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DIAGNÓSTICO DO CLIMA ORGANIZACIONAL DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA – CAMPUS
ARARANGUÁ1
Deizi Paula Giusti Consoni2
RESUMO
Um instrumento que pode auxiliar muito os gestores a identificar percepções e atuar nas melhorias, seja em organizações privadas ou públicas, é o estudo do clima organizacional. Este artigo se propõe a diagnosticar o clima organizacional do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina – Campus Araranguá, procurando conhecer, a opinião e o nível de satisfação dos servidores sobre a instituição, identificando os pontos fortes e aqueles que precisam ser melhorados, a fim de conseguir um bom nível de satisfação e um ambiente de trabalho harmonioso, que favoreça a eficiência e a criatividade. O diagnóstico foi realizado por meio da uma pesquisa de clima, utilizando-se o questionário informatizado, distribuído aos colaboradores da instituição, num total de 51 respondentes. O resultado apresentou-se positivo e “desmistificou” a ideia de que a causa dos pedidos estavam relacionados ao clima organizacional do campus.Palavras-chave: Gestão do clima organizacional, Pesquisa de clima organizacional, Satisfação dos servidores.
ABSTRACT
The study of the organizational relationships between the employees, whether in public or private institutions, it’s an important tool that may help the manager to identify perceptions and operate in improvements. This paper aims to find out the organizational relationships in the Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina – Campus Araranguá, trying to know the opinion and the employees satisfaction level about the institution, indentifying the strong points and those points that must be better in order to get a good satisfactory level and a cooperative work place improving the creativity and efficiency. To do this study, 51 employees filled in a questionnaire. It had a good result, so, demystifying the conception that the requests cause was related to the organizational relationships inside the Campus.Keywords: Organizational relationships management, Organizational relationship study, Employees satisfaction.
1 Artigo de conclusão da Especialização em Gestão de Pessoas, das Faculdades Associadas de Santa Catarina (FASC), abril/2011.
2 Graduada em Ciências Contábeis, Assistente em Administração do Instituto Federal de Santa Catarina, Araranguá, SC. E-mail: [email protected]
1 INTRODUÇÃO
Apesar de, nos últimos anos, o Governo Federal vir aprimorando seus processos
de gestão, observa-se que, em relação à gestão de pessoas, ainda está muito aquém, quando
comparado à iniciativa privada. Exemplo disso, é a Pesquisa de Clima Organizacional, objeto
de estudo deste artigo, que mesmo sendo uma ferramenta antiga e muito importante, ainda é
pouco utilizada na gestão pública.
Conhecer o clima organizacional pode propiciar a melhoria da qualidade de vida
do servidor no trabalho, com isso, além de evitar doenças ocupacionais, otimiza o seu trabalho
em termos quantitativos e qualitativos e consequentemente o desempenho da organização e a
satisfação do cidadão brasileiro em relação aos serviços prestados por esta, que é grande
desafio da Gestão Pública.
De acordo com Coda (1998, p. 06) “o Clima Organizacional diz respeito ao que as
pessoas acham que existe e que está acontecendo no ambiente da organização em determinado
momento, sendo, portanto, a caracterização da imagem que essas pessoas têm dos principais
aspectos ou traços vigentes na organização”.
Por se tratar de um campus novo, com apenas 3 anos de funcionamento, e
apresentar uma quantidade considerável de pedidos de remoção e redistribuição, sentiu-se a
necessidade de estudar se estas solicitações estavam relacionadas ao clima organizacional.
Observar e considerar as percepções dos colaboradores no que diz respeito ao
clima da organização faz com que os gestores possam compreender melhor o que acontece a
sua volta, favorecendo a comunicação nas resoluções dos problemas.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 ADMINISTRAÇÃO
A Administração é um conjunto de normas e funções elaboradas para gerir
negócios, tem como objetivo conseguir resultado eficaz em uma organização e
consequentemente retorno financeiro.
Segundo Chiavenato (2008), “A administração constitui a maneira de fazer com
que as coisas sejam feitas da melhor forma possível, através dos recursos disponíveis, a fim de
atingir os objetivos propostos.”
Para que a administração alcance os objetivos a que se propõe, o administrador
precisa dominar os conhecimentos inerentes às técnicas de administração, planejar, organizar,
controlar, coordenar e comandar. Peter Drucker (2001) complementa: “transformar a
informação em conhecimento e este em ação efetiva é a função específica do administrador e
da administração.”
Posto isso, entende-se que as principais funções administrativas são planejar,
fixando objetivos ao negócio; analisar, conhecendo os problemas; solucionar os problemas;
organizar e alocar recursos, que podem ser: financeiros, tecnológicos, pessoais; comunicar,
dirigir e motivar as pessoas, sendo líder; negociar; tomar decisões; controlar, através da
mensuração e avaliação.
2.2 ADMINISTRAÇÃO DE PESSOAS
Mesmo nos dias atuais, onde a tecnologia está presente em quase todas as
organizações, o que efetivamente faz essa acontecer e ser realidade são as pessoas. São elas
que transformam a estrutura física e tecnológica em uma célula viva que cumpre seu papel na
sociedade em que está inserida.
Ao longo dos anos, as organizações vêm passando por diversas mudanças, e a
administração de pessoas vem acompanhando essas mudanças, o que não poderia ser
diferente.
Segundo Chiavenato (2003), no início do século XX, período de 1900 a 1950, fase
da Industrialização Clássica, as pessoas eram consideradas meramente como fornecedoras de
mão-de-obra, recursos da produção, assim como máquinas, equipamentos e capital e a
administração de pessoas, chamada de Relações Industriais.
No período de 1950 a 1990, fase da Industrialização Neoclássica, as pessoas eram
consideradas como recurso da organização, porém, recurso vivo e não simplesmente fator de
produção. A concepção de Relações Industriais foi substituída por uma nova visão de
Administração de Recursos Humanos.
Após 1990, na fase da Era da informação, quando informações percorrem
milhares de quilômetros em segundos, onde globalização é a palavra mais falada em um
mundo sem fronteiras, versatilidade é o adjetivo mais procurado nos profissionais das mais
variadas áreas. As pessoas são vistas como seres dotados de inteligência, conhecimentos,
habilidades, personalidades, aspirações, fornecedoras de conhecimento e competências. A
Administração de Recursos Humanos passou ser denominada Gestão de Pessoas.
Para Gil (2001),
A gestão de pessoas vem ganhando adeptos, já que muitas empresas anunciam a disposição para tratar seus empregados realmente como parceiros, incentivando sua participação nas decisões e utilizando ao máximo o talento das pessoas para a obtenção da sinergia necessária para seu desenvolvimento.
Diante do contexto apresentado, as pessoas vêm sendo observadas dentro da
organização de maneira diferente, o que demanda uma nova forma de administrá-las,
denominada Gestão de Pessoas.
2.2.1 Conceito e o processo histórico da Gestão de Pessoas
A nomenclatura Gestão de Pessoas surgiu após os anos 90, na chamada era da
informação e vem substituir a antiga denominação, administração de recursos humanos.
A Gestão de Pessoas busca, especialmente, a integração da performance das
pessoas às estratégias do negócio. Ou seja, utiliza-se de métodos, técnicas, políticas e práticas
definidas, a fim de orientar o comportamento, as relações humanas de forma maximizar seu
potencial na organização.
Segundo Chiavenato (2008), “A Gestão de Pessoas refere-se às políticas e práticas
necessárias para administrar o trabalho das pessoas [...] criar todas as condições para
aumentar o capital humano, bem como do capital intelectual, seja das pessoas ou das
organizações.”
Entretanto, é importante ressaltar que, a maneira como cada organização, Gestão
de Pessoas, “lida” com as pessoas, difere-se umas das outras, pois está vinculada a sua cultura
organizacional, social e do próprio negócio.
A Gestão de Pessoas passou por diversas modificações, tanto na sua estrutura e
atuação na organização, quanto em sua nomenclatura. Como elencadas a seguir.
2.2.1.1 Visão tradicional
Até pouco tempo, a Gestão de Pessoas era vista como a parte do departamento
administrativo responsável pela mão-de-obra, o chamado departamento pessoal. Kwasnicka
(2007) enfatiza isso, quando diz que “A Administração de Recursos Humanos tem sido
descrita como a função de planejar, coordenar e controlar a obtenção da mão-de-obra
necessária à organização.”
Nesta visão, suas práticas eram descentralizadas, as ações eram individuais - não
integradas, havia uma grande diversidade de políticas diferentes para cada área, o foco era
operacional e a chefia era o único “cliente”, sua visão era voltada para o presente e passado,
as pessoas eram vistas meramente como recurso.
