DIA DO ENG. AGRÔNOMO

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Aos engenheiros agrônomos e estudantes de agronomia

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Aos engenheiros agrônomos e estudantes de agronomia

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12 de Outubro dia do Agrônomo

Reflexão do Engenheiro Agrônomo

Tenho amor aos horizontes largos do campo, ao cheiro da terra, ao cair da chuva, a alegria do sol, as

caricias do vento, ao cântico das aves e ao barulho das folhas causado pelo vento.

Tenho amor ao crescer das plantas, ao marulhar das searas, as ondas de ouro dos trigais maduros, ao

desabrochar dos flocos de algodão, ao cheiro dos frutos maduros e ao brilho colorido da erva ondulante.

Tenho amor a todos os animais, grandes e pequenos, criados por Deus para auxiliar o Homem;

entemece-me a dedicação dos cavalos, a índole confiante dos carneiros, a docilidade das vacas e a

serenidade dos porcos nos cevados;

E a forma como agradecem o carinho e o cuidado com que são tratados.

Por amar estas coisas;

Creio na terra e na vida da gente do campo, nos seus anseios, nas suas aspirantes e nas suas crenças

ingênuas, nas suas faculdades e forcas para melhorar as condições de vida e criar um ambiente agradável

para os que lhe são queridos.

Creio nos lavradores como solido esteio da Nação, reservatório inesgotável da sua prosperidade, a

mais firme defesa contra os que, de dentro ou de fora, pretendem despojá-la.

Creio no seu direito a colaborar com os vizinhos para a defesa de interesses comuns e creio nos

benefícios da ciência posta a serviço do seu bom senso.

Creio em mim mesmo e humildemente, mas com toda a sinceridade, ofereço-me para auxiliar os

homens, as mulheres e as crianças do campo a tomarem prosperas as suas terras, confortáveis e belos os

seus lares, harmonioso o ambiente da comunidade rural e assim, tornar útil a minha própria vida.

E por ter amor a todas estas coisas e por crer em tudo isto que eu sou agrônomo.

(Adaptado de um relatorio de viagens, de agronomos Portugueses.) Publicado em 1954 Extensao Agricola de Miguel Bechara

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Usamos, muitas vezes, nosso tempo lendo muito sobre muitos

assuntos, mas nem sempre fazemos o mesmo com o que respeita à

nossa profissão. Com uma pequena síntese histórica apresento o que

entendo ser o título profissional para nós. Assim, como ocorre com

todos nós, quando nasceu o Sandro o registramos com nome e

sobrenome. Formou-se meu colega e passou a ser engenheiro

agrônomo Sandro Al - Alam Elias, significando que o título

profissional é algo tão valioso e a ser preservado tanto quanto nosso

próprio nome, um legado de nossos pais. Por isso o Dia do

Engenheiro Agrônomo é para nós tão importante como o de nosso

próprio aniversário.

Tudo começou na primeira metade do último século do milênio

passado (parece muito tempo? Pois ainda há muitos colegas que

naquela época já estavam neste mundo). São completados 74 anos

desde que o então presidente da República (Getúlio Dornelles

Vargas, um gaúcho de São Borja) assinou o Decreto Nº 23.196, de

12/10/1933, que “Regula o exercício da profissão agronômica e dá

outras providências”. Era o ano do cinquentenário de fundação da

Faem (mas o ato não foi conseqüência direta da data, apenas mostra

que os nossos primeiros colegas tiveram que lutar durante meio

século até que a legislação oficializasse nossas atribuições

profissionais). Então os engenheiros agrônomos passaram a ter o

exercício profissional oficialmente regulamentado no país (o curso

continuou e continua a ser Agronomia. Confere o título de

engenheiro pela formação que oferece. Temos todo o respeito e toda

a admiração pela Engenharia, tanto que participamos do mesmo

conselho profissional, Confea/Creas.

Não é Engenharia Agronômica. A Agronomia não é um ramo da

Engenharia; é uma ciência). Aquele Decreto foi substituído pela Lei

5.194, de 24/12/1966, que regulamentou na mesma lei o exercício

profissional dos engenheiros, dos arquitetos e dos engenheiros

agrônomos. Essa Lei e as Resoluções 218/1973 e 1.010/2005 do

Confea disciplinam nossa profissão.

