Diagnóstico Socioeconômico do Município de Canaã dos ... · futuro, é bom lembrar que este é...

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    PREFEITURA MUNICIPAL DE CANA DOS CARAJS

    SERVIO DE APOIO S MICRO E PEQUENAS EMPRESAS DO ESTADO DO PAR

    Diagnstico Socioeconmico do Municpio de Cana dos Carajs, Estado do Par.

    Cana dos Carajs Par

    JANEIRO/2016

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    S U M R I O

    Cana dos Carajs: Promessa que se cumpre. ......................................................................... 10

    UM POUCO DA HISTRIA ................................................................................................... 10

    ASPECTOS GEOGRFICOS, CLIMA E TEMPERATURA ........................................................... 14

    1. Localizao do Municpio de Cana dos Carajs ............................................................. 14

    2. Relevo e Uso do Solo ...................................................................................................... 15

    3. Clima e Temperatura ...................................................................................................... 17

    LOTEAMENTOS URBANO, BAIRROS E VILAS RURAIS .......................................................... 19

    ASPECTOS DEMOGRFICOS DO MUNICPIO E REGIO DE CARAJS ................................... 23

    4. Populao de Cana dos Carajs..................................................................................... 23

    4.1. Processo Evolutivo da Populao 2000 a 2015 ...................................................... 23

    4.2. Processo Evolutivo da Populao Residente por Gnero 2000 a 2015 .................. 26

    4.3. Populao do Municpio Frente a Regio e o Estado - 2015 ..................................... 26

    4.4. Indicadores Demogrficos 2000/2010 ..................................................................... 26

    4.5. Populao Residente por Nvel de Escolaridade - 2010 ............................................ 27

    4.6. Populao Economicamente Ativa e Ocupada 2000/2010. ................................... 28

    4.7. Populao Residente por Classe de Rendimento Nominal Mensal 2000/2010...... 28

    4.8. Populao Ocupada (POC), Categoria no Trabalho e Seo de Atividade Principal. . 29

    CRESCENDO COM O PAR Economia estadual, regional e local. ............................................. 31

    PAR: UM ESTADO DINMICO COM GRANDE POTENCIAL PARA INVESTIMENTOS ............ 31

    5. A Regio de Carajs ........................................................................................................ 31

    6. Perspectivas de Investimentos em Territrio Paraense .................................................. 33

    7. Incentivos Fiscais ............................................................................................................ 35

    UMA ECONOMIA EM ASCENSO: indicadores socioeconmico de Cana .......................... 37

    8. O Produto Interno Bruto PIB ........................................................................................ 37

    8.1. Evoluo do Produto Interno Bruto a Preo de Mercado Corrente 2002 a 2013 ... 37

    8.2. Participao por Setor Econmico no Valor Adicionado Bruto de Cana dos Carajs

    2002 a 2013. ................................................................................................................ 39

    8.3. Evoluo do PIB Per Capita a Preo de Mercado Corrente 2002 a 2013. ............... 41

    9. Receitas Correntes Prprias ou de Outros Entes Governamentais e Privados ................ 42

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    9.1. Receitas Municipais 2012/2015 e Previso para 2016. ............................................ 42

    9.2. Transferncias Constitucionais 1997/2015 .............................................................. 45

    10. Estabelecimentos Comerciais ....................................................................................... 46

    10.1. Empresas por Atividades e Setor da Economia ...................................................... 46

    11. O Mercado de Trabalho Formal .................................................................................... 48

    11.1. Estoques de Empregos por Atividades e Setor da Economia .................................. 48

    11.2. Evoluo do Emprego Formal Srie Histrico do CAGED, 2002 a 2015 ................ 49

    MEI MICRO EMPREENDEDOR INDIVIDUAL ...................................................................... 51

    12. Empresas/Atividades Optantes pelo SIMEI em Cana, no Par e Municpios da Regio

    de Carajs. .......................................................................................................................... 51

    13. Perspectivas de Negcios aos Micro Empreendedores Individuais ............................... 53

    OS SETORES DA ECONOMIA EM CANA ............................................................................. 54

    14. A Agropecuria ............................................................................................................. 54

    14.1. Anlise Geral do Setor Agropecuria ..................................................................... 54

    14.2. Tendncias e Oportunidades de Negcios no Setor Agropecuria ......................... 64

    15. A Indstria .................................................................................................................... 65

    15.1. Anlise Geral do Setor Indstria ............................................................................ 65

    15.2. Tendncias e Oportunidades de Negcios no Setor Indstria ................................ 67

    16. O Comrcio e Servios .................................................................................................. 69

    16.1. Anlise Geral do Setor Comrcio e Servios ........................................................... 69

    16.2. Tendncias e Oportunidades de Negcios no Setor Comrcio e Servios .............. 70

    Um ambiente que favorece bons negcios............................................................................. 73

    MODAIS DE TRANSPORTE E DISTNCIAS ............................................................................ 73

    17. Rodovias, Ferrovias, Portos e Aeroportos ..................................................................... 73

    18. Principais Distncias ..................................................................................................... 75

    SERVIOS E INFRAESTRUTURA URBANA............................................................................. 76

    19. Servios Bancrios e Financeiros .................................................................................. 76

    20. Energia Eltrica ............................................................................................................. 76

    21. Servios de Comunicao.............................................................................................. 76

    22. Mobilidade Urbana ....................................................................................................... 77

    23. Estrutura Viria intermunicipal e interestadual ......................................................... 78

    FEIRA DE NEGCIOS ........................................................................................................... 80

    Cana dos Carajs Alm dos negcios. .................................................................................... 82

    SADE E SANEAMENTO BSICO ......................................................................................... 82

    A EDUCAO EM CANA .................................................................................................... 89

    QUALIFICAO DE RECURSOS HUMANOS .......................................................................... 92

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    24. Cursos Tcnicos Profissionalizantes .............................................................................. 92

    25. Cursos de Graduao e Ps-Graduao ........................................................................ 92

    SEGURANA PBLICA ......................................................................................................... 93

    O TURISMO, A CULTURA E O LAZER EM CANA ................................................................. 95

    QUALIDADE DE VIDA .......................................................................................................... 99

    26. IDH ndice de Desenvolvimento Humano .................................................................. 99

    27. IFDM ndice Firjan de Desenvolvimento Municipal .................................................. 100

    28. IPS - ndice de Progresso Social. .................................................................................. 100

    ENTIDADES DA SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA ............................................................... 102

    29. Principais Entidades do Terceiro Setor e Foco de Atuao.......................................... 102

    Cana de Braos Abertos. Venha crescer conosco! .............................................................. 104

    PROJETOS E OBRAS ESTRUTURANTES EM CANA CONCLUDAS E PROJETADAS ............. 104

    30. Projetos e Obras Concludas entre 2014 e 2015. ......................................................... 104

    31. Projetos e Obras em Construo. ............................................................................... 105

    32. Potencialidades e Investimentos Previstos at 2020. .............................................. 106

    A CONSTRUO DO FUTURO COMEA AGORA! ............................................................... 107

    METAS QUE J NOS LEVAM AT 2035 .............................................................................. 107

    33. O Plano de Desenvolvimento CANA 2035................................................................. 107

    BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ................................................................................................ 109

    A N E X O S............................................................................................................................ 112

    ENTIDADES COLABORADORAS NESTE DOCUMENTO ........................................................ 112

    COLABORADORES DA SECRETARIA MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO ECONMICO -

    SEMDEC ............................................................................................................................ 113

    COLABORADORES DE OUTRAS SECRETARIAS MUNICIPAIS ............................................... 114

    SECRETARIAS E AUTARQUIAS MUNICIPAIS....................................................................... 115

    METODOLOGIA APLICADA NESTE DIAGNSTICO ................................................................. 117

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    Prefeitura Municipal de Cana dos Carajs

    PREFEITO Jeov Gonalves de Andrade

    VICE-PREFEITO Alexandre Pereira dos Santos

    SECRETRIO DE DESENVOLVIMENTO ECONMICO Jurandir Jos da Silva

    Servio de Apoio s Micro e Pequenas Empresas do Estado do Par

    PRESIDENTE DO CONSELHO DELIBERATIVO Fernando Yamada

    DIRETOR SUPERINTENDENTE Fabrzio Augusto Guaglianone de Souza

    DIRETOR TCNICO Hugo Yutaka Suenaga

    DIRETOR ADMINISTRATIVO FINANCEIRO Andr Fernandes de Pontes

    GERENTE DO ESCRITRIO REGIONAL CARAJS II Raimundo Nonato de Oliveira

    CONSULTORIA TCNICA ONG Extenso Amaznia

    George Thomas Pacheco Barreto

    Paula Santa Rosa Soares

    Roberto Gonalves Pacheco

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    APRESENTAO

    O objetivo deste Diagnstico Socioeconmico e Guia do Investidor reunir informaes sobre o municpio para facilitar a

    identificao de oportunidades de investimento. Este o resultado de um convnio de cooperao tcnica, feito com o SEBRAE, que

    operacionalizou o estudo e nos traz uma viso ampla, de fcil leitura e que nos mantm atualizados sobre a nova realidade do municpio.

    Cana dos Carajs tem atrado a ateno de todo o pas e aumentado muito a populao. uma realidade natural, em funo da implantao de grandes projetos minerais. Isso torna o mercado local mais dinmico e as mudanas so rpidas. Essas so as razes que nos levaram a elaborar este estudo. Nele, temos uma viso clara sobre a economia do municpio, da regio do Polo Carajs e do Estado do Par. Todos os aspectos so abordados, desde demografia, relevo, clima e evoluo da populao. Analisamos ainda o mercado de trabalho, a evoluo dos estabelecimentos comerciais e industriais e a oferta de servios.

    Neste estudo demonstramos os investimentos feitos pelo municpio para melhorar a infraestrutura oferecida a populao nas reas de sade, educao, asfalto e saneamento bsico, segurana pblica, turismo, cultura, lazer e qualidade de vida. Muito j foi feito e voc poder perceber as obras em andamento e as que esto previstas para at 2020. Por falar em futuro, bom lembrar que este um assunto importante pra ns. O governo municipal construiu um plano chamado Cana 2035, que norteia nossas aes para a construo de um futuro melhor.

    Enfim, o resultado desta parceria com o SEBRAE vem para nos mostrar que Cana dos Carajs no apenas uma terra prometida, mas sim a terra da promessa que se cumpre. Um abrao e seja bem-vindo a Cana dos Carajs.

    Jeov Andrade

    Prefeito Municipal de Cana dos Carajs

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    Quando falamos que o Sebrae no Par deve estar em todos os cantos do Estado no porque acreditamos que conseguiremos chegar a todos os municpios sozinhos. Com isso, implicitamente, reafirmamos a importncia e a necessidade de firmarmos parcerias para melhor cumprirmos nossa misso de promover a

    competitividade e o desenvolvimento sustentvel dos pequenos negcios e fomentar o empreendedorismo.

    O Guia do Investidor Cana dos Carajs prova disso. Ao nos unir ao poder pblico municipal para produzir a publicao, somamos foras para atrair investimentos e contribuir para a criao de um ambiente favorvel aos pequenos negcios paraenses, por meio da disseminao de informaes estratgicas.

    A publicao um convite a quem est disposto a crescer com o municpio e aproveitar as oportunidades para se empreender em uma cidade que nasceu de projetos de colonizao agrcola e que hoje se destaca como uma das mais desenvolvidas do Par em vrios segmentos econmicos.

