Deus pelas maravilhas que fizestes conosco. - Taguatinga...

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missão que é a essência da Igreja (AG 2), tem se torna-do também a cara de nossa paróquia, revelando assim um Deus que vai ao encontro das pessoas em sua infi-nita misericórdia.

O mês de outubro, como veremos relatado nas maté-rias do nosso Pastorinho, expressa toda experiência missioná-ria de nossa paróquia, através das missões, das atividades das pastorais, movimentos, serviços e comunidade, bem como a visita aos enfermos. No Tempo do Advento, quando nos preparávamos para o Natal de Nossa Senhora, a missão continuou ativamente em nossa comunidade através da Novena de Natal. Foi uma bênção! Várias Novenas acontecendo em nossa Paróquia, de modo à atingir o maior número de famílias. Encerramos nossa Novena na Santa Missa do dia 23 de dezembro, dando graças a Deus pelas maravilhas que fizestes conosco. Aproximando-nos no Natal, percebemos que muitos idosos e doentes assistidos pela nossa Paróquia, através dos Mi-

nistros e da Comunhão, não poderiam celebrar conosco a Santa Missa. Nos dias que antecederam o Natal os pa-dres de nossa Paróquia visitaram cada um deles, levando a benção de Natal e uma singela lembrança. Nosso querido Papa Francis-co, missionário por vocação, vem nos apresentar nestes últimos tempos, uma Igreja da misericórdia, da proximidade e do encontro: “Uma Igreja missionária não pode se acomodar deve estar sempre em saída, pois ela não tem medo de encontrar, de descobrir as novidades, de falar da alegria do Evangelho a todos, sem distinção”. Juntamente com meus irmãos no sacerdócio, Pe. Ro-semar, Pe. Adão, Pe. Agentil e Pe. Nivaldo, queremos desejar a todos um Santo Natal e um Ano Novo repleto das Misericórdias de Deus.

Editoral

Sumário

Padre Durvano, OCS Pároco.

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Paróquia N.ª Sra. de Fátima Pe. Durvano A. Dourado Porto, ocs – pároco.Pe. Rosemar de o. costa, ocs.Pe. Adão Albino caetano, ocs.Pe. Agentil Eugenio, ocs.

EditorPe. Durvano A. Dourado Porto, ocs – pároco.

ProjEto GráFicoPastoral da comunicação (Pascom PNsF).

Editoração/LayoutAndré carvalho [email protected]

rEviSãoAna clara carmonaIasmin costa

jorNaLiSta rESPoNSávELLorena Martins rEaLizaçãoPascom PNsF

tiraGEm2.000 exemplares

coNtato ParoquiaLFone: 61. 3561-056861. 8242-0512

E-maiL: [email protected] site: www.pnsf.org.br

setor D sul, Área Especial 03 Taguatinga sul-DF cEP: 72020-030

Expediente

- Experiência Missionária feita pelos formandos da COCS PÁG. 03

- Catequese: com os pés na missão e os olhos em Cristo PÁG. 04

- A vocação do Irmão Religioso PÁG. 05

- Ministros da Eucaristia a serviço do sofredor PÁG. 06

- Testemunho vocacional PÁG. 08

- Missão é servir nas periferias do encontro PÁG. 09

- 43º Encontro de Casais com Cristo - ECC/ PNSF PÁG. 10

- O Milagre da cura da leucemia na Santa Eucaristia PÁG. 11

- Experiência Missionária PÁG. 12

- Pastorinho Infantil PÁG. 13

- Reconciliados para a Missão PÁG. 14

- Obrigado, Senhor! PÁG. 15

Uma Igreja de Misericórdia, Proximidade e Encontro

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ExpEriência Missionária fEita pElos forMandos da congrEgação dos oblatos dE cristo sacErdotE - ocs

Tendo em vista a ex-periência missionária que cada um de nós, aspirante e postu-lantes, traz de nossas comuni-dades paroquiais de origem, vivemos uma grande diferença. Na comunidade de origem do Aspirante Robson, a missão possui um foco estatístico além de evangelizador, o que para ele descaracteriza a missão. Ao se deparar com a realidade da missão oblaciana, ele sentiu--se mais descontraído para a evangelização. O mesmo ocor-reu com os demais formandos, na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, que se sentiram como Apóstolos missionários, como aqueles que deixam suas casas e saem para levar e anunciar o evangelho, para ter um olhar de amor e um ouvido de com-paixão. Analisando os outros lugares em que tivemos expe-riências missionárias, a partici-pação da comunidade nas visi-tas missionárias foi importante para o bom êxito dessa missão. Aqueles que participaram de pelo menos um sábado visi-tando as famílias, ou estiveram presentes todos os sábados, al-guns vieram no período da ma-nhã, outros à tarde, mas todos estão de parabéns. No entan-to ainda é possível melhorar. Quantas pessoas vimos parti-cipando das missas, e quantas delas não estavam nas ruas. Cristo nos chama a servir e não sermos servidos. A participação de vá-rios sacerdotes, também foi algo que nos chamou a aten-ção. Vimos pastores andando com suas ovelhas, caminhando e buscando aquelas que estão distantes. O serviço nunca vai acabar, e por isso é necessário

essa ida ao encontro. O que mais marcou, foi escutar das pessoas visitadas que nunca haviam visto católicos nas ruas, visitando as casas, e muito me-nos com a presença dos padres. Isso mostra que é preciso in-tensificar e melhorar a evange-lização do território paroquial. Nessas visitas às casas, o que mais chamou a atenção foi a recepção, o acolhimento dos irmãos neopentecostais, que de cada dez casas seis eram deles. A abertura não só de seus portões, mas também de suas vidas, com seus testemunhos que com certeza ficaram guar-dados na memória e com suas palavras, talvez mais evangeli-zadoras do que as nossas. Momentos em que no-tamos a existência de um diá-logo ecumênico sadio e rico. Percebemos também a necessi-dade da igreja missionária, pois fomos em várias casas onde as pessoas estavam afastadas, de-sanimadas, precisando de mo-tivação. Enfim, o que ficou des-sa experiência missionária para nós, na Paróquia Nossa Senho-ra de Fátima, foram momentos ricos de evangelização, onde também fomos evangelizados. Vimos algumas realidades em que não existe só a carência de bens materiais, mas princi-palmente a carência de afeto, de amor para com os outros. Observamos que a igreja pre-cisa de mais missionários que realmente vão ao encontro das pessoas, e nessa fase formativa, isso nos motiva a perseverar, principalmente na caminhada cristã, para poder levar aqui-lo que Cristo nos pede, o seu amor.

