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Índice de ConteúdosII | Introdução...................................................................................................................................4III | Sumário Executivo......................................................................................................................5IV | Metodologia...............................................................................................................................8V | Capítulos Temáticos | Problemáticas Sectoriais........................................................................101 | Demografia e População...........................................................................................................11
| Evolução da População Residente.........................................................................................12 | Estrutura Etária da População................................................................................................23 | Evolução da População Residente nas Freguesias e Estrutura Etária...................................30 | As Migrações e a População Estrangeira...............................................................................35
2 | Habitação..................................................................................................................................403 | Educação e Formação Profissional...........................................................................................63
| Agrupamento de Escolas de Muralhas do Minho....................................................................64 | Escola Superior de Ciências Empresariais.............................................................................65 | ETAP – Escola Profissional.....................................................................................................66 | Educação e Formação de Adultos..........................................................................................72 | Qualificação Profissional.........................................................................................................74
4 | Cultura | Associativismo | Equipamentos Desportivos e Recreativos.........................................75 | Equipamentos, Museus, Património Cultural e Eventos..........................................................79 | Despesas Correntes...............................................................................................................83 | Espaços Culturais...................................................................................................................84 | Espaços de Desporto e Lazer.................................................................................................90 | Espaços Naturais....................................................................................................................96
5 | Saúde........................................................................................................................................ 97 | Organização de Serviço Nacional de Saúde no Concelho .....................................................98 | População Inscrita no Centro Saúde.....................................................................................103 | Recursos de Saúde..............................................................................................................106
6 | Ação Social..............................................................................................................................107 | Instituições Particulares de Solidariedade Social..................................................................109 | Respostas Sociais para a Pessoa com Deficiência Mental...................................................110 | Respostas Sociais para a População Idosa..........................................................................110 | Respostas Sociais para a Primeira Infância..........................................................................114 | Proteção Social no Concelho de Valença..............................................................................118 | Prestações de Rendimento Social de Inserção.....................................................................119 | Complemento Solidário para Idosos.....................................................................................121 | Pensões................................................................................................................................123 | Subsídio de Desemprego......................................................................................................126 | Comissão de Proteção de Crianças e Jovens.......................................................................129| Serviços Municipais de Intervenção Social............................................................................134
7 | Segurança...............................................................................................................................1408 | Atividade Económica e Emprego ............................................................................................144
| Desemprego..........................................................................................................................150
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| Tecido Empresarial................................................................................................................157| Zonas Empresariais...............................................................................................................160
9 | Ambiente ................................................................................................................................165| Água......................................................................................................................................166| Saneamento Básico...............................................................................................................166 | Resíduos...............................................................................................................................167
VI | Apresentação e Interpretação da Informação Recolhida........................................................171VII | Conclusões e Prioridades.....................................................................................................174
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Índice de GráficosGráfico 1 – Evolução da População Residente 2001-2011.....................................................................19
Gráfico 2 – Evolução da População Residente 2011-2012.....................................................................19
Gráfico 3 - Evolução das Taxas de Crescimento Migratório/Natural/Efetivo 2001-2011-2012................21
Gráfico 4 - Evolução da Taxa de Crescimento Natural............................................................................22
Gráfico 5 - Evolução da Taxa Bruta de Natalidade e Mortalidade...........................................................23
Gráfico 6 - Evolução da Idade Média da Mãe ao Nascimento do 1º Filho..............................................24
Gráfico 7 – Famílias Clássicas por Dimensão | 2011..............................................................................26
Gráfico 8 – Estrutura Etária da População Residente | 2001..................................................................30
Gráfico 9 – Estrutura Etária da População Residente | 2011..................................................................30
Gráfico 10 - Evolução da Estrutura Etária da População 2001-2011-2012.............................................31
Gráfico 11 - Estrutura Etária da População | 2012..................................................................................32
Gráfico 12 - Evolução do Índice de Envelhecimento...............................................................................33
Gráfico 13 – Distribuição da População Idosa por Freguesia.................................................................39
Gráfico 14 – Evolução da População Estrangeira Residente 2008-2012...............................................43
Gráfico 15 – População Estrangeira Residente por País de Origem | 2012...........................................44
Gráfico 16 – Evolução da Taxa de Crescimento Migratório.....................................................................45
Gráfico 17 – Evolução do número de Edifícios | 2001 a 2011.................................................................49
Gráfico 18 – Proporção de edifícios construídos entre 2001-2011.........................................................50
Gráfico 19 – Alojamentos familiares ocupados por instalações existentes.............................................52
Gráfico 20 – Edifícios Residenciais e Não Residenciais.........................................................................53
Gráfico 21 – Alojamentos Familiares Clássicos por Forma de Ocupação | 2011....................................54
Gráfico 22 – Alojamento de Residência Habitual por Regime de Ocupação | 2011................................55
Gráfico 23 – Valor Médio Mensal (€) das Rendas de Alojamento...........................................................56
Gráfico 24 – Valor Médio Mensal (€) dos Encargos para Aquisição de Habitação..................................57
Gráfico 25 – Caracterização Sócio-económica da População residente no Bairro Social de Friestas
| 2011.......................................................................................................................................................60
Gráfico 26 – Caracterização Sócio-económica da População residente no Bairro Social de S. Pedro da
Torre | 2011..............................................................................................................................................62
Rede Social | CLAS Valença4
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Gráfico 27 – Caracterização Sócio-económica da População residente no Bairro Social de Passos |
2011........................................................................................................................................................64
Gráfico 28 – Caracterização Sócio-económica da População residente no Bairro Social de Bogim |
2011.........................................................................................................................................................66
Gráfico 29 - Nível de Escolaridade da População Residente com mais de 15 anos
Censos 2001│ 2011.................................................................................................................................71
Gráfico 30 - Nível de Escolaridade da População residente com mais de 15 anos | 2011.....................71
Gráfico 31 – Evolução do Número de Alunos Inscritos por Nível Escolar |
2007/2008 a 2011/2012...........................................................................................................................76
Gráfico 32 – Taxa de Retenção e Desistência no Ensino Básico e Secundário | 2007/2008 a.
2010/2011................................................................................................................................................77
Gráfico 33 – Taxa de retenção por Nível de Escolaridade | 2011/2012...............................................78
Gráfico 34 –Média dos níveis de classificação das provas de aferição do 1º, 2º e 3º Ciclos a Língua
Portuguesa e Matemática | 2011/2012....................................................................................................78
Gráfico 35 – Evolução do Número de Utilizadores da Biblioteca Municipal...........................................93
Gráfico 36 – Evolução do Número de Visitantes do Núcleo Museológico.............................................95
Gráfico 37 – Evolução do Número de Utentes Inscritos no CS | 2008-2012........................................111
Gráfico 38– Estrutura Etária dos Utentes Inscritos no CS | 2012.........................................................113
Gráfico 39 - Nº de Idosos a Residir na Santa Casa da Misericórdia de Valença..................................119
Gráfico 40 - Nº de Idosos a usufruir dos Serviços de Apoio Domiciliário da Santa Casa da Misericórdia
de Valença e da Cruz Vermelha............................................................................................................120
Gráfico 41 - Nº de idosos inscritos no Centro de Convívio da Associação de Reformados
e Centro Social e Cultural de S. Pedro da Torre....................................................................................120
Gráfico 42 - Nº de idosos inscritos na resposta de Centro de Dia da Associação de
Reformados...........................................................................................................................................122
Gráfico 43 - Nº de Crianças inscritas na Creche da Santa Casa da Misericórdia de Valença e na
Creche do Centro Social da Paroquia de Cerdal..................................................................................124
Gráfico 44 - Nº de Crianças inscritas no Jardim de Infância da Santa Casa da Misericórdia de
Valença..................................................................................................................................................124
Gráfico 45 - Nº de Crianças a usufruir do Centro de Atividades e Tempos Livres da
Cruz Vermelha.......................................................................................................................................125
Rede Social | CLAS Valença5
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Gráfico 46 – Beneficiários CSI por Sexo | 2012....................................................................................130
Gráfico 47 - Beneficiários CSI por Idade | 2012....................................................................................131
Gráfico 48 –Pensionistas por Sexo | 2012...........................................................................................132
Gráfico 49 – Pensionistas por Regime | 2012.......................................................................................133
Gráfico 50 – Beneficiários do Subsídio de Desemprego por Sexo e Ano | 2008 a 2012......................134
Gráfico 51 – Beneficiários do Subsídio Social de Desemprego por Sexo e Ano |
2008 a 2012...........................................................................................................................................135
Gráfico 52 - Beneficiários do Subsídio Social de Desemprego Subsequente por Sexo e Ano |
2008 a 2012...........................................................................................................................................136
Gráfico 53 - Beneficiários do Subsídio de Desemprego Parcial por Sexo e Ano | 2008 a 2012..........137
Gráfico 54 – Processos Instaurados por Entidade Sinalizadora das
Situações de Perigo | 2012....................................................................................................................139
Gráfico 55 – Situações de Perigo nas Crianças com Processo de Promoção e
Proteção | 2012.....................................................................................................................................140
Gráfico 56 – Evolução da Taxa de Criminalidade do Concelho | 2001 a 2012......................................150
Gráfico 57 – População Ativa por Sexo | 2001 a 2011..........................................................................153
Gráfico 58 – População Ativa por Faixa Etária | 2001 a 2011...............................................................154
Gráfico 59 – Taxa de Atividade na Sub-Região Minho Lima | 2011.......................................................155
Gráfico 60 – Taxa de Atividade por Freguesia | 2011............................................................................156
Gráfico 61 – População Empregada por Profissões | 2011...................................................................157
Gráfico 62 – Evolução da População Desempregada | 2008 a 2012....................................................158
Gráfico 63 – População Desempregada por Género | 2008 a 2012.....................................................159
Gráfico 64 – População Desempregada por Faixa Etária | 2008 a 2012..............................................160
Gráfico 65 – população Desempregada por Nível de Escolaridade......................................................161
Gráfico 66 – População Desempregada, Situação Face ao Emprego | 2008 – 2012..........................162
Gráfico 67 – População Desempregada, Situação Face ao Emprego | 2008 – 2012..........................163
Gráfico 68 – Taxa de Desemprego no Distrito | 2011...........................................................................164
Gráfico 69 – Evolução do Número de Empresas | 2008-2011..............................................................165
Gráfico 70 – Quantidades de Resíduos Recolhidos Seletivamente | 2009-2012..................................177
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Índice de Quadros
Quadro 1 - População Residente por freguesia e densidade populacionais...........................................20
Quadro 2 – Relação de Masculinidade no concelho de Valença 2001-2012..........................................25
Quadro 3 – Famílias Clássicas segundo o Tipo de Família....................................................................27
Quadro 4 - Evolução da População residente na sub-região Minho-Lima..............................................28
Quadro 5 – População Idosa por Tipo de Alojamento.............................................................................35
Quadro 6 – Estrutura Etária da População Residente por Freguesia......................................................38
Quadro 7 – Edifícios por Época de Construção | 2011............................................................................51
Quadro 8 – Alojamentos segundo o Tipo | 2011......................................................................................53
Quadro 9 – Caracterização Populacional do Bairro Social de Friestas | 2011........................................59
Quadro 10 – Caracterização Populacional do Bairro Social de S. Pedro da Torre | 2011.......................61
Quadro 11 – Caracterização Populacional de Passos - Cerdal | 2011....................................................63
Quadro 12 – Caracterização Populacional do Bairro Social de Bogim – Cerdal.....................................65
Quadro 13 – Taxa de Retenção e Desistência no Ensino Básico e Secundário | 2007/20 a
2010/2011................................................................................................................................................76
Quadro 14 – Média dos Resultados do Ensino Secundário por Prova | 2011/2012................................77
Quadro 15 – Resultados das Certificações RVCC e Cursos EFA | 2007 – 2012....................................79
Quadro 16 – Associações Culturais e Recreativas do Conselho de Valença..........................................81
Quadro 17 – Associações Desportivas do Conselho de Valença............................................................85
Quadro 18 – Espaços Desportivos e Áreas de Lazer do Conselho de Valença......................................86
Quadro 19 –Despesa da Câmara Municipal em Atividades Culturais e de Desporto 2011....................87
Quadro 20 – Número de Utentes Inscritos no CS por Grupos-Etários | 2008-2012................................91
Quadro 21 – Consultas Médicas no Centro de Saúde, segundo a especialidade | 2008-2011.............112
Quadro 22 - Instituições com Valência de Creche, 2012.......................................................................113
Quadro 23 - Instituições com valência para a população idosa, 2012...................................................116
Quadro 24 - Capacidade de Resposta por Valência, 2012....................................................................116
Quadro 25 - Creche do Centro Social da Paroquia de Cerdal...............................................................117
Quadro 26 - Rendimento Social de Inserção por Faixa Etária | 2008 – 2012......................................123
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Quadro 27 - Rendimento Social de Inserção por Tipologia de Agregado | 2008 – 2012......................128
Quadro 28 - Volume Processual | 2008 – 2012.....................................................................................129
Quadro 29 - Crianças/Jovens acompanhados por Escalão Etário | 2012.............................................138
Quadro 30 – Crimes Registados no Posto Territorial por Tipologia | Valença 2008 a 2012..................141
Quadro 31 – Número de Empresas, segundo escalão de pessoal ao serviço | 2008-2011..................151
Quadro 32 – Trabalhadores por Conta de Outrem, segundo Sector de Atividade, Sexo e Ganho Médio
Mensal | 2009........................................................................................................................................166
Quadro 33 – Evolução do Número de Utilizadores com Saneamento Básico | 2010-2012..................166
Quadro 34 – Quantidade de Resíduos Indiferenciados com Destino Final o Aterro |
2009-2012..............................................................................................................................................174
Quadro 35 – Quantidade de Resíduos Indiferenciados com Destino Final o Aterro | 2009-
2012.......................................................................................................................................................176
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Índice de Mapas
Mapa 1 – Densidade Populacional das Freguesias 1991 - 2001 – 2011................................................37
Mapa 2 – Índice de Envelhecimento nas Freguesias 1991 – 2001 – 2011............................................40
Mapa 3 – Mapa da Fortaleza de Valença com Identificação dos Pontos Históricos...............................89
Mapa 4 – Mapa do Concelho com Identificação dos Equipamentos Culturais e Outros.........................90
Mapa 5 – Grande Rota da Ribeira Minho..............................................................................................100
Mapa 6 – Caminhos de Santiago – Caminho Central............................................................................102
Mapa 7 – Caminhos de Santiago – Caminho da Costa.........................................................................102
Mapa 8 – Sistema Urbano e Acessibilidades em Portugal Continental.................................................168
Mapa 9 – Parque Empresarial de Valença............................................................................................170
Mapa 10 – Parque Industrial de S. Pedro.............................................................................................171
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II | Introdução
Nos últimos anos, a sociedade portuguesa, tem sentido profundas transformações ao nível
económico social e cultural, resultante da crescente globalização da economia e da integração
europeia. Estas transformações têm tido algumas manifestações relevantes, de que se pode
destacar o crescimento das áreas e populações urbanas, o abandono, quase desertificação de
algumas zonas rurais, o envelhecimento demográfico consequente do aumento da esperança
média de vida, provocando também, em consequência, graves desigualdades sociais.
Acompanhando estas mudanças sociais, as políticas sociais ativas, têm-se orientado no
sentido de articular o desenvolvimento social com o desenvolvimento económico e a proteção do
ambiente, procurando colocar as pessoas no centro dos processos de um desenvolvimento
sustentável, tomando por objetivo central a melhoria da qualidade de vida das pessoas.
Neste sentido o Conselho Local de Ação Social de Valença, tem desenvolvido desde 2003,
um trabalho que promove a dinamização de parcerias locais, entre instituições, associações ,
serviços públicos e privados, no sentido de construir respostas para os problemas locais, através
do envolvimento e participação dos diversos atores locais, unindo esforços, recursos, experiências
e saberes fomentando deste modo a responsabilização dos mesmos.
O Diagnóstico Social de 2013, constitui a primeira etapa do planeamento de intervenção, e
visa a elaboração de um estudo aprofundado das causas das principais problemáticas
emergentes do Concelho de Valença.
Este documento funciona como um instrumento de animação e participação que pretende
mobilizar as entidades locais para a identificação dos problemas existentes no concelho, propondo
soluções através da identificação dos recursos, potencialidades e ameaças concelhias. Numa
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segunda fase, o mesmo servirá de base e orientação para a elaboração do Plano de
Desenvolvimento Social.
III | Sumário Executivo
O presente documento foi realizado pelo Conselho Local de Ação Social de Valença,
seguindo as orientações e apoio técnico do projeto Capacitar, Qualificar e Inovar as Redes
Sociais, protocolo celebrado entre o Município, o IPVC- Instituto Politécnico de Viana do Castelo e
a CIM- Comunidade Inter-Municipal. Contou ainda com a colaboração dos parceiros sociais
devendo, posteriormente, servir como um guião orientador para a elaboração do PDS- Plano de
Desenvolvimento Social do Município de Valença.
O Núcleo executivo da Rede Social de Valença que é constituído pelos seguintes
parceiros, Segurança Social, Representante das IPSS, Representante dos Presidentes da Junta,
Centro de Saúde de Valença, Agrupamento “Muralhas do Minho”, Centro de Emprego do Alto
Minho.
Este documento está organizado em nove capítulos.
No primeiro capitulo são apresentados os dados demográficos do concelho de Valença,
através de uma perspetiva evolutiva da população residente, quer a nível concelhio, quer por
freguesia. Neste capitulo será, ainda, elaborado uma caracterização da população estrangeira
residente no Concelho. Estes dados foram analisados tendo por base os resultados definitivos dos
Censos 2011, nomeadamente, as estatísticas territoriais, indicadores demográficos,
recenseamento da população e habitação, Recenseamento Geral da população, Estimativas
anuais da população residente e Estimativas provisórias da população. Recorreu-se ainda ao
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Município de Valença – SMPC/GTF e à base de dados disponibilizada pelo Serviço de
Estrangeiros e Fronteiras.
O segundo capitulo descreve a situação da habitação e das infraestruturas de saneamento
básico a nível concelhio, efetuando-se uma descrição e análise que permitirá orientar futuras
propostas de intervenção. Estes dados foram recolhidos junto do SAS (serviço de ação social do
Município), da base de dados do PORDATA e do Instituto Nacional de Estatística.
No terceiro capítulo é efectuada a caracterização da população no que diz respeito à
escolaridade, analisando a situação atual ao nível da educação, proporcionando uma visão global
da rede escolar concelhia e uma apreciação acerca da cobertura dos estabelecimentos de ensino.
Os dados para a elaboração deste capítulo foram recolhidos junto do GEPE- Gabinete de
Estatística e Planeamento da Educação do Ministério da Educação e dos estabelecimentos de
Ensino do concelho, nomeadamente: Agrupamento de Escolas Muralhas do Minho, ETAP- Escola
Tecnológica Artística e Profissional e IPVC- Instituto Politécnico de Viana do Castelo.
O quarto capítulo descreve o concelho em termos culturais, referindo os espaços culturais
e descrevendo as suas valências e atividades que desenvolvem assim como, descreve o tecido
associativo, cultural e desportivo do concelho, nomeando os espaços de desporto e lazer.
No capítulo cinco procede-se à caracterização do sistema nacional de saúde no concelho,
enfatizando alguns dos programas e projectos implementados nesta área. Os dados para
apresentação foram recolhidos junto do Centro de Saúde de Valença- ULSAM e do INE- Instituto
Nacional de Estatística.
O capítulo seis, caracteriza as diferentes resposta sociais disponíveis à população, para a
infância e para a população idosa com a respetiva taxa de cobertura. São, simultaneamente,
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explanadas as diferentes prestações sociais caracterizando-se os respetivos beneficiários. Para
levar a cabo a elaboração deste capítulo foram solicitados dados ao Instituto da Segurança Social
de Valença, às Instituições de Solidariedade Social do concelho, a empresas de cariz privado com
respostas para a infância e terceira idade, e ao Instituto Nacional de Estatística.
No capítulo sete caracteriza o concelho ao nível da segurança pública, das questões da
criminalidade tendo por base os dados facultados pelo posto Territorial de Valença da GNR e pelo
INE.
O capítulo oitavo analisa a população valenciana face à sua situação perante o emprego,
caracteriza o tecido empresarial de Valença e as suas zonas industriais, à luz da informação
disponibilizada pelo Município de Monção, Instituto de Emprego e Formação Profissional e pelo
Instituto Nacional de Estatística.
No capítulo nove do documento é, por fim, explanada a situação ambiental do concelho,
tendo em consideração indicadores como: água, saneamento básico e resíduos. Os dados para a
sua elaboração foram recolhidos junto da Divisão de Infra-Estruturas do Município.
IV | MetodologiaA metodologia selecionada e desenvolvida para o processo de Diagnóstico Social do
Concelho de Valença procurou articular objetivos claros de rigor e exatidão da informação, com
objetivos de utilidade e participação alargada por parte dos vários stakeholders envolvidos nos
processos de desenvolvimento social local.
A escolha de métodos e técnicas, articulados e consequentes, que permitam cumprir os
referidos objetivos foi efectuada através de uma colaboração estreita entre a equipa técnica do
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projeto Capacitar, Qualificar e Inovar as Redes Sociais e o Núcleo Executivo (NE) do CLAS
(Conselho Local de Ação Social de Valença). Assim sendo, a opção metodológica assumida e que
conduziu aos resultados constantes neste documento, teve por grandes desígnios assegurar que
o CLAS de Valença no seu conjunto, mas também cada entidade parceira a título particular,
pudesse contar com: um documento de planeamento coerente com as políticas e estratégias
nacionais na área da intervenção social; um diagnóstico resultante da reflexão conjunta dos
stakeholders locais, no qual todos se revejam e que traduza as diferentes sensibilidades locais;
um instrumento útil e utilizável em sede de candidaturas a programas e medidas de financiamento
na área de intervenção em causa, nomeadamente em matéria de fundos comunitários.
Perante o disposto, foi realizada a recolha de alguma informação estatística publicada que
sustentasse qualquer análise dos temas selecionados, traduzindo-se num contributo quantitativo e
qualitativo para a análise das áreas temáticas, permitindo o seu tratamento e interpretação. Foi
utilizado um vasto conjunto de fontes, com relevando o Instituto Nacional de Estatística, os
diferentes Ministérios, o Instituto de Emprego e Formação Profissional, bem como outros dados
facultados por outras entidades locais ou regionais.
Complementarmente, procurou-se recolher junto dos nossos parceiros sociais, informação
referente aos seus principais problemas identificados no território de forma a induzir um
diagnóstico participado e promover e envolvimento de todos os agentes implicados. Para atingir
esse objetivo efetuou-se uma sessão de trabalho participado, cujo objetivo era identificar os
principais problemas do concelho e agrupá-los em grandes temáticas, utilizando para isso a
técnica denominada de “Nuvem de Problemas”, agrupando posteriormente cada uma das
problemáticas coincidentes em “Nuvens”.
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Num segundo momento, aplicou-se o “Modelo Eisenhower” para hierarquizar as
prioridades de intervenção. Este modelo foi utilizado tendo em vista o princípio da participação no
sentido de efetuar a identificação da gravidade dos problemas ou a maior ou menor dificuldade de
intervenção. O presente modelo permite atribuir o grau de urgência e de exequibilidade, de cada
problema, em consenso, pelos parceiros. Numa segunda sessão, e no seguimento desta análise
com vista à elaboração do Plano de Desenvolvimento Social, foi utilizada a Matriz de
Enquadramento Lógico tendo por base uma grelha onde são definidos os objetivos gerais e
específicos; os indicadores e fontes de verificação para cada um deles, bem como os
pressupostos externos a todo o processo e o Cronograma de Gantt, que permite focalizar as
ações no tempo com a definição das entidades responsáveis, das parcerias afetas, dos recursos
envolvidos e dos momentos de monitorização.
Das reuniões de trabalho realizadas procurou-se identificar as principais áreas de
intervenção, orientando-se, para tal, as sessões por processos de negociação e de decisão
centrados na melhor alternativa para o desenvolvimento social local, e nos recursos
disponibilizados pelos diversos parceiros. Os métodos utilizados neste processo permitiram,
simultaneamente, captar de forma individual os principais pontos de vista por parte dos agentes
de intervenção local e, por outro, intensificar o nível de partilha e promover o debate, reforçando a
“cultura de rede” entre todos aqueles que se pretende que se conservem mobilizados e
interventivos na execução do Plano de Desenvolvimento Social.
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V | Capítulos Temáticos | Problemáticas Sectoriais
Para descrever a situação atual do concelho, recorreu-se à identificação de nove domínios
temáticos que espelham a dinâmica do desenvolvimento e coesão social, considerados pelo NE-
Núcleo Executivo como abrangentes da realidade local: Demografia e População; Habitação;
Educação e Formação; Cultura; saúde; Ação Social; Segurança; Atividade Económica e Emprego
e, por fim, Ambiente.
Para cada um dos capítulos supra-citados, foi realizado um levantamento estatístico junto
das fontes anteriormente enumeradas, descrevendo com o seu auxílio a situação do concelho
face a essa mesma temática.
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1| Demografia e População
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1| Demografia / População
A análise da sociedade e, consequentemente, dos seus problemas tem configurado formas
de a interpretar e de nela intervir bastante diferenciadas. Mediante os espaços, as trajetórias
demográficas vão, como tal, diferindo, pelo que a referência a uma população particular, mais do
que uma ilustração concreta de algo que está a decorrer à escala mundial, é sempre um caso
merecedor de atenção especial.
A trajetória demográfica do Concelho reflete um conjunto de fatores estruturantes que o
caracterizam ao longo das últimas décadas. O Diagnóstico Social, vem desta forma, atualizar esta
informação permitindo uma visão real e coetânea. Caracterizar o ordenamento espacial da
população, a alteração das estruturas familiares, a composição da população ativa são alguns dos
aspetos que teremos em atenção neste primeiro ponto. Para tal, recorremos a estatísticas
demográficas do Instituto Nacional de Estatística, nomeadamente ás projeções do Departamento
de Estatísticas Demográficas e Sociais do INE e a informação da base de dados do Serviço de
Estrangeiros e Fronteiras.
| Evolução da População Residente
O concelho de Valença faz parte da região Norte de Portugal, mais especificamente da
sub-região Minho-Lima (NUT III). Geograficamente, situa-se num eixo estruturado ao longo da
faixa litoral do Norte de Portugal e da Galiza, também designado de Noroeste Peninsular. O
concelho ocupa uma área total de 117,42 Km², ocupados por 16 freguesias, predominantemente
rurais. Esta zona fronteiriça, de todas as zonas de fronteira luso-espanholas é responsável pela
Rede Social | CLAS Valença18
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
maioria das entradas de pessoas na região Norte.
