Diário do Aniversário - 1987/01/21

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O DIÁRIO DO ANIVERSÁRIO Quarta-feira, 21 de Janeiro de 1987 Nesta data em 1921 a Alemanha foi condenada, nos termos do Tratado de Versalhes, a pagar 269 mil milhões de marcos em ouro, em 42 anualidades, como reparação de danos de guerra. Outros aniversários deste dia: 1338: Carlos V, Rei de França 1905: Christian Dior, estilista 1945: Marco Paulo, cantor 1979: João Ribeiro, jornalista 1981: Michel Teló, cantor Nasceu a Ana Sofia Dias, ou Bia, num dia burlesco como os demais Hoje, dia 21 de Janeiro de 1987, nasceu na Maia a menina Ana Sofia Dias, que os amigos pre- ferem tratar por Bia. Com uma vida pacata, optou por seguir Artes, na Escola Secundária da Maia, e foi parar ao Image Design na Universi- dade do Porto. Embora tenha dado aulas em Baguim do Monte e em Rio Tinto, a actividade pela qual a Bia é mais conhecida é a música: é a baixista da Epping Forest, uma banda de blackened death metal. As outras actividades preferidas de Ana Sofia Dias são a tortura de Mia, um gato com nome de gata, e dança do estilo burlesco. E como era o país e o mundo onde Bia nasceu? Os tempos políticos são agitados neste ano de 1987, no qual ainda nos esta- mos a habituar a fazermos parte da CEE. As Nações Unidas consagraram 1987 como o Ano Internacio- nal dos Sem-Abrigo, mas nos cinemas Robin Williams gritava “Good Morning, Vietnam”, isto num ano em que também estrearam Dirty Dancing, com Patrick Swayze e Jennifer Grey, e Império do Sol Nascente, a obra de Steven Spielberg que lançou Christian Bale. No mundo da música, Ma- donna preparava o lançamento da primeira digressão mundial, ‘Who’s That Girl Tour’, e Mi- chael Jackson andava a promo- ver ‘Bad’. É neste ano que surge o grande êxito dos Guns N’ Roses, ‘Sweet Child O’ Mine’. É também em 1987 que um navio britânico vira à entrada para um porto belga, provocan- do a morte de 193 pessoas, e um incêndio numa estação de metro em Londres mata 31 pessoas.

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O Diário do Aniversário de Ana Sofia Dias, nascida a 21 de Janeiro de 1987.

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O DIÁRIO DO ANIVERSÁRIO

Quarta-feira, 21 de Janeiro de 1987

Nesta data em 1921 a Alemanha foi condenada, nos termos do Tratado de Versalhes, a pagar 269 mil milhões de marcos em ouro, em 42 anualidades, como reparação de danos de guerra.

Outros aniversários deste dia: 1338: Carlos V, Rei de França1905: Christian Dior, estilista1945: Marco Paulo, cantor1979: João Ribeiro, jornalista1981: Michel Teló, cantor

Nasceu a Ana Sofia Dias, ou Bia, num dia burlesco como os demaisHoje, dia 21 de Janeiro de 1987, nasceu na Maia a menina Ana Sofia Dias, que os amigos pre-ferem tratar por Bia.Com uma vida pacata, optou por seguir Artes, na Escola Secundária da Maia, e foi parar ao Image Design na Universi-dade do Porto.Embora tenha dado aulas em Baguim do Monte e em Rio Tinto, a actividade pela qual a Bia é mais conhecida é a música: é a baixista da Epping Forest, uma banda de blackened death metal.As outras actividades preferidas

de Ana Sofia Dias são a tortura de Mia, um gato com nome de gata, e dança do estilo burlesco.E como era o país e o mundo onde Bia nasceu? Os tempos políticos são agitados neste ano de 1987, no qual ainda nos esta-mos a habituar a fazermos parte da CEE.As Nações Unidas consagraram 1987 como o Ano Internacio-nal dos Sem-Abrigo, mas nos cinemas Robin Williams gritava “Good Morning, Vietnam”, isto num ano em que também estrearam Dirty Dancing, com Patrick Swayze e Jennifer Grey, e

Império do Sol Nascente, a obra de Steven Spielberg que lançou Christian Bale.No mundo da música, Ma-donna preparava o lançamento da primeira digressão mundial, ‘Who’s That Girl Tour’, e Mi-chael Jackson andava a promo-ver ‘Bad’. É neste ano que surge o grande êxito dos Guns N’ Roses, ‘Sweet Child O’ Mine’.É também em 1987 que um navio britânico vira à entrada para um porto belga, provocan-do a morte de 193 pessoas, e um incêndio numa estação de metro em Londres mata 31 pessoas.

