DIAGNÓSTICO DO TURISMO MUNICIPAL FARROUPILHA · 4 1 APRESENTAÇÃO A Secretaria Municipal de...

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DIAGNÓSTICO DO TURISMO MUNICIPAL FARROUPILHA Tur. Fernando Bonamigo Tecchio Farroupilha, 24 de Agosto de 2009

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DIAGNÓSTICO DO TURISMO MUNICIPAL

FARROUPILHA

Tur. Fernando Bonamigo Tecchio

Farroupilha, 24 de Agosto de 2009

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Sumário

1  APRESENTAÇÃO .......................................................................... 4 2  PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO DIAGNÓSTICO ................... 5 

2.1  Definição de Turismo ............................................................... 5 2.2  Objetivos Esperados com o Turismo ....................................... 5 2.3  Atrativo Turístico ...................................................................... 7 2.4  Produto Turístico ...................................................................... 7 2.5  Definição de Oferta Turística .................................................... 7 2.6  Definição de Demanda Turística .............................................. 8 2.7  Atores do Processo de Desenvolvimento do Turismo .............. 8 2.8  Articulação: pesquisa de identificação das problemáticas ....... 8 2.9  Incentivos: Plano Municipal de Desenvolvimento Turístico ...... 9 

3  PANORAMA GERAL DO TURISMO NO MUNICÍPIO .................. 11 3.1  Diagnóstico do Turismo Local ................................................ 11 3.2  Oferta Turística Local ............................................................. 12 

3.2.1  Eventos ............................................................................. 12 3.2.2  Roteiros e Locais de Visitação .......................................... 15 3.2.3  Comércio Voltado ao Visitante .......................................... 16 3.2.4  Oferta de Hospedagem ..................................................... 17 3.2.5  Oferta de Alimentação ....................................................... 18 

3.3  Demanda Turística Local ....................................................... 19 3.3.1  Fluxo Excursionista ........................................................... 20 

3.4  Atuação Pública no Turismo .................................................. 21 3.4.1  Proteção ao Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural ....... 21 3.4.2  Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental ... 21 3.4.3  Monumento Nossa Senhora de Caravaggio ..................... 22 3.4.4  Desenvolvimento Institucional ........................................... 22 

4  PROGNÓSTICO ........................................................................... 24 4.1  Apontamento 01 ..................................................................... 25 

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4.2  Apontamento 02 ..................................................................... 26 4.3  Apontamento 03 ..................................................................... 27 4.4  Apontamento 04 ..................................................................... 29 4.5  Apontamento 05 ..................................................................... 30 

4.5.1  FENAKIWI ......................................................................... 31 

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1 APRESENTAÇÃO

A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo, leva a Vosso conhecimento o Diagnóstico do Turismo no município de Farroupilha, com o objetivo de subsidiar a tomada de decisão com a participação integrada do Setor Público, Privado e da Comunidade.

O trabalho aqui fundamentado é recente, dado o pressuposto de que os dados apresentados são recentes e que não há, sistematizado, um banco de dados relativo à atividade turística no município. As informações técnicas produzidas a partir deste momento pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo serão inseridas em um processo de qualificação continuada a fim de disponibilizar uma melhor compreensão das características territoriais e sociais do desenvolvimento da atividade turística em Farroupilha.

Neste sentido, retrata-se no diagnóstico a realidade do Município de Farroupilha, não servindo de base para a construção do mesmo, as experiências acertadas ou erradas de outros destinos turísticos. Portanto o foco do presente trabalho está nas particularidades das características que predominam no espaço territorial compreendendo os limites físicos e políticos do Município de Farroupilha.

Objetiva-se que a partir dos dados aqui apresentados possam ser estabelecidas diretrizes que irão colocar Farroupilha, no menor espaço de tempo possível, no cenário nacional enquanto destino turístico e que o mesmo documento sirva de base para a criação de uma agenda de ações pautada na presente realidade e com a compreensão dos papéis atribuídos ao Setor Público, Iniciativa Privada e Comunidade no processo de desenvolvimento do Turismo.

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2 PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO DIAGNÓSTICO

Para fins da produção deste documento os seguintes elementos foram tomados como base antecedentes ao diagnóstico: a definição de turismo, atrativo turístico X produto turístico, definição de oferta turística, definição de demanda turística, atores do processo de desenvolvimento turístico, articulação e incentivos.

2.1 Definição de Turismo

Conforme trata a Lei Geral do Turismo, base legal da atividade no Brasil em seu Artigo 2º:

Artigo 2º: Para fins desta lei, considera-se turismo as atividades realizadas por pessoas físicas durante viagens e estadas em lugares diferentes de seu entorno habitual, por um período inferior a 1 (um) ano, com finalidade de lazer, negócios ou outras.

Parágrafo único. As viagens e estadas de que trata o caput deste artigo devem gerar movimentação econômica, trabalho, emprego, renda e receitas públicas, constituindo-se instrumento de desenvolvimento humano e social, promoção e diversidade cultural e preservação da biodiversidade.

2.2 Objetivos Esperados com o Turismo

Ao que referem-se os objetivos esperados com o desenvolvimento do turismo, o presente diagnóstico também faz uso da Lei Geral do Turismo, em seu Artigo 5º, com adaptações para a escala municipal.

I - democratizar e propiciar o acesso ao turismo no município de Farroupilha e a todos os segmentos populacionais, contribuindo para a elevação do bem-estar e da qualidade de vida geral da população;

II - reduzir as disparidades sociais e econômicas de ordem regional, promovendo a inclusão social pelo crescimento da oferta de trabalho e melhor distribuição de renda;

III - ampliar os fluxos turísticos, a permanência e o gasto médio dos turistas nacionais e estrangeiros no município, mediante a promoção e o apoio ao desenvolvimento do produto turístico farroupilhense;

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IV - estimular a criação, a consolidação e a difusão do produto turístico farroupilhense, com vistas em atrair turistas nacionais e estrangeiros;

V - propiciar o suporte a programas estratégicos de captação e apoio à realização de feiras e exposições de negócios, viagens de incentivo, congressos e eventos nacionais e internacionais;

VI - promover, descentralizar e regionalizar o turismo, estimulando Distritos e comunidades além de organizar, em seus territórios, as atividades turísticas de forma a obter sustentabilidade, inclusive entre si, com o envolvimento e a efetiva participação nos benefícios advindos da atividade econômica;

VII - estimular, criar e implantar empreendimentos destinados às atividades de expressão cultural, de animação turística, entretenimento e lazer e de outros atrativos com capacidade de retenção e prolongamento do tempo de permanência dos turistas no município;

VIII - propiciar a prática de turismo sustentável nas áreas naturais, promovendo a atividade como veículo de educação e interpretação ambiental e incentivando a adoção de condutas e práticas de mínimo impacto compatíveis com a conservação do meio ambiente natural e cultural das comunidades;

IX - preservar a identidade cultural das comunidades e populações tradicionais afetadas pela atividade turística além de prevenir e combater as atividades turísticas relacionadas aos abusos de natureza sexual e outras que afetem a dignidade humana, respeitadas as competências dos diversos órgãos governamentais envolvidos;

X - desenvolver, ordenar e promover os diversos segmentos turísticos;

XI - implementar o inventário do patrimônio turístico municipal, atualizando-o regularmente;

XII - estabelecer a correta compreensão do desenvolvimento turístico, de forma a adotar princípios e condutas condizentes com a realidade das áreas urbanas e rurais, respeitando o papel assumido pelo setor público, privado e comunidade, estabelecendo padrões e normas de qualidade, eficiência e segurança na prestação de serviços por parte dos operadores, empreendimentos e equipamentos turísticos;

XII - aumentar e diversificar linhas de financiamentos para empreendimentos turísticos e para o desenvolvimento das pequenas e microempresas do setor pelos bancos e agências de desenvolvimento oficiais;

XIV - promover a formação, o aperfeiçoamento, a qualificação e a capacitação de recursos humanos para a área do turismo, bem como a implementação de políticas que viabilizem a colocação profissional no mercado de trabalho propiciando a competitividade do setor por meio da melhoria da qualidade, eficiência e segurança na prestação dos serviços, da busca da originalidade e do aumento da produtividade dos agentes públicos e empreendedores turísticos privados;

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XV - promover a integração do setor privado como agente complementar de financiamento em infra-estrutura e serviços públicos necessários ao desenvolvimento turístico;

XVI - implementar a produção, a sistematização e o intercâmbio de dados estatísticos e informações relativas às atividades e aos empreendimentos turísticos instalados no município, integrando as universidades e os institutos de pesquisa públicos e privados na análise desses dados, na busca da melhoria da qualidade e credibilidade dos relatórios estatísticos sobre o setor turístico brasileiro.

