Diagnosticos em psicologia lpcc 2

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Diagnósticos em Diagnósticos em Psicologia Psicologia Rui Pedro Martins Justino Dias Rui Pedro Martins Justino Dias Liga portuguesa contra o Cancro Liga portuguesa contra o Cancro

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Percurso de desenvolvimento dos diagnosticos clinicos em psicologia

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Diagnósticos em Diagnósticos em PsicologiaPsicologia

Rui Pedro Martins Justino DiasRui Pedro Martins Justino Dias

Liga portuguesa contra o CancroLiga portuguesa contra o Cancro

Tem origem numa base Indoeuropéia Tem origem numa base Indoeuropéia gn-gn-, que gerou, em Grego, gnosis, “conhecimento” e , que gerou, em Grego, gnosis, “conhecimento” e derivados. Gnóme significava “razão, entendimento”. Mais tarde o termo foi associado a derivados. Gnóme significava “razão, entendimento”. Mais tarde o termo foi associado a entidades espirituais ligadas ao conhecimento, daí o nome dos gnomos, seres que andavam entidades espirituais ligadas ao conhecimento, daí o nome dos gnomos, seres que andavam pela floresta perturbando quem passava. pela floresta perturbando quem passava.

Dessa mesma palavra temos o derivado diagnóstico, de dia = “através” e gignósko = Dessa mesma palavra temos o derivado diagnóstico, de dia = “através” e gignósko = “conhecer, saber”.“conhecer, saber”. Na pratica clinica, onde o termo assumiu o seu expoente máximo, faz referencia ao Na pratica clinica, onde o termo assumiu o seu expoente máximo, faz referencia ao processo de descoberta de uma patologia, as suas causas, evolução e respectivo prognóstico processo de descoberta de uma patologia, as suas causas, evolução e respectivo prognóstico (outro derivado de “Gnome”) após avaliar os sinais e sintomas.(outro derivado de “Gnome”) após avaliar os sinais e sintomas.

DiagnósticoDiagnóstico

Enquadramento historico...Enquadramento historico...

- Grécia Antiga -

Hipócrates (460 – 370 a.C.),Hipócrates (460 – 370 a.C.), denominado “pai da medicina”, susteve que as denominado “pai da medicina”, susteve que as doenças surgiam em consequência de um desequilíbrio ao nível dos humores doenças surgiam em consequência de um desequilíbrio ao nível dos humores essenciais, teoria humoral, primeira sistematização ou conceito racional das essenciais, teoria humoral, primeira sistematização ou conceito racional das perturbações mentais.perturbações mentais.

Platão (427 – 347 a.C.)Platão (427 – 347 a.C.) dividiu a alma em 2 partes: racional (imortal, divina, dividiu a alma em 2 partes: racional (imortal, divina, localizada no cérebro) e irracional (mortal, fonte de prazer e dor, localizada no localizada no cérebro) e irracional (mortal, fonte de prazer e dor, localizada no restante do corpo). A loucura apareceria quando a alma irracional escapava a restante do corpo). A loucura apareceria quando a alma irracional escapava a influência da alma racional ou quando uma alteração divina da alma produzia influência da alma racional ou quando uma alteração divina da alma produzia condutas inspiradoras ou divinascondutas inspiradoras ou divinas

Enquadramento HistoricoEnquadramento Historico

Aristóteles (384 – 322 a. C.) Aristóteles (384 – 322 a. C.) Discípulo de Platão, Aristóteles atribuiu a Discípulo de Platão, Aristóteles atribuiu a origem das doenças mentais, a alterações na temperatura da bílis negra e às origem das doenças mentais, a alterações na temperatura da bílis negra e às emoções.emoções.

- Roma

Os romanos seguiram a filosofia grega, estóica e epicura (primado do Os romanos seguiram a filosofia grega, estóica e epicura (primado do

prazer) que postulava que as paixões e desejos insatisfeitos actuam sobre a prazer) que postulava que as paixões e desejos insatisfeitos actuam sobre a

alma produzindo doenças mentais.alma produzindo doenças mentais.Os romanos definiram, na lei, os estados Os romanos definiram, na lei, os estados

patológicos mentais, atribuindo-lhes um estatuto próprio, sem grau de patológicos mentais, atribuindo-lhes um estatuto próprio, sem grau de

culpabilidade civil.culpabilidade civil.