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Robson: Aspirante

Gabriel: Postulante

Marcos: Postulante

Luis: Postulante

Pe. Diogo, Ana, Gabriel, Robson, Cida, Ana, Neia, Eduardo e Nazaré, partici-

param da experiência missionária.

Pe. Nicomedes, Luiz, Eleniura, Rosa e Marco, participaram da experiência

missionária.

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www.pnsf.org.br04

Catequese: Com os pés na missão e os olhos em Cristo

A catequese segue ganhando os corações e mentes ansiosas para um verdadeiro encontro com Jesus. Evangelizar as crianças, os jovens e os adultos da nossa comunidade é uma grande res-ponsabilidade, mas também é fonte de muita ale-gria! “Ninguém disse que ia ser fácil,” nem pode ser: Receber essas pequenas sementinhas e cuidar delas até que se tornem árvores prontas a gerarem frutos, é um enorme desafio. Por vezes, o caminho trilhado pelo catequista se mostra árduo, cansati-vo, desgastante. Não é para qualquer um, é preciso ter vocação. Mas, o mais importante, São Paulo já nos alertava em sua carta aos coríntios, evangelizar é uma necessidade, “ai de mim se eu não anunciar o evangelho” (I cor 9, 16).

a missão é evangelizar. O que seriam de meus finais de semana sem a catequese? Mal posso imaginar minha vida sem seguir esse chamado que aquece meu coração. Contudo, responder de fato a este convite divino vai muito além dos domingos de manhã quando recebo meus catequizandos. Exige transformação diária em toda a minha vida. Ser catequista é muito mais do que falar no encontro, são nossas ações,

no dia a dia, pois o testemunho de vida é que converte! Quando nos abrimos a essa transfor-mação, é impossível que essa missão se torne um fardo. Nossos olhos estão sempre voltados para o mais importante: Jesus Cristo! A alegria de po-der servi-lo supera qualquer dificuldade. Marcada intensamente pela renovação, nossa catequese se reinventa a cada domingo. Muito mais do que uma responsabilidade, ela se torna um encontro com Jesus. Podemos ver Cristo no afeto com que um catequista acolhe seu catequizando, na lembrancinha feita com tanto cuidado, na curiosidade da criança sedenta por conhecer um pouco mais deste maravilhoso Deus. Olhando nos olhos daqueles me cercam, vejo a face de Jesus. Faço um convite a todos! Você é chamado a evangelizar em qualquer lugar que esteja! E para aqueles que por algum motivo estão afastados dessa missão, uma mensagem final: a catequese precisa de você... e com certeza você precisa dela.

Wevertton BrasilCoordenador Catequese Crisma

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A palavra “irmão” origina-se do Latim germanus, que significa ver-dadeiro. Usava-se a expressão frater germanus para indicar o irmão pro-priamente dito, filho do mesmo pai e da mesma mãe. Trazendo para a Vida Religiosa Consagrada, esta palavra adquire um significado evangélico e profundo. É empregada no tratamen-to entre as pessoas, vindas de lugares e culturas diferentes, que decidem viver em comunidade com o intuito de seguir a Jesus de um modo mais radical, através dos votos religiosos ou conselhos evangélicos de castida-de, pobreza e obediência. O religio-so procura dar testemunho de Cris-to através da consagração total de si próprio à glória de Deus e, por isso, são denominados Frade, Frei e Irmão aqueles homens que, livremente, op-tam por deixar tudo em prol do rei-no dos céus. A vida de comunidade é uma característica própria da Vida Religiosa Consagrada, na qual os membros procuram viver como ir-mãos através dos caminhos de Jesus Cristo, assim como faziam os primei-

ros cristãos: “perseveravam na comunhão fraterna, na fração do pão e nas orações em comum”, Atos 2,42. A vocação do irmão é de atuar em todos os campos pasto-rais existentes, de acordo com as normas ou constituições de cada Instituto Religioso. Por exemplo, a Congregação dos Oblatos de Cristo Sacerdote, tem como ca-risma “servir o Cristo, Sumo e Eterno Sacerdote, na pessoa dos Bispos e Padres Seculares neces-sitados de ajuda e assistência, seja com eles cooperando na evange-

lização, seja quando, pela enfermida-de ou peso dos anos, precisarem de alguém que os assista cordialmente, contemplando neles a Face sofredora de Cristo”, explica a Constituição dos Oblatos, Cap. 1, art. 2°.

Além de auxiliar os padres nas paróquias, o Irmão Oblato é aquele que procura viver a consa-gração na simplicidade e na alegria da vida cotidiana, desde os trabalhos mais humildes até aqueles mais com-plexos, bem como na assistência aos Padres e Bispos doentes, nas mais

variadas atividades pastorais, nos afazeres domésticos e, também, em outras atividades de subsistência da própria Congregação. Contudo, es-ses serviços devem fazer com que o Oblato desenvolva um amor sempre mais crescente e incondicional a Cris-to, encontrando nele o motivo de sua existência oblaciana e consagração religiosa. É como diz São Paulo aos coríntios: “Quer comais, quer bebais, quer façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus”, 1 corín-tios 10,31. O Irmão Oblato é chamado a ser um Cireneu de Jesus Cristo, ajudando-o, na pessoa dos Bispos e Sacerdotes, a suportar o peso da cruz de cada dia. Dizia o fundador, Padre Januário Baleeiro, OCS, que o oblato deve ser como uma vela acesa que vai se consumindo aos poucos. E ao se consumir lentamente, ele é chamado a deixar de viver a própria vida para viver a vida de Cristo que sofre, so-bretudo, na pessoa dos mais fracos e necessitados. A vocação de ser irmão é um dom de Deus concedido à Igreja, por ela muitos homens e mulheres, vi-vendo na radicalidade do Evangelho, chegaram à glória da perfeição, os quais tiveram as vidas completamen-te entregues ao serviço do Reino de Deus. Que Nossa Senhora das Vitó-rias interceda por cada consagrado e lhe conceda a verdadeira alegria de pertencer ao número dos chamados a esse serviço de doação e entrega.

A vocAção do Irmão relIgIoso

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Ir. Miguel Damasceno Figueiredo, OCS.

