DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL DA EMPRESA MADEIREIRA … · para mim surgiu uma nova razão ainda mais...

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FACULDADE CAPIVARI CURSO DE ADMINISTRAÇÃO Simone de Souza Pacheco DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL DA EMPRESA MADEIREIRA PACHECO Trabalho de Conclusão de Curso submetido ao Curso de Administração da Faculdade Capivari como requisito para a obtenção do título de Bacharel em Administração. Orientadora: Emillie Michels Capivari de Baixo 2014

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FACULDADE CAPIVARI

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

Simone de Souza Pacheco

DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL DA EMPRESA

MADEIREIRA PACHECO

Trabalho de Conclusão de Curso submetido ao Curso de Administração

da Faculdade Capivari como requisito

para a obtenção do título de Bacharel em Administração.

Orientadora: Emillie Michels

Capivari de Baixo

2014

Simone de Souza Pacheco

DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL DA EMPRESA

MADEIREIRA PACHECO

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para

obtenção do título de Bacharel em Administração e aprovado em sua

forma final pela Banca Examinadora.

Capivari de Baixo, 25 de julho de 2014.

_________________________________

Prof. Murilo Ternes, Msc.

Coordenador do Curso

_________________________________

Profa. Emilie Michels, Msc.

Orientadora

Banca Examinadora

_________________________________

Profa. Claudinéia da Silva de Oliveira, Esp.

__________________________________

Prof. Fabiano Pires de Oliveira, Msc.

DEDICATÓRIA

Este trabalho é dedicado para todas as pessoas que me apoiaram

ao longo desta minha caminhada, a qual por muitos motivos tive que

interromper durante algumas vezes, mas graças ao apoio dessas pessoas

que conheciam meu desejo em concluir este curso me deram forças, me

apoiaram e me auxiliaram principalmente neste último semestre, o qual

para mim surgiu uma nova razão ainda mais forte para terminar mais

esta etapa em minha vida.

A essas pessoas, em primeiro lugar, dou o nome de PAI e MÃE,

que sem a confiança deles dificilmente poderia escrever esta dedicatória

para meu trabalho de conclusão de curso. Pelo apoio oferecido por parte

deles voltei a realizar algo que por alguns momentos achei que não seria

mais possível.

Dedico também ao meu esposo, que da maneira dele, também me

ergueu nas horas de desânimo e frustração, que de forma mais rígida e

reconheço necessária, não desisti no meio desta minha caminhada.

Ao meu irmão, também dedico este trabalho, o qual reconheceu

minhas necessidades e me ofereceu sua ajuda no que fosse preciso e que

se estivesse ao seu alcance sempre estava disposto a colaborar.

E ao presente mais belo e valioso que recebi de Deus, meu filho,

dedico a maior parte do tempo que usei para a elaboração deste trabalho,

que mesmo sem entender quase nada por ser uma criatura tão pequena e

indefesa, me ajudou com seu sorriso e sua compreensão nos momentos

em que entreter-se com seus brinquedinhos e desenhos musicais, e desta

maneira podia concluir este trabalho, para agora poder dedicar uma

maior parcela do meu tempo a ele, sendo grata pela sua bondade nos

momentos em que tive que estar ausente.

Enfim, a todos que de alguma maneira, mesmo distantes, estavam

a torcer pela concretização de mais este sonho em minha vida, sou

eternamente grata.

AGRADECIMENTOS

Primeiramente meu agradecimento é para Aquele que me deu a

vida e com ela meus sonhos, os quais um deles era a conclusão deste

curso de graduação: DEUS. A Ele agradeço por ter me oferecido esta

oportunidade que mesmo nas dificuldades me deu forças juntamente

com os anjos que aqui na terra estão para me proteger. Pela sua luz para

a elaboração deste trabalho, estando sempre a iluminar meus

pensamentos para poder elaborar algo promissor, e a me mostrar as

palavras certas nos locais apropriados, principalmente quando o cansaço

me invadia, acredito que por Estar sempre ali comigo, me animou

quando o tempo passava depressa demais para poder dar conta de tanto

coisa ainda que devesse ser feita.

E sei que através Dele, me colocou os professores (as) adequados

(as) em meu caminho os quais ao longo de toda essa caminhada

colaboraram para a elaboração deste.

A minha orientadora Emillie, que consentiu a me orientar mesmo

com um espaço de tempo tão pequeno para a entrega deste, a qual

acreditou em minha capacidade e mesmo nas conversas rápidas voltava

para concluir este trabalho mais disposta, pois me passava confiança de

que conseguiria concluir e de que tudo estava a caminhar da maneira

correta. Agradeço a Deus por tê-la colocado em meu caminho no

momento oportuno, e meus sinceros agradecimentos a ela que aceitou

meu convite.

Agradeço, também, em geral a todos que aqui não mencionei,

para não correr o risco de deixar alguém para trás e aos que dediquei

este trabalho, que de uma forma ou de outra colaboraram para poder

concluir mais esta etapa, onde a essas pessoas citadas e as não citadas

tenho imenso carinho e admiração, e com certeza estarão para sempre

guardadas em meu coração. Muito obrigada!

“Que os vossos esforços desafiem as impossibilidades, lembrai-vos de que as grandes

coisas do homem foram conquistadas do que parecia impossível”.

(Charles Chaplin)

RESUMO

Este trabalho trata-se de um estudo na empresa Madeireira Pacheco, a

qual beneficia madeira para a elaboração de produtos para reforma,

ampliação e construção, especialmente de residências, a qual também

constrói. Esse estudo tem como objetivo analisar o funcionamento de

todas as áreas da empresa Comércio, Indústria e Construções de

Madeiras Pacheco LTDA EPP, a fim de diagnosticar seu funcionamento

organizacional. Caracteriza-se como sendo um estudo de caso, de

abordagem qualitativa, com técnicas de pesquisa bibliográfica e

pesquisa de campo. Após analisadas todas as funções que são recursos

humanos, marketing, finanças, produção e tecnologia da informação, e

da forma que funcionam na empresa, fez-se uma análise organizacional

do ambiente interno e externo, criando assim a matriz SWOT, com as

forças, fraquezas, oportunidades e ameaças para um posterior

prognóstico. Neste prognóstico são apresentadas sugestões de melhorias

nesses setores, os quais pode-se verificar através de todo o estudo falhas

que podem ser corrigidas, a fim de haver um melhor funcionamento de

forma sistêmica e alcançar os objetivos da organização.

Palavras-chave: Funções, Organizacional, Prognóstico.

ABSTRACT

This work is in a study in Pacheco Lumber company, which boasts

wood for the production of products for renovation, expansion and

construction, especially residential property, which also builds. This

study aims to analyze the functioning of all areas of the company Trade,

Industry and Construction Wood Pacheco LTDA EPP in order to

diagnose your organizational functioning. It is characterized as a case

study, qualitative approach with techniques of literature and field

research. After considering all functions that are human resources,

marketing, finance, production and information, and the way that work

in technology company, became an organizational analysis of the

internal and external environment, thus creating the SWOT matrix with

the forces, weaknesses, opportunities and threats for further prognosis.

This prognosis suggestions for improvements are presented in these

sectors, which can be seen throughout the study flaws that can be

corrected in order to be a better functioning systemically and achieve the

organization's goals.

Keywords: Functions, Organizational, Prognosis.

LISTA DE FIGURAS

Figura 01 – Logomarca..........................................................................34

Figura 02 – Organograma.......................................................................42

Figura 03 – Fluxograma da produção de aberturas................................52

Figura 04 – Layout.................................................................................53

LISTA DE QUADROS

Quadro 01 – Custo mensal da internet...................................................37

Quadro 02 – Balanço patrimonial do exercício 2013.............................56

Quadro 03 – DRE do exercício 2013.....................................................57

Quadro 04 – Fluxo de caixa....................................................................58

Quadro 05 – Custos e despesas fixas......................................................60

Quadro 06 – Preço de venda...................................................................60

Quadro 07 – Custo material direto ou custos variáveis..........................61

Quadro 08 – Despesas variáveis.............................................................61

Quadro 09 – Margem de contribuição....................................................61

Quadro 10 – Ponto de equilíbrio............................................................62

Quadro 11 – Capital circulante líquido...................................................63

Quadro 12 – Liquidez corrente...............................................................63

Quadro 13 – Liquidez seco.....................................................................64

Quadro 14 – Margem bruta....................................................................65

Quadro 15 – Margem operacional..........................................................65

Quadro 16 – ROI....................................................................................65

Quadro 17 – Payback..............................................................................66

Quadro 18 – Matriz F.O.F.A...................................................................75

LISTA DE ABREVIATUARAS E SIGLAS

ACIRJ – Associação Comercial, Industrial e Rural de Jaguaruna

AMREC – Associação dos Municípios da Região Carbonífera

AMUREL – Associação de Municípios da Região de Laguna

BNDES – Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social

BP – Balanço Patrimonial

CCL – Capital Circulante Líquido

CDL – Câmara dos Dirigentes Lojistas

CF – Custo Fixo

CLT – Consolidação das Leis do Trabalho

CMD – Custo do Material Direto

CPF – Cadastro de Pessoas Físicas

CREA – Conselho Regional da Engenharia, Arquitetura, Agronômia

CTPS – Carteira de Trabalho e Previdência Social

CV – Custos Variáveis

DF – Despesa Fixa

DRE – Demonstrativo de Resultados do Exercício

DV – Despesas Variáveis

EPP – Empresa de Pequeno Porte

FATMA – Fundação do Meio Ambiente

F.O.F.A – Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças

IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos

Naturais Renováveis

LC – Liquidez Corrente

LS – Liquidez Seca

LTDA – Limitada

MB – Margem Bruta

MC – Margem de Contribuição

MKT – Marketing

MO – Margem Operacional

PV – Preço de Venda

RH – Recursos Humanos

ROI – Return On Investment (Retorno sobre o Investimento)

SC – Santa Catarina

SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de Santa

Catarina

SINDIMAD – Sindicato dos Madeireiros

SWOT – Strengths, Weaknesses, Opportunities e Threats (Forças,

Fraquezas, Oportunidades e Ameaças)

TI – Tecnologia em Informação

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.................................................................................23

1.1 OBJETIVOS.....................................................................................23

1.1.1Objetivo geral................................................................................24

1.1.2 Objetivos específicos....................................................................24

1.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS.....................................24

1.3 JUSTIFICATIVA..............................................................................25

1.4 ESTRUTURAÇÃO DOS CAPÍTULOS..........................................26

2 DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL.........................................29

2.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA............................................29

2.1.1 Histórico.......................................................................................30

2.1.2 Missão, visão e objetivos.............................................................31

2.1.3 Estrutura legal.............................................................................32

2.2 FUNÇÃO DE MARKETING...........................................................33

2.3 FUNÇÃO DE TECNOLOGIA E INFORMAÇÃO..........................35

2.3.1 Quadro pessoal.............................................................................36

2.3.2 Estrutura da rede.........................................................................36

2.3.3 Servidores.....................................................................................37

2.3.4 Sistemas de informação...............................................................37

2.3.5 Diagnóstico dos sistemas de informação....................................38

2.3.6 Segurança das redes e sistemas..................................................38

2.3.7 Despesas anuais............................................................................39

2.3.8 Investimentos futuros..................................................................40

2.3.9 Outsourcing..................................................................................40

2.4 FUNÇÃO DE RECURSOS HUMANOS........................................40 2.4.1 Subsistemas de recursos humanos.............................................42

2.4.2 Avaliação de desempenho............................................................46

2.4.3 Cargos e salários..........................................................................47

2.5 FUNÇÃO DE PRODUÇÃO............................................................49 2.5.1 Análise do setor produtivo..........................................................50

2.5.1.1 Produtos......................................................................................50

2.5.1.2 Projeto dos produtos...................................................................50

2.5.1.3 Projeto do processo....................................................................51

2.5.2 Produção.......................................................................................52

2.6 FUNÇÃO DE FINANÇAS..............................................................55 2.6.1 Balanço patrimonial....................................................................56 2.6.2 Demonstração de resultados do exercício (DRE)......................56 2.6.3 Fluxo de caixa..............................................................................57

2.6.4 Ponto de equilíbrio......................................................................58 2.6.5 Índices financeiros.......................................................................62 2.6.5.1 Capital circulante líquido ou capital de giro.............................63

2.6.5.2 Índice de liquidez corrente.........................................................63

2.6.5.3 Índice de liquidez seco................................................................64

2.6.6 Rentabilidade/Lucratividade......................................................64 2.6.6.1 Margem bruta.............................................................................64

2.6.6.2 Margem operacional..................................................................65

2.6.7 Investimento.................................................................................65 2.6.7.1 Retorno sobre o investimento (ROI)...........................................65

2.6.7.2 Payback......................................................................................66

3 ANÁLISE ORGANIZACIONAL.....................................................67

3.1 ANÁLISE DO AMBIENTE EXTERNO E INTERNO...................67

3.1.1 Cliente...........................................................................................69

3.1.2 Matéria-prima x ecologia x leis..................................................70

3.1.3 Mão de obra especializada..........................................................71

3.1.4 Economia......................................................................................72

3.1.5 Sociedade......................................................................................72

3.1.6 Produtos........................................................................................73

3.2 MATRIZ F.OF.A (SWOT)................................................................74

4 PROGNÓSTICO ORGANIZACIONAL........................................79

4.1 PROGNÓSTICO DA FUNÇÃO DE MARKETING.......................79

4.2PROGNÓSTICO DA FUNÇÃO DE TECNOLOGIA E

INFORMAÇÃO.....................................................................................80

4.3PROGNÓSTICO DA FUNÇÃO DE RECURSOS

HUMANOS............................................................................................81

4.4 PROGNÓSTICO DA FUNÇÃO DE PRODUÇÃO.........................82

4.5 PROGNÓSTICO DA FUNÇÃO DE FINANÇAS...........................83

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................85

REFERÊNCIAS...................................................................................89

23

1 INTRODUÇÃO

O trabalho executado na empresa Madeireira Pacheco, serve de

apoio para a conclusão do curso em administração pela autora e ainda

através deste a empresa pode se beneficiar das análises feitas e do

prognóstico aqui elaborado.

A empresa em estudo trata-se de comércio e indústria de

madeiras para reforma, ampliação e construções, as quais utiliza para a

venda avulsa como também para a fabricação de residências pela própria

empresa. A escolha desta empresa é devido a acadêmica fazer parte do

quadro de colaboradores da mesma e conhecer o ramo a um bom tempo,

a fim de proporcionar melhorias para a organização.

Um estudo de todas as funções organizacionais estudadas no

decorrer do curso pela acadêmica foi elaborado, onde se fez um

diagnóstico de como funciona estas funções na empresa, ou seja, como

são executadas as tarefas funcionais sendo elas finanças, produção,

marketing, tecnologia da informação e recursos humanos.

Após este diagnóstico foi elaborado uma análise do ambiente

interno e externo da empresa, o qual consta os fatores que beneficiam e

desfavorecem a organização de forma a colaborar para a mesma e

conhecer seus pontos fortes e fracos dentro de seu ambiente e ainda as

oportunidades e ameaças vindas do ambiente externo. Onde através do

conhecimento desses pode-se elaborar a Mariz SWOT e após executar o

prognóstico, propondo melhorias para a empresa corrigir seus pontos

fracos e assim diminuir o impacto que as ameaças podem acarretar e

ainda aproveitar da forma correta e no momento oportuno as

oportunidades existentes no ambiente.

1.1 OBJETIVOS

Os objetivos podem ser definidos como a meta deste trabalho, os

quais tratam-se dos resultados que precisam ser alcançados para que se

construa todo o trabalho, de acordo com Severino (2007).

Ou ainda conforme Andrade (2006), os objetivos servem para o

que se pretende com o trabalho, quais resultados se deseja com a

pesquisa. Eles definem a natureza do trabalho, o tipo de problema a ser

selecionado, o material a coletar. Podem ser geral ou especifico.

(MARCONI; LAKATOS, 2010).

24

1.1.1 Objetivo geral

O objetivo geral defini a principal finalidade do estudo. Para Gil

(2008) o objetivo geral apresenta a direção a ser seguida, entretanto, em

uma grande parte dos casos, não é possível partir diretamente para a

investigação.

O objetivo geral deste trabalho é analisar o funcionamento de

todas as áreas da empresa Comércio, Indústria e Construções de

Madeiras Pacheco LTDA EPP, a fim de diagnosticar seu funcionamento

organizacional.