No que concerne à caraterização da estrutura demográfica do Concelho de Valença,
optou-se por uma análise não muito remota, analisando a evolução da população residente
referente apenas à última década.
Valença revela, desde 2004, uma tendência de um ligeiro decréscimo progressivo no que
concerne à evolução da população residente1 do Concelho, registando-se nos anos de 2002 e
2004, excecionalmente, um ligeiro aumento do número total de residentes. (Gráfico n.º1) Em 2001
registava-se um contingente populacional concelhio de 14.187 indivíduos, decrescendo nesta
última década 0,4% pelo que, à data da realização dos Censos, se registava um total de 14.127
indivíduos (Dados Decenais – Dados Estatísticos; INE). Não obstante, é de sublinhar que a 31 de
Dezembro de 2012, a População Residente decresceu 2,07% desde 2001 (Dados Anuais –
Estatísticas Territoriais; INE) e 0,80% desde 2011, de 14.045 para 13.933 respetivamente. (Gráfico
n.º2)
Fonte: INE – Estatísticas Territoriais
1 População Residente: Conjunto de indivíduos que, independentemente de no momento da observação estarem presentes ou ausentes numa determinada unidade de alojamento, aí habitam a maior parte do ano com a família ou detêm a totalidade ou a maior parte dos seus haveres.
Rede Social | CLAS Valença19
Gráfico1 - Evolução da População Residente 2001-2011
Gráfico 2 - Evolução da População Residente 2011-2012
20012002
20032004
20052006
20072008
20092010
2011
13900
13950
14000
14050
14100
14150
14200
14250
14300
2011
2012
1385013900 1395014000 14050
14045
13933
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Este factos são também espelhados pelos valores da Densidade Populacional, registados
no quadro n.º1 (Dados Decenais), que em 2001 eram de 2.627 habitantes por km² e em 2011
decresceu para um total de 1.528 habitantes por km². Quando falamos em Densidade
Populacional falamos da divisão do total de habitantes existentes numa determinada unidade
espacial pela superfície dessa mesma unidade, não tomando em consideração as características
do espaço físico onde se insere a população em análise.
Quadro 1 - População Residente por freguesia e densidade populacionais
Freguesia Área (Km²)
2001 2011
Pop. Residente Densidade
Populacional (Nº/Km²)
Pop. Residente Densidade Populacional (Nº/Km²)
Arão 3,00 820 316,22 758 156,58
Boivão 7,79 247 31 239 19,96
Cerdal 20,86 1744 91,75 1693 53,04
Cristêlo-Côvo 3,66 847 281,66 965 196,68
Fontoura 9,13 737 79,87 751 45,81
Friestas 4,32 546 132,01 562 75,94
Gandra 10,64 1243 105,52 1318 57,90
Ganfei 9,35 1312 138,93 1296 69,99
Gondomil 10 344 36,25 301 23,40
Sanfins 8,5 154 18,72 163 12,64
São Julião 5,49 410 79,54 363 46,06
S. Pedro da Torre 4,29 1232 158,05 1267 86
Silva 5,39 281 93,89 260 62,49
Taião 8,68 152 18,16 153 10,94
Valença 2,51 3483 895,56 3430 536,89
Verdoejo 3,82 635 150,28 608 74,87
Total Concelho 117,42 14.187 2.627,41 14.127 1529,19
Fonte: INE – Recenseamento da População e da Habitação
Rede Social | CLAS Valença20
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Em 2011, como consequência de uma Taxa de Crescimento Migratório2 negativo de 0,11%,
em sentido inverso ao registado em 2001 inscrevendo uma taxa de 0,93%, e de uma Taxa de
Crescimento Natural3, igualmente, de valor negativo de 0,67%, a Taxa de Crescimento Efetivo4 é,
como revela a tendência, negativo em 0,78% (Gráfico n.º3)
Gráfico 3 - Evolução das Taxas de Crescimento Migratório/Natural/Efetivo
2001-2011-2012
Fonte: INE – Indicadores Demográficos
A Taxa de Crescimento Natural do concelho, ou seja, a diferença entre a Taxa de
Natalidade e a Taxa de Mortalidade, na última década registou uma orientação constante
negativa.
2 Taxa de Crescimento Migratório: Saldo migratório observado durante um determinado período de tempo, normalmente uma ano civil, referido à população média desse período (habitualmente expressa por 100 (10²) ou por 1000 (10³) habitantes).
3 Taxa de Crescimento Natural: Saldo natural observado durante um determinado período de tempo, normalmente uma ano civil, referido à população média desse período (habitualmente expressa por 100 (10²) ou por 1000 (10³) habitantes).
4 Taxa de Crescimento Efetivo: Variação populacional observada durante um determinado período de tempo, normalmente uma ano civil, referido à população média desse período.
Rede Social | CLAS Valença21
2001 2011 2012
-10
1
0,93
-0,11
-0,42-0,35 -0,67 -0,38
0,59
-0,78 -0,8
Tx Crescimento MigratórioTx Crescimento NaturalTx Crescimento Ef ectiv o
20012002
20032004
20052006
20072008
20092010
20112012
-0,8
-0,7
-0,6
-0,5
-0,4
-0,3
-0,2
-0,1
0
-0,35
-0,65-0,6
-0,33
-0,5 -0,52
-0,65
-0,35
-0,52
-0,29
-0,67
-0,38
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Gráfico 4 - Evolução da Taxa de Crescimento Natural
Fonte: INE – Indicadores Demográficos
A Taxa Bruta de Natalidade, que nos reflete o número de nascimentos por cada mil
habitantes, no período compreendido entre 2001-2011 registou um recuo na tendência, passando
de 11 nados-vivos por cada mil habitantes a 8 registados em 2012 sendo, ainda assim, de referir a
inversão da tendência entre os dois últimos anos, 2011/2012.
Relativamente à Taxa Bruta de Mortalidade5 registou-se, igualmente, um decréscimo dos
valores inscritos para o mesmo período de referência, sendo de 14‰ em 2001 e 11,7‰ em 2012,
apesar de se denotar um período demarcado por uma oscilação constante.
5 Taxa de Mortalidade: Coeficiente utilizado na medição do número de mortes (em geral, ou causadas por um fato específico) em determinada população, adaptada ao tamanho desta mesma população, por unidade de morte.
Rede Social | CLAS Valença22
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 20120
5
10
15
20
25
30
Taxa Bruta de Natalidade
Taxa Bruta de Mortalidade
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Gráfico 5 - Evolução da Taxa Bruta de Natalidade e Mortalidade
Fonte: INE – Indicadores Demográficos
O Índice Sintético de Fecundidade (ISF)6 é usado para indicar a fecundidade ao nível da
substituição de gerações; em países mais desenvolvidos, o valor de 2.1 é considerado como
sendo o nível de substituição de gerações. (metainformação – Eurostat). O ISF registou no ano de
2011 1.35 crianças por mulher e 1.28 no ano de 2012 a nível nacional. Esta tendência foi também
revelada na região Norte com os valores de 1.24 e 1.15 crianças em 2011 e 2012,
nomeadamente. Opoente, a sub-região Minho-Lima verifica um aumento do referido Índice,
registando 1.11 crianças por mulher em 2011 e 1.13 em 2012 não assegurando, ainda assim, a
renovação geracional da população.
A Idade média das mães à data do nascimento do 1º filho, como espelha o gráfico 6, vem
aumentando gradualmente ao longo da última década, a nível Nacional e na sub-região Minho-
6 Índice Sintético de Fecundidade (ISF): Número médio de crianças que terão nascido vivas por mulher em idade fértil sujeita às taxas de fecundidade por idades observadas num momento (ano) de referência (15-49 anos).
Rede Social | CLAS Valença23
‰
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Lima, sendo que e, 2001 o nascimento do 1º filho dava-se, em média, aos 26,7 anos (Minho-Lima)
e em 2011 ascendeu para os 29 anos, fenómeno este associado à participação no mercado de
trabalho e ao aumento da escolarização da população.
Gráfico 6 - Evolução da Idade Média da Mãe
ao Nascimento do 1º Filho
Fonte: INE – Recenseamento Geral da População 2011
No que diz respeito à idade média da mulher no primeiro casamento, verifica-se que
acontece aos 29,3 anos, na sub-região Minho-Lima, sendo que a nível nacional ocorre, em média,
um pouco mais tardiamente, nomeadamente aos 29,9 anos, dados este referentes ao ano de
2012, pois em 2001 a idade média da mulher no primeiro casamento situava-se nos 26,1 anos
(média nacional) e nos 25,7 anos na sub-região Minho-Lima. Tal como acontece com a
ascendência da idade média da mulher à data do nascimento do primeiro filho, denota-se
igualmente a interferência de fatores relacionados com a atual conjuntura económico-social na
Rede Social | CLAS Valença24
20012002
20032004
20052006
20072008
20092010
2011
25
25,5
26
26,5
27
27,5
28
28,5
29
29,5
25
25,5
26
26,5
27
27,5
28
28,5
29
29,5
26,8 27 27,4 27,5 27,8 28,1 28,2 28,4 28,6 28,9 29,2
26,726,9 27
27,4 27,5
28,1
26,4
28,828,5
29 29
Portugal
Minho-Lima
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
decisão de levar a cabo a formalização duma união.
A análise da estrutura da população residente no concelho em função da variável Sexo,
permite antever uma “organização demográfica” algo desequilibrada, como é possível de aferir
através do estudo das Relações de Masculinidade7.
Quadro 2 – Relação de Masculinidade no concelho de Valença
2001-2012
Local de residência
Relação de masculinidade (N.º)
2012 2011 2010 2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001
Portugal 91 91,3 91,6 91,9 92,2 92,5 92,6 92,8 92,9 93 93,2 93,4Norte 91,4 91,7 91,9 92,4 92,7 93,1 93,2 93,3 93,4 93,5 93,5 93,7Minho-Lima 87,3 87,6 87,7 88 88,1 88,3 88,2 88,2 88,1 88 87,9 87,9
Valença 87,2 87,8 88,1 88 87,7 87,6 87,4 87,4 87,3 87 86,7 86,6
Fonte: INE – Estimativas Anuais da População Residente
De facto, a Relação de Masculinidade apresenta sistematicamente valores inferiores a 100
(87,2, ou seja, por cada 100 mulheres existiam, em 2012, 87,2 homens), o que traduz uma
tendência cronológica estável da proporcionalidade entre homens e mulheres. Refira-se ainda,
que esta relação é a mais desigual (ainda que com uma diferença reduzida) quando comparados
com a média nacional, com a zona Norte do país e com a sub-região Minho-Lima.
No que diz respeito às famílias8, e tendo em conta o conceito de família clássica definido
pelo INE (pessoa independente ou conjunto de pessoas que residem no mesmo alojamento e que
têm relações de parentesco (de direito ou de facto), entre si, podendo ocupar a totalidade ou parte
7 Quociente entre os efetivos populacionais do sexo masculino e os do sexo feminino (habitualmente expresso por 100 (10^2) mulheres).
8 Para esta dimensão da análise sócio-demográfica, os dados mais recentes disponíveis reportam-se ao ano de 2011.
Rede Social | CLAS Valença25
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
do alojamento), Valença contava, em 2011, 5.251 famílias em oposição às 5.003 famílias
registadas em 2001. Perante estes dados, importa relevar o facto de ao logo da última década o
número de famílias clássicas ter aumentado substancialmente mas, em contrapartida, verifica-se a
diminuição atinente da população residente, o que nos conduz aos registos das Taxas de
Natalidade, Fecundidade e Crescimento Natural, justificando o enunciado, um maior número de
famílias mas um menor número de elementos.
Gráfico 7 – Famílias Clássicas por Dimensão | 2011
Fonte: INE – Recenseamento da População e da Habitação
Da análise da família por dimensão que regista maior peso no concelho de Valença,
contacta-se que, para o ano de 2011, eram os casais sem filhos, ou famílias monoparentais (1658
famílias) e os casais com apenas um filho (1274 famílias), seguidas das famílias unipessoais
(1051 famílias), refletindo uma vez mais o envelhecimento da população e as situações de viuvez.
Rede Social | CLAS Valença26
201120110
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
1051
1658
1274
838
281
11026 10 3
Com 1 pessoaCom 2 pessoasCom 3 pessoasCom 4 pessoasCom 5 pessoasCom 6 pessoasCom 7 pessoasCom 8 pessoasCom 9 ou + pessoas
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Quadro 3 – Famílias Clássicas segundo o Tipo de Família
Tipo de Família Clássica2011
N.º
Total 5309Famílias sem núcleos com uma só pessoa 1065Famílias sem núcleos só pessoas aparentadas 82Famílias sem núcleos só pessoas aparentadas e/ou não aparentadas 28Casal de direito sem filhos sem outras pessoas 1151Casal de direito sem filhos com outras pessoas 126Casal de direito com pelo menos um filho com menos de 25 anos sem outras pessoas 1151Casal de direito com pelo menos um filho com menos de 25 anos com outras pessoas 173Casal de direito com filho(s) tendo o mais novo 25 ou mais anos sem outras pessoas 323Casal de direito com filho(s) tendo o mais novo 25 ou mais anos com outras pessoas 52Casal de facto sem filhos sem outras pessoas 148Casal de facto sem filhos com outras pessoas 24Casal de facto com pelo menos um filho com menos de 25 anos sem outras pessoas 196Casal de facto com pelo menos um filho com menos de 25 anos com outras pessoas 24Casal de facto com filho(s) tendo o mais novo 25 ou mais anos sem outras pessoas 6Casal de facto com filho(s) tendo o mais novo 25 ou mais anos com outras pessoas 0Pai com pelo menos um filho com menos de 25 anos sem outras pessoas 23Pai com pelo menos um filho com menos de 25 anos com outras pessoas 8Pai com filho(s) tendo o mais novo 25 ou mais anos sem outras pessoas 31Pai com filho(s) tendo o mais novo 25 ou mais anos com outras pessoas 2Mãe com pelo menos um filho com menos de 25 anos sem outras pessoas 180Mãe com pelo menos um filho com menos de 25 anos com outras pessoas 57Mãe com filho(s) tendo o mais novo 25 ou mais anos sem outras pessoas 176Mãe com filho(s) tendo o mais novo 25 ou mais anos com outras pessoas 13Famílias sem filhos nos dois núcleos sem outras pessoas 31Famílias sem filhos nos dois núcleos com outras pessoas 8Famílias com filhos só num dos núcleos sem outras pessoas 136Famílias com filhos só num dos núcleos com outras pessoas 17Famílias com filhos nos dois núcleos sem outras pessoas 65Famílias com filhos nos dois núcleos com outras pessoas 8Famílias com três ou mais núcleos sem outras pessoas 3Famílias com três ou mais núcleos com outras pessoas 2
Fonte: INE – Recenseamento da População e Habitação
Rede Social | CLAS Valença27
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Da análise das famílias clássicas por tipo de família, é de referir que a tipologia de família
mais presente no concelho de Valença no anos de 2011, foram os casais de direito sem filhos sem
outras pessoas a par dos casais de “direito” com pelo menos um filho com menos de 25 anos sem
outras pessoas (1151 famílias respetivamente), seguidas, em número muito próximo, das famílias
sem núcleos com uma só pessoa, fator já referido anteriormente.
No que diz respeito à evolução demográfica da sub-região, e comparando-a com a
evolução concelhia, Valença assume a tendência desta no que diz respeito à perda de população,
ainda que de uma forma ligeiramente menos acentuada, com uma variação negativa de 5,1%.
Quadro 4 - Evolução da População residente na sub-região Minho-Lima
1991 2001 2011 Variação nos últimos 10 anos (%)
Minho-Lima 252189 248392 244836 -2,9
Arcos de Valdevez 27079 24474 22847 -15,6
Caminha 16322 16934 16684 2,2
Melgaço 11025 9862 9213 -16,4
Monção 21932 19708 19230 -12,3
Paredes de Coura 10462 9468 9198 -12,1
Ponte da Barca 13227 12810 12061 -8,8
Ponte de Lima 43916 43993 43498 -1
Valença 14894 14058 14127 -5,1
Viana do Castelo 84032 88307 88725 5,6
Vila Nova de Cerveira 9183 8778 9253 0,8
Fonte: INE – Recenseamento Geral da População 2011 e Estatísticas Territoriais
Rede Social | CLAS Valença28
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Nos últimos vinte anos regista-se, na sub-região, um decréscimo da população de cerca de
3% (7353 indivíduos) à semelhança de todos os outros concelhos, à exceção dos concelhos de
Caminha, Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira, nos quais se registou uma variação positiva.
| Estrutura Etária da População
No que respeita à estrutura etária da população o concelho, em 2001 e 2011, representa-
se numa pirâmide denominada como “envelhecida”, tipicamente representativa dos países
desenvolvidos. A sua base é mais estreita do que a classe dos adultos (19-59 anos), refletindo a
diminuição da natalidade e um aumento da esperança média de vida.
Em contrapartida, comparando ambos períodos censitários, verificamos que em 2001 estamos
perante uma pirâmide envelhecida rejuvenescida, refletindo uma recuperação dos grupos jovens,
consequência do aumento da fecundidade, em que neste ano assumiu uma taxa de 43,7‰ em
oposição à taxa de fecundidade registada em 2011 esta de 30,2‰. Em 2011 a população é
representada numa pirâmide envelhecida adulta, nesta pirâmide a base é ainda larga mas existe
um aumento das classes adulta e idosa. A taxa de natalidade é decadente e a esperança média
de vida apresenta tendência de aumento.
Rede Social | CLAS Valença29
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Fonte: INE – Recenseamento da População e da Habitação
Quando comparamos os dados da população residente, referentes a 2001 e 2011, verifica-
se que nos três grandes grupos (Crianças/Jovens; Adultos; Idosos) há alterações significativas.
Tal como tem sido previsto pelos vários demógrafos a diminuição da natalidade e os problemas de
fertilidade estão a alterar a estrutura etária da população. Nesta ultima década a faixa etária entre
os zero e os catorze anos de idade, tem vindo a diminuir progressivamente no concelho de
Valença. A população em idade ativa, compreendida entre os quinze e os sessenta e quatro anos
continua a representar a maior percentagem populacional (65% em 2012). Os registos refletem
diretamente o processo de envelhecimento progressivo da população residente, que atinge a base
e o topo da pirâmide etária (20,9% em 2001 – 22,2% em 2012).
Rede Social | CLAS Valença30
320
329
392
429
466
503
464
448
465
457
431
362
381
390
319
241
127
79
317
360
339
463
507
514
472
510
500
453
460
427
480
541
465
380
239
198
Gráfico 8 - Estrutura Etária da População Residente2001
Homens Mulheres
0-45-9
10-1415-1920-2425-2930-3435-3940-4445-4950-5455-5960-6465-6970-7475-7980-84
≥85
0-45-9
10-1415-1920-2425-2930-3435-3940-4445-4950-5455-5960-6465-6970-7475-7980-84
≥85
277
296
346
360
380
400
450
509
486
465
480
471
426
350
326
270
169
104
259
286
341
370
351
415
484
543
519
551
526
467
479
420
446
457
313
253
Gráfico 9 - Estrutura Etária da População Residente 2011
Homens Mulheres
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Gráfico 10 - Evolução da Estrutura Etária da População
2001-2011-2012
Fonte: INE – Recenseamento da População e da Habitação
Numa análise da sub-região Minho-Lima, constata-se que o concelho de Valença
apresenta uma proporção de pessoas com mais de 65 anos ( 22,2%) ligeiramente inferior à sub-
região (22,9%) ainda que superior à do Norte de Portugal (17,4%) e à média nacional (19,4%),
situação esta agravada pelo facto da estrutura etária mais baixa (0-14 anos), ser inferior à média
nacional em 2 pontos percentuais.
É ainda de notar que, a nível distrital, Valença encontra-se entre os 4 concelhos com a
menor percentagem de população idosa, ou seja, com 65 anos e mais, sendo os restantes: a
capital de distrito, Viana do Castelo, Ponte de Lima e Vila Nova de Cerveira, por esta mesma
ordem ascendente, sendo que Valença terá entre eles a maior percentagem de população na
referida faixa etária. (Gráfico 10)
Rede Social | CLAS Valença31
20012001
20112011
20122012
2057
1805
1782
1865
1461
1399
7327
7671
7656
2979
3108
3096
0-1415-2425-6465 e +
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Gráfico 11 - Estrutura Etária da População | 2012
Fonte: INE – Recenseamento da População e da Habitação
O envelhecimento da população deve ser entendido como um processo coletivo,
inquestionável e incontrolável para as populações da atualidade. O desenvolvimento das
sociedades contemporâneas, nomeadamente, no que diz respeito com os progressos (de ordem
científica e tecnológica, económica, social, cultural, etc.) sobre a vida e a morte dos indivíduos, fez
com que este processo se tivesse instalado.
Em termos demográficos, o envelhecimento da população portuguesa pode ser
compreendido em função do papel desempenhado por cada uma das componentes do sistema
Rede Social | CLAS Valença32
Portu
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14,8
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%
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%
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%
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%
9,1%
10,4
%
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%
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12,8
%
13,6
%
13,3
%
10,7
%
11,4
%
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%
9,4 % 10,6
%
8,5 % 9,2 % 10
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%
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%
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%
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%
56,6
%
53,6
%
48,3
%
54,4
%
46,4
%
52,2
%
50,6
%
52,5
%
53,3
%
55,0
%
56,2
%
54,1
%
19,4
%
17,4
%
22,9
%
31,1
%
23,1
%
36,0
%
28,2
%
26,9
%
23,6
%
19,8
%
22,2
%
19,6
%
22,0
%
65 e +25-6415-240-14
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
demográfico: mortalidade, natalidade/fecundidade e movimentos migratórios.
Por um lado, fruto da redução dos níveis de mortalidade nas idades mais jovens,
aumentaram as hipóteses de os indivíduos se manterem com vida até às idades mais idosas,
sendo cada vez maior a esperança de vida. Por outro lado, fruto dos avanços particularmente
significativos nas últimas décadas do século XX sobre a mortalidade nas idades superiores,
aumentaram as hipóteses de os idosos viverem mais tempo, o que contribuiu também para elevar
o número dos idosos mais velhos.
O envelhecimento é, desta forma, cada vez mais uma questão determinantes na
configuração do concelho. A relação entre o número de idosos e de jovens tem vindo a traduzir-se,
progressivamente, num aumento do Índice de Envelhecimento9 desde 2001.
Gráfico 12 - Evolução do Índice de Envelhecimento
Fonte: INE –Estimativas Provisórias da População
9 Índice de Envelhecimento: relação existente entre o número de idosos (65 anos e mais9 e a população jovem ( 0-14 anos). É habitualmente expresso em número de residentes com 65 ou mais anos por 100 residentes com menos de 15 anos
Rede Social | CLAS Valença33
20012002
20032004
20052006
20072008
20092010
20112012
130
135
140
145
150
155
160
165
170
175
180
Índice de Envelhecimento
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Se no concelho, em 2001, tínhamos 145 idosos por cada 100 jovens, atualmente esse valor
teve um crescimento substancial, na ordem dos 120%, registando-se uma proporção de 174
idosos por cada 100 jovens no ano de 2012. (Gráfico 12)
Segundo as estimativas anuais do Instituto Nacional de Estatística e comparativamente com
a sub-região Minho-Lima, cuja proporção média se situava, no ano de 2012, de 177 idosos para
100 jovens, Valença apresenta o 3º menor índice de envelhecimento, seguido dos concelhos de
Ponte de Lima (133/100) e de Viana do Castelo (144/100).
A análise do Índice de Dependência Total10 permite uma melhor perceção sobre o esforço
que a população valenciana exerce sobre a população ativa. Em 2011 verificou-se que Índice de
Dependência Total rondou os 54, o que significa que, por cada 100 pessoas em idade ativa
existiam 55 dependentes. Verifica-se no entanto, que no decorrer da última década regista-se um
retrocesso gradual do índice. Em 2012, registam-se 54 dependentes. Este desagravamento do
Índice de Dependência Total prende-se diretamente com o aumento do Índice de Dependência de
Idosos11 que aumentou de 32,4 em 2011 para 34,2 em 2012, agravando-se em 5,6%. O Índice de
Dependência de Jovens12, teve no mesmo período, um comportamento inverso, assinalando um
decréscimo de 22,4 para 19,7 (2001-2012).
Após analisar as alterações demográficas anteriormente explanadas, verificamos, em
oposição à tendência assumida nos primórdios da última década, que o índice de envelhecimento
populacional no concelho de Valença não assume hoje valores tão negativamente representativos
10 Índice de Dependência Total: Relação entre a população jovem e idosa e a população em idade ativa. Definido habitualmente como a relação entre a população com 0-14 anos conjuntamente com a população com 65 ou mais anos e a população com 15-64 anos.
11 Índice de Dependência de Idosos: Relação entre o número de idosos e a população em idade ativa. Definido habitualmente como a relação entre a população com 65 ou mais anos e a população com 15-64 anos.
12 Índice de Dependência de Jovens: Relação entre a população jovem e a população ativa. Definido habitualmente como o quociente entre o número de pessoas com idades compreendidas entre os 0-14 anos e número de pessoas com idades compreendidas entre os 15-64 anos.
Rede Social | CLAS Valença34
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
do cenário nacional ou até sub-regional (Minho-Lima), assumindo a este último nível a posição de
um dos concelhos com valores, gradualmente, decrescentes ao longo do período assumido (2001-
2012).
