Diário do Comércio

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ISSN 1679-2688 9 7 7 1 6 7 9 2 6 8 0 0 8 2 3 4 5 2 HOJE Nebulosidade crescente. Pode garoar. Máxima 26º C. Mínima 13º C. AMANHÃ Nebulosidade crescente. Pode garoar. Máxima 28º C. Mínima 14º C. Ano 87 - Nº 23.452 Jornal do empreendedor R$ 1,40 Conclusão: 23h50 www.dcomercio.com.br São Paulo, terça-feira, 6 de setembro de 2011 Margens do Ipiranga, salvem, salvem! Cenário da Proclamação da Independência por D. Pedro I em 7 de setembro de 1822, o riacho está poluído e cheira mal. Na época de chuvas, as inundações são frequentes. A parte boa é que a poluição deve diminuir em 2012. Pág.9 Marta se declara o nome forte do PT Apontada como favorita na corrida à Prefeitura de SP em pesquisa do Datafolha, que deixou pré-candidatos de fora, ela afirmou não ter nenhuma dúvida: seu nome é o mais forte do partido. Só que Lula apoia Haddad. Ontem, a senadora e Kassab, o atual prefeito, debateram a metrópole no Mackenzie. Pág.5 Clayton de Souza/AE Paulo Pampolin/Hype Itália derruba mercados no mundo Desta vez, a onda começou com a notícia de que a Itália deve ser rebaixada pelas agências de classificação de risco – o que aumentou as incertezas em meio à crise europeia. Isso somado ao fraco desempenho da economia americana levou os índices para baixo – Londres caiu 3,58%; Frankfurt, 5,28%; Paris, 4,73%; Milão, 4,83%; Madri, 4,69%. Nova York não teve pregão por causa do Dia do Trabalho. A Bovespa? Queda de 2,71%. Pág. 16 MANTEGA PREOCUPADO Em reunião com a presidente Dilma, ministros e líderes do governo, o ministro da Fazenda Guido Mantega realinha seu discurso e diz que a crise internacional é "preocupante", principalmente depois que a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, declarou que vivemos à beira de uma recessão global. Mantega, entretanto, diz que "o Brasil está sólido e preparado para enfrentar as adversidades da crise". Pág. 11 Muito além do celular: a boa e velha máquina fotográfica. Um teste de novos equipamentos para quem está à procura de recursos tecnológicos de precisão. Informática, pág. 17 Quem bombardeia hoje, apoiava até ontem. Documentos secretos de Kadafi são descobertos por rebeldes e mostram que ditador violou sanções e comprou armas da China e de países europeus neste ano. Pág.8 Fotos: Divulgação Youssef Boudlal/Reuters

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06 set 2011

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ISSN 1679-2688

9 771679 268008

23452

HOJENebulosidade crescente. Pode garoar.

Máxima 26º C. Mínima 13º C.

AMANHÃNebulosidade crescente. Pode garoar.

Máxima 28º C. Mínima 14º C.

Ano

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Margens do Ipiranga,salvem, salvem!

Cenário da Proclamação da Independência por D. Pedro I em 7 de setembrode 1822, o riacho está poluído e cheira mal. Na época de chuvas, as inundações

são frequentes. A parte boa é que a poluição deve diminuir em 2012. Pág. 9

Marta sed e c l a rao nome

forte do PTApontada como favorita na corrida à

Prefeitura de SP em pesquisa do Datafolha, quedeixou pré-candidatos de fora, ela afirmou

não ter nenhuma dúvida: seu nome é o maisforte do partido. Só que Lula apoia Haddad.Ontem, a senadora e Kassab, o atual prefeito,debateram a metrópole no Mackenzie. Pág. 5

Clayton de Souza/AE

Paulo Pampolin/Hype

Itáliaderruba

mercadosno mundo

Desta vez, a onda começou com a notícia de que a Itáliadeve ser rebaixada pelas agências de classificação de risco– o que aumentou as incertezas em meio à crise europeia.

Isso somado ao fraco desempenho da economiaamericana levou os índices para baixo – Londres caiu3,58%; Frankfurt, 5,28%; Paris, 4,73%; Milão, 4,83%;

Madri, 4,69%. Nova York não teve pregão por causa doDia do Trabalho. A Bovespa? Queda de 2,71%. Pág. 16

MANTEGA PREOCUPADOEm reunião com a presidente Dilma, ministros e líderes do

governo, o ministro da Fazenda Guido Mantega realinha seudiscurso e diz que a crise internacional é "preocupante",

principalmente depois que a diretora-gerente do FMI, ChristineLagarde, declarou que vivemos à beira de uma recessão global.

Mantega, entretanto, diz que "o Brasil está sólido epreparado para enfrentar as adversidades da crise". Pág. 11

Muito alémdo celular:a boa eve l h amáquinafo t o gr á f i c a .Um teste de novosequipamentos para quemestá à procura de recursostecnológicos de precisão.Infor mática, pág. 17

Quem bombardeia hoje,apoiava até ontem.

Documentos secretos de Kadafi são descobertos porrebeldes e mostram que ditador violou sanções e comprou

armas da China e de países europeus neste ano. Pág. 8

Fotos: Divulgação

Youssef Boudlal/Reuters

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terça-feira, 6 de setembro de 20112 DIÁRIO DO COMÉRCIO

MAIS UMA CARGA CONTRA A IMPRENSA LIVRE

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Pre s i d e nteRogério Amato

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opiniãoQualquer ameaça tem dois componentes básicos: a intenção e a capacidade de materializá-la.

Roberto Fendt

Re l e m b ra n d o11 de setembro

ROBERTO

FENDT

Se um novo ato terrorista viera ocorrer, certamente serádecorrente de uma açãoindividual, de algum

simpatizante infiltrado nos EUAou outra democracia ocidental.

Todos estão a relembrar odia da ignomínia, 11 desetembro de 2001. Há di-versas razões para isso, a

menos importante das quais o fatode completar-se dez anos do aten-tado da Al-Qaeda nos EstadosUnidos. Meto também minha co-lher nesse caldo.

Em Brasília, era uma manhã desol e eu lá estava, junto com a di-retoria da FGV, para fazer entregaao presidente Fernando HenriqueCardoso de exemplar do Dicioná-rio Histórico-Biográfico Brasilei-ro, produzido pela Fundação. Aobra monumental produzida peloCPDOC continha verbetes, nãosomente sobre o senhor presiden-te, como também sobre seu pai, ogeneral Leônidas Cardoso.

Já havia estado com o presidenteanteriormente e notado a sua pon-tualidade nos compromissos. Porisso estranhei, de mim para comi-go, a informação do ajudante de or-dens de que o presidente se retar-daria um pouco para nos receber.

Nesse interregno, toca umcelular falando de terrí-vel acidente em Nova

Iorque, em uma das torres doWorld Trade Center. Os telefone-mas se sucederam, cada vez maispintando um quadro do impensá-vel atentado terrorista às torresgêmeas e ao Pentágono.

A segunda torre já estava nochão, com suas vítimas, quandosurgiu FHC. Rapidamente nospôs a par do que ocorria e que es-tava acompanhando no subsolodo Palácio. A tranquilidade dopresidente não se abalou e ele teveo tempo e o interesse em examinaros volumes, detendo-se na biogra-fia do pai e passando os olhos em

diversas outras, sempre com co-mentários precisos.

Despedimo-nos com aquelemisto de satisfação pelo devercumprido e com a perplexidadedo brutal e covarde ataque nosEUA. Qual seria o próximo? Queoutras vítimas inocentes paga-riam o preço da insensatez?

Na verdade, outros aten-tados viriam a ocorrer,mas não nos EUA. Um

dos mais selvagens ocorreu, em11 de Março de 2004, três dias an-tes das eleições gerais na Espa-nha, em que dez bombas mata-ram 191 pessoas no sistema fer-roviário de Madrid. Mas ne-nhum deles repetiu-se nos EUA.

Haverá outros? Osama Bin La-den morreu em 2 de maio passado emuitos julgam que a Al-Qaeda per-deu muito de sua motivação e lide-rança. Scott Steward analisou re-centemente a possibilidade de um

novo ataque terrorista (Why Al-Qae-da is Unlikely to Execute Another 9/11,Stratford Global Intelligence,01/09/2011) e concluiu por sua im-p ro b a b i l i d a d e .

O argumento é simples.Qualquer ameaça temdois componentes bási-

cos: a intenção e a capacidade dematerializá-la. A intenção de ata-car novamente os EUA é perma-nente, como tem sido ao longo dosúltimos dez anos. Ela tem sidopropalada persistentemente porAyman al-Zawahiri, o atual nú-mero um da Al- Qaeda e sucessorde Bin Laden. E o argumento é omesmo de sempre: os EstadosUnidos são o Grande Satã, a espa-lhar a corrupção pelo mundo. Pa-ra ele, só ataques aos EUA permi-tirão a redenção do mundo, nãosomente para a Al- Qaeda, mas pa-ra todos os movimentos da Jihad.

A capacidade de materializar a

ameaça é outra coisa. A estratégiaamericana, até agora bem sucedi-da, foi atacar o coração da Al- Qae-da no Paquistão, enfraquecendo,se não eliminando, seu corpo diri-gente. O que restou do núcleo daAl-Qaeda está agora na defensiva,ocultando-se da perseguiçãoamericana no Paquistão.

Muitos receiam um novo ataquena data redonda, como se a Al-Qaeda necessitasse de datas dessanatureza para realizar seus ata-ques. Não foi em nenhuma data re-donda que ocorreu o atentado emMadrid, nem tampouco em Istam-bul, Nairobi, Dar es Salaam ou emLondres. A Al-Qaeda atacou sem-pre que esteve preparada para tal.

O resumo da ópera é sim-ples: a Al-Qaeda conti-nua desejando causar o

maior dano possível em solo ame-ricano. E assim continuará, comosempre esteve no passado. Masterá capacidade de fazê-lo?

Se um novo ato terrorista da na-tureza que se está aqui a comentarvier a ocorrer, será decorrente daação individual, de algum simpa-tizante infiltrado nos EUA ou emoutra democracia ocidental. É tãodifícil detectar esses atos indivi-duais como tem sido difícil detec-tar em tempo hábil a ação de serialkillers enlouquecidos.

Se vier a ocorrer, um ato dessanatureza não terá as característi-cas de espalhar o terror como o de11 de setembro. Será como sempreforam os atos terroristas do século19, de pequeno alcance, emboramoralmente tão reprováveis co-mo a ação coordenada e espetacu-lar de dez anos atrás.

RO B E RTO FENDT É E C O N O M I S TA

PAULO

SAAB

ESTADO NASCEUANTES DA NAÇÃO

Antes de asociedade existire se organizarcomo nação,criando umEstado para gerirseus interesses,este surgiu, seimpôs e até hojecontrola a vidados brasileiros.

Começa a valer a penater insistido estes anostodos. Ouço as

primeiras vozes concordantes.Há pelo menos uma décadatenho martelado no ouvidodo meu leitor que os malesbrasileiros decorrem da formacomo o Estado nasceu antesda sociedade, da nação.

Um mal decorrente davinda de D.João VI para o paísem 1808, fugindo deNapoleão. Instalado o reinona então colônia, o rei crioude cima para baixo, aestrutura do Estado para ter oque e com o que governar.O Brasil nasceu como país,na forma como hoje oconhecemos, de cabeça parabaixo. Antes de a sociedadeexistir e se organizar comonação, criando um Estadopara gerir seus interesses,este surgiu, se impôs eaté hoje controla a vida dosbrasileiros de formainterventora. O Estadobrasileiro – pela origem, pelonascimento – tutela asociedade até hoje enão é tutelado por ela,como deveria ser.

O lado positivo foi amanutenção da íntegra doterritório, fazendo do Brasiluma potência continental. Aocontrário da América do Sulespanhola, que sedespedaçou em uma dezenade países, apresença do reiportuguês, criandoo Estado brasileiro,serviu para garantira integralidade doterritório nacional.O fato de a naçãobrasileira, enquantoresultado damiscigenação deetnias, culturas, gastronomias,religiões etc. estar ainda sendoconstruída – inclusive, naapuração de seus valorescomuns e aspirações – explicaporque é comum ao brasileiroesperar que a solução de seusproblemas venha de cima, dotrono, do rei, ou na forma dehoje, do presidente daRepública (ou da presidente).

Não temos aindaconsolidada aconsciência , e menos

ainda a ação, no sentido deque somos nós, os brasileiroscomuns, os donos do País ,enquanto os políticos, osagentes do poder público, pornosso voto transformados emnossos representantes, sãonossos empregados e nosdevem satisfação.

Agem, pela deformaçãohistórica, como se nosfizessem favor de estar emcargos públicos e nelesse locupletam deforma criminosa (grandeparte deles, não todos).

A situação só vai começara mudar quando os brasileirostiverem consciência dessa

condição de tuteladospelo "rei" – e, pelas urnas epela educação de seu povo,começarem a participarativamente, tirando das"capitanias hereditárias" quemas comanda há décadas, deforma retrógrada para o País.

Meu leitor sabe que escrevosobre isso há anos, tentandocontribuir para dar essaconsciência à nossapopulação. Ao menos aos queme leem. Faço essa novareferência em face do artigode Fernando Rodrigues, naFolha de domingo passado,quando sob o título "UmEstado criado antes dasociedade", ele se refere àcriação de Brasília, limitandoseu texto à origem e aos víciosdo Distrito Federal, quando

Os velhinhos transviadosde hoje, que queriamimplantar o comunismo noBrasil nos anos 60, tomandouísque escocês nos bares damoda, não satisfeitos coma ditadura petista em curso,voltaram à carga contra opouco que resta da imprensalivre no 4º Congresso doPT, com ampla divulgação

e apoio da imprensadomesticada. Paraamordaçarem essas vozes,inaudíveis à grande massaignara, contam com o apoiodos políticos corruptosda esquerda e da direita, edo aparelhamento dasinstituições, principalmenteo STF. Essa convergência deinteresses facilitará ainda

mais o ataque impiedoso aoscofres públicos, uma vezque não mais se ouvirão emnossos rincões o lamento doshomens de bem, tragadospela avalanche da corrupçãoinstitucionalizada. Em1964 a contrarrevoluçãonos livrou do comunismo(responsável por maisde 100 milhões de mortos no

mundo) masem 2011 quemnos salvarádessa bandalheira ?O povo ? Sem informação,educação, saúde, segurançae moradia ? Não acredito.Lamentavelmente, nestePaís, só parada gay levamilhões de pessoas às ruas.

Sérgio Villaça - Recife

na verdade, se aplica, comodemonstro novamente,ao Brasil como um todo.

Conclamo, pelaoportunidade, osbrasileiros de bem, a

começar a se mexer, buscarpartidos políticos, contatoscom os parlamentares,governantes, para manifestarsua insatisfação com a formacomo estão destruindoos valores e o patrimôniopúblico em benefício dealguns. Deles próprios.

Vamos buscar construirpor meio legal, através deemenda constitucional, ummecanismo capaz de acabarcom o foro privilegiado e comrito sumário para apuração epunição de quem viola a suaresponsabilidade, auferindobenefícios pessoais noexercício de função pública.

Eles são nossosempregados – e não nóssomos servidores deles.

Quem se habilita?

PAU LO SAAB É J O R N A L I S TA

E E S C R I TO R

PSAAB@I N S T I T U TO C I D A D A N I A .O RG .BR

Page 3: Diário do Comércio

terça-feira, 6 de setembro de 2011 3DIÁRIO DO COMÉRCIO

Madhoun estudou engenhariaelétrica na França e cresceu nos

quadros da Marinha líbia. Quando arevolução líbia começou, em

fevereiro, seu navio recebeu ordensde atacar Benghazi, mas ele articulou

uma deserção e foi para Malta.

opinião HISTÓRIAS DE RESISTENTESCONTRA KADAFI FAZEM AUMENTAR OTIMISMO SOBRE FUTURO DA LÍBIA.

Ele sobreviveu à prisão de Kadafi

NICHOLAS

D. KRISTOF

WALTER E.WILLIAMS

QUANDO SE DEVEOBEDECER ÀS LEIS?

Era minha fonte secretanas Forças Armadas lí-bias, nessa primavera,um oficial que repassa-

va informações confidenciais so-bre descontentamento nas fileirasde Moammar Kadafi. E quando arevolução líbia se propagou, elemontou bombas e contrabandeouarmas para Trípoli a fim de ajudara derrubar o governo Kadafi.

Mas Salem al-Madhoun, de 47anos, foi preso há três semanas,capturado após as forças de Kada-fi terem detectado suas transmis-sões por telefone via satélite Thu-raya. Recebi uma mensagem ur-gente sobre sua prisão e supus quenaquele momento ele deveria tersido torturado e executado. Aochegar aqui na Líbia, eu pretendiaconsolar a viúva. Isso, porém, serevelou desnecessário.

Quando os rebeldes liberaram aprisão de Abu Salim em Trípoli,encontraram Madhoun: esquelé-tico e torturado, mas vivo. Agoraele é o herói de Tajoura, o subúrbioda capital onde mora. Em longasconversas em seu escritório e casa,ele conta toda a sua história de co-mo ajudou a derrubar o governo.

Madhoun estudou engenhariaelétrica na França e, como enge-nheiro, cresceu nos quadros daMarinha. Quando a revolução lí-bia começou, em fevereiro, seu na-vio recebeu ordens de atacarBenghazi, mas em vez disso ele ar-ticulou uma deserção e levou aembarcação para Malta. Comoum intermediário naquela hora,ele me perguntou se poderia con-seguir a proteção dos EUA en-quanto o navio estivesse no mar.

Não sou responsável porconseguir cobertura aé-rea, mas na ocasião escre-

vi um texto no meu blog concla-mando o governo Obama a criarum corredor de segurança paraproteger os navios líbios que ten-tavam desertar. Mas Madhoun es-cutou de seus colegas oficiais queele estava prestes a ser preso e mu-dou de planos. Gravou um vídeo abordo do navio, anunciando a de-serção e chamando outros oficiaismilitares a se unirem ao motim.

Eu estava então no Cairo co-brindo a revolução na Praça Tahrire recebi um pedido desesperado:"Poderia pôr o vídeo na rede?"Concordei, mas perguntei sobre afamília de Madhoun. Ele estavaescondido, mas e seu o governo se

vingasse em sua esposa e nas trêscrianças? Por uma questão deconsciência, eu não desejava isso esugeri que Madhoun pensasse-sasse cuidadosamente. Ele con-sultou a mulher, Samah, que esta-va indignada pela forma com aqual ele punha sua família em ris-co."Disse-lhe que era um grandeerro", ela se recorda, falando comi-go. "Por que você não pensou an-tes de fazer isso?"

U m p o u c o e n c a b u l a d o ,Madhoun mandou mensagem di-zendo que eu ainda não deveriamencionar seu nome e desistimosda ideia de mostrar o vídeo. Eledesapareceu na clandestinidade,com sua família, e começou a aju-dar a organizar a resistência sub-terrânea na região de Trípoli.

Trabalhando com uma forçaque ele afirma ser constituída poraproximadamente 1.200 rebeldesclandestinos, ele contrabandeouarmas usando botes e atacou combombas postos de segurança. Ele

enviou informações sobre alvospara contatos do governo francêsa fim de que a Otan pudesse bom-bardear instalações militares.

As mulheres líbias receberampouca atenção na revolta, mas,nos bastidores, elas desempe-nham um papel significativo. Atéas filhas de Madhoun, de 11 e 14anos, se apresentaram como vo-luntárias para costurar bandeirasrebeldes, as quais outros mem-

bros da família penduravam emmesquitas e escolas para espalhara mensagem de resistência.

"Esta é a hora de lutar contra Ka-dafi", lembra-se de ter dito aMadhoun sua sobrinha de 18anos, Rehab. Ela implorou por al-guma tarefa na clandestinidade.

Como estudante de engenhariaque fala inglês muito bem, Rehabtambém começou a pichar dramá-ticos slogans anti-Kadafi em Trí-

poli – às vezes em inglês, para queos estrangeiros soubessem que aoposição estava viva. Ela tambémutilizou as suas habilidades de en-genharia para obter acesso à inter-net, que tinha sido bloqueada porordem do governo, e mandarmensagens para o exterior.

Em maio, Madhoun foi apa-nhado em uma operaçãopolicial de rotina, mas ele

mentiu sobre sua identidade e ale-gou ser um simples verdureiro.Depois de quatro horas preso e deum espancamento, ele foi libera-do. Mas depois, em 10 de agosto, apolícia descobriu o esconderijo deMadhoun e seu mundo caiu.

"Quando eles me prenderam eusabia que seria morto", relatou. Eleconta que foi submetido a choqueselétricos terríveis durante os inter-rogatórios, supervisionados porSeif al-Islam Kadafi, um dos filhosde Moammar.

