DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM A PACIENTE ......Taxonomia II do NANDA-I. Os objetivos específicos:...

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FACULDADE PAN-AMAZÔNICA (FAPAN) CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM AMANDA SELEIRO SILVA DAYANA BRITO BRABO GEOVANE COSTA SARAIVA DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM A PACIENTE HIPERTENSO: Uma Revisão Integrativa de Literatura (2012 -2016) Belém 2017

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FACULDADE PAN-AMAZÔNICA (FAPAN)

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

AMANDA SELEIRO SILVA DAYANA BRITO BRABO

GEOVANE COSTA SARAIVA

DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM A PACIENTE HIPERTENSO: Uma Revisão Integrativa de Literatura (2012 -2016)

Belém 2017

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AMANDA SELEIRO SILVA DAYANA BRITO BRABO

GEOVANE COSTA SARAIVA

DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM A PACIENTE HIPERTENSO: Uma Revisão Integrativa de Literatura (2012 -2016)

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de bacharelado em enfermagem da Faculdade Pan Amazônica (FAPAN) como requisito de componente curricular obrigatório para a obtenção do grau em bacharel em enfermagem Orientadora: Profª. Msc. Paula Sousa da Silva Rocha.

Belém 2017

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Biblioteca de Graduação – Faculdade Pan Amazônica

_________________________________________________________________________

S586d Silva, Amanda Seleiro.

Diagnósticos de enfermagem a paciente hipertenso: uma revisão integrativa de literatura (2012-2016). / Amanda Seleiro Silva, Dayana Brito Brabo, Geovane Costa Saraiva. _ Belém, 2017.

f.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Faculdade Pan Amazônica, Belém, 2017.

Orientadora: Prof.ª Msc. Paula Sousa da Silva Rocha.

1. Enfermagem. 2. Diagnósticos de enfermagem. 3. Hipertensão arterial- Brasil. I. Título.

CDU 616.083 _________________________________________________________________________

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AMANDA SELEIRO SILVA DAYANA BRITO BRABO

GEOVANE COSTA SARAIVA

DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM A PACIENTE HIPERTENSO: Uma Revisão Integrativa de Literatura (2012 -2016)

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de bacharelado em enfermagem da Faculdade Pan Amazônica (FAPAN) como requisito de componente curricular obrigatório para a obtenção do grau em bacharel em enfermagem Orientadora: Profª. Msc. Paula Sousa da Silva Rocha.

Aprovado em: ___/ ___/ 2017 Conceito: _______________ Banca Examinadora ___________________________________ - Orientadora Prof. Msc. Paula da Silva Rocha ___________________________________ Prof. Msc. Margarete Feio Boulhosa ___________________________________ Prof. Msc. Mônica Olivia Lopes Sá de Souza

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AGRADECIMENTOS

A Deus;

Aos nossos familiares e a todos que contribuíram direta e indiretamente;

A nossa orientadora, Prof. Paula Sousa da Silva Rocha pela dedicação e

paciência;

Aos Professores da banca que contribuíram com as suas orientações Prof.

Margarete Feio Boulhosa e Prof. Mônica Olivia Lopes Sá de Souza;

Aos colegas de curso pelos anos de convivência, aprendizado e apoio nos

momentos mais difíceis;

A todos aqueles que, direta ou indiretamente, contribuíram para a realização

deste trabalho.

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Diagnóstico de enfermagem não se confunde com diagnóstico médico. Os profissionais de enfermagem trabalham diretamente com os sintomas do paciente, enquanto que os médicos analisam a doença que está provocando esses sintomas. Os enfermeiros trabalham também com uma visão global de saúde, pois se preocupam com os indivíduos, as famílias, os grupos e as comunidades. Um diagnóstico de enfermagem pode está direcionado a um problema, um estado de promoção da saúde ou um determinado risco potencial (NANDA, 2015).

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RESUMO

Este Trabalho de Conclusão de Curso tem como objeto de estudo o diagnóstico de

enfermagem relacionado ao atendimento dos pacientes com hipertensão arterial. O

objetivo foi identificar dentre os resultados dos artigos científicos que pesquisaram

sobre o diagnóstico de enfermagem direcionado a hipertensão - publicados entre

2012 a 2016 - quais os diagnósticos de enfermagem mais recorrentes baseados na

Taxonomia II do NANDA-I. Os objetivos específicos: localizar artigos científicos que

abordem os diagnósticos de enfermagem para pacientes hipertensos; apresentar os

diagnósticos de enfermagem mais recorrentes relacionado à doença hipertensão; e

analisar os diagnósticos de enfermagem mais recorrentes. A questão de pesquisa:

quais são os diagnósticos de enfermagem mais recorrentes da Taxonomia II do

NANDA-I que são citados nos resultados dos artigos científicos publicados entre

2012 a 2016? O referencial teórico aborda: Diagnóstico de Hipertensão Arterial,

Fisiologia da Hipertensão, Tratamento da Hipertensão e o Diagnóstico de

Enfermagem. Através da metodologia fundamentada em uma pesquisa do tipo

Revisão Integrativa de Literatura (RIL). O lócus da pesquisa foi a Base de dados da

BVS. Os descritores utilizados foram diagnósticos de enfermagem e hipertensão

que está devidamente registrado no site dos Descritores em Ciências da Saúde

(DeCS) da BVS. Também foi utilizado critérios de inclusão e exclusão. Foi possível

concluir com base na pesquisa que: A hipertensão é um problema de saúde que

vem atingindo um grande número de brasileiros, que a enfermagem contribui no

atendimento através da Taxonomia II do NANDA-I, que o Estilo de Vida Sedentário

e o Padrão de Sono Prejudicado foram os diagnósticos mais recorrentes e que o

profissional de enfermagem auxilia de forma sistemática para o auxilio no

atendimento do paciente hipertenso.

PALAVRAS-CHAVE: Diagnóstico de Enfermagem. Hipertensão Arterial. Brasil.

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ABSTRACT

This study of Course Completion has as object of study the nursing diagnosis related

to the care of patients with arterial hypertension. The objective was to identify the

most recurrent nursing diagnoses based on NANDA-I Taxonomy II, among the

results of the scientific articles that investigated on the nursing diagnosis directed to

hypertension - published between 2012 and 2016. The specific objectives: to locate

scientific articles that address the nursing diagnoses for hypertensive patients;

present the most recurrent nursing diagnoses related to hypertension disease; and to

analyze the most recurrent nursing diagnoses. The question of research: what are

the most recurrent nursing diagnoses of NANDA-I Taxonomy II that are cited in the

results of scientific articles published between 2012 and 2016? The theoretical

reference addresses: Diagnosis of Hypertension, with the Physiology of Hypertension

and the Treatment of Hypertension and the Diagnosis of Nursing. Through the

methodology based on a research of the type Integrative Literature Review (RIL).

The locus of the research was the VHL Database. The descriptors used were nursing

diagnoses and hypertension, which is duly registered on the website of the Health

Sciences Descriptors (DeCS) of the VHL. Inclusion and exclusion criteria were also

used. It was possible to conclude from the research that: hypertension is a health

problem that has reached a large number of Brazilians, that the nursing contributes in

the care through NANDA-I Taxonomy II, that the Sedentary Lifestyle and the Pattern

of impaired sleep were the most recurrent diagnoses and that the nursing

professional systematically assists in assisting the hypertensive patient.

