Deus, o Pai Perfeito

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Visite o blog: http://leiturasdaquenia.blogspot.com Deus o Pai Perfeito Texto Bíblico: Mateus 6:7-15 E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos; não vos assemelheis, pois, a eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes. Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; O pão nosso de cada dia nos dá hoje; E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores; E não nos induzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém. Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas.Mateus 6:7-15 Dia 11 de agosto de 2012 comemoramos o Dia dos Pais. A relação entre pai e filho é tão importante e nobre que Cristo usou a analogia de Pai e filho para nos mostrar como deve ser nosso relacionamento com Deus. Toda vez em que essa analogia é usada, porém, isto é, toda vez que repetimos a Oração do Senhor, deve ser lembrado que o Salvador fez uso dela num momento e lugar em que a autoridade paternal tinha uma posição muito mais elevada do que nos tempos modernos. Amor entre pai e filho, neste símbolo, significa essencialmente um amor cheio de autoridade de um lado, e amor obediente do outro.[1] Assim, nossos pais terrenos podem influenciar, de forma inconsciente, nossa perspectiva do Pai celeste. Mas, infelizmente, nosso mundo está infestado por uma epidemia de dor. Com o número de divórcios aumentando e o abuso contra as crianças berrando nas manchetes nacionais, não é de surpreender que para muitos o conceito de um Deus-Pai provoca reações de ira, ressentimento e rejeição. Por não conhecerem um pai humano bondoso e atencioso, mostram uma visão distorcida do amor do Pai celeste. Em muitos casos, esses indivíduos sofredores escolheram tão somente negar ou desprezar a existência de Deus. O que frustra a compreensão de Deus como Pai? Além das experiências negativas na infância, muitos experimentam um bloqueio emocional ou mental quando tentam chamar Deus de “Pai”, pois não o conhecem pessoalmente. Há diferença entre saber a respeito de Deus e conhecê-lo pessoalmente. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome; João 1:12 Outras pessoas têm dificuldade de relacionar-se com Deus como Pai porque durante a vida toda foram ensinadas a respeitá-lo. Para elas isso significa chamá-lo de Senhor. Usar um termo informal como “Pai”, parece-lhes falta de reverência. Entretanto a Bíblia nos ensina a chamar a Deus de “Pai” quando oramos: “Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome;Mateus 6:9 e nos diz que Ele deseja ter um relacionamento íntimo e pessoal conosco, seus filhos.

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Conhecer a Deus como de fato Ele é!

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Deus o Pai Perfeito

Texto Bíblico: Mateus 6:7-15

“E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito falarem serão

ouvidos; não vos assemelheis, pois, a eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de

vós lho pedirdes.

Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; Venha o

teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; O pão nosso de cada dia nos dá

hoje; E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores;

E não nos induzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para

sempre. Amém.

Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a

vós; Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará

as vossas ofensas.” Mateus 6:7-15

Dia 11 de agosto de 2012 comemoramos o Dia dos Pais. A relação entre pai e filho é tão

importante e nobre que Cristo usou a analogia de Pai e filho para nos mostrar como deve ser nosso

relacionamento com Deus. “Toda vez em que essa analogia é usada, porém, isto é, toda vez que

repetimos a Oração do Senhor, deve ser lembrado que o Salvador fez uso dela num momento e

lugar em que a autoridade paternal tinha uma posição muito mais elevada do que nos tempos

modernos. Amor entre pai e filho, neste símbolo, significa essencialmente um amor cheio de

autoridade de um lado, e amor obediente do outro.” [1]

Assim, nossos pais terrenos podem influenciar, de forma inconsciente, nossa perspectiva do Pai

celeste.

Mas, infelizmente, nosso mundo está infestado por uma epidemia de dor. Com o número de

divórcios aumentando e o abuso contra as crianças berrando nas manchetes nacionais, não é de

surpreender que para muitos o conceito de um Deus-Pai provoca reações de ira, ressentimento e

rejeição. Por não conhecerem um pai humano bondoso e atencioso, mostram uma visão distorcida

do amor do Pai celeste. Em muitos casos, esses indivíduos sofredores escolheram tão somente

negar ou desprezar a existência de Deus.

O que frustra a compreensão de Deus como Pai?