"O que me ajudou a suportar a

tortura foi recitar o Alcorão", afir-mou, ressaltando que ele nuncaentregou nenhum nome. Depoisde menos de duas semanas, con-tudo, os rebeldes tomaram de as-s a l t o a p r i s ã o e n o m e a r a mMadhoun comandante militar darecém-liberada região de Tajoura.Agora ele tem uma escolta deguarda-costas quando caminhano bairro – onde é saudado entu-siasticamente pelos vizinhos.

Os norte-americanos estãopreocupados e imagi-nando quem são os no-

vos líderes da Líbia e se eles con-seguem manter o país unido. Defato, esses novos líderes incluemtodos os tipos, mas eu fico tranqui-lo e animado quando encontropessoas como Madhoun. É impos-sível saber qual o futuro da Líbia,mas sua história é uma janela paraa coragem e a visão que tornarampossível toda a Primavera Árabe,da Tunísia à Síria.

Sim, o movimento foi facilitadopelo Facebook e Twitter, mas mui-tas pessoas perderam a vida ou al-gum membro. Essa não foi uma re-volução de poltrona.

Madhoun reconhece que o tra-balho duro está apenas começan-do. Entretanto, ele está cautelosa-mente otimista de que a Líbia vaiconseguir criar uma democraciamultipartidária moderna – e eleespera que o presidente BarackObama em breve venha a Trípolipara que o povo líbio possa agra-decer-lhe e a todos os norte-ame-ricanos por seu apoio.

"Minha morte parecia inevitá-vel" disse. "Mas eu estou vivo, gra-ças a Deus e à Otan".

TRADUÇÃO: RODRIGO GARCIA

É impossivel saber o futuro da Líbia, mas lutadores como Madhoun provocam um cauteloso otimismo sobre criar uma democracia no país.

Carl de Souza/AFP

Aquais leis somosmoralmente obrigados aobedecer? Uma ajuda

para responder pode serencontrada em Economic Libertyand the Constitution (Lib erdadeEconômica e Constituição), umlivreto de 66 páginas de autoriade Jacob G. Hornberger,fundador e presidente da Futureof Freedom Foundation.

Hornberger apresentauma situação hipotética naqual o Congresso aprovaria umalei que tornaria compulsório ocomparecimento de crianças aigrejas aos domingos. Os paisseriam penalizados caso seusfilhos descumprissem a lei.

Haveria alguma legitimidademoral ou constitucional para talordem do Congresso? A leiseria uma clara violação dosdireitos naturais, ou dados porDeus: direitos à vida e àliberdade. Quanto a se a lei seriaconstitucional ou não,precisaríamos verificar se obrigara frequência à igreja é umdaqueles poderes declaradosdo Congresso, tais comoencontrados no Artigo 1, Seção8 da Constituição americana.

Não encontraríamos talautoridade. Nossos FoundingFathers antifederalistasnão confiavam no Congressoquanto à liberdade religiosa,logo, buscaram protegê-laatravés da 1ª Emenda, que negaexpressamente ao Congressoo poder de ordenar a condutareligiosa. Mas digamos quehoje houvesse amplo apoiopopular a essa obrigatoriedade e

a Suprema Corte dos EstadosUnidos a julgasse constitucional;os americanos teriam a obrigaçãomoral de obedecer à lei?

Você poderia retrucar:"Apesar de haver áreas deincerteza na Constituição

dos EUA, a Suprema Cortenunca ousaria julgar contra clarasproibições constitucionais!

Eu digo que isso é besteira.A primeira cláusula doArtigo 1, Seção 10, determinaque "nenhum estado aprovaránenhuma lei que prejudique aobrigação de contratos".Ora, durante a Grande Depressão,a Suprema Corte dos EUAconfirmou uma lei de Minnesotaque restringia a capacidadedos bancos em executar ashipotecas vencidas e, por meiodisso, prejudicou a obrigaçãode contratos feitos entreconcessores e tomadoresde empréstimos.

Foi precisamente para evitaresse tipo de danos a contratos– rotineiros sob os Artigosda Confederação – que osFounding Fathers adicionarama cláusula acima referida.

Um outro exemplo, talvezmais clamoroso, da SupremaCorte, causando danos acontratos ocorreu durante oNew Deal de Franklin Roosevelt,quando o governo nacionalizouo ouro, transformando em crimea propriedade desse metal porqualquer americano. Com isso,não só a posse e a propriedade deouro foram tornadas ilegais, mastambém foram anuladas todas as

cláusulas de ouro em contratosprivados e governamentais.A redação de contratos lastreadosem ouro era um meio pelo qualas pessoas se protegiam contra oroubo governamental, isto é,da inflação. A Suprema Corteconfirmou a nacionalizaçãofederal do ouro e a anulação doscontratos lastreados em ouronos famosos "Gold Clause Cases".

Hoje, muitos americanosbuscam o ouro como umasalvaguarda contra aquilo queveem como uma inflação queestá por vir, fazendo seu preçosubir às alturas. Eis aqui a minha

pergunta a você: se Obama e oCongresso aprovassem uma leique o obrigasse a devolver oouro que por acaso tivesse,você estaria moralmenteobrigado a obedecer a tal lei?

Pessoas decentes nãodeveriam obedecer a leisimorais. O que é moral

e imoral pode ser motivo decontrovérsia, mas há algunsguias amplos para decidir quaisleis e ações governamentaissão imorais.

Lysander S. Spooner, um dosmaiores pensadores americanos

do século 19, disse quenenhuma pessoa ou grupo depessoas pode "autorizar ogoverno a destruir ou tomar doshomens seus direitos naturais;pois direitos naturais sãoinalienáveis e não podem sertransferidos ao governo – quenão passa de uma associaçãode indivíduos – em detrimentode um indivíduo em particular".O economista e filósofo francêsFrédéric Bastiat (1801-1850)apresentou um teste para atosgovernamentais imorais: "Vejase a lei beneficia um cidadão aexpensas de outro ao fazer aquilo

que o próprio cidadão nãopode fazer sem que cometa umcrime". Em seu livro A Lei,Bastiat acrescentou: "Quandolei e moralidade se contradizem,o cidadão se vê diante dacruel alternativa de, ou perderseu senso moral ou perderseu respeito pela lei".

Depois de lerEconomic Liberty andthe Constitution, de

Hornberger, não é possível evitara conclusão de que as liberdadesantevistas pelos fundadores danação americana estão sob cerco,trivializadas e invalidadas.Johann Wolfgang von Goetheexplicou que "ninguém está tãodesesperadamente escravizadoquanto a pessoa que pensaque é livre". Tal descrição está setornando apropriada para osamericanos que se esqueceram– ou são ignorantes – dasliberdades que perdemos.

WA LT E R E. WILLIAMS É PH. D. EM

ECONOMIA PELA UCLA EP E RT E N C E AO CORPO DOCENTE DA

GEORGE MASON UN I V E R S I T Y, EM

FA I R FA X , VIRGÍNIA, COMO

P RO F E S S O R DE ECONOMIA.TRADUÇÃO: HE N R I QU E DM Y T E R KO

PU B L I C A DA EM

[email protected]

Page 4: Diário do Comércio

terça-feira, 6 de setembro de 2011 4 -.GERALDIÁRIO DO COMÉRCIO

Solução

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Page 5: Diário do Comércio

terça-feira, 6 de setembro de 2011 5DIÁRIO DO COMÉRCIO

Dia: 12 de setembro de 2011, segunda-feiraHorário: às 17 horasLocal: Rua Boa Vista, 51 - 9º andar

Reunião Plenária(informações, debates e busca de soluções)

�Etanol: Dificuldades eDesafios de Crescimento�

Presidente da União da Indústriada Cana-de-Açúcar: UNICA

MARCOS JANK

Assista ao vivo no sitewww.acsp.com.br

clique no banner WebTV ACSP

GESTÃOMarta atribui àssuas obras nacidade o primeirolugar na pesquisa.

I R R I TA Ç Ã OMercadante afirmaque pesquisa nãoindica candidatosdo PT à prefeitura.

política

Perdi as duasúltimas eleições,mas foramsituações deconjuntura (...) Euvejo a minha pré-candidatura forte.

SENADOR A MAR TA SUPLICY (PT )

Favorecida, Marta achaque seu nome é mais forte.Ela se apoiou na pesquisa Datafolha, na qual concorre com pré-candidatos ignorados na enquete.

Asenadora MartaSuplicy (PT) afir-mou ontem quenão tem nenhuma

dúvida de que o seu nome é omais forte do Partido dos Tra-balhadores para a disputa daprefeitura de São Paulo. "Fuipara o segundo turno em todasas eleições municipais que dis-putei", afirmou. "Perdi as duasúltimas, mas foram situaçõesde conjuntura", avaliou. "Eunão vejo a minha pré-candida-tura esmorecer, eu vejo minhacandidatura forte".

Os comentários foram feitosapós a divulgação da pesquisaDatafolha na qual ela apareceem todos os oito cenários comvantagem média de 14 pontospercentuais em relação aos ad-versários. Estranhamente, apesquisa ignora em todos elesas pré-candidaturas de An-drea Matarazzo e Ricardo Tri-poli, pelo PSDB. A menor folgade simulação de Marta é contrao tucano José Serra. Ela teria29% das intenções e ele 18%.

No geral, Marta oscilou en-tre 29% e 31%. A senadora tam-bém analisou o fato de o ex-presidente Luiz Inácio Lula daSilva estar apoiando o minis-tro da Educação, FernandoHaddad, para a prefeitura deSão Paulo. Na pesquisa, o mi-nistro tem entre 1% e 2% das in-tenções de voto. Segundo Mar-ta, "é uma característica do Lu-la pensar e propor ações, que àsvezes dão certo, às vezes nãodão", disse.

Líder pensante – Mesmo as-sim, a pré-candidata do PT ga-rantiu que "é bom ter um líderque consegue propor açõesque o partido pode ou não acei-tar, porém é alguém que estásempre pensando, sempre ino-vando e tentando buscar solu-ções", afirmou. Para Marta,uma coisa é certa: "Um partido

que não tem lideranças desseporte não caminha". Tanto quea senadora admitiu que oapoio de Lula influencia na de-cisão do PT. "Sempre influi,porque o Lula é o grande lí-der", admitiu.

No entanto, Marta ressaltou

que "o processo é soberano" e a"conjuntura determina". Porisso, "tem que esperar, tem queter paciência". A senadoralembrou ainda a amizade quemantém com o ex-presidente."Na vida real, o conflito nãoexiste, o que existe é uma ami-

zade muito sólida, antes dafundação do PT", declarou.

Em sua opinião, os númerosfavoráveis da pesquisa Data-folha não seriam recall por terparticipado de outras eleições."Não acho isso. É advinda deobra feita na cidade e isso é

muito forte. Você tem marca etem gente que tem coisas noseu cotidiano que são da nossagestão", disse. Marta comemo-rou ter um "índice consolida-do" e avaliou que tanto ela co-mo Haddad podem crescercom uma boa campanha.

A petista, que participou emSão Paulo do seminário B ra s i lM e t r op o l i t a n o , parceria entreela e a Universidade Macken-zie, negou qualquer interesseeleitoral no evento. "Tudo oque eu fizer pode ser interpre-tado do mesmo jeito". Segun-do ela, trata-se de um trabalhocomo senadora, que surgiu daexperiência como prefeita. "Émuito difícil você administraruma capital como São Paulo,que é uma metrópole gigantes-ca", justificou.

De acordo com a petista, hádificuldades de saber o que éresponsabilidade de cada umdentro de uma metrópole, oque dificulta resolver questõescomo transporte, lixo e segu-rança. "Então, como senadora,eu estava acalentando há mui-to essa ideia de propor algonessa direção. Seja projeto delei , se ja uma Proposta deEmenda à Constituição (PEC),mas tem muitas dúvidas sobreo que fazer, qual é a melhorproposta", disse. "Então, quan-do você tem dúvidas, o melhoré ouvir as pessoas que mais en-tendem, que mais estudam, enós temos muita gente que es-tuda isso no Brasil", explicou asenadora. (AE)

Clayton de Souza/AE

Marta Suplicy e o prefeito Gilberto Kassab discutem a metrópole paulistana, que ele comanda e ela quer voltar a comandar.

Mercadante desiste, mas escolha é do PT, diz.Ministro abandona a sua pré-candidatura em São Paulo e rebate a senadora Marta Suplicy, que se coloca como a melhor opção do partido para a disputa de 2012.

Oministro de Ciên-cia, Tecnologia eInovação, AloizioMercadante , ao

anunciar ontem que estava de-sistindo de disputar a sucessãomunicipal em São Paulo, dissepara a bancada do PT na Câ-mara Municipal de que pode-ria ajudar mais como ministrona eleição e até pela unidadedo partido. Depois rebateu asenadora Marta Suplicy (PT-SP), que se colocou como a pri-meira opção do partido paradisputar a prefeitura de SãoPaulo (leia texto acima).

De acordo com Mercadante,a opção do PT será aquela que"a prévia escolher, se houverprévia", disse. A opção podeser também "aquela que umacordo entre os candidatos ve-nha a definir", afirmou apósencontro com hackers em SãoPaulo. O ministro antecipouque o PT não se pautará apenaspor pesquisas de intenção de

votos, numa referência aos nú-meros do Datafolha colocandoMarta com ampla vantagemsobre os adversários.

Mercadante lembrou que jáhouve eleições, no passado,que quem saiu na frente nãoganhou e quem estava numacolocação inferior na mesmapesquisa, ganhou a eleição."Então é cedo para a gente di-zer qualquer coisa e a definiçãodo partido não será feita com

base só em pesquisas"No encontro com os verea-

dores do PT, que durou maisde três horas, além de confir-mar que pode ajudar mais oBrasil na "condição de minis-tro", mesmo porque em "SãoPaulo temos excelentes candi-datos", revelou que foi conven-cido pela presidente DilmaRousseff e pelo ex-presidenteLuiz Inácio Lula da Silva a con-tinuar no ministério.

Fica, fica – "A presidentedisse que eu deveria ficar por-que considerava o meu traba-lho de excelente qualidade eque eu teria muito apoio nesteano que vai começar". Aindasegundo Mercadante, o ex-presidente Luiz Inácio Lula daSilva também recomendou aele que não deixasse sua pastanum curto prazo para disputara eleição.

Mercadante acredita aindaque o partido precisa se preo-cupar com a política de alian-ças para garantir a vitória, fatoque baseia em sua derrota noano passado. "Precisamos fa-zer política de alianças, preci-samos dialogar com os parti-dos da base para fazer umaaliança forte em São Paulo",sugeriu. "Eu não fui para o se-gundo turno na sucessão esta-dual, em 2010, por 0,4% dos vo-tos. Portanto, eu sei a diferençaque uma aliança faz numacampanha", explicou

Haddad pode crescer – Oministro, mesmo reconhecen-do que a senadora é um nomeforte dentro de seu partido,não deixou de mencionar queo ministro da Educação, Fer-nando Haddad, também temméritos. "Seguramente ela éuma candidata que tem todasas condições de disputar a elei-ção e a pesquisa mostra isso.Mas o Fernando Haddad é umministro com grande compe-tência e pode crescer muito nacampanha, eu tenho certeza".

Além de Marta e Haddad,

são pré-candidatos, os deputa-dos federais Jilmar Tatto, Car-los Zaratini e o senador Eduar-do Suplicy, que também nãoforam citados na pesquisa.

PMDB, não – O presidentedo PMDB, senador Valdir

Raupp (RO), afirmou ontemque "dificilmente" o seu parti-do estará junto com o PT nacorrida pela prefeitura de SãoPaulo no ano que vem. Segun-do ele, o partido não abre mãode lançar o deputado federal

Gabriel Chalita na disputa."Essa candidatura própria nãotem volta", garantiu. "Nin-guém vai abrir mão de lançarcandidato. No primeiro turnodificilmente estaremos jun-tos", disse. (Agências)

De fora: Mercadante diz que fica no ministério a pedido de Dilma e Lula

Thiago Teixeira/AE

A opção do PT seráaquela que a préviaescolher, se houverprévia (...) ouaquela definidapor um acordoentre os candidatos.

MINISTR O ALO I Z I O MERC ADANTE

Page 6: Diário do Comércio

terça-feira, 6 de setembro de 20116 DIÁRIO DO COMÉRCIO

COMUNICADO - ABERTURA DE LICITAÇÃOA Supervisão Geral de Abastecimento - ABAST, da Secretaria Municipal deCoordenação das Subprefeituras - SMSP, comunica às empresas interessadas,que estão abertas licitações, na modalidade de Concorrência, para preenchimentode área na Central de Abastecimento Leste, e nos Sacolões da Prefeitura Lapa,Rio Pequeno, Cidade Tiradentes e Freguesia do Ó, através de Permissão de Usoconcedida a título precário e oneroso, para o local e no horário abaixo relacionado.As empresas interessadas poderão obter o edital e seus anexos, até o penúltimo diaútil que anteceder à data da abertura do certame, na Assessoria Jurídica do Gabinetede ABAST, localizada na Rua da Cantareira, 216 - 1º andar - Centro, no horário das09:30 às 15:00 horas, mediante a entrega de um “CD-R” não utilizado, com capa deproteção; ou nos endereços eletrônicos http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.bre http://portal.prefeitura.sp.gov.br/secretarias/abastecimento/mercados. Informaçõespelo tel. 3313-3365 - ramais 214 e 215.Central de Abastecimento Leste - Avenida Imperador, nº 1.900 - São Miguel,São PauloConcorrência nº 041/SMSP-ABAST/2011 - Processo 2011-0.147.262-2 - Ramo:COMÉRCIO ATACADISTA DE FRUTAS, VERDURAS, LEGUMES E SIMILARES -Boxe nº A-81 - Área de 15,00 m² - Data de entrega do envelope 11/10/2011, até às10:00 h/Abertura dia 11/10/2011 às 11:00 h.Concorrência nº 042/SMSP-ABAST/2011 - Processo 2011-0.147.271-1 - Ramo:COMÉRCIO ATACADISTA DE CEREAIS E GRÃOS - Boxe nº A-15/A-35 - Área de75,00 m² - Data de entrega do envelope 11/10/2011, até às 10:30 h/Abertura dia11/10/2011 às 11:30 h.Concorrência nº 043/SMSP-ABAST/2011 - Processo 2011-0.239.975-9 - Ramo:DEPÓSITO - Depósito nº 05 - Área de 125,00 m² - Data de entrega do envelope11/10/2011, até às 13:00 h/Abertura dia 11/10/2011 às 14:00 h.Sacolão da Prefeitura Lapa - Rua Aristides Viadana, s/nº - Lapa, São PauloConcorrência nº 044/SMSP-ABAST/2011 - Processo 2011-0.225.300-2 - Ramo:BAZAR E ARMARINHOS - Boxe nº 06 - Área de 17,78 m² - Data de entrega doenvelope 11/10/2011, até às 13:30 h/Abertura dia 11/10/2011 às 14:30 h.Sacolão da Prefeitura Rio Pequeno - Rua Desembargador Homero Pinho,nº 105 - Rio Pequeno, São PauloConcorrência nº 045/SMSP-ABAST/2011 - Processo 2011-0.208.233-0 - Ramo:PASTELARIA - Boxe nº 01 - Área de 34,00 m² - Data de entrega do envelope18/10/2011, até às 09:00 h/Abertura dia 18/10/2011 às 10:00 h.Sacolão da Prefeitura Cidade Tiradentes - Avenida dos Metalúrgicos, nº 2111- São PauloConcorrência nº 046/SMSP-ABAST/2011 - Processo 2011-0.041.542-0 - Ramo:PAPELARIA, LIVRARIA E REVISTARIA - Quiosque nº 17 - Área de 8,00 m² - Datade entrega do envelope 19/10/2011, até às 09:30 h/Abertura dia 19/10/2011 às10:30 h.Sacolão da Prefeitura Freguesia do Ó - Avenida João Paulo I, nº 2107 -Freguesia do Ó - São PauloConcorrência nº 047/SMSP-ABAST/2011 - Processo 2011-0.241.441-3 - Ramo:ADEGA - Boxe nº 14 - Área de 33,40 m² - Data de entrega do envelope 19/10/2011,até às 10:00 h/Abertura dia 19/10/2011 às 11:00 h.Concorrência nº 048/SMSP-ABAST/2011 - Processo 2011-0.241.429-4 - Ramo:PADARIA - Boxe nº 13 - Área de 33,40 m² - Data de entrega do envelope19/10/2011, até às 13:00 h/Abertura dia 19/10/2011 às 14:00 h.

SECRETARIA DE COORDENAÇÃODAS SUBPREFEITURAS

Nos últimos 12 meses, foram 12 casos, contra 19 nos dois anos anteriores.Senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE)política

Marco regulatório damídia: pegadinha do PT.

Amoção de retoma-da dos debates so-bre um marco re-gulatório para a

mídia, aprovada ontem, no 4ºCongresso do PT, é um assuntomais do que controverso paraparlamentares da base gover-nista e da oposição.

