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DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL
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1
adriana lanes menezes rigoli
DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL NA ÁREA FINANCEIRA DA EMPRESA MERCOBENZ
Trabalho de Conclusão de Curso aprovado, apresentado à UNOPAR – Universidade
Norte do Paraná, no Sistema de Ensino Presencial Conectado, como requisito
parcial para a obtenção do título de Bacharel em Administração, com conceito final
igual a ________, conferida pela Banca Examinadora formada pelo tutor orientador
e pelo professor supervisor.
______________________________________________________
Londrina, ______ de _________________ de 20____.
2
Dedico este Trabalho a Deus, minha família e
todos que contribuíram de uma forma ou outra
para a conclusão deste sonho
nesta longa caminhada que se encerra agora com o sucesso de
todos nós
3
4
“O único lugar onde o sucesso vem antes
do trabalho é no dicionário.”
Albert Einstein
RIGOLI, Adriana Lanes Menezes. Diagnóstico Organizacional na Área Financeira da Empresa Rigoli e Soares Ltda. 2011. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Administração) – Sistema de Ensino Presencial Conectado, Universidade Norte do Paraná, Londrina, 2011.
RESUMO
O presente Trabalho de Conclusão de Curso irá apresentar o diagnóstico organizacional na área financeira da empresa Rigoli e Soares Ltda., observando as principais análises e demonstrações contábeis, além dos índices relevantes para um bom diagnóstico organizacional. Desse modo, mostraremos como está atualmente a saúde financeira da empresa estudada, colocando em prática vários conceitos aprendidos durante o curso de bacharelado em administração. Assim, buscamos atingir os objetivos propostos e colaborar com a organização, com colocações sobre os pontos que diagnosticados, devem ser melhorados para uma melhor administração financeira da empresa.
5
Palavras-chave: Contabilidade, Diagnóstico, Finanças, Resultados.
RIGOLI, Adriana Menezes Lanes. Organizational Diagnosis Area Finance Company Ltd. Rigoli and Soares. 2011. End of Course Work (Graduate in Business Administration) - Connected Classroom Learning System, University of Northern Parana, Londrina, 2011.
SUMMARY
This End of Course Work will present the organizational diagnosis in the company's financial Rigoli and Soares Ltda., Noting the main analysis and financial statements, and of the relevant indices for a good organizational diagnosis. Thus, we show how it is currently the company's health study, putting into practice various concepts learned during the course of bachelor's degree in administration. Thus, we seek to achieve the proposed objectives and collaborate with the organization, with placements diagnosed on the points that should be improved for better financial management of the company.
6
Keywords: Accounting, Diagnosis, Finance, Results.
7
LISTA DE FIGURAS
Figura 01 – Organograma de Empresa Mercobenz..................................................20
8
LISTA DE QUADROS
Quadro 01 – Modelo de Demonstração do Resultado do Exercício: Marion
(2004, p. 118)............................................................................................................10
Quadro 02 – Análise Vertical do D.R.E. – Mercobenz Exercícios de 2008, 2009
e 2010.......................................................................................................................25
Quadro 03 – Análise Vertical do Balanço Patrimonial Sintético – Mercobenz
Exercícios de 2008, 2009 e 2010.............................................................................26
Quadro 04 – Análise Horizontal do D.R.E. – Mercobenz Exercícios de 2008,
2009 e 2010..............................................................................................................27
Quadro 05 – Análise Horizontal do Balanço Patrimonial Sintético – Mercobenz
Exercícios de 2008, 2009 e 2010.............................................................................28
9
LISTA DE ANEXOS
ANEXO A – Balanço Patrimonial do Exercício de 2008 da Empresa Rigoli e
Soares Ltda...............................................................................................................42
ANEXO B – Balanço Patrimonial do Exercício de 2009 da Empresa Rigoli e
Soares Ltda...............................................................................................................44
ANEXO C – Balanço Patrimonial do Exercício de 2010 da Empresa Rigoli e
Soares Ltda...............................................................................................................46
ANEXO D – Demonstrativo do Resultado do Exercício de 2008 da Empresa
Rigoli e Soares Ltda..................................................................................................48
ANEXO E – Demonstrativo do Resultado do Exercício de 2009 da Empresa
Rigoli e Soares Ltda..................................................................................................50
ANEXO F – Demonstrativo do Resultado do Exercício de 2010 da Empresa
Rigoli e Soares Ltda..................................................................................................52
10
LISTA DE SIGLAS
D.R.E. – Demonstração de Resultado do Exercício
11
LISTA DE ABREVIATURAS
Ltda. - limitada
12
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................1
2 JUSTIFICATIVA.......................................................................................................2
3 OBJETIVOS.............................................................................................................4
3.1 OBJETIVO GERAL................................................................................................4
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS..................................................................................4
4 REFERENCIAL TEÓRICO.......................................................................................5
4.1 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS........................................................................5
4.1.1 Balanço Patrimonial............................................................................................5
4.1.1.1 Ativo.................................................................................................................6
4.1.1.2 Passivo............................................................................................................7
4.1.1.3 Patrimônio Líquido...........................................................................................7
4.1.2 Demonstrativo do Resultado do Exercício..........................................................8
4.2 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS..............................................10
4.2.1 Análise Horizontal.............................................................................................11
4.2.2 Análise Vertical.................................................................................................11
4.2.3 Grau de Imobilização dos Capitais Próprios.....................................................12
4.2.4 Grau de Imobilização do Investimento Total.....................................................12
4.2.5 Análise da Liquidez...........................................................................................13
4.2.6 Grau de Endividamento....................................................................................14
4.2.7 Rentabilidade do Capital Próprio......................................................................15
5 METODOLOGIA.....................................................................................................16
13
5.1 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO..............................................................................16
5.2 TÉCNICA, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS...................................16
5.2.1 Limitações do Estudo........................................................................................16
6 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO EM ESTUDO.....................................18
7 DIAGNÓSTICO NA ÁREA FINANCEIRA..............................................................21
7.1 PREÇO DE VENDA.............................................................................................21
7.2 ORÇAMENTO GERAL........................................................................................21
7.3 FLUXO DE CAIXA...............................................................................................22
7.4 SALDO EM CAIXA...............................................................................................22
7.5 D.R.E...................................................................................................................23
7.6 SISTEMA DE CUSTOS.......................................................................................23
7.7 ANÁLISE DE CRÉDITO.......................................................................................24
7.8 CONTROLE DE CONTAS A PAGAR E RECEBER............................................24
7.9 INDICADORES FINANCEIROS..........................................................................25
7.9.1 Análise Vertical.................................................................................................25
7.9.2 Análise Horizontal.............................................................................................26
7.9.3 Índices de Estrutura de Capital.........................................................................28
7.9.4 Índices de Liquidez...........................................................................................29
7.9.5 Índices de Rentabilidade...................................................................................30
7.9.6 Indicadores de Prazos Médios..........................................................................30
7.9.7 Análise do Equilíbrio da Empresa.....................................................................31
7.10 ATUAL POSIÇÃO FINANCEIRA DA EMPRESA...............................................31
7.11 ANÁLISE DAS INFORMAÇÕES........................................................................32
7.11.1 Análise Vertical...............................................................................................32
7.11.2 Análise Horizontal...........................................................................................33
7.11.3 Índices de Estrutura de Capital.......................................................................34
7.11.4 Índices de Liquidez.........................................................................................34
7.11.5 Índices de Rentabilidade.................................................................................35
7.11.6 Indicadores de Prazos Médios........................................................................35
14
7.11.7 Análise do Equilíbrio da Empresa...................................................................36
7.12 IDENTIFICAÇÃO DE FORÇAS E FRAQUEZAS...............................................36
7.13 IDENTIFICAÇÃO DAS CAUSAS DOS PROBLEMAS.......................................37
7.14 RECOMENDAÇÕES.........................................................................................38
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................40
REFERÊNCIAS.........................................................................................................41
ANEXOS....................................................................................................................43
1
1 INTRODUÇÃO
Neste Trabalho de Conclusão de Curso tratamos do seguinte tema:
Diagnóstico Financeiro.
Com o propósito de realizar um diagnóstico na empresa estudada,
este Trabalho de Conclusão do Curso consiste na análise das demonstrações
contábeis da organização e seus índices, entendendo qual a real situação financeira
e econômica da empresa, além de colaborar com possíveis melhorias, idéias e
sugestões.
A escolha do presente tema se fez pertinente a partir do momento
em que podemos perceber a Contabilidade Gerencial como parte importante da
administração de uma empresa, pois a partir dela pode-se definir e traçar metas,
objetivos e comportamentos s serem seguidos.
Com base em livros e demais referenciais teóricos sobre o assunto,
aplicamos nas demonstrações contábeis as principais técnicas de análise, utilizando
as mais relevantes para atingir os objetivos propostos.
Uma análise consistente das demonstrações contábeis permite à
empresa a otimização dos recursos, ou melhor, da utilização dos recursos. Além
ainda de ser uma grande ferramenta para analisar a condição atual da empresa,
uma boa análise das demonstrações contábeis permite realizar uma projeção futura
das despesas e receitas da empresa, e dessa forma melhor utilizar os recursos.
2
2 JUSTIFICATIVA
Este trabalho justifica-se, primeiramente, pela grande contribuição
para a experiência acadêmica, pois foi através dele que podemos colocar em prática
muitas coisas que foram aprendidas no decorrer do curso, vislumbrando assim a
prática da Administração no dia-a-dia e dentro do contexto das empresas.
Já para a empresa onde foi realizado este trabalho, este contribuiu
como agregador de valor, além de aplicar um estudo financeiro e contábil que nunca
foi feito. Embora a empresa seja muito profissional, não há muito controle sobre a
parte financeira de forma a explicitar as reais condições da organização, bem como
a realização de um planejamento financeiro ou orçamento.
Mas este trabalho também contribui com a sociedade, pois busca-se
ampliar o horizonte dos gestores das empresas em geral, além de conscientizar as
organizações da importância de ter controles financeiros e contábeis, com indicies,
estruturas de capital a outras coisas importante quando se trata de dinheiro.
Além do mais, o presente trabalho se justifica em função da
relevância do tema escolhido para as empresas em geral. Conforme Mioto e
Lozeckyi,
durante muito tempo, a contabilidade foi vista apenas como um sistema de informações tributárias, mas hoje em dia, com um mercado altamente competitivo, ela é vista também como um instrumento gerencial que auxilia os empresários na tomada de decisão, e no processo de gestão, planejamento, execução e controle
Assim, podemos ver a mudança que as empresas estão tendo em
relação à Contabilidade Gerencial, na forma de ver como esta ferramenta pode
auxiliar as organizações a decidirem o seu futuro.
