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DIAGNÓSTICO MERCADOLÓGICO E PROPOSTAS DE INCLUSÃO NO
MERCADO DIGITAL: UM ESTUDO DE CASO DA EMPRESA TREVO & CIA
Alunos (as): Bruna Bressan da Silva e Caroline da Silva Fraga
Orientador(a): Prof. Ms. Emillie Michels
RESUMO
O presente artigo buscou realizar um diagnóstico mercadológico da empresa Trevo & Cia e
apresentou propostas para incluir a empresa no Mercado Digital. Além disso, foram destacados
alguns conceitos sobre Marketing, Marketing Digital, E-commerce e Redes Sociais que a
empresa poderá vir a implantar. O objetivo geral foi diagnosticar a empresa e apresentar
propostas para incluí-la no Mercado Digital. E o objetivo específico foi caracterizar a empresa
objeto de estudo de caso, apresentar os setores e áreas organizacionais de forma fundamentada
e apresentar propostas de inclusão no Mercado Digital, a fim de colaborar para o
desenvolvimento organizacional. Para a coleta e análise dos dados utilizou-se o estudo de caso,
através de uma pesquisa quali-quantitativa. Os dados foram colhidos de fontes bibliográficas e
documentais, para levantar informações relevantes para o desenvolvimento das propostas.
Destarte, ao final da pesquisa, visualizou-se a importância da inclusão da empresa no Mercado
Digital, visto que a utilização da internet vem ampliando a cada dia e através dela é possível
criar uma grande rede de relacionamento tanto no processo de compra quanto no de venda e na
difusão da marca da organização.
Palavras-chave: Diagnóstico Mercadológico. Marketing. Marketing Digital. E-commerce.
Redes Sociais.
1 INTRODUÇÃO
O diagnóstico organizacional é um instrumento de levantamento e análise da situação
atual da empresa, é a primeira etapa de um processo de consultoria e visa proporcionar à
organização as condições necessárias para que seja possível se desenvolver e se aprimorar para
que seu desempenho atinja níveis satisfatórios de eficiência e eficácia. É um instrumento de
coleta de informações da empresa e de análise do ambiente interno e externo das organizações,
que busca identificar seus pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças. Além disso, também
é possível identificar os possíveis problemas, falhas ou ineficiências na gestão organizacional.
O mercado atualmente apresenta mais particularidades e incertezas do que antigamente,
por consequência da globalização, do surgimento de novas tecnologias e de outros fatores que
contribuem para isso. É preciso que os empreendedores adaptem constantemente o seu negócio
às novas exigências do mercado, para que consiga garantir competitividade. Este processo é
conhecido como mudança organizacional, é uma resposta cada vez mais comum e urgente no
mundo corporativo. (MARQUES, 2016).
A mudança organizacional refere-se a qualquer alteração que aconteça na empresa que
pode ser devido a fatores internos ou externos, que pode ou não ser planejada. Ela causa
reformas profundas na base de uma organização que são os colaboradores, a estrutura, cultura
e trabalho. Os empreendedores precisam estar atentos às tendências do mercado, se preparando
previamente e respondendo de forma rápida e ágil as transformações que elas provocam.
(MARQUES, 2016).
Neste processo natural de transformações, a compreensão da importância do
desenvolvimento organizacional é imprescindível para uma análise de tudo o que está
ocorrendo no ambiente interno e externo da organização. Além disso, envolve a análise e
decisão do que precisa ser mudado, fazendo a intervenção necessária para causar essa mudança,
para que a empresa se torne mais eficaz, adaptável às mudanças, conciliando as necessidades
humanas fundamentais com os objetivos e metas da organização. (CHIAVENATO, 1993).
Quanto aos objetivos, definiu-se como objetivo geral realizar um diagnóstico da
empresa Trevo & Cia e apresentar propostas para incluí-la no Mercado Digital. E o seguinte
objetivo específico, caracterizar a empresa objeto de estudo de caso, apresentar os setores e
áreas organizacionais de forma fundamentada e apresentar propostas de inclusão no Mercado
Digital, a fim de colaborar para o desenvolvimento organizacional.
A justificativa da pesquisa se tangibiliza com o momento em que está a empresa objeto
de estudo de caso. A Trevo & Cia é uma empresa de distribuição de molas e peças que está há
11 anos no mercado. Atualmente, está passando por uma fase de crescimento em que necessita
se adequar ao mercado e para isso é necessário que esteja no Mercado Digital para melhorar a
comunicação com o seu público, aumentar o seu faturamento, número de vendas e
consequentemente ter mais sucesso no seu negócio.
A importância da pesquisa está em fazer com que a empresa possa conquistar uma nova
posição no mercado, se tornar mais conhecida, proporcionar serviços e atendimentos mais
agradáveis para satisfazer seus atuais e futuros clientes.
O presente artigo encontra-se estruturado em cinco partes, constando como primeira a
parte introdutória, no qual é exposto o problema de pesquisa acompanhado dos objetivos geral
e específicos envolvidos. Na segunda parte tem-se uma contextualização teórica do tema
abordado, para tanto são expostas as principais vertentes dos estudos desta área de
conhecimento. A terceira parte trata dos aspectos metodológicos sob os quais a pesquisa será
executada. A quarta parte traz a apresentação e análise dos resultados, descrevendo a
caracterização da organização e o diagnóstico do Mix de Marketing da empresa e ainda,
posteriormente serão apresentadas propostas de inclusão da empresa no Mercado Digital. Na
quinta parte têm-se as considerações finais onde são retomados os objetivos da pesquisa e dadas
as sugestões para a empresa. Por fim, as referências bibliográficas encerram o artigo.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL
De acordo com Pasetto e Mesadri (2012), o diagnóstico organizacional é feito por
empresas que desejam atingir objetivos específicos, como implantar ou implementar os seus
processos. Com ele as organizações podem tomar medidas corretivas, facilitar a organização da
empresa, controlar periodicamente o funcionamento da administração, verificar os fatores que
limitam o desenvolvimento da administração, tornar clara a situação da administração e
comparar a empresa com outras similares.