Key Words: Nursing diagnosis. Arterial hypertension. Brazil.

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - CID 10, Doenças Hipertensivas............................................................. 15

Quadro 2 - Resultado da pesquisa realizada na BVS.............................................. 32

Quadro 3 - Resultado por artigo.............................................................................. 34

Quadro 4 - Diagnósticos de enfermagem identificados........................................... 35

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Esfigmomanômetro....................................................................................17

Figura 2 - Aparelho de pressão automático...............................................................18

Figura 3 - Mapa..........................................................................................................18

Figura 4 - Camadas da artéria....................................................................................19

Figura 5 - Tensão arterial diastólica e sistólica..........................................................20

Figura 6 - Equipe de saúde colaborativa....................................................................23

Figura 7 - Domínios e classes da Taxonomia II da NANDA-I....................................24

Figura 8 - Pesquisa na BVS.......................................................................................28

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LISTA DE GRÁFICOS E FLUXOGRAMA

Gráfico 1 - Artigos da BVS por ano de publicação ........................................................ 29

Gráfico 2 - Diagnósticos mais recorrentes .................................................................... 30

Gráfico 3 - Domínios mais recorrentes ......................................................................... 31

Fluxograma 1 - Processo de pesquisa ......................................................................... 29

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

BIREME Centro Latino-Americano e do Caribe de Inf. em Ciências da Saúde

BVS Biblioteca Virtual de Saúde

CID-10 Classificação Internacional de Doenças

DSM-V Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais

Inf. Informação

ISSO International Standards Organization

MAPA Monitorização Ambulatória de Pressão Arterial

MMHG Milímetro de Mercúrio

NLM National Library of Medicine

PA Pressão Arterial

RIL Revisão Integrativa de Literatura

RVP Resistência Vascular Periférica

SUS Sistema Único de Saúde

TCC Trabalho de Conclusão de Curso

TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................12 1.1 Problematização e Objeto de Estudo ............................................................12 1.2 Justificativa e Relevância do Estudo ............................................................14 1.3 Objetivos ..........................................................................................................14 1.3.1 Objetivo Geral ................................................................................................14 1.3.2 Objetivos Específicos .....................................................................................14 2 REFERENCIAL TEÓRICO ...................................................................................15 2.1 Diagnóstico de Hipertensão Arterial..............................................................15 2.1.1 Fisiologia da Hipertensão ...............................................................................19 2.1.2 Tratamento da Hipertensão ............................................................................21 2.2 Diagnósticos de Enfermagem ........................................................................22 3 METODOLOGIA ..................................................................................................25 3.1 Tipo de Estudo ................................................................................................25 3.1.1 Questão de Pesquisa .....................................................................................25 3.1.2 Critérios de Inclusão e Exclusão ....................................................................25 3.1.3 Coleta de Dados .............................................................................................25 3.1.4 Analise dos Dados .........................................................................................26 3.2 Aspectos Éticos e Legais ...............................................................................26 3.3 Riscos e Benefícios ........................................................................................26 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ...........................................................................28 5 CONCLUSÃO ......................................................................................................37 REFERÊNCIAS .......................................................................................................38 APÊNDICE A - INSTRUMENTO ADAPTADO PARA COLETA DE DADOS...........43 ANEXO A - TERMO DE ACEITE DO ORIENTADOR .............................................44 ANEXO B – INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS – FICHA URSI .................45

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1 INTRODUÇÃO

1.1 Problematização e Objeto de estudo

A Hipertensão Arterial é considerada um dos maiores problemas de saúde

pública no Brasil. É uma doença cardiovascular que vem ocorrendo com muita

frequência no país, sendo considerado um dos principais motivos da ocorrência do

acidente vascular encefálico, do infarto agudo do miocárdio e da doença renal

crônica terminal. Apenas no ano de 2006 já existiam no Brasil 17 milhões de

hipertensos o que representa além de um quantitativo de habitantes extremamente

elevado a representação de uma despesa significativa por parte do Sistema Único

de Saúde (SUS) para com uma boa parte desses pacientes (BRASIL, 2006a).

Além de ser considerado um dos maiores problemas de saúde pública, a

hipertensão arterial também vem sendo responsável por um quantitativo de

mortalidade muito elevado não apenas no Brasil como em vários países do mundo

(RAYMUNDO, 2014). Esta doença de fato é diagnosticada na maioria da população

mundial. Os estudos em torno dessa enfermidade vêm mobilizando conhecimentos

de outras áreas específicas, como por exemplo, a psicologia e a sociologia no

sentido de somar esforços para a elaboração de protocolos de atendimento e

promoção dos cuidados em torno da hipertensão (SILVA, 2010).

A motivação de vários profissionais em estudar e debater a doença

hipertensão passa pelo fato de que a mesma contribui com muita ocorrência para a

elevação de doenças cardíacas e para o acidente vascular cerebral. Levando em

consideração que aproximadamente 25% da população brasileira possuem

hipertensão. Um percentual que vem crescendo principalmente entre cinco

categorias: os idosos, os obesos, os que têm péssimos hábitos alimentares, os

sedentários e os que já têm predisposição por fatores genéticos. Isso significa que

há a possibilidade da geração de um número muito grande de futuros pacientes que

poderão chegar a óbito por doenças cardíacas e acidente vascular cerebral

(NOGUEIRA et al., 2014).

A ocorrência da hipertensão está relacionada dentre vários fatores ao

consumo de álcool diário entre 39g e 41g, independentemente do tipo de bebida.

Essa relação ocorre, dado que o álcool provoca a elevação na pressão arterial no

corpo do ser humano (SOUZA et al., 2014). Outra característica para existência da

hipertensão é o sedentarismo, tendo em vista que estimula o sobrepeso. Este que é

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gerador da obesidade e da elevação dos triglicerídeos. Essa combinação provoca a

elevação da pressão arterial e sua constante permanência (AZIZ et al., 2014).

Contrariando pesquisas que indicam o sedentarismo como uma condição

favorável a predisposição a hipertensão, também já existem indicadores de que

pessoas que exercem uma prática de vida saudável, como é o caso dos atletas

também apresentam diagnóstico de hipertensão. Já existem registros de que a

hipertensão provocou acidente vascular cerebral em atletas no decorrer da prática

de exercícios físicos. Dessa forma, é importante a compreensão de que pode

ocorrer a existência de um paciente que tenha hábitos alimentares saudáveis, não

seja sedentário, não tenha por hábito o consumo de álcool e sal e mesmo assim

adquire a hipertensão. Isso é possível por vários motivos, mas o fator genético vem

sendo determinante nestes casos (SALGADO; CARVALHAES, 2003).

A hipertensão arterial também tem alta prevalência na população adolescente

no Brasil. Investigações futuras precisam padronizar as técnicas e referências, além

de analisar fatores importantes para essa população como: estado nutricional,

idade, estágio de maturação sexual e fase da adolescência; visando a amenizar a

alta heterogeneidade (GONÇALVES et al.,2016).