Segundo Augusto no site www.administradores.com.br:
a contabilidade gerencial é um processo que visa identificar, mensurar, suportar e analisar informações sobre situações econômicas das empresas, com o objetivo de prover seus diversos usuários de informações sobre o patrimônio das organizações, auxiliando no processo de gestão da empresa
Dentro deste contexto, o trabalho se propõe a elaborar um
comparativo financeiro e contábil dos últimos três anos de atuação da empresa
3
(2008, 2009 e 2010) nas duas principais demonstrações contábeis (D.R.E. e balanço
patrimonial), e os índices mais relevantes do último período estudado (2010).
Assim sendo, visualizamos que a área financeira/contábil das
empresas é de suma importância para o sucesso das mesmas, pois em tempos de
concorrência acirrada, controlar custos, planejar investimentos e ter controle sobre
as condições financeiras da empresa nunca foi tão necessário para o crescimento
das empresas na nossa economia.
Desta forma, a parte da Administração conceituada como
Contabilidade Gerencial será empregada neste trabalho, a fim de dispor de
ferramentas para que os objetivos fossem atingidos na sua plenitude, trazendo
assim benefícios para a empresa que se propôs a ser alvo do estudo.
4
3 OBJETIVOS
3.1 OBJETIVO GERAL
Realizar um diagnóstico financeiro da empresa Rigoli e Soares Ltda.
visando auxiliar na melhoria dos processos e controles financeiros da empresa.
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
a) Estudar a bibliografia para embasamento teórico;
b) Analisar as demonstrações contábeis da empresa estudada;
c) Realizar análises e índices contábeis da empresa no período
estudado;
d) Diagnosticar pontos fortes e fracos na área financeira da empresa
analisada;
e) Propor melhorias com base nos pontos fracos para auxiliar na
evolução financeira e econômica da organização.
5
4 REFERENCIAL TEÓRICO
Este trabalho aborda o temo Contabilidade Gerencial. Desse modo,
foram abordados os pontos principais sobre o assunto, e tudo o que se torna
pertinente ao bom entendimento deste trabalho.
4.1 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
De acordo com IBRACON (NPC 27), encontramos no site
www.portaldecontabilidade.com.br o seguinte conceito sobre demonstrações
contábeis:
as demonstrações contábeis são uma representação monetária estruturada da posição patrimonial e financeira em determinada data e das transações realizadas por uma entidade no período findo nessa data. O objetivo das demonstrações contábeis de uso geral é fornecer informações sobre a posição patrimonial e financeira, o resultado e o fluxo financeiro de uma entidade, que são úteis para uma ampla variedade de usuários na tomada de decisões. As demonstrações contábeis também mostram os resultados do gerenciamento, pela Administração, dos recursos que lhe são confiados.
Ao seguirmos esta idéia, podemos visualizar as demonstrações
contábeis como sendo de grande importância para que a empresa possa tomar
decisões, pois estas demonstrações são relatórios com informações fidedignas
retiradas do dia-a-dia da empresa e suas movimentações financeiras.
Temos como principais demonstrações contábeis, e que serão
utilizadas neste projeto, as seguintes: balanço patrimonial e demonstrativo de
resultados do exercício, como veremos à seguir.
4.1.1 Balanço Patrimonial
6
Podemos definir o balanço patrimonial da uma empresa como sendo
um reflexo da situação financeira da organização dentro de um determinado período,
geralmente um ano fiscal (12 meses). Ainda, segundo Padoveze (2004, p. 72) para o
balanço patrimonial “é canalizado todo o resultado das operações da empresa e das
transações que terão realização futura”.
Desse modo, podemos afirmar que o balanço patrimonial é de fato
muito importante não apenas para sabermos a situação em que a empresa
realmente se encontra, mas também para que os gestores possam tomar suas
decisões baseadas em fatos reais.
De forma geral, o balanço patrimonial é composto basicamente por
três partes que representam as diferentes aplicações e origens de recursos, sendo
as seguintes: ativo, passivo e patrimônio líquido.
Também é importante salientar que o balanço patrimonial é
composto ainda por grupos de contas, que nada mais são do que a distribuição
adequada de contas em grupos homogêneos. Tomando o ativo como exemplo,
temos a divisão das contas em diversas “subcontas”, como ativo circulante, ativo
fixo, realizável a longo prazo, entre outros, sendo esta definição feita, segundo
Marion (2004, p. 66), “de acordo com sua rapidez de conversão em dinheiro”. Assim
se dá também com o passivo, que pode ser dividido em “subcontas” como circulante
e exigível a longo prazo. Por fim, as contas do patrimônio líquido também podem ser
agrupados de acordo com suas características em capital e lucros acumulados.
4.1.1.1 Ativo
O ativo pode ser definido como tudo aquilo que é de propriedade
real da empresa, e os benefícios que essa propriedade oferece à organização.
Marion (1994, p. 53) nos diz que “o ativo são todos os bens e direitos de propriedade
da empresa, mensurável monetariamente, que representam benefícios presentes ou
benefícios futuros para a empresa”.
Marion (2004) ainda diferencia bens e direitos, colocando os bens
como sendo o que é tangível e de propriedade da empresa (estoque, dinheiro,
máquinas, instalações, etc.), e direitos tudo aquilo que é intangível, porém é de
7
propriedade da empresa (ações, contas a receber, títulos de crédito, etc.).
Seguindo o mesmo raciocínio de Marion (2004), para que algo seja
colocado no ativo de um balanço patrimonial, deve ter quatro características: ser
caracterizado como bens ou direitos, ser de propriedade da empresa, ser
mensurável em dinheiro e trazer benefícios presentes ou futuros. Ao ter essas
quatro características conjuntamente, teremos de fato um autêntico item do ativo no
balanço patrimonial.
4.1.1.2 Passivo
Sendo o ativo caracterizado pelos bens ou direitos da empresa, o
passivo é exatamente o oposto, ou seja, nele estão contidos todas as obrigações da
empresa com terceiros.
Marion (2004, p. 54) nos revela que “o passivo evidencia toda a
obrigação (dívida) que a empresa tem com terceiros (...), no momento em que a
dívida vencer, será exigida (reclamada) a liquidação da mesma”. Por esse motivo é
que muitos autores chamam o passivo de passivo exigível.
Como nos esclarece Marion, passivo é toda dívida que a empresa
tem com terceiros, ou seja, desde contas a pagar e fornecedores até impostos e
empréstimos, sendo considerável toda e qualquer tipo de obrigação da empresa.
4.1.1.3 Patrimônio Líquido
Podemos dizer que o patrimônio líquido é basicamente composto
pelos recursos aplicados pelos sócios ou proprietários e pelos lucros ou prejuízos
obtidos através das atividades operacionais da empresa, como Marion (2004, p. 55)
define: “o patrimônio líquido evidencia recursos dos proprietários aplicados no
empreendimento. A aplicação inicial dos proprietários (...) denomina-se,
contabilmente, capital”. Assim, ao somarmos os recursos iniciais de todos os
proprietários, teremos o capital que foi usado como investimento para a abertura da
8
empresa. Convém lembrar que quando há novas aplicações dos sócios, deve ser
caracterizado o acréscimo de capital.
Em relação ao lucro, Marion (2004, p. 55) denota que: “a parte do
lucro acumulado (retido) é adicionada ao patrimônio líquido. Dessa forma as
aplicações dos proprietários vão crescendo”. Frisamos aqui que se empresa não
obtiver lucro, ela terá obviamente prejuízo, também chamado contabilmente de
perdas. Da mesma forma como o lucro é adicionado ao patrimônio líquido, as perdas
são subtraídas do mesmo.
4.1.2 Demonstrativo de Resultado do Exercício
Quando se trabalha na Contabilidade, obviamente sabemos que um
exercício tem doze meses de duração, geralmente com seu término no mês de
dezembro. Assim como toda empresa tem de apresentar seu balanço patrimonial
referente ao exercício findo de acordo com a legislação, igualmente deve ser
apresentado um relatório contábil denominado demonstrativo de resultados do
exercício, conhecida também como a apuração anual do resultado.
O Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul (2000,
p. 46), coloca que “a demonstração de lucros ou prejuízos acumulados é a
demonstração contábil destinada a evidenciar, num determinado período, as
mutações nos resultados acumulados”, e Braga (1999, p. 92) ainda complementa
dizendo que:
a finalidade básica da Demonstração do Resultado do Exercício é descrever a formação do resultado gerado no exercício, mediante especificação das receitas, custos e despesas por natureza dos elementos componentes, até o resultado líquido final – lucro ou prejuízo
Sendo dessa forma, o D.R.E. é muito relevante para identificar as
mudanças patrimoniais e operacionais, além de outros custos, bem como o lucro
obtido no período de referência.
Conforme Marion (2004, p. 107), “a forma de apresentação da
Demonstração do Resultado do Exercício é vertical, isto é, subtrai-se e soma-se”.
Posto isso, podemos chegar ao resultado obtido pela empresa em termos
9
financeiros no exercício que acabou (lucros ou prejuízos).
O mesmo Marion (2004, p. 107) ainda nos diz que “o lucro é uma
terminologia bastante ampla. Vamos encontrar na DRE vários tipos de lucro”. Tipos
de lucro que veremos a seguir:
a) Lucro Bruto: basicamente é a diferença entre o total de
vendas e o custo das mercadorias vendidas sem considerar outras despesas.
b) Lucro Operacional: é o resultado da atividade operacional
que a empresa exerce.
c) Lucro Antes do Imposto de Renda: é o lucro obtido após
subtração das despesas não operacionais e adição de receitas não
operacionais.
d) Lucro Depois do Imposto de Renda: é o lucro após a
incidência do imposto de renda.
e) Lucro Líquido: é o lucro final da empresa, ou seja, a sobra
líquida que fica à disposição dos sócios.
10
RECEITA BRUTA 58.000( - ) DEDUÇÕES IPI (3.000) ICMS (4.000) Abatimentos (1.000)
______RECEITA LÍQUIDA 50.000( - ) CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS (18.000)
______LUCRO BRUTO 32.000( - ) DESPESAS OPERACIONAIS De Vendas (6.000) Administrativas (12.000) Financeira ( - ) Receita (2.000) Variações Monetárias (6.000)
______LUCRO OPERACIONAL 6.000( + ) DESPESAS/ RECEITAS NÃO OPERACIONAIS Venda de Imobilizado com prejuízo (1.000)
Resultado da Correção Monetária(Perda com Inflação) (2.000)
______LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA 3.000
( - ) Provisão para Imposto de Renda ?
