Diário do Comércio

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Ano 87 - Nº 23.528 Jornal do empreendedor R$ 1,40 Conclusão: 23h30 www.dcomercio.com.br São Paulo, terça-feira, 27 de dezembro de 2011 ISSN 1679-2688 9 7 7 1 6 7 9 2 6 8 0 0 8 2 3 5 2 8 HOJE Muitas nuvens e chuva a qualquer hora. Máxima 25º C. Mínima 17º C. AMANHÃ Pancadas de chuva à tarde e à noite. Máxima 27º C. Mínima 17º C. Troca de guarda: Brasil supera o Reino Unido. A economia brasileira passou para o 6º lugar, atrás dos EUA, China, Japão, Alemanha e França. A notícia chega ao 'reinado' de Dilma pelo jornal inglês The Guardian. O ministro Mantega, porém, admite que serão necessários até 20 anos para que alcancemos um padrão de vida europeu. Pág. 13 MAX. De 16 feriados, 5 serão feriadões. Além das 'pontes', agenda nacional de feriados e pontos facultativos de 2012 tem sete datas em segundas ou sextas-feiras. Pág. 13 Papai Noel faz as contas e parte para as liquidações Chico Ferreira/Luz L.C.Leite/Luz As consultas ao SCPC (vendas a prazo) tiveram alta de 1,9% entre 1º e 25 de dezembro em comparação com igual período de 2010. O resultado, nada extraordinário, confirma as previsões da ACSP. Nos shoppings, crescimento de 5,5% contra previsão de 6,5%. Pág. 11 Hora da troca, hora feliz. A cada 10 trocas de presentes de Natal, lojistas realizam até sete novas vendas. Pág. 11 Paulista: saem as renas, fica o palco. O 15º Réveillon na Paulista deve reunir mais de dois milhões de pessoas na avenida símbolo de São Paulo para a queima de fogos (de 15 minutos) e grandes shows. Pág.9 Sempre é data para um smartphone top O bom de cada um dos quatro celulares campeões de vendas, entre eles o Milestone 3 (foto). Pág. 15. Informática Divulgação De bom, este velhinho não tinha nada. Chico Ferreira/Luz Congelamento à vista Em Grapevine, capital do Natal no Texas, um homem vestido de Papai Noel matou 6 pessoas da sua família e depois se suicidou. Pág. 8 A presidente já pôs os pés na água Dilma de férias na praia de Inema, Bahia. Pág.7 Governador se reúne hoje com a equipe econômica para avaliar as perspectivas para 2012. Ele ainda não definiu o valor do contingenciamento, mas a expectativa é de que seja próximo ao do ano passado, de R$ 1,5 bilhão. Pág.6

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Diário do Comérico

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Ano 87 - Nº 23.528 Jornal do empreendedorR$ 1,40

Conclusão: 23h30 www.dcomercio.com.br São Paulo, terça-feira, 27 de dezembro de 2011

ISSN 1679-2688

9 771679 268008

23528HOJE

Muitas nuvens e chuva a qualquer hora.Máxima 25º C. Mínima 17º C.

AMANHÃPancadas de chuva à tarde e à noite.

Máxima 27º C. Mínima 17º C.

Troca de guarda:Brasil supera

o Reino Unido.A economia brasileira passou para o 6º lugar,

atrás dos EUA, China, Japão, Alemanha e França.A notícia chega ao 'reinado' de Dilma pelo jornalinglês The Guardian. O ministro Mantega, porém,

admite que serão necessários até 20 anos paraque alcancemos um padrão de vida europeu. Pág. 13

MA

X.

De 16 feriados,5 serão

fer iadões.Além das 'pontes',

agenda nacional deferiados e pontos

facultativos de 2012 temsete datas em segundasou sextas-feiras. Pág. 13

Papai Noelfaz as contas eparte para asliquidações

Chico Ferreira/Luz

L.C.Leite/Luz

As consultas ao SCPC (vendas a prazo)tiveram alta de 1,9% entre 1º e 25 de

dezembro em comparação com igualperíodo de 2010. O resultado, nada

extraordinário, confirma as previsões daACSP. Nos shoppings, crescimento de5,5% contra previsão de 6,5%. Pág. 11

Hora da troca, hora feliz.A cada 10 trocas de presentes

de Natal, lojistas realizamaté sete novas vendas. Pág. 11

Paulista:saem asrenas, ficao palco.O 15º Réveillon naPaulista deve reunirmais de dois milhõesde pessoas na avenidasímbolo de São Paulopara a queima defogos (de 15 minutos) egrandes shows. Pág. 9

Sempre é datapara umsmartphone topO bom de cada um dos quatrocelulares campeões de vendas,entre eles o Milestone 3 (foto).Pág. 15. Infor mática

Div

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ção

De bom, este velhinhonão tinha nada.

Chi

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ira/L

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Congelamento à vista

Em Grapevine, capital do Natal noTexas, um homem vestido de Papai

Noel matou 6 pessoas da sua família edepois se suicidou. P á g. 8

A presidente já pôsos pés na água

Dilma de férias na praia de Inema, Bahia. Pág. 7

Governador se reúne hoje com a equipe econômicapara avaliar as perspectivas para 2012. Ele aindanão definiu o valor docontingenciamento,mas a expectativa éde que seja próximoao do ano passado,de R$ 1,5 bilhão. Pág. 6

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terça-feira, 27 de dezembro de 20112 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Fundado em 1º de julho de 1924

Pre s i d e nteRogério Amato

V i ce - Pre s i d e nte sAlfredo Cotait NetoAntonio Carlos PelaCarlos Roberto Pinto MonteiroCláudio VazEdy Luiz KogutÉrico Sodré Quirino FerreiraFrancisco Mesquita NetoJoão de Almeida Sampaio FilhoJoão de FavariLincoln da Cunha Pereira FilhoLuciano Afif DomingosLuís Eduardo SchoueriLuiz Gonzaga BertelliLuiz Roberto GonçalvesNelson Felipe KheirallahNilton MolinaPaulo Roberto PisauroRenato AbuchamRoberto FaldiniRoberto Mateus Ordine

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opiniãoA verdade passará na Argentina, com ou sem mordaças, porque é da natureza humana lutar pela liberdade.

Roberto Fendt

A MORDAÇAA RG E N T I N A

ROBERTO

FENDT

A presidente CristinaKirchner está levando amelhor, por ora, na luta

para suprimir a liberdadede imprensa no país,

abrindo caminho paraeliminar a liberdade

de expressão.

Obtida a independên-cia das treze colôniasque viriam a consti-tuir-se nos futuros Es-

tados Unidos da América, cogitou-se oferecer a George Washington otítulo de rei do novo país. Sabedorda oferta, repeliu-a com firmeza,não aceitando qualquer benefícioda nação que ajudara a construir.Não fez parte sequer do governo,retornando à atividade de produ-tor rural em sua fazenda.

Para um homem do caráter deWashington não fazia qualquersentido uma revolução – que ha-via livrado os colonos de um rei –para somente colocar em seu lu-gar um outro monarca.

A grandeza dos Founding Fa-thers, os "pais fundadores" da re-pública americana, manifestou-sede inúmeras maneiras em inúme-ras ocasiões. Thomas Jefferson, oprimeiro presidente dos EUA,embora tivesse dito que "os anún-cios contêm as únicas verdadescom que se pode contar em um jor-nal", afirmou também que "nossaliberdade depende da liberdadede imprensa, que não pode ser li-mitada sem que a percamos".

Mais incisivo, em cartade 1787 a Edward Car-rington, afirmou Jef-

ferson que, "sendo a base de nos-sos governos a opinião do povo, oprimeiro objetivo deveria sermantê-la correta; e se competisse amim decidir se deveríamos ter umgoverno sem jornais ou jornaissem um governo, não hesitariaum só momento em preferir a se-gunda opção".

Lamentavelmente, não temosna América Latina em geral, e navizinha Argentina em particular,governantes com o caráter de umWashington ou de um Jefferson.

A presidente Cristina Kirchneracaba de levar a melhor em sua lu-ta para suprimir a liberdade de

imprensa no país, abrindo cami-nho para eliminar a liberdade deexpressão e para a supressão detodas as demais dimensões da li-b e rd a d e .

Essa luta pela restrição à li-berdade de expressão naArgentina vem de longe, e

foi iniciada ainda no governo deseu falecido marido, Nestor Kir-chner. Agora, com a aprovação pe-lo Senado argentino do projetoque declara de utilidade pública afabricação de papel-jornal, o go-verno tem tudo para amordaçar ai m p re n s a .

Os atentados, contudo, não serestringiram ao papel de im-prensa. Na semana passada, aempresa Cablevisión de TV a ca-bo do grupo Clarín foi invadidapela gendarmería, no melhor es-tilo do que ocorria na década de1930, após a ascensão do nazis-mo na Alemanha.

E não é somente o grupo Cla-

rín, opositor dos Kirchner, quepaga pela sua independência epelo direito – para não dizer o de-ver – de bem informar seus leito-res. Também o grupo La Nación,que publica o jornal de mesmonome, e é tão opositor do regimecomo o Clarín, foi "visitado" e au-tuado por agentes da Afip, a re-ceita federal argentina.

É compreensível a indig-nação dos jornais e ou-tros veículos de comuni-

cação de todo o mundo diante detão flagrante arbítrio. Está em jo-go o princípio fundamental detodo governo democrático, quese sustenta e deriva sua legitimi-dade da opinião dos governa-dos. E essa opinião é grosseira-mente distorcida na ausência docontraditório – na impossibili-dade de cada um buscar as fontesde informação que julga mais ve-rossímeis e confrontá-las com asversões oficiais.

O legislativo e o executivo ar-gentinos não necessitam restrin-gir a liberdade de informar – exce-to se tiverem muito a esconder. E atentativa de amordaçar a impren-sa livre pode sair pela culatra.

A medida para controlar o aces-so a papel de imprensa afeta ape-nas os jornais – por enquanto, jáque também já se cogita controlartambém os canais independentesde TV. Ocorre que o mundo con-temporâneo tem outros canais deexpressão, sendo a internet o prin-cipal deles. Como controlá-la, des-centralizada que é, com milhõesde "editores" e "colunistas" em ou-tros tantos milhões de blogs?

Quando as tentativas conven-cionais de fazer calar os jornais, asrevistas, as TV e as rádios não im-pedirem os cidadãos de saber averdade a respeito de seu gover-no, o que fará a senhora presiden-te? Transformará a sofrida Argen-tina em uma Coreia do Norte lati-no-americana, restringindo bru-talmente o acesso à internet?

T o d a s a s t e n t a t i v a s d eamordaçar a liberdade deexpressão fracassaram

porque, como disse Brecht na pe-ça Galileu, Galilei, "da verdadepassará o que fizermos passar".Nem na Rússia comunista foipossível calar um Aleksandr Sol-zhenitsyn ou tanto outros, quedispondo apenas de um mimeó-grafo difundiam o que de fato sepassava no país.

A verdade passará na Argenti-na, com ou sem mordaças, por-que é da natureza humana exigira liberdade e lutar por ela. E o in-feliz caminho escolhido pela se-nhora presidente ficará registra-do na história argentina comomais uma aberração, infelizmen-te tão comum em nosso tão sofri-do continente.

RO B E RTO FENDT É E C O N O M I S TA

PAULO

SAAB

JOVENS DEVEMPARTICIPAR MAIS

Ant

onio

Cru

z/A

Br

Com a experiênciaproporcionada pordez anos de trabalhos

realizados junto aos jovensestudantes de todo o Brasil,em projetos voltados paraa educação e cidadania, oInstituto da Cidadania Brasil,organização de interesse dasociedade civil, tem hojeplena consciência de quesomente com o interesse dajuventude pelas coisas doPaís, o conhecimento decomo este funciona e umaparticipação plena, por todosos meios possíveis, é queencontraremos o verdadeirocaminho do desenvolvimentosocial no Brasil.

Vencer a resistênciados jovens para entender apolítica como uma atividadenatural na vida de qualquercidadão e cidadã é aindaum grande desafio. Os jovensenxergam – e assim apolítica aparece aos olhosda sociedade – como umaatividade pequena,mesquinha, em que cada umbusca apenas a solução paraseus interesses pessoais.

Isso embora seja naatividade política, na arte detornar possível o desejado,que se encontrem oscaminhos, numa democraciacomo a nossa, para todosparticiparem e ajudarema construir um grande país.

Precisamos demonstraraos jovens que é possível

fazer política no sentido maisnobre da palavra, em que sebusque o interesse dacoletividade, com a aplicaçãodo desejo da maioria,respeitando-se as minorias.Isso só é possível com aparticipação, com o interessede todos em colaborar.

Dando mais um passo,nessa direção, de mostrar aosjovens que o caminho é o daparticipação, seja na vidapública, seja nas atividades davida pessoal, a partir destemês de janeiro de 2012 aprefeitura de São Paulo, emparceria com o Institutoda Cidadania Brasil, estarárealizando umcurso a distância,g rat u i to,Liderança sãoPaulo para aImportância doVo to , destinadoaos jovensi nte re s s a d o s,para dar-lhes

formação mínima deentendimento do que éa vida política nacional.

Sem nenhum caráterpartidário, mas mostrando aimportância do voto noregime republicano, o papelda representação política,dos próprios partidos, comoparticipar do processo e oestado de Direito, o curso temo objetivo de dar formaçãocívica aos jovens entre 15 e 18anos, capacitando-os paramelhor compreender e atuarcom responsabilidade comoeleitores e estimulá-los aserem, amanhã, participantesativos da nossa democracia.

A utilização do recursodo ensino a distância, viainternet, democratizatambém o acesso a todose favorece os alunosque queiram realizá-lo desua própria residência.Quem quiser se utilizar deequipamento público poderáfazê-lo através de onzeTelecentros da Prefeitura.

A juventude brasileira,tendo conhecimento,

formação, sobre comofunciona o País, terá papeldecisivo na construção deuma sociedade maisequilibrada, mais justa, quetodos desejamos. Nesteprojeto, a iniciativa privada,por meio do Instituto daCidadania Brasil, e o poderpúblico, por intermédio daSecretaria de Participação eParcerias da prefeitura deSão Paulo, estão cumprindosua vocação de criaroportunidades para quetodos possam participarativamente da vidade sua cidade, de seuestado, de seu País.

DÊ SEU APOIOA ESSE MOVIMENTO

A todos os eleitores,de todas as idades: entremno site indicado abaixo(www.euqueroresp eito.org.br)e apoie o manifesto para queo STF julgue os processos do"mensalão" antes que haja

qualquer possibilidade deprescrição dos crimes.

Difunda essainiciativa junto

aos seus amigose familiares.E um feliz 2012para todos!

PAU LO SAAB É

J O R N A L I S TA E

E S C R I TO R

Page 3: Diário do Comércio

terça-feira, 27 de dezembro de 2011 3DIÁRIO DO COMÉRCIO

opinião NO BRASIL, INTELIGÊNCIA É S U BS T IT U ÍD A PELO CULTO AOS TÍTULOS, CARGOS E HONRARIAS.

Glóriasacadêmicas

PAULO DINIZ

ZAMBONI

Respostas simples para perguntas simples

Há um quê deingenuidade namovimentação pública

em torno do tema da corrupçãono Brasil. Cidadãos indignadoscom o desperdício e o mau usodo dinheiro público (aquele nãonecessariamente relacionado coma corrupção propriamente dita)exigem providências. O enredoé antigo: quem não se lembra daeleição de Fernando Collor deMello, o "caçador de marajás"que iria prender os ladrões doerário e acabar com os abusos dasautoridades e com os privilégiosde funcionários fantasmas esalários abusivos?

Se a história é a mesmae já dura, num cálculo cauteloso,perto de 30 anos, é mais do queevidente a necessidade de revertambém o eventual remédio para adoença brasileira da má utilizaçãodo orçamento dos governos.

A população parece saberas perguntas oportunas, masestá certamente confusa ouequivocada quanto às respostasaos problemas. Os formadoresde opinião organizam-se emmanifestos e protestos por meioda mídia e das redes sociais,exigindo medidas que combatame punam os abusos com umdinheiro que é de todos.

As soluções propostas,no entanto, são sempre as

mesmas, girando em torno demodificações na legislação penal(de forma a punir com mais rigor,ou mesmo com qualquer rigor,políticos e servidores que seapropriem de verba pública) emaior "controle estatal" sobreos gastos, no tom habitualmentemoralista, tecnocrático e algoutópico que costuma permeardiscussões nesse sentido.

Há um sentimento generalizadode indignação: sabe-se que bilhões

lulianas

OLAVO DE

CARVALHO

Osr. Paulo Moreira Lei-te, que no exercício dojornalismo assumiucomo sua particular

missão e glória nunca entender na-da, escreve que as reclamaçõescontra a pletora de títulos universi-tários concedidos ao ex-presidenteLuís Inácio da Silva refletem umpreconceito, um pedantismo aca-dêmico que não se conforma emver subir na vida um self made mancuja pobreza o impediu de adqui-rir educação escolar.

Anos atrás dei ao sr. Morei-ra o apelido de sr. Moleira,por me parecer que a for-mação do seu aparatocraniano tinha sido ain-da mais incompletaque a educação dosr. Lula. Seu palpi-te de agora sugereque ela tenha mes-mo retrocedidoum pouco.