Em relação aos índices de controles da hipertensão foi constatado que são

maiores entre as mulheres. Foi o que revelou pesquisa realizada com 290 pacientes

hipertensos maiores de 18 anos de duas Unidades Básicas de Saúde da região

oeste do município de São Paulo (SILVA et al., 2016).

A maior prevalência de hipertensão ocorre entre as mulheres com idade entre

50 e 59 anos. Os principais fatores de riscos são diabetes mellitus, a obesidade e as

dislipidemias. Conforme pesquisa realizada com 408 indivíduos com faixa etária

entre 20 e 59 anos, com residência em Paiçandu, Paraná. A pesquisa também

identificou a necessidade de ser implantado um protocolo de atendimento

direcionado para o diagnóstico de enfermagem (RADOVANOVIC et al., 2014).

Dessa forma, o objeto de estudo desta pesquisa é o diagnóstico de

enfermagem e a sua relação com os pacientes que receberam diagnóstico médico

de hipertensão.

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1.2 Justificativa e Relevância do estudo

A pesquisa em questão justificou-se por sua contribuição para a produção de

conhecimentos científicos e atualização dos profissionais de enfermagem. É

relevante a docentes, discentes e profissionais de enfermagem. Colabora com as

formas de sistematização do atendimento clínico e hospitalar dos enfermeiros. Este

trabalho coopera para a prática do diagnóstico de enfermagem em seus respectivos

campos de atuação o que acaba beneficiando a sociedade.

A RIL, neste trabalho, possibilita a identificação dos diagnósticos de

enfermagem mais recorrentes nas pesquisas vinculadas à hipertensão. Também

auxilia no entendimento científico da hipertensão, de sua fisiologia, do seu

diagnóstico, de suas formas de tratamento e principalmente do papel do profissional

de enfermagem.

Assim, a pesquisa em tela contribui para complementar os estudos em torno

do papel do enfermeiro no atendimento a pacientes hipertensos, ajuda a esclarecer

a importância do seu tratamento e apresenta os riscos que o paciente se submete

quando não segue as recomendações médicas. Auxilia de forma complementar

para o bem estar da saúde pública, na medida em que auxilia para a

profissionalização das equipes de enfermagem.

1.3 Objetivos

1.3.1 Objetivo Geral

Identificar na literatura os principais diagnósticos de enfermagem para

pacientes com hipertensão arterial publicado entre 2012 a 2016 segundo a

Taxonomia II do NANDA-I.

1.3.2 Objetivos Específicos

Localizar artigos científicos que abordem os diagnósticos de enfermagem

para pacientes hipertensos;

Apresentar os diagnósticos de enfermagem mais recorrentes relacionado à

doença hipertensão;

Analisar os diagnósticos de enfermagem mais recorrentes.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Diagnóstico de Hipertensão Arterial Diagnóstico de Hipertensão Arterial não se confunde com Diagnóstico de

enfermagem. Tendo em vista que o primeiro é realizado por médicos através da

Taxonomia da Classificação Internacional de Doenças (CID-10) e o segundo é

utilizado por enfermeiros através da taxonomia II do NANDA-I. Com isso, o

enfermeiro realiza diagnósticos de sintomas relacionados a doenças enquanto que o

médico realiza o diagnóstico de doenças (NANDA, 2015).

Abaixo o Quadro 1 apresenta a CID 10, Doenças hipertensivas. Taxonomia

utilizada por médicos.

Quadro 1: CID 10, Doenças Hipertensivas.

I10-I15 Doenças hipertensivas Exclui: hipertensão neonatal (P29.2), hipertensão pulmonar (I27.0),quando complicar a gravidez, o parto e o puerpério (010-011,013-016) e quando comprometer os vasos coronários (I20-I25)

I10 Hipertensão essencial (primária) Hipertensão (arterial) (benigna) (maligna) (primária) (sistêmica) Pressão arterial sanguínea alta Exclui: quando compromete os vasos do encéfalo ( I60 - 69) ou do olho(H35.0)

I11 Doença cardíaca hipertensiva Inclui: Qualquer afecção em I50. -, I51.4-9devida à hipertensão

I11.0 Doença cardíaca hipertensiva com insuficiência cardíaca (congestiva) Insuficiência cardíaca hipertensiva

I11.9 Doença cardíaca hipertensiva sem insuficiência cardíaca (congestiva) Doença cardíaca hipertensiva SOE

I12 Doença renal hipertensiva Inclui: arteriosclerose renal, nefrite arteriosclerótica (crônica) (intersticial), nefropatia hipertensiva, nefrosclerose e qualquer afecção classificada em N00-N07, N18. -, N19 ou N26 com qualquer afecção classificada em I10 Exclui: hipertensão secundária ( I15.-)

I12.0 Doença renal hipertensiva com insuficiência renal Insuficiência renal hipertensiva

I12.9 Doença renal hipertensiva sem insuficiência renal Doença renal hipertensiva SOE

I13.0 Doença cardíaca e renal hipertensiva com insuficiência cardíaca (congestiva)

I13.1 Doença cardíaca e renal hipertensiva com insuficiência renal

I13.9 Doença cardíaca e renal hipertensiva, não especificada

I15 Hipertensão secundária Exclui: quando compromete os vasos do encéfalo (I60-I69) ou do olho ( H35.0)

I15.0 Hipertensão renovascular

I15.1 Hipertensão secundária a outras afecções renais

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I15.2 Hipertensão secundária a afecções endócrinas

I15.8 Outras formas de hipertensão secundária

I15.9 Hipertensão secundária, não especificada Fonte: Brasil (2017).

A hipertensão tem vários fatores geradores, como por exemplo, obesidade,

ingestão de sal, ingestão de álcool, fatores socioeconômicos, genéticos e etc.

Alguns podem ser prevenidos. A sua principal característica é o nível elevado e a

sua manutenção da pressão arterial (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA

apud MOURA, 2014).

Para uma confirmação de diagnóstico de hipertensão é necessário medir a

pressão, do paciente, várias vezes. Para isso ocorrer de forma eficaz e segura os

aparelhos utilizados devem está em boas condições técnicas e devem ser realizados

por profissionais que tenham recebido a devida qualificação profissional (BRASIL,

2010). Em muitos ambulatórios há uma resistência em não verificarem a pressão

arterial dos pacientes, principalmente nos ambulatórios de especialidades cirúrgicas

(MAYNARDE et al., 2017).

A crise hipertensiva representa o risco da elevação da pressão arterial que

podem levar ao acidente vascular encefálico e ao infarto do miocárdio. Quando a

PA está muito elevada, acompanhada de outros sintomas é necessário que ocorra

uma avaliação clínica (BRASIL, 2006a).

Para realizar a confirmação de um diagnóstico de um paciente com

hipertensão arterial é necessário fazer uma avaliação das causas secundárias e

avaliar as possibilidade de riscos cardiovasculares. Essa avaliação passa pela

aferição da pressão arterial, pela analise do histórico do paciente além de exames

clínicos e laboratoriais (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLÓGIA, 2016).

Para realizar o diagnóstico da hipertensão arterial é necessário fazer uma

avaliação inicial do paciente, que passa pela confirmação com o paciente ou seu

acompanhante se o mesmo já foi diagnosticado com hipertensão ou se apresenta os

outros sintomas associados (SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO,

2016a).