    Vale ressaltar que o Guia apenas uma das aes do Sebrae em benefcio dos empreendedores do municpio. Em 2015, oferecemos, entre outras atividades, 600 orientaes, mais de duas mil horas de consultoria, 738 informaes e 26 cursos, contribuindo para que eles, no campo ou na rea urbana, estejam mais preparados para gerir seus negcios e atender s demandas geradas pelos investimentos econmicos, sendo, com isso, mais competitivos no mercado.

    Por isso, desejamos a todos os que pretendem expandir os negcios ou iniciar algum empreendimento que explorem bastante o Guia do Investidor Cana dos Carajs, lembrando que ele parte de um projeto maior, que o diagnstico socioeconmico do municpio, tambm fruto da nossa parceria com a prefeitura municipal.

    Bons negcios!

    Fabrzio Augusto Guaglianone de Souza

    Diretor-Superintendente do SEBRAE no Par

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    Cana dos Carajs: Promessa que se cumpre.

    UM POUCO DA HISTRIA

    Situado na Mesorregio Sudeste Paraense e Microrregio Parauapebas, o municpio de Cana dos Carajs foi criado atravs da Lei 5.860, de 05/10/1994, sancionada pelo ento governador Carlos Jos de Oliveira Santos, tendo sido desmembrado do municpio de Parauapebas. Sua sede ficou na localidade conhecida por Cana dos Carajs, onde,

    anteriormente, encontrava-se o Centro de Desenvolvimento Regional II, mais conhecido como CEDERE II1, centro este criado pelo Governo Federal com pelo menos trs claros objetivos: 1) como parte da estratgia de ocupao do territrio amaznico; 2) minimizar a presso por terras nas regies sul e sudeste do Pas; e de modo muito particular; 3) como medida atenuante aos graves conflitos pela posse da terra em territrio paraense, especialmente na rea conhecida como Bico do Papagaio.

    Naquela poca a localidade fazia parte do municpio de Marab, passando em seguida a distrito de Parauapebas, ascendendo posteriormente categoria de cidade. A instalao oficial do municpio se deu em 1 de Janeiro de 1997, com a posse dos primeiros gestores e legisladores, eleitos em outubro do ano anterior.

    O nome Cana tem origem bblica e significa "Terra Prometida". Seus solos sempre foram considerados um dos mais frteis das regies Sul e Sudeste do Par. As produtividades de determinados cultivos agrcolas eram considerados acima da mdia estadual e at nacional, a exemplo da mandioca, feijo e milho, mesmo com roado cultivado no sistema em toco2. O significativo nmero de evanglicos e a influncia dos mesmos no cenrio poltico local a poca de sua emancipao, tambm parece ter sido decisivo para a escolha desse nome.

    Exatamente por ter tido sua origem em projetos de colonizao agrcola, constitudos a partir de colonos emigrados das regies Sudeste e Sul do pas, Cana dos Carajs tem uma formao agrcola, haja vista que sua base econmica, inicialmente, girava em torno das culturas do arroz, milho, banana, feijo e da criao bovina, sendo que essa ltima atingiu seu auge em 20043. A atividade madeireira tambm se fazia expressiva na regio, onde ainda se podia encontrar espcies nobres, a exemplo do mogno. O maior controle legal da atividade madeireira e a reduo drstica das espcies de maior valor comercial levou o setor a retrao, a partir de 2002 e com maior rigor aps o ano de 2004, quando a extrao de madeira em tora passou de 9.000 m3 para 5.000 m3, em 2005. Da em diante, s decresceu, chegando a 2014 com 1.200 m3 de madeira em tora extrada (IBGE/DPE FAPESPA/SEPLAN).

    O setor secundrio da economia que at 2002 no se mostrava significativo passa a partir do ano seguinte a concentrar a maior parte do PIB municipal, atingindo seu pice no ano civil de 2013, ocasio em que o Valor Adicionado Bruto do setor chegou a R$2.849.402 Mil.

    1 Estratgia de desenvolvimento e ocupao da Amaznia utilizada pelo Grupo Executivo das Terras do Araguaia e Tocantins - GETAT, hoje INCRA, para reas de colonizao e reforma agrria. Nesta poca, dcada de 80, a localidade ainda pertencia ao municpio de Marab, o qual deu origem ao municpio de Parauapebas (1988/89). 2 Sistema de cultivo utilizado por colonos e agricultores de pequeno porte o qual consiste em: corte, queima, coivara e plantio, com algumas poucas variaes. 3 Segundo o IBGE, em 2004, onde foram registrados 305.294 bovinos. De l pra c a atividade tem decrescido ano a ano, chegando a 2009 com 160.000 cabeas, mas recuperando parte do rebanho em 2012, onde j contava com 180.000 cabeas.

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    Nesse intervalo de tempo apresentou uma queda brusca no ano de 2009, com a crise internacional, quando chegou a R$532.914 Mil. A base econmica desse importante setor est na indstria extrativa mineral, voltada, principalmente para a explorao comercial da calcopirita (minrio de cobre), em suas formas oxidada e sulfetada. No solo do municpio tambm possvel encontrar diamantes, bauxita, nquel vermelho, ferro e ouro. A indstria extrativa mineral local controlada pela Minerao Serra do Sossego, subsidiria da empresa Vale.

    A indstria da construo civil tambm tem se mostrado forte nos ltimos anos, incluindo ai o grande volume de obras civis destinadas a instalao da planta do Projeto Ferro Carajs S11D. quase certo que o valor nominal e, consequentemente o percentual de participao do setor indstria no PIB local tenha aumentado significativamente at 2015. Aumento este que ser ainda mais significativo quando o Projeto S11D entrar em operao, o que est previsto para o ano de 2016.

    Quanto ao comrcio e servios possvel identificar que Cana do Carajs, pela proximidade que tem do municpio de Parauapebas distante 67 km, em estrada pavimentada guardava certa dependncia deste, visto que o vizinho se apresenta com um comrcio mais maduro e diversificado. Mesmo assim o setor em Cana vem ganhando fora ao longo dos anos. Em 2013 o setor Servios representou 18,4% do PIB municipal Valor Adicionado Bruto de R$652.738 Mil. Para se ter uma ideia de quo significante e surpreendente foi esse crescimento, o estudo mostra que em 12 anos, entre 2002 e 2013, o incremento financeiro percentual nominal desse setor chegou a expressivos 4.062,9%.

    O presente estudo no poderia deixar de comprovar o que praticamente todos j percebem, mesmo aqueles sem muita intimidade com o assunto, ou seja, o fato de que o setor indstria a mola propulsora de todo esse grandioso e rpido crescimento econmico de Cana dos Carajs. A conta muito simples. No incio deste sculo, mais precisamente no ano de 2002 o PIP Indstria era de R$3.793 Mil, e representava pouco mais de 8% da riqueza do municpio. No ltimo PIB divulgado pelos rgos oficiais, relativo ao ano de 2013, o setor indstria j responsvel por 80,5% do PIB municipal, alcanando valor financeiro de R$2.849.402 Mil. Nesse curto perodo o incremento percentual nominal do setor foi de 75.022,6%.

    Ainda segundo os ltimos levantamentos divulgados em 2015 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica IBGE, os quais fazem referncia ao ano civil de 2013, Cana dos Carajs tem local de destaque nos rankings econmicos dos 144 municpios do estado do Par. Ocupa a 5 colocao quanto ao PIB Municipal e o 1 lugar em se tratando do PIB per capta.

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    A exemplo do que ocorreu com a explorao do ferro, do mangans e do ouro em Parauapebas (Serra dos Carajs), os trabalhos de instalao e incio da operao da mina de Cobre do Sossego a partir de 2000, mobilizou a populao de Cana e de vrias partes do territrio paraense e do Brasil, em busca de trabalho. Por conta disso o municpio sofreu uma exploso populacional, saltando de 10.922 habitantes em 2000 (IBGE, Censo 2000), para 33.632 habitantes em 2015 (IBGE/DPE, Populao Estimada Censo 2010). Em apenas 15 anos, o municpio obteve a surpriendente taxa de crescimento prxima a 208%.

    Levantamento censitrio realizado pela Prefeitura Municipal de Cana dos Carajs, por meio da sua Secretaria de Sade, no ano de 2014, resultou em dados populacionais bem mais expressivos que aqueles estimados pelo IBGE/DPE. Segundo este estudo o municpio se apresenta com populao residente de 52.862 habitantes, trata-se de diferena percentual da ordem de 57% entre as duas pesquisas.

    Cana dos Carajs tem experimentado do mesmo elixir que outras tantas cidades consideradas prsperas no seu entorno, deixando de ser aquela pacata localidade habitada por colonos vindos de outras regies para aqui ganhar a vida por meio de cultivos e criaes, vivendo hoje seu ciclo econmico com base na indstria extrativa mineral. Por conta disso, e o consequente crescimento desordenado experimentado ao longo de uma dcada e meia, a cidade convive atualmente com o dilema em ser considerada como um importante polo de desenvolvimento regional, enquanto sua populao local e flutuante ainda se v envolta com imensas desigualdades econmicas e sociais.

    Passados 21 anos de sua amancipao poltica e administrativa, Cana dos Carajs surpreende, despontando dentre os municpios mais promissores do estado do Par ocupando posio estratgica no mbito da Regio de Integrao Carajs, por conta de suas riquezas minerais, a maioria ainda por explorar. Exatamente por conta disso se destaca como uma das cidades que apresenta o maior ndice de crescimento populacional do Brasil.

    Entendendo e atento a essas distores e discrepncias, ntida a percepo de que, nos ltimos anos, o poder pbico, a iniciativa privada e entidades representativas da sociedade civil organizada vm aprofundando debates, deliberando e criando condies para que o municpio construa um futuro promissor a partir de um modelo de desenvolvimento

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    equilibrado e sustentvel nos seus diversos aspectos social, cultural, poltico, ambiental e econmico.

    Esse esforo vem sendo demonstrado por meio da concepo de inmeros estudos e planos setoriais, a exemplo do Plano Diretor de Cana; Plano Municipal de Saneamento Bsico; Diagnstico Municipal Rural; realizao de eventos consultivos e deliberativos, cujo protagonismo da sociedade local vem sendo garantido na sua plenitude. Somado a isso, constata-se a execuo de inmeras obras estruturantes realizadas em Cana dos Carajs, quer no meio urbano ou rural, particularmente entre os anos de 2014 e 2015, assim como aquelas programadas para implementao at 2020. A relao desses projetos e obras aparecem discriminados nos itens 29, 30 e 31 desse estudo.

    Cana dos Carajs e outros municpios da chamada Regio de Carajs, ainda vislumbra anos prsperos quanto ao seu vigor econmico. Segundo a Federao das Indstrias do Estado do Par, somados, os projetos previstos para a regio de Carajs entre 2015 e 2020, prometem gerar um montante de investimentos na ordem de R$ 92,6 bilhes, bem como, abrir mais de 44 mil postos de trabalho formais diretos, e tendo a expectativa de criar mais de 90 mil oportunidades de trabalhos indiretos, alm de fomentar o empreendedorismo nos municpios envolvidos com os projetos, bem como nas localidades do entorno.

    Preparar o municpio para continuar crescendo, porm buscando um desenvolvimento equnime que possa resultar em ganhos qualitativos reais, sustentveis e duradouros no padro de vida de todos aqueles que nasceram ou escolheram a Terra Prometida como sua morada. Esse o grande desafio daqui em diante.