Q u e m q u e rque conheça a histó-ria intelectual do nosso país sabeque é uma constante da sociedadebrasileira o ódio à inteligência,misto de temor e despeito, e acom-panhado, à guisa de compensaçãoneurótica, pelo culto devoto aos tí-tulos, cargos e honrarias exterio-res que a substituem eficazmenteem festividades acadêmicas e ho-menagens parlamentares.

A mentalidade geral, já antiga etão bem retratada por Lima Barre-to, segue a das vizinhas fofoquei-ras do Major Quaresma, que, aover pela janela a biblioteca daque-le infausto patriota, comentavam:"Para que tanto livro, se ele não énem bacharel?"

Que, em contrapartida,faltem livros nas estan-tes dos bacharéis e dou-

tores, onde abundam garrafas deuísque e fotos de viagens interna-cionais, é coisa que não ofendenem choca a alma nacional. O es-tudante universitário brasileiro lêem média menos de dois livrospor ano, e nem por isso deixa de re-ceber seu diplominha e tornar-se,no devido tempo, chefe de depar-tamento, reitor ou ministro.

Um amigo meu, nascido e cria-do no Morro da Rocinha, no Riode Janeiro, confessava: "Sofrimais discriminação na favela,

por ler livros, do que aqui na ci-dade por ser preto".

Todo mundo sabe que, nestepaís, para subir na carreira univer-sitária não é preciso conhecimentonenhum, apenas ter as amizadescertas e emitir, nos momentos de-cisivos, as opiniões políticas reco-mendáveis. Pessoas ilustres comoo dr. Emir Sader, o ex-ministro daEducação, Fernando Haddad, oex-reitor da UnB, ChristovamBuarque, assim como inumerá-veis outras cujos pensamentos eobras exaltei em O Imbecil Coletivo,já deram provas sobejas de queuma sólida incultura e uma inép-cia pertinaz são não somente úteismas indispensáveis ao sucessoacadêmico, desde que acompa-nhadas de uma carteirinha do PTou documento equivalente.

Se os títulos acadêmicos são ti-dos como valores absolutos em simesmos, independentemente dequaisquer méritos intelectuaiscorrespondentes, e se estes, porsua vez, nada valem se desacom-panhados daqueles, a razão dissoestá nos profundos sentimentosdemocráticos do povo brasileiro.

A inteligência e o talento sãodons inatos, que a natureza ou aProvidência distribuem desigual-

mente aos seres humanos, criandoentre eles uma diferenciação hie-rárquica que, do ponto de vistados mal dotados, é uma humilha-ção permanente, uma ofensa into-lerável e um mecanismo de exclu-são verdadeiramente fascista.

Os títulos acadêmicos foram in-ventados para aplanar essa diferen-

ça, dando aos incapazes e medío-cres uma oportunidade de se sentir,ao menos em público e oficialmen-te, igualados aos maiores gênioscriadores das artes, das letras, dasciências e da filosofia, se não mesmoaos santos da Igreja, aos anjos do céue até à Segunda Pessoa da Santíssi-ma Trindade, como é precisamenteo caso do sr. Lula.

Ao contrário do que diz osr. Moleira, o que faltou aeste último não foi a edu-

cação formal, foi justamente aeducação informal, aquela queum trabalhador impedido de fre-quentar escola adquire em casa,em ônibus, em trens ou no metrô,lendo livros. O sr. Lula já expres-sou mais de uma vez sua invencí-vel ojeriza a essa atividade doloro-sa, na qual tantos escritores brasi-leiros, pobres como ele ou aindamais pobres, adquiriram a únicaformação que tiveram.

A diferença entre eles e o sr. Lulareside precisamente aí: eles con-quistaram seus méritos intelec-tuais por seu próprio esforço soli-tário, sem a ajuda de professores,

do Estado ou de qualquer entida-de que fosse, ao passo que o sr. Lu-la preferiu subir na vida sem pre-cisar de méritos intelectuais oumorais nenhuns, contando ape-nas com a ajuda de algumas deze-nas de organizações bilionárias –empresas, bancos, sindicatos, par-tidos – e o dinheiro do Mensalão.

Isso não o torna nem um poucodiferente dos bacharéis e douto-res, apenas mostra que ele levou àperfeição o sonho de todos eles:ostentar um punhado de títulosuniversitários sem precisar, paraisso, ter estudado ou aprendidoabsolutamente nada exceto a artesublime do alpinismo social.

Quando cidadãos de nível uni-versitário reclamam das glóriasacadêmicas lulianas, não o fazem,como o imagina o sr. Moleira, porelitismo intelectual genuíno, queao menos supõe algum amor aoconhecimento. Fazem-no por pu-ra inveja do concorrente deslealque conquistou mais títulos sa-bendo ainda menos.

Quem fala pela boca deles não é ainteligência humilhada pelo suces-so da ignorância: é o corporativis-

mo do establishment acadêmico, quegostaria de reservar para si o mono-pólio da produção de analfabetosdiplomados, sem dividi-lo com amídia e os partidos políticos.

O sr. Moleira imagina que seopõe a essas criaturas, mas na ver-dade expressa melhor que nin-guém o sentimento delas todas, aoproclamar que os títulos acadêmi-cos de Lula devem ser motivo deorgulho nacional. Que maior mo-tivo de orgulho existe, numa almade brasileiro, senão o título en-quanto tal, o título em si, o títulosem nada dentro?

OL AVO DE CA RVA L H O É E N S A Í S TA ,J O R N A L I S TA E P RO F E S S O R DE FI LO S O F I A

de reais vão todos os anos para oralo ou para o bolso de desonestosengravatados. Por que é tão fácilroubar esse dinheiro? Por queé tão costumeiro desperdiçar o queé da sociedade e está sob a possedos governos? E, especialmente,por que simplesmente clamarpelas mesmas saídas de sempreestá longe de minimizar a tragédia,como essas décadas passadas decorrupção e desperdício – bemcomo de protestos moralizantes –demonstraram até hoje?

Em primeiro lugar, é

preciso compreender queambas as respostas habituaispara o problema contêm falhasem sua essência, o que talvezexplique por que até agora nãosurtiram qualquer efeito.

Vamos separar todas asmedidas propostas em dois

grandes grupos correspondentesàquelas respostas: o grupodas propostas jurídicas e o grupodas propostas burocráticas.

As propostas jurídicas, pormais moralmente oportunas que

possam parecer, esbarramnum obstáculo impeditivo depeso: não é possível esperar quecorruptos sejam responsabilizadoscom rigor (e com cadeia) porseus atos enquanto todoo ambiente jurídico brasileiroaponta na direção contrária.

Ou seja: leis mais duras contraeles esbarram nos mesmosproblemas de outras leis tambémduras contra assassinos, traficantes,estupradores etc. Há possibilidadesquase inesgotáveis de recursose subterfúgios contidos naprópria legislação para evitar que

os culpados paguem efetivamentepelos seus erros.

Prisão? Só em último caso,transitada em julgado,provavelmente impossibilitadapor perda de prazo ou prescriçãodeste. Votar, simplesmente, leismais duras para os assaltantes dodinheiro público sem recrudescer,também, o restante da lei penal,só ocasionará mais processosinúteis, postergados eternamentee frustrantes para a sociedade.

As propostas burocráticas,por seu lado, incorrem em erroevidente de princípio. Consideramser possível corrigir um erropotencializando sua causa.O fato é que há muito podere muito dinheiro nas mãosdo verdadeiro topo da pirâmidebrasileira da desigualdade:os políticos e a elite burocrática.

Tentar diminuir a corrupçãodando ainda mais poder a

quem, em último caso, pode estardireta ou indiretamente envolvidocom o problema, vai na melhordas hipóteses causar uma outrasituação igualmente nocivapara o restante dos brasileiros.

Ao gastar tanto em dinheiropara controlar e evitar a corrupçãoe o desvio, quanto seria o totaleventualmente economizadocom o combate à corrupçãoe ao desvio? Qual seria o limitedesse controle? Destinar umfuncionário vigilante para cadaoutro funcionário lotado?Um corregedor vigilante para cadapolítico eleito? Quanto custariaesse exército de fiscalização?E quem vigiaria os vigilantes?

PAU LO ZAMBONI É FORMADO EM

HISTÓRIA E CO M INTERESSE POR

A S S U N TO S M I L I TA R E S , EM ESPECIAL A

SEGUNDA GUERR A MUNDIAL.PUBLIC ADO POR

W W W.MIDIAAMAIS.CO M .BR

Antonio Cruz/ABr

Na foto, de 2007, pilha de processos contra acusados de fazer parte do esquema do mensalão: dificuldade de punição

Page 4: Diário do Comércio

terça-feira, 27 de dezembro de 20114 -.GERAL DIÁRIO DO COMÉRCIO

Solução

Por: José Nassif Neto

Rejeita.

Aqueleque comecom vora-

cidade.

Penalidadepor umainfração.

'Gato',

em inglês.

Peçaque cobreaparelhosanitário.

Utensíliospara ser-viço demesa.

A maisbaixa gra-

duaçãomilitar.

Língua fala-da em

países mu-çulmanos.

Montgome-ry é a capi-

tal desteEstado.

Medida depotencialelétrico.

Línguafalada noImpério

Romano.

Conjuntode conhe-cimentos.

Pontocardeal lánasce o

sol. Shopping.

Exprimesurpresa.

Invocarsocorro.

'Porca', emalemão.

Expulsãobrusca de

ar dospulmões.

Variedadede milhoindiano.

Pequenapomba.

Fantasma.(fig.)

Criada dedamanobre;

aia.

Sobra decomida.

'Ela',em

espanhol.

3ª pess.do sin- gular.

Símbolo deoxigênio.(quím.)

Exprimeconsenti-

mento;afirmação.

O segundoelemento de umasérie.

Relaçãomolécula-

grama.

'Menos',em

inglês.

Irmã dopai emrelaçãoao filho.

(?) PaulaArósio,atriz.

Silício,símboloquímico.

Produtopara

aderir.

Ter comoverda-deiro.

O (?),indivíduo

emevidência.

Indica

exclusão.

(380) 3-cat; sau (Säue vulgarmente: porcalhão, porcalhona); 4-mall; less; ella; volt; juar; 5-árabe.

D

M

C

T

U

C

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S

A

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B

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A

V

L

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M

S

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B

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Page 5: Diário do Comércio

terça-feira, 27 de dezembro de 2011 5DIÁRIO DO COMÉRCIO

NOVEL ACampinas temnovo prefeito. Maspode haver novasemoções até o final.

ALTA TENSÃOA crise do Judiciáriogerou grandesatritos. A OAB querpôr panos quentes.

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O vereadore presidenteda CâmaraMunicipal deCampinas PedroSerafim, do PDT,tomou posseontem, pelasegunda vez noano, no cargo deprefeito. O TRErealizaráeleição indiretaem 90 dias.

Campinas troca de prefeito pela 5ª vezO presidente da Câmara assumiu ontem interinamente o cargo, até a escolha de novo nome pela Câmara de Vereadores. O TRE definirá como será feita a eleição.

Pela segunda vez nesteano, o vereador PedroSerafim (PDT), queera presidente da Câ-

mara Municipal, tomou posseontem como prefeito interinode Campinas, até que seja es-colhido, por eleições indiretas,um novo chefe do Executivomunicipal, que cumprirá man-dato-tampão até 31 de dezem-bro de 2012. Nas duas oportu-nidades, Serafim substituiu oprefeito Demétrio Vilagra(PT). A primeira foi em outu-bro, com o afastamento provi-sório de Vilagra, e desta vez pe-la cassação, aprovada pela Câ-mara, na ultima quinta-feira(22/12) por 29 votos a 4. Essafoi a quinta troca no comandoda administração de Campi-nas nos últimos oito meses. E opetista foi o se-gundo prefeitoda cidade cas-sado em qua-tro meses.

"Vamos ad-ministrar comre sp on sa bi li-dade e trans-parência", dis-se Serafim ems o l e n i d a d esimples e cur-ta, mas que lo-tou a sala con-tígua ao Gabi-nete do Prefei-to, no 4º andardo Palácio dosJ e q u i t i b á s .Duas horas an-t e s , S e r a f i mtransmitira ocargo de presi-dente da Câ-m a r a p a r a overeador Thia-go Ferrari, doPTB.

Vilagra era ov i c e - p re f e i t oda cidade quando assumiu aprefeitura em agosto, após acassação do prefeito Hélio deOliveira Santos (PDT), acusadode omissão e negligência a par-tir de denuncias do Grupo deAtuação Especial de Combateao Crime Organizado (Gaeco) edo Ministério Publico sobre umesquema de corrupção, comdesvio de dinheiro e seleçãoprivilegiada de empresas ter-ceirizadas pela Sociedade deAbastecimento de Água e Sa-neamento S/A (Sanasa).

Falta de decoro – Vilagra foicassado por falta de decoro por

uma Comissão Processante daCâmara. Ela justificou que opetista não tomou providên-cias quanto às supostas irregu-laridades na Sanasa nas setevezes em que ocupou a funçãode prefeito na ausência do en-tão chefe do Executivo, Héliode Oliveira Santos (PDT).

O relatório final da ComissãoProcessante ficou com oito vo-lumes, num total de 1.440 pági-nas. Começou a ser lido às 9h53do dia 20 de dezembro e a ses-são de cassação durou, ao todo,33 horas ininterruptas.

O vice-prefeito foi denun-ciado pelo Ministério Públicocomo integrante de uma qua-drilha que tinha como chefe aex-primeira dama, RoselyNassim Jorge Santos. Ele é acu-sado de fraude em nove con-

tratos da Sana-sa. Demétriochegou a ficarp re s o p o r 2 2h o r a s , e mmaio, após seuretorno das fé-r ias na Espa-nha, devido àsdenúncias.

Vilagra disseontem que sesente "indigna-do" e que a Câ-mara cometeuuma injustiça.A defesa dele jáafirmou que vairecorrer da de-cisão dos verea-dores, que con-sidera ilegal.

Pedro Sera-fim (PDT) de-verá f icar noc a r g o p e l o sp ró x i m o s 9 0dias. De acordocom a JustiçaEleitoral, o no-vo prefeito será

escolhido por eleição indiretacom o voto dos 33 vereadores.

A Câmara Municipal deCampinas precisa aguardar re-solução do Tribunal RegionalEleitoral de São Paulo, para en-tão definir os detalhes da elei-ção indireta, que deve ocorrerem um prazo de até 90 dias.

Não está definido quem po-derá concorrer. Uma possibili-dade é que qualquer pessoaelegível (filiada a um partido ecom pelo menos 21 anos, porexemplo) possa se candidatar.Outra é cada legenda indicarum representante. (Agências)

VamosadministrarCampinas

comresponsabilidadee transparência

PEDR O SER AFIM

90dias é o prazo máximo

para a eleiçãoindireta, pela Câmara

Municipal, de umnovo prefeito, com

mandato-tampão atédezembro de 2012.

OAB pede Judiciário sem paixões

Opolítico paraense JaderBarbalho (PMDB) vol-tará a assumir uma va-

ga no Senado nesta quarta-fei-ra, apesar do recesso parlamen-tar, após uma ampla batalha ju-dicial que acabou livrando-odos efeitos da Lei da Ficha Lim-pa, com a decisão do SupremoTribunal Federal de derrubar avalidade dessa lei para as elei-ções de 2010. Por causa do re-cesso, apenas a Comissão Dire-tora, formada por integrantesda Mesa, presidida por JoséSarney (PMDB-AP), compare-cerá à cerimônia de posse.

"Não estamos fazendo umjulgamento do caso, mas cum-prindo aquilo que foi determi-nado [pelo STF], a exemplodos dois casos anteriores", dis-se Cícero Lucena, primeiro se-cretário da Mesa.

Na terça-feira passada, aMesa do Senado havia escolhi-do o senador João VicenteClaudino (PTB-PI) para elabo-

rar relatório sobre o processode posse de Barbalho. O parla-mentar usou como base o ofí-cio do TRE-PA, no qual constaa informação de que o paraen-se teve 1.799.762 votos, do totalde 4.483.459 votos válidos re-gistrados nas eleições de 2010.

Barbalho recebeu votos sufi-cientes para ser eleito em 2010,

mas foi barrado pela Lei da Fi-cha Limpa. O STF, no entanto,considerou a lei inaplicável naseleições do ano passado, abrin-do caminho para sua posse.

A decisão final sobre JaderBarbalho só foi tomada peloSTF no dia 14 de dezembro. Ojulgamento de seu recursocontra a Ficha Limpa foi inicia-

do em novembro, mas estavaempatado em 5 a 5. O impassefoi desfeito pelo ministro Ce-zar Peluso, que usou o chama-do "voto de qualidade", quepermite ao presidente desem-patar uma disputa.

PMDB cresce – Com a posse,o PMDB, que já tem o maior nú-mero de representantes na Ca-sa, alarga sua bancada, passan-do a 18 senadores. A segundamaior bancada é a do PT, com 13s e n a d o re s .

