Diário do Comércio

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Página 4 São Paulo, sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014 Jornal do empreendedor Ano 90 - Nº 24.058 R$ 1,40 www.dcomercio.com.br Conclusão: 23h50 ISSN 1679-2688 9 7 7 1 6 7 9 2 6 8 0 0 8 2 4 0 5 8 Cerco à ilha de escravidão cubana no Brasil A refugiada Ramona Rodríguez (foto) escapou da ilha brasileira em que 7.400 médicos cubanos são mantidos escravos de Havana, em desafio à Constituição do Brasil e a acordos internacionais. Um procurador quer isonomia para o Mais Médicos, que paga a maior parte dos salários para Cuba. O MP do Trabalho e o DEM buscam a solução, uma Lei Áurea. Pág. 5 Pedro Ladeira/Folhapress Ante o contrato exposto pela refugiada Ramona, concluiu o procurador Sebastião Caixeta: o tratamento aos cubanos viola a lei no Brasil. O PROCURADOR O DEM Partido quer ação coletiva que garanta a todos os médicos cubanos o salário integral de R$ 10 mil pago pelo governo brasileiro a médicos de outras nacionalidades. FOI UM RAIO! Enquanto o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico, Hermes Chipp, diz que um raio é possível causa do apagão, a presidente Dilma reafirma: é preciso um sistema à prova de raios. Pág. 17 São Paulo vai ter de sambar sem abadás Decreto de Haddad proíbe também cordas que separem trio elétrico do público. Afinal, o Carnaval é um "conjunto de manifestações voluntárias, não hierarquizadas, de cunho festivo e sem caráter competitivo". Pág.9 O assunto foi sumariamente ignorado no jornal cubano, que exaltou os rumos do Mais Médicos. Ramona? Que Ramona? up! Volks em nova era com novo carro de motor 1.0 e três cilindros. Pág. 21 Divulgação Dave Yoder/NYT Vai pedir prisão domiciliar. Pág.7 PIZZOLATO QUER A ITÁLIA San Marino é como uma pérola na Bota. Boa Viagem. Pág. 22 OS TURISTAS TAMBÉM Jennifer Lawrence e Amy Adms (foto), belas, densas, são o elo dramático que sustenta o show de Christian Bale e Bradley Cooper em Trapaça , o filme de hoje. Arte, humor. Na tela, na música. Sony Pictures/Divulgação Há 50 anos, os Beatles pousavam na América. Para uma conquista eterna. Pág. 11 As corticeiras de Portugal combatem os fungos e retomam mercados do Novo Mundo ocupados pela rolha sintética (acima). Pág. 11 A rolha de cortiça respira! Arquivo DC

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Ano 90 - Nº 24.058 - sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

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Página 4

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ISSN 1679-2688

9 771679 268008

24058

Cerco à ilhade escravidãocubana no Brasil

A refugiada Ramona Rodríguez (foto) escapou da ilhabrasileira em que 7.400 médicos cubanos são mantidosescravos de Havana, em desafio à Constituição doBrasil e a acordos internacionais. Um procuradorquer isonomia para o Mais Médicos, que paga a maiorparte dos salários para Cuba. O MP do Trabalho e oDEM buscam a solução, uma Lei Áurea. Pág. 5

Pedro Ladeira/Folhapress

Ante o contrato expostopela refugiada Ramona,concluiu o procurador

Sebastião Caixeta: otratamento aos cubanos

viola a lei no Brasil.

O PROCURADOR

O DEMPartido quer ação coletiva que

garanta a todos os médicoscubanos o salário integral

de R$ 10 mil pago pelogoverno brasileiro a médicos

de outras nacionalidades.