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Rui Amaral eleito vice-presidente do Parlamento EuropeuO deputado social-democrata Rui Amaral foi hoje eleito vice--presidente do Parlamento Eu-ropeu, sucedendo assim a Lucas Pires naquele importante cargo comunitário. Depois de um processo longo em que chegou a estar em causa a eleição, o ex-secretário de Es-tado logrou obter 255 votos, in-cluindo de deputados socialistas e comunistas.Em contacto telefónico com Rui Amaral, em Estrasburgo, o nos-so diário apurou que o deputado recebeu todos os votos do Parti-do Popular Europeu, do Grupo Liberal e Reformista (do qual faz parte o PSD) e do grupo Con-servador.Rui Amaral salientou que aca-bou por receber mais votos do que o presidente do Parlamento Europeu, o conservador britâni-co Henri Plumb, que apenas foi apoiado por 241 deputados, mais cinco do que o rival, o so-cialista espanhol Enrique Baron.Para conseguir este apoio, o ex-secretário de Estado da For-mação Profissional contou com votos de deputados dos grupos socialista e comunista.Registe-se que, nesta eleição para os 14 vice-presidentes, três países (Dinamarca, Bélgica e Luxemburgo) não conseguiram eleger qualquer representante.Rui Amaral adiantou que ocupar o cargo representa “uma inten-sificação de tarefas, nomeada-mente em termos de gestão do próprio Parlamento”, e “uma postura diferente” nas relações com “os órgãos de soberania

portugueses, autarcas e parceiros locais”.O eurodeputado admitiu que o resultado da eleição foi “gratifi-cante”, atendendo “à grande representatividade do Parlamen-to Europeu no contexto comu-nitário e porque se trata de um órgão que sempre esteve ao lado dos interesses de Portugal antes e depois da adesão”.A eleição obedeceu a um pro-

cesso bastante difícil, já que os deputados portugueses de out-ros partidos manifestaram a in-tenção de não votar num candi-dato do PSD.Por duas vezes, o nome de Rui Amaral não recolheu a quan-tidade necessária de votos, mas o grupo social-democrata no Parlamento Europeu insistiu na candidatura para o terceiro es-crutínio.

21 de janeiro de 1987 O DIÁRIO DO ANIVERSÁRIO Página 3

Frente Polisário afundou pequeiro português ‘Eugénia’ ao largo da costa saariana“Seriam umas 23 horas quando recebi um telefonema do mestre do ‘Ville de Safi’, João Lopes, que me informava que houve tragédia com o barco ‘Eugénia’, mas que a tripulação portuguesa estava salva” – disse-nos um dos responsáveis pela empresa Neves e Lourenço, a quem per-tencia o barco que se afundou depois de ter sido metralhado e incendiado por forças da Fren-te Polisário, com 23 homens a bordo.Segundo as primeiras infor-mações, via Rádio Marconi, o ataque teria acontecido cerca das 20,45 horas de Lisboa.O ataque ao ‘Eugénia’ foi feito por seis lanchas pneumáticas que navegavam “a uma velo-cidade arrepiante”, disse o co-mandante do navio-hospital espanhol ‘Esperanza del Mar’, Gonçalo Saenz.O ataque teve lugar a 15 milhas da costa saariana, frente ao cabo Carvoeiro, na mesma zona onde já se efectuaram outros ataques a pesqueiros espanhóis.Os atacantes abriram intenso fogo de metralhadora e lan-çaram granadas incendiárias. O pesqueiro começou imediata-mente a arder de popa à proa, o que provocou o seu afunda-mento.Os pescadores portugueses con-taram que o ataque durou escas-sos minutos. As lanchas desapa-receram rapidamente a coberto da escuridão.Disse um dos sócios da empresa

armadora do ‘Eugénia’ que, por telefonema recebido naquela empresa cerca das 8,30 horas de ontem, a tripulação já se encon-

tra em Dacla, o porto de guerra mais próximo do local onde an-dava a pescar.Posteriormente, o Ministério dos Negócios Estrangeiros in-formou que os tripulantes por-tugueses foram conduzidos para Las Palmas.Segundo o mestre João Lopes, morreram três militares marro-quinos dos seis que iam a bordo e ficaram feridos ligeiramente dois pescadores portugueses, José Constantino Matos Formi-ga e José Manuel do Nascimento Moreira.Um pescador marroquino terá ficado sem um braço e uma perna.No local encontravam-se os três barcos da empresa.Apesar de ser de noite, parece que as tripulações teriam regis-tado ao vivo o acontecimento. Foi tudo muito rápido. Houve metralha, de seguida incêndio e pouco depois o afundamento do navio.