Com isso, a senadora Mari-nor Brito (PSol-PA), a quartacolocada na eleição, terá dedeixar o cargo. Na quarta-feirapassada, Marinor fez seu últi-mo pronunciamento na tribu-na do Senado e disse que con-tinuará "firme na luta pela éti-ca e pela justiça". "Por um lado,tenho o sentimento claro dedever cumprido; por outro,não posso deixar de registrarmeu sentimento de indigna-ção", declarou. (Agências)

Barbalho toma posse, mesmo no recesso.

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Jader Barbalho comemorou ao receber a notícia sobre a decisão do STF

Alan Marques/Folhapress -– 23/8/2011 Wilson Pedrosa/AE – 19/12/2011 Sergio Lima/Folhapress – 23/9/2010

Ophir faz apelo ao Judiciário Peluso negou pedido da AGU Mello: o início da crise.

AOrdem dos Advogadosdo Brasil (OAB) divul-gou ontem nota oficial

para pedir que os envolvidosna crise do Judiciário "afastemas paixões corporativas" e "li-mitem o debate às questõesinstitucionais".

A crise teve início na segun-da-feira, dia 19/12, quando oministro do Supremo TribunalFederal (STF) Marco AurélioMello concedeu liminar paraimpedir que o Conselho Nacio-nal de Justiça (CNJ) investiguejuízes antes que os tribunaisonde eles atuam analisem suaconduta – o que, na prática,suspendeu todas as apuraçõesabertas por iniciativa do CNJ.

A decisão deve ser levada aplenário na primeira sessão doano que vem, no início de feve-reiro, para que seus colegasavaliem o tema.

Na nota divulgada hoje, a di-retoria do Conselho Federal daOAB voltou a defender o poderde investigação do conselho. "OCNJ não é mera instância recur-sal às decisões das corregedo-rias regionais de Justiça, sendo

clara a sua competência concor-rente com a dos tribunais paraapuração de infrações discipli-nares", diz o presidente da OAB,Ophir Cavalcante, no texto.

Sobre a polêmica envolven-do associações de juízes e acorregedora do CNJ Eliana Cal-mon, a OAB afirma que ela nãopode servir para desviar o focodo assunto. "Nenhuma autori-dade está imune à verificaçãoda correção de seus atos, daíporque é fundamental que pa-ra além de preservar a compe-tência concorrente do CNJ pa-ra apurar desvios éticos, em

respeito ao cidadão brasileiro,sejam apurados todos e quais-quer recebimentos de valorespor parte de magistrados."

Na mesma segunda-feira(19/12), o ministro RicardoLewandowski também sus-pendeu apuração sobre a folhade pagamento de servidoresdo Judiciário em 22 tribunais. OCNJ averiguava movimenta-ções financeiras atípicas.

As decisões criaram uma cri-se que abalou a cúpula do Ju-diciário e trouxe novamente àtona a discussão sobre a trans-parência da Justiça brasileira.

As liminares atenderam a pe-didos feitos por três associa-ções de juízes. Elas afirmam queo CNJ atuava de forma incons-titucional. As mesmas associa-ções entraram durante a sema-na com um pedido para que aProcuradoria-Geral da Repúbli-ca investigue Eliana Calmon.

O mais recente ato da crise foia decisão do presidente do STFCezar Peluso, no sábado, de ne-gar pedido feito pela Advoca-cia-Geral da União (AGU) paraque fosse suspensa decisão li-minar sobre o poder de investi-gação do CNJ. (Ag ê n c i a s )

Page 6: Diário do Comércio

terça-feira, 27 de dezembro de 20116 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Nós só vamos lá cortar a fitaGovernador Geraldo Alckmin, sobre a concessão da asa leste do Rodoanel.política

Crise pode levar Alckmin acongelar gastos em 2012

O valor do contingenciamento de recursospoderá ser definido hoje, quando ogovernador deverá se reunir com o núcleoeconômico do Palácio dos Bandeirantes. Aexpectativa é de que fique em torno de R$ 1,5bilhão, similar ao corte feito no ano passado.

Ideli e Vaccarezza: curto-circuito.

Apesar das vitórias noCongresso, a presi-dente Dilma Rousseff

está preocupada com um cur-to-circuito na linha de trans-missão entre o Planalto e a ar-ticulação política. No governo,já detectaram que é muito de-licado o clima entre a ministrade Relações Institucionais Ide-li Salvati e o líder do governona Câmara Cândido Vaccarez-za (PT-SP). Tornou-se cada vezmais usual o líder do governo ea ministra ficarem em ladosopostos em votações de inte-resse do Palácio do Planalto.

Lideranças de partidos alia-

dos garantem que os dois têmuma relação estritamente for-mal, o que rendeu momentosde tensão ao longo do primeiroano do governo Dilma. En-quanto isso, o líder do PT na Câ-mara, deputado Paulo Teixeira(SP), ganhou relevância e, aospoucos, assumiu papel de des-taque na interlocução entre Câ-mara e o Palácio do Planalto. Aaposta agora é que Vaccarezzaacabe substituído pela presi-dente na reforma ministerial doinício de 2012. Antes considera-do o patinho feio do PT, Teixei-ra é hoje o mais cotado para as-sumir o cargo. (AE)

Cadasecretariade Estado,empresaou fundaçãoestataljá designouo seuguardião daeconomia.

GER ALDO ALC K M I N

Fotos: Chico Ferreira/Luz – 12/12/2011

Ogovernador de SãoPaulo, Geraldo Al-ckmin, deverá sereunir hoje com o

núcleo econômico do Paláciodos Bandeirantes para avaliaras perspectivas de gastos, eco-nomias e investimentos para2012. Na pauta, entre outros te-mas, será abordada a perspec-tiva de um contingenciamentode recursos do orçamento doEstado para o ano que vem, es-timado em R$ 156,6 bilhões.

O governador ainda não de-finiu o valor do congelamento,mas a expectativa de integran-tes do núcleo econômico é deque ele seja similar ao do anopassado, da ordem de R$ 1,5bilhão. "Os investimentos para2012 devem ser menos afeta-dos do que foram em 2011", an-tecipou um dos membros dogoverno estadual. No início doano, do total de recursos con-gelados, R$ 1,259 bilhão eramvoltados a investimentos.

Cort es – Alckmin já haviapedido ao secretariado umcronograma de cortes em gas-tos em abril de 2011. Em um ce-nário de crise mundial, que jáafeta a economia brasileira, apreocupação é de que a arreca-dação governamental sejaatingida, prejudicando sobre-

tudo a capacidade de investi-mento da máquina pública em2012, justamente em ano dedisputa municipal.

Reeleição – Além desseeventual ajuste fiscal, o gover-nador informou na semanapassada, durante reunião comsua equipe de governo, quepretende deixar de gastar cer-ca de R$ 2,7 bilhões em custeioaté o final de sua atual admi-nistração. Para o ano que vem,a economia deverá bater emtorno de R$ 900 milhões.

O corte de gastos com água,energia, telefonia, combustí-veis, entre outros, tem como ob-jetivo assegurar a capacidadede investimento do governo es-tadual até 2014, ano da Copa doMundo e em que o tucano de-verá disputar a reeleição ao Pa-lácio dos Bandeirantes.

Com o cronograma de cortesem gastos de custeio delineadopara os próximos anos de suagestão, Alckmin pretende esta-belecer uma meta inicial de eco-nomia entre R$ 1 bilhão e R$ 1,2bilhão. Esse dinheiro será apli-cado, especialmente, no camposocial, em mais uma tentativado governador de recuperar es-paço em uma área consideradauma das principais vitrineseleitorais do PT. (AE)

As palavras de ordem do governadorGeraldo Alckmin quer apertar o cinto no custeio e ampliar os investimentos em infraestrutura

Mário Tonocchi

Regras rígidas – Para am-pliar os investimentos, o go-verno de São Paulo entra em2012 com regras rígidas decontrole de gastos. "Cada se-cretaria, empresa, fundação jádesignou o seu guardião daeconomia", revelou. "Vamoseconomizar no ano que vemR$ 900 milhões no custeio",afirmou o governador.

Nos próximos três anos degoverno, os investimentos de-vem somar pelo menos R$ 22bilhões entre o governo e as es-tatais a cada ano. "E para se so-mar a isso temos agora as Par-c e r i a s P ú b l i c o - P r i v a d a s(PPPs) tão bem dirigidas pelo

nosso vice-governador Gui-lherme Afif Domingos", afir-mou. Para o ano que vem, osinvestimentos já orçados che-gam a R$ 25 bilhões, somando-se os R$ 22 bilhões mais R$ 3 bi-lhões vinculados às PPPs.Além disso, estão firmados in-vestimentos com financia-mentos de R$ 12 bilhões ao lon-go dos próximos quatro anos.

MI P – O estado tambémcriou ferramentas para cha-mar a atenção dos empresáriospara o investimento. "Nós lan-çamos o MIP, que é a Manifes-tação de Interesse da IniciativaPrivada", contou. "Quando oestado for fazer PPP, por exem-

plo, no Metrô, trem expresso,piscinões, presídios, hospitais,estradas, saneamento básico,vamos abrir para o setor priva-do e quem tiver um projeto dePPP que apresente", disse."Aprovado pelo ConselhoGestor das PPP, você já desen-rola o projeto, mas temos quelicitar. Se você ganhar, toca obarco. Se perder, quem ganhouo indeniza, pagando o estudoque você fez", afirmou o gover-nador. Segundo ele, o estadoainda tem uma margem deR$ 25 bilhões para fazer parce-rias público-privadas.

Os ajustes de São Paulo sãorealizados ao longo do tempo,desde o governo Mário Covas.De acordo com Alckmin, a Leide Responsabilidade Fiscaldiz que a relação entre a receitacorrente líquida e a divida so-bre a receita corrente líquidanão pode ultrapassar dois. Seum estado tem uma receita deR$ 100 bilhões, a dívida nãopode passar de R$ 200 milhões."A lei dá até 2015 para todos osestados chegarem aos dois.Nós chegamos em 2005, dezanos antes, ainda em francaqueda. Hoje a relação é 1,4 ecaindo. Isso possibilitou emnovembro de 2001 assinarmoscom o governo federal o Pro-grama de Ajuste Fiscal, quepossibilitou mais R$ 7 bilhõesde financiamento para a in-fraestrutura", informou.

Alckmin ainda não definiuquanto. mas o governo devefazer novo contingenciamentono orçamento aprovado pelaAssembleia para o próximoano, de R$ 156,6 bilhões. Noinício deste ano quando a eco-nomia brasileira mantinha-seaquecida, o governo paulistacongelou R$ 1,5 bilhão.

Apertar o cinto nocusteio e ampliaros investimentosna infraestrutura.

Estas são as palavras de ordemdo governo Geraldo Alckmin(PSDB) para os próximos trêsanos. "É um trabalho perma-nente. A gente está fazendo to-do dia um ajuste, melhorandoa eficiência e a competitivida-de. A busca é o quanto nós po-demos fazer mais, melhor ecom menos dinheiro. Estamosfazendo um esforço, área porárea, no sentido de melhoraressa eficiência", disse o gover-nador na Associação Comer-cial de São Paulo (ACSP). Emmeados de dezembro, ele mi-nistrou a palestra "Adminis-tração do Estado de São Paulo"para os membros do ConselhoPolítico e Social (Cops), da As-sociação Comercial.

De acordo com Alckmin, pa-ra o crescimento do estado, éfundamental a associação dogoverno com empreendedo-res. "Mas nós devemos ser pró-mercado, não pró-empresa",afirmou, citando como exem-plo a concorrência para a cons-trução do Rodoanel. "Na asaleste, com concessão, a empre-sa deu 63% de desconto no pe-dágio. E teve que pagar R$ 381milhões para ganhar a concor-rência onerosa", contou. "Eainda terá que desapropriartodas as áreas, pagar todos, pa-gar as compensações ambien-tais, que em São Paulo são ca-ríssimas, e executar toda aobra. Nós só vamos lá cortar afita", disse o governador. "Emesmo com tudo isso, a em-presa vai ganhar dinheiro."

Alckmin e Rogério Amato, presidente da ACSP: um ajuste por dia.

Page 7: Diário do Comércio

terça-feira, 27 de dezembro de 2011 7DIÁRIO DO COMÉRCIO

COORDENADORIA GERAL DE LICITAÇÕESTOMADA DE PREÇOS Nº 09/SMSP/COGEL/2011PROCESSO: 2009-0.299.005-1ENTREGA DOS ENVELOPES: Até as 14:00 hs do dia 12/01/2012LOCAL: Rua Líbero Badaró, 425, 37º andar - Centro - São Paulo/SPDATA DA REALIZAÇÃO: 12/01/2012HORÁRIO: a partir das 14:00 horasLOCAL: Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras, COGEL -Coordenadoria Geral de Licitações localizado na Rua Líbero Badaró, 425 -33º andar - Centro - São Paulo/SP. SMSP.A PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, pela COORDENADORIAGERAL DE LICITAÇÕES-COGEL da Secretaria Municipal de Coordenaçãodas Subprefeituras - SMSP, torna público que, na data e a partir do horárioacima assinalado, fará realizar licitação na modalidade TOMADA DE PREÇOS,com critério de julgamento de MENOR PREÇO GLOBAL, em conformidade comas disposições deste edital e respectivos anexos.OBJETOO presente tem por objeto a CONTRATAÇÃO DE EMPRESA ESPECIALIZADAPARA EXECUÇÃO DE GALERIA DE ÁGUAS PLUVIAIS NA RUA MAPORÉ -JARDIM SÃO LUIS - SUBPREFEITURA DE BUTANTÃ, COM FORNECIMENTODE, EQUIPAMENTOS, MATERIAIS DE 1a LINHA, MÃO DE OBRA ESPECIALIZADAE PROJETO EXECUTIVO.O projeto básico, plantas, diretrizes executivas e demais informações técnicasdeverão ser retiradas na SMSP/COGEL, mediante entrega de um CD-RW virgem,no endereço acima, no 37º andar.EDITAL DE LICITAÇÃO, DO ACESSO ÀS INFORMAÇÕES E IMPUGNAÇÃODO EDITALO Edital de licitação, assim como seus anexos poderão ser fornecidos mediantepagamento correspondente ao custo da cópia reprográfica no valor de R$ 0,15(quinze centavos de real) por folha, de acordo com a Tabela Integrante do DecretoMunicipal Nº 52.040/2010, valor este a ser recolhido aos cofres públicos através daguia de arrecadação - DAMSP, que será fornecida pela SMSP/COGEL, Rua LíberoBadaró, 425, 37º andar, das 09h30 às 17h00, até o último dia que anteceder a datadesignada para a abertura do certame.O Edital juntamente com seus Anexos, estarão ainda disponíveis no sítioeletrônico da Prefeitura do Município de São Paulo, endereçohttp://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br/.As informações relativas ao presente certame, deverão ser formuladas porescrito e dirigidas ao Pregoeiro(a), na Coordenadoria Geral de Licitações -COGEL (Rua Líbero Badaró, 425 - 37º andar, Centro - São Paulo - SP) ou peloFax: (11) 3241-3957, até às 17:00 horas do segundo dia útil imediatamente anterioràquele marcado para a abertura do certame.Eventuais requerimentos de impugnação ao Edital deverão ser dirigidos aoPregoeiro e protocolizadas nos dias úteis, das 09h30 às 16h00, na Rua LíberoBadaró, 425 - 37º andar - Centro - São Paulo - SP. O recebimento da impugnaçãoestará condicionado à comprovação do recolhimento dos emolumentos devidosem agência bancária, em até 02 (dois) dias úteis antes da abertura da sessão,conforme legislação vigente.

SECRETARIA DE COORDENAÇÃODAS SUBPREFEITURAS

DIVISÃO TÉCNICA DE SUPRIMENTOS - SMS.3

ABERTURA DE LICITAÇÕESEncontram-se abertos no Gabinete, os seguintes pregões:PREGÃO ELETRÔNICO 367/2011-SMS.G, processo 2011-0.299.675-7, destinadoao registro de preços para MEDICAMENTOS SUJEITOS A CONTROLEESPECIAL IX, para a Divisão Técnica de Suprimentos - SMS.3/Grupo Técnico deCompras/Área Técnica de Medicamentos, do tipo menor preço. A sessão públicade pregão ocorrerá a partir das 11 horas do dia 11 de janeiro de 2012, a cargo da1ª Comissão Permanente de Licitações da Secretaria Municipal da Saúde.PREGÃO ELETRÔNICO 357/2011-SMS.G, processo 2011-0.287.433-3, destinadoao registro de preços para MATERIAL ODONTOLÓGICO, para a Divisão Técnicade Suprimentos - SMS.3/Grupo Técnico de Compras/Área Técnica de Odontologia,do tipo menor preço. A sessão pública de pregão ocorrerá a partir das 11 horasdo dia 12 de janeiro de 2012, a cargo da 1ª Comissão Permanente de Licitaçõesda Secretaria Municipal da Saúde.PREGÃO ELETRÔNICO 384/2011-SMS.G, processo 2011-0.083.313-3, destinadoao registro de preços para MEDICAMENTOS PARA ATENDIMENTO DEDETERMINAÇÕES DO PODER JUDICIÁRIO, MINISTÉRIO PÚBLICO ECONSELHOS TUTELARES - AÇÕES JUDICIAIS, para a Divisão Técnica deSuprimentos - SMS.3/Grupo Técnico de Compras/Ação Judicial, do tipo menorpreço. A sessão pública de pregão ocorrerá a partir das 11 horas do dia13 de janeiro de 2012, a cargo da 1ª Comissão Permanente de Licitaçõesda Secretaria Municipal da Saúde.RETIRADA DE EDITAISOs editais dos pregões acima poderão ser consultados e/ou obtidos nos endereços:http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br; www.comprasnet.gov.br,quando pregão eletrônico; ou, no gabinete da Secretaria Municipal da Saúde,na Rua General Jardim, 36 - 3º andar - Vila Buarque - São Paulo/SP -CEP 01223-010, mediante o recolhimento de taxa referente aos custosde reprografia do edital, através do DAMSP, Documento de Arrecadação doMunicípio de São Paulo.DOCUMENTAÇÃO - PREGÃO ELETRÔNICOOs documentos referentes às propostas comerciais e anexos, das empresasinteressadas, deverão ser encaminhados a partir da disponibilização do sistema,www.comprasnet.gov.br, até a data de abertura, conforme especificado no edital.

