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Nº 21 Agosto de 2018 REVISTA XX JORNADA DE CARDIOLOGIA DO SUDOESTE GOIANO SOCIEDADE DE CARDIOLOGIA DO SUDESTE GOIANO É INAUGURADA DIA DO CARDIOLOGISTA NOSSA HOMENAGEM EM UMA BREVE HISTÓRIA DA CARDIOLOGIA NO BRASIL

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Nº 21 • Agosto de 2018

REVISTA

XX JORNADA DE CARDIOLOGIA DO SUDOESTE GOIANO

SOCIEDADE DE CARDIOLOGIA DO SUDESTE GOIANO É INAUGURADA

DIA DO CARDIOLOGISTA NOSSA HOMENAGEM EM UMA BREVE HISTÓRIA DA CARDIOLOGIA NO BRASIL

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Parabéns aos cardiologistas!

Dr. Gilson Cassem ramos Crm-Go 5547 / PresiDente Da sBC-Go

Caros colegas,

Agosto é o mês de celebrarmos nossa especialidade. O cardiologista, médico responsável pelo diagnóstico e tratamento das doenças cardiovasculares, tem o dia 14 em sua homenagem no ca-lendário brasileiro desde 2007; data que reforçamos sua importância na promoção de saúde e bem-estar da população. Ressalto que ser cardiologista vai além de tratar doenças relacionadas ao coração, é tam-bém salvar vidas e contribuir com mudanças de hábitos populacionais, embasadas cientificamente e, assim, prolongar a vida do ser humano na face da terra! Muito orgulho de ser médico! Muito orgulho de ser cardiologista! Parabéns cardiologista goiano, em nome da SBC-GO.

São muitas as lutas do cardiologista! A nossa especialidade nos desafia diariamente e exige de nós dedicação e estudo cotidianos. Pen-sando nisso, quero convidá-los ao fomento da pesquisa da cardiologia goiana e brasileira, publicando seus artigos na Revista Científica da SBC-GO, que contará com seu primeiro exemplar, ou ainda este ano, ou em meados de 2019. É mais uma ferramenta para estimular a edu-cação continuada, fortalecendo a cardiologia goiana. Profissionais de saúde de outras especialidades também estão convidados a divulgar seus trabalhos sobre temas relacionados a doenças cardiovasculares.a

Neste mês de agosto também comemoramos mais um evento da SBC-GO, da regional do Sudoeste goiano: a XX Jornada de Cardiologia do Sudoeste Goiano. Agradeço e parabenizo o Dr. Márcio Mota e Silva por assumir o desafio de presidir o encontro, com uma rica programação científica. Foi um evento de altíssimo nível! A Jornada é essencial para a interiorização da cardiologia em Goiás, princípio defendido pela SBC-GO. Nesse contexto, meus parabéns à cardiologia do Sudeste goiano, em nome Dr. Clésio W. Cunha, de Catalão, que assumiu a presidência da recém inagurada regional do Sudeste goiano.

Meus agradecimentos aos colegas Drs. Luciano Gualberto, Rogério Orlow e Daniela Rassi, que enriqueceram esta edição da revista e, para finalizar, minha gratidão aos nossos diretores que não deixam os trabalhos da SBC-GO pararem. Assim, convido os colegas cardiologistas a continuarem participando ativamente das nossas agendas. Encerramos o primeiro semestre do ano e aspiramos maiores realizações no semestre que se inicia. Aproxima-se o principal evento científico da SBC-GO, o Congresso Goiano, de 25-27/10. Aproveito o momento para convidá-los, na expectativa de um grande congresso, cujas atividades estão sob comando do querido amigo, Dr. Humberto Graner! Espero revê-los nessa oportunidade!

Boa leitura e forte abraço!

Av. T1, Praça Gilson Alves de Souza, 140, Setor Bueno, Goiânia-Go

[email protected]

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EDITAL DE CHAMADA – ARTIGOS CIENTÍFICOS / Revista da Sociedade Goiana de Cardiologia

Interessados devem enviar e-mail para [email protected] para receber as normas de publicação. Previsão para a próxima revista: primeiro semestre de 2019

ATENDIMENDO ESPECIAL PARA CLIENTES:

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dia

b Homenagem àqueles que cuidam de nossos coraçõesCriado pela SBC em 2007, Dia do Cardiologista celebra a valorização da especialidade

junto à sociedade e destaca contribuição destes médicos para a medicina

Só neste ano já são mais de 245 mil mortes por doenças cardiovasculares no Brasil. Tais doenças causam o dobro de óbitos que os provocados por acidentes e violência. Os dados podem ser confe-ridos ao acessar o cardiômetro, uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Dia-riamente, cardiologistas lutam para diminuir esses números - trabalho reforçado até na data em que os homenageia, pois o Dia do Cardiologista, cele-brado em 14 de agosto, tem também a função de alertar sobre a importância de cuidar do coração.