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    ASPECTOS GEOGRFICOS, CLIMA E TEMPERATURA

    1. Localizao do Municpio de Cana dos Carajs

    Cana dos Carajs est localizada na Mesorregio Sudeste Paraense, Microrregio Parauapebas. Possui rea de 3.146 Km2, com altitude mdia de 286 m. Como Reserva Natural presente em seu territrio tem-se a Floresta Nacional de Carajs. J as coordenadas e limites geogrficos so:

    COORDENADAS GEOGRFICAS: LIMITES GEOGRFICOS:

    Latitude - 6.49737 (6 29 51 Sul);

    Longitude 49.8784 (49 52 42 Oeste).

    Ao Norte: Parauapebas;

    A Leste: Curionpolis e Sapucaia;

    Ao Sul: gua Azul do Norte;

    A Oeste: Parauapebas

    O municpio se encontra em situao geogrfica privilegiada, visto que seu ncleo urbano se interliga com as vrias cidades importantes, as quais integram o conjunto de municpios com grande dinmica econmica, por conta da indstria extrativa mineral ou pela pujana da agropecuria Marab, Parauapebas, Curionpolis, Ourilndia do Norte, Tucum, So Flix do Xingu, Santana do Araguaia, Altamira e outros tantos municpios no estado de Mato Grosso e Tocantins. Em muito breve Cana dos Carajs poder se apresentar e se consolidar como rota alternativa para interligar essas regies e cidades importantes dentro e fora do territrio paraense, criando uma infraestrutura logstica que servir de base para multiplicar as riquezas no setor tercirio da economia.

    Figura Cana dos Carajs e Municpios Vizinhos (IBGE, 2006. DIAGONAL 2007) Fonte: Plano Municipal de Saneamento Bsico de Cana dos Carajs

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    2. Relevo e Uso do Solo

    De acordo com GOLDER, 2010 apud Plano Municipal de Saneamento Bsico do Cana dos Carajs, 2013, o municpio se encontra localizado dentro da bacia hidrogrfica do rio Itacainas e est dividida em duas estruturas morfolgicas, denominados Depresso Perifrica do Sul do Par e Planalto Dissecado do Sul do Par.

    O mapa de declividades revela que o relevo da regio em que se insere a bacia hidrogrfica do rio Itacainas foi caracterizado como constitudo de domnios formados por faixas de declividades distintas. So verificados dois domnios com declividades entre 15% e 45% (relevo forte ondulado), localizados nas cabeceiras de alguns cursos de guas nas pores oeste e sudoeste da bacia e na regio central de toda a bacia, onde se assenta a Serra dos Carajs.

    O primeiro domnio caracterizado pela existncia de cursos de gua de importante contribuio ao rio Itacainas, o segundo marcado pela presena de formaes ferrferas, constituindo-se na principal unidade geomorfolgica e aqufera de toda a bacia hidrogrfica, responsvel por orientar o curso e alimentar as calhas fluviais dos rios Parauapebas e do prprio Itacainas. A maior parte desses domnios de relevo forte ondulado encontra-se situado numa faixa de altitude de 350m a 800m em relao ao nvel mdio do mar e destacam-se por apresentar elevado potencial erosivo.

    Outro domnio geomorfolgico evidente na bacia abrange faixas de declividade entre 8% e 45%, para as formas residuais de relevo, e de 3% a 8%, para as reas rebaixadas e contidas nas primeiras. Esse domnio observado na parte sul da bacia do Alto Itacainas e estende-se ao longo de linhas de serras estruturais, sendo igualmente observado em pontos esparsos na poro leste da citada unidade hidrogrfica. Tais regies caracterizam-se por apresentar altitudes compreendidas na faixa de 350 m a 650 m em relao ao nvel mdio do mar, sendo classificadas como reas de relevo intermedirio, entre formaes serranas estruturais e aquelas denominadas pediplanadas.

    O domnio do pediplano est presente em reas cuja declividade sempre inferior a 8%, estando bem abaixo desse limite em alguns casos. Neste contexto as altitudes caractersticas so contidas no intervalo entre 100 m e 150 m em relao ao nvel mdio do mar, estando presentes em quase toda a poro leste e sul da bacia hidrogrfica do rio Itacainas.

    A unidade geomorfolgica definida como de dissecao aguada tambm se apresenta de forma expressiva na bacia, bordejando o limite sudoeste da Serra de Carajs, drenando terrenos do prprio Itacainas, dos rios Catet e Saco. Neste domnio verifica-se a presena de reas de adensamento residuais de colinas com altitudes entre 300 m e 650 m em relao ao nvel mdio do mar, localizadas na parte norte da bacia do rio Itacainas ao longo de uma faixa em sentido latitudinal na poro setentrional.

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    Solo

    Os tipos de solos so fundamentais para a formao e estruturao da vegetao, importantes na definio de usos e ocupaes, alm de influenciarem a formao de aquferos e os processos de eroso e deposio de sedimentos.

    Verifica-se, na bacia hidrogrfica do rio Itacaiunas, uma predominncia de argissolos vermelho-amarelos distrficos. Ocorrem ainda na regio outras duas classes de solo de forma mais abrangente, a saber: latossolos vermelho-amarelos distrficos e neossolos litlicos distrficos. No municpio, os argissolos so comumente observados em regies menos declivosas.

    Os latossolos vermelho-amarelos distrficos esto presentes principalmente nas unidades de terreno de Planaltos Residuais da Amaznia Meridional (Serras e Planaltos de Carajs) e de colinas com predominncia de declividades mdias. Os latossolos variam de fortemente a bem drenados, podendo ocorrer solos medianamente ou imperfeitamente drenados. So solos que se encontram em grandes profundidades, sendo a espessura do solo raramente inferior a 1 m.

    Os neossolos litlicos distrficos so solos com baixo grau de saturao, inferior a 50%. No mbito da bacia hidrogrfica do rio Itacainas, esto presentes normalmente em regies cujo relevo tende a ser mais ondulado.

    Cobertura Vegetal e Uso do Solo

    De acordo com o Estudo de Gesto Ambiental Territorial da Bacia do rio Itacainas (VALE, 2008), a regio possui aproximadamente 67% de seu territrio ocupado com reas florestais (alteradas e no alteradas), dos quais 30% pertencem regio da Floresta Nacional de Carajs e 37% correspondem a florestas alteradas fora dos limites das Flonas.

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    Os 23% restantes so destinados a outros usos, notadamente a agropecuria, a urbanizao e a minerao. Em termos de rea, os fragmentos florestais correspondem a aproximadamente 26.000 km, ao passo que o restante da bacia, destinado a outros fins, perfazem uma superfcie de cerca de 15.000 km.

    A regio onde se concentram as chamadas savanas metalficas, de um total de superfcie de 115 km, aproximadamente. Tal regio est relacionada aos afloramentos de minrio de ferro principalmente nas Serras Sul e Norte da Floresta Nacional de Carajs e Serras Pelada e do Rabicho. As savanas da Serra Sul so as mais preservadas, com poucas alteraes antrpicas. Destaca-se na regio da bacia em estudo a prtica de pecuria de corte como a atividade humana preponderante, sendo tambm desenvolvidas prticas relativas agricultura de subsistncia.

    Fonte: Map Store mapa do uso do solo do municpio de Cana dos Carajs- PA.

    3. Clima e Temperatura

    O Clima em Cana dos Carajs tropical com estao seca, classificao Aw. (Kppen-Geiger) e temperatura mdia anual de 25.4C. Sua mdia anual de pluviosidade de 1.766mm, sendo o ms de Julho o mais seco, com mdia de 18 mm de chuva, enquanto o de maior precipitao maro, com 290 mm, em mdia. Verifica-se, portanto, que essas condies naturais, aliadas a boa qualidade dos solos, favorecem a implementao de grande variedade de negcios agropecurios.

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    O Grfico a seguir mostra a distribuio das chuvas ao longo dos meses.

    FONTE: Grfico extrado do site http://pt.climate-data.org/location/765464/

    http://pt.climate-data.org/location/765464/
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    LOTEAMENTOS URBANOS, BAIRROS E VILAS RURAIS

    A dinmica de crescimento do permetro urbano em Cana dos Carajs cresce de maneira surpreendente e em consonncia com o aumento populacional, ambos diretamente influenciados pelas obras de construo e implantao do Projeto Sossego, no incio dos anos 2000, e mais recentemente com o processo de instalao do projeto S11D, destinado extrao de minrio de ferro.

    No ano de 1990, ou seja, quatro anos antes da emancipao administrativa do municpio, a rea urbana que seria a sede de Cana dos Carajs ocupava cerca de 74 hectares (equivalente a 0,74 Km). Cinco anos mais tarde, em 1995, essa rea j havia mais que dobrado, chegando a 156 hectares (1,56 Km). Em 2005 o centro urbano j se apresentava multiplicada por cinco, chegando a 805 hectares (8,5 Km). Entre 2005 e 2010 o ncleo de Cana dobra de tamanho, alcanando 1.500 hectares (15 Km). Finalmente, a sede do municpio chega ao ano de 2015 com 3.160 hectares, o que equivale a 31,6 Km, com seus inmeros loteamentos legalizados ou no. Importante relatar que a tendncia ainda de expanso territorial da mesma.

    O crescimento populacional atpico ocorrente em Cana dos Carajs, estimulado a partir da indstria da minerao, no acompanha o desenvolvimento e ordenamento da rea urbana. Segundo o Plano Local de Habitao de Interesse Social PLHIS (PMCC, 2014), o cruzamento das avenidas Weyne Cavalcante e Pioneiros, demarca o ponto central de onde partiram as ocupaes irregulares e loteamentos, que foram divididos em trs categorias:

    Loteamentos Regulares aqueles que foram registrados em cartrio e aprovados pelo Instituto de Desenvolvimento Urbano - IDURB

    LOTEAMENTO ANO DE APROVAO SITUAO

    Loteamento Bairro Ouro Preto 2010 rea sendo comercializada

    Monte Castelo - rea sendo comercializada

    Jardim Amrica 2008 Registrado em cartrio / rea sendo comercializada

    Serra Dourada I, II, III 2012 Registrado em cartrio / rea sendo comercializada

    Novo Horizonte II, III 2008 Registrado em cartrio / rea sendo comercializada

    Nova Cana - Registrado em cartrio / rea sendo comercializada

    Vale do Sossego - Registrado em cartrio / rea sendo comercializada

    Jardim Bela Vista I, II 2012 Registrado em cartrio / rea sendo comercializada

    Santana 2009 Registrado em cartrio / rea sendo comercializada

    Vale dos Sonhos I, II, III - Registrado em cartrio / rea sendo comercializada

    Parque dos Carajs 2012 Registrado em cartrio / rea sendo comercializada

    Park Carajs 2012 Registrado em cartrio / rea sendo comercializada

    Via Oeste 2012 Registrado em cartrio / rea sendo comercializada

    Vale Carajs 2012 Registrado em cartrio / rea sendo comercializada

    Montes Belo (aguardando Lei) 2013 Registrado em cartrio / rea sendo comercializada

    Alvorada I 2012 Registrado em cartrio / rea sendo comercializada

    Stio Nova Cana 2014 Registrado em cartrio / rea sendo comercializada

    Nova Cana II 2013 Registrado em cartrio / rea sendo comercializada

    Loteamento Flor de Liz I e II 2012 Registrado em cartrio / rea sendo comercializada

    Mata da Serra 2012 Registrado em cartrio / rea sendo comercializada

    Montes Belos II 2012 Registrado em cartrio / rea sendo comercializada

    Fonte: Equipe tcnica PMCC, 2014. Elaborao: CLC Consultoria

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    Loteamentos Irregulares esto sendo comercializados, mesmo apresentando pendncia documental junto ao IDURB. At o levantamento que subsidiou o PLHIS em 2014, havia 11 loteamentos com estas caractersticas.