2.3 Atrativo Turístico

O atrativo turístico é um dos componentes da oferta turística. Compreende ao diferencial que provoca o deslocamento do visitante até o ponto desejado por motivos diversos (curiosidade, compras, espiritualidade, etc.) e é dividido em três classificações: atrativos naturais, atrativos culturais e atrativos artificiais. O atrativo turístico, para fins de composição deste documento será tratado como oferta original e diferenciada.

2.4 Produto Turístico

É costumeiro ocorrer confusões entre o que é um atrativo turístico e um produto turístico. Pode-se afirmar que nem todo atrativo turístico é um produto e o inverso também é verdadeiro. Contudo torna-se importante destacar que o produto turístico é a soma do atrativo turístico com serviços agregados, a exemplo de transportes, intermediações de serviços, agencias de viagens e operadoras turísticas, equipamentos receptivos, de alojamento hoteleiro, extra-hoteleiro e complementares de recreação, alimentação e promoção.

Com um pequeno aprofundamento podemos destacar ainda que o produto turístico ou bens produzidos necessite ter elementos de informações tais como preço, promoção e distribuição.

2.5 Definição de Oferta Turística

Oferta turística corresponde ao mix de serviços e bens, equipamentos e instalações, postos a disposição dos visitantes. Para que a combinação destes fatores, infra-estrutura somado ao conjunto de facilidades turísticas ocorram é preciso que exista uma demanda real ou potencial, com as pessoas realizando atos de consumo chamados atividades turísticas.

Atrativos Turísticos

Facilidades Turísticas

Produto Turístico + =

Produto Turístico + Comercialização = Atividade

Turística

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2.6 Definição de Demanda Turística

A demanda turística caracteriza-se pela procura de pessoas pelo conjunto/mix ofertado pelo destino turístico e efetiva-se, enquanto demanda real, quando ocorre o consumo deste conjunto formado basicamente pelos serviços e bens disponíveis, tais como: hotel, restaurante e transporte.

2.7 Atores do Processo de Desenvolvimento do Turismo

A diversificação e interdisciplinariedade que compõem a atividade turística no município fazem com que se obtenha um número elevado de atores. Estes, por sua vez, interferem diretamente na produção e comercialização do destino turístico. Para tanto adotaremos três classificações para obter uma sistematização dos trabalhos e o equilíbrio na participação dos mesmos:

Setor Público: conforme estabelecido na constituição federal, esta dividida em três níveis administrativos, com especial destaque para a atuação da Prefeitura Municipal. Tem por atribuição principal ordenar a atividade turística no município de Farroupilha buscando sua integração ao desenvolvimento global.

Setor Empresarial: composto por prestadores de serviços diretos e indiretos ao visitante e tem por função principal a operação dos serviços de atendimento ao visitante.

Comunidade: composto por entidades representativas de grupos comunitários que tem por principal atribuição facilitar, fiscalizar e restringir as praticas turísticas desejadas.

Além destes atores, considerados a base principal para o desenvolvimento local do turismo, caracteriza-se a seguir outros dois atores para o qual se trabalha com esta base. São eles:

Turistas: visitantes temporários que permanecem pelo menos vinte e quatro horas no destino visitado, cuja finalidade de viagem pode ser classificada como um dos seguintes tópicos: lazer (recreação, férias, saúde, estudo, religião e esporte), negócios, família e eventos programados.

Excursionistas: visitantes temporários que permaneçam menos de 24 horas no destino preterido.

2.8 Articulação: pesquisa de identificação das problemáticas

Estabelecida a linguagem padrão a ser adotada para compreensão do diagnóstico, e definido o instrumento de coleta de dados, procedeu-se a imediata aplicação do formulário para composição do texto final. O projeto desempenhado recebeu o nome de cadastro de turismo e coletou informações como: dados de localização e propriedade, qualificação de mão de obra, número de colaboradores, sócios, capacidade simultânea de atendimento, fluxo de visitantes, número de unidades habitacionais e oferta de transporte local.

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Os entrevistados ainda fizeram uma breve descrição de seus empreendimentos e deram suas opiniões quanto ao que está faltando ou que pode ser melhorado para o desenvolvimento do turismo. Estes dados irão indicar a situação atual do turismo no município de Farroupilha, bem como traçar uma representação gráfica do desenvolvimento do setor a partir do ano 2000.

Foram cadastradas, propriedades com atrativos naturais (cascatas, cachoeiras, cavernas, especial beleza natural, especial produção agrícola etc.); empresas abertas a visitação e apresentação de seus processos produtivos (varejo instalado junto a empresas, malharias, etc.); propriedades rurais que desejam receber turistas (pomares de kiwi e demais propriedades produtivas); meios de hospedagens (hotéis, pousadas, pensões, hospedarias, etc.); serviços de alimentação (restaurantes, bares, lanchonetes, cafeterias e similares); agenciamento (agencias de viagens emissivas e receptivas); empresas de transporte de passageiros; espaços de lazer e entretenimento (concessionárias de parques públicos, pesque e pague, campings etc.); serviços e equipamentos de apoio (associações, guias, postos de combustíveis 24hs, mecânicas 24hs, serviços de plantão, etc.) centros de compras e similares (centros de compras, shoppings, cooperativas etc.).

Paralelamente a este processo de identificação de problemáticas realizou-se o estudo da legislação municipal em vigor, com vistas a diagnosticar necessidades de legislação específica que ampare o setor e proporcione segurança de investimento. A Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo também estimulou a realização de reuniões, promovidas com o COMTUR – Conselho Municipal de Turismo. Como resultado deste processo, registra-se que a partir do contato freqüente dos participantes das reuniões e na discussão dos problemas enfrentados, se identifica o início de um processo de articulação do setor, em especial junto a iniciativa privada por meio do COMTUR.

2.9 Incentivos: Plano Municipal de Desenvolvimento Turístico

Alem de articular e estimular os atores envolvidos no processo de desenvolvimento do turismo farroupilhense é de responsabilidade da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo incentivar o desenvolvimento da atividade, mediante a identificação, divulgação e criação de oportunidades para empreendedores locais. Para honrar com este papel, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo, pretende após a apresentação deste diagnóstico colocar em prática a construção do PLANO MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO, o qual estabelecerá programas específicos de incentivo ao turismo.

O PLANO MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO será um documento desenvolvido juntamente com o COMTUR (Conselho Municipal de Turismo) e envolverá entidades, empresas e a comunidade em um ciclo de discussões para elaboração de uma agenda pública de tarefas, atribuindo metas e responsáveis para desenvolvimento das ações propostas.

As ações estarão contempladas na forma de programas por agrupamento de segmentação ex.: todas as ações relativas a obras estarão

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contempladas dentro do programa de infra-estrutura, as criações de material gráfico no programa de divulgação entre outros programas. Os programas específicos possibilitarão aos atores envolvidos no processo, compreender efetivamente as oportunidades e desafios de cada um dos segmentos de turismo com potencial de desenvolvimento no município, assim como as diferentes alternativas de viabilização da implantação de novos empreendimentos para atendimento aos visitantes.

