Dia Mundial da Paz - paroquiaz.org · O ACÓLITO N.º 9 - 8 - Escola de Acólitos de S. Miguel Dia...

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O ACÓLITO N.º 9 - 8- Escola de Acólitos de S. Miguel Dia Mundial da Paz “SE QUISERES CULTIVAR A PAZ, PRESERVA A CRIAÇÃO” Segue-se um excerto da mensagem do Santo Papa Bento XVI para a celebração do Dia Mundial da Paz. Quem melhor que Ele para enaltecer o culminar deste Jornal! Para este XLIII Dia Mundial da Paz, escolhi o tema: Se quiseres cultivar a paz, preserva a criação. O respeito pela criação reveste-se de grande importância, designadamente porque «a criação é o princípio e o fundamento de todas as obras de Deus» e a sua salvaguarda torna-se hoje essencial para a convivência pacífica da humanidade. Com efeito, se são numerosos os perigos que ameaçam a paz e o autêntico desenvolvimento humano integral, devido à desumanidade do homem para com o seu semelhante – guerras, conflitos internacionais e regionais, actos terroristas e violações dos direitos humanos –, não são menos preocupantes os perigos que derivam do desleixo, se não mesmo do abuso, em relação à terra e aos bens naturais que Deus nos concedeu. Por isso, é indispensável que a humanidade renove e reforce «aquela aliança entre ser humano e ambiente que deve ser espelho do amor criador de Deus, de Quem provimos e para Quem estamos a caminho». Igreja tem a sua parte de responsabilidade pela criação e sente que a deve exercer também em âmbito público, para defender a terra, a água e o ar, dádivas feitas por Deus Criador a todos, e antes de tudo para proteger o homem contra o perigo da destruição de si mesmo.EDIÇÃO: A redacção deste pequeno jornal é da responsabilidade da equipa animadora dos acólitos da nossa paróquia. Todos os textos publicados que não estejam referenciados são da autoria da nossa equipa jornalística. (Ana Daniela; Diana Semblano e Ricardo Tavares) Contacto: [email protected] »» Páginas 4 e 5

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O ACÓLITO N.º 9

- 8 - Escola de Acólitos de S. Miguel

Dia Mundial da Paz

“SE QUISERES CULTIVAR A PAZ, PRESERVA A CRIAÇÃO”

Segue-se um excerto da mensagem do Santo Papa Bento XVI para a celebração do Dia Mundial da Paz. Quem melhor que Ele para enaltecer o culminar deste Jornal!

“Para este XLIII Dia Mundial da Paz, escolhi o tema: Se quiseres cultivar a paz, preserva a criação. O respeito pela criação reveste-se de grande importância, designadamente porque «a criação é o princípio e o fundamento de todas as obras de Deus» e a sua salvaguarda torna-se hoje essencial para a convivência pacífica da humanidade. Com efeito, se são numerosos os perigos que ameaçam a paz e o autêntico desenvolvimento humano integral, devido à desumanidade do homem para com o seu semelhante – guerras, conflitos internacionais e regionais, actos terroristas e violações dos direitos humanos –, não são menos preocupantes os perigos que derivam do desleixo, se não mesmo do abuso, em relação à terra e aos bens naturais que Deus nos concedeu. Por isso, é indispensável que a humanidade renove e reforce «aquela aliança entre ser humano e ambiente que deve ser espelho do amor criador de Deus, de Quem provimos e para Quem estamos a caminho».

Igreja tem a sua parte de responsabilidade pela criação e sente que a deve exercer também em âmbito público, para defender a terra, a água e o ar, dádivas feitas por Deus Criador a todos, e antes de tudo para proteger o homem contra o perigo da destruição de si mesmo.”

EDIÇÃO: A redacção deste pequeno jornal é da responsabilidade da equipa animadora dos acólitos da nossa paróquia. Todos os textos publicados que não estejam referenciados são da autoria da nossa equipa jornalística. (Ana Daniela; Diana Semblano e Ricardo Tavares)Contacto: [email protected]

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Jantar de acólitos

Já começa a ser tradição o nosso Jantar de Natal que reúne todos os acólitos para um grande convívio onde celebramos o Natal.