Chiavenato (2008) exemplifica essa visão:
Empregados isolados nos cargos, horário rigidamente estabelecido, preocupação com normas e regras, subordinação ao chefe, fidelidade à organização, dependência da chefia, alienação à organização, ênfase na especialização, executoras de tarefas, ênfase nas destrezas manuais e mão de obra.
Na estrutura organizacional, a gestão de pessoas situava-se em nível
intermediário, não tomava decisões, reportava-se a um órgão decisorial estranho às suas
atividades, que muitas vezes não compreendia sua complexidade. Com isso, as decisões
tomadas pela “cúpula” nem sempre consideravam os aspectos relacionados aos recursos
humanos por falta de um profissional conhecedor do assunto, que o defendesse frente à alta
direção.
2.2.1.2 Visão contemporânea
Com o passar dos anos e as mudanças ocorridas nas organizações, a Gestão de Pessoas
deixou de fazer parte do Departamento Administrativo e passou estar vinculada diretamente à
Presidência da organização, adquirindo caráter estratégico na mesma.
As mudanças decorrentes desta nova visão são mencionadas por Kwasnicka
(2007),
[...] um novo modelo de gestão de pessoas está surgindo com a concepção do capital intelectual da organização. Dentre os desafios impostos pela nova demanda, as características da estrutura de Recursos Humanos devem direcionar-se para uma gestão mais estratégica. As decisões devem ser dirigidas ao negócio da empresa para agregar valores e torná-la mais competitiva. A área, herdeira do departamento de pessoal, passa a ganhar outros nomes, como gestora de pessoas, administradora de talentos, etc.
Nessa visão, suas práticas estão alinhadas às diretrizes corporativas, as ações
alinhadas com os objetivos do negócio, as políticas corporativas são comuns a todos, o foco é
estratégico, a atenção está voltada a todos os clientes internos e externos e as pessoas são
vistas como parceiras, dotadas de conhecimento e competências. Chiavenato (2008),
exemplifica:
Colaboradores agrupados em equipes, metas negociadas e compartilhadas, preocupação com resultados, atendimento e satisfação do cliente, vinculação à missão e a visão, interdependência com colegas e equipes, participação e comprometimento, ênfase na ética e na responsabilidade, fornecedoras de atividade, ênfase no conhecimento, inteligência e talento.
A gestão de pessoas posiciona-se aqui como um órgão de staff, assessorando o
desenvolvimento de diretrizes na solução de problemas relacionados às pessoas, capaz de
criar organizações melhores, mais rápidas, pró-ativas e competitivas.
2.3 CLIMA ORGANIZACIONAL
Até pouco tempo, o grande foco das organizações eram seus clientes externos,
consumidores de seus produtos finais, porém, com a implementação dos programas de
qualidade à satisfação dos clientes internos, ou seja, dos membros da organização passou
ganhar destaque. Já que, conforme explícita Luz (2003) “entre os critérios usados para a
concessão do Prêmio Nacional da Qualidade, destaca-se a satisfação e o bem estar dos
funcionários, ou seja, a preocupação com o Clima Organizacional”.
Quando as organizações começaram dar atenção ao clima, perceberam que este
não é apenas um critério para concessão de um prêmio, mas sim, um fator estratégico para a
organização, já que afeta positiva ou negativamente o comportamento dos seus funcionários.
Chiavenato (2008) explicíta o conceito, dizendo que “O Clima organizacional é a
qualidade ou propriedade do ambiente organizacional que é percebida ou experimentada pelos
membros da organização e que influencia o seu comportamento”. É aquela "atmosfera
psicológica" que todos nós percebemos quando entramos num determinado ambiente e que
nos faz sentir mais ou menos à vontade para ali permanecer, interagir e realizar.
Para Kolb et al. (1978) “É importante que o administrador compreenda o conceito
de clima organizacional (...) pois a eficiência da organização pode ser aumentada através da
criação de um clima organizacional que satisfaça as necessidades de seus membros e, ao
mesmo tempo, canalize esse comportamento motivado na direção dos objetivos
organizacionais”.
Essa ideia é complementada por Luz (2003), quando diz que
Para um funcionário prestar um bom serviço, é preciso que saiba, que possa e que
queira fazê-lo. Saber faz é uma questão de conhecimento, habilidades ou atitudes. Logo, uma questão de treinamento. Poder fazer é uma questão de ter e poder usar os recursos necessários. Querer fazer é uma questão volitiva que depende do estado de espírito, do ânimo, da satisfação das pessoas quando realizam o seu trabalho. Logo, o “querer fazer” está associado ao clima organizacional, que muitas vezes é onde encontramos as causas da má qualidade dos serviços.
2.3.1 Tipos de Clima Organizacional e como eles se manifestam
Não existe uma nomenclatura padrão para tipos de clima observados nas
organizações. Segundo Luz (2003), o clima pode ser bom, prejudicado ou ruim.
Ele é bom quando predominam as atitudes positivas que dão ao ambiente de trabalho uma tônica favorável. É quando há alegria, confiança, entusiasmo, engajamento, participação, dedicação, satisfação, motivação, comprometimento na maior parte dos funcionários. O clima é prejudicado ou ruim quando algumas variáveis organizacionais afetam de forma negativa e duradoura o ânimo da maioria dos funcionários, gerando evidências de tensões, discórdias, desuniões, rivalidades, animosidades, conflitos, desinteresses pelo cumprimento das tarefas, resistência manifestada ou passiva às ordens, ruído nas comunicações, competições exacerbadas.
Para Chiavenato (2008), “o clima organizacional pode ser agradável, receptivo,
caloroso e envolvente, em um extremo, ou desagradável, agressivo, frio e alienante, em outro
extremo.”
Por mais que o clima organizacional seja abstrato, ele se materializa no dia-a-dia
através de alguns “sinais”. Luz (2003, p.2), salienta que
Não é difícil compreender por que tantas empresas apresentam produtividade tão baixa, tantos desperdícios, alta rotatividade, enorme absenteísmo, greves, inúmeras reclamatórias trabalhistas, tantos rumores, tantos conflitos, tantas idas ao consultório médico, que acaba funcionando como uma espécie de confessionário. São sinais de que o clima vai mal nessas organizações.
Bispo (2006) classifica o clima como desfavorável, mais ou menos e favorável. A
figura 1 demonstra os resultados proporcionados por cada tipo de clima.DESFAVORÁVEL MAIS OU MENOS FAVORÁVEL
- frustração; - indiferença; - satisfação;- desmotivação; - apatia; - motivação;- falta de integração empresa/funcionário;
- baixa integração empresa/funcionário;
- alta integração empresa/funcionário;
- falta de credibilidade mútua empresa/funcionários;
- baixa credibilidade mútua empresa/funcionários;
- alta credibilidade mútua empresa/funcionários;
- falta de retenção de talentos; - baixa retenção de talentos; - alta retenção de talentos;- improdutividade; - baixa produtividade; - alta produtividade;- pouca adaptação as mudanças; - média adaptação às mudanças; - maior adaptação às mudanças;- alta rotatividade; - média rotatividade; - baixa rotatividade;
- alta abstenção; - média abstenção; - baixa abstenção;- pouca dedicação; - média dedicação; - alta dedicação;- baixo comprometimento com a qualidade;
- médio comprometimento com a qualidade;
- alto comprometimento com a qualidade;
- clientes insatisfeitos; - clientes indiferentes; - clientes satisfeitos;- pouco aproveitamento nos treinamentos;
- médio aproveitamento nos treinamentos;
- maior aproveitamento nos treinamentos;
- falta de envolvimento com os negócios;
- baixo envolvimento com os negócios;
- alto envolvimento com os negócios;
- crescimento de doenças psicossomáticas;
- algumas doenças psicossomáticas;
- raras doenças psicossomáticas;
- insucesso nos negócios. - estagnação nos negócios. - sucesso nos negócios.Figura 1 – Resultados proporcionados pelos recursos humanos com os diversos níveis de clima organizacional.Fonte: Bispo (2006)
Os “sinais” detectados não fornecem elementos capazes de descobrir as causas,
porém, servem como um alerta que algo pode estar bem ou não. Entra aí o importante papel
da pesquisa clima. Fischer et al. (2009) sugere que os gestores utilizem uma ferramenta
objetiva e segura para avaliar o clima organizacional, como, por exemplo, uma pesquisa
estruturada de clima organizacional.
Chiavenato (2008), diz que a pesquisa de clima procura reunir informações
relacionadas à esfera psicológica existente no ambiente de trabalho e como as pessoas se
sentem nesse contexto.