FOI UM RAIO!Enquanto o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico, Hermes Chipp, diz que um raio é

possível causa do apagão, a presidente Dilma reafirma: é preciso um sistema à prova de raios. Pág. 17

São Paulovai ter de sambar

sem abadásDecreto de Haddad proíbe também cordas que

separem trio elétrico do público. Afinal, oCarnaval é um "conjunto de manifestaçõesvoluntárias, não hierarquizadas, de cunhofestivo e sem caráter competitivo". Pág. 9

O assunto foisumariamente ignorado

no jornal cubano,que exaltou os rumos do

Mais Médicos.

Ramona? Que Ramona?

up!Volks em nova eracom novo carrode motor 1.0 e trêscilindros. Pág. 21

Divulgação

Dave Yoder/NYT

Vai pedir prisãodomiciliar. Pág. 7

P I Z Z O L ATOQU E RA ITÁLIA

San Marino é comouma pérola na Bota.Boa Viagem. P á g. 22

OS TURISTASTA M B É M Jennifer Lawrence e Amy Adms (foto), belas, densas,

são o elo dramático que sustenta o show de ChristianBale e Bradley Cooper em Tra p a ç a , o filme de hoje.

Arte, humor. Na tela, na música.

Sony Pictures/Divulgação

Há 50 anos, os Beatles pousavam na América.Para uma conquista eterna. Pág. 11

As corticeiras dePortugal combatem

os fungos e retomammercados do NovoMundo ocupados

pela rolha sintética(acima). Pág. 11

A rolhade cortiçar e s p i ra !

Arquivo DC

2 DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

A ONDA É TIRARVOTO DE PEDRA

Joel Rodrigues/Estadão Conteúdo

Alguns movimentos sociais não escondem sua tristeza; o MST precisou ser acalmado esta semana pelo PT.José Márcio Mendonça

DILMA NA BERLINDA

A razão principal das criticasà presidente Dilma é mesmo

a sua total falta de tato no tratocom os políticos, os partidos,os sindicatos, os movimentos

sociais e os empresários.

Marina Silva vai estrear

como puxadora de voto

do candidato socialista.

É uma missão espinhosa

para a ex-ministra,

porque Eduardo Campos

segura a lanterninha

entre os candidatos .

ÔN I BU S : O PA P E L DA GCMO prefeito Haddad usou a queima de ônibus para

responsabilizar a PM e, por tabela, o governador Alckmin,

alegando que é competência do Estado garantir a ordem e

o direito dos cidadãos de ir e vir. Até onde sei a Guarda Civil

Municipal foi criada para colaborar na segurança dos

cidadãos , na proteção de bens e serviços quando for

necessário! Desconhecimento ou má fé do prefeito?

Marithza Ruiz- SP

JOSÉ MÁRCIO MENDONÇA

Já não é segredo para nin-

guém o desgosto, o des-

conforto, do núcleo políti-

co duro do PT com a presi-

dente Dilma Rousseff e, por ta-

bela com o prefeito Fernando

Haddad. O assunto já vazou

até em almoços em que esta-

vam presentes pessoas deste

acampamento, embora se-

jam simpáticas do petismo e

de confiança.

Por núcleo político duro do PT

entenda-se o grupo que se for-

ma em torno do ex-presidente

Lula, nas franjas do Instituto Lu-

la, e composto basicamente de

petistas históricos. Não confun-

dir com o núcleo político duro do

Palácio do Planalto nem com o

(ainda em formação) núcleo

político duro da reeleição. Lula é

a presença superior nesses

dois últimos, como consultor e

palavra decisiva no Palácio do

Planalto e como principal men-

tor da reeleição.

Arazão principal da quei-

xa não é, propriamente,

a respeito das políticas

oficiais e da condução do go-

verno, apesar de haver tam-

bém restrições pontuais neste

ponto. É por isso que, como já

aconteceu em meados de

2013, voltaram a circular nos

ares da capital da República

insinuações para a substitui-

ção imediata do ministro da

Fazenda Guido Mantega pelo

ex-presidente do Banco Cen-

tral, Henrique Meirelles.