O líder do PSB no Senado,Antonio Carlos Valadares(SE), por exemplo, disse ontemque o tema não faz parte daagenda nacional do seu parti-do. Na oposição, o assunto étratado como uma tentativa dogoverno federal de estabele-cer, por meio do PT, a censura aveículos de comunicação.

O líder socialista destacouque a liberdade de imprensa "éuma questão de direito consti-

festou a favor da mordaça nai m p re n s a " .

Nos dois meses de denún-cias seguidas de corrupção napasta, Portela disse que con-versou com todos os repórte-res que o procuraram.

M u d a nç a s – Já o senadorCristovam Buarque (PDT-DF)afirmou que, antes de qual-quer comentário sobre o as-sunto, é necessário que se leiacom atenção o que foi aprova-do pelo PT. Entretanto, ele fri-sou dois pontos que devem sermodificados com urgência.

O primeiro, diz respeito apolíticos serem donos de rá-dios, jornais ou emissoras detelevisão. "Sou radicalmentecontra um político ter qual-quer veículo de comunicação".Entretanto, Cristovam julgaque essa questão deve ser tra-tada no âmbito da reforma po-lítica e não em um marco regu-latório para a mídia.

O outro ponto, segundo ele"o fato mais grave", é o governoquerer controlar a mídia pormeio da veiculação de anún-cios publicitários de autar-quias e estatais em rádios, jor-nais, revistas e canais de televi-são. "Temos que encontraruma fórmula para evitar que ogoverno use o dinheiro públi-co para controlar os veículosde comunicação".

De acordo com Cristovam, odebate sobre um marco regula-tório para a imprensa aindanão foi posto na pauta da Exe-cutiva Nacional do PDT.

O deputado Eduardo Cu-nha (PMDB-RJ), integrante dacúpula do partido, disse quepara iniciar qualquer discus-são é necessário que exista, noCongresso, algo de concretosobre o tema. Mas Cunha pon-derou que é contra a possibili-dade de se proibir os políticosque já detenham veículos decomunicação de continuar nocomando dessas empresas.

Censura – O presidente doDEM e senador José AgripinoMaia (RN) disse que a moçãodo PT é "uma resposta do par-

Nem a base aliada do governo nem a oposiçãodigeriram bem a moção aprovada pelo Congressodo PT, ontem: a proposta é vista como mais umatentativa marota do governo de restabelecer acensura nos veículos de comunicação. Petistasalegam que só pretendem democratizar a mídia.

PSB avisa: tem posição bem diferente

Questionado sobre a re-tomada da discussãosobre regulação da mí-

dia, proposta no Congresso doPT, o governador de Pernam-buco e presidente nacional doPSB, Eduardo Campos, disseontem que, nesta questão, "aposição do PSB não é a posiçãoque o PT tomou".

"Entendemos que a constru-ção de democracia no Brasil foifeita a muito custo e um dos va-lores importantes da democra-cia é a imprensa livre".

"O grande controle da mídiavai ser feito pela cidadania",discursou. "Se vejo uma mídiadefender uma causa em quenão acredito, simplesmentenão consumo aquela mídia, fa-lo mal dela e passo para outra.

O grande controle que pode-mos fazer é dar consciência àsociedade, melhorar a educa-ção e a inclusão para que o ci-dadão faça este controle, nãoconsumindo a mídia que tra-balha com valores que não sãode interesse do País", acrescen-tou o governador.

Campos evitou comentar adecisão do PT de estimular re-tomar a proposta de regulação,iniciada no governo Lula: "Émuito ruim fazer avaliação docongresso de um partido par-ceiro. Eles acharam que era ho-ra de fazer o debate. No nossocongresso. Estamos preocupa-dos com a economia, exporta-ção da indústria, geração deinovação tecnológica, educa-ção, saúde pública". (AE)

Buarque: "radicalmente contra" político ter veículo de comunicação.

Pedro França/Agência Senado

Temos queencontrar umafórmula de evitar ouso dinheiropúblico paracontrolar veículosde comunicação.

CR I S TO VA M BUAR QUE

Existe uma lei deimprensa vigente erígida Se alguém sesentir prejudicadobasta acioná-la.Esse é um assuntodo PT, não do PSB.

AN TO N I O CA R LO S VAL ADARES

Jarbas: 'É um nome pomposo paraum verdadeiro tribunal da inquisição'.Senador estranha que o PT fale em regular a mídia "toda vez que algum malfeito petista aparece nos jornais".

Os e n a d o r J a r b a sV a s c o n c e l o s(PMDB-PE) criti-cou ontem, na tri-

buna do Senado, a iniciativaaprovada pelo 4º CongressoNacional do PT de ressuscitaro marco regulatório da mídia.Para ele, "é o nome pomposopara um verdadeiro tribunal

da inquisição da comunicaçãoque os petistas querem im-plantar no Brasil". Jarbas faloupara um plenário que tinha umquórum de apenas cinco sena-dores, antecipando o recessobranco na Casa, na semana doferiado de 7 de setembro.

O senador disse que "todavez que algum malfeito petista

aparece nas páginas dos jor-nais e das revistas", a cúpula doPT se apressa em defender a re-gulamentação da mídia.

O senador fazia referência àreportagem da revista Ve j a quemostra o ex-ministro da CasaCivil José Dirceu recebendoatuais ministros e parlamenta-res em um quarto de hotel emBrasília, que usa como uma es-pécie de gabinete informal dogoverno.

"O ex-ministro ficou indig-nado e acusou a revista de es-pionagem. O fato é que JoséDirceu prefere agir – com sem-pre fez – nas sombras, incógni-to, disfarçado, quase um per-sonagem de filmes de espiona-gem ou de gângsteres, e agoraexercendo o papel bem remu-nerado de consultor-geral daRepública".

Para Jarbas, esse tipo decomportamento não combinamais com o Brasil da atualida-de. Ele citou levantamento daAssociação Nacional dos Jor-

nais (ANJ) que mostra o au-mento no número de assassi-natos de jornalistas no Brasil."De agosto de 2010 para agostodeste ano, foram registradascinco mortes em que há indíciode ligação com a atividade pro-fissional. No relatório anteriorda entidade, que abrangeu umperíodo de dois anos, foi regis-trado apenas um homicídio, epor motivos não relacionadosà profissão".

Outra questão grave, no en-tender do senador, é a expan-são das censuras a veículos decomunicação. "Nos últimos 12meses, foram 12 casos, contra19 nos dois anos anteriores",informou. Citou como exem-plo mais grave a censura ao jor-nal O Estado de S. Paulo, que há766 dias foi proibido pelo de-sembargador Dácio Vieira, doTribunal de Justiça do DistritoFederal, de publicar qualquerinformação sobre o envolvi-mento do empresário Fernan-do Sarney. (AE)

tucional" e, por isso, "intocá-vel". Segundo ele, os países de-mocráticos se caracterizam pe-la garantia dos princípios de li-berdade de imprensa.

"Hoje existe uma lei de im-prensa vigente e rígida quantoaos abusos praticados por veí-culos de comunicação ou jor-nalistas. Se alguém se sentirprejudicado basta acioná-la.Esse é um assunto do PT, nãodo PSB", ressaltou Valadares.

No PR – partido que perdeuo controle do Ministério dosTransportes e do Dnit (Depar-tamento Nacional de Infraes-trutura de Transportes) depoisde denúncias veiculadas namídia – a discussão desse tematambém está fora de questão.O líder do partido na Câmara,Lincoln Portela (MG), disseque a legenda "nunca se mani- Valadares: é uma questão constitucional e, por isso, "intocável".

Lia de Paula/Agência Senado - 29.06.11

tido à faxina prometida pelapresidenta Dilma Rousseffque não aconteceu". Ele acres-centou que, diante dessa atitu-de da presidenta, os petistastentam agora "silenciar a im-prensa pela censura".

O líder do PSDB, ÁlvaroDias (PR), tem a mesma opi-nião. Segundo ele, a moção"tenta jogar para debaixo do ta-pete" a faxina prometida pelapresidenta. "Essa regulamen-tação da mídia é uma vocaçãoautoritária do partido que nãoé nova. Várias tentativas já fo-ram feitas".

Outra coisa – No domingo,no encerramento do congressodo PT, o presidente nacional dasigla, Rui Falcão, negou que odebate de um marco regulató-rio da mídia represente qual-quer tentativa de se estabele-cer uma censura aos veículoscomunicação, inclusive na in-ternet, como se argumenta.

Na ocasião, ele destacou que

é necessário coibir o "jornalis-mo partidário" e os grandesgrupos de comunicação quedetêm mais de um veículo.

Falcão acrescentou que opartido vai pressionar os par-lamentares em geral para con-seguir a aprovação de um pro-jeto com foco na "democratiza-ção da comunicação", que ga-ranta liberdade de imprensa,direito à opinião e nenhumacensura de conteúdo, que se-gundo a sua opinião é o quepretendem os petistas com aproposta. ( F o l h a p re s s )

Jarbas: "O fatoé que JoséDirceu prefereagir nassombras,incógnito,quase umpersonagem defilmes deespionagem ougângsteres".

Waldemir Barreto/Agência Senado - 01.06.11

Page 7: Diário do Comércio

terça-feira, 6 de setembro de 2011 7DIÁRIO DO COMÉRCIO

A premissa (da presidente Dilma) não está amparada em qualquer comprovante ou base tática.Nota da Ajufepolítica

Governo descartaaumento parao Judiciário

Para o Planalto, reajustes de até 56% teriam impacto de R$ 7,7 bi nos cofres públicos

O ministro da Justi-ça, José EduardoCardozo, ressal-tou ontem que a

questão do aumento para o Ju-diciário é página virada. Ques-tionado, ao sair da cerimôniade posse de dois ministros doSuperior Tribunal de Justiça(STJ), se o fato teria provocadoalgum atrito na relação entreJudiciário e Executivo, Cardo-zo respondeu: "Absolutamen-te nenhum. Houve um diálogonormal entre poderes. Isso épágina virada, continuamoscom excelente diálogo".

Na semana passada, ao en-viar a proposta orçamentáriade 2012 ao Congresso, o gover-no federal não incluiu o reajus-te do salário dos magistrados,previsto na proposta orçamen-tária do Judiciário Após os mi-nistros do Supremo e o procu-rador-geral da República se re-voltarem, a presidente DilmaRousseff enviou uma mensa-gem ao Congresso reincluindoos reajustes pedidos pelo Judi-ciário, embora fazendo umasérie de críticas.

O Judiciário quer até 56% dereajuste para seus servidores e14,7% para os ministros do Su-premo, o que elevaria o teto dofuncionalismo de R$ 26,7 milpara R$ 30,6 mil. Os valores sãoconsiderados inaceitáveis pa-ra o governo. Os aumentoscausariam um impacto de R$

7,7 bilhões nos cofres públicos,segundo o governo.

Também há um projeto de leipedindo aumento menor, de4,8% para os ministros do Su-premo. Mas nem esse contacom o apoio do governo.

"Entendemos a posição doJudiciário, mas não temos con-dições de fazer isso agora", jus-tificou o líder do governo naCâmara, deputado CândidoVaccarezza (PT-SP). "Não épossível dar um aumento de

50% ou mais. Qualquer reajus-te será discutido no mesmo pa-tamar do conjunto do funcio-nalismo", afirmou.

O deputado afirmou que suaposição foi tomada após con-versas com a ministra MiriamBelchior (Planejamento).

Mesmo com as negativas dogoverno, o deputado infor-mou que cerca de dez entida-des irão ao Congresso, no pró-

José Cruz/ABr

Vaccarezza: "Entendemos a posição do Judiciário, mas não temos condições de fazer isso agora".

Não é possível darum aumento de 50%ou mais. Qualquerreajuste serádiscutido no mesmopatamar dofuncionalismo.

CÂNDIDO VACC AREZZA

ximo dia 21, fazer pressão peloaumento no Judiciário.

Defesa – Já o procurador-ge-ral da República, Roberto Gur-gel, defendeu os reajustes nossalários dos ministros do Su-premo Tribunal Federal.

Se fossem aprovadas asduas propostas em tramitaçãono Congresso, a remuneraçãodos ministros do STF passariados atuais R$ 26,7 mil paraR$ 32 mil.

Segundo Gurgel, os valoresnão são exorbitantes. Para ele,os aumentos teriam apenas oobjetivo de repor as perdas demais de 20%.

Críticas – A Ajufe (Associa-ção dos Juízes Federais do Bra-sil) criticou a afirmação de Dil-ma de que o aumento no salá-rio do Judiciário prejudiqueprogramas sociais. Segundo aentidade, a "premissa não estáamparada em qualquer com-provante ou base fática". Naúltima sexta-feira, Dilma criti-cou a proposta de aumento, di-zendo que causa "incertezassobre a evolução da economiabrasileira em um contexto in-ternacional já adverso".

Para a Ajufe, o argumento émaniqueísta: "Idêntico argu-mento poderia ter sido utiliza-do quando, em dezembro doano passado o Poder Executi-vo e o Poder Legislativo tive-ram aumento salarial na or-dem de 62%". (Agências)

Senadora vê avanço paraaprovação do Código Florestal

Apresidente da Confe-deração de Agricultu-ra e Pecuária do Brasil

(CNA), senadora Kátia Abreu(sem partido-TO), disse ontemem São Paulo acreditar que oprojeto de reforma do CódigoFlorestal, a ser votado pelo Se-nado até o fim de outubro, temgrandes chances de aprovaçãona Casa.

Segundo ela, as mudançaspropostas pelo senador LuizHenrique da Silveira (PMDB-SC), relator do código, teriamesclarecido pontos polêmicosque levantavam dúvidas epreocupavam a presidenteDilma Rousseff. Entre as mu-danças, ela cita o caput do arti-go 8 da emenda 164, que regu-lamenta as atividades nas mar-gens dos rios.

"Rea lmente não es tavatranscrita a verdadeira inten-ção dos parlamentares, que era

apenas consolidar a atividadejá feita hoje nas margens dosrios. No formato em que foi es-crito, ainda havia dúvidas deque novas áreas poderiam serdesmatadas nas beiras dos riose nós não queremos isso".

Para Kátia, a alteração pro-posta por Luiz Henrique deixaclaro que só as atividades já emcurso serão mantidas, mascondicionadas a uma fiscaliza-ção dos órgãos competentes.

"Se for para clarificar a ver-dadeira intenção dos parla-mentares e do setor agrope-cuário brasileiro, nós não te-mos nada a nos opor. O texto deLuiz Henrique ficou bastanteclaro e vai tranquilizar o go-verno federal".

Kátia elogiou a ideia sugeri-da pelo senador de restringirao Congresso e à Presidênciada República a competência deregulamentar os 33 pontos do

Código Florestal."Com todo o respeito aos ór-

gãos ambientais, nós sabemosque as ONGs (organizaçõesnão governamentais) captura-ram esse órgãos. Com as mu-danças propostas por LuizHenrique, nós não ficaremosreféns, como somos até hoje,apenas dos órgãos ligados ao-meio ambiente. Essas institui-ções estão impregnadas deambientalistas. Eles podematé ter boas intenções mas que-rem olhar apenas um lado doPaís. Um ministério e um ór-gão público devem ver o inte-resse de todos".

Kátia elogiou a inclusão defundo para remunerar agricul-tores que preservarem as flo-restas e os biomas: "Os que es-tão fazendo isso devem ser re-munerados como se estives-sem desmatando e plantandoou fazendo pecuária". (AE)

Page 8: Diário do Comércio

terça-feira, 6 de setembro de 20118 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Eu acredito que as operações da Otan naLíbia terminarão em breve.

Anders Fogh Rasmussen,secretário-geral da aliança.

nternacional

AFP

A VERDADE VEM À TONAAs potências correm atrás de explicações: documentos secretos de Kadafi revelam vínculos do Ocidente com o serviço secreto líbio e compras de armas ilegais.

Com a deposição deMuamar Kadaf i ,documentos queeram para perma-

necer nos arquivos secretos doregime líbio começam a surgire trazem grande desconfortoàs potências que passaram aapoiar os rebeldes do país. Anova liderança líbia disse terprovas de que o ditador violousanções ao adquirir armas nes-te ano da China e da Europa, edenunciou vínculos dos servi-ços de espionagem britânicos enorte-americanos com os ser-viços de segurança de Kadafi.

O premiê britânico, DavidCameron, se apressou ao decla-rar que investigará as acusaçõesde que a inteligência britânicafoi complacente com a detençãoe tortura de suspeitos de terro-rismo pelos serviços secretos daLíbia nos últimos anos.

"Foram relatadas hoje (on-tem) importantes acusações deque sob o governo anterior (dopremiê Gordon Brown) as rela-ções entre os serviços secretosbritânicos e líbios tornaram-sepróximas demais, particular-mente em 2003", disse ele aoParlamento. "Nossa relaçãocom a Líbia deve, obviamente,lidar com uma série de proble-mas do passado", acrescentou.

Documentos encontrados noescritório do chefe de inteligên-cia da Líbia em Trípoli, agoradominada pelos rebeldes oposi-cionistas, indicam que as agên-cias de espionagem dos EstadosUnidos (CIA) e do Reino Unido(MI6) ajudaram Kadafi a perse-guir dissidentes do regime, afir-mou no último sábado a ONGHuman Rights Watch.

O caso mais noticiado pelamídia britânica foi o do atualcomandante da milícia rebeldeem Trípoli, Abul Hakim Be-

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Funcionário retira mísseis de fábrica de móveis em Trípoli. Os rebeldes denunciaram que Kadafi violou sanções ao adquirir novas armas.

lhaj. Ele foi detido em umaoperação da CIA e do MI6 em2004, entregue à Líbia e tortu-rado pelo regime de Kadafi.

"O que aconteceu comigo ecom a minha família é ilegal.Mereço um pedido de descul-pas por ter sido capturado, tor-turado e por todas as coisas ile-gais", disse Belhaj à rede BBC.

Armas - Membros do Conse-lho Nacional de Transição(CNT) também revelaram aexistência de documentos querevelam que Kadafi violou san-ções ao adquirir armas da Chinae da Europa. "Reunimos evi-dências de muitas fontes, inclu-

sive os principais documentosque reunimos aqui em Trípoli,que apontam o dedo para váriospaíses que vinham fornecendoarmas a Kadafi", disse AbdulRahman Busin, porta-voz mili-tar da liderança rebelde.

Apesar das denúncias, aindanão há consenso sobre even-tuais retaliações contra os go-vernos coniventes com isso.

A China, temerosa de quesua relutância em apoiar asforças anti-Kadafi se traduzaagora em dificuldades para fe-char contratos e comprar pe-tróleo na nova Líbia, afirmouontem que funcionários de

uma estatal de venda de armasse reuniram em julho com re-presentantes líbios, mas sem oconhecimento do Estado.

"As companhias chinesas nãoassinaram contratos de vendade armas, nem exportaramitens militares para a Líbia", afir-mou Jiang Yu, porta-voz dachancelaria, acrescentando quehaverá punições "sérias" aosfuncionários envolvidos.

Busin e outros membros doCNT admitiram que os gover-nos dos países que fabricarame exportaram essas armas tal-vez não estivessem cientes dodestino delas, por causa do uso

de intermediários.Além da China, afirmou ele,

"estamos examinando váriospaíses no Leste Europeu". Eleacrescentou também que háfornecedores "ocidentais", em-bora provavelmente não daOrganização do Tratado doAtlântico Norte (Otan).

Esconderijo - O porta-voz deKadafi declarou ontem que o di-tador está "em bom estado desaúde e com bom ânimo". Se-gundo Moussa Ibrahim, Kadafinão poderá ser encontrado. "Eleestá na Líbia. Em uma regiãoinalcançável para os grupos re-beldes", disse. (Agências)

Israel alerta:vem aí o 'invernoislâmico radical'.

Um alto oficial das Forças deDefesa de Israel advertiu

ontem que a Primavera Árabepoderá se transformar em um"inverno islâmico radical", sen-do cada vez mais provável a rea-lização de uma guerra regionalno Oriente Médio, informou amídia israelense. O major-gene-ral Eyal Eisenberg não descar-tou que esse tipo de conflito po-deria incluir o uso de armas dedestruição em massa.

Segundo Eisenberg, as revol-tas árabes e a deterioração dasrelações com a Turquia aumen-taram as chances de uma guerrana região. "Parece a PrimaveraÁrabe, mas também poderia serum inverno islâmico radical",disse ele, em discurso no Insti-tuto de Estudos de SegurançaNacional, em Tel Aviv, citadopelo jornal Yedioth Ahronoth.

"O Irã não abandonou seuprograma nuclear", exemplifi-cou. "No Egito, o Exército estáem colapso, e isso se reflete naperda do controle de Sinai...com a possibilidade de que Si-nai caia nas mãos de uma enti-dade terrorista", alertou.

"No Líbano, o Hezbollah estáse fortalecendo dentro do go-verno... e os vínculos com a Tur-quia não estão em seu melhormomento", disse ele, acrescen-tando que uma nova arma vemsendo utilizada por militantespalestinos de Gaza.

