Diagnóstico das Unidades Dispensadoras de Medicamentos...
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Vigilância em Saúde
Programa Nacional de DST e Aids
Secretaria de Gestão Participativa
Diagnóstico das Unidades Dispensadoras de Medicamentos
Anti-Retrovirais
Coordenação: Paulo Marcello Fonseca Marques
Brasília DF
2004
© 2004. Ministério da SaúdeÉ permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte.Tiragem: 2.000 exemplares
Presidente da RepúblicaLuiz Inácio Lula da Silva
Ministro de Estado da SaúdeHumberto Costa
Secretário de Vigilância em SaúdeJarbas Barbosa
Produção, distribuição e informaçõesMINISTÉRIO DA SAÚDESecretaria de Vigilância em SaúdePrograma Nacional de DST e AidsAv. W3 Norte, SEPN 511, bloco CCEP: 70.750-543, Brasília, DFDisque Saúde/Pergunte aids: 0800 61 1997Home page: www.aids.gov.brSérie Cultura e Aids nº 1 – PN-DST/AIDS
Publicação financiada com recursos do Projeto 914/BRA59 Unesco e PN-DST/AIDS
Diretor do Programa Nacional de DST e AidsPedro Chequer
Diretores-adjuntos do Programa Nacional de DST e AidsRaldo BonifácioRicardo Pio Marins
Responsável pela Assessoria de Comunicação do PN-DST/AIDSAlexandre Magno de A. Amorim
EditorDario NoletoEditoras-assistentesNágila Paiva e Telma Sousa
Diagramação e capaAlexsandro de Brito Almeida
Ficha catalográfica
Sumário
1. Introdução __________________________________________________________________________________ 9
1.1. A epidemia __________________________________________________________________________________ 9
1.2. Os medicamentos anti-retrovirais ________________________________________________________________ 9
1.3. As unidades dispensadoras de medicamentos _______________________________________________________10
1.4. A importância da adesão à farmacoterapia com medicamentos Anti-Retrovirais ____________________________10
1.5. A dispensação dos medicamentos Anti-Retrovirais na Unidades Dispensadoras de Medicamentos ______________10
2. Procedimentos metodológicos do estudo _____________________________________________________ 11
2.1. Perdas com o sistema de entrada de dados __________________________________________________________11
3. Resultados _________________________________________________________________________________ 12
4. Considerações finais ________________________________________________________________________ 32
5. Anexos ____________________________________________________________________________________ 33
5.1. Questionário _________________________________________________________________________________33
6. Bibliografia ________________________________________________________________________________ 39
6Diagnóstico das Unidades Dispensadoras de Medicamentos Anti-retrovirais
Ministério da Saúde - SVS - Programa Nacional de DST/Aids - SGP
Lista de Tabelas
Tabela 1 - Unidades Dispensadoras de Medicamentos segundo a região geográfica e Unidade
Federativa do Brasil - 2003 ___________________________________________________________ 13
Tabela 2 - Unidades Dispensadoras de Medicamentos segundo o tipo de serviço - 2003 _____________ 14
Tabela 3 - Unidades Dispensadoras de Medicamentos segundo a função do responsável pela
Unidade - 2003 ______________________________________________________________________ 14
Tabela 4 - Unidades de Saúde segundo o tipo de equipamento que possui - 2003 __________________ 15
Tabela 5 - Unidades Dispensadoras de Medicamentos segundo os problemas
de infra-estrutura - 2003 _____________________________________________________________ 16
Tabela 6 - Unidades Dispensadoras de Medicamentos segundo as questões de limpeza, higiene e
segurança - 2003 ____________________________________________________________________ 16
Tabela 7 - Unidades Dispensadoras de Medicamentos segundo a condição
de armazenamento - 2003 ___________________________________________________________ 17
Tabela 8 - Unidades Dispensadoras de Medicamentos segundo a existência de outros produtos
estocados - 2003 ____________________________________________________________________ 17
Tabela 9 - Unidades Dispensadoras de Medicamentos segundo os produtos estocados
no local - 2003 ______________________________________________________________________ 17
Tabela 10 - Unidades Dispensadoras de Medicamentos segundo a existência de separação física
entre o recebimento, armazenagem e dispensação - 2003 ______________________________ 18
Tabela 11 - Unidades Dispensadoras de Medicamentos segundo o tipo de armazenamento dos
medicamentos - 2003 ________________________________________________________________ 18
Tabela 12 - Unidades Dispensadoras de Medicamentos segundo a aceitação da devolução dos
medicamentos - 2003 ________________________________________________________________ 19
Tabela 13 - Unidades Dispensadoras de Medicamentos segundo o estocamento dos
medicamentos por lotes de produtos - 2003 ___________________________________________ 19
Tabela 14 - Unidades Dispensadoras de Medicamentos segundo a forma de dispensação dos
medicamentos - 2003 ________________________________________________________________ 20
Tabela 15 - Unidades Dispensadoras de Medicamentos segundo a existência de medicamentos
vencidos no estoque - 2003 __________________________________________________________ 20
Tabela 16 - Unidades Dispensadoras de Medicamentos segundo a freqüência de realização dos
inventários do estoque - 2003 ________________________________________________________ 21
Tabela 17 - Unidades Dispensadoras de Medicamentos segundo o órgão responsável pelo
encaminhamento dos medicamentos - 2003 ___________________________________________ 21
7
Tabela 18 - Unidades Dispensadoras de Medicamentos segundo a existência de um sistema de controle
para dispensação - 2003 _____________________________________________________________ 22
Tabela 18.1 - Unidades Dispensadoras de Medicamentos segundo o sistema de controle para
dispensação - 2003 __________________________________________________________________ 22
Tabela 19 - Unidades Dispensadoras de Medicamentos segundo a existência de ficha de controle por
paciente - 2003 ______________________________________________________________________ 22
Tabela 19.1 - Unidades Dispensadoras de Medicamentos segundo o tipo de ficha de controle por
paciente - 2003 ______________________________________________________________________ 23
Tabela 20 - Unidades Dispensadoras de Medicamentos segundo o tempo médio de atendimento ao
paciente - 2003 ______________________________________________________________________ 23
Tabela 21 - Unidades Dispensadoras de Medicamentos segundo a existência de uma sala para
orientação ao paciente - 2003 ________________________________________________________ 24
Tabela 22 - Unidades Dispensadoras de Medicamentos segundo o profissional responsável pelo
atendimento ao paciente - 2003 ______________________________________________________ 25
Tabela 23- Unidades Dispensadoras de Medicamentos segundo o tipo de medicamento dispensado
- 2003 ______________________________________________________________________________ 25
Tabela 24 - Unidades Dispensadoras de Medicamentos segundo a esfera governamental que adquire os
medicamentos - 2003 ________________________________________________________________ 26
Tabela 25 - Unidades Dispensadoras de Medicamentos segundo o tipo de medicamento que faltou nos
últimos 2 meses - 2003 _______________________________________________________________ 27
Tabela 26 - Unidades Dispensadoras de Medicamentos segundo o local em que está o farmacêutico
responsável - 2003 __________________________________________________________________ 28
Tabela 27 - Unidades Dispensadoras de Medicamentos segundo o tipo de equipamento que possui
- 2003 ______________________________________________________________________________ 30
Tabela 28 - Unidades Dispensadoras de Medicamentos segundo o tipo de problema - 2003 _________ 31
Tabela 29 - Estatística descritiva do número de profissionais nas Unidades Dispensadoras de
Medicamentos, segundo a profissão e o tipo - 2003 ____________________________________ 32
Lista de Tabelas
8Diagnóstico das Unidades Dispensadoras de Medicamentos Anti-retrovirais
Ministério da Saúde - SVS - Programa Nacional de DST/Aids - SGP
Lista de Gráficos
Gráfico 1 - Unidades Dispensadoras de Medicamentos segundo a região geográfica do Brasil - 2003 _ 12
Gráfico 2 - Unidades Dispensadoras de Medicamentos segundo o tipo de serviço - 2003 ____________ 14
Gráfico 3 - Unidades Dispensadoras de Medicamentos segundo a função do responsável pela Unidade
- 2003 ______________________________________________________________________________ 15
Gráfico 4 - Unidades Dispensadoras de Medicamentos segundo a existência de separação física entre o
recebimento, armazenagem e dispensação - 2003 _____________________________________ 18
Gráfico 5 - Unidades Dispensadoras de Medicamentos segundo o tipo de armazenamento dos
medicamentos - 2003 _______________________________________________________________ 19
Gráfico 6 - Unidades Dispensadoras de Medicamentos segundo a existência de medicamentos vencidos
no estoque - 2003 ___________________________________________________________________ 20
Gráfico 7 - Unidades Dispensadoras de Medicamentos segundo o órgão responsável pelo
encaminhamento dos medicamentos - 2003 ___________________________________________ 21
Gráfico 8 - Unidades Dispensadoras de Medicamentos segundo o tempo médio de atendimento ao
paciente - 2003 _____________________________________________________________________ 23
Gráfico 9 - Unidades Dispensadoras de Medicamentos segundo a existência de uma sala para
orientação ao paciente - 2003 ________________________________________________________ 24
Gráfico 10 - Unidades Dispensadoras de Medicamentos segundo o profissional responsável pelo
atendimento ao paciente - 2003 ______________________________________________________ 25
Gráfico 11 - Unidades Dispensadoras de Medicamentos segundo o tipo de medicamento dispensado
- 2003 ______________________________________________________________________________ 26
Gráfico 12 - Unidades Dispensadoras de Medicamentos segundo a esfera governamental que adquire
os medicamentos - 2003 _____________________________________________________________ 27
Gráfico 13 - Unidades Dispensadoras de Medicamentos segundo o tipo de medicamento que faltou nos
últimos 2 meses - 2003 ______________________________________________________________ 28
Gráfico 14 - Unidades Dispensadoras de Medicamentos segundo o local em que está o farmacêutico
responsável - 2003 __________________________________________________________________ 29
9
1. Introdução
Fernando Cardenas
Orlando Matchula Junior
1.1. A epidemiaA sigla AIDS, do inglês Acquired Imumune Deficiency
Syndrome, identifica um processo viral que ataca o sistema
imunológico humano e destrói as células que defendem o
organismo contra infecções. Quando a doença ocorre, o
indivíduo fica vulnerável a uma grande variedade de enfer-
midades graves como pneumonia, tuberculose, meningite,
sarcoma de Kaposi e outros tipos de câncer. Estas infec-
ções chamadas oportunistas podem levar o doente de Aids
à morte.