1.1.2 Objetivos específicos

Os objetivos específicos são os meios definidos para alcançar o

objetivo geral. Tais objetivos tentam descrever da forma mais clara

possível, justamente o que se deseja levantar no estudo, de acordo com

Gil (2008). Portanto, os objetivos específicos fazem o detalhamento do

objetivo geral.

Através do objetivo geral deste trabalho, defini-se os objetivos

específicos os quais são os seguintes:

Caracterizar a empresa em estudo;

Diagnosticar suas funções organizacionais;

Analisar essas funções e seu meio interno e externo;

Sugerir soluções de melhorias para as lacunas encontradas

através da análise.

1.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Metodologia é o conjunto de métodos ou caminhos utilizados na

busca do conhecimento. (ANDRADE, 2006).

Os procedimentos utilizados para a elaboração deste trabalho foi

uma pesquisa de campo com estudo de caso na empresa de todo seu

funcionamento. Esse tipo de pesquisa consiste na observação de fatos e

fenômenos, da forma como eles ocorrem na empresa, de acordo com

Marconi e Lakatos (2010). Porém, foi feita uma pesquisa diretamente na

empresa, através de verificações do funcionamento das funções e

conversas com os colaboradores.

Nesse tipo de pesquisa, conforme Gil (2008), o pesquisador

realiza a maior parte do trabalho pessoalmente, pois é enfatizada a

25

importância de o pesquisador ter tido ele mesmo uma experiência direta

com a situação de estudo. Também se exige do pesquisador que

permaneça o maior tempo possível no local a ser pesquisado, pois

somente interagindo com a realidade é que se podem entender as regras,

os costumes e as convenções da empresa estudada.

Esse tipo de pesquisa feita é assim classificada, pois de acordo

com Andrade (2006), tem como objetivo conseguir informações acerca

de um problema, para o qual se procura uma resposta, ou de uma

hipótese, que se queira comprovar ou ainda, descobrir novos fenômenos

ou as relações entre eles.

A abordagem dessa pesquisa é considerada qualitativa, a fim de

qualificar as funções na mesma.

O termo qualitativo implica, conforme Andrade (2006), uma

partilha densa com pessoas, fatos e locais que constituem objetos de

pesquisa, para extrair desse convívio os significados visíveis e latentes

que somente são perceptíveis a uma atenção sensível. Nesse sentido, o

caráter qualitativo da pesquisa realizada ocorre pelas análises e

compreensões realizadas através da observação das rotinas e variáveis

apresentadas no decorrer do estudo realizado na empresa em estudo.

Foi feita pesquisas bibliográficas para fundamentar este

trabalho, a fim de auxiliar na construção do marco teórico do estudo,

através de pesquisas em diversos livros. Conforme Severino (2007), a

pesquisa bibliográfica trata-se de uma forma de entender e dominar

determinado assunto, podendo até mesmo ser determinada para um novo

trabalho científico original

A pesquisa elaborada na empresa é para ser respondida a seguinte

pergunta, através deste trabalho: Quais medidas a empresa pode adotar a

fim de eliminar suas fraquezas, através da análise do seu ambiente

organizacional?

1.3 JUSTIFICATIVA

O diagnóstico organizacional permite o conhecimento do

funcionamento das funções da empresa e através desse diagnóstico é

possível analisar tais funções a fim de identificar variáveis que

influenciam o posicionamento da empresa no mercado onde atua. E

assim haver um prognóstico da empresa para que os gestores possam

agir de forma a identificar soluções para corrigir os pontos negativos, e

reconhecer e valorizar suas forças institucionais. Assim, o diagnóstico

26

organizacional contribui de maneira significativa para todas as

organizações inseridas no atual mercado competitivo, pois, oferece uma

análise real da situação da empresa a favorecer o alcance dos objetivos

almejados.

A pesquisa realizada proporciona a empresa um maior

entendimento das suas funções organizacionais e contribui para

melhorias internas a fim de estar cada vez mais preparada para enfrentar

ameaças externas. As mudanças organizacionais podem causar situações

favoráveis, entretanto, é preciso que seja estudado e planejado de modo

que não venha a trazer malefícios para a empresa. Nesse sentido, o

prognóstico apresentado no estudo vem beneficiar a empresa estar-se a

critério dos gestores adotarem ou não as sugestões propostas.

Para a autora deste trabalho oferece um maior conhecimento

das áreas administrativas, visto que a mesma pode unir a teoria estudada

com a prática diária da empresa, e obtêm maiores informações e

experiências que contribuirão para a sua vida profissional, além da

pesquisa contribuir para o espírito investigativo da acadêmica. E através

da elaboração deste trabalho de conclusão de curso que a autora termina

mais uma etapa em sua vida acadêmica, onde após alguns anos de

estudo adquiriu novos conhecimentos para sua vida pessoal e

principalmente profissional, a estar mais preparada para enfrentar

desafios em uma empresa devido aos conhecimentos adquiridos.

1.4 ESTRUTURAÇÃO DOS CAPÍTULOS

O trabalho esta estruturado em cinco capítulos, sendo o primeiro

a introdução, com os objetivos gerais e específicos e os procedimentos

metodológicos. No segundo capítulo contem o estudo na empresa, com

fundamentações sobre o diagnóstico organizacional das funções, a

iniciar com sua caracterização, seguindo com o estudo das funções:

Marketing, Tecnologia da Informação, Recursos Humanos, Produção e

Finanças, nesta ordem. O terceiro capítulo começa o aprofundamento da

análise organizacional através das forças, fraquezas, oportunidades e

ameaças, elaborando em seguida a matriz SWOT. No quarto capítulo

parte-se para o prognóstico das áreas estudadas, sendo propostas

sugestões de melhoria para a empresa, a fim de eliminar suas fraquezas.

No quinto e último capítulo a respeito do trabalho encontra-se as

considerações finais. Ainda será encontrado no sumário o sexto capítulo

27

que dispõe das referências bibliográficas utilizadas para fundamentar os

outros capítulos.

28

29

2 DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL

Uma organização possui vários segmentos os quais devem

funcionar de forma sistêmica, onde é vista como um sistema unificado e

propositado, composto de partes inter-relacionadas. Com isso a teoria

dos sistemas nos diz que a atividade de qualquer segmento de uma

organização afeta em graus variados a atividade de todos os outros

segmentos. (STONER e FREEMAN, 1998).

De acordo ainda com Stoner e Freeman (1998), numa

organização existem essas funções distintas, as quais estão interligadas

umas com as outras, para minimizar conflitos inevitáveis e aumentar as

chances de alcançar os objetivos da organização. Essas funções são:

Marketing, Finanças, Produção, Tecnologia da Informação e Recursos

Humanos.

Maximiano (2007, p. 7) diz que “as funções organizacionais são

as tarefas especializadas que as pessoas e os grupos executam, para que

a organização consiga realizar seus objetivos. Todas as organizações têm

aproximadamente as mesmas funções”.

As mesmas funções citadas pelos autores Stoner e Freeman são as

também citadas pelo Maximiano, onde no decorrer do trabalho

analisaremos essas funções na empresa em estudo, mesmo algumas

dessas funções não serem bem definidas na empresa, de alguma maneira

elas existem, na maioria das vezes a cargo de uma única pessoa mais de

um setor.

2.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA

Uma organização, segundo Kwasnicka (2007), é definida como

um a estrutura ou rede de relações entre indivíduos e posições em um

ambiente de trabalho e o processo pelo qual a estrutura é criada, mantida

e usada. A definição tem dois aspectos inter-relacionados: estrutura e

processo. A estrutura consiste em uma rede de relacionamento

especifico entre indivíduos, posições e tarefas. Essa é uma visão

estática. Processo, que é visão dinâmica, refere-se às funções gerenciais

pelas quais as organizações são criadas, adaptadas e mudadas

continuamente.

Robbins (2004, p. 4) destaca que: As organizações possuem três características comuns entre elas: toda organização tem um

30

propósito e é composta por pessoas agrupadas de

determinada maneira; nenhum propósito ou meta pode ser alcançado sem pessoas tomando decisões

para estabelecer o propósito e desempenhar várias atividades a fim de transformar a meta em

realidade e todas as organizações desenvolvem uma estrutura sistemática que define e limita o

comportamento de seus membros.

Ainda segundo Robbins (2004) o termo organização se refere a

uma entidade que tem um propósito distinto, pessoas ou membros e uma

estrutura sistemática.

As organizações quando construídas possuem determinados

objetivos, os quais são planejados, e na medida em que seus objetivos

são atingidos ou descobrem meios melhores para atingi-los com menor

custo e menor esforço são reconstruídas, isto é, reestruturadas e

redefinidas. (CHIAVENATO, 2000).

Nesse sentido do que se trata uma organização, a seguir segue

dados da empresa em estudo.

2.1.1 Histórico

Comércio, Indústria e Construções de Madeiras Pacheco LTDA

EPP, conhecida atualmente como Madeireira Pacheco teve sua origem

desde 1979 e como fundador Antônio Gonçalves Pacheco – primo do

atual proprietário – e era conhecida na época como Madeireira

Jaguarunense.

A partir de 1985, José Serafim Pacheco foi influenciado pelo seu

primo Antônio a comprar todo o maquinário que possuía, e assim criar

seu próprio negócio. Já que na época José estava prestes a se casar e

trabalhava como caminhoneiro autônomo, ficando dias longe de casa e

queria abandonar a profissão para lutar por um ideal melhor de vida. Só

que suas condições financeiras não eram suficientes para todo o

investimento, pois a maior parte de suas reservas, fruto do trabalho de

caminhoneiro e anteriormente cortador de pedra, José havia adquirido

um caminhão, um terreno amplo, mais um imóvel residencial. Em

acordo com sua futura esposa, José resolveu vender o imóvel residencial

para poder investir no seu novo negócio.

Portanto, aos 27 anos de idade, José fundou Comércio e Indústria

de Madeiras Pacheco LTDA. (como foi registrada na época, passando

por alteração no contrato social, logo após) no dia 01 de agosto de 1985,

31

junto com seu sócio e irmão Manoel Antônio Pacheco, que na época

também era caminhoneiro e usou o terreno que já havia adquirido de

solteiro para construir o pavilhão da sua nova madeireira no trevo

principal de acesso a cidade de Jaguaruna, onde atua até hoje.

No início foi dificultoso, pois a maior parte das compras teria que

ser feita a prazo, já que o capital era pouco. Mas, José juntamente já

com sua esposa lutava diariamente, trabalhando no beneficiamento de

madeiras e entregas até tarde da noite, apenas com um (1) funcionário

marceneiro na fabricação de aberturas, pois seu sócio-irmão não

abandonou a atividade de caminhoneiro de imediato, somente após uns

quatro meses Manoel começou a trabalhar na madeireira, com seus dois

filhos. Graças ao esforço de cada dia e com a honestidade de toda

equipe familiar, os serviços aumentaram e assim foram contratados mais

funcionários fora do ciclo familiar e o maquinário também aumentado.

Desde então, da venda apenas de madeiras beneficiadas e aberturas,

passou a contratar os primeiros carpinteiros para a fabricação de casas

pré-fabricadas, pois havia muita procura na compra do material com a

mão de obra.

Depois de nove anos e dois meses de trabalho em sociedade os

dois irmãos resolveram separar. José ficou com a Madeireira Pacheco

em sociedade agora, com sua esposa, e assumiu todos os compromissos

que a empresa possuía e seu irmão Manoel adquiriu um novo negócio

madeireiro com seus filhos já adultos. Localiza-se desde o seu

surgimento no mesmo endereço, ou seja, na Rua Manoel Lucas

Fernandes, n.º 100, Bairro Encruzo – Jaguaruna/SC, aumentado seus

pavilhões e adquirindo novos terrenos para estocagem da matéria-

prima.

Atende toda a região da AMUREL e da AMREC e em algumas

exceções municípios da região Serrana e de Florianópolis, pessoas

físicas e jurídicas as quais necessitam ou desejam reformar, construir ou

ampliar sua residência ou empresa. Conta com fornecedores de matéria-

prima locais e outros da região norte do país e ainda outros de produtos

para revenda de toda a região vizinha e de outros estados, quando

necessário.

2.1.2 Missão, visão e objetivos

Toda empresa existe um porque de existir, por isso Chiavenato

(2009) diz que a missão de uma empresa é definida pelo seu papel na

32

sociedade em que esta inserida no sentido de satisfazer a alguma

necessidade do ambiente externo, ou seja, significa sua razão de ser e

existir na sociedade.

A missão define o papel que a organização desempenha para seus

clientes e partes interessadas relevantes, como acionistas, empregados,

comunidades, instituições sociais e governamentais, fornecedores e

concorrentes. (Maximiano, 2012).

Chiavenato (2000, p. 50) acrescenta que “enquanto a missão trata

da filosofia básica da organização, a visão serve para mirar o futuro que

se deseja alcançar”.

A empresa possui como missão garantir qualidade e acabamento

em seus produtos a todos os clientes, passando idoneidade, confiança e

segurança naquilo que apresenta e compromete.

Sua visão é oferecer produtos de qualidade, conforto e segurança

aos seus clientes procurando sempre inovar a fim de estar sempre

atuante no mercado.

A visão de uma empresa é como uma imagem que a organização

define a respeito de seu futuro, ou seja, do que ela pretende ser, de

acordo com Chiavenato (2000).

De acordo com Maximiano (2012, p. 237) “os objetivos são os

resultados que a organização pretende realizar”.

Conforme Chiavenato (2000, p. 149) “em função da missão e da

visão organizacional são estabelecidos os objetivos empresariais, onde

são as pretensões ou os propósitos da empresa”.

Os objetivos então são os meios que a empresa deve seguir para

atingir sua missão e visão, por isso a empresa possui como valores, a

honestidade e credibilidade, passando inteira confiança aos

colaboradores e clientes em tudo que assume, dando a garantia que seus

compromissos sejam cumpridos na data correta e com a qualidade igual

ou superior ao que prometeu.

2.1.3 Estrutura legal

Atualmente a empresa é de sociedade limitada, composta por dois

sócios, os quais ambos possuem 50% das cotas da empresa e EPP

(empresa de pequeno porte) estando registrada como Comércio,

Indústria e Construções de Madeiras Pacheco LTDA. EPP. A alteração

no nome no contrato social da empresa foi devido a empresa hoje ser

considerada também como construtora, tendo então que estar registrada

33

no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Santa

Catarina (CREA-SC).

2.2 FUNÇÃO DE MARKETING

Kotler (apud KWASNICKA, 2007, p. 156) diz que “marketing é

o conjunto de atividades humanas que tem por objetivo facilitar e

consumar as relações de troca”.

De acordo com Neves (2007, p.18): O marketing é usado para entender quais são as

necessidades dos consumidores finais, intermediários (indústrias, distribuidores),

através do processo de pesquisa, analisando o comportamento desses consumidores, o

mercado, facilitando ver quais segmentos de consumidores podem ser satisfeitos, quais serão

alvo de atuação da empresa, que tipo de diferenciação pode ser oferecido, como gerar e

adaptar produtos, marcas e embalagens para satisfazer a essas necessidades, as corretas

estratégias de precificação para esses produtos, como colocá-los à disposição dos consumidores

através de canais de distribuição, e comunicar, através da propaganda, da publicidade e de

outras ferramentas.

Ainda Maximiano (2007, p. 8) diz que “o objetivo básico da

função de marketing é estabelecer e manter a ligação entre a

organização e seus clientes, consumidores, usuários ou público-alvo”.

A empresa em estudo esta consolidada a bastante tempo no

mercado, e não há um profissional específico somente na área de

marketing, porém possui um de seus colaboradores que se preocupa em

inovar, seja nos produtos, no mostruário desses ou em propagandas para

a empresa sempre manter e conquistar mais clientes.

Nos produtos oferecidos busca sempre inovar, mostrando-os de

uma forma harmônica aos seus clientes através de mostruários reais em

painéis que mostram peças dos diferentes modelos disponíveis na

empresa, vindo a facilitar assim a escolha pelos clientes.

Urdan (2006, p. 42) diz que “o profissional de marketing pensa

no produto em termos dos atributos, benefícios e custos para quem

compra”. Neste sentido a empresa possui produtos de diferentes

modelos para atender a todas as necessidades, seja no quesito

34

modernidade, sofisticação ou padronizado, ambos feitos com matérias

primas com preços maiores e menores.

Sua logomarca foi criada há uns quatro anos a qual favorece a

empresa para que seja reconhecida facilmente através de seu símbolo.