    LOTEAMENTO NMERO DE LOTES SITUAO

    Novo Paraso 400 Projeto urbanstico no apresentado, aguardando regularizao.

    Residencial Vale Verde 745 Projeto urbanstico no foi apresentado, apesar de notificao do IDURB. Loteamento todo aberto. rea sendo comercializada.

    Residencial Jardim das Palmeiras 739 Aguardando projeto de regularizao.

    Parque Shalon Aguardando apresentao de projeto.

    Residencial Bela Vista 1265 Aguardando apresentao de projeto.

    Parque dos Ips SI Projeto no consta nos arquivos da Prefeitura

    Paraso das guas 381 Aguardando lei de autorizao de registro

    Novo Brasil I 1272 Aguardando lei de autorizao de registro

    Alto Bonito I e II 400 Loteamento parado, sem titulao por falta de lei autorizativa mat. 025

    Novo Brasil II 1300 Projeto Habitacional Municipal, parado aguardando lei autorizativa para titulao mat. 025

    Jardim Florido 90 Projeto Habitacional Municipal, parado aguardando lei autorizativa para titulao mat. 025

    Fonte: Equipe tcnica PMCC, 2014. Elaborao: CLC Consultoria

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    Loteamentos Irregulares em Lguas Patrimoniais esto sendo comercializados, mesmo sem a certido de perda de vocao agrcola emitida pelo INCRA (documento de regularidade da posse da terra pelo municpio).

    LOTEAMENTO NMERO DE LOTES SITUAO

    Novo Paraso 400 Projeto urbanstico aguardando regularizao.

    Residencial Vale Verde 745 Projeto urbanstico no foi apresentado, apesar de notificao do IDURB. Loteamento todo aberto. rea sendo comercializada

    Residencial Jardim das Palmeiras 739 Processo aguardando projeto de regularizao.

    Parque dos Imigrantes 450 Aguardando retificao na lei de autorizao de registro.

    Parque Shalon Aguardando apresentao de projeto.

    Residencial Bela Vista 1265 Aguardando apresentao de projeto.

    Parque Ecolgico Sem Informao Projeto no consta nos arquivos da Prefeitura

    Paraso das guas 381 Aguardando lei de autorizao de registro

    Novo Brasil 1272 Aguardando lei de autorizao de registro

    Alto Bonito I e II 400 Loteamento parado, sem titulao por falta de lei autorizativa mat. 025

    Novo Brasil 1300 Projeto Habitacional Municipal, aguardando lei autorizativa para titulao mat. 025

    Jardim Florido 90 Loteamento parado, sem titulao por falta de lei autorizativa mat. 025

    Loteamento Esplanada 300 - Centro Apto titulao pelo IDURB. Matrcula 019

    Bairro Liberdade Sem Informao - Centro Apto titulao pelo IDURB. Matrcula 019

    Maranhenses 500 - Centro Apto titulao pelo IDURB. Matrcula 019

    Joo Pintinho Sem Informao - Centro Apto titulao pelo IDURB. Matrcula 019

    So Jos Sem Informao - Centro Apto titulao pelo IDURB. Matrcula 019

    Porta do Sol 300 - Centro Apto titulao pelo IDURB. Matrcula 019

    Estncia Feliz 300 - Centro Projeto aprovado, apto titulao pelo IDURB. Matrcula 019

    Vale Dourado 350 - Parque dos Ips Apto titulao pelo IDURB. Matrcula 1300

    Novo Horizonte 400 - Novo Horizonte I Apto titulao pelo IDURB. Matrcula 1299

    Fonte: Equipe tcnica PMCC, 2014. Elaborao: CLC Consultoria

    A Zona Rural em Cana dos Carajs possui seis vilas, a saber:

    Vila Planalto Vila Feitosa Vila Bom Jesus

    Vila Racha Placa Vila Serra Dourada Vila Peleja

    A figura e grfico a seguir, construdos pela ONG Extenso Amaznia, a partir de fotos de satlite disponibilizadas na rede mundial de computadores, trazem uma noo do surpreendente crescimento urbano vivenciado pelo municpio de Cana dos Carajs desde o incio dos anos 90.

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    FONTE: Extenso Amaznia, 2015

    FONTE: Extenso Amaznia, 2015

    [VALOR] ha [VALOR] ha [VALOR] ha

    [VALOR] ha

    [VALOR] ha

    [VALOR] ha

    1990 1995 2000 2005 2010 2015

    GRFICO: Evoluo da rea Urbana Central de Cana dos Carajs de 1990 a 2015 (em ha).

    N

    S

    L O

  • Diagnstico Socioeconmico do Municpio de Cana dos Carajs - Pgina 23 de 119

    ASPECTOS DEMOGRFICOS DO MUNICPIO E REGIO DE CARAJS

    4. Populao de Cana dos Carajs

    4.1. Processo Evolutivo da Populao 2000 a 2015

    Do ano de 2000, oportunidade onde o IBGE realizou contagem populacional, at o recenciamento feito em 2010, Cana dos Carajs experimentou um incremento populacional da ordem de 142%, passando de 10.992 para 26.716 habitantes. Cinco anos mais tarde, em 2015, a populao estimada pelo prprio IBGE de 33.632 habitantes. Trata-se, portanto, de um novo e surpreendente incremento superior a 25%.

    Emancipado em 1994, o municpio de Cana dos Carajs passou por forte ciclo de obras de infraestrutura urbana no ano de 2003, depois que a empresa Vale, em 2002, assinou acordos de parceria com a Prefeitura Municipal para investimentos diversos. A planta da Mina de Cobre do Projeto Sossego teve sua inaugurao em 2004. Percebe-se que nesse curto espao de tempo foi onde se deu o maior fluxo migratrio em direo ao Municpio, o que s pode ser comprovado na contagem efetivada em 2007 e 2010, pelo IBGE, j que entre os anos de 2001 e 2006, o que havia eram estimativas de populao residente.

    A partir do levantamento censitrio ocorrido em 2010, o ndice aplicado para a estimativa de evoluo populacional foi bem maior, levando a ltima quantificao divulgada pelo IBGE a prever 33.632 habitantes, em 2015.

    TABELA: populao (Urbana e Rural), rea e Densidade Demogrfica 2000 a 2015.

    ANOS POPULAO (Habitantes)

    REA (Km) DENSIDADE (Hab./Km) URBANA RURAL TOTAL

    2000 3.924 6.998 10.992

    3.147,90

    3,45

    2001(1)

    - - 11.425 3,63

    2002(1)

    - - 11.761 3,74

    2003(1)

    - - 12.151 3,86

    2004(1)

    - - 13.035 4,14

    2005(1)

    - - 13.421 4,26

    2006(1)

    - - 13.870 4,41

    2007

    18.153 5.604 23.757 7,55

    2008(1)

    - - 26.135 8,30

    2009(1)

    - - 27.675 8,79

    2010 20.727 5.989 26.716

    3.146,40

    8,49

    2011(1)

    - - 27.928 8,88

    2012(1)

    - - 29.101 9,25

    2013(1)

    - - 31.062 9,87

    2014(1)

    - - 32.366 3.147,90

    10,28

    2015(1)

    - - 33.632 10,68

    Fonte: IBGE * Elaborao: FADESPA/SEPLAN * Reordenamento: ONG EXTENSO AMAZNIA (1)

    Populao Estimada (2)

    Valores calculados pela ONG Extenso Amaznia com base no indicador Razo de Sexo relativo ao ano civil de 2010.

  • Diagnstico Socioeconmico do Municpio de Cana dos Carajs - Pgina 24 de 119

    Cabe destacar que a dinmica econmica vivenciada pelo municpio caracterstica daqueles entes cuja economia se v impulsionada forte e rapidamente por um segmento econmico especfico nesse caso a indstria extrativa mineral. Ocorre que, como verificado na dcada anterior, ocasio em que a populao foi estimada, houve um significativo descompasso entre o nmero real de habitantes e o divulgado, sob estimativa, pelo IBGE.

    Nos cinco primeiros anos da dcada em curso h que se destacar pelo menos dois importantes fatos que contriburam para um novo e expressivo aumento populacional de Cana: 1) Incio da implantao das estruturas de apoio do Projeto S11D; 2) Obras de implantao propriamente dita do Projeto S11D. A consequncia imediata dessas ocorrncias o aparecimento, em 2014, de um novo clico de investimentos em infraestrutura urbana, desta vez sob o apoio do Projeto S11D, e no mais do Projeto Sossego.

    Por conta desses novos e grandiosos investimentos, entre os anos de 2011 e 2015, no difcil escutar por meio de diversos rgos pblicos e privados em mbito local, que a populao atual de Cana dos Carajs beira aos 60.000 habitantes. quase certo que a divulgao do documento Relatrio Final do Apoio ao Processo de Territorializao da Ateno Bsica e VII Seminrio do Projeto de Ateno Sade Bsica PASBA de Cana dos Carajs teve influncia nesse pensamento quase que unnime naquela cidade.

    Esse relatrio oficial resulta de um levantamento realizado em 2014 pela Secretaria Municipal de Sade de Cana dos Carajs SEMSA, mais especificamente pelo conjunto de seus Agentes Comunitrios de Sade ACS e Agentes de Combate a Endemias ACE, sob a metodologia criada pela empresa Diagonal. O estudo foi realizado por meio de visitas a domiclios na rea urbana e rural, que resultou na quantificao de 52.862 habitantes, sendo 45.737 (86,5%) em rea urbana e 7.125 (13,5%) na zona rural.

    10.992

    11.425

    11.761

    12.151

    13.035

    13.421

    13.870

    23.757

    26.135

    27.675

    26.716

    27.928

    29.101

    31.062

    32.366

    33.632

    2000

    2001

    2002

    2003

    2004

    2005

    2006

    2007

    2008

    2009

    2010

    2011

    2012

    2013

    2014

    2015

    Grfico: Evoluo da Populao 2000/2015 (n de habitantes)

    Fonte: IBGE * Elaborao: ONG EXTENSO AMAZNIA Populao Estimada nos anos de 2001/02/03/04/05/06/08/09/11/12/13/14/15

  • Diagnstico Socioeconmico do Municpio de Cana dos Carajs - Pgina 25 de 119

    Ao aplicar a quantificao populacional apurada pela Prefeitura Municipal de Cana dos Carajs PMCC/SEMSA em lugar daquela estimada pelo IBGE para o ano civil de 2014, conclui-se que o municpio se apresenta com Densidade Demogrfica de 16,79 Habitantes/Km2.

    26.716

    32.366 33.632

    52862

    GRFICO: Populao de Cana. Comprativo IBGE e PMCC/SEMSA

    IBGE - Censo 2010

    IBGE - Estimativa 2014

    IBGE - Estimativa 2015

    PMCC/SEMSA - 2014

    DENSIDADE DEMOGRFICA DE CANA DOS CARAJS NOS ANOS 2000 / 2007 / 2014

    Fonte: IBGE/DPE e PMCC/SEMSA * Elaborao: ONG Extenso

    Amaznia

    Fonte: Prefeitura Municipal Cana dos Carajs Elaborao: ONG EXTENSO AMAZNIA

    2 0 1 4

    16,79 Hab./Km

    Fonte: IBGE * Elaborao: ONG EXTENSO AMAZNIA (1)

    Populao Estimada

    2 0 0 0

    3,45 Hab./Km

    2 0 1 4(1)

    10,28 Hab./Km

    2 0 0 7

    7,55 Hab./Km

  • Diagnstico Socioeconmico do Municpio de Cana dos Carajs - Pgina 26 de 119

    4.2. Processo Evolutivo da Populao Residente por Gnero 2000 a 2015

    TABELA: Populao de Cana dos Carajs Por Gnero 2000, 2007, 20010 e 2015.