No Brasil os casos de Aids surgiram no início dos anos
80, e os primeiros casos notificados concentravam-se na
Região Sudeste, principalmente no eixo Rio - São Paulo e
suas áreas metropolitanas e, desde então, vem se verificando
alterações na distribuição geográfica da doença e no perfil
dos grupos populacionais atingidos. Em duas décadas de
epidemia todos os estados da Federação já registraram no-
tificações de casos, sendo que já existem registros de pelo
menos um caso de Aids diagnosticado em mais da metade
dos 5.560 municípios brasileiros (3701, 66,5% até 2002), ca-
racterizando a “interiorização” da epidemia.
As mudanças no perfil dos grupos populacionais atingi-
dos também foram marcantes no período, pois tomando a
escolaridade dos indivíduos com Aids como indicador só-
cio-econômico, atualmente há uma tendência do aumento
de casos em populações de baixa renda (70% dos casos de
Aids são analfabetos ou estão cursando o Ensino Funda-
mental - 1996) ocorrendo a “pauperização” da epidemia em
contraste com sua primeira fase (1986) onde a maioria dos
casos tinha um nível de escolaridade elevado. Na fase ini-
cial da epidemia houve uma caracterização dos casos entre
homo/bissexuais; na segunda fase (1987 a 1992) houve um
aumento nos casos de usuários de drogas injetáveis e na in-
fecção entre heterossexuais. Nos últimos anos ocorreu uma
elevação significativa nos casos de mulheres infectadas.
Em 1985, a razão de sexo era de 28 homens infectados
para 1 mulher, já em 2003 constatou-se que existem 2 mu-
lheres para cada 2 homens, verificando-se a “feminização”
da epidemia. Observou-se que esse aumento de mulheres
infectadas deu-se principalmente através de relações he-
terossexuais com parceiros fixos, que o grupo etário mais
atingido tem sido entre 20 e 39 anos e por ser a faixa de
idade fértil influiu também no agravamento da transmissão
perinatal.
Nos últimos anos a epidemia de Aids no Brasil vem
apresentando relativa estabilidade, o número de infectados
estimado é em torno de 600 mil pessoas, sendo que cerca
de 140 mil desenvolveram a doença e estão sob tratamen-
to com medicamentos anti-retrovirais. Essa estabilidade é
conseqüência de uma série de diretrizes e ações do estado,
da sociedade civil organizada e das agências internacionais
de cooperação, atores principais em um processo onde fo-
ram estabelecidas metas, programação, cobertura e méto-
dos de prevenção para o enfrentamento da epidemia.
Uma das principais conquistas refere-se à oferta de me-
dicamentos aos doentes pelo estado, de forma gratuita, fato
que ocorreu timidamente no início da epidemia, com a
disponibilização de medicamentos que tratavam principal-
mente as infecções oportunistas que atacavam os pacientes
imunodeprimidos, tomando corpo até o lançamento da
Zidovudina comprimidos (AZT). Os resultados positivos
da experiência brasileira e a eficácia desenvolvida no Brasil
para o enfrentamento da epidemia têm reconhecimento in-
ternacional e um dos fatores preponderantes para estes re-
sultados é a política de acesso universal aos medicamentos
Anti-Retrovirais (lei 9.313/96) (TEIXEIRA, 2003).
1.2. Os medicamentos anti-retroviraisEm meados de 1988 foi lançado o primeiro medicamen-
to ARV o AZT, Zidovudina, da classe dos análogos dos nu-
cleosídeos que atua diretamente sobre o vírus HIV causador
da Aids. O Governo Federal adquire de forma centralizada
pelo Ministério da Saúde e começa a distribuir gratuita-
mente o AZT no ano de 1991, em 1992 inclui o AZT solução
oral na grade de distribuição e em 1993 a Didanosina com-
primido; a partir de 1996 com a edição da Lei nº 9.313/96
fica garantida a distribuição gratuita de medicamentos aos
portadores do HIV e doentes de Aids através do Sistema
Único de Saúde - SUS e gradativamente foram incluídos
medicamentos mais modernos recomendados pelos Co-
mitês Assessores para Terapia Anti-retrovial. Até o ano de
2003, a relação incluía 15 medicamentos ARVs, sendo cinco
inibidores da transcriptase reversa, análogos de nucleosídeo
e uma associação 3TC + AZT, dois inibidores da transcrip-
tase reversa não análogos de nucleosídeo, seis inibidores da
Introdução
10Diagnóstico das Unidades Dispensadoras de Medicamentos Anti-retrovirais
Ministério da Saúde - SVS - Programa Nacional de DST/Aids - SGP
protease e um inibidor de transcriptase reversa nucleotídeo
em 30 apresentações farmacêuticas dispensados aos pacien-
tes em combinações terapêuticas de medicamentos, chama-
das popularmente de “coquetel”.
Os ARVs são drogas modernas, muito ativas e especí-
ficas, características que lhes conferem um maior risco,
merecendo um maior controle e atenção na dispensação
ao paciente, pois podem ocorrer Problemas Relacionados a
Medicamentos (PRM), principalmente em decorrência de:
polimedicação com ARV (incluindo medicamentos para
infecções oportunistas); regime de tomada complicado;
interação medicamento/medicamento e medicamento/ali-
mento, exacerbação dos efeitos adversos, toxicidade, erros
na utilização dos medicamentos, cumprimento inadequado
do programa de tratamento. Esses eventos podem levar a
uma falha na farmacoterapia com graves conseqüências aos
pacientes.
A dispensação dos medicamentos ARVs ocorre nas far-
mácias das unidades de saúde que prestam assistência aos
pacientes doentes de Aids, chamadas Unidades Dispensa-
doras de Medicamentos (UDMs). A aquisição dos ARVs
continua sendo realizada de forma centralizada pelo Minis-
tério da Saúde e em 2003 foram disponibilizados recursos
financeiros da ordem de R$ 542 milhões para esse fim.
1.3. As unidades dispensadoras de medicamentos As Unidades Dispensadoras de Medicamentos estão dis-
tribuídas em todas as regiões do país e locadas nos serviços
que prestam atendimento aos pacientes doentes de Aids,
como por exemplo: SAEs - Serviço de Assistência Especiali-
zada, CTAs - Centro de Testagem e Aconselhamento, Hospi-
tais Universitários, Hospital Dia e outros. Foram colocadas
em funcionamento conforme as necessidades e realidades
locais, formando-se a partir de recursos humanos e infra-
estrutura já existentes absorvendo profissionais e equipa-
mentos disponíveis, a maior parte das vezes sem um estudo
prévio de regionalização, necessidade e cobertura. Desen-
volvem ações orientadas ao medicamento como a guarda,
conservação, controle, armazenamento e outras voltadas ao
paciente como a dispensação e orientação quanto à utiliza-
ção do medicamento.
O Ministério da Saúde implementou um controle logís-
tico nas 474 UDMs em todo o país e 111 delas estão infor-
matizadas com um sistema de controle dos ARVs, com uma
cobertura de 65% do total de pacientes em tratamento.
O marco legal que regulamenta o funcionamento dessas
unidades é a lei nº 5.991/73 que prevê, entre outros, ser o
farmacêutico o profissional com responsabilidades que vão
desde a conversão da matéria prima em medicamento até o
seu uso pelo paciente, e a Portaria nº 344/98 da Agência Na-
cional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que regulamenta
o controle sanitário dos medicamentos ARVs colocando-os
sob responsabilidade e guarda do farmacêutico.
1.4. A importância da adesão à farmacoterapia com medicamentos Anti-Retrovirais
Um estudo multicêntrico de adesão realizado em 1999
pela Universidade de São Paulo em parceria com o Minis-
tério da Saúde foi conduzido em 27 unidades de saúde no
estado de São Paulo, com cerca de 9.000 portadores do HIV
em terapia com medicamentos encontrou uma taxa de ade-
são aos ARVs de 69%. Um outro estudo está sendo finalizado
aplicando o mesmo instrumento, apontando como resultado
parcial uma prevalência da adesão de 75%, esses indicadores
são compatíveis com as taxas de adesão obtidas nos países
desenvolvidos. Estudos realizados nos EUA, concluíram que
para que a terapia ARV obtenha sucesso é necessário que as
taxas de adesão ou de cumprimento sejam da ordem de 95%
(PATERSON, 2000). De acordo com esses estudos, a ade-
são aos medicamentos ARVs e o cumprimento do progra-
ma terapêutico devem ser buscados, com a maximização da
efetividade dos tratamentos. Para tanto, torna-se necessário
reorientar os serviços dentro das unidades assistenciais para
que possam influir decisivamente na adesão dos pacientes à
terapia ARV.
1.5. A dispensação dos medicamentos Anti-Retrovirais nas Unidades Dispensadoras
A UDM é um local muito importante para se trabalhar a
adesão à terapia medicamentosa, pois é nela que acontece o
último contato do paciente com os serviços de saúde, onde
o paciente tem acesso facilitado, pois retira os medicamen-
tos ARVs mensalmente e pode-se oportunizar a intervenção
do farmacêutico (com formação específica para dispensa-
ção de medicamentos ARVs) e sua equipe, que treinados
podem auxiliar a maximizar a efetividade dos medicamen-
tos ARV, minimizar os riscos associados ao uso dos medica-
mentos ARVs e melhorar a qualidade de vida dos pacientes
em tratamento.
11
A promoção de uma dispensação ativa dos medicamen-
tos ARVs na UDM possibilita entregar os medicamentos
em condições ótimas de conservação e qualidade, proteger
os pacientes dos PRMs, detectar situações de risco, orientar
quanto à forma correta de administração e o objetivo do
tratamento.
2. Procedimentos metodológicos do estudo
Paulo Marcello Fonseca Marques
Márcio Machado Ribeiro
Em agosto de 2003, o Programa Nacional de DST/Aids
(PN-DST/Aids) procurou o Departamento de Ouvidoria
Geral do SUS e apresentou proposta para a elaboração de
um diagnóstico das Unidades Dispensadoras de Medica-
mentos Anti-retrovirais.