Por muitos anos não havia coincidência de data para a

comemoração. O Rio Grande do Sul, por exemplo, comemorava no

dia 8 de dezembro em homenagem à data de fundação da Faem

(08/12/1883), a mais antiga no Estado e a que funciona

ininterruptamente há mais tempo no país (a propósito, a primeira

Escola de Agronomia foi fundada em São Bento das Lages, em

1859, na Bahia. Após alguns anos, suas atividades ficaram

paralisadas por quase três décadas, reabriu em Cruz das Almas e

atualmente é parte da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

(UFRB), criada pela Lei 11.151, de 29/07/2005, para cuja criação

serviu de base, desmembrando-se da UFBa. Com a criação da

Federação das Associações de Engenheiros Agrônomos do Brasil

(Faeab), em 12/10/1963 (substituída em 14/05/1999 pela

Confederação das Federações de Engenheiros Agrônomos do Brasil

(Confaeab), foi unificado nacionalmente o 12 de outubro como Dia

do Engenheiro Agrônomo. É em referência à data (12/10/1933) da

primeira regulamentação oficial do exercício profissional da

agronomia no Brasil (a profissão já existia, mas a regulamentação

que possibilitou coibir o exercício da atividade agronômica por

leigos, enquadrando-o em exercício ilegal da profissão, só foi

possível a partir daquela data).

Moacir Cardoso Elias | Engenheiro agrônomo | Ex-

conselheiro da Câmara Especializada de Agronomia |

Professor da Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel (Faem), Universidade Federal de

Pelotas

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HISTÓRIA E SIGNIFICADO DO SÍMBOLO DA

AGRONOMIA

Em outubro de 1969, durante a

realização do VI Congresso Brasileiro de

Agronomia e do I Congresso

Latinoamericano de Engenheiros

Agrônomos, em Porto Alegre, foi

escolhido o logotipo, substituindo o

arado de aivecas e o teodolito, para ser

adotado como símbolo da Faeab e

entidades filiadas, representando as seguintes idéias: a) congregação

de entidades; b) defesa e valorização profissional; c) participação do

engenheiro agrônomo no desenvolvimento agrário do Brasil.

O logotipo é composto de seis “A” formando uma figura

sextavada com um espaço central também sextavado e com seis

raios separando os “A”, que significam o seguinte: Os “A”

representam as associações de engenheiros agrônomos dos Estados

filiados à Faeab, mostrando no seu conjunto a união das mesmas nas

soluções dos problemas das Associações, dos Agrônomos, da

Agronomia, da Agricultura, da Agropecuária e da Agroindústria. O

sextavado central é o centro de debates onde são discutidos assuntos

da classe, anteriormente relacionados, tanto aceitando como

propondo opiniões da própria categoria profissional, dos governos

municipais, estaduais e federal. Os raios indicam os caminhos para a

entrada e a saída de assuntos provindos de vários segmentos.

Os traços coloridos são só para exemplificar o quanto é

expressivo o logotipo da Classe Agronômica Brasileira e que de fato

ele representa demonstrando como são recebidos, debatidos e

conduzidos os assuntos:

AZUL - assuntos relacionados a categoria.

VERDE - assuntos técnicos relacionados a agronomia.

VERMELHO - assuntos relacionados a política agrícola.

No mesmo Congresso, o logotipo também foi escolhido como

símbolo dos engenheiros agrônomos no Brasil.

A profissão e os compromissos com ela são de todos os

profissionais e a responsabilidade por nossa profissão é toda e

apenas nossa, algo absolutamente intransferível. Só assim

poderemos garantir nas próximas gerações a garra e o destemor

necessários para vencermos as imensas dificuldades que sempre

enfrentaremos, pois nunca foi e nunca será diferente.

O primeiro símbolo da profissão do Engenheiro Agrônomo surgiu

em 1946 por ocasião da regulamentação da profissão e era uma

engrenagem – simbolizando a engenharia – com um arado dentro –

simbolizando a agricultura. Em 1963 ele foi reformulado, ganhando

mais detalhes e escrito “Engenheiro Agrônomo” ao longo da

engrenagem.