Quadro 01 – Modelo de Demonstração do Resultado do Exercício: Marion (2004, p.118)
4.2 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Braga (1999, p.124) explica que:
a análise das demonstrações contábeis tem por objetivo observar e confrontar os elementos patrimoniais e os resultados das operações, visando o conhecimento ao conhecimento minucioso de sua composição qualitativa e de sua expressão quantitativa, de modo a revelar os fatores antecedentes e determinantes da situação atual, e, também, a servir de ponto de partida para delinear o comportamento futuro da empresa
Dessa forma, podemos observar a real importância de se realizar
uma análise mais aprofundada das demonstrações contábeis para que se possa,
além de ter uma visão atual e real da situação econômica da empresa, se possa
também realizar uma previsão com base em dados reais.
4.2.1 Análise Horizontal
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A análise horizontal objetiva, basicamente, fazer uma comparação
das contas do balanço patrimonial entre dois períodos ou mais, avaliando sempre as
diferenças percentuais entre um período e outro. Como nos fala Braga (1999, p.
132): “por este método, determina-se a tendência dos valores absolutos ou relativos
das diversas grandezas monetárias, apurando-se o percentual de crescimento ou
declínio de valores”.
Por tratar-se de uma comparação entre períodos, é óbvio que deve
haver, pelo menos, dois períodos de tempo ou exercícios para comparação, e, além
disso, deve se colocar um “período-base” para realizar a comparação com sucesso.
A escolha deste “período-base” pode ser feita de acordo com a ordem cronológica
dos períodos estudados, ou pode-se fazer uma média do comportamento dos
períodos demonstrados, como a empresa achar melhor.
4.2.2 Análise Vertical
A análise vertical, da mesma forma que a análise horizontal, realiza
uma comparação percentual, porém, entre as contas em si, comparando o total do
ativo, passivo e patrimônio líquido com as contas.
A análise vertical é explicada por Braga (1999, p. 133) da seguinte
forma:
este método consiste no relacionamento dos valores das contas de cada grupo com montante do respectivo grupo, bem como do montante de cada grupo com o total – do ativo ou do passivo e patrimônio líquido, quando se tratar de balanço patrimonial; de cada componente do resultado com as respectivas receitas e/ou despesas etc., quando analisada a demonstração do resultado do exercício
Assim sendo, podemos observar a composição dos elementos
patrimoniais, ou seja, ver onde a empresa está investindo mais, e da mesma forma
ocorre com as despesas.
12
4.2.3 Grau de Imobilização dos Capitais Próprios
O grau de imobilização dos capitais próprios é medido da seguinte
forma: Ativo Permanente ou Ativo Imobilizado + Ativo Diferido
Patrimônio Líquido Patrimônio Líquido
Conforme Braga (1999, p. 137), “estas relações indicam até que
ponto os capitais próprios (patrimônio líquido) estão imobilizados”. O mesmo Braga
(1999) indica que estes índices, sendo iguais a 1,00, significam que todos os
recursos próprios estão aplicados no ativo permanente. Se menores que 1,00, há
recursos próprios no giro, ou seja no ativo. Porém, se o índice for superior a 1,00,
significa que existe capital de terceiros financiando o ativo permanente.
Recomenda-se que o índice de imobilização de capital próprio seja
menor do que 1,00, a não ser em casos mais específicos.
4.2.4 Grau de Imobilização do Investimento Total
O grau de imobilização do investimento total ou ativo total é medido
da seguinte forma: Ativo Permanente ou Ativo Imobilizado + Ativo Diferido
Ativo Total Ativo Operacional
Conforme Braga (1999, p. 138), “os referidos indicadores exprimem
a parcela dos recursos totais que se encontra aplicada no ativo permanente, ou a
parcela dos recursos operacionais investidos em imobilizações técnicas e gastos
diferidos”.
Assim, é importante definir o ativo operacional, que pode ser
considerado como todas as aplicações realizadas no que é necessário para as
operações para o objeto fim da empresa.
É com este índice que podemos identificar a parcela aplicada no
ativo permanente, e consequentemente, a parcela aplicada no ativo circulante a
13
realizável a longo prazo. Devemos levar em consideração que dependendo da
atividade da empresa, o grau de investimento no ativo permanente poderá ou deverá
ser muito maior do que o considerado normal.
4.2.5 Análise da Liquidez
Também chamada de análise de curto prazo, a análise da liquidez é
considerado por vários autores como o principal instrumento para se identificar a
conveniência de um empréstimo de curto prazo.
Braga (1999, p. 141) coloca que:
se o Ativo não permitir suficiente cobertura (liquidez), a empresa não poderá pagar suas obrigações em dia. Por outro lado, uma empresa poderá estar sendo pontual no pagamento de suas dívidas, mas, se forçada à liquidação, talvez não tenha condições de pagar integralmente a todos seus credores
Existem vários graus de liquidez que podemos avaliar, cada um de
acordo com uma situação ou necessidade, pois cada uma tem um fim específico.
a) Liquidez Instantânea ou Imediata:
O índice de liquidez instantânea ou imediata é medido da seguinte
forma: Caixa e Bancos e Disponibilidades
Passivo Circulante Passivo Circulante
Este índice nos revela a proporção que deve ser mantida pela
empresa para atender suas necessidades (compromissos) mais imediatas. Braga
(1999, p. 142) fala que “o sentido da relação é de medir o ‘encaixe’ da empresa, ou
seja, o volume mínimo de numerário a ser mantido para financiar uma parte de suas
operações”.
14
b) Liquidez Corrente ou Comum:
O índice de liquidez corrente ou comum é medido da seguinte forma:
Ativo Circulante
Passivo Circulante
Através deste índice podemos verificar quantas “unidades
monetárias” a empresa possui para pagar suas dívidas de curto prazo. Segundo
Braga (1999, p. 142), “destina-se a avaliar a capacidade da empresa para pagar
suas obrigações a curto prazo”.
Assim, o recomendado é que este índice seja maior de 1,00, para
que dessa forma, haja mais disponibilidades que do dívidas, ou seja, a empresa
possui condições de honrar seus compromissos de curto prazo.
c) Liquidez Geral ou Total:
O índice de liquidez geral ou total é medido da seguinte forma:
Ativo Circulante + Ativo Realizável a Longo Prazo
Passivo Circulante + Passivo Exigível a Longo Prazo
Este índice mede a capacidade financeira da empresa de pagar
todos os compromissos com credores, tanto de longo quanto curto prazo.
4.2.6 Grau de Endividamento
O grau de endividamento é medido da seguinte forma:
- Para participação de capital próprio: Patrimônio Líquido
Ativo Total
15
- Para participação de capital de terceiros:
Passivo Exigível ou Passivo Circulante + Passivo Exigível a Longo Prazo
Ativo Total Ativo Total (AC + ARLP + AP)
De acordo com Braga (1999, p. 152), “esses quocientes servem para
indicar o grau de utilização dos capitais obtidos pela empresa. Praticamente, o uso
deles elimina a necessidade de se recorrer ao outro”
4.2.7 Rentabilidade do Capital Próprio
O índice de rentabilidade do capital próprio é medido da seguinte forma:
Lucro Líquido do Exercício ou Lucro Líquido do Exercício
Patrimônio Líquido Médio Patrimônio Líquido Final
Este índice mede, basicamente, a remuneração do capital próprio
investido na empresa, e deve, em tese, ser sempre superior à taxa de juros do
mercado, remunerando desse modo o risco do investimento dos sócios.
16
5 METODOLOGIA
O presente Trabalho de Conclusão de Curso utilizou-se de uma
pesquisa-diagnóstico quantitativa e qualitativa, sendo que a tendência maior foi do
uso do enfoque quantitativo no processo de coleta de dados e na avaliação das
informações obtidas. É interessante sabermos que a pesquisa quantitativa busca
gerar medidas precisas para a realização de análises concretas, característica essa
que utilizaremos na realização deste trabalho.
Utilizamos num primeiro momento de uma pesquisa bibliográfica
para termos uma base sólida sobre a qual embasar o trabalho.
Usando dados primários, a forma de coleta destes dados ocorreu a
partir das demonstrações contábeis que a empresa alvo do trabalho forneceu.
5.1 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO
O trabalho foi realizado na empresa Mercobenz, durante o segundo
semestre do ano, com análise das demonstrações contábeis dos três últimos anos
da empresa, que a própria organização irá fornecer para facilitar o trabalho de
diagnóstico e exploração dos dados.
5.2 TÉCNICA, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS
Após a etapa de coleta de dados, a principal ferramenta utilizada
foram tabelas, além dos índices contábeis, tudo explicado através de relatório
descritivo da situação da empresa estudada.
5.2.1 Limitações do Estudo
17
Podemos constatar ao longo do desenvolvimento deste Trabalho de
Conclusão de Curso que não houveram limitações observadas.
18
6 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO EM ESTUDO
a) Nome da empresa: Mercobenz – razão social Rigoli & Soares
Ltda.
b) Endereço: Avenida Gaspar Carvalho nº. 295, bairro Hípica II,
município de Uruguaiana, estado do Rio Grande do Sul.
c) Telefone/Fax: (55) 3414 4461.
d) Website: não possui.
e) Nome dos sócios: Mário Rigoli e Everson da Silva Soares.
f) Nome e cargo da chefia direta: Mário Rigoli, atua como Diretor
Geral.
g) Ramo de atividade e área de atuação: a empresa atua como
oficina mecânica, tendo como ramo principal de atividade a prestação de serviços.
h) Recursos humanos da empresa: praticamente, não existe o setor
de Recursos Humanos dentro da empresa, por se tratar de uma micro empresa.
i) Número de empregados da empresa: cinco.
j) Categorias dos profissionais que atuam na empresa: uma
contadora, uma auxiliar administrativa (graduanda em Administração) e três
mecânicos.
k) Divisão técnica de trabalho na empresa: o Diretor Geral (um dos
sócios) responde pela empresa de forma geral, o Gerente (o outro sócio) gerencia a
parte de atendimento e prestação de serviços, além da parte financeira da empresa,
a contadora trabalha a parte financeira e contábil, além da elaborar relatórios
19
gerencias e as Demonstrações Contábeis da empresa, e os mecânicos fazem a
parte operacional da empresa, ou seja, a prestação direta de serviços.
l) Organograma da empresa:
ORGANOGRAMA DA EMPRESA MERCOBENZ
Figura 01 – Organograma da Empresa Mercobenz
m) Produtos e serviços desenvolvidos pela empresa: realizando, de
forma geral, serviços de montagem e revisão de caixas de câmbio, motores,
manutenção e reparação de caminhões, ônibus e outros veículos e demais serviços
relacionados à mecânica pesada.
n) Cadeia de suprimentos: não existe, pois a empresa trabalha
essencialmente com prestação de serviços. Podemos dizer que sua cadeia de
suprimentos é composta pelas fábricas de peças, que fornecem quando necessário.
o) Histórico da empresa: constituída no dia 1º. de Outubro do ano de
2003, com início das atividades na mesma data. A empresa nasceu do ideal de dois
ex-funcionários de uma concessionária Mercedes-Benz. Após a concessionária
fechar suas portas, em exatos 30 dias surgia a Mercobenz. Com uma clientela de 15
empresas já nos primeiros meses, atendendo uma média de 100 caminhões por
mês, tornou-se Posto Autorizado da Mercedes-Benz (2003/2007) na cidade de
Diretor
Gerente
Contadora Aux. Administrativo Mecânicos
20
Uruguaiana.
p) Política ambiental da empresa: a empresa utiliza muita energia
elétrica para realizar suas atividades. A empresa também recolhe todo o óleo
queimado dos equipamentos para dar destinação correta a ele de acordo com a
legislação, pois entende que cada um deve fazer a sua parte no tangente à proteção
do meio ambiente.