O PN-DST/Aids entregou uma minuta do instrumento
de coleta de dados que serviu como ponto de partida para
a elaboração do questionário. Junto com a minuta do ques-
tionário, os pesquisadores receberam um cadastro (em Mi-
crosoft Excel) contendo 491 UDMs ARVs em todo o país,
com as seguintes informações: Endereço da Unidade; Bair-
ro; Cidade; UF e tipologia da UDM (Farmácia, Ambulató-
rio, Hospital entre outros). Assim, o objetivo do estudo foi,
além de realizar um diagnóstico das UDMs, o de atualizar
suas informações cadastrais. As informações para composi-
ção do diagnóstico referiam-se aos recursos físicos, recursos
humanos, condições da estrutura do prédio e condições ge-
rais de armazenagem dos medicamentos.
Realizou-se o pré-teste do instrumento de coleta de
dados. A aplicação do questionário por telefone permitiu
o retorno imediato e seguro das informações coletadas,
utilizando-se do serviço da Área de Teleatendimento do
Departamento de Ouvidoria Geral do SUS. Para tanto, o
PN-DST/Aids preparou a capacitação dos operadores, onde
foram expostos os objetivos do estudo e informações gerais
sobre distribuição, armazenagem e uso dos medicamentos
ARVs. Além da aplicação do questionário por telefone, hou-
ve casos de envio de questionário por e-mail ou fax, princi-
palmente por solicitação dos entrevistados.
Ocorrido entre os dias 25 e 26 de outubro de 2003, o
pré-teste do instrumento de coleta de dados, atingiu seus
objetivos precípuos, sobretudo por ter evidenciado proble-
mas tais como: a desatualização do cadastro de informa-
ções, a dificuldade em encontrar as pessoas aptas a respon-
der o questionário, a dificuldade em contatar as Coordena-
ções Municipais de DST/Aids, além de revelar a imprecisão
de algumas questões que posteriormente foram corrigidas.
Nesse contexto, o papel dos operadores foi de fundamental
importância. Por se tratarem daqueles que trabalham dia-
riamente com o usuário, os operadores possuem a habili-
dade de identificar facilmente questões que possam gerar
dúvidas ou dificuldades de compreensão do público-alvo.
Durante a coleta de dados foram identificados casos de
Unidades de Saúde que não dispensavam mais medicamen-
tos ARVs e outros em que a Unidade fazia apenas a distri-
buição dos medicamentos para as UDMs e ainda unidades
que não puderam ser contatadas. Assim o cadastro final das
UDMs ARVs foi finalizado com 407 registros. O número de
UDMs excluídas do cadastro original e o motivo da exclu-
são foram:
• Deixaram de ser UDMs: 56
• Não dispensam para o usuário, mas distribuem para
outras unidades de saúde: 7
• Não foi possível o contato (telefone errado e não
conseguiu contato): 9
• Casos de duplicidade e triplicidade do cadastro: 9
• Não enviaram questionário respondido (enviados
por fax e e-mail): 3
O tempo médio de ligação para o preenchimento de
cada questionário foi de 19 minutos entre os três primeiros
dias. Posteriormente, com a prática na aplicação do ques-
tionário, o tempo médio caiu para 16 minutos. A coleta de
dados teve a duração de 16 dias.
O questionário foi transposto para uma interface eletrô-
nica, criada em Microsoft Access permitindo que o operador
digitasse a informação coletada alimentando o banco de da-
dos. Após o término da coleta os dados, foram analisados a
partir de tabelas e gráficos.
2.1. Perdas com o sistema de entrada de dadosEm virtude de problemas metodológicos e com a en-
trada de dados houve perda da Questão 8, de dois itens da
Questão 29, quais sejam: o item “Balcão” e o item “Balcão
com grade” e informações sobre o detalhamento da profis-
são de funcionários efetivos e estagiários. (vide questioná-
rio em anexo 5.1).
Procedimentos metodológicos do estudo
12Diagnóstico das Unidades Dispensadoras de Medicamentos Anti-retrovirais
Ministério da Saúde - SVS - Programa Nacional de DST/Aids - SGP
3.Resultados
Paulo Marcello Fonseca Marques
Márcio Machado Ribeiro
No gráfico 1, os resultados por região geográfica indi-
cam claramente a concentração das UDMs na região Su-
deste (59,7%). A região Sul obteve a segunda maior concen-
tração, percentual com 20,4%, seguida da região Nordeste
com 9,1%. As regiões Centro-Oeste e Norte apresentam
proporções de UDM quase equivalentes, com 5,9% e 4,9%,
respectivamente.
01020304050
59,7
20,49,1 5,9 4,9
60708090
100
Sudeste
Fonte: Diagnóstico das Unidades Dispensadoras, DOGES/SGP/MS
Região Geográfica
Gráfico 1 - Unidades Dispensadoras de Medicamentossegundo a região geográfica do Brasil - 2003
Percentual
Sul Nordeste Centro-Oeste Norte
A Tabela 1 apresenta as UDMs ARVs, por Unidade da
Federação. Nota-se que pouco mais de 1/3 das UDMs estão
localizadas no estado de São Paulo seguidas do estado do
Rio de Janeiro com 18,2%, do Paraná com 9,8%, de Santa
Catarina com 6,9%, de Minas Gerais com 4,9% e do Rio
Grande do Sul com 3,7%. Os outros estados obtiveram per-
centuais menores do que 2,8%.
13
Tabela 1 - Unidades Dispensadoras de Medicamentos segundo a região geográfica e Unidade Federa-
tiva do Brasil - 2003
REGIÃO GEOGRÁFICA UNIDADE FEDERATIVA NO %
NORTE 20 100,0
PARÁ 10 50,0
RONDÔNIA 5 25,0
TOCANTINS 2 10,0
ACRE 1 5,0
AMAZONAS 1 5,0
AMAPÁ 1 5,0
RORAIMA 0 0,0
NORDESTE 37 100,0
BAHIA 11 29,7
PERNAMBUCO 8 21,6
MARANHÃO 4 10,8
PARAÍBA 4 10,8
ALAGOAS 3 8,1
CEARÁ 3 8,1
RIO GRANDE DO NORTE 2 5,4
PIAUÍ 1 2,7
SERGIPE 1 2,7
SUDESTE 243 100,0
SÃO PAULO 140 57,6
RIO DE JANEIRO 74 30,5
MINAS GERAIS 20 8,2
ESPÍRITO SANTO 9 3,7
SUL 83 100,0
PARANÁ 40 48,2
SANTA CATARINA 28 33,7
RIO GRANDE DO SUL 15 18,1
CENTRO-OESTE 24 100,0
DISTRITO FEDERAL 8 33,3
MATO GROSSO DO SUL 8 33,3
GOIÁS 5 20,8
MATO GROSSO 3 12,5
TOTAL 407 100,0
FONTE: DIAGNÓSTICO DAS UNIDADES DISPENSADORAS, DOGES/SGP/MS
Resultados
As unidades de saúde, que abrigam as UDMs, foram clas-
sificadas de acordo com o tipo de serviço prestado. De acordo
com a Tabela 2, as unidades de saúde que prestam Serviço de
Assistência Especializado foram as que mais se destacaram,
totalizando 26,9% das pesquisadas. Em segundo lugar, têm-
se as Unidades Básicas de Saúde, com 24,4% e em terceiro
o item Outros (21,2%). Entre os itens informados na opção
Outros, o Ambulatório apresentou maior percentual (6,0%),
em seguida o Centro de Referência de DST/Aids (3,0%), a
Farmácia (3,0%) e a Policlínica (2,0%). Foram indicados,
também como outros, locais de lotação das UDMs que me-
recem destaque como Hemocentro, Secretaria Municipal de
Saúde e Departamento de Saúde do Sistema Penitenciário do
Carandiru (SP).
14Diagnóstico das Unidades Dispensadoras de Medicamentos Anti-retrovirais
Ministério da Saúde - SVS - Programa Nacional de DST/Aids - SGP
Tabela 2 - Unidades Dispensadoras de Medicamentos segundo o Tipo de Serviço - 2003
TIPO DE SERVIÇO NO %
SAE-SERVIÇO DE ASSISTÊNCIA ESPECIALIZADO 109 26,9UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE 99 24,4HOSPITAL GERAL 53 13,1HOSPITAL 29 7,2COAS-CENTRO DE TESTAGEM E ACONSELHAMENTO 16 4,0
HOSPITAL DIA 12 3,0ASSISTÊNCIA DOMICILIAR TERAPÊUTICA 1 0,2OUTROS 86 21,2TOTAL 405 100,0FONTE: DIAGNÓSTICO DAS UNIDADES DISPENSADORAS, DOGES/SGP/MS.
01020304050
26,9 24,4
3,0 0,213,1 7,2 4,0
60708090
100
SAE-Serviçode AssistênciaEspecializado
Fonte: Diagnóstico das Unidades Dispensadoras, DOGES/SGP/MS
Tipo de Serviço
Gráfico 2 - Unidades Dispensadoras de Medicamentossegundo o tipo de serviço - 2003
Percen
tual
UnidadeBásica
de Saúde
Hospital Geral Hospital Dia AssistênciaDomiciliarTerapêutica
Hospital COAS-Centrode Testagem eAconselhamento
21,2
Outros
A Tabela 3 revela o profissional responsável pela UDM.
Na maior parte dos casos, foi citado o farmacêutico com
63,9% das respostas, sequencialmente o enfermeiro (11,6%)
e o Auxiliar Administrativo (4,0%).
Tabela 3 - Unidades Dispensadoras de Medicamentos segundo a função do responsável pela Unidade - 2003
FUNÇÃO DO RESPONSÁVEL NO %FARMACÊUTICO 258 63,9ENFERMEIRO 47 11,6AUXILIAR ADMINISTRATIVO 16 4,0AUXILIAR DE ENFERMAGEM 12 3,0COORDENADOR 10 2,5TÉCNICO DE ENFERMAGEM 10 2,5OUTROS 51 12,6
TOTAL 404 100,0FONTE: DIAGNÓSTICO DAS UNIDADES DISPENSADORAS, DOGES/SGP/MS.
15
Foi solicitado aos respondentes da pesquisa - que pode-
riam ser escolhidos entre o chefe (ou responsável) da UDM,
o chefe da farmácia, um funcionário da UDM ou ainda uma
pessoa indicada pelo chefe da farmácia para responder o
questionário - que indicassem quais os equipamentos que
a unidade de saúde possuía. A Tabela 4 apresenta os resul-
tados dessa questão.