Enquadramento HistoricoEnquadramento Historico

-

- Idade média e renascimento –- Idade média e renascimento –

Marcam um retrocesso. A doença mental é considerada consequência de possessão Marcam um retrocesso. A doença mental é considerada consequência de possessão

demoníaca / feitiçaria. O “tratamento” prescrito: sangrias, tortura e a fogueira…demoníaca / feitiçaria. O “tratamento” prescrito: sangrias, tortura e a fogueira…-

Séc. XVIII -Séc. XVIII -

Embora já não lhes coubesse em sorte, a fogueira, os doentes mentais vagueavam Embora já não lhes coubesse em sorte, a fogueira, os doentes mentais vagueavam

pelas ruas sendo alvo de todo tipo de humilhações. Nos asilos eram internados pelas ruas sendo alvo de todo tipo de humilhações. Nos asilos eram internados

conjuntamente com indigentes, prostitutas, idosos, homossexuais e doentes crónicos. conjuntamente com indigentes, prostitutas, idosos, homossexuais e doentes crónicos.

Viviam em condições deploráveis (isolamento, obscuridade, malvadez dos guardas, Viviam em condições deploráveis (isolamento, obscuridade, malvadez dos guardas,

comida estragada, agrilhoamentos…)comida estragada, agrilhoamentos…)

Enquadramento HistoricoEnquadramento Historico

El Bedlam (Londres), Salpêtriére e Bicêtre (Paris) (asilos psiquiatricos) El Bedlam (Londres), Salpêtriére e Bicêtre (Paris) (asilos psiquiatricos)

convertiam-se em espectáculo dominical (com direito a bilhete pago) para convertiam-se em espectáculo dominical (com direito a bilhete pago) para

observação dos residentes, doentes mentais, pela população da cidade.observação dos residentes, doentes mentais, pela população da cidade.

Por volta do Sec. XVIII / XIV com a época do iluminismo veio uma nova era, Por volta do Sec. XVIII / XIV com a época do iluminismo veio uma nova era, iluminada pela razão, a ciência e o respeito à humanidade, o que se fez sentir iluminada pela razão, a ciência e o respeito à humanidade, o que se fez sentir directamente também na ciencia Psicológica, Psicopatologica, Nosográfica e nos directamente também na ciencia Psicológica, Psicopatologica, Nosográfica e nos tipos de tratamento e forma de lidar com os doentes mentais por parte da sociedade.tipos de tratamento e forma de lidar com os doentes mentais por parte da sociedade.

Surgem algumas figuras que sao importantes pelos seus contributos... Surgem algumas figuras que sao importantes pelos seus contributos...

Enquadramento HistoricoEnquadramento Historico

Phillipe Pinnel (1745 – 1826) veio alterar essa realidade e dar Phillipe Pinnel (1745 – 1826) veio alterar essa realidade e dar inicio a revolução na saude mental. Médico e escritor com inicio a revolução na saude mental. Médico e escritor com

estatuto de destaque tanto a nivel social como tecnico – estatuto de destaque tanto a nivel social como tecnico – cientifico defendia uma abordagem mais humana. cientifico defendia uma abordagem mais humana.

Benedict-Augustin Morel (1809 – 1873) 1º a utilizar o termoenedict-Augustin Morel (1809 – 1873) 1º a utilizar o termodemencia precoce mais tarde desenvolvido e a conceber que se verificam demencia precoce mais tarde desenvolvido e a conceber que se verificam causas de varia ordem para a degeneração mentalcausas de varia ordem para a degeneração mental

Figuras importantes em PsicopatologiaFiguras importantes em Psicopatologia

Emil Kraepelin (1856 – 1926) “pai” da Psiquiatria Moderna e daEmil Kraepelin (1856 – 1926) “pai” da Psiquiatria Moderna e daClassificação nosografica actualClassificação nosografica actual

Bleuler (1857-1939) cunhou o termo Esquizofrenia que significaBleuler (1857-1939) cunhou o termo Esquizofrenia que significaCisão da mente (mente dividida)Cisão da mente (mente dividida)

Figuras importantes em PsicopatologiaFiguras importantes em Psicopatologia

Ernst Kretschemer (1888 – 1964) A associação de tipos Ernst Kretschemer (1888 – 1964) A associação de tipos constitucionais e traços de personalidade.constitucionais e traços de personalidade.Diagnostico diferencial entre Esquizofrenia e Psicose Maniaco-Diagnostico diferencial entre Esquizofrenia e Psicose Maniaco-Depressiva.Depressiva.