Hoje, os desafios da profissão estão relacio-nados ao aumento da prevalência das doenças cardiovasculares e a complexidade das mesmas.Assim, surgem cada vez mais ramificações dentro da cardiologia. Por outro lado, a especialidade é um das áreas médicas que mais evoluíram nos últimos anos, o que se deve aos estudos e inves-timentos de grandes profissionais da área, que não mediram esforços para desenvolver a alta tecnologia aplicada ao diagnóstico e tratamento das doenças.

Considerando a relevância deste profissional para a saúde e bem-estar da população, é preciso que o paciente tenha consciência da importân-cia de se escolher bem o médico que o tratará. Para atuar como cardiologista, o médico precisa passar pela graduação em medicina, dois anos de residência em clínica médica e mais de dois anos de residência em cardiologia ou realizar prova de títulos para isso.

A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) é criada pelo Dr. Dante Pazzanese com o compromisso de expandir e divulgar o conhecimento na área da cardiologia, con-gregando médicos e profissionais da saúde que tenham interesse pela especialidade. Estimulando a pesquisa e divulgando junto a sociedade civil os aspectos epidemioló-gicos das doenças cardiovasculares, sua prevenção e tratamento.

1943

Uma breve linha do tempo da Cardiologia no Brasil

No Brasil, o estudo oficial da cardiologia como ciência e especialidade médica teve início com Carlos Chagas e seus colabo-radores. Foram estes pesquisadores que desenvolveram as primeiras pesquisas no país a respeito das doenças do cora-ção, além de introduzirem no Brasil o primeiro eletrocardiograma.

1909

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Na madrugada de 26 de maio de 1968, Euryclides de Jesus Zerbini, cirurgião do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, revolucionou a medicina ao liderar a equipe que realizou o pri-meiro transplante de coração no Brasil. Apesar de não ter sido o pioneiro - lugar que pertence ao sul-africano Christian Barnard, que realizou o procedimento cinco meses antes -, a cirurgia esteve entre as cinco primeiras do mundo.

É criada a Sociedade Goiana de Cardiologia em 15 de março de 1967 por um grupo de médicos idealistas, que sentiam a ne-cessidade de se organizar e dar representatividade em Goiás à SBC. Seu primeiro presidente (1967-69), Omar Carneiro, pro-moveu a I Jornada Goiana de Cardiologia em maio de 1968, tendo como convidados o então presidente da SBC, Reinaldo Chiaverini.

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Ecocardiograma sob EstrEssE com contrastE Ecocardiográfico: dê-mE visão além do alcancE!

Dra. Daniela Do Carmo rassi Frota Crm-Go10009/CarDioloGista

O ecocardiograma sob estresse farmaco-lógico é um método diagnóstico amplamente difundido, com boa relação custo-benefício, de rápida execução, sem exposição à radiação, com alta sensibilidade e especificidade, se com-parado a outros métodos diagnósticos para a avaliação de isquemia miocárdica.

Entretanto, alguns pacientes apresentam imagens (janelas acústicas) inadequadas, de-vido à dificuldade de penetração das ondas de ultrassom no corpo por barreiras. Isso pode ocorrer devido ao biótipo do paciente, obesidade, mamas volumosas, patologias pulmonares ou cirurgias prévias, que podem comprometer a acurácia do método. Mesmo com os avanços tecnológicos dos aparelhos, a Associação Europeia de Ecocardiografia estima que em torno de 33% dos pacientes tem jane-las acústicas consideradas sub ótimas, levando a exames inconclusivos e a necessidade de novos exames para prosseguir na investigação de doença coronariana.

Estudos demostram que o ecocardiograma sob estresse com contraste melhoram sobrema-neira a qualidade das imagens para a avaliação das bordas endocárdicas, melhorando assim a qualidade do exame e possibilitando a avalia-ção de alterações da contratilidade segmentar.