A pressão arterial é denominada dessa forma por conta da pressão que o

sangue exerce sobre as paredes dos vasos sanguíneos. Quando isso ocorre vários

órgãos são afetados, como por exemplo, rins, cérebro, olhos e coração. Na VI

Diretrizes Brasileiras da Hipertensão foram classificadas as medidas de pressão

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sistólica e diastólica. Sendo ótima as medidas inferiores a 140/90mmHg. Normal as

inferiores 130/85mmHg. Já a hipertensão encontra-se nas medidas igual ou superior

a 140/90mmHg. A partir dessa medida foi estabelecidos três estágios de

agravamento. O estágio 1 ficou com pressão sistólica entre 140mmHg e 159 mmHg

e pressão diastólica entre 90 mmHg e 99 mmHg; O estágio 2 com sistólica entre

160mmHg e 179 mmHg e diastólica entre 100 mmHg e 109 mmHg; O estágio 3 ficou

enquadrado com pressão sistólica igual ou maior a 180 mmHg e diastólica igual ou

maior 110 mmHg (NOGUEIRA et. al, 2014).

O enfermeiro precisa orientar o paciente dos procedimentos para a realização

da aferição da pressão arterial: o paciente precisa ficar sentado, com os pés

plantados no chão em repouso por pelo menos 3 minutos em um ambiente isolado,

não deve se comunicar, não deve beber muito líquido, não deve se exercitar 1h

antes, não deve fumar meia hora antes, braço alinhado ao coração, a roupa não

deve apertar o corpo. Para os pacientes diabéticos, idosos e com hipotensão

frequente deve-se realizar a aferição com o paciente em pé (SOCIEDADE

BRASILEIRA DE CARDIOLÓGIA, 2016).

Existem vários tipos de aparelhos que são utilizados para aferir a pressão

arterial, tais como, esfigmomanômetro, aparelho automático e aparelho de

Monitorização Ambulatória de Pressão Arterial (MAPA). Abaixo as Figuras 1, 2 e 3

ilustram esses aparelhos.

Figura 1: Esfigmomanômetro.

Fonte: MEDJET (2017).

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Figura 2: Aparelho de pressão automático.

Fonte: Extra (2017).

Figura 3: MAPA.

Fonte: Cirúrgica (2017).

Os instrumentos de medir pressão contribuem para o trabalho da equipe de

saúde. O profissional de enfermagem precisa reconhecer os limites da pressão

arterial para realizar o diagnóstico de hipertensão. Os limites ajudam no diagnóstico

de hipertensão. É possível considerar que em regra para o paciente apresentar o

quadro clínico de hipertensão é necessário que sua pressão esteja maior que

140/90mmHg. Esta medida da pressão deve ocorrer repetidas vezes para a

identificação do diagnóstico de hipertensão (MION JÚNIOR et al., 2015).

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2.1.1 Fisiologia da Hipertensão A hipertensão arterial ou pressão alta ocorre no corpo do ser humano no

momento em que o sangue exerce nas paredes das artérias uma determinada

pressão. Esta que pode ser considerada relativamente forte e que não é exercida

de forma regular no corpo humano (BRASIL, 2010).

A elevação e permanência da pressão arterial em 140/90 mmHg já identifica

um diagnóstico de hipertensão. Também é considerada uma condição clínica

multifatorial (SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO, 2016b).

A hipertensão arterial ocorre no momento em que os vasos sanguíneos se

contraem. A contração eleva a pressão do sangue. O coração pode ser comparado

a uma torneira aberta em um tanque com vários ralos com tamanhos regulares.

Quando algum ralo passar a ter um tamanho menor a pressão aumentará de forma

proporcional no restante dos ralos, ou seja, a redução da passagem de sangue

eleva a pressão (MION JÚNIOR et. al, 2015).

A hipertensão pode ser caracterizada pelo aumento da força que o sangue

exerce sobre paredes dos vasos sanguíneos ou sobre as artérias. Essas paredes

suportam uma determinada pressão, quando a mesma ultrapassa um determinado

limite reconhecido como aceitável para esse tipo de tecido a tendência é aumentar a

pressão que pode ser sístole e diástole. Na sístole ocorre a contração do coração

enquanto que na diástole ocorre o seu relaxamento (GRANDE..., 2005, v.5).

Abaixo a Figura 4 ilustra as camadas de uma artéria, o que possibilita a

identificação de sua estrutura.

Figura 4: Camadas da artéria.

Fonte: Nogueira et. al (2014).

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Abaixo a Figura 05 demonstra a tensão arterial diastólica e sistólica que

ocorre no coração.

Figura 5: Tensão arterial diastólica e sistólica.

Fonte: Fisioex (2017).

Para ocorrer a regulação da pressão arterial de forma natural é necessário

que ocorra dentre outros fatores a eficiente capacidade dos rins em eliminar o

excesso de sódio do corpo e a manutenção do volume de sangue. A função dos rins

é eliminar do corpo o sódio com base na ingestão diária. Quando a ingestão de

sódio é grande os rins eliminam uma quantidade maior se o consumo é menor

eliminam uma quantidade menor. E isso ocorre para manter a quantidade

proporcional e necessária que o corpo precisa. Quando o sujeito adquire

hipertensão o rim perde a sua capacidade de regular o excesso de sódio. Uma

quantidade excessiva de sódio aumenta o volume extra vascular do sangue

aumentando a pressão arterial (LOPES et al., 2014).

A fisiologia da hipertensão é de fácil entendimento do ponto de vista do

diagnóstico, dado que a sua presença é a elevação das pressões sistólica e

diastólica. No entanto, a sua origem pode muitas vezes ser de difícil reconhecimento

precisando de maiores avaliações médicas acompanhada de outros exames

específicos da área médica cardiológica. A hipertensão é o resultado de uma

equação complexa e de difícil diagnóstico, tendo em vista em alguns casos é

assintomática. Na hipertensão o organismo do ser humano não consegue de fato

Page 23: DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM A PACIENTE ......Taxonomia II do NANDA-I. Os objetivos específicos: localizar artigos científicos que abordem os diagnósticos de enfermagem para pacientes

21

controlar a pressão sanguínea, dado que envolve mais de um sistema, como por

exemplo, cardiovascular, renal, neural e endócrino (NOGUEIRA et. al, 2014).

2.1.2 Tratamento da hipertensão

O tratamento é de fundamental importância, dado que a hipertensão pode

afetar órgãos vitais do corpo humano. Há várias causas que provocam a

hipertensão, tais como: níveis elevados de colesterol, obesidade, diabetes e um

aumento da Resistência Vascular Periférica (RVP). Da mesma forma como há

varias formas de tratamento, que pode ocorre por intervenção medicamentosa e não

medicamentosa (NOGUEIRA et al., 2014).

O tratamento medicamentoso corre através de remédios que ajudam o corpo

humano a controlar a pressão. Já o tratamento não medicamentoso ocorre através

de mudanças nos hábitos do paciente, que necessariamente precisa passar a ter um

hábito de vida mais saudável, diminuindo o consumo de sal, do álcool e do fumo. Os

hipertensos precisam também controlar o peso, estresse e praticar exercícios físicos

(MION JÚNIOR et al., 2015).