Urban (2006, p. 85) diz que a “marca é um nome, símbolo, desenho ou

combinação destes elementos, que identificam a empresa na mente do

consumidor... A logomarca é a representação pictórica (não verbalizável)

da marca”.

Abaixo a logomarca da empresa:

Figura 01 – Logomarca

Sua posição estratégica é visível a todos os consumidores,

beneficia-se desta maneira para que seja lembrada até mesmo por

aqueles que ainda não são clientes. Localiza-se em um ponto estratégico

onde faz com que seja vista por pessoas que transitam na rodovia de

acesso a cidade ou ainda por aquelas que passam pela BR sendo de fácil

acesso a todos esses que transitam de um local ao outro, e para ser ainda

mais visualizada utiliza de outdoor visto por todos que entram no acesso

a cidade. E por sempre passar idoneidade, confiança e segurança naquilo

que apresenta, transmite grande seriedade a qual é repassada para outras

pessoas e assim conquista novos clientes, que reconhecem o valor

agregado do produto.

De acordo com Kwasnicka (2007) a propaganda é a forma

utilizada para a apresentação não pessoal de idéias, bens e serviços por

um patrocinador identificado. É pela propaganda que divulga não só o

produto como a empresa, a chamada propaganda institucional, que

procura influenciar na criação e manutenção de uma imagem favorável

da empresa. E ainda existe a publicidade que consiste na divulgação dos

serviços ou instituições, utilizando os veículos normais de divulgação

em massa, em caráter editorial em seu próprio tempo ou espaço.

A empresa utiliza de vários recursos de propaganda e publicidade

para sempre ser lembrada pelos consumidores, encontra-se nas redes

sociais através de página no facebook, a divulgar seus atuais produtos e

serviços e atrai assim a atenção dos consumidores.

35

Está presente também em quase todos os eventos locais como

patrocinadora, sendo vista em faixas, telões, ou anúncios no decorrer do

evento pelos organizadores. Investe também em publicidade nas radias

locais, as quais anunciam seus produtos e serviços.

Urban (2006) diz que o marketing tem uma concepção mais

elaborada do preço dos produtos, onde diz que preço é tudo o que o

consumidor percebe ter dado ou sacrificado para obter o produto, o qual

possui dois componentes: monetário e não monetário. O monetário

consiste na concepção usual do consumidor indo além do preço pago

pelo produto acrescentando os custos monetários da operação,

manutenção e depreciação. O não monetário diz respeito aos custos de

tempo, energia e psicológico para adquirir e usar o produto.

Por isso a empresa disponibiliza meios de financiamento que

facilitam a compra de seus produtos, e fornece também ajuda para

providenciar os papéis necessários para a aquisição de seu imóvel, a fim

de evitar desgaste de seus clientes que não possuem tempo suficiente

para irem atrás dos papéis necessários, a impedir assim os custos não

monetários (tempo, energia e psicológico).

Além de várias linhas de financiamento como Minha Casa Minha

Vida, possui como outras formas de pagamento pelo cliente, tais como

cartões de crédito, BNDES, Construcard, sempre a favorecer a melhor

escolha para o cliente, conforme suas condições.

Em relação aos custos monetários, o cliente sente-se satisfeito

com os produtos adquiridos pela empresa, observa que o preço pago

pelo mesmo é cabível, pois a empresa procura sempre oferecer produtos

de qualidade e busca sempre saber um feedback da satisfação de seus

clientes, para sempre estar a melhorar, caso algo desagrade.

2.3 FUNÇÃO DE TECNOLOGIA E INFORMAÇÃO

Tecnologia da informação é conceituada conforme Rezende e

Abreu (2003, p. 76) como “recursos tecnológicos e computacionais para

geração e uso da informação... e está fundamentada nos seguintes

componentes: hardware e seus dispositivos periféricos; software e seus

recursos; sistemas de telecomunicações e gestão de dados e

informações”.

Portanto, a empresa utiliza dessa tecnologia mesmo não possuir

um setor específico da área de TI, consiste na própria parte

administrativa responsável por averiguar problemas e constatar a um

36

técnico especializado para possíveis correções, quando esses problemas

não puderem ser solucionados por elas próprias. E essas mesmas

pessoas do quadro são responsáveis para analisar mudanças na área de

tecnologia quando necessárias.

2.3.1 Quadro pessoal

Por não possuir pessoas ligadas diretamente neste setor, o quadro

de pessoal pode ser descrito por pessoas terceirizadas que são chamadas

quando necessários e outras que alugam softwares específicos de uso da

empresa. De acordo com Stoner (1998, p. 489), “software refere-se às

instruções de processamento das informações, ou programas,

necessários para operar o sistema de informática”. Neste quadro estão

envolvidas umas cinco pessoas profissionais que atuam no ramo de TI.

Pessoas estas que são consideradas especialistas técnicas que segundo

Stoner (1998) são programadores e operadores de computador

responsáveis pela criação e operação do sistema de computação. Essas

pessoas prestam serviços e outras alugam seus aplicativos, sendo assim

pessoas de inteira confiança e responsáveis já que possuem acesso a

diversas informações de nível sigiloso da empresa.

2.3.2 Estrutura da rede

A estrutura da rede da empresa fica dividida em dois ambientes

distintos, sendo no primeiro é onde o servidor de arquivos se encontra,

numa máquina própria, sem acesso a internet para evitar possíveis danos

que possam comprometer todo o software nele instalado e que em rede

outros três computadores possuem acesso e neste mesmo ambiente

possui um nobreak para garantir o funcionamento do sistema por um

determinado período em caso de falta de energia e fazer o backup

necessário para salvar as informações feitas e haver o desligamento

correto do servidor. Em outra sala encontra-se os aparelhos necessários

para o sistema funcionar em rede, tais como o modem e o hub.

O modem/roteador utilizado é da D-link o qual capta os sinais da

internet DSL do provedor BRTURBO em sintonia com a empresa OI

com uma velocidade de 300K. E o hub fornece as entradas necessárias

para conectar todos os computadores para terem acesso a internet e

consequentemente acesso ao sistema instalado no servidor. Abaixo o

custo mensal para uso da internet na empresa:

37

CUSTO MENSAL DA INTERNET Provedor BRTURBO R$ 25,90

OI Velox R$ 45,04

Total R$ 70,94 Quadro 01 – Custo mensal da internet Fonte: Elaborado pela autora

2.3.3 Servidores

O servidor da empresa como citado anteriormente fica numa

máquina livre de acesso a internet para evitar o risco de seus dados

serem perdidos e a empresa responsável pelo sistema nesse servidor é a

Sulsoft Sistemas. É através deste servidor que todos os dados podem ser

acessados em outras máquinas, onde cada usuário acessa com sua senha

de acesso.

2.3.4 Sistemas de informação

Mañas (2005, p. 249) diz que “sistema é visto como algo

constituído em uma série de componentes interdependentes em

constante interação, com o intuito de efetivar a consecução de um ou

mais objetivos”.

O sistema utilizado na empresa é o Sistema Integrado elaborado

pela empresa Sulsoft Sistemas, o qual como o mesmo nome diz é um

sistema com vários módulos interligados com todos os setores da

empresa: vendas, compras, financeiro (contas a pagar e receber, análise

de custos por fornecedores, custos indiretos ou diretos, fluxo de caixa,

etc...), estoques, entregas, enfim um sistema completo o qual através do

mesmo pode-se obter as informações necessárias para repor estoque,

custo do produto adquirido, contas a receber por cliente ou período,

contas a pagar por fornecedor ou período, controle de entregas através

das vendas efetuadas.

As informações inseridas corretamente desde o momento da

compra gerará automaticamente conta a pagar do fornecedor já

cadastrado anteriormente, atualizará estoque dos produtos também já

cadastrados, para assim haver posteriormente uma venda, a qual criará

uma conta a receber do cliente consumidor, e quando há o pagamento

(compras) ou recebimento (vendas), movimentará o fluxo de caixa.

38

Os responsáveis pelo sistema fornecem várias maneiras de acesso

remoto para quando há a necessidade de suporte técnico, como ajustes

ou correções necessários ao sistema, são normalmente contatados por

telefone ou e-mail e logo em seguida já estão a acessar remotamente

para fazerem o que foi solicitado.

2.3.5 Diagnóstico dos sistemas de informação

O suporte técnico do sistema adapta o mesmo para a necessidade

da empresa por isso o sistema se torna completo e super fácil de ser

utilizado, possui várias teclas de atalho e ícones para agilizar as

atividades do dia a dia. Mesmo depois de o sistema estar implantado há

possibilidade do suporte fazer alterações que venham a ser percebidas

necessárias, enquanto o sistema é utilizado pela empresa.

Fornece também relatórios dos diversos setores e de diferentes

formas para análise da gerência, passando assim confiança em seus

dados já que os mesmos podem ser analisados através desses relatórios.

O sistema é confiável e normalmente um erro humano que pode

comprometer em suas informações, mas quando os dados são fornecidos

corretamente as informações em seus bancos de dados também serão

exatas.

2.3.6 Segurança das redes e sistemas

De acordo com Mañas (2005, p. 10): Numa época em que as mudanças ocorrem com grande velocidade, é indispensável que as pessoas

que dirigem organizações tenham ferramentas que

lhes permitam ter uma velocidade de resposta igual ou maior àquela que existe à sua volta. Os

sistemas especialistas surgem como suporte ao processo de tomada de decisões, automatizando-o

e permitindo como consequencia, decisões mais rápidas com melhor qualidade.

Por isso a importância de que essas mesmas ferramentas sejam

bem cuidadas pela empresa.

Na empresa as redes são de acesso livre, de menos na máquina

onde se encontra instalado o servidor, como já citado anteriormente.

Esse acesso livre é devido à empresa ser de pequeno porte e familiar, e

39

por isso todos sabem de seus limites ao acesso a rede e que ela deve ser

usada profissionalmente e não de uso pessoal dentro da empresa, mesmo

que nada seja bloqueado.

O sistema é dividido em níveis de acesso, os quais cada um

representa o que é de interesse de cada setor. E nesses níveis cada

usuário possui um login e uma senha obrigatórios para terem acesso ao

sistema.

Rezende e Abreu (2003, p. 91) diz: A guarda de dados deve ser elaborada com muito critério, preferencialmente elaborando uma cópia

por dia e extras da semana, do mês e antes de processamentos importantes ou implantações.

Uma cópia adicional deve ser guardada fora do ambiente físico principal, tal como banco,

residência, filial ou outro local. Ainda frequentemente deve-se testar a recuperação dos

mesmos, visando validar seu funcionamento. Para avaliar essa recuperação, a cópia elaborada deve

retornar ao ambiente principal, refazer os processamentos e conferir os resultados. Esse

procedimento de recuperação e testes dos dados copiados dá plena segurança das cópias

elaboradas.

Por isso, o backup dos dados do sistema são feitos diariamente ao

fim do dia em um HD externo e também para um pen-drive, para terem

salvos todas as informações feitas diariamente, para caso haver algum

dano ao servidor haver uma cópia em dois lugares distintos para maior

segurança de não haver perda dos dados.

Anteriormente todas as máquinas possuíam um antivírus

instalado, mas após o servidor ser instalado em uma máquina sem

acesso a internet, foi deixado de lado a instalação de um software

antivírus nas demais máquinas da empresa.

2.3.7 Despesas anuais

A empresa possui um custo anual em manutenção de seus

equipamentos de R$ 750,00; incluindo neste valor toners, cartuchos,

limpeza semestral na impressora, folhas A4 e assistência técnica para as

máquinas quando necessário.

40

O software custa um total de R$ 3.732,00 ao ano, sendo pago

uma mensalidade de R$ 311,00; para uso do sistema com todos os

módulos e assistência remota em qualquer momento. Quando há a

necessidade de visita do técnico do sistema é pago uma taxa de

deslocamento.

2.3.8 Investimentos futuros

Por não possuir um setor específico na área de SI, a empresa não

possui nenhum planejamento de investimentos futuros nessas áreas, já

que as mudanças desde sua existência surgiram conforme as

necessidades impostas pela sociedade e pelo governo alertadas pela

assessoria contábil.

2.3.9 Outsourcing

Foina (2001, p. 16) diz que “no futuro a tecnologia da informação

estará tão enraizada em todas as tarefas da empresa que não poderemos

mais distingui-la. Paradoxalmente, a evolução tecnológica provocada

pela TI levará a seu desaparecimento como setor individual dentro das

organizações.”

A terceirização de serviços na área de SI na empresa é 100%, já

que como citado não há um setor específico nessa área dentro da própria

empresa, por isso o sistema utilizado é de terceiros, as manutenções nos

hardware são também terceirizadas por outras empresas quando

necessário.

O uso da terceirização para a empresa se torna mais vantajoso do

que haver contratação de pessoal para essa área, por se tratar de uma

empresa pequena e sem necessidade de pessoal dessa área disponível

diariamente na empresa, por não haver grandes mudanças e muito

menos grandes problemas a serem resolvidos rotineiramente.

2.4 FUNÇÃO DE RECURSOS HUMANOS

Dutra (2013, p. 17) caracteriza a gestão de pessoas como “um

conjunto de políticas e práticas que permitem a conciliação de

expectativas entre a organização e as pessoas para que ambas possam

realizá-las ao longo do tempo”.

Segundo Chiavenato (2008, p. 110):

41

Os recursos humanos estão distribuídos no nível

institucional da organização (direção), no nível intermediário (gerência e assessoria) e no nível

operacional (técnicos, funcionários e operários). Constituem o único recurso vivo e dinâmico da

organização, aliás, o recurso que decide manipular os demais, que são inertes e estáticos por si. Além

disso, constituem um tipo de recurso dotado de uma vocação dirigida para o crescimento e

desenvolvimento.

Por isso a importância de valorizar as pessoas que fazem parte da

organização e não considerá-las apenas como recurso da organização e

sim participantes da mesma.

Os objetivos da administração de recursos humanos, conforme

Chiavenato (2009), diz respeito a criação, ao desenvolvimento e a

manutenção de pessoas com habilidade e motivação para realizar os

objetivos da organização, que trabalhem com eficiência e eficácia, onde

desta forma atinjam também seus objetivos individuais.

A função de recursos humanos na organização diz respeito ao

esforço da organização em atrair profissionais, prepará-los, adaptá-los,

desenvolvê-los e incorporá-los de forma permanente ao esforço

produtivo e utilizar adequadamente o profissional de que uma

organização necessita, tendo como função planejar, coordenar e

controlar a obtenção de mão de obra necessária à organização.

(KWASNICKA, 2007).

Na empresa em estudo, atualmente, seu quadro de funcionários é

composto por vinte e um funcionários, entre eles o gerente e sócio e

quatro auxiliares administrativos os quais cuidam da parte financeira,

recursos humanos, contábil, venda, compra e produção. Ainda possuem

o quadro de colaboradores do chão de fábrica, que trabalham na

produção e entrega dos materiais. Dentro ainda da produção, porém

trabalham fora da empresa encontram-se os carpinteiros na fabricação

das casas.

A estrutura organizacional, conforme Maximiano (2007) mostra a

autoridade e as responsabilidades das pessoas, como indivíduos e como

integrantes de grupos. Além disso, a estrutura organizacional mostra a

comunicação entre as pessoas e os grupos. Trata-se, a estrutura

organizacional de um conceito, representado pelo gráfico chamado

organograma.

42

Caravantes et al (2005, p. 485), deixa bem claro em sua definição

o que realmente representa um organograma: O organograma pode ser imaginado como um retrato ou mapa da organização. Esses gráficos

são especialmente úteis a pessoas de fora da organização e recém-chegadas a ela. Eles indicam

a pessoas de fora quem contatar na empresa para realizar certas coisas. Eles ajudam recém-

chegados a entender melhor seu lugar no esquema global e clarificam as relações de quem se reporta

a quem no esquema de funcionamento da

organização.

A empresa não possuía um organograma o qual foi criado para a

elaboração deste trabalho e com isso pode-se observar, conforme Stoner

e Freeman (1998, p. 231) que “são úteis para mostrar a estrutura formal

da empresa e quem é responsável por determinadas tarefas. Além disso,

o simples ato de desenhar um organograma pode assimilar defeitos na

organização, como a duplicação de esforços ou os conflitos potenciais.”

