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DETECTOR DE RUÍDO DE SEGURANÇA MONITORADO VIA APLICATIVO
André Takeu 1, Jorge Fernando2, Natan Oliveira 3 , Rafael Oliveira4 , Marcos Henrique5
RESUMO
Considerando que o uso da eletrônica relacionada a segurança do trabalho é bem menor do que se refere a qualquer outra área destinada, os equipamentos de Proteção Individual (EPI) é o melhor e único recurso para a segurança dos trabalhadores na atuação das suas atividades. A ideia de um detector de ruído eletrônico, terá um efeito no mercado de trabalho extremamente positivo, a sua principal atividade será a comunicação
do dispositivo com a equipe de segurança através de um sinal transmitido do aparelho para o celular do responsável pela supervisão das atividades. Dentre inúmeros problemas de saúde relacionados ao trabalho, à perda auditiva induzida por ruído (PAIR) é um dos mais frequentes do mundo inteiro. Portanto o presente artigo faz um levantamento das publicações sobre a perda auditiva provocadas no ambiente de trabalho, e através de pesquisas e medições realizadas no Centro Universitário Carlos Drummond de Andrade trouxemos ao mercado a ideia de um detector de ruído eletrônico, que auxiliará na prevenção e na redução dos problemas de saúde causadas pela exposição ao ruído, facilitando assim a comunicação entre funcionário e patrão por acesso virtual, objetivando apenas os problemas associados à saúde auditiva.
Palavras-chave: Ruído, segurança, trabalho, saúde, tecnologia, perda auditiva, PAIR.
1 Graduando em Engenharia Eletrônica com Ênfase em Automação Industrial pela Faculdade Carlos
Drummond de Andrade, [email protected]. 2 Graduando em Engenharia Eletrônica com Ênfase em Automação Industrial pela Faculdade Carlos
Drummond de Andrade, [email protected]. 3 Graduando em Engenharia Eletrônica com Ênfase em Automação Industrial pela Faculdade Carlos
Drummond de Andrade, [email protected] 4 Professor Orientador do curso de Graduando em Engenharia Eletrônica pela Universidade Carlos
Drummond de Andrade – Tatuapé – SP, [email protected]. 5 Coordenador e professor Orientador do curso de Graduando em Engenharia Eletrônica pela Universidade
Carlos Drummond de Andrade – Tatuapé – SP, [email protected].
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1. Introdução
O ruído é um dos agentes físicos mais comuns detectados no ambiente de trabalho, pela presente
existência da exposição a intensidades prejudiciais a audição e por ser dado como principal causador de
problemas de saúde nos trabalhadores, isso gera um importante problema público tanto nos países que estão
em desenvolvimento como os dos propriamente ditos desenvolvidos (SIQUEIRA, 2016).
Quando um trabalhador está exposto a grandes níveis de ruídos durante seu tempo de trabalho, está
vulnerável a desenvolver uma perda auditiva provocada por estes ruídos. Com base nessas informações, são
encontrados esclarecimentos de maneira objetiva dos efeitos do ruído exagerado na vida do trabalhador,
dentro e fora do seu local de trabalho. Existem inúmeros meios de se prevenir a Perda Auditiva provocada
pelos Ruídos, todos sem exceção estão relacionadas ao uso correto dos diversos tipos de equipamentos
apropriados para evitar sua instalação, que devem ser selecionados e adequadamente utilizados. O presente
artigo trata- se de um estudo sobre a falta de tecnologia envolvendo especialmente a segurança no trabalho
em relação aos problemas de saúde ocasionada pelo ruído (PAIR). A ideia do nosso equipamento de proteção
terá um custo relativamente baixo, considerando a tecnologia nele utilizado, desfrutando do que há de mais
atual no mundo da eletrônica, utilizamos os seguintes equipamentos para o desenvolvimento eletrônico do
nosso protótipo: Sensor de Ruído KY 038, ATMega 328p, um modulo de bluetooth, um regulador de tensão
LM 7805 e uma linguagem de programação C++.