A descoberta acidental contraste ecocar-diográfico foi descrita em 1968, baseada na agitação manual de solução salina, criando uma interface gás-sangue para melhora do sinal ultrassonográfico. Devido ao tamanho dessas bolhas com solução salina aerada, seu uso era e ainda é restrito à opacificação do coração direito, sendo bastante útil para o diagnóstico de defeitos congênitos (shunts) e malformação arteriovenosa pulmonar.

O contraste ecocardiográfico é composto por microbolhas que tem um tamanho menor que 8 micrômeros de diâmetro para ultrapassar a circulação pulmonar e atingir as câmaras esquerdas. Uma vez dentro das cavidades cardíacas, essas microbolhas potencializam muito o sinal do ultrassom, delimitando bem as bordas endocárdicas e melhorando muito a capacidade da avaliação da contratilidade de cada segmento do ventrículo esquerdo. A composição dos gases dentro das microbo-lhas também é importante para manutenção das bolhas na circulação por mais tempo. Os agentes de contraste de primeira geração

continham ar ambiente e, que é composto por 78% de nitrogênio. Como o nitrogênio de difunde rapidamente, a durabilidade das microbolhas era de alguns segundos. Com a incorporação de gases menos solúveis como o perfluorocarbono e o hexafluoreto de enxofre, essas microbolhas tornaram -se mais estáveis de forma a permitir o estudo até da perfusão miocárdica. Atualmente no Brasil temos aprovado pela ANVISA o uso do Sonovue® (hexafluoreto de enxofre).

Esta nova técnica de diagnóstico utiliza solução sem iodo, não causando obstruções e com casos muito raros de alergia. Nos Estados Unidos tem–se inclusive estimulado a mudan-ça do termo “contraste” para “opacificador” de bordos endocárdicos, devido a impressão negativa que o contraste iodado usado na radiologia tem perante os pacientes.

Seu uso está indicado quando há dificul-dade de visibilizar pelo menos 4 segmentos dos 17 em que subdividimos o ventrículo es-querdo, de acordo com a Diretriz Brasileira de Ecocardiografia, ou 2 segmentos contíguos dos 17, de acordo com as Sociedades Americana e Europeia de Ecocardiografia.

O exame é executado da mesma forma e com o mesmo protocolo que se realiza o ecocardiograma sob estresse farmacológico. Não é necessária qualquer modificação quanto ao preparo do paciente. São realizadas com as mesmas recomendações que são feitas para o exame convencional, incluindo o mesmo je-jum. Para o paciente, vale ressaltar que, apesar do contraste ser injetado por via endovenosa, ele não apresenta efeitos colaterais e nem desconforto durante o procedimento. Contu-do o uso do contraste ecocardiográfico exige aparelhos com softwares específicos, com re-dução do índice mecânico e com modificações nas aquisições das imagens, não devendo ser realizados em aparelhos sem tal tecnologia.

Embora o contraste tenha grande utilidade na melhora da definição das bordas endocárdi-cas, há enorme potencial desta técnica na ava-liação da perfusão miocárdica. Vários estudos estão sendo desenvolvidos e com resultados que parecem ser promissores. De uma forma geral, o emprego do contraste pode auxiliar nas medidas volumétricas do ventrículo esquerdo e do cálculo da fração de ejeção, caso de imagens sejam inadequadas. Sua utilização também

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REFÊRENCIAS1. Clinical Applications of Ultrasonic Enhancing Agents in Echocardiography: 2018 American Society of Echocardiography Guidelines Update. J Am Soc Echocardiogr 2018;31: 241-274 .2. Contrast echocardiography: evidence-based recommendations by European Association of Echo-cardiography. European Journal of Echocardiography (2009) 10, 194–2123. Diretriz para Indicações e Utilização da Ecocardio-grafia na Prática Clínica. Arq Bras Cardiol volume 82, (suplemento II), 2004.

Figura 1: Imagem do ecocardiograma transtorácico sem contraste ecocardiográfico demonstrando dificuldade para a definição das bordas endocárdicas do ventrículo esquerdo (1*)

Figura 2: Imagem do ecocardiograma transtorácico com contraste ecocardiográfico demonstrando melhora importante da definição das bordas endocárdicas do ventrículo esquerdo (2*).

auxilia no diagnóstico de massas cardíacas de difícil visibilização, como trombos no ápice do ventrículo esquerdo ou apêndice atrial esquerdo, bem como para o seu diagnostico etiológico destas massas, com o auxílio da perfusão.