A ida de Meirelles para o

posto teria, segundo seus de-

fensores, duas vantagens: (1)

daria um sinal para os agentes

econômicos privados, empre-

sários, mercado financeiro in-

terno e externo de que as pro-

messas de austeridade fiscal

de Dilma dos últimos tempos

vão ser cumpridas; (2) permi-

tiria mudanças no rumo da po-

lítica econômica, hoje critica-

da até por alguns economistas

conselheiros (ou que já o fo-

ram) da presidente.

Ébarulho que não deve

render, mas há a fuma-

ça, engrossada pela

presença de Aloizio Merca-

dante na estratégica Casa Ci-

vil. Brasília inteira sabe que

Mercadante estava no movi-

m e n t o p ró - M e i re l l e s d e

2012. É óbvio que se teme

que um reversão na econo-

mia prejudica governo e alia-

dos na urna.

Contudo, a razão principal

das criticas à presidente Dil-

ma é mesmo a sua "total"(esta

é a expressão usada em certas

rodas) falta de tato político.

Coisa que já era sabida há mui-

to, que incomodava, porém

não irritava tanto. Falta de tato

no trato com os políticos, os

partidos, os sindicatos, os mo-

vimentos sociais e o mundo

empresarial e financeiro de

um modo geral. Quando vie-

ram os idos de junho passado,

um pouco assustada e um

pouco acuada, Dilma faz mo-

vimentos de aproximação,

com todos esses parceiros e

parecia ter tomado gosto (ou

pelo menos se rendido à ne-

cessidade) pela coisa.

Aprevalência de um am-

biente de mal estar

mais ou menos genera-

lizado, aqui e lá fora, em diver-

sas camadas, mostra que não

funcionou para valer (se ele

aconteceu mesmo ou foi ape-

nas fachada) o abrandamento

político da presidente. Os par-

tidos estão de um modo geral

insatisfeitos – o guloso PMDB

mais do que todos – e a novela

da reforma ministerial está

cheia de ruídos perigosos para

a campanha. Alguns movi-

mentos sociais não escondem

mais sua tristeza; o MST , por

exemplo, precisou ser acal-

mado esta semana pelo PT.

Com os empresários não é

diferente. De público –com ra-

ras exceções – elogiam, dão

votos de confiança, todavia,

na prática, preferem esperar

para ver. O mercado financei-

ro e as bolsas, onde o dinheiro

dá o seu recado, está uma

montanha russa, mas com

tendência a apontar movi-

mentos mais para baixo que

para cima.

Repetindo o que foi dito aqui

em outro comentário, este

pessoal está cada vez mais co-

mo São Tomé, com tinturas de

São Francisco: quer ver para

crer e só entrega depois de re-

ceber (no caso, sinais confiá-

veis de uma política fiscal mais

austera e mais segura).

Lula, nosso animal políti-

co mais brilhante, sabe

que um clima desses,

mesmo que não aconteça ne-

nhum desastre, não é o me-

lhor para quem vai disputar

uma reeleição. A questão é co-

mo mudar, e em prazo curto,

uma personalidade forte co-

mo a da presidente.

JOSÉ MÁRCIO MENDONÇA

É J O R N A L I S TA E

A N A L I S TA POLÍTICO

EYMAR MASCARO

As candidaturas

presidenciais de

Dilma Rousseff

(PT), Aécio Neves (PSDB)

e Eduardo Campos (PSB)

devem crescer e ganhar

pontos nas pesquisas

quando Lula, Fernando

Henrique e Marina Silva

começarem a fazer a

campanha e a "vender"

a melhor imagem dos

candidatos na televisão.

A dúvida que ainda

rondava o PSB era sobre

o tititi de que Marina

poderia substituir

Campos na cabeça de

chapa, caso continuasse

alcançando o dobro do

índice de intenção de

voto do conquistado

pelo governador

pernambucano. Parece,

no entanto, que ao lançar

seu projeto de governo,

Eduardo Campos se

fixou como candidato

presidencial do partido,

com a difícil missão

de apear Dilma Rousseff

do poder.