21
7 DIAGNÓSTICO NA ÁREA FINANCEIRA
A partir do levantamento de informações para o Trabalho de
Conclusão, podemos realizar o diagnóstico proposto.
7.1 PREÇO DE VENDA
A empresa trabalha com uma política definida, sendo que os preços
são revisados regularmente, principalmente por se tratar de uma empresa de
prestação de serviços. Conforme o site do SEBRAE de São Paulo, “o preço de
venda é o valor que deverá cobrir o custo direto da mercadoria/produto/serviço”,
sendo assim, os preços de venda da empresa devem, pelo menos, suprir os custos
fixos e variáveis.
A empresa não tem a preocupação de acompanhar a subida dos
preços de seus serviços de acordo com a inflação. Além disso, a empresa aumenta
o preço de seus serviços baseada exclusivamente nos custos da empresa e
principalmente na qualidade dos serviços prestados. Porém, não há política
estabelecida de descontos, sendo estes concedidos em função do cliente.
7.2 ORÇAMENTO GERAL
O orçamento geral é um instrumento financeiro utilizado pela
empresa estudada, e de acordo com o site Wikipédia, assim definido: “orçamento é
o plano financeiro estratégico de uma administração para determinado exercício”.
Assim, os orçamentos gerais são elaborados mensalmente, se revelando,
atualmente, adequado este período de tempo.
Porém, o orçamento não é detalhado como deveria, pois a empresa
o utiliza apenas como uma previsão de entradas e saídas, não sendo usado para
orientar as ações gerenciais ou decisões financeiras.
Por serem feitos mensalmente, os orçamentos não são revisados
22
periodicamente, sendo elaborados pelo sócio diretor, que toma por base para tal os
valores realizados no mesmo período do ano anterior, acrescidos de uma
porcentagem previamente estipulada.
7.3 FLUXO DE CAIXA
A empresa alvo deste trabalho não trabalha com fluxo de caixa
previamente preparado, apenas orçamento. Há o controle do fluxo de
movimentações após terem sido realizadas, e consequentemente não há previsão
de flutuações, sendo que existe sim o ajuste de um período para o outro dentro dos
orçamentos gerais. Sendo assim, também não há um acompanhamento diário do
fluxo de caixa, sendo este controle realizado mensalmente, e sempre após o
movimento ter sido realizado.
Assim, o fluxo de caixa não possui estimativas, ou seja, não faz
parte do planejamento financeiro da empresa. Basicamente a empresa utiliza o fluxo
de caixa para controlar as datas de pagamentos e recebimentos, e saber qual o
valor foi destinado a cada fim específico.
Muito embora o fluxo de caixa seja uma ferramenta bem importante
nos controles e previsões orçamentárias como define a Consultoria Projetos DSD, o
fluxo de caixa é “um controle que auxilia no registro e controle de quanto e quando o
dinheiro entrou e saiu do caixa em um determinado período, realizado e a se
realizar, de forma diária e acumulada”
7.4 SALDO EM CAIXA
A empresa possui alguns excedentes de caixa, que não são
aplicados imediatamente, porém ao serem aplicados sempre se busca as melhores
taxas, com pesquisa nos bancos.
Já nos casos de captura de recursos, nas raras vezes em que a
empresa necessita, sempre se busca as melhores taxas e condições possíveis para
23
suprir as necessidades da empresa.
7.5 D.R.E.
O D.R.E. é muito importante para qualquer empresa, como podemos
ver:
a importância da DRE é bastante óbvia. É ela que mostra o lucro ou prejuízo de uma empresa em determinado período. Além disso, a DRE não serve apenas para mostrar o resultado de um período passado, mas também como instrumento de planejamento (RENATO, Ney, no site www.renatoaulasparticulares.com.br)
Em relação o D.R.E., a empresa emite esta demonstração
mensalmente, exatamente com o propósito de verificar qual o desempenho de cada
área da empresa, sempre possibilitando a percepção de diferenças entre receitas e
despesas, custos e investimentos.
A empresa não realiza a comparação entre o D.R.E. e o orçamento,
nem tampouco para realizar correções financeiras. Todas estas correções e
controles são realizados através dos orçamentos gerias.
7.6 SISTEMA DE CUSTOS
Atualmente, a empresa não faz distinção entre custos fixos e
variáveis, porém consegue obter uma uniformidade dentro dos demonstrativos de
resultados, sendo distribuídos os custos devidos a cada área.
Mesmo assim, a empresa estudada não tem controle dos custos
unitários de cada serviço, tampouco trabalha com rateios entre as diversas áreas de
produção. Este controle é bem importante na medida em que, como a Braz et. al.
cita, “os custos de produção irão variar de acordo com o tipo de mão-de-obra
empregada, disponibilidade dos equipamentos e distância dos centros de
comercialização”, ou seja, a empresa deve ter controle sobre seus custos em virtude
24
desta variação.
7.7 ANÁLISE DE CRÉDITO
A análise de crédito realizada pela empresa é bastante criteriosa,
onde existe um cadastro de clientes “especiais” para os quais os serviços prestados
podem ser parcelados.
Também existe um cadastro de clientes, com os dados de todos os
clientes que já utilizaram os serviços, sempre buscando atualizar os dados
cadastrais para maior controle, bem como os níveis de crédito que podem ser
concedidos a cada cliente.
Essa importância dada à análise de crédito é primordial para o bom
andamento da empresa, pois como coloca Pereira (1995), “a análise de crédito
envolve a habilidade de fazer uma decisão de crédito, dentro de um cenário de
incertezas e constantes mutações e informações incompletas”, o que nos dá a real
dimensão da importância da análise de crédito.
7.8 CONTROLE DE CONTAS A PAGAR A RECEBER
A empresa alvo do trabalho realiza um controle muito rígido de suas
contas a pagar, através dos orçamentos gerais e planilhas de controles.
Já as contas a receber tem um cuidado especial também através de
planilhas de controle, e também controle de inadimplentes que são automaticamente
cobrados dez dias após o vencimento.
Em relação ao inventário, é realizado o levantamento semestral de
materiais, máquinas e equipamentos. Conforme o site cpcon.eng.br, “inventário
basicamente é uma lista de bens e materiais disponíveis em estoque que estão
armazenados na empresa ou então armazenados externamente mas pertencentes a
empresa”, sendo assim , percebemos que inventário é a denominação dada ao
relatório de discrimina todos os bens, sejam de estoque ou não, em poder da
25
empresa.
Todos os impostos, taxas, e encargos sociais são pagos em dia,
sempre sendo controladas as datas de vencimento pela contabilidade da empresa.
7.9 INDICADORES FINANCEIROS
7.9.1 Análise Vertical
ANÁLISE VERTICAL DO D.R.E. – MERCOBENZEXERCÍCIOS DE 2008, 2009 E 2010
2008 AV 2009 AV 2010 AVVenda de Mercadorias 26.780,00 13,49 25.800,00 16,64 34.770,00 16,55Serviços Prestados 188.297,20 94,87 141.819,04 91,47 192.399,00 91,57(-) Deduções 16.603,40 8,37 12.574,75 8,11 17.051,16 8,12 = RECEITA LÍQUIDA 198.473,80 100,00 155.044,29 100,00 210.117,84 100,00(-) CMV 6.880,00 3,47 5.902,00 3,81 6.960,00 3,31(-) CSP 14.195,00 7,15 14.887,00 9,60 18.029,38 8,58 = LUCRO BRUTO 177.398,80 89,38 134.255,29 86,59 185.128,46 88,11(-) Despesas com Vendas 7.898,02 3,98 4.038,80 2,60 1.952,51 0,93(-) Despesas Administrativas 110.767,74 55,81 104.080,06 67,13 131.640,17 62,65(+) Receitas Financeiras 2.726,39 1,37 1.939,13 1,25 1.489,32 0,71 = RES. ANTES IR E CSLL 61.459,43 30,97 28.075,56 18,11 53.025,10 25,24(-) Contribuição Social 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00(-) Provisão para IRPJ 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 = L. LÍQ./PREJ. EXERC. 61.459,43 30,97 28.075,56 18,11 53.025,10 25,24
Quadro 02 – Análise Vertical do D.R.E. – Mercobenz Exercícios de 2008, 2009 e 2010
Visualizando a análise vertical acima, vislumbramos principalmente que o
lucro líquido teve queda dentro das participações em relação ao valor da receita
líquida, dando a entender, principalmente, que as despesas da empresa cresceram
além do crescimento das receitas líquidas de vendas.
26
ANÁLISE VERTICAL DO BALANÇO PATRIMONIAL SINTÉTICOMERCOBENZ – EXERCÍCIOS 2008, 2009 E 2010
ATIVO 2008 2009 2010ATIVO CIRCULANTE AV AV AVDisponível 30.525,93 13,08 19.572,27 8,65 19.255,39 7,51Clientes 22.052,71 9,45 23.951,29 10,59 26.046,64 10,16Outros Créditos 172,00 0,07 595,96 0,26 1.619,67 0,63Total Ativo Circulante 52.750,64 22,60 44.119,52 19,51 46.921,70 18,30 ATIVO NÃO CIRCULANTE Investimentos 500,00 0,21 500,00 0,22 1.844,00 22,65Imobilizado 180.192,20 77,19 181.569,01 80,27 207.569,01 80,98Total Ativo Não Circulante 180.692,20 77,40 182.069,01 80,49 209.413,01 81,70
TOTAL ATIVO 233.442,84 100,00 226.188,53 100,00 256.334,71 100,00PASSIVO 2008 2009 2010PASSIVO CIRCULANTE AV AV AVEmpréstimos e Financ. 73.622,78 31,54 48.729,98 21,54 45.389,94 17,71Fornecedores 0 0,00 1.263,50 0,56 745,00 0,29Obrigações Tributárias 1.202,21 0,51 806,66 0,36 1.588,27 0,62Obrigações Trab. e Previdenc. 821,11 0,35 4.516,09 2,00 8.141,20 3,18Outras Obrigações 0,00 0,00 0,00 0,00 1.572,90 0,61Total Passivo Circulante 75.646,10 32,40 55.316,23 24,46 57.437,31 22,41 PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital Social 10.000,00 4,28 10.000,00 4,42 10.000,00 3,90Reserva de Lucros 147.796,74 63,31 160.872,30 71,12 188.897,40 73,69Total Patrimônio Líquido 157.796,74 67,60 170.872,30 75,54 198.897,40 77,59
TOTAL PASSIVO 233.442,84 100,00 226.188,53 100,00 256.334,71 100,00Quadro 03 – Análise Vertical do Balanço Patrimonial Sintético – Mercobenz Exercícios de
2008, 2009 e 2010
Observando a análise vertical acima, podemos dizer que o ativo e o
passivo diminuíram no decorrer dos três anos analisados, conjuntamente com o
crescimento dos investimentos e do patrimônio líquido denota o crescimento, pelo
menos em termos financeiros.