Abaixo o organograma da empresa:

Figura 02 – Organograma

Fonte: Elaborado pela autora

43

2.4.1 Subsistemas de recursos humanos

Conforme Stoner e Freeman (1998, p. 151) “a administração de

recursos humanos inclui recrutamento, treinamento e aconselhamento

dos empregados; determina compensações e mantém contato com

sindicatos e governos. Seu objetivo é atrair, motivar e manter os

empregados necessários à organização”.

De acordo com Chiavenato (2004, p. 102), o primeiro subsistema

chamado recrutamento, se refere da seguinte maneira: As pessoas e as organizações não nasceram juntas.

As organizações escolhem as pessoas que desejam como funcionários e as pessoas escolhem as

organizações onde pretendem trabalhar e aplicar seus esforços. Trata-se de uma escolha recíproca

que depende de inúmeros fatores e circunstâncias. Mas para que essa relação seja possível é

necessário que as organizações comuniquem e divulguem as suas oportunidades de trabalho a

fim de que as pessoas saibam como procurá-las e iniciar seu relacionamento. Este é o papel do

recrutamento: divulgar no mercado as oportunidades que a organização pretende

oferecer para as pessoas que possuam determinadas características desejadas... O

recrutamento funciona como uma ponte entre o

mercado de trabalho e o mercado de RH.

Ainda conforme Chiavenato (2004, p. 165) “recrutamento é um

conjunto de técnicas e procedimentos que visa atrair candidatos

potencialmente qualificados e capazes de ocupar cargos dentro da

organização. É basicamente um sistema de informação, através do qual a

organização divulga e oferece ao mercado de RH oportunidades de

emprego que pretende preencher”.

Stoner e Freeman (1998, p. 278) diz que “o recrutamento tem

como propósito conseguir um grupo de candidatos suficientemente

grande para que a organização possa selecionar os empregados

qualificados de que precisa”.

A empresa faz seu recrutamento na maioria das vezes

externamente, que se trata conforme Chiavenato, 2004 de candidatos

que estão fora da organização, através de anúncios nas redes sociais,

onde os candidatos interessados encaminham seu currículo a empresa

para posterior análise e se houver interesse da mesma contata o

44

candidato a uma entrevista simples com base dos afazeres que lhe

atribui para saber se possui interesse real e conhecimento na área. Ainda

existe o recrutamento através de indicações de outras empresas ou

pessoas da área, a fim de facilitar e indicar o melhor candidato a área,

com as características necessárias ao cargo a ser preenchido.

Após o recrutamento vem a seleção de pessoas a qual funciona

conforme Chiavenato (2004, p. 130-131): ...como uma espécie de filtro que permite que

apenas algumas pessoas possam ingressar na organização: aquelas que apresentam

características desejadas pela organização. Há um velho ditado popular que afirma que a seleção

constitui a escolha exata da pessoa certa para o

lugar certo. Em termos mais amplos, a seleção busca, dentre os vários candidatos recrutados,

aqueles que são mais adequados aos cargos existentes na organização, visando manter ou

aumentar a eficiência e o desempenho do pessoal, bem como a eficácia da organização.

Continuando com o pensamento de Chiavenato (2004) a seleção

de pessoal é um sistema de comparação e de escolha (tomada de

decisão). Para tanto, ela deve necessariamente apoiar-se em algum

padrão ou critério para alcançar certa validade na comparação. O padrão

ou critério de comparação e escolha deve ser extraído a partir de

informações sobre o cargo a ser preenchido ou as competências

desejadas, e sobre os candidatos que se apresentam.

A empresa não utiliza de nenhuma técnica especifica de seleção,

portanto quando pouco se conhece do candidato é feito uma entrevista, a

visar saber suas habilidades e experiências. Até mesmo, porque na área

produtiva da empresa existe falta de mão de obra qualificada, então no

recrutamento aparecem poucos candidatos a serem selecionados, muitas

vezes apenas um, então se este candidato for conveniente na empresa é

contratado senão espera-se que outros apareçam. Já na área

administrativa quando há a necessidade de novas contratações existe um

maior número de pessoas interessadas, então é verificado com maior

cautela entre eles os melhores para o cargo, que possuam principalmente

qualidades, como honestidade, pois são cargos que exigem confiança.

Após a escolha do candidato e este for contratado, a empresa o

treina na sua função através de outro profissional já experiente na área e

45

de preferência que trabalhe ou que já trabalhou na empresa naquele

cargo o qual este contratado trabalhará.

De acordo com Chiavenato (2004), este treinamento é uma

forma de educar em curto prazo de forma sistemática e organizada

através do qual as pessoas aprendem conhecimentos, habilidades e

competências em função de objetivos definidos; envolve a transmissão

de conhecimentos específicos relativos ao trabalho, atitudes frente a

aspectos da organização, da tarefa e do ambiente e desenvolvimento de

habilidades e competências.

Através deste treinamento a pessoa conhece a maneira de como

deve ser efetuado o serviço de acordo como a empresa deseja e aprimora

seus conhecimentos já detectados na entrevista, dando vez ao novo

funcionário de expor suas idéias e caso seja melhor do que já era

realizado é captado pela organização, a ocorrer de certa forma também o

desenvolvimento do profissional, onde busca desenvolver habilidades

para trabalhos futuros de acordo com Stoner e Freeman (1998).

Após o período de treinamento o profissional ainda é orientado

quando necessário ou quando solicita, sendo também ouvido para saber

se o novo serviço esta a lhe agradar ou desagradar e se há algo a ser

mudado e como anda seu convívio com os novos colaboradores.

A empresa busca manter este profissional, o qual foi selecionado

como o melhor para a organização, através de bonificações referentes a

nenhuma falta durante o mês e horas extras realizadas após o período de

serviço. Distribui presentes aos aniversariantes do mês e ainda busca

quase que semanalmente realizar algum jantar no refeitório da empresa,

onde os próprios funcionários sugerem o cardápio e algumas vezes um

deles é o cozinheiro do prato que possui habilidade em fazer. Realiza

também confraternizações em datas festivas, como dia do trabalhador,

festa junina, festa de fim de ano. O contato diretamente com o

proprietário da empresa é rotineiro, favorecer-se desta forma a

comunicação entre todos os colaboradores da empresa. Ainda oferece

cursos e palestras para capacitação do funcionário através de convênio

com ACIRJ, a associação do município onde a empresa esta inserida.

De acordo com Chaivenato (2004), a manutenção de recursos

humanos é necessária para o sucesso da empresa e exige uma série de

cuidados especiais, entre os quais sobressaem os planos de compensação

monetária, de benefícios sociais e higiene e segurança do trabalho. Visa

assim manter seus funcionários satisfeitos e motivados e de induzi-los a

permanecer na organização.

46

O controle de todos os subsistemas da empresa ocorre

rotineiramente e simultaneamente para assim observar os erros

pertinentes nos diversos setores da mesma.

A respeito do controle, Chiavenato (2004) diz que visa assegurar

que as diferentes unidades da organização estejam a trabalhar de acordo

com o previsto, possui a função de acompanhar e avaliar o que foi

planejado, organizado e dirigido para verificar desvios ou variações

ocorridas e efetuar as correções necessárias.

2.4.2 Avaliação de desempenho

Conforme Stoner e Freeman (1998), a avaliação de desempenho

avalia como determinado funcionário esta se saindo na empresa. Porém,

nem sempre é fácil julgar cuidadosamente o desempenho de um

subordinado e, frequentemente, é ainda mais difícil comunicar esse

julgamento ao subordinado de modo construtivo e indolor.

Trata-se ainda conforme Kwasnicka (2007, p. 187): Processo pelo qual o empregador mantém o

acompanhamento do indivíduo no trabalho. Na

avaliação de desempenho, verifica-se, além do desempenho técnico do indivíduo, seu

comportamento no ambiente de trabalho, quer como indivíduo, quer como grupo.

A empresa não possui um método específico de avaliação de

desempenho, portanto muitas vezes o próprio gerente (proprietário)

avalia seus funcionários através de uma pesquisa em campo, com base

em conversas com alguém superior a determinado funcionário e que se

encontra ligado às tarefas do avaliado como este é perante alguns

requisitos considerados importantes pela gestão, como rapidez,

agilidade, habilidade, ou seja, tudo o que sobressai e o que desagrada em

determinado funcionário referente à sua função exercida, ou então, o

mesmo gestor observa quando essas atribuições necessárias não estão

exercidas.

Essas avaliações são feitas normalmente quando o gestor observa

que há algo errado em determinado funcionário, onde este não cumpre

satisfatoriamente o que a empresa deseja e procura verificar o porquê

isso está a ocorrer. Os requisitos avaliados pelo gestor, na maioria das

vezes, são passados ao funcionário no momento da contratação onde são

informados das tarefas a serem executadas e da forma em que estas

devem ser feitas. Então, quando essas atribuições passadas não são

47

cumpridas corretamente, o próprio gestor muitas vezes observa os erros

e chama de imediato o funcionário para um feedback do que foi

repassado e de como exatamente está a ocorrer, ou então quando achar

necessário parte primeiramente para a pesquisa em campo através de

perguntas a outro pessoa como determinado funcionário está se saindo

em determinados requisitos para após a sua análise conversar com o

funcionário.

O gestor procura antes de conversar com o avaliado, analisar as

informações adquiridas do funcionário ou suas próprias conclusões, para

se algo o realmente desagrade o chamar e explicá-lo o que deve ser

melhorado, a propor melhorias que trarão benefícios para o próprio

funcionário e também para a empresa, a fim de que ele entenda a

importância do que lhe é orientado, para haver o crescimento da

empresa e consequentemente o seu próprio crescimento, tanto pessoal

como profissional.

O funcionário então obtém um feedback de seu desempenho

somente quando este deixa algo a desejar, pois o gestor vê a necessidade

de uma conversa para obter o que se deseja, caso contrário o funcionário

permanece como esta pois cumpre as tarefas com um desempenho já

considerado propício.

2.4.3 Cargos e salários

“Analisar um cargo significa detalhar o que o cargo exige do seu

ocupante em termos de conhecimento, habilidades e capacidades para

que possa desempenhá-lo adequadamente”. (CHIAVENATO, 2004, p.

209).

A empresa possui como base a convenção coletiva de trabalho,

onde trata-se de comum acordo entre as partes: empregados e

empregadores, a qual possui validade para um período de 1 ano, ou seja

de 01/01 a 31/12. Os empregados se referem nessa convenção aos

trabalhadores nas indústrias da construção, do mobiliário e de cerâmica

da região de Tubarão, Capivari de Baixo e Jaguaruna. Quanto aos

empregadores engloba a base territorial dos municípios de Tubarão,

Laguna, Imbituba, Orleans, Braço do Norte, Jaguaruna, Treze de Maio,

Grão Pará, Armazém, Rio Fortuna e São Ludgero. Nessa convenção são

atribuídas as funções dos setores madeireiros as quais são divididas em

três grupos: ajudante, meio oficial e oficial. Sendo o ajudante o

empregado contratado com ou sem experiência para o exercício de

48

funções auxiliares ao carpinteiro, marceneiro e outras funções típicas

especializadas. O meio oficial é o empregado que tenha anteriormente

sua carteira profissional anotada como ajudante e que passe a exercer

funções típicas de oficial, em treinamento, pelo prazo de 18 (dezoito)

meses. Já o oficial é o empregado contratado para desenvolver

atividades típicas de carpinteiro, marceneiro, operador de máquina e

encarregado que com qualidade e eficiência efetue os serviços de

confecção, montagens e desmontagens e outras atividades

especializadas.

No grupo de oficial são enquadrados todos os profissionais que

tenham anotado na CTPS, referida função na data de assinatura da

Convenção Coletiva em vigor, ou mesmo que não tenha anotado na

CTPS a função correspondente, mas que apresente certificado de

formação profissional pelo SENAI, ou ainda após ter trabalhado 18

(dezoito) meses como meio oficial e que desenvolva as atividades

típicas com qualidade e produtividade.

Os funcionários que trabalham na parte da administração são

classificados como ajudante quando exercem atividades de zeladores,

recepcionistas/telefonistas, bem como os demais que não exerçam

atividades especializadas, entendendo-se aquelas cujo exercício da

função não requeira necessariamente formação escolar igual ou superior

ao 1º grau completo. Os que exercem atividades que exija formação

escolar em nível técnico de 2º grau, tais como, auxiliar de contabilidade,

auxiliar de administração, setor pessoal e outros típicos são

considerados oficiais.

Portanto, tendo como base a convenção, divide os grupos de

oficial e meio oficial em até três subgrupos, conforme a faixa salarial

dos profissionais, como meio oficial e oficial I, II e III, conforme o

tempo de serviço na empresa.

Os pisos salariais também partem da convenção, os quais são

ajustados para mais conforme o nível em que o funcionário se encontra

no momento da contratação. A pesquisa salarial é feita com os próprios

concorrentes nas reuniões mensais realizadas pelo SINDIMAD, onde

ambos discutem sobre vários assuntos pertinentes a profissão, e

analisam assim como anda o andamento dos serviços dos profissionais e

quantos recebem pelo o que fazem.

Essa relação que a empresa possui com o sindicato é de extrema

importância para a mesma, pois de acordo com Kwasnicka (2007, p.

192) “o objetivo básico das relações com sindicatos e associações de

49

classe é estabelecer um acordo em relação às condições sobre as quais

os empregados e empregadores colaboram entre si. (...) Assim, os

problemas entre empregados e empregador são sempre resolvidos de

forma mais satisfatória”.

A assessoria contábil se faz presente em todos os momentos de

contratação, para saber em que grupo e qual faixa salarial o funcionário

melhor se encaixa, assim como também há a verificação de que as horas

trabalhadas, cargos e salários se encontram dentro da norma vigente

(CLT), para assim evitar problemas futuros.

2.5 FUNÇÃO DE PRODUÇÃO

A função produção na organização representa a reunião de

recursos destinados à produção de seus bens e serviços. Qualquer

organização possui uma função produção porque produz algum tipo de

bem e/ou serviço (Slack et al, 2009, p. 28-29).

A função produção, é entendida de acordo com Martins e Laugeni

(2006, p. 2) “como o conjunto de atividades que levam à transformação

de um bem tangível em um outro com maior utilidade”.

Ainda, a função produção tem como objetivo básico de acordo

com Maximiano (2007, p. 8) “transformar insumos para fornecer o

produto ou serviço da organização aos clientes usuários ou público-

alvo”.

Uma empresa pode escolher entre produzir seus produtos/

serviços ou então contratar fora a produção de seus bens ou serviços.

Portanto quando fabrica seus próprios materiais ou serviços para venda,

a organização pode garantir que fará as coisas do jeito certo, com

rapidez, em tempo, possibilita em mudar o que faz e com um preço mais

barato possível, dando aos seus clientes certeza de qualidade, rapidez,

confiabilidade, flexibilidade e custo menor, de acordo com Slack et al

(2009).

Essas vantagens que a empresa possui quando produz seus

próprios produtos, traz maior satisfação dos clientes externos, menor

desperdício de tempo e redução de custos para reduzir erros, maior

confiabilidade, estabilidade e eficiência da organização, maior

disponibilidade de bens, entrega garantida na data prometida ao cliente,

flexibilidade em mudar o processo de acordo como o cliente deseja,

oferecimento dos produtos com um custo menor devido à fabricação

própria. (KWASNICKA, 2007).

50

Portanto, a empresa em estudo transforma a matéria prima

(madeira) em vários produtos para construção, reforma ou ampliação de

residências, produz em diferentes tipos de madeira e modelos para poder

oferecer variedade aos seus clientes tanto em modelos como em preços.

Esta sempre disposta a inovar e também é flexível para atender sempre

os desejos e necessidades de seus clientes, de que forma que o mesmo

sempre se sinta satisfeito com o que adquire.

2.5.1 Análise do setor produtivo

2.5.1.1 Produtos

Conforme Slack et al (2009), um produto é algo oferecido por

uma empresa aos seus clientes, os quais serão consumidores destes

produtos de forma que satisfaçam suas necessidades e expectativas.

Por isso, a empresa busca fabricar seus produtos da maneira que

seus clientes desejam, a fim de conquistá-los e mantê-los fiéis e através

destes conquistar novos clientes, que verão a satisfaçam nos já

consumidores e desejarão o mesmo para si.

A madeireira Pacheco transforma vários tipos de madeiras brutas

em beneficiadas, tais como frontal, forro, assoalho, marcos, aberturas –

portas e janelas, barrotes, caibros, linhas, abas, vistas, mata juntas,

rodapés, meia-cana, guardas, pé direito, ripas e utiliza seus produtos que

fabrica para venda avulsa e consumo próprio nas construções de casas

pré-fabricadas sob medida para seus clientes.