SECRETARIA DA SAÚDE

COORDENADORIA GERAL DE LICITAÇÕESTOMADA DE PREÇOS Nº 10/SMSP/COGEL/2011PROCESSO: 2011-0.228.181-3ENTREGA DOS ENVELOPES: Até as 14:00 hs do dia 13/01/2012LOCAL: Rua Líbero Badaró, 425, 37º andar - Centro - São Paulo/SPDATA DA REALIZAÇÃO: 13/01/2012HORÁRIO: a partir das 14:00 horasLOCAL: Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras,COGEL - Coordenadoria Geral de Licitações localizado na Rua Líbero Badaró,425 - 33º andar - Centro - São Paulo/SP. SMSP. A PREFEITURA DO MUNICÍPIODE SÃO PAULO, pela COORDENADORIA GERAL DE LICITAÇÕES-COGELda Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras - SMSP, tornapúblico que, na data e a partir do horário acima assinalado, fará realizar licitaçãona modalidade TOMADA DE PREÇOS, com critério de julgamento deMENOR PREÇO GLOBAL, em conformidade com as disposições deste editale respectivos anexos.OBJETOO presente tem por objeto a CONTRATAÇÃO DE EMPRESA ESPECIALIZADAPARA EXECUÇÃO DE GALERIA DE ÁGUAS PLUVIAIS NA AVENIDADOUTOR ALBERTO DE OLIVEIRA LIMA ATÉ O LANÇAMENTO NORIO PINHEIROS, SUBPREFEITURA DE BUTANTÃ, COM FORNECIMENTODE, EQUIPAMENTOS, MATERIAIS DE 1ª LINHA, MÃO DE OBRA ESPECIALIZADAE PROJETO EXECUTIVO.O projeto básico, plantas, diretrizes executivas e demais informações técnicasdeverão ser retiradas na SMSP/COGEL, mediante entrega de um CD-RW virgem,no endereço acima, no 37° andar.EDITAL DE LICITAÇÃO, DO ACESSO ÀS INFORMAÇÕES E IMPUGNAÇÃODO EDITALO Edital de licitação, assim como seus anexos poderão ser fornecidosmediante pagamento correspondente ao custo da cópia reprográfica no valor deR$ 0,15 (quinze centavos de real) por folha, de acordo com a Tabela integrante doDecreto Municipal Nº 52.040/2010, valor este a ser recolhido aos cofres públicosatravés da guia de arrecadação - DAMSP, que será fornecida pela SMSP/COGEL,Rua Líbero Badaró, 425, 37º andar, das 09h30 às 17h00, até o último dia queanteceder a data designada para a abertura do certame.O Edital juntamente com seus Anexos, estarão ainda disponíveis nosítio eletrônico da Prefeitura do Município de São Paulo, endereçohttp://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br/.As informações relativas ao presente certame, deverão ser formuladaspor escrito e dirigidas ao Pregoeiro(a), na Coordenadoria Geral de Licitações -COGEL (Rua Líbero Badaró, 425 - 37º andar, Centro - São Paulo - SP) ou peloFax: (11) 3241-3957, até às 17:00 horas do segundo dia útil imediatamente anterioràquele marcado para a abertura do certame.Eventuais requerimentos de impugnação ao Edital deverão ser dirigidos aoPregoeiro e protocolizadas nos dias úteis, das 09h30 às 16h00, na Rua LíberoBadaró, 425 - 37º andar - Centro - São Paulo - SP. O recebimento da impugnaçãoestará condicionado à comprovação do recolhimento dos emolumentos devidos emagência bancária, em até 02 (dois) dias úteis antes da abertura da sessão,conforme legislação vigente.

SECRETARIA DE COORDENAÇÃODAS SUBPREFEITURAS

Quem diz que ano eleitoral não compromete o Legislativo desconhece o passadoSenador José Agripino Maia (DEM-RN)política

REFORMAAGRÁRIA

Um dia depois doNatal, o governofederal publicou48 decretos de

desapropriação de terra parafins de reforma agrária. Nototal, são 60 fazendas em 13estados, somando uma áreade 112,8 mil hectares paraassentamento de 2.739famílias sem-terra.

A avaliação para asdesapropriações eassentamentos foi feita aolongo do ano pelo ministériodo Desenvolvimento Agrário(MDA) e pelo InstitutoNacional de Colonização eReforma Agrária (Incra).

A formatação dos 48decretos está baseada em trêscritérios básicos. O primeiroprevê que o valor dasfazendas a serem

desapropriadas obedeçam auma média histórica dentroda área onde estão situadas. Osegundo define que cada áreatenha capacidade de assentarum mínimo de 15 famílias. E oterceiro critério trata dalocalização. As áreas têm deestar próximas de estradas eem locais de fácil ingresso depolíticas públicas parabenefício das famíliasassentadas. Os estados deMinas Gerais, da Bahia, doCeará e do Maranhão estãoentre os que mais concentramimóveis rurais paradesapropriação. De acordocom informações do MDA, apartir da publicação dosdecretos, o primeiro passo é aprocuradoria do Incrarequerer à Justiça Federal oajuizamento. (ABr)

Presentepara 2.739famílias

Dilma está de férias. Na Bahia.Antes de trocar os despachos em Brasília pelo mar, reafirmou seu compromisso de erradicar a miséria.

Ap re s i d e n t e D i l m aRousseff chegou on-tem à tarde na base da

Marinha, em Aratu, distante42 quilômetros de Salvador, naBahia. A previsão é que ela per-maneça no local, que fica napraia de Inema, até os dias 4 ou5 de janeiro, embora o seu pe-ríodo de férias vá até o dia 10.As férias de Dilma na base mi-litar podem custar ao menosR$ 650 mil aos cofres públicos.O valor é referente à reforma,compra de equipamentos ele-

trônicos e móveis para a casa.Esta é a primeira vez que Dil-

ma escolhe o local para descan-sar como presidente. Ontem,no final da tarde, ela foi à praiacom a filha, Paula. Dilma usa-va um maiô, chapéu e óculosescuros. A mãe, Dilma Jane; oneto, Gabriel, o genro, RafaelCovolo, o ex-marido CarlosAraújo e uma tia também pas-sam férias com Dilma.

Depois de eleita, em 2010,Dilma também escolheu a Ba-hia para descansar e foi para

Itacaré. No carnaval deste ano,em março, foi para a Praia deBarreira do Inferno, no RioGrande do Norte, tambémacompanhada da família.

Misé ria – A presidente rea-firmou em seu programa de rá-dio, a meta do governo de reti-rar da miséria 16 milhões depessoas. Ela lembrou que, até omomento, 407 mil famílias fo-ram localizadas pelo progra-ma Brasil sem Miséria. Deacordo com a presidente, o nú-mero representa 90 mil famí-

lias a mais do que a meta fixadapara 2011. Desse total, 235 miljá estão recebendo o benefício.

Levantamento do governorevelou que cerca de 800 mil fa-mílias preenchem os requisi-tos para participar do progra-ma, mas ainda não estão ca-dastradas. "Para identificar es-sas famílias, foi fundamental achamada busca ativa, que énosso compromisso de ir atrásdos extremamente pobres pa-ra garantir seus direitos", disseDilma. (Agências)

Dilma Rousseff, após desembarcar na base da Marinha, em Aratu, na Bahia, aproveita o dia para passear tranquilamente pela praia de Inema.

Brasil terá novo emissáriopara o Oriente Médio

Oembaixador CésarioMelantonio Neto as-sume, a partir de ja-

neiro, a função de emissário es-pecial do Brasil para o OrienteMédio, a Turquia e o Irã. Pelafrente, o diplomata, com maisde 40 anos de profissão, prevêainda um longo período detensão na região, aliado às arti-culações para evitar o agrava-mento da violência.

Segundo o embaixador, odesafio do Brasil será o demanter a posição não interven-cionista e a defesa do diálogo,como alternativa de negocia-ção. Nos últimos dias, aindacomo embaixador brasileirono Cairo, Melantonio Neto es-teve às voltas com as eleições

parlamentares no Egito e as ne-gociações para encerrar o im-passe na Síria.

O embaixador lembrou ain-da que a sua função não é nova.No passado, foi desempenha-da pelo embaixador Afonso deOuro Preto, já aposentado.Melantonio Neto atribui suaescolha aos dez anos com osquais vem convivendo com acultura e o mundo árabe, pe-ríodo no qual foi embaixadorno Irã, na Turquia e agora noEgito. Além disso, antes dacaptura e da morte do ex-pre-sidente líbio Muammar Kha-dafi, ele participou de negocia-ções com integrantes do Con-selho Nacional de Transição(CNT) da Líbia. (ABr)

O que a Câmaradeverá votar depois

do recesso

Oprimeiro projeto pre-visto para votação naCâmara, depois do re-

cesso parlamentar, será o quecria o Fundo de PrevidênciaComplementar dos Servido-res Públicos Federais (Fun-presp). A proposta deverá seranalisada ainda em fevereiro,quando os deputados voltam.

O Funpresp estabelece no-vas regras para as aposentado-rias dos servidores. O valormáximo será o teto pago pelaPrevidência Social aos traba-lhadores celetistas, que hoje éR$ 3,6 mil. Para ter direito a umbenefício maior, o servidor de-verá aderir ao fundo. As novasregras, no entanto, só serão vá-lidas para aqueles que ingres-sarem no serviço público de-pois da sanção e entrada em vi-gor da nova lei.

Código Florestal – O novoCódigo Florestal também éconsiderado prioridade entreas votações no Congresso. ACâmara aprovou, em maio, otexto-base do novo Código,que regulamenta as áreas deproteção e preservação am-biental, impõe deveres aosprodutores rurais em relaçãoàs áreas de mata das proprie-dades e define punições paraos desmatadores.

Como o projeto sofreu alte-rações no Senado, retornou àCâmara para apreciação final."É um assunto que vai rendermuito e que deveria ter sidoaprovado ainda em 2011", dis-se o presidente do PMDB, se-nador Valdir Raupp (RO).

Ele avalia ainda que outra

proposta já apreciada pelo Se-nado e que aguarda conclusãoda votação pelos deputados é aque trata da distribuição dosroyalties da exploração do pe-tróleo da camada pré-sal. "Issovai dar muito problema", asse-gurou Raupp.

Ano eleitoral – A matériaaprovada pela Câmara previaa distribuição dos recursos en-tre estados e municípios pro-dutores e não produtores combase nos fundos de Participa-ção dos Estados (FPE) e Muni-cípios (FPM). Com a nova dis-tribuição, estados produtores,como o Rio de Janeiro e o Espí-rito Santo, perderiam recur-sos. Como o Senado alterou amatéria, o texto retornou paraa Câmara.

Para Raupp, em ano eleito-ral, "é inviável" aprovar esse ti-po de matéria. "O impasse cau-sado pelo Rio e Espírito Santofoi pior para eles, que deve-riam ter aprovado a distribui-ção sugerida inicialmente."

O senador Francisco Dor-nelles (PP-RJ) acredita que asdefinições dos novos critériosde distribuição do Fundo deParticipação dos Estados eMunicípios deverão tomarconta dos debates no primeirosemestre de 2012.

Já o presidente do Democra-tas, senador José AgripinoMaia (RN) destacou que os tra-balhos legislativos em qual-quer ano eleitoral fatalmenteficam prejudicados. "Quemdiz que não compromete des-conhece o passado", afirmou osenador. (ABr)

Raupp: assuntos espinhosos. Dornelles: Pré-sal vai dominar.

Luiz Alves/Ag. Senado – 21/11/2011 Geraldo Magela/Ag. Senado – 10/5/2011

Apu Gomes/Folhapress

Page 8: Diário do Comércio

terça-feira, 27 de dezembro de 20118 DIÁRIO DO COMÉRCIO

AINDA NOS TRILHOSSilvio Berlusconidiz que sua carreirapolítica nãoestá acabada

I N TO L E R Â N C I ANigéria terá cúpulapor segurançanacional apósataques a igrejasnternacional

Um acordode pazpara

árabe verMonitores internacionais

chegam à Síria emmeio à repressão das

forças de Assad

Oprimeiro grupo demonitores árabeschegou à Síria on-tem para avaliar se

Damasco está cumprindo umplano para encerrar a repres-são no país. Mas a visita nãointimidou o regime de Basharal-Assad: pelo menos 30 pes-soas morreram e dezenas fica-ram feridas ontem em diver-sas localidades da Síria, amaioria no principal redutoda opos ição , a c idade deHoms, que foi bombardeadapelas forças leais ao governo,de acordo com o ObservatórioSírio de Direitos Humanos.

Os ataques aconteceram ho-ras antes da chegada dos pri-meiros 50 observadores e dezrepresentantes do secretaria-do da Liga Árabe.

Segundo o Conselho Nacio-nal Sírio, os monitores chega-

ram a Homs, cidade a cerca de160 quilômetros de Damasco,por volta das 20h locais, masnão puderam trabalhar. "Elesdeclararam que não puderam iraos lugares onde as autoridadesnão querem a presença deles",disse o presidente interino doconselho, Burham Ghaliun.

Um vídeo amador publica-do por ativistas na internetmostrou três tanques nas ruasde Homs, cidade que testemu-nhou a pior violência e ondenão houve sinal de que Assadestá realizando um plano fir-mado com a Líga Árabe parasuspender a ofensiva.

Um tanque usou sua metra-lhadora, enquanto outro lan-çou tiros de morteiro. "O queestá acontecendo é um massa-cre", disse Fadi, morador dobairro de Baba Amr.

Segundo o Observatório Sírio

de Direitos Humanos, o pesadobombardeio matou 25 pessoasem Homs ontem. "A situação éalarmante e o bombardeio émais intenso que nos últimosdias", informou o grupo oposi-tor. Outras mortes ocorreramem Hama, Idblib e Deraa.

As informações não pude-ram ser verificadas pela im-prensa internacional, impedi-da de entrar no país pelas auto-ridades sírias.

Desde o início do conflito,em março passado, mais de5 mil pessoas já morreram víti-mas da repressão das forçasleais ao regime, segundo da-

dos da Organização das Na-ções Unidas (ONU).

Acordo - Uma primeira equi-pe da Liga Árabe chegou na úl-tima quinta-feira à Síria parapreparar o envio de mais moni-tores que irão avaliar se o gover-no local está cumprindo um pla-no de paz definido no mês pas-sado. O plano prevê a retiradadas Forças Armadas das ruas, alibertação de presos políticos eum diálogo com a oposição.

O regime havia assinado noCairo o acordo da Liga Árabeque previa a entrada de obser-vadores na Síria, como parte doesforço internacional para pôr

fim à repressão aos protestospopulares que pedem a saída deAssad do poder.

O Conselho Nacional Sírioacusa o regime de ter transferi-do "milhares de presos a guarni-ções militares fortificadas" ondeos observadores da Liga Árabenão têm acesso. Segundo o con-selho, o objetivo das autorida-des é esconder dos observado-res "qualquer rastro que pro-vem os assassinatos, os atos detortura e as valas comuns".

As emendas exigidas pela Sí-ria – e aprovadas pela organiza-ção pan-árabe – ao protocoloque enquadra a missão de ob-

servadores estipulam que estesúltimos estão autorizados a vi-sitar os centros de detenção, oshospitais, as delegacias, masnão as guarnições militares porrazões de "soberania nacional".

Representantes da Liga Ára-be, porém, disseram que "ha-verá um elemento surpresa".

"Informaremos a Síria sobreas áreas que serão visitadas nomesmo dia para que não te-nham tempo para conduzir osmonitores ou mudar a realida-de de qualquer um dos lados",disse o monitor Mohamed Sa-lem al-Kaaby, dos EmiradosÁrabes Unidos. (Agências)

Imagem de vídeo mostra tanque das forças leais a Assad em Homs, cidade onde se registrou o maior número de vítimas da repressão ontem.

Policiais de Grapevine aguardam do lado de fora do apartamento...

... onde sete pessoas, inclusive o atirador, morreram no dia de Natal.

A DIPLOMACIA DAS VIÚVASSeul não prestará condolências a Kim Jong-il. Mas duas sul-coreanas receberam autorização especial.