Figuras importantes em PsicopatologiaFiguras importantes em Psicopatologia

Karl Jaspers, Existencialista cunhou o termo: Filosofia da existencia.Karl Jaspers, Existencialista cunhou o termo: Filosofia da existencia.Enfoque fenomenologico, independente da corrente de entao.Enfoque fenomenologico, independente da corrente de entao.

Figuras importantes em Psicopatologia

Kurt Scheneider (1887 – 1907) Esquizofrenia : Sintomas de Primeira Ordem Schneiderianos = Sintomas Positivos.Elaborou a primeira entrevista estruturada que foi amplamente utilizada, a Present State Examination (PSE), que foi usada no International Pilot Study of Schizophrenia (IPSS), patrocinado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Compilou contributos de Jasper e de Kraeplin

Christian Scharfetter define a pulsão como uma tendência para a satisfação de determinadas necessidades primárias, isto é, inatas,

esta presente uma certa normalização da psicopatologia.

Sigismund Schlomo Freud (1856 – 1939) – Principal contributo e determinante para o advento da ciencia psicologica foi a introduçao dos processos inconscientes como tendo lugar de destaque no comportamento e elaborou a hipótese de que a causa da doença era psicológica apos de sucesso em promover a cura através do verbo. Fundador da Psicanalise e do conceito (actualmente meta-teoria) de Psicodinamica.

Figuras importantes em Psicopatologia

Inicio da Nosologia ModernaInicio da Nosologia Moderna

- Freud e estabelecimento da Psicanalise

- A.P.A. enquanto instituição reguladora e movimento homógeneo Psiquiatrico validando a profissão

-Criação do Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM) pela American Psychiatric Association (APA), em 1952, expressão máxima de uma sistematização das diversas classificações das Perturbações mentais ( listadas 106 Pert. Mentais)

-1968 DSM-II, contém 182 desordens mentais

Insatisfação dos psiquiatras norte-americanos:Insatisfação dos psiquiatras norte-americanos:

-- Devido à ausência de categorias nosológicas psiquiatricas (agrupamentos de Devido à ausência de categorias nosológicas psiquiatricas (agrupamentos de sintomas e características psicopatologicas) adequadas à realidade clínica que se sintomas e características psicopatologicas) adequadas à realidade clínica que se apresentava no quotidiano dos meios clinicosapresentava no quotidiano dos meios clinicos

- Distanciamento da Medicina tradicional- Distanciamento da Medicina tradicional

- Fidelidade Extrema ao modelo Psicanalitico- Fidelidade Extrema ao modelo Psicanalitico

- Oposiçao da classe médica à inclusao da categoria nosografica de: - Oposiçao da classe médica à inclusao da categoria nosografica de: HomosexualismoHomosexualismo

- Consequente e progressivamente maior procura pela cientificidade psiquiatrica - Consequente e progressivamente maior procura pela cientificidade psiquiatrica e pelo estatuto tecnico- cientifico e social potenciado pela psicofarmacologiae pelo estatuto tecnico- cientifico e social potenciado pela psicofarmacologia

- A etiologia psicossocial era uma questão central que estava a ser negligenciada.- A etiologia psicossocial era uma questão central que estava a ser negligenciada.

- Emerge o modelo Biopsicossocial- Emerge o modelo Biopsicossocial

- Psicologia Cognitiva- Psicologia Cognitiva

- 1977 - “Task Force” para reforma do DSM- 1977 - “Task Force” para reforma do DSM

- DSM-III foi publicado em 1980, com 265 categorias diagnósticas, introduziu o - DSM-III foi publicado em 1980, com 265 categorias diagnósticas, introduziu o termo perturbação mental em substituição ao termo doença mental.termo perturbação mental em substituição ao termo doença mental.