06 www.pnsf.org.br

Antes de entrar no tema que muito tem haver com os Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão – MESC, será apresentado um breve histórico da criação e o que fazem os MESC a serviço da Igreja Católica e Apos-tólica Romana. Após o Concílio do Vaticano II (1962-65), o Papa Paulo VI, em 30 de abril de 1969 autorizou a instituição dos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão (MESC), para que pudessem adminis-trar a Santa Comu-nhão a si e aos fiéis. Constituído por lei-gos, sua missão é fa-cilitar aos celebran-tes a distribuição da Sagrada Eucaristia em igrejas, capelas, hospitais, aos doen-tes nas casas e outros lugares, desde que o sacerdote não possa fazer isso, assim os MESC tornam-se os braços dos sacerdotes. A Santa Sé alerta, contudo, que esse exercício é de caráter supletivo e extraordinário, não excluindo os Ministros Ordinários (Bispos, Presbíteros, Diáconos) de fazer esse ofício. Esse ministério sagrado precisa ser exercido por leigos que tenham uma vida cristã autêntica, sejam de oração, maduros na fé, e possam servir a Igreja com amor e disponibilidade. Por isso, deve ter boa formação doutrinária, para realizar sempre que necessário a cele-bração da palavra, orientar os irmãos e irmãs a quem leva a Comunhão etc. Ele deve ensinar e viver o que a Igreja ensina, sobretudo em relação à Eucaristia e as condições para recebê-la dignamente. Isso exige do Ministro que ele conheça a doutrina da Igreja, especialmente a fundamen-tação dogmática, moral e sacramental.

CUIDAnDO COM zELO

Cabe a cada um de nós cuidar uns dos outros em todas as fases da vida, principalmente daqueles que invo-luntariamente adquirem uma doença, sem falar dos mais idosos. Deus nos fala para que cuidemos dos doentes e dos que sofrem. Em Gálatas 4, 14 diz: “E aquilo que na mi-nha carne era revoltante para vós, não o desprezastes nem

o repelistes, antes me recebestes como a um anjo de Deus, mesmo como a Cristo Jesus.” Muitas vezes, nos de-paramos com temas difíceis de encarar, como doenças de sin-tomas específicos que abalam milhões de pessoas no mundo in-teiro, excluindo esses irmãos do cotidiano da vida ativa que é tão necessária para o cres-cimento do corpo e da

alma. Além disso, há doenças psíquicas que, juntamente com as demais, têm deixado milhares de irmãos e irmãs acamados, muitas das vezes vegetando e dependendo da ajuda dos outros para seguir vivendo na esperança de um dia voltar a viver dignamente, nos hospitais, nos lares, nas ruas e etc. Nós não temos ideia, o quanto é importante visitar os enfermos e moribundos que sofre dia e noite, muitos deles já não têm mais esperança. Visitar um en-fermo que sofre faz com que se sintam acolhidos e valo-rizados e traz muitos benefícios a eles. O então Papa João Paulo II em uma de suas pregações falou diretamente aos sofredores, destacando os cuidadores: “Queridos doen-tes, assegurando uma especial lembrança na oração por vós e pelas pessoas que cuidam de vós; coloco os anseios de cada um no Altar onde Jesus continuamente intercede e se sacrifica pela humanidade.”

Ministros da Eucaristia a sErviço do sofrEdor

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Quando adoecemos, costu-mamos ligar a doença com a morte. Ora! Jesus sabe o que é sofrer, e viveu as angústias da morte, mas com a sua morte, matou a morte, sendo o pri-meiro homem, em absoluto que Se libertou decisivamente das algemas dela. Ele andou todo o trajeto do ho-mem até a pátria do Céu, onde dispôs um trono de glória para cada um de nós. Todos nós deveríamos dizer: “Senhor, aquele que tu amas está doente” ( Jo. 11, 3). Todos aqueles irmãos que não conseguem por si só ir à Igreja para comungar com os irmãos e participar da Eucaristia, so-frem! A principal missão do MESC - A grande ação evangelizadora dos

MESC é a assistência aos irmãos ido-sos, enfermos, moribundos e àqueles que não conseguem prover às pró-prias necessidades, entre elas, não poder ir à Igreja participar da Santa Eucaristia. A ação dos MESC de as-sistência e de caridade levando a Santa Comunhão e a Palavra de Deus tornam-se características de quem se solidariza com o sofrimento alheio, procurando, dentro de suas possibili-dades, ajudar esses irmãos a vencer a dor que tanto lhes afligem. Queridos doentes, eu sei que “os sofrimentos do tempo pre-sente nada são em comparação com

a glória que se há de revelar em vós” (Rom 8, 18). Nós não escolhemos so-frer, não pedimos pra adoecer, mas quando isso acontecer, Deus em sua infinita misericórdia nos coloca ho-mens e mulheres com os dons neces-sários para cuidar de nós, por isso, devemos aceitar os acontecimentos da vida, entregando nossas vidas nas mãos de quem cura: Jesus! Temos consciência que exis-tem muitos irmãos e irmãs sem rece-ber a Comunhão e a palavra de Deus,

às vezes por falta de conhecimento e/ou mesmo por falta de informações, outras, pelo próprio desinteresse fa-miliar em não buscar junto à Igreja essa assistência valiosa para os doen-tes e moribundos. Além do sofrimen-to dos nossos irmãos incapazes, há variados relatos dos MESC em suas atuações, do descaso, dos maus tratos e do abandono por parte de familia-res desses nossos irmãos, sendo as-sim, os Ministros são inseridos nesse amargo cenário de dor e sofrimento do abandono. Sabemos que estamos fazendo um serviço de levar a Comu-nhão e a Palavra de Deus, de doar

nosso carinho, amor e levar a alta estima a cada um. Cuidar dos nossos irmão enfermos, mais do que uma ação cris-tã, uma ação técnica ou uma relação inter-pessoal, deve ser um imperativo moral que se traduz na evangeli-zação e por outro, na preservação da digni-dade da pessoa hu-mana, trazendo-lhes a paz que é o próprio Jesus Cristo! Ensiná--los a ter paciência, ter fé e confiar na mi-sericórdia de Deus.

É preciso se aproximar dos mais ne-cessitados, “para que sintam o calor da nossa presença, da nossa amizade e da nossa fraternidade”. Sobre as obras de misericórdia corporais e es-pirituais, de fato, “seremos julgados” – “sabendo que em cada um destes “pequenos” está presente o próprio Cristo”(Papa Francisco).

Xavier e RaiCoordenadores dos MESC

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Ministra da PNSF, visitando um enfermo para comungar.

Ministro da Eucaristia entregan-do a comunhão na missa.

“Queridos doentes, assegurando uma especial

lembrança na oração por vós e pelas pessoas que

cuidam de vós; coloco os anseios de cada um no Altar onde Jesus

continuamente intercede e se sacrifica pela

humanidade.”