Duas comitivas sul-co-reanas – autorizadaspor Seul – estiveram

ontem em Pyongyang paraprestar homenagens a KimJong-il, morto há dez dias. Avisita da ex-primeira-dama daCoreia do Sul Lee Hee-ho e dapresidente do grupo Hyundai,Hyun Jeong-eun, é mais um si-nal que Kim Jong-un, filhomais novo e sucessor do dita-dor Jong-il, vem ascendendoao poder gradativamente e po-de assumir o controle total dopaís depois do funeral do seupai, que acontece amanhã.

Embora o governo de Seultenha proibido todos os sul-co-reanos de atravessar a frontei-ra com o Norte para expressarcondolências, com as comiti-vas de Lee e Hyun foi feita umaexceção porque anos atrásPyongyang enviou delegaçõesquando morreram os maridosde ambas.

Tanto o ex-presidente sul-coreano Kim Dae-jung como opresidente de Hyundai ChungMong-hun foram responsá-veis por uma aproximação deseu país com Pyongyang – oprimeiro no plano político, e osegundo no econômico.

Lee, cujo marido se reuniucom Kim Jong-il no históricoencontro entre as duas Coreiasem 2000, escreveu no livro decondolências que esperavauma "unificação rápida" dosdois Estados, segundo a agên-cia oficial KCNA.

Desde o anúncio da morte deKim Jong-il, Seul – que não en-viará delegação oficial – tembuscado manter a tranquilida-de por temer que Pyongyanginicie uma ação armada.

Para analistas, é crucial que onovo líder reafirme sua posiçãofrente aos militares para exercero poder na Coreia do Norte. Acomunidade internacional se-guirá de perto os detalhes do fu-neral de Kim Jong-il, que acon-tece amanhã, para tentar deci-frar o entorno de Jong-un quepossa ter algum tipo de influên-cia sobre o líder. (Agências)

A ex-primeira-dama da Coreia do Sul Lee Hee-ho (centro, de saia) presta condolências a Kim Jong-il

Kim Jong-ilde saia. Só naCoreia do Sul.

Acima do vestido esvoa-çante de Marilyn Monroe

aparece o rosto de Kim Jong-il, o déspota norte-coreanomorto neste mês. Uma pom-ba sobrevoa a cena, deixan-do uma pena caída no chão.

O artista norte-coreanoSong Byeok antigamente re-tratava o "Estimado Líder" empeças de propaganda comu-nista. Mas ele conseguiu de-sertar e hoje vive em Seul, naCoreia do Sul, onde se dedicaa zombar do dirigente.

Quanto a Kim Jong-un, fi-lho de Kim que assumiu o po-der antes de completar 30anos, Song disse que por en-quanto não pretende retratá-lo. "Ele é jovem demais, nãoquero dizer ainda (o que achodele)", afirmou. (Reuters)

Um Papai Noelassassino na capital

do Natal texano

Apolícia norte-america-na encontrou ontemos corpos de sete pes-

soas mortas a tiros em Grape-vine, um subúrbio de Dallasconhecido como "a capital doNatal do Texas". Um homemvestido de Papai Noel é o sus-peito de ter aberto fogo contraseis pessoas de sua família edepois se suicidado, quandotodos celebravam o Natal.

O tenente Todd Dearing afir-mou que as autoridades tentamesclarecer a sequência de even-tos que levaram ao caso policialmais sangrento da história deGrapevine, município de 46 milhabitantes localizado na regiãometropolitana de Dallas.

Os corpos estavam em um

apartamento, em meio a pre-sentes de Natal desembrulha-dos. As vítimas – quatro mu-lheres e três homens, com ida-des entre 15 e 58 anos – foramencontradas no fim da manhãde domingo na sala do aparta-mento por policiais que aten-deram a um chamado de emer-gência, disseram autoridades.

As circunstâncias permane-cem obscuras. Não foi encontra-do ninguém com vida e ne-nhum vizinho ouviu os tiros.

Duas pistolas foram recolhi-das, segundo o sargento RobertEberling, que descreveu a cenado crime como "repugnante".

"Tudo indica que eles erammembros da mesma família",disse Eberling. (Agências)

Fotos: Darrell Byers/Reuters

AFP

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Kim Kyung-hoon/Reuters

Nada de paz: para Song, a pomba simboliza a irrelevância de Kim.

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Page 9: Diário do Comércio

terça-feira, 27 de dezembro de 2011 9DIÁRIO DO COMÉRCIO

RODÍZIO CONTINUA SUSPENSOÉ bom lembrar que, na Capital, o rodíziode veículos continua suspenso e só deve

retornar no próximo dia 16. As restrições aoscaminhões e fretados continuam valendo.cidades

Paulista se prepara para a virada

Faltam apenas cincodias para os paulistanosdarem início à contagem

regressiva para 2012.Por isso, a avenida

Paulista, que já deu umshow de decoraçãonatalina, se preparapara a 15ª edição do

Réveillon na Paulista,com atrações musicais e

grande espetáculo defogos de artifício. Para a

festa são esperadasmais de dois milhões de

pessoas. Esquemasespeciais de segurança,

de transporte e deatendimento médico

estão sendo montadospara que a chegada do

Ano Novo seja feita comtranquilidade e alegria.Valerá a pena conferir.

André de Almeida

ladas em pontos estratégicosda avenida. A infraestruturada festa de passagem do anona cidade de São Paulo tam-bém é grandiosa. Ao todo, se-rão utilizadas 250 toneladasde ferro e aço no palco e nasestruturas ao longo da aveni-da e 25 geradores para os qua-tro milhões de watts, necessá-rios para alimentar toda a tec-nologia distribuída pelos 13

telões espalhados pela via,canhões de luz e pelos 500 me-tros quadrados de painéis deLED sobre o palco.

Tra n s p o r t e s

Durante o dia 31 e toda amadrugada do dia 1º de janei-ro, o metrô irá operar ininter-ruptamente nas linhas 1-Azul(Jabaquara - Tucuruvi), 2 -

Verde (Vila Prudente - VilaMadalena) e 3 -Vermelha (Co-rinthians/Itaquera - Palmei-ras/Barra Funda). As esta-ções dessas três linhas estarãoabertas para embarque e de-sembarque até as 2 horas damanhã. Na Linha 2 - Verde,após esse horário, as estaçõesParaíso, Brigadeiro e Conso-lação ficarão abertas para em-barque e desembarque, en-quanto as demais continua-rão funcionando somente pa-ra desembarque. A estaçãoTrianon-Masp será fechadaàs 19h do dia 31 e reaberta às4h40 do dia 1º de janeiro.

A frota de trens será refor-çada e haverá aumento no nú-mero de agentes de seguran-ça e de funcionários nas esta-ções. A orientação da Compa-n h i a d o M e t r ô é q u e o susuários adquiram antecipa-damente seus bilhetes, evi-tando filas nas bilheterias etornando mais rápido o aces-so às plataformas das esta-ções, tanto na ida quanto navolta. A CET também prepa-rou uma estratégia especialpara garantir o conforto e a se-gurança da população. Entreas medidas está a interdiçãoda avenida Paulista, a partirdas 20h30 do dia 31 até o fimda festa, no trecho entre a ruaTeixeira da Silva e a rua Au-gusta, no sentido Paraíso-Consolação. No sentido con-trário, a medida se estenderáentre as ruas Haddock Lobo ea Maria Figueiredo.

Serviços

Para atender aos visitantescom conforto, mais de 80 pon-tos de alimentação e bebidasestarão disponíveis pela ave-nida. Além disso, 450 sanitá-rios químicos e 10 ambulató-rios equipados com UTI mó-vel, médicos e enfermeiros deplantão estarão espalhadosem pontos estratégicos daPaulista. Uma área especialpara quem possui mobilida-de reduzida também será pre-parada pela organização.

“Temos muito orgulho defazer parte desse evento des-de o começo, em 1996. Hoje, oRéveillon na Paulista se con-solida como uma das princi-pais festas da virada no País,reconhecido por sua grande-za, qualidade de atrações enovidades que sempre apre-senta ao público. A cada ano,buscamos criar uma festa ain-da mais espetacular para a ci-dade de São Paulo”, concluiFernando David Elimelek, di-retor-geral da Playcorp.

Fotos de L.C.Leite/Luz

Na avenidaPaulista,ontem, otrabalho eraintenso. Ameta daPrefeitura éaprontar adecoração doRéveillon naPaulista atésexta-feira.

Mal passou o Na-tal e já começa-ram os prepara-tivos para o 15º

Réveillon na Avenida Paulis-ta, um dos mais tradicionaiseventos da cidade realizadopela Prefeitura de São Paulo eSPTuris, e produzido pelaPlaycorp. Este ano, a festaterá como tema os 120 anos daavenida e deve reunir mais de2 milhões de pessoas entre as20h do dia 31 de dezembro atéas 2h30 de 1º de janeiro. Osdestaques, mais uma vez, fi-cam para os 15 minutos de es-petáculo pirotécnico e as di-versas atrações musicais.

Para garantir o sucesso doevento, já foram definidas to-das as estratégias operacio-nais de transportes, seguran-ça, serviços, entre outros pon-tos. De acordo com o presi-dente da SPTuris, MarceloRehder, o Réveillon na Pau-lista recebe visitantes de to-das as partes do Brasil, bemcomo de estrangeiros de di-versas nacionalidades. "Porser um marco no calendárioda cidade, a festa conta com oapoio da Lei de Incentivo àCultura e do Ministério daCultura. Esperamos superartodas as expectativas esteano", afirma Rehder.

Ontem, por volta das 14h,trabalhadores da equipe demontagem já tinham retiradotodos os adereços e enfeitesnatalinos do palco e começa-ram a ampliar o espaço para oshow da virada. Ao todo, se-rão cerca de mil metros qua-drados para a apresentaçãodos artistas, 20% a mais que noano anterior. A expectativapara o término da montagemdo palco e das torres que abri-garão 13 telões é sexta-feira.

Já estão confirmadas apre-sentações de artistas e bandascomo Restart, Ultraje a Rigor,Roberta Miranda, Rio Negroe Solimões, Maestro João Car-los Martins com a OrquestraBachiana Filarmônica Sesi-SP e a bater ia da Vai Vai ,Jota Quest e KLB.

S e g u ra n ç a

Cerca de três mil soldadosda Polícia Militar, agentes daGuarda Civil Metropolitana eda CET, além de segurançasparticulares serão mobiliza-dos para o evento. Eles conta-rão com o apoio de viaturas,motocicletas, bases comuni-tárias, além de câmeras insta-

Em ritmoacelerado: afesta da viradaterá comotema os 120anos daavenidaPaulista. Sãoesperadasmais de 2milhões depessoas entreas 20h do dia31 até as 2h30do dia 1º.

INDO...Fotos de Luiz Guarnieri/Folhapress

Muitospaulistanoscomeçaramontem suasviagens rumoàs praias. AImigrantes(fotos) tevetrânsitopesado e umacidente.

VINDO...

A retorno aSão Paulo,ontem, foi

marcado pordificuldades.

Na Rodovia dosTamoios (fotos),

que liga a ViaDutra ao Litoral

Norte do Estado,houve cerca de30 quilômetros

de lentidão.

PREVISÃO DE CHUVAA virada do ano poderá ser de chuva na Grande São Paulo e na

Baixada Santista. Segundo a Somar Meteorologia, os próximos diasserão nublados, com aberturas de sol e possibilidade de pancadasno fim do período. As temperaturas ficam mais amenas do que nasemana passada, não passando dos 30º C. Para quem escolher apraia, o litoral sul terá melhores condições, com menos chuvas. Olitoral norte, embora mais quente, deverá ter acúmulo maior de

chuva. As praias paulistas são melhor pedida do que as cariocas: noRio, a previsão é de que a chuva não dê trégua. (Folhapress)

Fotos de Nilton Cardin/Folhapress

Page 10: Diário do Comércio

terça-feira, 27 de dezembro de 201110 -.LOGO DIÁRIO DO COMÉRCIO

E M C A R T A Z

P OLÊMICA

Adriano nega ter atirado em jovem

H ELLO KITTY

Avião da companhia Eva Airways decola da cidade deNarita, no Japão, decorado com desenhos da gatinha maisfamosa do mundo, o personagem japonês Hello Kitty.

Este é um daqueles gadgets que dávontade de sair correndo para comprar.O preço? US$ 10 mil.

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Um hospitalpara papéis

Antigos manuscritos são tratadoscomo pacientes de hospital numfamoso instituto de restauração delivros em Roma, na Itália.

No local, técnicos já trabalharamcom tudo, de pergaminhos do MarMorto a uma das edições maisantigos do Corão.

"Veja o sofrimento deste coitado!",exclama Marina Bicchieri, chefe dodepartamento de química doInstituto de Patologia do Livro,enquanto examina os níveis deoxidação de um dos mais recentesprojetos: a análise científica de umadas últimas cartas escritas por AldoMoro no cativeiro.

Moro, ex-primeiro-ministro eentão presidente da DemocraciaCristã Italiana, foi sequestrado em16 de março de 1978 pelo grupoterrorista Brigadas Vermelhas eassassinado depois de 55 dias decativeiro. (AFP)

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H OSPITAIS

Estoque de leite:campanha em SP.

Em razão das festas de fim deano, as doações de leite humanodiminuem cerca de 50% e paragarantir um bom estoque paraos bebês prematuros internadosem hospitais, a Secretaria deSaúde do Estado convoca asmães em período deamamentação para doar leitehumano. (Mais informações emwww.redeblh.fio cruz.br)

Segundo a coordenadora dobanco de leite da maternidadeestadual Leonor Mendes deBarros, Andrea Penha SpínolaFernandes, o consumo médiode leite no hospital é de140 litros por mês, mas, emdezembro, por enquanto, aquantidade de doações nãoultrapassou os 60 litros.

Atendendo a algumas regras,qualquer mulher que tem sobrade leite materno pode colaborarmuito com o banco de leite. (AE)

Passeio entreesculturas de gelo

Turistas se divertiam ontemem um trenó puxado por

cachorros e guiado por umfuncionário de um parque na

cidade chinesa de Harbin.

F ISCALIZAÇÃO

Placas de radarescontinuam em SP

São Paulo vai manter as placasque sinalizam a presença deradares nas ruas, informou aSecretaria Municipal deTransportes. Desde quinta-feira,os órgãos de trânsito não sãomais obrigados a avisar sobre aexistência da fiscalização.

A VIAÇÃO

Laser verde, perigo no ar.Onúmero de voos

prejudicados porraios laser no paísaumentou quase

quatro vezes neste ano, deacordo com o Cenipa (Centrode Investigação e Prevençãode Acidentes Aeronáuticos),da Aeronáutica.

O caso ocorre quando pes-soas em solo apontam canetasde laser verde, mais potentesque os de cor vermelha, para acabine de aeronaves.

O facho de luz prejudica a vi-são dos pilotos e pode causarcegueira temporária, segundoespecialistas.

De acordo com o Cenipa, fo-ram registrados 250 relatos depilotos até novembro deste

ano, contra 58 no ano passadotodo. Há relatos em Londrina(PR), Rio de Janeiro (RJ), Vitó-ria (ES), Campinas (SP), JoãoPessoa (PB), Navegantes (SC) eFortaleza (CE).

A Aeronáutica consideraainda que o número real podeser maior, já que a contabiliza-ção é baseada apenas nos rela-tos de pilotos sobre o voo emgeral. A partir de 2012, o Ceni-pa irá disponibilizar um for-mulário específico para que ospilotos informem sobre ocor-rências do tipo.

Campanhas – O objetivo édirecionar campanhas e açõesconjuntas envolvendo aero-portos e a polícia.

Segundo a Aeronáutica, a

maior parte dos casos envol-vendo laser são de crianças ejovens que desconhecem o ris-co da "brincadeira", tambémcomum em estádios de fute-bol. Os casos começaram a au-mentar em 2009.

Facilidade de compra – "Oque se vê hoje é uma maior fa-cilidade de aquisição deste ar-tefato e acredito que por issono Brasil, nos últimos trêsanos, nós tivemos o incremen-to do número de reportes",afirma o major-aviador Már-cio Vieira de Mattos, da Divi-são de Aviação Civil do Ceni-pa. Segundo o órgão, existe orisco de o laser provocar aci-dentes, ainda que a probabili-dade seja baixa. (Agências)

Vanderlei Almeida/AFP

VERÃO AGUADO - Homem cruza a Avenida Rio Branco, no centro do Rio de Janeiro, em meio à chuva que atingiu a

capital fluminense ontem. A mudança do tempo, nos primeiros dias do verão, foi resultado de uma frente fria que derrubou

as temperaturas em 17 graus Celsius. Um 'frio' de 22 graus para carioca nenhum botar defeito.

O jogador Adriano afirmou quea jovem baleada dentro do seucarro "não tem caráter e agiu demá-fé" ao acusá-lo de terdisparado a arma. Ele voltou aafirmar que estava no banco dafrente do veículo e nega terefetuado o disparo. O casoaconteceu quando o jogador saíade uma boate no Rio, com quatromulheres e um amigo por voltadas 5h30 de sábado. O delegadoFernando Reis, responsável pelocaso, declarou que averigua trêsocorrências policiais (ameaça,lesão corporal e furto na porta debanco) em que Adriene CyriloPinto, 20, esteve envolvidarecentemente. Segundo ele, em

todas a estudante está registradacomo vítima. "O fato de as outrascinco pessoas apresentarem amesma versão do Adriano, por sisó, não determina que a verdadeestá com ele. Estamos apenas noinício das investigações",comentou. Caso fiquecomprovado que Adriene estámentindo, ela poderá serenquadrada por crime dedenunciação caluniosa, que prevêpena de 2 a 8 anos de prisão. SeAdriano for culpado, poderá pegaraté 7 anos de prisão e responderpelos crimes de lesão corporalculposa (3 meses a 1 ano) e defraude processual (6 meses a 6anos). (Ag ê n c i a s )

L OTERIAS

Concurso 699 da LOTOFÁCIL

02 03 04 06 08

09 10 15 16 18

19 21 22 23 25

Concurso 2781 da QUINA

08 13 53 54 55

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Laboratóriofundado em1938 em Romacuida dealguns dosmaisrelevantesarquivoshistóricositalianos.

