fl 1/1Formulrio

    06

    uso de tracejado para indicar posio repetida e costela

  • 137

    Anexo 03 - Laje Fl 1/1Formulrio

    06

    uso de tracejado para indicar posio repetida

    descrio das peas complementares

    uso de seta dupla para indicar regio de distribuio das peas da posio

  • 138

    3.4.2.3 Formulrio 7: Parte referente Caracterizao das peas

    Parte Caracterizao das peasAspecto Informaes e particularidades de cada tipo de pea

    Descrio:

    Formulrio 07

    Pila

    rTipo de pea

    Seqncia de informaesN1 16 5 c/20 c=402

    c/20 (espaamento): no aplicvel a barra longitudinal

    "barra" longitudinal,

    estribo e ganchoPila

    rvi

    ga

    "barra" longitudinal,

    estribo, costura e costela

    c/20 (espaamento): no aplicvel para barra longitudinal, costura e costela;

    c/20 (espaamento): suprimido, para caracterizar estribo, perto de sua representao grfica

    c/20 (espaamento): no aplicvel a barra longitudinal

    "barra" longitudinal,

    estribo e gancho

    c = 402 (comprimento): soma as medidas externas x medida de corte;

    c = 402 (comprimento): suprimido para estribos e ganchos prximos a barra longitudinal

    -

    viga

    Laje

    "barra" longitudinal,

    estribo, costura e costela

    pea longitudinal e

    pea transversal

    c = 402 (comprimento): soma as medidas externas x medida de corte;

    c = 402 (comprimento): suprimido para estribos prximos ao componente

    c/20 (espaamento): no aplicvel para barra longitudinal, costura e costela;

    c/20 (espaamento): suprimido, para caracterizar estribo, perto de sua representao grfica

    Comentrios:

    Discusso:1) Critique as caracterizaes das peas dos pilares.

    2) Critique as caracterizaes das peas das vigas.

    3) Critique as caracterizaes das peas das lajes.

    4) Outras sugestes de aprimoramento?

    1) A seqncia de informaes foi a mesma para qualquer tipo de pea e qualquer elemento; entretanto, dependendo do tipo de pea e elemento, ocorreram situaes em que alguma informao, da referida seqncia, era suprimida.

    -

    Laje

    pea longitudinal e

    pea transversal

  • 139

    Observaes Complementares:

    Anexo 01 - Pilar:

    Anexo 02 - Viga:

    Anexo 03 - Laje Informaes referentes s peas que constituem as posies do componente

    Informaes referentes s peas que constituem as posies do componente

    Informaes referentes s peas que constituem as posies do componente

  • 140

    Anexo 01 - Pilar Fl 1/1

    Informaes referentes s peas que constituem as posies do componente

    Formulrio 07

  • 141

    Anexo 02 - Viga Fl 1/1

    Informaes referentes s peas que constituem as posies do componente

    Formulrio 07

  • 142

    Anexo 03 - Laje Fl 1/1

    Informaes referentes s peas que constituem as posies do componente

    Formulrio 07

  • 143

    3.4.2.4 Formulrio 8: Parte referente Escala

    Parte EscalaAspecto Valores de escala e locais de indicao

    Descrio:Viga

    Valores1:50 e 1:25 x

    1:50

    Locais de indicao

    Em todos os casos, se localizou, apenas, na legenda

    Comentrios:

    Discusso:1) Qual a escala mais adequada para pilares?

    2) Qual a escala mais adequada para vigas?

    3) Qual a escala mais adequada para lajes?

    s legenda x s prancha x legenda

    e prancha

    1) Com relao ao item "valores", no caso de lajes, verificou-se que existiram situaes em que haviam valores de escala na planta que no estavam na legenda e vice-versa (Ex. Na legenda o valor de escala era 1:50 e na planta 1:10; entretanto, alguns desenhos da planta no tinham escala identificada e constatou-se que esses desenhos que estavam sem escala indicada correspondiam escala que estava na legenda, no caso, 1:50).