Entre os equipamentos previamente informados no mo-
mento da entrevista por telefone, a Geladeira foi o que mais
se destacou (98,9%). Apenas cinco unidades de saúde não
possuíam esse item essencial para a armazenagem de certos
medicamentos anti-retrovirais. Outro aparelho que obte-
ve um percentual bastante significativo foi o Telefone com
96,8%, seguido do Computador (92,9%) e da Impressora
(89,7%). O acesso à Internet e os aparelhos de Fax foram
os itens que obtiveram menores percentuais sem, contudo,
serem desprezíveis com 62,1% e 70,9%, respectivamente.
Esses resultados indicam que, de modo geral, as unidades
de saúde estão bem equipadas. Ainda que o percentual da-
quelas unidades que não têm geladeiras tenha sido ínfimo
- apenas 1,2% - não se pode conceber unidades que não
possuam sistema de refrigeração, pois, como se sabe, há me-
dicamentos ARVs que devem ser armazenados sob baixas
temperaturas.
Resultados
01020304050
63,9
11,64,0 3,0 2,5
60708090
100
Farmacêutico
Fonte: Diagnóstico das Unidades Dispensadoras, DOGES/SGP/MS
Função do Responsável
Gráfico 3 - Unidades Dispensadoras de Medicamentossegundo a função do responsável pela Unidade - 2003
Percen
tual
Enfermeiro AuxiliarAdministrativo
Auxiliar deEnfermagem
Coordenador
2,512,6
Técnico deEnfermagem
Outros
Tabela 4 - Unidades de Saúde segundo o tipo de equipamento que possui - 2003
EQUIPAMENTO POSSUI NO %
GELADEIRA
SIM 401 98,8NÃO 5 1,2TOTAL 406 100,0
TELEFONE
SIM 393 96,8NÃO 13 3,2TOTAL 406 100,0
FAX
SIM 275 70,9NÃO 113 29,1TOTAL 388 100,0
COMPUTADOR
SIM 377 92,9NÃO 29 7,1TOTAL 406 100,0
IMPRESSORA
SIM 364 89,7NÃO 42 10,3TOTAL 406 100,0
ACESSO A INTERNET
SIM 252 62,1NÃO 154 37,9TOTAL 406 100,0
FONTE: DIAGNÓSTICO DAS UNIDADES DISPENSADORAS, DOGES/SGP/MS.
16Diagnóstico das Unidades Dispensadoras de Medicamentos Anti-retrovirais
Ministério da Saúde - SVS - Programa Nacional de DST/Aids - SGP
Depois da questão referente à unidade de saúde o estu-
do buscou coletar informações sobre a infra-estrutura das
UDMs ARVs. De acordo com a Tabela 5, que, assim como a
questão anterior, era de múltipla escolha, há problemas de
Pintura Descascando em 29,5% das UDMs pesquisadas. Já
com relação às Rachaduras na Parede ou Teto, 20,6% das
UDMs pesquisadas identificaram esse problema, percentual
quase idêntico ao do item Umidade (19,4%).
Tabela 5 - Unidades Dispensadoras de Medicamentos segundo os problemas de infra-estrutura - 2003
PROBLEMA RESPOSTA NO %
RACHADURAS NA PAREDE OU TETO
SIM 84 20,6NÃO 323 79,4TOTAL 407 100,0
PINTURA DESCASCANDO
SIM 120 29,5NÃO 287 70,5TOTAL 407 100,0
MOFO
SIM 55 13,5NÃO 352 86,5TOTAL 407 100,0
UMIDADE
SIM 79 19,4NÃO 328 80,6TOTAL 407 100,0
FONTE: DIAGNÓSTICO DAS UNIDADES DISPENSADORAS, DOGES/SGP/MS.
A higiene, a facilidade de limpeza e a segurança também
foram alvo do estudo em pauta. Nota-se que 86,2% dos res-
ponsáveis pela UDM consideraram seu ambiente de Fácil
Limpeza, enquanto a Higiene e Segurança foram considera-
dos adequados por 88,7% e 85,0%, respectivamente.
Tabela 6 - Unidades Dispensadoras de Medicamentos segundo as questões de limpeza, higiene e
segurança - 2003
QUESTÃO RESPOSTA NO %
FÁCIL LIMPEZA
SIM 351 86,2NÃO 56 13,8TOTAL 407 100,0
HIGIENE ADEQUADA
SIM 361 88,7NÃO 46 11,3TOTAL 407 100,0
SEGURANÇA EFICAZ
SIM 346 85,0NÃO 61 15,0TOTAL 407 100,0
FONTE: DIAGNÓSTICO DAS UNIDADES DISPENSADORAS, DOGES/SGP/MS.
Outro assunto fundamental concernente aos medica-
mentos ARVs foi sua condição de armazenagem. Os entre-
vistados avaliaram que 81,6% das UDMs possuíam Ventila-
ção Adequada. Já com relação à Iluminação, 91,2% afirma-
ram estar adequada (Tabela 7).
17
Tabela 7 - Unidades Dispensadoras de Medicamentos segundo a condição de armazenamento - 2003
CONDIÇÃO DE ARMAZENAMENTO RESPOSTA NO %
VENTILAÇÃO ADEQUADA
SIM 332 81,6NÃO 75 18,4TOTAL 407 100,0
ILUMINAÇÃO ADEQUADA
SIM 371 91,2NÃO 36 8,8TOTAL 407 100,0
FONTE: DIAGNÓSTICO DAS UNIDADES DISPENSADORAS, DOGES/SGP/MS.
Resultados
Quanto às condições de armazenagem, foi perguntado
se, além dos medicamentos ARVs, havia outros produtos es-
tocados no mesmo local. Essa questão está voltada somente
para 29,0% das UDMs pesquisadas que responderam afir-
mativamente se havia ou não produtos estocados junto com
os medicamentos ARVs.
Tabela 8 - Unidades Dispensadoras de Medicamentos segundo a existência de outros produtos
estocados - 2003OUTROS PRODUTOS ESTOCADOS NO %
SIM 118 29,0NÃO 289 71,0TOTAL 407 100,0
FONTE: DIAGNÓSTICO DAS UNIDADES DISPENSADORAS, DOGES/SGP/MS
Tabela 9 - Unidades Dispensadoras de Medicamentos segundo os produtos estocados no local - 2003
PRODUTO RESPOSTA NO %
MATERIAL MÉDICO HOSPITALAR
SIM 47 42,0NÃO 65 58,0TOTAL 112 100,0
MATERIAL DE ESCRITÓRIO
SIM 17 16,5NÃO 86 83,5TOTAL 103 100,0
MATERIAL DE LIMPEZA
SIM 5 4,9NÃO 98 95,1TOTAL 103 100,0
ALIMENTOS
SIM 9 8,7NÃO 94 91,3TOTAL 103 100,0
OUTROS
SIM 43 45,3NÃO 52 54,7TOTAL 95 100,0
FONTE: DIAGNÓSTICO DAS UNIDADES DISPENSADORAS, DOGES/SGP/MS.
18Diagnóstico das Unidades Dispensadoras de Medicamentos Anti-retrovirais
Ministério da Saúde - SVS - Programa Nacional de DST/Aids - SGP
O item Outros obteve o maior percentual entre os ma-
teriais estocados com os medicamentos ARVs, com 21,8%.
Entre eles destacam-se em ordem de maior freqüência, os
seguintes produtos: Outros medicamentos; insulina; vaci-
na; leite materno; albumina humana e água. Em seguida
destacam-se: Material Médico Hospitalar (18,4%); Material
de Escritório (6,9%); Alimentos 3,7% e Material de Limpe-
za (2,0%).
A separação física entre o recebimento, armazenagem e
dispensação dos medicamentos ARVs foi identificada por
65,1% dos entrevistados (Tabela 10).
Tabela 10 - Unidades Dispensadoras de Medicamentos segundo a existência de separação física entre o
recebimento, armazenagem e dispensação - 2003
SEPARAÇÃO FÍSICA NO %
SIM 265 65,1NÃO 142 34,9TOTAL 407 100,0
FONTE: DIAGNÓSTICO DAS UNIDADES DISPENSADORAS, DOGES/SGP/MS.
Os medicamentos ARVs e os utilizados para o tratamen-
to de DSTs e infecções oportunistas que também podem
ser armazenados nas UDMs, encontram-se em armário
(48,8%), seguidos das estantes de aço (29,6%), como de-
monstra a Tabela 11.
Fonte: Diagnóstico das Unidades Dispensadoras, DOGES/SGP/MS
Gráfico 4 - Unidades Dispensadoras de Medicamentos segundo a existênciade separação física entre o recebimento, armazenamento e dispensação - 2003
65,7%Sim
Não
34,9%
Tabela 11 - Unidades Dispensadoras de Medicamentos segundo o tipo de armazenamento dos medica-
mentos - 2003
TIPO DE ARMAZENAMENTO NO %
ARMÁRIO 198 48,8ESTANTE DE AÇO 120 29,6PRATELEIRA DE MADEIRA 31 7,6ESTRADO 13 3,2OUTROS 44 10,8TOTAL 406 100,0
FONTE: DIAGNÓSTICO DAS UNIDADES DISPENSADORAS, DOGES/SGP/MS.
19
Quanto à devolução de medicamentos, 91,1% das UDMs
a aceitam (Tabela 12). Já quanto à forma de estocagem dos
produtos, 59,5% dos entrevistados afirmaram que o fazem
por lote, Tabela 13.
Resultados
01020304050 48,8
29,6
7,6 3,210,8
60708090
100
Armário
Fonte: Diagnóstico das Unidades Dispensadoras, DOGES/SGP/MS
Tipo de Armazenamento
Gráfico 5 - Unidades Dispensadoras de Medicamentossegundo o tipo de armazenamento dos medicamentos - 2003
Percentual
Estantede Aço
Prateleirade Madeira
Estrado Outros
TABELA 12 - UNIDADES DISPENSADORAS DE MEDICAMENTOS SEGUNDO A ACEITAÇÃO DA DEVOLUÇÃO
ACEITAÇÃO DA DEVOLUÇÃO NO %
SIM 369 91,1NÃO 36 8,9TOTAL 405 100,0
FONTE: DIAGNÓSTICO DAS UNIDADES DISPENSADORAS, DOGES/SGP/MS.
TABELA 13 - UNIDADES DISPENSADORAS DE MEDICAMENTOS SEGUNDO O ESTOCAMENTO DOS MEDICAMENTOS POR LOTES DE PRODUTOS - 2003
ESTOCAMENTO POR LOTES NO %
SIM 242 59,5NÃO 165 40,5TOTAL 407 100,0
FONTE: DIAGNÓSTICO DAS UNIDADES DISPENSADORAS, DOGES/SGP/MS.