    2000 2007(1)

    2010 2015(1)

    Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Valor Absoluto Valor Absoluto Valor Absoluto Valor Absoluto

    5.871 5.051 12.421 11.238 13.585 13.131 17.102(2) 16.530(2)

    % % % %

    53,75

    46,25 52,28 47,72 50,85(2) 49,15(2) 50,85(2) 49,15(2)

    Fonte: IBGE * Elaborao: FADESPA/SEPLAN * Reordenamento: ONG EXTENSO AMAZNIA (1)

    Populao Estimada (2)

    Valores calculados pela ONG Extenso Amaznia com base no indicador Razo de Sexo relativo ao ano civil de 2010.

    4.3. Populao do Municpio Frente a Regio e o Estado - 2015

    TABELA: Populao Residente nos Municpios da RI Carajs, Par e Belm - 2015

    ANOS DE ESTUDO FORMAL 2015

    (1)

    Populao %

    Par 8.225.481 100

    Capital (Belm) 1.439.561 17,50

    Reg. Integrao/Carajs 642.148 7,81

    Bom Jesus do Tocantins 16.227 0,20

    Brejo Grande do Araguaia 7.232 0,09

    Cana dos Carajs 33.632 0,41

    Curionpolis 17.709 0,22

    Eldorado dos Carajs 32.664 0,40

    Marab 262.085 3,19

    Palestina do Par 7.424 0,09

    Parauapebas 189.921 2,31

    Piarra 12.675 0,15

    So Domingos do Araguaia 24.451 0,30

    So Geraldo do Araguaia 24.607 0,30

    So Joo do Araguaia 13.521 0,16 Fonte: IBGE, Censo Demogrfico 2010 * Elaborao: Extenso Amaznia (1) Estimativa populacional.

    4.4. Indicadores Demogrficos 2000/2010

    TABELA: Indicadores Demogrficos em Cana dos Carajs 2000/2010

    Razo de Sexo Taxa de Urbanizao Razo de

    Dependncia ndice de

    Envelhecimento Taxa Geomtrica de

    Incremento

    2000 2010 2000 2010 2000 2010 2000 2010 2000 2010

    1,6

    1,03 35,93 77,58 64,99 53,80 7,20 8,89 - 9,36

    Fonte: IBGE * Elaborao: FADESPA/SEPLAN * Reordenamento: ONG EXTENSO AMAZNIA

  • Diagnstico Socioeconmico do Municpio de Cana dos Carajs - Pgina 27 de 119

    4.5. Populao Residente por Nvel de Escolaridade - 2010

    Os dados oficiais que se tem acerca da escolarizao dos residentes no municpio, via IBGE, so relativos ao censo realizado em 2010, portanto com bastante defasagem, haja vista que as oportunidades de estudo formal nos ltimos 15 anos evoluram muito em Cana. Alm do mais, o significativo contingente populacional que veio para o municpio nesse mesmo espao de tempo, se apresenta com nveis de escolaridade varivel, com maior tendncia a ensino fundamental e mdio completos, j que boa parte est vinculada as inmeras atividades vinculadas fase de estruturao do Projeto S11D. A chegada tambm de bom nmero de empreendedores e empresrios na cidade de certo que contribuiu para ampliar o nmero daqueles que dispem de ensino mdio e superior completos.

    A oferta de diversos cursos tcnicos profissionalizantes, de graduao (presencial e a distncia) alm de opes de ps-graduao, verificado nos ltimos anos, de certo que contriburam sobremaneira para a melhoria do nvel de escolaridade verificada no censo demogrfico de 2010, quando constatou-se que 57% da populao com 10 ou mais anos de idade estavam na condio de baixa escolaridade - sem instruo ou com poucos anos de ensino fundamental.

    Rural 64,07

    Urbano 35,93

    Urbanizao de Cana, em 2000

    Rural 22,42

    Urbano 77,58

    Urbanizao de Cana, em 2010

    Rural 13,48

    Urbano 86,52

    Urbanizao de Cana, em 2014

    Fonte: IBGE SEPLAN/DIEPI/GERES * Elaborao: ONG Extenso Amaznia Fonte: PMCC/SEMSA Elaborao: ONG Extenso Amaznia

    Glossrio Intermedirio

    Razo de Sexos a relao entre a populao masculina e a feminina por 100 e representa o nmero de homens para cada 100 mulheres.

    Taxa de Urbanizao Proporo entre a populao da rea urbana em relao populao total. Razo de Dependncia o resultado da soma da populao jovem de 0 a 15 anos mais a populao idosa de 65 anos e mais de idade, dividido pela populao produtiva de 15 a 64 anos. Ela representa o dimensionamento da fora de trabalho, ou seja, mostra a percentagem da populao dependente em relao populao em idade ativa. ndice de Envelhecimento Expressa o ritmo de envelhecimento verificado anualmente.

    Taxa Geomtrica de Incremento Anual mostra o ritmo de crescimento anual experimentado pela populao num determinado perodo de tempo.

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    TABELA: Populao por Nvel de Escolaridade (anos de estudo) 2010.

    GRAU DE ENSINO FORMAL 2010

    Populao %

    Sem Instruo e Fundamental Incompleto 11.952 57

    Fundamental Completo e Mdio Incompleto 3.887 19

    Ensino Mdio Completo e Superior Incompleto 4.262 20

    Superior Completo 648 3

    No determinados 250 1

    Fonte: IBGE, Censo Demogrfico 2010 * Elaborao: ONG Extenso Amaznia Considerou-Se populao de 10 ou mais anos de idade.

    4.6. Populao Economicamente Ativa e Ocupada 2000/2010.

    TABELA: Indicadores de Populao de 10 ou mais de idade, Economicamente Ativa e Ocupada 2000 / 2010.

    INDICADORES 2000 2010

    Populao Residente de 10 anos ou mais 8.286 21.005

    Populao Economicamente Ativa PEA 4.031 12.370

    Populao Ocupada POC 3.824 11.027

    Taxa de Atividade 48,65 58,89

    Taxa de Desocupao 4,84 6,39

    Fonte: IBGE, Censo Demogrfico 2000 e 2010 * Elaborao: FADESPA/SEPLAN

    4.7. Populao Residente por Classe de Rendimento Nominal Mensal

    2000/2010

    TABELA: Distribuio da POC (Populao Ocupada) por Rendimento Nominal Mensal de Todos os Trabalhos em Salrio Mnimo

    (1) 2000 / 2010.

    CLASSE DE RENDIMENTOS

    2000 2010

    POC % POC %

    TOTAL DA POC 3.824 - 11.027 - At 1 1.016 26,57 3.801 34,47

    Mais de 1 a 2 1.251 32,71 3.333 30,23

    Mais de 2 a 3 323 8,45 1.119 10,15

    Mais de 3 a 5 333 8,71 802 7,27

    Mais de 5 a 10 225 5,88 631 5,72

    Mais de 10 a 20 75 1,96 200 1,81

    Mais de 20 52 1,36 36 0,33

    Sem rendimento(2)

    550 14,38 1.106 10,03

    Fonte: IBGE, Censo Demogrfico 200 e 2010 * Elaborao: FADESPA/SEPLAN (1)

    Salrio Mnimo Utilizado: R$151,00 (2)

    Inclusive as pessoas que receberam somente em benefcio

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    4.8. Populao Ocupada (POC), Categoria no Trabalho e Seo de Atividade Principal.

    TABELA: Distribuio da POC por Posio na Ocupao e a Categoria no Trabalho Principal 2000 / 2010.

    CLASSE DE RENDIMENTOS 2000 2010

    POC % POC %

    TOTAL DA POPULAO OCUPADA - POC 3.824 - 11.026 - Empregados 1.708 44,67 7.467 67,72

    o Com carteira de trabalho assinada (1) 272 15,93 3.852 51,59

    o Militares e funcionrios pblicos estatutrios 336 19,67 739 9,90

    o Outros sem carteira de trabalho assinada (2) 1.100 64,46 2.876 38,52

    Empregadores 30 0,78 199 1,80

    Conta prpria 1.571 41,08 2.355 21,36

    No remunerados em ajuda a membro do domiclio 229 5,99 391 3,55

    Trabalhadores na produo para o prprio consumo 286 7,48 614 5,57

    Fonte: IBGE, Censo Demogrfico 200 e 2010 * Elaborao: FADESPA/SEPLAN (1)

    Inclusive os trabalhadores domsticos (2)

    Inclusive os aprendizes ou estagirios sem remunerao

    TABELA: Pessoas de 10 Anos ou Mais de Idade, Ocupadas, por Seo de Atividade do Trabalho Principal 2000/2010.

    SEO DE ATIVIDADE

    2000 2010

    Populao e 10 anos ou mais

    % Populao de 10

    anos ou mais %

    Agricultura, pecuria, silvicultura, explorao florestal e pesca 2.110 55,18 2.129 19,31

    Indstria extrativa, indstria de Transformao e Distribuio de eletricidade, gs e gua.

    209 5,47 1.429 12,96

    Construo 125 3,27 1.343 12,18

    Comrcio reparao de veculos automotores, objetos pessoais e domsticos.

    383 10,02 1.620 14,69

    Alojamento e alimentao 57 1,49 384 3,48

    Transporte, armazenagem e comunicao. 61 1,60 539 4,89

    Intermediao financeira e atividades imobilirias, alugueis e servios prestados s empresas.

    37 0,97 37 0,34

    Administrao pblica, defesa e seguridade social. 139 3,63 538 4,88

    Educao 297 7,77 551 5,00

    Sade e servios sociais. 62 1,62 226 2,05

    Outros servios coletivos, sociais e pessoais. 64 1,67 290 2,63

    Servios domsticos. 162 4,24 509 4,62

    Organismos internacionais e outras instituies extraterritoriais. - - 0 0,00

    Atividades mal definidas 118 3,09 869 7,88

    Fonte: IBGE, Censo Demogrfico 200 e 2010 * Elaborao: FADESPA/SEPLAN

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    CRESCENDO COM O PAR Economia estadual, regional e local.

    PAR: UM ESTADO DINMICO COM GRANDE POTENCIAL PARA INVESTIMENTOS

    5. A Regio de Carajs

    Quando se fala em Regio de Carajs, tem-se pelo menos duas interpretaes bem distintas e que, se no for bem entendida, tende a criar grandes distores quando da realizao de estudos e anlises nas mais diversas temticas. A primeira interpretao diz respeito ao entendimento mais corriqueiro, utilizada por entes privados, governos municipais locais e at mesmo pela populao em geral. Nele comum considerar que integram essa regio parte dos 39 municpios pertencentes, formalmente, a Mesorregio Sudeste Paraense. Esses municpios esto na rea de influncia da conhecida Provncia Mineral do Carajs, onde esto incrustadas as imensas riquezas minerais em solo paraense. Nos ltimos anos essa interpretao ganhou mais fora a partir do processo emancipatrio de parte do territrio paraense, no qual pretendia-se criar o Estado do Carajs, tambm com 39 municpios, localizados nas conhecidas regies Sul e Sudeste do Par, ou mais formalmente nas microrregies homogneas Marab, Parauapebas, Redeno, So Flix do Xingu, Conceio do Araguaia e Tucuru.