De uma forma geral grande partes das organizações nacionais e

internacionais recomendam para um tratamento não farmacológico da hipertensão

orientando sobre o uso moderado de sódio na dieta (BOMBIG et al., 2014).

A finalidade do tratamento anti-hipertensivo é diminuir a mortalidade

ocasionada por conta da elevação da pressão arterial. É importante que o

profissional controle a pressão arterial e sempre individualize o atendimento

priorizando as necessidades do paciente hipertenso. Pacientes com predisposição a

não adesão devem receber visita de agentes comunitários periodicamente, consulta

de enfermagem e contatos telefônicos (SILVA et al., 2016).

A adesão ao tratamento da hipertensão ocorre de forma processual e é

considerada uma dinâmica complexa. Envolve a participação de profissionais,

prescrição de medicamentos, hábitos de vida saudáveis e a adesão do paciente

para com o tratamento. É necessário criar estratégias para aumentar a adesão dos

pacientes do ponto de vista da individualidade dos pacientes. O esquecimento com

relação à medicação é um dos principais fatores para a não adesão. Intervenções

educacionais vêm demonstrando êxito nas finalidades da redução a não adesão

(WEBER et al., 2014).

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22

Não há um tratamento que colocará fim na hipertensão o que ocorre é um

tratamento contínuo, tendo em vista que a hipertensão acompanhará o paciente

para o resto de sua vida (MION JÚNIOR et al., 2015).

2.2 Diagnóstico de enfermagem

Os enfermeiros em sua prática profissional devem ser preparados para

assistir os pacientes hipertensos. Devem ter consciência de seu papel devendo

atuar para contribuir para a manutenção da saúde dos pacientes (XIMENES, 2013).

Os profissionais necessitam de atualizações periódicas, tendo em vista que

trabalham em situações inesperadas. Na assistência aos pacientes hipertensos o

enfermeiro age administrando a medicação prescrita e monitorando a pressão

arterial (ARAÚJO, 2010).

O profissional de enfermagem adquire técnicas, conhecimentos científicos e

aprende a tomar decisões rápidas na assistência a pacientes hipertensos, dado que

é um atendimento de alta complexidade e que demanda atenção especial do

enfermeiro. Também há inúmeros motivos que levam um paciente de hipertensão a

temer a morte o que provoca ansiedade ao paciente. Este quadro de ansiedade é

minimizado a partir da assistência humanizada, dado que o paciente bem acolhido

adquire mais segurança. O profissional precisar fazer o acolhimento adequado ao

paciente, lembrado que pacientes são seres humanos que apresentam no momento

do atendimento de enfermagem além do estado clínico de enfermidade um abalo

emocional que acompanha o seu quadro (SILVA, 2010).

A consulta de enfermagem contribui a identificação do diagnóstico de

enfermagem. A consulta realizada pelo enfermeiro ocorre através de uma entrevista

e é regulado pela Lei nº 7.498/86. O enfermeiro após realização da consulta pode

realizar dois tipos de procedimentos, ou realiza uma intervenção ou encaminha a

outro profissional de saúde em decorrência da complexidade detectada que

ultrapassou os limites de sua competência profissional. O uso de um protocolo

destinado ao paciente hipertenso contribui para uma padronização no atendimento e

análise futura desses casos (REIS et al., 2014).

Com base na NANDA o diagnóstico realizado a um paciente ocorre através

de vários profissionais da área da saúde incluindo os enfermeiros. Todos os

profissionais concentram um determinado conhecimento de como realizar um

determinado diagnóstico. O enfermeiro faz parte de uma equipe de saúde que

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23

executam atividade que colaboram umas com as outras. Um diagnóstico de

enfermagem pode ter como foco um problema, um risco ou uma promoção de

saúde. O diagnóstico de enfermagem faz parte de um ciclo de atividades. Este ciclo

apresenta as seguintes etapas: coleta de dados, diagnóstico de enfermagem,

planejamento, estabelecimento de resultados, intervenção e avaliação. O

diagnóstico de enfermagem é uma forma de julgar clinicamente as respostas que o

corpo humano apresenta no momento do atendimento (NANDA, 2015).

Figura 6: Equipe de saúde colaborativa.

Fonte: NANDA (2015).

O diagnóstico de enfermagem é o fenômeno investigado pela enfermagem. A

intervenção de enfermagem é uma resposta ao fenômeno identificado (SILVA et al.,

2007).

O atendimento de saúde é realizado por vários profissionais. Cada

profissional de saúde possui uma visão e uma linguagem diferente em torno do

paciente. A enfermagem trabalha com um olhar amplo em torno do paciente. A

taxonomia da CID-10 é usada por médicos; o Manual Diagnóstico e Estatístico de

Transtornos Mentais (DSM-V) é usado por psicólogos, psiquiatras e profissionais de

saúde mental; A taxonomia de diagnósticos de enfermagem da NANDA-I é usada

por enfermeiros (NANDA, 2015).

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24

Na Figura 7 é possível observar os domínios e classes da Taxonomia II da

NANDA-I.

Figura 7: Domínios e Classes da Taxonomia II da NANDA-I.

Fonte: NANDA (2015).

A Taxonomia II da NANDA-I é formada por domínios, classes e diagnósticos

de enfermagem. Há 234 diagnósticos de enfermagem, que são divididos em 13

domínios e em 47 classes. Essa taxonomia está de acordo com o recomendado

pela National Library of Medicine (NLM) e com a International Standards

Organization (ISSO). Os 13 domínios da Taxonomia II da NANDA-I são: Promoção

da Saúde, Nutrição, Eliminação e Troca, Atividade/Repouso, Percepção/Cognição,

Autopercepção, Papéis e Relacionamentos, Sexualidade, Enfrentamento/Tolerância

ao Estresse, Princípios da Vida, Segurança/Proteção, Conforto e

Crescimento/Desenvolvimento (NANDA, 2015).

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25

3 METODOLOGIA

3.1 Tipo de estudo

A presente proposta de pesquisa tem como finalidade ser uma pesquisa do

tipo Revisão Integrativa de Literatura (RIL).

A RIL é um método de pesquisa relativamente novo na área de estudo da

enfermagem no Brasil. Esse método vem contribuindo na aquisição de

conhecimento prático do cuidado com o paciente. Na prática esse método apresenta

para o mundo científico os resultados das pesquisas mais relevantes sobre um

determinado tema pesquisado. Por conta disso é uma ferramenta relativamente

eficaz na transferência e atualização de conhecimento científico (MENDES et al.,

2008).

3.1.1 Questão de pesquisa

Quais são os diagnósticos de enfermagem mais recorrentes da Taxonomia II

do NANDA-I identificados nas bases de dados publicadas entre os anos de 2012 a

2016?

3.1.2 Critérios de Inclusão e Exclusão

Os critérios de inclusão se limitaram aos artigos publicados na íntegra e na

língua portuguesa entre os anos de 2012 a 2016, com pesquisa realizada no Brasil.

Os critérios de exclusão passaram pela exclusão de todos os tipos de

documentos que não se enquadraram na categoria artigo, que não tenham

realizado a pesquisa no Brasil, que tenham publicação exclusiva em idioma

estrangeiro e que tenham a data da publicação fora da compreendida entre 2012 a

2016.