Tenho 25 anos de idade, e desde os seis acredito piamente que Deus me chama para ser padre. Essa con-vicção profunda não se deve a algo extraordinário. Ao me-nos não conforme o imaginário popular. Não foi, de fato, como se durante um intenso momento de oração o céu se abrisse e um raio de luz baixasse em minha direção, me iluminando enquanto tudo ao redor escurecia, e eu tenha escutado a voz de Deus me dizendo: “Paulo, quero que você seja padre!” Não nego que, talvez, assim teria sido mais fácil. Ao menos para mim. O fato, entretanto, é que a situação toda foi, ao contrário, muito simples: fui à Santa Missa com minha mãe e, ao final, quando ela me apresentou ao padre para pedir-lhe a benção e esse se inclinou para atender meu pedido e alguma coisa mudou dentro de mim, pois voltei para casa querendo ser padre. Na verdade, Deus falou mesmo comigo naque-le momento. Deus sempre fala conosco e os passos que damos na vida são, inevitavelmente, em obediência ou desobediência à Sua voz. Só que Deus fala, sobretudo, nas pequenas situações da vida, embora seja sim capaz de, como se diz, fazer entradas espetaculares. Coisa que, ao que tudo indica, não gosta muito. Daí que é preciso fé para poder ouvi-Lo. Agrada muito a Deus a fé do ho-mem que, com simplicidade, se põe nas Suas mãos, já que só assim é que passamos a ver Suas mãos em tudo. E se tem uma coisa que criança tem de sobra é fé. Por isso que, mesmo que naquele momento meus ouvidos carnais não tenham acusado a voz de Deus, os da minha alma entenderam perfeitamente Seu chamado. Tanto é verdade que pautei minha infância e adolescência inteiras na pers-pectiva de ser padre, com aquela determinação típica de quem está profundamente convencido de que faz o que tem que fazer, ainda que limitado por uma ideia muito pobre do sacerdócio e suas exigências. Seja como for, o que realmente importa nessas coisas é a sinceridade com que as fazemos. Se somos sinceros Deus vem em auxílio

da nossa ignorância e fraqueza nos iluminando e dando forças.

Quando chegou o momento certo, no meu caso, o terceiro ano do Ensino Médio, comecei a participar dos

Encontros de Discernimento Vocacional que acontecem uma vez por mês no Seminário Maior Arquidiocesano de Brasília Nossa Senhora de Fátima e é oferecido a todos os rapazes que se sentem chamados por Deus para serem padres. Após um ano, participando de palestras e mo-mentos de oração sobre a vocação sacerdotal e o carisma diocesano, pude saber melhor o que significa e implica ser padre e assim, tendo sido aprovado pelo conselho dos Padres Formadores para o Seminário Maior Arquidioce-sano – Propedêutico São José, dar meu sim a Deus e sua Igreja mais certo de que essa era mesmo a vontade Dele para mim, e não coisa só minha, e mais consciente das renúncias que teria de fazer se quisesse realiza-la na mi-nha vida, não de qualquer jeito e a todo custo, e sim do jeito certo: com a benção de Deus, o acompanhamento da Igreja, e meu esforço sincero. Lá se vão oito anos nis-so, tenho passado por diversas etapas pedagogicamente estabelecidas pela Igreja, todas com a finalidade de me configurar cada vez mais com Cristo, o Bom Pastor, até ao ponto de ser considerado digno de ser um dos seus ministros ordenados. Agora, tendo sido ordenado, no último 22 de agosto, Diácono da Igreja, nutro no coração uma profun-da gratidão pelo meu Arcebispo, Dom Sérgio da Rocha, por ter acreditado na minha vocação, pelos Padres Forma-dores da Sociedade de São Sulpício e diocesanos, princi-palmente os Padres Francisco das Chagas, Paulo Batista, Juan Elias – PSS e Oscar Duque – PSS, meus Diretores Espirituais ao longo desses anos e meus irmãos semina-ristas, com os quais tenho vivido todo esse tempo num ambiente realmente familiar aprendendo a ser discípulo e missionário de Jesus Cristo, meus familiares, parentes e amigos, que me apoiaram ao máximo nessa decisão, deixando-me, contudo, livre para levá-la a bom termo de acordo com o discernimento pessoal e da Igreja, e a essa Paróquia, dedicada a Nossa Senhora de Fátima, minha co-munidade de origem na qual fui apresentado, por iniciati-va de minha mãe, aos rudimentos da fé e onde pude exer-cer os ministérios de acólito e catequista e, lógico, aos padres da Congregação dos Oblatos de Cristo Sacerdote, que administram essa comunidade, principalmente aos Padres Ernestino Mendes – OCS, Sérgio Cardoso – OCS e Durvano – OCS meus párocos ao longo desses anos. E aos que, como eu, querem ser padres tenho a dizer o seguinte: não tenham medo. Um pequeno pas-so rumo à vontade de Deus para nós é um grande passo rumo a tudo o que o nosso coração quer de verdade. Não é fácil, apesar de que nada é fácil nesse mundo se leva a própria vida a sério, mas vale a pena.

Diácono Paulo Rogério

TesTemunho Vocacional

08Paulo sendo ordenado Diácono na ParóquiaNossa Senhora de Fátima por Dom José Aparecido Gonçalves de Almeida.

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Missão é servirnas periferias do encontro

visita aos enferMos

No mês das missões que ocorreu em outubro deste ano, a Igre-ja se fez próxima de tantos irmãos e irmãos impossibilitados de se aproxi-marem do Templo do Senhor, a Igre-ja. A enfermidade põe em evidência a fragilidade da existência humana. Ao mesmo tempo, abre a pessoa enferma para a tomada de consciência dos va-lores permanentes e transcendentes. O enfermo, entregue aos cuidados dos outros, é levado também a des-cobrir a solidariedade como essencial para a realização humana. A recupe-ração da saúde pode então assumir o aspecto de uma “ressurreição”, de

uma vida nova. Neste tempo de graça foram visitados 48 lares onde residem os enfermos assistidos pela paróquia Nossa Senhora de Fátima, que são acompanhados de modo carinhoso e cuidadoso pelos Ministros Extraordi-nário da Sagrada Comunhão (MESC). Nestas visitas, durante o mês de ou-tubro, os padres ministraram 42 Un-ções aos enfermos, além de atende-rem a 35 confissões nas casas destes nossos irmãos e 07 deles receberam a Comunhão Eucarística, além de in-cluirmos 08 novos assistidos para se-rem acompanhados por nossa Igreja. Entre essas ações realizadas, somam-se ainda a catequese e a evan-

gelização em todos os lares. As visitas foram realizadas a partir das 9h no período matutino e 14h30 no vesper-tino, durante todo mês de outubro de 2015.