Este ano o jantar realizou-se no dia 19 de Dezembro de 2009, onde se juntaram 32 pessoas à volta da mesa num convívio fraterno, que permitiu juntar até nós, os Acólitos Adultos, onde a familiaridade, a alegria e a fraternização foram palavras bem visíveis. Esperamos repetir para o ano com um número maior de acólitos.

Missão 2010

Com o início do novo ano, dá-se o arranque da missão 2010. Esta missão preencherá todos os meses deste ano, tendo temáticas especificas que serão exploradas e dinamizadas pelos diversos grupos liturgicos e pastorais da nossa paróquia.

O mês de Janeiro está ao encargo dos coros e da música. A actividade que se irá desenvolver é o canto das janeiras, com letras adaptadas, para levar mensagens de Cristo a toda a cidade. Existe um mapa com o percurso a realizar por este grupo. Aproveitamos para apelar a que estejam atentos aos avisos sobre os horários e zonas por onde irá passar o grupo.

As famílias que se aproximarem do grupo, receberão um folheto que contém a mensagem do Bispo do Porto e um esquema da missão 2010 com todas as suas temáticas.

No que diz respeito ao grupo de acólitos, somos responsáveis por dinamizar o mês de Outubro, pelo que já não iremos realizar a habitual semana do acólito, pois substituimos por este evento. Apelamos a que participem nas iniciativas dos grupos da nossa paróquia.

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Epifania do Senhor

A Epifania do Senhor, é uma palavra grega que significa aparição. É uma festa religiosa Cristã que celebrava-se no dia 6 de Janeiro, ou seja, doze dias após o Natal, porém, a partir da reforma do calendário litúrgico em 1969passou a ser comemorada 2 Domingos após o Natal.

A Epifania representa a assunção humana de Jesus Cristo, quando o filho do Criador dá-se a conhecer ao Mundo. Na Narração Bíblica Jesus deu-se a conhecer a diferentes pessoas e em diferentes momentos, porém o mundo Cristão celebra como epifanias três eventos: a Epifania propriamente dita perante os Magos do Oriente, como está relatado em Mateus 2, 1-12 e que é celebrada no dia 6 de Janeiro; a Epifania a João Baptista no rio Jordão e a Epifania aos Seus discípulos e o início da Sua vida pública com o milagre de Caná quando começa o Seu Ministério.

A "Epifania" é um momento privilegiado de revelação, “manifestação”, sendo o complemento do Natal. Através da solenidade da Epifania do Senhor podemos descobrir o aspecto glorioso do mistério do Natal, o carácter universal da mensagem evangélica e a missão da Igreja no tempo, que consiste em ser contínua a «manifestação» de Cristo.

Baptismo de Jesus

Depois da solenidade da Epifania, a Igreja Cristã celebra a festa do Baptismo do Senhor, que conclui o tempo litúrgico do Natal. Neste dia fixamos o olhar em Jesus que, com trinta anos de idade, se fez baptizar por João no rio Jordão. Tratava-se de um baptismo de penitência, que utilizava o símbolo da água para expressar a purificação do coração e da vida.

João, chamado o "Baptista", ou seja, o "Baptizador", pregava este baptismo a Israel para preparar a iminente vinda do Messias e a todos dizia que depois dele viria outro, maior do que ele, que teria baptizado não com a água, mas com o Espírito Santo (cf. Mc 1, 7-8).

E eis que quando Jesus foi baptizado no Jordão, o Espírito Santo desceu, pairou sobre Ele na aparência corpórea de uma pomba, e João Baptista reconheceu que Ele era Cristo, o "Cordeiro de Deus" que veio para tirar o pecado do mundo (cf. Jo 1, 29). Por isso, também o Baptismo no Jordão é uma "epifania", uma manifestação da identidade messiânica do Senhor e da Sua obra redentora, que culminará num outro "baptismo", o da sua morte e ressurreição, pelo qual o mundo inteiro será purificado no Fogo da Misericórdia Divina (cf.Lc12, 49-50).