Alberto Pizzoli/AFP

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Reuters

G ADGET DU JOUR

Esbanjando estilo sobre três rodas

Page 11: Diário do Comércio

terça-feira, 27 de dezembro de 2011 11DIÁRIO DO COMÉRCIO

E TA N O LSubsídios dogoverno paraestocagem serãode R$ 500 milhões.

A E RO P O RTO SSem acordo entreempresas aéreas eaeroviários, risco degreve persiste.economia

Aumentomoderado

nasvendas

Consultas feitas ao SCPC entreos dias 1° e 25 de dezembro sobem 1,9%

Rafael Nardini

JF Diorio/AE

Neste ano, o comércio pode se beneficiar do calendário: o período pós-Natal teve início em uma segunda-feira.As consultas ao Ser-v i ç o C e n t r a l d eProteção ao Crédi-to (SCPC), que me-

dem as vendas a prazo, regis-traram alta de 1,9% entre osdias 1º e 25 de dezembro desteano, na comparação com igualperíodo de 2010. Segundo aAssociação Comercial de SãoPaulo (ACSP), com a mesmabase de comparação, as con-sultas ao SCPC/Cheque (indi-cador das vendas à vista) tam-bém cresceram 1,9%. A pes-quisa foi baseada nas informa-ções fornecidas pela Boa VistaServiços (BVS), que adminis-tra o SCPC.

De acordo com Emilio Alfie-

ri, economista da ACSP, o re-sultado médio dos dois siste-mas está dentro do previstopela entidade para o período."O crediário vem mantendo oritmo próximo de 2% desde aprévia da primeira quinzenade dezembro. Já o SCPC/Che-que, que apresentou estabili-dade na quinzena, começou areagir a partir do dia 20, com opagamento da segunda parce-la do 13º salário."

Segundo Alfieri, as vendasdo comércio permanecerammais aquecidas até o mês deagosto, mas depois acabarampor se retrair por causa do em-prego de medidas de conten-ção do crédito anti-inflacioná-

rias implementados pelo go-verno federal. "Em setembro,as vendas registravam alta de2%. No mês de outubro, a altafoi de 0,5% e, em novembro, omovimento se recuperou umpouco, para 1%."

Os estudos da ACSP apon-tam que o SCPC/Cheque acu-mulou alta de apenas 0,3% atéo dia 20 deste mês. O índice sóchegou à alta de 1,9% no dia 23,com crescimento das vendas àvista praticamente desprezí-vel entre os dias 24 e 25.

Segundo Alfieri, as vendas àvista foram puxadas por movi-mento maior no mercado deroupas e calçados. Já as vendasa prazo foram incentivadas,principalmente, por telefonescelulares e eletrodomésticos.

As vendas pós-Natal devemser beneficiadas por conta deum calendário mais favorávelao lojista, já que neste ano o dia26 caiu numa segunda-feira,enquanto que no ano passadofoi em um domingo. Com isso,o mês contará com um dia útil a

mais do que em 2010, impul-sionando as vendas. "O resul-tado pode ser ligeiramentemaior do que o ano passado",comentou o economista.

Se o resultado deste Natalnão foi extraordinário, ao me-nos a tendência é de que o cres-cimento nas vendas retorne aum patamar entre 5% e 6%. "Seas vendas não aumentaremcom as liquidações e promo-ções após o Natal, a situaçãomelhora mais para a frente",avaliou Alfieri. Para ele, até

abril ou maio, o cenário já deveser mais favorável ao lojista.

Endividamento – O endivi-damento do paulistano ficouestável em dezembro ante no-vembro, de 41% para 41,3%, ní-vel que representa um total de1,48 milhão de famílias, deacordo com a Pesquisa de En-dividamento e Inadimplênciado Consumidor (Peic) divul-gada pela Federação do Co-mércio de Bens, Serviços e Tu-rismo do Estado de São Paulo( F e c o m e rc i o - S P ) .

Nos shoppings, alta de 5,5%.

Fila de clientes ontem em loja do Centro da Capital para trocar produtos. Bom movimento, apesar da chuva.

Chico Ferreira/ LUZ

PAPAI NOELATRASADOConsumidorescorreram para asportas da loja dedepartamentoslondrina Selfridges ,no início do feriadodo Boxing Day,ontem. Um númerorecorde de lojas abriuno Reino Unido no diaseguinte ao Natal,com descontos de até80% nos produtos.Para algunsconsumidores, umverdadeiro presentede Papai Noel.St

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Karina Lignelli

Troca alavanca negóciosLojistas veem com bons olhos a presença do cliente com presente "errado"

Paula Cunha

Achuva persistente natarde de ontem noCentro da capital pau-

lista não aborrecia a maior par-te dos comerciantes – eles esta-vam satisfeitos com o volumedas trocas de presentes que le-vava alguns consumidores aadquirirem novos itens.

Esse foi o caso da MundialCalçados. Localizada na RuaDireita, a loja registrou no se-tor de trocas movimento igualao do ano passado, segundofuncionários, ou seja de 20%das vendas. De acordo aindacom os funcionários, a cadadez trocas sete levaram a no-vas vendas. O resultado de on-tem foi considerado positivo.

Na concorrente Clóvis, o ge-rente Adilson Carvalho foimais conservador – estimou

que 20% dos consumidoresque realizaram trocas acabamfazendo novas compras. Eleconsiderou o movimento dodia normal. Na unidade próxi-ma à Praça da Sé, a bancáriaCamila Cardoso trocou o cal-çado que ganhou na festa deAmigo Secreto e resolveu com-prar mais dois pares – para elaprópria e para a filha.

C hu v a – Em outros estabe-lecimentos, como a Hering, daRua 15 de Novembro, e aOverboard, na Rua São Bento,a chuva prejudicou um poucoo movimento, mas a expecta-tiva é de reação nos próximosdias. Na primeira, a gerenteTatiane Ribeiro explicou que ofluxo maior foi de trocas du-rante todo o dia. Ela acreditaque as vendas devem reagir apartir de quarta-feira. NaOverboard, o gerente SauloSouza Pinto classificou como

bom o movimento de trocas."Estaria melhor se não fosse achuva", disse.

Ainda no entorno da RuaSão Bento, cerca de 70% do mo-vimento correspondia a tro-cas. Um dos vendedores deuma loja de moda femininadisse que as vendas vão crescerao longo da semana, com a pro-cura por peças de vestuáriobrancas para a festa do AnoNovo. Mas em outra loja, devestuário masculino, os fun-cionários queixavam-se domovimento fraco.

As trocas concentram-se nohorário do almoço. Sem tem-po, o estudante Douglas con-cluiu rapidamente a substi-tuição do tênis que ganhouno Natal.

Também a assistente admi-nistrativa Andréia foi ágil aotrocar um modelo de sandáliaspor outro mais confortável.

Espumante lidera procura

AAssociação Paulistade Supermercados( A p a s ) e s t i m a u m

crescimento de 6% das vendas,em termos reais, dos super-mercados paulistas neste Na-tal. Segundo a Apas, as vendasforam puxadas por espuman-

tes, cervejas, refrigerantes, car-nes, frutas, panetones, casta-nhas e outros itens típicos.

Os preços dos produtos quecompõem a cesta de Natal tive-ram elevação de 7% a 10%, comdestaque para bebidas e pane-tones de chocolate. Para a

Apas, embora ocorra no finaldo ano majoração em diversosprodutos, desta vez os preçossubiram menos do que os deoutros segmentos de consu-mo. A inflação de 2011 nos su-permercados deve ficar emtorno de 5%. (AE)

No Natal deste ano, asvendas ficaram 5,5%maiores em compara-

ção a 2010, informou ontem aAssociação Brasileira de Lojis-tas de Shoppings (Alshop), emlevantamento realizado com150 associados no Brasil, quereúnem 6,4 mil lojas. Apesar deficar abaixo das projeçõesanunciadas em novembro(6,5%), o resultado foi conside-rado positivo pelo presidenteda entidade, Nabyl Sahyoun.

A boa oferta de crédito noinício do ano, as prestaçõescom prazo longo, o aumentoda renda do trabalhador e aampliação do emprego formalpuxaram perspectivas maiorespara o Natal. "O consumidorpreferiu esperar um poucomais para gastar. Mas o impor-tante foi manter o crescimentosobre 2010", disse Sahyoun.

Outro dado positivo, segun-do a Alshop, é o faturamentototal do varejo brasileiro, quena estimativa da entidade de-ve fechar o ano em R$ 705 bi-lhões. O crescimento será de10,5% em comparação a 2010.Já as vendas em shoppings em2011 devem chegar a R$ 104,1bilhões, alta de 12% no volu-me de vendas em relação aoano passado.

O reforço na mão de obranos shoppings para o fim doano também cresceu: a alta foide 7% em 2011, com 140 mil

temporários contratados. "Aexpectativa é que 25%, ou 35mil admitidos, se tornem fun-cionários permanentes", apos-tou o presidente da Alshop.

Entre os setores que mais sedestacaram no Natal desteano, segundo a Alshop, perfu-maria e cosméticos ficaram notopo do ranking, com alta de18% ante 2010. Depois, vêmóculos, bijuterias e acessórios,com 17%, joias e relógios, com13%, calçados com 8%, ele-troeletrônicos, 5% e brinque-

redução da taxa Selic e Impos-to sobre Produtos Industriais(IPI) para linha branca forampositivas para as vendas de fimde ano, apesar de terem chega-do "um pouco tarde", segundoSahyoun. Já a saída de smart-phones e tablets tiveram de-sempenho menor por seremprodutos de maior valor agre-gado. "O esfriamento do con-sumidor fez com que ele pro-curasse locais com variedadede opções de compra e expec-tativa de gastos menores", dis-se o dirigente.

Liquidações – O setor deshoppings espera o habitualaumento de circulação nestaúltima semana com as trocasde presentes, compras para oRéveillon (lingeries e roupabranca) e para viagens de fé-rias. Já as tradicionais liquida-ções de Natal e de balanço, emjaneiro, serão mais intensasque as do ano anterior, pois osestoques estão bem maiores.

Segundo o diretor Luis Ilde-fonso, a situação econômica émenos favorável que no anopassado. Então, pode-se espe-rar de 50% a 60% de descontonas promoções das lojas, pelomenos. "Se em 2010 o lojistacobrou R$ 70 em um item quecustava R$ 100, este ano devecobrar R$ 50", completou.

De modo geral, segundoSahyoun, para 2012 a expecta-tiva de crescimento no setor deshoppings deve se manter en-tre os 10% e 12%. "Há muito in-vestimento no setor."

104,1bilhões de reais deve

ser a soma dofaturamento das lojasde shopping centers

neste ano.Investimentos no

setor prosseguem.

dos, 4%. A "lanterna" ficou como setor de vestuário, que cres-ceu apenas 2% no Natal, e zeroao longo do ano. "Com a eleva-ção de 20% nos custos de im-portação do algodão, a indús-tria repassou preços rapida-mente para as confecções e lo-jistas", explicou o diretor derelações institucionais Luis Au-gusto Ildefonso da Silva.

As medidas do governo de

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terça-feira, 27 de dezembro de 201112 -.ECONOMIA DIÁRIO DO COMÉRCIO

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terça-feira, 27 de dezembro de 2011 13DIÁRIO DO COMÉRCIO

O Brasil tem batido os países europeus no futebol há muito tempo, mas ultrapassá-los no campo da economia é um fenômeno novo.Douglas McWilliams, diretor-executivo do CEBReconomia

Brasil já é a sexta economia do mundoPaís superou o Reino Unido em ranking das maiores economias do planeta e passou a ocupar a sexta posição, atrás da França, segundo o jornal The Guardian.

Acrise do sistema fi-nanceiro interna-cional de 2008, so-mada aos períodos

de recessão ou de baixo cresci-mento no Reino Unido e de ex-pansão no Brasil nos últimosquatro anos, precipitou a che-gada do País ao posto de sextamaior potência econômica, su-perando os britânicos. O dado,ainda não oficial, foi reveladopelo jornal The Guardian e sebaseia em análises e projeçõesde especialistas do Centro paraPesquisa Econômica e Negó-cios (CEBR, sigla em inglês), deL o n d re s .

A mudança é a segundamais importante do ano: noprimeiro semestre, a China jáhavia passado o Japão.

O ranking elaborado peloCEBR coloca, pela ordem, Es-tados Unidos, China, Japão,Alemanha e França nas cincoprimeiras posições. Aí surge amudança: enfraquecido porum ritmo de crescimento bai-xo, avaliado pela Organizaçãopara a Cooperação e o Desen-volvimento Econômico (OC-DE) em 0,9% em 2011, o ReinoUnido não consegue maiscompetir com o Brasil, mesmoque o Produto Interno Bruto(PIB) do País registre amplia-ção modesta, de 3% neste ano,bem inferior à projeção inicial.

Segundo o CEBR, o PIB doBrasil deve fechar o ano em1,61 trilhão de libras (US$ 2,51trilhões, em números de hoje),enquanto o do Reino Unidonão superará 1,58 trilhão de li-bras (US$ 2,48 trilhões).

A ultrapassagem deve seconsolidar nos próximos anos,já que as projeções indicamcrescimento de 0,5% em 2012 ede 1,8% em 2013 para os britâ-nicos – sempre inferior ao rit-mo brasileiro.

Europeus – Os dados do CE-BR confirmam as análises aolongo do ano de dois outrosinstitutos, o Economist Intelli-gence Unit (EIU) e o BusinessMonitor International (BMI),além do Fundo Monetário In-ternacional (FMI) . Todosapontam a tendência: o Brasil,assim como Rússia e Índia, ul-trapassará os quatro maioresmercados europeus – Alema-

nha, França, Reino Unido e Itá-lia – nesta década.

Ao superar os britânicos, aeconomia brasileira está nomeio do caminho, à frente tam-bém da Itália, superada em2010, e já colada na da França.

Fu te bo l – De acordo com odiretor-executivo do CEBR,Douglas McWilliams, as cau-sas do declínio são evidentes: acrise da Europa, somada ao al-to endividamento no bloco e ànecessidade premente de re-duzir déficits e dívidas, leva apolíticas de austeridade quedesaceleram o crescimento eprecipitam a ascensão dosgrandes emergentes. "O Brasiltem batido os países europeusno futebol há muito tempo,mas ultrapassá-los no campoda economia é um fenômenonovo", disse McWilliams aoGuardian.

Para o economista, a produ-ção de matérias-primas bene-ficia Brasil, Rússia e Índia, co-mo também a China. O resulta-do é que, até 2020, o ranking demaiores economias será com-pletamente alterado em rela-ção ao início do século: os Bricsocuparão a segunda, a quarta,a quinta e a sexta posições, res-pectivamente com China, Rús-sia, Índia e Brasil, dividindoespaço com Estados Unidos, aprimeira potência, e Japão, at e rc e i r a .

Na Europa, que enfrenta amais grave crise desde 1929, anotícia foi recebida com mistode admiração pelas conquistasdo Brasil e de amargura pelamá fase da União Europeia.Em Paris, o jornal Le Monde de-dicou reportagem ao "aumen-to da potência do Brasil". EmLondres, o Financial Times f oirealista: "Na realidade, aindahá muito trabalho para ser fei-to. Todos os Brics ainda estãomuito atrás em PIB per capita",disse o periódico, lembrandoas posições dos quatro paísesno ranking do Banco Mundial– todos a partir do 50º lugar.

Como de praxe entre britâni-cos, a notícia foi recebida compitada de rivalidade. A man-chete do Daily Mail ignorou oBrasil e afirmou: "Economiabritânica deve superar a daFrança em cinco anos". (AE)

Em 2012, quatro feriados em sextas.

Ogoverno federaldivulgou, ontem, noDiário Oficial da

União, a relação de feriadosnacionais e pontosfacultativos para 2012.Segundo portaria assinadapela ministra MiriamBelchior, do Planejamento,quatro feriados cairão emsextas-feiras: Paixão de Cristo(6 de abril), Independência doBrasil (7 de setembro), NossaSenhora Aparecida (12 deoutubro) e Finados (2 denovembro). Destes, apenas oferiado da Semana Santa éconsiderado facultativo paraórgãos públicos federais.

Ao todo, serão 16 datas,sendo oito feriados nacionais

e oito pontos facultativos.Não entram na lista datasmunicipais ou estaduais.

De acordo com Marcel

Solimeo, economista chefe esuperintendente institucionalda Associação Comercial deSão Paulo (ACSP), as datascomemorativas não devemafetar diretamente os lojistas,mas elas acabam por atingir a"produtividade como umtodo", principalmente a daindústria.