Padre Durvano, abençoando um idoso em visita.

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Missas nas QUadras

Os MESC foram responsáveis pelas Missas nas quadras durante o mês de outubro (mês missionário), juntamente com tantos outros irmãos que colabora-ram para que as Missas pudessem ser celebradas com toda dignidade e respeito. As Santas Missas aconteceram às sextas-feiras do mês de outubro. No dia 09 celebramos na QSC 08, Casa 18; no dia 16 na QSD 07, Casa 25; no dia 23 na QSC 19, Chácara 28A Conj. 03, Lote 17A e no dia 30 na QSA 14 Casa 22. As missas nas quadras não terminaram! Celebrar nas quadras para nós é estarmos próximos da comunidade, e viver uma Igreja em saída (EG), que ao mesmo tempo aproxima tantas pessoas e vizinhos que muitas vezes não se conhecem.

Lar dos veLHinHos

No dia 10 de novembro, Pe. Adão Albino Caetano, OCS, vigário paroquial, celebrou 32 unções além de confissões no “Lar dos Velhi-

nhos” das irmãs Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo. Foi um momento de graça e proximidade àqueles que muitas

vezes só querem uma visita nossa, um abraço, poder falar e ser escutado.

Pe. Durvano, OCS. Xavier e Rai Coordenadores

dos MESC.

Pe. Durvano, dando a bênção da água em

outra visita.

Pe. Durvano compartilhando alegria,

soltando pipa.

O Encontro de Casais com Cristo (ECC) é um ser-viço da Igreja em favor das famílias existentes na paróquia devidamente integrado na pastoral de conjunto da Arqui-diocese. Foi idealizado pelo Padre Afonso Pastore para ser desenvolvido em três etapas distintas e inter-relacionadas entre si, cada uma com características e finalidades pró-prias. O ECC visa despertar casais para que vivam seu casamento de maneira cristã a partir dos valores huma-nos e cristãos do casamento, das graças do Sacramento do Matrimonio, e da espiritualidade Conjugal, Familiar e Apostólica. Também é um serviço salutar, pois visa mos-trar a ação de Deus na vida do casal e da família e abrir o coração para se deixar amar por Cris-to. O objetivo primordial é aju-dar o casal cristão a conduzir a sua família com amor, segurança e fé, apesar das tempestades que possam assolar a família. Dar-lhes motivação para se engajarem nos diversos seto-res abrindo-lhes um leque de doação através das pastorais. O ECC preocupa-se com a família e dá subsídios importantes na formação dos filhos, importando com o bem-estar físico, psíquico e espiri-tual da família. É um encontro anual, aberto a todos os casais que tenham o sacramento do matrimônio. O 43º da ECC da Paróquia Nossa Senhora de Fá-tima aconteceu nos dias 21, 22 e 23 de agosto de 2015. Todo encontro é montado pela equipe dirigente, formada pelo diretor espiritual e cinco casais. O encontro ocorreu em um clima de muita tranquilidade, doação, alegria, sim-plicidade e muita oração. O Encontro de Casais com Cristo tem o privilégio de contar com a intercessão dos Santos. Neste ano foi es-colhido como patronos do 43º ECC o casal, beatos, Luis Martín e Zélia Guérin, pais de Santa Teresinha do Menino Jesus. Deus é tão providente, que no último dia 18 de outubro de 2015, o Papa Francisco canonizou Luis e Zélia, novos santos da Igreja, intercessores da família. É a primeira vez que um Papa canoniza ao mes-mo tempo um marido e sua esposa. Outros casais já foram canonizados, mas em datas diferentes. Disse o Papa Francisco na homilia de canonização deles que: “Os Santos esposos Luís Martin e Maria Zélia Guérin viveram o serviço cristão na família, construindo dia após dia um ambiente cheio de fé e amor; e, neste clima, germinaram as vocações das filhas, nomeadamente a de Santa Teresinha do Menino Jesus. O testemunho lu-minoso destes novos Santos impele-nos a perseverar no

caminho dum serviço alegre aos irmãos, confiando na aju-da de Deus e na proteção materna de Maria. Que eles, do Céu, velem sobre nós e nos apoiem com a sua poderosa intercessão”.

PAtROnOS DO 43° ECC

Luís e Zélia Martin casaram-se em 1858. Ambos haviam aspirado entrar para a vida religiosa. De caráter contemplativo, mais silencioso, Luís, nascido em Bordéus, França, aos 22 de agosto de 1823 sonhara em ser monge cartuxo. Não foi aceito porque não sabia latim. Voltou a Alençon, onde residia com os pais, e aí montou uma re-

lojoaria. Zélia tentou ser religiosa visi-tandina, mas a Superiora logo intuiu que a jovem não era chamada à vida religiosa. Ambos foram levados a de-sistir da vocação religiosa. Após o ca-samento, permaneceram convivendo como se fossem monges. Um confes-sor convenceu-os a ter filhos e, assim preparar almas para o céu. Alençon é, na França, a capital da confecção de rendas; Zélia cursara a Escola de rendeiras e, aos 22 anos, estabelecera-se por conta própria. Ao casar, havia cinco anos que fabricava rendas. O seu negócio prosperava. O negócio de Luís era algo mais do que

estagnante. Não demorou em desistir da relojoaria e pôr--se a serviço da esposa. Como tantas mulheres modernas, em toda sua vida Zélia acumulara as tarefas de mulher, de mãe e de trabalhadora. Eles tiveram nove filhos, sete meninas e dois me-ninos. Zélia intercedia por eles: “Senhor, dá-me muitos filhos, e que eles sejam todos consagrados a ti”. Oração atendida integralmente, pois cinco filhas seriam religio-sas! Não havia nada de extraordinário na vida deste ca-sal cristão. Sua vida era simples, decididamente voltada para Deus, que está no centro: missa diária, devoção ao Sagrado Coração de Jesus, participação em alguns movi-mentos de igreja… Seu amor é profundo. “Estou ansiosa para estar perto de ti, meu querido Luís” – escreve Zélia durante uma viagem. “Eu te amo de todo meu coração e ainda agora sinto redobrar minha afeição pela experiência da privação de tua presença.” Eles se completam harmo-niosamente, tomam juntos as decisões importantes refe-rentes ao casamento e ao trabalho. São generosos com os pobres e os infelizes. Desde 1864, Zélia começou a sentir os primeiros sintomas do câncer de mama que a levará para Deus em 1877. Ela assume com coragem sua doença e se dedica a seus filhos e a seu trabalho até o fim. Ela fala em viver

43º ENCONTRO DE CASAIS COM CRISTO – ECC PARÓQUIA NOSSA SENHORA DE FÁTIMA – PNSF

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“O Espírito do ECC é a

simplicidade, a doação, a

oração, a pobreza, a

humildade. Este é o caminho de

Cristo, de São Francisco. Este é o

caminho que liberta o

coração e possibilita a

fraternidade, que é o sinal do

Reino do Pai.”