7.9.2 Análise Horizontal
27
ANÁLISE HORIZONTAL DO DRE – MERCOBENZEXERCÍCIOS DE 2008, 2009 E 2010 - ANO BASE 2008
2008 2009 AH 2010 AHVenda de Mercadorias 26.780,00 25.800,00 96,34 34.770,00 129,84Serviços Prestados 188.297,20 141.819,04 75,32 192.399,00 102,18(-) Deduções 16.603,40 12.574,75 75,74 17.051,16 102,70 = RECEITA LÍQUIDA 198.473,80 155.044,29 78,12 210.117,84 105,87(-) CMV 6.880,00 5.902,00 85,78 6.960,00 101,16(-) CSP 14.195,00 14.887,00 104,87 18.029,38 127,01 = LUCRO BRUTO 177.398,80 134.255,29 75,68 185.128,46 104,36(-) Despesas com Vendas 7.898,02 4.038,80 51,14 1.952,51 24,72(-) Despesas Administrativas 110.767,74 104.080,06 93,96 131.640,17 118,84(+) Receitas Financeiras 2.726,39 1.939,13 71,12 1.489,32 54,63 = RES. ANTES IR E CSLL 61.459,43 28.075,56 45,68 53.025,10 86,28(-) Contribuição Social 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00(-) Provisão para IRPJ 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 = L. LÍQ./PREJ. EXERC. 61.459,43 28.075,56 45,68 53.025,10 86,28
Quadro 4 – Análise Horizontal do D.R.E. – Mercobenz Exercícios de 2008, 2009 e 2010
Com base na análise horizontal mostrada acima, percebemos uma queda
gradual nos lucros, em contraste com o crescimento gradual da receita líquida, o que
nos mostra que a empresa tem possivelmente problemas nos controles de custos e
despesas.
28
ANÁLISE HORIZONTAL DO BALANÇO PATRIMONIAL SINTÉTICOMERCOBENZ - EXERCÍCIOS 2008, 2009 E 2010
ATIVO 2008 2009 2010ATIVO CIRCULANTE AH AHDisponível 30.525,93 19.572,27 64,12 19.255,39 63,08Clientes 22.052,71 23.951,29 108,61 26.046,64 118,11Outros Créditos 172,00 595,96 346,49 1.619,67 941,67Total Ativo Circulante 52.750,64 44.119,52 83,64 46.921,70 88,95 ATIVO NÃO CIRCULANTE Investimentos 500,00 500,00 100,00 1.844,00 368,80Imobilizado 180.192,20 181.569,01 100,76 207.569,01 115,19Total Ativo Não Circulante 180.692,20 182.069,01 100,76 209.413,01 115,89
TOTAL ATIVO 233.442,84 226.188,53 96,89 256.334,71 109,81PASSIVO 2008 2009 2010PASSIVO CIRCULANTE AH AHEmpréstimos e Financ. 73.622,78 48.729,98 66,19 45.389,94 61,65Fornecedores 0 1.263,50 0,00 745,00 0,00Obrigações Tributárias 1.202,21 806,66 67,10 1.588,27 132,11Obrigações Trab. e Previdenc. 821,11 4.516,09 550,00 8.141,20 991,49Outras Obrigações 0,00 0,00 0,00 1.572,90 0,00Total Passivo Circulante 75.646,10 55.316,23 73,13 57.437,31 75,93 PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital Social 10.000,00 10.000,00 100,00 10.000,00 100,00Reserva de Lucros 147.796,74 160.872,30 108,85 188.897,40 127,81Total Patrimônio Líquido 157.796,74 170.872,30 108,29 198.897,40 126,05
TOTAL PASSIVO 233.442,84 226.188,53 96,89 256.334,71 109,81Quadro 5 – Análise Horizontal do Balanço Patrimonial Sintético – Mercobenz Exercícios de
2008, 2009 e 2010
Realizando a análise do quadro acima, temos, como principal informação
o crescimento do valor da empresa, e secundariamente, que o passivo circulante
diminuiu bem mais do que o ativo circulante (proporcionalmente falando), o que
denota que a empresa está investimento mais em investimentos e imobilizado.
7.9.3 Índices de Estrutura de Capital
a) Endividamento Geral: 22,41, ou seja, mais de 22% do capital da
empresa é proveniente de terceiros.
b) Composição do Endividamento: 100,00, ou seja, a totalidade do
29
endividamento da empresa é de curto prazo.
c) Imobilização do Patrimônio Líquido: 23,59, o que mostra que 23,59%
dos investimentos da empresa são financiados pelo capital próprio da
empresa.
d) Imobilização de Recursos Não Correntes: 104,36, denotando que mais
de 4% do capital não correntes foi revertido em aplicações no ativo
permanente.
e) Passivo Oneroso Sobre o Ativo: 0,00, ou seja, a empresa não
depende de instituições bancárias ou financeiras no longo prazo.
7.9.4 Índices de Liquidez
a) Liquidez Imediata: 0,34, índice este que nos diz que a cada R$ 1,00 de
dívida, R$ 0,34 podem ser utilizados para pagar imediatamente as
dívidas com as disponibilidades.
b) Liquidez Corrente: 0,82, ou seja, para cada um real em dívidas, a
empresa tem a capacidade de pagar R$ 0,82 das dívidas de curto
prazo.
c) Liquidez Seca: 0,82, o que significa que a empresa tem capacidade de
pagamento de R$ 0,82 para cada real de dívida, não considerando os
estoques da empresa.
d) Liquidez Geral: 0,85, significando que a empresa, para cada R$ 1,00
em dívidas a empresa tem capacidade de pagamento de 0,85,
incluindo-se recursos de curto e longo prazo
30
7.9.5 Índices de Rentabilidade
a) Rentabilidade do Patrimônio Líquido: 26,66, ou seja, o patrimônio
líquido rendeu mais de 26%.
b) Rentabilidade dos Investimentos: 20,69, indicando que os
investimentos que a empresa realizou renderam, monetariamente,
20,69%.
c) Giro do Ativo: 0,82, demonstrando que o faturamento da empresa
cobre 82% dos investimentos.
d) Margem Bruta: 4,28, ou seja, a margem produto obtida através do
serviços e produto da empresa foi de 4,28%.
e) Margem Operacional: 28,64, o que denota um ganho operacional na
casa dos 28%.
f) Margem Líquida: 28,64, idem à margem operacional, porém relativo à
margem líquida.
7.9.6 Indicadores de Prazos Médios
a) Prazo Médio de Compras: 10,37, ou seja, os fornecedores são pagos,
em média, dez dias após terem sido efetuadas as compras.
b) Prazo Médio de Estoques: 0,00, pois a empresa não trabalha com
estoques.
c) Prazo Médio de Recebimentos: 50,65, indicando que em média a
empresa tem o prazo de cinqüenta dias para receber todos os
31
pagamentos realizados a prazo pelos clientes.
d) Ciclo Operacional: 0,00, pois a empresa não trabalha com estoques.
e) Ciclo Financeiro: 0,00, em virtude de a empresa não ter estoques.
7.9.7 Análise do Equilíbrio da Empresa
a) Ponto de Equilíbrio Operacional: 0,51, o que nos mostra que
praticamente, ao realizar meio serviço, a empresa alcança o seu ponto
de equilíbrio, sendo a outra metade do serviço de lucratividade.
b) Ponto de Equilíbrio Financeiro: R$ 115.856,19, ou seja, ao atingir este
valor a empresa terá conseguido pagar todas as despesas e custos
provenientes de sua atuação.
7.10 ATUAL POSIÇÃO FINANCEIRA DA EMPRESA
Podemos afirmar que a empresa não se encontra endividada, pois
possui muitos recursos financeiros próprios, sendo seu grau de endividamento de
apenas 22%, sendo um índice muito baixo para uma empresa. Este índice se deve
ao fato de que em parte a empresa financia suas atividades com capital de terceiros,
mesmo que uma pequena parte.
Já o Índice de Liquidez Corrente é baixo, de 0,82. Ou seja, para
cada R$ 1,00 em dívidas, a empresa dispõe de R$ 0,82 imediatos para pagar. Isso
se deve ao alto valor em empréstimos que a empresa está devendo. Porém, o caixa
está positivo, sendo compatível com as operações da organização.
Dentro dos orçamentos gerais, na maioria das vezes ao resultado é
compatível com o orçado. Em linhas gerais, a diferença entre o orçado e realizado
fica em torno de dez por cento.
32
As contas a receber possuem uma boa proporção em relação ao
faturamento dos valores vendidos, e as contas a pagar estão todas em dia. Além
disso, a empresa dispõe de uma boa reserva de valores para qualquer situação
adversa que possa ocorrer.
Em relação à distribuição dos custos, a distribuição é a seguinte em
pontos percentuais (aproximadamente): custos variáveis 30%; custos fixos 50%;
custos de vendas 5%; custos administrativos 15%.
Ressaltamos ainda que não há credores em atraso.
7.11 ANÁLISE DAS INFORMAÇÕES
7.11.1 Análise Vertical
Observando a análise vertical do D.R.E. em 2008, podemos
observar que o lucro bruto corresponde a 89,38% da receita líquida, e dentro das
despesas, a mais elevada é a despesa administrativa, com 55,81% dos valores
líquidos de venda. Ressaltamos que o lucro líquido apurado no exercício foi em
torno de 30,97 da receita líquida.
Já analisando o exercício de 2009, podemos perceber os custos de
vendas e prestação de serviços em mais de 13%, além do elevado valor gasto com
despesas administrativas, na casa de 67,13%. Esse valor elevado resultou em um
lucro líquido de apenas 18,11%.