Turismo – "Locais com focono turismo podem serbeneficiados. A cidade de SãoPaulo sofre sempre umesvaziamento em datas comoessas, o que acaba afetandoum pouco as vendas porimpulso. Mas o que éessencial, o consumidor acabacomprando de uma forma oude outra", disse Solimeo.

O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) contribuiu para o País ocupar posição atrás somente dos EUA, China, Japão, Alemanha e França.

Paulo Liebert/AE

Na virada do ano, osalário-mínimo vai a R$ 622.

Odecreto que define ovalor de R$ 622 para osalário-mínimo a par-

tir de 1º de janeiro de 2012 foipublicado na edição de ontemdo Diário Oficial da União. O no-vo valor representa um au-mento de 14,13% em relação aoatual, de R$ 545. Com o reajus-te, o valor diário do salário-mí-nimo corresponderá a R$ 20,73e o valor pago pela hora de tra-balho será de R$ 2,83.

O método de reajuste do sa-lário-mínimo foi definido pormeio de uma medida provisó-ria aprovada pelo Congresso.A lei que fixa a política de rea-juste do salário-mínimo esta-

belece que o valor será reajus-tado, até 2015, com base no Ín-dice Nacional de Preços aoConsumidor (INPC) do anoanterior mais a variação doProduto Interno Bruto (PIB) dedois anos antes.

O novo salário-mínimo deR$ 622 terá impacto de R$ 23,9bilhões nos gastos públicos em2012. A maior parte dessemontante corresponde aos be-nefícios da Previdência Socialno valor de um salário-míni-mo, que serão responsáveispelo aumento de R$ 15,3 bi-lhões nas despesas do InstitutoNacional do Seguro Social(INSS). (ABr)

Bovespa bate recordehistórico em 2011

Mesmo com a crise naEuropa, o volumemovimentado na

Bolsa de Valores de São Paulo(Bovespa) bateu recordehistórico neste ano. Até o dia23, as compras e vendas deações no mercado à vistamovimentaram R$ 1,505trilhão, acima do R$ 1,490trilhão de 2010, de acordocom dados da BM&FBovespa.Entre os papéis maisnegociados estão Vale,Petrobras, Itaú e Bradesco.

Quando se consideram osmercados de opções e atermo, o ano de 2011 tambémbate recorde histórico. Com

mais esses dois segmentos denegociação, o volumefinanceiro total da bolsa chegaa R$ 1,6029 trilhão até o dia 23,pouco acima doR$ 1,6027 trilhão do anopassado.

Pessoas físicas – Por contada crise na Europa, queaumentou a volatilidade domercado acionário, muitaspessoas físicas saíram dabolsa brasileira.

A participação dessesinvestidores nos negóciosficou em 21,5% em 2011, até odia 23, ante 26,4% no anopassado. Foi o menorpercentual desde 2002. (AE)

Focus mostra IPCAde 5,33% no ano que vem

Aexpectativa do merca-do de inflação medidapelo Índice Nacional

de Preços ao Consumidor Am-plo (IPCA) em 2012 caiu de5,39% para 5,33%, de acordocom a pesquisa Focus divulga-da ontem pelo Banco Central(BC). Essa foi a quarta semanaconsecutiva de queda nas pro-jeções dos analistas para o IP-CA. Já para 2011, a estimativapara o índice oficial de inflaçãovoltou a crescer, passando de6,52% para 6,54%.

Apesar do teto da meta deinflação ser 6,5%, o ministro daFazenda, Guido Mantega,considera que patamares infe-

riores a 6,55% deverão ser arre-dondados para baixo.

Ainda segundo a pesquisaFocus, a taxa Selic no fim de2012 deverá ser de 9,5%, comoprevisto na semana anterior.

A projeção de mercado sua-vizada para o IPCA 12 meses àfrente caiu de 5,40% para5,33%, de acordo com o relató-rio. Segundo a pesquisa, a esti-mativa para o IPCA de 2012 nomédio prazo dada pelas insti-tuições com maior índice deacerto (TOP5) caiu de 5,36%para 5,27%.

Já para 2011, a previsão des-ses analistas aumentou de6,48% para 6,52%. (AE)

Padrão europeu, só em 20 anos.Oministro da Fazenda,

Guido Mantega, afir-mou ontem que, ape-

sar de o Brasil estar crescendo ataxas superiores aos países de-senvolvidos, vai levar entre deze 20 anos para alcançar um pa-drão de vida europeu.

"Vamos ter de continuarcrescendo mais do que essespaíses, aumentar o emprego ea renda da população. Nós te-mos um grande desafio pelafrente", disse Mantega, confor-me nota distribuída ontem aosjor nalistas.

O ministro reafirmou queneste momento de crise inter-nacional, centrada sobretudonos países da zona do euro, ospaíses emergentes vão ter umaexpansão econômica superiorà dos ricos.

"Os países que mais vão cres-cer são os emergentes, como o

Brasil, a China, a Índia e a Rús-sia. Dessa maneira, essa posi-ção vai ser consolidada e a ten-dência é de que o Brasil se man-tenha entre as maiores econo-mias do mundo nos próximosanos", afirmou.

Segundo o comunicado doministro da Fazenda, o Brasil

hoje é um País mais "respeita-do e cobiçado". "Tanto que osinvestimentos estrangeiros di-retos devem somar US$ 65 bi-lhões neste ano", afirmou Gui-do Mantega, citando previsãodo Banco Central.

O ministro já havia dito que oBrasil se tornaria a sexta maior

economia do mundo – confor-me foi divulgado ontem pelojornal britânico The Guardian –e que o objetivo era ultrapassara França para se tornar a quintamaior economia do planeta.Mas não estipulou um prazopara esta nova colocação noranking. (Re u te r s )

Ernesto Rodrigues/AE

Ministro Guido Mantega disse que aumentará o emprego e a renda

Os países que maisvão crescer são osemergentes, como oBrasil, a China, aÍndia e a Rússia. OBrasil estará entreos maiores.

GUIDO MANTEGA, DA FAZENDA

16datas comemorativasestão no calendário

de feriados divulgadopelo governo. Em oito

dias, o ponto dosservidores éfa c u l t a t i vo.

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terça-feira, 27 de dezembro de 201114 -.ECONOMIA/LEGAIS DIÁRIO DO COMÉRCIO

COOPERATIVA DE CRÉDITO MÚTUO DOSEMPRESÁRIOS DE CAMPINAS – SICOOB-CREDIACIC (ACICOOP)

EDITAL DE AVISO E CONVOCAÇÃOA Cooperativa de Crédito Mútuo dos Empresários de Campinas – SICOOB-CREDIACIC (denominadaanteriormente de ACICOOP) convoca todos aqueles que comprovadamente quitaram, via boletobancário emitido ao portador nos anos de 2007 a 2008, uma ou mais parcelas para integralização decotas do capital social da entidade, mas não totalizaram o valor mínimo de uma cota, para compareceremou se comunicarem com a CREDIACIC (Av. José Paulino, 1.111, f. (19) 2511.2005), no prazo de 30 diascontados a partir da publicação do presente edital, a fim de resgatar dos valores pagos ou complementara quantia necessária à integralização da cota, apresentando, para tanto, os respectivos comprovantesde pagamento, sendo que o não comparecimento no prazo ora estipulado será tido como manifestaçãovolitiva de recusa à integralização da cota e desinteresse na admissão ao quadro de cooperados.

EUROPETRO PARTICIPAÇÕES SACNPJ/MF nº 13.224.463/0001-89 NIRE 35.300390326Extrato de Ata da Assembleia Geral Extraordinária

Data e Horário: 16/11/ 2011 às 10:00 horas. Local: Sede -Rua Barra do Tibagi, 682 – 1. Andar – SãoPaulo-SP. Presença: Acionistas representando a totalidade do capital social. Ordem do Dia: (i)Deliberar e votar sobre o Balanço Patrimonial e as Demostrações Financeiras relativas ao exercíciosocial findo em 31/12/2010. (ii) Aumento do Capital Social com consequente alteração do Estatuto Social.(iii)Demais assuntos de interesse da sociedade. Deliberações tomadas por unanimidade: 1)Obser-vado o disposto em Lei , foram aprovadas as contas da administração e as Demonstrações Financeirasreferentes ao exercício findo em 31/12/2010. 2) Resolvem aumentar o capital da sociedade em R$4.900.000,00 (quatro milhões e novecentos mil reais) mediante emissão de 4.900.000 (quatro milhõese novecentas mil) novas ações, ao preço de R$ 1,00 (Hum real) por ação, sendo 80.000 (oitenta mil)ações ordinárias nominativas e 4.820.000 (quatro milhões, oitocentos e vinte mil) ações preferenciaisnominativas, as quais serão subscritas pelos acionistas e integralizadas até 30/06/2012. 3) Emdecorrência do aumento do capital acima deliberado, o Artigo 5. do Estatuto Social passará a vigorar coma seguinte redação: “Artigo 5” – “O capital social é de R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais), divididoem 135.000 (cento e trinta e cinco mil) ações ordinárias nominativas no valor de R$ 135.000,00 (centoe trinta e cinco mil reais) e 4.865.000 (quatro milhões, oitocentos e sessenta e cinco mil) açõespreferenciais nominativas no valor de R$ 4.865.000,00 (quatro milhões, oitocentos e sessenta e cincomil reais). Ata reg. e arquivada na JUCESP em 16/12/2011 sob n. 501.140/11-6.

Cidade de Deus - Companhia Comercial deParticipações

CNPJ no 61.529.343/0001-32 - NIRE 35.300.053.800Assembleia Geral Extraordinária

Edital de ConvocaçãoConvidamos os senhores acionistas desta Sociedade a se reunirem em Assembleia GeralExtraordinária, a ser realizada no próximo dia 9 de janeiro de 2012, às 11h, na sede social, Cidadede Deus, Vila Yara, Osasco, SP, Salão Nobre do 5o andar, Prédio Vermelho, a fim de examinarproposta do Conselho de Administração para aumentar o Capital Social no valor deR$430.000.000,00, elevando-o de R$8.293.000.000,00 para R$8.723.000.000,00, mediante aemissão de 161.654.135 novas ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, aopreço de R$2.660,00 por lote de mil ações, para subscrição particular pelos acionistas no períodode 11.1 a 13.2.2012, na proporção de 2,432182223% sobre a posição acionária que cada umpossuir na data da Assembleia (9.1.2012), com integralização à vista, de 100% do valor das açõessubscritas, em 8.3.2012; Documentos à Disposição dos Acionistas: este Edital de Convocaçãoe a proposta do Conselho de Administração encontram-se à disposição dos acionistas na sede daSociedade e no Departamento de Ações e Custódia do Banco Bradesco S.A., InstituiçãoFinanceira Depositária das Ações da Sociedade, Cidade de Deus, Prédio Amarelo, Vila Yara,Osasco, SP. Cidade de Deus, Osasco, SP, 26 de dezembro de 2011. Lázaro de Mello Brandão -Presidente do Conselho de Administração. 27, 28 e 29.12.11

Levantamento realizado pelo Comus mostrou que a maior parte dos órgãosanuentes do Porto de Santos funciona apenas das 7h às 17h.economia

Gargalo rodoviário prejudica logísticaPlano para o transporte de carga utilizar horários ociosos nas vias que levam ao Porto de Santos, como a Piaçaguera-Guarujá, é apresentado na ACSP.

Fotos: Paulo Pampolin/Hype

Omapeamento dasrodovias nospossibilita mostraràs empresas que épossível cadenciar ofluxo dasmercadorias,utilizando melhor acapacidade dasestradas.

JOSÉ CÂNDIDO SENNA, DO COMUS

Milton Xavier, da Secretaria Estadual de Logística e Transporte, à esquerda: "janela" noturna para cargas.

Renato Carbonari Ibelli

Alogística de cargasno Estado de SãoPaulo esbarra na di-ficuldade de mobi-

lidade. A maior parte das viasestá saturada e é consenso queos investimentos para amplia-ção da oferta de rodovias nãoacompanha o crescimento dademanda por elas. Um paliativopara essa situação seria equa-cionar melhor a utilização dasestradas, tornando-as atrativasem períodos nos quais elas estãocom capacidade ociosa. Essapossibilidade foi apresentadana última quarta-feira durantereunião do Conselho dos Usuá-rios dos Portos e Aeroportos doEstado de São Paulo (Comus),da Associação Comercial de SãoPaulo (ACSP).

Durante a reunião, MiltonXavier, assessor de planejamen-to da Secretaria Estadual de Lo-gística e Transporte, apresentouum levantamento mostrando,por exemplo, que a Piaçaguera-Guarujá – via fundamental paraentrada e saída de produtos doPaís por meio do Porto de San-tos – é pouco utilizada das 20 ho-ras às 6 horas da manhã. Por ou-tro lado, a partir das 6 horas, atéo início da janela ociosa, a via,em ambos os sentidos, fica com-pletamente saturada.

Situação semelhante acon-tece na Anchieta, outra via deimportância ímpar para o co-mércio exterior, mas que nãocomporta mais o tráfego querecebe. A descida da Anchieta– sentido Baixada Santista – é oponto mais crítico. Embora es-se sentido esteja saturado emquase todos os horários, foiidentificada uma pequena ja-nela ociosa que vai da meia-noite às 4 horas. Vale lembrarque as cargas de exportaçãodependem exclusivamentedessa via para serem embarca-das em Santos, uma vez que oscaminhões são proibidos de

Exportações batem recorde

Sobe desemprego na França

As exportaçõesbrasileirasultrapassaram,

pela primeira vez,a marca de US$ 250 bilhõesneste ano, de acordo comdados divulgadosontem pelo Ministériodo Desenvolvimento,Indústria e ComércioExterior. O volume recordede US$ 250,3 bilhões,registrado entre janeiro e aquarta semana dedezembro, é 24%superior ao observado emtodo o ano passado.A soma total registrada em2010 havia sido deUS$ 201,9 bilhões.

A corrente de comércio(soma das exportações comas importações), de janeiroaté a quarta semana dedezembro, chegou aUS$ 473,8 bilhões, um

volume que também érecorde – 23,5%superior ao registrado emtodo o ano de 2010(US$ 383,6 bilhões).

O saldo da balançacomercial (diferença entreexportações eimportações) neste ano épositivo em US$ 26,8bilhões.

Apenas na quartasemana de dezembro,entre 19 e 25, o Brasilexportou US$ 5,29 bilhõese importou US$ 4,55bilhões, o que resultou emsaldo positivo deUS$ 740 milhões. Noacumulado do mês , abalança comercial temsaldo positivo de US$ 870milhões, com US$ 16,4bilhões em exportações eUS$ 15,5 bilhões emimportações. (ABr)

Onúmero de pessoasbuscando empre-go na França subiu

em novembro, segundo in-formou ontem o Ministériodo Trabalho, em mais umsinal de que a segundamaior economia da zona doeuro está sendo fortementeatingida pela crise da dívi-da no bloco e a desacelera-ção da atividade global.

O total de pessoas buscan-do emprego na categoria A(apenas no território conti-n e n t a l ) a v a n ç o u p a r a2.844.800 em novembro, umaumento de 1,1% na compa-ração com outubro e de 5,2%ante novembro do ano pas-sado. Incluindo os territó-rios ultramarinos – como aGuiana e a Ilha Reunião, noOceano Índico – o númerode desempregados buscan-

do trabalho teve um avançomensal 0,9%, para 3.080.500em novembro.

Prazo curto – O aumentonas taxas de desemprego,que atingiram 9,1% no se-gundo trimestre, enfraque-ce ainda mais a posição dogoverno, com a aproxima-ção da campanha eleitoralno ano que vem. O presi-dente Nicolas Sarkozy, quedeve disputar a reeleição,tem somente mais um mêspara cumprir sua promessade trazer a taxa de desem-prego para 9% antes do finaldo ano.

Segundo as pesquisasmais recentes do instituto na-cional de estatísticas Insee, ogoverno não atingirá a meta,já que o desemprego devesubir novamente em dezem-bro, atingindo 9,2%. (AE)

descer pela rota alternativa daImigrantes.

O estudo encabeçado por Xa-vier fez o monitoramento diário– ao longo de 219 dias, excluin-do fins de semana e feriados –do fluxo de veículos pelas prin-cipais vias que levam à BaixadaSantista. O mapeamento foi rea-lizado entre novembro de 2010 eoutubro de 2011.

José Cândido Senna, coorde-nador geral do Comus, lembrouque o estudo está em consonân-cia com o projeto do Porto 24Horas, a principal linha de açãodo conselho da ACSP. O Porto24 Horas versa pela possibilida-de de funcionamento ininter-rupto dos entes públicos e pri-vados que operam no Porto deSantos, agilizando a importaçãoe exportação. "O mapeamentodas rodovias nos possibilitamostrar às empresas que ope-ram a cadeia logística no estadoque é possível cadenciar o fluxodas mercadorias, utilizandomelhor os horários de reservade capacidade das estradas",disse Senna.

Utilizando os horários de re-servas de capacidade das rodo-

vias um exportador do interiordo estado poderia programarmelhor a escala de seus cami-nhões que seguem com destinoao Porto de Santos. Xavier con-cordou em realizar um estudomais amplo para o Comus, ma-peando os horários ociosos nas

rodovias de maior importânciapara o comércio exterior, como aAnhanguera e a Bandeirantes.

