Dia do Animal

4
ECONOMIA 06 de Outubro de 2011 O MIRANTE EMPREGOS IX CLASSIFICADOS XV Vinhos do Tejo venderam 3,8 milhões de garrafas no primeiro semestre As exportações dos Vinhos do Tejo cres- ceram 175% no primeiro semestre deste ano, com 3,8 milhões de garrafas vendi- das, igualando o registo das exportações alcançado durante o ano passado, revelou a Comissão Vitivinícola Regional do Tejo (CVR Tejo). De acordo com dados divulgados nu- ma nota da CVR Tejo, “os países europeus compraram, nos primeiros seis meses deste ano, mais de 2,7 milhões de garrafas de vi- nhos do Tejo, número que equivale a um crescimento de 288% comparativamente ao período homólogo de 2010”. A Suécia lidera a lista dos melhores clientes europeus dos vinhos do Tejo, se- guida pela Inglaterra, pela França e pela Polónia. Fora da União Europeia, Angola foi o país para onde as exportações mais cresceram (um aumento de 200%, para cerca de um milhão de garrafas), seguido da China e do Brasil. Segundo a CVR Tejo, estes números permitem uma estimativa de exportação de mais de cinco milhões de garrafas em 2011, o que “constitui um recorde”. Bancos cortam nos financiamentos e asfixiam empresas da região Presidente da AIP, José Eduardo Carvalho, diz que em Portugal existem 50 mil PME’s que empregam 2 milhões de pessoas Os bancos estão a cortar no crédito e só apostam nas empresas que exportam. Vive-se a era do “risco zero” onde, dizem os empresários, os bancos comeram à mesa com as empresas e deixaram a conta para pagar. 12 “Os animais não sabem da existência da troika nem da crise” Dia Mundial do Animal celebra-se anualmente.O MIRANTE foi ouvir algumas pessoas que lidam diariamente com animais e com donos de animais. Um deles disse a frase que dá título a esta pequena introdução quando o interrogámos sobre os efeitos que a crise económica poderá ter na qualidade de vida dos animais de estimação. Outras referiram a responsabilidade que os donos dos animais têm. E se os animais são nossos amigos e dependem de nós, temos que os proteger, acarinhar, tratar e alimentar. DIA DO ANIMAL PAG2 Nersant divulga programa de gestão documental 8 Maria João Regina Gonçalves Maria Júlia Blauth João Cláudio Margarete Cruz Jorge Malha Gabriela Matos Sandra Gomes Três Dimensões Castigavam-me quando fazia travessuras mas tive uma infância feliz Carlos Samora, empresário, Porto Alto 5 Identidade Profissional A vigilante das piscinas de Ourém Sónia Sousa diz que a prevenção é essencial 6 Protestos de comerciantes obrigam Câmara de Torres Novas a reduzir taxas 13

description

A vigilante das piscinas de Ourém Castigavam-me quando fazia travessuras mas tive uma infância feliz claSSificadOS Xv Presidente da AIP, José Eduardo Carvalho, diz que em Portugal existem 50 mil PME’s que empregam 2 milhões de pessoas Os bancos estão a cortar no crédito e só apostam nas empresas que exportam. Vive-se a era do “risco zero” onde, dizem os empresários, os bancos comeram à mesa com as empresas e deixaram a conta para pagar. 12 Margarete Cruz Jorge Malha Sandra Gomes

Transcript of Dia do Animal

Economia 06 de Outubro de 2011O MIRANTE

EMPREGOS IX

claSSificadOS Xv

Vinhos do Tejo venderam 3,8 milhões de garrafas no primeiro semestre as exportações dos Vinhos do Tejo cres-

ceram 175% no primeiro semestre deste ano, com 3,8 milhões de garrafas vendi-das, igualando o registo das exportações alcançado durante o ano passado, revelou a comissão Vitivinícola Regional do Tejo (cVR Tejo).

De acordo com dados divulgados nu-ma nota da cVR Tejo, “os países europeus

compraram, nos primeiros seis meses deste ano, mais de 2,7 milhões de garrafas de vi-nhos do Tejo, número que equivale a um crescimento de 288% comparativamente ao período homólogo de 2010”.

a Suécia lidera a lista dos melhores clientes europeus dos vinhos do Tejo, se-guida pela inglaterra, pela França e pela Polónia. Fora da União Europeia, angola

foi o país para onde as exportações mais cresceram (um aumento de 200%, para cerca de um milhão de garrafas), seguido da china e do Brasil.