3.1.3 Coleta de Dados

A coleta de dados foi realizada nos artigos selecionados na base de dados da

Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Segundo Brasil (2006b) a BVS foi criada pelo

Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde

(BIREME). A BVS indexa várias Bases de Dados nacionais e internacionais e seu

principal objetivo foi unificar fortalecer e proporcionar maior visibilidade às fontes de

informação em saúde. Para a pesquisa das informações foram utilizadas as

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26

seguintes bases de dados disponíveis na BVS que indicaram artigos dentro do

descritor utilizado, publicados entre os anos de 2012 a 2016: MEDLINE, LILACS,

BDENF – Enfermagem, Coleciona SUS, Sec. Est. Saúde SP, BBO – Odontologia,

LIS – Localizador de Informação em Saúde, Hanseníase, Index Psicologia –

Periódicos Técnicos-científicos, Sec. Munic. Saúde SP, CidSaúde, Index Psicologia

- Teses, HISA - História da saúde, Homeonlindex – Homeopatia (BVS, 2017a).

3.1.4 Análise dos Dados

É importante que o pesquisador tenha conhecimento de que tanto a

pesquisa qualitativa quanto a quantitativa utiliza em essência complementos umas

das outras para realizarem as suas análises. Partindo desse pressuposto não existe

a impossibilidade de não fazer uso de dados numéricos em uma pesquisa

qualitativa. Nesse caso, a pesquisa qualitativa utiliza dados numéricos para

qualificar o conhecimento que foi pesquisado ou que está sendo pesquisado. A

intensidade dos números passa a ter qualidade de argumentação, comprovação e

justificativa de fatos que ocorrem e afetam a sociedade em seus mais variados

aspectos (MINAYO, 2017). Em relação à análise direcionada para a RIL, a mesma

ocorre em seis fases: elaboração do problema de pesquisa, apresentar a

amostragem na literatura, realizar a coleta de dados, realizar a análise dos estudos,

discussão dos resultados e apresentação da RIL (SOUZA et al., 2010).

3.2 Aspectos éticos e legais

Como se trata de um estudo que utiliza a metodologia RIL não foi necessário

à aplicação do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).

3.3 Riscos e Benefícios

Os riscos da pesquisa passaram pela possibilidade de localização de

literatura com pouca credibilidade, que não estivesse de acordo com o objetivo e

análise da pesquisa e que tenha sido produzido através de plágio.

O principal benefício desta pesquisa consistiu: no acesso gratuito da

publicação deste estudo aos acadêmicos e pesquisadores de enfermagem, o que

contribuirá para a elaboração de novos estudos; para os profissionais que poderão

analisar os procedimentos recentes de diagnóstico de enfermagem de hipertensão e

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27

principalmente a sociedade é beneficiada através da atuação dos serviços dos

profissionais de enfermagem por conta de sua atualização.

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28

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Para alcançar o resultado da pesquisa foi necessário percorrer as seguintes

etapas. A pesquisa realizada na BVS utilizou os descritores diagnósticos de

enfermagem e hipertensão o que resultou em 807 registros.

Utilizando os critérios de inclusão e exclusão previamente definidos a

pesquisa resultou em uma amostragem final de 23 artigos.

Desse quantitativo apenas 6 registros abordavam o diagnóstico de

enfermagem relacionado a doença hipertensão, sendo duas publicações em 2012,

dois em 2013 e duas em 2014.

Abaixo a Figura 8 apresenta a imagem da página da BVS com o respectivo

resultado inicial da pesquisa.

Figura 8 : Pesquisa na BVS.

Fonte: BVS (2017).

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29

Abaixo o Fluxograma 1 com a sistematização de todo o processo de pesquisa

realizado na BVS.

Fluxograma 1: Processo de pesquisa.

Fonte: BVS (2017).

O Gráfico 1 apresenta a proporção de artigos da BVS por ano de publicação.

Gráfico 1: Artigos da BVS por ano de publicação.

Fonte: BVS (2017).

807 • Aplicação dos descritores: diagnósticos de enfermagem e

hipertensão.

23 • Amostragem, após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão.

17

• Quantitativo excluido, dado que não tratavam de diagnóstico de enfermagem ao paciente hipertenso.

6 • Amostragem final, artigos que de fato abordavam o diagnóstico de

enfermagem relacionado a doença hipertensão.

0

0,5

1

1,5

2

2,5

2012 2013 2014

Artigos

Page 32: DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM A PACIENTE ......Taxonomia II do NANDA-I. Os objetivos específicos: localizar artigos científicos que abordem os diagnósticos de enfermagem para pacientes

30

Abaixo no Gráfico 2 é possível observar os diagnósticos de enfermagem mais

recorrentes com o respectivo ano de publicação.

Gráfico 2: Diagnósticos mais recorrentes.

Fonte: BVS (2017).

É importante destacar que o diagnóstico estilo de vida sedentário é

indicado no resultado de pesquisa de 4 artigos e o Padrão de sono prejudicado é

indicado em 2 artigos.

O diagnóstico de enfermagem Estilo de Vida Sedentário apresentou 66,66%,

o diagnóstico de enfermagem Padrão de sono prejudicado representou 33,33% e o

restante com uma indicação de 16,60% cada.

O diagnóstico de enfermagem Estilo de Vida Sedentário passou a integrar a

NANDA no ano de 2004. Esse diagnóstico esta relacionado à ausência de

atividades físicas (NANDA, 2010 apud MOREIRA, 2014).

Pesquisa para indicação de diagnóstico de enfermagem em pacientes

hipertensos realizada em Fortaleza, no ano de 2012, apresentou o diagnóstico

Estilo de Vida Sedentário liderando a pesquisa com 82 pacientes em uma

amostragem de 105 pacientes, ou seja, 86,10% do total apresentaram esse

diagnóstico (XIMENES, 2013).

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1,2

2012

2013

2014

Page 33: DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM A PACIENTE ......Taxonomia II do NANDA-I. Os objetivos específicos: localizar artigos científicos que abordem os diagnósticos de enfermagem para pacientes

31

O diagnóstico Estilo de vida sedentário está diretamente ligado a dois motivos

ao padrão de vida industrializado, posto que a dieta do ser humano a base de

alimentos processados e também a ausência de pratica de exercícios físicos

(NEGRÃO, 2000 apud CALEGARI, 2012).

Apesar da existência de poucos registros de pesquisas relacionadas ao

Diagnóstico Estilo de Vida Sedentário já é visualizado com grande preocupação na

comunidade mundial de saúde (BRANDÃO 2012 apud MARTINS, 2014). Pesquisas

estão apresentando o diagnóstico de enfermagem Estilo de Vida Sedentário

vinculado aos pacientes com doença hipertensiva (SANTOS, 2012 apud MARTINS,

2014).

No Gráfico 3 é possível observar os domínios da Taxonomia II da NANDA-I

que foram identificados na pesquisa.

Gráfico 3: Domínios mais recorrentes.

Fonte: Pesquisa (2017).