O diagnóstico serve para identificar o que tem que ser aplicado ou melhorado na
empresa. É por meio de técnicas e metodologias específicas que as reais necessidades de
mudança na empresa serão detectadas, com o propósito de melhoria na eficiência do trabalho.
Depois de detectados os seus reais problemas existentes, será possível determinar qual o plano
de ação será executado pela empresa.
Em resumo, considerando a definição do autor pode-se afirmar que o diagnóstico é
definido como um processo interativo de um agente que não participa da organização e nem de
suas atividades. Ele é contratado para auxiliar os executivos e profissionais a tomarem decisões
de seus processos, mas não é o responsável pela tomada de decisões. (OLIVEIRA, 2006).
A Teoria do Desenvolvimento Organizacional que proporciona bases para a elaboração
e entendimento da utilidade de um diagnóstico organizacional. Ela diz respeito a um conjunto
de ações que tem o objetivo de aperfeiçoar e maximizar o desenvolvimento e a gestão
corporativa de uma empresa de forma contínua, analisando precisamente a cultura de uma
organização. São reunidas as atividades e tarefas que são realizadas por diferentes profissionais
e equipes, ambos têm o mesmo objetivo em comum, de alcançar bons resultados para uma
determinada empresa.
De acordo com Chiavenato (1993), o desenvolvimento organizacional significa uma
resposta da organização em meio às mudanças, que está destinado a mudar atitudes, valores,
comportamentos e a estrutura de uma organização, se adaptando aos novos mercados,
tecnologias, problemas e desafios que estão surgindo de forma crescente.
Dessa maneira a teoria do desenvolvimento organizacional surgiu como uma forma de
mudar atitudes, valores, pensamentos, recursos e estruturas corporativas, possibilitando as
organizações se manterem firmes perante os desafios e buscando sempre se manterem
atualizadas, através das exigências de um mercado altamente competitivo.
2.2 MARKETING
Segundo Moraes (2008), o marketing tem como seu principal objetivo buscar novos
clientes, assim agregando valor ao concorrente, e conseguindo manter seus clientes atuais para
deixá-los satisfeitos.
Em conclusão, considerando a definição dos autores, pode-se afirmar que o marketing
não está relacionado apenas com vendas e propagandas, comerciais de TV, catálogos,
telemarketing e e-mails de venda. Mas busca satisfazer as necessidades dos clientes, para isso
é necessário que o empreendedor entenda as necessidades de seus clientes, desenvolvendo
produtos que ofereçam valor superior, distribuindo os produtos e promovendo-os de maneira
eficiente. (KOTLER; ARMSTRONG, 2015).
Desde a metade dos anos 1960, o paradigma da gestão do Composto de Marketing
baseado nos 4Ps, o qual foi concebido por McCarthy, tem sido o modelo tradicionalmente
utilizado pela maioria dos educadores e profissionais de marketing (SILVA et al., 2006). Com
base nesse contexto serão expostas algumas considerações relevantes sobre o Mix de Marketing,
considerando o primeiro P como sendo produtos e serviços.
De acordo com Reichelt (2013), o “P” de produto diz respeito aos produtos e serviços
que uma empresa oferta ao mercado, buscando satisfazer as necessidades de seu público-alvo.
Além disso, uma empresa também oferta a sua marca e sua embalagem. É a primeira decisão
do Composto de Marketing, pois não é possível decidir os outros Ps, se a empresa não tiver
produtos ou serviços que possa oferecer aos seus clientes.
Por último, considerando a definição dos autores, pode-se afirmar que o produto pode
ser definido como algo que possa ser oferecido ao mercado para apreciação, aquisição, uso e
consumo que satisfaça um desejo ou uma necessidade do consumidor. Os produtos não incluem
somente produtos tangíveis como, carros, computadores e celulares, mas também abrangem
serviços que podem ser eventos, pessoas, lugares, organizações, ideias ou uma mistura de todos.
(KOTLER; ARMSTRONG, 2015).
O segundo P, é apresentado pelo preço que a empresa vende os seus produtos, a fim, de
obter um retorno financeiro e, consequentemente, um pleno crescimento da organização. De
acordo com Kotler e Armstrong (2007), o preço é a quantia em dinheiro que uma empresa cobra
por um produto ou serviço. Ele é a soma de todos os valores que os consumidores trocam pelos
benefícios de obter ou utilizar um produto ou serviço. É o único elemento do Mix de Marketing
que produz receita, pois todos os outros representam custos, podem ser alterados rapidamente
e afetam diretamente os resultados financeiros de uma empresa.
Desta maneira, considerando a definição do autor, pode-se afirmar que o preço nos dias
de hoje é uma função de concorrência e de posicionamento desejado pela empresa, não somente
de custos. Os custos são apenas elementos na formação do preço e não o principal deles. Para
isso, as empresas precisam adaptar seus custos para que possam se manter competitivas no
mercado. (REICHELT, 2013).
O terceiro P, é a praça, um elemento que mostra o meio de distribuição dos produtos
que a empresa oferece de uma forma eficiente e rápida aos seus clientes. De acordo com Casas
(2009), a distribuição é uma forma eficiente de levar os produtos até os consumidores finais.
Ela proporciona facilidade de lugar e de tempo, vendendo os produtos em lugares certos e no
tempo certo. Para isso é importante colocar os produtos em estabelecimentos apropriados,
épocas certas, com preços acessíveis ao consumidor, pois é um fator decisivo para o sucesso de
uma estratégia mercadológica. Além desses fatores o administrador precisa pensar em como irá
gerenciar os seus estoques, para que não faltem produtos, considerando não somente os custos,
mas a movimentação das mercadorias, providenciar transportes, condições para manuseio e
armazenamento.
Enfim, considerando a definição do autor, pode-se afirmar que os canais de distribuição
são sistemas que envolvem organizações, pessoas, recursos como estoques, prédios,
equipamentos e processos para disponibilizar produtos e serviços aos consumidores. Para isso,
é necessário que o produto esteja no lugar, momento e forma como o consumidor espera. Com
isso as empresas precisam estar instaladas onde acontece o consumo, pois seus consumidores
podem estar espalhados em amplas áreas geográficas. (URDAN, 2006).
