Diabetes tipo 2 e Exercício Físico

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Diabetes: Atividade e Exercício Físico Estágio em Saúde Prof. João Gabriel da Silveira Rodrigues [email protected] LAFISE – UFMG 18/11/2016

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Diabetes: Atividade e Exercício Físico

Estágio em Saúde

Prof. João Gabriel da Silveira [email protected]

LAFISE – UFMG

18/11/2016

1º Definição

2º Exercício físico (cuidados/protocolos)

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O que é o Diabetes Mellitus?

(SBD, 2015)

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Grupo de doenças metabólicas caracterizadas pela hiperglicemia sanguínea resultante de defeitos na secreção ou função da insulina

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Fisiopatologia

(adaptado de DONATH, 2014)

2014 2035(IDF, 2014)

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Porque falar sobre DM?

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50% dos diabéticos ainda não conhecem seu diagnóstico

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Classificações para o Diabetes Mellitus

Tipo 1 Tipo 2 Gestacional MODY(DM1) (DM2)

Outros tipo pouco

comuns

(GROSS et al. 2002; SBD, 2015)

90-95% dos casos

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Tipos de Diabetes Mellitus

~5% dos casos

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Evolução da doença

Tempo (anos)

Funç

ão d

a cé

lula

- (

HOM

A))

0

20

40

60

80

100

–10 –9 –8 –7 –6 –5 –4 –3 –2 –1 0 1 2 3 4 5 6

Momento do diagnóstico

Função pancreática= 50% do normal

IGT HiperglicemiaPós-prandial

DM2Fase II

DM2Fase III

DM2Fase I

Função pancreática

mínima

O tratamento pode modificar o curso do DM2 ?

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Etiologia (causas)

Diagnóstico DM 2

Diagnóstico DM 1

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Parâmetro Jejum (mg/dL)

Pós-prandial 2h(mg/dL) Casual (mg/dL)

Hemoglobina Glicada

(%)

Glicemia normal < 100 <140 - <5,7

Tolerância diminuída à glicose 100 à 125 140 à 199 - >5,7 à <6,4

Diabetes Mellitus ≥ 126 ≥ 200 ≥ 200 ≥ 6,5

(ADA, 2013; SBD, 2015)

Valores de Referência para Diagnóstico

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• Pico de incidência do DM2 ocorre próximo dos 60 anos de idade

• 25% dos brasileiros com mais de 65 anos de idade possuem diagnóstico autorrelatado de DM2

Com o avançar da idade é natural uma redução da atividade física

Auxiliando o quadro de resistência à insulina

(GROSS et al., 2002)

(VIGITEL, 2013)

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História natural da doença - Efeito tóxico da glicose – Complicações

(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006)

Soldados americanos que perderam um dos

membros na guerra do Iraque e Afeganistão (2003 – 2011)

Americanos diabéticos que perderam um dos membros devido ao Diabetes no mesmo período

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O que queremos ver?

Estratégias para combater esta crescente prevalência

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Baixa capacidade aeróbica é o principal fator de risco para morbimortalidade em DM2(CHURCH et al, 2004)

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Impactos do DM na saúde do diabético

Disfunções cardiovasculares (ZABALGOITIA et. al, 2001) Força muscular (ANDERSEN et al., 2004)

Flexibilidade (SBD, 2015)

Capacidade funcional (ANJOS et. al, 2012)

Maior risco de quedas (ALVARENGA, PEREIRA E DOS ANJOS et al., 2010)

Massa muscular por peso corporal (KIM et. al., 2014)

Capacidade aeróbica (SBD, 2015)

Déficits cognitivos (ZHEN et al., 2013)

Quando pareados por sexo e idade à sujeitos sem a doença...

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Farmacológicas Não-farmacológicas

Terapia Nutricional

Exercícios Físicos

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Tratamento do Diabético

Objetiva o controle metabólico (pressão arterial, glicemia, perfil lipídico, etc)

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(VIGITEL, 2014. p.124)

(DAOUSI et al., 2006)

86%

Relação do DM com a obesidade?

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Por qual motivo propõe-se o exercício físico como uma opção para o tratamento do indivíduo diabético?

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Argumentos para adoção do exercício físico (benefícios)

Exercício Aeróbico

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Exercício de Força

Quadro Clínico

Aptidão física

(CAUZA et al., 2005; SHENOY et al., 2009; VALE et al., 2006 YAVARI et al., 2012)

(Pressão Arterial, Hemoglobina Glicada, Glicemia de Jejum e Pós-prandial e Perfil Lipídico)

(Força Muscular, Massa Muscular, Capacidade e Potência Aeróbica, Composição Corporal e Capacidade Funcional)

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Adaptações?? Do ponto de vista metabólico...