As declarações de Eisenbergenfureceram outros oficiais is-raelenses, que o acusaram de re-velar dados secretos e provocartensão na região. (Agências)

Ex-general da polícia egípciainocenta Mubarak

Autoridades egípcias re-tomaram ontem o julga-mento do ex-ditador

Hosni Mubarak, sob protestosde opositores e confrontos coma polícia. No dia em que autori-dades policiais prestaram o pri-meiro depoimento, o generalHussein Moussa negou queexistissem ordens para que po-liciais atirassem contra manifes-tantes durante as passeatascontra o ex-governante.

O depoimento de Moussacontradiz a peça central da acu-sação, a de que os policiais e sol-dados atiraram nos manifestan-tes após receberem ordens deMubarak ou do ex-ministro do

Interior Habib el-Adly. Moussadisse que a ordem partiu do ge-neral Ahmed Ramzy, outro dosacusados. Cerca de 850 pessoasmorreram nos protestos quecomeçaram em 25 de janeiro epuseram fim às três décadas deMubarak no poder.

Três outras autoridades dasegurança iriam depor ontem,mas a sessão foi adiada por cau-sa de uma briga na corte, inicia-da quando um partidário deMubarak levantou uma foto doex-presidente, irritando paren-tes das vítimas da repressão aosprotestos. Advogados da acu-sação também se envolveramna confusão.

Se for considerado culpado,Mubarak, de 83 anos, pode sercondenado à pena de morte.

Internado desde abril comproblemas cardíacos e outrasdoenças, Mubarak chegou deambulância para a audiência,como fez nos últimos dias 3 e 15de agosto. Ele ouviu a sessãodeitado em uma maca na jaulados réus no tribunal, na Acade-mia de Polícia do Cairo.

Do lado de fora, manifestantesanti-Mubarak atiraram pedrascontra a polícia e alguns oficiaisrevidaram com mais pedras. Emcerto momento, policiais com es-cudos e cassetetes avançaramcontra a multidão. (Ag ê n c i a s )

Egypt TV/AFP

IRÃ ATÔMICO

OIrã está pronto parapermitir que a Agência

Internacional de EnergiaAtômica (AIEA) realize uma"supervisão completa" de seuprograma nuclear durantecinco anos se as sanções daOrganização das Nações Unidas(ONU) forem levantadas,afirmou ontem o chefe daagência nuclear iraniana,Fereydoun Abbasi Davani, àagência de notícias Is n a .

Em resposta, a UniãoEuropeia (UE) afirmou que o Irãdeve atender às suasobrigações internacionais arespeito de suas atividadesnucleares antes de as sançõesserem levantadas. (AE)

Ó RBITA

PROTEÇÃO OU ISOLAMENTO?

A MEMÓRIA DE CHIRAC FALHOU. A DA JUSTIÇA, NÃO.

Doente, o ex-ditador egípcio assistiu à sessão de deitado em uma maca dentro de uma jaula.

As autoridades egípciasestão erguendo um muro

ao redor da embaixada de Israelno Cairo, no momento em queas relações entre os doisvizinhos, que assinaram umtratado de paz em 1979,passam por uma fase delicada.

O muro, de cerca de doismetros de altura, é feito comlajes de cimento pré-fabricadas.Parte da barreira foi pintada com

as cores nacionais do Egito:preto, branco e vermelho (fo to ).

Egípcios irritados realizaramprotestos do lado de fora daembaixada no mês passado epediram a expulsão doembaixador israelense por causada morte de policiais egípcios,assassinados enquanto Israelprocurava militantes. O Egitoexige um pedido oficial dedesculpas. (Ag ê n c i a s )

Ojulgamento de umprocesso de corrupção

contra o ex-presidente daFrança Jacques Chirac foiretomado ontem, mas seusadvogados disseram que elenão poderá participar porquetem sofrido graves lapsos dememória, possivelmenterelacionados a um acidentevascular cerebral. O juizDominique Pauthe disse quelevou em conta o apelo dosadvogados de Chirac e que oex-mandatário poderá ser

julgado sem a necessidadecomparecer às audiências notribunal. Chirac tem 78 anos.

O ex-líder francês é acusadode desviar dinheiro públicopara financiar o PartidoConservador por meio defuncionários fantasmas naprefeitura de Paris enquantoele foi prefeito entre 1977 e1995. Como chefe de Estado,ele teve imunidade contraprocessos nos 12 anoss u b s e q u e nte s.

Chirac tem negado a práticade qualquer delito.

O juiz Pauthe leu uma cartados advogados de Chirac quediz que o ex-presidentegostaria de ser ouvido porqueisso "seria útil para nossademocracia" e demonstra que"todas as pessoas são iguaisperante a lei". A carta, dissePauthe, chegou acompanhadapor quatro páginas derelatórios médicos, incluindoum exame de imagem docérebro de Chirac feito em abril.

A defesa deChirac disseao tribunalque o ex-p re s i d e ntesofre de" g rave slapsos dememór ia"ligados à sua" co n d i ç ã oir reversível".O advogadoJean Veil disse que o estado doex-governante não é umadoença mas um "sintoma",possivelmente ligado aoacidente vascular cerebral de2005 ou "outras origens".

Juntamente com Chirac sãojulgados dois de seus ex-chefesde gabinete na prefeitura eoutras sete pessoas que teriamse beneficiadoinapropriadamente dosrecursos. Se condenado, elepode pegar até dez anos deprisão e ter de pagar 150 mileuros em multas. (Ag ê n c i a s )

Defesa diz quecondição de

Chirac é'irreversível'

Reuters

AFP

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Mohammed Hossam/AFP

Page 9: Diário do Comércio

terça-feira, 6 de setembro de 2011 9DIÁRIO DO COMÉRCIO

OBRAS DE DESPOLUIÇÃODe acordo com a Sabesp, estão sendo investidosR$ 44 milhões em um conjunto de obras que vai

beneficiar 270 mil moradores dessa região. Trata-se do coletor-tronco, que recolherá esgotos devários bairros da Capital, entre eles o Ipiranga.cidades

Em busca das margens plácidasTestemunha da proclamação da Independência do Brasil por D. Pedro 1º, o Riacho do Ipiranga está sujo e malcheiroso

Fim de tarde, céu semnuvens que começa areceber tons averme-lhados, o campineiro

Roberto Inácio, de 42 anos,concretiza um sonho de mui-tos anos: conhecer o Riacho doIpiranga, em cujas "margensplácidas", D. Pedro 1º procla-mou a Independência do Bra-sil, em 7 de setembro de 1822.

O cenário ainda é até bonito, aprincípio: as margens de um pe-queno trecho de 180 metrosdentro do Parque da Indepen-dência estão gramadas, duassimpáticas pontes cortam o cór-rego, a bandeira tremula numdos lados e a pira completa o pa-norama em frente ao Monu-mento à Independência. Muitoscasais, famílias, crianças estãopor ali. "Vale pelo local histórico,mas não é agradável nem parafotografar", disse o funcionáriopúblico, morador de Campinasem visita à Capital. Mas ele nemestava decepcionado. "Já vimuitas vezes a sujeira e as en-chentes pela TV."

Ele tem razão. Basta chegarmais perto para sentir o cheiroforte de esgoto e ver a cor daágua escura, poluída. Tem lixotambém. Retrato de tantos cór-regos paulistanos, só que oRiacho do Ipiranga deveria sertratado como patrimônio: estána primeira estrofe do HinoNacional: "Ouviram do Ipiran-ga às margens plácidas..." e járecebeu milhões de reais de in-vestimentos em obras que jáduram 25 anos e poucos resul-tados trouxeram.

Em época de chuvas, os mo-radores e motoristas sabem que,de plácidas, as águas nada têm.Estão cansados de sofrer com asfrequentes enchentes nas aveni-das construídas às suas mar-gens (Abraão de Morais, Ricar-do Jafet e Tereza Cristina). E po-dem se preparar para mais umverão de transtornos: até o fimdo ano a Prefeitura vai apresen-tar um projeto para toda a baciado Ipiranga. Objetivo: melhoraro sistema de galerias e construirtrês reservatórios para seguraras águas das chuvas.

"Quando ameaça chovernem vou para os lados da Ri-cardo Jafet. É problema na cer-ta", diz o taxista Anésio Dudu-ch, 30 anos de praça, sendo 22deles no ponto do Hospital SãoCamilo do Ipiranga, a duasquadras do riacho. "Depoisque levantaram o pontilhão,na altura da rua Coronel Dio-go, a travessia nesse trecho me-lhorou, mas as cheias são feiasem pelo menos mais dois pon-tos, na rua Mário Vicente e pró-ximo ao Shopping Plaza Sul.Ali ninguém passa."

Despoluição – As nascentesdo riacho ficam no Jardim Botâ-nico, no Parque Estadual Fontesdo Ipiranga. Uma delas foi aber-ta à visitação. Ali, o fiapo deágua brota cristalino, mesmoestando a poucos metros deavenidas movimentadas. Aágua dessa nascente se junta aoutras para formar os lagos dojardim e seguir até a Abraão deMorais, onde assume a formade córrego. Pelas avenidas Ri-cardo Jafet e Tereza Cristina, de-ságua no Tamanduateí.

A boa notícia é que a poluiçãodeve melhorar até o fim do pri-meiro semestre do ano que vem.Segundo a Sabesp, estão em an-damento na região do Ipirangaas obras do Projeto Tietê, quetem o objetivo de ampliar a co-leta e o tratamento de esgoto naRegião Metropolitana de SãoPaulo, "contribuindo para adespoluição dos córregosafluentes do rio e, com isso, dopróprio rio Tietê".

Coletor – Está em instalaçãoo coletor-tronco Ipiranga (89%concluído) que vai levar paratratamento o esgoto coletado

nos bairros do Ipiranga, VilaMariana, Saúde, Bosque daSaúde, Cursino, Jabaquara eAmericanópolis. De acordocom a companhia, "estão sendoinvestidos R$ 44 milhões numconjunto de obras que vai bene-ficiar 270 mil moradores dessaregião". O coletor-tronco Ipiran-ga segue em paralelo ao Riachodo Ipiranga."

"Há anos falamos na necessi-dade da despoluição e do con-trole de enchentes na região doRiacho do Ipiranga, um símbo-lo histórico que merece respei-to", disse o vereador AurélioNomura (PV). Ele teve umareunião com o secretário ad-junto de Recursos Hídricos,Rogério Menezes, e represen-tantes da Prefeitura no dia 15de agosto para tratar do assun-to. Saiu com duas respostaspromissoras. "O Riacho do Ipi-ranga integra o Projeto Córre-go Limpo e a promessa foi ter apoluição reduzida até o fim doano. Já a Prefeitura pretende,em três meses, apresentar umprojeto para conter as cheias."Ele se queixou dos 25 anos deobras. "Devem ser as mais an-tigas da cidade."

Nomura promete acompa-nhar de perto as promessas.Depois vai abraçar outra cau-sa: a criação de um parque li-near às margens do Riacho, danascente à foz. "Pelo menos on-de for possível."

Primeira enchente – O pro-jeto Margens Plácidas foi criadopelo procurador do Estado e es-pecialista em Meio AmbienteGuilherme José Purvin de Fi-gueiredo, em 2005. Morador dobairro na infância, presenciou aprimeira enchente na avenidaTereza Cristina, em 1966. "Paracriança tudo é farra, mas vejaonde foi parar o problema", dizFigueiredo. Depois de uma via-gem a Washington, que recupe-rou seu rio, o Potomac, pensouno Riacho do Ipiranga.

"Ele é um símbolo nacional epode ser um grande potencialturístico recuperar áreas degra-dadas ao longo de suas mar-gens, cheias de lojas e motéis",aposta. Quem quiser aderir aoprojeto pode enviar e-mail paras e c re t a r i a @ i b a p . o rg .

Paulo Pampolin/Hype

Andrei Bonamin/Luz - 22/08/2008

Reprodução

Às margensdo Riacho doIpiranga(esq.), em 7 desetembro de1822, D. Pedro1º proclamou aIndependênciado Brasil(abaixo). Hojeo riacho estápoluído, massua nascente(esq.) estápreservadano JardimBotânico.Prefeitura temprojeto paraconter cheias.

Marisa Folgato Ó RBITA

TEMPO SECO

São Paulo teve ontem odia mais seco do ano,

com a umidade relativa do arem 12% A cidade entrou emestado de alerta. Osprincipais efeitos da baixaumidade são secura nagarganta e nos olhos eproblemas respiratórios.

A baixa umidade do arpode levar ao surgimento ouagravamento de doençasrespiratór ias,cardiovasculares e oculares.Por isso, enquanto durar oestado de alerta, o órgãorecomenda que a populaçãoevite exercícios físicos etrabalhos ao ar livre entre10h e 16h, além deaglomerações em ambientesfechados. ( Fo l h a p re s s )

Recuperação começou em 1986

Segundo a Secretariade Infraestrutura Ur-bana e Obras (Siurb),

"as obras de recuperação doCórrego Ipiranga começa-ram em 1986, com a amplia-ção do canal existente aolongo da avenida TerezaCristina, entre a avenida doEstado (junto do rio Taman-duateí) e da rua Tabor, e ter-minaram em 1989".

Ainda de acordo com a se-cretaria, foram executadasde 1990 a 1992 as obras deampliação do canal entre asruas Tabor e Tamboatá. "De1999 a 2002, foram recupera-das as paredes laterais docórrego entre as ruas Tam-boatá e Coronel Diogo. Ocurso d'água recebeu, de2004 a 2006, revestimento dofundo entre a nesse trecho,com alteamento e ampliaçãodo pontilhão da CoronelDiogo, recuperação de pare-des laterais e fundo entre asruas Coronel Diogo e MárioVicente, em um investimen-to de R$ 24,5 milhões."

A Siurb informou que "ter-minaram em junho desteano as obras de reconstruçãoe drenagem da avenida Ri-cardo Jafet, com a implanta-ção de captação de águaspluviais por intermédio debocas-de-lobo, no trecho en-tre as ruas Tamboatá e Mar-celino Champagnat; além deintervenções na pavimenta-ção, drenagem superficial epaisagismo da Ricardo Jafet,com extensão aproximadade 3.000 metros".

Foram realizadas, tam-bém, três obras emergenciaisde contenção de recupera-ção e ampliação do canal edas margens do córrego Ipi-ranga em diversos trechos,entre 2008 e 2010. Agora é es-perar, até o fim do ano, aapresentação do projeto pa-ra toda a bacia do Ipirangapara melhoria do sistema degalerias e construção de trêspiscinões. (MF)

Paulo Pampolin/Hype

Trecho aberto do Riacho do Ipiranga, na zona sul: novos piscinões

Córrego é berço da Independência

Ypiranga, Hipiragua,Piranga ou Porangasão as denominações

que teve o rio que passa nobairro do Ipiranga, na zonasul da Capital, das quais ossignificados mais aceitossão "águas vermelhas" e"águas barrentas",certamente originário dot u p i - g u a ra n i .

Porém, algunsdicionaristas garantem quea palavra é derivada de i-pi-rá-ã-anga, que significaleito desigual.

Trop eiros – Duranteséculos, a região foi pontode parada para tropeiros e

viajantes que percorriam oCaminho do Mar, entre SãoPaulo e Santos. Por isso, foineste local que D. Pedro 1ºparou para descansar comsua comitiva quando vinhade Santos, no início desetembro de 1822, emdireção à Capital.

Ali, através de umemissário, recebeunotícias de Portugal, que ocontrariaram e o levaram agritar pela Independênciado Brasil. O episódio estáregistrado nos versos doHino Nacional: "Ouviramdo Ipiranga às margensplácidas..." (MF)

RANKING DO ENSINO

A USP e a Unicamp são asduas únicas

universidades brasileiras queaparecem na lista das 300melhores universidades domundo elencadas pelo QSWorld University Ranking, daInglaterra. A USP ocupa a169ª posição, com 50.7pontos. A Unicamp está no235º lugar, com 42.2 pontos.

Dentre outros critérios, alista é elaborada com base naopinião de acadêmicos,empregadores e no númerode citações científicas dasinstituições. Os dois primeiroslugares ficaram com aUniversidade de Cambridge(1º) e com a UniversidadeHarvard (2º). ( Fo l h a p re s s )

SANTA TERESA

Morreu ontem mais umavítima do acidente

ocorrido no último dia 27com o bonde de SantaTeresa, no Rio. O aposentadoAlcides de Abreu Gonçalves,73, estava internado em umhospital particular, na Tijuca(zona norte). Segundo aassessoria do hospital,Gonçalves teve traumatismocraniano e o estado desaúde dele se agravou nanoite passada.

Com esse caso, subiu paraseis o número de mortes emdecorrência do acidente,que também deixou quase60 feridos. ( Fo l h a p re s s )

POLICIAIS PRESOS

Quatro policiais militaresforam presos ontem em

uma operação da PolíciaCivil de São Paulo para coibirataques a caixas eletrônicos.Um quinto suspeito deenvolvimento nos crimesainda é procurado. Durantea chamada Operação CaixaPreta, também foramcumpridos 11 mandados debusca e apreensão nas casasde 11 PMs. Os PMs presossão suspeitos de fornecerinformações sobre odeslocamento de viaturas ede oferecer cobertura aoscriminosos que roubam oscaixas. ( Fo l h a p re s s )

Hélvio Romero/AE

Paulo Pampolin/Hype

Page 10: Diário do Comércio

terça-feira, 6 de setembro de 201110 -.LOGO DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Acesse www.dcomercio.com.br para ler a íntegra das notícias abaixo:

E M C A R T A ZG ASTRONOMIA

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M ÍDIA

11 DE SETEMBRO

Revista semanalde opinião

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The Beast,guitarra comseis braçoscriada porGary Hutchins,é uma daspeças daexp osição'O poder dacriação', queestreia hojeno MuseuVictoria eAlbert, emLo n d re s.

Automóveltermodinâmico

Alimentado por um motor decombustão externa, oKraftwagen é um carrinho feitoem latão, aço inoxidável ealumínio. Construído a partirdos princípios datermodinâmica comopropostos por por RobertStirling em 1818, o carro utilizaa expansão e compressão de arpara produzir o movimento. Ocarro tem duas rodas traseiras euma única roda na frente, que écomandada pelo volante epode ser virada manualmenteaté 360º. Ecologicamentecorreto, o carro emite fumaçanão tóxica. Por US$ 999,95.

http://bit.ly/pL6013

E CONOMIA

O Brasil e o restodo mundo

A revista britânica Th eEco n o m i s t criou em seu websiteum infográfico interativo em quecompara o Produto Interno Bruto(PIB), o PIB per capita e apopulação de estados brasileiroscom os de vários países. Nacomparação, São Paulo tem umPIB e PIB per capita comparáveisaos da Polônia e populaçãosemelhante à da Argentina. Vejaoutros estados no site.

http://econ.st/p0J13G

F UTEBOL

Vitória com gol de DamiãoAseleção brasileira,

com RonaldinhoGaúcho e Marcelono time titular, der-

rotou ontem a seleção de Ganapor 1 x 0 no amistoso realizadono estádio Craven Cottage, emLondres. O gol foi marcado porLeandro Damião.

Gana, que recorreu a umasérie de faltas violentas paratentar marcar o Brasil e teve olateral Daniel Opare expulsoaos 33 minutos do primeirotempo. Leandro Damião, arti-lheiro do futebol brasileiro noano com 35 gols marcados pe-lo Internacional, balançou asredes pela seleção brasileiraaos 44 minutos, aproveitandopasse em profundidade deFernandinho. (Reuters)Andreas Solaro/AFP

VANDALISMO - Um italiano de 52 anos foi preso ontem após destruir a imagem de

um tritão, monstro mitológico, na Fontana del Moro, na praça Navona [ fo to ] e a

Fontana di Trevi. Os dois monumentos estão entre os mais importantes de Roma, Itália.

A TÉ LOGO

Facebook ultrapassa Orkut em usuários no Brasil, diz revista; Ibope contesta números divulgados

Mineirão completa 46 anos e reivindica junto à Fifa a chance de sediar abertura da Copa de 2014

Anderson Silva chega ao Corinthians para tentar popularizar as Artes Marciais Misturadas ou MMA

L o goLogowww.dcomercio.com.br

L OTERIAS

Concurso 667 da LOTOFÁCIL

03 04 05 06 08

10 13 15 17 18

19 20 21 24 25

Concurso 2689 da QUINA

04 18 21 76 79

A especialista em esculpir vegetaisAnastasia Korsakova, da Rússia, dá osretoques finais em sua criação para

uma competição da técnica realizadaontem em Leipzig, Alemanha.