E, por último, o quarto P, é apresentado a promoção, uma forma de fazer marketing dos
produtos, divulgando informações sobre os mesmos, que possa chamar a atenção do cliente e
fazer com que ele venha adquirir o produto. De acordo com Peter e Olson (2010), as promoções
são desenvolvidas pelos profissionais de marketing, para transmitir informações sobre os
produtos de uma empresa, convencendo os clientes a comprá-los. A promoção é composta de
quatro elementos que são a propaganda, promoção de vendas, venda pessoal e publicidade.
Em síntese, considerando a definição do autor pode-se afirmar que a comunicação de
marketing consiste nos esforços realizados por uma empresa, para transmitir informações sobre
ela aos demais membros da rede, influenciando atitudes e comportamentos. Com isso a
comunicação quer dizer ao seu público que o produto certo está disponível, no preço certo e na
praça certa. (NEVES, 2007).
2.2.1 Marketing Digital
De acordo com Kotler (2017), a era digital transformou a maneira como as empresas
comercializam seus produtos e serviços. Antes os consumidores ouviam com atenção a
transmissão de conteúdo das empresas pela mídia tradicional, eles não possuíam escolha, pois
os únicos meios de propagação eram através de jornais, outdoors, revistas, TV’s, rádios e
panfletos. Empresas e consumidores não tinham interação entre si e não era possível saber
quantas pessoas tiveram acesso aos meios de propagação. Além de atingir um grande público,
não era possível mensurar precisamente sua qualidade.
O Marketing Digital surgiu para que as empresas possam divulgar e expor os seus
produtos fazendo uso de Mídias Sociais. Atualmente, os consumidores têm à disposição um
grande volume de conteúdo gerado por outros usuários, dentre eles os consumidores irão
considerar aquele que é mais importante, confiável e atraente. (PEÇANHA, 2017).
A organização pode mensurar quais pessoas acessaram suas Mídias Sociais, saber qual
sua localização, faixa etária e páginas que acessaram. Melhorou também o alcance, pois é
possível alcançar indivíduos do mundo inteiro com anúncios e conteúdo. (PEÇANHA, 2017).
De acordo com os autores Junior e Azevedo (2015), o Marketing Digital é a atividade
estratégica da empresa que utiliza ferramentas de marketing por meio da internet. É um trabalho
que visa à fidelização do cliente, à avaliação imediata do impacto das estratégias de
comunicação utilizadas e à melhoria do relacionamento empresa-cliente de forma dinâmica.
Neste trabalho, apresentar-se-á o E-Commerce e as Redes Sociais como ferramentas de inclusão
da empresa no mercado digital.
O E-commerce, mais conhecido como comércio eletrônico, é um modelo de comércio
que utiliza plataformas eletrônicas, como computadores, smartphones, tablets, entre outros.
Nasceu com o surgimento da internet, facilitando todo o processo de compra e venda entre
empresas e clientes, deixando de ser somente um meio para empresas venderem produtos de
menor valor como livros, cds e dvds para também negociar produtos mais caros como iates,
mansões, aviões, obras de arte entre outros produtos de luxo. Além disso, através do E-
Commerce a uma variedade muito maior de produtos. (TURCHI, 2012).
De acordo com O’Brien e Marakas (2013), as empresas consideram atualmente que o
E-commerce é mais do que simplesmente comprar ou vender produtos online. Pois envolve
todo o processo online de desenvolvimento, marketing, vendas, entrega, atendimento e
pagamento de produtos e serviços, através deles as empresas estão mudando a sua forma de
competir, melhorando a velocidades das ações e simplificando o fluxo de interações.
Conforme Vicente (2015), A única desvantagem de se utilizar o E-Commerce é do
cliente ter que esperar pela mercadoria, que varia de dois a três dias, a uma ou duas semanas
conforme a distância da residência do comprador em relação à origem da mercadoria. Quando
ele é importado esse tempo varia de um mês ou mais. (VICENTE, 2015).
Em síntese, considerando a definição do autor pode-se afirmar que os sites E-Commerce
disponibilizam um mostruário com as mercadorias que estão à venda e também os preços,
detalhes sobre produtos, modelos, funções, marca, entre outros. Com isso, o cliente pode
escolher seu produto dentro do que mais lhe interessa e adicioná-los ao seu carrinho de compras,
informando os produtos que o cliente selecionou para comprar, além de também selecionar a
forma de pagamento e depois finalizar a transação. Feito isso, é só o cliente aguardar para que
seu produto chegue. (VICENTE, 2015).
Desta maneira, segundo a definição do autor, pode-se definir que o E-Commerce
possibilita a troca de mercadorias, que podem ser tangíveis ou intangíveis entre diferentes países
por meio da internet. Por meio dele há o compartilhamento de informações de negócios e o
estabelecimento de relações de transações comerciais. (STEFANO; ZATTAR, 2016).
Já as Redes Sociais são estruturas sociais compostas por pessoas ou organizações, que
estão conectadas por um ou vários tipos de relações, que partilham valores e objetivos em
comum. Elas permitem o compartilhamento de informações, conhecimentos, interesses e
esforços em busca de objetivos comuns. Elas alinham a tecnologia com a liberdade de
expressão, fazendo com que pessoas de várias nacionalidades, religiões, classes sociais e
opiniões façam parte do mesmo espaço. (TURCHI, 2012).
As Redes Sociais surgiram para que as pessoas deixem de ser meras receptoras de
informação para produzirem conteúdo, isso modificou a forma como as pessoas utilizam a
internet. Além disso, possibilitam a divulgação, disseminação de uma cultura, produtos ou
serviços. A comunicação entre as pessoas nas Redes Sociais acontece por meio de envio de e-
mails, principais Redes Sociais como Orkut, Twitter, Facebook, You Tube, Whatsapp, entre
outros. (MACEDO, 2012).