Frente Polisário lutapor um Saara livre

A Frente Polisário é um movimento político-revolu-cionário que luta pela autode-terminação do povo saaraui e pela criação de um Estado livre no Saara Ocidental: a República Árabe Saaraui Democrática (RASD). O grupo foi criado em 1973 para combater a ocupação espanhola, que em 1975 ce-deu o território a Marrocos e à Mauritânia. Como este país se retirou em 1979, a Frente Polisário luta contra a ocupa-ção marroquina. Desde 1988 que vigora um cessar-fogo entre as duas partes.

Página 4 O DIÁRIO DO ANIVERSÁRIO 21 de janeiro de 1987

Portugal precisa de mais 3000 médicos, diz Gentil MartinsO quantitativo de médicos ne-cessários à população portugue-sa não se pode estabelecer “atrás de uma secretária”, disse on-tem, durante a abertura do VII Congresso Nacional do Médico Interno, o actual bastonário da Ordem, Gentil Martins.“O grande indicador sobre a quantidade de médicos ne-cessária em Portugal é, antes, o de saber se as pessoas têm, ou não, os cuidados médicos de que precisam e quando precisam. A realidade parece ser óbvia”, co-mentou o dirigente da Ordem.“Pelos padrões da CEE, Portu-gal necessitaria de 28 a 29 mil médicos, está com pouco mais de 25 mil, e é possível que aquele quantitativo tenha de aumentar

visto que a população portu-guesa continua a envelhecer, o que alarga a faixa dos cidadãos que mais precisam de cuidados de saúde”, argumentou.Gentil Martins criticou ainda os concursos de acesso às espe-

cialidades: “Não são mais do que provas para o simples escalo-namento do acesso a vagas, que não podem classificar a quali-dade médica de profissionais a quem o Estado já reconheceu o grau de clínicos gerais”.

“Não há médicos a menos, mas doentes a mais”, diz Jacinto de MagalhãesEm resposta à ameaça de de-missão dos chefes de equipa do S. José, o director geral dos Hospitais, Jacinto de Magalhães, garantiu que “não há ruptura nenhuma no banco do Hospital de S. José nem médicos a menos, o que há é um afluxo anormal de doentes devido, sobretudo, à vaga de frio”.Jacinto de Magalhães acrescen-tou “desconhecer oficialmente” qualquer posição tomada pelos chefes das equipas de triagem da unidade de urgência dos Hospi-tais Civis de Lisboa, salientando que apenas tomou conhecimen-

to através da Imprensa de um comunicado emitido pelo Sindi-cato dos Médicos da Zona Sul.O director geral dos Hospitais considerou “no mínimo bizar-ro” que os médicos tenham ameaçado demitir-se enquanto declinavam, ao mesmo tempo, a responsabilidade pelo funciona-mento daquela unidade e davam um prazo de 30 dias para a reso-lução da situação de ruptura no banco do S. José.Jacinto de Magalhães deixou ain-da uma questão: “Se a situação é de ruptura, porque esperam ainda 30 dias?”

21 de janeiro de 1987 O DIÁRIO DO ANIVERSÁRIO Página 5

“É imperativo do Estado auxiliar a Imprensa”

mo que está indissoluvelmente ligado ao regime democrático”, complementou Fernando No-gueira, salientando que o Gover-

no está empenhado em “criar condições que propiciem a ul-trapassagem da crise que afecta a Imprensa em Portugal”.