Os seis artigos totalizaram uma amostragem de 573 pacientes. Foram

elaborados por um total de 36 autores, com as correspondentes graduações: 16

graduados, 3 especialistas, 3 mestres e 14 doutores

Os resultados de pesquisa desses trabalhos foram elaborados com base em

indicadores clínicos e a análise dos mesmos por enfermeiros. De acordo com

Martinsetal (2014, p. 805) “o conhecimento de bons indicadores clínicos permite que

o enfermeiro identifique com maior precisão o diagnóstico de enfermagem”.

O Quadro 2 apresenta o resultado da pesquisa realizada na BVS, com seu

respectivos títulos, autores, periódicos e ano de publicação.

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

Domínio 1. Domínio 2. Domínio 4. Domínio 5. Domínio 9. Domínio 11. Domínio 12.

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Quadro 2: Resultado da pesquisa realizada na BVS.

Titulo Autores Periódico Ano

A Diagnósticos de enfermagem falta de adesão em pacientes acompanhados pelo programa de hipertensão arterial.

Araújo, T.L. de; Bertoletti, A.R.; Costa, A.G. de S.; Costa, F.B.C; Oliveira, A.R. de; e Oliveira, C.J. de

Rev. RENE

2012

B Diagnósticos de enfermagem em pacientes hipertensos acompanhados em ambulatório multiprofissional.

Calegari, D.P.; Goldmeie, S.; Moraes, M.A; e Souza, E.N de

Rev. Enferm. UFSM

2012

C Diagnósticos de enfermagemem portadores de hipertensão arterial primária.

Jaques, A.E. ; Baldissera, V.D.A.; Oliva, A.P.V.; Ferrari, R.F.R.; Zanin, A.C.; Pereira, C.D; Shirabayash, J.de B.; e Freitas, M.M. de

Arq. Ciências Saúde UNIPAR

2013

D Problemas adaptativos segundo Roy e diagnósticos fundamentados na CIPE em hipertensos com doenças

Freitas, M.C de; Guedes, M.V.C.; Lopes, M.V. de O.; e Moura, D. de J.M.

Rev. Eletrônica Enferm.

2013

E Diagnóstico de enfermagem estilo de vida sedentário em indivíduos com hipertensão arterial: uma análise de acurácia.

Lopes, M.V. de O. ; Guedes, N.G.; Martins, L.C.G.; Montoril, M.H.; Teixeira, I.X.; e Sousa, V.E.C de

Rev Esc Enferm USP

2014

F Diagnósticos e intervenções de enfermagem em indivíduos hipertensos e diabéticos à luz de Orem.

Moura, P.C de; Braga, L.M.; Santana, C.; Domingos, C.S.; Rodrigue, N.V.; Correia, M.D..; Lopes, L.D.; e Oliveira, L.V.A. 8

Rev. RENE

2014

Fonte: BVS (2017).

As informações dos artigos localizados foram retiradas utilizando o formulário

adaptado da ficha URSI, o mesmo encontra-se no Apêndice A - Instrumento

Adaptado para Coleta de Dados.

Cada letra corresponde a um artigo do Quadro 2.

A: O principal objetivo desse artigo foi identificar o diagnóstico de

enfermagem Falta de adesão em pacientes com hipertensão arterial acompanhados

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na atenção básica. A pesquisa teve a duração de quatro meses, entre

novembro/2010 a fevereiro/2011. Contraditoriamente apesar do resultado revela o

diagnóstico de enfermagem mais recorrente ser a Falta de Adesão- ao tratamento

medicamentoso e não medicamentoso - os pacientes receberam orientações sobre

a doença e sua respectiva complicação, a forma como deveriam tomar

medicamentos e o melhor estilo de vida que deveriam adotar (BERTOLETTI et al.,

2012).

B: O objetivo desta pesquisa foi descrever os diagnósticos de enfermagem

mais recorrentes em pacientes hipertensos em ambulatório multiprofissional. Nesta

pesquisa foi utilizada uma abordagem quantitativa que contou com uma

amostragem de 65 pacientes em acompanhamento ambulatorial. Desses 74% eram

mulheres, quase 28% tinham diabetes e 32,3% com apnéia do sono. O resultado da

pesquisa concluiu que o diagnóstico de enfermagem além de contribuir para o

autocuidado também ajuda a identificar as melhores formas de conduzir pacientes

com terapias mais complexas (CALEGARI et al., 2012).

C: Este estudo teve por objetivo identificar os diagnósticos de enfermagem

em portadores de hipertensão arterial primária. Fundamentou-se em uma pesquisa

quantitativa e descritiva realizada em 2009. Foi utilizada uma amostragem de 110

prontuários de um universo de 148 prontuários de pacientes com hipertensão. O uso

da Taxonomia II proposta por NANDA-I nas consultas de enfermagem contribui de

forma significativa para a sistematização e aplicação dos diagnósticos de

enfermagem (FERRARI et al., 2013).

D: O objetivo desta pesquisa foi identificar os problemas adaptativos e

estímulos fundamentados no modelo teórico de Roy, bem como os diagnósticos de

enfermagem segundo a CIPE® Versão 1. A pesquisa foi realizada no período de

julho a setembro de 2009, com uma amostra de 45 pacientes hipertensos, com

doenças associadas. A pesquisa concluiu que a identificação de diagnósticos de

enfermagem é de fundamental importância para a elaboração de propostas de

intervenções que construíram para o cuidado do enfermeiro para com o paciente.

Além disso, o uso sistemático dos diagnósticos de enfermagem na prática do

enfermeiro ajuda a ter mais autonomia profissional (MOURA et al., 2013).

E: O objetivo foi analisar o diagnóstico de enfermagem Estilo de Vida

Sedentário. A pesquisa contou com uma amostragem de 285 pacientes. Foi utilizado

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um formulário que posteriormente passou por uma analise do diagnóstico de

enfermagem por quatro enfermeiras. A pesquisa revelou que o diagnóstico de

enfermagem Estilo de Vida Sedentário foi detectado em 55,8% e seus resultados

contribuíram para identificar outros indicadores clínicos para o Estilo de Vida

Sedentário em adultos hipertensos. Os resultados desta pesquisa podem contribuir

para o fortalecimento da promoção da saúde no exercício da enfermagem

(MARTINS et al., 2014).

F: O seu objetivo foi identificar os diagnósticos de enfermagem com maior

prevalência para isso utilizou uma amostragem de 30 pacientes, no período de abril

a novembro de 2013. A pesquisa identificou 27 tipos de diagnósticos de

enfermagem. Os resultados deste estudo podem ajudar a sistematização da

assistência de enfermagem contribuída para o bem estar do paciente, uma vez que

a enfermagem trabalha diretamente na prevenção de doenças e agravos e na

promoção da saúde (MOURA et al., 2014).

O Quadro 3 apresenta o resultado da pesquisa realizada na BVS, com seu

respectivos: tipo de pesquisa, lócus e diagnósticos identificados.

Quadro 3 : Resultado por artigo.

Tipo de pesquisa

Local de realização da pesquisa

Diagnósticos identificados

A Pesquisa exploratória

Unidade Básica de Saúde (UBS) no Município de Caucaia/Ceará.

Falta de adesão- 36,8%

B Estudo transversal

Hospital de Referência Cardiológica no Rio Grande do Sul.