Desta maneira, empresas que não interagem no mundo virtual deixam de participar, e
de se comunicar com milhares de pessoas que poderão ser, inclusive no caso das empresas, seus
clientes potenciais. Além disso, elas estão substituindo aos poucos os meios tradicionais de
comunicação, pois hoje as pessoas interagem, consomem, criam e mantém laços afetivos, além
de produzirem conteúdo, expressam emoções e formam opiniões muito mais rápido.
De acordo com Torres (2009), as Redes Sociais compreendem a um conjunto de
relacionamentos contínuos e duradouros entre as pessoas e comunidades, que são integrantes.
Elas possuem um valor próprio, pois criam uma rede sólida de informações. Nas Redes Sociais,
as pessoas não influenciam somente pessoas de seu relacionamento próximo. Mas também
vários grupos de comunidades às quais pertencem, criando o efeito viral, que se multiplica e
amplifica qualquer mensagem que seja de interesse coletivo.
Em suma, considerando a definição do autor, pode-se afirmar que as Redes Sociais
podem ser definidas como um grupo de pessoas, de organizações ou de outros relacionamentos
que estão conectadas por um conjunto de relações sociais, como amizade, pessoas que
trabalham em conjunto ou simplesmente a troca de informação nas Redes Sociais. (LAS
CASAS, 2010).
3 MÉTODOS E TÉCNICAS DA PESQUISA
Este estudo é uma pesquisa acadêmica que resulta do estágio supervisionado e
compreende uma visão sistêmica de um todo, tendo como técnica de pesquisa aplicada, a
documentação indireta (com fontes primárias e secundárias), envolvendo a pesquisa
documental.
A pesquisa documental é muito próxima da pesquisa bibliográfica. O elemento
diferenciador está na natureza das fontes: a pesquisa bibliográfica remete para as contribuições
de diferentes autores sobre o tema, atentando para as fontes secundárias, enquanto a pesquisa
documental recorre a materiais que ainda não receberam tratamento analítico, ou seja, as fontes
primárias. Essa é a principal diferença entre a pesquisa documental e pesquisa bibliográfica. No
entanto, chamamos a atenção para o fato de que: na pesquisa documental, o trabalho do
pesquisador (a) requer uma análise mais cuidadosa, visto que os documentos não passaram
antes por nenhum tratamento científico (OLIVEIRA, 2007).
A natureza quanto ao objeto foi utilizada a pesquisa bibliográfica e, quanto aos
objetivos, a pesquisa descritiva. A pesquisa bibliográfica é a coleta, seleção e utilização de
documentos sobre um determinado assunto. Por sua vez, documento é toda a informação na
forma oral, escrita ou visualizada. Ou seja, é qualquer informação sob a forma de texto, imagem,
som, sinais, gravações, obras de arte ou históricas, documentos oficiais, jurídicos, etc.
(LAKATOS; MARCONI, 2001).
De acordo com Gil (2007), as pesquisas descritivas têm como objetivo primordial
a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou, então, o
estabelecimento de relações entre variáveis. Por fim, o estudo teve como método de
procedimento, o método do estudo de caso, com abordagens qualitativas e quantitativas
aplicadas, para obter a preparação do presente estudo.
Yin (2005) define o estudo de caso como único e múltiplo. Já André (2005) reúne
o estudo de caso em quatro grandes grupos: etnográfico (um caso é estudado em profundidade
pela observação participante); avaliativo (um caso ou um conjunto de casos é estudado de forma
profunda com o objetivo de fornecer aos atores educacionais informações que os auxiliem a
julgar méritos e valores de políticas, programas ou instituições); educacional (quando o
pesquisador está preocupado com a compreensão da ação educativa); e ação (busca contribuir
para o desenvolvimento do caso por meio de feedback).
Segundo Yin (2001), o estudo de caso representa uma investigação empírica e
compreende um método abrangente, com a lógica do planejamento, da coleta e da análise de
dados. Pode incluir tanto estudos de caso único quanto de múltiplos, assim como abordagens
quantitativas e qualitativas de pesquisa.
No entendimento de Stake (2000), o estudo de caso caracteriza-se pelo interesse em
casos individuais e não pelos métodos de investigação que pode abranger. Chama a atenção
para o fato de que “nem tudo pode ser considerado um caso”, pois um caso é “uma unidade
específica, um sistema delimitado cujas partes são integradas”.
Para Minayo (2002) a pesquisa qualitativa “responde a questões particulares”. Em
Ciências Sociais, preocupa-se com “um nível de realidade que não pode ser quantificado”, ou
seja, “ela trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores,
atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos processos e dos
fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis”.
A entrevista qualitativa é flexível e aberta. Segundo Sampieri et al (2003), “define-
se como uma conversa entre uma pessoa (o entrevistador) e outra (o entrevistado) ou outras
como um pequeno grupo ou uma família”.
Berelson (in D’Ancora, 2001) define metodologia quantitativa como a “descrição
objetiva, sistemática e quantitativa do conteúdo manifesto da comunicação”. Segundo Bauer e
Gaskell (2003), a pesquisa quantitativa “lida com números, usa modelos estatísticos para
explicar os dados e é considerada pesquisa hard”.
Goldemberg (2002) afirma que os métodos quantitativos “simplificam a vida social
limitando-a aos fenômenos que podem ser enunciados” e acrescenta que “as abordagens
quantitativas sacrificam a compreensão do significado em troca do rigor matemático”.
4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
Este capítulo apresenta os resultados obtidos através da entrevista informal feita com o
proprietário. Inicialmente, é apresentada a caracterização da organização, contendo
informações sobre o histórico da empresa. Em seguida, apresenta-se o diagnóstico do Mix de
Marketing realizado na empresa e, por fim, serão apresentadas as propostas para incluir a
empresa no Mercado Digital.
Com relação à caracterização a Trevo & Cia é uma empresa de distribuição que trabalha
com molas e peças para alguns tipos de veículos leves e pesados. Ela foi fundada em 23 de
fevereiro de 2006 e está localizada na Rua Januário Corrêa Bittencourt, no bairro Vila
Esperança em Tubarão-SC, próxima à marginal da Br 101. A empresa é constituída pelo
proprietário Dilnei Carara Bressan e dois sócios, sendo um deles a sua esposa Zelândia
Fernandes Antunes Bressan e seu filho Maycon Antunes Bressan.