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3 PANORAMA GERAL DO TURISMO NO MUNICÍPIO

É recente o interesse do município de Farroupilha pela atividade turística. De forma ampla e geral as ações voltadas para o setor foram sempre escassas e pontuais, focadas no comercial e desligadas da cultura e das experiências (vivencias), preceitos básicos para a sustentabilidade de um destino turístico. Esta escassez e pontualidade se deram tanto por parte da Gestão Pública quanto pela Iniciativa Privada.

Neste sentido o desenvolvimento do turismo local foi de forma lenta e desordenada, com planos estratégicos falhos e com baixo envolvimento da comunidade. O resultante destas ações foram o descrédito dos investidores turísticos locais para com a comunidade e a ausência do setor público com este segmento econômico.

3.1 Diagnóstico do Turismo Local

No momento, é possível afirmar que Farroupilha possui um fluxo de visitante consolidado nas vias paralelas a RS 122 e RSC 453, ambas principais vias de acesso do município e sede dos centros de pronta entrega, e, no Santuário de Nossa Senhora de Caravaggio, representado pelo segmento de compras e religioso respectivamente. Entretanto a inexistência de controle destes fluxos evidencia a necessidade de implantação de instrumento de gestão, ferramenta esta indispensável para geração de indicadores de desempenho da atividade e em especial obter o controle através de números estatísticos.

Na área central do município os reflexos da atividade são insignificantes e tem despertado pouco interesse de investidores em realizar implantação de empreendimentos turísticos. Com o foco comercial voltado para a malha e atender as necessidades dos munícipes, o fluxo limita-se ao deslocamento de lojistas aos atacados das Malharias e a permanência de representantes comerciais nos hotéis. A implantação de instrumentos de controle também é uma carência, o que impossibilita uma avaliação precisa de crescimento, estagnação ou declínio da atividade.

Por sua vez, a área rural do município tem apresentado novos produtos turísticos que tem captado um pequeno, mas crescente fluxo de visitantes, a exemplo do roteiro intermunicipal do Vale Trentino. A tabela 1 referencia as características do território urbano e rural fazendo uma avaliação igualitária com o principal produto vendido por agencias de viagens.

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Área Urbana Central Área Rural Malhas e Caravaggio Fluxo Turístico Não

Identificado; Carente de infra Estrutura

e Serviços; Produto desconhecido

pelo mercado; Grande potencial para

crescimento e diversificação da oferta.

Fluxo Turístico emergente;

Carente de infra Estrutura e Serviços;

Produto desconhecido pelo mercado;

Grande potencial para crescimento e diversificação da oferta.

Fluxo Turístico consolidado e emergente;

Infra Estrutura e Serviços já implantados;

Produto conhecido pelo mercado;

Tendência de crescimento da demanda

Grande potencial para diversificação da oferta.

Tabela 1- Resumo comparativo entre o fluxo de visitantes na Área Urbana, Rural, Malhas e Caravaggio.

3.2 Oferta Turística Local

O município de Farroupilha desenvolveu sua oferta turística sob alguns fatores que a influenciaram nos últimos anos: eventos, novos roteiros e locais de visitação, oferta de serviço de alimentação, comércio voltado para o turismo e oferta de serviços de hospedagem. A seguir são apresentadas as informações mais relevantes sobre cada um destes tópicos.

3.2.1 Eventos

A composição de eventos oficiais do município é dada por 42 Leis e 4 Decretos municipais que criam, alteram, incluem, instituem e dão outras providencias a 92 datas ou semanas comemorativas:

Eventos Oficiais Lei nº Institui a Semana da conscientização a doação de órgãos; Inclui a Semana da Conscientização a Doação de Órgãos; Institui o Certificado de Responsabilidade Social; Inclui o dia dos Catadores de Materiais Recicláveis; Institui o dia dos Catadores de Materiais Recicláveis; Inclui o Carnaval do Clube Santa Rita; Inclui volta Ciclística Nossa senhora de Caravaggio; Cria Título Mérito Esportivo do Ano; Inclui ETFAR – TECNOFEIRA; Institui e inclui a Semana Municipal de Portadores de

Deficiência e a Taça Unidos do Tae Kwon Do; Institui e inclui Semana da Solidariedade e Amor ao Próximo; Inclui a celebração da Paixão e Morte de Cristo; Inclui Semana Municipal do estudante e da Convivência

Escolar; Inclui o dia do Agricultor e do Motorista de Farroupilha; Inclui o dia Farroupilhense da Bíblia Cristã; Inclui o Festival de Verão Clube Santa Rita; Inclui Sul Brasileiro de Kart, Campeonato Brasileiro de Kart,

Copa Brasil de Kart; Inclui Grenal dos Universitários Inclui Missa da Consciência Negra Inclui Clube de Mães

3.428/09 3.473/09 3.413/08 3.373/08 3.372/08 3.363/08 3.362/08 3.353/08 3.298/07 3.289/07

3.277/07 3.252/07 3.200/06

3.183/06 3.182/06 3.098/06 3.086/05

3.083/05 2.951/05 2.861/04

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Inclui a Rústica ACORF Semana Municipal da Família Inclui

o Dia da Solidariedade; o Semana do Idoso; o Campanha do Agasalho; o Semana da Pessoa Portadora de Deficiência; o Semana do Combate às Drogas; o Dia da Criança; o Dia “D” da Dengue; o Congresso Nacional de Educação; o Mostra Municipal das Ciências; o Feira do Peixe; o Jantar “Noite do Peixe”; o Encontro Municipal de Viticultores; o Exposição de Carros Antigos; o Show Viva FM no Aniversário do Município; o Rainha da Indústria e Comércio; o Encontro Regional de Motoqueiros Cachorro Loko; o Semana Farroupilhense de Promoção e Proteção

ao Meio Ambiente; o Dia Comemorativo da Imigração Italiana; o Semana da Ética Profissional; o Rodeio Farroupilha; o Dia da Mulher Farroupilhense; o Certificado Agricultor Destaque do Ano;

Inclui Encontro de Apicultores da Região Serrana; Inclui Torneio Ângelo Venzon Neto / Antonio Minella; Inclui Dia da Bíblia; Inclui Feira de Flores e Árvores; Inclui Festa Nacional do Kiwi; Inclui Festival Internacional do Folclore de Farroupilha; Inclui Natal Farroupilha; Inclui Escolha da Rainha de Associação de Bairros; Inclui Semana da Pátria; Inclui Torneio de Futebol de Salão dos Empregados dos

Estabelecimentos Bancários de Farroupilha; Inclui Gincana Spaço FM; Carnaval Municipal de Rua; Inclui

o Festa Nossa Senhora de Caravaggio; o FEGART – Festival Gaúcho de Arte e Tradição; o Semana Farroupilha; o Semana do Município; o Exposição de Terneiras e Novilhas; o Exposição Regional de Leite B; o Festa Campeira; o Concurso de Contos Crônicas e Poesias; o Concurso de Danças; o Projeto na Ponta do Lápis; o Campeonato Municipal de Veteranos de Futebol de

Salão; o Campeonato Municipal de Veteranos de Futebol de

Salão – Categoria Inferiores; o Campeonato Regional de Escolinhas de Futebol de

2.815/03 2.776/03

2.704/02

2.562/00 2.543/00 2.519/99 2.500/99 2.431/98 2.408/98 2.360/97 2.230/95 2.224/95 2.146/94

1.988/92 1.894/92

1.800/90

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Salão – Categoria Inferiores; o Campeonato Municipal de Voleybol; o Campeonato Municipal de Tênis; o Campeonato Municipal Primeira Divisão de Futebol

de Salão; o Campeonato Municipal Segunda Divisão de Futebol

de Salão; o Campeonato Verão de Futebol de Salão – Primeira

Divisão; o Campeonato Municipal de Bocha Ponto; o Campeonato Municipal de Jogos da Primavera –

Categoria Inferiores; o Campeonato Municipal de Bolão; o Jogos Escolares Municipais; o Corrida Rústica Semana da Pátria; o Corrida Rústica Semana do Município; o Campeonato Municipal Amador de futebol de

Campo; o Campeonato Municipal Dupla de Voleybol; o Campeonato Municipal de Ping-Pong; o Campeonato Municipal, Estadual e Nacional de

Pesca; o Feira Dei Fiori – Círculo Cultural Ítalo Brasiliano de

Farroupilha; o Competição Municipal e Estadual de Tiro ao Prato –

Clube Farroupilhense de Caça e Pesca; o Campeonato regional de Motocross; o Campeonato Gaúclo de Motocross; o Enduro da Curva Reta;

1.800/90

Tabela 2 Calendário de Eventos Oficiais do Município de Farroupilha e respectivas Leis.