Pe. Alfonso Pastore

43º

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simplesmente o instante presente, que é onde Deus se revela, dando-nos uma lição de confiança: “Eu me resigno a todos os acontecimentos adversos que me vêm ou que me podem vir. Eu penso: foi Deus quem quis assim! E não penso mais nisso!” Zélia morreu com 46 anos em 28 de agosto de 1877. Depois de sua morte, Luís se mudou

para Lisieux, para casa Buissonnets. Ele vendeu todos os seus negócios e dedicou-se inteiramente à educação de suas cinco filhas. Primeiro Paulina, primogênita, depois Maria, que entraram no Carmelo. Teresa anuncia-lhe o desejo de ir também. Apesar da dor da separação, Luís apoiou totalmente a escolha de sua filha. Luís Martin tem consciência de todas as graças que recebeu do Senhor. Ele conta a suas filhas que faz esta oração: “Senhor, é demais! Sim, sou muito feliz. Mas não é possível ir ao céu desta maneira. É preciso que eu sofra um pouco por Vós…” E ele se oferece. Pouco tempo depois ele experimentou a terrível humilhação da doença mental, consequência de uma arteriosclerose. Mais tarde Teresa compreenderá que Deus permitia esta dolorosa provação para sua glória e de seu pai. Assim, ela pôde escrever: “Os três anos do martírio de meu pai pareceram-me os mais amáveis, os mais frutuosos de toda nossa vida. Eu não os trocaria por todos os êxtases e as revelações dos santos.” (MS A 73rº). Em 29 de julho de 1894, Luís Martin morreu tranquilamente. Os dois iam à missa todos os dias e rezavam com a família as orações diárias aos pés de uma imagem da Virgem Maria. Inspirados pelo exemplo de Luís Martín e Maria Zélia, peçamos a Deus que nasçam muitos outros casais santos, dispostos a lutar pela vida, por Deus e pela Igreja!

São Luís Martin e Santa Maria zélia Guérin, rogai por nós! Casal coordenador: Jorge Furusho e Célia Furusho

O Milagre da cura da leuceMia na Santa eucariStia

No começo em 1995, vinte anos atrás, eu estava em tratamento mé-dico na cidade de Guaratinguetá/SP, quando uma benfeitora da Congre-gação dos Oblatos de Cristo Sacerdo-

te, Dr.ª Maria Tereza Abrão, pediu ao médico os resulta-dos dos exames que havia feito sobre a leucemia, levando para o seu consultório em Resende/RJ para análise. Em reunião com os seus colegas médicos, verificaram que se-ria impossível a cura da leucemia no estágio em que se encontrava e depois me disse: “Examinamos o resultado dos seus exames e chegamos a uma conclusão: que só um milagre poderia reverter esse quadro”. E me perguntou se já havia pedido a Jesus na hora da consagração na missa que transfundisse o sangue Dele no meu, pois só assim poderia ficar curado. Mas eu não havia feito isso, por isso me propus a fazê-lo na próxima missa que eu celebrasse. Já se passaram 20 anos, e em setembro do ano de 2013, fiz com que Jesus comprovasse a transfusão de san-gue. Eu me achava em Rezende/RJ, novamente fui tomado por uma infecção urinária e a mesma médica me pediu um exame de sangue, querendo saber não só o quadro

da infecção, mas também o tipo sanguíneo, até antes de acontecer essa cura, o meu sangue era O+, pois neste exame constatou sangue do tipo B+. Fiz mais 3 exames para provar esse milagre e em todos o tipo sanguíneo apresentou resultado B+. Tenho comigo os documentos que provam o meu tipo sanguíneo de antes e de agora.

Outra graça que Deus me fez.

Fui fazer exame de próstata e o PSA estava mui-to alto (14.73), o médico mandou aguardar um tempo e em seguida solicitou novos exames, eu recorri de novo a Jesus na hora da Consagração, fazendo o pedido da cura. E na Consagração fui agraciado com essa cura também, o resultado do PSA foi 0.65, por isso louvemos a Deus por todas essas maravilhas que ele faz. Louvo e agradeço a Deus, que em sua infinita bondade me curou para continuar servindo.

Pe. José nicomedes Rosa, OCS.Religioso e Presbítero da Congregação dos Oblatos de Cristo Sacerdote.

São Luís Martin e Santa Zélia Guérin – pais de Santa Teresinha do Menino Jesus.

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PARtILhA MISSIOnáRIA

No mês missionário fomos impulsionados a sair e ir ao encontro das famílias. Preparamos nossa mis-são com a Novena Missionária, que foi vivenciada através de três grupos que coordenaram as missões: Azul, Verde e Vermelho. Assim, a Novena Missionária procurou contemplar todas as quadras de nossa paróquia. Vinte e sete casas abriram suas portas para receber os irmãos neste momen-to tão belo, que ajudou a preparar nossa missão através da oração. Cada dia da Novena fomos conduzidos pela dinâmica de ler a realidade, iluminados sempre pela Palavra de Deus, fortalecidos pelos testemunhos e reflexões, oração e um convite ao compromisso. Os te-mas refletidos em cada dia foram importantes para o crescimento mis-sionário e para a vida em missão, que nos aproxima com realidades existen-tes na sociedade. Através desse trabalho con-seguimos envolver vários membros da Igreja com a própria Igreja; envol-vê-los com desejo e o sentimento de responsabilidade pelo trabalho mis-sionário. Nosso trabalho fez também com que a relação entre os irmãos ficasse mais íntima, tendo uma comu-nhão mais proveitosa com perspecti-va de novos horizontes.