Revolução na saúde mentalRevolução na saúde mental

- Adopção de critérios descritivos, sintomas observáveis, - Adopção de critérios descritivos, sintomas observáveis, independencia de modelos teóricosindependencia de modelos teóricos - A nosografia psicopatologica toma a direcção e os contornos actuais- A nosografia psicopatologica toma a direcção e os contornos actuais

- Em 1987 O DSM-III-R (versão revisada) é publicado e vem com - Em 1987 O DSM-III-R (versão revisada) é publicado e vem com novas definições para categorias já propostas e sugere a inclusão de novas definições para categorias já propostas e sugere a inclusão de algumas categorias em estudo. algumas categorias em estudo.

- Em 1994, a APA publicou a versão atual do DSM- Em 1994, a APA publicou a versão atual do DSM

- Revisão da mesma publicada em 2000- Revisão da mesma publicada em 2000

Revolução no sistema de classificação Revolução no sistema de classificação

DSM DSM IVIV - TR - TR —— Classifica Classificaçção Multiaxialão Multiaxial (5 eixos)(5 eixos)

Eixo 1 Eixo 1 —— Perturbações clínicas Perturbações clínicasEixo 2 Eixo 2 —— Perturbações da Personalidade Perturbações da Personalidade Deficiencia mentalDeficiencia mentalEixo 3Eixo 3—— Estado Fisico geral Estado Fisico geralEixo 4Eixo 4—— Problemas Psicossociais e ambientais Problemas Psicossociais e ambientaisEixo 5Eixo 5—— Avalia Avaliaçção Global do Funcionamentoão Global do Funcionamento

((Para alPara aléém do diagnm do diagnóóstico nos 5 eixos, acrescenta-se ainda o stico nos 5 eixos, acrescenta-se ainda o grau de gravidadegrau de gravidade do mesmo: fraco, moderado, grave, remissão parcial, remissão total assim como do mesmo: fraco, moderado, grave, remissão parcial, remissão total assim como especificadores de caracteristicas que sejam clinicamente relevantesespecificadores de caracteristicas que sejam clinicamente relevantes).).

DiagnósticoDiagnóstico

-Análise do problema -Análise do problema

-Decisão investigativa -Decisão investigativa

-Decisão final/ indicação-Decisão final/ indicação

-Avaliação das decisões tomadas e reflexão do(s) realizador(es) a respeito da -Avaliação das decisões tomadas e reflexão do(s) realizador(es) a respeito da

experiência ganha.experiência ganha.

Método diagnósticoMétodo diagnóstico

História Clínica: - Anamnese (pessoal, Familiar, profissional)História Clínica: - Anamnese (pessoal, Familiar, profissional) - Exame de estado mental e fisico- Exame de estado mental e fisico

Pretende-se a formulação de:Pretende-se a formulação de:

Diagnóstico nosológicoDiagnóstico nosológicoDiagnostico de PersonalidadeDiagnostico de PersonalidadeDiagnostico etiopatogénico/ definição da Perturbação de modo descritivo Diagnostico etiopatogénico/ definição da Perturbação de modo descritivo classificativo de acordo com o sistema DSM-IV-TR e CID-10classificativo de acordo com o sistema DSM-IV-TR e CID-10

Método diagnósticoMétodo diagnóstico

A descrição fenomenológica emprega o mínimo de interpretação.A descrição fenomenológica emprega o mínimo de interpretação.

Compete à Psicopatologia, Psiquiatria, Neurologia, etc..Compete à Psicopatologia, Psiquiatria, Neurologia, etc..

- coordenar a sua acção curativa e preventiva;- coordenar a sua acção curativa e preventiva;

- compreender a origem, relação funcional e evolução provável dos - compreender a origem, relação funcional e evolução provável dos

fenómenos psíquicos.fenómenos psíquicos.

Normal: deriva do latim “norma”, significa regra, “linha de orientação” e pressupõe Normal: deriva do latim “norma”, significa regra, “linha de orientação” e pressupõe

um comportamento de acordo com o que é esperado de um individuo.um comportamento de acordo com o que é esperado de um individuo.

Anormal: remete para um comportamento que se desvia da norma num Anormal: remete para um comportamento que se desvia da norma num

determinado grupo.determinado grupo.