Porém, para criar o interesseentre os exportadores e empre-sas de transporte em operar nes-ses horários alternativos é preci-so que as operações do Porto de

Santos mudem de perfil. Hoje,em Santos, apenas a interaçãoentre o navio atracado e o cais éque funciona ininterruptamen-te. Ou seja, não adiantaria nadaos caminhões encontrarem viaslivres em horários alternativosse não puderem descarregar ascargas ao chegarem no porto.

Levantamento realizado peloComus mostrou que a maiorparte dos órgãos anuentes doPorto de Santos funciona ape-nas das 7h às 17h. No caso de au-tarquias ligadas a ministérios,como as da Agricultura, Saúde,Fazenda e Transporte, o funcio-namento é das 8h às 17h. Ou seja,mesmo que as cargas cheguemininterruptamente ao porto, seudesembaraço não teria a mesmaagilidade. Sem essa agilidade, ascargas de importação acabamarmazenadas um longo temponos terminais portuários, con-correndo por espaço com as car-gas de exportação. Em média, oscontêineres de importação per-manecem 17 dias nos terminaismolhados de Santos.

Destaca-se que o Porto 24 ho-ras é uma proposta emergencial,para solucionar em curto prazo

os gargalos logísticos de Santossem grandes interferências nainfraestrutura já existente noporto.

Segundo Xavier, para o longoprazo o problema pode ser ali-viado com projetos de melhoraproveitamento da malha ferro-viária. Entre os projetos ele des-taca um realizado pela RumoLogística para transportar cargade açúcar por ferrovias desdeItirapina, passando por Campi-nas até Santos. De acordo comXavier, a Rumo está em busca derecursos de investidores parainiciar o projeto.

Por fim, ele cita a conclusãodo tramo norte do Ferroanel,projeto público que envolve umtrecho de 60 quilômetros, que,segundo Xavier, já deve ter emjaneiro o projeto de engenhariaterminado para então ter os cus-tos definidos.

A obra deve durar três anosna sua visão. "Esses projetos ti-rariam 3.185 mil caminhões dia-riamente da descida da Anchie-ta, o trecho mais crítico analisa-do, deixando o fluxo de veículosnele abaixo do ponto de satura-ção da via", disse Xavier.

Page 15: Diário do Comércio

terça-feira, 27 de dezembro de 2011 15DIÁRIO DO COMÉRCIO

nformática

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VEJA NOSSAS IMPRESSÕES

ACESSÓRIOS

Mesinha que resfria o laptop

Overão vem com força total e os notebooksesquentam muito se funcionarem o dia

inteiro em ambientes não refrigerados.O Cooler Table, da Multilaser, é uma soluçãopara acomodar os portáteis e mantê-losresfriados. É uma mesa dobrável, fácil demontar e de ser levada para qualquer lugarpois, ao ser fechada, ocupa apenas33 centímetros. Tem dois coolers, superfícietexturizada, mouse pad e partes em metal. Suaspernas duplas são ajustáveis a quatro níveis dealtura, e a inclinação vertical automática facilitana hora de abrir a mesa. Por R$ 130.

GADGETS

Som do iTunes amplificado

Agora que a loja iTunes, da Apple, foi liberada no Brasil, osconsumidores brasileiros poderão baixar à vontade suas

músicas preferidas. A amplificação do som dos iPhones, iPads eiPods ganha qualidade com esta dockstation Ambience, daSharper Image. O dock recarrega e toca os gadgets e pode serconectado aos televisores para permitir a visualização de vídeose filmes armazenados nos equipamentos, inclusive em full HD.A dock possui dois alto-falantesde 20 W de potência,combinados com umsubwoofer integrado econtrole remoto e comportadiferentes tipos de gadgets.Por R$ 1.000, naw w w. i n d i e s h o p. co m . b r

PERIFÉRICOS

Mouse e teclado do futuro

Omouse e teclado de vidro temperado e comdesign elegante são desenvolvidos pela Giddings

Product Development que está utilizando o siteKiskstarter para conseguir investidores e colocar osprodutos em produção comercial. Os produtospossuem uma base de metal onde são acopladascâmeras que captam os movimentos do mouse e dasteclas utilizando luz infravermelha. Os equipamentosnão possuem partes móveis, são wireless e carregadoscom baterias de lithium polímero. Para adquirir oconjunto, o consumidor paga US$ 350. Só o mousecusta US$ 150 e o teclado US$ 250. Na semanapassada, o site já contabilizava 472 pessoasinteressadas e US$ 122,4 mil doações feitas para oprojeto. http://www.kickstarter.com/projects/1116966310/multi-touch-k eyboard-and-mouse

CÂMERAS

Nikon com troca de lentes

ANikon lançou mundialmente suanova família de câmeras Nikon 1 –

V1 e J1 – cujo diferencial é apossibilidade de intercambiar lentes,mas mantendo um design leve eminimalista. Com elas, é possívelfotografar até 60 quadros por segundocom toque de um botão. O obturadorde alta velocidade permite que secapture a imagem enquanto se gravaum vídeo em full HD. O modo Foto emMovimento une duas imagens (gravadae fotografada) para fazer uma foto quese move. O display de LCD é de 3polegadas e o sensor de 10.1 MP. Osmodelos vêm nas cores branca, rosa,vermelha, prata e preta. Preço: R$ 3.500.

O iPhone 4S é somente um dos inúmeros smartphones topde linha que invadiram o mercado nesses últimos tempos.

Os tops pós-NatalONatal já passou, mas

sempre é tempo de (se)presentear quando o

assunto é smartphone "top" –principalmente para quem nãodispensa as tecnologias maisrecentes. Último a chegar nomercado brasileiro, o iPhone 4S jádá o que falar – tanto pelo

assistente pessoal Siriembarcado como pelas imensasfilas que se formaram no dia dolançamento para adquirir oaparelho. Entretanto, o telefoneda empresa da maçã é somenteum dos inúmeros smartphonestop de linha que invadiram omercado nesses últimos tempos.

Ao lado dele, estão nas prateleirasótimas pedidas como o Nokia N9,que utiliza sistema MeeGo, orobusto Milestone 3 e o – quemdiria – divertido BlackBerry Torch9860. Para descobrir qual a melhoropção entre os equipamentos deponta, o DC Informática avaliou osquatro campeões de venda.

IPHONE 4SCom design praticamente idêntico ao iPhone 4, o 4S tem um processador

extremamente rápído (é o A5, o mesmo que equipa o iPad) e ótima câmera de 8 Mpixel.Ele tem também bons aplicativos para multimídia e nunca "engasga".

Basicamente, o usuário pensa, ele responde. Nesse caso, quase que literalmente – omaior atrativo é o assistente pessoal Siri. Trata-se de um sisteminha que reconhececomandos de voz e dá repostas afiadas a qualquer que seja a pergunta (até mesmo

a questões filosóficas). Por enquanto, funciona somente em inglês. Para quem dominao idioma, vale muito a experiência. Preço: R$ 3.400 (versão mais cara).

Pontos positivos: Siri, o assistente pessoal, boa câmera e pacotes de software.Pontos negativos: Preço alto e poucas mudanças no design com relação à outra versão.

MOTOROLA MILESTONE 3O Milestone 3 é praticamente um PC de mão. Muitorobusto, o smartphone é quadrado, feio, mas é paupara toda obra. Roda vídeos sem tropeçar, permiteacesso à internet rapidamente (o conjunto deaplicativos do Android, com vasta gama deserviços Google é um diferencial) e tem ainda umótimo teclado físico, especialmente indicado ausuários que não gostam de escrever notouchscreen (embora ele tenha o recurso detoque na tela também). A autonomia de bateriaé um dos pontos fortes com relação a outrosAndroid: chega a durar 3 dias no modoeconômico, que desliga os softsautomaticamente, até mesmo durante umatransmissão por streaming. Preço: R$ 1.800.Pontos positivos: robusto, realiza várias

tarefas ao mesmo tempo sem pestanejar.Pontos negativos: quadradão e feio; poderia

ter mais opções de personalização.

NOKIA N9O Nokia N9 é, sem dúvida, o melhor smartphone da empresa

finlandesa desde há muito tempo. A tela de 3,9 polegadas é 100%touchscreen – o que, aliás, é um atrativo no telefone, que conta

somente com três botões físicos em seu exterior. Ele érápido realizando qualquer operação,

principalmente as multimídias, como filmando,tirando fotos (com a câmera de 8 Mpixel) oureproduzindo vídeos. Outros dois itens que

chamam a atenção no telefone é a vasta gama deapps que acompanham o modelo: há softwares

dedicados a mídias sociais (Facebook, Twitter,Youtube, FlickR), além de bons aplicativos de

escritório (leitores de documentos) e jogos divertidos(a versão avaliada pela reportagem foi cedida com oAngry Birds). A autonomia de bateria é um atrativo aparte: com Wi-Fi ligado, o equipamento durou mais de

quatro dias sem pedir recarga. Preço: R$ 1.700.Pontos positivos: Excelentes atributos de hardware; tela

cristalina, que reproduz multimídia com perfeição.Pontos negativos: a versão avaliada era em um azul horrível.

BLACKBE R RY TORCH 9860O Torch 9860 alia o apelo empresarial dasérie BlackBerry (com criptografia militar natransferência de dados e pacote de escritórioprofissional, com criados de planilhas e dedocumentos) com uma inesperadadiversão. Isso porque o modelo étouchscreen e a nova interfaceimplementada pela fabricante RIMlembra muito a dos equipamentosAndroid. Os ícones do smartphonepodem ser acessados por meio de telasque são arrastadas na vertical e nahorizontal. Com um clique,imediatamente o bom telefone acessao aplicativo desejado. A câmera éde 5 Mpixel (mais fraca entre asavaliadas), pode filmar em HD etem flash de LED. Preço: R$ 1.300.Pontos positivos: muito seguro, ótimo

pacote de aplicativos profissionais.Pontos negativos: câmera mais fraca

entre os avaliados, poucos appsdisponíveis em sua loja online.

Page 16: Diário do Comércio

terça-feira, 27 de dezembro de 201116 DIÁRIO DO COMÉRCIO

nformática

Sergio [email protected]

Segundo pesquisa da Cisco, sete em cada dez profissionais no âmbito globaladmitem violar políticas de segurança de TI frequentemente.

Social Commerce

Oencontro (ou fusão) do co-mércio eletrônico com asredes sociais é apontado

como uma das maiores transforma-ções do varejo em 2011, e essa ten-dência deve continuar em 2012, comforça cada vez maior. Comerciantesde todos os tamanhos estão cadavez mais conscientes da importânciade sites como o Facebook e Twitterem seus negócios.

A firma britânica de comérciosocial Bazaarvoice acaba de publi-car o estudo Social CommerceTrends Report 2012, destacandoquatro fatores-chave que devemimpulsionar o crescimento dessesetor no próximo ano. Esses fatoresforam debatidos durante um even-to promovido pela empresa emoutubro, reunindo líderes de agen-tes importantes como Facebook,Dell, John Lewis e várias outras em-presas de tecnologia e varejo.

1) A internet social é uma mu-dança de paradigma. Graças aosurgimento dos canais digitais, omodo como as pessoas compramfoi alterado de modo profundo e ir-reversível. Em poucos anos, o mar-keting de varejo passou de mensa-gens controladas pelas marcas pa-ra um mundo onde os consumido-res detém cada vez mais poder, emuma oferta crescente de canais. Aprocura por produtos nos sites debusca ainda é importante, mas otempo gasto com isso cresceu ape-nas 1%, enquanto o tempo nas re-des sociais subiu 50%.

2) Os dados sociais revelam osmotivos por trás das compras. Asopiniões de amigos são a fontemais confiável para as decisões decompras – segundo o estudo, 90%dos consumidores confiam em re-comendações de seus amigos nas

redes sociais, comparado com 14%que confiam na publicidade dosprodutos. Para as empresas, a im-portância estratégica de ouvir asopiniões sobre os produtos nas re-des sociais nunca foi tão grande.

3 ) O foco no consumidor exigeuma transformação cultural e or-ganizacional. Os sites sociais apro-ximam as empresas de seus clien-tes – as pessoas que realmente seinteressam, pesquisam, comprame usam os produtos e serviços. Vi-vemos hoje uma transição crítica:da distribuição generalizada para acomunicação personalizada, damarca para o consumidor, das mí-dias tradicionais para as mídias co-laborativas. A coletivização do va-rejo exige um novo foco dos negó-cios. As empresas, mais do quenunca na história, terão que desti-nar a maior parte de seus investi-mentos, tempo e talento para en-tender e atrair os consumidores.

4) O contexto é o fator dominan-te nos dados sociais. Colocar as re-des sociais em seu contexto corre-to para cada empresa deve ser aprincipal preocupação do varejoem 2012. Segundo Erin Nelson,executivo de marketing da Bazaar-voice, contextualizar os dados dasredes sociais vai além de uma meraestratégia de negócios. O impactodas redes sociais no varejo é umamudança de grande porte entre asempresas e os clientes, em um ní-vel pessoal e individual.

O estudo completo da Bazaar-voice pode ser baixado gratuita-mente no endereço abaixo:

h t t p : / / w w w. b a z a a r v o i c e .c o . u k / r e s o u r c e s / r e s e a r c h /s o c i a l - c o m m e r c e -t r e n d s - r e p o r t - e u r o p e -2 0 1 2 ? Ai d = 7 0 1 5 0 0 0 0 0 0 0 P I p Y

Um perigo paraas empresas

Pesquisa demonstra que os jovens são vítimas de roubos de identidade e admitem violar políticas de TI

BARBARA OLIVEIRA

Ouso cada vez mais fre-quente de smartphonesconectados, tablets enotebooks dentro e fora

das empresas têm levado os profis-sionais, principalmente os jovens, aignorarem as regras de segurançapessoal e corporativa. A pesquisaConnected World Technology, en-comendada pela Cisco e realizadaem 14 países, inclusive no Brasil,constatou que um em cada quatrojovens profissionais e universitá-rios é vítima de roubo de identidadeantes dos 30 anos de idade. Um re-sultado mais grave ainda revela quesete em cada dez profissionais noâmbito global – ou seja, 70% dos en-trevistados – admitem violar políti-cas de segurança de TI frequente-mente e alegam que não estão fa-zendo nada de errado: 28% dos bra-sileiros e 33% da média mundialpensam assim.

O gerente de desenvolvimentod e n e g ó c i o s d e B o r d e r l e s sNetworks da Cisco Brasil, GhassanDreibi, observa que o estudo inter-nacional foi focado em pessoas que"adoram" a internet e a mobilidadee estão entrando no mundo corpo-rativo. Essas pessoas não respei-tam muito a segurança e nem as re-gras impostas pelas empresas. "Sãojovens muito acostumados com atecnologia e têm a percepção deque não estão fazendo nada de er-rado, até porque acham que a em-presa já se protege e eles podem fa-zer o que quiser".

A pesquisa revela atitudes sur-preendentes em relação a políticas

de TI e as crescentes ameaças desegurança que surgem com apróxima geração de profissio-nais que entrará no mercado detrabalho, um grupo demográfi-co que cresceu com a internet epossui um estilo de vida cadavez mais sob demanda, comacesso á internet, mídias sociaise liberdade no uso de dispositi-vos móveis, misturando ativi-dades pessoais e profissionaisno local de trabalho.

O Cisco Connected World Te-chnology demonstra que o dese-

jo á informação está tão impreg-nado nesses jovens que eles ape-lam a medidas extremas paraacessar a internet, mesmo que is-so comprometa sua empresa ousua segurança pessoal, comousar secretamente as conexõessem fio de vizinhos, sentar-se nafrente das companhias para en-trar em redes wi-fi gratuitas eemprestar dispositivos a outraspessoas e sem supervisão. "Elesnão percebem que estão fazendo

algo de ruim porque nasceramcom toda essa tecnologia dispo-nível, por isso as empresas pre-cisam adotar mecanismos deproteção", afirma Dreibi. Peloestudo, um em cada três jovensdeu uma resposta negativaquando perguntado se respeitaseu departamento de TI.

Foram entrevistados 2.800profissionais e universitários de14 países que representam eco-nomias de rápido crescimento,entre eles o Brasil. Foram 100participantes de cada país. Umem cada cinco (22%) citou a ne-cessidade de acessar programase aplicativos não autorizadospara realizar seu trabalho, en-quanto 19% admitiram que aspolíticas não são fiscalizadas -esse índice foi de 6% no Brasil.Entre os brasileiros pesquisa-dos, 22% afirmaram que "esque-ceram" de obedecer as regras daempresa ou que seus chefes nãoestavam vigiando (14%). Doisem cada três (67%) entrevista-dos dos demais países disseramque as políticas de TI precisampassar por modificações para li-dar com as demandas reais pormais flexibilidade no trabalho.

O estudo da Cisco foi feito pe-la InsightExpress, dos EstadosUnidos, para compreender co-mo as empresas devem equili-brar necessidades corporativase gestão de riscos com o compor-tamento e as expectativas dapróxima geração de colaborado-re s . M a i s d e t a l h e s n o s i t eh t t p : / / w w w. c i s c o . c o m / g o /connectedreport