O uso da eletrônica nesta ocasião conseguiria uma avaliação auditiva mais precisa e um controle de
exposição aos ruídos bem gerenciados, conseguindo uma análise presente dos funcionários de forma
individualizada, transmitindo por meio de um sinal repassar orientações aos técnicos de segurança ou aos
responsáveis por determinada atividade, desta forma tanto os funcionários quanto os empregadores estariam
mais protegidos e monitorados (LIMA, 2017).
O (EPI) Equipamento de Proteção Individual são equipamentos de uso pessoal, que tem como função
reduzir os riscos de acidentes existentes em um meio, e nesta ocasião protegerem contra o surgimento de
possíveis doenças causadas pelas condições de trabalho. Todos os EPI’s, em especial os protetores
auriculares são indispensáveis sempre que houver a exposição do risco físico ao ruído, determinado sempre
que tiver relação a trabalho como insalubre e até mesmo quando o local de trabalho apontam ruídos e níveis
de pressão sonora de grau elevado acima dos limites de tolerância permitido, onde se encontram como uma
regra na legislação nacional.
De acordo com as normas, grandes partes das empresas fornecem o protetor auricular antecipadamente
sem analisar a situação em que se encontra o ambiente de trabalho e sem estudar estratégias para a
diminuição do ruído. Esta fama dos protetores auriculares é provável que esteja relacionada à sua capacidade
de acesso e seu baixo custo para a empresa. É obrigação da empresa ou do empregador fornecer os
equipamentos de proteção para cada um dos trabalhadores sem custo algum, acompanhado de treinamento
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e orientações de uso correto dos equipamentos, é importante que além dos trabalhadores, todos os
empregadores gerentes diretores e até mesmo proprietários sejam adequadamente orientados de como se
deve ser usado e qual a função de cada um deles. A falta de conhecimento de ambas as partes influenciam
na escolha de qual protetor auricular deve-se usar, pois é necessário que esteja bem claro, que pra cada tipo
de atividade é relacionado um modelo de protetor diferente. Diante dessas abordagens é possível identificar
que as empresas estão mais preocupadas com o custo dos EPI’s do que com a saúde dos trabalhadores
(SONEGO, 2016).
O que se pode observar nas grandes indústrias, é que por lei aderem aos equipamentos de proteção
individual, mas a falta de treinamento e a dificuldade de como utilizar e quando for utilizada pelos
trabalhadores é extremamente ignorada, tudo isso no que diz respeito aos protetores auriculares. É
recomendada sua utilização quando os níveis de pressão sonora ultrapassar 85 decibéis por 8 horas nos
ambientes de trabalho. Essa dificuldade ocorre por causa das enormes variedades de protetores auriculares,
pois cada um é especifico pra um nível de ruído.
A grande variedade dos protetores auriculares encontrados hoje no mercado cresceu de uma maneira
significante nos últimos quarenta anos. Entretanto, suas especificações técnicas e modelos permanecem a
mesma, ou seja, a utilização adequada desses protetores pelos trabalhadores durante todo o período de
exposição ao ruído intenso, só obterão pontos positivos nessa questão se implantadas ações de
conscientização, fazendo parte dos Programas de Preservação Auditiva (GONÇALVES1, 2015).
As estatísticas mostram que aproximadamente 15% da população exposta a constantes ruídos de pouco
mais de 90 decibéis, no período de oito horas por dia, durante cinco dias por semana e 50 semanas por ano,
poderão apresentar lesões auditivas após dez anos. A partir das informações da Organização Mundial do
Trabalho, existem mais de 140 milhões de pessoas expostas a altos níveis de ruído ocupacional no mundo.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, a perda auditiva provocada por ruídos (PAIR), poderia ser hoje
uma das causas de perda de audição mais evitável no mundo, pois a solução em grande parte dos casos é
simples e fácil, necessitando apenas que as empresas se conscientizem e utilizem os protetores auriculares
de maneira correta. Um exemplo disso é que se for colocado apenas os dedos nos ouvidos já seria possível
uma grande redução nos ruídos das quais todos estão expostos. A imagem a seguir mostra algumas funções
de trabalho que são expostas a níveis constantes de ruídos.