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Presépio

Tornou-se costume em várias culturas montar um presépio quando é chegada a época de Natal. O primeiro presépio do mundo terá sido montado em argila por São Francisco de Assis em 1223. Nesse ano, em vez de festejar a noite de Natal na Igreja, como era seu hábito, o Santo fê-lo na floresta de Greccio, para onde mandou transportar uma manjedoura, um boi e um burro, para melhor explicar o Natal aos camponeses que não conseguiam entender a história do nascimento de Jesus. O costume espalhou-se por entre as principais Catedrais, Igrejas e Mosteiros da Europa durante a Idade Média, começando a ser montado também nas casas de Reis e Nobres já durante o Renascimento. Em 1567, a Duquesa de Amalfi mandou montar um presépio que tinha 116 figuras para representar o nascimento de Jesus, a adoração dos Reis Magos e dos pastores e o cantar dos anjos. Foi já no Século XVIII que o costume de montar o presépio nas casas comuns se disseminou pela Europa e depois pelo mundo.

Em Portugal, o presépio tem tradições muito antigas e enraizadas noscostumes populares. Este é montado no início do Advento sem a figura do Menino Jesus que só é colocada na noite de Natal, depois da Missa do Galo. O presépio é desmontado a seguir ao Dia de Reis.

Com introdução, em Portugal, do costume da árvore de Natal no século XX, o presépio, infelizmente, passou para segundo plano.

Contudo é com grande alegria que ainda hoje se verificam actividades que relembram este símbolo, o mais representativo desta época, como por exemplo as actividades que levam tanto os mais pequenos, como os jovens e até os seniores da nossa cidade a realizar pequenas réplicas do presépio e expô-las para toda a comunidade poder observar e até a nosso ver relembrar, os mais esquecidos que, o Natal é o Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo!

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Solenidade de Sta. Maria Mãe de Deus

A Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus é a primeira Festa Mariana que apareceu na Igreja Ocidental.

A sua celebração começou a realizar-se em Roma, por volta do século VI, provavelmente junto com a dedicação, a 1 de Janeiro, no templo “Santa Maria Antiga”, no Fórum Romano, uma das primeiras Igrejas Marianas de Roma.

Na antiguidade da celebração Mariana constata-se nas pinturas com o nome de Maria, "Mãe de Deus” (Theotókos), que foram encontradas nas Catacumbas que estão cavadas debaixo da cidade de Roma, onde se reuniam os primeiros Cristãos para celebrar a Missa, no tempo das perseguições.

Mais tarde, o rito romano passou-se a celebrar a 1 de Janeiro na Oitava de Natal, comemorando a Circuncisão do Menino Jesus. Depois de desaparecer a antiga Festa Mariana, em 1931 o Papa Pio XI, por ocasião do XV centenário do Concílio de Éfeso (431), instituiu a Festa Mariana a 11 de Outubro, em lembrança deste Concílio, onde se proclamou solenemente Santa Maria como verdadeira Mãe de Cristo, que é verdadeiro Filho de Deus; mas, na última reforma do Calendário litúrgico – após o Concílio Vaticano II –, transladou-se a Festa para 1 de Janeiro, com a máxima categoria litúrgica, a de Solenidade, e com título de Santa Maria Mãe de Deus.

Maria é o pilar para todo Cristão que procura dia-a-dia alcançar a sua santificação. Nela encontramos a guia segura que nos introduz na vida do Senhor Jesus, e assim poder dizer como o Apóstolo “é Cristo quem vive em mim”.

Procuremos dar mais sentido à nossa oração, cada vez que intercedamos a Maria, não deixemos que se torne uma oração repetitiva, mas uma oração sincera e sentida. Avé Maria.

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Ir à Missa para quê? (1ª Parte)

Este tema propício para cada cristão fazer uma reflexão à sua participação nas Eucaristias. Como este tema é alargado, colocaremos a segunda parte deste tema na próxima edição do jornal.