Decreto Nº Altera Decreto 2.644/93 e estabelece que a Rainha do ENTRAI

será também a Rainha da Fenakiwi; Dispõe sobre o título de soberana de Farroupilha; Dispõe sobre o título de Rainha e Princesas do ENTRAI; Dispõe sobre o título de Soberana de Farroupilha;

3.115/96

3.604/02 4.257/06 4.486/07

Tabela 3 Decretos com influência sobre os eventos municipais.

Esta oferta constituída oficialmente e descrita nos quadros anteriores possuem a tipologia conforme gráfico a seguir:

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Figura 1 Tipologia das ações constantes no calendário de eventos oficiais de Farroupilha

Os eventos caracterizam-se como importante fonte de renda e estímulo a geração de negócios a longo prazo. Neste caso para os participantes efetivos dos eventos, como expositores e patrocinadores. Para a comunidade local, representa emprego e renda temporários bem como aumento da ocupação hoteleira e incremento de receita para restaurantes e comércio local.

Ao setor público os eventos caracterizam importantes geradores de impostos, bem como, a contabilização de ações de divulgação e valorização da cultura e da identidade local.

Neste sentido, caracterizam-se como geradores de fluxo turístico em Farroupilha os eventos FENAKIWI, promovido através de parceria entre setor público e privado, ENTRAI, promovido pelo setor público, as etapas do Sul Brasileiro, Campeonato Brasileiro e Copa Brasil de KART e Campeonatos de Motocross.

Evidenciou-se, durante a pesquisa de campo a fragilidade relativa a controle do fluxo de visitantes nos eventos. De forma geral os gestores do mesmos, têm pouco conhecimento relativo ao perfil do visitante bem como dos índices de satisfação. Estes controles tornam-se imprescindíveis para justificar os investimentos, públicos ou privados, em itens como divulgação, segurança, atendimento entre outros.

Com a inexistência destes dados torna-se mais difícil a tomada de decisões acertadas em épocas de crise, de redução de fluxo ou redução de faturamento.

3.2.2 Roteiros e Locais de Visitação

Roteiros são representados pelo conjunto de atrativos, serviços e equipamentos que compõem um circuito temático a disposição do cliente e permanentemente aberto para visitação, sob agendamento ou espontânea.

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Embora esta não seja a realidade dos roteiros municipais da região, destacamos a abertura do roteiro intermunicipal do Vale Trentino em 2004, a retomada de visitação ao roteiro Caminhos para o Salto Ventoso e a restauração da Igreja Matriz, ambos em 2008, e a revitalização do Parque Santa Rita em 2003. Cabe aqui destacar que estes são produtos já formatados e em condições de visitação.

Com relação a outros locais de visitação, tomamos por base os pontos divulgados no principal folder do município, desenvolvido pela prefeitura em parceria com o Atuaserra, e que apresentam deficiências de infraestrutura, inviabilizando a visitação turística, podemos citar:

Locais de visitação Situação atual (necessidades) Parque dos Pinheiros

Salto Ventoso

Parque Centenário da

Imigração Italiana

Carece de instalações sanitárias adequadas, segurança, sinalização e informações diversas sobre o local, trilhas e elementos de interação homem X meio-ambiente.

Carece de Infraestrutura e serviços mínimos

básicos para preservação e viabilização da atividade turística no local.

Em completo estado de abandono o local não pode

ser considerado ponto de visitação. Tabela 4 - Locais de visitação com necessidade de intervenção emergencial

3.2.3 Comércio Voltado ao Visitante

Considerando a característica dos Centros de Compras voltados ao atacado e ao varejo, destacamos o aumento da oferta disponibilizada especialmente em 2008 e 2009 com a criação de dois novos Centros de Compras – Figura 1. Esta configuração coloca o Município de Farroupilha como uma das principais referencias comerciais da produção de malhas no país.

Destacamos ainda a ampliação da oferta no entorno do Santuário de Nossa Senhora de Caravaggio com a instalação de um Varejo de Produtos coloniais, contando ainda com completa infraestrutura de hospedagem e serviços de alimentação.

Figura 2 - Oferta comercial de Centros de Pronta Entrega (atacado e varejo) para o visitante (2000 à 2009)

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3.2.4 Oferta de Hospedagem

Durante muito tempo o município passou por diversos debates em torno da ampliação da oferta hoteleira. Entre os anos de 2008 e 2009 houve esta ampliação da oferta, porém a expectativa volta-se para a criação de Meios de Hospedagens com espaço para realização de eventos segmentados.

A seguir, figura 2, podemos observar a evolução da oferta hoteleira no município de Farroupilha, a perspectiva da ampliação para o início de 2010 e a geração de empregos diretos – Figura 3.

Figura 3 - Evolução da oferta de Unidades Habitacionais - Farroupilha 1929 à 2009

Figura 4 - Número de empregos gerados na Hotelaria

A hotelaria possui atualmente capacidade total de 797 leitos e a previsão para o início de 2010 é de aumento em 34% desta capacidade.

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3.2.5 Oferta de Alimentação

Ao que se refere a serviços de alimentação direcionados aos visitantes, registra-se um forte crescimento deste tipo de oferta no município, em especial nos últimos 8 anos, conforme Figura 4:

Figura 5 - Capacidade simultânea urbana e rural de serviços de alimentação

Figura 6 - Comparativo da oferta de alimentação da sede e rural

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Figura 7 - Crescimento da oferta nos serviços de alimentação em relação ao ano de 2000

Pelos dados apresentados nas figuras 4, 5 e 6 pode-se constatar que a capacidade simultânea da oferta de alimentação triplicou nos últimos 8 anos. Com este crescimento o município de Farroupilha tem condições de atender simultaneamente um total de 5.153 pessoas. Contudo considerando-se o fato de alguns empreendimentos atenderem somente ao meio dia, outros no período da noite e alguns apenas no final de semana temos uma média dia ocupada menor que a capacidade ofertada como demonstra a figura 7.

Figura 8 - Comparativo de oferta e consumo dos serviços de alimentação no município de Farroupilha.

3.3 Demanda Turística Local

Com ralação a demanda, cabe ressaltar que o fluxo turístico do município de Farroupilha é formado por Excursionistas, ou seja, pessoas que estão de passagem pelo município e que permanecem menos de 24 horas. A participação de turistas, que permanecem além de 24 horas no município, é insignificante se excluirmos a visita a parente e amigos e a permanência de

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representantes comerciais e de assistência técnica para as indústrias. Cabe ressaltar que para fins da composição deste documento considera-se turista o visitante que permaneça por mais de 24 horas no município, utilizando-se da infra-estrutura de restaurantes e hotéis e que sua estada não esteja caracterizada pela remuneração ou fins lucrativos. A única exceção identificada no ano ocorre por ocasião dos eventos ENTRAI, FENAKIWI e Romaria Nossa Senhora De Caravaggio.

3.3.1 Fluxo Excursionista

Fluxo já consolidado no município, o excursionista visita Farroupilha estimulado pela grande oferta de centros de compras e pelos devotos de Nossa Senhora de Caravaggio. Ocorrendo basicamente no eixo das rodovias estaduais ambos se dividem aos mais 3 milhões de visitantes pó ano. A figura 4 representa o fluxo de excursionistas ao Santuário de Nossa Senhora de Caravaggio.