Fernando Nogueira afirmou que o Estado tem de auxiliar a Im-prensa, mas em contrapartida os jornais devem corresponder “efectivamente” àquilo a que deles se espera.“É imperativo do Estado auxiliar a Imprensa”, defendeu o minis-tro Adjunto, argumentando que os jornais continuam a benefici-ar de um espaço próprio e de uma finalidade social única e insubstituível, sendo ainda im-prescindíveis para “uma maior liberdade de circulação da infor-mação e do conhecimento”.A Imprensa “é também um es-teio fundamental do pluralis-

Primeiro-ministro vai visitar França e BélgicaCavaco Silva visita oficialmente, no fim deste mês e princípio de Fevereiro, a França e a Bél-gica, encontrando-se em Brux-elas com o presidente da CEE, Jacques Delors.Em França, onde se desloca a convite do homólogo francês, o

primeiro-ministro terá reuniões de trabalho com Jacques De-lors, também primeiro-ministro da França, e será recebido pelo Presidente François Mitterrand.Acompanhado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros e pordois secretários de Estado, o

chefe do Governo português estará em visita oficial à França em 30 e 31 de Janeiro.A convite do Governo belga, Cavaco Silva parte depois para Bruxelas, onde estará no dia 2 de Fevereiro. Em Bruxelas, terá uma reunião de trabalho com o homólogo Wilfried Martens, será recebido pelo Rei Balduí-no e aproveitará a estadia para prosseguir conversações inicia-das em Lisboa com o presidente do executivo da CEE, Jacques Delors.Fonte do Governo adiantou que o primeiro-ministro vai “subli-nhar a necessidade de defesa dos interesses portugueses e a espe-cificidade de Portugal no seio da CEE, especialmente em matéria de agricultura e indústria”.

Suspeitos do assassínio de Olof Palme libertados

A libertação de três curdos, detidos por alegadamente terem participado no assas-sínio do primeiro-ministro Olof Palme, veio aumentar a frustração do Governo sueco no poder há 11 meses. A polícia anunciou a liber-tação por falta de provas.

Amendoins mataram jovem californiano

Bryan Dias, um rapaz norte- -americano de 11 anos que não podia comer amendoins devido aos problemas de asma, engoliu sem querer alguns pedaços e não con-seguiu sobreviver. Bryan mordeu um pedaço do que pensava ser um bolo de chocolate e cuspiu quando se apercebeu da presença dos proibidos amendoins, mas terá engolido alguns pedaços. Teve o mais grave ataque de asma da sua vida, entrou em coma e morreu na passada sexta-feira.

Massacre em hotel na Irlanda

Dois homens foram abati-dos a tiro por pistoleiros que entraram num hotel irlandês em Drogheda e abriram fogo sobre quatro pessoas que tomavam chá. Duas morre-ram e as outras duas ficaram gravemente feridas.

Os estudantes do ensino médio espanhol estão convocados esta semana para uma série de mo-bilizações, com greves e mani-festações, anunciadas num ambi-ente de divisão, pelos colectivos representantes do movimento estudantil.O Sindicado dos Estudantes convocou uma greve geral, a partir de ontem, que terminará

Página 6 O DIÁRIO DO ANIVERSÁRIO 21 de janeiro de 1987

Manifestações estudantis no país vizinhosão um Maio de 68 à moda espanhola

com uma manifestação em Ma-drid no próximo dia 23, para a qual está prevista a participação de dois milhões de estudantes.Os manifestantes exigem a re-visão da política educativa, o aumento dos orçamentos das escolas, a supressão dos exames de selectividade para a entrada na universidade e a redução das taxas académicas.

Apesar dos escândalos que abala- ram durante quatro anos o Go- verno de Helmut Kohl, o chan- celer alemão mostra-se hoje mais firme do que nunca no cargo que, após as eleições de domingo, de-verá continuar a ocupar.As sondagens dão aos cristãos--democratas de Kohl e aos cristãos-sociais bávaros 47 por cento dos votos, o que, somado aos 6 ou 7 por cento dos liberais, permitirá ao chanceler continuar

Kohl mais favorito nas eleições na RFA apesar dos quatro anos de escândalos

a governar por mais quatro anos.Isto apesar dos vários escândalos nos últimos quatro anos, como o financiamento ilegal a partidos e a tentativa de uma amnistia para esse tipo de delitos, o afastamen-to e reabilitação de um general da NATO sob acusação de ho-mossexualidade e os subornos pagos por um consórcio indus-trial a membros do gabinete de Kohl em troca de isenções fis-cais.