Entre as formas de dispensação dos lotes disponíveis
no estoque, com relação à sua validade, a quase totalidade
dos entrevistados (97,8%) disse que em primeiro lugar são
dispensados os medicamentos mais antigos. Apenas 1,0%
dispensa primeiro os medicamentos mais novos e 0,7% dis-
pensam de forma aleatória. Tais dados que podem ser ob-
servados na Tabela 14.
20Diagnóstico das Unidades Dispensadoras de Medicamentos Anti-retrovirais
Ministério da Saúde - SVS - Programa Nacional de DST/Aids - SGP
TABELA 14 - UNIDADES DISPENSADORAS DE MEDICAMENTOS SEGUNDO A FORMA DE DISPENSAÇÃO DOS MEDICAMENTOS - 2003
FORMA DE DISPENSAÇÃO NO %
OS MAIS ANTIGOS PRIMEIRO 398 97,8OS MAIS NOVOS PRIMEIRO 4 1,0ALEATÓRIA 3 0,7NÃO OBSERVA 2 0,5TOTAL 407 100,0
FONTE: DIAGNÓSTICO DAS UNIDADES DISPENSADORAS, DOGES/SGP/MS.
Ainda com relação à validade dos medicamentos, os
chefes ou responsáveis pelas UDMs foram questionados
sobre a existência de medicamentos vencidos, identificados
em 21,2% dos casos (Tabela 15).
TABELA 15 - UNIDADES DISPENSADORAS DE MEDICAMENTOS SEGUNDO A EXISTÊNCIA DE MEDICAMENTOS VENCIDOS NO ESTOQUE - 2003
EXISTÊNCIA DE MEDICAMENTOS VENCIDOS NO %
SIM 86 21,2NÃO 320 78,8TOTAL 406 100,0
FONTE: DIAGNÓSTICO DAS UNIDADES DISPENSADORAS, DOGES/SGP/MS.
A Tabela 16 apresenta a freqüência em que são realizados
inventários nos estoques de medicamentos. A grande maioria
das UDMs pesquisadas (90,1%) realiza o inventário mensal-
mente. Apenas 4,2% o fazem trimestralmente e 3,5% anual-
mente.
Gráfico 6 - Unidades Dispensadoras de Medicamentossegundo a existência de medicamentos vencidos no estoque - 2003
Sim
Não
78,8%
21,2%
Fonte: Diagnóstico das Unidades Dispensadoras, DOGES/SGP/MS
21
TABELA 16 - UNIDADES DISPENSADORAS DE MEDICAMENTOS SEGUNDO A FREQÜÊNCIA DE REALIZAÇÃO DOS INVENTÁRIOS DO ESTOQUE - 2003
FREQÜÊNCIA DOS INVENTÁRIOS DO ESTOQUE NO %
MENSAL 364 90,1TRIMESTRAL 17 4,2SEMESTRAL 9 2,2ANUAL 14 3,5NUNCA 0 0,0TOTAL 404 100,0FONTE: DIAGNÓSTICO DAS UNIDADES DISPENSADORAS, DOGES/SGP/MS.
Resultados
Os medicamentos ARVs são adquiridos pelo Ministério da
Saúde e enviados aos Estados, posteriormente esses são distri-
buídos para as UDMs de pelos órgãos responsáveis apresenta-
dos na Tabela 17. A distribuição local é realizada principalmen-
te por intermédio da Secretaria Estadual de Saúde (36,5%). A
Regional de Saúde foi o segundo órgão mais citado.
TABELA 17 - UNIDADES DISPENSADORAS DE MEDICAMENTOS SEGUNDO O ÓRGÃO RESPONSÁVEL PELO ENCAMINHAMENTO DOS MEDICAMENTOS - 2003
ÓRGÃO RESPONSÁVEL NO %
SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE 139 36,5REGIONAL DE SAÚDE 110 28,9COORDENAÇÃO ESTADUAL DE DST/AIDS 71 18,6SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE 60 15,7COORDENAÇÃO MUNICIPAL DE DST/AIDS 1 0,3TOTAL 381 100,0FONTE: DIAGNÓSTICO DAS UNIDADES DISPENSADORAS, DOGES/SGP/MS.
01020304050
36,528,9
18,6 15,7
0,3
60708090
100
SecretariaEstadualde Saúde
Fonte: Diagnóstico das Unidades Dispensadoras, DOGES/SGP/MS
Órgão Responsável
Gráfico 7 - Unidades Dispensadoras de Medicamentossegundo o órgão responsável pelo encaminhamento dos medicamentos - 2003
Percen
tual
Regionalde Saúde
CoordenaçãoEstadual
de DST/AIDS
SecretariaMunicipalde Saúde
CoordenaçãoMunicipal
de DST/AIDS
22Diagnóstico das Unidades Dispensadoras de Medicamentos Anti-retrovirais
Ministério da Saúde - SVS - Programa Nacional de DST/Aids - SGP
Seguindo o bloco de questões sobre a dispensação de me-
dicamentos ARVs, foi perguntado se a unidade possuía sistema
de controle de dispensação de medicamentos ARVs e se havia
ficha de controle por paciente.
Nota-se que 90,3% das UDMs possuem algum sistema de
controle para dispensação (Tabela 18). Entre os sistemas de
controle citados nota-se que um pouco mais da metade utili-
za KARDEX (ficha de controle manual), seguida de software
específico (23,5%) e SICLOM (Sistema de Controle Logístico
de Medicamentos), com 22,1%. (Tabela. 18.1).
TABELA 18 - UNIDADES DISPENSADORAS DE MEDICAMENTOS SEGUNDO A EXISTÊNCIA DE UM SISTEMA DE CONTROLE PARA DISPENSAÇÃO - 2003
EXISTÊNCIA DE SISTEMA DE CONTROLE NO %
SIM 365 89,7NÃO 42 10,3TOTAL 407 100,0
FONTE: DIAGNÓSTICO DAS UNIDADES DISPENSADORAS, DOGES/SGP/MS.
TABELA 18.1 - UNIDADES DISPENSADORAS DE MEDICAMENTOS SEGUNDO O SISTEMA DE CONTROLE PARA DISPENSAÇÃO - 2003
SISTEMA DE CONTROLE NO %
KARDEX 187 51,7SOFTWARE 85 23,5SICLOM 80 22,1CADASTRO DO PACIENTE 6 1,7BOLETIM MENSAL 2 0,6AGENDA DIÁRIA POR MEIO DO RECEITUÁRIO MÉDICO 1 0,3MISTO 1 0,3TOTAL 362 100,0
FONTE: DIAGNÓSTICO DAS UNIDADES DISPENSADORAS, DOGES/SGP/MS.
Com relação à existência de ficha de controle por pacien-
te (Tabela 19), 84,8% dos entrevistados afirmaram utilizá-
las. Quando questionados sobre o tipo de ficha de controle
por paciente utilizado, a maioria dos respondentes (79,7%)
indicou novamente o KARDEX (Tabela 19.1).
TABELA 19 - UNIDADES DISPENSADORAS DE MEDICAMENTOS SEGUNDO A EXISTÊNCIA DE FICHA DE CONTROLE POR PACIENTE - 2003
EXISTÊNCIA DE FICHA DE CONTROLE NO %
SIM 345 84,8NÃO 62 15,2TOTAL 407 100,0
FONTE: DIAGNÓSTICO DAS UNIDADES DISPENSADORAS, DOGES/SGP/MS.
23
TABELA 19.1 - UNIDADES DISPENSADORAS DE MEDICAMENTOS SEGUNDO O TIPO DE FICHA DE CONTROLE POR PACIENTE - 2003
FICHA DE CONTROLE NO %KARDEX 271 79,7SOFTWARE 30 8,8RECEITUÁRIO MÉDICO 15 4,4MISTO 10 2,9CADASTRO DO PACIENTE 8 2,4SICLOM 6 1,8TOTAL 340 100,0FONTE: DIAGNÓSTICO DAS UNIDADES DISPENSADORAS, DOGES/SGP/MS.
Resultados
Quanto ao tempo médio de atendimento ao paciente, foi
observado 82,9% dos responsáveis pelas unidades declararam
que esse ocorre entre 5 e 15 minutos, dados da (Tabela 20).
TABELA 20 - UNIDADES DISPENSADORAS DE MEDICAMENTOS SEGUNDO O TEMPO MÉDIO DE ATENDIMENTO AO PACIENTE - 2003
TEMPO MÉDIO NO %5 MINUTOS 123 31,110 MINUTOS 123 31,115 MINUTOS 82 20,720 MINUTOS 37 9,3MAIS DE 20 MINUTOS 31 7,8TOTAL 396 100,0FONTE: DIAGNÓSTICO DAS UNIDADES DISPENSADORAS, DOGES/SGP/MS.
01020304050
31,1 31,120,7
9,3 7,8
60708090
100
5 minutos
Fonte: Diagnóstico das Unidades Dispensadoras, DOGES/SGP/MS
Tempo Médio
Gráfico 8 - Unidades Dispensadoras de Medicamentossegundo o tempo médio de atendimento ao paciente - 2003
Percen
tual
10 minutos 15 minutos 20 minutos Mais de20 minutos
24Diagnóstico das Unidades Dispensadoras de Medicamentos Anti-retrovirais
Ministério da Saúde - SVS - Programa Nacional de DST/Aids - SGP
Indagou-se a respeito da existência de espaço físico para
as orientações sobre o uso dos medicamentos ARVs nas
Unidades Dispensadoras de Medicamentos ARVs. De acor-
do com a Tabela 21, 44,1% dos responsáveis pelas UDMs
responderam que há uma sala destinada a tal finalidade.
TABELA 21 - UNIDADES DISPENSADORAS DE MEDICAMENTOS SEGUNDO A EXISTÊNCIA DE UMA SALA PARA ORIENTAÇÃO AO PACIENTE - 2003
EXISTÊNCIA DE SALA DE ORIENTAÇÃO NO %SIM 175 44,1NÃO 222 55,9TOTAL 397 100,0FONTE: DIAGNÓSTICO DAS UNIDADES DISPENSADORAS, DOGES/SGP/MS
Outra questão importante para a dispensação de medi-
camentos ARVs refere-se ao profissional que, durante a dis-
pensação, realiza a abordagem quanto à tomada, utilização,
informe de reações adversas ou esclarece como minimizar
as mesmas. Quando indagados sobre qual profissional que
realiza essas atividades (Tabela 22), mais de 1/3 dos entre-
vistados indicaram o farmacêutico. Com um percentual
próximo a esse, o médico foi o segundo profissional mais
identificado com tais atividades (28,9%), seguido do enfer-
meiro (18,0%) e do item Outros (8,6%). Esse item revelou
que principalmente a chamada equipe multiprofissional (a
qual é composta por profissionais da unidade de saúde: mé-
dicos, enfermeiros, farmacêuticos, auxiliares de farmácia,
auxiliares de enfermagem, psicólogos entre outros) e o au-
xiliar de farmácia executam as devidas explicações sobre a
aplicação e as reações dos medicamentos ARVs.