Ansiedade - 50,8% Disposição para controle da saúde melhorado 50,8% Estilo de vida sedentário - 47,7% Padrão de sono prejudicado - 46,4%

C Pesquisa de campo

Centro de Saúde de uma cidade do Noroeste do Paraná-PR.

Estilo de vida sedentário -11,01 % Dor aguda -10,09% Risco de lesão - 9,17% Nutrição desequilibrada - 9,17%

D Estudo de casos múltiplos

Unidade de saúde da Secretaria Executiva Regional V, em Fortaleza.

Autonegligência - 93,3 Estilo de vida sedentário - 84,4% Dentição prejudicada - 82,2% Conhecimento deficiente - 60% Obesidade - 57,8% Padrão de sono prejudicado - 42,2%

E Estudo transversal

Centro de Referência no Atendimento

Estilo de vida sedentário - 55,8%

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Ambulatorial de pessoas com Hipertensos e Diabéticos no Estado do Ceará.

F Estudo descritivo

Unidade de Saúde da Família da Zona da Mata Mineira.

Risco de glicemia instável - 60% Controle ineficaz da saúde - 50% Disposição para conhecimento melhorado - 36,6%

Fonte: BVS (2017).

O Quadro 4 apresenta todos os diagnósticos de enfermagem identificados

nos seis artigos analisados na pesquisa da RIL.

Quadro 4: Diagnósticos de enfermagem identificados.

Tipo Código Classe Domínio N* %

1 Estilo de vida sedentário

00168

Classe 1. Percepção da Saúde

Domínio 1. Promoção da Saúde 4 66,66

2 Padrão de sono prejudicado

00198

Classe 1. Sono/Repouso

Domínio 4. Atividade/Repouso

2 33,33

3 Falta de adesão

00079

Classe 2. Controle da Saúde

Domínio 1. Promoção da Saúde 1 16,60

4 Nutrição desequilibrada

00002

Classe 1. Ingestão

Domínio 2. Nutrição 1 16,60

5 Risco de glicemia instável

00179

Classe 4. Metabolismo

Domínio 2. Nutrição 1 16,60

6 Risco de lesão 00035 Classe2. Lesão Física

Domínio 11. Segurança/Proteção 1 16,60

7 Ansiedade 00146

Classe 2. Respostas de Enfrentamento

Domínio 9. Enfrentamento /Tolerância ao Estresse

1 16,60

8 Controle ineficaz da saúde

00078

Classe 2. Controle da Saúde

Domínio 1. Promoção da Saúde 1 16,60

9 Dor aguda 00132

Classe 1. Conforto Físico

Domínio 12. Conforto

1 16,60

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36

10

Disposição para conhecimento melhorado

00161

Classe 4. Cognição

Domínio 5. Percepção/Cognição

1 16,60

11 Obesidade 00232 Classe 1. Ingestão

Domínio 2. Nutrição 1 16,60

12 Autonegligência

00193 Classe 5. Autocuidado

Domínio 4. Atividade/Repouso 1 16,60

13 Conhecimento deficiente

00126

Classe 4. Cognição

Domínio 5. Percepção/Cognição

1 16,60

14 Dentição prejudicada

00048 Classe 2. Lesão Física

Domínio 11. Segurança/Proteção

1 16,60

Fonte: Pesquisa * N – Quantidade de vezes que é citado dentre os artigos.

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37

5 CONCLUSÃO

A hipertensão é um problema de saúde que atinge um número significativo de

brasileiros. A enfermagem vem contribuindo de forma sistemática para auxiliar o

atendimento dos pacientes hipertensos e para isso conta com a Taxonomia II do

NANDA-I. Esta que é uma linguagem aceita internacionalmente e que ajuda a

padronizar o diagnóstico de enfermagem após a consulta realizada pelo enfermeiro.

Os profissionais de enfermagem precisam utilizar essa taxonomia para a

realizarem um atendimento sistemático e eficiente e que envolva toda a equipe de

saúde de uma unidade de atendimento.

Com base nos autores citados não há um tratamento que colocará fim a

hipertensão. O que existe é a possibilidade da prescrição de três tratamentos:

tratamento medicamentoso, não medicamentoso e psicológico. Esses tratamentos

podem ocorrer de forma isolada ou simultaneamente.

A RIL identificou 6 artigos que abordavam o diagnóstico de enfermagem

relacionado a pacientes com hipertensão. Nesses artigos totalizam 14 diagnósticos

de enfermagem mais recorrentes: Estilo de vida sedentário, Padrão de sono

prejudicado, Falta de adesão, Nutrição desequilibrada, Risco de glicemia instável,

Risco de lesão, Ansiedade, Controle ineficaz da saúde, Dor aguda, Disposição para

conhecimento melhorado, Obesidade, Autonegligência, Conhecimento deficiente e

Dentição prejudicada

As pesquisas nesses artigos revelaram que os diagnósticos de enfermagem

mais recorrente dentre os 14 foram Estilo de vida sedentário e Padrão de sono

prejudicado. O primeiro apresentou 66,66%, o segundo 33,33% e o restante

16,60%.

Acredita-se que estes achados podem contribuir para que o enfermeiro,

especialmente o que atua na atenção primária, possa identificar de forma precoce e

segura os diagnósticos Estilo de vida sedentário e padrão de sono prejudicado, para

a partir de então, estabelecer um plano terapêutico com intervenções eficazes para

a mudança de comportamento.

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REFERÊNCIAS

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APÊNDICE A - INSTRUMENTO ADAPTADO PARA COLETA DE DADOS.

IDENTIFICAÇÃO

Título do artigo

Título do periódico

Ano de publicação

Tipo de Pesquisa

Amostragem

Análise dos artigos

Cidade da pesquisa

Instituição da realização da

pesquisa

Período da pesquisa

DIAGNÓSTICOS IDENTIFICADOS

A

A

U

T

O

R

E

S

1-

2-

3-

4-

Nome

Local de trabalho

Graduação

Pós-Graduação

Nome

Local de trabalho

Graduação

Pós-Graduação

Endereço eletrônico

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ANEXO A - TERMO DE ACEITE DO ORIENTADOR.

FACULDADE PAN-AMAZÔNICA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

TERMO DE ACEITE DO ORIENTADOR

Eu, professor (a) PAULA SOUSA DA SILVA ROCHA, docente do Curso de

Graduação em Enfermagem da Faculdade Pan-Amazônica (FAPAN), declaro aceitar

ser orientadora do trabalho intitulado “Diagnóstico de enfermagem para o

paciente hipertenso: uma revisão integrativa” de autoria dos alunos:Amanda

Seleiro Silva, Dayana Brito Brabo e Geovane Costa Saraiva.

Declaro, ainda, ter total conhecimento das normas de realização de trabalhos

científicos vigentes, segundo a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa - CONEP

e Conselho Nacional de Saúde - CNS Resolução Nº466 de 12/12/2012, estando

inclusive ciente da necessidade de minha participação na banca examinadora por

ocasião da qualificação do projeto e da defesa do Trabalho de Conclusão de Curso.

Belém-PA, 20 de junho de 2017.

_____________________________________

Orientadora

E-mail: [email protected]

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ANEXO B - INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS – FICHA URSI.