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Figura1- Funções desempenhadas pelos trabalhadores, (LEÃO, 2010)
Pesquisas afirmam que no ano de 2000, quase 30% dos trabalhadores da Europa ficavam expostos a
níveis de ruído intenso em mais da metade do tempo de trabalho e 11% dos trabalhadores estavam expostos
a ruído intenso em todo o tempo de trabalho. Já nos Estados Unidos, entre os anos de 1999 e 2004, quase
12% dos trabalhadores ficavam expostos a ruído muito acima de 85dB. Em pesquisas realizadas em Salvador
na Bahia, com dados do ano de 2006, verificou-se que a existência de exposição a níveis elevados de ruído
no trabalho foi de aproximadamente 17% entre os homens e de quase 10% entre as mulheres. Dessa maneira,
a ficar exposto aos ruídos em níveis bastantes elevados no ambiente de trabalho é reconhecidamente um
problema de saúde pública.
Foram constatadas que mesmo com a utilização de todas as tecnologias e pesquisas realizadas, hoje em
dia ainda são encontradas algumas dificuldades na obtenção de um protetor auricular adequado, pois como
cada ser humano possuem características fisiológicas e anatômicas diferentes, na maioria das vezes são
encontrados diversos problemas para se obter uma boa vedação para os protetores auditivos do modelo de
plug com o tamanho universal (RODRIGUES, 2006).
Sabe-se que inúmeros casos de doenças auditivas causadas nos ambiente de trabalho são decorrentes
também de outros fatores causais, como a vibração, calor e algumas substâncias químicas, embora o risco
físico (ruído) seja o mais e o maior fator atribuído à doenças auditivas. Dessa maneira, a PAIR é conceituada
como a perda de audição provocada pela grande exposição ao ruído, geralmente irreversível e progressiva
dependendo do tempo de exposição ao ruído. Os principais sintomas para identificar doenças auditivas são:
perda auditiva, zumbidos internos, dificuldade de compreensão da fala, dor de cabeça, tontura e outros.
A perda auditiva relacionada ao trabalho é uma das doenças que mais ocorrem na população trabalhadora
e presente em vários ramos de atividade onde ais principais são: a siderurgia, metalurgia, gráfica, têxtil,
construção civil, agricultura, transportes, telesserviços e outros. Na suspeita de algum tipo de doença auditiva
relacionada ao trabalho, o responsável pelo profissional deve encaminhar o trabalhado o mais rápido possível
ao médico especialista, para que possa ser submetido a exames audiológicos, que serve para confirmar a
existência de alguma irregularidade na audição. É importante salientar que o médico responsável de saúde
também deve ter o histórico de trabalho do profissional a fim de detalhar o tipo de serviço exposto, e buscar
relação entre seu trabalho e os sintomas apresentados.
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Todos os trabalhadores vítimas de acidentes ou doenças decorrentes dos processos de trabalho, deve ter
seus direitos trabalhistas e previdenciários respeitados e seguidos. Dessa maneira, mesmo sem precisar se
afastar do trabalho, o que ocorre na grande maioria das situações, deve ser realizada a CAT (Comunicação de
Acidente de Trabalho) para que se tenha o documento registrando o adoecimento que foi causado no trabalho
junto a previdência social. Até o momento não existe cura para a PAIR, mas assim como todas as doenças
existe tratamentos realizados para evitar o agravamento e para prevenir progressão e surgimentos de outras
doenças.
Infelizmente, sabendo que a doença atinge proporções no meio industrial muito elevada, os estudos são
extremamente escassos e, os avanços tecnológicos nacionais nessa área especifica acompanham os estudos
teórico sem nem uma inovação especifica. A sociedade atual está vivendo em um cotidiano com diferentes
equipamentos, tanto individuais (fones de ouvido, brinquedos sonoros) que sem a utilização correta não deixa
de ser equipamentos graves a saúde auditiva.