2.5.1.2 Projeto dos produtos

O sucesso de uma empresa “estará diretamente relacionado à sua

capacidade de satisfazer e até mesmo suplantar as expectativas de seus

clientes. Dessa forma, o projeto de seu produto, seja um bem tangível ou

um serviço, adquire alta relevância no mundo atual... (MARTINS e

LAUGENI, 2005, p. 69).

Ainda de acordo com Martins e Laugeni (2006) um bom projeto

deve levar em consideração a facilidade de montagem, de fabricação, de

desmontagem e adaptabilidade ao meio ambiente.

A empresa Pacheco considera estes quesitos ao elaborar seus

produtos, fazendo-os de forma que possam ser encaixados facilmente,

utilizando na fabricação desses, máquinas que operam de forma simples

51

e que o produto saia do jeito correto para depois ser montado com os

demais e também se preocupa com o meio ambiente, utilizando matérias

primas que são reflorestadas e de áreas propicias.

De acordo com Slack et al (2009), o cliente ao fazer uma compra,

não está simplesmente com interesse em adquirir um produto ou serviço,

compra um conjunto de benefícios esperados para atender suas

necessidades e expectativas, isso está englobado no conceito do produto.

Neste sentido a empresa conceitua seus produtos de forma que

possa atender as expectativas de seus clientes, satisfazendo-os

plenamente.

O conceito do projeto de seus produtos é a seleção da matéria-

prima, a qualidade e o bom acabamento, garantindo extrema confiança

aos clientes, fazendo-os através de matérias-primas selecionadas de

acordo com a madeira específica ao tipo que se deseja – eucalipto,

pinos, cedrinho, angelim ou itaúba, beneficiando-as para a posterior

elaboração do que se deseja.

2.5.1.3 Projeto do processo

Os pedidos a serem passados para a produção e entregas para os

motoristas são repassados pela administração, onde é calculada a

metragem de cada item a ser feito ou levado para as construções ou as

compras avulsas. O cálculo é feito manualmente, através da planta baixa

elaborada no Auto Cad pela auxiliar, onde através desta consegue-se

calcular a quantidade de todos os itens que serão utilizados na obra

desde a fundação à cobertura. Nas construções o contato com os

carpinteiros é fundamental para saber quando devem ser levados os

materiais, onde as entregas são divididas em etapas: materiais da

fundação, armação, telhas, toda madeira externa, madeira interna e

acabamentos.

De acordo com Chiavenato (2000, p. 186): Os procedimentos geralmente são transformados em rotinas e expressos na forma de fluxogramas.

Fluxogramas são gráficos que representam o fluxo ou a sequência de procedimentos ou rotinas. Estas

nada mais são do que procedimentos devidamente padronizados e formalizados.

Abaixo o fluxograma da produção de um determinado produto

pela empresa, aberturas:

52

Figura 03 – Fluxograma da produção de aberturas Fonte: Elaborado pela autora

2.5.2 Produção

Na produção encontra-se o encarregado, que trabalha na área da

produção, colabora nas entregas quando necessário e verifica o

andamento dos serviços e a qualidade dos produtos. No caso de algum

detalhe a ser verificado, comunica ao proprietário para ser tomadas as

providências adequadas.

A produção se divide entre os marceneiros do setor de aberturas,

do setor de madeiras quadradas (caibros, linhas, barrotes, ripas, guardas)

e do setor de beneficiamento em geral (frontal, assoalho, meia-cana,

mata junta, vistas) e seus respectivos ajudantes. Também possuem os

motoristas na entrega dos materiais nas obras e de pedidos de clientes

avulsos e o operador de máquinas. E ainda os carpinteiros para a

construção das casas. Na área de produção são utilizadas as seguintes

máquinas, as quais todas são próprias da empresa:

- Plaina desengrossadeira: para retirar o excesso de aspereza

natural da madeira ou afinar uma madeira bruta.

53

- Serra circular: abrir ou serrar tábuas.

- Desempenadeira ou Galopa: deixa as madeiras retas, aprumando

e endireitando as superfícies irregulares da madeira.

- Tupia: para fazer molduras, boleados ou rebaixos em madeiras

já plainadas e cortadas.

- Estopadeira: corta a madeira para dividi-la ou tirar pontas

rachadas.

- Quatro faces: plaina, galopa e faz as molduras de diversas

madeiras beneficiadas.

- Três faces: faz molduras de madeiras beneficiadas.

- Respigadeira: faz os encaixes apropriados para a furadeira de

corrente.

- Furadeira de corrente horizontal: faz os furos para os encaixes

dos sarrafos veneziana.

- Furadeira de corrente: fura as partes das aberturas para encaixes

das peças.

- Serra Circular Esquadrejadeira: coloca as aberturas no esquadro.

-Lixadeira: lixa as madeiras beneficiadas prontas em geral, para

ficarem lisas e prontas para o uso.

Esses equipamentos estão dispostos na parte produtiva da

empresa, conforme mostra o layout abaixo, o qual trata-se de um

“desenho organizacional utilizado para facilitar a integração entre

unidades ou pessoas, por meio da disposição física ou territorial das

coisas, dos equipamentos e das pessoas”. (CHIAVENATO, 2000, p.

215).

Figura 04 – Layout

Fonte: Elaborado pela autora

54

O operador de máquina manuseia um muck para carregamento ou

descarregamento de produtos pesados e grandes como armações e uma

empilhadeira para manusear as madeiras e paletes com produtos para as

obras como pedras, blocos e telhas. Esses dois equipamentos são muito

importantes pela agilidade e rapidez na elaboração de um serviço como

descarregar uma carga de madeira. Sem o uso da empilhadeira era

preciso várias pessoas e levava vários dias, já com ela duas pessoas é o

suficiente e menos de um dia toda a madeira é descarregada. Na

empresa não existe um funcionário disponível somente para manusear

essas máquinas, os motoristas possuem a habilidade para trabalharem

com elas e alguns funcionários da produção foram treinados para

também manusearem a empilhadeira, e assim na ausência dos motoristas

possuírem alguém que faça o serviço no seu surgimento.

Também possuem os carpinteiros, que são pessoas contratadas

para a execução das casas vendidas, onde recebem os materiais sob

medida e já calculados no local da obra.

A empresa possui uma demanda alta, mas com restrições na mão

de obra, muitas vezes não consegue atender todo seu público,

priorizando as construções mais próximas a empresa e no caso de

aberturas procura atender aos pedidos de tamanhos padronizados.

Atualmente possui duas equipes de carpinteiros os quais

conseguem produzir uma média de três obras ao mês, variando

conforme o modelo e tamanho das obras.

As entregas são priorizadas as obras contratadas a empresa, para

que os carpinteiros/pedreiros não fiquem sem material, sendo que no

caso de pedidos avulsos são agendados no momento da compra para ser

entregue dentro de uma semana, sendo assim quando for levar material

para as obras no mesmo caminho são aproveitados e entregues esses

outros pedidos, os quais também podem ocorrer de serem entregues no

mesmo dia.

As empresas necessitam cada vez mais de esquemas de

distribuição rápidos e eficazes, com vários depósitos de produtos

acabados junto aos mercados consumidores, ou esquemas de entrega

extremamente ágeis, pois o prazo de entrega é fator essencial na decisão

de comprar. (MARTINS; LAUGENI, 2005).

55

2.6 FUNÇÃO DE FINANÇAS

De acordo com Maximiano (2007), uma empresa é uma

organização de negócios, que tem o objetivo de vender produtos ou

serviços para obter lucro. Onde lucro é o dinheiro que resta para a

empresa depois que forem pagas todas as despesas. As empresas, em

geral, são organizações criadas por pessoas por meio do investimento de

um montante de dinheiro chamado capital, o qual pertence aos

proprietários das empresas e o lucro produzido pela empresa pertence a

eles.

O setor financeiro da empresa administra esse capital a fim de

fazer gerar lucros para a mesma e assim ser lucrativa e oferecer

rentabilidade aos proprietários.

A função financeira de uma organização tem por objetivo a

proteção e a utilização eficaz dos recursos financeiros, o que inclui a

maximização do retorno dos proprietários das empresas. Também busca

manter certo grau de liquidez, para que a organização consiga cumprir

seus compromissos e abrange decisões de investimento, de

financiamento, de controle e de destinação dos resultados.

(MAXIMIANO, 2007).

Conforme Costa et al (2008, p. 17) “a analise econômico-

financeira tem por objetivo extrair informações das demonstrações

financeiras e dos demais relatórios dos últimos anos, a fim de

interpretar, em termos quantitativos, o efeito das decisões de

investimentos, operações e financiamentos tomadas pela empresa”.

A empresa após passar por uma assessoria definiu melhor este

setor o qual antes era a cargo do proprietário, o qual o mesmo cuidava

de tudo que envolve-se entrada e saída de dinheiro, como vendas,

financiamento, investimento, pagamentos, e ainda compras. Hoje

existem pessoas específicas as quais controlam essas entradas e saídas,

para posterior análise do proprietário para tomada de decisões.

A essência financeira conforme Alexandre Assaf Neto (2006, p.

1) trata “do estudo do valor do dinheiro ao longo do tempo. O seu

objetivo básico é o de efetuar análises e comparações dos vários fluxos

de entrada e saída de dinheiro de caixa verificados em diferentes

momentos”.

56

2.6.1 Balanço patrimonial

O balanço patrimonial é uma demonstração financeira que trata-

se da representação sintética dos elementos constituintes do patrimônio

da empresa, de acordo com Sanvicente (1997).

Conforme Bruni (2008), o balanço patrimonial apresenta de

forma clara o patrimônio da empresa. Representa uma fotografia em

dado instante deste patrimônio. Sendo constituído de ativos de um lado,

onde são todos os bens e direitos da empresa e passivo e patrimônio

líquido do outro, onde o primeiro são todas as obrigações da empresa e

o segundo trata-se dos investimentos colocados pelos sócios na empresa.

O balanço patrimonial da empresa foi elaborado através de todos

os ativos e passivos decorrentes do exercício de 2013, ou seja, de 01 de

janeiro a 31 de dezembro de 2013, mais o patrimônio líquido, com os

valores discriminados na tabela abaixo:

Quadro 02 – Balanço Patrimonial do exercício 2013

Fonte: Elaborado pela autora

2.6.2 Demonstração de resultados do exercício (DRE)

De acordo com Bruni (2008) a demonstração de resultado do

exercício (DRE) é resultado da confrontação das receitas de vendas com

os impostos, custos e despesas verificados no período analisado,

registrando a geração do lucro ou prejuízo.

Gitman (2002, p. 71) diz que a DRE “fornece um resumo

financeiro dos resultados das operações da empresa durante um período

especifico”.

Ainda Costa et al (2008), considera a DRE como uma forma

esquematizada de apresentar as vendas brutas, impostos sobre as vendas,

custo das vendas, despesas comerciais, despesas administrativas,

despesas financeiras, receitas financeiras, resultado da equivalência

patrimonial, resultado não operacional, provisão de imposto de renda e

57

contribuição social, obtendo no fim de forma clara o lucro ou prejuízo

da empresa em determinado exercício.

A DRE da empresa em estudo mostra que a empresa obteve um

lucro satisfatório, após um ano de atividade, pagando todas suas

despesas e custos e mais impostos:

Quadro 03 – DRE do exercício 2013

Fonte: Elaborado pela autora

2.6.3 Fluxo de Caixa

Segundo Neto (2006, p. 178) “um fluxo de caixa representa uma

série de pagamentos ou de recebimentos que se estima ocorrer em

determinado intervalo de tempo”.

Ainda segundo Karkotli et al (2008, p. 95) “o fluxo de caixa

apresenta a trajetória dos recursos financeiros da empresa, desde a

entrada até sua saída, relacionando também em que época e sob que

forma ocorreu o desembolso na forma de captação”.

O fluxo de caixa na empresa é elaborado automaticamente

através do sistema usado, o qual após baixado todos recebimentos e

pagamentos, consegue-se verificar as entradas e saídas no período

desejado e ainda de que forma ocorreu (dinheiro, cheque, depósito).

58

Quadro 04 – Fluxo de caixa

Fonte: Elaborado pela autora

Este é um dos atalhos financeiros utilizado diariamente pela parte

administrativa financeira da empresa, onde com os pagamentos a serem

efetuados verifica-se a possibilidade de serem realizados e de que forma,

dinheiro, cheques, débitos, de acordo com cada tipo de conta.

2.6.4 Ponto de Equilíbrio

De acordo com Sanvicente (1997, p. 193) ponto de equilíbrio é

“aquele nível ou volume de produção em que o resultado operacional é

nulo, ou seja, as receitas operacionais são exatamente iguais ao valor

total das despesas operacionais”.

Ou ainda conforme Bruni (2008, p. 84) o ponto de equilíbrio é

“representado pelo volume mínimo de operação que possibilita a

cobertura dos gastos”.

Conforme Gitman (2002, p. 419):

59

A análise do ponto de equilíbrio, às vezes

chamada de análise custo-volume-lucro, é usada pela empresa para determinar o nível de operações

necessárias para cobrir todos os custos operacionais e para avaliar a lucratividade

associada a vários níveis de vendas. O ponto de equilíbrio operacional de uma empresa é o nível

de vendas necessário para cobrir todos os custos operacionais. No ponto de equilíbrio, os lucros

antes dos juros e impostos, ou LAJIR, são iguais a zero. O primeiro passo para encontrar o ponto de

equilíbrio operacional é dividir o custo das mercadorias vendidas e despesas operacionais em

custos operacionais fixos e variáveis.

Para se obter o ponto de equilíbrio na empresa em estudo foi

elaborado uma tabela com todos os custos e despesas fixas para poder

ser dividido o total desses gastos pela margem de contribuição, e assim

obter o ponto de equilíbrio em unidades de venda de um determinado

produto (neste caso porta-janela eucalipto 1,20x2,10).

Os custos e despesas fixas se referem a todos os gastos que a

empresa possui independentemente da quantidade produzida, ou seja,

são custos e despesas mensais gerados mesmo a empresa não

produzindo exatamente nada, existem pelo simples fato da empresa

existir e ter colaboradores, de acordo com Hoji (2012).

Abaixo o quadro com custos e despesas fixas da empresa,

calculados mensalmente e anualmente:

60

Quadro 05 – Custos e despesas fixas Fonte: Elaborado pela autora

Agora para saber a margem de contribuição para ser dividida

pelos custos e despesas fixas, devemos saber o preço de venda, o qual

foi analisado com dois diferentes preços, e após o custo do material

direto e obter também as despesas variáveis.

Quadro 06 – Preço de venda

Fonte: Elaborado pela autora

Os custos variáveis, diferentemente dos custos e despesas fixas,

variam conforme a quantidade produzida, e são representados

basicamente, pelos materiais utilizados para a produção do produto,

conforme Hoji (2012).

61

Quadro 07 – Custo material direto ou custos variáveis Fonte: Elaborado pela autora

Despesas como frete, comissão sobre a venda e impostos, são

consideradas variáveis, pois variam conforme a quantidade vendida.

Quadro 08 – Despesas variáveis

Fonte: Elaborado pela autora

Com todos os dados apurados, conhece-se a margem de

contribuição, a qual trata-se do valor resultante das vendas líquidas de

impostos deduzidas dos custos e despesas variáveis, de acordo com Hoji

(2012).

Quadro 09 – Margem de contribuição

Fonte: Elaborado pela autora

Por fim, podemos analisar o ponto de equilíbrio tratando-se da

venda somente de porta janela de eucalipto.

62

Quadro 10 – Ponto de equilíbrio

Fonte: Elaborado pela autora

Considerando que a empresa produzisse somente portas janelas

1,20x1,10 de eucalipto, precisaria vender 220 peças se vendesse com o

preço de R$ 378,00 e 199 peças aplicando o preço de R$ 400,00, isso

em vendas mensais para conseguir cobrir todos seus custos e despesas,

acima dessas vendas resultará em lucro para a mesma e abaixo dessas

quantidades estará em prejuízo. Trata-se de um resultado meio que

fictício para a mesma, pois a empresa possui diversos produtos de

modelos e materiais diferentes.

Portanto, através dos índices em estudo logo a seguir, observa-se

melhor que a empresa apresenta vendas necessárias para atingir o ponto

de equilíbrio, pois é rentável e lucrativa, conforme poderá ser visto.