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O Forame Oval Pérvio pode ou não se fechar após o nasci-mento. A indicação de seu fechamento depende de condições clínicas associadas específicas que devem ser avaliadas pelo cardiologista.

O Forame Oval Pérvio (FOP) está presente em todos nós na vida intrauterina. Enquanto na maioria dos indivíduos ele se fecha após o nascimento, em cerca de 26% das pessoas isso não ocorre, prevalecendo uma quantidade enorme de indivíduos que possuem o FOP na vida adulta. Entretanto, seu fechamento só é indicado quando uma condição clínica associada, seja um AVC criptogênico, síndrome da descompressão em mergulhadores, edema pulmonar da altitude elevada em alpinistas, ortodeoxia-platipnéia, ou outros eventos embólicos.

Um dos cardiologistas intervencionistas do Centro Goiano de Cateterismo, Tannas Jatene, fala em breve entrevista sobre esse tema e sobre a casuística do seu grupo, ao longo de 10 anos, com pacientes que passaram pelo procedimento de fechamento de FOP.

Quais as evidências atuais para a oclusão do Forame Oval Pérvio? E porquê essas evidências são confiáveis?

A maior e melhor indicação atual para o fechamento per-cutâneo do FOP é o AVC criptogênico, que corresponde a até 25% dos AVCs isquêmicos. Trata-se de um AVC em que foram excluídas as principais etiologias (lesões nas carótidas ou aorta, trombos no ventrículo esquerdo, fibrilação atrial ou trombofilias) e observou-se o FOP ao ecocardiograma. Três estudos recentes randomizados foram publicados na revista de maior relevância para a medicina (New England Journal of Medicine) e todos eles mostraram que o fechamento percutâneo foi superior ao tratamento clínico nesses pacientes, com redução de até 77% na ocorrência de um novo AVC.

Desses estudos, o mais comentado foi o RESPECT. Qual a sua importância e seus principais achados?

O estudo RESPECT foi o que levou o FDA, agência regula-tória americana, que é super exigente, a aprovar o fechamento percutâneo do FOP para pacientes com AVC criptogênico. Isso porque ele contou com o maior número de pacientes (980) e o maior tempo de seguimento (10 anos no total). O resultado foi uma redução de 62% em AVCs de mecanismo desconhecido com o fechamento, sem aumentar sangramento ou fibrilação atrial. O sucesso do procedimento foi de 96,1%, mostrando a segurança do procedimento.

Estudo goiano demonstra a segurança do fechamento percutâneo do forame oval Pérvio

Uma das críticas ao estudo RESPECT é que o grupo controle não recebeu anticoagulação de maneira adequa-da. Qual o seu ponto de vista?

Considero uma crítica inadequada. Nesse estudo, a terapia medicamentosa era definida por neurologistas das instituições mais renomadas dos Estados Unidos e Canadá e reflete a prática de mundo real. 20% dos pacientes recebia Warfarina, 65% um antiplaquetário e 11% dois antiplaquetários. Não existe indicação clara de anticoagular esses pacientes, sob pena inclusive de riscos de sangramento aumentado.

O seu grupo foi premiado no Congresso Goiano de

Cardiologia de 2016 ao apresentar sua casuística de fe-chamento de FOP. Quais foram os achados e em que se assemelham aos estudos publicados?

Apresentamos nossos casos de fechamento de FOP no período de 2006 a 2016. Foram 117 pacientes, com média de idade de 51 anos e 69% de mulheres. Corroborando com as indicações dos estudos randomizados, 99% dos pacientes da nossa casuística tinham tido 1 episódio de AVC criptogênico e 18%, mais de 1 episódio. Obtivemos sucesso do procedimento em 100% dos casos, resultado até superior aos estudos publi-cados, e mais ainda, sem nenhuma intercorrência significativa. Portanto, conseguimos reproduzir os achados dos grandes estu-dos internacionais, levando essa tecnologia da melhor maneira para os nossos pacientes.

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Nos próximos dias 18 a 20 de outubro de 2018, a ARTERY Society (Association for the Research into Arterial Structure and Phisiology) organizará a sua 18ª reunião Inter-nacional em Guimarães, Portugal.