Quadro 5 – População Idosa por Tipo de Alojamento
População com 65 ou mais anos a residir em alojamentos familiares
2011
População com 65 ou mais anos de idade
Alojamentos familiares de residência habitual nos quais todos os residentes têm 65 ou mais anos
Total A residir em alojamentos familiares sem outras pessoas Total Com 1 pessoa com
65 ou mais anosCom 2 ou mais pessoas com 65 ou mais anos
Valença (Concelho) 3 054 1 760 1 201 594 607
Arão 171 106 69 34 35
Boivão 82 51 30 11 19
Cerdal 387 220 145 73 72
Cristelo Côvo 211 134 86 40 46
Fontoura 179 98 64 34 30
Friestas 146 97 66 36 30
Gandra 267 145 87 32 55
Ganfei 284 148 98 49 49
Gondomil 123 84 58 33 25
Sanfins 40 21 15 9 6
São Julião 75 37 28 19 9
São Pedro da Torre 356 198 122 51 71
Silva 43 26 19 12 7
Taião 43 23 15 7 8
Valença 647 372 252 137 115
Fonte: INE – Recenseamento da População e da Habitação
Rede Social | CLAS Valença35
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Ainda assim, apesar de, em comparação com as médias nacionais e sub-regionais, o
índice de envelhecimento representativo do concelho ser inferior aos citados, o mesmo regista-se
de forma crescente anualmente, o que se traduz em situações como as registadas no quadro nº 5,
que nos espelha o número de idosos a residir em alojamentos familiares sem outra pessoa, mais
de metade (57,62%) da população idosa encontra-se nessa situação.
| Evolução da População Residente nas Freguesias e Estrutura Etária
Reportando-nos à evolução populacional à escala das freguesias no período de 2001-
2011, verifica-se que a diminuição foi particularmente marcantes nas freguesias de Cristêlo-Côvo,
Gondomil e São Julião, com variações percentuais negativas registadas na ordem dos 13,93% -
12,50% - 11,46% respetivamente, sucessivas das freguesias de Arão e Silva com uma variação
negativa de 7,56% e 7,47% correspondentemente.
Rede Social | CLAS Valença36
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Mapa 1 – Densidade Populacional das Freguesias
1991 - 2001 - 2011
No que diz respeito à estrutura etária e de género das freguesias, analisando a última
década, verificamos que a tendência registada em 2001, para o número mais elevado de
população do sexo masculino em prol do sexo feminino se alterou inversamente. Acrescido a tal
facto, temos o envelhecimento substancial da população idosa (faixa etária dos 65 e mais anos) e
a natural supressão do grupo etário compreendido entre os 0-14 anos e o crescente aumento da
Rede Social | CLAS Valença37
Fonte: SMPC/GTF – Município de Valença
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
classe adulta (25-64 anos). Dados estes espelhados demográficamente na caracterização
concelhia anteriormente realizada.
Quadro 6 – Estrutura Etária da População Residente por Freguesia
Fonte: INE – Recenseamento da População e da Habitação
Rede Social | CLAS Valença38
Freguesia
Grupos Etários (anos)Total 2001 Total 20110-14 15-24 25-64 65 +
2001 2011 2001 2011 2001 2011 2001 2011H M H M H M H M H M H M H M H M H M HM H M HM
Arão 57 62 50 46 48 60 41 36 202 235 201 214 67 89 74 96 515 446 820 366 392 75817 7 12 15 14 14 13 7 50 63 51 59 37 45 29 53 192 129 247 105 134 239
Cerdal 117 118 138 111 124 129 70 77 417 433 441 469 164 242 167 220 1013 922 1744 816 877 169351 62 58 59 53 56 50 50 210 234 264 274 72 109 85 125 958 461 847 457 508 96559 53 53 56 42 41 32 37 190 192 195 199 62 98 82 97 487 384 737 362 389 751
Friestas 36 41 39 40 28 30 29 32 111 139 124 153 52 89 58 87 293 299 526 250 312 562Gandra 87 104 82 106 74 87 62 73 325 340 344 386 96 130 107 158 1606 661 1243 595 723 1318Ganfei 60 93 70 85 99 100 65 58 328 354 360 375 93 161 123 160 877 708 1288 618 678 1296Gondomil 10 14 11 16 21 20 7 9 65 88 63 72 45 81 46 77 141 203 344 127 174 301
12 7 17 12 10 7 7 7 37 41 43 37 15 25 18 22 74 80 154 85 78 163S. Julião 35 29 21 18 31 28 27 18 85 97 106 100 40 65 27 46 191 219 410 181 182 363S. Pedro Torre 88 85 71 90 57 79 65 63 324 332 296 328 103 164 144 210 572 660 1232 576 691 1267Silva 24 20 15 17 20 21 19 11 65 69 75 80 25 37 21 22 134 147 281 130 130 260Taião 9 9 7 9 5 14 7 6 35 40 37 44 17 23 18 25 66 86 152 69 84 153Valença 292 281 257 233 236 267 211 203 280 945 883 997 216 387 239 407 1024 1880 2904 1590 1840 3430Verdoejo 36 38 27 30 46 38 27 26 165 174 177 167 50 85 61 93 297 335 632 292 316 608
Boivão
Crsitêlo-Côvo
Fontoura
Sanfins
20,73%34,30%
22,86%
21,76%
23,83%
25,80%20,10%
21,83%40,86%
24,54%
20,11%
27,94%
16,54%
28,10%18,83%
25,33% ArãoBoivãoCerdalCrsitêlo-CôvoFontouraFriestasGandraGanfei
GondomilSanf insS. JuliãoS. Pedro TorreSilvaTaiãoValençaVerdoejo
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Gráfico 13 – Distribuição da População Idosa por Freguesia
Fonte: INE – Recenseamento da População e da Habitação
É de notar que, em 2001, a freguesia com maior número de idosos foi Gondomil com 123
idosos (40,86%) num universo de 301 residentes, seguida de Boivão que registou 82 idosos
(34,30%) em 239 residentes e S. Pedro da Torre com 354 idosos (27,94%) numa população de
1267 indivíduos. Inversamente, verifica-se que a freguesia da Silva é a freguesia com menor
número de idosos a residir na mesma, apenas 43 (16,54%) numa população de 260 indivíduos,
seguida de Valença com 646 (18,83%) idosos num total de 3430 residentes e simultaneamente de
Gandra e S. Julião com, nomeadamente, 265 (20,10%) idosos em 1318 residentes e 73 (20,11%)
idosos em 363 residentes.
Rede Social | CLAS Valença39
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Mapa 2 – Índice de Envelhecimento nas Freguesias
1991 – 2001 - 2011
A análise do Índice de Envelhecimento nas freguesias permite constatar que 93,75% das
freguesias do concelho de Valença apresentam índices de envelhecimento acima dos registados
em 2001, à exceção da freguesia de Gondomil que apresenta um índice, ligeiramente, amortizado
Rede Social | CLAS Valença40
Fonte: SMPC/GTF – Município de Valença
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
o que não resultou fator suficiente para não ocupar o pódio das freguesia com maior números de
população idosa.
| As Migrações e a População Estrangeira
Portugal foi, durante décadas, um país de emigração. Um número elevado da população
portuguesa viu-se impelida a emigrar de forma a conseguir melhores condições de vida, tendo
para o efeito optado por diversos países dentro e fora do espaço europeu: França, Venezuela,
Estados Unidos da América, entre outros. A manifestação deste fenómeno prolongou-se até aos
nossos dias, mas com configurações e destinos distintos. Atualmente, são os países africanos de
língua oficial portuguesa que parecem produzir um forte poder de atracão para a mão-de-obra
portuguesa, nomeadamente mão-de-obra altamente qualificada. E portanto, este fenómeno está
sobejamente estudado, e é conhecido com um nível de profundidade bastante significativo. O
inverso já não é verdade, ou seja, o fenómeno da imigração (entrada de pessoas com propósito
permanente ou temporário de trabalho e/ou residência) constitui, hoje em dia, uma realidade
relativamente recente, pelo menos no que diz respeito ao volume e proveniências dos imigrantes.
Portugal assume-se, hoje, no contexto europeu e internacional como um país de destino para
pessoas oriundas dos mais diversos países, com especial enfoque nos países da Europa de
Leste, Ásia e Brasil.
No final de 2012, a população estrangeira residente em Portugal totalizava 417.042
cidadãos. As nacionalidades de estrangeiros residentes mais representativas em Portugal são o
Brasil (25,3%), Ucrânia (10,6%), Cabo Verde (10,3%), Roménia (8,4%) e Angola (4,9%). Seguem-
se-lhes a Guiné-Bissau (4,3%), China (4,2%), Reino Unido (4,0%), Moldávia (2,8%) e São Tomé e
Rede Social | CLAS Valença41
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Príncipe (2,5%). Este grupo de dez nacionalidades mais representativas totaliza cerca de 77,2%
da população estrangeira com permanência regular em Portugal (321.869 indivíduos).
Por conveniência de análise foram definidos, pelo SEF, quatro grandes grupos etários: 0-19
anos, 20–39 anos, 40–64 anos e mais de 65 anos. Assim, a população potencialmente ativa tem
maioritariamente idades compreendidas entre os 20-39 anos (46,8% da população estrangeira). A
diferença na relação entre género nos grupos etários entre 20-39 (47,33% de mulheres) e 40- 64
(33,38%) reflete alguma preponderância do género masculino nos primeiros fluxos migratórios
para Portugal.
É ainda importante salientar que em 2012 foram registadas 38.537 emissões de primeiros
títulos de residência. Este valor representa uma quebra de 15% na emissão de novos primeiros
títulos face ao ano de 2011 (45.369).
Analisando a questão por género predomina a emissão de títulos emitidos a cidadãos do
sexo feminino (20.134), designadamente nos casos do Brasil (6.776), Cabo Verde (1.826) e
Roménia (1.389). Nas principais nacionalidades, regista-se a preponderância do sexo masculino
na Roménia (1.621), Guiné-Bissau (899), Espanha (692) e Reino Unido (666).
No concelho de Valença, em 2012, registou-se um decréscimo no que diz respeito aos
residentes estrangeiros, inscrevendo-se um total de 479 indivíduos, sendo que desses 52,4% são
do sexo masculino e os restantes 47,6% são do sexo feminino.
Nos últimos cinco anos registou-se um aumento gradual da população estrangeira residente
no concelho, sendo que a partir de 2010, ano em que foi registado o maior número de imigrantes,
iniciou o decréscimo do mesmo. De referir também, é o facto dos emigrantes serem,
consecutivamente, em maior número do género masculino.
Rede Social | CLAS Valença42
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Gráfico 14 – Evolução da População Estrangeira Residente
2008-2012
Fonte: SEF – Portal Estatístico
Os concelhos fronteiriços ou próximos da fronteira são naturalmente os mais sensíveis a
este intercâmbio de população, e Valença é exemplo disso, visto espanhola ser a nacionalidade
dos residentes estrangeiros mais registada a seguir à Brasileira, com uma discrepância no género
dos residentes, sendo que oriundos do Brasil se verifica um maior número de mulheres do que de
homens, fator estreitamente ligado à prostituição, caracterizada neste concelho como prostituição
de “apartamento”, a qual é desenvolvida essencialmente por mulheres de nacionalidade brasileira,
como já havia sido referido pelo Observatório da Imigração, ACIME – Alto Comissariado para a
Imigração e Minorias Étnicas.
Rede Social | CLAS Valença43
20082009
20102011
2012
0
100
200
300
400
500
600
257301 315
278 257
209
220256
240228
MH
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Gráfico 15 – População Estrangeira Residente por País de Origem | 2012
Hoje, num contexto de crise nacional, a imigração estagnou e assistimos, inclusive, ao
regresso de muitos imigrantes aos seus países de origem; ao mesmo tempo que assistimos a
uma emigração em larga escala dos jovens portugueses.
As características destas migrações, que apesar de todas as resistências, mudam de
orientação e ajustam os volumes de forma adequada ao emergir de bolsas de trabalho que se
tornem atrativas.
Com a atual conjuntura económica, a partir de 2011, constata-se isso mesmo, a Taxa de
Crescimento Migratório13 no concelho de Valença traduz-se em valores negativos, o que denuncia
que o número de emigrantes, excede o número de imigrantes.
13 Diferença entre a imigração (entrada) e a emigração (saída) numa determinada região durante o ano. O saldo migratório é geralmente calculado com base na diferença entre a variação populacional e o crescimento natural entre dois períodos (saldo migratório ajustado). Por conseguinte, as estatísticas sobre saldos migratórios são afetadas por todas as imprecisões estatísticas nas duas componentes desta equação, especialmente a variação populacional. (metainformação – Eurostat)
Rede Social | CLAS Valença44
Fonte: SEF – Portal Estatístico
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3 20 0 1
99
2 50 1 4 1 1
44
4 61 2 1 1 1 3 2 1
61
113 0 0
25
2 0HomensMulheres
Fonte: SEF – Portal Estatístico
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Gráfico 16 – Evolução da Taxa de Crescimento Migratório
Fonte: INE – Indicadores Demográficos
Em Valença, em 2012, regista-se um valor negativo de 59 indivíduos, ou seja, o Saldo
Migratório, ou o balanço entre a emigração e a imigração no concelho, é negativo, o que se traduz
num decréscimo da população pois, emigraram mais 59 indivíduos do que o total dos imigrantes
registados. Esta tendência também é registada a nível nacional com menos 37.352 indivíduos e
ao nível da sub-região Minho-Lima com menos 785 indivíduos.
Rede Social | CLAS Valença45
-0,6
-0,4
-0,2
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
-0,42
-0,11
0,21
0,390,3
0,490,43 0,4 0,39
0,53
0,75
0,93
201220112010200920082007200620052004200320022001
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
2| Habitação
Rede Social | CLAS Valença46
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
2| Habitação
A habitação é um dos domínios que se encontra consagrado na Constituição da República
Portuguesa, no seu artigo 65.º, cujo conteúdo formal indica que “todos têm direito, para si e para a
sua família, a uma habitação de dimensão adequada, em condições de higiene e conforto e que
preserve a intimidade pessoal e a privacidade familiar.“ A política de habitação, pelas suas
características intrínsecas, tem uma forte ligação com dimensões tão variadas, como a economia,
a vertente social, o ordenamento do território e o planeamento urbano, o que implica que esta não
deverá ser encarada de forma isolada e que as ações, neste campo, devem ser entendidas de
forma integrada.
Em relação às condições de habitabilidade, a qualidade de vida da população depende,
em grande parte, do acesso à habitação e das características da mesma. As condições de
habitabilidade, são analisadas genericamente através dos seguintes indicadores de qualidade:
serviço de infraestruturas, instalações existentes, tipo de ocupação do alojamento e índice de
lotação.
O crescimento populacional faz-se acompanhar, geralmente, pelo aumento da construção
de edifícios, isto é, pelo aumento da urbanização do território. Trata-se de um crescimento que
pode dar origem a novas lógicas de organização dos espaços, bem como ao delinear de novas
infra-estruturas e respostas sociais. Efetivamente, se à urbanização dos espaços podem ser
atribuídas virtualidades, nomeadamente ao nível do desenvolvimento económico, em
contrapartida, se não for devidamente acompanhado, pode dar origem a um conjunto de
problemas sociais.
Rede Social | CLAS Valença47
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
De acordo com a Tipologia das Áreas Urbanas (TIPAU), definida pelo INE, que assenta na
freguesia como sendo a unidade geográfica de análise, são definidos três níveis, dos quais dois
são urbanos: Áreas Predominantemente Urbanas (APU); Áreas Medianamente Urbanas (AMU); e
Áreas Predominantemente Rurais. Para a definição destas áreas, conjugam-se vários critérios,
nomeadamente: taxa de variação da população residente e número de alojamentos; categoria
administrativa das freguesias; propostas dos PDM ratificados e dos PROT aprovados; ocupação
sazonal dos alojamentos. Procedendo à caracterização tipológica do concelho de Valença, e
recorrendo ao critério da densidade populacional é evidente a tipologia de Área Mediamente
Urbana (AMU).
Analisando a evolução da construção no município de Valença, verifica-se a existência de
três períodos, significativos, mais favoráveis à construção de novos edifícios: 2001, 2005 e 2008,
ainda que de forma decrescente entre eles. Todos foram precedidos por outro com menor
atividade no sector, caracterizando-o à imagem da evolução a nível nacional, tendencialmente
decrescente.
Rede Social | CLAS Valença48
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Gráfico 17 – Evolução do número de Edifícios | 2001 a 2011
Fonte: INE – Estatísticas das Obras Concluídas
As freguesias que registaram o maior número de edifícios construídos, em 2011, são:
Valença, Cerdal, Ganfei e Cristêlo-Côvo, sendo que Valença e Cristêlo-Côvo são duas das
freguesias com mais densidade populacional mas as restantes, curiosamente, em termos de
densidade populacional não ocupam lugar de destaque que justifique a sua nomeação.
Rede Social | CLAS Valença49
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 20110
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200185
154 148
102
136
94 93
111
80 8191
Nº de Edif ícios
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Gráfico 18 – Proporção de edifícios construídos entre 2001-2011
Fonte: INE – Recenseamento da População e da Habitação
Verifica-se que o concelho de Valença, apesar da evolução da construção de edifícios ao
longo da última década censitária, situa-se 2,25 pontos percentuais abaixo da proporção de
construções registada na sub-região Minho-Lima, ainda que mais próximo da média nacional de
14,39%.
Rede Social | CLAS Valença50
Portugal Minho-Lima Valença0,12
0,12
0,13
0,13
0,14
0,14
0,15
0,15
0,16
14,39%
15,10%
12,85%
Proporção de edif ícios construídos
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Quadro 7 – Edifícios por Época de Construção | 2011
Época de Construção Nº %Anterior a 1919 374 5,47
1919-1945 374 5,47
1946-1960 573 8,41
1961-1970 993 14,57
1971-1980 1428 20,96
1981-1990 1285 18,85
1991-2000 914 13,42
2001-2011 876 12,85
Total 6817 100,00%
Fonte: PORDATA
Metade dos edifícios recenseados no concelho de Valença foram construídos após o início
da década de 70, sendo que a idade média dos mesmos situa-se nos 37 anos. O período entre
1971 e 1980 foi aquele que registou a maior proporção de edifícios novos. Neste período de nove
anos foram construídos quase 30% dos edifícios do concelho.
Rede Social | CLAS Valença51
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Gráfico 19 – Alojamentos familiares ocupados por instalações existentes
Fonte: PORDATA
No que diz respeito às instalações de que os alojamentos beneficiam denota-se um
crescimento a 100% das inalações sinalizadas na última década. Assim, e com os valores mais
representativos, relevamos o facto de a água canalizada e o serviço de esgotos chegar, em 2001,
a 97,86% e 94%, respetivamente, dos alojamentos e em 2011 as percentagem ascenderem para
um total de cerca de 100% em ambos os casos, a rede de água canalizada serve 99,24% e a
rede de esgotos 99,28% dos alojamentos.
Rede Social | CLAS Valença52
Água canalizada
Duche/Banho
Instalações Sanitárias
Esgoto
4850
4513
4679
4862
5242
5157
5205
5244
20012011
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Gráfico 20 – Edifícios Residenciais e Não Residenciais
Em 2011, apenas 0.7% dos edifícios que constroem o concelho não são edifícios
residenciais. É ainda de notar que 99,75% dos alojamentos são de cariz familiar, sendo que 6817
são clássicos (99,6%) e 0,4% Não clássicos, apenas 0,25% são registados como alojamentos do
tipo coletivo.
Quadro 8 – Alojamentos segundo o Tipo | 2011
Rede Social | CLAS Valença53
20110
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
Não Residenciais
Residenciais48
6769Não ResidenciaisResidenciais
Alojamentos Familiares
Alojamentos Coletivos
Total Alojamentos
Alojamentos Familiares Clássicos
Alojamentos Familiares NÃO
Clássicos
Barracas
Outros
8119
9
2
20
8150
Fonte: PORDATA
Fonte: PORDATA
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Gráfico 21 – Alojamentos Familiares Clássicos por Forma de Ocupação | 2011
Fonte: INE – Recenseamento da População e da Habitação
No parque habitacional do concelho, verifica-se que pouco mais de metade dos
alojamentos (5.282, recorde-se num total de 8.130) se destinam a residência habitual, pelo que se
observa um número significativo de fogos vagos (1.975) e de alojamentos que se destinam a
segunda residência (873). Conforme se verifica no gráfico, mais de 20% dos alojamentos
familiares clássicos são ocupados como segunda residência ou de uso sazonal.
O crescimento desta forma de ocupação e significativo e são apontados três fatores:
- O fato da geração migrante dos anos 60 ser herdeira, a partir da década de 80, do património
dos seus pais que se mantiveram em meio rural;
- Um aumento da aquisição de segunda residência para lazer;
Rede Social | CLAS Valença54
64,97%
10,74%
24,29%
Residência HabitualAlojamentos VagosResidência Secundária ou Uso Sazonal
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
- A promoção das potencialidades turísticas e climatéricas que atraem população estrangeira,
sobretudo do norte da Europa.
Gráfico 22 – Alojamento de Residência Habitual por Regime de Ocupação | 2011
Fonte: INE – Recenseamento da População e da Habitação
No que toca à residência de ocupação habitual sublinha-se a alta percentagem de
ocupantes proprietários e a fraca dinâmica do mercado do arrendamento, conforme se pode
verificar no gráfico nº22, sendo este mais demarcante nas freguesias de Valença (26,91% dos
alojamentos), Arão (19,93%), Cristêlo-Côvo (19,01%), S. Pedro da Torre (11,46%) e Gandra
(9,70%). Este facto deve-se, essencialmente, à implementação de uma política de apoio à compra
de habitação própria, levada a cabo em anos anteriores, à fraca atratividade do mercado de
arrendamento, que tem tendência a alterar-se com a atual conjuntura económica, e a escassa
oferta de habitação social existente no concelho.
Rede Social | CLAS Valença55
4240
19
706306
Proprietário ou coproprietário
Proprietário em regime de propriedade coletiva de cooperativa de habitação
Arrendatário ou subarrendatário
Outra situação
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Gráfico 23 – Valor Médio Mensal (€) das Rendas de Alojamento
Fonte: INE – Recenseamento da População e da Habitação
As facilidades proporcionadas, até 2011, pela banca na concessão do crédito para
aquisição de habitação, com encargos mensais muito próximos dos valores praticados nos
arrendamentos, e a reduzida oferta de habitações para arrendar impossibilitaram o crescimento do
regime de arrendamento. Esse facto é espelhado pelo gráfico nº23, onde se pode verificar que em
2011 o valor médio mensal do arrendamento em Valença era superior ao valor médio mensal
nacional e sub-regional, situação registada inversamente, como é de esperar, na década anterior.
Rede Social | CLAS Valença56
Portugal Minho-Lima Valença0
50
100
150
200
250
20012002
123 €141 €
150 €
234,99 € 227,14 € 218,61 €
20012002
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Gráfico 24 – Valor Médio Mensal (€) dos Encargos para Aquisição de Habitação
Fonte: INE – Recenseamento da População e da Habitação
Conforme ilustra o gráfico nº24, e comparativamente ao explanado anteriormente, denota-
se que, no que diz respeito aos encargos médios mensais para aquisição de habitação,
inversamente ao que aconteceu com os valores médios de arrendamento, o valor registado em
Valença apresentou-se sempre inferior à média nacional e sub-regional.
Rede Social | CLAS Valença57
Portugal Minho-Lima Valença0
50
100
150
200
250
300
350
400
2001
2002
291274
225
395368
332
20012002
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
| Habitação Social
Segundo a portaria nº 580 do Diário da República, I série, nº 113, de 17 de maio de 1983,
“São consideradas habitações sociais, as habitações de custos controlados promovidas pelas
Câmaras Municipais, cooperativas de habitação económica, pelas Instituições Particulares de
Solidariedade Social e pela iniciativa privada com apoio financeiro do Estado e destinadas à
venda ou ao arrendamento nas condições de acesso estabelecidas”.
Integradas nas medidas de política social do Estado e do Poder Local, a habitação social
constitui-se como uma resposta estrutural destinada a uma franja da população com menores
recursos económicos, permitindo-lhes o acesso a uma habitação que reúna as condições
necessárias ao seu desenvolvimento e melhor qualidade de vida.
O Município de Valença é proprietário de 72 fogos em urbanizações Municipais nas
freguesias de Friestas (19 habitações), S. Pedro da Torre (16 habitações), Bogim – Cerdal (25
habitações) e Passos – Cerdal (12 habitações).
Os dados apresentados remetem-se ao ano de 2011, aquando da atualização dos mesmos
pelo serviço de Ação Social do Município.
Bairro Social de Friestas O bairro social de Friestas é constituído por 19 fogos de habitação, com um total de 58
pessoas, que representam 25% do total de indivíduos que habitam os Bairros Sociais do Concelho
de Valença.
Rede Social | CLAS Valença58
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Quadro 9 – Caracterização Populacional do Bairro Social de Friestas | 2011
No. de Habitantes 58
No. de Habitantes Masculinos 27
No. de Habitantes Femininos 31
No. de Habitantes menores femininos 8
No. de Habitantes menores masculinos 6
Fonte: SAS – Município de Valença
Verifica-se que os residentes deste bairro são maioritariamente (63,79%) do sexo feminino,
sendo que no total da população 24,14% são menores.
Quanto ao nível de escolaridade dos habitantes deste Bairro, verifica-se que dois
indivíduos não possuem escolaridade, só 27,58% da população maior de idade residente neste
bairro apresenta escolaridade igual ou inferior ao Ensino Básico 1º ciclo e 34,48% apresentam
uma escolaridade entre o Ensino Básico do 2º e 3º ciclos. Este bairro é o único que tem indivíduos
com frequência académica superior .
Rede Social | CLAS Valença59
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Gráfico 25 – Caracterização Sócio-económica da População
residente no Bairro Social de Friestas | 2011
Fonte: SAS – Município de Valença
No que diz respeito a uma das situações mais preocupantes da população na atual
conjuntura, verifica-se que quase metade da população (46,30%) tem de alguma forma uma fonte
de rendimento, sendo que 20,37% dos residentes do bairro se encontram em situação de
desemprego.
Rede Social | CLAS Valença60
Trab. por conta de outremDesempregado
Trab. precárioEstudante
ReformadoTrab. Por conta própria
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18 16
11
2
18
2
5
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Bairro Social de São Pedro da Torre
Este bairro é constituído por 16 fogos de habitação que estão habitados por 48 pessoas que
representam 21% do total de indivíduos que habitam os Bairros Sociais do concelho de Valença.
Quadro 10 – Caracterização Populacional do Bairro Social de S. Pedro da Torre | 2011
No. de Habitantes 48
No. de Habitantes Masculinos 19
No. de Habitantes Femininos 29
No. de Habitantes menores femininos 6
No. de Habitantes menores masculinos 1
Fonte: SAS – Município de Valença
Os habitantes deste bairro são maioritariamente (72,92%) do sexo feminino, sendo que no
total da população 14,58% são menores.