2.3.2 Técnicas de Pesquisa de Clima Organizacional
Para realização da Pesquisa de Clima, é preciso conhecermos previamente as
técnicas que podem ser utilizadas, assim, verificamos qual melhor se adequada à realidade e
ao “momento” da organização.
Luz (2003) sugere três tipos de técnicas: questionário, entrevista e painel de
debates. A figura 2 apresenta as vantagens e desvantagens de cada técnica.QUESTIONÁRIO ENTREVISTA PAINEL DE DEBATES
- Permite aplicação maciça, mesmo quando a população alvo está espalhada por uma ampla área geográfica;- Custo relativamente baixo;- Geralmente é mais aceito pelos respondentes, pelo fato de as empresas usarem como premissa a preservação do anonimato. Isso garante maior credibilidade a esta técnica;- Não utiliza um número elevado de questões, em geral, de 40 a 80 perguntas;
- Quebra o anonimato da pesquisa;- Método mais demorado do que o questionário;- Mais dispendioso do que o questionário;- Exige pessoas tecnicamente habilitadas para conduzi-la;- Obtém respostas verbais, como também componentes não-verbais;- Quando o número de respondentes é elevado, requer muitos entrevistadores, o que acaba comprometendo a uniformidade e neutralidade dos entrevistadores na
- Mais econômico do que a entrevista, visto que os entrevistados são submetidos em conjunto a essa técnica;- Grupos de 5 a 8 pessoas por sessão;- A grande vantagem desta técnica é que ela permite que um funcionário levante uma questão, dê seu depoimento pessoal, seu ponto de vista, e isso imediatamente funciona como um convite para que os demais participantes apresentem também
- Permite inclusão de perguntas cruzadas;- Exige clareza do vocabulário usado: tem de ser validada;- Pode ser aplicado a todos os funcionários da empresa ou a uma amostra deles;- Permite a aplicação eletrônica das perguntas;- Não exige espaço físico apropriado para obtenção das respostas.
interpretação das respostas. suas próprias visões do assunto, e concordem ou discordem do primeiro;- Quebra o anonimato dos participantes;- Exige um espaço físico adequado.
Figura 2 – Vantagens e desvantagens de cada técnicaFonte: Luz (2003)
2.3.3 Etapas de uma Pesquisa de Clima
Indiferente da técnica utilizada, é imprescindível seguir algumas etapas para
montagem e aplicação de uma pesquisa de clima organizacional.
Luz (2003) sugere seguir 11 etapas. São elas:
1) Obtenção da aprovação e do apoio da Direção: com isso o compromisso com as
mudanças a serem implantadas;
2) Planejamento da Pesquisa: definição do objetivo, público, quem vai conduzir, técnica a
ser usada, coleta, periodicidade ou momento de aplicação, tabulação, divulgação, preparação
das chefias, abrangência da pesquisa, etc.;
3) Definição das variáveis (assuntos) a serem pesquisados: as variáveis são os diferentes
aspectos da empresa que podem causar satisfação ou insatisfação nos funcionários;
4) Montagem e validação dos cadernos de pesquisa: elaboração das perguntas e das
opções de respostas, seguida da validação junto a um grupo piloto;
5) Parametrização para tabulação das opções de resposta: formulação dos parâmetros que
permitirão a tabulação eletrônica ou manual dos dados coletados. Cada opção de resposta
deve ser interpretada no momento da tabulação como manifestação de satisfação ou
insatisfação do respondente;
6) Divulgação da pesquisa: é responsável pelo índice de adesão ou de respostas. Deve
utilizar todos os meios de comunicação disponíveis na empresa: circular, jornal interno,
intranet, quadro de avisos, etc.;
7) Aplicação e coleta da pesquisa: defini-se se a pesquisa será aplicada diretamente pela
equipe da empresa, por uma consultoria externa, ou por ambas. Também é definida a forma de
coletados questionários;
8) Tabulação da pesquisa: processamento manual ou eletrônico dos dados coletados, com
o propósito de calcular o percentual de funcionários satisfeitos em relação aos diferentes
assuntos pesquisados.
9) Emissão de relatórios: compreende a emissão de diversos relatórios. Eles devem ser
detalhados, apresentando os resultados de cada variável;
10) Divulgação dos resultados da pesquisa: quem participa da pesquisa espera conhecer os
resultados. Por isso é fundamental que a empresa os divulgue;
11) Definição de planos de ação: a pesquisa de clima em si não é o fim, mas sim um meio
para a empresa identificar oportunidades de melhorias contínuas no seu ambiente e nas
condições de trabalho. Portanto, uma vez identificadas, é necessário intervir sobre elas.
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Numa pesquisa de clima podemos verificar vários fatores que influenciam no
clima organizacional, porém, corremos o risco de a mesma tornar-se muito extensa, cansativa
e com isso, não retratar com fidedignidade o clima organizacional da instituição. Com vistas
nessa preocupação e também para envolver, obter apoio da gestão do campus e tornar o
processo mais participativo e democrático, os sinalizadores pesquisados foram definidos no
dia 19 de outubro de 2010, pelo núcleo gestor, que é constituído de líderes de todos os setores,
com cargos de chefia ou não, com base nos “sinais” observados no dia-a-dia. De posse destes
sinalizadores, foi desenvolvido o formulário de pesquisa de clima. Este questionário foi
dividido em blocos de questões, onde foram aglutinados os sinalizadores afins.
Posteriormente o formulário foi validado por este mesmo núcleo antes da aplicação.
É importante ressaltar que foi muito relevante para o processo, a sensibilização
realizada com a liderança, onde foi esclarecido o processo que seria realizado e
principalmente, sua importância para a instituição. Para que, em momento algum, houvesse
qualquer tipo de repressão, “coação” dos envolvidos com vistas em bons resultados. Já que o
intuito da pesquisa é melhorar o relacionamento entre a instituição e seus colaboradores e não
piorar a situação existente, seja ela qual for.
3.1 LEVANTAMENTO DOS DADOS
O levantamento dos dados foi realizado por meio de questionário informatizado,
com perguntas abertas e fechadas. Este sistema informatizado foi desenvolvimento pela área
de tecnologia da informação, a fim de garantir o sigilo das informações e a credibilidade do
processo.
Antes do início da pesquisa, aconteceu uma ampla sensibilização dos servidores
para sua participação, onde foi enfatizada a importância do processo para a gestão da institui-
ção, para os servidores e também para a comunidade em geral, que é a clientela do IF-SC.
O sistema utilizado trazia em sua estrutura um questionário com perguntas e res-
postas para esclarecimento de possíveis dúvidas em relação ao conceito de clima organizacio-
nal, por que estava sendo realizada a pesquisa, data da realização, quem poderia participar, se
a pesquisa era anônima, se era obrigada responder, como ter acesso ao questionário, quem ela-
borou o questionário, como as respostas seriam utilizadas no futuro e também o contato de
pessoas para esclarecimento de outras dúvidas. Além disto, o projeto da pesquisa, com o con-
ceito de clima organizacional, planejamento da pesquisa, objetivo da pesquisa, responsável
pela condução da pesquisa, público-alvo, técnica que seria utilizada, como seria a coleta, qual
seria a periodicidade e o período de aplicação da pesquisa, preparação dos gestores, abrangên-
cia da pesquisa, como seria a tabulação e a divulgação dos resultados e também a definição
dos sinalizadores, montagem e validação do questionário.
O questionário utilizado (Anexo A) foi iniciado com uma introdução, que reforça-
va a necessidade de bom senso e sinceridade nas respostas, seguido por 8 blocos de questões,
cada bloco com 8 questões em média. O primeiro bloco contemplava os dados pessoais, tais
como: carreira, departamento, sexo, faixa etária e estado civil; o segundo, trouxe questões re-
lacionadas à satisfação com o trabalho e à realização profissional; o terceiro bloco, tratava
sobre valorização e reconhecimento; o quarto bloco sobre relacionamento interpessoal, traba-
lho em equipe e motivação; o quinto bloco sobre as condições físicas para o trabalho; o sexto,
sobre comunicação; o sétimo sobre a imagem (reputação) do campus; o oitavo, sobre treina-
mento e desenvolvimento e o nono e último bloco, sobre avaliação da pesquisa.
É importante salientar que, a pesquisa não apresentou questões relacionadas dire-
tamente à satisfação do servidor com a gestão, pois o campus dispõe de uma pesquisa especí-
fica sobre o tema, que é realizada anualmente, mas entre os blocos algumas questões tratavam
indiretamente do assunto.