Com a definição do progressivo papel de biomarcadores vasculares na predição de doença e mortalidade cardiovascular (1-3), torna-se cada vez mais fundamental compreender de que forma eles podem ser úteis na prática clínica e de como se po-dem incluir na rotina de avaliação de sujeitos em risco(4).

A 18ª edição deste Congresso Internacional continuará a focar-se nos aspectos da função e estrutura arterial que interagem ou têm reper-cussão no sistema cardiovascular e órgãos – alvo como o coração e o cérebro.

Todos os aspectos relevantes de ciência fundamental ou clínica serão contemplados e a sua diversa abor-dagem nos trabalhos dos diferentes grupos de investigação mundial par-ticipantes serão bem acolhidos pelo Comitê Científico; são exemplos desses diferentes aspectos: doença cardíaca, acoplamento ventrículo-vascular, hemodinâmica central e pe-

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o b congresso internacional

da artErY societyCriando uma nova

janela de intervenção

em saúde cardiovascular

riférica, farmacologia e terapêutica, medidas de prevenção, epidemio-logia, imagiologia, bio-engenharia, mediadores bioquímicos, lípidos, inflamação, neurocognição, doença cerebrovascular entre outros.

Os resumos podem ser sub-metidos em http://www.artery-society.org/ . A Sociedade estará atribuindo prestigiados prêmios para Jovens Investigadores, e para investigadores mais estabelecidos nesse domínio, através do Prêmio para Desenvolvimento de Carreira.

A Conferência é uma oportu-nidade única de estabelecer novas colaborações e redes de trabalho, bem como para discutir trabalho em curso com um conjunto de participantes altamente informa-dos, diferenciados em múltiplas disciplinas do conhecimento e muito informais no que a troca de opiniões diz respeito.

Estarão presentes colegas de todo o mundo, desde América do Norte, América Latina, Europa, Ásia e Austrália, num programa que será preenchido de temas atuais e prelectores de renome mundial. Será um prazer poder contar com a presença de todos nesta cidade milenar, berço da cultura Portu-guesa e patrimônio Munidal da Humanidade da UNESCO.

1. Vlachopoulos C, Aznaouri-dis K, Stefanadis C. Prediction of cardiovascular events and all-cause mortality with arterial stiffness: a systematic review and meta- analysis. Journal of the American College of Cardiology. 2010;55(13):1318-27. Epub 2010/03/27.

2. Ben-Shlomo Y, Spears M, Boustred C, May M, Anderson SG, Benjamin EJ, et al. Aortic pulse wave velocity improves cardiovascular event prediction: an individual par-ticipant meta-analysis of prospective observational data from 17,635 sub-jects. Journal of the American Col-lege of Cardiology. 2014;63(7):636-46. Epub 2013/11/19. 3. Vlachopou-los C, Xaplanteris P, Aboyans V, Brodmann M, Cifkova R, Cosentino F, et al. The role of vascular bio-markers for primary and secondary prevention. A position paper from the European Society of Cardiology Working Group on peripheral circu-lation: Endorsed by the Association for Research into Arterial Structure and Physiology (ARTERY) Society. Atherosclerosis. 2015;241(2):507-32. Epub 2015/06/29.

4. Cunha PG, Boutouyrie P, Nil-sson PM, Laurent S. Early Vascular Ageing (EVA): Definitions and Clini-cal Applicability. Current hyperten-sion reviews. 2017;13(1):8-15. Epub 2017/04/18.

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Foi instituída em Catalão, no dia 16 de agosto, a Sociedade de Cardiologia do Sudeste Goiano, que será presidida pelo cardiologista Clésio Windson da Cunha. Segundo o médico, a criação da Regional é um sonho realizado. “Eu migrei para Catalão há 24 anos, e na época, nós tínhamos seis colegas que partilhavam da atividade da cardiologia aqui na região. Apesar disso, já existia essa vontade de nos fazer represen-tados”, conta. Hoje, 24 profissionais integram a Sociedade do Sudeste, sendo 20 em Catalão, dois em Ipameri e dois em Pires do Rio.

Em um primeiro momento, a ins-tituição seria denominada Catalana, abrangendo apenas os cardiologistas do município. No entanto, foi constatada a necessidade de envolver pequenos

municípios. “Esses colegas também ficam isolados em pequenas cidades e não têm como discutir um caso clínico ou ter acesso a trabalhos científicos”, cita Clésio.