    2) Com relao ao item "Locais de indicao", nos casos de pilares e lajes, a situao em que a escala se localizava apenas na prancha quer dizer que na legenda no apareciam valores, mas sim o termo "Indicada", ou seja, os valores de escala estavam indicados na prancha.

    Pilar Laje

    1:50 e 1:25 x 1:50 e 1:20 x 1:35 e 1:20 x 1:35 e 1:25

    1:75 x 1:75 e 1:25 x

    1:50 x 1:50 e "s/escala" x

    1:50, 1:25 e "s/ escala" x 1:50, 1:25, "s/escala" e

    "Indicada" x 1:50 e 1:25 x 1:50 e 1:10

    s legenda x s prancha x legenda e prancha

    Formulrio 08

  • 144

    4) Onde indicar a escala para o caso dos pilares?

    5) Onde indicar a escala para o caso das vigas?

    6) Onde indicar a escala para o caso das lajes?

    7) Outras sugestes de aprimoramento?

    Observaes Complementares:

    Anexo 01 - Pilar:

    Anexo 02 - Viga:

    Anexo 03 - Laje

    Valores de escala na legenda

    Valores de escala na legendaValores de escala na prancha

    Valores de escala na legenda

    Valores de escala na prancha

  • 145

    Valores de escala na legenda

    Formulrio 08

    Anexo 01 - Pilar Fl 1/2

  • 146

    Formulrio 08

    Anexo 01 - Pilar Fl 2/2

    Valores de escala na prancha

  • 147

    Fl 1/1Formulrio

    08

    Valores de escala na legenda

    Anexo 02 - Viga

  • 148

    Anexo 03 - LajeFormulrio

    08Fl 1/2

    Valores de escala na legenda

  • 149

    Fl 2/2

    Valores de escala na prancha

    Formulrio 08

    Anexo 03 - Laje

  • 150

    3.4.2.5 Formulrio 9: Parte referente Lista de Ferros e Resumo de Ao

    Parte Lista de Ferros e Resumo de AoAspecto Pavimentos contabilizados e Formas de organizao

    Viga

    Pavimentos contabilizados

    1 pavimento x conjunto de pavimentos

    Formas de organizao

    1 Lista de Ferros e 1 Resumo de ao

    Comentrios:

    Discusso:

    2) Qual a melhor postura para a Lista de Ferros e o Resumo de Ao no caso das vigas?

    Usual: Pilar : a planta para um conjunto de pavimentos; a Lista de Ferros para este conjunto; o Resumo de Ao para este conjunto. Viga e Laje :a planta de um pavimento e pode servir para alguns pavimentos; a Lista de Ferros para um pavimento; o Resumo de ao para um pavimento.

    3) Qual a melhor postura para a Lista de Ferros e o Resumo de Ao no caso das lajes?

    Pilar Laje

    Lista de Ferros + Resumo de AoPor Planta

    Possveis separaes: a) por pavimento; b) pelo conjunto de pavimentos abrangidos pela prancha

    1) Qual a melhor postura para a Lista de Ferros e o Resumo de Ao no caso dos pilares?

    1 Lista de Ferros e 1 Resumo de Ao x 1 Lista de Ferros e

    mais de um Resumo de Ao

    1 Lista de Ferros e 1 Resumo de Ao x 1 Lista de Ferros e 2 Resumos de ao

    4) Outras sugestes para tornar os quantitativos inteligveis, teis e fceis de usar pela produo?

    1 pavimento x conjunto de pavimentos

    1 pavimento

    Descrio:

    Formulrio 09

  • 151

    5) Outras sugestes de aprimoramento?