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‘Esperanças’ portuguesas perdem 0-2 com a Espanha no Municipal da Maia

Uma vez imposto pela FISA, o novo figurino das provas do Mundial de Ralis, através, es-sencialmente, do drástico corte de potência das grandes máqui-nas do antigo grupo B, o Rali de Portugal/Vinho do Porto es-tará na estrada entre 11 e 15 de Março, terminando na Póvoa de Varzim.Após o dramático acidente na classificativa da Lagoa Azul, no início da edição de 86, na se-quência do despiste do Ford RS 200 Joaquim Santos, e de que houve vítimas a lamentar,o Rali

de Portugal ficou mais longe dos tempos áureos no Mundial.Foi uma temporada para esque-cer, devido à potência incontida dos carros, e uma solução foi encontrada: houve que repen-sar os moldes por que se regiam as várias provas, privilegiando a segurança dos espectadores através da imposição de medi-das de contenção à potência dos motores.A estrutura do Rali de Portugal foi alterada, sendo eliminada a ronda de Sintra e criados novos pólos de interesse.

Rali de Portugal apresentado com foco especial na segurança

Numa noite gelada, pouco pú-blico acorreu ao funcional Es-tádio Municipal da Maia. Os preços também não ajudavam e, diga-se, quem lá foi deve ter dado por mal entregue o tempo, pois a equipa portuguesa jogou mal e perdeu e os espanhóis venceram sem precisar de jogar bem.Foi um jogo tecnicamente po-bre, altamente agressivo (os portugueses não foram nada meigos), sem emotividade, en-tre duas equipas sem qualquer entrosamento, enfim, uma noite perdida para todos aqueles que se deslocaram à Maia.Portugal: Silvino (Lopes, 81); José Carlos, Barny, Carvalhal (Filipe, 41) e Fernando Mendes (Mota, 58); Litos, Mito e Car-

los Xavier; Rui Barros, Chico Faria (João Paulo, 68) e Pacheco (Lima, 40).Espanha: Unzue (Ormazabale, 81); Llorente, Lizzaralde, Sergio e Ferrer (Dadie, 52); Rafa Paz (Revilla, 65), Villa (Lopez, 73),

Opejuela e Fernando; Martin Vasquez e Alvaro.Árbitro: José Guedes, auxiliado por Fernando Alberto e Joaquim Gonçalves. Ao intervalo: 1-0. Golos: Alvaro (32) e Villa (52).

Página 8 O DIÁRIO DO ANIVERSÁRIO 21 de janeiro de 1987

Transportes urbanos de Coimbra aumentam 10 por centoA partir do próximo mês de Fe-vereiro, os Transportes Urbanos de Coimbra vão conhecer um agravamento nos tarifários de 10 por cento.A deliberação foi tomada pelo executivo camarário durante a última reunião semanal, tendo votado contra os dois edis da APU, enquanto Ferreira do Araújo (PSD) e Viterbo Correia (CDS) se abstiveram.O agravamento dos custos dos transportes colectivos da cidade do Mondego não foi, uma vez mais, questão pacífica, tendo todas as forças políticas com as-sento no executivo camarário re-iterado severas críticas ao poder central, que tem mantido, quase diríamos de forma obstinada,

Deputado denunciou “doenças” na lavoura de Trás-os-Montes

um inaceitável distanciamento em relação a uma problemática que extravasa, enquanto capital regional, as responsabilidades de Coimbra.Foi generalizadamente dito que o OGE deverá assumir uma

quota parte dos custos sociais da exploração, à semelhança do que acontece em Lisboa e no Porto.Os bilhetes pré-comprados sobem de 20 para 22 escudos (1 zona), 32$50 para 35$50 (2) e de 45 para 50 escudos (3 zonas).

É já lugar comum afirmar-se que a agricultura enfrenta uma buro-cracia pesada e, mesmo, intrans-ponível, atendendo aos níveis de formação académica e técnica da esmagadora maioria dos nossos agricultores.Foi o que fez o deputado Daniel Bastos, ao interpelar o Ministé-rio da Agricultura sobre aspectos “anómalos” como, por exem-plo, o caso do “licenciamento para transporte de pessoal para a agricultura”, que depende da intervenção da Direcção Geral de Viação e da Direcção Geral de Transportes Terrestres.

Sobre a atribuição do “subsídio de gasóleo”, o deputado lem-brou que em Trás-os-Montes são escassos os agricultores que dele usufruem. A configuração acidentada de certos terrenos da região, expli-cou Daniel Bastos, não permite a utilização generalizada das má-quinas agrícolas que têm direito ao subsídio de gasóleo.“Por atestado da Junta de Fregue- sia ou de outra entidade, poder--se-ia certificar quem usa car-rinhas próprias para trabalhos na agricultura, devendo ser-lhes atribuído o subsídio”, defendeu.