A ideia, de acordo com o presi-dente, é representar os médicos do Sudeste goiano, agregar socialmente e profissionalmente os colegas, trocar informações e experiências, promover eventos, além de trazer melhorias nas condições de atuação da cardiologia nas cidades envolvidas. “Tentar promover ainda a filiação às sociedades brasileira e goiana de Cardiologia e regularizar a sua situação de todos os especialis-tas para que possamos praticar uma cardiologia de qualidade”, afirma.

A reciclagem profissional e ciclos de atualização que serão promovidos pela

sociedade de cardiologia do sudeste goiano é inaugurada

instituição acompanham o crescimento de Catalão no quesito universitário. “A Universidade Federal de Catalão foi desmembrada da UFG recentemente e nos próximos dois anos, o curso de Medicina pela nova universidade será iniciado”, aponta. Tal independência influencia diretamente na medicina local, uma vez que ressalta a responsa-bilidade e o chamamento à qualidade de assistência aos pacientes. “A cidade só tem a ganhar”, enfatiza.

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l Infarto agudo do miocárdio (IAM)/ Síndrome coronariana aguda (SCA);l Cirurgia de revascularização miocárdica;l Doença vascular periférica;

l Doença coronária assintomática; l Angioplastia coronária; l Agina estável;l Reparação ou troca valvular; l Transplante cardíaco ou car-

diopulmonar;l Insuficiência cardíaca crônica;l Pacientes com alto risco de doença cardiovascular.

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Hgg lança serviço de reabilitação cardíaca Procedimento, que atende usuários do SUS,

conta com equipe multidisciplinar

Pacientes do Serviço Único de Saúde (SUS) passam a contar com o procedimento de Reabilitação Car-díaca no Hospital Estadual Alberto Rassi (HGG), em Goiânia. Para a criação do novo serviço, lançado em junho, foram investidos cerca de R$ 700 mil em reforma, aquisição de equipamentos e estruturação da equipe.

A reabilitação cardíaca é um con-junto de atividades necessárias que garante aos pacientes portadores de doenças cardíacas, melhores condi-ções físicas, mentais e sociais. Neste

serviço, as atividades são acompanha-das por uma equipe multiprofissional, composta por cardiologista, fisiotera-peuta e educador físico, que atende pacientes cardiopatas com doenças como insuficiência cardíaca, valvo-patias, doença arterial coronariana, entre outras.

São direcionados à reabilitação pacientes do setor de Cardiologia do HGG. Cardiopatas de outras unidades, que sejam elegíveis para a reabilitação cardíaca, devem procurar uma unidade básica de saúde para serem encaminhados ao HGG.

Representando a Sociedade Goiana de Cardiologia (SBC-GO), o diretor de comunicação Gilberto Campos Guimarães Filho esteve pre-sente no lançamento e afirmou que o novo serviço é uma grande conquista tanto para os pacientes, quanto para os médicos.

critériosSão considerados elegíveis para a reabilitação cardiovascular pacientes que apresentaram pelo menos um dos seguintes quadros vasculares no último ano:

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Ao optar pela medicina enquanto carreira, o estudante precisará fazer escolhas que definirão sua área de atuação ao longo dos próximos anos. Efetuar tais escolhas nem sempre é um processo fácil, portanto, é crucial ter con-tato o quanto antes com as especialidades de interesse. O acadêmico Diego Rabelo Pereira, presidente da Liga Acadêmica de Cardiologia e Cirurgia Vascular da UFG (LaCardio), explica que a cardiologia é ministrada aos alunos da Faculdade de Medicina (FM) da Universidade durante cinco semanas no terceiro ano de graduação. “Também é possível ter contato com a disciplina por meio do trabalho de curso, já que alguns alunos fazem na área de cardiologia”, acrescenta.

Pensando em estimular o interesse pelo estudo das doenças cardiovasculares nos futuros médicos, a La-Cardio promove ações como o simpósio anual, além de ministrar aulas quinzenais e apresentar palestras e cursos abertos aos alunos da FM-UFG e de outras instituições. “Nossos membros são convidados para irem nos diversos eventos científicos da especialidade e a realizarem trabalhos para publicarem nos diversos congressos e revistas”, destaca Diego.

Neste semestre, a LarCardio coordena um evento para a integração: em parceria com a SBC-GO, será realizado o I Encontro Goiano das Ligas de Cardiologia. “Temos uma relação muito boa com a Sociedade, inclusive, por meio de parcerias em campanhas, desconto para membros em congresso e outras atividades científicas. A SBC-GO nos estimula bastante na produção científica e nas atividades extracurriculares”, ressalta o presidente. A Liga também está trabalhando na confecção de um manual em saúde de cardiologia, que deve ser distribuído à população durante as campanhas.