    Observaes Complementares:

    Anexo 01 - Pilar:

    Anexo 02 - Viga:

    Anexo 03 - Laje

    1 Lista de ferros e 1 Resumo de ao para 1 conjunto de pavimentos

    1 Lista de ferros e 1 Resumo de ao para 1 pavimento1 Lista de ferros e 1 Resumo de ao para 1 conjunto de pavimentos

    1 Lista de ferros e 1 Resumo de ao para 1 pavimento1 Lista de ferros e 1 Resumo de ao para 1 pavimento + 1 Resumo de ao para contabilizar todos os pavimentos abrangidos pela prancha

    1 Lista de ferros e 1 Resumo de ao para 1 pavimento

    1 Lista de ferros e 1 Resumo de ao para 1 conjunto de pavimentos + 1 Resumo de ao para cada pavimento do conjunto

  • 152

    1 Lista de ferros e 1 Resumo de ao para um conjunto de pavimentos

    1 Lista de ferros e 1 resumo de ao para um pavimento

    Anexo 01 - PilarFormulrio

    09Fl 1/2

  • 153

    Formulrio 09

    Anexo 01 - Pilar Fl 2/2

    1 Lista de ferros e 1 resumo de ao para 1 conjunto de pavimentos + 1 resumo de ao para cada pavimento do conjunto

  • 154

    1 Lista de ferros e 1 Resumo de ao para 1 pavimento

    Formulrio 09

    Anexo 02 - Viga Fl 1/1

    1 Lista de ferros e 1 Resumo de ao para 1 conjunto de pavimentos

  • 155

    1 Lista de ferros e 1 Resumo de ao para 1 pavimento + 1 Resumo de ao para contabilizar todos os pavimentos abrangidos pela prancha

    Anexo 03 - Laje Fl 1/1

    1 Lista de ferros e 1 Resumo de ao para 1 pavimento

    Formulrio 09

  • 156

    3.4.3 Questionamento e respostas obtidas dos gestores

    Neste item sero mostradas as respostas dos gestores de obras (Figura 3.90) sobre

    as formas de apresentao de projeto de detalhamento das armaduras (PDA) mais

    favorveis ao seu entendimento e, conseqentemente, que se espera melhorarem a

    produtividade na gesto da mo-de-obra, detectados nos projetos estudados. Em

    seguida se far uma anlise crtica das opinies colocadas, por eles, com a

    conseqente apresentao dos comentrios que, se imagina, junto com o material j

    mostrado, sirvam de subsdio para a discusso de projeto no que tange s formas de

    representao dos PDAs; essas informaes, constituiro, juntamente com os

    fatores de contedo, as diretrizes de projeto de detalhamento das armaduras

    levando-se em conta a melhoria da produtividade da mo-de-obra envolvida no

    servio de armao e na sua gesto.

    Figura 3.90: Entrevistas com os gestores

    Cabe ressaltar que os gestores consultados trabalhavam em construtoras de grande

    porte que estavam executando, na poca da entrevista, edifcios multipavimentos em

    estrutura de concreto armado utilizando o fornecimento de ao pr-cortado e pr-

    dobrado.

  • 157

    3.4.3.1 Formulrios 1 e 2: Parte referente Nomenclatura

    Formulrio 01

    Parte: Nomenclatura Aspecto: Nomenclatura do Componente Estrutural

    Fl.: 1/1

    Discusso: 1) Quando possvel omitir a nomenclatura das lajes?

    Gestor 1: No deve omitir nunca. Sempre tem que ter uma nomenclatura, pois sem a nomenclatura h necessidade de o gestor ter que estudar a maneira como executar; entretanto, ele no est l para pensar muito e sim executar; Gestor 2: No possvel, pois para o armador importante ter o nmero da laje para ele poder consultar o projeto de frmas; Gestor 3: No acha recomendado, pois com relao ao fornecimento de ao pr-cortado/dobrado, sem a nomenclatura, no consegue achar, na identificao da Belgo, a laje que corresponde s posies, acarretando, com isso, o uso das peas em outros lugares. Alm do mais, ajuda na identificao do material que chega na obra; Gestor 4: No possvel omitir, pois precisa saber a qual laje pertencem as posies, seno far adaptaes na hora de executar a montagem das armaduras; Gestor 5: possvel, pois a Belgo pronto entrega os feixes de peas por posio.