As opções de respostas foram parametrizadas, para a maioria das questões em:
sempre, quase sempre, raramente, nunca e não tenho opinião. Para as demais, foram utilizadas
opções convencionadas pelo Núcleo Gestor, com possibilidades de respostas que expressam
melhor a realidade da instituição.
Os resultados são apresentados no formato de tabelas e gráficos, de acordo com
cada questão, para melhor visualização do resultado.
4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
Encerrada a fase de levantamento de dados, inicia-se a tabulação e apresentação
dos resultados. A pesquisa foi aplicada de 6 a 17 de dezembro de 2010. Responderam à
mesma 51 servidores, que representam 77% do total de servidores do campus neste período.
• Dados pessoais
Partimos para apresentação do primeiro bloco de questões que trata dos dados
pessoais dos pesquisados, a partir do qual poderemos conhecer um pouco do perfil dos
mesmos.
Destes, 47% são concursados para a carreira de técnicos administrativos em
educação, 49% para a carreira de professor do ensino básico, técnico e tecnológico, 2% são
professores substitutos (contrato temporário) e 2% estão cedidos de outros órgãos públicos
para o Campus Araranguá.
Na tabela 1, verificam-se os departamentos onde estão lotados os servidores
pesquisados.
Tabela 1: DepartamentosDepartamento Número de respostas Percentual
Departamento de Ensino, Pesquisa e Extensão 38 74%Departamento de Administração 10 20%Direção Geral 3 6%
TOTAL 51 100,00%Fonte: Dados da Pesquisa (2010)
O Departamento de Ensino, pesquisa e extensão é formando pela Secretaria
acadêmica, Registro acadêmico, Biblioteca, Núcleo pedagógico, Coordenação do Curso
Técnico Têxtil: Malharia e Confecção, Curso Técnico em Eletromecânica, Curso Técnico em
Produção de Moda e Licenciatura em Ciências da Natureza com habilitação em Física. O
Departamento Administrativo contempla a área de Gestão de Pessoas, Compras, Patrimônio,
Contratos, Almoxarifado e Tecnologia da Informação. E a Direção Geral do Campus é
composta pelo diretor geral, assessor e secretária da direção.
Dos pesquisados, 82% não ocupam cargo de chefia ou coordenação e 18%
ocupam, são chefes dos departamentos, coordenadores de áreas, cursos ou setores. A reitora
indicou o diretor atual, que por sua vez indicou os chefes de departamento. Os coordenadores
foram eleitos para um mandato de 2 anos.
O público pesquisado é constituído 55% por pessoas do sexo masculino, 43% do
sexo feminino e 2% não responderam.
A instituição apresenta um grupo de pesquisados, na grande maioria, jovem,
conforme apresentado na tabela 2.
Tabela 2: Faixa etáriaFaixa etária Número de respostas Percentual (%)
Até 20 anos 1 2%Entre 20 a 30 anos 16 31%Entre 30 a 40 anos 23 45%Entre 40 e 50 anos 9 18%Mais de 50 anos 2 4%
TOTAL 51 100% Fonte: Dados da Pesquisa (2010).
Na tabela 3, verifica-se o estado civil dos pesquisados, onde demonstra que a
grande maioria possui um companheiro (a) ou esposo (a).
Tabela 3: Estado civilEstado Civil Número de respostas Percentual (%)
Amasiado / união estável 11 22%Casado 26 51%Separado 2 4%Solteiro 12 24%
TOTAL 51 100%Fonte: Dados da Pesquisa (2010).
• Trabalho e realização profissional
Este bloco de questões foi constituído por 6 perguntas fechadas relacionadas ao
trabalho desenvolvido pelo servidor no campus e se ele se sente realizado profissionalmente
com o mesmo. Na tabela 4 estão as respostas obtidas.
Tabela 4: Trabalho e realização profissionalPergunta Sempre Quase Sempre Raramente Nunca Não
Responderam ou não
opinaram
Nº (%) Nº (%) Nº (%) Nº (%) Nº (%)
2.1 Você gosta do trabalho que realiza no Campus? 19 37% 28 55% 1 2% 1 2% 2 4%
2.2 Você participa da definição das metas e dos objetivos relacionados com o seu trabalho? 10 20% 28 55% 6 12% 3 6% 4 8%
2.3 Você considera que seu trabalho é avaliado de forma justa pelos seus superiores? 12 24% 24 47% 8 16% 1 2% 6 12%
2.4 Você é informado pelo seu superior sobre o que ele acha do seu trabalho? 10 20% 18 35% 19 37% 2 4% 2 4%
2.5 Você considera que é sua responsabilidade contribuir para o sucesso do Campus? 33 65% 10 20% 4 8% 0 0% 4 8%
2.6 O seu trabalho lhe dá um sentimento de realização profissional? 16 31% 20 39% 11 22% 1 2% 3 6%
Fonte: Dados da Pesquisa (2010)
Neste bloco de questões, observa-se uma relevante quantidade de pessoas
satisfeitas, sempre ou quase sempre, com o trabalho que realizam no campus, participando da
definição das metas e objetivos relacionados com seu trabalho, que consideram que seu
trabalho é avaliado de forma justa pelos seus superiores, que se consideram responsáveis em
contribuir para o sucesso do campus e que se sentem realizados profissionalmente. Porém, um
percentual também relevante de servidores que não são informados pelo superior sobre o que
ele acha do seu trabalho.
• Valorização e reconhecimento
Este bloco de questões foi constituído por 6 perguntas fechadas relacionadas a
valorização e reconhecimento. A tabela 5 demonstra as respostas obtidas.
Tabela 5: Valorização e reconhecimento
PerguntaSempre Quase Sempre Raramente Nunca
Não Responderam
ou não opinaram
Nº (%) Nº (%) Nº (%) Nº (%) Nº (%)
3.1 Você se sente valorizado no Campus Araranguá? 7 14% 21 41% 18 35% 2 4% 3 6%
3.2 Você se sente valorizado pela Direção do Campus Araranguá? 12 24% 19 37% 10 20% 4 8% 6 12%
3.3 Você se sente valorizado pela chefia do seu departamento? 17 33% 23 45% 4 8% 1 2% 6 12%
3.4 Você se sente valorizado pelos colegas? 8 16% 27 53% 11 22% 0 0% 5 10%
3.5 Você se sente seguro em dizer o que pensa? 23 45% 20 39% 4 8% 1 2% 3 6%
3.6 Os servidores são tratados com respeito, independente dos seus cargos? 23 45% 18 35% 4 8% 0 0% 6 12%
Fonte: Dados da Pesquisa (2010).
No que tange à valorização e ao reconhecimento, os resultados demonstrados
apontam que de maneira geral, os servidores se sentem valorizados e reconhecidos, sempre e
quase sempre. Porém é relevante observar que 35% raramente se sentem valorizados no
campus de maneira geral, 20% raramente se sentem valorizados pela direção geral e 22%
raramente se sentem valorizados pelos colegas.
• Relacionamento Interpessoal, trabalho em equipe e motivação
Neste bloco de questões, os servidores foram questionados quanto ao
relacionamento interpessoal, trabalho em equipe e motivação, através de 10 questões fechadas
e 1 questão de múltipla escolha. Conforme demonstra a tabela 6.
Tabela 6: Relacionamento interpessoal, trabalho em equipe e motivação
PerguntaSempre Quase Sempre Raramente Nunca
Não Responderam
ou não opinaram
Nº (%) Nº (%) Nº (%) Nº (%) Nº (%)
4.1 O clima de trabalho da sua equipe é bom? 11 22% 35 69% 2 4% 0 0% 3 6%
4.2 Existe cooperação na sua equipe? 22 43% 20 39% 7 14% 0 0% 2 4%
4.3 Você se relaciona bem com seus colegas de equipe? 29 57% 18 35% 0 0% 0 0% 4 8%
4.4 Você se relaciona bem com sua chefia imediata? 38 75% 11 22% 0 0% 0 0% 2 4%
4.5 Você se considera respeitado pela sua chefia imediata? 40 78% 8 16% 2 4% 0 0% 1 2%
4.6 O clima de trabalho do Campus é bom? 9 18% 30 59% 9 18% 1 2% 2 4%
4.7 Existe cooperação entre os setores /departamentos do Campus? 8 16% 24 47% 16 31% 0 0% 3 6%
4.8 Você se relaciona bem com seus colegas de outros setores / departamentos? 25 49% 24 47% 0 0% 0 0% 2 4%
4.9 Você se relaciona bem com a chefia de outros setores / departamentos? 22 43% 23 45% 3 6% 0 0% 3 6%
4.10 Você se sente motivado para o trabalho? 12 24% 25 49% 11 22% 1 2% 2 4%
Fonte: Dados da Pesquisa (2010).