1946 1963

O símbolo da FEAB, a Federação dos Estudantes de Agronomia

do Brasil, é um aprimoramento do símbolo da profissão.

Ao invés de “deitado”, com duas de suas pontas tocando uma

linha horizontal imaginária, ele tem a orientação vertical, ficando

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com apenas uma extremidade embaixo e outra apontando pra cima.

Esse é o símbolo do Movimento Estudantil da Agronomia e sua

posição é essa para dar idéia de movimento e renovação constantes,

ao contrário do outro símbolo que dá a impressão de estar estático,

parado.

Símbolo da FEAB

Fonte: http://feab.wordpress.com

AGRONOMIA

A Profissão

O agrônomo envolve-se em praticamente todas as etapas do

agribusiness - desde o plantio ou a criação de rebanhos até a

comercialização da produção. Ele planeja, organiza e acompanha o

cultivo do solo, o combate a pragas e doenças, a colheita, o

armazenamento e a distribuição da safra. Cuida da alimentação, da

reprodução, da saúde e do abate de animais. Também gerencia a

industrialização, o armazenamento, a distribuição e a

comercialização de alimentos de origem animal e vegetal. Para essas

atividades, utiliza o computador, informando-se sobre novas

tecnologias e pesquisas científicas na área, calculando estoques e

checando na internet a cotação dos produtos nas bolsas de valores

internacionais. Para trabalhar é preciso obter registro no Crea.

Características que ajudam na profissão

Habilidade para lidar com números, curiosidade, espírito

empreendedor, domínio do inglês e da informática, boa capacidade

de relacionamento e de comunicação, dinamismo, gosto pelo

trabalho ao ar livre e pelo contato com os animais.

O Curso

O currículo abrange na fase básica, disciplinas como: Cálculo na

Geometria Analítica, Desenho Técnico, Topografia, Genética

vegetal, Anatomia dos Animais Domésticos, Química, entre outras.

Ao passar para a parte profissionalizante, as disciplinas ofertadas

se fundamentam em grandes áreas como Fitotecnia, Solos,

Engenharia e Tecnologia Rurais, Fitossanitarismo, Tecnologia

Produtos Agrícolas, Economia, Silvicultura, Zootecnia e Sociologia.

Os cursos de Agronomia devem transmitir conhecimentos aos

seus alunos de modo que possam praticar uma agricultura rentável e

competitiva não só por imperativos de justiça social, mas também

porque a agricultura, em sua globalidade, tem potencialidades para

oferecer uma contribuição muito mais significativa à solução dos

grandes problemas. No entanto, não é suficiente que os

ensinamentos sejam apenas tecnológicos e que sejam introduzidos

somente na etapa de produção propriamente dita.

É necessário adotar inovações tecnológicas, gerenciais e

organizacionais e, além disso, fazê-lo em todos os elos da cadeia

produtiva. A quantidade de carga horária permitida, por período,

será de no mínimo 235 horas e no máximo de 495 horas.

O aluno só poderá matricular-se em disciplinas de, no máximo,

dois períodos consecutivos por semestre. As atividades curriculares

serão desenvolvidas em período integral, nos turnos da manhã e da

tarde, mas de forma a proporcionar tempo suficiente para o

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desenvolvimento de atividades extra curriculares como pesquisa,

extensão, estágios e monitorias. Fonte: www.guiadasprofissoes.com.br

Duração média do curso

Cinco anos

Objetivos do Curso

Contribuir para a melhoria do ensino, adequando a formação do

engenheiro agrônomo às necessidades da realidade atual Contribuir

para a construção, juntamente com outros instrumentos, de um

centro de excelência de ensino na área agronômica Permitir aos

profissionais uma formação capaz de gerar uma agricultura próspera

e econômica;

Permitir aos profissionais uma sólida formação humanística,

econômica, cultural e crítico-valorativa das atividades pertinentes ao

seu campo profissional, orientando a comunidade onde está servindo

e contribuindo para a melhoria da qualidade de vida do homem;

Permitir uma formação generalista e uma visão abrangente para

o desempenho de todos os segmentos da profissão;

Proporcionar condições para que os estudantes conheçam,

convivam e interaturem com a realidade concreta;