    2) Qual a melhor nomenclatura do componente estrutural na sua opinio? Gestor 1: A nomenclatura, para pilares e vigas, que adota apenas o nmero de ordem (Ex.: P1 e V1) bem melhor, pois confunde menos. Adoo de centena s se fosse seqencial (Ex.: V1 V100); Gestor 2: A nomenclatura, para pilares e vigas, que adota apenas o nmero de ordem, pois no confunde os armadores. Com relao ao uso de nomenclaturas especficas para partes especficas (Ex.: CONS1 ou LB1) melhor no adotar, pois, ao diferenciar essas vigas das demais, o armador pode se confundir; Gestor 3: A nomenclatura, de pilares e vigas, inclusive lajes, que adotam centena e nmero de ordem melhor, pois, por exemplo, V607, voc j vai saber que a viga sete que voc est lendo a do sexto pavimento. Essa informao torna-se mais importante quando voc tem mudana de seo dos pilares, vigas e lajes. Vale ressaltar que a adoo desse tipo de nomenclatura te ajuda a criar uma filosofia de trabalho de separao do material na obra. No que diz respeito adoo de nomenclaturas especficas para partes especficas favorvel ao uso, pois tal nomenclatura chama a ateno de quem l a planta; Gestor 4: A nomenclatura, para pilares e vigas, que adota apenas o nmero de ordem, pois possibilita o melhor entendimento do mestre e encarregado e tambm porque deixa o desenho mais "limpo". No que diz respeito ao uso de nomenclaturas especficas para partes especficas melhor no usar, e sim manter a contagem das vigas, pois o encarregado e mestre podem no entender; Gestor 5: A nomenclatura, de pilares e vigas, que adota apenas o nmero de ordem melhor, pois mais usual e nesse contexto os armadores j esto habituados a essa nomenclatura. Com relao ao uso de nomenclaturas especficas para partes especficas tanto faz, mas deve ter a mesma nomenclatura na planta de frmas, seno confunde; pois, o armador sempre consulta as plantas de armao e de frmas simultaneamente.

    3) Outras sugestes de aprimoramento? Nenhum dos gestores entrevistados fizeram sugestes de aprimoramento no que tange nomenclatura do componente estrutural.

  • 158

    Formulrio 02

    Parte: Nomenclatura Aspecto: Nomenclatura da Pea

    Fl.: 1/1

    Discusso: 1) Voc acharia interessante uma nomenclatura alternativa, como, por exemplo, (NP

    x NV x NL) ou (p x v x l)? Gestor 1: Acha interessante, no uma nomenclatura alternativa, mas sim a padronizao da nomenclatura das posies (para pilar, viga e laje), associando essa padronizao a uma letra que facilite o entendimento do armador sobre as posies, no caso, a letra "P", ao invs da "N"; Gestor 2: Acredita que, usando a letra "N" seguida de um nmero, de fcil entendimento para os armadores; Gestor 3: Sim, pois acha que ajudaria principalmente na identificao do material. Dentre as nomenclaturas alternativas propostas, prefere a "p x v x l", pois quanto menos palavras voc usar para transmitir a mesma coisa melhor, quando comparado com "NP x NV x NL"; Gestor 4: No interessa, pois o armador j vai estar consultando a planta especfica; tal consulta ocorre atravs da legenda; Gestor 5: No precisa, pois os armadores j esto habituados situao atual.