A tabela 6 apresenta dados relevantes sobre as questões de relacionamento
interpessoal, trabalho em equipe e motivação, observa-se que, mais uma vez, a maioria dos
servidores sente-se sempre ou quase sempre satisfeito com essas questões. Destaca-se o
percentual de 69% que acha que o clima de trabalho da sua equipe é quase sempre bom e 22%
acha que sempre é bom. 57% sempre se relaciona bem com seus colegas de equipe, 75%
sempre se relaciona bem com sua chefia imediata e 78% sempre se sente respeitado pela
mesma. Em contrapartida também destaca-se o percentual de 31% que acha que raramente
existe cooperação entre os setores ou departamentos do campus, apesar de 47% achar que
quase sempre existe e 16% achar que sempre existe. Quando perguntados se sentem-se
motivados para o trabalho, 24% responderam que sempre e 49% que quase sempre.
Porém, quando questionados quais os principais fatores que geram insatisfação no
seu trabalho, o percentual mais relevante estava relacionado as instalações inadequadas,
conforme demonstra o gráfico 1. Seguido do falta de reconhecimento e posteriormente do
salário.
Gráfico 1 – Principais fatores que geram insatisfação no trabalho.Fonte: Dados da Pesquisa (2010).
• Condições Físicas do Trabalho
Esse bloco de questões foi constituído de uma pergunta fechada com os
parâmetros: sempre, quase sempre, raramente, nunca e não tenho opinião. A segunda pergunta
utilizou-se os seguintes parâmetros: E para excelente, P para proficiente, S para satisfatório e I
para insuficiente, que são os parâmetros utilizados pela instituição no processo ensino-
aprendizagem, conforme orientados na organização didática para avaliar com caráter
diagnóstico e formativo. Na tabela 7, apresentam-se os resultados obtidos.
Tabela 7: Condições físicas do trabalho
PerguntaSempre Quase Sempre Raramente Nunca
Não Responderam
ou não opinaram
Nº (%) Nº (%) Nº (%) Nº (%) Nº (%)
5.1 Você acha que as instalações oferecidas pelo Campus são adequadas para realização do trabalho? 0 0% 25 49% 22 43% 2 4% 2 4%
5.2 Como você considera as condições ambientais do seu trabalho?
Excelente Proficiente Satisfatório Insuficiente
Não Responderam
ou não opinaram
Nº (%) Nº (%) Nº (%) Nº (%) Nº (%)
Temperatura 22 43% 18 35% 8 16% 2 4% 1 2%
Espaço 0 0% 5 10% 12 24% 33 65% 1 2%
Iluminação natural 6 12% 17 33% 22 43% 5 10% 1 2%
Iluminação artificial 6 12% 16 31% 18 35% 10 20% 1 2%
Mobiliário – quantidade 6 12% 9 18% 20 39% 15 29% 1 2%
Mobiliário – Conservação 12 24% 14 27% 20 39% 4 8% 1 2%
Limpeza 9 18% 19 37% 17 33% 5 10% 1 2%
Instalações Sanitárias 6 12% 14 27% 18 35% 10 20% 1 6%Fonte: Dados da Pesquisa (2010).
No que tange à adequação das instalações oferecidas para realização do trabalho,
as respostas obtidas foram bem próximas, 49% acha que quase sempre são adequadas
enquanto 43% acham que raramente são e 4% acham que nunca são.
Quando questionados por variáveis que compõem as condições físicas de
trabalho, destacaram positivamente as variáveis temperatura, iluminação, mobiliário, limpeza
e instalações sanitárias e negativamente, a questão do espaço, onde 65% consideraram
insuficientes.
A terceira questão era aberta e se propunha a receber sugestões de melhoria das
condições físicas para o seu trabalho. A maioria das respostas referiam-se à falta de espaço
físico adequado, apesar de estarem cientes que o campus é novo e que um novo bloco está em
construção. E também fizeram alusão à necessidade de melhoria em alguns laboratórios e
definição de setores.
• Comunicação
Sobre comunicação, os servidores responderam 2 perguntas fechadas, uma aberta
para sugestões e 2 de múltipla escolha, para verificar a frequência de utilização dos meios de
comunicação disponíveis. A tabela 8 aponta as respostas obtidas com as perguntas fechadas.
Tabela 8: Comunicação
PerguntaSempre Quase Sempre Raramente Nunca
Não Responderam
ou não opinaram
Nº (%) Nº (%) Nº (%) Nº (%) Nº (%)
6.1 Você acha que a comunicação realizada no Campus é eficiente? 5 10% 23 45% 18 35% 2 4% 3 6%
6.2 Você considera os canais de comunicação utilizados no Campus adequados? 10 20% 26% 51% 11 22% 1 2% 3 6%
Fonte: Dados da Pesquisa (2010)
É relevante mencionar que, quando consultados se achavam a comunicação
eficiente, 55% acha que sempre ou quase sempre é eficiente, já 39% acha que raramente ou
nunca é eficiente.
Agora, quando questionados se os canais utilizados eram adequados, 71% acha
que sempre ou quase sempre é adequado, enquanto 24% acredita que raramente ou nunca.
Porém, quando questionados quais canais de comunicação deveriam ser utilizados, obtivemos
15 respostas, com as seguintes sugestões: comunicação audiovisual no campus, “boca-a-
boca”, celular, diálogo (contato, relacionamento mais próximo), mais reuniões objetivas, voip.
Também foram citados os canais já utilizados: e-mail, fórum, moodle, intranet, mural, gtalk,
sítio do campus.
Nos gráficos 2 e 3, verificou-se a frequência de utilização e consulta dos canais de
comunicação utilizados pela instituição.
Gráfico 2 – Canais de comunicação utilizados / consultados semanalmenteFonte: Dados da Pesquisa (2010).
Quanto à frequência de utilização, a consulta semanal dos canais de comunicação
os mais visitados são e-mail, com 22% das respostas, intranet com 16% das respostas e sítio
do campus, sítio geral do IF-SC e reunião geral empatados com 15% das respostas.
Gráfico 3 – Canais de comunicação utilizados / consultados diariamenteFonte: Dados da Pesquisa (2010).
O que não diferiu muito quanto à frequência de utilização, a consulta diária dos
canais de comunicação, onde e-mail continuou liderando, com 37% das respostas, intranet
com 23% das respostas e sítio geral do IF-SC com 13% das respostas.
• Imagem (reputação) do Campus
Foram aplicadas 5 questões relacionadas à imagem - reputação que o campus
possuí, na ótica dos servidores. A tabela 9, apresenta os resultados obtidos.
Tabela 9: Imagem (reputação) do Campus
PerguntaSempre Quase Sempre Raramente Nunca
Não Responderam
ou não opinaram
Nº (%) Nº (%) Nº (%) Nº (%) Nº (%)
7.1 Você considera o Campus Araranguá um lugar bom para trabalhar? 16 31% 25 40% 6 12% 1 2% 3 6%
7.2 O Campus desfruta de uma imagem entre os servidores? 2 4% 27 53% 15 29% 0 0% 7 14%
7.3 Você acha que o Campus desfruta de uma boa imagem perante a comunidade? 6 12% 24 47% 10 20% 1 2% 10 20%
7.4 De modo geral, como você classifica o Campus, hoje, em relação a como ele era quando você foi admitido?
Opções Nº (%)
Muito melhor 8 16%
Melhor 18 35%
Igual 18 35%
Pior 3 6%
Muito pior 2 4%
Não responderam ou não tem opinião 2 4%
7.5 Como você se imagina daqui a dois anos?
Opções Nº (%)
Trabalhando no Campus, no mesmo cargo 29 57%
Trabalhando no Campus, em outro cargo 10 20%
Trabalhando em outro Campus /Reitoria, no mesmo cargo 3 6%
Trabalhando em outro Campus / Reitoria em outro cargo 0 0%
Trabalhando em outra instituição, no mesmo cargo 3 6%
Trabalhando em outra instituição, em outro cargo 4 8%
Trabalhando por conta própria 1 2%
Não responderam ou não tem opinião 1 2%Fonte: Dados da Pesquisa (2010).
Na primeira parte das questões, perguntas 7.1, 7.2 e 7.3, verificou-se que 80% dos
servidores consideram o campus sempre ou quase sempre um lugar bom para trabalhar e 57%
acham que sempre ou quase sempre ele desfruta de uma boa imagem entre os servidores,
apesar de 29% considerar que raramente ele desfruta de uma boa imagem entre os servidores.
E 59% acham que sempre ou quase sempre o campus desfruta de uma boa imagem também
perante a comunidade.