Capa da revistaholandesa de cultura

e variedadesVPRO Gids

New S t a te s m a nentrevista agente da

CIA que perseguiaOsama Bin Laden

Na popularNew sweek,

medo, sofrimentoe vingança

Aniversário de dez anos dos trágicos atentados são o tema principal de publicações de todo o mundo

Ronaldinho durante disputa de bola com Kwadwo Asamo

Realismoem madeira

Escultura do artista russo SergeiBobkov representa uma corujaem tamanho natural. Bobkovproduz esculturas de animaisusando como matéria-primaaparas e fiapos de cedro siberiano.Sua obra está sendo exposta estasemana em uma escola deKozhany, a 207 quilômetros deKrasnoyarsk, na Sibéria. Bobkovobteve a patente de sua técnicaartística, que é considerada únicae excepcional. O artista, queproduziu 15 esculturas depássaros e animais siberianos emoito meses, é comparado aostaxidermistas e trabalha de 10 a12 horas por dia em suas criações.

http://t.co/sHxMmU3

'Eu usoóculos'

Pinguim feito de berinjelacom óculos de cenoura foiuma das criaçõesapresentadas na competiçãode esculturas feitas comalimentos em Leipzig, naAlemanha. O evento duradois dias e é promovido pelaindústria europeiade catering e restaurantesde hotéis.

Filhote de lontra com cercade 15 dias de vidaencontrado pela PolíciaAmbiental em Cotia, SãoPaulo, recebe cuidados noCentro de Recuperação deAnimais Silvestres doParque Ecológico do Tietê.

Ayrton Vignola/AE

Ilya

Nay

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hin/

Reut

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Cenouras, azeitonas pretas ecream cheese se transformam emdivertidos aperitivos que evocam

pinguins. Receita no site.http://bit.ly/fJOvmO

Jan Woitas/AFP

Paul Childs/Reuters

Toby Melville/Reuters

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Page 11: Diário do Comércio

terça-feira, 6 de setembro de 2011 11DIÁRIO DO COMÉRCIO

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ABR ASCEVendas no setor deshopping centersdo País cresceram7,1% em julho

I M P O S TOReceita deve abriramanhã consultaao 4º lote darestituição do IRPFeconomia

Mantega diz quecrise é "preocupante"

Para ministro da Fazenda, cenário externo exige atenção, mas País está "preparado" para enfrentar crise.

Oministro da Fazen-da, Guido Mante-ga, disse ontem,em reunião com a

presidente Dilma Rousseff noPalácio do Planalto, que o ce-nário econômico internacionalé "preocupante", mas reiterouque o Brasil está preparado pa-ra combater a crise. "O Brasilestá sólido e preparado paraenfrentar as adversidades dacrise", afirmou o ministro.

As declarações de Mantegaforam dadas durante reuniãode coordenação política, lide-rada por Dilma, e que reuniuministros e líderes do gover-no. Mantega costuma fazerum balanço da economiamundial nessas ocasiões.

Ontem, ele citou entrevistada diretora-gerente do FundoMonetár io Internac ional

(FMI), Christine Lagarde, con-cedida à revista alemã Der Spie-gelsobre a iminência de uma re-cessão global. Na entrevista,Largade faz o alerta e defendeque ainda é possível evitar opior. Participaram também dareunião o vice Michel Temer eos ministros Gleisi Hoffman(Casa Civil), José Eduardo Car-dozo (Justiça), Edison Lobão(Minas e Energia) e Miriam Bel-chior (Planejamento).

Situação sólida – Nas últi-mas semanas, Mantega e Dil-ma têm reafirmado a situaçãosólida do País para enfrentar acrise, com destaque para as re-servas internacionais e o de-pósito compulsório dos ban-cos no Banco Central (BC).

Na semana passada, diantedo cenário externo, o Comitêde Política Monetária (Co-

pom) surpreendeu o mercadoe reduziu a taxa de juros (Se-lic) em 0,5 ponto percentual,para 12 % ao ano.

O medo de uma crise maisprofunda na Europa contami-nou ontem a bolsa brasileira,em um dia de volume reduzi-do por causa do feriado do Diado Trabalho nos Estados Uni-dos. O Ibovespa recuou 2,71%a 54.998 pontos. O giro finan-ceiro do pregão foi de R$ 3,3bilhões, menos da metade damédia de R$ 6,56 bilhões, porcausa do feriado.

Forte queda – Com a quedaexpressiva, a segunda conse-cutiva, o Ibovespa já anulouboa parte da alta de quase 10% das cinco sessões anterio-res, quando a expectativa deum corte dos juros no Brasilestimulou ações de constru-

toras, varejistas e bancos.Na opinião da chefe da área

de gestão de fortunas da corre-tora Mirae Securities, LucianaPazos, a queda desta sessãopode ter sido apenas uma rea-lização de lucros após a fortealta da semana passada, mas épreciso aguardar a abertura domercado norte-americano ho-je para ter mais segurança.

"A gente sabe que a bolsa bra-sileira é uma das mais baratasdo mundo", afirmou Pazos."Mas, enquanto tivermos essecenário tão ruim lá fora, é difícilapostar em uma recuperação",disse. O principal índice dasações europeias caiu mais de 4%em meio à falta de progresso nasnegociações entre Grécia, UniãoEuropeia (UE) e FMI. (Leia maissobre a crise europeia na página 16).(Agências)

Dólar sobe 0,86% efecha em R$ 1,65

Odólar subiu ontem, pelo quarto diaconsecutivo, atingindo R$ 1,65 com oaumento da preocupação sobre a dívida na

zona do euro.A moeda norte-americana avançou 0,86%, a

R$ 1,65 para venda. É a maior cotação defechamento desde o dia 29 de março.

O feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos,comemorado ontem, reduziu o volume deoperações, com apenas 160 mil contratosnegociados no principal vencimento futuro até as 17horas, a uma hora do fechamento naBM&FBovespa. A média no ano é de 315 mil.

O feriado também colocou a atenção dosinvestidores sobre os problemas da dívida na zonado euro, provocando um novo surto de aversão arisco. "O euro estava em US$ 1,45 na terça-feira (dasemana passada), e no momento está a US$ 1,41.Perdeu bastante valor", disse ontem o economista-chefe da corretora BGC Liquidez, Alfredo Barbutti,citando a falta de progresso nas negociações entreGrécia, União Europeia e Fundo MonetárioInternacional (FMI) para o pagamento da próximaparcela da ajuda como um dos motivos.

Taxa de juros – A moeda brasileira também temsido prejudicada pela reação do mercado àdiminuição da taxa básica de juros do Brasil, de12,5% para 12% ao ano, na semana passada.

Na opinião da equipe de câmbio da BronwBrothers Harriman, em relatório, o real devecontinuar a ter um desempenho mais fraco do queoutras moedas emergentes nesta semana.

Para a economista da corretora Link, MariannaCosta, a rápida subida do dólar pode conduzir amoeda a R$ 1,70 nos próximos dias, mas essepatamar será um limite. Segundo ela, a taxa decâmbio deve voltar a cerca de R$ 1,60. (Reuters)

Mercado prevêinflação de 6,38%

Omercado financeiro elevou a projeção para ainflação em 2011 e em 2012. De acordo como boletim Focus, divulgado ontem pelo

Banco Central (BC), a expectativa para a inflaçãooficial neste ano subiu de 6,31% para 6,38%, em umpatamar distante do centro da meta de inflação, queé de 4,5%. A meta tem margem de tolerância de doispontos porcentuais para cima ou para baixo.

A projeção para a inflação em 2012 foi elevada de5,2% para 5,32%. A previsão para o Índice de Preçosao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto de 2011subiu de 0,32% para 0,33%. A estimativa para oIPCA de setembro foi elevada de 0,38% para 0,4%.

O mercado financeiro reduziu a projeção decrescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2011de 3,79% para 3,67%, segundo o boletim Focus. Parao ano que vem, a projeção para o crescimento daeconomia foi reduzida de 3,9% para 3,84%.

Produção industrial – A estimativa para ocrescimento da produção industrial em 2011 caiu de2,96% para 2,63%. Para 2012, a projeção para aexpansão da indústria foi mantida em 4,3%.

De acordo com a pesquisa, os analistas reduzirama previsão para a Selic (a taxa básica de juros daeconomia) para o fim de 2011 de 12,5% ao ano para12,38% ao ano. Atualmente, a taxa está em 12% aoano. Já a projeção para a Selic no fim de 2012 caiu de12,38% ao ano para 11,88% ao ano.

Para o mercado de câmbio, os analistas preveemque o dólar encerre 2011 em R$ 1,60. A projeção docâmbio médio no decorrer de 2011 foi mantida emR$ 1,60. Para o fim de 2012, a previsão para o câmbiofoi mantida em R$ 1,65.

Contas externas – A previsão do mercado para odéficit em conta-corrente neste ano subiu deUS$ 57,93 bilhões para US$ 58,25 bilhões. Para 2012,o déficit em conta-corrente do balanço depagamentos estimado caiu de US$ 68,63 bilhõespara US$ 68,51 bilhões. A previsão de superávit em2011 subiu de US$ 22,90 bilhões para US$ 23 bilhões.Para 2012, a estimativa para o saldo da balança caiude US$ 12,10 bilhões para US$ 11,60 bilhões. Aestimativa de ingresso de Investimento EstrangeiroDireto (IED) em 2011 é de US$ 55 bilhões. (AE)

Cabral defende CPMF para SaúdeGovernador do Rio, Sérgio Cabral, quer a volta do imposto do cheque para financiar sistema de Saúde.

Ogovernador doRio de Janeiro,Sergio Cabral,disse ontem ser

favorável à volta daContribuição sobreMovimentação Financeira(CPMF) para financiar aSaúde. Cabral, que estevereunido com o ministro daFazenda, Guido Mantega,defendeu um financiamentopróprio para o setor deSaúde, assim como existepara a Educação. "Foi umacovardia a extinção daCPMF. Fez muito mal, nãoao governo do (ex)presidente Lula, mas aopovo brasileiro", disseCabral. Ele afirmou queassinará a carta que estásendo preparada por algunsgovernadores em apoio aoretorno da CPMF. "Claro queassino", afirmou.

O governadorargumentou que não épossível financiar a Saúdesomente com os atuaisrecursos arrecadados pelogoverno. "O Brasil estáexpandindo cada vez maisos seus investimentos",disse. Segundo ele,investimentos como os doPrograma de Aceleração doCrescimento (PAC) e do

programa Minha Casa,Minha Vida têm exigido maisrecursos públicos. "Ogoverno federal tem o papeljunto com os governosestaduais e municipais dealavancadores da economiabrasileira", afirmou.

Ele disse também que nãose pode sacrificar a meta desuperávit primário paraaumentar os gastos daSaúde. "O governobrasileiro tem tido apreocupação com amacropolítica-econômicapara garantir estabilidadeinflacionária e manter ocrescimento. Quando se falaem superávit primário, não éum palavrão, é um sinônimode responsabilidade fiscal."

O governador do Riopropôs, também ao ministro

Mantega, elevar em 30% asparticipações especiais,cobradas pelo governo dasempresas que exploramcampos altamentep r o d u t i vo s.

Pe t r ó l e o – Cabralexplicou que essa fórmulaagradaria aos Estadosprodutores e aos nãoprodutores de petróleo,evitando um impasse nanegociação. Governadorescorrem contra o tempo parachegar a um consensosobre a divisão dos royaltiesdo petróleo do pré-sal. Aquestão tornou-se urgenteporque em 5 de outubro oCongresso deve apreciar oveto aplicado em 2010 peloentão presidente Luiz InácioLula da Silva ao textoaprovado pelo Legislativoque divide os royalties pelasregras do Fundo deParticipação dos Estados(FPE). Por ela, o critério é arenda per capita, e não se oEstado produz ou nãopetróleo. A fórmula nãoagrada aos Estadosprodutores. Eles ameaçamlevar a questão aoJudiciário, caso oCongresso derrube o veto.Recorrer ao SupremoTribunal Federal (STF),

porém, poderá jogar asolução para prazoindeter minado.

Imposto – O líder doPSDB na Câmara, deputadoDuarte Nogueira (SP), disseontem que uma dasalternativas definanciamento da saúdeseria o aumento do Impostosobre OperaçõesFinanceiras (IOF).

Segundo estudosrealizados, o aumentodesse impostorepresentaria, em 12 meses,arrecadação de cerca deR$ 31 bilhões. (Agências)

Sérgio Lima/Folhapress

O governador do Rio, Sérgio Cabral (à esq.), esteve ontem com o ministro Guido Mantega, em Brasília, e pregou a volta da CPMF para a Saúde.

Foi uma covardia aextinção da CPMF.Fez muito mal, nãoao governo dopresidente Lula,mas ao povobrasileiro.

SÉR GIO CABR AL, GOVERNADOR

31bilhões de reais

podem serarrecadados com

aumento do Impostosobre Operações

Financeira (IOF), dizo líder do PSDB na

Câmara, DuarteNogueira (SP).

Page 12: Diário do Comércio

terça-feira, 6 de setembro de 201112 -.ECONOMIA DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Page 13: Diário do Comércio

terça-feira, 6 de setembro de 2011 13DIÁRIO DO COMÉRCIO

Estamos cansados (da Anatel). Já estamos falando há algum tempo, mas parece que não tem adiantado.Fernando Furlan, do Cadeeconomia

Inter netpara todosdepende de

desoneraçãoIpea divulgou estudo recomendando ações

necessárias à inclusão digital. Falta muita coisa,como telecentros públicos, para o Plano Nacional de

Banda Larga ter os efeitos que o governo deseja.

Além das desonera-ções para compu-tadores, tablets eredes de fibras óp-

ticas, o governo precisaria re-duzir também a carga de im-postos sobre celulares e tele-visores para conseguir de fatouniversalizar o acesso à inter-net no País. A avaliação estáem um documento de 74 pá-ginas publicado ontem peloInstituto de Pesquisa Econô-mica Aplicada (Ipea), com di-versos artigos sobre o setor detelecomunicações.

Em relação ao Plano Nacio-nal de Banda Larga (PNBL), otexto também orienta a cons-trução de mais telecentros pú-blicos para o acesso da popula-ção de baixa renda à rede, con-siderando que as camadasmais pobres podem não tercondições de pagar R$ 35 men-sais pela assinatura básica de 1megabit por segundo (Mbps).Nesse sentido, o estudo aindasugere a oferta de planos pré-pagos e de preços fracionados– semanais, por exemplo – pa-

Telefone móvel popular em estudos

Nota eletrônica também paraserviços de outros municípiosRenato Carbonari Ibelli

As empresas estabele-cidas na cidade de SãoPaulo, que contrata-

rem serviços de prestadoresde outros municípios, agoraterão de registrar a operaçãocom o uso da Nota Fiscal deTomador de Serviços. A novanota, que substitui a Declara-ção Eletrônica de Serviço(DES), terá de ser registradano site da Nota Fiscal Paulista-na (ht tp: //n fpa uli sta na. pre fei tu-ra .s p.g ov. br /to mad or.as p). Parater acesso ao sistema, o toma-dor precisará obter certificadodigital ou senha web. A medi-da vigora desde o dia primeirodeste mês.

Cade acusa lerdeza em ação da Anatel

Depois de acusar oBanco Central (BC)de ser inativo, na

semana passada, o ConselhoAdministrativo de DefesaEconômica (Cade) mira agorasua artilharia para outra áreado governo: a AgênciaNacional deTelecomunicações (Anatel).De acordo com o órgãoantitruste, a Anatel é lentapara fazer suas análises sobrenovas operações na área e issotem prejudicado o trabalho daautarquia. A crítica do Cade éde que, enquanto outrosórgãos gastaram pouco maisde três meses, em média, parafazer suas análises prévias em2010, a Anatel precisouutilizar-se de três anos e ummês. A demora é 12 vezesmaior – uma diferença de 37meses.

A mira na Anatel, queapresenta ao conselhopareceres prévios a respeitodo impacto de novos negóciospara o mercado e aconcorrência no setor detelecomunicações, não chega

a ser uma novidade. Aagência já foi alvo de muitasreclamações de conselheiros.A diferença agora é que odiscurso se transformou emn ú m e ro s .

Conforme pesquisa doCade, a Secretaria deAcompanhamentoEconômico (Seae) doMinistério da Fazenda e aSecretaria de DireitoEconômico (SDE) doMinistério da Justiçagastaram 92 dias, em média,para instruírem processos e osencaminharem ao Cade noano passado. A Anatel levou1.159 dias no mesmo período."Estamos cansados. Jáestamos falando há algumtempo sobre isso, mas pareceque não tem adiantadomuito", reclamou o presidenteda autarquia, FernandoFurlan.

Além da demora, aavaliação do conselho é deque a análise prévia da Anateltem sido pouco proveitosa.Mais uma vez, o órgãoantitruste se apoiou em

números para embasar suaacusação. Enquanto o Cadedemorou 40 dias, em média,para julgar os casosprovenientes da SDE e daSeae em 2010, precisoudispensar 110 dias paraavaliar os processos quechegaram da agência.

"A quantidade é quase trêsvezes mais", comparouFurlan. "Isso porque oprocesso chega até dez anosapós o fato e temos de buscarnovas informações para ver sea realidade mudou ou porquea quantidade de diligênciasque precisamos fazer é maior,pois as investigações estavamincompletas."

A Anatel rebateu asacusações por meio de nota,enfatizando que, em seus 14anos de existência, a agênciaadquiriu ampla experiência eque o setor detelecomunicações possuiespecificidades que odiferenciam dos demais casosque passam pelo SistemaBrasileiro de Defesa daConcorrência (SBDC). (AE)

ra suprir essa demanda.O Ipea também propõe

maiores avanços na capacita-ção dessas pessoas, incluindoparcerias do governo com ochamado Sistema S – como Se-si, Senac e Sebrae – para a am-pliação dos cursos já existentese criação de novos. Por fim, oinstituto considera a necessi-dade da criação de uma tarifade interconexão diferenciada,como a que foi aplicada nosprimórdios dos celulares noBrasil, para financiar a expan-são da infraestrutura de rede.

PLC 116 – Outro artigo in-cluído no documento ressaltaque a abertura do mercado deTV por assinatura para as ope-radoras de telecomunicações –conforme o Projeto de Lei(PLC) 116 aprovado no mêspassado pelo Senado, com to-tal apoio do governo – está di-retamente relacionada com osobjetivos do PNBL, mas queainda não é possível avaliar os"efeitos econômicos e sociais"da nova lei. Cálculos do Ipeaindicam, porém, que a presen-

Divulgação

Documento recomenda que governo reduza impostos sobre celulares e televisores, à semelhança do que foi feito com as fibras ópticas.

ça de um prestador de TV pagapode aumentar em até 35% abase de assinantes de bandalarga em cada município.

Apesar do leilão de quatroposições de satélites para o usoprivado na última semana,que devem reforçar a capaci-dade brasileira de transmissãoaté 2014, o documento tam-bém retoma a discussão acercada necessidade e viabilidadede um satélite nacional, paracomplementar o PNBL.

Segundo o Ipea, ao se res-tringir às redes de fibras ópti-cas, "o plano perde a sua carac-terística nacional ao selecio-nar tão somente o atendimen-to a áreas urbanas de 4.278municípios brasileiros, dei-xando de lado outros 1.286municípios e toda a área ruraldo território brasileiro." (AE)

Prazo menor – Com a mu-dança, o prazo para registrara operação ficou bem menor.A DES permitia que o registrofosse realizado dois mesesdepois da contratação do ser-viço em outro município.Com a nota do tomador, esseprazo cai para cinco dias apósa contratação. De acordo comJosefina Nascimento Pinto,gerente do departamento fis-cal da King Consultoria, a me-dida torna mais simples parao município o processo deaveriguar sonegação. "Antes,só com fiscalização a sonega-ção era detectada. Agora, osistema fará o cruzamentodas informações e detectaráproblemas automaticamen-te", explica a gerente.

F a c il i d a d e s – A Prefeiturade São Paulo reforça que o ob-jetivo das mudanças trazidascom novo sistema é o combateà sonegação fiscal, mas diz quea nota do tomador também fa-cilitará o registro de informa-ções pelos empresários. Nessecontexto, a Prefeitura destacaque o novo documento fiscalacaba com a necessidade deconsulta ao Cadastro de Em-presas de Fora do Município(CPOM), que agora é realizadaautomaticamente quando daemissão da nota do tomador.

A Nota Fiscal de Tomadorde Serviços está no escopo daLei n° 15.406, de julho de 2011,que trouxe uma série de mo-dificações na legislação fiscalda Capital paulista.

Ogoverno tem discutidoe até mesmo feito

simulações junto aoperadoras móveis detelefonia para a criação dotelefone móvel popular pormeio de um modelosemelhante ao do chamadoAcesso Individual ClasseEspecial (Aice). Esse modelobusca levar o telefone fixopor R$ 13 mensais àpopulação de baixa renda.

De acordo com o secretário-executivo do Ministério dasComunicações, Cezar Alvarez,a intenção é alcançar ascamadas mais carentes dapopulação. O serviço seria

oferecido às pessoas inscritasno Cadastro Único paraProgramas Sociais, que é umarelação mais abrangente do

que o próprio Bolsa Família."É uma ideia que pode

passar pela simplicidade doaparelho, utilização da rededa Telebrás e também existea perspectiva de reduçãotarifária, mas escalonada notempo, com metas e comprazo para acabar", afirmouAl va rez .