Figura 9 - Fluxo de excursionistas ao Santuário de Nossa Senhora de Caravaggio – 2008

Fonte: Santuário Nossa Senhora de Caravaggio, obtidas em Abril de 2009

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3.4 Atuação Pública no Turismo

No que se refere à atuação pública no turismo pelo município de Farroupilha, percebe-se um pequeno desenvolvimento a partir do ano de 1973, quando da criação da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo.

Quanto às políticas públicas para o turismo, estas demonstraram-se poucas e ineficientes sendo uma realizada em 1999 denominada Seminário de Planejamento Turístico e outra liderada pela iniciativa privada com a participação do setor público denominada “Farroupilha Sempre”, ambas não obtiveram sucesso.

De forma geral e com influência direta sobre o setor podemos destacar as seguintes ações públicas:

3.4.1 Proteção ao Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural

A atuação do Conselho Municipal de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural têm sido pontual. Seus membros reúnem-se sempre que surge uma nova demanda. Mesmo esta não sendo considerada a forma ideal de atuação e não estando de acordo com a Lei 1.827 de 1991 alguns avanços ocorreram desde a sua criação, com destaque para o tombamento do Prédio da Igreja Matriz Sagrado Coração de Jesus e Capela São José.

A Lei 1.826 de 1991, que institui a proteção ao patrimônio histórico, artístico e cultural do município tem em sua redação um merecido destaque, contemplando de forma clara e objetiva o respeito que deve-se obter a partir do tombamento de um bem público ou particular, móvel ou imóvel.

3.4.2 Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental

A prefeitura de Farroupilha desenvolveu em 2008 o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental. Com uma visão futurista e de ordenamento territorial este plano disciplinou as atividades por zoneamentos, destacamos em especial o Artigo 14 e Artigo 15 conforme segue:

Art. 14 são diretrizes da política de turismo:

I. Fomentar o fluxo turístico nos pontos e eventos consolidados; II. Estabelecer política de desenvolvimento integrado do turismo, articulando-

se com municípios da Aglomeração Urbana do Nordeste; III. Aumentar e manter o índice de permanência do turista no município; IV. Aumentar a participação do Município no movimento promovendo e

estimulando a divulgação de eventos e projetos de interesse turístico; V. Sistematizar o levantamento e atualização de dados e informações de

interesse para o desenvolvimento turístico do Município; VI. Garantir a oferta e qualidade na infraestrutura de serviços e informação ao

turista; VII. Desenvolvimento do cooperativismo e associativismo entre as entidades a

fim de obter um turismo satisfatório;

Somam-se a estas diretrizes a incorporação no Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental do Artigo 33: que estabelece como ações estratégicas para os recursos hídricos a despoluição de cursos d água e

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a recuperação de talvegues e matas ciliares e é complementada com a proteção das Barragens do Buratti e da Julieta.

3.4.3 Monumento Nossa Senhora de Caravaggio

O município implantou em 2008 o monumento em honra a Nossa Senhora de Caravaggio. Com este novo elemento a comunidade se fortaleceu enquanto imagem de Caravaggio ligada ao Município de Farroupilha, além de orientar o visitante como uma referencia para entrada da estrada estadual de acesso ao Santuário.

3.4.4 Desenvolvimento Institucional

Ao que refere-se ao desenvolvimento institucional do setor turístico local, destacamos a fragilidade do Órgão Oficial de Turismo, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo. Limitada tanto em estrutura quanto em pessoal, resume seus trabalhos a produção de documentos, materiais de divulgação e apoio a eventos, com participação imperceptível na constituição de políticas públicas voltadas para o Turismo.

Neste contexto, destaca-se a baixa participação da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo no orçamento municipal, embora esta seja a responsável direta pela ampliação da força de investimentos públicos, através de seu dinamismo na atração de novos negócios e na consolidação dos empresários locais. A figura 9 ilustra a participação da Secretaria de Turismo no Orçamento Municipal em 2009.

Figura 10 - Previsão de desembolso orçamentário por núcleo gerador de despesas

Apesar de ter o menor orçamento para realização de suas tarefas, os desembolsos dos recursos se apresentam com equilíbrio nos investimentos para a Indústria, Comercio e Turismo ao longo dos últimos 3 anos, conforme figura 10.

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Figura 11 - Investimentos da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo - 2007, 2008 e 2009

No âmbito da iniciativa privada, destaca-se o apoio e participação das entidades no Conselho Municipal de Turismo. Ressalta-se a ação tomada pelas entidades em prol da defesa de uma marca municipal e da elaboração de um Plano Municipal de Desenvolvimento Turístico.

Outras ação envolvendo o Setor Público (prefeitura), a comunidade (Câmara de Vereadores), instituições de ensino e Setor Privado (entidades organizadas) que merecem destaque: Atração de investimentos em turismo, elaboração e lançamento do livro “Revelando Farroupilha”, sede do aeroporto regional, desenvolvimento do programa “Ampliando a Visita” e “Desperta Farroupilha” e a elaboração de projetos para captação de recursos da União e de patrocinadores, fortalecendo a parceria entre os atores de desenvolvimento turístico.

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4 PROGNÓSTICO

A analise realizada durante as visitas para cadastramento dos empreendimentos turísticos e considerando os aspectos relacionados à acessibilidade, localização, imagem, oferta turística (atrativos, infra-estrutura de apoio, equipamentos e serviços turísticos) demanda turística e gestão do turismo de Farroupilha, permitiu a identificação dos principais problemas estruturais que afetam o desenvolvimento do setor. São eles:

• Turismo concentrado nos centros de compras e Caravaggio, com pouca diversificação da oferta e baixo tempo de permanência;

• Carência em materiais e serviços de apoio ao visitante: Carência na oferta permanente de informações turísticas, alimentação, hospedagem, operação receptiva, site e informativos impressos;

• Concentração das ações voltadas para o turismo na iniciativa privada;

• Pouca interatividade com o Conselho Municipal de Turismo; • Comunidade pouco informada e envolvida na atividade. • Ausência de ações de Planejamento e Gestão do Turismo pelo

setor público, resultando em fragilidade institucional e descontinuidade de ações;

• Pouca oferta de recursos humanos e baixa qualificação profissional no atendimento aos visitantes;

• Falta de uma política comercial eficaz que ofereça produtos turísticos locais integrados;

• Pouca integração com produtos turísticos regionais e baixa cooperação com outros municípios;

• Pouca e ineficiente divulgação do destino e dos empreendimentos turísticos;

• Baixa oferta de eventos com real capacidade de atração de visitantes;

• Falta de financiamento para o setor; • Falta de infra-estrutura urbana, de acesso e de visitação turística,

tais como Sinalização Turística, infra-estrutura básica (banheiros e lixeiras) em atrativos turísticos potenciais;

• Necessidade de qualificação e aprofundamento das ações de planejamento e gestão do turismo;

• Inexistência de proteção dos recursos turísticos locais; • Incorporação de princípios de responsabilidade sócio-ambiental

para o desenvolvimento do turismo;

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• Necessidade de implantação de legislação específica para locais/zonas de interesse turístico;

As identificações destas problemáticas indicam alguns apontamentos/sugestões que contemplem a minimização ou extinção dos impactos provocados por elas, conforme segue:

Apontamento 01: Elaboração do Plano Municipal de Desenvolvimento Turístico de Farroupilha;

Apontamento 02: Ações emergenciais de infraestrutura e divulgação;

Apontamento 03: Adequação de políticas públicas que influenciam diretamente na atividade turística;

Apontamento 04: Orçamento Municipal para o Órgão Oficial de Turismo;

Apontamento 05: Eventos

4.1 Apontamento 01

Com o elenco de desafios formado, o próximo passo sugere a identificação de alternativas que possibilitem o enfrentamento dos problemas citados anteriormente, buscando sua resolução total ou ainda a amenização de seus efeitos. Estas problemáticas complexas requerem uma análise multidisciplinar com visões de diferentes técnicos, críticos e formadores de opinião a fim de criar o PLANO MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO de Farroupilha.