Gráfico 9 - Unidades Dispensadoras de Medicamentossegundo a existência de uma sala para orientação ao paciente - 2003
Sim
Não
55,9%44,1%
Fonte: Diagnóstico das Unidades Dispensadoras, DOGES/SGP/MS
25
TABELA 22 - UNIDADES DISPENSADORAS DE MEDICAMENTOS SEGUNDO O PROFISSIONAL RESPONSÁVEL PELO ATENDIMENTO AO PACIENTE - 2003
PROFISSIONAL RESPONSÁVEL PELO ATENDIMENTO
NO %
FARMACÊUTICO 137 34,7MÉDICO 114 28,9ENFERMEIRO 71 18,0AUXILIAR DE ENFERMAGEM 24 6,1ASSISTENTE SOCIAL 8 2,0NÃO REALIZA O ATENDIMENTO 7 1,8OUTROS 34 8,6TOTAL 395 100,0FONTE: DIAGNÓSTICO DAS UNIDADES DISPENSADORAS, DOGES/SGP/MS..
Resultados
Além dos medicamentos ARVs questionou-se sobre a
dispensação de medicamentos para as infecções oportunis-
tas e doenças sexualmente transmissíveis. Segundo os da-
dos da Tabela 23, mais de 2/3 dos entrevistados afirmaram
que a UDM dispensa ambos medicamentos. Apenas 10,6%
do total dispensam somente medicamentos para infecções
oportunistas e 3,2% apenas para DSTs.
01020304050
34,728,9
18,06,1 2,0
60708090
100
Farmacêutico
Fonte: Diagnóstico das Unidades Dispensadoras, DOGES/SGP/MS
Profissional
Gráfico 10 - Unidades Dispensadoras de Medicamentossegundo o profissional responsável pelo atendimento ao paciente - 2003
Percen
tual
Médico Enfermeiro Auxiliar deEnfermagem
AssistenteSocial
1,88,6
Não realiza oatendimento
Outros
TABELA 23- UNIDADES DISPENSADORAS DE MEDICAMENTOS SEGUNDO O TIPO DE MEDICAMENTO DISPENSADO - 2003
TIPO DE MEDICAMENTO NO %AMBOS 308 76,2INFECÇÕES OPORTUNISTAS 43 10,6DST 13 3,2NÃO DISPENSA 40 9,9TOTAL 404 100,0FONTE: DIAGNÓSTICO DAS UNIDADES DISPENSADORAS, DOGES/SGP/MS.
26Diagnóstico das Unidades Dispensadoras de Medicamentos Anti-retrovirais
Ministério da Saúde - SVS - Programa Nacional de DST/Aids - SGP
No caso da UDM dispensar medicamentos para infec-
ções oportunistas e/ou DSTs indagou-se sobre qual a esfera
governamental que adquiria esses medicamentos. A Tabela
24 mostra que a esfera estadual é aquela que isoladamente
mais adquire esses medicamentos (35,3%). Já a esfera muni-
cipal e estadual conjuntamente são responsáveis por 40,3%
das aquisições dos medicamentos. Nota-se ainda que a esfera
estadual adquire isoladamente esses medicamentos (35,3%).
01020304050
76,2
10,63,2
9,9
60708090
100
Ambos
Fonte: Diagnóstico das Unidades Dispensadoras, DOGES/SGP/MS
Tipo de Medicamento
Gráfico 11 - Unidades Dispensadoras de Medicamentossegundo o tipo de medicamento dispensado - 2003
Percentual
InfecçõesOportunistas
DST Não Dispensa
TABELA 24 - UNIDADES DISPENSADORAS DE MEDICAMENTOS SEGUNDO A ESFERA GOVERNAMENTAL QUE ADQUIRE OS MEDICAMENTOS - 2003
ESFERA GOVERNAMENTAL NO %AMBOS 147 40,3ESTADO 129 35,3MUNICÍPIO 76 20,8NÃO SABE INFORMAR 13 3,6TOTAL 365 100,0FONTE: DIAGNÓSTICO DAS UNIDADES DISPENSADORAS, DOGES/SGP/MS.
27
TABELA 25 - UNIDADES DISPENSADORAS DE MEDICAMENTOS SEGUNDO O TIPO DE MEDICAMENTO QUE FALTOU NOS ÚLTIMOS 2 MESES - 2003
TIPO DE MEDICAMENTO NO %INFECÇÕES OPORTUNISTAS 79 21,6AMBOS 79 21,6DST 22 6,0NÃO OCORREU A FALTA 185 50,7TOTAL 365 100,0FONTE: DIAGNÓSTICO DAS UNIDADES DISPENSADORAS, DOGES/SGP/MS.
Ainda para aqueles entrevistados que afirmaram que sua
UDM dispensava também medicamentos para infecções
oportunistas e para DSTs foi solicitado que respondessem
se nos últimos dois meses houve falta de um desses medi-
camentos ou de ambos. As respostas indicaram que em me-
tade delas não ocorreu a falta desses medicamentos. No en-
tanto, segundo os dados da mesma Tabela 25, houve falta de
medicamentos somente para infecções oportunistas e para
ambos - ou seja, para infecções oportunistas e para DSTs
- em proporções idênticas, 21,6%.
01020304050 40,3 35,3
20,8
3,6
60708090
100
Ambos
Fonte: Diagnóstico das Unidades Dispensadoras, DOGES/SGP/MS
Esfera Governamental
Gráfico 12 - Unidades Dispensadoras de Medicamentossegundo a esfera governamental que adquire os medicamentos- 2003
Percentual
Estado Município Não sabeinformar
Resultados
28Diagnóstico das Unidades Dispensadoras de Medicamentos Anti-retrovirais
Ministério da Saúde - SVS - Programa Nacional de DST/Aids - SGP
Foi perguntado também, em que local estava lotado o
profissional farmacêutico responsável pela UDM (Tabela
26). Verifica-se que em 63,7% dos casos estudados o farma-
cêutico estava presente na UDM. De acordo com as respos-
tas de 26,1% dos entrevistados, o farmacêutico estava lota-
do em outro setor da unidade ou da secretaria. Em quase
10,0% das UDMs não há farmacêutico responsável.
01020304050
21,6 21,6
6,0
50,760708090
100
InfecçõesOportunistas
Fonte: Diagnóstico das Unidades Dispensadoras, DOGES/SGP/MS
Tipo de Medicamento
Gráfico 13 - Unidades Dispensadoras de Medicamentossegundo o tipo de medicamento que faltou nos últimos 2 meses - 2003
Percentual
Ambos DST Não ocorreua falta
TABELA 26 - UNIDADES DISPENSADORAS DE MEDICAMENTOS SEGUNDO O LOCAL EM QUE ESTÁ O FARMACÊUTICO RESPONSÁVEL - 2003
LOCALIZAÇÃO DO FARMACÊUTICO NO %PRESENTE NA UNIDADE DISPENSADORA 254 63,7LOTADO EM OUTRO SETOR DA UNIDADE OU SECRETARIA 104 26,1NÃO HÁ FARMACÊUTICO RESPONSÁVEL 38 9,5NÃO SABE INFORMAR 3 0,8TOTAL 399 100,0FONTE: DIAGNÓSTICO DAS UNIDADES DISPENSADORAS, DOGES/SGP/MS.
29
As condições gerais das UDMs, tendo em vista os equi-
pamentos que ela possui, foram avaliadas pelos entrevista-
dos. Para tanto, foram enumerados vários equipamentos e
solicitou-se aos entrevistados que indicassem os que cons-
tavam em sua Unidade Dispensadora de Medicamentos
Anti-retrovirais. Nota-se na tabela 27 que os equipamen-
tos que obtiveram as maiores freqüências, são: Geladeira,
Armário para Medicamentos e Prateleiras, com 94,0%,
93,8% e 93,8%, respectivamente. Em seguida, na ordem
dos que obtiveram as maiores freqüências, têm-se: Telefone
(88,3%), Armários para documentos (86,0%), Computador
(85,5%), Impressora (79,2%), Escrivaninha de Atendimen-
to (77,4%). Os outros equipamentos obtiveram percentuais
inferiores a 70,0%.
01020304050
63,7
26,1
9,50,8
60708090
100
Presentena UnidadeDispensadora
Fonte: Diagnóstico das Unidades Dispensadoras, DOGES/SGP/MS
Localização do Farmacêutico
Gráfico 14 - Unidades Dispensadoras de Medicamentossegundo o local em que está o farmacêutico responsável - 2003
Percentual
Lot ado emoutro setorda Unidadeou Secretaria
Não háfarmacêuticoresponsável
Não sabeinformar
Resultados
30Diagnóstico das Unidades Dispensadoras de Medicamentos Anti-retrovirais
Ministério da Saúde - SVS - Programa Nacional de DST/Aids - SGP
TABELA 27 - UNIDADES DISPENSADORAS DE MEDICAMENTOS SEGUNDO O TIPO DE EQUIPAMENTO QUE POSSUI - 2003
EQUIPAMENTO RESPOSTA NO %
ARMÁRIOS PARA DOCUMENTOS
SIM 349 86,0NÃO 57 14,0
TOTAL 406 100,0
GUICHÊ
SIM 182 44,9NÃO 224 55,3
TOTAL 406 100,2
ARMÁRIOS PARA MEDICAMENTOS
SIM 380 93,8NÃO 25 6,2
TOTAL 405 100,0
PRATELEIRAS
SIM 380 93,8NÃO 25 6,2
TOTAL 405 100,0
ESCRIVANINHA PARA ATENDIMENTO
SIM 312 77,4NÃO 91 22,6
TOTAL 403 100,0
ESTRADO
SIM 173 43,1NÃO 228 56,9
TOTAL 401 100,0
GELADEIRA
SIM 379 94,0NÃO 24 6,0
TOTAL 403 100,0
TELEFONE
SIM 348 88,3NÃO 46 11,7
TOTAL 394 100,0
LINHA TELEFÔNICA
SIM 274 69,7NÃO 119 30,3
TOTAL 393 100,0
LINHA TELEFÔNICA COM RAMAL
SIM 201 52,1NÃO 185 47,9
TOTAL 386 100,0
FAX
SIM 175 43,2NÃO 230 56,8
TOTAL 405 100,0
COMPUTADOR
SIM 347 85,5NÃO 59 14,5
TOTAL 406 100,0
IMPRESSORA
SIM 320 79,2NÃO 84 20,8
TOTAL 404 100,0
ACESSO A INTERNET
SIM 193 47,5NÃO 213 52,5
TOTAL 406 100,0FONTE: DIAGNÓSTICO DAS UNIDADES DISPENSADORAS, DOGES/SGP/MS.