2.6.5 Índices Financeiros

Conforme Sanvicente (1997, p. 177), “as demonstrações

contábeis e financeiras de uma empresa também podem servir para a

construção de índices – grandezas comparáveis obtidas a partir de

valores monetários absolutos – destinados a medir a posição financeira e

os níveis de desempenho da empresa em diversos aspectos”.

Hoji (2012), diz que a análise através de índices faz com que a

empresa conheça sua situação econômico-financeira e tire conclusões do

que pode acontecer.

Índices financeiros devem ser analisados através de seus métodos

de cálculos e sua interpretação, para assim haver uma avaliação da

situação da empresa e seu desempenho, de acordo com Gitmam (2002).

Logo abaixo analisaremos alguns desses índices calculados na

empresa em estudo.

63

2.6.5.1 Capital circulante líquido ou capital de giro

Não trata-se especificamente de um índice, mas é bastante útil

para a empresa, pois mede sua liquidez global, de acordo com Gitmam

(2002).

Capital Circulante Líquido = Ativo circulante – Passivo circulante

CCL = 602.500,00 – 503.892,00

CCL = 98.608,00 Quadro 11 – Capital circulante líquido

Fonte: Elaborado pela autora

Observa-se que a empresa possui um capital de giro razoável, de

acordo com as despesas que possui e em caso de uma necessidade seu

capital cobre grande parte dessas despesas.

2.6.5.2 Índice de liquidez corrente

Sanvicente (1997, p. 177) diz que “este índice relaciona, através

de um quociente, os ativos e passivos de mesmo prazo de vencimento,

sendo uma das medidas mais usadas para avaliar a capacidade de uma

empresa para saldar os seus compromissos em dia”.

Esse índice trata-se, portanto, da situação financeira da empresa,

e seu resultado quanto maior for melhor, conforme Hoji (2012).

Liquidez corrente = Ativo circulante/ Passivo circulante

LC = 602.500,00/503.892,00

LC = 1,20 Quadro 12 – Liquidez corrente

Fonte: Elaborado pela autora

O índice de liquidez corrente da empresa mostra que a cada R$

1,00 de contas a pagar a empresa possui R$ 1,20, o qual representa uma

margem de reserva de R$ 0,20. Portanto, mesmo não sendo tão alta,

apresenta favorável, pois a empresa possui folga caso necessite quitar

suas obrigações em curto prazo.

64

2.6.5.3 Índice de liquidez seco

Neste índice exclui-se do ativo circulante o item “estoques”.

(SANVICENTE, 1997).

O motivo da exclusão dos estoques é devido ser um dos ativos de

menor liquidez, de acordo com Gitman (2002), por causa das diferenças

entre os estoques e não podem ser vendidos facilmente e normalmente

são itens vendidos a prazo e, portanto não são conversíveis em caixa

imediatamente.

Liquidez seco = (Ativo circulante – estoque)/ Passivo circulante

LS = (602.500,00 – 52.000,00)/503.892,00

LS = 1,09 Quadro 13 – Liquidez seco Fonte: Elaborado pela autora

Com a exclusão dos estoques do ativo circulante, a liquidez da

empresa chega a R$ 1,09, onde neste caso possui ainda uma reserva,

porém menor, já que foram excluídos os estoques. Mesmo com esta

exclusão apresenta como resultado uma folga no seu ativo em razão com

seu passivo, ou seja possui saldo em caso de liquidar algo em curto

prazo.

2.6.6 Rentabilidade/Lucratividade

Os índices de rentabilidade “medem quanto estão rendendo os

capitais investidos. São indicadores muito importantes, pois evidenciam

o sucesso (ou o insucesso) empresarial”. (HOJI, 2012, p. 290).

A lucratividade está relacionada com o retorno que a empresa

obtém de suas vendas, conforme Gitman (2002).

Portanto, através dos índices de rentabilidade, consegue-se

verificar se a empresa é lucrativa ou não.

2.6.6.1 Margem bruta

De acordo com Gitman (2002, p. 121) a margem bruta “mede a

porcentagem de cada unidade monetária de venda que restou, após a

empresa ter pagado seus produtos. Quanto mais alta a margem bruta,

melhor, e menor o custo relativo dos produtos vendidos”.

65

Margem bruta = Lucro bruto/ vendas

MB = 275.705,00/550.500,00

MB = 0,50 Quadro 14 – Margem bruta Fonte: Elaborado pela autora

A margem bruta da empresa, conforme calculado acima apresenta

em 50%, a qual representa uma margem favorável para a obtenção de

bons lucros pela empresa em cima de suas vendas.

2.6.6.2 Margem operacional

Conforme Gitman (2002), a margem operacional mede o lucro

obtido por cada unidade monetária de venda, ignora quaisquer despesas

financeiras e obrigações relativas a impostos ou juros e considera

somente os lucros auferidos pela empresa em suas operações.

Margem operacional= Lucro operacional/ vendas

MO = 240.705,00/550.500,00

MO = 0,43 Quadro 15 – Margem operacional

Fonte: Elaborado pela autora

Nesta margem a empresa possui 43%, a qual representa que seus

custos operacionais talvez forem diminuídos possuírão uma margem

maior, mas mesmo assim possui uma margem favorável.

2.6.7 Investimento

2.6.7.1 Retorno sobre o investimento (ROI)

O ROI (Returno on Investment, em inglês), é considerado como a

melhor medida de eficiência operacional, mesmo na prática este

indicador possuir limitações, conforme Hoji (2012).

ROI= Lucro liquido/Ativo total

ROI = 204.599,25/1.391.892,00

ROI = 0,14 Quadro 16 – ROI Fonte: Elaborado pela autora

66

O retorno da empresa em cima de seus investimentos do ano de

2013, representou em 14% em cima de todo seu ativo, ou seja, de todas

as vendas e bens possuídos pela empresa.

2.6.7.2 Payback

O payback é considerado o período exato de tempo necessário

para a empresa recuperar seu investimento inicial em um projeto, a

partir de entradas em caixa, conforme Gitman (2002).

Considerando que a empresa faça hoje um investimento de R$

50.000,00, tendo entrada em caixa de R$ 5.200,00 mensais, terá

recuperado o valor do investimento de acordo com o cálculo do payback

abaixo:

50.000,00/5.200,00 = 9,62 Quadro 17 – Payback

Fonte: Elaborado pela autora

Ou seja, o investimento terá um retorno dentro de 9 meses e 18

dias e meio (quase 10 meses).

67

3 ANÁLISE ORGANIZACIONAL

Levado em consideração as condições internas da empresa e seu

diagnóstico, Chiavenato (2000) diz que a análise nada mais é que o

processo onde se examinam todas as áreas como forma de verificar

quais suas forças e fraquezas e como a empresa pode explorar as

oportunidades e fazer das ameaças e coações que o ambiente lhe

apresenta uma nova oportunidade para si própria.

Ainda seguindo a linha de Chiavenato (2000), a análise

organizacional deve ter em consideração alguns aspectos internos da

empresa, como sua missão, visão e objetivos, seus recursos disponíveis,

sua estrutura e suas características, as tecnologias utilizadas na empresa,

as pessoas envolvidas na administração e na produção e sua cultura

organizacional. Através do conhecimento desses aspectos, a empresa

saberá no que sobressai e o que possui mais dificuldade, pois

dificilmente será forte em todas as áreas. Conforme Chiavenato (2000,

p. 157), “cada área apresenta as suas forças e suas fraquezas e cada

empresa como um todo, também apresenta suas vantagens e

desvantagens estratégicas atuais e potenciais”.

Através da análise organizacional, a empresa analisa o ambiente e

ela própria, conhecendo assim suas oportunidades e ameaças e seus

pontos fortes e fracos, sendo a partir disso possível elaborar uma

estratégia que compatibilize todas essas variáveis envolvidas.

Abaixo um estudo dessas variáveis, através dos ambientes

envolvidos, levando em consideração fatores externos possíveis, como

tecnológico, político, econômico, legal, social, demográfico e ecológico,

e também fatores internos.

3.1 ANÁLISE DO AMBIENTE EXTERNO E INTERNO A análise organizacional de uma empresa deve ser feita a partir

do ambiente em que esta inserida e da própria empresa, onde a partir

disso podemos elaborar uma adequação entre ambos, conforme diz

Chiavenato (2000), o qual se refere a ambiente a todas as oportunidades

do ambiente externo, ou seja, o mercado onde a empresa esta inserida,

suas restrições, limitações, contingências, coações e ameaças existentes,

e a empresa a respeito de seus recursos disponíveis, sua capacidade e

suas habilidades, bem como seus pontos fortes e fracos, compromissos e

objetivos.

68

É necessário analisar ambos ambientes, onde conforme Oliveira

(2008), o externo analisa a relação existente entre a empresa e seu

ambiente e sua atual posição no mercado. O interno coloca em

evidências as deficiências e qualidades da empresa, o qual deve-se

comparar com outras empresas do mesmo setor de atuação.

Numa visão geral, o ramo madeireiro, trouxe estabilidade para os

empresários investidores na época em que as leis eram menos

burocráticas de serem seguidas. Por esse motivo muitas pessoas

investem neste setor ainda hoje. Só que não sabem exatamente dos

custos e do esforço necessário para ganhar espaço no mercado de

maneira correta, dentro das leis e normas criadas nos dias de hoje. Isso

acarreta principalmente em concorrências desleais, com vendas de

produto a preço abaixo da tabela e de má qualidade. O problema maior

talvez seja do cliente não reconhecer a qualidade no exato momento da

compra, observando apenas o preço que melhor lhe agradar, e só depois

de certo tempo de uso do produto adquirido, poderá ver as

consequências que ele terá por ser de má qualidade. Essas empresas que

funcionam sem seguir as normas das leis conquistam o mercado por

apenas certo tempo, em vantagem aquelas que fazem o possível para

estarem regularizadas, permanecem firmes em todos os momentos e

conseguem superar os fatores do ambiente externo que afetam a

empresa.

As barreiras existentes hoje para a entrada de novos concorrentes

neste setor acarretam em investimentos altos, pois existem muitas

normas regulamentadoras, perante FATMA, IBAMA, CREA,

principalmente no ramo em que a empresa em estudo atua, ou seja,

construção e ainda utiliza-se de matéria-prima vindas do norte do país as

quais devem ser rigorosamente regulamentadas tanta para a empresa

adquirinte como para a fornecedora, mesmo assim sempre existem

concorrentes que se arriscam em abrir seu negócio de maneira ilegal, e

atrapalham pelo pouco tempo que conseguem permanecer no mercado,

causando um desequilíbrio neste ramo, pois normalmente estas não

seguem o Sindimad e consequentemente colocam os “mesmos”

produtos a vista dos consumidores por um preço bem abaixo das outras

empresas que procuram estar regularizadas.

Conforme Maximiano (2007) é difícil a entrada de novos

concorrentes quando o ramo exige regulamentos ou investimentos altos.

Porém, neste caso há os que se arriscam em abrir sem seguir esses

regulamentos.

69

A seguir, uma análise de fatores determinantes para se realizar

uma SWOT, são elementos encontrados no ambiente interno e externo

da organização, onde se pode observar oportunidades e ameaças, forças

e fraquezas encontradas na empresa através do diagnóstico

organizacional elaborado.

3.1.1 Cliente

Os clientes são o principal mercado de uma empresa, é através

deles que se conseguem os resultados da atividade empresarial, por isso

precisam ser interrogados para a verificação de oportunidades e ameaças

e nunca se deve ignorar suas necessidades e preferências, conforme

Chiavenato (2000).

Portanto, os clientes são a principal ferramenta da propaganda e

do sucesso do setor de casas pré-fabricadas e madeiras beneficiadas, a

impressão do trabalho e do produto adquirido por eles resultará na

indicação do serviço da empresa para outras pessoas, ao contrário

falarão do que desagradou e não indicarão o serviço mesmo que algo

ficou como desejavam. Por isso aquela empresa que tiver um melhor

serviço a oferecer, com mais qualidade, permanecerá no mercado, ao

contrário daquela que busca oferecer apenas preço, que apenas venderá

seus produtos e não conquistará clientes.

As pessoas que buscam consumir madeiras beneficiadas e casas

pré-fabricadas são aquelas que querem um ambiente natural para se

estar. Por ser uma matéria-prima natural, a madeira aproxima a natureza

para dentro de um lar, torna-se mais aconchegante e saudável, por reter

menos calor e umidade que outros tipos de materiais, proporciona

conforto e bem-estar tanto em dias quentes ou frios. E também pela

agilidade na construção, reforma ou ampliação de uma ambiente de

madeira e pelo menor transtorno nas obras. Depois do local para

construir estiver tudo regularizado, uma obra de madeira leva em média

(dependendo do seu tamanho e modelo) 20 dias para estar pronta. Por

ser rápida na execução causa menos transtornos, e possui ainda mais

vantagem quando o cliente contrata o serviço para entregar a obra que

almeja fazer, pronta. Sua preocupação é apenas decidir qual modelo

deseja fazer e o tamanho, dentro de seu orçamento.

Os clientes da empresa normalmente estão sempre em constante

surgimento, pois vão desde os mais novos que pretendem construir aos

mais velhos que desejam reformar ou ampliar suas residências, ou

70

também aos que desejam uma nova construção seja no local de sua

residência, ou em outro ambiente, como casa de praia ou sítio.

3.1.2 Matéria prima x ecologia x leis

A madeira possui vários requisitos para ser consumida dentro das

leis. Partindo dos tipos da madeira local – eucalipto e pinos, precisa ser

reflorestada ou a cada área consumida possuir uma parte maior em

reflorestamento. Como na empresa ela já é comprada serrada, a

certificação que todo o estoque está dentro das normas é através das

notas fiscais carimbadas e com o selo do IBAMA, que garante a

empresa de que foi comprada de serrarias regulares, com todos os

requisitos necessários para ser consumida e beneficiada e assim não

causar problemas futuros para a madeireira.

Já no caso de madeiras de leis (madeiras que vem do norte – Pará,

Mato Grosso, Rondônia) as regras são bem mais rigorosas, porque são

madeiras que podem sair de áreas preservadas, por isso precisam ser

bem controladas pelos órgãos federais dos estados onde se encontram. A

madeireira para poder comprar esses tipo de madeira precisa anualmente

declarar seu estoque para o IBAMA e apresentar um relatório

semestralmente, junto com a FATMA, que precisa ter um engenheiro

químico como responsável pela emissão desse relatório. Com todos

esses dados apresentados nas respectivas datas, o sistema do IBAMA

estará liberado para a empresa aceitar qualquer oferta de seu interesse de

madeiras originadas de áreas regularizadas. Sem contar os gastos com

esse tipo de produto; chegam até a empresa ao custo bem elevado, pois é

repassado desde a serraria que retirou madeira do local até ao destino do

pátio da empresa.

Essa matéria-prima (madeira) para ser utilizada pela empresa, ou

seja, para ser beneficiada e assim transformada no produto final deve

passar por um período de secagem, após serrada, que dependendo do

tipo e do ambiente onde será secada, varia de um a cinco anos, por isso

como normalmente é vendida logo após serem serradas, a empresa

precisa deixá-la armazenada por este período para depois consumi-la

para a elaboração de seus produtos. Com isso seu estoque deve ser alto

para sempre existir matéria-prima utilizável (já seca). Isso garante a

empresa produtos sem problemas futuros a seus clientes, ou seja,

produtos de qualidade.

71

Devido a todo esse processo que a madeira deve passar a empresa

sempre esta sujeita a fiscalizações, pois seu estoque é sempre alto, e

com isso deve ter o cuidado de todo ele estar sempre legalizado, ou seja,

comprar de serrarias corretas, que possuam reflorestamento ou então

que extraiam de locais apropriados.

Muitas adaptações são exigidas pelas leis governamentais para a

estruturação da empresa que deseja trabalhar em conformidade das leis e

assim, estar em dia com as normas e regulamentos do setor madeireiro.

São adaptações no ambiente interno da empresa, para que o trabalhador

tenha melhores condições de trabalho, envolvendo segurança e higiene.

Essas adaptações estão em constantes mudanças e muitas vezes

envolvem espaço físico e investimentos altos, tudo para evitar danos

futuros, decorrentes de processos no ministério do trabalho por parte dos

trabalhadores.