O nível de escolaridade dos habitantes deste Bairro Social não é elevado: 3 indivíduos
analfabetos; 7 indivíduos que não concluíram o Ensino Básico; e 12 indivíduos que só
frequentaram e concluíram o Ensino Básico. Podemos então verificar que 45,8 % da população
maior de idade residente neste Bairro Social apresenta escolaridade igual ou inferior ao Ensino
Básico.
Rede Social | CLAS Valença61
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Gráfico 26 – Caracterização Sócio-económica da População
residente no Bairro Social de S. Pedro da Torre | 2011
Fonte: SAS – Município de Valença
No que diz respeito à situação da população face ao emprego verifica-se que 40,43% da
população encontra-se a trabalhar por conta de outrem, seguido de 21,28% de população em
situação de desemprego.
Bairro Social de Passos – Cerdal
O bairro social de Passos é constituído por 12 fogos de habitação que estão habitados por
47 pessoas que representam 20% do total de indivíduos que habitam os Bairros Sociais do
concelho de Valença.
Rede Social | CLAS Valença62
Trab. por conta de outremDesempregado
EstudanteReformado
PensionistaPart´Time
Sem resposta
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
2019
10
8
6
1 12
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Quadro 11 – Caracterização Populacional de Passos - Cerdal | 2011
No. de Habitantes 47
No. de Habitantes Masculinos 28
No. de Habitantes Femininos 16
No. de Habitantes menores femininos 4
No. de Habitantes menores masculinos 8
Fonte: SAS – Município de Valença
Os habitantes deste bairro são, ao contrário do registado nos restantes, maioritariamente
(76,59%) do sexo masculino, sendo que ¼ da população residente (25,53%) são menores.
Quanto ao nível de escolaridade dos habitantes deste Bairro Social só 1 indivíduo é
analfabeto. Podemos então verificar que 57,14 % da população maior de idade residente neste
Bairro Social apresenta escolaridade igual ou superior ao Ensino Básico 2º e 3º ciclo.
Rede Social | CLAS Valença63
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Gráfico 27 – Caracterização Sócio-económica da População
residente no Bairro Social de Passos | 2011
Fonte: SAS – Município de Valença
Face ao emprego, verifica-se que este bairro é o que detém em maior número, a
população residente em situação de desemprego, sendo que apenas 20% se encontram a exercer
alguma função remunerada.
Bairro Social de Bogim – Cerdal
Este bairro é constituído por 25 fogos de habitação que estão habitados por 78 pessoas que
representam 34% do total de indivíduos que habitam os Bairros Sociais do concelho de Valença.
Rede Social | CLAS Valença64
Trab. por conta de outremDesempregado
EstudanteReformado
PensionistaSem resposta
0
2
4
6
8
10
12
14
16
7
15
6
2 23
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Quadro 12 – Caracterização Populacional de Bogim - Cerdal | 2011
No. de Habitantes 78
No. de Habitantes Masculinos 37
No. de Habitantes Femininos 41
No. de Habitantes menores femininos 15
No. de Habitantes menores masculinos 12
Fonte: SAS – Município de Valença
Os habitantes deste bairro são maioritariamente (71,79%) do sexo feminino, sendo que no
total da população 34,62% são menores.
Quanto ao nível de escolaridade dos habitantes deste Bairro Social de Bogim só 1 indivíduo
é analfabeto. Podemos então verificar que 35,2 % da população maior de idade residente neste
Bairro Social apresenta escolaridade igual ao Ensino Básico 1º ciclo, e 45% apresentam uma
escolaridade entre o Ensino Básico do 2º ou 3º ciclo.
Rede Social | CLAS Valença65
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Gráfico 28 – Caracterização Sócio-económica da População
residente no Bairro Social de Bogim | 2011
Fonte: SAS – Município de Valença
No que diz respeito à situação da população face ao emprego verifica-se que 40,43% da
população encontra-se a trabalhar por conta de outrem, seguido de 21,28% de população em
situação de desemprego.
Estas habitações foram construídas no âmbito de um acordo de colaboração celebrado
entre o Município e o IHRU, tendo em vista o realojamento de famílias mais vulneráveis, em
regime de renda apoiada. Tratam-se de moradias geminadas constituídas por dois pisos. O valor
Rede Social | CLAS Valença66
Trab. por conta de outremDesempregado
EstudanteReformado
Sem resposta
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
2019 19
20
4
9
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
das rendas mensais oscilam entre os 9,66€ e os 183€.
Existe ainda um Bairro situado na sede do Concelho que é propriedade do Instituto de
Gestão Financeira, denominado “Bairro da Boavista”, constituído por 4 Blocos de habitação
coletiva com 60 habitações, sendo que mais de 50% destas habitações foram adquiridas pelos
moradores. O Município é proprietário de 2 habitações neste Bairro. Uma delas está arrendada e
outra ficou devoluta recentemente.
Além dos já referenciados, o Município é ainda proprietário de 6 fogos no Bairro da
Raposeira. Trata-se de um Bairro construído na década de 50, localizado nas proximidades da
Nova Ponte Internacional, sendo que a renda cobrada aos inquilinos é apenas simbólica (1€).
Ainda no âmbito da habitação social, estão registados 54 fogos de habitação a custos
controlados localizados na sede do Concelho, estes fogos foram adquiridos pelos moradores.
Recuperação de Habitações DegradadasEm 2008 o Município através do regulamento Municipal para Recuperação de Habitações
Degradadas de estratos Sociais Desfavorecidos, criou uma medida de apoio à execução de obras
de recuperação e conservação de habitações degradadas. Esta medida tem como objetivo
proporcionar melhores condições habitacionais a agregados familiares carenciados, residentes no
Concelho de Valença e proprietários da habitação.
Desde a implementação da medida, em Novembro de 2008, deram entrada 76 pedidos.
Neste período foram deferidos e concluídos 28 processos. Estes deferimentos totalizaram um
encargo para o Município de aproximadamente de 150.000€. Cinco processos encontram-se a
aguardar deliberação de Câmara e 17 foram indeferidos, uma vez que os requerentes não
reuniam os requisitos exigidos.
Rede Social | CLAS Valença67
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Plantas sociaisNo sentido de incentivar a auto-construção e a reabilitação de habitações degradadas a
Câmara Municipal concede plantas sociais gratuitas a agregados familiares carenciados.
Anualmente concedem-se até de 15 plantas sociais.
Rede Social | CLAS Valença68
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
3 | Educação e Formação
Profissional
Rede Social | CLAS Valença69
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
3 | Educação e Formação Profissional
A educação não é apenas uma simples aquisição de saber, é o pré-requisito central para o
desenvolvimento político e económico, para a igualdade social e para a democracia.
De acordo com os recenseamentos de 2001 a 2011 verifica-se que o nível de qualificação
académica da população residente no concelho de Valença evoluiu favoravelmente.
Relativamente aos censos de 2001 constata-se a diminuição significativa da população com níveis
de qualificação mais baixos, nomeadamente população sem qualquer tipo de escolaridade e 1º e
2 ciclos. Por outro lado verifica-se um aumento da população que possui o 3º ciclo, secundário e
superior. O número de indivíduos com formação superior duplicou, face a 2001, passando de 590
para 1208, ou seja 8,5%, conforme se pode verificar no gráfico 29. Apesar do aumento verifica-se
que a taxa da população que possui o ensino superior se situa abaixo da média nacional, que se
situa nos 12%.
Ao analisar o gráfico 30 relativamente à escolarização por sexo verifica-se que as
mulheres possuem as qualificações mais elevadas. Do total da população com ensino superior
completo, cerca de 67% são mulheres (645). Esta situação também se verifica no ensino
secundário, com uma percentagem de 55%. No 2º e 3º ciclo a percentagem de homens é superior
às mulheres. No ensino básico e sem qualquer nível de ensino as mulheres voltam a apresentar
valores mais elevados.
Rede Social | CLAS Valença70
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Gráfico 29 - Nível de Escolaridade da População Residente com mais de 15 anos
Censos 2001│ 2011
Fonte: PORDATA
Gráfico 30 - Nível de Escolaridade da População residente com mais de 15
anos | 2011
Fonte: INE
Rede Social | CLAS Valença71
Sem Escolaridade
1º ciclo
2º ciclo
3º ciclo
Secundário e Pós-Secundário
Superior
TOTAL
0 2000 4000 6000 8000 10000
1498
2854
1417
1282
1014
590
8655
961
2306
1172
1872
1518
1208
9037
20012011
Pré-e
scola
r
1º C
iclo
2º C
iclo
3º C
iclo
Secun
dário
0
100
200
300
400
500
600
2007/20082008/20092009/20102010/2011
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
O concelho de Valença caracteriza-se por uma grande diversidade de níveis de
educação/ensino, englobando 8 estabelecimentos para a educação pré-escolar, 5 escolas básicas
com o 1º ciclo, 2 escolas básicas que integram a educação pré-escolar, 6 jardins-de-infância e 1
escola básica e secundária para o 2º e 3º ciclos e ensino secundário. Para além disso, existe um
estabelecimento de ensino superior e uma escola técnico-profissional.
Com o objetivo de proporcionar uma imagem dos estabelecimentos de ensino de Valença,
apresenta-se de seguida uma breve descrição dos mesmos.
| Agrupamento de Escolas de Muralhas do Minho
O Agrupamento de Escolas de Muralhas do Minho abarca todos os estabelecimentos de
ensino pré-escolar, ensino básico e secundário do concelho.
A escola básica e secundária é frequentada por 895 alunos, distribuídos pelo 2º (272
alunos) e 3º (343 alunos) ciclos do ensino básico, ensino secundário e cursos profissionais (280
alunos). A educação pré-escolar é frequentada por 295 crianças e o 1º ciclo do ensino básico por
511 alunos. Refira-se que estes números correspondem ao ano letivo 2011/2012.
Na escola sede existem os serviços necessários à ação educativa: biblioteca, serviços de
psicologia e orientação, salas específicas/laboratórios, bufete, refeitório, papelaria, salão
polivalente, reprografia, serviços de ação social escolar, serviços de administração escolar e órgão
de gestão. Além disso, existe uma Unidade de Apoio Especializado que no ano letivo 2011/2012
prestou apoio a 5 alunos.
Para os alunos do 1º ciclo e pré-escolar existem as AEC (Atividades de Enriquecimento
Rede Social | CLAS Valença72
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Curricular) e as Atividades de Animação e Apoio à Família, respetivamente, promovidas pelo
município que funcionam do período das 15h30 às 17h30. No pré-escolar são desenvolvidas
atividades de animação e apoio à família e no 1º ciclo, Educação Física, Educação Musical e
Língua Inglesa.
Todos os alunos usufruem dos transportes escolares disponibilizados pela Câmara
Municipal e pelos serviços de carreira de empresas privadas. No que se refere aos recursos
humanos, trabalham no agrupamento 165 docentes e 107 não docentes. De referir que
relativamente aos não docentes, integraram também 10 elementos ao abrigo do Programa
Contrato Emprego-Inserção.
| Escola Superior de Ciências Empresariais
A ESCE/Escola Superior de Ciências Empresariais, única instituição de ensino universitário
no concelho é uma entidade orgânica do Instituto Politécnico de Viana do Castelo e está
localizada no centro urbano de Valença.
O Instituto Superior Politécnico e as escolas superiores que o integram, entre elas a ESCE,
foram criados com o objetivo de se constituírem como centros de formação cultural e técnica de
nível superior aos quais cabe ministrar a preparação para o exercício de atividades profissionais
altamente qualificadas e promover o desenvolvimento das regiões em que se inserem.
Não obstante a sua curta existência (iniciou a atividade letiva em Novembro de 2001), a ESCE
disponibiliza uma oferta formativa variada aos níveis de graduação e pós-graduação e de
especialização tecnológica. Paralelamente a estas atividades formativas, a ESCE tem-se ainda
destacado na organização regular de conferências, seminários, exposições e outros eventos e
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Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
atividades de disseminação de conhecimento.
No ano letivo 2011/2012 foram frequentadas as licenciaturas de Informática de Gestão,
Gestão da Distribuição e Logística, Contabilidade e Fiscalidade, Marketing e Comunicação
Empresarial (em horário laboral e pós laboral). O Curso de Especialização Tecnológica (CET)
ministrado foi o de Contabilidade e Gestão e a pós-graduação foi em Gestão da Qualidade. Nesta
instituição de ensino universitário trabalham 33 docentes (incluindo o diretor e o sub-diretor) e 5
não docentes.
| ETAP – Escola Profissional
A ETAP – Escola Tecnológica, Artística e Profissional foi criada em 1989 tendo como sede
o concelho de Caminha e um pólo em Vila Praia de Âncora. Anos mais tarde foram criados os
pólos de Vila Nova de Cerveira, Valença e Viana do Castelo. O facto de ter sido a primeira escola
profissional a ser criada na região norte e a segunda a nível nacional transforma a ETAP numa
das escolas mais prestigiadas do país.
Promovendo cursos de formação profissional de nível II e IV nas áreas de Hotelaria e Turismo,
Construção Civil, Artes Gráficas, Informática, Design, Ambiente e Administração, Comunicação,
Imagem e Som, Multimédia e Comércio, a ETAP contribui assim para a diversificação das opções
de ensino, para a formação dos jovens e preparação para o exercício profissional.
A ETAP está acreditada pela DGERT nos domínios da conceção, organização,
planeamento, desenvolvimento e avaliação das atividades formativas e foi a primeira a ser
certificada com o ISO 9001.
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Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
No ano letivo 2011/2012 frequentaram este estabelecimento de ensino no pólo de Valença
151 alunos. Ao nível dos recursos humanos a ETAP integrou 21 docentes e 4 colaboradores não
docentes. Os cursos ministrados foram Operador de Informática, Operador de Eletrónica, Técnico
de Gestão, Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos, Técnico de Marketing,
Técnico de Informática de Gestão, Técnico de Contabilidade e Técnico de Eletrónica, Automação
e Comando.
Fazendo uma análise comparativa entre o ano letivo 2007/2008 e 2011/2012 constata-se
um aumento de 19,84% relativamente ao número de alunos.
Analisando a situação atual do concelho, verifica-se que a distribuição do número de
alunos por níveis de escolaridade da população residente em Valença registou progressos pouco
expressivos ao nível do pré-escolar (com um aumento de 5,7%) e do 2º ciclo (com um aumento
de 0,74%). Ao nível do 1º e do 3º ciclos verificou-se um retrocesso, tendo sido de 14,68% no 1º
ciclo e de 25,07% no 3º ciclo.
A população apurada que possui o ensino secundário completo é de 280 pessoas quando
em 2007/2008 apenas 200 detinham esse grau. Realça-se que estes dados resultam da análise
entre o ano letivo 2007/2008 e 2011/2012 e as informações contidas nesta categoria foram
fornecidas pelo Agrupamento de Escolas.
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Gráfico 31 – Evolução do Número de Alunos Inscritos por Nível Escolar |
2007/2008 a 2011/2012
Fontes: GEPE - Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação, Ministério da Educação
e Agrupamento de Escolas Muralhas do Minho - Valença
Quadro 13 – Taxa de Retenção e Desistência no Ensino Básico e Secundário |
2007/2008 a 2010/2011
Escolaridade/Ano Letivo 2007 / 2008 2008 / 2009 2009 / 2010 2010 / 2011
1º Ciclo 1,2 3,4 2,5 3,6
2º Ciclo 2,9 9,6 7 6,1
3º Ciclo 11,9 13,3 10 12,5
Ens. Secundário 5,2 14,5 16,6 15,3
Fonte: GEPE
Rede Social | CLAS Valença76
Pre-escola 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo0
100
200
300
400
500
600
700
2007 / 20082008 / 20092009 / 20102010 / 2011
2011 / 2012
r
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Gráfico 32 – Taxa de Retenção e Desistência no Ensino Básico e Secundário |
2007/2008 a 2010/2011
Fonte: GEPE
Pode constatar-se que a taxa de retenção e desistência no ensino básico e secundário
sofreu um aumento acentuado.
No ano letivo 2011/2012 o nível de ensino que registou a taxa de retenção mais elevada foi
o 3º ciclo. É ainda de referir o facto de não se ter verificado situações de abandono nestes níveis
de ensino.
Rede Social | CLAS Valença77
1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Ens. Secundário0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
2007 / 20082008 / 20092009 / 20102010 / 2011
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Gráfico 33 – Taxa de retenção por Nível de Escolaridade | 2011/2012
Fonte: Agrupamento de Escolas de Muralhas do Minho
Gráfico 34 –Média dos níveis de classificação das provas de aferição do 1º, 2º e 3º
Ciclos a Língua Portuguesa e Matemática | 2011/2012
Fonte: Agrupamento de Escolas de Muralhas do Minho
Rede Social | CLAS Valença78
1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo0
2
4
6
8
10
12
14
5,1
11,15
13,11
Taxa de Retenção
1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo0
10
20
30
40
50
60
7062,4
59
50,752,454,4
47,6
Médias Língua PortuguesaMédias Matemática
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
As provas de aferição no 1º ciclo destinam-se apenas ao 4º ano, no 2º ciclo ao 6º ano e no
3º ciclo (9º ano de escolaridade) as provas finais de ciclo . Observa-se através do gráfico 31 que
os melhores resultados obtidos no ano letivo 2011/2012 nas provas de aferição se verificam, nos
três níveis de ensino, à disciplina de língua portuguesa. É ainda de realçar que, apenas no 3º ciclo
à disciplina de matemática, se obteve média negativa.
Quadro 14 – Média dos Resultados do Ensino Secundário por Prova | 2011/2012
Disciplinas Nacional Distrital Valença
Português 10,4 13,8 11
Matemática 10,4 13,5 8,4
Biologia e Geologia 9,8 14 8,9
Física e Química 8,1 13,7 6,1
História 11,8 13,6 11,3
Economia 11,7 14,7 14,5
Geografia 10,7 14,1 10,1
Fonte: Agrupamento de Escolas de Muralhas do Minho
Os resultados obtidos no agrupamento aproximam-se da média nacional com exceção de
português e economia onde a média é superior. Relativamente à média distrital os resultados do
agrupamento situam-se abaixo em todas as disciplinas.
Rede Social | CLAS Valença79
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| Educação e Formação de Adultos
Os cursos de educação e formação de adultos têm como principal objetivo elevar os níveis
de habilitação escolar e profissional da população portuguesa adulta, através de uma oferta
integrada de educação e formação que potencie as suas condições de empregabilidade e
certifique as competências adquiridas ao longo da vida. Estes cursos são destinados à população
que não possua a escolaridade de 9º e 12º anos, sem qualificação profissional, empregados ou
desempregados, inscritos no Centro de Emprego do Instituto do Emprego e Formação Profissional
ou indicados por outras entidades. Estes cursos, com dupla certificação escolar e profissional
conferem certificação escolar equivalente ao 1º, 2º ou 3º ciclos do ensino básico e secundário e
certificação profissional de nível 1, 2, 3 ou 4.
A massificação do acesso à educação registada nas últimas décadas beneficiou,
sobretudo, as camadas mais jovens da população sem introduzir alternativas adequadas às
gerações mais velhas que não tiveram oportunidade, aquando da idade escolar, de frequentar ou
permanecer no sistema educativo o tempo necessário para a aquisição de um conjunto de
competências que garanta o exercício dos direitos de cidadania, a manutenção de uma situação
de emprego estável ou mesmo a entrada num processo de reconversão profissional. Por este
motivo, a par da vertente escolar, foi desenvolvido o processo RVCC (Reconhecimento, Validação
e Certificação de Competências Profissionais) para a vertente profissional, visando contribuir para
o aumento dos níveis de qualificação formal da população ativa, bem como constituir uma
segunda oportunidade de formação para aqueles que não frequentaram ou abandonaram
precocemente os sistemas de educação e formação. Este processo integra a iniciativa “Novas
Rede Social | CLAS Valença80
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Oportunidades”, passando a constituir uma resposta simultânea às necessidades de dupla
certificação – escolar e profissional – dos adultos empregados e desempregados.
Atualmente o Governo procedeu ao redimensionamento da rede de Centros de Novas
Oportunidades sendo algumas destas estruturas extintas, como foi o caso do concelho de Valença
dos CNO que funcionavam no Agrupamento de Escolas de Muralhas do Minho e na ETAP.
Os resultados alcançados de 2007 a 2012 pelo CNO do Agrupamento de Escolas de
Muralhas do Minho estão espelhados na tabela abaixo.
Quadro 15 – Resultados das Certificações RVCC e Cursos EFA | 2007 - 2012
Ano Certificações RVCC
TOTAL Ano letivoCursos EFA
TOTALBásico Ensino
Secundário 2º Ciclo 3º Ciclo Ensino Secundário
2007 62 8 70 2007/2008 0 17 12 29
2008 69 13 82 2008/2009 0 10 12 22
2009 50 33 83 2009/2010 1 13 24 38
2010 68 30 98 2010/2011 33 3 28 64
2011 66 37 103 2011/2012 14 0 9 0
2012 76 123 199
Fonte: Agrupamento de Escolas de Muralhas do Minho
Rede Social | CLAS Valença81
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| Qualificação Profissional
Relativamente a este tema, o município de Valença dispõe de um vasto conjunto de
entidades formadoras que dinamizam ações nas mais variadas áreas cujo principal objetivo é
promover competências pessoais e profissionais com vista à obtenção de emprego e o
consequente incremento da economia, inclusão social e condições de vida da população.
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Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
4 | Cultura | Associativismo
| Equipamentos Desportivos
e Recreativos
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Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
4 | Cultura | Associativismo | Equipamentos Desportivos e Recreativos
O associativismo, nas suas diferentes formas e objetivos é, por um lado, manifestação de
uma sociedade mais ativa e, por outro, promotora de um desenvolvimento mais próximo dessa
sociedade. Por esta razão, o número de associações ativas numa dada comunidade reflete o grau
de empenho voluntário da respetiva população. No concelho de Valença encontram-se registadas
um total de 40 associações nas mais diversas áreas. Porém, este número acaba por não abranger
a totalidade de associações existentes no Concelho, algumas das quais estão atualmente inativas,
ainda que continuem a existir oficialmente. A maior parte das associações desenvolve atividades
no âmbito da cultura e do desporto, havendo igualmente, em número mais reduzido, na área
social, onde se registam alguns Institutos Particulares de Solidariedade Social, sendo estas
referidas no capítulo da “Ação Social” (Cap.6), assim como outras Associações individuais, como
é o caso da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários, a Associação de Habitantes de
Chamosinhos e a Associação de Pais do Agrupamento de Escolas Muralhas do Minho.
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Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Quadro 16 – Associações Culturais e Recreativas do Conselho de Valença
Nome Associação LocalidadeAssociação Cultural de Verdoejo Verdoejo
Associação Cultural e Recreativa de Gondomil Gondomil
Associação Cultural e Recreativa de Taião Taião
Associação Cultural e Recreativa Silvense Silva
Associação Musical de São Pedro da Torre São Pedro da Torre
Confraria de São Teotónio Ganfei
Confraria do Faro Ganfei
Coral Polifónico de S. Teotónio Valença
Escuteiros de Valença Valença
Grupo Cultural e Recreativo “Os Camponeses Minhotos” de Cerdal Cerdal
Liga dos Amigos do Concelho Valença Lisboa Valença
Liga dos Amigos do Faro Ganfei
Rancho Folclórico de São Julião São Julião
Associação de Pais e Encarregados de Educação do “Agrupamento Muralhas do Minho” Valença
Grupo de Amigos do Bombinho Fontoura
Associação de Jovens de Fontoura Fontoura
Fonte: Município de Valença
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Quadro 17 – Associações Desportivas do Conselho de Valença
Nome Associação Localidade“Os Peixinhos” Valença
Associação C.R. e Desportiva de Sanfins Sanfins
Associação de Artes Marciais Chinesas do Vale do Minho Valença
Associação Desportiva de Cerdal Cerdal
Associação Desportiva Verdoejense Verdoejo
Associação Hípica – Os Amigos da Montura Valença
Basket Clube de Valença Valença
Centro Cultural Recreativo e Desportivo Fontourense Fontoura
Club de Parapente Asas do Minho Valença
Clube de Atividades Aquáticas do Alto Minho Valença
Clube de Caça e Pesca Contrasta Cerdal
Clube de Caçadores “Os Torreenses” São Pedro da Torre
Clube Tracção ás 4 de Valença Valença
Columbofilia Valença
Grupo Desportivo Ganfeiense Ganfei
Grupo Motard Transfronteiriços de Valença Valença
Judo Clube de Valença Valença
Núcleo de Árbitos de Valença São Pedro da Torre
Núcleo Sportinguista Valença
Sociedade Recreativa Segadanense Crsitêlo-Côvo
Sport Clube Valenciano Valença
União Desportiva Friestense Friestas
Valença Hóquei Clube Valença
Fonte: Município de Valença
Rede Social | CLAS Valença86
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
No que se refere aos equipamentos desportivos, destaca-se do quadro seguinte o facto de
quase todos se localizarem na freguesia de Valença. Temos assim que, apesar do seu reduzido
número nas freguesias, referir que os equipamentos desportivos municipais localizados em
Valença estão a ser utilizados por todas elas.
Quadro 18 – Espaços Desportivos e Áreas de Lazer do Conselho de Valença
Espaços Desportivos / Áreas de LazerEstádio Lourenço Raimundo
Fit-Body ginásio da Piscina Municipal
Body Gym
Campo de ténis
Campo de tiro
Court de Ténis do Hotel Valença do Minho
Posto Náutico
Mini-Polidesportivo da Feira
Polidesportivo de Ganfei
Polidesportivo de São Pedro da Torre
Polidesportivo de Verdoejo
Piscina de Boivão
Piscina Municipal
Piscina do Hotel Valença do Minho
Polidesportivo – 1 e 2
Trilhos Pedestres Eurocidade
Ecopista do Rio Minho
Espaços Naturais
Fonte: Município de Valença
Rede Social | CLAS Valença87
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
| Equipamentos, Museus, Património cultural e Eventos
Valença distingue-se pelos seus recursos naturais, pela cultura histórica, pelas tradições e
gastronomia. Nas ultimas décadas tem assumido o sector da Cultura, como um dos vetores chave
na sua estratégia de desenvolvimento e afirmação territorial. Representativamente ligada aquela
que dá imagem ao concelho, a Fortaleza de Valença, aposta hoje em equipamentos culturais
diversificados que lhe permitem desenvolver anualmente um vasto leque de atividades culturais,
propiciando a residentes e visitantes uma oferta cultural de representativa abrangência. A matriz
identitária concelhia tem também sido alvo de trabalho a nível municipal não só pelo reforço da
componente museológica mas, também, pelo trabalho desenvolvido em prol do património
arquitetónico construido e arqueológico.