Entendemos que nosso tra-balho tem uma grande finalidade de alcançar aqueles que ainda estão perdidos, e também aqueles que de alguma forma estão afastados da igre-ja. Através do Evangelho fazemos a grande missão que nosso Senhor Je-sus nos tem ordenado como Igreja: “e disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16,15). Com a graça de Deus e o apoio incondicional, pessoal e es-piritual dos nossos irmão e discípu-los missionários e pastorais, conse-

guimos cumprir nossa missão, que está apenas começando. Queremos manifestar nossa grati-dão por esse tempo que foi de grande aprendi-zado e crescimento na visão missionária, tanto para mim, Jean e para o Vander, que juntos pro-curamos coordenar da melhor maneira possí-vel o grupo vermelho. Primeiramente agradeço a Deus, por Ele ter colocado esse de-safio em nossos corações, e por sua graça e misericórdia. Por ter supri-do todas as nossas necessidades e ter nos capacitado para a realização deste trabalho. Gostaríamos também de agradecer às pessoas que levaram a música ao nosso encontro, que fez com que as pessoas abrissem mais o coração para receber as Graças Divi-nas.

tEStEMUnhO DA MISSãO

Conversamos com toda ca-tegoria de religiões diferentes: Cató-licos, Evangélicos, Espíritas e Ateus. Nesta partilha, quero de uma forma especial relatar sobre um senhor de 90 anos que mora sozinho. Quando estávamos em sua casa, a empregada dele estava indo embora, pois acaba-ra seu turno, e ela não trabalha aos domingos. No dia seguinte, seria o aniversário dele e iria passar sozinho. Em meio a essa situação, conversa-mos com o pessoal da catequese e fo-mos no domingo cantar os parabéns para o aniversariante, que demons-trou muita alegria ao nos ver indo em sua casa para cantar os parabéns. Ele ficou bastante grato pela visita. Estivemos também na casa de uma senhora do Maranhão, que fazia parte da pastoral da música. Ela mora em Brasília há mais de 5 anos e nunca teve a oportunidade de visitar a Paróquia Nossa Senhora de Fátima. Como ela toca teclado e violão, fize-mos um convite para que ela pudesse visitar-nos e conhecer a pastoral do canto ou grupo de pais da música da nossa paróquia. Conhecemos um rapaz tam-bém vindo de uma cidade do nor-deste, que tem por volta de 25 anos,

batizado e crismado, porém não fre-quenta a igreja. Assim, o convidamos a fazer a formação de catequistas de 2016 e a participar do terço dos ho-mens. Ele passou seu contato para podermos falar com ele e também nos deixou à disposição para fazer-mos um terço em sua casa quando pudéssemos. Ressalto que algumas difi-culdades foram encontradas. Em um dos setores a periculosidade era alta, então a maioria das casas possuíam grandes portões que impediam o nosso contato com os moradores. Percebemos então que eles possuem bastante medo ao receber qualquer pessoa em suas residências. Os mis-sionários que vieram do estado de São Paulo, nos ajudaram no decorrer da semana a suprir todo o setor da QSC 19, Taguatinga-Sul/DF. Eu, Jean Carlos, confesso que fui o maior beneficiado no mês missionário, com as aprendizagens, a responsabilidade que me foi confiada, e todo o comprometimento que tive durante esse tempo que tornou-se bastante gratificante, porque também pude me aproximar mais das pessoas que eu nunca tinha conversado. Com isso, cada pessoa me trouxe grande aprendizado. Sinto-me muito feliz e honrado por ter conseguido chegar até o final da missão. Graças a Deus e a todos que cooperaram com esse mês missionário, especialmente ao Padre Durvano que me confiou a res-ponsabilidade deste trabalho e por ter dado o suporte para que conse-guíssemos elaborar juntamente com os irmãos que estiveram envolvidos na missão. Coordenador da Equipe Vermelha: Jean Carlos.

EXPERIÊNCIA MISSIONÁRIA

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O Pastorinho Infantil quer lançar um novo desafio para a criançada. É simples! Basta pintar o desenho abaixo mostrando as cores missionárias. Mãos a obra!

ESCREVA SEU NOME E MOSTRE O DESENHO PARA O PADRE DURVANO, PAPAI , MAMÃE E AMIGOS:

É HORA DE

COLORIR!

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Já fomos reconciliados de uma vez por todas com Deus pela graça de Jesus Cristo nosso Salvador e Re-dentor. Conforme diz o Salmo 50,7 “Minha mãe já me concebeu no pecado”. Essa é a realidade do ser humano, mas pela redenção de Jesus Cristo, fomos selados pelo Espírito Santo para nos garantir a salvação eterna e a vida plena diante de Deus. Somos pecadores, isso é fato. Porém, pelo batismo nos tornamos filhos de Deus. Mes-mo sendo batizados, cometemos pecados. Por isso, para que pudéssemos ser curados, Nosso Senhor Jesus Cristo deixou um meio de nos reconciliarmos novamente com Deus, o Sacramento da Confissão dos pecados. O ser humano, quando se reconhece pecador diante da Santidade de Deus, confessa seus pecados e er-ros sem reserva nenhuma. Ele tem a certeza que a vida está somente em Deus. Confessa suas debilida-des, esperando a cura do erro co-metido. Essa pessoa se coloca nas mãos do Pai das Misericórdias, se torna forte diante das dificuldades da vida, têm seus caminhos abertos, sua mente fica limpa e vê tudo com clareza. Tudo a sua frente parece ter solução, e as dificuldades se tornam meros acontecimentos do dia-a-dia, tudo fica em paz e lhe sai bem. “Sua esposa como vinha fecunda no meio de sua casa, e seus filhos são como rebentos de Oliveira ao redor de sua mesa”, Salmo 127,3. A reconciliação, ou confissão dos pecados, é uma porta que permanece aberta para Vida Eterna a todo povo de Deus. Oxalá! Se todos desejassem entrar por essa porta. Quem se reconcilia com Deus, não consegue ficar calado, deseja falar para todos que encontrou “[...] Um tesouro escondido no campo, vai vende tudo o que tem e compra aquele campo”, Mateus 13,44. Seu espírito está livre e sua alma limpa, quer gritar de alegria, quer falar as

maravilhas de Deus. É como a samaritana à beira do poço, estava per-dida diante de seus devaneios e do ocaso da vida, até que lhe apareceu o Santo. O Filho de Deus se manifestou em sua vida e lhe trouxe a cura dos pecados cometidos. En-tão, ela saiu pelas ruas a gritar e falar para todos “venham ver o Homem que me trouxe alegria na tristeza. Que me fez experimentar felicidade sem fim, [...] Ele é o Filho de Deus”, João 4,29. Nisso se concretiza o chamado de uma Igreja Missionária, Santa e pecadora. O pecador que se reconci-liou, agora, é um missionário da graça de Deus, ele bem sabe que foi perdoado e tem certeza que Deus o ama. Ele tem necessidade de falar para o próximo o que Deus fez por ele. Todo o reconciliado se torna missionário, isso

não vem de nós, vem de Deus. É obra do Espírito Santo. A confissão nos devolve a dignidade de Filhos de Deus e nos impulsiona a sermos missionários. Parece até um paradoxo, mas aquele que antes estava distante de Deus se torna seu maior propagador, ou melhor dizendo, seu maior missionário. Então, se existe uma porta, entremos por ela “[...] Eu sou a porta das ovelhas”, João 10,9. Se existe um caminho, sigamos por ele “[...] Eu Sou o Caminho a Verdade e a Vida”, João 14,6. Diria São Paulo, Eis o tempo favorável, “[...] em nome de Cris-to, reconciliai-vos com Deus”, 2 Coríntios

5,20. Em outra passagem “[...] e sereis minhas testemu-nhas em Jerusalém e por toda Judéia, Samaria até os con-fins do mundo”, Atos 1,8. Peça o Dom da Fé. Volte para Deus, confesse seus pecados e seja um missionário de Deus em um mundo descristianizado.