Além das experiências negativas na infância, muitos experimentam um bloqueio emocional ou

mental quando tentam chamar Deus de “Pai”, pois não o conhecem pessoalmente. Há diferença

entre saber a respeito de Deus e conhecê-lo pessoalmente. “Mas, a todos quantos o receberam,

deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome;” João 1:12

Outras pessoas têm dificuldade de relacionar-se com Deus como Pai porque durante a vida toda

foram ensinadas a respeitá-lo. Para elas isso significa chamá-lo de Senhor. Usar um termo

informal como “Pai”, parece-lhes falta de reverência. Entretanto a Bíblia nos ensina a chamar a Deus

de “Pai” quando oramos: “Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado

seja o teu nome;” Mateus 6:9 e nos diz que Ele deseja ter um relacionamento íntimo e pessoal

conosco, seus filhos.

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Algumas de nossas dificuldades mais comuns para compreendermos o imensurável amor de Deus

são as feridas emocionais. Muitas vezes, essas feridas produzem cicatrizes que nos fazem hesitar

em confiar inteiramente nele como Pai.

A Bíblia oferece muitos exemplos de ferimentos emocionais e refere-se a isso como “espírito

oprimido”, ferido ou abatido: “O coração alegre aformoseia o rosto, mas pela dor do coração o

espírito se abate.” Provérbios 15:13 / “O espírito do homem o sustenta na doença, mas o espírito

deprimido, quem o levantará?” Provérbios 18:14.

Por causa do seu coração paterno, Deus anseia por renovar-nos e restaurar-nos mediante o poder

curador do seu amor.

Inúmeras pessoas sofrem mágoas e rejeição da família e não têm uma genuína figura paterna com

quem se identificar. Tais experiências as impedem de conhecer a Deus como Ele realmente é,

negando-lhes a alegria de desfrutar intimidade verdadeira com Ele.

Há pelo menos sete diferentes áreas de conceitos errados a respeito de Deus que, com freqüência,

têm origem na infância:

1. Autoridade – Às vezes fugimos da autoridade do nosso Pai celeste porque imaginamos que

será como as outras figuras de autoridade em nossa vida. Não será! Ele é perfeito amor. É

ele quem ordena: “E vós, pais, não provoqueis à ira a vossos filhos, mas criai-os na

doutrina e admoestação do Senhor.” Efésios 6:4

2. Confiança – Para alguém que não sabe o que é ter pai, seja por causa de morte ou divórcio,

ou ainda por ter sido relegado à “orfandade” pelas exigências das carreiras dos pais, é difícil

não duvidar da fidelidade de Deus. Não conseguem apagar as recordações infantis de

promessas desfeitas e do abandono. Entretanto, seu Pai celeste estava presente quando

você dava os primeiros passos como criança. Ele presenciou as mágoas e desapontamentos

de sua adolescência e, neste instante, está presente com você. A intenção de Deus era que o

cuidado e a segurança de um bom lar o preparassem para o amor dele. Se a família falhou no

desempenho dessa responsabilidade, você precisa reconhecer esse fato, perdoar-lhe e

prosseguir a fim de receber o amor de Deus. Ele o aguarda de braços estendidos. Deus é o

único Pai que jamais falhará conosco: “Se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode

negar-se a si mesmo.” 2 Timóteo 2:13

3. Valores – Nos nossos modernos lares, cheios de bugigangas caras e frágeis, as crianças

ouvem constantemente palavras sobre a importância e o valor das coisas. No entanto,

muitas poucas vezes ouvem um simples: “-Eu te amo!”. Uma espécie de slogan, ou bordãoo

repetitivo e destrutivo, vai cavando seu caminho no subconsciente das crianças: “As coisas

são mais importantes do que eu. As coisas são mais importantes do que eu.” Não precisamos

abandonar nossos lares e coisas, mas é precisamos alterar radicalmente as prioridades

de modo que possamos comunicar o amor de Deus aos nossos filhos.

Os valores de Deus diferem significativamente dos nossos. A criação exibe

extravagância de cores e complexidade de formas, que transcendem o simples valor

funcional. Uma pequena flor branca pode não ter valor econômico, apesar disso foi criada

por Deus na esperança de que um dia um de seus filhos pudesse olhá-la e receber a benção

dessa beleza.

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A maior demonstração de amor do coração paterno de Deus revela-se na sua atenção aos

detalhes de nossa vida. Deus não é avarento, possessivo, nem materialista. Somos nós que,

com freqüência, usamos as pessoas como se fossem objetos; Ele usa os objetos para

abençoar as pessoas. Deus manifesta a sua generosidade mediante dádivas mais

importantes do que meras coisas materiais. Graciosamente, Ele nos dá o que não pode ser

tocado nem tem preço: o perdão, a misericórdia e o amor.