Patológico: remete para a dimensão subjectiva e individual do sofrimento Patológico: remete para a dimensão subjectiva e individual do sofrimento

psicológico, que se manifesta na experiência, no discurso e na relação com os psicológico, que se manifesta na experiência, no discurso e na relação com os

outros, no prejuizo funcional, incapacidade para o desenvolvimento dito normal.outros, no prejuizo funcional, incapacidade para o desenvolvimento dito normal.

3 Conceitos básicos:3 Conceitos básicos:

- Experiência de sofrimento- Experiência de sofrimento

- Comportamento desadaptado- Comportamento desadaptado

- Dificuldade nas relações interpessoais- Dificuldade nas relações interpessoais

- Crise familiar- Crise familiar

- Alteração da adaptação profissional- Alteração da adaptação profissional

- Dificuldades da adaptação social- Dificuldades da adaptação social

Comportamento PatológicoComportamento Patológico

-- Limitação do desenvolvimento existencial Limitação do desenvolvimento existencial

- Pedido de ajuda - Pedido de ajuda

Uma das dificuldades com que a psicopatologia se defronta é a de que o resultado da observação pode variar em função do modelo teórico do observador. Assim, o médico procura descrever

sintomas, o comportamentalista regista as condutas desadaptadas, o psicanalista procura os conteúdos latentes, o fenomenologista visa a descrição da experiência e a compreensão das

vivências…

Ex: segundo a perspectiva: ComportamentalA psicopatologia é uma perturbação dos processos de

Aprendizagem Cognitivista A psicopatologia é uma perturbação do processamento da

InformaçãoPsicanalítica A psicopatologia é a expressão dum conflito interno inconsciente.

Comunicacional A psicopatologia é uma perturbação da comunicação interpessoal

num determinado grupo, a família. Neurofisiológica A psicopatologia é uma perturbação do funcionamento cerebral”

Comportamento PatológicoComportamento Patológico

Perturbação mental ( DSM IV-TR) Perturbação mental ( DSM IV-TR) )

“ “um síndrome ou padrão comportamentais ou psicológicos clinicamente um síndrome ou padrão comportamentais ou psicológicos clinicamente

significativos que ocorrem num sujeito e que estão associados com ansiedade significativos que ocorrem num sujeito e que estão associados com ansiedade

actual (por exemplo, um sintoma doloroso) ou incapacidadeactual (por exemplo, um sintoma doloroso) ou incapacidade

( numa ou mais áreas importantes do funcionamento) ou com um risco ( numa ou mais áreas importantes do funcionamento) ou com um risco

significativamente aumentado de sofrer, morte, dor, incapacidade ou uma perda significativamente aumentado de sofrer, morte, dor, incapacidade ou uma perda

importante de liberdade.importante de liberdade.

Criticas ao sistema de diagnostico em saude mentalCriticas ao sistema de diagnostico em saude mental

- Desumanizar o doente e estigmatiza-lo atraves do rotulo social que um - Desumanizar o doente e estigmatiza-lo atraves do rotulo social que um

diagnostico acarretadiagnostico acarreta

- Relevância dos sintomas – que consistem numa superfície aparente dos - Relevância dos sintomas – que consistem numa superfície aparente dos

mecanismos profundos e remotosmecanismos profundos e remotos

- Sistema de classificação que faz distinções categoricamente pouco precisas - Sistema de classificação que faz distinções categoricamente pouco precisas

entre o normal e o patológicoentre o normal e o patológico

Criticas ao sistema de diagnostico em saude mentalCriticas ao sistema de diagnostico em saude mental

- Classificação dimensional mais util que a categorica actualmente em uso- Classificação dimensional mais util que a categorica actualmente em uso

- Critérios diagnósticos puramente baseados em sintomas falham em adequar a - Critérios diagnósticos puramente baseados em sintomas falham em adequar a situação ao contexto em que a pessoa está inserida situação ao contexto em que a pessoa está inserida

- Contexto político do DSM - Contexto político do DSM

- Exclusão de pedofilia, Perturbação de identidade de gênero e fetiches - Exclusão de pedofilia, Perturbação de identidade de gênero e fetiches travestis no DSM, como diagnósticostravestis no DSM, como diagnósticos

Tendencia FuturaTendencia Futura

DSM V, Alterações futurasDSM V, Alterações futuras

Nomenclatura, Neurociência e GenéticaNomenclatura, Neurociência e Genética

Perturbações de Personalidade e relacionaisPerturbações de Personalidade e relacionais