Treinamento Combinado

(OLIVEIRA et al., 2012; SCHWINGSHACKL et al., 2014)

Porém, revisões sistemáticas

recentes

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Existe uma associação entre diabetes e inatividade física e à partir daí surgem recomendações de exercícios aeróbicos

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APÓS O EXERCÍCIO

DURANTE O EXERCÍCIO

PRÉ-PARTICIPAÇÃ

O

• Avaliação médica

• PAR-Q

• Anamnese

(comorbidades/complicações)

• Insulina e outras medicações

• Tempo de diagnóstico

• Avaliação da condição física

Ajustes no:

• Volume

• Intensidade

• Ordem

• Reposição CHO

Se insulinizado:

• Efeito hipoglicemiante

• DMIT glicemia

Insulinizado: glicosímetro

Glicemia 80-300 mg/dL

Cuidados

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Objetivos:

• Diminuir episódios de hipoglicemia

• Diminuir períodos em hiperglicemia

• Permitir ajustes no tratamento

• Auto-conhecimento sobre as variações glicêmicas

• Determinar a dose correta de insulina a ser aplicada antes das refeições

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Automonitorização

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Como fazer?

Cuidados prévios

glicemia (jejum, pós-prandial ou ocasional) x hemoglobina glicada

Mais comum no treinamento aeróbico (principalmente prolongado)

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Riscos durante a prática

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Hipoglicemia

BACCHI et al. PLoS One. v.7. i.12: e.49937 (2012)

18:30 – 19:30

repouso

exercício

Esteira, bicicleta e elíptico

60 min à 60 – 65% FCRESERVA

9 exercícios diferentes

3 x 10-12 repetições

70 – 80% 1-R.M e i= 60s

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Respostas glicêmicas à sessão de exercício

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Captação independente da insulina durante o exercício

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BACCHI et al. PLoS One. v.7. i.12: e.49937 (2012)

18:30 – 19:30

repouso

exercício

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Respostas glicêmicas após sessão de exercício (noturnas)

Treinamento Combinado (12 sem)

Aeróbico: 20-25min “Self-paced”

Força: 2-3 X 15-20 reps, i=30”

Dados em processo de publicação

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Respostas glicêmicas após sessão de exercício

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BALDUCCI et al., 2012

54 semanas

2 sessões semanais

TREINAMENTO COMBINADO Alta x Baixa intensidade TA

TF à 60% 1-R.M

= gasto calórico/kg peso corporal

EGGER et al., 2013

8 semanas

2 sessões semanais

TREINAMENTO COMBINADO Alta x Baixa intensidade TF

TA à 70% da FCR

Programas não foram “isocalóricos”

diferenças entre os grupos em parâmetros clínicos, somente na aptidão física

TAYLOR et al., 2014

8 semanas

2 sessões semanais

TREINAMENTO COMBINADO Alta Intensidade TA e TF

Vs. Baixa Intensidade TA e TF

Programas não foram “isocalóricos”

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Respostas crônicas ao exercício físico

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HELGERUD et al. MSSE. v.39. n.4: p.665 (2007)

Para um mesmo consumo total de oxigênio, os treinamentos intervalados apresentaram maiores melhorias no VO2 máx e no volume sistólico

“High Intensity Interval Training”

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8:00 h

HIIT

Controle

• 25 min: • aquecimento (3 min)+ exercício (20min) + volta à calma (2min)• 10 x 60s i= 60s• ~ 85% FCmáx e 80-100 rpm

“High Intensity Interval Training”

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(FRANÇOIS & LITTLE, 2015)

(LITTLE et al., 2011)

(GILLEN et al., 2012)

“High Intensity Interval Training”

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Tempo-eficiência

Maior recrutamento de unidades motoras (picos de alta intensidade)

Rápida depleção de glicogênio (recuperação incompleta, maior atividade glicolítica)

Elevação da sensibilidade à insulina pós-exercício

(FRANÇOIS & LITTLE, 2015)

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Justificativa para superioridade do HIIT em relação ao contínuo estável

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8 semanas (3x/semana); duração da sessão: 45 à 55 minutos 80-85% FCMÁX

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OBRIGADO!

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