- Acha aborrecido passar muitas horas do seu tempo livre com o seu melhor amigo/a?

- Acha aborrecido reunir, várias vezes, à volta de uma mesa com os seus familiares ou amigos de quem gostas verdadeiramente e ver sempre as mesmas caras?

- Tendo em conta as duas questões anteriores, suponha que em vez de pessoas conhecidas eram pessoas que não conhecia ou com quem não se relacionava muito bem. Achava aborrecido?

Só encontramos significado e sentido profundo em qualquer gesto – por muito simples que seja – se for acompanhado de motivações profundas. O que dá vida e sentido a cada gesto é o grau de amizade, de amor e de sinceridade com que se faz.

Um encontro profundo e de amizade com Jesus e com os irmãos.

Quem vai à missa só por obrigação e com uma fé individualista, acha-a longa, aborrecida e monótona. Para o que participa da missa, pelo contrário, tendo descoberto em Jesus Cristo o Salvador e Amigo, e tendo descoberto também o valor e o sentido da comunidade, a missa transforma-se para ele em encontro profundamente alegre e interessante, uma verdadeira festa.

Embora se celebre a missa pela enésima vez, não se acha aborrecida, mas cheia de sentido.

Quando nos reunimos para celebrar a missa é Jesus Cristo quem nos convida.

As pessoas que se reúnem para celebrar a missa são muito diversas, mas a iniciativa deste encontro não parte de nenhuma delas. Parte de Cristo. Ele, como bom Amigo, quer dar-nos coragem com a sua Palavra e quer dar-nos força com o seu Alimento, para que possamos continuar com ânimo e esperança o nosso caminho. Na missa, Jesus Ressuscitado está no meio de nós. É Ele quem nos assegura: <<Onde estiverem reunidos dois ou três em meu nome, Eu estou no meio deles>> (Mt 18, 20).

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http://www.paroquiaz.org/ (secção de liturgia) - 5 -

Quando celebramos a missa escutamos Deus que nos fala.

Deus, ao longo da história, quis falar e comunicar com os homens amorosamente (cf. Hb 1, 1-2). A Palavra de Deus é uma Palavra viva, e por isso, é preciso ler e escutar com muito amor. Às vezes, aprova a nossa maneira de pensar e de actuar. Outras, esta Palavra ajuda a dar-nos conta de que estamos errados e repreende-nos pedindo-nos que mudemos. Às vezes, incentiva-nos e exige que dêmos mais, creiamos mais, amemos mais.

Esta Palavra, portanto, não nos foi dirigida só para ser lida ou escutada, mas também – e sobretudo – para ser vivida. Escutando-a com fé e amor, a nossa maneira de ser, de pensar e de viver vai-se adequando à vontade de Deus.

Quando celebramos a missa, o próprio Jesus Cristo torna-se presente no meio de nós em forma de alimento.

Jesus Cristo, nosso Salvador e Amigo, teve a iniciativa de ficar permanentemente entre nós em forma de alimento. É o Espírito Santo, a quem invocamos com grande humildade e confiança, quem torna presente Jesus Cristo no meio de nós, através dos sinais sacramentais do pão e do vinho, cada vez que recordamos o memorial do Senhor.

Embora, depois da consagração, em cima do altar os nossos sentidos só percebam pão e vinho, a fé garante-nos que naqueles sinais sacramentais está presente Jesus. É na missa que Jesus nos manifesta com mais força a sua ternura, a sua entrega gratuita e o seu amor.

Quando celebramos a missa, renova-se a entrega total de Jesus na cruz.

Na missa não só recordamos a entrega total e o sacrifício de Jesus na cruz, mas essa entrega e esse sacrifício renovam-se e voltam a realizar-se no meio de nós. Jesus, Presente sacramentalmente entre nós, volta a oferecer-se totalmente ao Pai, como fez na noite da Última Ceia, e volta também a oferecer a sua vida (agora sem derramamento de sangue), como fez no Calvário.

Cada vez que fazemos o memorial do Senhor, recordamos e celebramos a passagem da morte à ressurreição de Jesus Cristo.