ParticiPação garantida

A partir de uma relação estreita com a Sociedade Goiana de Cardiologia, as ligas acadêmicas têm a oportu-nidade de integrar vários eventos científicos. Neste ano, os estudantes compareceram em peso no XVII Congresso Brasileiro de Insuficiência Cardíaca (DEIC), realizado em junho no Centro de Convenções de Goiânia.

se liga!Estudantes incentivam

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faculdades de medicina por

meio da parceria entre ligas

acadêmicas e a SBC-GO

DIEGO RABELO PEDRO GUIMARÃES

No Congresso, os jovens acompanharam apresen-tações e debates com profissionais de renome, tirando dúvidas e ampliando os conhecimento a respeito da conceituação e dos tratamentos ligados à insuficiência cardíaca. “O evento foi uma ótima oportunidade para publicar e analisar publicações científicas na área com possibilidade de trazer novos conhecimentos para dentro da própria liga acadêmica”, ressalta o vice-presidente da LaCardio, Pedro Guimarães Moreira da Silva.

De acordo com o acadêmico, alguns dos destaques do DEIC 2018 foram a qualidade dos temas livres acei-tos e apresentados durante o Congresso, bem como a plataforma digital extremamente simplificada e ao mesmo tempo sofisticada, apresentada no aplicativo do DEIC 2018. A ferramenta permitiu um acesso rápido aos horários e uma interação ao vivo com palestras e trabalhos. “Um evento como esse possibilitou um contato muito importante e diferenciado daquele vivido dentro da universidade”, conclui.

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rEabilitação cardíaca com ênfasE no ExErcício: uma rEvisão sistEmáticaDjalma Rabelo Ricardo1 e Claudio Gil Soares de Araújo2

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Há 12 anos, a Organização Mundial de Saúde pro-pôs que a reabilitação cardíaca (RC) não poderia ser considerada uma terapia isolada, mas sim, ser integrada no tratamento global da cardiopatia e ser parte ativa da prevenção secundária e primária, atuando, principal-mente, no controle dos fatores de risco cardiovasculares. Infelizmente nos dias de hoje, apesar da literatura mostrar claramente os benefícios desses programas com menor mortalidade global e de origem cardíaca, menor número de internações, melhora dos sintomas e qualidade de vida, além de seu custo efetivo, poucos são os pacientes que têm acesso a esses benefícios. O motivo disso acontecer, provavelmente, vem do fato de que a grande maioria dos cardiologistas clínicos não referendam seus pacientes para esses programas ou por menosprezar os seus benefícios ou ainda, por não existir locais específicos para encaminharem seus pacientes.

Não estou aqui para discutir o motivo disso não aconte-cer, mas sim, aproveitar o fato da ampla discussão do tema em vários e importantes encontros científicos nos últimos anos para mostrar que a RC é uma ferramenta de ampla aplicação, não só no contexto da doença coronariana, mas praticamente no tratamento de todas as patologias cardiovasculares, e também por seu valor fundamental em políticas de saúde em países como o Brasil e estados em desenvolvimento como o estado de Goiás. E dentre as várias medidas que fazem parte de um programa de RC, o exercício físico por si não pode ser negligenciado nesse contexto de melhora do prognóstico do paciente cardiopata e principalmente na menor mortalidade global.

Um artigo de revisão publicada Rev Bras Med Espor-te vol.12 n.5 Niterói Sept./Oct. 2006 traz informações importantes sobre o exercício físico. O resumo do artigo demosntra que foi feita uma revisão sistemática com o objetivo de determinar o efeito da reabilitação cardíaca com ênfase no exercício (RCEE) comparado com programas de reabilitação cardíaca com apenas cuidados usuais (controle) sobre a mortalidade, fatores de risco modificáveis e qualida-de de vida relacionada à saúde em pacientes com doença