3.1.3 Mão de obra especializada

A mão de obra para a construção de casas pré-fabricadas vem se

tornando escassa, pois a nova geração prefere um serviço que necessite

de menos força física. Aqueles carpinteiros com algum tempo de

profissão e se dedicam ao máximo para se aperfeiçoarem cada vez mais,

encontram dificuldades em encontrar ajudantes que permaneçam, assim

há rodízios em um espaço de tempo curto, o que atrasa o andamento do

trabalho, pois a cada nova pessoa que entra precisa ser treinada para

executar o serviço já iniciado. Isso ocasiona falta de especialização por

parte das pessoas jovens, que podem se aperfeiçoar com os carpinteiros

práticos e com técnicas para serem repassadas.

Na área da produção de madeiras beneficiadas, os marceneiros

que apenas executam o que tem de fazer e o que é repassado,

desvalorizam aqueles que possuem idéias criativas e melhorias, como

para a falta da demanda de certo produto que sugerem alguma inovação

que volte a atrair os clientes. A função da empresa é selecionar bem seus

funcionários, para que aquele inovador e criativo não sair prejudicado

pelo outro que apenas faz o básico.

A empresa possui equipes já formadas com bastante tempo de

experiência na organização, garantindo a qualidade e confiança que se

almeja pelos clientes, ocasionando muitas vezes a preferência do

consumidor por existir na empresa esses colaboradores. Portanto, na

necessidade de novas contratações, surgem as dificuldades de encontrar

72

a pessoa correta que se comprometa com as metas de toda a equipe já

existente há algum tempo, ocorrendo nestes casos um rodízio grande até

encontrar o colaborador ideal.

3.1.4 Economia

A venda de seus produtos esta diretamente ligada de como anda a

economia no país, já que trata de produtos usados para reforma,

ampliação ou construção. Ainda mais quando se trata da venda de

produtos já prontos, ou seja, imóveis residenciais.

Em épocas de prosperidade onde existe a facilidade de

financiamentos residenciais a empresa investe nas vendas desses, para

garantir momentos em que haja recessão. Pois quanto maior a facilidade

da obtenção de financiamento por parte do cliente, este possui maior

possibilidade em construir do que em época que essas linhas de

financiamento diminuem ou se esgotam por determinado período.

Raramente clientes adquirem imóveis sem depender de alguma

linha de financiamento, na maior parte financiam o valor total ou parte

dele, por isso quando encontram no mercado meios para financiar

provavelmente adquirem o que desejam, caso contrário, dificultará a

aquisição, a não ser que a própria empresa se comprometa em financiar,

mas para isso é necessário haver uma boa pesquisa cadastral, para não

ocorrer o risco de haver inadimplência.

Enquanto isso a empresa sobressai em não possuir empréstimos

altos para suas compras e adquirir o que necessita com condições

próprias de pagamento, o que lhe garante possuir reservas em momentos

de maiores dificuldades de vendas.

Conforme Chiavenato (2000), os fatores econômicos interferem

nos negócios da empresa conforme em que estágio a economia se

apresenta (em depressão, recessão, recuperação ou prosperidade),

podendo facilitar ou dificultar o alcance dos objetivos da empresa e o

sucesso ou fracasso de sua estratégia.

3.1.5 Sociedade

Os fatores sociais podem indicar oportunidades ou ameaças para

a empresa, quando analisadas as informações como atitudes e

preferências, estilo de vida, expectativa e medos coletivos, tendências e

hábitos, de acordo com Maximiano (2007).

73

Os valores sociais e as atitudes das pessoas na sociedade onde a

empresa esta inserida podem afetar a estratégia organizacional,

conforme Chiavenato (2000), onde a qualidade desejada de vida, os

padrões de conforto, as preferências de lazer, os costumes de vida

possuem enorme influência sobre os produtos oferecidos pela empresa,

como também sua qualidade, preço e importância.

Neste contexto a empresa possui enorme vantagem por existir

num local propício e bem localizado, visível a pessoas de toda a região

que transitam de uma cidade a outra, podendo oferecer seus produtos a

vários classes e estilos de vida diferentes, já que possuem produtos

cabíveis a vários gostos e padrões.

Mesmo estando inserida numa rua com várias residenciais, são

pessoas que conhecem a empresa desde seu surgimento e

compreensíveis com os transtornos que a mesma pode oferecer, como

barulho e poeira. Isso se deve a humildade e sinceridade do proprietário,

o qual sempre buscou e busca conversar com as pessoas que residem ao

redor da empresa, para compreenderem de forma amigável ou então

tenta buscar junto a elas soluções para esses transtornos causados.

3.1.6 Produtos

Os produtos oferecidos por uma empresa são um dos elementos

do marketing que deve ser analisado, devendo ser considerado sua

variedade, qualidade, design e características, os quais são fatores

importantes para favorecer como uma força ou fraqueza para a empresa,

conforme Pereira (2010).

Todo o maquinário utilizado na empresa é próprio, possuindo

todos os equipamentos necessários para a elaboração de seus produtos,

investindo constantemente em ferramentas, para produzir sempre com a

melhor qualidade e também inovar em seus acabamentos, garantindo

assim produtos com diferenciais em qualidade e acabamento. E também

através da busca constante de ferramentas modernas que surgem no

mercado, a empresa está sempre procurando criar novos produtos ou

então inovar os já existentes, garantindo plena satisfação de seus

clientes.

74

3.2 MATRIZ F.O.F.A (SWOT)

De acordo com as oportunidades e ameaças, forças e fraquezas

citadas na análise organizacional e no decorrer do diagnóstico, podemos

montar a matriz F.O.F.A.

De acordo com Pereira (2010), essa matriz tem como objetivo

reunir todos os itens considerados como pontos fortes e relacioná-los

com os pontos fracos, oportunidades e ameaças. Sendo a parte mais

importante da análise interna e externa de uma organização, pois através

dessa matriz pode verificar uma profunda análise de toda a organização.

Os pontes fortes e fracos se referem as variáveis internas da

organização e as oportunidades e ameaças se referem as variáveis

externas da organização, conforme Oliveira (2008).

Pereira (2010) explica que as forças e fraquezas são variáveis

controláveis, onde as forças são características ou recursos disponíveis

na organização que facilitam o resultado, ou ainda tratam-se do

reconhecimento das competências da empresa, sendo uma situação que

lhe proporciona uma vantagem no ambiente organizacional. As

fraquezas ao inverso das forças, são características ou limitações da

organização que dificultam a obtenção de resultado, portanto por ser

controlável pode ser corrigido por ela.

Os elementos que pertencem as forças e fraquezas nada mais são

que as funções ligadas a empresa.

Assim sendo, as variáveis dos pontos fortes e fracos de acordo

com Pereira (2010), se referem a elementos importantes das seguintes

funções da empresa: Marketing, Finanças, Produção e Recursos

humanos. Deve considerar também sua estrutura, rotinas

administrativas, processo de comunicação interna, sistema de

informações gerenciais, sistema de planejamento e habilidade da

gerencia

As oportunidades e ameaças tratam-se ao contrário das forças e

fraquezas, de variáveis incontroláveis pela organização por estar no

ambiente externo dela, onde as oportunidades podem favorecer as suas

estratégicas. Já as ameaças são elementos negativos que criam

obstáculos a sua estratégia, no entanto podem ser evitadas quando

conhecidas em tempo de serem administradas, conforme Pereira (2010).

De acordo com Chiavenato (2000) as variáveis que fazem parte

das oportunidades e ameaças podem ser tecnológica, política,

econômica, legal, social, demográfica, ecológica ou ainda os clientes,

75

fornecedores, concorrentes e grupos regulamentadores. Todas ligadas ao

ambiente externo da empresa, os quais podem trazer benefícios ou

prejuízos.

Logo abaixo apresenta-se a matriz elaborada através do

diagnóstico organizacional e a análise do ambiente externo e interno da

empresa em estudo:

Quadro 18 – Matriz F.O.F.A Fonte: Elaborado pela autora

76

Através da matriz montada na empresa em estudo, observa-se que

possui forças bastante construtivas as quais colaboram para sua missão e

objetivos, e que suas fraquezas são possíveis de serem corrigidas com o

apoio de toda equipe e assim poderão criar medidas cada vez mais

proveitosas para combater as ameaças que o ambiente externo causa.

Uma das forças encontrada na empresa é a questão da rapidez na

execução das obras, devido os produtos já saírem na medida certo e

alguns montados da empresa, como é o caso das armações e aberturas já

ferradas. E também a empresa disponibiliza aos seus carpinteiros um

caminhão muck que facilita a colocação de materiais pesados para cima

das obras, como as armações e telhas. Esse equipamento faz com que

uma etapa do serviço que se realizado manualmente levaria um dia

passar para uma ou duas horas.

A qualidade de seus produtos se destaca para a conquista de

clientes, e isso se deve pela empresa selecionar bem sua matéria-prima

desde a compra até a beneficiação. A experiência do proprietário da

empresa faz com que exija bem de seus fornecedores, os quais os

escolhe entre os melhores para comprar a madeira de qualidade e caso

venha algo que não agrade despacha do meio produtivo, para não haver

produto bem acabado e de má qualidade. A secagem da madeira é outro

fator primordial para um produto de qualidade e isso a empresa possui

vantagens em possuir um estoque alto e um local apropriado para haver

uma boa secagem de suas matérias-prima.

A empresa possui equipes de funcionários já com bastante tempo

de serviço o que lhes garante experiência e faz com que seus serviços

sejam feitos da melhor maneira possível, e através desses profissionais

muitos clientes são conquistados.

Os pagamentos em dia na empresa sobressaem. Desde seu

surgimento nunca houve um atraso em duplicatas, boletos, cheques,

enfim todos os pagamentos são feitos dentro do prazo tanto para os

colaboradores internos como externos, ou seja, funcionários e

fornecedores.

Outra grande força da empresa é os maquinários próprios. Isso

facilita o andamento dos serviços internos da empresa, fazendo com que

muitas vezes consiga fazer um pequeno estoque de produtos acabados,

sobressaindo frente a concorrência que terceiriza algumas etapas de seus

processos produtivos.

Devido haver muita concorrência ilegal no mercado, a empresa

possui como outra força sua legalidade. Procura sempre estar em dia e

77

dentro de todas as normas governamentais existentes. Evitando assim

problemas em impedimento do andamento de seus serviços, e

consequentemente transtornos para si e seus clientes.

A inovação em seus produtos é outro fator favorável a empresa,

pois permite sempre chamar a atenção de seus clientes, oferecendo-lhes

produtos inovadores e modernos. E sua flexibilidade em mudar também

cativa os consumidores que desejam algo diferente daquilo que é

proposto.

A honestidade da empresa é outro fator primordial na conquista e

manutenção de seus clientes, que através dessa força divulgam a

empresa para seus amigos e familiares, mesmo sendo de outras regiões

vizinhas, que saem de seu local para adquirem produtos na empresa.

Aquilo que a empresa é capaz de fazer, promete, porém se algo desejado

não e possível, é revelado antes do fechamento do negócio e não dito

que fará somente para concretizar uma venda, situação muito comum no

ramo de construção.

A consolidação a bastante tempo no mercado ajuda a empresa a

se tornar cada vez mais sólida e conhecida no ambiente onde está

inserida, e com a ajuda de todos os outros pontos fortes a faz crescer

cada dia mais.

As oportunidades encontradas no mercado, favorece ainda mais

seu crescimento, as quais a empresa busca sempre conhecer para tornar

viável a ela no momento oportuno, ou seja, procura não deixar essas

oportunidades passarem despercebidas. Como os cursos

profissionalizantes a fim de diminuir a escassez da mão de obra e as

linhas de financiamento que são aproveitadas para acelerar as vendam

para sanar os momentos de queda da economia. Mesmo sabendo que

trata-se de fatores que nem sempre existem, portanto aproveitam quando

surgem da melhor maneira possível a seu favor.

As fraquezas serem tratadas no prognóstico a seguir, a fim de

acabá-las através de sugestões sugeridas, e também verificar como as

oportunidades e forças da empresa podem colaborar para enfrentar as

ameaças do ambiente externo.

78

79

4 PROGNÓSTICO ORGANIZACIONAL

Através de todo diagnóstico elaborado na empresa, consegue-se

observar alguns ajustes que podem ser feitos em suas funções para um

melhor funcionamento da mesma. Esse prognóstico trata-se então, de

medidas a serem tomadas para corrigir “defeitos” existentes em seu

ambiente interno. São sugestões de melhoria propícia para a mesma, que

ajudarão no desempenho do dia a dia da empresa, trazendo melhores

resultados e menos desperdício, seja de tempo ou dinheiro.

Uma organização, de acordo com Maximiano (2012), devem ser

eficientes e eficazes, para atingirem seus objetivos e utilizar os recursos

de forma correta, pois desta forma todos sairão satisfeitos, clientes,

fornecedores, funcionários, proprietários, enfim toda a sociedade.

Devido a isso a empresa deve estar sempre atenta a corrigir detalhes que

podem ser melhorados, para sempre estar apta no mercado de forma

satisfatória.

Baseados nas fraquezas e ameaças constantes na matriz F.O.F.A,

as sugestões apresentadas se referem a essas fraquezas e ameaças a fim

de eliminá-las da empresa e colocá-las de forma que se transformem em

uma força ou oportunidade para a madeireira, ou ainda averiguar a

possibilidade de como as forças e oportunidades existentes podem

colaborar para eliminar tais fraquezas e ameaças.

A maioria das estratégias propostas dizem respeito a manutenção

da empresa no mercado, pois a mesma possui forças conquistadas ao

longo de toda a sua existência capazes de isolar as ameaças no ambiente

externo, com isso o proprietário deseja continuar sobrevivendo e manter

sua posição conquistada até o momento.

4.1 PROGNÓSTICO NA FUNÇÃO DE MARKETING

O marketing da empresa possui várias maneiras em cativar seus

clientes, seja através de seus produtos agregando valores reconhecidos

pelos consumidores ou através do bom uso de seu ponto estratégico,

criando outdoors e um ponto de referência visível a todos com um

mostruário inovador de seus produtos.

Conforme Maximiano (2012), a satisfação dos clientes é um

objetivo prioritário para todas as organizações. Sem clientes satisfeitos,

as demais medidas de desempenho da organização ficam

comprometidas.

80

Contudo, a inovação deve ser sempre recriada para não cair na

mesmice e deixar de chamar a atenção de futuros clientes. Robbins e

Decenzo (2004) declaram que a inovação é o caminho para competir

com sucesso no mundo dinâmico da concorrência global, por isso as

organizações precisam sempre desenvolver novos produtos ou serviços.

Com isso, a empresa pode estar sempre buscando inovar, principalmente

aqueles produtos que caíram do mercado, devido a existência de

produtos substitutos. Deve modificá-los, fazendo com que sejam únicos

novamente por algum detalhe impossível do substituto proporcionar.

Como é o caso do forro de pinos, que com o surgimento do forro de

PVC caiu consideravelmente sua venda. Porém, a empresa pode fabricá-

los com modelos inovadores seja na largura dos mesmos ou com

acabamento diferente de encaixe que transforme o teto do ambiente

onde for colocado agradável e bonito.

O desenvolvimento de melhores produtos pode ocorrer através de

novas características, como variações na qualidade ou diferentes

modelos e tamanhos, acarretando em maiores vendas para a

organização, de acordo com Oliveira (2008).

A apresentação de promoções em seus produtos que atraiam

ainda mais seus clientes é outra forma de melhorar ainda mais essa

função na empresa. Participação em feiras onde possam montar

mostruários de produtos de forma original e inovadora, a fim de captar a

atenção dos consumidores, através de montagens reais de seus produtos

em ambiente distinto da organização, como em eventos locais e outras

cidades.

Essas medidas sugeridas não se encontram como uma fraqueza na

matriz F.O.F.A, portanto são apresentadas como forma de auxiliar ainda

mais as forças e oportunidades que a empresa possui nesta função.

4.2 PROGNÓSTICO NA FUNÇÃO DE TECNOLOGIA DA

INFORMAÇÃO

Mesmo a empresa já possuir um sistema completo, o qual

interliga a área de vendas, compras, entregas, contas a pagar e receber, o

módulo de vendas ainda é feito manualmente e após cadastrado apenas o

valor da venda na conta do cliente, onde desta forma não há o controle

dos itens vendidos a cada cliente e caso haja o extravio da nota feita

manualmente antes de seu cadastro ou entrega da mercadoria ao cliente,

pode haver do cliente não receber o produto o qual fez o pedido ou

81

então ao vir pagar não haver nenhum registro de conta a receber caso

ocorrer de ser entregue os produtos comprados e a nota não vir de volta

para ser cadastrada e arquivada para ser entregue no ato do pagamento.