31
Entre os problemas com prioridades para resolução no
âmbito das UDMs, foram listados os mais comuns perce-
bidos no pré-teste deste estudo. Solicitou-se aos entrevis-
tados que indicassem quais deles podiam ser identificados
na UDM. Verifica-se na Tabela 28 que o item Melhorar a
Qualificação dos Atendentes foi o que obteve maior per-
centual (78,1%). Outros problemas bastante identificados
foram os de Instalar Computadores e Sistemas de Infor-
mação (70,4%), Aumentar o Espaço Físico da Farmácia e
o Local de Atendimento (65,3%) e Aumentar o Número de
Atendentes (55,6%). Excetuando-se o item Outros, a opção
Implementar mais Turnos de Atendimento obteve menor
percentual (19,7%).
TABELA 28 - UNIDADES DISPENSADORAS DE MEDICAMENTOS SEGUNDO O TIPO DE PROBLEMA - 2003
PROBLEMA RESPOSTA NO %
AUMENTAR O ESPAÇO FÍSICO DA FARMÁCIA E LOCAL DE ATENDIMENTO
SIM 265 65,3NÃO 141 34,7
TOTAL 406 100,0
INSTALAR COMPUTADORES E SISTEMA DE INFORMAÇÃO
SIM 286 70,4NÃO 120 29,6
TOTAL 406 100,0
INSTALAR TELEFONE
SIM 166 41,1NÃO 238 58,9
TOTAL 404 100,0
TER FARMACÊUTICO EM TEMPO INTEGRAL DE ATENDIMENTO
SIM 193 47,5NÃO 213 52,5
TOTAL 406 100,0
INSTALAR EQUIPAMENTOS DE APOIO (GELADEIRA, ARMÁRIOS, PRATELEIRAS...)
SIM 218 53,8NÃO 187 46,2
TOTAL 405 100,0
AUMENTAR O NÚMERO DE ATENDENTES
SIM 225 55,6NÃO 180 44,4
TOTAL 405 100,0
IMPLEMENTAR MAIS TURNOS DE ATENDIMENTOS
SIM 80 19,7NÃO 326 80,3
TOTAL 406 100,0
MELHORAR A QUALIFICAÇÃO DOS ATENDENTES
SIM 317 78,1NÃO 89 21,9
TOTAL 406 100,0
MELHORAR A SEGURANÇA DA UNIDADE
SIM 204 50,4NÃO 201 49,6
TOTAL 405 100,0
OUTROS
SIM 51 18,0NÃO 232 82,0
TOTAL 283 100,0FONTE: DIAGNÓSTICO DAS UNIDADES DISPENSADORAS, DOGES/SGP/MS.
O levantamento realizado em função do número de
atendimentos realizados mensalmente nas Unidades Dis-
pensadoras de Medicamentos concluiu que são realizados
418 atendimentos em média. Houve um quantitativo de 12
UDMs que não informaram o número de atendimentos re-
alizados no mês.
Tratando-se do número de profissionais lotados nas
UDM, observou-se um número médio de 6 profissionais.
Resultados
32Diagnóstico das Unidades Dispensadoras de Medicamentos Anti-retrovirais
Ministério da Saúde - SVS - Programa Nacional de DST/Aids - SGP
Já com relação à amplitude do número de profissionais, há
UDM com apenas um funcionário e outra com até 150 fun-
cionários. A média dos funcionários segundo a profissão e
o tipo (efetivo/estagiário) pode ser observada na Tabela 27.
Salienta-se que o número médio de farmacêutico presen-
tes na UDM é de 1,39, mas pode-se verificar que há UDM
sem farmacêuticos trabalhando. Ressalta-se que a presença
mínima de um funcionário da UDM está incluso nas infor-
mações que foram perdidas (Outros estagiários e Não sabe
efetivos).
TABELA 29 - ESTATÍSTICA DESCRITIVA DO NÚMERO DE PROFISSIONAIS NAS UNIDADES DISPENSADORAS DE MEDICAMENTOS, SEGUNDO A PROFISSÃO E O TIPO - 2003
PROFISSÃO TIPO NO MÍNIMO MÁXIMO MÉDIADESVIO PADRÃO
QUANTOS PROFISSIONAIS ESTÃO LOTADOS NA UDM - 404 1 150 6,0 9,6
FARMACÊUTICOFUNCIONÁRIO 404 0 24 1,4 1,9ESTAGIÁRIO 404 0 22 0,2 1,3
AUX. ADMINISTRATIVOFUNCIONÁRIO 404 0 10 0,8 1,6ESTAGIÁRIO 404 0 2 0,0 0,1
AUX. DE ENFERMAGEMFUNCIONÁRIO 404 0 24 0,6 1,6ESTAGIÁRIO 404 0 4 0,0 0,2
TÉCNICO EM ENFERMAGEMFUNCIONÁRIO 404 0 4 0,1 0,5ESTAGIÁRIO 404 0 1 0,0 0,1
SERVIÇOS GERAISFUNCIONÁRIO 404 0 28 0,4 1,6ESTAGIÁRIO 404 0 1 0,0 0,0
OUTROS FUNCIONÁRIO 404 0 27 1,6 3,5NÃO SABE ESTAGIÁRIO 404 0 10 0,1 0,6FONTE: DIAGNÓSTICO DAS UNIDADES DISPENSADORAS, DOGES/SGP/MS.
4. Considerações finais
A coleta de dados via telefone mostrou-se bastante eficaz
na obtenção de informações rápidas e fidedignas, além de
reduzir custos, sobretudo quando se trata de pesquisa em
nível nacional num país de dimensões continentais como
o Brasil.
O PN-DST/Aids tem um novo desafio que é melhorar
ainda mais as taxas de adesão dos pacientes HIV positivos
que fazem uso de medicamentos ARVs para alcançar o su-
cesso da terapia. A reorientação dos serviços dentro da uni-
dade para essa nova missão é fundamental. Nesse sentido, a
Unidade Dispensadora de Medicamentos assume um papel
precípuo, pois é a localidade que oferece condições propí-
cias para que seja trabalhada a adesão.
As melhorias podem ser buscadas com investimentos na
infra-estrutura das UDMs com adequação do espaço físico,
aquisição de equipamentos, disponibilização de compu-
tador e software para acompanhamento e controle. Sendo
imprescindível o cumprimento da legislação e a qualifica-
ção dos profissionais da UDM abordando aspectos como:
armazenamento e conservação, dispensação, orientação far-
macêutica, uso racional de medicamentos, farmacovigilân-
cia e educação sanitária.
Os resultados obtidos neste estudo poderão contribuir
no delineamento da estratégia para superar esses novos de-
safios.
33
5. Anexos
5.1. Questionário
QUESTIONÁRIO - DIAGNÓSTICO DAS UNIDADES
DISPENSADORAS
BLOCO I
Esse primeiro bloco de perguntas atende a dois
objetivos:
1º Confirmar e atualizar os dados das Unidades de
Saúde
2º Coletar dados para compor um cadastro.
Operador: Bom Dia / Tarde, meu nome é ........., estou
falando serviço Disque Saúde do Ministério da Saúde. Gostaria
de falar com o responsável pela Unidade dispensadora de
medicamentos Anti-Retrovirais?
Essa informação pode ser dada por qualquer pessoa
do serviço, pelo chefe da unidade, pelo chefe da farmácia,
etc., mas se falar com alguém do administrativo que possa
informar pode fazer a pesquisa também.
• Caso a ligação seja transferida repetir a frase acima.
Operador: A Coordenação Nacional de DST/AIDS está
realizando um levantamento de informações junto as Unidades
Dispensadoras de Medicamento Anti-Retrovirais em todo o
país, buscando avaliar os recursos de cada unidade. O intuito
desse levantamento é subsidiar propostas para a melhoria da
qualidade da dispensação de medicamentos nas unidades. O
Sr(a). pode colaborar respondendo algumas perguntas?
( ) sim ( ) não
Se Sim prosseguir coletando as informações do
questionário.
Se Não terminar a ligação conforme padrão.
Obs: Caso quem atenda não se enquadre no perfil do
atendente (acima descrito), agendar a pesquisa.
Operador: Sr.(a) Podemos confirmar alguns dados da
Unidade?
Anexos
Dados da Unidade de Saúde:
Nome da Unidade:
Endereço:
Bairro:
Município: Cep:
UF:
Tel1: Tel2: Fax:
E-mail:
Tipo de Serviço:
( ) Hospital dia
( ) SAE - Serviço de Assistência Especializado
( ) Unidade Básica de Saúde
( ) Assistência Domiciliar Terapêutica
( ) Hospital Geral
( ) COAS/CTA - Centro de Testagem e Aconselhamento
( ) Outros - discriminar:_______________________________________________
Operador: Existe alguém responsável pela distribuição de medicamentos Anti-Retrovirais nessa Unidade? (pode ser far-
macêutico ou não).
( ) sim ( ) não
34Diagnóstico das Unidades Dispensadoras de Medicamentos Anti-retrovirais
Ministério da Saúde - SVS - Programa Nacional de DST/Aids - SGP
Dados do Responsável pela farmácia que distribui Anti-retrovirais:
(Chefe da Farmácia, farmacêutico, enfermeira, auxiliar de enfermagem, auxiliar administrativo e outros)
Nome:
Função:
Telefone: Fax:
E-mail:
BLOCO II
Nesse segundo bloco o objetivo é coletar dados que possam avaliar as condições gerais e os recursos das Unidades Dis-
pensadoras.
Operador: Sr.(a) as perguntas a seguir estão relacionadas com as condições gerais das Unidades.