As razões que impulsionaram o administrador a abrir a sua própria empresa, foram
a de já possuir conhecimento no negócio, contribuir com a sociedade, ter o seu próprio negócio
sem ter que trabalhar sempre para os outros e poder realizar o seu sonho. Além disso, na época
quase não existiam distribuidoras em Tubarão e nem oficinas mecânicas e a partir de então
resolveu atuar na sua área. Montou primeiramente uma oficina mecânica com o nome fantasia
de Molas Trevo, que foi fundada no ano de 1995, na qual está há 22 anos no mercado.
Enfrentou alguns problemas como a queda do galpão aonde trabalhavam, mas ele
o reergueu novamente e mudou a sua estrutura após algum tempo e depois mudou de local.
Após 11 anos resolveu abrir também uma distribuidora de molas e peças na qual é responsável
pelas duas até hoje.
Desde a sua fundação em 2006, a empresa conseguiu construir uma trajetória sólida,
passando por um processo de crescimento. A empresa assumiu o seu principal objetivo que era
superar as expectativas de seus clientes, investindo no atendimento e adquirindo ampla
variedade de produtos.
A maior parte dos clientes da organização são caminhoneiros de diversas classes
sociais, que estão situados em diversas cidades como Laguna, Criciúma, Imbituba, Rio Grande
do Sul, Capivari de Baixo, Tubarão entre outras.
A empresa oferece aos seus clientes qualidade nos produtos e serviços oferecidos e
bons preços. Além disso, conta com seus fornecedores que são a Gijon, Molas Marchetti, Iabv,
Líder, Faz, Suspenflex, Fama, entre outros, que produzem produtos de qualidade e segurança
para os seus consumidores.
A empresa não possui uma área de gestão de marketing estruturada formalmente, porém
ressalta-se que alguns processos, relacionados ao Mix de Marketing, são desenvolvidos. No que
se refere à estrutura organizacional, a empresa apresenta um organograma estruturado, com um
quadro funcional composto por três colaboradores, além do proprietário e dos sócios. A
empresa possui um auxiliar administrativo, um comprador e vendedor interno.
Em relação aos produtos, possui produtos de qualidade que garantem confiabilidade,
são comprados de bons fornecedores e são entregues para os clientes dentro do horário
combinado. Possuem durabilidade, boa aparência e sua qualidade é percebida pelo cliente, além
disso, possuem boa aparência, tradição, marca e reputação. São feitos de bons materiais, que
garantem a segurança dos motoristas.
Quanto ao nome da marca a empresa conta com seus principais fornecedores, como
Molas Marchetti, Gijon, Líder, Fama, Faz, Suspenflex, Obenaus, Souza Truck, Maucor, Iabv,
entre outros, mas não possui fabricação própria. Sobre a variedade de produtos, ela possui
ampla variedade de produtos e marcas. Como produtos pode-se citar as molas, buchas,
deslizantes, grampos, suportes, pinos de centro, parafusos, calços, entre vários outros produtos
que são utilizados em veículos pesados como ônibus, micro-ônibus, caminhões, semirreboques,
entre outros, além de alguns tipos de veículos leves como caminhonetes, utilitários e
camionetas. As peças são compradas para diferentes anos e modelos de veículos como Scania,
Volvo, Volkswagem, Mercedes-Benz, Chevrolet, entre outros. Possuem diversos tamanhos,
larguras e espessuras.
No que diz respeito ao design, os produtos são feitos de materiais resistentes, possuem
marcas atrativas e também possuem vários formatos. Com relação às características os produtos
possuem cores vermelhas, cinzas, pratas, pretas e amarelas, são de diversos tamanhos e
modelos, que variam de produtos leves a produtos pesados. São feitos de materiais como
borracha, aço 1020 e aço 1045 temperado. Quanto às embalagens, somente produtos menores
vem embalados dos fornecedores, enquanto os maiores não possuem.
Com relação à política de preços de seus produtos, eles são formulados de acordo com
o custo das peças compradas de fornecedores, tamanhos, pesos e tipos, além de serem
analisados os preços dos concorrentes. A empresa oferece descontos aos clientes que pagam a
vista e até o dia do vencimento. E sobre a forma de pagamento os clientes podem pagar à vista,
no cartão, no cheque e através de boletos bancários que de acordo com o valor são parcelados.
Não são oferecidos aos clientes concessões e as condições de financiamento das mercadorias
compradas são feitas à vista e a prazo, para isso o proprietário mantém um capital de giro para
a compra das peças, mas também são adequadas as formas de pagamento dos clientes para que
a empresa não fique sem dinheiro para a compra das mercadorias e receba também antes de
pagar as mercadorias.
Quanto ao material promocional, a empresa não faz promoções de seus produtos, e
também não faz uso de publicidade e propaganda para divulgar aos seus clientes. Também não
são realizados eventos, nem divulgados os seus produtos por meio de sites e Mídias Sociais.
Sobre a praça os produtos que são comprados pela empresa são trazidos de fornecedores
que estão situados em outras cidades como Tubarão, São José, Rio dos Cedros, São Marcos,
Cambé, Mandaguari, entre outros. São trazidos acabados dos fornecedores, estocados e
vendidos. A sua localização fica próxima aos seus clientes que são pessoas físicas e jurídicas e
as mercadorias são entregues aos clientes dentro do horário combinado. Em relação aos
estoques a empresa compra seus produtos em menor quantidade, realizando pedidos mais
frequentes, mas muitas vezes alguns fornecedores atrasam os pedidos, além de vir somente uma
parte do pedido que está pronta.
4.1 ANÁLISE DE MERCADO
De acordo com Filho (2012), analisar o mercado significa identificar pessoas com renda
(ganhos) e disposição para gastá-la na aquisição dos seus produtos/serviços e assim estimar sua
provável demanda. Também significa ter condições de estabelecer previsões de vendas que
ajudem os empreendedores a planejarem corretamente e principalmente a alcançarem as metas
de marketing.