Estabelecer um adequado equilíbrio entre professores, alunos e

funcionários no sentido de buscar melhores resultados. Fonte: www.uema.br

Perfil Profissiográfico

O perfil esperado para o graduando de engenharia agronômica é o

de um profissional com:

Formação generalista, com sólidos conhecimentos nas áreas de

formação básica, geral e profissional; Formação ética;

Formação da capacidade de aplicação das técnicas básicas e

das novas tecnologias no exercício profissional;

Capacidade de ajustar-se, competentemente, às novas

demandas geradas pelo progresso científico e tecnológico e às

exigências conjunturais em permanente mutação e evolução;

Formação da visão crítica, aliada à capacidade de reavaliar o

seu potencial de desempenho e buscar o constante aprimoramento

profissional;

Formação de espírito empreendedor e senso econômico-

financeiro; Consciência de que deve promover uma agricultura sem

agredir a natureza;

Versatilidades e o ecletismo para desempenhar com igual

eficiência com produtores de distintas disponibilidades de recursos,

níveis tecnológicos, que eles realmente possuam ou possam adquirir

Realismo no sentido de saber solucionar os problemas dos

agricultores "tais como eles são" e com base nos recursos, que eles

realmente possuam ou possam adquirir;

Capacidade de respeitar os conhecimentos e ouvir os

problemas que lhe apresentam os agricultores;

Capacidade de identificar as potencialidades, oportunidades e

soluções que os produtores não conseguem ver;

Capacidade de ser um questionador e crítico das adversas

realidades do campo e não um legitimador ou perpetuador das

mesmas.

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O Agrônomo

Desenvolve, elabora e supervisiona técnicas e projetos para

ampliar e melhorar os cultivos e as colheitas, para combater pragas e

desenvolver a tecnologia agropecuária.

Elabora métodos e técnicas de cultivo de acordo com os tipos de

solo e clima, realizando estudos, experiências e os resultados obtidos

para melhorar a germinação de sementes, o crescimento das plantas

e o rendimento das colheitas.

Estuda os efeitos da rotatividade, drenagem, irrigação, adubagem

e condições climáticas sobre as culturas agrícolas, analisando depois

os resultados nas fases da semeadura, cultivo e colheita, para poder

determinar qual a melhor e mais adequada técnica de tratamento e

exploração dos solos.

Desenvolve novos métodos de combate às ervas daninhas,

enfermidades da lavoura e pragas de insetos.

Orienta agricultores sobre técnicas de exploração agrícola,

fornecendo dados sobre épocas e sistemas de plantio, custos

envolvidos, variedades a empregar, no sentido de aumentar a

produção, melhorar o rendimento, qualidade e valor nutritivo.

Planeja e dirige atividades ligadas ao reflorestamento, ou seja,

preservação e exploração racional dos recursos naturais.

Pode executar projetos de parques e jardins (paisagismo).

Faz o controle da utilização de sementes, adubos, agrotóxicos e

outros insumos.

O que é ser agrônomo?

Engenheiros agrônomos ou agrônomos como são conhecidos, são

profissionais responsáveis por conceber e orientar a execução de

trabalhos relacionados à produção agropecuária. Pesquisam e

aplicam conhecimentos científicos e técnicos à agricultura, para

garantir uma produção vegetal e animal racional, e lucrativa.

Acompanham todo o processo de produção de alimentos de origem

vegetal e animal, visando a menor custo de produção, melhor

qualidade e incremento da produtividade, além da manutenção e

conservação do meio ambiente.

Quais as características necessárias para ser um agrônomo?

Para essa profissão, é importante que a pessoa goste de lidar com

animais e com a natureza. Tenha gosto por atividades ao ar livre.

Perceba facilmente diferenças e detalhes de certas paisagens, como

rochas e formações geológicas. Tenha interesse em trabalhar com

plantações ou criação de animais. Sentir-se atraído pelo mundo rural.

Pense em se dedicar a alguma profissão relacionada à agricultura, à

exploração de recursos florestais, à pecuária, à pesca ou à

silvicultura. Tenha disposição para trabalhar no campo, na natureza

ou a céu aberto.