4. Afeição – Quando meu filhinho chega do quintal coberto de lama, eu o apanho e o lavo com

a mangueira do jardim. Rejeito a lama, não rejeito o meu filho.Sim, nós pecamos.

Realmente, quebramos o coração de Deus. Contudo, ainda somos o centro da atenção e do

afeto divinos – a menina-dos-olhos de Deus. É Ele quem nos procura para conceder-nos

perdão e amor. Nós dizemos “Encontrei o Senhor”, mas na verdade foi Ele que, depois de

intensa busca, nos encontrou primeiro.

Os meninos, por conta do falso conceito de masculinidade, recebem pouco afeto físico da

parte dos pais. É comum ouvirem: “Não chore filho; homem não chora”. Entretanto, o amor de

Deus cura os ferimentos de meninos e meninas da mesma maneira.

Moisés certa vez invocou uma benção sobre cada tribo de Israel. A uma delas ele disse: “O

amado do SENHOR habitará seguro com ele; todo o dia o cobrirá; e morará entre os

seus ombros.” Deuteronômio 33:12. É aí que você habita também. Seja lá o que você é ou

se tornará, você jamais deixará de ser nada mais, nada menos do que uma criança nos

braços de Deus.

5. Presença – Há um atributo de Deus que nem mesmo o melhor pai pode esperar imitar – a

capacidade divina de estar conosco o tempo todo. Os pais humanos simplesmente não

podem dar aos filhos toda a atenção 24 horas por dia. No entanto, Deus é diferente. Ele não

apenas está com você o tempo todo, mas também lhe dá atenção de forma individual:

“Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.” 1 Pedro

5:7

Deus é, e sempre será, nosso Pai verdadeiro. Procure não se ressentir das falhas dos pais

terrenos, pois eles não passam de crianças que cresceram e vieram a ter crianças também.

Em vez disso, deleite-se no maravilhoso amor do seu Deus e Pai.

6. Aceitação – Vivemos numa sociedade voltada para o desempenho. Mesmo quando não

passava de um bebê você já era comparado a outras criancinhas. Muitos pais passam aos

filhos a mensagem do tipo: se você trouxer para casa boletins com boas notas, se você tiver

boa aparência, se você..., então, sim, você será aceito e “amado”. Nosso Deus, porém, nos

ama com um amor incondicional. Nosso Pai celestial nos ama porque é amor. Embora não

precisemos fazer nada para convencê-lo a nos amar, devemos receber seu amor. O que

Deus nos pede é que nos aproximemos dele com honestidade e sinceridade; então Ele nos

perdoará e nos transformará nos filhos que Ele deseja. Deus-Pai o ama exatamente como

você é. Aceite o amor de Deus e o ame também.

7. Comunicação – Uma tarefa difícil é a comunicação aberta e amorosa, sobretudo para os

pais. Talvez por isso muitas pessoas retratam Deus tal qual seus pais terrenos: um homem

bom e honesto, mas quieto e tímido, que jamais diz aos filhos que os ama e raramente

conversa com eles.

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No entanto, Deus comunica seu amor por nós de maneira claríssima. Na verdade, ele nos

ama tanto que: “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para

que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” João 3:16 Deus se

fez carne e habitou entre nós para nos comunicar esse amor incondicional.

Se você acredita ter sido prejudicado em seu relacionamento com Deus por causa de uma

carência, quer em uma área de amor paterno, quer materno, diga ao Senhor como você se

sente e peça-lhe ajuda. Você precisa decidir por si mesmo que vai perdoar a quem o

magoou, seja lá quem for. Se não perdoar, a amargura vai consumi-lo, e você não vai

encontrar paz com Deus. Entenda que você não está sozinho. Não existem pessoas

perfeitas... nem pais nem mãe que nunca erraram. Todos já sofreram um tipo ou outro de

mágoa. O importante é que você comece a conhecer a Deus pelo que Ele realmente é.

Somente Deus é o Pai Perfeito. Ele sempre disciplina em amor. É fiel, generoso, bondoso e

justo, e almeja passar bastante tempo com você. Seu Pai celeste quer que você receba o seu

amor e saiba que você é especial e singular aos olhos dEle.

Fontes:

O imensurável amor de Deus / Floyd McClung, Jr; tradução João Batista – São Paulo: Editora

Vida, 2006 (Todo o texto é um resumo do capítulo 2 deste livro).

[1] – O problema do sofrimento – C. S. Lewis; Tradução de Neyd Siqueira