Segundo a cVR Tejo, estes números permitem uma estimativa de exportação de mais de cinco milhões de garrafas em 2011, o que “constitui um recorde”.

Bancos cortam nos financiamentos e asfixiam empresas da região

Presidente da AIP, José Eduardo Carvalho, diz que em Portugal existem 50 mil PME’s que empregam 2 milhões de pessoas Os bancos estão a cortar no crédito e só apostam nas empresas que exportam. Vive-se a era do “risco

zero” onde, dizem os empresários, os bancos comeram à mesa com as empresas e deixaram a conta para pagar. 12

“Os animais não sabem da existência da troika nem da crise”Dia Mundial do Animal celebra-se anualmente.O MIRANTE foi ouvir algumas pessoas que lidam diariamente com animais e com donos de animais. Um deles disse a frase que dá título a esta pequena introdução quando o interrogámos sobre os efeitos que a crise económica poderá ter na qualidade de vida dos animais de estimação. Outras referiram a responsabilidade que os donos dos animais têm. E se os animais são nossos amigos e dependem de nós, temos que os proteger, acarinhar, tratar e alimentar. DIA DO ANIMAL PAG2

Nersant divulga programa de gestão documental 8

Maria João

Regina Gonçalves Maria Júlia Blauth João Cláudio

Margarete Cruz Jorge Malha

Gabriela Matos

Sandra Gomes

Três Dimensões

Castigavam-me quando fazia travessuras mas tive uma infância felizCarlos Samora, empresário, Porto Alto 5

Identidade Profissional

A vigilante das piscinas de OurémSónia Sousa diz que a prevenção é essencial 6

Protestos de comerciantes obrigam Câmara de Torres Novas a reduzir taxas 13

6 OUTUBRO 2011 | O MIRANTEDIA DO ANIMAL| 2

O MIRANTE foi ouvir algumas pesso-as que lidam diariamente com animais e com donos de animais. Um deles disse a frase que dá título a esta pequena in-trodução quando a interrogámos sobre os efeitos que a crise económica poderá ter na qualidade de vida dos animais de

estimação. Outras referiram a responsa-bilidade que os donos dos animais têm. E se os animais são nossos amigos e de-pendem de nós, temos que os proteger, acarinhar, tratar e alimentar.

Foi decidido celebrar o Dia Mun-dial do Animal em 1931 durante uma

convenção de ecologistas em Florença, Itália. A escolha teve em conta o facto do dia 4 de Outubro ser o dia de São Francisco de Assis, o santo padroeiro dos animais.

O Dia Mundial do Animal é celebra-do em vários países, através de vários

eventos e iniciativas. Os principais ob-jectivos são, sensibilizar a população para a necessidade de proteger os ani-mais e preservar todas as espécies; mos-trar a importância dos animais na vida das pessoas e celebrar a vida animal em todas as suas vertentes.

Jorge Malha, GADIVETE, Santarém

“Os donos de animais têm cada vez mais consciência da sua responsabilidade”

A GADIVETE, loja de produtos veterinários, mu-dou de localização e situa-se agora na praceta Joa-quim Gonçalves Isabelinha, na avenida do Hospital de Santarém. O proprietário, Jorge Malha, explica que a mudança se deveu à necessidade de procurar um espaço que oferecesse melhores condições de estacionamento aos clientes. Um pouco escondido, sim, mas mais amplo e de acordo com as necessida-des daqueles que o procuram.

Na loja pode-se encontrar todo o tipo de produtos para animais, assim como roedores, peixes e pássaros para venda. João Malha não vende gatos nem cães porque afirma existirem na região muitos criadores aos quais os clientes se dirigem quando querem um animal de maior porte.

A crise nota-se no sector animal mas é sobretudo na área dos grandes animais de produção, comenta Jorge Malha. Por outro lado, refere “cada vez mais as pessoas têm mais consciência das responsabilida-des de ter um animal ao seu cuidado”.

João Cláudio, Clínica Veterinária São Francisco de Assis, Santarém

“Os animais não sabem da crise nem da troika”

“O dia 4 de Outubro, dia do Animal, é o dia de São Francisco de Assis. Santo que abdicou da vida de luxo para ir viver para a floresta onde viveu em comunhão com a natureza e os animais. Foi ele que criou o primeiro presépio”, explica o veterinário João Cláudio para que se perceba que o nome da sua clínica não foi escolhido ao acaso. “O animal é também uma arma, alguém que nos acompanha e que é sempre fiel, que nos motiva e que pode ser a nossa tábua de salvação”.