Neste sentido foram desenvolvidos projetos como a constituição da Eurocidade, entre
Valença e Tui por serem um centro geo-estratégico do Noroeste Peninsular, ocupando um lugar
central para 6 milhões de habitantes de Portugal e da Galiza. Desta forma abriu-se portas a
inúmeras oportunidades, à relação entre as pessoas, assim como à cooperação entre instituições,
negócios e à expansão económico-natural; e a candidatura da Fortaleza a Património Mundial
da Humanidade junto da UNESCO, pela sua beleza única do espaço, pela grandiosidade e
dimensão histórica e arquitetónica das muralhas e do edificado e pelo testemunho históricos dos
combates, cumplicidades, trocas de bens, de cultura e de conhecimentos de vários povos ao
longo de milhares de anos.
Estes são assim, alguns exemplos do empenho no desenvolvimentos cultural do conselho,
completo com os restantes equipamentos e eventos que o conselho tem para oferecer.
Rede Social | CLAS Valença88
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Mapa 3 – Mapa da Fortaleza de Valença com Identificação dos Pontos Históricos
Fonte: Município de Valença
Rede Social | CLAS Valença89
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Mapa 4 – Mapa do Concelho com Identificação dos Equipamentos Culturais e Outros
Fonte: Município de Valença
Rede Social | CLAS Valença90
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
| Despesas Correntes
Em 2011, o Município investiu cerca de quatrocentos e vinte mil milhares de euros na
promoção de atividades de índole cultural e desportiva. Das despesas correntes apresentadas
pelo município, cerca de 31% aplicaram-se em publicações e literatura; 26,4% destinaram-se às
atividades relacionadas com os desporto; 24,5% no património; 12% em ações relacionadas com
música e cerca de 6% à implementação de atividades sociais e culturais.
Quadro 19 –Despesa da Câmara Municipal em Atividades Culturais e de Desporto2011
Euro-Milhares
Património Publicações e Literatura Música Atividades
Socioculturais Jogos e Desportos
Total Museus Total Bibliotecas51 27
Total Recintos
103 53 128 128 111 0
Fonte: INE- Inquérito ao Financiamento Público das Atividades Culturais das Câmaras Municipais
A grande maioria das atividades culturais desenvolvem-se, substancialmente, nos espaços
que adiante se passa a identificar, decrevendo-se as suas valências e balanço de atividades que
aí se realizam.
Rede Social | CLAS Valença91
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
| Espaços Culturais
Arquivo Municipal
Edifício da Antiga Assembleia Valenciana, mandado construir em 1842 pelo General
António Vicente de Queirós, Conde de Ponte de Santa Maria, natural de Valença e heroico
combatente da Guerra Peninsular e do Movimento Libertador de 1832-1834. Nele trabalharam 37
pedreiros, sendo todos os madeiramentos originários do pinhal do Camarido em Caminha. Aqui
esteve instalada a Assembleia Valenciana desde 1885, vindo a ser adquirida por esta Instituição
em 1912.
A Assembleia Valenciana era uma Instituição de carácter social e cultural, fundada em 11
de Abril de 1851, que tinha por fim “promover a civilização, facilitando a instrução, a convivência e
trato civil pelo meio da leitura, conversação e companhia, e por quaisquer outros meios que a
Direção julgar convenientes” (Artº1º)
Extinta em 2002, uma vez esgotadas as condições que permitiam prosseguir os fins para
que fora instituída, foi pelos sócios então existentes decidido proceder à sua extinção e que o
edifício e respetivos bens móveis, incluindo a Biblioteca, fossem doados ao Município de Valença
do Minho para que o utilize como equipamento dinamizador do Centro Histórico e espaço de
atividades sócio – culturais, ato de doação que foi concretizado por escritura feita em 17 de Junho
de 2004.
Em 2011 foram iniciadas as obras de readaptação deste edifício a Arquivo Municipal,
equipamento que já existia em funcionamento na Casa das Varandas, em espaço que se tornou
exíguo para as reais necessidades de gestão dos documentos do município. O Arquivo Municipal
Rede Social | CLAS Valença92
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
foi inaugurado no dia 18 de Julho de 2013.
Biblioteca Municipal
A Biblioteca Municipal de Valença é um dos mais importantes equipamentos culturais que a
Câmara Municipal de Valença coloca ao dispor de toda a população do concelho. O seu
funcionamento pauta-se por objetivos fundamentais (diretrizes da I.F.L.A. / UNESCO para as
bibliotecas públicas) como o acesso do cidadão à informação, sem distinção, do suporte em que
esta se encontre, tendo esses materiais de informação devidamente organizados contribuindo
deste modo para dar resposta às necessidades informativas e culturais, fomentando o gosto pela
leitura, organizando atividades que permitam ocupar, de forma lúdica, os tempos livres de toda a
população do concelho.
Gráfico 35 – Evolução do Número de Utilizadores da Biblioteca Municipal
Fonte: Biblioteca Municipal de Valença
Rede Social | CLAS Valença93
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
18007
18336
20881
23542
27072
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
A Biblioteca Municipal de Valença recebeu, em 2012, mais 33,5% de utilizadores do que em
2006. A Coleção da Biblioteca Municipal é constituída por 28.523 Títulos, 36072 volumes [21049
monografias adultos, 7287 infantis, 86 títulos de publicações periódicas, 75 títulos fundo local
(sobre Valença ou de autores valencianos), 1772 documentos audiovisuais]. A Atividade de
extensão cultural desenvolveu-se nos seguintes moldes: Hora do conto: 85 sessões; Encontros
com escritores: 17 sessões; Comunidades de leitores: 5; Exposições: 11; Conferências: palestras;
Atelier: 22 (7 de promoção à leitura, 15 de outro tipo); Ações de formação: 2.
Núcleo Museológico
Inaugurado em 2008, o Núcleo Museológico Municipal proporciona reviver algumas das
épocas mais significativas da história de Valença, cujo edifício é, ele próprio, um contador de
história...foi sofrendo alterações em épocas diferentes, serviu diversos fins. Assim é, desta forma,
um espaço de preservação da memória cultural de Valença. A história local e a sua articulação
com os circuitos turístico-culturais intra e extra muros são dois dos seus objetivos principais.
Pretende-se colecionar, preservar, interpretar e expor no sentido de promover a compreensão da
história local. Por outro lado, deseja-se aproximar a oferta cultural das populações, através da
divulgação sistemática das diversas atividades que se pretendam realizar.
Rede Social | CLAS Valença94
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Gráfico 36 – Evolução do Número de Visitantes do Núcleo Museológico
Fonte: Núcleo Museológico de Valença
Desde 2009, não servindo o ano de abertura como registo passível de inferência, uma vez
que a sua inauguração realizou-se no final desse mesmo ano, verificou-se um acréscimo na
ordem dos 15,84% do número de visitantes ao Núcleo Museológico.
Núcleo Museológico do Bombeiro Manuel Valdéz Sobral
Este espaço museológico, na Praça Forte, situado na antiga "Hospedaria Militar" e ex-
quartel dos bombeiros, resulta do esforço e dedicação de Manuel Sobral, que foi voluntário desta
Associação Humanitária entre 1944 e 1981, desempenhando, entretanto, alguns cargos de
Direção na referida instituição e também nos Bombeiros Voluntários de Viana do Castelo. Esta
coleção, que integra cerca de 4000 peças, evoca um pouco da história destes Soldados da Paz,
Rede Social | CLAS Valença95
2008 2009 2010 2011 20120
5000
10000
15000
20000
25000
443
20279
17629
21851
24095
Nº de Visitantes
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
havendo peças representativas de muitos países do mundo, desde capacetes, Bomba Braçal de
1787 e 1854, e todos os instrumentos ligados a este ofício de combate ao fogo.
Museu Rural de Taião
O Museu Rural de Taião, resultado da recuperação de uma antiga residência paroquial,
expõe a etnografia local. Entre os objetos que poderá ver destaca-se o traje de Taião (elaborado
segundo as tradicionais técnicas de tecelagem) e vários utensílios ligados às minas de volfrâmio.
Poderá, ainda, descobrir alguns teares e materiais ligados à arte de trabalhar o linho, assim como
uma variedade de alfaias agrícolas, algumas ainda em uso na região. Alguns bordados, móveis,
carros de bois e loiças completam a sua interessante coleção.
Museu Digital de Valença
As necessidades defensivas são uma das linhas condutoras que ultrapassaram a barreira
do tempo e que marcam indelevelmente a paisagem do Vale do Minho. Sejam povoados
fortificados, construídos em tempos de rivalidades grupais e conquistas romanas, sejam castelos
e torres erguidos como bastião da identidade nacional, sejam fortalezas e fortins destinados a
manter a independência do território, estas estruturas guardam a memória destas terras de
fronteira. Neste sentido, são apresentadas cinco exposições virtuais que retratam os diferentes
tipos de fortificações existentes no Vale do Minho: Os Castros; Os Primeiros Castelos; A Defesa
do Minho na Idade Média; As Fortificações da Restauração e Os Fortins em Terra.
Rede Social | CLAS Valença96
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Museu Ferroviário de Valença
A Secção Museológica da C. P. de Valença está instalada na antiga cocheira de
locomotivas da estação de caminho de ferro. Nela pode ver-se o Comboio do séc. XIX, com
exceção da carruagem de 1ª Classe, construída em 1886. Podemos contactar, entre outras, com
uma locomotiva CP 23, de 1875, com um Salão Sf n.º1 construído em 1888 em França e
destinado a 5 passageiros; um Salão Sf 5004, construído em 1885 e que albergava 9 lugares
sentados, uma carruagem, um furgão e um quadriciclo a pedal.
Alfândega Cultural.
Pretende mostrar os valores artísticos dos grupos valencianos, um espaço que a autarquia
quer assumir como uma referência para a cultura transfronteiriça.
Paiol de Marte
O edifício do Paiol é um dos elementos arquitetónicos mais importantes da Fortaleza de
Valença e foi construído no início do séc. XVIII. É o único testemunho arquitetónico de um vasto
conjunto de edificações militares que em tempos existiram na parte sul da fortificação valenciana.
O Paiol é constituído por duas salas abobadadas, resguardadas por amplos muros. Este
edifício foi alvo de uma intervenção enquadrada no Plano de Requalificação da Praça Forte de
Valença para o adaptar a Posto de Turismo.
Inaugurado em Novembro de 2008, possui área de estar e consulta de folhetos
informativos, balcão de atendimento, zona de leitura com exposição de livros sobre a região e de
autores locais, zona de apoio e venda de produtos locais e artesanato.
Rede Social | CLAS Valença97
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
| Espaços de Desporto e Lazer
Piscinas Municipais
O Complexo das Piscinas Municipais oferece um espaço com boas condições para uma
prática desportiva diversificada.
Num tanque principal, com 6 pistas, que no conjunto dá uma dimensão de 25x12,5 metros,
desenvolvem-se as várias modalidades e práticas aquáticas, desde as aulas monitorizadas de
Hidroginástica, Hidrosénior, Hidropower, Hidrocombat, Hidroterapia, Hidrobike Express, iniciação à
Natação, Aprendizagem e Manutenção que são o reflexo da variedade de oferta, com uma
dimensão que não encontra paralelo na região. O complexo dispõe, ainda, de sauna e dois courts
de ténis.
A Piscina Municipal de Valença tem, ainda, uma vertente social muito ativa,
disponibilizando o espaço para os infantários escolas, populações especiais, seniores, e várias
coletividades de carácter desportivo e social do concelho. A Piscina Municipal pretende ser um
estímulo à prática desportiva junto da comunidade, fundamental para a melhoria da qualidade de
vida e saúde das pessoas. As atividades hidro proporcionam bem estar físico e mental, no dia a
dia de cada um, com claros benefícios na tonificação muscular e na melhoria do aparelho
cardiovascular.
Ecopista do Rio Minho
Inaugurado em Novembro de 2004, o Percurso de Valença começa na Casa da Linha, na
Ponte Seca e, dirige-se em direção a Monção, encontrando-se com o Percurso Monçanense na
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fronteira dos dois Concelhos, entre Friestas e Lapela, o que perfaz uma extensão de 13Km.
Sempre paralelo e muito próximo do Rio Minho, caracteriza-se por ser um Percurso amplo, de
dificuldade baixa e sem grandes desníveis, pois trata-se de uma antiga linha ferroviária.
São muitos os pontos de interesse que pode visitar, neste percurso. Em Valença, o Museu
Ferroviário e o Centro de Interpretação da Ecopista. De seguida, o Mosteiro Beneditino de Ganfei,
a Ínsua do Conguedo e a Zona de Lazer da Pesqueira dos Frades, em Verdoejo. Aqui, o
Cemitério Medieval e o Cruzeiro do Adro Velho são, também, visitas obrigatórias. Mais à frente, a
Praia fluvial e a ponte metálica sobre o Rio Manco, a primeira ponte metálica ferroviária, deste
modelo, a ser construída em Portugal. Antes de terminar, temos ainda o Observatório da Fauna e
Flora da Ecopista do Rio Minho, em Friestas.
Toda a via é em piso betuminoso colorido, vermelho, e está apetrechada com sinalização
vertical e marcas quilométricas. Também disponibiliza, ao longo de todo o percurso, informação
relevante para a Ecopista. Sempre que a geografia do terreno obriga, foram colocados elementos
de madeira para balizamento e acesso à Ecopista.
Trilhos Pedestres
São já doze os Percursos Pedestres assinalados no Concelho de Valença: Trilho do
Castelo da Furna; Trilho de Mosteiró; Trilho de Real; Trilho São Silvestre; Trilho do Carvoeiro;
Trilho Ínsua do Crasto; Trilho Monte Carvalho; Trilho Monte do Faro; Trilho Via Romana; Trilho
Veiga da Mira; Trilho Entre Mosteiros; Trilho da Bouça Velha. Estes, são fruto de um cuidado
especial na sua elaboração, constituindo um bom momento de relaxamento junto da natureza,
permitindo desfrutar de paisagens incríveis e lugares de rara beleza natural e com vários graus de
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dificuldade.
Para além dos doze Trilhos já nomeados, temos ainda três Grandes Rotas Pedestres:
Grande Rota da Ribeira Minho; Grande Rota Coura/Valença que inicia em Valença e termina em
Paredes de Coura ao longo de 13,8Km; e a Grande Rota Vale do Minho, esta possuí um traçado
de 95,7Km que atravessam os concelhos de Melgaço, Monção, Valença, e Vila Nova de Cerveira.
Mapa 5 – Grande Rota da Ribeira Minho
Fonte: Município de Valença
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Caminhos de Santiago
Os Caminhos de Santiago são os percursos percorridos pelos peregrinos que afluem a
Santiago de Compostela desde o século IX para venerar as relíquias do apóstolo Santiago Maior,
cujo suposto sepulcro se encontra na catedral de Santiago de Compostela. A peregrinação foi uma
das mais concorridas da Europa medieval, cuja importância só era superada pela Via Francigena
(com destino a Roma) e Jerusalém, sendo concedida indulgência plena a quem a fizesse. Depois
de vários séculos relativamente esquecida, desde os anos 1980 que a popularidade da
peregrinação tem vindo a crescer substancialmente, embora grande parte das pessoas que fazem
o Caminho (nome pelo qual é também conhecida a peregrinação) atualmente não o façam por
motivos religiosos. O Caminho tornou-se um itinerário espiritual e cultural de primeira ordem, que
é percorrido, que por dezenas ou centenas de milhares de pessoas todos os anos. Foi declarado
Primeiro Itinerário Cultural Europeu em 1987 e Património da Humanidade (em Espanha em 1993
e em França em 1998).
Como forma de apoiar os peregrinos, Valença conta com um Albergue (Albergue S.
Teotónio), este é da responsabilidade da Câmara Municipal, que oferece um lugar para pernoitar
aos peregrinos. Mediante a apresentação da credencial, com os respetivos carimbos, o peregrino
tem acesso a uma cama (em geral um beliche) e a um duche quente. O albergue S. Teotónio
dispõem ainda de uma cozinha e de uma sala comuns. As regras são simples: a saída é feita em
geral até as 10 horas da manhã e o peregrino é convidado a dar uma pequena contribuição para a
manutenção do albergue conforme as suas posses.
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Mapa 6 – Caminhos de Santiago – Caminho Central
Fonte: Município de Valença
Mapa 7 – Caminhos de Santiago – Caminho da Costa
Fonte: Município de Valença
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Caminhos de Fátima
Nos últimos tempos são muitos os peregrinos que passam por Valença a caminho de Fátima
utilizando o percurso dos Caminhos de Santiago. O Albergue de São Teotónio, em Valença,
guarda o testemunho e as memórias dessas passagens.
Guiados pelas setas azuis o percurso segue o mesmo dos Caminhos de Santiago, mas em
sentido inverso.
São caminhos para peregrinos que a pé se dirigem a Fátima evitando as estradas de grande
tráfego automóvel em favor de caminhos de terra ou, se estes não estiverem acessíveis,
pequenas estradas rurais com pouco tráfego.
De Valença o percurso segue por Paredes de Coura, Ponte de Lima, Barcelos, Porto e Coimbra,
entre muitas outras localidades.
Assim, ao Caminho do Tejo, que liga Lisboa a Fátima ao longo dos seus cerca de 140 quilómetros,
juntam-se agora mais cerca de 300 quilómetros sinalizados com as setas azuis que indicam o
sentido de Fátima, desde Valença.
A marcação deste percurso foi levada a cabo pelo Centro Nacional de Cultura, cuja iniciativa
pioneira na sinalização dos Caminhos de Fátima é reconhecida não só pelo Santuário de Fátima
como por todos os que se interessam por ajudar os peregrinos.
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| Espaços Naturais
A procura de novos espaços para a prática das mais variadas atividades lúdico-desportivas
começa a fazer parte do nosso dia a dia, afirmando-se mesmo como uma nova tendência dos
finais do século XX. Assim sendo, o concelho dispõe de diversos espaços naturais que
proporcionam a toda a população valenciana e visitantes, a possibilidade de usufruir dos mesmos
para o desenvolvimentos das referidas atividades, nomeadamente: Parque de Nossa Senhora da
Cabeça; Parque do Monte do faro; Couto de Sta Ana; Pântano da Veiga da Mira; Miradouro de Stº
Ovídio; Ilha do Conguedo; Ínsua dos Castros; Pesqueira da Gingleta; Pesqueira da Paiola;
Pesqueira de Cristêlo-Côvo; Pesqueira do Lagartão; Pesqueira do Tadim e Pesqueira dos Frades.
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5 | Saúde
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5 | SaúdeAs condições de saúde de uma população relacionam-se fortemente com o nível de
desenvolvimento sócio - económico pois dependem, por um lado, da capacidade de oferta em
quantidade, qualidade e eficiência de serviços de saúde e da sua acessibilidade e, por outro, das
condições gerais de vida, que se portam à alimentação, à habitação, ou ao meio ambiente.
| Organização de Serviço Nacional de Saúde no Concelho
O Centro de Saúde de Valença compreende as seguintes unidades funcionais: a Unidade
de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP), a Equipa de Cuidados Continuados Integrados no
Domicílio (ECCI), a Unidade de Convalescença de Valença (UCV), a Unidade Móvel (UM) ,a
Saúde Pública e a consulta descentralizada do CRI – Centro de Respostas Integradas. É também
de salientar as parcerias protocoladas pelo serviço com a Comissão de Proteção de Crianças e
Jovens de Valença (CPCJ), com o Protocolo do Rendimento Social de Inserção (RSI) e com a
Rede Social de Valença, através das quais preconiza um atendimento mais efetivo junto da
população valenciana.
UCSPA UCSP funciona das 8h00 as 20h00, de segunda a sexta-feira com prolongamento de
horário até às 24h e aos fins-de-semana e feriados das 8h00 às 24h00 apenas em consulta
aberta, para situações agudas. A UCSP tem como missão garantir a prestação de cuidados de
saúde personalizados à população inscrita no Centro de Saúde de Valença. Esta equipa de Saúde
Familiar é constituída por 9 médicos, 13 enfermeiros, 8 assistentes técnicos, 6 assistentes
Rede Social | CLAS Valença106
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
operacionais, 1 nutricionista e 1 assistente social, 1 técnica de Raio X e 1 higienicista oral. A
UCSP conta ainda com uma consulta de psicologia descentralizada do CRI onde são atendidos os
utentes com patologia no âmbito das dependências, nomeadamente substâncias ilícitas e álcool,
sendo a mesma quinzenal e dirigida à população dos Conselhos de Melgaço, Monção e Valença.
Tem ainda disponível consultas descentralizadas da ULSAM das especialidades de Psiquiatria,
Psicologia e Pediatria, também estas dirigidas à população dos supra-citados conselhos. A
metodologia de trabalho é por médico de família e por enfermeiro de família, este por área
geográfica.
No âmbito deste mesmo serviço, desenvolvem-se outros Projetos e Programas de âmbito
Nacional, sendo eles: Projeto de Saúde Escolar (individual e coletiva); Programa de Alimentação
Saudável (PASSE); Programa Nacional de Saúde Oral; Núcleo de Apoio às Crianças e Jovens em
Risco (NACJR) e o Programa Nacional de Prevenção e Controle de Doença Oncológica.
ECCIA ECCI de Valença funciona de segunda a sexta-feira das 8h00 as 20h00, fim-de-semana
e feriados das 9h00 às 17h00. A Equipa de Cuidados Continuados Integrados, direciona a sua
intervenção multidisciplinar a pessoas em situação de dependência funcional, doença terminal, ou
em processo de convalescença, com rede de suporte social, cuja situação não requer
internamento. Esta equipa multiprofissional e constituída por 3 enfermeiros com colaboração de
35 horas/semanais, 1 médico 4 horas/semanais, 1 assistente social 7 horas/semanais, 1
nutricionista 4 horas/semanais e de 1 fisioterapeuta 4 horas /semanais.
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UCVA UCV é uma Unidade de Internamento, articulada com o hospital de agudos, da Unidade
Local de Saúde do Alto Minho, EPE, para prestar tratamento e supervisão clínica, continuada e
intensiva, e para cuidados de reabilitação, na sequência de internamento hospitalar originado por
situação clínica aguda, recorrência ou descompensação de processo crónico. Tem por finalidade a
estabilização clínica e funcional, a avaliação e a reabilitação integral da pessoa com perda
transitória de autonomia, potencialmente recuperável e que não necessita de cuidados
hospitalares de agudos. Esta destina-se a internamentos com previsibilidade de até 30 dias
consecutivos por admissão. A este serviço estão afetos os seguintes profissionais: 1 assistente
social com 20 horas/semanais, 13 enfermeiros com 393 horas/semanais, 2 fisioterapeutas 52,5
horas/semanais, 3 médicos 51 horas/semanais, 1 nutricionista conforme necessidade, 8
assistentes operacionais com 280 horas/semanais; 1 terapeuta da fala conforme necessidade, 1
terapeuta ocupacional com 17,5 horas/semanais e 1 assistente técnico com 10 horas/semanais.
Em 2012, este serviço acolheu um total de 254 utentes, dos quais 161 eram do sexo
feminino (63,39%) e 93 do sexo masculino (36,61%). Cerca de metade dos utentes integrados
durante o ano de 2012 nesta unidade, eram oriundos dos concelhos de Valença e Monção (22% e
23% respetivamente) seguidos dos concelhos de: Melgaço (11%), Vila Nova de Cerveira (9%), e
Viana do Castelo, Ponte de Lima, Caminha, Paredes de Coura Ponte da Barca e Arcos de
Valdevez. De referir é também o facto de mais de metade (55%) desta população encontrar-se na
faixa etária dos 65 aos 79 anos, seguido de 19% situar-se na faixa dos 80 aos 85 anos. Sublinhe-
se ainda que 22% dos utentes eram idosos a viver em situação de isolamento.
Rede Social | CLAS Valença108
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
UM
A Unidade Móvel de Saúde é constituída por uma viatura equipada, com condições para
prestar cuidados de saúde primários, nomeadamente na área da promoção e vigilância da saúde
dos idosos, atuando ao nível: da identificação/sinalização de casos de risco; da promoção e
vigilância do auto-cuidado; da observação e gestão do regime terapêutica; da promoção da
vacinação e encaminhamento para as equipes unidades de saúde familiar; do acompanhamento
periódico de utentes idosos sinalizados com patologias crónicas (Diabéticos, Hipertensos, DPCO,
Cardíacos...) e do acompanhamento periódico de utentes idosos submetidos a cirurgia oncológica,
principalmente os utentes Ostomizados, fornecendo também o material de ostomia.
A intervenção desta Unidade Móvel, tem como função organizar respostas adequadas no
acompanhamento de situações de fragilidade e de incapacidade que condicionam a acessibilidade
à Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Valença, principalmente na vigilância e
controlo dos Idosos, através de Consultas de Enfermagem. A esta equipa estão afetos: 1
enfermeira e 1 motorista.
No concelho de Valença, este trabalho tem vindo a ser realizado pela Profissional de
Enfermagem colocada na Unidade Móvel, de acordo com as necessidades encontradas, em
articulação constante com as Equipas de Saúde Familiar, Técnicas dos Serviços Sociais e
Nutricionista da Unidade de Saúde.
Todos os utentes do concelho de Valença têm acesso à UM, dando-se prioridade aos
indivíduos com idade ≥ 65 anos, residentes e não residentes nas freguesias de: Friestas,
Verdoejo, Boivão, Gondomil, Ganfei, Sanfins, Cerdal, Taião, Gandra, Fontoura, S. Julião, Silva e
S. Pedro da Torre.
Rede Social | CLAS Valença109
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Após a avaliação da afluência do número de utentes à Unidade Móvel nos anos anteriores,
e tendo em linha de conta a distância ao Centro de Saúde (uma média de 2 Km), foram retiradas
do âmbito de intervenção desta unidade, as freguesias de Valença, Cristêlo-Côvo e Arão.