2. Níveis de ruído e pressão sonora
Som ou ruído é classificado a qualquer vibração que ocorre em um meio através de ondas mecânicas,
de maneira geral, reserva-se o nome de ruído aos sons desagradáveis, indesejáveis até um nível de som que
traga uma sensação prazerosa e desejada, como a produzida pela música. Entretanto, é preciso ser claro que
prazeroso ou não, se estiver em nível elevado podem provocar danos à audição.
A elevada exposição ao ruído acontece tanto no ambiente de trabalho quanto fora dele, exemplo são os
moradores em áreas de fluxos intensos de veículos, habitantes próximas a fabricas e outros, mas a maior
parte dos casos de problema de saúde auditiva estão altamente ligadas ao ambiente de trabalho. Não é
qualquer tipo ou intensidade de ruído que provoca graves problemas ou surdez ao indivíduo, para provocar
danos é preciso que o trabalhador esteja exposto a elevados índices de ruído ou pressão sonora. De acordo
com os diversos estudos já realizados foi comprovado que a exposição a níveis acima de 85 decibéis já se
torna prejudicial ao ouvido do trabalhador dependendo sempre do tempo de exposição.
Quanto maior for à intensidade do Ruído, menor será o tempo que o indivíduo poderá ficar exposto sob
consequência de desenvolver surdez. Na tabela a seguir, destacam-se os valores de ruídos e o tempo máximo
de trabalho permitido por dia para tentar diminuir e evitar que os trabalhadores tenham problemas maiores
e percam totalmente a audição em pouco tempo de trabalho.
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Figura 2. Limite máximo permitido pela legislação brasileira NR-15, portaria 3214/78, para trabalho sem proteção,
(SANTOS, 2000).
Sempre que alguém estiver exposto a níveis maiores que 85 decibéis, obtém-se um alto risco de
ocasionar lesões no ouvido, podendo ser revertido caso o trabalhador não exceda o tempo permitido e
mantenha-se pelo menos 14 horas em locais com o ambiente medindo menos que 80 decibéis. Com base
nessas informações é importante ressaltar que para enfrentar todos esses riscos criados pelo homem, é de
extrema necessidade o uso da tecnologia nestas situações preferencialmente para diminuir e proteger a saúde
do trabalhador (SANTOS, 2000).
Os danos causados a audição por causa da exposição ao ruído excessivo são até hoje estudados e
debatidos por pesquisadores da área da saúde. Pois essas doenças variam de grau de acordo com as
estatísticas de vida de cada trabalhador, tais como, idade, tipo de trabalho, nível de exposição, equipamento
de proteção utilizado e outros.
A grande exposição aos níveis de ruídos elevados estão relacionados ao grande número de casos de
problemas de saúde relacionados a audição no local de trabalho. Para preservar a audição e evitar a perca ou
danos internos não é suficiente só ter o conhecimento do que o efeito do ruído pode causar, é de extrema
importância e necessidade que as empresas adotem procedimentos de treinamentos semanais e palestra de
como agir antes e durante cada atividade de risco, elaborando um documento registrando o momento da
atividade em um formato de APR (Alerta Preliminar de Risco).
3. Modelos de protetores auriculares
Os EPIs são criados para diminuir apenas os efeitos, sendo simplesmente protetivo para diferentes tipos
de combinações de requisitos. Servindo para atenuar lesões aos usuários envolvidos na exposição a agentes
específicos durante o período de trabalho. A fabricação e a comercialização dos EPIs são autorizadas,
tecnicamente, pela emissão de Certificados de Aprovação (NR-6). Essa autorização é tentada
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exclusivamente em ensaios laboratoriais relativos a agentes específicos, resultando uma orientação ao
projeto de EPIs por agente (OLIVEIRA, 2014).