Com isso observa-se a necessidade da venda ser feita através do

sistema, havendo primeiramente o cadastro dos mais diversos itens

padronizados e fora dos padrões, os quais esses foras dos padrões serem

o motivo das vendas ainda serem feitas manuais, pois assim facilitaria

todos os outros setores da empresa e não haveria perda de tempo no

cadastro de todas as vendas feitas manualmente para poderem ser

recebidas. Sabe-se que nos dias atuais e cada vez mais, seguindo o

raciocínio de Junior et al (2005) que a TI mostra-se como ferramenta

indispensável à sobrevivência organizacional, pois possibilita maior

velocidade aos processos internos e permite aos gestores um

conhecimento/relacionamento com seu ambiente de influência. Por isso

a importância do bom uso de toda tecnologia disponível, a fim de

facilitar todo o processo de entrada e saída de um sistema, e evitar

trabalhos redobrados. Sem contar que os gestores terão relatórios com

mais rapidez, com um controle mais eficaz.

Neste caso da empresa, as pessoas responsáveis pelas entregas já

saberiam da venda automaticamente e assim também o setor financeiro

saberia das contas a receber dos clientes, não ocorrendo o risco de

alguma conta ser deixada para trás no ato do pagamento, e estes também

poderiam informar dos itens comprados em cada nota, caso o cliente

perguntar sem a necessidade da nota estar ali presente.

4.3 PROGNÓSTICO NA FUNÇÃO DE RECURSOS HUMANOS

A empresa possui uma cultura familiar, onde as gerações mudam

e com elas as idéias também, por isso no setor de recursos humanos,

muitas coisas tiveram que ser modificadas. Como os cargos novos que

tiveram de acrescentar para se adequar com a realidade da empresa

atualmente.

Os profissionais experientes existentes na organização a bastante

tempo, devem sempre prevalecer, já que seguindo o pensamento de

Robbins e Decenzo (2004), equipes eficazes são compostas por pessoas

que acreditam na integridade, no caráter e na habilidade do outro

membro, por isso a empresa deve evitar que as novas contratações

ocorram de qualquer forma a fim de evitar que os profissionais já

existentes sintam-se desencorajados a acreditar em sua equipe. Sem

82

contar que demissões num curto espaço tempo, existentes

principalmente na área da produção, causam gastos para a organização

que podem ser evitados, com uma admissão bem feita e mais bem

analisada. Acredita-se que por causa da falta de mão de obra braçal, o

qual a maioria dos cargos produtivos da empresa exige, as contratações

ocorrem sem muitas exigências, o que ocasiona problemas em seguida,

onde o colaborador e empresa observam que não era o que desejavam,

ocorrendo à demissão logo em seguida.

A empresa deve analisar bem a pessoa antes de contratá-la e não

contratar por impulso da urgência de um novo colaborador. É mais

viável distribuir bem as tarefas entre os que já existem na organização,

do que haver uma contratação e após um mês ou menos ter que haver

demissão. Isso ocasiona custos para a mesma, onde deve pagar todos os

encargos do período que o funcionário trabalhou e enfraquecimento de

sua equipe já existente.

As tarefas executadas podem ser mais bem mais distribuídas

entre seus colaboradores, onde alguns se sobrecarregam enquanto outros

executam com calma por haver tempo suficiente, ou seja, poderia

acelerar o ritmo deste que possui poucas atividades para diminuir do

outro que é sobrecarregado, equilibrando as tarefas entre ambos. Isso

evitaria estresse devido a sobrecarga de trabalho diário, criando um

ambiente de trabalho mais calmo e mais harmônico. De acordo com

Robbins e Decenzo (2004, p. 156) “um reprojeto de cargos também

ajuda a reduzir o estresse relacionado com a sobrecarga de trabalho”.

Essa sobrecarga de alguns colaboradores devido a experiência desses

profissionais podem ser transformadas também em treinamento para

aqueles sem muita experiência, podendo dessa forma haver uma melhor

distribuição das atividades produtivas e administrativas.

Devem ser aproveitadas as oportunidades de cursos

profissionalizantes, para a especialização desses funcionários sem muita

experiência para assim haver profissionais capacitados a executarem

atividades que antes não exerciam, pode-se assim distribuir ainda mais

as atividades dos profissionais experientes.

4.4 PROGNÓSTICO NA FUNÇÃO DE PRODUÇÃO

Toda a produção é bem distribuída onde todos sabem quais

materiais precisam fazer no caso de todos os pedidos estarem em dia,

83

para reporem o estoque dos materiais que mais possuem saídas

especialmente os usados nas construções.

Portanto, algum ajuste referente à localização das máquinas e das

matérias primas pode facilitar ainda mais o serviço na produção. Um

layout errado, de acordo com Slack et al (2009), pode levar a padrões de

fluxo longos ou confusos, estoque de materiais, tempos de

processamento longos, operações inflexíveis, fluxos inflexíveis. Através

de um layout estruturado e bem estudado pode-se planejar expor os itens

usados em determinada máquina próximo ao local para não haver perda

de tempo na produção e, depois de concluído armazená-los em local

apropriado para não atrapalhar o início de novos serviços, facilita-se

assim também o carregamento para a entrega desses materiais.

4.5 PROGNÓSTICO NA FUNÇÃO DE FINANÇAS

Disponibilizar-se no presente um valor futuro, a fim de se

adquirir determinado bem. É o que se chama crédito. Dar crédito a

alguém é, em última análise, confiar nessa pessoa. E o comércio liga

A parte financeira da empresa é super controlada, com todos os

pagamentos em dia, e evitando maiores gastos em momentos de venda

baixa, e aproveitando momentos altos para maiores vendas e assim

possuir reservas para os momentos ruins. A empresa aproveita-se das

linhas de financiamento em momentos de alta para acelerar as vendas de

imóveis, equilibrando-se assim em momentos de baixa dessas mesmas

linhas de financiamento.

Portanto, a inadimplência na empresa é alta, com muitas contas

consideradas perdidas pelo proprietário, e com outras em que tenha que

haver cobrança excessiva para serem recebidas. A empresa já possui

convênio com a CDL o qual é possível fazer pesquisas de cheques e do

CPF do cliente e ainda como é associada com a ACIRJ possui outras

pesquisas provenientes com o Serasa, o qual pouco é usado.

Sugere-se que a empresa leve como rotina em todas as vendas a

prazo e com cheques realizar as pesquisas antes da venda, para evitar

maiores aborrecimentos futuros. Normalmente hoje em dia as pesquisas

são realizadas após a venda já ter sido concretizada ou deixada de lado

por parte do proprietário já conhecer o cliente. Mas amizade neste caso

deve ser deixada de lado e sempre ser realizadas as pesquisas antes da

concretização de todas as vendas, não importando de quem se trata, pois

84

em um exato momento pode haver restrições as quais podem

comprometer a venda no presente.

De acordo com Andrade et al (2004), disponibilizar ou não

crédito a uma pessoa, é de certa forma uma decisão que compromete em

confiar ou não em alguém, por isso se torna complicado para a empresa

essa decisão. Portanto, deve ter em mente que o crédito quanto aprovado

estará disponibilizando um bem no presente ao cliente ao qual receberá

no futuro, o qual corre o risco de não receber, seja por algum motivo.

Devido a isso a decisão de pesquisa é fundamental, sendo um passo

importante a estar evitando a alta inadimplência.

85

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Será feito neste capítulo um apanhado de todo o estudo elaborado

para este trabalho, a considerar os principais pontos relevantes, a fim de

direcionar os objetivos deste, e a forma e instrumentos utilizados para

isso. Mostrará também as sugestões propostas para as variáveis aqui

encontradas, que percebidas através do estudo mostraram-se

negativamente para o desempenho e funcionamento da empresa.

O estudo iniciou-se através da caracterização da empresa, a qual

se trata de Comércio, Indústria e Construções de Madeiras Pacheco

LTDA EPP, que atua no ramo madeireiro há mais de 29 anos, a qual

beneficia produtos de madeira utilizados para reforma, ampliação ou

construção, e exerce também a atividade de construção de obras. Hoje

conta com vinte e um funcionários, entre eles o gerente e sócio e quatro

auxiliares administrativos os quais cuidam da parte financeira, recursos

humanos, contábil, venda, compra e produção. O restante dividem-se

entre colaboradores do chão de fábrica, que trabalham na produção e

entrega dos materiais e os carpinteiros, porém trabalham fora da

empresa, fabricando as obras vendidas.

Foram diagnosticadas todas as funções existentes em uma

organização, que trata-se da função de marketing, função de tecnologia e

informação, função de recursos humanos, função de produção e função

de finanças. Tais funções não possuem em setores definidos, por se

tratar de uma empresa de pequeno porte e familiar. Para o conhecimento

do funcionamento dessas funções, foram observadas as atividades

diárias dos funcionários da empresa, para se conhecer como os serviços

e tais funções se encaminham dentro da organização e também através

de diálogos com o proprietário para esclarecer eventuais dúvidas que

viessem a surgir sobre determinado assunto.

Através do diagnóstico completo de todas as funções foi possível

analisar os pontos fortes e fracos da empresa e suas oportunidades e

ameaças enfrentadas externamente. A análise organizacional verificou

possíveis variáveis que possam beneficiar ou prejudicar o andamento da

empresa. Dentro essas variáveis foram encontradas a forma de se

conquistar um cliente, de maneira satisfatória a mantê-lo fiel e como

meio propagador para o surgimento dos novos clientes. As leis

existentes foi outra variável de extrema importância a ser verificada para

o sucesso ou insucesso da empresa, e como elas podem ajudar a

controlar a concorrência desleal existente no mercado do ramo

86

madeireiro, os quais atrapalham de forma significativa a empresa

corretamente legal. A falta de mão de obra para a construção e

marceneiros é outra variável encontrada na empresa, que dificulta nas

necessidades de novas contratações. Porém de certa forma a empresa

sobressai por possuir dentro de seu quadro de funcionários, aqueles que

já possuem bastante tempo de serviço, garantindo a confiança dos seus

clientes. A economia e a sociedade são também variáveis que devem ser

analisadas frequentemente , para assim aproveitar as oportunidades que

nelas podem surgir e da mesma forma evitar as ameaças impostas.

Através da análise de todos os fatores externos e internos a

organização, foi possível elaborar a matriz conhecida como F.O.F.A ou

SWOT, a qual apresenta todas as forças, fraquezas, oportunidades e

ameaças encontradas na análise da empresa.

As forças de maior relevância encontradas foi considerada a que

diz respeito a rapidez das obras pela empresa, produtos de qualidade

(matéria-prima selecionada), localização estratégica, profissionais

experientes, pagamentos em dia, maquinário próprio, legalidade,

consolidação no mercado e sua flexibilidade em mudar o processo

produtivo.

Já as oportunidades dizem respeito a cursos profissionalizantes,

linhas de financiamento habitacional, surgimento de novos clientes e

fiscalizações que inibem o surgimento de concorrentes ilegais.

Todas essas forças e oportunidades são de extrema importância a

empresa conhecer para poder inibir os fatores que possam ameaçar e

corrigir os que são considerados fraquezas da empresa. Tais fatores de

ameaça encontrados são os considerados concorrentes irregulares, queda

das linhas de financiamento habitacional, mão de obra escassa e cara e o

surgimento de novas leis que dificultam a manutenção no mercado.

As fraquezas da empresa detalhadas após o diagnóstico e análise

organizacional, foram a inadimplência dos clientes, rodízio das novas

contratações, falta de utilização dos recursos tecnológicos da empresa e

distribuição de tarefas inadequada.

A partir dessas fraquezas encontradas foi possível realizar o

prognóstico organizacional, onde foram propostas sugestões de melhoria

para um melhor funcionamento da empresa.

Nessas sugestões, foram propostos meios de eliminar suas

fraquezas e evitar que as ameaças interferiram no ambiente

organizacional. Todas essas sugestões foram direcionadas

separadamente pelas funções.

87

Na função de marketing foi proposta a inovação de seus produtos,

principalmente dos que caíram no mercado devido a existência de

produtos substitutos. Deve modificá-los, de forma que se tornem únicos

novamente por algum detalhe impossível do substituto proporcionar.

Como é o caso do forro de pinos, que com o surgimento do forro de

PVC caiu consideravelmente sua venda. Porém, a empresa pode fabricá-

los com modelos inovadores seja na largura dos mesmos ou com

acabamento diferente de encaixe que transforme o teto do ambiente

onde for colocado agradável e bonito. A apresentação de promoções em

seus produtos que atraiam ainda mais seus clientes é outra forma de

melhorar ainda mais essa função na empresa. Participação em feiras

onde possam montar mostruários de produtos de forma original e

inovadora, a fim de captar a atenção dos consumidores, através de

montagens reais de seus produtos em ambiente distinto da organização,

como em eventos locais e outras cidades.

Na função de tecnologia em informação, a empresa faz uso de um

sistema completo o qual é aproveitado, portanto ainda há muitos outros

recursos disponíveis neste sistema que não se faz uso. São recursos

extremamente úteis e que evitariam retrabalho em muitas de suas

atividades. As vendas feitas manualmente poderiam se feitas pelo

sistema, a evitar assim o cadastramento depois no sistema do valor

devido pelo cliente. Da forma realizada não há o controle dos itens

vendidos a cada cliente e caso haja o extravio da nota feita manualmente

antes de seu cadastro ou entrega da mercadoria ao cliente, pode haver do

cliente não receber o produto o qual fez o pedido ou então ao vir pagar

não haver nenhum registro de conta a receber caso ocorrer de ser

entregue os produtos comprados e a nota não vir de volta para ser

cadastrada e arquivada para ser entregue no ato do pagamento. Feita

pelo sistema facilitaria todos os outros setores da empresa e não haveria

perda de tempo no cadastro de todas as vendas feitas manualmente para

poderem ser recebidas. As pessoas responsáveis pelas entregas já

saberiam da venda automaticamente e assim também o setor financeiro

saberia das contas a receber dos clientes, não ocorrendo o risco de

alguma conta ser deixada para trás no ato do pagamento, e estes também

poderiam informar dos itens comprados em cada nota, caso o cliente

perguntar sem a necessidade da nota estar ali presente.

Na função de recursos humanos o rodízio das novas contratações

pode ser evitado com uma seleção melhor aplicada, onde a empresa teria

maior certeza daquilo que deseja e não empregaria somente por impulso.

88

A empresa deve analisar bem a pessoa antes de contratá-la. É mais

viável distribuir bem as tarefas entre os que já existem na organização,

do que haver uma contratação e após um mês ou menos ter que haver

demissão. As tarefas executadas podem ser mais bem mais distribuídas

entre seus colaboradores, onde alguns se sobrecarregam enquanto outros

executam com calma por haver tempo suficiente, ou seja, poderia

acelerar o ritmo deste que possui poucas atividades para diminuir do

outro que é sobrecarregado, desta forma haveria em equilíbrio das

tarefas entre ambos. Isso evitaria estresse devido a sobrecarga de

trabalho diário, e ainda criaria um ambiente de trabalho mais calmo e

mais harmônico.

A produção é outra função com melhorias a ser feita em seu

layout, distribuindo adequadamente as máquinas e matérias-prima para

facilitar ainda mais o serviço na produção. Através de um layout

estruturado e bem estudado pode-se planejar expor os itens usados em

determinada máquina próximo ao local para não haver perda de tempo

na produção e, depois de concluído armazená-los em local apropriado

para não atrapalhar o início de novos serviços, vindo então a facilitar

também o carregamento para a entrega desses materiais.

A última função a ser proposta melhoria é a de finanças. Devido a

alta inadimplência de seus clientes, a empresa deixa de obter uma

lucratividade maior, que deve ser corrigida com pesquisas completas de

seus clientes sejam eles conhecidos ou não, já que a mesma já possue

convênio com a CDL. Sugere-se que a empresa leve como rotina em

todas as vendas a prazo e com cheques realizar as pesquisas antes da

venda, para evitar maiores aborrecimentos futuros.

Todas essas sugestões são cabíveis a empresa e sem custos para a

mesma, pois na maioria dessas sugestões propõem apenas mudanças em

sua rotina sem a necessidade de grandes implantações, já que a mesma

possui todos os recursos necessários a essas alterações.

Portanto, para um estudo futuro devem rever as variáveis aqui

analisadas, pois podem sofrer alterações conforme a sociedade mude. Já

ao que diz respeito aos clientes devem sempre ser focado, devido a uma

empresa com cliente satisfeito ser sinal de empresa sucedida.

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