Perspetivando-se com esta medida aumentar os períodos de funcionamento da Unidade Móvel,
nas freguesias mais distantes do concelho.
SP
A Unidade de Saúde Pública do Alto Minho (USPAM) tem uma área de influência que
corresponde ao distrito de Viana do Castelo, com uma população de 244 836 habitantes (Censos
2011/INE) e uma área geográfica de influência de 2 218,8 km2 (INE) que integra 10 concelhos. É
constituída por uma equipa multiprofissional da qual fazem parte médicos de saúde pública
(MSP), técnicos de saúde ambiental (TSA), enfermeiros, higienista oral, eng.ª sanitarista,
psicóloga e administrativos. Atua em cooperação com as demais unidades funcionais da Unidade
Local de Saúde do Alto Minho e estruturas locais no desenvolvimento de programas e projetos de
proteção e promoção da saúde, com as quais promove parcerias de modo a responder de forma
eficiente e com qualidade às necessidades de saúde da população. Sendo uma unidade a nível
distrital, todos os profissionais asseguram as necessidades dos concelhos da área de influência
da USPAM. Por proximidade de intervenção, atualmente, no centro de saúde de Valença,
encontram-se um MSP e um TSA.
Rede Social | CLAS Valença110
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
| População Inscrita no Centro Saúde
O Centro de Saúde registava, em 2012, um total de 15.619 utentes, de acordo com os
dados fornecidos pelo mesmo. Importa salientar o facto do número de utentes inscritos ser
superior ao número total da população residente no concelho, facto que se deve ao número de
inscritos esporádicos.
Gráfico 37 – Evolução do Número de Utentes Inscritos no CS | 2008-2012
Fonte: Centro de Saúde de Valença – Unidade Local de Saúde do Alto Minho
Procedendo à análise do gráfico 37, denota-se um aumento gradual e constante entre 2008
e 2011, sendo que em 2012 a população decresce 1,12 pontos percentuais em relação ao ano
anterior.
Rede Social | CLAS Valença111
2008 2009 2010 2011 201214800
15000
15200
15400
15600
15800
16000
15149
15297 15417
15794
15619
Nº de Utentes
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
No que diz respeito aos grupos etários em que se inscrevem os utentes do CS, verificamos
que ao longo dos últimos 5 anos registou-se uma redução gradual no primeiro grupo etário (0 aos
14 anos), fruto da redução da Taxa de Natalidade, e inversamente um acréscimo nos restantes
grupos etários, mais marcante nas idades adultas ( 25 aos 64 anos).
Quadro 20 – Número de Utentes Inscritos no CS por Grupos-Etários | 2008-2012
Inscritos no Centro de SaúdeGrupo Etário
0-14 anos TOTAL
15-24 anosTOTAL
25-64 anosTOTAL
65/+ anosTOTAL TOTAIS
SEXO M F M F M F M F
2008 978 950 1928 744 738 1482 4034 4196 8230 1421 2088 3509 15149
2009 957 938 1895 752 749 1501 4105 4263 8368 1432 2101 3533 15297
2010 920 927 1847 767 762 1529 4164 4318 8482 1444 2115 3559 15417
2011 944 976 1920 848 832 1680 4241 4444 8685 1456 2053 3509 15794
2012 927 921 1848 785 778 1563 4227 4381 8608 1463 2137 3600 15619
Fonte: Centro de Saúde de Valença – Unidade Local de Saúde do Alto Minho
Rede Social | CLAS Valença112
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Gráfico 38 – Estrutura Etária dos Utentes Inscritos no CS | 2012
Verifica-se uma tendência para a inversão da pirâmide de idades. O envelhecimento no topo
da pirâmide acentua-se, fortemente marcada pelo sexo feminino. Em termos de género continua a
existir uma proeminência do sexo feminino, com uma percentagem de 52,6% em oposição a
47,4% dos homens, esta predominância denota-se acentuadamente a partir dos 75 anos.
Quadro 21 – Consultas Médicas no Centro de Saúde, segundo a especialidade |
2008-2011
Consultas Médicas por Especialidade
ANO Medicina Geral e Familiar
Planeamento Familiar Saúde do Recém-Nascido, da Criança e do Adolescente
Saúde Materna Outras Especialidades
2008 37 944 1 457 3 850 993 63
2009 38 643 1 375 3 840 1 256 74
2010 48 286 1 020 6 755 1 127 0
2011 43 079 690 4 280 1 002 0Fonte: INE – Inquérito aos Centros de Saúde
Rede Social | CLAS Valença113
Fonte: Centro de Saúde de Valença – Unidade Local de Saúde do Alto Minho
ArãoBoivãoCerdal
Cristêlo-CôvoFontoura
FriestasGandraGanfei
GondomilSanf ins
São JuliãoS. Pedro da Torre
SilvaTaião
Valença
37,7920,863,669,134,3210,649,35108,55,494,295,398,682,51
82024717448477375461243131234415441012322811523483
2001Área (Km²)
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Em 2011 regista-se um decréscimo de 12% nas consultas de medicina geral e familiar
efetuadas relativamente ao ano anterior. Este decréscimo é sentido em todas as especialidades,
denota-se um acréscimo anual geral até 2010, processo que é invertido em 2011 para todas as
especialidades. As consultas de saúde do recém-nascido, criança e adolescente são, por hábito,
as mais realizadas (4 280).
| Recursos de Saúde
O conselho conta ainda com outros recursos de saúde, constituindo uma mais valia para a
população. Ao nível de farmácias, em 2012, são contabilizadas 3 em todo o concelho, o que
corresponde a uma relação de 4.644 habitantes por farmácia, nas que se encontram a trabalhar
vários profissionais, 10 dos quais são farmacêuticos.
Ao nível de especialidades médicas o concelho tem registado nos últimos anos uma oferta privada
diversificada, em que com periodicidade variável (diária, semanal ou quinzenal) especialistas se
deslocam ao concelho evitando deste modo, deslocações de longo curso dos doentes a outras
localidades.
Rede Social | CLAS Valença114
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
6 | Ação Social
Rede Social | CLAS Valença115
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
6 | Ação Social Com o rápido crescimento populacional, aumenta a necessidade de mobilizar um conjunto
adequado de agentes e serviços sociais, como forma de dar resposta às necessidades de apoio
social da população.
Quadro 22 - Instituições com Valência de Creche, 2012
Instituições Capacidade Nº Utentes
Nº de Utentes com Acordo com Segurança
SocialVagas Lista de
Espera
Santa Casa da Misericórdia de Valença
Centro Social da Paróquia de Cerdal
Cruz Vermelha de Valença14
60
35
75
60
35
13
53
33
13
0
0
62
7
8
0
Fonte: IPSS's do concelho de Valença
Quadro 23 - Instituições com valência para a população idosa, 2012
Valências Instituições
Lar de Idosos - Santa Casa da Misericórdia de Valença- Cruz Vermelha de Valença
Serviço de Apoio Domiciliário - Santa Casa da Misericórdia de Valença- Cruz Vermelha de Valença
Centro de Dia - Associação Social e Recreativa dos Aposentados e Reformados do Concelho de Valença
Centro de Convívio - Associação de Reformados- Centro Social e Cultural de São Pedro da Torre
Fonte: IPSS's do concelho de Valença
14 Os dados referentes à Cruz Vermelha de Valença, constantes na tabela, são referentes ao ano de 2013, ano de abertura das valências supra-citadas.
Rede Social | CLAS Valença116
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Quadro 24 - Capacidade de Resposta por Valência, 201215
Valência Número Capacidade Nº Utentes
Nº de Utentes com Acordo com
Segurança SocialVagas Lista de
Espera
Lar de IdososServiço de Apoio Domiciliário
Centro de DiaCentro de Convívio
2212
125903070
118781855
125781845
512120
12000
Fonte: IPSS's do concelho de Valença
É ainda de sublinhar, a existência de duas Instituições de cariz privado, de apoio à infância
e juventude no concelho, sendo elas: a “Metro e Meio”, para crianças e jovens dos 6 aos 11 anos,
com capacidade para 20 crianças; e o “Traquinas”, com capacidade para 24 crianças.
Como resposta à população idosa, o concelho tem também uma Instituição privada,
“Perfeitancora”, que apoia, neste momento, 7 idosos através da sua valência de SAD.
| Instituições Particulares de Solidariedade Social O concelho de Valença conta com o contributo de Instituições Particulares de
Solidariedade Social que, através de protocolos de colaboração com o Estado Português,
desenvolvem atividades de apoio social dirigidos às diferentes faixas etárias da população
nomeadamente, à terceira idade, pessoas com deficiência e primeira infância.
A informação que, de seguida se explana, foi apurada através da participação das
seguintes Instituições Particulares de Solidariedade Social do concelho de Valença, Santa Casa
15 A ocupação total de cada instituição, com a valência de lar, compreende as vagas de emergência social exigidas por lei.
Rede Social | CLAS Valença117
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
da Misericórdia de Valença, Cruz Vermelha, Centro Social de Cerdal, Associação Social e
Recreativa dos Aposentados e Reformados do Concelho de Valença e Centro Social e Cultural de
S. Pedro da Torre.
| Respostas Sociais para a Pessoa com Deficiência Mental
A APPACDM (Associação de Pais e Amigos do Cidadão com Deficiência Mental) – Centro
de Atividades Ocupacionais de Valença está especial e estatutariamente vocacionada para o
atendimento e enquadramento da pessoa com deficiência mental. Tem como objetivo promover a
integração na sociedade do cidadão com deficiência mental, defender e promover os reais
interesses e satisfação das necessidades do deficiente mental nas instituições, no trabalho, no lar
e na sociedade. No ano de 2012 o centro de atividades ocupacionais de Valença contou com 20
utentes.
| Respostas Sociais para a População Idosa
Como se pode perceber pelo gráfico abaixo descriminado, o número de utentes a residir na
resposta de Lar, aumentou tendo como referência o ano de 2007 (53 idosos) e o ano de 2010 (63
idosos). Sendo que, o número de idosos inscritos em lista de espera teve um decréscimo de 35
idosos para 12 idosos, o que significa que a Estrutura Residencial para idosos, conseguiu dar
resposta aos mesmos, integrando-os em Lar. Outra situação possível para este decréscimo de
idosos inscritos em Lista de Espera, foi o falecimento dos mesmos e/ou a possibilidade de
encontrarem outra resposta que fosse de encontro às suas necessidades.
De 2010 até 2012, houve um decréscimo de idosos a residir em Lar, (69 idosos em 2010 e
Rede Social | CLAS Valença118
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
63 idosos em 2012). Esta diminuição está relacionada com a necessidade de melhoria das
condições dos residentes, na medida em que foram retiradas camas aos dormitórios/quartos, o
que implica uma redução de utentes..
Desde 26 de Fevereiro de 2013, com as novas instalações da Cruz Vermelha surgiu a
valência de lar com capacidade para 60 utentes. Neste momento com uma ocupação de 55
idosos.
Gráfico 39 - Nº de Idosos a Residir na Santa Casa da Misericórdia de Valença
Nº de Utentes Lista de Espera
Nº de Utentes com Acordo
Fonte: Santa Casa da Misericórdia de Valença
Desde o ano de 2007 até 2012, houve um aumento notável de idosos que recorreram ao
Serviço de Apoio Domiciliário (em 2007, 59 idosos e 2012, 72 idosos). Tal fato deve-se a duas
Rede Social | CLAS Valença119
2007 2008 2009 2010 2011 20120
1020304050607080
53
68 69 69 66 6365 65 65 65 65 65
3530 29
13 11 12
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
situações, ao aumento das fragilidades e necessidades dos idosos, que a dada altura da sua vida
deixam de poder dar resposta às suas necessidades mais básicas, como a confeção da sua
alimentação e/ou a família que, por falta de tempo ou por falta de condições e, por vezes falta de
conhecimento não têm condições para providenciar o apoio necessário ao idoso. Neste contexto,
uma das alternativas que se apresenta é o SAD (Serviço de Apoio Domiciliário), que segundo o
gráfico se pode observar que tem sido uma resposta muito pretendida pelos idosos.
Gráfico 40 - Nº de Idosos a usufruir dos Serviços de Apoio Domiciliário da Santa Casa da Misericórdia de Valença e da Cruz Vermelha
Fonte: IPSS's do concelho de Valença
É importante salientar que em 1999, a Associação Social e Recreativa dos Aposentados e
Reformados do Concelho de Valença funcionava como resposta de Centro de Convívio, com 15
utentes (o mesmo número de utentes com protocolo). O Centro Social e Cultural de S. Pedro da
Torre admite 40 utentes para a resposta, não só da freguesia onde está sediada mas também de
Rede Social | CLAS Valença120
2007
2008
2009
2010
2011
2012
0 10 20 30 40 50 60 70 80
59
64
73
71
74
72
53
53
53
53
53
53
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
outros locais do concelho. Este Centro Social foi fundado em 6 de Janeiro de 1988, mas só no ano
de 2000 é que foi celebrado o acordo de cooperação para 30 utentes com a Segurança Social,
para a resposta de Centro de Convívio.
Assim, é notável o elevado aumento do número de utentes a usufruírem da resposta desde 2008
até 2012.
O Centro Social e Cultural de S. Pedro da Torre foi fundado em 6 de Janeiro de 1988 mas
só no ano de 2000 é que foi celebrado o acordo de cooperação para 30 utentes com a Segurança
Social, para a resposta de Centro de Convívio. Desde o ano de 2000 até agora o nº de utentes a
frequentar este Centro de Convívio tem sido praticamente o mesmo, ou seja, 40 utentes.
Gráfico 41 - Nº de idosos inscritos no Centro de Convívio da Associação de Reformados e Centro Social e Cultural de S. Pedro da Torre
Fonte: IPSS's do concelho de Valença
O gráfico abaixo exposto refere-se a uma IPSS, a Associação de Reformados que iniciou
em Dezembro de 2011 a resposta de Centro de Dia com 18 utentes, sendo o protocolo assinado
Rede Social | CLAS Valença121
2007 2008 2009 2010 2011 20120
20
40
60
80
100
120
53
68 68
10291 95
53
68 68
86 86 86
1022
33
18
32
15
Nº UtentesNº Utentes com AcordoLista de Espera
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
em 2012 para 30 utentes. Assim, a mesma disponibiliza 2 valências: Centro de Dia e Centro de
Convívio, com capacidade de acolher 30 utentes em cada uma, sendo as mesmas apoiadas por
uma equipa técnica constituída por cinco elementos e uma enfermeira voluntária. Tal facto
pressupõe que os idosos procuram cada vez mais uma ocupação lúdica para evitar a solidão e
alongar o prazo de aparecimento de doenças de foro cognitivo.
Gráfico 42 - Nº de idosos inscritos na resposta de Centro de Dia da Associação de
Reformados
Fonte: Associação Social e Recreativa dos Aposentados e Reformados do concelho de Valença
| Respostas Sociais para a Primeira Infância
Referente à valência de creche na Santa Casa da Misericórdia de Valença, entre o ano
2007 e 2009, o número de crianças manteve-se praticamente igual. No entanto em 2009 houve
um aumento significativo na lista de espera na resposta de creche e um decréscimo na valência
jardim de infância. Este facto levou a que uma das salas destinadas a crianças entre os 3 e os 6
Rede Social | CLAS Valença122
20120
5
10
15
20
25
30
18
30
Nº de UtentesAcordo para: (nº utentes)Lista de espera
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
anos deixasse de existir passando esse espaço a ser ocupado por crianças até aos 3 anos.
Pelo facto referido acima, nos anos 2011 e 2012, a lista de espera baixou.
Em 2011/2012 a procura da valência de creche baixou significativamente no Concelho de
Valença, podendo inferir-se que se deve ao facto da conjuntura atual (crise económica e
consequente aumento das situações de desemprego), pelo que não necessitam desse tipo de
resposta.
No Centro Social da Paróquia de Cerdal, a partir de 2010, com as novas instalações e com
a alteração do protocolo, o número de utentes tem aumentando, como se pode perceber na
tabela. Os dados descritos encontram-se refletidos nos gráficos 43 e 44.
Referente ao ano letivo 2012/2013, a valência de creche da Cruz Vermelha de Valença,
tinha apenas uma ocupação de 13 crianças uma vez que esta resposta só começou a funcionar
em 26 de Fevereiro do corrente ano. Esta IPSS tem capacidade para 75 crianças, dos 0 aos 3
anos.
Quadro 25 - Creche do Centro Social da Paroquia de Cerdal
Anos Nº utentes por Valência
Nº utentes com acordo
Em lista espera
2008 15 15 10
2009 15 15 15
2010 33 33 15
2011 38 33 10
2012 35 33 8
Fonte: Centro Social da Paroquia de Cerdal
Rede Social | CLAS Valença123
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Gráfico 43 - Nº de Crianças inscritas na Creche da Santa Casa da Misericórdia de Valença e na Creche do Centro Social da Paroquia de Cerdal
Fonte: IPSS's do concelho de Valença
Gráfico 44 - Nº de Crianças inscritas no Jardim de Infância da Santa Casa da Misericórdia de Valença
Fonte: IPSS's do concelho de Valença
Rede Social | CLAS Valença124
ArãoBoivão
CerdalCristêlo-Côvo
Fontoura
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
3 7,79 20,86 3,66 9,13
820
247
1744
847737
316,22
3191,75
281,66
79,87
Área (Km²)20012011
2007 2008 2009 2010 2011 20120
10
20
30
40
50
60
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
O Centro de Atividades e Tempos Livres da Cruz Vermelha (CATL) funcionou sempre em
regime particular sem acordo de cooperação com a Segurança Social. Tendo em conta que a
situação socioeconómica do país tem vindo a degradar-se progressivamente, a procura do CATL
foi diminuindo. O prolongamento de horário nas escolas e o aumento do desemprego tiveram um
impacto negativo na subsistência desta resposta social, como se pode perceber no gráfico 43.
Gráfico 45 - Nº de Crianças a usufruir do Centro de Atividades e Tempos Livres da Cruz Vermelha
Fonte: Cruz Vermelha de Valença
Rede Social | CLAS Valença125
2007 2008 2009 2010 2011 201202468
101214161820
20 20 20 20
16
7
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
| Proteção Social no Concelho de Valença
A Unidade de Desenvolvimento Social e Programas (UDSP) tem como objetivos
fundamentais a prevenção e reparação de situações de carência e desigualdade socioeconómica,
de dependência, de disfunção, exclusão ou vulnerabilidades sociais, bem como a integração e
promoção comunitárias das pessoas e o desenvolvimento das respetivas capacidades.
Assegurar especial proteção aos grupos mais vulneráveis, nomeadamente crianças, jovens,
pessoas com deficiência e idosos, bem como a outras pessoas em situação de carência
económica e social. Devendo ser conjugada com outras políticas sociais públicas, bem como ser
articulada com a atividade de instituições não públicas.
No subsistema de ação social os objetivos concretizam-se através de serviços familiares
de acolhimento de adultos e de menores, Valença dispõe de 2 famílias de acolhimento de adultos,
e equipamentos sociais (5 IPSS's – Instituições Particulares de Solidariedade Social com
valências de apoio ao idoso e à criança), programas de combate à pobreza, disfunção,
marginalização e exclusão social (1 cantina social a funcionar na Santa Casa da Misericórdia de
Valença), prestações pecuniárias (RSI – Rendimento Social de Inserção e outras rubricas), de
caráter eventual e em condições de excecionalidade e prestações em espécie (PCAAC -
Programa Comunitário de Ajuda Alimentar a Carenciados com 769 beneficiários, 21.251.36 kg de
géneros alimentares distribuídos por uma instituição mediadora – estes dados referem-se ao ano
de 2012).
Rede Social | CLAS Valença126
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
O subsistema de solidariedade concretiza-se através da concessão das seguintes prestações:
• Prestações de Rendimento Social de Inserção
• Pensões Sociais
• Subsídio Social de Desemprego
• Complemento Solidário para Idosos
• Complementos Sociais
• Outras prestações ou transferências afetas a finalidades específicas, no quadro da
concretização dos objetivos estabelecidos.
| Prestações de Rendimento Social de Inserção
A Lei 13/2003 de 21 de maio, veio revogar o Rendimento Mínimo e criar o Rendimento
Social de Inserção (RSI). Esta medida tem como finalidade a proteção social ou seja, o apoio a
pessoas ou famílias que se encontrem em situação de grave carência económica e em risco de
exclusão social.
Este mecanismo consiste numa prestação incluída no Subsistema de Solidariedade no
âmbito do Sistema de Proteção Social de Cidadania, e num Programa de Inserção, de modo a
conferir às pessoas e aos seus agregados familiares apoios adaptados à sua situação pessoal,
que contribuam para a satisfação das suas necessidades essenciais e favoreçam a progressiva
inserção laboral, social e comunitária.
Rede Social | CLAS Valença127
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Quadro 26 - Rendimento Social de Inserção por Faixa Etária | 2008 - 2012
<18 - 19 20 - 29 30 - 39 40 - 49 50 - 59 60 - ≥ 65 TOTAL
2008 137 40 44 68 58 51 398
2009 188 49 73 77 71 45 503
2010 172 49 62 72 77 42 474
2011 140 56 65 62 58 32 413
2012 144 61 61 58 64 34 422
Fonte: ISS de Valença
Entre 2010 e 2011 verifica-se um decréscimo do número de beneficiários que será
justificado pelas novas regras estabelecidas com a entrada em vigor do decreto-lei nº 70/2010, de
16 de Junho. Com o referido decreto-lei as três principais alterações centraram-se no conceito de
agregado familiar, nos rendimentos a considerar, os apoios ao nível da habitação social e os
rendimentos capitais e prediais, e o estabelecimento de uma nova escala de equivalências de
RSI. Com o novo decreto-lei foi ainda agravada a penalização das falsas declarações de que
resultem quaisquer prestações indevidas.
Verifica-se mediante a tabela nº 26 que a faixa etária onde incidem um maior número é até
aos 18 e os 19 anos podendo dever-se esta situação ao facto de serem descendentes do
agregado beneficiário.
Rede Social | CLAS Valença128
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Quadro 27 - Rendimento Social de Inserção por Tipologia de Agregado | 2008 - 2012
Nuclear com Filhos Nuclear sem FilhosTOTALCom
RendimentoSem
RendimentoTotal Com
RendimentoSem
RendimentoTotal
2008 29 5 34 13 2 15 492009 34 5 39 11 1 12 512010 30 8 38 11 2 13 512011 26 6 32 11 3 14 462012 25 6 31 10 3 13 44
Fonte: ISS de Valença
Observando os dados da tabela verifica-se, em todos os anos, que a maioria dos
agregados beneficiários de RSI pertencem a famílias nucleares com filhos e apresentam algum
rendimento.
No âmbito do RSI, o concelho de Valença dispõe de 1 protocolo composto por 5 técnicos
(1 técnica superior de serviço social, 1 psicóloga, 2 ajudantes de ação direta) a intervir em regime
de exclusividade nas famílias beneficiárias. As atividades desenvolvem-se ao nível do
atendimento e acompanhamento, elaboração de Informações Sociais e Contratos de Inserção e
Promoção das Parcerias.
| Complemento Solidário para Idosos
O Complemento Solidário para Idosos, abreviadamente designado por C.S.I. foi criado pelo
Decreto-Lei n.º 232/2005 de 29 de Dezembro. O objetivo desta prestação social dirigida à
Rede Social | CLAS Valença129
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
população idosa visa diminuir as assimetrias de rendimento existentes entre os Portugueses, e
principalmente na população idosa. É portanto, um complemento aos rendimentos preexistentes,
sendo o seu valor definido por referência a um limiar fixado anualmente e a sua atribuição
diferenciada em função da situação concreta do pensionista que o requer, ou seja, sujeita a
rigorosa condição de recursos.
De salientar que existem benefícios adicionais de saúde para os beneficiários do C.S.I., a nível da
comparticipação na aquisição de medicamentos, óculos e lentes, bem como na aquisição e
reparação de próteses dentárias.
Gráfico 46 - Beneficiários CSI por Sexo | 2012
Fonte: ISS de Valença
Rede Social | CLAS Valença130
F; 78%
M; 22%
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Gráfico 47 - Beneficiários CSI por Idade | 2012
Fonte: ISS de Valença
No ano de 2012, no concelho de Valença, existem 357 beneficiários de Complemento
Solidário para Idosos (CSI), sendo a maioria do sexo feminino, 77,8% e 22,1% do sexo masculino.
A faixa etária com maior incidência de beneficiários do CSI é entre os 65 e os 74 anos de idade.
| Pensões
Nos últimos tempos o Estado Social Português tem-se deparado com novos desafios, que
refletem a realidade do envelhecimento demográfico e o consequente aumento do número de
pensionistas que constituem um peso orçamental elevado na garantia da proteção social.
Rede Social | CLAS Valença131
65-74 75-84 85-940
50
100
150
200
250
208
124
25
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Os regimes de pensões da segurança social são:
Pensão de Velhice que é uma prestação destinatária aos beneficiários do regime geral da
segurança social que tenham completado 65 anos, sem prejuízo de regimes e medidas especiais
de antecipação legalmente previstas, que tenham cumprido o prazo de garantia de 15 anos civis,
seguidos ou interpolados, com registo de remunerações.
Pensão de Invalidez é um valor pago mensalmente, destinado a proteger o beneficiário
das situações de incapacidade permanente para o trabalho. Podem solicitar este apoio
trabalhadores por conta de outrem, trabalhadores independentes e membros de orgãos
estatutários.
Pensão de Sobrevivência é uma prestação destinada a compensar os familiares da perda
de rendimentos de trabalho resultante da morte do beneficiário, desde que, à data da sua morte, o
beneficiário tenha 36 meses com registo de remunerações. Podem requerer esta pensão os
familiares do beneficiário falecido que cumpram as condições de atribuição.
Gráfico 48 - Pensionistas por Sexo | 2012
Rede Social | CLAS Valença132
M F0
500
1000
1500
2000
2500
1351
2093
Fonte: ISS de Valença
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
De acordo com o gráfico nº 49 observa-se que o maior número de pensionistas é do sexo
feminino (2093) contra 1351 do sexo masculino.
Gráfico 49 – Pensionistas por Regime | 2012
Fonte: ISS de Valença
No concelho de Valença existem 2 209 pensionistas por velhice, 946 com pensão de
sobrevivência e 289 com pensão de invalidez.