Com base em artigos e pesquisas relacionadas aos inúmeros modelos e tipos de protetores auriculares,
foi possível apresentar o grau de redução de ruído de alguns deles de acordo com a frequência exposta no
ambiente, apresentados no gráfico a seguir:
Figura 3. Grau de proteção dos protetores de acordo com seus modelos (AUTORES, 2019)
Para calcular o ruído em decibel em relação a frequência e obter o valor da redução que cada protetor
fornece de acordo com seu modelo, foi usado uma frequência padrão para os modelos de 8000hz e utilizamos
a seguinte equação: 20log(8000hz) o resultado resulta em 78,06 decibel, onde este valor foi utilizado como
base para identificar a redução de ruído que cada modelo fornece. (BOLETIM TÉCNICO 3M, 2017)
Estes modelos de protetores auriculares são devidamente apropriados para proteção auditiva, ajudando
a diminuir a exposição aos altos níveis de ruídos em determinados ambientes. De acordo com os testes
exigidos pela norma ANSI S12.6:2008, Método B- método do Ouvido real, colocação para quem ouve, pelo
laboratório de equipamento de proteção individual (LAEPI).
Os aparelhos auditivos é um importante e mais rico sistema de prevenção de doenças auditivas, à
medida que conhecemos o seu funcionamento e quando usá-los descobrimos o quão é essencial protegê-lo
do ruído que nos cerca. Os protetores comuns e outros modelos tipo abafadores, devem ser utilizados de
forma correta, para que possam resultar em uma melhor atenuação do ruído e conforto durante o trabalho.
Caso o protetor não seja descartável devem receber uma manutenção adequada para a maior vida útil do
produto. Entender como funciona cada tipo de IPI representa um passo muito importante por assegurar o
trabalhador de que está protegido de futuras doenças, quando as orelhas são protegidas, os sons ou ruídos
acabam ficando mais suave.
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Os dispositivos de proteção auditiva são usados normalmente em empresas industriais, órgãos do governo
e militares, em atividades esportivas e de recreação, enfim, em todos os lugares onde os níveis de ruído são
elevados e podem prejudicar o sistema auditivo das pessoas. Os tipos de protetores auditivos classificam-
se em tipo plug e tipo concha. Normalmente os protetores auditivos apresentam valores de atenuação obtidos
em testes realizados em laboratório sob condições próximas do ideal. A exposição ao ruído pode provocar o
que se chama de efeitos extra auditivos no trabalhador, esses efeitos em alguns casos resultam na diminuição
da qualidade de vida do trabalhador. Os trabalhadores, que se expõem durante ou após a exposição a ruído
no ambiente de trabalho, apresentam reações como: náuseas, vômitos, dificuldades de equilíbrio e até mesmo
desmaios.
Além das reclamações sobre zumbidos e perda auditiva, reclamam também de diversos outros sintomas
como: nervosismo, dor de cabeça, insônia e problemas digestivos. Decorrente de todos esses sintomas os
trabalhadores começas a sentir problemas de comunicação e até mesmo respiratório. Uma vez sabendo que
a comunicação entre as pessoas é essencial para se obter uma qualidade de vida em meio a sociedade é
necessário que tenha bastante cuidado ao estar exposto por um longo prazo em um ambiente de ruídos
intensos. Trazendo a tecnologia para dentro do departamento de segurança torna-se possível obter uma
diminuição de casos de doenças auditivas nos trabalhadores. Toda essa tecnologia digital proporcionam
controle, utilização do aparelho auditivo corretamente e baixo custo com relação a inovação apresentada. É
importante salientar que a melhoria e o período de teste para uma futura implantação do protótipo no mercado
é bastante burocrático e estudado. Trata-se de um estudo laboratorial realizando por especialistas.
Os protetores foram testados em média em mais de oitenta indústrias de sete países. Foram verificados
em todos eles níveis relevantes de redução de ruído em relação daqueles informados na tabela (figura 3), com
maior desigualdade para os modelos do tipo plug. Para estes modelos de protetores tipo plug, as reduções
apresentadas foram em média de 6% a 52% do valor atribuído, enquanto que os protetores do tipo concha os
dados oscilaram em média de 33% a 74%. Concluiu-se também que, mesmo assim, os protetores mais
eficazes para a proteção a 10 dB que é relativamente baixo são o de tipo concha (OLIVEIRA, 2014).