A partir da criação do Plano Municipal de Desenvolvimento Turístico será possível determinar uma agenda de ações de curto, médio e longo prazos seguindo a seguinte dinâmica:

• O que devemos fazer (priorizar ações); • Até quando temos prazo para implantar a ação, projeto ou

programa; • Onde será implantada a ação, projeto ou programa; • Quem será o responsável pela ação, projeto ou programa; • Como será implementada a ação, projeto ou programa (estratégia); • Porque a ação, projeto ou programa será implantado; • Quanto custará para implantar a ação, projeto ou programa. Este documento deverá ser produzido pela Secretaria de

Desenvolvimento Econômico e Turismo, objetivando a transferência de posse de seu conteúdo para a comunidade. Para que isso efetive-se deverá ser organizado um ciclo de reuniões a fim de avaliar, sugerir, questionar, inserir ou subtrair ações contidas no documento esqueleto o qual deverá estar fundamentado da seguinte forma:

• O processo de planejamento é uma etapa essencial nos processos de gestão de destinos turísticos. Ele basicamente compreende um amplo processo de pesquisa, análise dos dados, identificação de

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tendências e construção de cenários para subsidiar a tomada antecipada de decisões com o objetivo de otimizar os resultados conseguidos por uma organização, grupo, comunidade.

• Os documentos resultantes de processos de planejamento podem ser construídos com diferentes intenções, níveis de detalhamento, especificação de objetivos e recursos, abrangência e horizontes temporais. Em linhas gerais os documentos resultantes de um processo de planejamento podem ser classificados em uma das seguintes categorias:

Documentos Características Plano

Programa

Projeto

Desenvolve-se em nível estratégico (global) e tem como função principal traçar as diretrizes gerais para o desenvolvimento das ações, define os princípios e valores que irão nortear o processo de planejamento.

Desenvolve-se em nível tático (setorial), tem como

função principal agrupar atividades afins.

Ocorre em nível operacional abordando um problema ou uma situação específica, descrevendo as ações necessárias para sua otimização ou resolução.

Tabela 5 - Tipos de documentos de planejamento e suas características 

• Com base na classificação anterior, o Plano Municipal de Desenvolvimento Turístico de Farroupilha deve ser entendido como de caráter Estratégico e Global, constituindo-se no instrumento base para o Planejamento e Gestão do Turismo no município e a principal ferramenta para a implantação de uma Política Turística local.

• O processo de definição da Política Turística do município não se extinguirá na aprovação do Plano. Apesar de sua importância como documento referencial, o mesmo somente conseguirá ser bem sucedido ao contar com sua complementação por meio de Programas e Projetos que detalhem suas ações, objetivos e recursos, de forma a possibilitar sua efetiva viabilização.

Vencido o processo de planejamento o documento final é enviado para a Câmara Municipal de Vereadores passando por sua última avaliação e então aprovado ou não pelos representantes da comunidade.

4.2 Apontamento 02

Durante a realização do Cadastro de Turismo, realizado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo, foram entrevistados 82 propriedades turísticas e não turística (com potencial para o turismo) e identificou-se as seguintes necessidades:

• Infraestrutura: é urgente a necessidade de implantação de Sinalização Turística, melhoria de banheiros públicos,

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adequação do mobiliário urbano e infraestrutura mínima para o Salto Ventoso (local 43% e de asfaltamento 17% dos entrevistados). Da mesma forma foram citados adequações de infraestrutura no Parque dos Pinheiros, Parque Santa Rita, sendo urgente a contenção e retirada do assoreamento do lago. Construção de ciclo via para o Santuário de Nossa Senhora de Caravaggio, reestruturação e revitalização do Largo Carlos Fetter com construção de palco e casa da cultura.

• Comunicação: A figura 9 ilustra as principais necessidades apontadas pelos entrevistados.

Figura 12 - Necessidades de comunicação

4.3 Apontamento 03

A investigação realizada para confecção deste documento, evidenciou a necessidade, por parte do setor público, de sistematizar dados para a gestão do turismo, elaboração de informações turísticas e ainda informações básicas para controle e indicadores de desempenho da atividade. Indicadores estes que subsidiem informações para atração de investimentos. Para tanto é apontada a necessidade de um sistema de gestão de informações baseado no cadastro de turismo e alimentado mensalmente.

A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo possui todas as ferramentas e profissionais necessários para, com auxílio de demais técnicos internos da área de desenvolvimento de software, desenvolver e realimentar periodicamente estas informações. Os formulários para coleta dos dados gerais gerenciais estão no anexo 1, anexo 2 e anexo 3.

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No que se refere à legislação, apesar de se ter um Plano Diretor que contempla a atividade turística de forma genérica, faz-se necessário a criação de legislação complementar que estabeleça critérios de desenvolvimento urbano e rural. A utilização da base territorial para viabilizar o desenvolvimento turístico, auxiliará na determinação de áreas e locais de interesse turístico possibilitando a criação de critérios para estabelecimentos turísticos por nível e característica da região de pretensão (uso e ocupação do solo).

Outras leis que necessitam adequações:

Lei Proposição Lei 1.826/91

Lei 1.827/91

Lei 863/05

Lei 818/69

Lei 1800/90

Institui a proteção ao Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural do Município e dá outras providencias; (Necessita adequações)

Cria o Conselho Municipal de Patrimônio Histórico,

Artístico e Cultural e dá outras providências; (Necessita adequações)

Nomeia os membros do Conselho Municipal do

Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural. Deverá obedecer ao disposto na Lei 1.827/91 de renovação de Presidente anual e de membros bianual além dos encontros mensais que não estão acontecendo.

Estabelece o Código de Posturas do Município de

Farroupilha; (Necessita atualizações e formatação em um único documento buscando facilitar seu entendimento, com índice para buscas específicas)

Declara oficiais os eventos promovidos ou

apoiados pelo município. Autoriza o executivo municipal a conceder premiações e dá outras providências; (Necessita atualizações, bem como o estabelecimento de critérios para considerá-lo oficial ou não do município).

Tabela 6 - Leis que influenciam o desenvolvimento do turismo e necessitam adequações.

Cabe ressaltar ainda a fragilidade das informações turísticas disponíveis pelo município para a promoção do turismo (atrativos, equipamentos, eventos e serviços). Torna-se imprescindível discutir com técnicos das áreas de criação e arte gráfica, diagramação, comunicação e marketing, quais as formas de buscar o visitante a partir do foco de cada produto que compõe a oferta turística municipal.

Evidencia-se ainda a restrição dos acessos a sites de informações de produtos turísticos regionais, resultando no mau atendimento ao solicitado pelos visitantes, a exemplo www.mfumaca.com.br, site do principal produto turístico da Serra Gaúcha e um dos mais solicitados para a Secretaria de Turismo de Farroupilha.

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4.4 Apontamento 04

Para definição de uma política consistente de desenvolvimento do turismo, é necessário lei e orçamento. Intrinsecamente, o gestor público desenvolve seu trabalho administrativo pautado na Lei (instrumento que regulamenta a atividade pública) e no Orçamento (volume de recursos financeiros disponíveis para desembolso). Com essas duas situações resolvidas, entra em prática a decisão do que priorizar.

Entretanto, quando não há um equilíbrio entre a Lei e o Orçamento, o trabalho de administrar torna-se ineficiente, ou seja, as decisões do gestor passam a ser tomadas com um menor nível de planejamento e ainda ponderando os ganhos políticos, mesmo que estes não reflitam uma necessidade para a comunidade, ou tão pouco, represente solução para uma problemática do desenvolvimento turístico local. A ação, neste momento, possui menor resultado prático, são os casos de inúmeros municípios que fizeram grandes investimentos em monumentos que pela frieza de sua construção, não permite ao visitante interação homem X objeto. Esta interação é imprescindível para que ocorra o consumo efetivo de uma experiência turística, geradora de emprego, renda, faturamento e impostos.