Características desejáveis

atenção a detalhes

capacidade de adaptação a novas situações

capacidade de comunicação

capacidade de concentração

capacidade de decisão

capacidade de organização

capacidade de resolver problemas práticos

criatividade

curiosidade

facilidade para matemática

flexibilidade

gosto pela pesquisa e pelos estudos

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gosto por atividades ao ar livre e pelo contato com a natureza

habilidade para trabalhar em equipe

interesse em construir coisas

interesse pelas ciências

interesse pelo funcionamento das coisas

interesse por novas técnicas e tecnologias

raciocínio abstrato desenvolvido

raciocínio espacial desenvolvido

senso prático

Qual a formação necessária para ser um agrônomo?

Para exercer a profissão de agrônomo ou engenheiro agrônomo é

necessário o diploma de graduação em agronomia, e obter registro

no CREA (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e

Agronomia). O domínio do inglês e de computação são exigências

comuns. Além da formação técnica de qualidade, as empresas cada

vez mais demandam conhecimentos na área gerencial e valorizam

conhecimentos gerais. Engenheiros devem estar sempre bem

informados sobre novas tecnologias em sua área de especialização,

que avançam muito rapidamente, através de constante leitura de

revistas e livros especializados.

Definição da Profissão

O Engenheiro Agrônomo é o profissional com formação eclética,

capaz de gerar e aplicar conhecimentos científicos e técnicas

agronômicas, adequadas a uma agricultura racional e integrada à

produção vegetal e animal, tendo uma sólida formação humanística,

desenvolvendo consciência social, econômica, cultural e crítica das

atividades pertinentes ao seu campo profissional, orientando a

comunidade onde está inserido e contribuindo para a melhoria da

qualidade de vida do homem.

Habilidades Necessárias

Gosto pela natureza e atividade ao ar livre.

Iniciativa.

Desembaraço.

Sociabilidade.

Criatividade.

Raciocínio.

Facilidade de expressão.

Habilidade numéricas.

Interesse pelas ciência naturais.

Interesse por atividades científicas.

Interesse pela pesquisa tecnológica.

Atribuições Profissionais

Compete ao Engenheiro Agrônomo as seguintes atividades:

Supervisão, coordenação e orientação técnica

Estudo, planejamento, projeto e especificação

Estudo de viabilidade técnico-econômica

Assistência, assessoria e consultoria

Direção de obra e serviço técnico

Vistoria, perícia, arbitramento, laudo e parecer técnico

Desempenho de cargo e função técnica

Ensino, pesquisa, análise, experimentação, ensaio e

divulgação técnica; extensão

Elaboração de orçamento

Padronização, mensuração e controle de qualidade

Execução de obra e serviço técnico

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Fiscalização de obra e serviço técnicos

Produção técnica e especializada

Condução de equipe de instalação, montagem, operação,

reparo ou manutenção

Condução de manutenção de equipamento e instalação

Execução de desenho técnico

O desempenho destas atividades refere-se a:

Engenharia rural, construções para fins rurais e suas instalações

complementares; irrigação e drenagem para fins agrícolas; fitotecnia

e zootecnia; melhoramento animal e vegetal; naturais renováveis;

ecologia; agrometeorologia; defesa sanitária; química agrícola;

alimentos; tecnologia de transformação (açúcar, amido, óleos,

laticínios, vinhos e destilados), beneficiamento e conservação dos

produtos animais e vegetais; agropecuária, edafologia; fertilizantes e

corretivos; processo de cultura e de utilização de solo; microbiologia

agrícola; biometria; parques e jardins; mecanização na agricultura;

implementos agrícolas; nutrição animal; agrostologia; bromatologia

e rações; economia rural e crédito rural, seus serviços afins e

correlatos.

Mercado

O campo de atuação do engenheiro agrônomo engloba toda a

produção agropecuária, explica Cassol. Assim, o profissional sai da

faculdade pronto para atuar em áreas bem diferentes do agronegócio,

como produção agrícola e animal, defesa fitossanitária, construções

rurais, mecanização agrícola, agronegócio e planejamento rural.