E na análise do exercício de 2010, as despesas com vendas ficaram
com menos de 1% em relação às receitas líquidas, e as receitas administrativas
ainda continuam com um valor alto, com 62,65%, resultando assim em um lucro
líquido de 25,24% da receita líquida.
Na análise vertical do balanço patrimonial no exercício de 2008, os
22,60% do ativo total que compõe o ativo circulante estão distribuídos, na sua
maioria, no disponível, sendo que 77,40% do ativo é composto de ativo não
circulante. Já no passivo circulante, empréstimos e financiamentos participam com
31,54% do passivo circulante.
33
No exercício de 2009, o ativo do balanço patrimonial possui 19,51%
de ativo circulante, sendo a maioria destes valores alocados na conta clientes. O
ativo não circulante é responsável por 80,49% da composição do ativo. No passivo
circulante, empréstimos e financiamentos são dominantes, com 21,54% dos 24,46%
que compõe o passivo circulante. O patrimônio líquido conta com 75,54% do passivo
total.
Por fim, no último exercício de 2010, o ativo está composto com
18,30% de ativo circulante e 81,70% de ativo não circulante. Já no passivo
circulante, as obrigações trabalhistas e previdenciárias ocupam 3,18% do passivo
circulante, e as reservas de lucros compondo 73,69% do passivo total.
7.11.2 Análise Horizontal
Realizando a leitura da análise horizontal do D.R.E., podemos
verificar a evolução das contas tendo como ano base o exercício de 2008.
Dentro deste contexto, vislumbramos que a empresa teve, em 2009,
um desempenho aquém de 2008, recuperando-se logo no exercício de 2010 em
relação às vendas de mercadorias, com um aumento de quase 30%. Porém, a
receita líquida teve aumento de apenas 5,87%, e contribuindo para este quadro, o
custo dos serviços prestados subiu mais de 27% no exercício de 2010.
O lucro bruto teve queda de quase 25% em 2009, sendo retomado o
seu crescimento no ano de 2010. Chama a atenção a participação das despesas
administrativas na composição total das despesas, pois esta conta é responsável
por quase toda a despesa da empresa, e além disso, apresentou um valor elevado,
crescendo mais de 18% de 2008 para 2010, sendo que o lucro bruto cresceu apenas
4,36%.
Porém, o destaque maior e mais preocupante é que a relação entre
as vendas de mercadorias e o lucro líquido vem diminuindo, principalmente no ano
de 2010, onde a empresa embora tenha obtido um crescimento de mais de 29%,
teve queda no lucro líquido da ordem de quase 14%
Já na análise vertical do balanço patrimonial, tendo como base o
exercício de 2008, podemos visualizar no ativo circulante no decorrer dos três
34
exercícios analisados a queda das disponibilidades em quase 37%, em contrapartida
com o crescimento de mais de 18% na conta de clientes, levando em conta também
o grande crescimento (em torno de 146% em 2009 e 841% em 2010, comparando-
se com o exercício de 2008) de outros créditos que a empresa tem em haver. Já no
ativo não circulante não visualizamos nada de relevante importância.
Analisando o passivo circulante, observamos uma diminuição
gradual dos empréstimos e financiamentos no decorrer dos três exercícios
estudados. Já nas obrigações tributárias analisamos uma queda em torno de 33%
em 2009, porém em 2010 esta conta teve aumento de mais de 32%. Na conta
obrigações trabalhistas e previdenciárias, o crescimento foi vertiginoso em relação
ao exercício de 2008, sendo em 2009 o crescimento de 450% e em 2010 um
crescimento de mais de 891%. No patrimônio líquido não houve grandes alterações,
sendo que o aumento nas reservas de lucros foi de mais de 27% entre 2008 e 2010.
7.11.3 Índices de Estrutura de Capital
Dentro dos índices de estrutura de capital, observamos o índice de
endividamento geral da seguinte forma: a cada R$ 100,00, R$ 22,41 são valores
oriundos de terceiros, ou seja, capital de terceiros injetado na empresa.
Dentro do endividamento geral, conseguimos observar que a
totalidade (100%) dos recursos captados junto a terceiros está concentrado no curto
prazo.
Quanto à imobilização do patrimônio líquido, podemos dizer que de
cada R$ 100,00, R$ 23,59 do ativo permanente são “financiados” pelo próprio
patrimônio líquido da empresa.
Em relação à imobilização de recursos não correntes, vemos que
mais de 4% de recursos não correntes foram revertidos em aplicações no ativo
permanente. Já o passivo oneroso sobre o ativo não existe na empresa, pois ela não
depende de instituições financeiras, pelo menos no longo prazo.
7.11.4 Índices de Liquidez
35
Analisando os índices de liquidez, vemos que a liquidez imediata
representa que para cada R$ 1,00 de dívida, a empresa possui R$ 0,34 para pagar
imediatamente todas as suas dívidas apenas com o capital disponível.
Na análise da liquidez corrente, percebemos que a cada R$ 1,00 em
dívidas, a empresa possui R$ 0,82 para o pagamento das dívidas de curto prazo,
levando em conta todas as disponibilidades de curto prazo.
Em se tratando de liquidez seca, temos o mesmo índice de R$ 0,82
disponível para pagamento a cada R$ 1,00 de dívidas, sem levar em conta os
estoques.
E na liquidez geral, para cada R$ 1,00 em dívidas com terceiros, a
empresa dispõe de R$ 0,85 tanto em recursos de longo e curto prazo.
7.11.5 Índices de Rentabilidade
Dento dos índices de rentabilidade, conseguimos observar que o
patrimônio liquido teve rentabilidade de 26,66% no período.
A rentabilidade dos investimentos fica na casa dos 20,69%,
representando a porcentagem de retorno sobre os investimentos da empresa.
O giro do ativo representado nos mostra que para cada R$ 1,00
investido, o faturamento foi suficiente para cobrir R$ 0,81 destes investimentos.
Observando a margem bruta, visualizamos 4,28% de margem bruta
sobre os serviços prestados e produtos vendidos pela empresa.
Na margem operacional, observamos que o ganho operacional em
relação ao faturamento ficou na casa dos 28,64%
Assim, a margem líquida também ficou nos 28,64% assim como a
margem operacional, uma vez que não incidiram impostos sobre os resultados da
empresa.
7.11.6 Indicadores de Prazos Médios
36
O prazo médio de compras da empresa estudada é de
aproximadamente dez dias, ou seja, a empresa leva, em média, dez dias para pagar
suas obrigações com fornecedores. Não há prazo médio de estoques, pois a
empresa é prestadora de serviços e não trabalha com estoques. E o prazo médio de
recebimentos está em torno de cinqüenta dias, ou seja, em média e empresa leva
cinqüenta dias para receber a totalidade dos recursos provenientes dos clientes.
Em virtude de não trabalhar com estoques, o ciclo operacional e o
ciclo financeiro são iguais a zero.
7.11.7 Análise do Equilíbrio da Empresa
Chegamos ao ponto de equilíbrio operacional de 0,51, ou seja, com
praticamente meio serviço prestado, a empresa chega ao ponto de equilíbrio em
cada prestação de serviço, sendo isso estendido à totalidade dos serviços
prestados.
E o ponto de equilíbrio financeiro observado é de R$ 115.856,19,
sendo este o valor que deve ser faturado em um ano para cobrir todas as despesas
da empresa, sem obter nenhum lucro.
7.12 IDENTIFICAÇÃO DE FORÇAS E FRAQUEZAS
Em relação ao D.R.E., podemos observar como pontos a serem
melhorados o aumento da participação nos custos por parte dos custos dos serviços
prestados, além da grande participação das despesas administrativas (mais de 55%
da receita líquida é destinada às despesas administrativas nos três exercícios
analisados), tendo como impacto conseqüente a queda do lucro líquido. Já os
pontos fortes observados dentro da análise vertical do D.R.E. estão a diminuição dos
custos das mercadorias vendidas e a diminuição das despesas com vendas.
37
Na análise do balanço patrimonial, pontos a serem melhor
observados são a diminuição do disponível em contrapartida com o aumento da
conta clientes, além da elevação da participação das obrigações trabalhistas e
previdenciárias no passivo circulante. A análise dos pontos fortes nos leva ao
aumento gradual e natural da participação dos imobilizados na composição do ativo,
bem como a diminuição da dependência de empréstimos e financiamentos de forma
gradual, além do aumento da reserva de lucros.
A liquidez da empresa está comprometida, pois em nenhum dos
índices de liquidez a organização conseguiria pagar a todos os fornecedores se
todos os débitos fossem requeridos ao mesmo tempo. Nem mesmo na liquidez
geral, que reúne inclusive as disponibilidades de longo prazo, a empresa teria
condições de quitar todas as suas contas.
Em relação à rentabilidade, podemos dizer que a empresa possui
uma rentabilidade muito boa, tanto sobre o patrimônio líquido, sobre os
investimentos, margem bruta, margem operacional e margem líquida, todas sempre
acima de 20%. Já o giro do ativo nos coloca que o faturamento conseguiu cobrir
apenas 81% dos investimentos, significando isso um ponto a ser revisto dentro da
empresa.
Avaliando os prazos médios, notamos que a empresa estudada
possui uma grande vantagem: não trabalha com estoques, o que faz com que não
haja ciclo operacional, ciclo financeiro e prazo médio de estoques. Os outros prazos
(de compras e recebimento) estão dentro do considerado normal.
7.13 IDENTIFICAÇÃO DAS CAUSAS DOS PROBLEMAS
O aumento dos custos de prestação de serviços dentro do D.R.E.
deve-se em grande parte a escassez da mão-de-obra especializada no ramo de
negócio da empresa.
Em relação ao excesso de despesas administrativas encontradas no
D.R.E., a causa principal é a falta de um controle de qualidade e utilização de
recursos, onde a falta de otimização de custos, materiais, utilização e pessoal.
Outro problema enfrentado pela empresa é o aumento das contas a
38
receber (conta clientes) conjuntamente com a diminuição das disponibilidades, o que
denota uma perceptível queda nos pagamentos à vista, ocasionando um aumento
nas vendas a prazo, e fazendo com que a liquidez da empresa fique comprometida.
As obrigações trabalhistas e previdenciárias também tem aumentado
sua participação no balanço patrimonial, ocasionado pela dívida do passivo
trabalhista da empresa.
A falta de liquidez da empresa ocorre pelo fato de ela investir
bastante em ativo imobilizado (instalações máquinas e equipamentos), o que tira a
liquidez exatamente por estes investimentos não terem retorno monetariamente
falando, a fim de ajudar a sanar as dívidas.