CONDIÇOES GERAIS DAS UNIDADES DISPENSADORAS DE MEDICAMENTOS ANTI-RETROVIRAIS
1. Vou citar alguns equipamentos e você me indica quais deles a sua Unidade de Saúde possui:
1.1. Geladeira ( ) sim ( ) não
1.2. Telefone ( ) sim ( ) não Ramal:
1.3. Fax ( ) sim ( ) não
1.4. Computador ( ) sim ( ) não
1.5. Impressora ( ) sim ( ) não
1.6. Acesso a internet ( ) sim ( ) não
2. Vou levantar alguns problemas de infra-estrutura e serviços e o Sr.(a) diz se há ou não essa situação em sua Unida-
de.
2.1. Rachaduras na parede ou teto ( ) sim ( ) não
2.2. Pintura descascando ( ) sim ( ) não
2.3. Mofo ( ) sim ( ) não
2.4. Umidade ( ) sim ( ) não
3. O local é de fácil limpeza?
( ) sim ( ) não
4. A higiene é adequada?
( ) sim ( ) não
5. As condições de segurança são eficazes?
( ) sim ( ) não
Operador: Sr.(a) de acordo com as condições de armazenagem..... (continuar o texto com a pergunta 6)
CONDIÇÕES DE ARMAZENAGEM
Essas questões estão relacionadas com as condições de armazenagem dos medicamentos dentro da sua Unidade:
6. A ventilação é adequada?
( ) sim ( ) não
35
7. A iluminação é adequada?
( ) sim ( ) não
8. Os medicamentos que dependem de refrigeração são devidamente estocados dentro da Unidade?
( ) sim ( ) não
9. Existem outros produtos estocados no local?
( ) sim ( ) não
Em caso afirmativo especificar:
Obs: O operador deve citar todos o itens.
9.1. Material médico hospitalar ( ) sim ( ) não
9.2. Material de escritório ( ) sim ( ) não
9.3. Material de limpeza ( ) sim ( ) não
9.4. Alimentos ( ) sim ( ) não
9.5. Outros ( ) sim ( ) não
Qual? _____________________
10. Há separação física, bem delimitada, entre o recebimento, armazenagem em geral e a dispensação?
( ) sim ( ) não
11. Como os medicamentos para DST, Doenças Oportunistas e os ARV estão armazenados ?
( ) estantes de aço
( ) armários
( ) estrados
( ) prateleiras de madeira
( ) Outros ___________________
12. Aceita-se a devolução de medicamentos na unidade?
( ) sim ( ) não
13. Os medicamentos estão estocados por lotes dos produtos?
( ) sim ( ) não
14. Qual a forma de dispensação dos lotes disponíveis no estoque quanto à validade?
( ) Os mais novos primeiro
( ) Os mais antigos primeiro
( ) Aleatória
( ) Não observa
15. Existem atualmente medicamentos vencidos em estoque?
( ) sim ( ) não
Caso tenha atualmente algum medicamento vencido, orientar para encaminhar uma lista com informações desses me-
dicamentos para a Coordenação Estadual de DST/AIDS.
Informações:
- Nome do remédio - Nº do Lote
- Fabricante - Validade
- Apresentação
Anexos
36Diagnóstico das Unidades Dispensadoras de Medicamentos Anti-retrovirais
Ministério da Saúde - SVS - Programa Nacional de DST/Aids - SGP
16. Com que freqüência são realizados os inventários nos estoques de medicamentos?
( ) Mensal
( ) Trimestral
( ) Semestral
( ) Anual
( ) Nunca
Operador : Sr.(a) De acordo com a dispensação ......(ir para pergunta 17)
DISPENSAÇÃO
17. Aproximadamente quantos pacientes, que utilizando medicamentos ARV, são atendidos na UDM mensalmente?
|____|
18. Os medicamentos ARV são enviados para a UDM pela:
( ) Secretaria de Saúde Estadual
( ) Secretaria Municipal de Saúde
( ) Coordenação Municipal de DST/Aids
( ) Coordenação Estadual de DST/Aids
( ) Regional de saúde
19. A unidade possui um sistema que controle a dispensação dos medicamentos ARV?
( ) sim ( ) não
Caso afirmativo, especifique: ___________________
20. Existe uma ficha de controle de dispensação de medicamentos por paciente?
( ) sim ( ) não
Caso afirmativo, especifique: ___________________
21. Qual o tempo médio de atendimento ao paciente?
( ) 5 minutos
( ) 10 minutos
( ) 15 minutos
( ) 20 minutos
( ) Mais de 20 minutos
22. A farmácia dispõe de uma sala ou local apropriado para a orientação ao paciente? ( ) sim ( ) não
23. Quem normalmente realiza a abordagem quanto à tomada, utilização, informe de reações adversas ou como mini-
mizar essas reações dos medicamentos ARV?
( ) enfermeira
( ) médico
( ) auxiliar de enfermagem
( ) farmacêutico
( ) assistente social
( ) outros Qual? ______________________
( ) Não realiza abordagem
37Anexos
OUTROS MEDICAMENTOS
24. Sr.(a) a farmácia dispensa medicamentos para Infecções oportunistas e Doenças Sexualmente Transmissíveis?
( ) Infecções Oportunistas
( ) DST
( ) Ambos
( ) Não Dispensa
Se a resposta for negativa pular para a pergunta nº 27
25. Quem adquire este(s) medicamento(s)?
( ) Estado
( ) Município
( ) Os dois
( ) Não sabe informar
26. Nos últimos 02 meses ocorreu a falta de medicamentos para:
( ) Infecções Oportunistas
( ) Doenças Sexualmente Transmissíveis
( ) Ambos
( ) Não ocorreu a falta
Operador: Sr.(a) De acordo com os Recursos Humanos dessa unidade....... (ir para pergunta nº27)
RECURSOS HUMANOS
27. Quantos profissionais estão lotados na farmácia dessa Unidade Dispensadora? Número total: |____|
Inserir o número de profissionais nos quadrinhos abaixo:
Funcionários: Estagiários:
Farmacêutico 27.1. 27.2.
Aux. Administrativo 27.3. 27.4.
Aux. de enfermagem 27.5. 27.6.
Técnico em enfermagem 27.7. 27.8.
Serviços gerais 27.9. 27.10.
Outros 27.11. 27.12.
Não Sabe 27.13. 27.14.
28. O farmacêutico responsável pelo controle dos medicamentos está:
( ) presente na Unidade Dispensadora
( ) lotado em outro setor da unidade ou da secretaria
( ) não há farmacêutico responsável
( ) não sabe
38Diagnóstico das Unidades Dispensadoras de Medicamentos Anti-retrovirais
Ministério da Saúde - SVS - Programa Nacional de DST/Aids - SGP
CONDIÇÕES GERAIS DA FARMÁCIA
29. Vou citar alguns equipamento e o(a) Sr.(a) me indica quais a Unidade Dispensadora de Medicamentos Anti-Retro-
virais possui:
29.1. Balcão ( ) Sim ( ) Não
29.2. Armários p/ documentos ( ) Sim ( ) Não
29.3. Guichê ( ) Sim ( ) Não
29.4. Armários para medicamentos ( ) Sim ( ) Não
29.5. Balcão com grades ( ) Sim ( ) Não
29.6. Prateleiras ( ) Sim ( ) Não
29.7. Escrivaninha para atendimento ( ) Sim ( ) Não
29.8. Estrado ( ) Sim ( ) Não
29.9. Geladeira ( ) Sim ( ) Não
29.10. Telefone ( ) Sim ( ) Não
29.11. Linha telefônica ( ) Sim ( ) Não
29.12. Linha telefônica ramal ( ) Sim ( ) Não
29.13. Fax ( ) Sim ( ) Não
29.14. Computador ( ) Sim ( ) Não
29.15. Impressora ( ) Sim ( ) Não
29.16. Acesso a internet ( ) Sim ( ) Não
PRIORIDADES PARA RESOLUÇÃO NA FARMÁCIA
30. Entre os problemas que eu vou citar me indique qual ou quais tem prioridade para a resolução em sua Unidade
Dispensadora de Medicamentos Anti-Retrovirais?
30.1. Aumentar o espaço físico da farmácia e local de atendimento ( ) Sim ( ) Não30.2. Instalar computadores e sistema de informação ( ) Sim ( ) Não30.3. Instalar telefone ( ) Sim ( ) Não30.4. Ter farmacêutico em tempo integral de atendimento ( ) Sim ( ) Não30.5. Instalar equip. de apoio (geladeira, armários prateleiras) ( ) Sim ( ) Não30.6. Aumentar o número de atendentes ( ) Sim ( ) Não30.7. Implementar mais turnos de atendimentos ( ) Sim ( ) Não30.8. Melhorar a qualificação dos atendentes ( ) Sim ( ) Não30.9. Melhorar a segurança da unidade ( ) Sim ( ) Não30.10. Outros ______________________________ ( ) Sim ( ) Não
31. Observações:____________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Operador: Sr.(a): O Disque Saúde agradece a sua colaboração. Tenha um Bom dia / Boa tarde.
39
6. Bibliografia
1. BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE: Portaria 344, de
12 de maio de 1998. Aprova o Regulamento Técnico sobre
substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial.
2. BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE: Portaria nº 3.916,
de 30 de outubro de 1998. Política Nacional de Medicamen-
tos. Brasília, 1998.
3. BRASIL, PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA: Lei nº
5991, de 17 de dezembro de 1973. Dispõe sobre o controle
sanitário do comércio de drogas, medicamentos, insumos
farmacêuticos e correlatos, e dá outras providências.
4. PATERSON D. L et al. Adherence to protease inibithors
therapy and outcomes in patients with HIV infection. Ann In-
tern Med. 2000; 133:21-30.
5. RANTUCCI J., Melanie. Guia de Consejo del Farma-
ceutico al Paciente. 1ª ed. Barcelona: Masson, 1998.
6. TEIXEIRA, Paulo. Acesso Universal a medicamentos
para AIDS: a experiência do Brasil. Divulgação em Saúde
para Debate, 27: 50-57, 2003.
7. VITÓRIA A., Marco. A experiência do Brasil no For-
necimento e no Acesso Universal às Drogas anti-retrovirais.
Divulgação em Saúde para Debate, 27: 116-121, 2003.
8. Managing Drug Supply. Management Sciences for He-
alth. 2th ed. Connecticut (USA): Kumarian Press; 1997.
Bibliografia