    Na segunda interpretao tem-se o novo conceito criado pelo governo do estado do Par e mais utilizado pelo prprio governo do estado e suas representaes. Trata-se da Regio de Integrao Carajs, a qual, alm de Cana dos Carajs, engloba mais 11 municpios, a saber: Bom Jesus do Tocantins, Brejo Grande do Araguaia, Curionpolis, Eldorado dos Carajs, Marab, Palestina do Par, Parauapebas, Piarra, So Domingos do Araguaia, So Geraldo do Araguaia e So Joo do Araguaia.

    Assim, o estado do Par, composto de 144 municpios, estrategicamente subdividido em 12 regies de integrao, a saber: Araguaia; Baixo Amazonas; Carajs; Guam; Lago de Tucuru; Maraj; Metropolitana; Rio Caet; Rio Capim; Tapajs; Tocantins e Xingu.

    No presente estudo haver momentos em que ao se referir a Regio do Carajs, estar sendo considerado o conjunto de municpios da mesorregio Sudeste Paraense, exceto os municpios da Microrregio Paragominas e incluindo os municpios da Microrregio Conceio do Araguaia. Em outros momentos a referncia se far aos 12 municpios da Regio de Integrao Carajs, assim considerados pelo governo estadual. Para evitar conflitos de entendimentos, todas as vezes que se fizer referncia a RI Carajs, isso ser informado.

    Olhando a Regio de Carajs de modo mais abrangente percebe-se que nela esto alguns dos entes municipais que concentram as maiores riquezas minerais do pas e do mundo, portanto, com imenso potencial de crescimento e desenvolvimento, j que a explorao racional dessas riquezas, na sua maioria, ainda est por acontecer, apesar de j provocar a vinda de grandes contingentes populacionais e de novos negcios para muitos desses municpios, a exemplo de Marab, Parauapebas, Cana dos Carajs, So Flix do Xingu, Ourilndia do Norte e Tucum.

    2

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    Em se tratando formalmente a Regio de Integrao Carajs, tem-se que no conjunto de seus 12 municpios esto 7,81% da populao do estado do Par, totalizando 642.148 habitantes (IBGE, Estimativa 2015), sendo que pouco mais de 80% desse contingente reside em 4 dos 12 municpios dessa regio: Marab, Parauapebas, Cana dos Carajs e Eldorado dos Carajs.

    Essa Regio de Integrao uma das mais promissoras no que concerne a dinmica econmica, sendo responsvel por 25,19% do PIB estadual (IBGE, PIB 2013), perdendo apenas para a RI Metropolitana, a qual concentra 27,66% da riqueza produzida em territrio paraense.

    Glossrio Intermedirio

    Mesorregio se constitui numa subdiviso dos estados brasileiros, congregada por diversos municpios de uma rea geogrfica com similaridades econmicas e sociais. Essa subdiviso foi criada pelo IBGE e utilizada para fins estatsticos, no constituindo, portanto, uma entidade poltica ou administrativa. Oficialmente, as seis mesorregies do Par so: Baixo Amazonas, Maraj, Metropolitana de Belm, Nordeste

    Paraense, Sudeste Paraense e Sudoeste Paraense. Microrregio - de acordo com a Constituio brasileira de 1988, um agrupamento de municpios limtrofes, com a finalidade de integrar a organizao, o planejamento e a execuo de funes pblicas de interesse comum, definidas por lei. O Par dividido oficialmente em vinte e duas microrregies: Almeirim, Altamira, Arari, Belm, Camet, Bragantina, Castanhal, Conceio do Araguaia, Furos de Breves, Guam, Itaituba, Marab, bidos, Paragominas, Parauapebas, Portel, Redeno, Salgado, Santarm, So

    Flix do Xingu, Tom-Au e Tucuru. Regies de Integrao: criadas pelo Decreto Estadual n 1.066 de 19 de junho de 2008 com o objetivo de integrar territrios e dinmicas semelhantes e diminuir as desigualdades regionais. Foram 12 as RIs criadas, dentre as quais a RI Carajs.

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Mesorregi%C3%A3o_do_Baixo_Amazonashttps://pt.wikipedia.org/wiki/Mesorregi%C3%A3o_do_Maraj%C3%B3https://pt.wikipedia.org/wiki/Mesorregi%C3%A3o_Metropolitana_de_Bel%C3%A9mhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Mesorregi%C3%A3o_do_Nordeste_Paraensehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Mesorregi%C3%A3o_do_Nordeste_Paraensehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Mesorregi%C3%A3o_do_Sudeste_Paraensehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Mesorregi%C3%A3o_do_Sudoeste_Paraensehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Microrregi%C3%A3o_de_Almeirimhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Microrregi%C3%A3o_de_Altamirahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Microrregi%C3%A3o_do_Ararihttps://pt.wikipedia.org/wiki/Microrregi%C3%A3o_de_Bel%C3%A9mhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Microrregi%C3%A3o_de_Bragantinahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Microrregi%C3%A3o_de_Castanhalhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Microrregi%C3%A3o_de_Concei%C3%A7%C3%A3o_do_Araguaiahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Microrregi%C3%A3o_de_Furos_de_Breveshttps://pt.wikipedia.org/wiki/Microrregi%C3%A3o_do_Guam%C3%A1https://pt.wikipedia.org/wiki/Microrregi%C3%A3o_de_Itaitubahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Microrregi%C3%A3o_de_Marab%C3%A1https://pt.wikipedia.org/wiki/Microrregi%C3%A3o_de_%C3%93bidoshttps://pt.wikipedia.org/wiki/Microrregi%C3%A3o_de_Santar%C3%A9mhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Microrregi%C3%A3o_de_S%C3%A3o_F%C3%A9lix_do_Xinguhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Microrregi%C3%A3o_de_S%C3%A3o_F%C3%A9lix_do_Xinguhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Microrregi%C3%A3o_de_Tom%C3%A9-A%C3%A7uhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Microrregi%C3%A3o_de_Tucuru%C3%AD
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    6. Perspectivas de Investimentos em Territrio Paraense

    O nmero de investimentos vem evoluindo a cada ano no Par. A publicao Par Investimentos 2015-2020: Oportunidades e Desafios, de autoria da FIEPA Federao das Indstrias do Estado do Par - disponibilizou informaes de investimentos dos grandes projetos em curso ou em previso at o ano de 2020, considerando somente os recursos acima de R$ 30 milhes, resultando assim no montante de mais de R$ 178,2 bilhes em investimentos. Este recurso vem, em grande parte, da iniciativa privada.

    TABELA: Previso de Investimentos no Estado do Par por Regio - 2015/2020.

    REGIO LOCALIZAO NO ESTADO INVESTIMENTO (R$) PERCENTUAL

    Carajs Sul e Sudeste 92,6 bilhes 52,0% Tapajs Oeste 47,7 bilhes 27,0% Xingu Sudoeste 15,1 bilhes 8,0% Metropolitana Nordeste 22,8 bilhes 13,0%

    TOTAL 178,2 bilhes 100,0%

    Fonte: FIEPA Par Investimentos 2015-2010 Elaborao: ONG EXTENSO AMAZONIA

    TABELA: Previso de Investimentos no Estado do Par por Segmento Econmico - 2015/2020.

    SEGMENTO INVESTIMENTO (R$) PERCENTUAL

    Infraestrutura e Logstica 66,7 bilhes 37,4% Energia 55,8 bilhes 31,3% Minerao 49,6 bilhes 27,8% Agronegcio 3,4 bilhes 1,9% Indstria em geral 2,6 bilhes 1,5% Petrleo e Gs 0,08 bilhes 0,04%

    TOTAL 178,2 bilhes 100,0%

    Fonte: FIEPA Par Investimentos 2015-2020 Elaborao: ONG EXTENSO AMAZONIA

    O segmento de Infraestrutura e Logstica lidera a previso de investimentos. Alm de alguns projetos do setor pblico como, por exemplo, a construo dos terminais no porto de Vila do Conde o maior da regio Norte , destaca-se tambm a duplicao da Estrada de Ferro Carajs (EFC) para escoamento da produo do projeto S11D da Vale, em Cana de Carajs.

    Percebe-se que setor de Energia superou pela primeira vez o segmento de Minerao, tido como o mais tradicional do Estado do Par. Isto se deu basicamente por conta dos projetos da UHE de Belo Monte, na regio do Xingu, e a partir do complexo de UHEs do Tapajs, somados ao projeto de outra UHE, que dever ser instalada no municpio de Marab.

    Mesmo assim a Minerao continua se apresentando com bom destaque, sendo o terceiro segmento com maior investimento direcionado previsto at 2020. O mais expressivo deles o projeto S11D, da Vale, considerado o maior projeto de explorao mineral de ferro a cu aberto do mundo.

    A regio de Carajs, no seu sentido mais amplo, vai receber inmeros projetos, sobretudo nas reas mineral e energtica, promovendo investimentos expressivos para os prximos anos, previstos em mais de R$ 90 bilhes. A empresa Vale est entre as principais investidoras no estado, participando ativamente deste novo momento vivenciado pelo Par, com a implantao dos projetos S11D, Serra Leste e Salobo II. No caso da mina S11D, em Cana dos Carajs, alm da estruturao do parque produtivo, est sendo duplicada a Estrada de Ferro Carajs (EFC) para o escoamento da produo gerada na planta. Somada a expectativa de investimentos do projeto S11D (R$ 54,3 bi) aos demais (Serra Leste e Salobo II), o montante de recursos previstos para o Estado, somente a partir da Vale, na ordem de R$

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    60,3 bilhes o que corresponde a 35% do total de R$ 178,2 bilhes que sero injetados em solo paraense nos prximos cinco anos.

    Tambm com cifras significativas em termos de oramento, o Projeto Jacar, da Anglo American, que atuar na explorao de nquel latertico e saproltico, a ser construdo na cidade de So Felix do Xingu, demandar recursos de R$ 9,4 bilhes. Apenas na primeira fase do projeto, foram investidos R$ 23 milhes em pesquisa geolgica e avaliao de reservas minerais, que somam mais de 495 milhes de toneladas desses minrios com teor mdio de nquel de 1,19%.

    No municpio de Rondon do Par, no sudeste do Estado, a Votorantim Metais lanou, em 2013, o projeto Alumina Rondon, que prev a construo de uma refinaria de alumina juntamente com a mina de bauxita. A planta tem previso de iniciar sua operao em 2017, e ter um investimento de R$ 6,7 bilhes. A expectativa que o empreendimento gere 1,6 mil postos de trabalho quando for iniciada a etapa de produo. Na mesma regio, a companhia inglesa Horizonte Minerais realiza um aporte de R$ 1,4 bilho, a partir da mina de nquel de Araguaia, a 25 quilmetros da estrada que liga os municpios de Conceio do Araguaia e Redeno. A mina deve entrar em operao no ano de 2017.

    J em Tucum, a empresa baiana Minerao Caraba investir R$ 305 milhes no projeto Boa Esperana, para implantar uma lavra de beneficiamento de cobre, na qual pretende lavrar cerca de 3,7 milhes de toneladas/ano de minrio de cobre, gerando cerca de 500 empregos.