Lula mostrou nas

últimas eleições que é

capaz de tirar votos da

cartola, sem ser mágico,

como ficou evidenciado

ao eleger candidatos-

postes que lançou por

livre e espontânea

vontade, sem dar

satisfações ao partido,

levando Dilma Rousseff

à presidência e Fernando

Haddad à prefeitura de

São Paulo.Já Fernando

Henrique não teve a

oportunidade de revelar

se ainda tem pique para

alavancar os candidatos

tucanos, porque foi

“c o n g e l a d o” nas eleições

de presidente e prefeito

da capital paulista pelo

candidato José Serra.

Nas duas

oportunidades, os

corneteiros do PSDB

convenceram Serra a

"esconder" FHC do

eleitorado, com o

argumento de que o ex-

presidente atravessava

uma fase de

impopularidade, que

mais tirava do que dava

votos ao candidato.

Marina Silva, por sua

vez, vai estrear

como puxadora de voto

do candidato socialista.

É uma missão espinhosa

para a ex-ministra,

porque Eduardo Campos

segura a lanterninha

entre os candidatos

nas pesquisas.

Fernando Henrique

deve insistir na tese de

que Aécio Neves tem

obrigação de vencer

os adversários em pelo

menos dois dos três

principais colégios

eleitorais do País - São

Paulo, Minas e Rio,

pela ordem- se quiser se

eleger presidente da

República. As três regiões

somam mais de 55

milhões de votos, quase

a metade do total de

eleitores : 132 milhões.

Pela lógica, o candidato

tucano será o mais

votado em seu estado,

Minas. Mas é duvidoso

que Aécio seja o mais

votado também em São

Paulo, apesar do apoio do

governador Geraldo

Alckmin, do esforço de

FHC e do suposto

empenho do arredio José

Serra.Ganhar em São

Paulo, com seus

32 milhões de eleitores,

é essenciall para

qualquer candidato.

Já no Rio, o PSDB

costuma levar uma

surra de votos do PT. O

Rio cataloga 10 milhões

de eleitores. Os tucanos

não devem esquecer

que Aécio Neves era

governador de Minas,

em 2010, quando Dilma

Rousseff venceu José

Serra no seu estado, nos

dois turnos.

Também Alckmin já

era governador paulista

em 2012, quando Lula

"plantou" um segundo

poste, desta vez,

"iluminando" a Praça do

Patriarca, sede da

Prefeitura, elegendo

Fernando Haddad

sucessor de Gilberto

Kassab. O que deixa o

tucanato de cabelo em pé

é que o problema da (in)

segurança pública em

São Paulo compromete o

prestígio de Geraldo

Alckmin, podendo

refletir-se na campanha

de Aécio no estado.

EYMAR MA S C A RO É

J O R N A L I S TA E C O M E N TA R I S TA

POLÍTICO

PresidenteRogério Amato

Vice-PresidentesAlfredo Cotait NetoAntonio Carlos PelaCarlos Roberto Pinto MonteiroCesário Ramalho da SilvaEdy Luiz KogutJoão Bico de SouzaJosé Maria Chapina AlcazarLincoln da Cunha Pereira FilhoLuciano Afif DomingosLuís Eduardo SchoueriLuiz Gonzaga BertelliLuiz Roberto GonçalvesMiguel Antonio de Moura GiacummoNelson Felipe KheirallahNilton MolinaRenato AbuchamRoberto Mateus OrdineRoberto Penteado de CamargoTicoulatSérgio Belleza FilhoWalter Shindi Ilhoshi

Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira ([email protected]). Editor de Reportagem: José Maria dos Santos([email protected]). Editores Seniores: chicolelis ([email protected]), José Roberto Nassar([email protected]), Luciano de Carvalho Paço ([email protected]), Luiz Octavio Lima([email protected]), Marcus Lopes ([email protected]) e Marino Maradei Jr. ([email protected]).Editores: Cintia Shimokomaki ([email protected]), Heci Regina Candiani ([email protected]), Tsuli Narimatsu([email protected]) e Vilma Pavani ([email protected]. Subeditores: Rejane Aguiar e Ricardo Osman.Redatores: Adriana David, Evelyn Schulke, Jaime Matos e Sandra Manfredini. Repór teres: André de Almeida, Karina Lignelli, KetyShapazian, Lúcia Helena de Camargo, Mariana Missiaggia, Paula Cunha, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli e Sílvia Pimentel.Editor de Fotografia: Agliberto Lima. Arte e Diagramação: José dos Santos Coelho (Editor), André Max, Evana Clicia Lisbôa Sutilo,Gerônimo Luna Junior, Hedilberto Monserrat Junior, Lino Fernandes, Paulo Zilberman e Sidnei Dourado.

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FALE CONOSCO

Fundado em 1º de julho de 1924

A falta de tato político da presidente Dilma está lhe valendo muitas críticas – vindas dos próprios petistas.

CRISE ENERGÉTICA?As autoridades do PT já ensaiam a dança da

chuva à vista da estiagem que jogou a níveis

"preocupantes" os reservatórios das hidrelétricas, além do

stress com o sistema de geração e transmissão de energia,

devido ao calor acima da média Afinal, após as críticas à

questão energética no período tucano, esperava-se que

não se repetisse a crise energética do ano 2000.

Sílvio Natal- SP

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 3

Para que serve a direita?

TOMBA MAIS UM HERÓI MENSALEIRO

DIREITA DES MAT ERI AL IZO U-S E POR COMPLETO E ATUALMENTE NÃO TEM SUBSTANCIALIDADE.

A esquerdaé a única forçarealmente existentena vida nacional.O único papelhistórico da "direita"nos dias atuais éser o nome do male isentar deculpas aquelesque o praticam.

NEIL

suando em bicasFerreira

OLAVO DE CARVALHO

Os dados da situação

são bastante cla-

ros. Quando o mes-

mo governo que

prepara, estimula e financia

arruaças emite um decreto

que lhe permite usar as Forças

Armadas para reprimi-las, e

quando, ao mesmo tempo, as

autoridades e os arruaceiros

se acusam mutuamente de

"direitistas", está na hora de o

cidadão avisado lembrar-se,

caso já os conheça, dos versos

de Antonio Machado:

"A distinguir me paro

las voces de los ecos,

y escucho solamente,

entre las voces, una."

Essa voz única é a da es-

querda nacional –o único mo-

vimento político que existe, o

único que tem um projeto,

a i n d a q u e c o n f u s o , e o s

meios de ação para executá-

lo. A "direita", de tanto esva-

ziar-se ideologicamente, de

tanto renunciar a toda identi-

dade própria, de tanto se

amoldar servilmente aos va-

lores, critérios e conveniên-

cias de seus inimigos, parece

ter alcançado finalmente o

seu ideal: desmaterializou-

se por completo e atualmen-

te não tem mais substanciali-

dade que a de um mero nome

feio, um xingamento usado

nas discussões internas da

e s q u e rd a .

Essa condição só não

equivale à perfeita ine-

xistência porque esse

nome feio tem uma função his-

tórica a cumprir, e a tem cum-

prido de maneira exemplar.

Sem ele, a esquerda, que

domina praticamente sem

oposição o Estado, a cultura, a

mídia, a educação e a mente

da sociedade, tendo mesmo a

seus pés todos os antigos oli-

garcas regionais que um dia

personificaram a "direita",

não teria como explicar para si

mesma e para a opinião públi-

ca por que ainda não conse-

guiu, com tantos recursos e

defrontando-se com tão pou-

ca ou nula resistência organi-

z a d a , c r i a r

neste país o

p a r a í s o d e

paz e de pros-

peridade so-

cialistas que

ela promete

há sete déca-

das.