Luiz h. Leal – Pastoral da Reconciliação, Paróquia nossa Senhora de Fátima - PnSF

rEconciLiados Para a MissÃo!

“Quem é sincero

na confissão dos seus

pecados, é muito

perdoado. E quem é mui-

to perdoado, muito ama

e deseja falar.”

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O ano de 2015 chega ao seu final, final do ano, mas não das graças de Deus constantemente derramadas em nossas vidas. Como Deus foi bom para conosco neste ano, me ajudem a lembrar de algumas coisas

onde a bondade do bom Deus se manifestou

em nossa comu-nidade e em nossas vidas. Eu começo l e m b r a n d o tantas famí-lias que vol-taram para a Igreja, jo-vens que se encontram com Cristo e deixaram as drogas, pessoas que

foram mais amáveis, afá-

veis, pacientes, disponíveis e carido-

sas. A nossa sensibilidade es-piritual faz com que também reco-nheçamos Deus nas coisas “não tão visíveis”, ou longe da lógica racional. Agradecemos a Ele pela água que nunca nos faltou, pela roupa que nos disponibilizou, pelo lar que temos para morar, pelo lar feito de gente, de parentes, de dores superadas, la-res com crianças, jovens, pai, mãe e idosos que precisam de nosso cuida-do e atenção. Agradecemos a Deus por poder ver o sol nascer, a luz apare-cer, o mover das coisas, o nascer de cada vida, das flores, do cair da noite, onde nos colocamos para agradecer por tudo de bom que conseguimos realizar durante o dia pela graça de Deus, mas também pedimos perdão por tudo que não conseguimos fa-zer, pelos males que causamos. Mas contamos com a sua graça em cada noite, para termos um sono tranqui-lo e amanhã sermos melhores do que hoje. Vamos lembrar também as

crianças e várias pessoas que foram batizadas, os 154 adolescentes que receberam a Primeira Eucaristia, sem falar nos jovens que já foram Crisma-dos no primeiro semestre e outros 142 em dezembro, muitos casais que escolheram nossa Igreja para se uni-rem em matrimônio, tantas pessoas vieram à nossa paróquia para se con-fessarem e receber o perdão de Deus. Este ano ainda tivemos uma Ordena-ção Diaconal, e a tantos enfermos foi ministrado o sacramento da Unção, além das exéquias aos nossos irmãos que foram se encontrar com Deus. Por tudo isso, devemos dar Graças a Deus. Jesus vem ao nosso encon-tro todos os dias, através de Sua Pa-lavra salvadora, alimentando-nos na celebração do Mistério Pascal, onde recebemos Jesus, Corpo e Sangue, Alma e Divindade. Ao olhar para frente, quantas oportunidades se aproximam a favor da evangelização do povo de Deus. Neste Natal que celebramos o Meni-no Deus no Presépio, Ele nos con-vida a abraçar a verdadeira paz. Ali, sorridente e de braços abertos acolhe nossas suplicas e nos concede a paz. Peçamos, pois, que desça sobre nós, nossas famílias, nossa comunidade, sobre nosso país, essa paz que Ele nos prometeu na palavra que os sa-cerdotes repetem em todas as missas: “Eu vos deixo a paz, eu vos dou a mi-nha paz”. São tantos os motivos para agradecer que nem cabe no papel, mas cabe tudinho no coração de Deus. Deus se utilizou de tanta gente para que sua graça e bonda-de pudesse chegar à vida de tantos irmãos e irmãs, de modo muito es-pecial através de nossas pastorais, movimentos, serviços e comunidade que forma a família Nossa Senhora de Fátima. Por isso agradeço a cada pes-soa que doou seu tempo, seus dons e talentos, sua paciência e seu teste-munho para servir a Deus nesta casa que é a Igreja. No mês de outubro Deus nos despertou para missão, uma ex-

periência que marcou a vida de tan-tas pessoas. Recordamos também de outros tantos missionários, que nes-tes 53 anos de nossa paróquia con-tribuíram para que o Reino de Deus acontecesse. Agradecimento muito espe-cial aos nossos dizimistas que acredi-tam na transformação e renovação da comunidade através do Dízimo, inú-meras coisas só puderam ser feitas pela generosidade de cada dizimista fiel que mantém nossa comunidade, que o Bom Deus sempre nutra sua família com suas bênçãos generosas. Peço que Jesus continue a abençoar a tantos que ainda não entenderam o sentido do Dízimo, para que um dia nossa generosidade possa servir melhor a Igreja em suas dimensões: religiosa, social e missionária. Sabemos que muitas vezes passamos por grandes provações, dificuldades, incompreensões, mas tudo isso nos ajuda a lembrar do quanto Jesus sofreu por cada um de nós, não foi diferente, a diferença é que Ele não pecou, não se desestru-turou nas dificuldades, não se afastou do pecador em meio aos pecados, a tantos que o caluniaram Ele se cala-va, outros que queriam lhe pegar em alguma armadilha, Ele lhes contava uma parábola transformadora. Não merecíamos tantas ben-ções, mas mesmo assim Ele nos con-cedeu através de Sua Mãe Santíssima a Senhora de Fátima. Aproveito para pedir perdão pelas minhas faltas e também de cada vigário paroquial. Cristo age em nós, mas somos humanos. Cada um tem um jeito, um modo de ser, mas nem por isso desvalorizamos qualquer pessoa. Peço muito vossas orações pela minha santificação e espero o sim de cada um a Deus para juntos fazermos de 2016 um ano de muitas realizações em prol do Reino de Deus neste Ano Santo da Misericórdia.

Pe. Durvano Ap. Dourado Porto, OCS - Pároco da Paróquia nossa Senhora de Fátima.

ObrigadO meu deus !

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