No seu espaço em Santarém, a Clínica Veterinária São Francisco de Assis, oferece serviços de medicina interna e cirurgia. Mas mais que falar sobre a sua relação com os animais, João Cláudio prefere subli-nhar a importância destes no mundo e na relação que desenvolvem com as pessoas e nas suas vidas. “Os animais não sabem que existe a crise ou a troi-ka. Eles são os únicos que estão sempre presentes, dão companhia e não nos cobram impostos. Por isso nos comprometemos a tomar conta deles”, refere.

Margarete Cruz, Clínica Veterinária Bonacheirão, Fazendas de Almeirim

Foi com o cão Sebastião que nasceu a vontade de ser veterinária

Aberta há seis anos em Fazendas de Almeirim, na Clínica Veterinária Bonacheirão de Margarete Cruz fa-zem-se desde consultas, vacinações, tosquias, cirurgias, etc. “Todo o acompanhamento médico-veterinário”, re-fere a proprietária. A clínica tem uma mascote. Trata-se de uma cadela encontrada abandonada que foi trazida por algumas pessoas idosas e que ficou ao cuidado de Margarete Cruz.

Aparecerem animais abandonados é algo frequente, comenta a veterinária. “São situações complicadas”, ape-sar de notar que actualmente as pessoas se esforçam pa-ra tratar dos seus animais de estimação. A crise sente-se, afirma, mas quem tem animais continua a visitar a clíni-ca. Pedem informações, procuram estar conscientes das necessidades do seu animal. “Nota-se mais consciência”.

O animal que marcou a vida de Margarete Cruz foi um cão lavrador, chamado Sebastião. “Foi-me dado já adulto. Vinha de uma quinta e foi-me entregue a mim. Era um cão espectacular”. Aí nasceu o seu inte-resse pela área.

“Os animais não sabem da existência da troika nem da crise”Dia Mundial do Animal celebra-se anualmente a 4 de Outubro

6 OUTUBRO 2011O MIRANTE | DIA DO ANIMAL | 3

Maria João, Centro Veterinário Encosta dos Maias, Tomar

“O gato com insuficiência renal crónica que não se salvou”

A veterinária Maria João decidiu enveredar pela área após ter conhecido a cadela Doki. “Era agressiva e teve que ser dada para uma quinta porque eu vivia num prédio e ela atacava os vizinhos”, lembra. “Du-rante anos fui vê-la, reconhecia-me sempre e nunca me fez mal”. Apesar de tudo, comenta que o gosto na veterinária nasceu a partir da paixão pela ciência e pe-la investigação, à qual aliou o carinho de pequena pe-los cães, gatos, peixes e tartarugas que tinha em casa.

Actualmente possui um espaço para animais em Al-garvias, concelho de Tomar, onde presta todo o tipo de serviços de apoio, desde consultas, raio-x, ecografias, cirurgia, etc. “Custa-me sobretudo quando tenho que induzir dor aos animais”, relata, ao mesmo tempo que coloca a soro um gato malhado, que rosna ameaçador com o cuidado. “Já tive vários casos difíceis, uma vez até um gato com insuficiência renal crónica. Custou--me bastante pela ligação que tinha à proprietária”. “Não se salvou, mas muitos salvam-se”.

Não nota a crise no sector dos animais. “Vejo que as pessoas que não podem acabam por arranjar outras formas de pagar, nem que seja a prestações”.

Maria Júlia Blauth, SOS VET, Marinhais

“A chave para o problema está na diminuição da procriação”

No espaço de Maria Júlia Blauth, a SOS VET, em Marinhais, tratam-se sobretudo pequenos animais, prestando-se serviços de cirurgia geral, Raio X, eco-grafia, banhos e tosquias. A proprietária conta que já passaram pelas suas mãos muitos casos difíceis, não se recordando de nenhum que a tenha marcado em par-ticular. A paixão pelos animais vem de pequena, pois em sua casa já cuidava de cavalos e cães. “Ainda tenho a minha égua velhota, a Cascata, que já tem 27 anos”.

Num tempo de crise, Maria Júlia Blauth afirma que gosta de propor às pessoas com dificuldades soluções. “A comunicação social assusta-as tanto com os proble-mas que podem vir no futuro, que as pessoas se retra-em de tudo. Às vezes já estão a pensar em abandonar os animais”.