Existe um piso salarial de seis salários mínimos para seis horas de

trabalho diárias. Se forem oito horas, o piso passa para 8,5 salários

mínimos. Segundo o professor, as áreas mais comuns de atuação são

as de assistência técnica e extensão rural, vinculadas a instituições

públicas como Emater, Secretarias Estadual e Municipal de

Agricultura e órgãos do Ministério da Agricultura, e em instituições

privadas como cooperativas, ONGs ou empresas rurais.

Na iniciativa privada, as áreas mais comuns de atuação são no

gerenciamento e administração de uma propriedade própria ou da

família ou implantação de um escritório de planejamento, voltado a

projetos de produção e de crédito agropecuário. "Escritório de

paisagismo também representa uma boa opção, especialmente

quando de atuação conjunta com arquitetos paisagistas", cita Cassol.

Além disso, há possibilidade de estabelecer empresas para atuar na

área de perícias judiciais relacionadas a ações agropecuárias.

É pra você?

Quem não gosta nem de mosquito, não costuma passar perto

deste tipo de opção. Mas há quem ache que já que gosta de fazenda e

animais, pode ser um bom engenheiro agrônomo. "Não dá para

pensar apenas no 'lado romântico' de uma visita de fim de semana a

um sítio ou de um contato eventual com animais", avisa o professor

da UFRGS. No mínimo, é preciso saber que vai pisar no barro e vai

andar na chuva. "O aluno precisa gostar de sentir o cheiro da terra,

saber enxergar a importância de uma planta, a utilidade de uma

máquina ou implemento, reconhecer o temperamento de um animal

e sobretudo saber valorizar o meio ambiente", enumera.

O que vem por aí

Como em boa parte das profissões, a área ambiental vem

ganhando espaço. "A intensificação do processo produtivo, a

escassez de áreas para ampliar a produção, a geração de efluentes e

resíduos devido ao processo produtivo agropecuário e as

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agroindústrias acaba por gerar grandes problemas ambientais que o

profissional da agronomia deverá estar apto a enfrentar", avisa

Cassol. A tecnologia também é um grande diferencial, já que foi-se o

tempo em que o homem do campo era atrasado. "No processo

produtivo, o engenheiro agrônomo não deve se descuidar dos

avanços tecnológicos voltados ao solo, as plantas e aos animais. O

saneamento rural, os avanços na agricultura de precisão com

aplicação das técnicas do geoprocessamento e os produtos

geneticamente modificados estão a exigir uma certa mudança no

perfil de atuação."

Diferencial

Para ter destaque ainda na sala de aula, o aluno da Agronomia

deve fortalecer o aprendizado nas ciências básicas, avisa o professor

da UFRGS. "É a aplicação da biologia, da química, da física e da

matemática na agricultura que fará o profissional entender os

fenômenos e os princípios que envolvem o solo, as plantas e os

animais", diz. Além disso, estagiar na área ou atuar em pesquisa

científica vão ampliar seus conhecimentos. "Com isso, certamente, o

aluno aperfeiçoará sua formação acadêmica e o deixará preparado

para enfrentar todos os desafios profissionais." Fonte: noticias.terra.com.br

Perfil do profissional

O engenheiro agrônomo formado pela UFVJM apresenta o perfil

de um profissional com sólida formação técnica e científica que lhe

permita uma visão geral da atuação profissional e com competência

para absorver e desenvolver tecnologias apropriadas a cada realidade

socioeconômica, preocupando-se com os aspectos sociais e de

sustentabilidade dentro dos princípios éticos e morais.

Mercado de trabalho

O campo de atuação do engenheiro agrônomo é vasto, face à

amplitude de sua formação e à extensão das fronteiras agrícolas que

o nosso país oferece. Além de atuar diretamente junto aos produtores

rurais, ele poderá trabalhar em empresas e órgãos públicos ligados à

pesquisa e extensão, empresas ligadas à transformação e

comercialização de produtos agropecuários, empresas relacionadas

com a produção e venda de insumos agrícolas e em setores ligados

às cadeias produtivas agrícolas. Fonte: www.ufvjm.edu.br

Campos de Atuação

Assessoria a agricultores em cooperativas, sindicatos, fazendas,

Órgãos de pesquisa governamentais, indústrias de insumos. Fonte: www.guiadasprofissoes.com.br

O que faz

Busca a melhoria da qualidade e da produção dos solos, das

lavouras e dos rebanhos, através do emprego de novas tecnologias.