Quando questionados como eles classificam o campus hoje, em relação ao que ele
era quando o pesquisado foi admitido, 86% considera que ele continua igual, melhor ou muito
melhor, enquanto apenas 10% acham que ele está pior ou muito pior. Nesta questão,
perguntou-se também o que pode ser feito para melhorar, e obteve-se as seguintes respostas:
visual físico externo, controle de frequência dos servidores menos burocráticos, falta de
presença do diretor na escola, flexibilidade, intervenção da reitoria, mais agilidade nas
decisões, melhorar a estrutura física, todos os servidores precisam estar comprometidos,
transparência nas decisões e voltar a ter um ideal de transformação da sociedade.
Agora, quando questionados como você se imagina daqui 2 anos, 77%
responderam que se imaginam no campus. Enquanto apenas 6% se imaginam em outro
campus ou na reitoria e 18% em outra instituição ou trabalhando por conta própria.
• Treinamento e desenvolvimento
Sobre treinamento e desenvolvimento, foram feitas 4 perguntas fechadas, com
parâmetros de respostas diferenciados que melhor adéquam-se a realidade e as necessidades
da instituição. A tabela 10 apresenta os resultados obtidos.
Tabela 10: Treinamento e desenvolvimento
PerguntaSempre Quase Sempre Raramente Nunca
Não Responderam
ou não opinaram
Nº (%) Nº (%) Nº (%) Nº (%) Nº (%)
8.1 O treinamento que você recebe o capacita a fazer bem o seu trabalho? 6 12% 25 49% 10 20% 4 8% 6 12%
PerguntaSempre Quase Sempre Raramente
Nº (%) Nº (%) Nº (%)
8.2 Você gostaria de fazer que tipo de capacitação de curta duração? 23 45% 26 51% 2 4%
Pergunta
Específica do trabalho que realiza / área de conhecimento
Outras / gerais : motivação, liderança, relacionamento interpessoal, etc
Outra
Não responderam ou não tem opinião
Nº (%) Nº (%) Nº (%) Nº (%)
8.3 Qual tipo de capacitação você gostaria de fazer? 46 90% 2 4% 0 0% 3 6%
8.4 Você gostaria de fazer um curso de educação formal? Qual?
Opções Nº (%)
Não gostaria de fazer nenhum 6 12%
Graduação 2 4%
Especialização 6 12%
Mestrado 23 45%
Doutorado 9 18%
Pós-doutorado 3 6%
Não responderam ou não tem opinião 2 4%Fonte: Dados da Pesquisa (2010).
É relevante destacar, observando-se a tabela que, 61% dos servidores consideram
que sempre ou quase sempre recebem a capacitação necessária para fazer bem o seu trabalho.
51% preferem fazer capacitações de curta duração externas, ou seja, não realizadas pelo IF-
SC e 90% gostaria de realizar capacitação na sua área de conhecimento ou específica para
realização de suas atividades. Já quanto aos cursos de educação formal, o mais citado foi o
mestrado, onde 45% dos servidores gostariam de fazer.
• Avaliação da pesquisa
Para saber se a ferramenta utilizada atendeu às expectativas dos pesquisados, e
também se eles acreditavam que o resultado será utilizado para proporcionar benefícios para o
campus, foram feitas 2 perguntas fechadas. A tabela 11 apresenta os resultados obtidos.
Tabela 11: Avaliação da pesquisa
PerguntaSim Em boa
parteEm pequena
parte Não Talvez
Não Responderam ou não
tem opinião
Nº (%) Nº (%) Nº (%) Nº (%) Nº (%) Nº (%)
9.1 O modelo de questionário atendeu as suas expectativas? 10 20% 28 55% 5 10% 2 4% 2 4% 4 8%
9.2 Você acredita que a análise do resultado do questionário se concretizará em benefícios para o Campus? 15
29%
2 14 27% 7 14% 7 14% 4 8% 4 8%Fonte: Dados da Pesquisa (2010).
Observa-se que, para 85% dos servidores o questionário atendeu às suas
expectativas, para alguns completamente, para outros em boa parte e para outros ainda, em
pequena parte.
Quando questionados se acreditavam que a análise do resultado do questionário se
concretizará em benefício para o campus, 70% acreditam se não completamente, mas em
partes.
E para finalizar, no questionário pediu-se para o servidor colocar sugestões ou
críticas, no qual não obteve-se nenhuma resposta.
4.1 ANÁLISE GERAL DOS RESULTADOS
Para efeito de cálculo desta análise, não serão considerados os servidores que não
responderam às questões, bem como, os que não tinham opinião sobre as mesmas. Foram
consideradas as respostas “sempre e quase sempre” para servidores satisfeitos e, “raramente e
nunca” para insatisfeitos. Passamos a análise dos resultados, através da qual, podemos
conhecer as opiniões e os sentimentos dos indivíduos a respeito do clima da instituição no
término do ano de 2010, visto que, a pesquisa foi aplicada em dezembro.
Considerando que 77% dos servidores participaram apesar do alto volume de
trabalho deste período, por ser o término do semestre letivo da instituição, comprovamos o
interesse dos mesmos no diagnóstico do clima, bem como o anseio por contribuir para uma
melhoria contínua deste clima. O que ficou explícito na avaliação da pesquisa, é que 76% dos
respondentes acreditam que a análise do resultado se concretizará em benefícios para o
Campus. Por isso é imprescindível que a gestão faça um plano de ações, com o objetivo de
implementar as sugestões apontadas na pesquisa, para que a mesma não perca a credibilidade
e venha de fato contribuir com a melhoria contínua do clima organizacional. O plano pode
contemplar ações de curto, médio e longo prazo. Essa definição vai depender da gravidade
dos problemas detectados, dos recursos necessários e disponíveis, mas principalmente, do
empenho dos gestores e demais envolvidos na busca de boas soluções, porque quem
participou da pesquisa anseia por uma resposta, por mudanças, por melhorias.
Verificou-se que 80% dos servidores pesquisados estão satisfeitos com o trabalho
e se sentem realizados profissionalmente. Enquanto somente 20% encontram-se insatisfeitos
neste quesito. Apesar de, no contexto geral a grande maioria estarem satisfeitos é importante
destacar que, 43% estão insatisfeitos com a falta de feedback da chefia sobre o trabalho que
realizam, mesmo que, 80% considerem que o seu trabalho é avaliado de forma justa pela
mesma e 89% estejam satisfeitos, pois sentem-se valorizados pela chefia do departamento.
De maneira geral, nos quesitos valorização e reconhecimento, os dados apontaram
que 79% dos servidores estão satisfeitos, sentem-se valorizados e reconhecidos e 21% estão
insatisfeitos. É importante destacar que, 90% sentem-se seguros para dizerem o que pensam e
91% sentem-se satisfeitos por serem tratados com respeito, independente dos seus cargos.
Quanto ao relacionamento interpessoal, trabalho em equipe e motivação, 89% dos
servidores sentem-se satisfeitos com essas questões e 11% sentem-se insatisfeitos. Não pode-
se deixar de destacar o fato de que 96% estão satisfeitos com o clima de trabalho da sua
equipe, 100% estão satisfeitos com o relacionamento existente entre os colegas de equipe e
também com chefia e 96% estão satisfeitos por se sentirem respeitados pela sua chefia.
Quando questionados sobre a cooperação, 84% estão satisfeitos com a cooperação existente
entre sua equipe, mas 35% estão insatisfeitos com a cooperação entre os setores e/ou
departamentos, apesar de 100% estarem satisfeitos com o relacionamento que tem com os
colegas de outros setores e/ou departamentos. Já no quesito motivação, 76% sentem-se
satisfeitos e 24% sentem-se insatisfeitos. Quando questionados sobre quais os principais
fatores que geram insatisfação, a resposta mais citada foi instalações inadequadas.
Tratando-se das condições físicas de trabalho, considerando sempre, quase
sempre, excelente, proficiente e satisfatório para servidores satisfeitos e raramente, nunca e
insuficiente para servidores insatisfeitos, verificou-se que 76% estão satisfeitos com os itens
questionados e 24% estão insatisfeitos. É importante salientar aqui que, na percepção da
pesquisadora, a mudança de parâmetros para a segunda questão deste bloco, pode ter
interferido no resultado encontrado. Porém, a decisão de alterar os parâmetros, conforme já
mencionado neste artigo, foi uma definição do núcleo gestor, de maneira democrática, que no
momento da formulação do questionário considerou que, como os conceitos são mais
utilizados na instituição seriam melhor interpretados pelos servidores. É importante
mencionar isso, já que 66% estão insatisfeitos com o espaço disponível para realização do seu
trabalho, 30% insatisfeitos com a quantidade de mobiliário, e conforme mencionado no
parágrafo anterior, foi o quesito apontado como maior gerador de insatisfação no trabalho.