N ã o t e r i a

como explicar

os setenta mil

h o m i c í d i o s

anuais, a dis-

tribuição or-

giástica de fa-

vores milioná-

rios aos altos

funcionários e

amigos do go-

verno, a cor-

r u p ç ã o a m-

pl iada até à

escala do in-

descritível, o

c re s c i m e n t o

galopante do

consumo de

drogas, a de-

s o r d e m e o

medo genera-

l i z a d o s , o s

horrores e ab-

j e ç õ e s d a

educação na-

cional e o en-

dividamento -

mons t ro de

u m p o v o a

quem todos

os dias se diz

que não deve

se preocupar,

porque tem

todas as con-

tas pagas (ver no endereço

h t t p :/ / d i n h e i r op u b l i c o . bl o g f o-lh a. uo l. com .b r/ 20 13/ 08 /3 1/ ju-ros - da-divida- consomem-tan-to -dinheiro-publico-quanto -a-educacao/).

Eis a função histórica que

cabe à palavra "direita".

Direi que é a de um bode

expiatório? Não, porque para

sacrificar um bode expiatório

é preciso um bode, não ape-

nas a palavra que o designa.

Na medida em que xingam

uma à outra de direitistas, a

esquerda "de cima" e a es-

querda "de baixo" – personifi-

cadas simbolicamente pela

presidente Dilma Rousseff e

pelos black blocks –, sem sa-

crificar nada mais que um ver-

bete de dicionário, se absol-

vem e se isentam da obriga-

ção de enxergar a miséria e a

vergonha que, em nome de

um socialismo que nem sa-

bem dizer qual seja, têm espa-

lhado por toda parte.

O que quer que ambas fa-

çam de errado, de torpe, de

criminoso, vai para a conta de

SXC

uma "direita" que, não existin-

do, também nada paga pelos

crimes que lhe imputam.

Mas o apelo a essa pres-

tidigitação vocabular

não funcionaria, não

teria credibilidade nem mes-

mo para esses artistas do au-

to-engano que são os militan-

tes de esquerda, se não hou-

vesse no quadro nacional al-

gumas coisas que, sem ser a

direita política, podem fazer

as vezes dela "ad hoc".

A primeira dessas coisas é

a burguesia. Ela existe e, co-

mo dizia Marx, tem interes-

ses objetivos a defender. O

fato de que essa classe só se

relacione com as autorida-

des na base dos afagos e bei-

jinhos, de que portanto veja

com horror a mera sugestão

de combatê-lo no campo po-

lítico, deve, nesse quadro,

ser negligenciado para que

se possa proclamar, com o sr.

Leonardo Boff, que "os atores

da direita estão bem posicio-

nados institucionalmente e

politicamente" e que para

desalojá-los é preciso dar to-

do apoio à sra. Dilma Rous-

seff – ou, com o deputado

psolista Ivan Valente, que pe-

la mesmíssima razão é preci-

so denunciar a presidente co-

mo uma reencarnação do ge-

neral Médici.

As duas hipóteses funcio-

nam igualmente bem: a única

força política existente se ab-

solve dos seus pecados, e a

inexistente, é claro, também

nada paga por eles.

Asegunda coisa que se

parece vagamente

com uma direita políti-

ca são os jornalistas e bloguei-

ros que criticam ao mesmo

tempo o governo e os arrua-

ceiros, a esquerda oficial e a

oficiosa. Sem nenhuma cone-

xão partidária, sem subsídios

de qualquer espécie e sem ne-

nhum plano nem mesmo hipo-

tético de tomada do poder,

eles são uma oposição mera-

mente cultural, sem meios

nem desejo de ação política.

Mas, como dizem o que pen-

sam, e o que pensam ecoa al-

guma insatisfação popular di-

fusa, é claro que as duas es-

querdas apontam neles a ar-

ma polêmica do interesse

capitalista e advertem que

são "uma ameaça às liberda-

des civis".