Em suma, considerando a definição do autor pode-se afirmar que a análise de mercado
é o processo de obtenção de informações que estão relacionadas ao mercado de atuação da
empresa, que podem impactar no seu sucesso ou no seu fracasso. Ela engloba tanto dados sobre
o segmento e o contexto em que a organização vai atuar, seu potencial público-alvo consumidor,
a relação do seu produto com seus fornecedores e também o posicionamento da concorrência.
(PEREIRA, 2017).
4.1.1 Análise da concorrência
De acordo com Iwakura (2009), as ações dos concorrentes devem ser acompanhadas
continuamente, que estão relacionadas a produtos, políticas de preços, canais de distribuição,
promoções, entre outros. As organizações têm muito mais concorrentes do que imaginam que
possuem, eles vão desde concorrentes diretos a concorrentes indiretos, que desejam possuir os
mesmos clientes, como consequência as empresas necessitam fazer maiores investimentos em
propaganda, pesquisa e projetos, além de se atualizar em termos tecnológicos e comerciais.
Assim, considerando a definição dos autores, uma empresa para ser bem sucedida
precisa oferecer mais valor e satisfação para os seus clientes do que os seus concorrentes. É
mais do que simplesmente se adaptar as necessidades de seus consumidores-alvo, pois é
necessário obter uma vantagem estratégica e posicionar as suas ofertas em relação às dos
concorrentes nas mentes de seus consumidores. (KOTLER; ARMSTRONG, 2015).
Abaixo no Quadro 1, serão apresentados os dados obtidos a partir da análise dos
concorrentes da Trevo & Cia
4.1.2 Análise de fornecedores
De acordo com Kotler e Armstrong (2015) os fornecedores têm uma importante
ligação com os clientes da empresa. Eles oferecem os recursos necessários para que a empresa
possa produzir seus bens e serviços. Além disso, as empresas hoje consideram os seus
fornecedores como parceiros na criação e na entrega de valor para o cliente, envolvendo seus
fornecedores no processo de entrega de um estilo de vida elegante e acessível aos seus clientes.
Desse modo, considerando a definição da autora, pode-se afirmar que as empresas
dependem de fornecedores para a compra de matéria-prima, produtos acabados ou serviços de
terceiros para poder atuar no mercado. Isso também influencia no resultado final de uma
empresa, sendo que a escolha de deus fornecedores deve estar ligada aos seus objetivos
estratégicos. Os fornecedores constituem um elo importante entre o produto e o cliente de uma
empresa, pois oferecem os recursos necessários para que uma empresa possa produzir os seus
bens e serviços. (SANTOS, 2016).
A seguir será apresentado o Quadro 2, que mostra os dados levantados sobre a análise
de fornecedores da Trevo & Cia.
4.1.3 Análise de clientes
De acordo com Dias (2006), os clientes são todos os indivíduos e famílias que adquirem
produtos e serviços para seu próprio consumo. Eles podem assumir diferentes papéis no
processo de compra, como especificadores, influenciadores, compradores, pagantes, usuários
ou aqueles que consomem os produtos, que percebem e que assumem atitudes diferenciadas
diante de estímulos de marketing.
Portanto, considerando a definição do autor pode-se afirmar que os clientes são o ponto
de chegada dos esforços de uma empresa. Os clientes não devem ser vistos apenas como
consumidor final mas todos os outros agregados que podem representar mercados-alvo para os
produtos da empresa. (HONORATO, 2004).
Posteriormente, será apresentado no Quadro 3, a análise dos clientes que fazem parte da
empresa Trevo & Cia.
4.2 MATRIZ BCG
De acordo com Dias (2006), a matriz BCG permite que a instituição consiga administrar
melhor o seu negócio como um todo, por meio da padronização e da visualização gráfica dos
diversos negócios da empresa. Com isso, a empresa pode decidir de forma eficiente onde
investirá em recursos.
Então, considerando a definição do autor, pode-se afirmar que a matriz BCG busca
relacionar os vários negócios da empresa conforme sua participação no mercado e o
crescimento de seu nicho, identificando os negócios ou linhas de produtos que podem ou não
serem lucrativos. (CAMPOS, 2016).
Seguidamente, na Figura 1, serão apresentados os produtos da empresa na Matriz BCG,
que foram classificados em produtos estrela, interrogação, vaca leiteira e abacaxi.
Figura 1 – Matriz BCG da empresa Trevo & Cia
Fonte: Elaborado pelas autoras (2017).
Os produtos estrela são as molas pneumáticas, balanças e as molas mestres que possuem
alto crescimento e alta participação do mercado, os produtos interrogação são os suportes,
buchas e pinos tensores, que possuem alto crescimento e baixa participação do mercado. Já os
produtos vaca leiteira são os parafusos, arruelas, porcas e grampos, que têm baixo crescimento
e alta participação e os abacaxi são as molas mestres da carreta de suspensão ar que têm baixo
crescimento e baixa participação de mercado.
4.3 MATRIZ SWOT
De acordo com Biagio e Batocchio (2012), para se obter a matriz SWOT é necessário
identificar os pontos fortes e fracos e analisar as oportunidades e ameaças. Com ela é possível
analisar a situação atual do negócio, que deve ser refeita regularmente, dependendo da
velocidade com que o ambiente, o setor e a própria empresa mudam.
Dessa maneira, considerando a definição do autor pode-se afirmar que a matriz SWOT
é uma forma de se fazer o diagnóstico estratégico de uma empresa ou de um produto. Através
dela, busca-se definir as relações existentes entre os pontos fortes e fracos, as oportunidades e
ameaças de uma organização e do mercado que está atuando. (MARQUES, 2013).
Em seguida, no Quadro 4, será apresentada a Matriz SWOT da empresa Trevo & Cia,
em que foram identificados os seus pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças.
Quadro 4 – Matriz SWOT da empresa Trevo & Cia
Pontos Fortes Pontos Fracos
Boa imagem e reputação agindo com
transparência e sinceridade;
Variedade de produtos que atingem
necessidades, expectativas e
exigências dos clientes; Preços mais acessíveis em relação
aos seus concorrentes;
Produtos de qualidade com maior
durabilidade e qualidade percebida; Boa localização, pois está próxima
de seus clientes; Clientes fidelizados pelo bom
atendimento e produtos oferecidos; Alto grau de satisfação de clientes
pois oferece bom atendimento e
negociação; Bom atendimento oferecido pelas
pessoas que fazem parte da
organização.