Encontrar crias abandonadas, até dentro de sacos, é um cenário que a veterinária conhece. “A chave está nas pessoas aprenderem a não deixar que os animais se reproduzam tanto. Essa é a solução”.

Regina Gonçalves, Koalaverde, Póvoa de Santa Iria

Começaram a criar canários e abriram uma loja

Na loja de animais de Regina Gonçalves não se ven-dem cães e gatos ou animais de maior porte. “As con-dições exigidas são muito limitadas para animais como esses que devem estar num espaço mais aberto. Aqui fi-cariam isolados, com pouco espaço”, explica. A loja ven-de contudo rações próprias para esses e outros animais e todo o tipo de produtos, tendo ainda para venda roe-dores, peixes e aves. Fazem-se ainda banhos e tosquias.

Ao contrário de muitos dos inquiridos, o gosto de Regina Gonçalves pela área dos animais surgiu já na idade adulta. Esta e o marido começaram a fazer cria-ção de canários e acabaram por abrir uma loja. Hoje têm um espaço mais variado na Póvoa de Santa Iria e dois cães, Dani e Simba.

Surgem todo o tipo de pedidos na loja, até para co-bras e tarântulas, espécies que Regina Gonçalves não vende. A crise ainda não se sente, até porque, como refere a proprietária, os animais têm que continuar a comer. “Há ainda sempre aquela tendência de tentar vender aquele animal que se criou. Não aceitamos. Gostamos de saber a origem do animal para sabermos o que estamos a vender”.

6 OUTUBRO 2011 | O MIRANTEDIA DO ANIMAL| 4

“O meu trabalho não me dá tempo para ter animais ou filhos”

“Não foi tanto uma paixão. Ser veterinária foi uma carreira que surgiu, tendo em conta as minhas notas. O resto foi dedica-ção, sacrifício e sacerdó-cio. Tem sido noite e dia, todos estes anos”, conta Gabriela Matos. Sempre ocupada e com pouco tem-po de descanso, refere que toda a sua carreira tem si-do de trabalho intenso e quase sem férias.

No espaço que dirige, em Coruche, já tratou de todo o tipo de casos, tan-tos que tem dificuldade em recordar-se de um em particular. “Há casos que nos preenchem, mas não se pode ser veterinária com memória. Só pode-mos recolher as aprendi-zagens e seguir em frente”.

A VETCOR disponibili-za serviços de clínica geral, ortopedia, endoscopia, en-tre outros.

“Marcada pelo roubo do papagaio”

Na loja de Sandra Go-mes, a “Anizoo”, é fácil encontrar crianças enter-necidas a olharem para os cães e gatos para venda. O espaço foi, durante muito tempo, conhecido pelo pa-pagaio que estava sempre ao balcão e que se metia com os clientes. “Era um pequeno papagaio domes-ticado que fazia as delícias de quem nos visitava. Este-ve comigo oito anos. Um dia, numa pequena dis-tracção minha, alguém en-trou na loja e roubou-o”, lamenta a proprietária.

Apesar de ser uma amante de animais e ter em casa desde gatos, cães ou porcos da índia, Sandra Gomes tirou um curso de gestão e nunca pensou ter uma loja de animais.

Para além de todo o ti-po de produtos para ani-mais, ainda se realizam ali limpezas de aquários, banhos e tosquias. “Por vezes os animais não nos deixam tocar neles mas as-

Gabriela Matos, VETCOR, Coruche

Gabriela Matos chegou a ter um gato, mas acabou por fugir. “Não há tempo para ter animais e filhos, é preciso tempo e dedica-ção e torna-se muito difí-cil”, explica.

Diz que se notam os efeitos da crise mas afir-ma que há também mais consciência cívica da par-

te das pessoas e que estas já não abandonam tanto os animais. Mas há sinais que indicam uma nova si-tuação. “De um momento para o outro há pessoas que deixam de se realizar as profilaxias e é aí que se nota que os tempos estão difíceis para as economias dos clientes”, explica.

Sandra Gomes, Anizoo, Tomar

sim que os colocamos na marquesa portam-se mui-to bem. E depois é agradá-vel vê-los passar pela loja e quererem entrar”.

Com a crise, Sandra Go-mes nota que as pessoas deixaram de comprar ani-mais por impulso e estão mais cientes das respon-

sabilidades em adquirir um bicho de estimação. As rações também saem menos, vendendo-se as mais económicas. “A pes-soa que compra pede mais informação, tem mais consciência do seu acto e compram porque gostam mesmo dos animais”.