    O fosfato tambm indutor de projetos estruturantes no Par. A americana MbAC fertilizantes est investindo cerca de R$ 1,2 bilho em Santana do Araguaia, no sudeste do estado, para implantao de uma planta na regio. A expectativa que sejam gerados 700 empregos.

    Em Marab, a SINOBRAS dever aplicar algo em torno de R$ 500 milhes nas obras civis e de montagem industrial da 2 fase da planta, que devem adicionar mais 500 mil toneladas/ano de ao laminado produo atual de 380 mil t/ano, com previso de criao de 700 vagas no mercado formal.

    Outro projeto de expressiva relevncia na regio de Carajs o da Usina Hidreltrica de Marab, orado, inicialmente, na casa de R$ 12 bilhes.

    Ainda em Marab, a Correias Mercrio est investindo cerca de R$ 100 milhes para implantao de sua nova fbrica de correias transportadoras, com gerao de 200 postos de trabalho. A previso de funcionamento para no ano de 2016.

    Outro grande projeto previsto para a regio de Carajs, nos municpios de Cana dos Carajs, Curionpolis e Parauapebas, o subsidiado pela empresa Avanco, por meio da AVB Minerao, que pretende investir um montante de R$ 540 milhes para a lavra de minrios de cobre e de ouro.

  • Diagnstico Socioeconmico do Municpio de Cana dos Carajs - Pgina 35 de 119

    TABELA: Investimentos Previstos para a Regio de Carajs, por Empresa e Municpio - 2015/2020.

    EMPRESA MACRO SETOR MUNCPIO PREVISO DE

    INVESTIMENTOS

    GERAO DE EMPREGO PREVISTA

    Vale S11D (Estrada de Ferro) Infraestrutura e

    Logstica Marab 32,3 bi 12.900

    Vale S11D (Mina) Minerao Cana dos Carajs 22,08 bi 12.000 Hidreltrica de Marab Energia Marab 12 bi 7.000 Anglo American Projeto Jacar Minerao So Felix do Xingu 9,4 bi 3.500 Votorantim Metais Minerao Rondon do Par 6,7 bi 1.600 Vale Salobo II Minerao Marab 4,76 bi 2.900

    Horizonte Minerais Minerao Conceio do

    Araguaia 1,45 bi 860

    Vale Serra Leste Minerao Curionpolis 1,3 bi 600 MbAC Fertilizantes Agronegcio Santana do Araguaia 1,19 bi 700 Avanco Minerao Marab 540 mi 800 Sinobras 2 Fase Indstria em geral Marab 500 mi 700 Minerao Caraba Minerao Tucum 305 mi 500 Correias Mercrio Indstria em geral Marab 100 mi 200

    TOTAL 92,6 BI 44.160

    Fonte: FIEPA Par Investimentos 2015-2020 Elaborao: ONG EXTENSO AMAZNIA

    Somados, os projetos previstos para a regio de Carajs prometem gerar um montante de investimentos na ordem de R$ 92,6 bilhes, bem como, abrir mais de 44 mil postos de trabalho formais diretos, e tendo a expectativa de criar mais de 90 mil oportunidades de trabalhos indiretos, alm de fomentar o empreendedorismo nos municpios envolvidos com os projetos, bem como nas localidades do entorno.

    A situao por que passa o pas no tocante a insegurana poltica e a crise econmica, aliado a reduo do crescimento econmico em alguns pases demandantes de commodities minerais, a exemplo da China, de certo que adiar boa parte dos investimentos previstos regio, porm, parece prudente supor que essas situaes adversas sero passageiras e que, ao retomar o rumo do crescimento, quer em territrio nacional ou fora dele, esses investimentos devero ser reprogramados e quem sabe at urgenciados, o que redundar em novo ciclo de desenvolvimento para o estado do Par, a RI Carajs e de modo muito particular ao municpio de Cana dos Carajs.

    7. Incentivos Fiscais

    Buscando fomentar os diversos setores da economia, incluindo pequenos, mdios e grandes negcios em desenvolvimento, bem como, a atrao de novos investimentos, o Governo do Estado promoveu a prorrogao de incentivos fiscais por mais 15 anos s empresas paraenses. A poltica de incentivos fiscais aprovada na Assembleia Legislativa do Estado do Par, e sancionada pelo governador em agosto de 2015, tem como objetivo mais importante, a verticalizao da economia do estado, diversificando a indstria, assegurando melhor e maior competitividade as mesmas.

    Esse pacote de mudanas atinge as Leis 6.915/06, 6.914/06, 6.913/06, 6.912/06 e 6.489/02, alteradas pelas Leis 8.247/15, 8.246/15, 8.245/15, 8.244/15 e 8.243/15, respectivamente, que dispem sobre o tratamento tributrio aplicvel aos empreendimentos da agroindstria, da indstria pecuria, das indstrias em geral, da indstria pesqueira e a poltica de incentivos ao desenvolvimento socioeconmico do Par. Inovao tecnolgica e sustentabilidade sero levadas em conta no momento de definio do grau de iseno que ser destinado a cada empreendimento.

  • Diagnstico Socioeconmico do Municpio de Cana dos Carajs - Pgina 36 de 119

    Os benefcios destas leis podem ser concedidos nos casos de implantao de novos empreendimentos, modernizao ou diversificao de empreendimentos j instalados e para aquisio de maquinas e equipamentos para implantao ou modernizao do parque industrial dos empreendimentos.

    A Poltica de Incentivos Fiscais do Estado do Par consiste na aplicao de tratamento tributrio (desonerao do ICMS), podendo chegar at 95% de desonerao.

    Como Incentivos Financeiros, destacam-se as seguintes linhas de financiamentos:

    O municpio de Cana dos Carajs at o momento no dispes de polticas de incentivos fiscais a empreendimentos, porm, j estuda estratgias outras, viveis e sustentveis, no intuito de atrair novos negcios e/ou a ampliao daqueles j existentes na sua base territorial. A estruturao e implementao do Distrito Industrial de Cana dos Carajs um dos atrativos que vem sendo discutido pela Prefeitura Municipal em parceria com a Empresa Vale, e que no deve demorar muito para se tornar uma realidade, abrigando empresas que busquem crescer e prosperar junto com esse que vem sendo considerado um dos municpios mais promissores do Par e do Brasil.

    Banco do Estado do Par Banco do Produtor

    O Banco do Produtor um Fundo para o Desenvolvimento Sustentvel da

    Base Produtiva do Estado do Par, administrado pelo Banpar, que financia

    investimentos de empreendimentos econmicos visando a diversificao e a

    transformao da base produtiva paraense, alm de contribuir para a

    gerao de emprego e renda.

    Banco da Amaznia Fundo Constitucional do Norte (FNO)

    O FNO operacionalizado atravs de seis Programas de financiamento.

    Dentro desses programas, existem diversas linhas de crdito adequadas a

    atividade e porte do tomador do crdito. H tambm outras fontes de

    financiamento que o Banco da Amaznia operacionaliza como BNDES, FAT,

    FMM e seus prprios recursos.

    Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e Social (BNDES)

    Principal instrumento do Governo Federal de financiamento de longo prazo para a

    realizao de investimentos em todos os segmentos da economia, o banco possui

    diversos produtos bsicos de credito a longo prazo com regras gerais de condies

    financeiras e procedimentos operacionais de financiamento.

    O BNDES apoia desde grandes empreendimentos a pequenos negcios, com foco em

    investimentos capazes de gerar incluso social, emprego e renda para a populao. Para

    isso, atende empresas de todos os portes em praticamente todos os setores da

    economia, na realizao de seus planos de modernizao, de expanso e na

    concretizao de novos negcios.

  • Diagnstico Socioeconmico do Municpio de Cana dos Carajs - Pgina 37 de 119

    UMA ECONOMIA EM ASCENSO: indicadores socioeconmicos de Cana

    8. O Produto Interno Bruto PIB

    A anlise do Produto Interno Bruto PIB e do Valor Adicionado Bruto VA, estabelece condies bsicas para um bom entendimento da dinmica econmica local.

    O PIB o total dos bens e servios produzidos pelas unidades produtoras residentes sendo, portanto, a soma dos valores adicionados pelos diversos setores acrescida dos impostos, lquidos de subsdios, sobre produtos no includos na valorao da produo. J o PIB per capita o valor total do PIB divido pelo nmero de habitantes de determinado municpio, estado, regio ou pas. O que explica o Par em posio nada privilegiada da regio em relao ao per capita o alto ndice populacional comparado aos outros estados da regio Norte.

    J o Valor Adicionado (VA) o que a atividade acrescenta aos bens e servios consumidos no seu processo produtivo. a contribuio ao Produto Interno Bruto pelas diversas atividades econmicas, obtida pela diferena entre o valor de produo e o consumo intermedirio absorvido por essas atividades.

    8.1. Evoluo do Produto Interno Bruto a Preo de Mercado Corrente 2002 a 2013

    A verificao do PIB ao longo dos anos, conforme identificado em tabelas e grficos a seguir, chama a ateno para a possibilidade de anlises diversas as quais revelam no apenas o histrico econmico do Municpio foco, mas as tendncias que sero importantes para a tomada de deciso de investidores e governantes.

    Uma das muitas anlises possveis leva a constatao de que a partir de 2004 o quadro econmico de Cana sofre alteraes drsticas que permaneceriam ao longo dos prximos anos. Trata-se do fortalecimento do setor Indstria, mais especificamente da explorao mineral. De 2003 a 2004 o setor Indstria tem incremento de quase 1.193%, passando de R$30.367 Mil para R$362.208 Mil do Valor Adicionado Bruto Setorial. O setor Servios tambm apresentou aumento nominal expressivo de 294% no mesmo intervalo de tempo, passando de R$22.574 Mil para R$66.386 Mil.

    So exatamente esses dois setores Indstria e Servios que se mantm em crescimento. Apesar de que, no ano de 2008 o setor Indstria d um enorme salto, chegando a R$1.040.210 Mil, passando a representar 83,47% do PIB Municipal. Porm, no ano seguinte 2009, h uma retrao brusca nesse setor que passa a representar 74% do PIB Municipal, com Valor Adicionado Bruto de R$601.699 Mil. Esse recuo foi reflexo da crise mundial a qual teve seu pice em 2008 e que provocou retrao nas aquisies de commodities minerais no mundo inteiro, particularmente na China, o que trouxe um forte rebate na pauta de exportao do estado do Par, mais precisamente nos municpios fornecedores desses produtos, incluindo Cana dos Carajs.

    J o setor Servios permaneceu em alta ao longo de todos os anos, desde 2002, apresentando timos nveis de crescimento. Entre 2008 e 2009, enquanto o setor Indstria

    VA Bruto + Imposto Lquido de Subsdios = Produto Interno Bruto

  • Diagnstico Socioeconmico do Municpio de Cana dos Carajs - Pgina 38 de 119

    teve retrao de 42,2%, o setor Servios cresceu a taxas de 6,53%, passando a representar 23% do PIB Municipal.

    Ao comparar a srie histrica do PIB compreendida entre os anos de 2002 e 2013, obtm-se dados to interessantes quanto surpreendentes. Em 2002 a soma das riquezas produzidas localmente, representada pelo Produto Interno Bruto a preo de mercado foi de R$43.738 Mil. Passados 12 anos, em 2013, esse valor alcanou cifra de R$3.694.956 Mil, representando incremento nominal percentual de 8.348%. Esse montante financeiro advindo das atividades produtivas empreendidas em Cana dos Carajs corresponde a 3,06% do PIB do estado do Par, o qual, em 2013, foi de R$120.949.000 Mil.