Falta de estoque que não atende a
sua demanda; Espaço físico que não traz
comodidade aos clientes;
Falta de investimento em
publicidade e propaganda,
impossibilitando aumento de vendas
e lucro. Atrasos de entrega de alguns
produtos, ocasionando perda de
vendas para os concorrentes.
Oportunidades Ameaças
Marketing Digital;
Adotar novas tecnologias, para
melhorar o gerenciamento de tarefas,
otimizar atividades e a gestão de
tempo; Comércio Eletrônico, possibilitando
vender através de lojas virtuais; Sustentabilidade, para se tornar mais
inovadora, responsável e rentável;
Novos Fornecedores, com prazos de
entrega menores e preços mais
baixos;
Mercado Digital;
E-Commerce.
Entrada de novos concorrentes com
o mesmo segmento podem ocasionar
a perda de clientes; Concorrentes existentes podem criar
novas estratégias;
Preços dos concorrentes mais baixos
geram risco para a empresa; Novas Tecnologias que seus
concorrentes possam vir a adotar; Aumento de preços pelos
fornecedores; Diminuição do poder de compra dos
clientes.
Fonte: Elaborado pelas Autoras (2017).
4.4 PLANO DE AÇÃO 5W2H
De acordo com Periard (2009), o 5W2H funciona como um mapeamento de
determinadas atividades que precisam ser desenvolvidas com o máximo de clareza possível por
parte dos colaboradores da empresa. Através dele é possível estabelecer o que será feito, quem
fará o quê, em qual período de tempo, em qual área da empresa e todos os motivos pelos quais
essa atividade deve ser feita. Além disso, deverá ser colocado como será feita a atividade e
quanto irá custar aos cofres da empresa tal processo.
Em resumo, considerando a definição do autor pode-se afirmar que a ferramenta 5W2H
é entendida como um plano de ação, ou seja, resultado de um planejamento como forma de
orientação de ações que deverão ser executadas e implementadas, sendo uma forma de
acompanhamento do desenvolvimento do estabelecido na etapa de planejamento. (FRANKLIN,
2006).
Logo após, será apresentado o Quadro 6, que trata das propostas de inclusão sugeridas
para a empresa, fazendo uso da ferramenta 5W2H.
Quadro 5 – Propostas de inclusão utilizando a ferramenta 5W2H da empresa Trevo &
Cia
5 PROPOSTAS DE INCLUSÃO DA EMPRESA NO MERCADO DIGITAL
A partir do diagnóstico feito na empresa e depois de levantados os possíveis problemas,
foi possível identificar qual a oportunidade que a empresa tem, que é a de estar no Mercado
Digital. Após ser identificado os elementos que compõe o Mercado Digital, foram escolhidos
aqueles que mais se adaptam as necessidades da empresa. Abaixo serão apresentadas as
seguintes propostas que a empresa poderá implantar.
A primeira proposta trata da implantação de um site próprio, que ainda não possui, é
importante para ganhar mais visibilidade e por consequência ter um número maior de clientes
da sua própria região e de outras. O site funcionará como uma vitrine do negócio da empresa e
reunirá todas as informações importantes para seu público-alvo. A criação do site gerará maior
credibilidade, romperá as barreiras geográficas permitirá que a empresa possa ter clientes de
qualquer lugar do mundo. Além disso, é possível saber quantas pessoas tiveram acesso ao site,
quais páginas foram mais acessadas e a duração do tempo de visualização das páginas. A seguir
será apresentado um modelo de site para a empresa.
Figura 2 – Modelo de Site
Fonte: Elaborado pelas Autoras (2017).
Conforme ilustrada a imagem acima o site será composto pela parte institucional que
fala do histórico da empresa, missão, visão e valores, catálogos virtuais com os produtos da
empresa, tipos, preços, complementos, tamanhos, larguras e espessuras, contato contendo
telefones, horário de atendimento, e-mail da empresa e também área para as pessoas anexarem
os seus currículos e marcarem serviços de manutenção Foram realizados orçamentos com as
empresas de Tubarão, que passaram as seguintes propostas comerciais.
O custo para a implantação de um site institucional com a empresa Freelive custa R$
2.000,00, leva 45 dias para ficar pronto, é adaptável a telas de celulares, tablets e SmartTV,
possui um painel de controle que permite acessar e modificar todo o conteúdo do site de forma
simples e fácil, layout limpo, moderno e atrativo, pode ser feito upload de imagens, vídeos,
áudio, PDF e documentos, página de blog para postar dicas e notícias para os clientes,
integração com Redes Sociais, formulário de contato e mensagens privadas e sistema de
atendimento de visitantes online, com aplicativo para smartphone. Como clientes de Tubarão
ela possui a Neotec, consultório da Dra. Sheila Soratto, Duron, entre outras.
A outra proposta comercial é da empresa Tecmedia, que já possui clientes de Tubarão
como a Pró-Vida, Itagres, Unitá Fiat, Prolincon, entre outras. Essa proposta diz respeito a um
website, que possuirá página inicial, parte institucional, banners, produtos, serviços, área para
divulgação de links das Redes Sociais, divulgação de notícias, contatos, atendimento online e
também conta com o Admin Wordpress, que é um gerenciador de conteúdo. O custo para a sua
implantação é de R$ 6.500,00. Ambas as propostas comerciais necessitaram da implantação de
um computador que custará em média R$ 2.000,00 e mais um funcionário com um salário de
1.500,00
A segunda proposta é incluir a organização numa Rede Social como o Facebook, pois é
a forma mais acessível de alcançar o seu público-alvo, compartilhar informações com os seus
clientes, divulgar imagens, promoções e mensagens rapidamente e é a melhor forma de obter
vantagens competitivas e se aproximar dos seus clientes.