De acordo com osecretário, o modelo denegócios do "Aice Móvel"está sendo discutido comduas grandes operadoras."Uma delas já disse terinteresse", concluiu Alvarez,sem identificar ascompanhias. (AE)

13reais por mês é o

preço estipulado pelogoverno para um

futuro telefone móvelpopular. O plano é

discutido como p e ra d o ra s.

Page 14: Diário do Comércio

terça-feira, 6 de setembro de 201114 DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Quem gasta com vícios, eventualmente vai gastar mais com saúde também.André Braz, economista da FGVeconomia

Vícios (e virtudes) custam maisLevantamento do Ibre/FGV mostra que itens ligados a comportamentos positivos ou negativos ultrapassaram a inflação acumulada

Produtos e serviços li-gados aos vícios e àsvirtudes dos brasilei-ros ultrapassaram a

inflação acumulada dos últi-mos três anos, com base no Ín-dice de Preços ao Consumidorcalculado com base nos preçoscoletados entre os dias 11 domês anterior e 10 do mês de re-ferência, chamado IPC-10.

De acordo com pesquisa di-vulgada ontem pelo InstitutoBrasileiro de Economia (Ibre)da Fundação Getulio Vargas(FGV), os produtos e serviçosassociados aos vícios tiveramseus preços e levados em30,96% entre setembro de 2008e agosto de 2011, superandoem quase duas vezes a inflaçãoacumulada no período, de16,07%. Os preços vinculadosàs virtudes do consumidortambém ficaram acima da in-flação, com alta de 18,73%.

O economista André Braz,da FGV, disse que o ponto cen-tral da pesquisa foi mostrarque alguns tipos de investi-mento dão retorno ao cidadão,ao passo que outros ampliamas suas despesas. "Quando vo-cê investe, por exemplo, emuma atividade que aumentaas suas chances de conseguirum bom emprego ou que me-lhora a sua cultura, uma partedesse gasto, embora acima dainflação, volta para você comoum benefício", disse.

B r a z a c re s c e n t o u q u e ,quando o consumidor investeem coisas que não dão benefí-cio e, ao contrário, implicam,eventualmente, gastos futu-ros maiores com saúde, porexemplo, o investimento setransforma em um mau negó-cio. "Porque quem gasta comvícios, eventualmente vai gas-tar mais com saúde também,no médio prazo, para tratarproblemas provocados pelouso de substâncias que não fa-zem bem ao corpo."

Ele exemplificou que quemcompra um livro ou entra emum curso está pagando maisem termos reais por esse tipo

de investimento, mas terá re-torno mais à frente. "Quantomais cultura se tem, maior apossibilidade de arrumar umemprego que compense o in-vestimento", disse.

Já quem gasta com coisasque não fazem bem à saúde,como bebidas alcoólicas, porexemplo, não terá retornodesse gasto. "A pesquisa visaa chamar a atenção e reforçara questão das escolhas. Todomundo é livre para empregaro dinheiro onde quiser mas, éclaro, tem como investir egastar esse dinheiro a pontode ele trazer algum retornopositivo para a vida", ponde-rou o economista da FGV.

A pesquisa mostra que fu-mo, bebidas alcoólicas e lote-rias, incluídos entre os vícioshabituais dos brasileiros, subi-ram nos últimos três anos40,19%; 19,53% e 15,49%, res-pectivamente. Entre os produ-tos e serviços ligados às virtu-des, os vilões foram as acade-mias de ginástica, com aumen-to de 24,75%. As escolas ecursos complementares mos-traram reajuste de 20,84%, en-quanto cinema, teatro e showssubiram 17,75%. Livros, jor-nais e revistas tiveram varia-ção positiva de 10,77%. (ABr)

Sobe custode vida

OÍndice do Custo de Vi-da (ICV) no município

de São Paulo aumentou0,39% em agosto, o quemostra uma desaceleraçãoem relação a julho, quando avariação foi de 0,44%.

De acordo com o Depar-tamento Intersindical deEstatística e Estudos So-cioeconômicos (Dieese),que divulgou ontem o índi-ce, o ICV foi pressionadoprincipalmente pelos pre-ços dos alimentos, que re-gistraram alta média de1,17%. O ICV acumula infla-ção de 7,29% nos últimos12 meses. Em 2011, a varia-ção já chega a 3,98%.

O grupo al imentaçãocontribuiu com 0,33 pontopercentual no índice deagosto, com alta de 1,95%para os produtos in natura esemielaborados; 0,65% paraos produtos da indústria ali-mentícia e 0,42% para ali-mentação fora do domicílio.Entre os alimentos pesqui-sados, frutas apresentaramalta de 6,16%.

Os grupos transportes(0,21%) e despesas pessoais(0,55%) também apresenta-ram variações expressivasno mês para a composiçãodo ICV. (AE)

Pão de Açúcar conclui conversão de lojasOGrupo Pão de Açúcar en-

cerrou o processo de con-versão das lojas Compre-

Bem e Sendas para as bandeiras Ex-tra ou Pão de Açúcar, localizadasem São Paulo e no Rio de Janeiro. Osinvestimentos na conversão e mo-dernização de 221 lojas, que leva-ram 18 meses, somaram cerca de R$230 milhões. No ramo alimentício, acompanhia continuará atuandoainda com a bandeira atacadista As-saí, além do Extra e Pão de Açúcar.

A marca Extra, sobretudo sob o for-mato de vizinhança Extra Supermer-cado, teve destaque no programa de

conversões. O Extra Supermercadopassa a ter, a partir de agora, 204 lojas.Destas, 188 foram resultantes do pro-cesso de conversão de CompreBem e

Sendas. Essas lojas estão localizadasnos Estados de São Paulo, Rio de Ja-neiro, Pernambuco e Ceará.

Segundo a empresa, após a con-versão para Extra Supermercados,as lojas passaram a registrar vendas15% superiores às observados comas bandeiras antigas. Com as trans-formações, as novas lojas passarama oferecer área de venda nas seçõesde frutas, verduras e legumes até20% superiores. Outra seção que foiampliada nas transformações paraExtra Supermercados foi de perecí-veis – especialmente para produtoscongelados, itens frescos e carnes.

As transformações consideraramas novas necessidades apresentadaspelo consumo do brasileiro, e foramelaboradas a partir de estudos so-cioeconômicos e comportamentaisde cada microrregião em que as lojasCompreBem e Sendas atuavam an-teriormente, destacou a companhiaem comunicado à imprensa.

Além da marca Extra, 11 lojasCompreBem e Sendas foram conver-tidas para o formato Pão de Açúcar eduas para Assaí. Já no formato hi-permercado, foram 20 unidades quemigraram de CompreBem e Sendaspara Extra Hipermercados.

Com Visa, turista gasta US$ 4,8 bilhões.Os gastos de brasileiros

no exterior pagos comcartões Visa, em todas

as modalidades (débito,crédito e pré-pago), cresceram58% no ano passado emcomparação com o total de2009, estimulados pelavalorização do real sobre odólar. O total gasto pelosturistas passou de US$ 3,1bilhões em 2009 para US$ 4,8bilhões em 2010. Os dados sãodo relatório "Perspectivas doTurismo: Brasil", da Visa, emostram que o Paíscontribuiu significativamentepara a economia do turismomundial.

"Isso denota a confiança dobrasileiro na estabilidadeeconômica do País", informa aVisa em comunicado.

Já o gasto dos estrangeirosque visitaram o Brasil em2010 foi apenas 12% maiorque o volume de 2009,conforme a VisaVue TravelData. O montante totalpassou de US$ 1,8 bilhão em2009 para US$ 2,1 bilhões noano passado.

Vi s i t a n t e s – De acordo como relatório da Visa, dos 25países que mais enviaramvisitantes ao Brasil em 2010,somente três não elevaramseus gastos no mercado local.Os sul-coreanos (alta de102%) lideraram o rankingdos turistas que maisgastaram no Brasil, seguidospelos angolanos (94%) echineses (51%).

Na análise por destinoescolhido pelos brasileiros, o

destaque foi para a África doSul, onde foi realizada a Copado Mundo de 2010.

Os portadores do cartãoVisa gastaram 112% a maiscom turismo naquele país noano passado, quandoviajaram para acompanhar ocampeonato de futebol.

Os Estados Unidoscontinuam como destinointernacional principal dosb r a s i l e i ro s .

Copa – Segundo RubénOsta, diretor-geral da Visa doBrasil, é importante que o Paísentenda os fatores queinfluenciam os gastos dosvisitantes já que será oanfitrião da Copa do Mundode 2014 e dos Jogos Olímpicosde 2016, marcados para o Rio.

"O País tem de aprender

com a experiência de outrospaíses-sede como se preparare gerenciar adequadamente oaumento no fluxo de turistasnas cidades, no faturamento enos trabalhos deinfraestrutura que estão porvir", disse Osta. (AE)

15por cento foi o quanto

aumentaram as vendasapós a conversão para a

bandeira Extra

CCCOOORRRRRREEEÇÇÇÃÃÃOOO

Na reportagem "Bancos: crédito

para o Natal", publicada na

edição do dia 1 de setembro no

Diário do Comércio, o banco

Santander informou que sua

taxa mínima de juros era de

2,57% ao mês. Mas corrigiu

ontem a informação: a taxa

mínima aplicada pelo banco

é de 1,7% ao mês.

Page 15: Diário do Comércio

terça-feira, 6 de setembro de 2011 ECONOMIA/LEGAIS - 15DIÁRIO DO COMÉRCIO

Alfa Seguradora S.A.CNPJ/MF nº 02.713.529/0001-88 e NIRE 35 3 0015730 3

Ata da Assembleia Geral Extraordinária Realizada em 21 de Julho de 2011Data: 21 de julho de 2011. Horário: 10:00 horas. Local: Sede Social, Alameda Santos, 466, 7º andar, São Paulo - SP. Presença:Acionistas representando a totalidade do capital social. Mesa: Carlos dos Santos - Presidente. Christophe Yvan François Cadier -Secretário. Ordem do Dia: Alteração do objeto social da Sociedade. DeliberaçãoTomada por Votação Unânime: Aprovar a alteração doobjeto social da Sociedade, com base na autorização prévia da Superintendência de Seguros Privados - SUSEP, concedida por meio daCarta nº 087/2011/SUSEP-SEGER, datada de 07.07.2011 e, em consequência, alterar o Artigo 4º do Estatuto Social, passando referidoartigo a vigorar com a seguinte redação: “Art. 4º - A Sociedade tem por objeto a exploração de seguros de danos, tais como definidosna legislação em vigor.” Nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente encerrou os trabalhos desta Assembleia Geral, lavrando-seem livro próprio a presente Ata que, lida e achada conforme, foi aprovada por todos os presentes, que a subscreveram. São Paulo, 21 dejulho de 2011. Assinaturas: Carlos dos Santos - Presidente da Mesa. Christophe Yvan François Cadier - Secretário da Mesa. Acionistas:Corumbal Participações e Administração Ltda. a.a.) Paulo Guilherme M. L. Ribeiro. Flávio Márcio Passos Barreto. AdministradoraFortaleza Ltda. a.) Aloysio de Andrade Faria. Alfa Holdings S.A. a.a.) Paulo Guilherme M. L. Ribeiro. Christophe Yvan François Cadier.Consórcio Alfa de Administração S.A. a.a.) Paulo Guilherme M. L. Ribeiro. Ricardo Ananias de Oliveira. Declaração: Declaramos, paraos devidos fins, que a presente é cópia fiel da ata original lavrada no livro próprio, e que são autênticas as assinaturas nele apostas. AlfaSeguradora S.A. Carlos dos Santos - Diretor. Celso Luiz Dobarrio de Paiva - Diretor. Certidão: Junta Comercial do Estado de São Paulo.Certifico o registro sob o nº 351.760-8, em 31.08.2011. Kátia Regina Bueno de Godoy - Secretária Geral.

COMPANHIA METALÚRGICA PRADACNPJ nº 56.993.900/0001-31

ConvocaçãoConvocamos os Senhores Acionistas da Companhia Metalúrgica Prada (“Companhia”)a se reunirem em Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária, que deverá se realizaràs 10:00 horas do dia 15 de setembro de 2011, na sede social, à Rua Engenheiro FranciscoPita Brito, 138, a fim de deliberarem sobre a seguinte ordem do dia (i) Em AGO: deliberação sobreos assuntos referidos no art. 132 da Lei nº 6.404/76 e (ii) Em AGE: aumento do capital social.

São Paulo, 06 de setembro de 2011Benjamin Steinbruch

Presidente do Conselho de Administração

EDITAL DE NOTIFICAÇÃO DE MASSAIUKI KUMANO e SHIRLEY YURLE MIZUKAWA KUMANONos termos do artigo 7º do Regulamento de Arbitragem da CÂMARA DE MEDIAÇÃO E ARBITRAGEMDO PARANÁ – CMA/PR, cuja cópia está a disposição nesta Instituição, tem a presente a finalidade denotificar Massaiuki Kumano, brasileiro, casado, do comércio. CI-RG 10.429.710 SSP/SP, CPF.:906.404.468.68 e Shirley Yurle Mizukawa Kumano, brasileira, casada, do lar, CI-RG 9.500.263 SSP/PR, CPF.: 034.774.708-69, acerca do protocolo de Solicitação de Instauração de Arbitragem nº 115/2011referente ao contrato de locação de imóvel residencial celebrado com Sílvio José Gazda. Assim, nostermos do referido regulamento, fica V. Sª. notificado(a) acerca da escolha do árbitro que conduzirá ejulgará a referida demanda arbitral, cujo nome poderá ser verificado na CMA-PR. Fica V. Sª. citado(a)a comparecer na sede da CMA/PR, localizada na Al. Prudente de Moraes, 291, Curitiba/PR, no dia 26/09/2011, às 10:30 horas, ocasião na qual será realizada a 1ª Audiência. Em caso de não comparecimen-to, no dia e hora marcados, fica V. Sª. citado(a) a apresentar sua defesa quanto aos pedidos e demaisalegações apresentadas pelo(s) demandante(s), com a indicação das provas que pretende produzir, atéo dia 06/10/2011, conforme artigo 10 do Regulamento de Arbitragem da CMA-PR. Ressaltamos queserão sempre respeitados os princípios do contraditório, da igualdade das partes e da ampla defesa.Entretanto, informamos que a sua revelia não impedirá que seja proferida Sentença Arbitral. Esclarece-mos, ainda, que as partes poderão postular por advogado, respeitada sempre a faculdade de designarquem as represente, mediante Procuração, ou assista no Procedimento Arbitral.

Curitiba, 05 de setembro de 2011.Ligia Terezinha BubniakSupervisora da CMA-Pr

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo,foram ajuizados no dia 05 de setembro de 2011, na Comarca da Capital, os

seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:

Requerente: Banco Fibra S/A. Requerido: R.M. Comunicação e Informática Ltda.Rua Santo Antonio, 182 - Conjunto 173 – Bela Vista - 1ª Vara de Falências.Requerente: Film Trading Importação e Representação Ltda. Requerido: 3A ServiçosGráficos Especiais Ltda. EPP. Rua João Antonio de Oliveira, 687/693 - Mooca - 2ªVara de Falências.

Recuperação JudicialRequerente: DNRA Brasil Agência de Modelo e Fotografia Ltda - Daphne. Requerido:DNRA Brasil Agência de Modelo e Fotografia Ltda - Daphne. Rua Ribeirão Claro,59 – Vila Olímpia - 1ª Vara de Falências.

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P U B L I C I D A D EFone: 11 3244-3852Fax: 11 3244-3894 O Jornal do Empreendedor

Fischer S/A - AgroindústriaCNPJ nº 52.311.529/0001-20 - NIRE nº 35.300.021.703

Ata da Assembléia Geral Extraordinária Realizada em 01/08/2011Dia, hora e local: 01/08/2011, às 10:00 hs, na sede social, na R: João Pessoa, 305, na cidade de Matão (SP). Presença: Acionistasrepresentando a totalidade do capital social, conf. se verifica pelas assinaturas no “Livro de Presença de Acionistas”. Convocação:Dispensada a publicação do Edital, face ao disposto no § 4º do Art. 124 da Lei nº 6.404/76. Mesa Dirigente: Maria do Rosário Fischer -Presidenta e Julio Alvarez Boada - Secretário. Ordem do Dia: Eleição do Conselho de Administração. Deliberações Tomadas,por unanimidade dos votos e s/reservas: (i) Eleger p/ o Conselho de Administração, com mandato por 2 anos, os seguintes membros:Maria do Rosário Fischer, brasileira, viúva, empresária, portadora da Carteira de Identidade do IFP/RJ nº 2.493.154 e doCPF nº 023.417.617-20 - Conselheira; Bianca Helena Fischer de Moraes, brasileira, casada, empresária, portadora da Carteira deIdentidade do IFP/RJ nº 07.470.471-9 e do CPF nº 928.171.817-00 - Conselheira; Ana Luisa Fischer Marcondes Ferraz, brasileira,casada, empresária, portadora da Carteira de Identidade IFP/RJ nº 08.179.683-1 e do CPF nº 011.060.107-60 - Conselheira;Alessandra Fischer de Souza Santos, brasileira, casada, empresária, portadora da Carteira de Identidade do IFP/RJ nº 09.112.764-7e do CPF nº 014.145.057-60 - Conselheira; e Renata Fischer Fernandes, brasileira, casada, empresária, portadora da Carteira deIdentidade do SSP/RJ (Detran) nº 11.131.165-0 e do CPF nº 085.760.577-19 - Conselheira. (i.i) As Conselheiras eleitas tomarão posse deseus cargos nesta data. Firmarão o termo de posse no “Livro de Atas de Reunião do Conselho de Administração”. (i.ii) Os membros doConselho de Administração e da Diretoria não serão remunerados, uma vez que o exercício dessas funções se compreende nas atribuiçõesdos cargos que exercem nas empresas do mesmo grupo econômico desta Sociedade. Declarações: Os membros do Conselho deAdministração eleitos nesta Assembléia declaram, sob as penas da Lei, que não estão sendo processados e nem foram condenadospor crimes que impeçam o exercício de atividades mercantis. Encerramento: E, nada mais havendo a tratar, foram encerrados ostrabalhos, dos quais se lavrou, a presente ata que, lida e achada conforme, vai assinada pelos presentes: (aa) Maria do Rosário Fischer -Presidenta e Julio Alvarez Boada - Secretário. Acionistas presentes e Conselheiras eleitas: Fischer S/A - Comércio, Indústria e Agricultura,por seus diretores Tales Lemos Cubero e José Lopes Celidônio; Maria do Rosário Fischer; Bianca Helena Fischer de Moraes; Ana LuisaFischer Marcondes Ferraz; Alessandra Fischer de Souza Santos; e Renata Fischer Fernandes. Certificamos que a presente Ata é cópia fielda original lavrada no livro competente. Matão (SP), 01/08/2011. Maria do Rosário Fischer - Presidenta; Julio Alvarez Boada - Secretário.JUCESP nº 342.698/11-4 em 30/08/2011. Kátia Regina Bueno de Godoy - Secretária Geral.