Cuida também da preservação da Terra e dos recursos naturais,

administra propriedades, projeta e orienta obras rurais, como, por

exemplo, silos para grãos. É responsável, ainda, pelo processamento

de alimentos de origem animal ou vegetal e pelo desenvolvimento de

novas variedades de vegetais.

Campo de trabalho

Defesa Sanitária

Atua no combate às pragas e na prevenção de doenças na lavoura.

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Agroindústria

Beneficiamento, acondicionamento e conservação dos produtos,

além da coordenação de pesquisas, criação de adubos, agrotóxicos e

rações, álém de orientação para fabricação de máquinas.

Agrometeorologia

Análise de dados meteorológicos e organização dos

procedimentos adequados a cada cultura.

Economia Agrícola

Assessoria ou gerenciamento de empresas rurais, além da

possibilidade de atuação em bancos e instituições ligadas ao crédito

rural.

Engenharia Rural

Orienta o desenvolvimento de sistemas de drenagem e irrigação,

além de supervisionar obras como nivelamento do solo.

Entomologia

Pesquisa sobre insetos, fungos e bactérias para o combate de

pragas.

Fitotecnia

Controle do uso de sementes, adubos e agrotóxicos;

acompanhamento do plantio e da colheita para correção de solos.

Manejo Ambiental

Exploração de recursos naturais, visando a preservação do

ecossistema.

Melhoramento Animal ou Vegetal - Pesquisas no campo da

biotecnologia e de engenharia genética para criação de espécies mais

produtivas e resistentes.

Silvicultura

Recuperação das matas devastadas com vistas ao reflorestamento

das mesmas.

Solos - Análise e tratamento do solo, utilizando matéria orgânica,

fertilizantes e corretivos para preservação das qualidades físicas,

químicas e biológicas da terra, além de sua fertilidade.

Topografia

Planejamento de propriedades rurais, coordenação de terrenos,

definição de seus limites e de áreas para obras de infra-estrutura.

Zootecnia

Avaliação e adaptação dos animais ao meio ambiente;

alimentação, saúde e reprodução de rebanhos.

Regulamentação

Lei 5194 de 24/12/1966. Para exercer a profissão, o agrônomo

deve se registrar no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e

Agronomia (CREA).

CURIOSIDADES

Agronomia do futuro

Xico Graziano

O nascimento do ensino agrícola no Brasil remonta ao final do

regime escravista. Em 1871, com a Lei do Ventre Livre, a educação

dos libertos passava a ser obrigação do Estado. Ao completarem 8

anos, os filhos das escravas poderiam ser encaminhados às

instituições públicas, para serem instruídos. Nesse caso, seus

proprietários receberiam uma indenização de "seiscentos mil-réis". A

idéia não funcionou bem, mas significou uma mudança nos valores

da sociedade escravocrata.

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Quem explica são Mary del Priori e Renato Venâncio, autores de

recente, e ótimo, livro sobre a história da vida rural no país. Na

década de 1850, o governo imperial programa uma série de medidas

modernizadoras da sociedade. Na agenda educacional, proposta pela

família real desde a sua chegada ao Brasil, o ensino rural se

destacava. Mas demorou a sair do papel.

Abolida a escravidão e proclamada a República, aí, sim, ganham

fôlego as novas idéias. Em 1901, começa a funcionar a Esalq/USP,

espécie de Meca da agronomia nacional, situada em Piracicaba (SP).

Antes dela, Pelotas, no Rio Grande do Sul, e Cruz das Almas, na

Bahia, já iniciavam seus cursos de Agronomia. Em 1908 surge o

curso de Lavras (MG); em 1910, no Rio de Janeiro; em 1918 no

Ceará; em 1920, o de Viçosa (MG).

O primeiro grande dilema enfrentado pela nova profissão residia

na diversificação da agricultura. Naquele período, o combate à

monocultura do café polarizava as discussões. Na verdade, havia um

componente político, capitaneado pelos cariocas, em face do

predomínio da economia agrária paulista.