O Facebook é uma forma mais eficiente da empresa se comunicar com seus clientes,
expandindo suas formas de atendimento e mantendo o cliente atualizado sobre as novidades de
seus produtos que estão sendo ofertados no mercado, tendo o poder de aumentar as vendas e,
consequentemente, ter impactos financeiros positivos no fluxo de caixa da empresa. A seguir
será apresentado um modelo de Facebook para a empresa.
Figura 3 – Modelo de Facebook.
Fonte: Elaborado pelas autoras (2017)
O custo para incluir a empresa no Facebook e fazer a manutenção evolutiva com a
empresa Tecmedia é de R$ 1.500,00, referente à 10 horas/mês. Não estão inclusos os custos
com deslocamento, alimentação, hospedagem, plataforma de gerenciamento de marketing
digital, contratação de anúncios pagos, aquisições de temas e plugins.
A terceira proposta é implantar um E-mail marketing para a empresa, com o intuito de
se comunicar com seus consumidores ou potenciais clientes, via e-mail, tendo a oportunidade
de enviar as promoções, novos produtos, confirmação de uma compra online e newsletter. Ele
é uma forma econômica e sustentável para a empresa divulgar o seu negócio, além de
possibilitar a segmentação do público, trazer alto retorno sobre o investimento e com isso
aumentar o reconhecimento de sua marca. Com ele a empresa também tem a opção de enviar
e-mails personalizados para os seus clientes em datas comemorativas. Abaixo será apresentado
o modelo de E-mail marketing que a empresa pode aderir.
Figura 4- Modelo de E-mail marketing
Fonte: Elaborado pelas autoras (2017)
O custo para implantar o E-mail marketing é de 150/hora para serviços de manutenção
evolutiva, sendo necessário contratar uma ferramenta externa para gerenciar as campanhas de
E-mail marketing como LeadLovers e RD Station.
A quarta proposta envolve a criação de um E-Commerce, ou seja uma loja virtual caso
a ideia de criação de site não seja tão atrativa. O E-Commerce possibilita que os clientes e os
potenciais clientes possam comprar produtos através do ambiente virtual, sem a necessidade de
ir até uma loja física e contar com a ajuda de um vendedor. Além disso, não é necessário o
manuseio de papel moeda e nem das mercadorias no momento em que acontece a transação.
A relação ocorre apenas entre o comprador e um computador que pode estar localizado
em qualquer lugar do planeta. Fazendo um projeto bem elaborado, a empresa pode reduzir os
custos de todo o seu ciclo comercial, entrar em novos mercados, levar os serviços ao
consumidor a níveis que jamais imaginou e criar novas possibilidades de receitas. Com a
criação de uma loja virtual a organização pode alcançar novos públicos, fidelizar ainda mais
seus clientes atuais, fazer vendas para qualquer parte do país, além de estar aberto 24 horas por
dia e qualquer pessoa poderá conhecer os seus produtos no horário em que desejar, sem precisar
ir até uma loja física. A seguir será mostrado o modelo de loja virtual que a empresa pode
adotar.
Figura 5 – Modelo de loja virtual
Fonte: Elaborado pelas autoras (2017)
O custo para a implantação de um E-Commerce (loja virtual) é de R$ 3.500,00 com a
empresa Freelive e possui prazo de entrega de 45 dias. E com a empresa Tecmedia o custo é de
5.500,00 se for somente loja virtual, mas se for colocado website + loja virtual o valor é de R$
9.000,00. Será necessário também ter um computador que custa em média R$ 2.000,00 e um
funcionário para gerenciar a loja virtual, com um salário de R$ 1.500,00, também pode ser
necessário a compra de um outro veículo para fazer as entregas.
A quinta proposta trata da impressão de catálogos, disponíveis para os clientes da
empresa quando forem procurar por determinado produto, com isso os clientes podem consultar
os produtos, tamanhos, espessuras e larguras das peças. Abaixo será mostrado um modelo de
catálogo impresso para a organização.
Figura 6– Modelo de Catálogo Impresso
Fonte: Gráfica Sulgraff (2017)
O custo para a impressão de catálogos da empresa com a Gráfica Sulgraff, com 4 páginas
custa R$ 9,90 cada um, com 24 páginas custa R$ 61,34 e com 64 páginas custa 161,91.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através do presente estudo foi realizado o diagnóstico organizacional da empresa,
apresentando a situação atual da organização e identificando quais são os seus pontos fortes e
fracos, oportunidades e ameaças. A partir do diagnóstico, foram levantados os possíveis
problemas que a empresa possui e de que forma pode implantar melhorias.
A teoria sobre a adaptação às novas exigências do mercado contribuiu para o
desenvolvimento do trabalho pois mostrou a importância da empresa Trevo & Cia adaptar o
seu negócio às novas exigências e com isso identificar quais são as reais necessidades dos seus
clientes e para que possa ter um diferencial competitivo ela precisa realizar uma mudança
contínua.
O conceito sobre mudança organizacional colaborou para a elaboração do trabalho em
razão de possibilitar a eficiência e eficácia do ambiente organizacional e com ela é possível que
a empresa consiga garantir a satisfação do cliente e superar seus concorrentes.
O conteúdo sobre desenvolvimento organizacional mostrou que a empresa precisa fazer
um processo contínuo e permanente, transformando a empresa e a sua cultura e que precisa se
adaptar a um contexto de permanente mutação social, econômica e tecnológica.
O objetivo geral e os objetivos específicos definidos no início da pesquisa foram
realizados e resultaram na elaboração de uma matriz 5W2H, no qual foram expostas as
propostas para a empresa, que envolveram a criação de um site institucional, uma loja virtual,
páginas no Facebook, E-mail marketing e catálogos impressos. Dentre as propostas
mencionadas as mais viáveis para a empresa são o site institucional, a criação de páginas no
Facebook e E-mail marketing.
Por fim, o presente estudo abre caminhos para que empresas do mesmo segmento
possam implantar essas ferramentas, a fim, de propor melhorias para a organização. Assim,
recomenda-se para trabalhos futuros a incorporação ao presente modelo do estudo sobre a
inclusão da empresa no mercado digital, contribuindo para o desenvolvimento da organização.
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