    2) Para o caso das lajes, qual a melhor forma de numerar as posies? Gestor 1: Contabilizar as posies das armaduras positiva e negativa de forma isolada e em plantas diferentes, pois dessa forma voc reduz a possibilidade de erro do armador; Gestor 2: Acha interessante contabilizar as posies das armaduras positiva e negativa de forma isolada e em plantas diferentes, pois primeiramente o armador monta a armadura positiva e depois monta a negativa, ou seja, so duas etapas distintas; Gestor 3: Prefere a contabilizao das posies das armaduras positiva e negativa de forma isolada, inclusive em plantas separadas, pois so etapas distintas e em algumas situaes pode ocorrer de, mesmo ainda no tendo se acabado de montar a armadura positiva, outra equipe poder comear a montar a armadura negativa, ou seja, possibilita a abertura de mais de uma frente de trabalho; Gestor 4: Acha melhor contabilizar as posies das armaduras positiva e negativa de forma isolada, pois so camadas distintas; Gestor 5: Prefere a contabilizao das posies das armaduras positiva e negativa de uma nica vez, pois somente pelo nmero da posio voc j sabe se a posio pertence armadura positiva ou negativa; enquanto que, se voc reiniciar a contagem, ter duas posies com o mesmo nome, necessitando sempre consultar, alm do nmero da posio, tambm o tipo de armadura.

    3) Outras sugestes de aprimoramento? Nenhum dos gestores entrevistados fizeram sugestes de aprimoramento no que tange nomenclatura da pea.

  • 159

    3.4.3.2 Formulrios 3, 4, 5 e 6: Parte referente Representao Grfica

    Formulrio 03

    Parte: Representao Grfica Aspecto: Agrupamento de Componentes

    Fl.: 1/2

    Discusso: 1) Pode ser interessante representar componentes iguais separadamente?

    Gestor 1: No, pois representar os componentes de forma agrupada torna o processo dinmico e no dificulta o entendimento do armador; Gestor 2: No, pois o que fica fcil at de entendimento para os armadores representar os componentes de forma agrupada, tanto que em alguns casos eles chegam a colocar na planta P1 a P4, caso na mesma venha P1=P2=P3=P4; por exemplo, em um mesmo trecho de concretagem, quando ele olha na planta de frmas que a viga 1 igual a viga 2, ele j monta logo as duas vigas, olhando somente uma vez a planta de frmas; Gestor 3: No, pois agrupando os componentes voc consegue otimizar um pouco mais a leitura do prprio desenho pelo pessoal de campo, visto que na hora que eles forem separar o material, por exemplo, para dois componentes iguais, eles j vo separar duas vezes o material e no um material de cada vez, como no caso dos componentes iguais serem representados separadamente; Gestor 4: No, pois agrupar facilita na montagem, visto que quando voc vai separar as peas, essa tarefa fica mais fcil, pelo fato de que voc j sabe quais componentes so iguais e separa as peas dos mesmos de uma vez; Gestor 5: Sim, pois dessa forma viria uma placa da Belgo para identificar cada componente, pois hoje em dia, quando o projeto agrupa, vem s uma placa para ambos os componentes, fazendo com que o encarregado tenha que improvisar uma nova placa no canteiro.

    2) O que melhor: todos os pilares de um pavimento x grupo de pilares para grupo de pavimentos? Gestor 1: Acha melhor um grupo de pilares para um grupo de pavimentos, pois pelas cotas voc no tem como errar na hora de armar, visto que o armador visualiza de uma vez as posies daquele pilar em vrios andares, diminuindo assim a possibilidade de no perceber a reduo da quantidade de ao do pilar em outros pavimentos; Gestor 2: Acha melhor um grupo de pilares para um grupo de pavimentos, pois uma forma, mais simplificada, do armador entender na planta, quando h alguma mudana no nmero de posies e quantidades de peas, em cada pilar para cada pavimento; em suma, numa planta ele consegue visualizar os outros pavimentos; Gestor 3: Acha melhor um grupo de pilares para um grupo de pavimentos, pois fica mais fcil de visualizar quando muda a seo do pilar e normalmente muda; Gestor 4: Acha melhor um grupo de pilares para um grupo de pavimentos, pois fica mais fcil de visualizar e as informaes ficam todas concentradas numa planta, alm de o armador visualizar a reduo dos ferros dos pilares; Gestor 5: Acha melhor todos os pilares de um pavimento, pois facilita na conferncia, visto que se vierem grupos de pilares, pela prpria reduo de pilares, fica difcil voc conseguir fazer a referida conferncia.