A grande crise de 1929-1930 resolveu, por linhas tortas, a

pendenga. A oligarquia cafeeira se arrebentou, disponibilizando terra

e recursos para alternativas de produção, como o algodão. As

cidades iniciam sua forte expansão populacional, demandando

alimentos. Décadas de progresso se verificam entre 1940 e 1970.

Forma-se a rede oficial de assistência técnica e extensão rural, as

Emateres, espalhadas nos Estados. Em São Paulo surgem as "Casas

da Lavoura". O agrônomo Fernando Costa, ministro da Agricultura,

impulsiona a pesquisa agronômica e a mecanização agrícola. A

agronomia vive anos de ouro. Surgem os grandes manuais da

profissão.

Depois, com a industrialização, já nos anos 1970, chega momento

diverso. O avanço da tecnologia exigia a especialização. Os cursos

perdem seu ecletismo. Pulveriza-se a profissão, surgem novos

ramos: zootecnia, tecnologia de alimentos, engenharia florestal. O

mercado demanda mão-de-obra singular.

A função social do agrônomo, como promotor do

desenvolvimento, cede lugar na expansão do capitalismo agrário.

Empresas privadas invadem o setor educacional, rebaixando o nível

de ensino. O problema estava na formação prática dos alunos: sem

laboratórios adequados nem áreas experimentais, formam-se

profissionais capengas.

Virou o século, tudo é passado. Hoje, existem 137 Faculdades de

Agronomia pelo País afora, lançando cerca de 3.850 novos

profissionais por ano no mercado de trabalho. Um verdadeiro

exército de mão-de-obra qualificada no meio rural. Qual bagagem

leva para a trincheira?

Thomas Kuhn, em sua famosa teoria das revoluções científicas,

assinala o papel conservador dos manuais. Especialmente nas

ciências naturais, os grandes livros organizam o conhecimento

passado, mas nada apontam para a frente. Quando a ciência evoluía

devagar, o prejuízo era pequeno. Todavia, com a chegada, nos anos

1970, da "revolução verde", velhos conceitos e práticas de

agricultura foram rapidamente superados.

Na seqüência, a informática, a engenharia genética e a

biotecnologia explodem a fronteira do conhecimento. O desafio do

ensino universitário consiste em acompanhar a velocidade do

progresso científico. Os manuais rapidamente se fossilizam.

Nesse embaraço mora o grande perigo da agronomia. É cabível

perguntar: as Faculdades de Ciências Agrárias estão preparando bem

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os alunos para os novos tempos? Ou eles se formam estudando

velhos manuais, desconectados da realidade?

Nem tanto ao céu nem tanto ao mar. Em qualquer profissão se

discute semelhante dilema, entre treinar gente conectada ao mercado

ou preparar profissionais visionários. Empregados ou

empreendedores? Ambos?

A superação desse dilema pressupõe compreender que o novo

paradigma da agropecuária não mais se centra na tecnologia.

Produzir, francamente, está ficando tarefa fácil, guardadas as devidas

proporções. Difícil, mesmo, é garantir renda ao produtor rural. O

mercado, seletivo e rigoroso, massacra o agricultor. Mesmo com

tanta tecnologia, está difícil pagar o custo da produção.

Na mitologia romana, Ceres é a deusa das plantas. Simboliza a

fertilidade do campo. Se quiser continuar a venerá-la, a agronomia

precisa dourá-la com as tintas do marketing rural. Aqui está a

novidade, melhor dizendo, o passaporte para o futuro. Mais que

saber plantar ou criar, os agricultores devem gerenciar seu negócio

de forma empreendedora, competitiva. E a chave está na certificação

da produção, no aprendizado das boas práticas agrícolas, na

agricultura sustentável. Essa agenda, concomitante com a inovação

tecnológica, necessita contaminar o ensino das ciências agrárias.

Com a palavra, a universidade.

Xico Graziano, agrônomo, foi presidente do Incra (1995) e

secretário da Agricultura de São Paulo (1996-98). Fonte: Estadão. Fonte: www.brasilprofissoes.com.br

Oferecimento:

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE AGRONOMIA MEDICINA VETERINÁRIA E

ZOOTECNIA

CENTRO ACADÊMICO DE AGRONOMIA

Campus Cuiabá Gestão 2011/2012