Além do que, quando questionados se as instalações oferecidas pelo campus são adequadas
para realização do trabalho, 51% sentem-se satisfeitos e 49% insatisfeitos.
Quanto à comunicação, quando questionados se a comunicação no campus era
eficiente e se os meios utilizados eram adequados, verificou-se que 67% dos servidores estão
satisfeitos e 33% insatisfeitos. Destaca-se, aqui, os 42% que estão insatisfeitos com a
eficiência da comunicação realizada no campus. Verificou-se também que, tanto diariamente
quanto semanalmente, o canal de comunicação mais utilizado e consultado é o e-mail.
Sobre a imagem (reputação) do campus, 79% sentem-se satisfeitos, enquanto 21%
sentem-se insatisfeitos. Ressalta-se aqui que, 85% dos servidores estão satisfeitos, quando
questionados se consideram o Campus Araranguá um lugar bom para trabalhar. O que é
reforçado quando 77% dos servidores responderam que daqui a 2 anos se imaginam
trabalhando no campus, 57% no mesmo cargo e 20% em outro cargo.
Já no quesito treinamento e desenvolvimento, 69% encontram-se satisfeitos e 31%
insatisfeitos com o treinamento recebido para a realização do seu trabalho. 47% gostariam de
fazer capacitação de curta duração na instituição, e 53% em outras instituições. Destes 96%
gostariam de capacitar-se na sua área específica de atuação ou conhecimento. Já quando
questionados qual curso de educação formal gostariam de fazer, 47% dos servidores
gostariam de fazer mestrado.
5 CONCLUSÃO
Por meio dos dados apresentados e analisados, verificou-se que o Índice de
Satisfação Geral dos servidores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia –
Campus Araranguá com relação aos sinalizadores pesquisados é de 77%. Um resultado
bastante positivo, tendo em vista o tempo de existência do Campus que é de 3 anos.
Constataram-se pontos fortes, onde todos os servidores sentem-se satisfeitos, o
que é muito raro, e que por isso precisa ser preservado e fortalecido, para que, com o decorrer
do tempo e das dificuldades permaneçam assim. Algumas necessidades de melhorias também
foram apontadas, para as quais precisa ser dada uma atenção especial, para que no futuro não
se transforme em grandes motivos de insatisfação. Algumas já estão sendo resolvidas, como
por exemplo, a insatisfação com o espaço para a realização do trabalho, apontada em diversos
momentos da pesquisa, porém, observada pelos próprios pesquisados que trata-se de um
problema transitório, visto que, a obra do bloco C está em fase de conclusão e que já existem
outros projetos de ampliação do campus.
O resultado deste trabalho também servirá de subsídio para a Coordenação de
Gestão de Pessoas construir o Plano de Capacitação Institucional, para a Coordenação de
Pesquisa e Pós-Graduação, incluir em seus estudos a demanda de educação formal dos
servidores, para os gestores fortalecerem a prática do feedback em suas rotinas diárias e não
somente no momento da avaliação de desempenho. Além disto, verifica-se que os motivos
que levaram os servidores pedirem remoção e redistribuição não é o clima organizacional,
mas sim, situações independentes e de cunho pessoal de cada servidor.
Como sugestão desta pesquisadora para aprimorando do processo, cito a
necessidade de padronização dos parâmetros do questionário de pesquisa, o aumento do limite
de caracteres para as respostas abertas e a junção a esta pesquisa da pesquisa de satisfação
com a gestão, também realizada anualmente, evitando, assim, o retrabalho dos realizadores da
pesquisa, bem como o desgaste dos respondentes, visto que uma complementa a outra. Além
disto, o aculturamento da realização da Pesquisa de Clima no Campus, na instituição e o
aprimoramento contínuo da mesma, através do aprofundamento dos estudos realizados neste
artigo.
REFERÊNCIAS
BISPO, Carlos Alberto Ferreira. Um novo modelo de pesquisa de clima organizacional. Produção, São Paulo, p.258-273, 2006.
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. 3.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
_____________, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração: uma visão abrangente da moderna administração das organizações. 7.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.
_____________, Idalberto. Recursos Humanos: o capital humano nas organizações. 8.ed. São Paulo: Atlas, 2008.
CODA, Roberto. Como está o Clima? In Fascículo n. 15. Programa de Profissionalização do Banco do Brasil. Brasília, 1998.
FISCHER, André Luiz; DUTRA, Joel Souza; AMORIM, Wilson Aparecido Costa de (Org.). Gestão de Pessoas: desafios estratégicos das organizações contemporâneas. São Paulo: Atlas, 2009.
GIL, Antonio Carlos. Gestão de Pessoas: enfoque nos papéis profissionais. São Paulo: Atlas, 2001.
KWASNICKA, Eunice Laçava. Introdução a Administração. 6.ed. São Paulo: Atlas,2007.
KOLB, D. A. et al. Psicologia Organizacional: uma abordagem vivencial. São Paulo, Atlas, 1986.
LUZ, Ricardo. Gestão do Clima Organizacional. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2003
ANEXO A – QUESTIONÁRIO UTILIZADO
PESQUISA DE CLIMA ORGANIZACIONAL
Campus Araranguá - 2010
Caro servidor,
As pessoas constituem o maior bem de qualquer organização, por isso, o Núcleo Gestor do
Campus Araranguá quer conhecer a opinião dos seus servidores, nível de satisfação dos mesmos sobre o campus,
identificando os pontos fortes e aqueles que precisam ser melhorados, a fim de conseguir um bom nível de
satisfação, um ambiente de trabalho harmonioso que favoreça a eficiência e a criatividade. Por isso está sendo
realizada esta pesquisa de clima, que é o método formal de avaliar o clima de uma organização.
Contribua, respondendo este questionário com bom senso e sinceridade.
Sua opinião é muito importante!
QUESTIONÁRIO
1 DADOS PESSOAIS
1.1 QUAL SUA CARREIRA?
( ) TAE ( ) Docente ( ) Professor substituto ( ) Cedido para o Campus Araranguá.
1.2 QUAL SEU DEPARTAMENTO?
( ) Administrativo ( ) Ensino ( ) Direção Geral
1.3 VOCÊ OCUPA CARGO DE COORDENAÇÃO / CHEFIA?
( ) Sim ( ) Não
1.4 QUAL SEU SEXO?
( ) Masculino ( ) Feminino
1.5 QUAL SUA FAIXA ETÁRIA?
( ) Até 20 anos
( ) Entre 20 e 30 anos
( ) Entre 30 e 40 anos
( ) Entre 40 e 50 anos
( ) Mais de 50 anos
1.6 QUAL SEU ESTADO CIVIL?
( ) Casado
( ) Solteiro
( ) Amasiado/união estável
( ) Separado
( ) Outro. Qual? _________________
2 TRABALHO/REALIZAÇÃO PROFISSIONAL
2.1 VOCÊ GOSTA DO TRABALHO QUE REALIZA NO CAMPUS?
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca ( ) Não tenho opinião
2.2 VOCÊ PARTICIPA DA DEFINIÇÃO DAS METAS E DOS OBJETIVOS RELACIONADOS COM O SEU
TRABALHO?
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca ( ) Não tenho opinião
2.3 VOCÊ CONSIDERA QUE SEU TRABALHO É AVALIADO DE FORMA JUSTA PELOS SEUS
SUPERIORES?
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca ( ) Não tenho opinião
2.4 VOCÊ É INFORMADO PELO SEU SUPERIOR IMEDIATO SOBRE O QUE ELE ACHA DO SEU
TRABALHO?
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca ( ) Não tenho opinião
2.5 VOCÊ CONSIDERA QUE É SUA RESPONSABILIDADE CONTRIBUIR PARA O SUCESSO DO
CAMPUS?
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca ( ) Não tenho opinião
2.6 O SEU TRABALHO LHE DÁ UM SENTIMENTO DE REALIZAÇÃO PROFISSIONAL?
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca ( ) Não tenho opinião
3 VALORIZAÇÃO/RECONHECIMENTO
3.1 VOCÊ SE SENTE VALORIZADO NO CAMPUS ARARANGUÁ?
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca ( ) Não tenho opinião
3.2 VOCÊ SE SENTE VALORIZADO PELA DIREÇÃO DO CAMPUS ARARANGUA?
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca ( ) Não tenho opinião
3.3 VOCÊ SE SENTE VALORIZADO PELA CHEFIA DE SEU DEPARTAMENTO?
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca ( ) Não tenho opinião
3.4 VOCÊ SE SENTE VALORIZADO PELOS COLEGAS?
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca ( ) Não tenho opinião
3.5 VOCÊ SE SENTE SEGURO EM DIZER O QUE PENSA?
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca ( ) Não tenho opinião
3.6 OS SERVIDORES SÃO TRATADOS COM RESPEITO, INDEPENDENTEMENTE DOS SEUS
CARGOS?