Projecto para fábrica de cal na zona de Fátima em consulta públicaO Estudo de Impacte Ambien-

tal (EIA) de uma fábrica de cal prevista para as proximidades de Fátima, numa zona onde já é explorada uma pedreira, considera esse projecto “muito positi-vo do ponto de vista socio-económico” devido à criação de postos de trabalho e refere que os efeitos negativos são “minimizáveis”.

O estudo encontra-se em fase de con-sulta pública até dia 20 de Outubro e está disponível na Câmara de Ourém, nas instalações da Comissão de Coor-denação e Desenvolvimento Regional (CCDR) de Lisboa e Vale do Tejo em Lisboa e Santarém e na Agência Por-tuguesa do Ambiente, na Amadora. O resumo não técnico pode ser consulado também na Junta de Freguesia de Fáti-ma e na Internet, na página da CCDR--LVT (www.ccdr-lvt.pt).

Elaborado pela empresa Agri.Pro Ambiente, o estudo aponta impactes negativos na qualidade do ar e da água superficial, ambiente sonoro e paisagem entre outros, mas não muito acentua-dos e minimizáveis através de medidas inscritas no projecto. Designadamente a implementação de um projecto de in-

tegração paisagística, a adopção de um plano de monitorização para o ambiente sonoro e qualidade do ar, uma adequa-da gestão dos resíduos produzidos e um plano de emergência interno da fábrica.

“As medidas de minimização propos-tas permitirão que o projecto em estudo venha a operar de forma eficaz, contri-buindo igualmente para a manutenção da segurança e boa inserção ambiental da fábrica de cal”, lê-se no resumo não técnico disponível na Internet.

Entre os efeitos positivos está a pre-vista criação de 14 postos de trabalho e o uso do solo, pois o projecto permite a valorização de uma área licenciada pa-ra a exploração de materiais calcários, que serão utilizados como matéria-pri-ma. A dinamização de diversas activi-dades económicas locais e a promoção da exportação de um produto de maior valor acrescentado como é a cal são ou-tros benefícios apontados.

A fábrica da MicroLime vai situar--se junto à pedreira da Cova da Feito-sa, entre a auto-estrada A1 e as aldeias de Valinhos e Aljustrel, que apresenta calcário de boa qualidade e a sua loca-lização resulta “de um longo processo de estudo de localizações alternativas”.

Obras paradas na Zona de Actividades Económicas do Casal Branco

As obras na Zona de Actividades Económicas do Casal Branco, em Pon-tével, Cartaxo, estão paradas desde que há dois anos foram feitos os primeiros desaterros. A área já está infraestrutu-rada com água e drenagem de águas industriais e pluviais, os lotes estão definidos mas falta instalar as infra-estruturas de telecomunicações e gás.

Para o vereador do PSD na Câma-ra do Cartaxo, Paulo Neves, ninguém sabe quando a obra será retomada. “Ninguém sabe quem fez os desaterros e criou algumas ruas, quanto se pagou e a quem. Devemos também saber o ponto da situação do investimento da Avipronto, se se mantém ou não”, ques-

tionou o vereador social-democrata. O vice-presidente da câmara, Paulo

Varanda (PS), reconhece que a obra está parada mas garante que, quan-to à Avipronto, a empresa continua a desenvolver todos os trâmites legais com vista à instalação. “A empresa está finalizar o seu licenciamento in-dustrial e já percorreu todo o caminho do licenciamento ambiental. O projec-to de especialidades está a arrancar”, esclareceu.

Paulo Varanda respondeu ainda a Paulo Neves que foi a empresa Geco-lix que efectuou os desaterros e arru-amentos da zona de actividades eco-nómicas, ainda no mandato anterior.

Empresas da região procuram oportunidades no Brasil

A Nersant - Associação Empresarial da Região de Santarém realiza, entre os dias 27 de Outubro e 3 de Novembro, uma Missão Empresarial ao Brasil, cen-trada na região de Goiás. A iniciativa prevê a participação na 48ª Exposição Agropecuária de Goiás, a visita e iden-tificação de oportunidades de negócio em cidades como Goiânia, Rio Verde, Cristalina, Goianésia e Uruaçu, a reali-

zação de reuniões institucionais e ainda reuniões bilaterais com empresas locais.

A organização desta missão surge depois de a Nersant ter recebido, em Junho deste ano, uma delegação de empresários brasileiros, durante mais uma edição da FERSANT. Os interes-sados em participar devem efectuar a sua pré-inscrição junto da associação empresarial.