    3) O que melhor: todas as vigas de um pavimento x grupo de vigas para intervalos de pavimentos diferentes? Gestor 1: Acha melhor todas as vigas de um pavimento, pois o armador no corre o risco de se confundir entre qual das duas vigas, com o mesmo nome, mas que abrangem pavimentos diferentes, deve ser armada no pavimento em questo; Gestor 2: Acha melhor todas as vigas de um pavimento, pois quando tem apenas uma viga de cada, essa situao facilita para o armador memorizar a montagem das vigas, visto que, naquela planta, ele no precisa memorizar mais de uma combinao de posies para uma mesma viga e, por conseqncia, no corre o risco de armar a viga errada para determinado pavimento;

  • 160

    Formulrio 03

    Parte: Representao Grfica Aspecto: Agrupamento de Componentes

    Fl.: 2/2

    Discusso: Gestor 3: Acha melhor grupo de vigas para intervalos de pavimentos diferentes,

    desde que identificando os pavimentos; por exemplo, uma viga que abrange somente o pavimento 1 seria identificada como V101 e se na seqncia essa mesma viga abrangesse 5 pavimentos consecutivos, ela seria identificada como V201 a V601, onde a centena corresponde poro abrangida pela viga; Gestor 4: Acha melhor grupo de vigas; entretanto a segunda viga que aparecer com o mesmo nome, deve ter acrescido a sua nomenclatura uma letra para diferenci-la, por exemplo, vigas V1 e V1a. Tal nomenclatura deve ser igual no projeto de frmas; Gestor 5: Acha melhor todas as vigas por pavimento, pois voc monta as vigas por pavimento e, tambm, se vierem vigas de outros andares, vai misturar peas de andares distintos, sendo difcil a separao dessas peas.

    4) Laje: armadura negativa e positiva na mesma planta ou em plantas diferentes? Gestor 1: Afirma ser melhor armadura negativa e positiva em plantas diferentes, porque elas entram em momentos diferentes na hora da montagem, ou seja, a armadura negativa entra depois da positiva; Gestor 2: Acredita ser melhor armadura negativa e positiva em plantas diferentes, pois so etapas diferentes; Gestor 3: Acha que em plantas diferentes melhor, pois a montagem das armaduras positiva e negativa ocorrem em momentos distintos; Gestor 4: Acha que a armadura negativa e positiva devem estar na mesma planta, pois visualiza tudo de uma vez; Gestor 5: Acha melhor armadura negativa e positiva em plantas diferentes, pois usa a planta da armadura positiva somente no dia de sua montagem e a negativa, tambm, somente no dia da sua montagem, conservando assim as plantas.

    5) Outras sugestes de aprimoramento? Gestor 2: Tentar padronizar os componentes vigas e lajes para facilitar a memorizao do encarregado, estagirio e engenheiro sobre as posies das armaduras, visando minimizar eventuais erros de montagem; Gestor 3: Colocar em cada planta um eixo com o sentido de montagem, pois o armador no sabe que pea (longitudinal ou transversal) deve ser colocada primeiro na laje; tal sugesto se aplica ao caso especfico da armadura positiva.

  • 161

    Formulrio 04

    Parte: Representao Grfica Aspecto: Componentes com informaes oriundas do

    projeto de frmas Fl.: 1/2

    Discusso: 1) Detalhes mais adequados para indicar continuidade ou no de pilar?

    Gestor 1: Normalmente voc mostra que o pilar continua ou no no