O giro do ativo insuficiente para cobrir os investimentos tem origem
na grande necessidade de investimentos por parte da empresa para conseguir
manter u nível de prestação de serviços com alta qualidade. Além disso, a
dependência de empréstimos e financiamentos faz com que esse quadro seja
notado, mas principalmente os altos valores gastos com ativo imobilizado.
7.14 RECOMENDAÇÕES
Recomendamos para a empresa estudada que implemente um
programa de treinamento, em conjunto com um plano de carreira para seus
colaboradores, para sanar o problema da elevação dos custos dos serviços
prestados e da escassez da mão-de-obra no mercado de atuação da empresa. Os
treinamentos devem ser estudados e ministrados nas áreas de principal interesse da
empresa e maior carência dentro do mercado, conjuntamente com o plano de
carreira, que deve ser implementado aos poucos e sempre com total transparência,
pois auxilia na retenção de talentos dentro da organização, principalmente em uma
área de atuação tão carente de mão-de-obra especializada.
Outra proposta é que a empresa estude a viabilidade de um
programa de qualidade total, visando uma melhor utilização dos recursos
monetários, físicos e pessoais, objetivando a diminuição das despesas
administrativas. Um programa de qualidade ou 5S deve ser estudado para ser
colocado em prática, visando diminuir o número de retrabalhos, otimizar a utilização
39
do material de expediente e melhor utilizar o tempo de trabalho.
Para sanar o problema da queda das disponibilidades e aumento
dos créditos junto a clientes, recomendamos à empresa que reveja sua política de
concessão de crédito, além de aprimorar o seu sistema de cobrança para garantir o
recebimento dos valores devidos. Utilizar uma empresa de cobrança terceirizada
poderia ser uma solução, além de adquirir um programa de análise de crédito.
Em relação ao passivo trabalhista (obrigações trabalhistas e
previdenciárias), a empresa poderia elaborar um programa de relação com seus
colaboradores, para evitar qualquer tipo de divergência com seus funcionários.
Citando o problema da falta de liquidez, uma alternativa que a
organização possui é a de realizar investimentos em instituições bancárias a curto
prazo, pois assim, o capital além de render receitas, estará disponível caso seja
necessária a sua utilização.
Para tentar aumentar o giro do ativo e fazer com que o faturamento
consiga cobrir os investimentos realizados, orientamos que a empresa deixe de
investir tanto em imobilizado, ou procure outras formas de captação de recursos que
não comprometam o giro do ativo.
40
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Chegamos ao fim deste Trabalho de Conclusão de Curso, onde
realizamos um diagnóstico financeiro da empresa Rigoli e Soares Ltda.
Com o estudo da bibliografia conseguimos visualizar de uma forma
diferente os principais conceitos da contabilidade e contabilidade gerencial, bem
como da própria administração. Assim, conjuntamente com a análise das
demonstrações contábeis da empresa estudada e o cálculo dos índices diversos
necessários para a elaboração deste trabalho, conseguimos colocar em prática
grande parte dos conhecimentos passados no decorrer do curso de graduação.
Com o diagnóstico, podemos observar a real situação da empresa
alvo do trabalho, colocando com grande certeza que ela encontra-se em boa
situação financeira, sendo uma empresa sustentável do ponto de vista do lucro e
operacionalidade, conforme os demonstrativos de resultados do exercício e
balanços patrimoniais analisados e apresentados no trabalho. Apenas algumas
ressalvas e observações que colocamos, que servem para otimizar o funcionamento
da empresa, conforme já colocadas no decorrer desde trabalho.
Enfim, ao concluir este trabalho é que podemos perceber o teor de
sua importância, tanto acadêmica quanto profissionalmente, pois é através do
Trabalho de Conclusão de Curso que conseguimos ter um contato mais realista com
a arte da Administração, vislumbrando assim a real dimensão da profissão e da
importância do administrador para a empresa, a economia e a sociedade como um
todo.
41
REFERÊNCIAS
AUGUSTO, Diego Antônio. A Importância da Contabilidade Gerencial Para Micro e Pequena Empresa. Disponível em www.administradores.com.br, acessado em 24 de Maio de 2011, às 23:47 horas.
BRAGA, Hugo Rocha. Demonstrações Contábeis: Estrutura, Análise e Interpretação. 4 ed. São Paulo: Editora Atlas S.A., 1999.
BRAZ, Evaldo Muñoz; OLIVEIRA, Luís Cláudio de; MIRANDA, Elias Melo de; SÁ, Claudenor Pinho de; ARAUJO, Henrique José Borges de. Manejo Florestal em Áreas de Reserva Legal Para Pequenas Propriedades Rurais. Disponível em www.sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br, acessado em 10 de Outubro, às 12:50 horas.
CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL. Demonstrações Contábeis: Estruturação e Normas. Porto Alegre: Conselho Regional de Contabilidade do Grande do Sul, 2000.
http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/demonstracoescontabeis.htm Acesso em: 24/05/2009
MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial.São Paulo: Atlas,1993.
MATARAZZO, Dante Carmine. Análise financeira de balanços: abordagem básica. São Paulo: Atlas, 1984-1985.
MIOTO, Neivandra, LOZECKYI, Jeferson. A Importância da Contabilidade Gerencial na Tomada de Decisão nas Empresas. UNICENTRO – Revista Eletrônica Lato Sensu, ed. n°. 5, 2008. Disponível em www.web03.unicentro.br
PADOVEZE, Clóvis Luís. Contabilidade Gerencial: Um Enfoque em Sistema de Informação Contábil. São Paulo: Atlas 2004.
PEREIRA, Cledy Gonçalves. Análise de Crédito Bancário: Um Sistema Especialista com Técnicas Difusas Para os Limites da Agência. Dissertação de Mestrado apresentada à Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 1995.
42
RENATO, Ney. DRE, Receita, Custos Fixos e Variáveis. Disponível em www.renatoaulasparticulares.com.br/DRE_rec_cust_1.htm, acessado em 11 de Outubro de 2011, às 17:32 horas.
www.cpcon.eng.br/gestao-patrimonial/controle-patrimonial/inventario/, acessado em 10 de Outubro, às 13:25 horas.
www.projetosdsd.com/fluxodecaixa, acessado em 11 de Outubro, às 17:50 horas.
www.sebraesp.com.br, acessado em 13 de Outubro de 2011, às 14:32 horas.
www.pt.wikipedia.org, acessado em 11 de Outubro de 2011, às 18:20 horas.
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ANEXO A – Balanço Patrimonial do Exercício de 2008 da Empresa Rigoli e Soares Ltda.
Empresa: RIGOLI E SOARES LTDA.
CNPJ: 05.934.563/0001-70
Balanço encerrado em: 31/12/2008
BALANCO PATRIMONIAL
Descrição Saldo Atual
ATIVO 233.442,84D
ATIVO CIRCULANTE 52.750,64D
DISPONIVEL 30.525,93D
CAIXA 26.802,67D
BANCOS CONTA MOVIMENTO 304,01D
APLICAÇÕES FINANCEIRAS LIQUIDEZ IMEDIATA 3.419,25D
CLIENTES 22.052,71D
DUPLICATAS A RECEBER 22.052,71D
OUTROS CRÉDITOS 172,00D
ADIANTAMENTO A EMPREGADOS 172,00D
ATIVO NAO CIRCULANTE 180.692,20D
INVESTIMENTOS 500,00D
OUTRAS PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS 500,00D
IMOBILIZADO 180.192,20D
IMÓVEIS 147.557,28D
MÓVEIS E UTENCÍLIOS 1.007,04D
MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS 15.627,88D
VEICULOS 16.000,00D
PASSIVO 233.442,84C
PASSIVO CIRCULANTE 75.646,10C
EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS 73.622,78C
EMPRÉSTIMOS 73.622,78C
OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS 1.202,21C
IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES A RECOLHER 1.202,21C
OBRIGAÇÕES TRABALHISTA E PREVIDENCIÁRIA 821,11C
44
OBRIGAÇÕES PREVIDÊNCIARIAS 821,11C
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 157.796,74C
CAPITAL SOCIAL 10.000,00C
CAPITAL SUBSCRITO 10.000,00C
RESERVA DE LUCROS 147.796,74C
RESERVA DE LUCROS 147.796,74C
RECONHECEMOS A EXATIDÃO DO PRESENTE BALANÇO PATRIMONIAL ENCERRADO EM 31/12/2008 TOTALIZANDO NO ATIVO E PASSIVO: R$ 233.442,84 (duzentos e trinta e três mil quatrocentos e quarenta e dois reais e oitenta e quatro centavos)
45
ANEXO B – Balanço Patrimonial do Exercício de 2009 da Empresa Rigoli e Soares Ltda.
Empresa: RIGOLI E SOARES LTDA.
CNPJ: 05.934.563/0001-70
Balanço encerrado em: 31/12/2009
BALANCO PATRIMONIAL
Descrição Saldo Atual
ATIVO 226.188,53D
ATIVO CIRCULANTE 44.119,52D
DISPONIVEL 19.572,27D
CAIXA 11.778,27D
BANCOS CONTA MOVIMENTO 2.404,20D
APLICAÇÕES FINANCEIRAS LIQUIDEZ IMEDIATA 5.389,80D
CLIENTES 23.951,29D
DUPLICATAS A RECEBER 23.951,29D
OUTROS CRÉDITOS 595,96D
ADIANTAMENTOS A FORNECEDORES 595,96D
ATIVO NAO CIRCULANTE 182.069,01D
INVESTIMENTOS 500,00D
OUTRAS PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS 500,00D
IMOBILIZADO 181.569,01D
IMÓVEIS 147.557,28D
MÓVEIS E UTENCÍLIOS 1.686,04D
MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS 16.325,69D
VEICULOS 16.000,00D
PASSIVO 226.188,53C
PASSIVO CIRCULANTE 55.316,23C
EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS 48.729,98C
EMPRÉSTIMOS 48.024,49C
FINANCIAMENTOS 705,49C
FORNECEDORES 1.263,50C
FORNECEDORES 1.263,50C
46
OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS 806,66C
IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES A RECOLHER 806,66C
OBRIGAÇÕES TRABALHISTA E PREVIDENCIÁRIA 4.516,09C
OBRIGAÇÕES COM O PESSOAL 3.780,91C
OBRIGAÇÕES PREVIDÊNCIARIAS 735,18C
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 170.872,30C
CAPITAL SOCIAL 10.000,00C
CAPITAL SUBSCRITO 10.000,00C
RESERVA DE LUCROS 160.872,30C
RESERVA DE LUCROS 160.872,30C
RECONHECEMOS A EXATIDÃO DO PRESENTE BALANÇO PATRIMONIAL ENCERRADO EM 31/12/2009 TOTALIZANDO NO ATIVO E PASSIVO: R$ 226.188,53 (duzentos e vinte e seis mil cento e oitenta e oito reais e cinqüenta e três centavos)
47
ANEXO C – Balanço Patrimonial do Exercício de 2010 da Empresa Rigoli e Soares Ltda.