Os investimentos da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e turismo estão assim compreendidos:

Figura 13 - Despesas da secretaria por setor de trabalho

Neste contexto, o item turismo ostenta R$132.500,00, 15% do Orçamento da Secretaria e 0,13% orçamento Geral do Município. Este recurso está sendo investido na construção da calçada ao longo da rodovia que dá acesso ao Balneário Santa Rita.

Aponta-se, portanto, a necessidade de investimentos mais significativos, e que busquem qualificar a infraestrutura turística direta, divulgar o destino Farroupilha e estimular a capacitação da mão-de-obra voltada para este mercado. O anexo IV sugere os itens a serem contemplados no PPA dos

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próximos 4 anos para o Turismo, incrementando a participação da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo, prevendo um aumento estimado de 0,37% do Orçamento Geral a ser executado até 2012.

 

4.5 Apontamento 05

A análise realizada nos documentos legais do município, apresentam a criação, por força legal, de mais de 70 ações tomadas como eventos. Não obstante, percebe-se uma confusão teórica entre “Calendário Oficial de Eventos” e “Dias Oficiais” de homenagens especiais, este ultimo não requerendo a realização especificamente de evento.

Outra situação evidenciada é a falta de critérios para que o evento seja considerado oficial e passe a compor o calendário de eventos do município, bem como, a falta de critérios para apoio a eventos geradores de fluxo turístico.

O impacto da inexistência de tais critérios facilita, a inclusão de ações no calendário de eventos, através de uma preção política ou comunitária, implicando diretamente no investimento público sem uma análise prévia dos retornos efetivos com a realização de tal ação.

Tomando-se por base o foco deste documento aponta-se a necessidade de se estabelecer critérios para participação da prefeitura em eventos que necessitem de apoio financeiro para sua realização. Segue Sugestão:

1. Buscando melhorar o atendimento às solicitações de apoio financeiro ao setor público para realização de eventos, os interessados deverão atender aos seguintes requisitos:

a) o solicitante deverá apresentar comprovação, através de publicação em jornal local, da realização de pelo menos 1 (uma) edição do evento no município;

b) apresentar cópia autenticada de CNPJ da empresa ou do evento;

c) cópia autenticada de CPF e RG do responsável legal do evento;

d) autorização original do PPCI emitido pelo Corpo de Bombeiros, ou declaração dos mesmos da não necessidade de PPCI;

e) declaração em nome da empresa de que durante a realização do evento uma ambulância acompanhada de equipe médica (médico e enfermeiro), estará presente no local para eventualidades;

f) apresentar pesquisa de perfil de público presente no evento, com as devidas margens de erros;

g) apresentar pesquisa de satisfação do público presente no evento, com as devidas margens de erros;

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h) apresentar volume de recursos necessários para realização do evento, detalhado por área de investimento (promoção, comercialização, aluguel, expectativa de gastos com água e luz), bem como o volume desejado na forma de apoio da prefeitura;

i) Declaração de que não possui menores de 18 anos em seu quadro de funcionários ou nas empresas que por ventura prestem serviços para o evento;

2. Acompanhando a criação destas diretrizes, deve se pensar nos critérios para empréstimo, aluguel ou cedência de espaços públicos para realização dos eventos.

4.5.1 FENAKIWI

O evento FENAKIWI – Festa Nacional do Kiwi e Feira da Industria, Comércio e Serviços de Farroupilha merece um prognóstico específico e aparte, por dois motivos: 1º é a principal festa para promoção da imagem do município e de seus produtos e 2º por possuir um público visitante formado por 70% local.

Os dados a seguir apresentam o comportamento do fluxo de visitantes pagantes no período 2000 - 2008:

Figura 14 Comportamento do fluxo de visitantes do evento FENAKIWI no período 2000 - 2008

Esta curva apresentada na figura acima indica um sinal preocupante à comissão organizadora, visto que nas últimas quatro edições o evento não esboçou esforços de reação. Ao passo que se considerar o fato da gestão ser transferida para a iniciativa privada, o evento recebeu um fluxo constante de público até a edição realizada em 2004, quando do seu pico de público.

A partir de 2005 o evento mudou sua data de realização no calendário passando de Julho (mês das férias escolares e outros eventos em cidades vizinhas), para o mês de Maio, passando a configurar juntamente com as Festividades de Nossa Senhora de Caravaggio ou ainda isoladamente.

Esta nova configuração, porém não foi acompanhada de novas estratégias de captação de público, com parceria junto a agências de viagens de outros estados, promoção direta do evento em pólos emissores ou ainda a definição de público desejado com a nova data.

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Considerando o gráfico de Ciclo de Vida do Produto Turístico do Destino Farroupilha podemos afirmar, que em termos de público visitante, o evento encontra-se em estágio de declínio. A figura a seguir ilustra esta afirmação.

Figura 15 Ciclo de vida do produto turístico FENAKIWI de Farroupilha

Segundo dados fornecidos diretamente pela organização do evento, aproximadamente 70% (dado empírico), dos visitantes do evento são do município de Farroupilha, o que faz da Festa Nacional um evento estadual pela, atração insignificante de visitantes de outros estados brasileiros.

Em contra partida, ouve-se o comentário de que nos últimos anos os expositores têm saído mais satisfeitos com as vendas realizadas. Estes dados também não possuem resultados numéricos conhecidos, uma vez que o evento não controla a entrada de mercadorias. Entretanto algum dado, evidenciando o volume de vendas ao longo dos anos poderia transformar esta curva de visitantes, atualmente em declínio, em uma de vendas e geração de negócios, demonstrando ai que o foco do evento transfere-se de público recebido, para volume de negócios gerados. Este gráfico daria então uma nova caracterização de público e de evento, a qual já acontece, mas que não transmite um posicionamento claramente comercial.

Estas considerações, feitas com relação à FENAKIWI, somente são possíveis por se tratar de um evento que possui alguns dados mínimos que podem gerar um diagnóstico, mesmo que não específico. O fato que merece ser ressaltado volta-se para os eventos que não possibilitam produzir qualquer diagnóstico por falta de dados. Uma nova postura deve ser assumida.

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ANEXO I 

 

Sugestão de pesquisa a ser aplicada em restaurantes

Prezado Cliente

Buscando melhorar continuamente nossos serviços solicitamos a vossa colaboração para preenchimento desta pesquisa. Gratos pela compreensão.

Atendimento 

 (   )   (   )   (   )   (   )   (   ) 

Cardápio 

 (   )   (   )   (   )   (   )   (   ) 

Higiene 

 (   )   (   )   (   )   (   )   (   ) 

Receptividade 

 (   )   (   )   (   )   (   )   (   ) 

Estacionamento 

 (   )   (   )   (   )   (   )   (   ) 

 

Sugestões e comentários: ___________________________________ 

_____________________________________________________________ 

  ______________________________________________________________ 

  

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ANEXO II 

 

Sugestão de pesquisa a ser aplicada em hotéis 

Prezado Cliente Buscando melhorar continuamente nossos serviços solicitamos a vossa 

colaboração para preenchimento desta pesquisa. Gratos pela compreensão.  Atendimento 

 (   )   (   )   (   )   (   )   (   ) Serviços de Quarto (caso tenha solicitado) 

 (   )   (   )   (   )   (   )   (   ) Higiene e Limpeza 

 (   )   (   )   (   )   (   )   (   ) Receptividade 

 (   )   (   )   (   )   (   )   (   ) Estacionamento 

 (   )   (   )   (   )   (   )   (   ) Conforto do quarto 

 (   )   (   )   (   )   (   )   (   ) Privacidade 

 (   )   (   )   (   )   (   )   (   )    Sugestões e comentários: ______________________________ ________________________________________________________ ________________________________________________________ 

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ANEXO III 

 

Controle a ser adotado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo.