Apesar de ainda serem habituais os empregadores e responsáveis pelas empresas indicarem os protetores
auriculares como medida única de controle e prevenção do ruído, é necessário salientar que este tipo de ato
não apresentam dados satisfatórios e suficientes, comprovado pela eventualidade de danos ao fazerem
semestralmente exames de audiometria. Dessa forma com o uso da eletrônica e toda essa comunicação
virtual oferecida pela ideia do presente artigo, reduziria em grande escala as ocorrências de problemas de
audição adquiridas no local de trabalho.
4. Componentes utilizados no protótipo
4.1 Detector de Ruído
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Existem no mercado vários modelos de detectores de ruídos cada um com sua especialidade, o objetivo
deste sensor é medir a intensidade sonora do ambiente ao seu redor, variando o estado de sua saída digital
caso detectado um sinal sonoro. Possui um microfone de condensador elétrico e pode ser usado para variados
tipos de situações. O limite de detecção pode ser ajustado através do potenciômetro presente no sensor que
regulará a saída digital D0. Contudo para ter uma resolução melhor é possível utilizar a saída analógica A0
e conectar a um conversor AD, como o presente no Arduino por exemplo.
Figura 4. Sensor de Som ky 038, (AUTORES, 2019).
O sensor de ruído é um dos principais componentes do projeto, pois é o responsável por detectar o
ruído em um determinado ambiente. A sua tensão de operação é de 4-6v DC, com sensibilidade ajustável
via potenciômetro, com saídas digitais analógicas de fácil instalação.
4.2 ATMega 328p
O ATMega é considerado o cérebro do projeto, sua função é fazer a comunicação do sensor de ruído e
do modulo de bluetooth para o aplicativo desenvolvido.
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Figura 5. Print ATMega 328p, (AUTORES, 2019) .
A escolha do ATMega foi trabalhado em cima do tempo disponível para desenvolvimento e pela
facilidade de uso. Seu modelo é microcontrolador: atmega328p, tensão de operação de 1,8v a 5,5v, com 23
portas digitais (6 podem ser usadas como pwm), 6 portas analógicas, memória flash 32kb (2kb usado no
bootloader), sram 2kb, eeprom: 1kb, velocidade do clock: 16mhz, dimensões: 45 x 18mm.
4.3 Módulo de Bluetooth
O módulo bluetooth utilizado é do modelo HC-05 e oferece uma forma fácil e barata de comunicação
com o Arduino. Suporta tanto o modo mestre como escravo, além de ter uma fácil configuração. Esse
dispositivo é essencial na comunicação entre o arduíno e o aplicativo pra onde serão enviadas as informações
detectadas.
Em sua placa existe um regulador de tensão com capacidade de alimentação com 3.3 a 5v, bem como
um LED que indica se o módulo está pareado com outro dispositivo. Possui alcance de até 10m. Antes de
comunicar com o seu módulo é necessário pareá-lo com o dispositivo que desejas conectar. Isto vai variar
dependendo do sistema operacional que você estará usando. Fácil de encontrar no mercado e tem custo
acessível.
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Figura 6. Imagem Print-Módulo Bluetooth RS232 HC-05, (AUTORES, 2019).
4.4 Regulador de Tensão LM7805
O LM7805 tem como função regular a tensão de saída no terminal, possuindo maior funcionamento
durante a criação de projetos eletrônicos, principalmente em placas de circuito impresso.
Figura 7. Regulador de Tensão LM7805, (AUTORES, 2019).
Este componente é compacto e funcional ocupando o mínimo de espaço na placa. Ele possui tensão de
entrada que varia entre 7V a 20V, tensão de saída de 5V, corrente máxima de 1A, proteção térmica contra
sobrecarga e curto circuito.
5. Montagem do protótipo
A partir das pesquisas realizadas sobre cada componente e seu funcionamento, partimos inicialmente do
cérebro do Projeto, o circuito integrado ATMega, dando alma ao protótipo. O ATMega328P além de ser um
microcontrolador que tem uma ótima performance, também pode conceder uma facilidade maior de se
gravar informações sem um gravador adequado, utilizando-se o Arduino Uno para gravação de dados, assim
gerando menos gastos.