Empresa: RIGOLI E SOARES LTDA.
CNPJ: 05.934.563/0001-70
Balanço encerrado em: 31/12/2010
BALANCO PATRIMONIAL
Descrição Saldo Atual
ATIVO 256.334,71D
ATIVO CIRCULANTE 46.921,70D
DISPONIVEL 19.255,39D
CAIXA 13.048,53D
BANCOS CONTA MOVIMENTO 6.206,86D
CLIENTES 26.046,64D
DUPLICATAS A RECEBER 26.046,64D
OUTROS CRÉDITOS 1.619,67D
ADIANTAMENTOS A FORNECEDORES 1.619,67D
ATIVO NAO CIRCULANTE 209.413,01D
INVESTIMENTOS 1.844,00D
OUTRAS PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS 1.844,00D
IMOBILIZADO 207.569,01D
IMÓVEIS 147.557,28D
MÓVEIS E UTENCÍLIOS 1.686,04D
MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS 16.325,69D
VEICULOS 42.000,00D
PASSIVO 256.334,71C
PASSIVO CIRCULANTE 57.437,31C
EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS 45.389,94C
EMPRÉSTIMOS 45.309,94C
FINANCIAMENTOS 80,00C
FORNECEDORES 745,00C
FORNECEDORES 745,00C
OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS 1.588,27C
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IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES A RECOLHER 1.588,27C
OBRIGAÇÕES TRABALHISTA E PREVIDENCIÁRIA 8.141,20C
OBRIGAÇÕES COM O PESSOAL 6.789,72C
OBRIGAÇÕES PREVIDÊNCIARIAS 1.351,48C
OUTRAS OBRIGAÇÕES 1.572,90C
CONTAS CORRENTES 1.572,90C
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 198.897,40C
CAPITAL SOCIAL 10.000,00C
CAPITAL SUBSCRITO 10.000,00C
RESERVA DE LUCROS 188.897,40C
RESERVA DE LUCROS 188.897,40C
RECONHECEMOS A EXATIDÃO DO PRESENTE BALANÇO PATRIMONIAL ENCERRADO EM 31/12/2010 TOTALIZANDO NO ATIVO E PASSIVO: R$ 256.334,71 (duzentos e cinqüenta e seis mil trezentos e trinta e quatro reais e setenta e hum centavos)
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ANEXO D – Demonstrativo do Resultado do Exercício de 2008 da Empresa Rigoli e Soares Ltda.
Empresa: RIGOLI E SOARES LTDA.
CNPJ: 05.934.563/0001-70
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO EM 31/12/2008
RECEITA BRUTA
VENDA DE MERCADORIAS 26.780,00
SERVIÇOS PRESTADOS 188.297,20 215.077,20
DEDUÇÕES
(-) SIMPLES (16.603,40) (16.603,40)
RECEITA LÍQUIDA 198.473,80
CMV
CUSTOS DOS SERVIÇOS PRESTADOS (6.880,00)
CUSTOS DAS MERCADORIAS VENDIDAS (14.195,00) (21.075,00)
LUCRO BRUTO 177.398,80
DESPESAS OPERACIONAIS (118.665,76)
DESPESAS COM VENDAS
FRETES E CARRETOS (305,32)
MANUTENÇÃO E REPARO (3.859,70)
SERVIÇOS PRESTADOS POR TERCEIROS (3.733,00) (7.898,02)
DESPESAS ADMINISTRATIVAS
SALÁRIOS E ORDENADOS (30.107,35)
PRÓ-LABORE (36.000,00)
13º SALÁRIO (2.721,41)
FÉRIAS (5.302,90)
50
FGTS (4.978,98)
CONTRIBUICOES SINDICAIS (196,29)
TAXAS DIVERSAS (2.049,41)
CPMF (8,78)
MULTAS DE MORA (0,01)
ENERGIA ELÉTRICA (2.089,71)
ÁGUA E ESGOTO (1.242,17)
TELEFONE (4.514,02)
DESPESAS POSTAIS E TELEGRÁFICAS (41,00)
MATERIAL DE ESCRITÓRIO (799,43)
IMPRESSOS E TALIONARIOS (71,14)
CONSERV.MAQUINAS E EQUIPAMENTOS (2.280,00)
DESPESAS DIVERSAS (6.074,27)
PREVIDENCIA PRIVADA (2.760,11)
DESCONTO CONCEDIDOS (109,50)
JUROS SOBRE EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS (5.100,96)
DESPESAS BANCARIAS (2.114,70)
DESPESAS DE COBRANCA (2.205,60) (110.767,74)
RECEITAS FINANCEIRAS
JUROS ATIVOS (OUTROS) 1.981,39
DESCONTOS FINANCEIROS OBITIDOS 745,00 2.726,39
RESULTADO OPERACIONAL 61.459,43
RESULTADO ANTES DO IR E CSL 61.459,43
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 61.459,43
51
ANEXO E – Demonstrativo do Resultado do Exercício de 2009 da Empresa Rigoli e Soares Ltda.
Empresa: RIGOLI E SOARES LTDA.
CNPJ: 05.934.563/0001-70
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO EM 31/12/2009
RECEITA BRUTA
VENDA DE MERCADORIAS 25.800,00
SERVIÇOS PRESTADOS 141.819,04 167.619,04
DEDUÇÕES
(-) SIMPLES (12.574,75) (12.574,75)
RECEITA LÍQUIDA 155.044,29
CMV
CUSTOS DOS SERVIÇOS PRESTADOS (5.902,00)
CUSTOS DAS MERCADORIAS VENDIDAS (14.887,00) (20.789,00)
LUCRO BRUTO 134.255,29
DESPESAS OPERACIONAIS (108.118,86)
DESPESAS COM VENDAS
FRETES E CARRETOS (261,08)
MANUTENÇÃO E REPARO (3.777.72) (4.038,80)
DESPESAS ADMINISTRATIVAS
COMBUSTÍVEL E MANUTENÇÃO DE VEÍCULOS (2.767,00)
SALÁRIOS E ORDENADOS (21.469,25)
PRÓ-LABORE (36.000,00)
13º SALÁRIO (2.052,40)
FÉRIAS (1.942,70)
52
FGTS (2.397,03)
UNIFORME (688,40)
CONTRIBUICOES SINDICAIS (166,50)
TAXAS DIVERSAS (1.783,90)
MULTAS DE MORA (7,62)
ENERGIA ELÉTRICA (2.174,65)
ÁGUA E ESGOTO (1.098,15)
TELEFONE (4.923,34)
DESPESAS POSTAIS E TELEGRÁFICAS (267,70)
SEGUROS (32,00)
MATERIAL DE ESCRITÓRIO (327,06)
ASSISTÊNCIA CONTÁBIL (3.877,00)
SERVIÇOS PRESTADOS POR TERCEIROS (1.210,50)
IMPRESSOS E TALIONARIOS (242,44)
DESPESAS LEGAIS E JUDICIAIS (13,50)
DESPESAS DIVERSAS (1.840,05)
SEGURANÇA (739,00)
PREVIDENCIA PRIVADA (1.929,34)
DESCONTO CONCEDIDOS (25,06)
JUROS DE MORA (67,70)
JUROS SOBRE EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS (13.196,24)
DESPESAS BANCARIAS (1.354,51)
DESPESAS DE COBRANCA (1.487,02) (104.080,06)
RECEITAS FINANCEIRAS
JUROS ATIVOS (OUTROS) 1.338,13
DESCONTOS FINANCEIROS OBITIDOS 601,00 1.939,13
RESULTADO OPERACIONAL 28.075,56
RESULTADO ANTES DO IR E CSL 28.075,56
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 28.075,56
53
ANEXO F – Demonstrativo do Resultado do Exercício de 2010 da Empresa Rigoli e Soares Ltda.
Empresa: RIGOLI E SOARES LTDA.
CNPJ: 05.934.563/0001-70
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO EM 31/12/2010
RECEITA BRUTA
VENDA DE MERCADORIAS 34.770,00
SERVIÇOS PRESTADOS 192.399,00 227.169,00
DEDUÇÕES
(-) SIMPLES (17.051,16) (17.051,16)
RECEITA LÍQUIDA 210.117,84
CMV
CUSTOS DOS SERVIÇOS PRESTADOS (6.960,00)
CUSTOS DAS MERCADORIAS VENDIDAS (18.029,38) (24.989,38)
LUCRO BRUTO 185.128,46
DESPESAS OPERACIONAIS (133.592,68)
DESPESAS COM VENDAS
FRETES E CARRETOS (105,33)
MANUTENÇÃO E REPARO (1.847,18) (1.952,51)
DESPESAS ADMINISTRATIVAS
COMBUSTÍVEL E MANUTENÇÃO DE VEÍCULOS (5.160,00)
SALÁRIOS E ORDENADOS (32.453,86)
PRÓ-LABORE (49.000,98)
13º SALÁRIO (2.785,96)
FÉRIAS (3.094,72)
54
FGTS (3.100,66)
UNIFORME (696,90)
TREINAMENTO (320,00)
CONTRIBUICOES SINDICAIS (221,00)
TAXAS DIVERSAS (2.803,00)
MULTAS DE MORA (12,52)
ENERGIA ELÉTRICA (2.123,52)
ÁGUA E ESGOTO (1.585,93)
TELEFONE (5.215,74)
DESPESAS POSTAIS E TELEGRÁFICAS (173,15)
SEGUROS (530,00)
MATERIAL DE ESCRITÓRIO (416,82)
MATERIAL DE HIGIENE E LIMPEZA (142,98)
ASSISTÊNCIA CONTÁBIL (4.654,00)
SERVIÇOS PRESTADOS POR TERCEIROS (1.226,00)
IMPRESSOS E TALIONARIOS (579,00)
DESPESAS LEGAIS E JUDICIAIS (57,05)
MENSALIDADES A ASSOCIAÇÕES (920,11)
DESPESAS DIVERSAS (848,68)
SEGURANÇA (1.344,00)
PREVIDENCIA PRIVADA (1.560,56)
DESCONTO CONCEDIDOS (228,50)
JUROS DE MORA (18,13)
JUROS SOBRE EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS (7.204,45)
DESPESAS BANCARIAS (1.641,30)
DESPESAS DE COBRANCA (1.520,65) (131.640,17)
RECEITAS FINANCEIRAS
JUROS DE APLICAÇÕES 28,99
JUROS ATIVOS (OUTROS) 1.460,33 1.489,32
RESULTADO OPERACIONAL 53.025,10
RESULTADO ANTES DO IR E CSL 53.025,10
55
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 53.025,10