Deficiencias mentais e prejuizos funcionaisDeficiencias mentais e prejuizos funcionais

Questões InterculturaisQuestões Interculturais

Questoes sexuaisQuestoes sexuais

Questões na abordagem à população geriatricaQuestões na abordagem à população geriatrica

P. Mentais na infancia e na juventudeP. Mentais na infancia e na juventude

DSM – V (Estrutura proposta)DSM – V (Estrutura proposta)

P. NeurodesenvolvimentaisP. Neurodesenvolvimentais

P. Espectro esquizofrenico e outras P. PsicoticasP. Espectro esquizofrenico e outras P. Psicoticas

P. Bipolar e P. RelacionadasP. Bipolar e P. Relacionadas

P. DepressivasP. Depressivas

P. AnsiosasP. Ansiosas

P. Obsessivas compulsivas e P. RelacionadasP. Obsessivas compulsivas e P. Relacionadas

P. Relacionadas com Trauma e Obj. StressoresP. Relacionadas com Trauma e Obj. Stressores

P. DissociativasP. Dissociativas

P. sintomatologia somáticaP. sintomatologia somática

P. alimentares (feeding and eating)P. alimentares (feeding and eating)

P. EliminaçãoP. Eliminação

P. relacionadas com o sono e estado de vigiliaP. relacionadas com o sono e estado de vigilia

P. SexuaisP. Sexuais

Disforia de generoDisforia de genero

P. Disruptivas de controle de impulsos e de condutaP. Disruptivas de controle de impulsos e de conduta

DSM – V (Estrutura proposta)DSM – V (Estrutura proposta)

P. de abuso e uso de substanciasP. de abuso e uso de substancias

P. NeurocognitivasP. Neurocognitivas

P. PersonalidadeP. Personalidade

P. ParafilicasP. Parafilicas

Outras perturbaçõesOutras perturbações

DSM – V (Estrutura proposta)DSM – V (Estrutura proposta)

A realidade manda que se diga – clara e vigorosamente – que não pode haver clínica nem A realidade manda que se diga – clara e vigorosamente – que não pode haver clínica nem

terapêutica sem descrição objectivante e rigorosa do que acontece aqui e agora: os sintomas, as terapêutica sem descrição objectivante e rigorosa do que acontece aqui e agora: os sintomas, as

atitudes, os comportamentos, os actos, etc, do que acontece no passado: a formação da atitudes, os comportamentos, os actos, etc, do que acontece no passado: a formação da

personalidade e os eventos ocorridos; do que aconteceu com o sofrimento e dificuldades do personalidade e os eventos ocorridos; do que aconteceu com o sofrimento e dificuldades do

doente: a incidência da doença e sua evolução actual; e sem se apurarem pelas técnicas doente: a incidência da doença e sua evolução actual; e sem se apurarem pelas técnicas

biológicas, psicológicas e sociais adequadas, os factores condicionantes da génese, biológicas, psicológicas e sociais adequadas, os factores condicionantes da génese,

desenvolvimento e evolução da enfermidade. O diagnóstico, a nosologia, só é obstáculo à desenvolvimento e evolução da enfermidade. O diagnóstico, a nosologia, só é obstáculo à

compreensão da pessoa doente quando era pensada como um labéu de segregação.O compreensão da pessoa doente quando era pensada como um labéu de segregação.O

diagnóstico é uma ordenação por classes e espécies mórbidas de ordem supra-individual, com diagnóstico é uma ordenação por classes e espécies mórbidas de ordem supra-individual, com

latas implicações prognósticas, terapêuticas e sociais. De alguma forma impede que, numa latas implicações prognósticas, terapêuticas e sociais. De alguma forma impede que, numa

segunda fase, se passe à consideração muito mais individualizada do homem doente que nos segunda fase, se passe à consideração muito mais individualizada do homem doente que nos

procurou para o tratarmos. Numa frase: depois de sabermos do que sofre, procuraremos cuidar procurou para o tratarmos. Numa frase: depois de sabermos do que sofre, procuraremos cuidar

também de quem sofre e comotambém de quem sofre e como sofre”. sofre”.

ReflexãoReflexão