Fluxo mensal de visitantes no estabelecimento

Nome do estabelecimento __________________________________

Mês/Ano  2009 conferido  2010 conferido  2011 conferido  2012  conferido 

Janeiro                         

Fevereiro                         

Março                         

Abril                         

Maio                         

Junho                         

Julho                         

Agosto                         

Setembro                         

Outubro                         

Novembro                         

Dezembro                          

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ANEXO IV 

1 – PROGRAMA: Implantação de infraestrutura turística

1.1 Em espaços públicos

1.1.1 Implantação de infraestrutura para atrativo turístico Salto Ventoso Sinalização, lixeiras, bancos e anfiteatro.

Metas físicas:

2010 2011 2012 2013 Total

20.000,00 30.000,00 5.000,00 2.000,00 57.000,00

Tipo de investimento: próprio e em parceria

1.1.2 Implantação de infraestrutura turística no Parque dos Pinheiros

Sinalização, lixeiras, bancos e contenção de trilhas.

Metas físicas:

2010 2011 2012 2013 Total

0.000,00 30.000,00 18.000,00 3.000,00 51.000,00

Tipo de investimento: próprio e em parceria

1.1.3 Elaboração de projeto de infraestrutura turística: Complexo Turístico Carlos Fetter;

Realização de concurso público para criação do projeto do Largo Carlos Fetter contendo (palco, mobiliário urbano específico, casa da cultura, plano de uso público e afins).

Metas físicas:

2010 2011 2012 2013 Total

42.000,00 42.000,00 40.000,00 2.000,00 126.000,00

Tipo de investimento: próprio

1.1.4 Criação e implantação de Mobiliário Urbano - Lixeiras, paradas de ônibus, terminais telefônicos, bancos e outros.

Metas físicas:

2010 2011 2012 2013 Total

60.000,00 30.000,00 25.000,00 0.000,00 115.000,00

Tipo de investimento: próprio e em parceria

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37

1.1.5 Implantação de infraestrutura turística no Parque Santa Rita Sinalização, lixeiras, bancos, trilhas em meio a mata.

Metas físicas:

2010 2011 2012 2013 Total

20.000,00 20.000,00 500,00 500,00 41.000,00

Tipo de investimento: próprio e em parceria

1.1.6 Elaboração de concurso para projeto paisagístico e de infraestrutura turística – Ciclovia e Roteiro de Cicloturismo ao Santuário de Nossa Senhora de Caravaggio

Metas físicas:

2010 2011 2012 2013 Total

0.000,00 40.000,00 23.000,00 0.000,00 63.000,00

Tipo de investimento: próprio e em parceria

1.1.7 Implantação de infraestrutura turística de sinalização

Metas físicas:

2010 2011 2012 2013 Total

160.000,00 50.000,00 30.000,00 30.000,00 270.000,00

Tipo de investimento: próprio

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2 – PROGRAMA: Promoção do Turismo

2.1 Criação e impressão de material gráfico de distribuição gratuita (folder, cartões postais, pastas e outros)

Metas físicas:

2010 2011 2012 2013 Total

10.000,00 10.000,00 10.000,00 10.000,00 40.000,00

Tipo de investimento: próprio e em parceria

2.2 Criação, edição e tiragem de DVD institucional/promocional

Metas físicas:

2010 2011 2012 2013 Total

35.000,00 3.000,00 3.000,00 3.000,00 44.000,00

Tipo de investimento: próprio

2.3 Participação em feiras e eventos (ABAV, Festival de Turismo de Gramado, Salão Gaúcho do Turismo, Salão Brasileiro do Turismo, Festimalhas, Fenavinho, Expobento, Couromodas e outros);

2.3.1 Criação e construção de estande próprio modular

Metas físicas:

2010 2011 2012 2013 Total

50.000,00 50.000,00 50.000,00 50.000,00 200.000,00

Tipo de investimento: próprio e em parceria

2.3.2 Contratação de serviço de transporte e montagem de Estande

Metas físicas:

2010 2011 2012 2013 Total

10.000,00 10.000,00 10.000,00 10.000,00 40.000,00

Tipo de investimento: próprio e em parceria

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2.3.3 Despesas com viagens, alimentação e hospedagem

Metas físicas:

2010 2011 2012 2013 Total

5.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00 20.000,00

Tipo de investimento: próprio e em parceria

2.4 Atração e apoio à realização de eventos geradores de fluxo turístico (Fenakiwi, Natal de Emoções, Nossa Senhora de Caravaggio, Gincana Espaço FM; Radio Viva, Encontro de Carros Antigos, Campeonatos de Kart, Seminários, Fóruns, Exposições, Campeonatos e outros);

Metas físicas:

2010 2011 2012 2013 Total

220.000,00 220.000,00 220.000,00 220.000,00 880.000,00

Tipo de investimento: próprio e em parceria

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40

3. PROGRAMA: Aprimoramento institucional

3.1 Criação do Plano Municipal de Desenvolvimento Turístico (divulgação, audiências públicas e outros)

Metas físicas:

2010 2011 2012 2013 Total

4.000,00 0.000,00 0.000,00 0.000,00 4.000,00 Tipo de investimento: próprio

3.2 Criação de Áreas e Locais de Interesse Turístico (contratação de serviços de Consultoria e Assessoria em Turismo, Cultura e Meio Ambiente)

Metas físicas:

2010 2011 2012 2013 Total

0.000,00 20.000,00 20.000,00 0.000,00 40.000,00

Tipo de investimento: próprio

3.3 Apoio e participação junto ao Fundo Municipal de Turismo

Metas físicas:

2010 2011 2012 2013 Total

2.000,00 2.000,00 4.000,00 4.000,00 12.000,00

Tipo de investimento: próprio e em parceria

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4. PROGRAMA: “Ampliando a Visita” Qualificação de mão-de-obra

4.1 Implantação do programa “Ampliando a Visita” (divulgação)

Metas físicas:

2010 2011 2012 2013 Total

2.000,00 0.000,00 0.000,00 0.000,00 2.000,00 Tipo de investimento: próprio e em parceria

4.1.1 Criação da Cartilha do Programa “Ampliando a visita, cuidamos da nossa gente”

2010 2011 2012 2013 Total

25.000,00 0.000,00 0.000,00 0.000,00 25.000,00

Tipo de investimento: próprio e em parceria

4.1.2 Estímulo à qualificação da Mão-de-obra específica turística (garçons, camareiras, guias, recepcionistas, cozinheiras)

Metas físicas:

2010 2011 2012 2013 Total

3.000,00 5.000,00 3.000,00 3.000,00 14.000,00

Tipo de investimento: próprio e em parceria

4.1.3 Estímulo à qualificação da Mão-de-obra de apoio turística (atendimento ao munícipe e visitante – frentistas, balconistas, taxistas, policiais, funcionários da zona azul e outros)

Metas físicas:

2010 2011 2012 2013 Total

3.000,00 5.000,00 3.000,00 3.000,00 14.000,00

Tipo de investimento: próprio e em parceria

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5. PROGRAMA: “Desperta Farroupilha” estímulo ao aproveitamento das oportunidades geradas a partir da atividade turística:

5.1 Criação da Marca “Farroupilha - Berço da Imigração Italiana”

Metas físicas:

2010 2011 2012 2013 Total

30.000,00 0.000,00 0.000,00 0.000,00 30.000,00

Tipo de investimento: próprio

5.2 Estímulo a criação e ampliação de empreendimentos turísticos, geradores de emprego e renda;

Metas físicas:

2010 2011 2012 2013 Total

0.000,00 60.000,00 60.000,00 60.000,00 180.000,00

Tipo de investimento: próprio e em parceria

5.3 Revitalização do Parque da Imigração Italiana;

Metas físicas:

2010 2011 2012 2013 Total

0.000,00 90.000,00 53.000,00 32.000,00 175.000,00

Tipo de investimento: próprio e em parceria

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TOTAL

Metas físicas:

2010 2011 2012 2013 Total

R$ 701.000,00 R$ 722.000,00 R$ 582.500,00 R$ 437.500,00 2.443.000,00