Dessa maneira a esquerda

governante é dispensada de

explicar sua aliança promís-

cua com a burguesia, a es-

querda arruaceira dispensada

de explicar sua aliança pro-

miscua com o governo, e a

burguesia assegurada de que

tudo o que faça de ruim em

parceria com o governo será

debitado na conta de jornalis-

tas sem um tostão furado no

bolso, que desprezam tanto a

ela quanto ao governo.

Ficam assim tranqüiliza-

das as consciências es-

querdistas de cima e de

baixo, bem como as de seus

aliados burgueses, felizes de

que aqueles que não a repre-

sentam de maneira alguma se-

jam apontados como seus re-

presentantes e castigados no

lugar dela sob esse pretexto.

Esse é o único papel histórico

da "direita" hoje em dia: ser o

nome do mal e isentar de cul-

pas aqueles que o praticam. A

indústria brasileira de alucinó-

genos verbais é uma das mara-

vilhas da tecnologia moderna.

OL AVO DE CA RVA L H O É J O R N A L I S TA ,E N S A Í S TA E P RO F. DE FILOSOFIA

Este é um texto de

ficção. Qualquer

semelhança com

situações e personagens da

vida real talvez não seja

mera coincidência; podem

estar relacionados de

alguma maneira com

a vida real. Não garanto;

nada é o que parece.

Não acredite em tudo

que lê, principalmente

naquilo que escrevo.

Só um pouquinho até peço

que acredite, mas não

exagere; deixe o exagero

por minha conta, que nisso

sou PhD Maxima Cum Laude.

O fato de ficção

que mais me impressionou

nesta semana, e a todos

que têm vergonha na cara

(como milhões de pessoas

que existem, como nunca

antes "neçepaíz";, só na

eleição de 2010 somamos

mais de 44 milhões), é que o

fugido guerrilheiro das

comprar bolsas de mais de

10 mil euros pra cima.

Depois, um almoço

ligeiro na Piazza

Navona, tida como a mais

bela do mundo, em frente da

riquíssima Embaixada do

Brasil, desprezada pela

Miss Piggy quando foi

assistira à posse do

Papa Chico de Deus.

Para esconder-se na

Toscana, nem pensar: só o

Claudio Carsughi, que mora

lá e trabalha na Jovem Pan.

Cidadezinhas de nada,

cheias de estátuas de

homens pelados e igrejas

cheias de túmulos de papas

e um certo desconhecido

Nicolò Machevelli.

Isso sem contar com

aquela casinha (térrea ?)

que abriga quase 300

retratos da Madona

Co´l Bambino, imagine só

que chatice, parede

por parede cheias da

mesma coisa. Teria dito

em Roma: "Conte

comigo fora dessa".

Mas tem a farmácia

secular em que

Hannibal Cannibal

Lecter adquiria a

fragrância com que

perfumava suas

cartas para a Clarice,

do FBI. Pizzolato

não tinha tempo

para essas besteiras

porque a luta

proletária é ação

em tempo integral.

A emergência dele,

que teve o heroísmo

testemunhado e alardeado

pelo portador de

semelhante munição para a

Revolução Democrática

Popular Sindicalista, foi o

recebimento de um saco

de supermercado cheio

de dinheiro confiscado das

forças direitistas

decadentes, imediatamente

transferido para suas burras

pessoais, e culminou na

compra de um apartamento

de luxo na zona sul do

Rio de Janeiro, para servir

de aparelho de sua (dele)

p ro p r i e d a d e .

O fato é ficção porque

se for extraditado pela

direita decadente que

domina a Itália, será

imediatamente solto pelas

autoridades sindicalistas,

paulatinamente investidas

de poder cada dia mais

poderoso, mas ainda não

Populares Democráticas –

você não perde por esperar.