A esquemática do dispositivo se mostra bastante simples, podendo funcionar com o uso de fontes de
energia CC de até 25V, o LM7805 irá fazer a conversão dessa tensão, passando pelos capacitores
eletrolíticos de filtragem e alimentando o circuito devidamente, Conforme figura 7.
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Figura 8. Circuito elétrico do LM7805, (AUTORES2019).
O capacitor de 10uf desacopla a entrada do estabilizador enquanto o capacitor de 1000uf tem a
função de evitar oscilações em altas frequências desacoplando a saída. Partindo para o microcontrolador, o
cristal oscilador que é um componente de extrema importância, foi instalado fornecendo um sinal elétrico
com uma frequência precisa.
Para a indicação do sistema em funcionamento, um botão de reset e um LED foram instalados como
mostra na figura 8.
Figura 9. Esquemática do circuito controlador do projeto, (AUTORES, 2019).
Após o Microcontrolador ser devidamente instalado e pronto para o funcionamento, o Sensor de
Ruído KY-038 foi acoplado no Microcontrolador para a obtenção de dados, com essas informações
capturadas pelo ATMega, as mesmas são repassadas para o Modulo Bluetooth HC-05 para a conclusão do
objetivo principal do projeto, que é a leitura de ruído do ambiente através do aparelho celular. A figura 9 a
seguir mostra a montagem final do projeto.
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Figura 10. Circuito Final do Projeto com todas as adaptações, (AUTORES, 2019).
Figura 11. Montagem do Dispositivo em fase de testes, (AUTORES, 2019).
6. Aplicativo de comunicação
Para a comunicação dos componentes do dispositivo foi utilizado o aplicativo Bluetooth
Tertminal HC-05. Sua função é receber a comunicação feita através do detector de ruído
enviado por sinal bluetooth, configurado através de programação, o sinal a ser recebido será em tensão e
decibel.
Este aplicativo é quem dá compatibilidade com todos os controladores, como Arduino, Raspberry Pi,
AVR, PIC, ARM, bem como controladores de TI. Tudo o que você precisa é de uma conexão de adaptador
serial HC-05 com portas seriais dos controladores. Controle qualquer micro controlador que use um módulo
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Bluetooth HC 05 ou HC 06 através do seu smartphone. Este aplicativo pode enviar e receber comandos via
Bluetooth para que você possa depurar facilmente seus problemas de hardware.
Figura 12. Print do Play store, do Aplicativo utilizado HC-05, (AUTORES, 2019).
7. Resultados e discussão
Todos os componentes apresentados passaram por fase de teste se mostrando ser de uso essencial para
o bom funcionamento do protótipo. Durante toda a fase de montagem os testes foram sendo contínuos dando
um destaque na programação do microcontrolador onde se requeria ajuste de sinais recebidos do sensor de
ruído.
O Módulo Bluetooth - HC-05 se apresenta como uma opção simples e barata de trazer a comunicação
via Bluetooth para o Arduino. Este módulo, em especial, possui o diferencial de poder trabalhar tanto no
modo Escravo, como no modo Mestre. Por essa facilidade de acesso e pelo custo direcionamos esse modelo
ao protótipo.
As principais dificuldades foram associar os sinais dos sensores em bits para a conversão em decibel, o
sensor de ruído KY 038 possui uma peculiaridade que difere de alguns sensores, pois quanto mais ruído
detectado pelo sensor menor a quantidade enviados pelo Sensor, por esse motivo a conexão entre o
aplicativo HC-05 e o Detector de ruído estava sendo interrompida. Estes imprevistos foram sendo corrigidos
através de cálculos e ajustes na programação, sendo também necessária um decibelímetro para a comparação
e medição de ruído ambiente.
O projeto apesar de ser simples e de uma proposta rápida e eficiente, foi bastante desafiador, por ser
algo único no mercado e na eletrônica teríamos que conciliar todas as partes com nenhuma base sólida para
apoio.