arterial coronariana. Foram analisados apenas ensaios clínicos controlados e randomizados (ECCR) com follow-up igual ou superior a seis meses, publicados entre 1990 e 2004. Utilizaram-se os critérios propostos pelo Clinical Practice Guideline: cardiac rehabilitation para julgar os estudos selecionados. Fizeram parte desta revisão 21 ECCR envol-vendo 2.220 pacientes entre 49 e 63 anos (86% homens). A maioria dos ECCR apresentaram resultados favoráveis à RCEE para mortalidade total e cardíaca quando comparada com os cuidados usuais (controle). Esse fato também foi ob-servado para os eventos de reinfarto e revascularização do miocárdio. Os resultados da RCEE sobre os fatores de risco modificáveis e a qualidade de vida não foram conclusivos quando comparados com a intervenção controle, apesar de alguns estudos apresentarem diferenças estatísticas a favor da RCEE. Esta revisão confirma os benefícios da RCEE na abordagem terapêutica de coronariopatas, reduzindo suas taxas de mortalidade cardíaca e por todas as causas, além de contribuir para a diminuição da ocorrência de outros eventos coronarianos, tais como a revascularização miocárdica e a taxa de reinfarto. Em relação aos fatores de risco modificáveis e à qualidade de vida, houve uma ten-dência favorável à utilização da RCEE. Em adendo, parece que o exercício físico regular por si constitui o principal responsável pelos resultados favoráveis da intervenção em relação aos desfechos estudados.

Esse é apenas mais um dos inúmeros trabalhos de revisão que demostram que o exercício físico deve fazer parte do arsenal terapêutico usado no tratamento das doenças cardiovasculares, principalmente no contexto da doença coronariana. Os programas de reabilitação cardíaca existem para oferecer aos cardiologistas clínicos a facilidade de uma correta prescrição de exercícios, na dose adequada para se alcançar os resultados demonstrados nos estudos e, principalmente, em educar os pacientes na importância na continuidade dos treinamentos para a manutenção desses benefícios. Em resumo nós, cardiologistas clínicos, não podemos fechar os olhos para as evidências científicas que já há algum tempo estão por ai.

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Entre os dias 17 e 18 de agosto foi realizada, na cidade de Rio Verde, a XX Jornada de Cardiologia do Sudoeste Goiano. O evento contou com a adesão de profissionais de toda a região.

Para o presidente da Jornada, Dr. Márcio Mota e Silva, o tradicional encontro contou com cardiologistas locais, além de profissionais de saúde de outras especialidades com interesse em aprimorar-se no diagnóstico e tratamento de doenças cardiovasculares, sobretudo médicos clínicos e acadêmicos de medicina. “Tivemos um esclarecimento e uma atualização em alto nível dos temas que foram tratados”, declarou o presidente, ressaltando o sucesso e a satisfação com os quais encerrou o evento.

Entre os temas discutidos durante a Jornada, destacou-se a abordagem sobre os Dispositivos Implantáveis, por meio de palestra do Dr. Rodrigo Paashaus de Andrade, e a mudança de paradigmas sobre a Hipertensão Arterial, na qual o Dr.

Gilberto Campos Guimarães Filho realizou exposição sobre pressão arterial central. O Simpósio Libbs/Bayer, apresentado pelo Dr. Eraldo Ribeiro Ferreira Leão de Moraes, foi muito proveitoso no que tange o tratamento farmacológico das principais arritmias.

A Ecocardiografia também teve destaque na Jornada deste ano, abordando os novos parâmetros da subespeciali-dade, o cardiologista Dr. Rodolfo Cintra e Cintra apresentou atualizações e novos métodos ecocardiográficos na prática clínica. Novidades foram apresentadas, ainda, pelo Dr. Agui-naldo Figueiredo de Freitas Júnior, que discorreu sobre novo paradigma no tratamento da insuficiência cardíaca, doença que atinge mais de dois milhões de brasileiros por ano. “Estou muito satisfeito, pois não houve contratempos e as palestras foram excelentes. Espero que o evento continue crescendo e atraindo mais participantes a cada ano”, reiterou o presidente do Congresso.

Rio Verde sedia XX Jornada de Cardiologia do Sudoeste GoianoEncontro estimulou atualização científica na região com

novidades em várias subespecialidades da cardiologia

A tradicional Jornada é de extrema importância para a cardiologia do Sudoes-te goiano, além de uma oportunidade ímpar para o aprimoramento científico de médicos, estudantes e pesquisadores da região. O local escolhido, a cidade de Rio Verde, foi fundamental para integração de conhecimento e lazer, proporcionando intercâmbios importantes no fortalecimento da medicina goiana.

Cidade acolhedora

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