Dialogo

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Diálogo!?

"Onde a conversa deixa de existir, a violência tende a se iniciar".

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A sociedade pós-moderna é, por excelência, a sociedade globalizada, e nesta, o que chamamos de cultura global caracteriza-se pela diversidade, e não pela uniformidade como muitos afirmam. Nesta sociedade, o pluralismo cultural não se restringe mais a

centros específicos, os quais, devido ao isolamento geográfico permitiam que os conflitos resultantes do choque e da hostilidade ao Outro, fossem resolvidos pelo

enraizamento da tradição. Formavam-se espaços harmônicos, sempre idênticos a si mesmos, pois não entravam estranhos (ou então esta entrada era muito dificultada, e o Outro era visto sempre como suspeito); os relacionamentos e os compromissos eram

estabelecidos face a face, e o fluxo de pessoas bastante limitado.

"A democracia precisa da virtude, se não quiser ir contra tudo o que pretende defender e estimular."

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O que acontece com os políticos atuais?

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Se queremos a solução de um conflito pelo diálogo, não podemos mais hostilizar o "estranho"; não podemos tratar o Outro como passivo, como mero receptor de nossas mensagens; o fluxo da comunicação agora é de mão dupla, e possuir virtude comunicativa significa saber ouvir paciente e

atenciosamente as diferentes idéias, e/ou as idéias do diferente, e principalmente, respeitá-las; e isto é a "democracia dialógica", na qual "as

relações são ordenadas por meio do diálogo, e não do poder arraigado" (Giddens). Na democracia dialógica não só o Outro tem a obrigação de

responder, mas a interrogação é recíproca.

"É no cemitério do consenso universal que a responsabilidade, a liberdade e o indivíduo exalam seu último suspiro".

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Portanto o resultado de um processo de escolha ou negação da democracia dialógica, pode gerar espaços discursivos ou

fundamentalismos, respectivamente. Se efetivamente queremos dar uma melhor direção para o processo de globalização, precisamos ouvir a

todos, precisamos deixar que todos nos interroguem e responder para todos, inclusive para o fundamentalista, pois do contrário tornamo-nos semelhante a ele. Esta é a oportunidade emancipadora pós-moderna de

que fala Z.Bauman, ou seja, "a oportunidade de depor as armas, suspender as escaramuças de fronteira empreendidas para manter o

estranho afastado, desmontar o minimuro de Berlim erigido diariamente e destinado a manter distância".

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Isso representa um potencial para o relacionamento pacífico; já a opção pelo fundamentalismo está associada à violência. Se vislumbramos um mundo sem guerra, a opção pelo diálogoé o início do caminho que poderá tornar real esta utopia.

Suiane e Rafaela