Fischer S/A - Comércio, Indústria e AgriculturaCNPJ nº 33.010.786/0001-87 - NIRE nº 35.300.040.724

Ata da Assembléia Geral Extraordinária Realizada em 01/08/2011Dia, hora e local: 01/08/2011, às 08:00 hs, na R: João Pessoa, 305, na cidade de Matão-SP. Convocação e Presença: Convocaçãodispensada nos termos do § 4º do art. 124 da Lei nº 6.404/76, em face da presença da totalidade dos acionistas da Cia., conf. se verificapelas assinaturas no “Livro de Presença de Acionistas”. Mesa: Presidenta: Maria do Rosário Fischer; Secretário: Julio Alvarez Boada.Ordem do Dia: Eleição dos membros do Conselho de Administração. Deliberações Tomadas, por unanimidade dos votos e semreservas: (i) - Eleger p/o Conselho de Administração, com mandato por 2 anos, os seguintes membros: Maria do Rosário Fischer,brasileira, viúva, empresária, portadora da Carteira de Identidade do IFP/RJ nº 2.493.154 e do CPF nº 023.417.617-20, - Presidenta doConselho de Administração; Bianca Helena Fischer de Moraes, brasileira, casada, empresária, portadora da Carteira de Identidade doIFP/RJ nº 07.470.471-9 e do CPF nº 928.171.817-00, - Conselheira; Ana Luisa Fischer Marcondes Ferraz, brasileira, casada, empresária,portadora da Carteira de Identidade IFP/RJ nº 08.179.683-1 e do CPF nº 011.060.107-60, - Conselheira; Alessandra Fischer de SouzaSantos, brasileira, casada, empresária, portadora da Carteira de Identidade do IFP/RJ nº 09.112.764-7 e do CPF nº 014.145.057-60, -Conselheira; e Renata Fischer Fernandes, brasileira, casada, empresária, portadora da Carteira de Identidade do SSP/RJ (Detran)nº 11.131.165-0 e do CPF nº 085.760.577-19, - Conselheira. (i.i) - As Conselheiras eleitas tomarão posse de seus cargos nesta data.Firmarão o termo de posse no “Livro de Atas de Reunião do Conselho de Administração”. (ii) - Aprovar a remuneração global mensal doConselho de Administração, no valor total de R$ 165.218,65, e a remuneração global mensal da Diretoria, no valor total de R$ 220.887,45.Declarações: Os membros do Conselho de Administração eleitos nesta Assembléia declaram, sob as penas da Lei, que não estão sendoprocessados e nem foram condenados por crimes que impeçam o exercício de atividades mercantis. Encerramento: E, nada mais havendoa tratar, foram encerrados os trabalhos, dos quais se lavrou, a presente ata que, lida e achada conforme, vai assinada pelos presentes. (aa)Presidenta: Maria do Rosário Fischer; Secretário: Julio Alvarez Boada. Acionistas presentes e Conselheiras eleitas: (aa) CitrosucoInternational N.V., neste ato representada por seus diretores Tales Lemos Cubero e José Lopes Celidônio; Maria do Rosário Fischer; BiancaHelena Fischer de Moraes; Ana Luisa Fischer Marcondes Ferraz; Alessandra Fischer de Souza Santos; e Renata Fischer Fernandes.Certificamos que a presente Ata é cópia fiel da original lavrada no livro competente. Matão (SP), 01/08/2011. Maria do Rosário Fischer -Presidenta, Julio Alvarez Boada - Secretário. JUCESP nº 342.701/11-3 em 30/08/2011. Kátia Regina Bueno de Godoy - Secretária Geral.

Fischer S/A - AgroindústriaCNPJ nº 52.311.529/0001-20 - NIRE nº 35.300.021.703

Ata da Reunião do Conselho de Administração Realizada em 01/08/2011Dia, hora e local: 01/08/2011, às 11:00 hs, na sede social, na R: João Pessoa, 305, na cidade de Matão (SP). Presença: Presente atotalidade dos membros deste Conselho de Administração. Mesa Dirigente: Maria do Rosário Fischer - Presidenta e Julio Alvarez Boada- Secretário. Deliberações Tomadas, por unanimidade dos votos dos Conselheiros e s/reservas: (i) - Nos termos do Art. 15 doEstatuto Social desta Sociedade, a Sra. Maria do Rosário Fischer foi eleita p/ocupar o cargo de Presidenta do Conselho de Administração;(ii) - Nos termos do Art. 18 do Estatuto Social desta Sociedade, eleger p/a Diretoria, com mandato por 2 anos, os seguintes membros: TalesLemos Cubero, brasileiro, casado, industriário, portador da carteira de identidade RG nº 4.161.907 SSP/SP e CPF nº 193.666.208-68 -Diretor Presidente; José Lopes Celidônio, brasileiro, casado, industriário, portador da Carteira de Identidade RG nº 6.333.432 SSP/SP eCPF nº 762.458.618-53 - Diretor Executivo; e Ronaldo Marfori Sampaio, brasileiro, solteiro, economista, portador da carteira de identidadeRG nº 17.319.799 SSP/SP, inscrito no CPF sob o nº 051.089.528-05 - Diretor Executivo. (ii.i) - Os Diretores eleitos tomarão posse de seuscargos nesta data. Firmarão o termo de posse no “Livro de Atas de Reunião da Diretoria”. Declarações: Os Diretores eleitos nesta Reuniãodeclaram, sob as penas da Lei, que não estão sendo processados e nem foram condenados por crimes que impeçam o exercício deatividades mercantis. Encerramento: Nada mais havendo a tratar e como nenhum dos membros do Conselho de Administração houvessedesejado fazer qualquer pronunciamento, foi lavrada a presente Ata, que lida e achada conforme, foi assinada por todos os presentes. (aa)Maria do Rosário Fischer - Presidenta e Julio Alvarez Boada - Secretário; Maria do Rosário Fischer; Bianca Helena Fischer de Moraes;Ana Luisa Fischer Marcondes Ferraz; Alessandra Fischer de Souza Santos; e Renata Fischer Fernandes. Diretores eleitos: Tales LemosCubero; José Lopes Celidônio; e Ronaldo Marfori Sampaio. Certificamos que a presente Ata é cópia fiel da original lavrada no livrocompetente. Matão (SP), 01/08/2011. Maria do Rosário Fischer - Presidenta; Julio Alvarez Boada - Secretário. JUCESP nº 342.697/11-0em 30/08/2011. Kátia Regina Bueno de Godoy - Secretária Geral.

Fischer S/A - Comércio, Indústria e AgriculturaCNPJ nº 33.010.786/0001-87 - NIRE nº 35.300.040.724

Ata da Reunião do Conselho de Administração Realizada em 01/08/2011Dia, hora e local: 01/08/2011, às 09:00 hs., na R. João Pessoa, 305, na cidade de Matão-SP. Presença: Presente a totalidade dosmembros deste Conselho de Administração. Mesa Dirigente: Maria do Rosário Fischer - Presidenta e Julio Alvarez Boada - Secretário.Deliberações tomadas, por unanimidade dos votos dos Conselheiros e s/reservas: Nos termos do Art. 14 do Estatuto Social, elegerp/a Diretoria, c/mandato por 2 anos, os seguintes membros: Tales Lemos Cubero, brasileiro, casado, industriário, portador da carteira deidentidade RG nº 4.161.907 SSP/SP e CPF nº 193.666.208-68 - Diretor-Presidente; José Lopes Celidônio, brasileiro, casado, industriário,portador da Carteira de Identidade RG nº 6.333.432 SSP/SP e CPF nº 762.458.618-53, Diretor; e Ronaldo Marfori Sampaio, brasileiro,solteiro, economista, portador da carteira de identidade RG nº 17.319.799 SSP/SP, inscrito no CPF sob o nº 051.089.528-05 - Diretor.Os Diretores eleitos tomarão posse de seus cargos nesta data. Firmarão o termo de posse no “Livro de Atas de Reunião da Diretoria”.Declarações: Os Diretores eleitos nesta Reunião declaram, sob as penas da Lei, que não estão sendo processados e nem foramcondenados por crimes que impeçam o exercício de atividades mercantis. Encerramento: Nada mais havendo a tratar e como nenhum dosmembros do Conselho de Administração houvesse desejado fazer qualquer pronunciamento, foi lavrada a presente Ata, que lida e achadaconforme, foi assinada por todos os presentes. (aa) Maria do Rosário Fischer - Presidenta e Julio Alvarez Boada - Secretário; Maria doRosário Fischer; Bianca Helena Fischer de Moraes; Ana Luisa Fischer Marcondes Ferraz; Alessandra Fischer de Souza Santos; e RenataFischer Fernandes. Diretores eleitos: Tales Lemos Cubero; José Lopes Celidônio; e Ronaldo Marfori Sampaio. Certificamos que a presenteAta é cópia fiel da original lavrada no livro competente. Matão (SP), 01/08/2011. Maria do Rosário Fischer - Presidenta; Julio AlvarezBoada - Secretário. JUCESP nº 342.702/11-7 em 30/08/2011. Kátia Regina Bueno de Godoy - Secretária Geral.

Fischer S/A - Comércio, Indústria e AgriculturaCNPJ nº 33.010.786/0001-87 - NIRE nº 35.300.040.724

Ata da Reunião do Conselho de Administração Realizada em 03/08/2011Dia, Hora e Local: 03/08/2011, às 10:00 hs, na R: João Pessoa, 305, na cidade de Matão-SP. Presença: Presente a totalidade dosmembros deste Conselho de Administração. Mesa Dirigente: Maria do Rosário Fischer - Presidenta e Sérgio Adriano Gomes Machado- Secretário. Deliberações Tomadas, por Unanimidade dos Votos dos Conselheiros e sem Reservas: Nos termos do art. 14 doEstatuto Social desta Sociedade: (i) autorizar a constituição de penhor de 40.000 toneladas de suco de laranja concentrado de propriedadedesta Sociedade em favor do Banco Itaú BBA S.A., correspondente a uma Cédula Rural Pignoratícia a ser firmada por esta Sociedade;e (ii) em consequência, ficam os membros da diretoria autorizados a promover todos os atos necessários p/a efetivação da deliberação oraaprovada. Encerramento: Nada mais havendo a tratar e como nenhum dos membros do Conselho de Administração houvesse desejadofazer qualquer pronunciamento, foi lavrada a presente Ata, que lida e achada conforme, foi assinada por todos os presentes. (aa) Maria doRosário Fischer - Presidenta e Sérgio Adriano Gomes Machado - Secretário; Maria do Rosário Fischer; Bianca Helena Fischer de Moraes;Ana Luisa Fischer Marcondes Ferraz; Alessandra Fischer de Souza Santos; e Renata Fischer Fernandes. Certificamos que a presente Ata écópia fiel da original lavrada no livro competente. Matão (SP), 03/08/2011. Maria do Rosário Fischer - Presidenta; Sérgio Adriano GomesMachado - Secretário. JUCESP nº 342.703/11-0 em 30/08/2011. Kátia Regina Bueno de Godoy - Secretária Geral.

Fischer S/A - Comércio, Indústria e AgriculturaCNPJ nº 33.010.786/0001-87 - NIRE nº 35.300.040.724

Ata da Reunião do Conselho de Administração Realizada em 29/07/2011Dia, Hora e Local: 29/07/2011, às 15:00 hs, na sede social, na R: João Pessoa, 305, na cidade de Matão (SP). Presença: Presente atotalidade dos membros deste Conselho de Administração. Mesa Dirigente: Maria do Rosário Fischer - Presidenta e Julio Alvarez Boada- Secretário. Deliberações Tomadas, por Unanimidade dos Votos dos Conselheiros e s/Reservas: Autorizar os diretores Srs. TalesLemos Cubero e José Lopes Celidônio, a representarem esta Sociedade na AGE da Fischer S.A. - Agroindústria e da Citrosuco ServiçosPortuários S.A. a serem realizadas no mês de 08/2011, a fim de deliberar e aprovar a eleição do Conselho de Administração a ser compostopelas Sras. Maria do Rosário Fischer; Bianca Helena Fischer de Moraes; Ana Luisa Fischer Marcondes Ferraz; Alessandra Fischer deSouza Santos; e Renata Fischer Fernandes. Encerramento: Nada mais havendo a tratar e como nenhum dos membros do Conselho deAdministração houvesse desejado fazer qualquer pronunciamento, foi lavrada a presente Ata, que lida e achada conforme, foi assinada portodos os presentes. (aa) Maria do Rosário Fischer - Presidenta e Julio Alvarez Boada - Secretário; Maria do Rosário Fischer; BiancaHelena Fischer de Moraes; Ana Luisa Fischer Marcondes Ferraz; Alessandra Fischer de Souza Santos; e Renata Fischer Fernandes.Certificamos que a presente Ata é cópia fiel da original lavrada no livro competente. Matão (SP), 29/07/2011. Maria do Rosário Fischer -Presidenta; Julio Alvarez Boada - Secretário. JUCESP nº 342.700/11-0 em 30/08/2011. Kátia Regina Bueno de Godoy - Secretária Geral.

SEAC-SP Sindicato das Empresas de Asseioe Conservação no Estado de São Paulo

C.N.P.J. nº 62.812.524/0001-34Assembléia Geral Extraordinária - Edital de Convocação

Pelo presente edital, ficam os associados quites e em pleno gozo de seus direitos sindicais,convocados para a Assembléia Geral Extraordinária, a realizar-se em 1ª Convocação no dia 13de setembro de 2011, na sede social do SEAC-SP, situada à Av. República do Líbano, 1.204 -Jd. Paulista-SP, em 1ª convocação às 16:30 (dezesseis e trinta horas) e não havendo quorumem 2ª Convocação às 17:00 (dezessete horas), para discutirem, deliberarem sobre a seguinteordem do dia: a) Negociações Coletiva de Trabalho 2012 para base territorial no Estado de São Paulo,exceto os da base territorial de Ribeirão Preto e ABCMRP; b) Assuntos Gerais.

São Paulo, 05 de setembro de 2011. Rui Monteiro Marques - Presidente

Indústria demite e paralisa produçãoRo

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Na Ford, a unidade de Taubaté terá sua produção interrompida, assim como em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.

Adesaceleração noconsumo e o au-mento dos esto-ques já provocam

demissões em vários setoresda indústria. Ontem, a LGElectronics cortou 200 traba-lhadores da sua fábrica de ce-lulares e monitores de Tauba-té (SP). Além disso, a empresamantém 800 funcionários emlicença remunerada até estasexta-feira.

A interrupção na produçãofez duas empresas que forne-cem componentes para celu-lares anunciarem cortes de40% no quadro de pessoal. Deacordo com o diretor do Sindi-cato dos Metalúrgicos de SãoJosé dos Campos e Região, Ed-mir Marcolino da Silva, a BlueTech, que emprega 200 traba-lhadores e a Sun Tech, com270, estão planejando demitir,depois de terem dado fériascoletivas aos funcionários.

Já as montadoras tentam re-duzir a produção de veículos,aproveitando o feriado de ama-nhã para suspender o trabalhonesta semana e ajustar os esto-ques à demanda menor. A Forde a Volkswagen vão concederfolgas coletivas nas fábricas emTaubaté, no interior de São Pau-lo, a partir desta semana.

Segundo o Sindicato dosMetalúrgicos de Taubaté e Re-gião, cerca de 4,6 mil dos 5,6mil funcionários da Volkswa-gen não trabalharão até sexta-feira. A montadora tambémvai paralisar a produção nestasemana na fábrica em São Josédos Pinhais, na região metro-politana de Curitiba. Na uni-dade da Volks do ABC paulistacerca de 10 mil trabalhadoresvão emendar o feriado de 7 desetembro até sexta-feira. NaScania de São Bernardo doCampo, 2,8 mil trabalhadoresestão de folga desde ontem eretornam na quinta-feira.

Na Ford, de acordo com a as-sessoria de imprensa, as para-das na produção em Taubatéserão de aproximadamenteduas semanas para 1,3 mil dos1,6 mil empregados.

Já os 300 funcionários da GMem São José dos Campos (SP),que tiveram férias coletivaspor duas semanas, voltaram

ao trabalho ontem. No perío-do, a empresa deixou de pro-duzir 1,5 mil veículos.

Na unidade de Gravataí(RS), a montadora suspendeudois sábados de produção emagosto e um em setembro.

Com isso, a empresa deixoude fabricar 2,3 mil veículos. Emjulho havia cerca de 6,8 milunidades no pátio da empresa,enquanto o número normal éde 3,5 mil a 4 mil.

Os metalúrgicos da Fiat deBetim (MG) folgam três diasnesta semana e voltam só naquinta-feira. A montadora ne-ga que a parada temporária se-ja reflexo da desaceleração nasvendas, mas admite que a cha-mada "ponte" ajuda a promo-ver ajuste nos estoques, hoje nacasa de 22 mil veículos.

Cascata – A freada no ritmodas fábricas já tem impacto nasprodutoras de autopeças, queanunciaram férias coletivas. AAutometal, por exemplo, quefabrica componentes parafreio em Taubaté (SP), progra-

mou férias coletivas para 420trabalhadores entre 12 de se-tembro e 11 de outubro, infor-ma o Sindicato dos Metalúrgi-cos de Taubaté. Em São Josédos Campos (SP), Trelleborg,fabricante de autopeças deuférias coletivas entre 1 e 10 desetembro, informa o sindicatolocal de metalúrgicos

Baixa – O financiamento deveículos está crescendo a taxasmenores e com inadimplênciamaior, segundo dados divul-gados pela Associação Nacio-nal das Empresas Financeirasdas Montadoras (Anef).

O segmento fechou julhocom saldo total de R$ 196,2 bi-lhões, crescimento de 14,6% nacomparação com julho de2010, abaixo da taxa de expan-são do ano passado ante 2009,que foi de 18,1%. Em julho anteo mês anterior, a alta foi de0,7%, abaixo de junho antemaio, de 1%

A Anef atribui a redução doritmo de crescimento das ven-das ao impacto das medidas de

contenção do consumo adota-das pelo governo. Para 2011, aestimativa é de que a carteira definanciamento tenha um de-sempenho menor, com um au-mento de 10%. A alta da taxabásica de juros, a Selic, paraconter a inflação contribuiu pa-ra aumentar a inadimplência.

Nesse cenário, alguns ban-cos resolveram colocar o pé nofreio. O Itaú Unibanco, porexemplo, ficou mais conserva-dor e reduziu o ritmo de apro-vações nos últimos meses. Noano passado, cerca de 60% a70% das propostas de créditopara financiar veículos que obanco recebia eram aprova-das. Neste ano, esse percentualcaiu para 35% a 40%. A institui-ção espera que a carteira deveículos cresça entre 5% e 10%em 2011.

No segmento de financia-mento a veículos, o Crédito Di-reto ao Consumidor (CDC) se-gue na preferência do compra-dor e registrou aumento de37% em julho ante igual mês de

2010. Por outro o lado, o lea-sing continua perdendo espa-ço e o saldo recuou 34,1% nomesmo período.

No mês de julho, o saldo decrédito para aquisição de veí-culos respondeu por 5% doProduto Interno Bruto (PIB) e10,6% do total do crédito doSistema Financeiro Nacional.Do montante de empréstimosa pessoa física, a linha repre-senta 32,4%.

Inadimplência – O númerode falta de pagamentos em diaapresentados neste segundosemestre segue em cresci-mento, diferente da expectati-va da Anef. O saldo de ina-dimplentes no CDC de veícu-los para pessoa física, comatrasos acima de 90 dias, pas-sou de 3,8% em junho para 4%no mês seguinte. Em julho de2010, era de 3,4%.

Com relação ao prazo mé-dio do crédito, nos novos con-tratos, os planos de financia-mento fecharam com a médiade 43 meses. (AE)

As razões para estrear no Brasil incluem o expressivo crescimento econômico.Reed Hastings, fundador da Netflixeconomia

Com alta no volume de estoques, empresas começam a dar folga remunerada aos empregados. Medidas provocam efeito cascata que atinge fornecedores.

Netflix noBrasil a R$14,99

Agigante americanaNetflix iniciou ontemno Brasil o serviço de

assinatura mensal de vídeoson-line por R$ 14,99.

O serviço permitirá aosusuários assistirem aos fil-mes pela internet e tambémpor equipamentos conecta-dos, como consoles de vi-deogame e TVs. Entre os con-teúdos licenciados estão sé-ries de estúdios como Para-mount, Sony e ABC.

Para divulgar a marca, a Net-flix oferecerá um mês de assi-natura gratuita. A empresa fe-chou a licença da série "Polícia24 Horas" com a TV Bandeiran-tes. Amanhã, a Netflix estreiana Argentina, Paraguai e Uru-guai. "As razões para estrearno Brasil incluem o expressivocrescimento econômico e apaixão por vídeos", disse ReedHastings, fundador da compa-nhia. (Fo l h a p re s s )

Aluguel temalta de 6%

Ovalor médio dos alu-guéis residenciaisnovos na cidade de

São Paulo subiu 6%, paraR$ 1,7 mil em média, no se-gundo trimestre ante o pri-meiro, de acordo com levan-tamento realizado pela LelloImóveis. O volume de novoscontratos cresceu na mesmaproporção no período.

A maior busca é por imó-veis menores, próximos a es-tações de metrô e a oferta deserviços, como escolas. Omodelo de garantia mais re-corrente fo i o de f iador(55%), seguido por seguro-fiança (37%) e caução (6%).

Segundo o estudo, do to-tal de contratos de abril a ju-lho, 71% foram fechados me-nos de cinco semanas após oimóvel estar disponível paralocação. (Ag ê n c i a s )

Page 16: Diário do Comércio

terça-feira, 6 de setembro de 201116 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Não haverá economia verde sem agricultura verde.Alexander Muller, assistente do diretor-geral da FAOeconomia

Itália poderá ter notade risco rebaixada

Mercado jáantecipa possívelrebaixamento daclassificação de

risco da Itália,enquanto o país

corre paraaprovar cortes degastos. O Senado

italiano começahoje a debater

pacote deausteridade.

Obanco Société Gé-nérale afirmou queas principais agên-cias de classifica-

ção de risco (Moody's, Stan-dard & Poor's e Fitch) devemcortar a nota da Itália. Os prin-cipais motivos seriam as fracasprevisões macroeconômicas epara o orçamento, e incertezassobre a capacidade do país deconseguir financiamentos.

A Moody's disse, por meiode um porta-voz, que seu ra-ting Aa2 para a Itália conti-nua passível de ser novamen-te reduzido. Ela colocou o ra-ting Aa2 da Itália em revisãopara possível rebaixamentoem 17 de junho, a S&P alterou

sua perspectiva para o ratingA+ para negativa em 20 demaio, e a Fitch mantém a notaAA com perspectiva estável.