    TABELA: Evoluo do Produto Interno Bruto a Preo de Mercado Corrente 2002 a 2013.

    ANO VALOR ADICIONADO BRUTO A PREO BSICO CORRENTE (R$)

    IMPOSTOS SOBRE PRODUTOS, LIQUIDOS DE SUBSDIOS (R$)

    PRODUTO INTERNO BRUTO A PREO DE MERCADO CORRENTE

    (R$)

    2002 40.302.000,00 3.436.000,00 43.738.000,00

    2003 79.594.000,00 25.307.000,00 104.902.000,00

    2004 454.589.000,00 10.174.000,00 464.763.000,00

    2005 613.768.000,00 8.449.000,00 622.218.000,00

    2006 679.674.000,00 24.424.000,00 704.099.000,00

    2007 637.949.000,00 28.463.000,00 666.412.000,00

    2008 1.246.178.000,00 24.706.000,00 1.270.884.000,00

    2009 731.699.000,00 19.566.000,00 751.265.000,00

    2010 1.534.118.000,00 29.055.000,00 1.563.173.000,00

    2011 2.965.160.000,00 26.943.000,00 2.992.103.000,00

    2012 2.842.215.000,00 120.936.000,00 2.963.151.000,00

    2013 3.539.567.000,00 155.389.000,00 3.694.956.000,00

    Fonte: IBGE SEPLAN / DIEPI / GERES * Elaborao: FADESPA/SEPLAN

    2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

    PIB a pmc 43738 104902 464763 622218 704099 666412 1270884 751265 1563173 2992103 2963151 3694956

    Grfico: Composio do PIB a Preo de Mercado Corrente de 2002 e 2013. (R$ Mil)

    Fonte: IBGE SEPLAN / DIEPI / GERES * Elaborao: ONG EXTENSO AMAZNIA

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    8.2. Participao por Setor Econmico no Valor Adicionado Bruto de Cana dos Carajs 2002 a 2013.

    TABELA: Evoluo do PIB Valor Adicionado Bruto a Preo de Bsico Corrente 2002 a 2013.

    ANO AGROPECURIO (R$) INDSTRIA (R$) SERVIOS (R$) VALOR ADICIONADO BRUTO (R$)

    2002 20.830.000,00 3.793.000,00 15.680.000,00 40.302.000,00

    2003 26.653.000,00 30.367.000,00 22.574.000,00 79.594.000,00

    2004 25.995.000,00 362.208.000,00 66.386.000,00 454.589.000,00

    2005 28.436.000,00 491.946.000,00 93.386.000,00 613.768.000,00

    2006 28.981.000,00 535.645.000,00 115.048.000,00 679.674.000,00

    2007 30.336.000,00 467.584.000,00 140.029.000,00 637.949.000,00

    2008 31.651.000,00 1.040.210.000,00 174.317.000,00 1.246.178.000,00

    2009 27.085.000,00 532.914.000,00 171.700.000,00 731.699.000,00

    2010 32.870.000,00 1.283.595.000,00 217.653.000,00 1.534.118.000,00

    2011 34.398.000,00 2.581.738.000,00 349.024.000,00 2.965.160.000,00

    2012 33.803.000,00 2.283.176.000,00 525.235.000,00 2.842.215.000,00

    2013 37.428.000,00 2.849.402.000,00 652.738.000,00 3.539.568.000,00

    Fonte: IBGE SEPLAN / DIEPI / GERES * Elaborao: FADESPA/SEPLAN

    TABELA: Incremento Porcentual do PIB a Preo Bsico Corrente Por Setor Econmico entre 2002 e 2013

    AGROPECURIA INDSTRIA SERVIOS

    79,7 %

    75.022,6 % 4.062,9 %

    2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

    Agropecuria 20830 26653 25995 28436 28981 30336 31651 27085 32870 34398 33803 37428

    Indstria 3793 30367 362208 491946 535645 467584 1040210 532914 1283595 2581738 2283176 2849402

    Servios 15680 22574 66386 93386 115048 140029 174317 171700 217653 349024 525235 652738

    Grfico: Composio do PIB a Preo Bsico Corrente Por Setor Econmico - 2002 e 2013. (R$ Mil)

    Fonte: IBGE SEPLAN / DIEPI / GERES * Elaborao: ONG EXTENSO AMAZNIA

    Fonte: IBGE SEPLAN / DIEPI / GERES * Elaborao: ONG EXTENSO AMAZNIA

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    TABELA: Participao de Cada Setor da Economia no PIB 2002 / 2005 / 2007 / 2010 / 2012 / 2013 (em%)

    ANO 2002 2005 2007 2010 2012 2013

    AGROPECURIA 51,7 % 4,6 % 4,8 % 2,1 % 1,2 % 1,06

    INDSTRIA 8,3 % 80,2 % 73,2 % 83,7 % 80,3 % 80,50

    SERVIOS 40,0 % 15,2 % 22,0 % 14,2 % 18,5 % 18,44 Fonte: IBGE SEPLAN / DIEPI / GERES * Elaborao: ONG EXTENSO AMAZNIA

    interessante analisar as nuances relacionada participao percentual dos trs setores econmicos de Cana no PIB municipal ao longo de alguns anos da dcada passada, comparando a 2013. Para tal, retrata-se a seguir um conjunto de 5 grficos com a participao setorial do PIB Municipal nos anos 2002, 2005, 2007, 2009 e 2013.

    A anlise leva a constatao daquilo que todos percebem no cotidiano do municpio, ou seja, que o setor rural, apesar de ter seu valor nominal ampliado ao longo dos anos, cedeu muito espao no comparativo com os outros dois setores indstria a servios. Em 2002 a agropecuria era responsvel por 51,7% da riqueza gerada. Em 2013 ela representa pouco mais que 1%. Em contrapartida, o setor indstria que compunha apenas 8,3% da riqueza local, em 2002, j ocupa em 2013 um percentual de 80,5%. Destacando que a indstria j chegou a representar em 2012, 84,7% do PIB municipal.

    Outra anlise que merece destaque trata da variao do percentual de participao desses trs setores na composio do PIB entre os anos de 2012 e 2013. Nesse curto perodo de doze meses o setor de servios apresentou incremento financeiro da ordem de R$127.503 Mil, representando 24,28% de ganho nominal. O setor indstria teve acrscimo percentual praticamente igual, foram 24,8%, o que equivale a R$566.226 Mil a mais. J a agropecuria teve aumento nominal de 10,7% no valor financeiro, visto que em 2012 emplacou valor de R$33.803 Mil e no ano seguinte, R$37.428 Mil. Foram, portanto, R$3.625 Mil a maior.

    Para os dois anos j passados 2014 e 2015, cujos PIBs municipais ainda no foram divulgados, imagina-se que ainda haja oscilao, com maior ou menor relevncia, entre os dois principais setores econmicos de Cana. Contudo, em 2016 ser um ano em que esses indicadores tendero a apresentar mudanas mais bruscas, a partir de algumas transformaes que ocorrero na dinmica de negcios local. Duas questes merecem ser destacadas: 1) A empresa Vale conclui praticamente todas as obras de infraestrutura do projeto S11D, momento em que o mercado (Vale e suas terceirizadas/contratadas) dever dispensar algo em torno de 10 mil trabalhadores; 2) Entra em fase de operao o projeto

    2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

    Servios 15680 22574 66386 93386 115048 140029 174317 171700 217653 349024 525235 652738

    Indstria 3793 30367 362208 491946 535645 467584 1040210 532914 1283595 2581738 2283176 2849402

    Agropecuria 20830 26653 25995 28436 28981 30336 31651 27085 32870 34398 33803 37428

    Grfico: Participao Comparativa por Setor Economico no PIB a Preo Bsico Corrente - 2002 a 2013. (R$Mil)

    Fonte: IBGE SEPLAN / DIEPI / GERES * Elaborao: ONG EXTENSO AMAZNIA

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    S11D, mudando no apenas a base e percentuais de arrecadao dos entes governamentais, quanto o perfil dos empregos que sero mantidos e ampliados para fazer frente a esse novo momento.

    8.3. Evoluo do PIB Per Capita a Preo de Mercado Corrente 2002 a 2013.

    Quando comparado os 144 municpios paraenses, Cana dos Carajs ocupa a 5 colocao no ranking. A sua frente, em ordem decrescente de valor esto a capital Belm (PIB 2013 de R$25.772.207 Mil), seguida dos municpios de Parauapebas (PIB 2013 de R$20.263.415 Mil), Ananindeua (PIB 2013 de R$5.478.768 Mil) e Marab (PIB 2013 de R$5.210.748 Mil).

    Em se tratando do PIB per capta o municpio de Cana passou novamente a dianteira e voltou a ocupar a primeira colocao (PIB 2013), voltando a ocupar esse lugar de destaque como ocorreu nos anos de 2005, 2006 e 2008.

    TABELA: PIB Municipal e PIB Per Capita a Preo de Mercado Corrente e Ranking Estadual 2002 a 2013

    ANO

    PIB MUNICIPAL PIB PER CAPITA

    VALOR (R$) PARTICIPAO RANKING NO

    ESTADO VALOR (R$)

    RANKING NO ESTADO

    2002 43.738.000,00 2,17 8 3.624,00 24

    2003 104.902.000,00 0,17 76 8.380,00 8

    2004 464.763.000,00 0,35 41 35.655,00 2

    2005 622.218.000,00 1,31 12 46.361,00 1

    2006 704.099.000,00 1,59 10 50.764,00 1

    2007 666.412.000,00 1,59 9 28.051,00 2

    2008 1.270.884.000,00 2,17 8 48.628,00 1

    2009 751.265.000,00 1,29 11 27.146,00 3

    2010 1.559.968.000,00 2,00 8 58.367,00 2

    2011 2.992.103.000,00 3,39 6 107.132,00 2

    2012 2.963.151.000,00 2,8 6 101.823,00 2

    2013 3.694.956.000,00 3,1 5 118.954,00 1

    Fonte: IBGE SEPLAN/DIEPI/GERES * Elaborao: FADESPA/SEPLAN * Reordenamento: ONG EXTENSO AMAZONIA

    TABELA: PIB dos 10 Primeiros Municpios Paraenses Colocados no Ranking, Populao Estimada e PIB Per Capita a Preo de Mercado Corrente 2013

    MUNICPIO

    PIB MUNICIPAL

    POPULAO (1)

    PIB PER CAPITA (R$1) VALOR (R$1.000)

    PARTICIPAO (%)

    RANKING NO ESTADO

    ESTADO DO PAR 120.948.905 100 - 7.969.660 15.176,18

    Belm (capital) 25.772.207 21,3 1 1.425.921 18.074,07

    Parauapebas 20.263.415 16,8 2 176.582 114.753,57

    Ananindeua 5.478.768 4,5 3 493.983 11.091,16

    Marab 5.210.748 4,3 4 251.885 20.687,01

    Cana dos Carajs 3.694.956 3,1 5 31.062 118.954,21

    Tucuru 3.618.756 3,0 6 103.620 34.923,67

    Santarm 3.332.539 2,8 7 288.481 11.552,78

    Altamira 3.067.323 2,5 8 105.106 29.183,14

    Barcarena 2.932.266 2,4 9 109.975 26.663,02

    Castanhal 2.747.753 2,3 10 183.919 14.940,18

    Fonte: IBGE e FAPESPA * Elaborao: ONG EXTENSO AMAZONIA (1)

    Populao Estimada.