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca ( ) Não tenho opinião
4 RELACIONAMENTO INTERPESSOAL/TRABALHO EM EQUIPE/MOTIVAÇÃO
4.1 O CLIMA DE TRABALHO DA SUA EQUIPE É BOM?
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca ( ) Não tenho opinião
4.2 EXISTE COOPERAÇÃO NA SUA EQUIPE?
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca ( ) Não tenho opinião
4.3 VOCÊ SE RELACIONA BEM COM SEUS COLEGAS DE EQUIPE?
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca ( ) Não tenho opinião
4.4 VOCÊ SE RELACIONA BEM COM SUA CHEFIA IMEDIATA?
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca ( ) Não tenho opinião
4.5 VOCÊ SE CONSIDERA RESPEITADO PELO SUA CHEFIA IMEDIATA?
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca ( ) Não tenho opinião
4.6 O CLIMA DE TRABALHO DO CAMPUS É BOM?
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca ( ) Não tenho opinião
4.7 EXISTE COOPERAÇÃO ENTRE OS SETORES / DEPARTAMENTOS DO CAMPUS?
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca ( ) Não tenho opinião
4.8 VOCÊ SE RELACIONA BEM COM SEUS COLEGAS DE OUTROS SETORES / DEPARTAMENTOS?
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca ( ) Não tenho opinião
4.9 VOCÊ SE RELACIONA BEM COM A CHEFIA DE OUTROS SETORES / DEPARTAMENTOS?
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca ( ) Não tenho opinião
4.10 VOCÊ SE SENTE MOTIVADO PARA O TRABALHO?
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca ( ) Não tenho opinião
4.11 INDIQUE OS 03 (TRÊS) PRINCIPAIS FATORES QUE GERAM INSATISFAÇÃO NO SEU
TRABALHO:
( ) Falta de reconhecimento
( ) Salário
( ) Ambiente de trabalho ruim
( ) O trabalho que realiza
( ) Instalações inadequadas
( ) Falta de autonomia
( ) Falta de recursos
( ) Relacionamento com a chefia
( ) Relacionamento com os colegas
( ) Sobrecarga de trabalho
( ) Outro. Qual __________________________
5 CONDIÇÕES FÍSICAS DO TRABALHO
5.1 VOCÊ ACHA QUE AS INSTALAÇÕES OFERECIDAS PELO CAMPUS SÃO ADEQUADAS PARA
REALIZAÇÃO DO TRABALHO?
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca ( ) Não tenho opinião
5.2 COMO VOCÊ CONSIDERA AS CONDIÇÕES AMBIENTAIS DO SEU LOCAL?
E – Excelente P – Proficiente S – Satisfatório I – InsuficienteTemperatura ( ) E ( ) P ( ) S ( ) I
Espaço ( ) E ( ) P ( ) S ( ) I
Iluminação natural ( ) E ( ) P ( ) S ( ) I
Iluminação artificial ( ) E ( ) P ( ) S ( ) I
Mobiliário – quantidade ( ) E ( ) P ( ) S ( ) I
Mobiliário – conservação ( ) E ( ) P ( ) S ( ) I
Limpeza ( ) E ( ) P ( ) S ( ) I
Instalações Sanitárias ( ) E ( ) P ( ) S ( ) I
5.3 QUAIS SUGESTÕES VOCÊ PODE DAR PARA MELHORAR AS CONDIÇÕES FÍSICAS PARA
DESENVOLVIMENTO DO SEU TRABALHO?
_________________
6 COMUNICAÇÃO
6.1 VOCÊ ACHA QUE A COMUNICAÇÃO REALIZADA NO CAMPUS É EFICIENTE?
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca ( ) Não tenho opinião
6.2 VOCÊ CONSIDERA OS CANAIS DE COMUNICAÇÃO UTILIZADOS NO CAMPUS ADEQUADOS?
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca ( ) Não tenho opinião
6.3 QUAIS VOCÊ ACHA QUE DEVERIAM SER UTILIZADOS? DEIXE SUA SUGESTÃO.
6.4 QUAIS CANAIS DE COMUNICAÇÃO VOCÊ UTILIZA/CONSULTA SEMANALMENTE?
( ) Sítio Geral do IF-SC
( ) Sítio do Campus Araranguá
( ) Intranet
( ) Fórum do Campus
( ) Mural
( ) Reunião Geral
( ) Outro. Qual (is)? ____________
6.5 QUAIS CANAIS DE COMUNICAÇÃO VOCÊ UTILIZA/CONSULTA DIARIAMENTE?
( ) Sítio Geral do IF-SC
( ) Sítio do Campus Araranguá
( ) Intranet
( ) Fórum do Campus
( ) Mural
( ) Reunião Geral
( ) Outro. Qual (is)?____________________________
7 IMAGEM (REPUTAÇÃO) DO CAMPUS
7.1 VOCÊ CONSIDERA O CAMPUS ARARANGUÁ UM LUGAR BOM PARA TRABALHAR?
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca ( ) Não tenho opinião
7.2 O CAMPUS DESFRUTA DE UMA BOA IMAGEM ENTRE OS SERVIDORES?
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca ( ) Não tenho opinião
7.3 VOCÊ ACHA QUE O CAMPUS DESFRUTA DE UMA BOA IMAGEM PERANTE A COMUNIDADE?
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca ( ) Não tenho opinião
7.4 DE MODO GERAL, COMO VOCÊ CLASSIFICA O CAMPUS HOJE, EM RELAÇÃO A COMO ELE
ERA QUANDO VOCÊ FOI ADMITIDO?
( ) Muito melhor
( ) Melhor
( ) Igual
( ) Pior
( ) Muito pior
O que pode ser feito para melhorar? ________________________________
7.5 COMO VOCÊ SE IMAGINA DAQUI A DOIS ANOS?
( ) Trabalhando no campus, no mesmo cargo
( ) Trabalhando no campus, em outro cargo
( ) Trabalhando em outro campus/reitoria, no mesmo cargo
( ) Trabalhando em outro campus/reitoria, em outro cargo
( ) Trabalhando em outra instituição, no mesmo cargo
( ) Trabalhando em outra instituição, em outro cargo
( ) Trabalhando por conta própria
8 TREINAMENTO/DESENVOLVIMENTO
8.1 O TREINAMENTO QUE VOCÊ RECEBE O CAPACITA A FAZER BEM O SEU TRABALHO?
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca ( ) Não tenho opinião
8.2 VOCÊ GOSTARIA DE FAZER QUE TIPO DE CAPACITAÇÃO DE CURTA DURAÇÃO?
( ) Interna. São aquelas realizadas pelo IF-SC.
( ) Externas. São realizadas por outras instituições.
8.3 QUAL TIPO DE CAPACITAÇÃO VOCÊ GOSTARIA DE FAZER?
( ) Aquela específica do trabalho que você realiza / área de conhecimento.
( ) Aquelas que tratam de motivação, liderança, relacionamento interpessoal, etc.;
( ) Outra. Qual (is)?_____________________________________
8.4 VOCÊ GOSTARIA DE FAZER UM CURSO DE EDUCAÇÃO FORMAL? QUAL?
( ) Não
( ) Graduação
( ) Especialização
( ) Mestrado
( ) Doutorado
(...)Pós-doutorado.
Cite a área desejada.________________________________
9 AVALIAÇÃO DA PESQUISA
9.1 O MODELO DE QUESTIONÁRIO ATENDEU ÀS SUAS EXPECTATIVAS?
( ) Sim
( ) Em boa parte
( ) Em pequena parte
( ) Não
( ) Talvez
( ) Não tenho opinião
9.2 VOCÊ ACREDITA QUE A ANÁLISE DO RESULADO DO QUESTIONÁRIO SE CONCRETIZARÁ EM
BENEFÍCIOS PARA O CAMPUS?
( ) Sim
( ) Em boa parte
( ) Em pequena parte
( ) Não
( ) Talvez
( ) Não tenho opinião
9.3 DEIXE SUA SUGESTÃO, CRÍTICA OU COMENTÁRIOS.
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