O concelho de Valença possui um total de 8 190 pensionistas do Centro Nacional de
Pensões, sendo 3 444 do regime geral, 528 do regime rural regulamentar, 23 do regime rural
transitório e 100 do regime não contributivo ou pensão social.
No âmbito da intervenção local, o gabinete de Ação Social em Valença, desenvolve a sua
Rede Social | CLAS Valença133
Invalidez Velhice Sobrevivência TOTAL0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
289
2209
946
3444
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
atividade através do acolhimento, atendimento, encaminhamento e acompanhamento, em
articulação com diversos organismos públicos e privados, elaboração de Relatórios Sociais,
Pareceres Técnicos e Assessoria aos Tribunais. Para além disso está representado em diversas
Comissões e Projetos, Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em Risco, Conselho
Municipal de Educação, Conselho Municipal de Emergência de Proteção Civil e Núcleo Executivo
e Conselho Local de Ação Social da Rede Social.
| Subsídio de Desemprego
O Subsídio de Desemprego é uma prestação paga mensalmente a quem perdeu o
emprego de forma involuntária, e que se encontre inscrito para emprego nos Centros de Emprego
e Formação Profissional. O subsídio de Desemprego destina-se a compensar as perdas das
remunerações de trabalho, devendo o requerente reunir vários requisitos previstos na lei.
Gráfico 50 - Beneficiários do Subsídio de Desemprego, por Sexo e Ano | 2008 a 2012
Rede Social | CLAS Valença134
20082009
20102011
2012
231 279244 259 324174
284277 309 350
405
563521 568
674
FMTOTAL
Fonte: ISS de Valença
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Pelo gráfico observa-se que o número de beneficiários de Subsídio de Desemprego tem
aumentado significativamente de 2010 a 2012 incidindo maioritariamente no sexo feminino.
O Subsídio Social de Desemprego destina-se a compensar a perda das remunerações
do trabalho. Este subsídio é pago quando não estão reunidas as condições para receber o
subsídio de desemprego (subsídio social de desemprego inicial) ou já recebeu todo o subsídio de
desemprego a que tinha direito (Subsídio Social de Desemprego Subsequente) e quando o
rendimento mensal do agregado familiar, por pessoa, não ultrapasse 80% do IAS.
Gráfico 51 - Beneficiários do Subsídio Social de Desemprego, por Sexo e Ano |
2008 a 2012
Fonte: ISS de Valença
Rede Social | CLAS Valença135
2008 2009 2010 2011 2012
71
9885
53 4948
85
5640
27
119
183
141
9376
FMTOTAL
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Da análise do gráfico, relativamente ao concelho de Valença observa-se que existem mais
mulheres a beneficiar deste subsídio em detrimento dos homens.
Gráfico 52 - Beneficiários do Subsídio Social de Desemprego Subsequente, por Sexo e
Ano | 2008 a 2012
Fonte: ISS de Valença
O Subsídio de Desemprego Parcial é uma prestação em dinheiro atribuída ao
trabalhador que requereu ou esteja a receber subsídio de desemprego e inicie atividade por conta
de outrem com contrato a tempo parcial ou uma atividade independente desde que o valor
auferido seja inferior ao valor do subsídio de desemprego.
Rede Social | CLAS Valença136
2008 2009 2010 2011 20120
20
40
60
80
100
120
45
60 61
41 45
27
4859
48 43
72
108120
89 88
FMTotal
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Gráfico 53 - Beneficiários do Subsídio de Desemprego Parcial, por Sexo e Ano | 2009 a
2012
Fonte: ISS de Valença
| Comissão de Proteção de Crianças e Jovens
A Comissão de Proteção de Crianças e Jovens do Concelho de Valença foi criada a 20 de
Junho de 1995, através da portaria nº619. O objetivo desta comissão é intervir nas situações de
risco e perigo, bem como nas áreas da prevenção, promoção e proteção dos direitos das crianças
e jovens.
Numa primeira fase este trabalho é desenvolvido por entidades com competência em matéria de
infância e juventude, nomeadamente, escolas, serviços de saúde, segurança social, autarquias,
pelo que a intervenção da Comissão só tem lugar quando não é possível às entidades acima
Rede Social | CLAS Valença137
2009 2010 2011 2012
1 1 2
17
1 0
810
2 1
10
27
FMTOTAL
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
referidas, atuar de forma adequada.
Analisando os últimos cinco anos de trabalho desenvolvido por esta comissão observa-se que nos
anos de 2009 e 2010 houve um aumento significativo do volume processual, em relação ao ano
anterior (2008), tendo nos anos seguintes voltado a decrescer. Esta diminuição deve-se em
grande parte ao trabalho desenvolvido pelas instituições da primeira instância que passaram a ter
um papel mais ativo nas áreas da Promoção e Proteção de crianças e jovens. Até janeiro de 2013
encontravam-se ativos 56 processos.
Quadro 28 - Volume Processual | 2008 - 2012
Anos Volume Processual
2008 462009 712010 772011 502012 59
Fonte: CPCJ de Valença
No ano de 2012, de acordo com o gráfico seguinte, as principais entidades sinalizadoras
foram a autoridade policial (27,1% das situações), seguida pelos estabelecimentos de ensino
(16,9% das situações) e serviços de saúde (11,9% das situações).
Pela análise do gráfico observa-se 10 entidades sinalizadoras, podendo refletir esta
situação uma maior preocupação da comunidade relativamente aos direitos dos menores.
Rede Social | CLAS Valença138
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Gráfico 54 - Processos Instaurados por Entidade Sinalizadora das Situações de Perigo |
2012
Fonte: CPCJ de Valença
Pela análise do gráfico nº 54 verifica-se que as principais situações de perigo registadas
nas crianças e jovens com Processo de Promoção e Proteção, na C.P.C.J. de Valença no ano de
2012, as problemáticas com uma expressão mais significativa são negligência (54,2% dos casos),
ECPCBEDC – Exposição a comportamentos que possam comprometer o normal desenvolvimento
da criança (13,6% dos casos), e ECPCBEDC – violência doméstica (11,9% dos casos). As
problemáticas abuso sexual e MTPIA, representam os valores menos significativos. Verifica-se
que a problemática Negligência é tão expressiva, devido ao facto de que as crianças sinalizadas
são provenientes de agregados familiares desestruturados e disfuncionais, com problemas ao
nível económico, falta de competências parentais e falta de expectativas em relação ao futuro dos
seus filhos.
Rede Social | CLAS Valença139
Auto
ridad
e Pol
icial
Est E
nsin
o
Est S
aúde
CPCJ
DGRS
Famili
ares
Pais
Seg S
ocia
lM
in Pú
blico
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00% 27,10%
16,90%
11,90%8,50% 6,80% 6,80% 6,80% 5,10% 5,10%
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Gráfico 55 - Situações de Perigo detetadas nas Crianças com Processo de
Promoção e Proteção | 2012
Fonte: CPCJ de Valença
Rede Social | CLAS Valença140
Negligência
ECPCBEDC Exposição a Comportamentos
ECPCBEDC Violência Doméstica
CJACABED
Abandono Escolar
Insucesso Escolar
Outras situações
Abuso Sexual
54,20%
13,60%
11,90%
6,80%
3,40%
3,40%
3,40%
1,70%
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Quadro 29 - Crianças/Jovens acompanhados por Escalão Etário | 2012
Idades (anos) M F TOTAL
0-2 5 6 113-5 3 2 56-8 5 2 79-10 8 0 811-14 8 4 1215-17 4 10 1418-21 1 1 2Total 59
Fonte: CPCJ de Valença
Através da análise dos escalões etários, verifica-se que o escalão etário dos 15 – 17 foi o
que registou um maior numero de crianças acompanhadas (14 processos), apresentando uma
percentagem de 23,7% relativamente ao total.
Relativamente ás medidas de promoção e proteção aplicadas por esta C.P.C.J. verifica-se
que as medidas em meio natural de vida são as mais aplicadas, destacando-se a medida Apoio
Junto dos Pais.
A equipa técnica da segurança Social de assessoria aos tribunais tem em
acompanhamento 9 processos de promoção e proteção.
Rede Social | CLAS Valença141
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
| Serviços Municipais de Intervenção Social
Atendendo à atual situação económica, o Município implementou algumas medidas de
caráter social que permitam minimizar/excluir situações de exclusão social.
• Apoio Social a Famílias Carenciadas
Com este apoio prevê-se a atribuição de subsídios eventuais para pagamento de despesas com
rendas, luz, água, gás e medicação.
Desde a implementação desta medida, Setembro de 2012, deram entrada 24 pedidos tendo sido
10 deferidos e 11 indeferidos, uma vez que os requerentes não reuniam os requisitos. De
momento 3 dos pedidos aguardam análise.
• Ação Social Escolar
A intervenção nesta área tem como objetivo promover a igualdade no acesso e sucesso escolar
ao nível do pré-escolar e 1º ciclo.
Em relação ao pré-escolar o apoio consiste na comparticipação e isenção do pagamento de
refeições tendo sido apoiados 116 alunos. Para o 1ºciclo, o apoio consiste na comparticipação e
isenção do pagamento de refeições, manuais e material escolar tendo sido apoiados 249 alunos.
No ano letivo 2012/2013 foram apoiados 364 alunos tendo o valor pago para manuais escolares
sido de 14.498,85€ e o de material 2.457€.
Rede Social | CLAS Valença142
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
• Bolsas de Estudo
A intervenção nesta área tem como objetivo reduzir as dificuldades sócio-culturais e
económicas através de uma comparticipação pecuniária, apoiando os alunos carenciados,
residentes no Concelho que tendo aproveitamento escolar se veem impossibilitados de prosseguir
os seus estudos. No ano de 2013 foram atribuídas 36 bolsas de estudo, o valor das bolsas oscila
entre os 50 e os 85€ (mensais/10). O orçamento para o presente ano foi de 23,655€.
• Cartão Sénior
A população idosa é uma das prioridades de intervenção deste serviço, quer pela sua
maior vulnerabilidade, quer pelas exigências sócio-económicas dos seus familiares. Vivem por
vezes relações familiares e/ou sociais deficitárias que, não raro, conduzem a situações de
pobreza e discriminação social, constituindo desse modo um dos setores mais desprotegidos da
população. Assim, foram implementadas medidas de apoio a esta população, nomeadamente a
atribuição do Cartão Sénior. Esta medida apoia população carenciada acima dos 65 anos,
residentes no Concelho e com um rendimento per capita igual ou inferior ao salário mínimo
nacional.
Os apoios traduzem-se em apoios económicos para medicação, redução nos consumos de
água, utilização gratuita das piscinas e entrada gratuita nos eventos promovidos pelo Município.
Desde a implementação desta medida, em Maio de 2008, foram atribuídos 138 cartões dos quais
se encontram ativos 15. No âmbito do mesmo, 8 idosos beneficiam do apoio para a água, o
número reduzido explica-se pelo facto de que, em muitas situações, o contador não se encontrar
Rede Social | CLAS Valença143
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
em nome do idoso. Relativamente ao apoio para a medicação são 3 os idosos que beneficiam
desta comparticipação (50% sobre a parte a parte não comparticipada pelo Serviço Nacional de
Saúde). Este apoio não pode ultrapassar os 485€ anuais por utente e os apoios dados rondam os
1 500€.
• Loja Social
Este projeto tem como objetivo atender as necessidades/carências imediatas do indivíduo
e/ou agregado familiar carenciado através da criação de um banco de bens, novos ou usados,
doados por particulares ou empresas sediados, ou não, no Concelho, e da atribuição de forma
inteiramente gratuita dos mesmos.
No âmbito deste projeto o Município tem apoiado munícipes que se deparam com dificuldades
sociais e financeiras, materializando-se este apoio na distribuição de bens alimentares, vestuário e
mobiliário. Refira-se que os apoios prestados no âmbito da Loja Social não acarretam gastos
mensais diretos, na medida em que os géneros alimentares distribuídos são angariados nas
campanhas de recolha. A Loja Social regista, desde a sua abertura, em Outubro de 2011,o apoio a
125 agregados familiares (até ao momento), num total de 414 munícipes, sendo que 173 são
crianças. Para além deste apoio, o município de Valença, na qualidade de entidade mediadora
dos géneros do PCAAC, distribui periodicamente cabazes de alimentos.
No âmbito de ambos foram realizados até ao momento 245 atendimentos.
Rede Social | CLAS Valença144
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
• Elaboração de candidaturas a Programas Comunitários e a Contratos Emprego-
Inserção (IEFP)
Este serviço é responsável pela elaboração de todas as candidaturas do Município e
algumas Juntas de Freguesia no âmbito da medida Contrato Emprego-Inserção destinado a
beneficiários das prestações de desemprego e contratos Emprego-Inserção+ para beneficiários do
Rendimento Social de Inserção.
Colabora ainda com as instituições de caráter social do município, na elaboração de candidaturas
de âmbito social.
• Banco Local de Voluntariado
O Banco Local de Voluntariado de Valença, criado em Abril de 2011, é um local onde
instituições promotoras de projetos de voluntariado e cidadãos voluntários se podem encontrar, e
no qual é assumido, com o objetivo de desenvolver ações de intervenção ao serviço dos
indivíduos, das famílias e da comunidade, um compromisso entre o voluntário e a instituição.
É um programa promovido e gerido pela Câmara Municipal de Valença com o objetivo de
desenvolver uma cultura de voluntariado no seio da comunidade local.
As organizações promotoras de voluntariado são entidades públicas ou privadas, com ou sem fins
lucrativos que promovem projetos e programas de voluntariado no concelho de Valença.
Pretende-se com o Banco Local de Voluntariado difundir o voluntariado no concelho de Valença;
aumentar a participação no voluntariado em geral, nas instituições e nos grupos; contribuir para a
consciência coletiva dos problemas e para o compromisso na respetiva prevenção e solução com
Rede Social | CLAS Valença145
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
recurso ao voluntariado; criar e adequar modalidades de trabalho nas instituições e nos grupos de
voluntariado (organização, funcionamento e processos de atuação).
Qualquer indivíduo com mais de 18 anos, com alguma disponibilidade de tempo,
mas sobretudo com vontade de ajudar de forma livre, não remunerada e responsável pode
colaborar com o Banco Local de Voluntariado. Neste momento existem 19 inscritos.
• Vida Ativa
O Programa Vida Ativa é um programa do Pelouro do Desporto e do Pelouro da Ação Social,
da Câmara Municipal de Valença e tem como objetivo proporcionar à população idosa uma
atividade física orientada, regular e vocacionada para a promoção da saúde e bem-estar.
A primeira edição do Programa Vida Ativa decorreu entre os meses de fevereiro e junho de
2008.
• Serviço Municipal de Apoio ao Consumidor
Considerando ser imperativo apoiar a resolução dos problemas de endividamento e de
sobre-individamento das famílias, foi celebrado um protocolo entre o Município de Valença e o
Centro de Informação, Mediação e Arbitragem de Consumo (CIAB). O Serviço Municipal de Apoio
ao Consumidor encontra-se disponível desde 2012 e permite informar os consumidores sobre os
seus direitos e deveres em situação de sobre-individamento através da RACE (Rede de Apoio ao
Consumidor Endividado) e apoiá-los na análise das propostas apresentadas pelas instituições de
crédito. Em caso de conflito, o recurso ao CIAB tem diversas características e vantagens uma vez
que é fácil, rápido, próximo, voluntário, gratuito e confidencial.
Rede Social | CLAS Valença146
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
• Serviço de Apoio a Vítimas de Violência Doméstica
Apesar de o concelho não ter nenhum projeto destinado ao apoio direto de vítimas de
violência doméstica, o serviço de ação social do Município realiza uma pré-avaliação das
situações que lhes são sinalizadas, fazendo posteriormente, se necessário, o encaminhamento
para o projeto Recomeçar – Gabinete de Apoio à Vítima de Violência Doméstica. Este, é um
serviço de abrangência distrital destinando-se a apoiar e acompanhar vítimas de violência
doméstica, independentemente do género ou idade. Para o efeito dispõe de uma equipa
multidisciplinar responsável pelo apoio especializado, no âmbito social, psicológico e jurídico.
tratando-se de um serviço gratuito e que confere a total confidencialidade.
Os seus principais objetivos são: investir na prevenção primária, secundária e terciária da
problemática da violência doméstica; intervir em situações de crise fomentando a autonomização
e empowerment das mulheres vítimas de violência doméstica e promover a sua plena reinserção
social.
Num concelho com características muito particulares (proximidade com Espanha, elevada
população imigrante, envelhecimento populacional) que marcam o quotidiano das populações, a
dinâmica social instalada, com articulação de esforços locais, para um trabalho efetivo de
parceria, revela-se um fator protetor e agregador na intervenção dos diferentes atores sociais,
contribuindo para o exercício da cidadania e inserção social dos mais desfavorecidos.
Rede Social | CLAS Valença147
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
7 | Segurança
Rede Social | CLAS Valença148
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
7 | Segurança
A segurança é vista, a nível constitucional, como um direito primordial intimamente
relacionado com o direito à liberdade, ou seja, é sobretudo uma questão de cidadania. Um dos
fins da segurança é, justamente, a promoção da coesão social. A prevenção das situações de
risco existentes nas sociedades modernas é um dos meios para evitar ou minorar as
problemáticas resultantes da exclusão social.
A criminalidade geral registada pela Guarda Nacional Republicana é tratada estatisticamente
através de mapas criados pela Direção Geral da Política de Justiça do Ministério da Justiça.
Nesses mapas os crimes são divididos em 6 grandes grupos, a saber:
• Crimes contra as pessoas nos quais se incluem os crimes contra a vida (por
exemplo os homicídios, …), os crimes contra a integridade física (por exemplo as
ofensas à integridade física, a violência domestica…), os crimes contra a liberdade
pessoal (por exemplo o rapto, a ameaça, …) entre outros;
• Crimes contra o património – nos quais se incluem os crimes contra a propriedade
(por exemplo os furtos, os roubos, …), entre outros;
• Crimes contra a identidade cultural e integridade pessoal nos quais se incluem
os crimes de descriminação racial, a tortura…, entre outros;
• Crimes contra a vida em sociedade nos quais se incluem os crimes contra a
família (por exemplo a violação da obrigação de alimentos, …), os crimes de
falsificação, os crimes de perigo comum (por exemplo o crime de incêndio, o crime
de poluição, …), os crimes contra a segurança das comunicações (por exemplo a
Rede Social | CLAS Valença149
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
condução de veiculo com taxa álcool igual ou superior a 1,20 g/l, …), entre outros;
• Crimes contra o estado – nos quais se incluem os crimes contra a autoridade
pública (por exemplo a resistência e coação a funcionário, a desobediência, …),
entre outros;
• Crimes previstos em legislação avulsa nos quais se incluem os crimes de tráfico
de estupefacientes, a fraude fiscal, o abate clandestino, entre muitos outros.
Analisada a criminalidade registada no Posto Territorial de Valença verifica-se o seguinte:
Gráfico 56 – Evolução da Taxa de Criminalidade no Concelho | 2008 a 2012
Fonte: INE - Direção-Geral da Política de Justiça
No que concerne à Taxa de Criminalidade16 verificamos que ao longo da última década se
16 Taxa de Criminalidade: Número de Crimes, ou seja, factos descritos e declarados passíveis de pena criminal por lei anterior ao momento da sua prática, por 1000 habitantes.
Rede Social | CLAS Valença150
2008 2009 2010 2011 20120
10
20
30
40
50
60
70
53,255,8
63,459
65,2
Tx de Criminalidade
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
registou um aumento gradual, extrapolado em 2005 pelo aumento de 13,2 pontos percentuais, e
em 2011 por uma redução de 4,4%, sendo que em 2012 voltou à tendência anterior de acréscimo.
Assim, verificamos que a mesma, na última década sofreu um aumento significativo de cerca de
35%, registando-se em 2012 a taxa mais alta de sempre de 65,2%, com um total de 730 crimes
registados.
Quadro 30 – Crimes Registados no Posto Territorial por Tipologia | Valença 2008 a 2012
ANO
Homicídio por
Negligência em Acidente de Viação
Contra a Vida
Ofensa à Integridade
Física Voluntária Simples
Ofensa à Integridade Física por
Negligência
Ameaça e
Coação
Difamação, Calúni
a e Injúria
Contra as
Pessoas
FurtosCrimes
de Falsificação
Estupefacientes
Condução sem
Habilitação Legal
Violência Doméstica
TOTAISM F
2008 3 - 78 - 54 37 - 356 6 - 28 5 31 653
2009 - - 50 - 61 23 - 390 25 4 13 5 25 652
2010 3 - 74 - 35 15 7 497 27 5 13 12 38 763
2011 - 8 49 4 52 17 5 484 19 12 14 1 24 689
2012 - - 63 3 55 22 3 481 7 10 33 8 45 730
Fonte: INE - Direção-Geral da Política de Justiça
| G.N.R. - Posto Territorial de Valença
Categorizando os crimes segundo os 6 grandes grupos definidos anteriormente,
verificamos que ao longo deste últimos cinco anos os crimes contra o património são os mais
frequentes com uma taxa de 66%, em 2012, seguida dos crimes contra as pessoas sendo estes
cerca 27% dos crimes registados.
É também de relevar que o crime de violência doméstica, nos últimos cinco anos, sofreu
um aumento de 32% de ocorrências apresentadas, prevalecendo a violência doméstica contra o
sexo feminino (84,9%).
Rede Social | CLAS Valença151
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
8 | Atividade Económica e Emprego
Rede Social | CLAS Valença152
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
8 | Atividade Económica e Emprego
Efetuando uma análise da população de Valença segundo a sua situação face ao emprego,
teremos num primeiro momento a caracterização da População Ativa17 do mesmo.
Em 2011, a população ativa perfazia um total de 6 079 indivíduos, registado uma redução, pouco
significativa, de 0,6 pontos percentuais na última década.
Gráfico 57 – População Ativa por Sexo | 2001-2011
Fonte: INE – Recenseamento da População e da Habitação | 2001 e 2011
Na análise da distribuição da população ativa por sexo, como nos espelha o gráfico, a
população do sexo masculino representa a maior proporção da população ativa, ainda que se
denote uma redução na discrepância entre ambos os sexos na última década, sendo que em 2011
17 População Ativa: conjunto de indivíduos com idade mínima de 15 anos que, no período de referência, constituíam a mão de obra disponível para a produção de bens e serviços que entram no circuito económico (empregados e desempregados).
Rede Social | CLAS Valença153
2001 20110
500
1000
1500
2000
2500
3000
35003364
3154
27522925
HomensMulheres
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
a população ativa do sexo masculino representava 55% do total e em 2011 representa 52%,
registando-se um decréscimo da população ativa do sexo masculino em prol do aumento da
população ativa do sexo feminino em cerca de 6 pontos percentuais, na última década.
No que diz respeito à faixa etária predominante desta população, denota-se que em 2001 a
população ativa tinha, predominantemente, idades compreendidas entre os 20 anos e os 39 anos,
em contrapartida, em 2011 verifica-se que a população ativa tem, na sua maioria, entre os 30 anos
e os 49. Denota-se uma descida acentuada nos ativos com idades compreendidas entre os 15 e
os 19 anos e os 20 e os 29 anos, entre 2011 e 2011, assim como, um ligeiro aumento de ativos
com idades compreendidas entre os 40 e os 49 anos e os 50 e os 59 anos, valores este não
representativos em 2001.
Gráfico 58 – População Ativa por Faixa Etária | 2001-2011
Fonte: INE – Recenseamento da População e da Habitação | 2001 e 2011
Rede Social | CLAS Valença154
15-19 20-29 30-39 40-49 50-59 60-69 70 e +0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
259
1615 1647
1412
860
278
4469
1204
1774
1620
1118
269
26
20012011
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
De acordo com os dados do recenseamento geral da população de 2011, a Taxa de
Atividade18 é de 43,03%, ocupando o sexto lugar no conjunto dos dez concelhos da sub-região
Minho-Lima e representando uma taxa de atividade superior à taxa média registada na sub-região
(42,53%) mas. Ainda assim, bastante inferior à média nacional de 47,56%.
Gráfico 59 – Taxa de Atividade na Sub-Região Minho-Lima | 2011
Fonte: INE – Recenseamento da População e da Habitação
18 Taxa de Atividade: Taxa que permite definir o peso da população ativa sobre o total da população, ou seja, o conjunto de indivíduos com idade mínima de 15 anos que, no período de referência, constituíam a mão de obra disponível para a produção de bens e serviços que entram no circuito económico (empregados e desempregados).
Rede Social | CLAS Valença155
Portu
gal
Norte
Minh
o-Lim
aAr
cos
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Cas
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Vila
Nova
de
Cerv
eira
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
47,5
6
47,5
9
42,5
3
34,4
43,2
1
31,5
1
37,5
8
40,9
2
37,8
9
43,1
7
43,0
3
46,8
7
44,8
3
Taxa de Atividade (%)
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Gráfico 60 – Taxa de Atividade por Freguesia | 2011
Fonte: INE – Recenseamento da População e da Habitação
Analisando esta mesma taxa ao nível das freguesias, verificamos que em S. Julião, Valença,
Gandra, Cristêlo-Côvo e Silva a taxa de atividade se apresenta superior à registada no Concelho.
Por sua vez, as freguesias de Boivão, Gondomil, Sanfins e Taião apresentam valores inferiores a
33%.
Rede Social | CLAS Valença156
Arão
Boivã
oCe
rdal
Crist
elo C
ovo
Font
oura
Fries
tas
Gand
raGa
nfei
Gond
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Sanf
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lião
São
Pedr
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Tor
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lvaTa
iãoVa
lença
Verd
oejo
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
41,6
9
24,2
7
40,5
2
45,8
36,7
5
39,8
6
45,6
8
43,9
31,5
6
31,2
9
48,7
6
38,9
9
44,6
2
32,0
3
48,7
2
41,6
1
Taxa de Atividade (%)
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
De salientar também, é o facto de, dos 6 079 indivíduos ativos em 2011, 87,6% se
encontram empregados19. Ao nível da sua distribuição por profissões, para o mesmo período,
acentua-se a percentagem de população empregada nas profissões20 ligadas ao comércio (CNP5)
e os trabalhadores não qualificados (CNP9), muitos destes também direcionados para o comércio,
já que este sector é uma das referências do concelho.