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A programação foi o maior desafio na execução do projeto, pois os dados recebidos pelo sensor em
tensão tinham q ser convertidos diretamente pela programação em algo compreensível para o supervisor em
Decibéis. Então teve de ser feito cálculos para resolver esse problema.
A escolha de um Aplicativo padrão para a comunicação do protótipo com o celular, foi de demostrar
resultados mais objetivos e com facilidade para leitura, mas com as ferramentas em mãos pode-se criar um
Aplicativo próprio e adaptar a ele uma função específica de acordo com o uso.
Conforme o desenvolvimento do projeto foi sendo sucedido, pensamos em uma ideia de nosso
equipamento ser flexível, podendo ser monitorado de diversas maneiras, como deixar uma IHM exposta
para o próprio funcionário em uma sala, transmitir via internet a uma central ou até guardar dados para
própria empresa.
Figura 13. Conclusão do detector de Ruído finalizado, (AUTORES, 2019).
8. Considerações finais
A implantação de um dispositivo eletrônico que proporcione um reconhecimento de qualidade nos
ambientes de trabalho, requer um acompanhamento especial com testes em diferentes ambientes para que
se possa ter confiabilidade no produto, pois, antes de ser comercializado é necessário buscar resultados
adequados para verificar se o trabalhador apresenta melhoras em seu desempenho após o uso do dispositivo.
A escolha de trabalhar especialmente com a tecnologia na segurança do trabalho, foi de aprofundar e
aprimorar nossos conhecimentos nesta área pouco explorada, onde a tecnologia é escassa e onde o maior e
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único objetivo é melhorar na prevenção auditiva e minimizar os riscos, evitando assim os comprometimentos
auditivos nos trabalhadores e futuras ações trabalhistas em cima dos empregadores.
No atual momento tecnológico onde tudo se baseia em Indústria 4.0 e seus avanços diários, podemos no
futuro considerar esta ideia um avanço muito mais eficiente, onde a mesma tecnológica utilizada pode vir
acoplada em um modelo de protetor auricular exclusivo, podendo desta forma avaliar individualmente cada
trabalhador, vindo com a função de proteção além da de prevenção.
Baseado em pesquisas realizadas, os parâmetros mais significativos para os trabalhadores em relação ao
protetor auricular, foram à redução de uso do protetor e a comunicação verbal. Com tudo a facilidade de
colocação foi à característica melhor avaliada. Com o uso da eletrônica, a composição de uma equipe de
segurança do trabalho para supervisionar e monitorar as ocorrências, bem como para reconhecer e corrigir
as condições de risco e atos inseguros é a maior inovação dentro da área de segurança, pois trará melhoria
de comunicação entre os funcionários e empregadores. Desta forma, espera-se ver um dia uma segurança do
trabalho mais intensificada nas grandes Indústrias, onde os empregadores tenha mais preocupação com o
bem-estar social dos funcionários tanto quanto prioritário.
O trabalhador é a peça chave para o crescimento de produção dentro de uma empresa, sendo também a
porta do progresso ou fracasso da empresa, então, existe a necessidade do investimento em treinamentos de
uso e funcionamentos dos EPI’S. As empresas vem criando políticas de qualidade e de segurança e têm se
caracterizado pela melhoria das relações de trabalho.
Por fim deve ficar claro, que a implantação da tecnologia nesta área especifica é investimento e não
custo, pois é possível perceber que um ambiente bem monitorado e controlado eletronicamente é capaz de
diminuir gradativamente os riscos de doenças auditivas causas pelos ruídos.
9. Agradecimentos
Agradecemos primeiramente a Deus pela vida, a nossas famílias por todo apoio prestado, aos
nossos orientadores, em especial ao Professor Rafael Oliveira especialista em Engenharia de
projetos e sistemas e ao nosso amigo de curso Isaque de Deus
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tecnólogo em eletrônica que nos prestou total apoio e dedicação ao amigo engenheiro de
controle e automação pelo apoio e nos indicar a revista Jorge L. Landim.
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Referências bibliográficas
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