Pacote – O Senado da Itáliacomeçará a debater hoje o pa-cote de austeridade propostopelo governo do primeiro-mi-nistro Silvio Berlusconi, o qualprevê cortes de 45,5 bilhões deeuros em 2011 e 2012 paraequilibrar o orçamento e acal-mar o mercado financeiro.

O presidente da Itália, Gior-gio Napolitano, fez um apeloontem para que os políticosdeixem de lado suas divergên-cias e aprovem o plano de aus-teridade, uma vez que a Itáliaagora está no olho do furacão

da crise da dívida na Europa.Napolitano disse que é "urgen-te e indispensável" que o go-verno da Itália recupere a con-fiança dos investidores.

Ele rechaçou os pedidos pa-ra que a administração de Sil-vio Berlusconi apresse seu cro-nograma para aprovar as me-didas de cortes orçamentários,e afastou as críticas segundo asquais o pacote não seria sufi-ciente para retirar o país da tur-bulência. As medidas foramalvo de protestos em Milão, emfrente à bolsa de valores.

Recessão – O presidente daComissão Europeia (CE), JoséManuel Barroso, disse ontemnão achar que o bloco venha a

sofrer contração econômica, adespeito da evidência de desa-celeração em algumas das eco-nomias mais fortes da região.

A declaração foi dada apósum fim de semana de avalia-ções negativas sobre as econo-mias europeia e mundial. Tan-to o presidente do Banco Mun-dial, Robert Zoellick, quanto achefe do Fundo Monetário In-ternacional (FMI), ChristineLagarde, alertaram para os ris-cos de uma recessão mundial.

N a A l e m a n h a , a C o r t eConstitucional anunciaráamanhã sua decisão sobre a le-galidade ou não da participa-ção do país em pacotes de aju-da a outras nações. (Agências)

Economist visita PIBs do País

Arevista britânica Th eEconomist p u b l ic o uontem, em sua página

na internet, um gráfico no qualcomparou o Produto InternoBruto (PIB) dos estados brasi-leiros ao resultado de outrospaíses. E chegou à compara-ções interessantes – comoquando emparelhou a dimen-são das economias do Estadode São Paulo à da Polônia, ou

comparou o Rio Grande do Sulao rico Catar.

Os estados da região Nor-deste tiveram seus PIBs com-parados a países como Cam-boja (Sergipe), Afeganistão(Alagoas), Guatemala (Per-nambuco), Jamaica (tanto Pa-raíba quanto Rio Grande doNorte), Letônia (Ceará), Mace-dônia (Piauí) e El Salvador(Maranhão).

O Rio de Janeiro foi colocadoao lado de Cingapura, e MinasGerais, da Hungria. O site trou-xe também a comparação porPIB per capita nas unidades daFederação. Apesar de criativo edemonstrar um aumento no in-teresse pelas diferenças regio-nais em um país emergente, ográfico recebeu críticas dos in-ternautas por apresentar dadosdesatualizados, de 2008.

FAO sugere multaspara conter emissões

Os governos devemusar multas esubsídios financeiros

para desencorajar práticasagrícolas com pesada emissãode carbono, disse ontem oassistente do diretor-geral daOrganização das NaçõesUnidas para Agricultura eAlimentação (FAO),Alexander Muller, em umac o n f e rê n c i a .

Ele informou que osparlamentares precisam criarum sistema global para tornara agricultura mais amigávelao meio ambiente, bem comomais produtiva. "Não haveráeconomia verde semagricultura verde. Já hádivergências entre os paísesdesenvolvidos e os emdesenvolvimento; a principalquestão é estabelecer aestrutura correta."

A agricultura é um dossetores que mais poluem nomundo, já respondendo porcerca de 30% das emissões degases do efeito estufa. Foraisso, a população global devecrescer para mais de 9 bilhõesaté 2050 – exigindo umaumento de 70% na produçãode alimentos – e, com maispessoas consumindoprodutos de agriculturaintensiva como a carne, talimpacto deve aumentar.

Em um novo relatóriodivulgado em conjunto com aOrganização para a

Cooperação eDesenvolvimento Econômico(OCDE), a FAO recomendouque os impostos poderiam serusados para impor "oprincípio de responsabilidadepor meio de cobranças eregulamentos" na produçãode alimentos, como é o casode outras indústrias queemitem muito carbono.

Queimada – A crisemundial dificultará asnegociações para que ospaíses que mais emitemdióxido de carbono (CO2)compensem financeiramenteas nações emdesenvolvimentocomprometidas com a

preservação de suas florestas,disseram ontemrepresentantes daConfederação da Agriculturae Pecuária do Brasil (CNA).

As compensações serãodiscutidas na 17ª Conferênciadas Nações Unidas sobreMudança Climática (COP-17),que acontecerá em Durban(África do Sul) em dezembro.Mas, segundo a CNA, hápoucas possibilidades de seavançar nesse tema. "Nãoestamos otimistas, com a criseinternacional ninguém querfalar em reduzir a produção eemitir menos CO2", disse apresidente da entidade, asenadora Kátia Abreu. (EFE)

I n s e g u ra n ç aglobal derruba

os mercados

Os temores com rela-ção ao rebaixamen-to da nota de risco da

Itália pelas agências classifi-cadoras, as incertezas comrelação à crise da dívida naEuropa e o fraco desempe-nho da economia nor te-americana fizeram com queas bolsas europeias despen-cassem nesta segunda-feira.O índice FTSEurofirst 300 fe-chou em baixa de 4,06%, en-quanto o indi-cador de ban-cos Stoxx Eu-rope 600 caiu5,11%.

"Não sabe-mos o tama-nho das acu-sações. Na fal-ta de certeza,a s p e s s o a svendem pri-m e i r o e d e-pois fazem asp erguntas" ,disse o presidente do depar-tamento de ações interna-cionais da Legal & General,Ian King. Embora os preçosdos papéis pareçam baratos,uma combinação de fatores,incluindo a crise de dívida nazona do euro, leva investido-res a evitarem risco, segun-do avaliou King.

Em Londres, o índice FTSE300 fechou em baixa de3,58%, assim como o Dax,de Frankfurt, recuou 5,28%.Em Paris, o CAC-40 apresen-tou perdas de 4,73%, en-quanto o FTSE/Mib, de Mi-lão, retrocedeu 4,83%. Tam-

bém apresentaram desva-lorização os indicadores dasbolsas de Madri (4,69%) eLisboa (2,82%).

Em razão do feriado doDia do Trabalho, a bolsa deNova York não teve pregãonesta segunda-feira.

Ásia – A tendência de que-da verificada na Europa já ha-via sido antecipada no iníciodo dia, quando fecharam asbolsas asiáticas.

O índice domercado ja-ponês Nikkeicaiu 1 ,86%,enquanto oM S C I d a re-gião Ásia-Pa-c í f i c o ( c o mexceção doJapão) perdia3,08%. Os se-tores de ma-tér ias-primase de tecnolo-gia tiveram as

maiores quedas do MSCI,perdendo entre 3,5 e 4,5%.

O índice de Seul desabou4,39%. O mercado se desva-lorizou 2,95% em Hong Konge 2,65% em Taiwan, ao passoque o indicador referencialde Xangai apresentou per-das de 1,96%. Cingapura en-cerrou em queda de 2,46% eSydney recuou 2,38%.

"Os investidores estran-geiros devem permaneceravessos a risco e inativos",avaliou Mitsushige Akino,gestor de fundos da IchiyoshiInvestment Management,em Tóquio. (Re u te r s )

Em Milão, manifestantes protestaram contra novo pacote de medidas de austeridade econômica do governo.

Stefano Rellandini/Reuters

A agricultura mundial responde por 30% das emissões de gases

Ognen Teofilovski/Reuters

4,06por cento foi a

desvalor izaçãode ontemdo índice

FTSEurofirst 300

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terça-feira, 6 de setembro de 2011 17DIÁRIO DO COMÉRCIO

nformática

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Ainda é melhor que celularQuem gosta de fotografia investe em equipamentos

que ofereçam mais recursos e precisão

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SÉRGIO VINÍCIUS

Com o crescimento do mercado desmartphones e com esses aparelhosincluindo diversas funções sob suasasas – como GPSs, players de áudio

e vídeo, filmadoras –, o consumo por apare-lhos de fotografia para o público final tem de-caído. Por conta disso, fabricantes têm se es-merado em colocar nas prateleiras máquinasfotográficas que possam fazer frente aos celu-lares, com equipamentos cada vez mais esper-tos e versáteis.

Dentro desse panorama, as principais em-presas do mercado se arriscam de formas di-ferentes com relação aos seus últimos lança-mentos. A Olympus, por exemplo, aposta emum produto de baixo custo e fácil de usar (es-tamos falando da câmera VG 120). Já a Fuji-film, por meio da HS20, coloca nas prateleirasuma câmera robusta, com mil e uma funções eum tanto quanto cara. Por fim, a Kodak tentaengrenar com um equipamento de preço mé-dio, muito zoom e sua tradição, com a Ea-syShare Max Z990.

ODiário do Comércioavaliou os três mode-los e gostou do que viu. Confira os testes.

Entre as câmeras testadas pelo DC, a FinePix HS20 da Fujifilm mostrou-se idealpara usuários que não querem um celular para bater fotos.

GADGETS

Sony terátablets até ofim do ano

ASony ingressa no mundo dotablets com dois modelos

Android prometidos para chegaremaos mercados europeu e norte-americano até o fim do ano. Umdeles, o modelo P, tem 5,5

polegadas e vem noformato de livro,podendo ser fechado,com Wi-Fi, conexão derede 4G, peso de 370gramas. Ele traz duascâmeras e 3 GB dememória. O outroaparelho, da linha S,tem design curvo paraser segurado com umasó mão. A tela é de 9,4polegadas e virá emversões de 16 e 32 GB.Eles terão serviçosgratuitos de streamingde filmes e vídeos erodarão jogos doPlaystation. Preçosprevistos de US$ 499a US$ 599.

APLICATIVOS

Totvs usa realidade aumentada em tablets

ATotvs lançou oaplicativo Aurasma

Lite com recurso derealidade aumentadapara divulgar a marca emtablets e smartphones. Oaparelho precisa ter umaversão recente dosistema operacional iOS eAndroid (2.2 ou superior).Ao apontar a câmera para o logo daTotvs em banners, outdoors, cartõesde visita ou anúncios impressos, ousuário acessa um vídeo.

O Aurasma reconhece imagens eobjetos do mundo real e os associaa um conteúdo relevante(animações, músicas, sites, vídeos).

GADGETS

Dicionário na pontada caneta

Acaneta Quicktionary, deinglês/português e

inglês/espanhol, é útil para quemestá numa reunião de negócios eprecisa traduzir expressões outermos técnicos rapidamente. Anova versão do Quicktionary TS, daWiz Com Technologies/Positivo,permite ao usuário passar a pontada caneta sobre o texto e obter, natela, a tradução do inglês para oportuguês ou espanhol e vice-versa.Ele traz novas funções, como oáudio da pronúncia no outroidioma. Por R$ 399,90.

TECNOLOGIA

Fogão paraslow food

Este fogão celular Sous-vide é umdos finalistas do concurso

Electrolux Design Lab 2011. Foidesenvolvido na Hungria e inspiradona tendência slow food degastronomia. Um softwarepersonalizado e um conectado aofogão ajudam no planejamento docardápio uma semana antes eauxiliam na compra dos ingredientes.Os alimentos são vedados em sacosplásticos e mantidos em banho-mariaa uma temperatura muito mais baixado que a utilizada normalmente paracozinhar (60 graus).

FinePix HS20

A FinePix HS20 daFUJIFILM é o modelomais caro entre as semiprofissionais avaliadas.Com preço sugerido deR$ 2,5 mil, oequipamento é tambémo mais certeiro parausuários que nãoquerem um celular quetambém bata fotos.

O equipamento temdois pontos altamentepositivos: um superzoomde 30x e um sensor quegarante imagens deexcelente qualidade,independentemente daqualidade da iluminaçãodo local.

A FinePix HS20 tem resolução de 16 Mpixels, tela de LCDde 3 polegadas (e 460 mil pixels) e tem suporte a 11 fotospor segundo em alta qualidade (8 Mpixel). Vale a aquisiçãose o usuário quiser um equipamento quase profissional ese tiver alguma familiaridade (mesmo que intermediária)com fotografia, já que, com muitos recursos, apresenta altacurva de aprendizado para que a pessoa domineplenamente o equipamento.

Olympus VG 120

Eis uma câmera para quem deseja um equipamento fácil de usar, a umpreço semelhante ao de um smartphone (R$ 500) e com algumas funçõesque se sobressaem às máquinas fotográficas agregadas a telefonesinteligentes. Compacta, a VG 120 tem 14 Mpixel e permite a filmagem devídeos em alta definição. A tela, de LCD de 3 polegadas, apresenta osrecursos e as obras realizadas pelo usuário de forma bastante intuitiva, oque agrada a usuários que não têm grande familiaridade com fotografias.

Por falar em experiência e didatismo, o ponto forte da máquina daOlympus é mesmo a simplicidade em operá-la. O equipamento contacom sete opções de filtros para as fotos, que podem facilmente serescolhidos com um ou dois cliques no equipamento. Outro recursointeressante (e um pouco curioso) é o Mascote. Trata-se de umaformatação da máquina em que ela fica especialmente preparada paratirar fotos de animais domésticos (como cães e gatos) em movimento.

EasyShare Max Z990

Modelo mais cumpridor entre osavaliados, a Kodak EasyShare Max Z990 é

também a que tem o preço no patamarmediano: custa R$ 1.100. Com 12 Mpixel deresolução máxima, o modelo tem zoom de

30x e grava vídeos em full HD. Oequipamento pode agradar tanto a

usuários leigos (já que tem boa porta dasfunções padrão ajustadas de formaautomática) como aqueles que desejamum equipamento mais personalizado.Isso porque boa parte dos recursostambém podem ser acionados eacertados de forma manual. As imagenscapturadas pela EasyShare são muitonítidas, com excelente resolução. Deacordo com o fabricante, isso ocorreporque seu sensor é do tipo CMOSS, enão CCD. Qualquer que seja a explicação,embora tenha a menor capacidade deresolução entre as avaliadas, em imagensmedianas, é a que melhor representa osobjetos fotografados.

Page 18: Diário do Comércio

terça-feira, 6 de setembro de 201118 DIÁRIO DO COMÉRCIO

nformática

Sergio [email protected]

Um novo jeitode comprar pelo

celular

Para quem estácom pressa, basta

entrar na loja,gravar no celular os

códigos dosprodutos, pagar ereceber em casa

BARBARA OLIVEIRA

Como o consumidor bra-sileiro é muito recepti-vo às novas tecnolo-gias, os fornecedores de

soluções ampliam as ofertas paraque os varejistas possam atender aesse público. A That One Consul-ting acaba de lançar um aplicativode leitura de códigos de barras 2De QRcode para celulares e tablets.Com ele é possível usar o aparelhomóvel para escolher as compras epagar por elas em supermercados,lojas de materiais de construção eoutros segmentos que já dispo-nham desses códigos nas gôndo-las e em catálogos de papel e ele-trônicos, e receber em casa.

O M-Shop foi desenvolvido emparceria com a Artech, especiali-zada em softwares e aplicativosmóveis. Segundo o diretor-execu-tivo da That One, Denis Furtado, oaplicativo pode ser baixado gra-tuitamente das lojas da Apple,BlackBerry ou Android. A estraté-gia de marketing dos varejistas se-rá entregar a ferramenta para seusclientes ampliando a oferta aoc o n s u m i d o r.

Com a solução embarcada, ousuário aponta a câmera digitaldo aparelho (tablet ou celular) pa-ra o código de barras do produtoou da gôndola, armazena essa in-formação no portátil e efetua o pa-gamento no caixa ou pelo smart-phone (se ele estiver comprandopor um catálogo eletrônico, porexemplo), sem precisar empurrarcarrinho na loja. "Quando finali-zar a compra, o aplicativo forneceum número do pedido ao caixa pa-ra o pagamento". O consumidor

pode pedir para receber as merca-dorias em casa.

"Quem não quiser carregar pe-so, empurrar carrinho porque estácom pressa, mas, mesmo assim,deseja visualizar e tocar no produ-to, esta é uma solução adequada,lembra Furtado. Além disso, oaplicativo ajuda a vender maisporque sugere produtos extras ba-seado no gosto do usuário. A ThatOne está negociando a soluçãocom uma rede de supermercadose com outra de material de cons-trução, cujos nomes ainda não po-dem ser divulgados.

O varejista terá ainda a vanta-

gem de integrar o aplicativo ao seusistema de gestão para agilizar es-toques e emitir relatórios, inde-pendentemente do modelo utili-zado na empresa (SAP, Totvs, Ora-cle, etc.). "Estamos sugerindo aocomerciante a renovação de seuscatálogos em papel que ainda nãodisponham desses tipos de códi-gos estampados para serem lidospelos aparelhos portáteis.

"Sugerimos que eles adotemcódigos QR, que são mais fáceisde serem lidos e carregam muitosdados sobre o produto, com maisde 4 mil caracteres de informa-ções". Já os tradicionais códigos

2D são difíceis de serem lidosquando a câmera do celular nãodispõe de autofoco. "Isso não éuma panaceia para o varejista,pois o investimento não é elevadoe ele vai gerar menos frustraçãono consumidor".

O comerciante também podeampliar sua comunicação ofere-cendo catálogos eletrônicos e lojasvirtuais com gôndolas e códigos aserem visualizados na tela do ce-lular ou do PC. O aplicativo foi de-senvolvido com a ferramenta Ge-neXus, multiplataforma e em bre-ve estará disponível também paraWindows Phone.

Compras em queda

Pelo menos nos EUA, os sitesde compras sociais estãomostrando sinais de fadiga.

Segundo uma pesquisa da Expe-rian Hitwise, as visitas aos princi-pais sites de ofertas caíram 25% dejunho a agosto deste ano. E a em-presa de análise Compete indicaque o líder Groupon teve a primei-ra queda no tráfego de um mês aoutro. A comScore registrou que oGroupon e o LivingSocial registra-ram quedas no tráfego em junho.

Apesar dos números, a notícianão é exatamente uma surpresa. Atendência dos sites de ofertas edescontos para compras em grupoteve imenso crescimento nos últi-mos 12 meses, com uma explosãode novos sites. Agora, o consumi-dor está ficando saturado com tan-tas opções.As firmas que medem otráfego online exibem números di-ferentes para os dois líderes do se-tor, o Groupon e o LivingSocial.

Segundo a Experian, as visitas aoGroupon caíram 50% na semanapassada em comparação com a se-gunda semana de junho, enquan-to o LivingSocial teve aumento de27% no tráfego nesse período. ACompete diz que o Groupon teveuma queda de apenas 8,9% nas vi-sitas em julho, enquanto o Living-Social sofreu um declínio muitomaior, de 28%.

Já a comScore calcula que os visi-tantes únicos do Groupon caíram22% na semana passada, em compa-ração com o pico de visitas na sema-na de 12 de junho, enquanto o Li-vingSocial teria perdido 54% das vi-sitas no mesmo período. O líderGroupon, com 46% do total de visi-tas nos EUA, não comentou os nú-meros. O site está se preparando pa-ra abrir capital na bolsa de valores.

O porta-voz do LivingSocial dis-se que os números de tráfego nãosão o indicador mais relevante. Aempresa diz que está mais preocu-pada com a satisfação das empre-sas participantes e consumidores,e que esses indicadores permane-cem bastante fortes.

Fator sazonal – Segundo analis-tas do setor, a "sazonalidade" podeser o principal fator para a quedano tráfego. O verão é o período deférias e viagens, e ofertas locais dei-xam de ser relevantes para pessoasem trânsito. Por outro lado, háaqueles que só usam sites de com-pras sociais quando viajam: mora-dores de pequenas cidades fazemmais uso de ofertas quando visi-tam grandes metrópoles.

Atualmente, existem centenasde sites de ofertas diárias e promo-ções, e muitos mais oferecendo cu-pons e barganhas de todos os ti-pos. O analista da Experian Bill Tan-cer criou o termo "fadiga de in-box"para explicar o fenômeno: as caixasde emails entupidas de mensa-gens sobre promoções acabandocansando o consumidor.

Apesar desse cenário, os sites deofertas continuam exibindo bonsresultados. A Experian comparou otráfego dos principais sites entreagosto de 2010 e agosto deste ano,e concluiu que as visitas de usuá-rios americanos cresceram 163%em média. O LivingSocial teve au-mento de 358% nas visitas em umano, enquanto o Groupon regis-trou alta de 179%.

O porta-voz da comScore ob-servou que sempre existe volati-lidade nos mercados de varejoonline, mas os sites de comprascoletivas estão em uma trajetóriageral de alta.

Arte: ALFER