Gráfico 61 – População Empregada por Profissões | 2011
19 Empregado: Indivíduo com idade mínima de 15 anos que, no período de referência, se encontrava numa das seguintes situações: 1) tinha efetuado trabalho de pelo menos uma hora, mediante pagamento de uma remuneração ou com vista a um benefício ou ganho familiar em dinheiro ou em géneros; 2) tinha uma ligação formal a um emprego mas não estava ao serviço; 3) tinha uma empresa, mas não estava temporariamente a trabalhar por uma razão específica; 4) estava em situação de pré-reforma, mas a trabalhar.
20 Classificação Nacional de Profissões (CNP): CNP1- Quadros Superiores da administração pública, dirigentes e quadros superiores de empresas; CNP2- Especialistas das profissões intelectuais e científicas; CNP3- Técnicos e profissionais de nível intermédio; CNP4- Pessoal administrativo e similares; CNP5- Pessoal dos serviços e vendedores; CNP6- Agricultores e trabalhadores qualificados da agricultura e pescas; CNP7- Operários, artífices e trabalhadores similares; CNP8- Operadores de instalações e máquinas e trabalhadores de montagem; CNP9- Trabalhadores não qualificados.
Rede Social | CLAS Valença157
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Fonte: INE – Recenseamento da População e da Habitação
| Desemprego
Caracterizando a população que se encontra em idade ativa mas, numa situação de
desemprego, os dados facultados pelo INE, apontam para um crescente acréscimo nos últimos
cinco anos. De 2011 a 2012 (registos de Dezembro de cada ano), denota-se um aumento
percentual de 23,9 de desempregados no concelho.
Gráfico 62 – Evolução da População Desempregada | 2008 - 2012
Rede Social | CLAS Valença158
Membros das Forças Armadas
CNP1 CNP2 CNP3 CNP4 CNP5 CNP6 CNP7 CNP8 CNP9
16
415373 392 408
1218
158
849
394
1103
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Fonte: Instituto de Emprego e Formação Profissional
Para o mesmo período, na análise dos dados por género, verifica-se o aumento significativo
de desemprego feminino, 51% da população desempregada é do sexo feminino, o que poderá ser
justificado pelo impacto que a crise económica teve no comércio local, cuja mão de obra é
maioritariamente feminina. Pela análise do gráfico seguinte, verificamos que esta tendência, a
população feminina constituir a maior percentagem de despregados, apenas foi invertida no ano
de 2011, em que cerca de 52% dos desempregados eram do sexo masculino, ano em que a crise
económica abalou fortemente o sector da construção civil.
Gráfico 63 – População Desempregada por Género | 2008 - 2012
Rede Social | CLAS Valença159
2008 2009 2010 2011 20120
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000
531
633 636687
903
Desempregados (Nº)
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Fonte: Instituto de Emprego e Formação Profissional
No que diz respeito à caracterização desta mesma população por escalão etário, registou-se
um aumento significativo da população desempregada com menos de 25 anos ( de 12,23% para
14,73%), no período de 2011/2012, facto este que havia sido invertido nos anos de 2010/2011.
Gráfico 64 – População Desempregada por Faixa Etária | 2008 – 2012
Rede Social | CLAS Valença160
2008 2009 2010 2011 2012
294316 323 330
461
237
317 313
357
442
MulheresHomens
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Fonte: Instituto de Emprego e Formação Profissional
Ao nível da escolaridade da população desempregada, verifica-se um aumento da mesma
com nível de escolaridade mais elevado, sendo que em 2012 o número de desempregados com
ensino superior, no concelho, era de 9,5%, sendo que no ano anterior se fixou em 0,6% da
população desempregada.
É ainda de salientar o decréscimo da população desempregada, ainda que ligeiro, com a
escolaridade do 1º Ciclo, representando 1,4% da população desempregada em 2012, em
contraposição aos 23,3% que representavam em 2011.
Rede Social | CLAS Valença161
2008 2009 2010 2011 20120
50
100
150
200
250
300
350
400
450
107
113
100
84 133
129
158
146
167
220
227
270
292
325
405
68 92 98 111
145
˂ 25 anos25-34 anos35-54 anos55 anos e +
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Gráfico 65 – População Desempregada por Nível de Escolaridade | 2008 – 2012
Fonte: Instituto de Emprego e Formação Profissional
Debruçando-nos na situação da população desempregada face à procura de emprego, a
situação que caracteriza cerca de 91% dos desempregados, inscritos no IEFP, é a de se
encontrarem à procura de novo emprego, consequência esta da extinção de postos de trabalho.
Rede Social | CLAS Valença162
< 1º Ciclo1º Ciclo
2º Ciclo3º Ciclo
SecundárioEnsino Superior
0
50
100
150
200
250
20082009201020112012
Diagnóstico Social | Valença | 2014-2016
Gráfico 66 – População Desempregada, Situação Face ao Emprego | 2008 – 2012
Fonte: Instituto de Emprego e Formação Profissional
Para o mesmo período temporal regista-se um ligeiro aumento de três pontos percentuais,
no número de população à procura do 1º emprego, refletindo a procura da integração no mercado
de trabalho por parte dos estudantes que terminam o ensino superior.
Rede Social | CLAS Valença163
2008 2009 2010 2011 20121º Emprego
35 56 60 55 83
496
577 576632
820
1º EmpregoNovo Emprego
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Gráfico 67 – População Desempregada, Situação Face ao Desemprego | 2008 – 2012
Fonte: Instituto de Emprego e Formação Profissional
De salientar é também o facto de o motivo mais frequente para a situação de desemprego
da população inscrita no IEFP, ser o fim de trabalho não permanente, cerca de 61% dos
indivíduos, seguido do motivo despedimento com 14% da população desempregada.
Procedendo à análise da Taxa de Desemprego21 na sub-região Minho-Lima, no ano de 2011,
verifica-se que a taxa de desemprego no concelho de Valença é a quarta mais alta do distrito com
12,39%.
21 Taxa de Desemprego: Taxa que permite definir o peso da população desempregada sobre o total da população ativa.
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Ex-Inactivos
Despedido
Despediu-se
Desp Mútuo Acordo
Fim Trab. Não Permanente
Trab conta Própria
Outros Motivos
0 10 20 30 40 50 60 70 80
20082009201020112012
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Gráfico 68 – Taxa de Desemprego no Distrito | 2011
Fonte: INE – Recenseamento da População e da Habitação
| Tecido Empresarial
Tendo por base os indicadores facultados pelo INE - Empresas por Município da sede,
segundo a CAE – Classificação Portuguesa das Atividades Económicas, constata-se que o
número de empresas com sede no Município de Valença atinge as 1587, registando uma ligeira
oscilação entre 2009 e 2011, registando-se também um pequeno decréscimo em 2010 num total
de 29 empresas.
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Arcos de ValdevezCaminha
MelgaçoMonção
Paredes de Coura
Ponte da Barca
Ponte de LimaValença
Viana do Castelo
Vila Nova de Cerveira
0
2
4
6
8
10
12
14
10,19
13,12
9,75 9,8411,05
13,0911,91 12,39 12,46
9,74
Taxa de Desemprego
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Gráfico 69 – Evolução Número de Empresas | 2008-2011
Fonte: INE - Sistema de Contas Integradas das Empresas
Ao acréscimo registado do número de empresas segue-se, consequentemente, o aumento
significativo do pessoal ao serviço nas empresas no nosso concelho. Considerando os valores
disponíveis, em 2010, os registos indicam-nos 4775 pessoas, pelo que se pressupõe um
consequente aumento em 2011, ainda que não existam registos.
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2008 2009 2010 20111480
1500
1520
1540
1560
1580
1600
1620
16401624
1566
1537
1587
Nº de Empresas
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Quadro 31 – Número de Empresas, segundo escalão de pessoal ao serviço | 2008-2011
Nº de Pessoal ao Serviço 2008 2009 2010 2011
< 10 1554 1495 1470 1521
10-49 62 61 58 57
50-249 6 8 8 8
≥ 250 2 2 1 1
Fonte: INE - Sistema de Contas Integradas das Empresas
Quanto à dimensão das empresas, no concelho predominam as empresas de pequenas
dimensão, com menos de 10 funcionários, representando 95,8% do tecido empresarial.
No que concerne ao número de trabalhadores por conta de outrem22, considerando os
últimos valores disponíveis (2009), verificamos que 64,7% dos trabalhadores por conta de outrem,
estão inseridos em empresas do sector terciário, seguidos de 33%, estes inseridos no sector
secundário.
Quadro 32 – Trabalhadores por Conta de Outrem, segundo Sector de Atividade, Sexo e
Ganho Médio Mensal | 2009
Total Homens Mulheres Ganho Médio Mensal
Homens Mulheres
Sector Primário 56 31 25 582,05 € 589,40 € 572,95 €
Sector Secundário 874 588 286 888,69 € 950,74 € 761,13 €
Sector Terciário 1706 905 801 800,02 € 876,55 € 713,54 €
Fonte: INE – Anuários Estatísticos Regionais | 2010
22 Trabalhadores por Conta de Outrem: Indivíduo que exerce uma atividade sob a autoridade e direção de outrem, nos termos de um contrato de trabalho, sujeito ou não a forma escrita, e que lhe confere o direito a uma remuneração, a qual não depende dos resultados da unidade económica para a qual trabalha.
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Debruçando-nos sobre a questão do género dos trabalhadores por conta de outrem,
destaca-se no sector secundário o número elevado de trabalhadores do sexo masculino em
detrimento do sexo feminino, o que se denota em todos os sectores mas com maior realce no
secundário.
Aquando da análise do ganho23 mensal dos trabalhadores por conta de outrem, verificamos
que o valor médio mensal para o concelho de Valença é de 824,79€, salientando que as mulheres
auferem valores mensais substancialmente inferiores que os trabalhadores do sexo masculino, em
todos os sectores de atividade. Ao nível da sub-região Minho-Lima, o concelho apresenta o quinto
valor mais alto do ganho médio mensal.
No que diz respeito ao poder de compra per capita, o concelho de Valença regista um valor
de 80,94%, abaixo do registado na região Norte (87,64%, mas superior ao registado na sub-região
Minho-Lima (73,59%).
| Zonas EmpresariaisEntre o Norte de Portugal e a Galiza Valença marca o centro nevrálgico do Noroeste
Peninsular. Boas acessibilidades rodoviárias e ferroviárias, proximidade a portos e aeroportos e a
menos de uma hora de grandes cidades como o Porto, Vigo ou Braga, Valença é uma placa, cada
vez mais fixadora e potenciadora dos fluxos industriais, turísticos, sociais e humanos desta euro-
região.
No mapa 8 sintetizam-se os terceiro e quarto vetores do modelo territorial, que constituem a
23 Ganho: Montante ilíquido em dinheiro e/ou géneros, pago ao trabalhador, com carácter regular em relação ao período de referência, por tempo trabalhado ou trabalho fornecido no período normal e extraordinário. Inclui, ainda, o pagamento de horas remuneradas mas não efetuadas (férias, feriados e outras ausências pagas).
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espinha vertebral e uma das estruturas mais determinantes da organização do território e da sua
projeção e competitividade internacional, onde Valença é representativa de uma “Centralidade
Potencial”.
Mapa 8 – Sistema Urbano e Acessibilidades em Portugal Continental
Fonte: SIG PNPOT, 2006
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O concelho tem apostado na criação de zonas empresariais, constituindo a implementação
de empresas e de estratégias comerciais um dos motores da economia, potenciando a criação de
emprego, fator de desenvolvimento da economia local.
A este nível Valença representa-se por três pontos fortes: o Parque Empresarial, a
Plataforma Logística e o Parque Industrial de S. Pedro.
Parque Empresarial
Mapa 9 – Parque Empresarial de Valença
Fonte: Município de Valença
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O Parque Empresarial de Valença apresenta-se como o projeto que se desenvolve dentro de
uma estratégia do território delineada no seguimento de um estudo de identificação de fatores de
competitividade e oportunidades de investimento em matéria de desenvolvimento empresarial do
Vale do Minho, região caracterizada pela sua variedade paisagística, qualidade ambiental e
recursos naturais com baixíssimos índices de agressão, que está servida por uma alargada oferta
de serviços de turismo de qualidade, que é sabido ser uma forma privilegiada por empresários
para receber os seus clientes, fornecedores e colaboradores. Esta região beneficia de uma cultura
ímpar que se manifesta nas suas várias vertentes patrimoniais (arquitetura, arqueologia,
gastronomia, etnografia, natureza) e em condições sociais favoráveis, contando ainda com
recursos humanos jovens e competitivos, oriundos da Escola Superior de Ciência Empresariais de
Valença e também de algumas importantes Universidades, bem como de vários Centros de
Formação e Escolas Profissionais direcionadas para diferentes atividades.
A intenção de localizar o Parque em Valença corresponde a uma estratégia de
solidariedade intermunicipal, a qual não dispensa a referência aos restantes projectos de âmbito
municipal de oferta de terreno infra-estruturado para localização empresarial no Vale do Minho. O
Parque possui estruturas funcionais e organizacionais vocacionadas para ter uma participação
ativa na gestão e organização do respetivo solo industrial, como igualmente dos Pólos Industriais
dos restantes concelhos, coordenando o acolhimento empresarial e prestando serviços de vária
ordem, designadamente do sistema de informação empresarial a implantar no Parque e dos
serviços de formação e de gestão de reservas de mão-de-obra.
Com uma área de 90 hectares, o Parque Empresarial de Valença tem zonas específicas
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destinadas a instalação de empresas industriais, de serviços administrativos, de armazéns e de
oficinas. É nesta componente de serviços que o Parque Empresarial de Valença deve constituir
uma oportunidade de promoção e desenvolvimento de todas as atividades económicas do Vale do
Minho.
Parque Industrial de São Pedro
Situado na freguesia de São Pedro da Torre, o Parque Industrial de São Pedro tem lotes
para empresas industriais, de serviços administrativos, de armazéns e de oficinas com uma oferta
disponível de área total de 117.111m². Este local beneficia de uma rede viária com ligação à
estrada nacional 13, eletricidade, iluminação pública, telefones, abastecimento de água e
escoamento de águas residuais e pluviais. Para além disso, dispõe de uma área de lazer e
espaços verdes. Tem neste momento, 15 empresas a laborar.
Mapa 10 – Parque Industrial de S. Pedro
Fonte: Município de Valença
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9 | Ambiente
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9 | Ambiente O termo “meio ambiente” é considerado pelo pensamento geral como sinónimo de
natureza, local a ser apreciado, respeitado e preservado. Porém é necessário um ponto de vista
mais profundo no termo, estabelecer a noção no ser humano de pertencimento ao meio ambiente,
no qual possui vínculos naturais para a sua sobrevivência.
Para efetuar a análise da qualidade ambiental do concelho de Valença, foram explanados
os seguintes indicadores: água, saneamento básico e resíduos.
| Água
A gestão do sistema de água no concelho é realizada pelo Município. Os sistemas de
abastecimento de água agregam a captação, o tratamento e a distribuição domiciliária. A rede de
abastecimento público de água tem uma cobertura total a todo o concelho. O número absoluto de
consumidores de água no concelho é de 8344.
| Saneamento Básico
O sistema de saneamento básico no concelho é composto por redes de drenagem de
águas residuais domésticas e redes de drenagem de águas residuais pluviais, sendo as primeiras
encaminhadas para tratamento em Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) e as
segundas para o Rio Minho. A sua gestão e exploração são da responsabilidade da autarquia.
No concelho funciona apenas um sistema de drenagem de águas residuais domésticas.
Esta ETAR situa-se na freguesia de Cristêlo-Côvo servindo todo o concelho à exceção de S.
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Pedro da Torre, sendo estas tratadas pelo sistema localizado na freguesia de Campos, concelho
de Vila Nova de Cerveira.
Quadro 33 – Evolução do Número de Utilizadores com Saneamento Básico | 2010-2012
Ano Nº de Utilizadores do Saneamento Básico
2010 28022011 28072012 3001
Fonte: Divisão de Infra-Estruturas do Município de Valença
Após leitura do quadro 33, denota-se que o nº de utilizadores da rede de drenagem de
águas residuais sofreu um aumento gradual ao longo dos últimos três anos. No entanto, este
número não corresponde à totalidade da população que tem disponível a rede de drenagem de
águas residuais, prevendo-se, consequentemente, a continuidade da evolução no que diz respeito
ao número de utilizadores da mesma durante os próximos anos.
| Resíduos
O sistema de gestão dos resíduos indiferenciados do concelho compreende a sua recolha
dos locais onde são depositados temporariamente (contentores) e, o transporte e consequente
depósito em aterro. A recolha é efetuada por contrato de prestação de serviços com empresa
privada, sendo esta responsável pela recolha e transporte até às instalações da Valorminho dos
resíduos indiferenciados, dos monos e dos equipamentos elétricos ou eletrónicos (REEE). Para a
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depositação indiferenciada a autarquia coloca ao dispor contentores de superfície e contentores
subterrâneos. A sua recolha é efetuada diariamente no centro urbanos e nas freguesias de
Cristêlo-Côvo e Ganfei, sendo que nas restantes freguesias são recolhidos com uma
periodicidade de três vezes por semana.
Desde 2009, os habitantes do concelho de Valença produziram 27 894 toneladas de
resíduos, correspondendo a uma média de 2 toneladas/ano por residente e cerca de 19
toneladas/dia produzidas em todos o concelho.
Quadro 34 – Quantidade de Resíduos Indiferenciados com Destino Final o Aterro | 2009-
2012
Ano Quantidade (ton/ano) Capitação (kg/hab. dia)
2009 7 198 0.51
2010 7 149 0.51
2011 6 984 0.50
2012 6 754 0,48
Fonte: Divisão de Infra-Estruturas do Município de Valença
O quadro 34 permite-nos verificar a evolução da quantidade de resíduos indiferenciados que
foram depositados no aterro da Valorminho desde 2009, denotando-se a ligeira oscilação anual
existente. Assim, a partir de 2010, verifica-se uma diminuição gradual da produção de resíduos,
podendo esta estar associada à diminuição do consumo por parte da população, como
consequência da recessão económica que o país atravessa.
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No que diz respeito à deposição seletiva dos resíduos esta é efetuada através do depósito
dos mesmos nos diversos ecopontos distribuídos pelo concelho, existindo 77 vidrões, 59 papelões
e 59 embalões correspondendo a cerca de 5 ecopontos por 300 habitantes. Em todas as
freguesias do concelho existe pelo menos um ecoponto, contudo a realidade revela que em muitas
circunstâncias os residentes têm de se deslocar a grandes distâncias para depositarem os
resíduos recicláveis nos ecopontos.
Em Fevereiro de 2011 foi criada pela Valorminho uma rede de recolha de óleos alimentares
usados, colocando em todas as freguesias contentores para a sua deposição, pelo que neste
momento existem 19 oleões, sendo que 15 foram distribuídos pelas freguesias e 4 na sede de
concelho, distribuindo ainda oleões individuais pelos restaurantes do centro histórico. Os óleos
são depositados nos oleões para, posteriormente serem convertidos em biodiesel. A sua recolha é
efectuada semanalmente nas freguesias e diariamente no centro urbano. Estes resíduos, após
devidamente separados na estação de triagem da Valorminho são entregues para valorização a
entidades licenciadas para o efeito.
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Gráfico 70 – Quantidades de Resíduos Recolhidos Seletivamente | 2009-201224
Fonte: Valorminho
A análise do gráfico permite-nos verificar que no decorrer destes quatro anos a recolha de
resíduos diferenciados tem vindo a decrescer gradualmente. Esta diminuição, também registada
na recolha de resíduos indiferenciados, poderá estar correlacionada com a diminuição do
consumo, e reaproveitamento dos eletrodomésticos, etc, sem ter de estar, de algum modo,
relacionado com um retrocesso no comportamento dos habitantes relativamente à separação e
reciclagem dos resíduos.
24 Os valores registados são apresentados em Kg;REEE: Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos;A recolha dos Óleos Alimentares começou a ser efetuada em 2011.
Rede Social | CLAS Valença178
2009 2010 2011 20120
50000
100000
150000
200000
250000
Óleos AlimentaresMonosREEEPapel/CartãoEmbalagensVidro
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VI | Apresentação e Interpretação da Informação Recolhida
De modo a efetuar uma análise mais eficiente dos dados recolhidos foram salientados os
aspetos favoráveis e desfavoráveis em cada área temática. Por pontos favoráveis consideram-se
as potencialidades e os recursos locais, e como pontos desfavoráveis entendem-se os
constrangimentos que podem pôr em causa o desenvolvimento social e local.
Através da análise dos indicadores demográficos destacam-se como pontos favoráveis o
progressivo aumento da população em idade ativa e, a diminuição da taxa de mortalidade
registando como pontos desfavoráveis a constante diminuição da taxa de natalidade, a
desertificação das freguesias do interior e o aumento dos índices de envelhecimento e
dependência dos idosos. A nível local existem recursos e potencialidades que poderão ser
facilitadores do desenvolvimento social e local nomeadamente, situação geográfica, recursos
naturais, a candidatura de Valença a Património Mundial da Humanidade e a constituição da
Eurocidade Valença-Tui.
No que diz respeito à área temática habitação, assinalou-se como aspetos favoráveis o
registo do número de alojamentos ser equiparado à média da sub-região Minho-Lima, e o valor
médio com os encargos para habitação estar abaixo dos níveis nacionais. Como pontos
desfavoráveis salienta-se a fraca dinâmica do mercado de arrendamento, verificando-se que o
valor médio das rendas de alojamento é superior à média nacional, o elevado número de pedidos
de habitação social e a degradação do parque habitacional no centro histórico. De modo a
ultrapassar alguns destes pontos desfavoráveis devem ser promovidas medidas de incentivo à
reconstrução urbana, particularmente no Centro Histórico.
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No que concerne à Educação, destacam-se como pontos favoráveis o aumento dos níveis
de qualificação e certificação da população confirmada pela diversificação da oferta formativa,
nomeadamente, pela existência de uma escola de ensino superior. Como pontos desfavoráveis
aponta-se o aumento das taxas de retenção e abandono escolar, o elevado número de alunos
abrangidos pela ação social escolar e o fraco acompanhamento dos pais na educação dos filhos.
Perante estes factos, deverão ser desenvolvidas ações que promovam a parentalidade, tendo em
vista a promoção do envolvimento dos pais na vida escolar dos filhos.
No capítulo do Associativismo destaca-se a existência de várias associações de cariz
cultural, desportivo entre outras, denotando-se também a existência de diversos equipamentos
desportivos, locais de lazer e a disponibilidade e envolvimento destas associações nas atividades
de âmbito cultural, social, recreativo, desportivo e religioso do concelho. No entanto, verifica-se
que muitas destas associações se sobrepõem umas às outras, não existindo uma cultura de
trabalho em parceria entre as mesmas. Por outro lado, o facto de grande parte dos equipamentos
se situarem na sede do concelho dificulta o acesso de algumas populações.
Na dimensão da saúde destaca-se a diversidade de projetos e de serviços de proximidade
nomeadamente a Unidade Móvel e a consulta descentralizada do CRI. Uma das preocupações
sentidas pelos parceiros foi o término dos projetos do Núcleo Territorial da linha do Minho, que
dada a ausência de resposta nas áreas das dependências preenchiam, através das respetivas
áreas de intervenção, essa lacuna e revelaram-se como um recurso de excelência nos diferentes
níveis de atuação, (prevenção, redução de riscos, minimização de danos e reinserção social ) ao
desenvolver um notável trabalho em estreita colaboração com as estruturas de apoio social locais,
nomeadamente, com a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens, com a equipa de RSI, com
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os Serviços de Ação Social do Município, com a Rede Social e com o Agrupamento de Escolas .
No que concerne à segurança, regista-se um aumento no último ano da taxa de
criminalidade, assim como, a maior incidência de ocorrências no âmbito da violência doméstica.
Neste âmbito denota-se a necessidade da promoção de ações que contrariem este fenómeno e
de medidas de apoio às vítimas.
No capítulo da ação social e particularmente das respostas sociais, referencia-se o facto
do concelho de Valença ter passado de uma insuficiência do número de vagas ao nível das
estruturas residenciais para idosos para uma situação que responde às necessidades da
população alvo. O facto da Rede Social ter centralizado grande parte das atividades no apoio aos
idosos e no desenvolvimento de atividades que combatem o isolamento social e a inatividade,
facto que provavelmente se verá alterado dado as atuais circunstâncias. O aumento das situações
de pobreza e a diminuição dos apoios económicos concedidos aos agregados atingidos por este
flagelo poderá ser um dos constrangimentos a ser alvo de intervenção. De referir que o baixo
número de instituições de cariz social e a falta de concertação entre instituições sociais locais, a
visão dos problemas direcionados para a entidade e não na comunidade, são um constrangimento
para o desenvolvimento do trabalho em rede. Sendo a rede social uma plataforma de
entendimento que tem como objetivo congregar, articular e mobilizar as entidades num objetivo
comum, o maior investimento na articulação institucional foi uma preocupação sentida.
Relativamente à temática do emprego que se apresenta como um ponto fulcral no
desenvolvimento local, e atendendo à atual conjuntura nacional e internacional, pela nossa
situação geográfica, a sua resolução não passa pela tomada de medidas a nível local. Pese
embora, deverão ser tomadas medidas no âmbito da divulgação das medidas/incentivos
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existentes, entre outras que se apresentem como exequíveis.
VII | Conclusões e Prioridades
O trabalho desenvolvido ao longo destes meses permitiu ter um panorama da situação
social do concelho, procurando identificar áreas de maior vulnerabilidade social, compreender as
causas dos problemas, situando-os no contexto socioeconómico local, regional e nacional, e
assim planear a intervenção para o desenvolvimento social, com base da participação de diversos
atores locais, beneficiando da proximidade e conhecimento local, do seu saber e experiência, para
promover um planeamento integrado, participado potenciando sinergias a nível local.
Este documento representa o ponto de partida para a elaboração de um Plano de
Desenvolvimento Social para o concelho para o período 2014 a 2016, pretende funcionar como
instrumento para a intervenção social e como tal deve ser encarado como um processo aberto
que implica continuidade, no sentido da sua permanente atualização, através da mobilização e
envolvimento dos parceiros locais na gestão da qualidade de vida das populações.
Neste sentido, as conclusões finais do Diagnóstico Social constituem, não um fim em si
mesmo mas um primeiro passo do processo de planeamento da intervenção social local.
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