Oassassino

re v o l u c i o n á r i o

italiano Cesare Battisti

foi condenado a ser

devolvido à direita

decadente da Itália

pelo ainda quase

independente STF, que

depois da injusta

condenação dos

mensaleiros, naquele

julgamento de exceção, está

cada vez mais cumpanhero;

a Câmara Federal e o

Senado já são cumpanheros,

alegadamente comprados

e pagos pelas fortunas

Mensaleiras.

Pizzolato, o gravatinha

borboleta ex-diretor do

Banco do Brasil, tombou

quando vivia clandestino

Itália, com documentos

falsos e dinheiro suspeito.

Lutava pelas forças

populares de um Brasil tão

necessitadas de heróis,

condenados pela direita

decadente em julgamento

de exceção.

Fará companhia aos

guerrilheiros tipo Dirceu

e Genoíno, no Panteão da

Glória Nacional. Torço para

que a Itália seja mesmo tão

direitista e decadente como

os populares democratas

sindicalistas a acusam

de ser. Que fique por lá para

curtir uma cana mais do

que heroica.

Ele foi condenado por

ter, revolucionariamente,

expropriado milhões de reais

do Visanet, ou em benefício

do partido político ao qual

pertence ou dele mesmo,

ou mezzo a mezzo –mezzo

aliche mezzo mussarela.

Já foi sentenciado;

que se cumpra a sentença

do "Julgamento de Exceção"

a que foi injustamente

submetido. O Julgamento foi

de "Exceção" mesmo, houve

a exceção de um – Oi zum

zum zum tá faltando um.

Suei em bicas pra

terminar este texto,

mas o calorão eu sei do

que se trata: culpa do FHC.

Atrasei barbaridade o envio

deste texto para redação

porque o Apagão de energia

que castigou 11 Estados e 6

milhões de pessoas e rondou

a minha casa, sei também do

que se trata: culpa do FHC.

Só não puseram

nas costas do FHC as

escapadelas noturnas de

moto da Miss Piggy,

emulando François

Hollande, que li no Augusto

Nunes ou Reinaldo

Azevedo – ou outro jornalista

que respeito e acredito,

mas que li, li.

Parem o mundo pro FHC

descer e descansar o

lombo um pouquinho de

tanta chibatada injusta,

agora que supostamente

está em lua de mel.

Se ele não descansara pra

suar a camisa, o partido dele

vai tomar uma sova braba

daqui a pouco, em outubro;

Deus nos livre e guarde,

amém Jesus todos nós.

NEIL FERREIRA É PUBLICITÁRIO

forças populares da

República Democrática

Popular Sindical

Mensaleira, cumpanhero

Pizzolato, tombou no exílio

forçado na Itália.

Ele vivia no auge da

sua luta em prol da

emergência econômica dos

emergentes cumpanheros,

principalmente a

emergência econômica dele

mesmo, flanando em Roma –

das escadarias da Piazza

d´Espagna, emendando o

passeio pela Via Del Corso,

com um pit stop naquele

café que é tido como o mais

antigo da cidade, aberto

por um grego há mais ou

menos uns 200 anos, para

olhar, com uma xícara de

algum café raro na mão,

no outro lado da rua,

a fila de cumpanheras dus

cumpanheros, pra

entrar na loja Prada e

Reprodução

4 DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

[email protected]������ ����� �����

�����

Colaboração:

Paula Rodrigues / Alexandre Favero

MAIS: a carnavalesca RosaMagalhães criou num carroum efeito especial: homensentram, de repente, numarmário e saem travestidos.

MISTURA FINA

Fotos: Inez Lamsweerde & Vinoodh Matadin

Trabalhoescravo

Primeiracapa

��� Gisele Bündchen é capa erecheio (em ensaio com dosede sensualidade) da revistabimestral Porter, do e-commerceNet-a-porter, que chega às

bancas internacionais. Na chamada de capa, a história demodelo brasileira é anunciada: A Vida Privada de uma Mulherde US$ 300 milhões. É a primeira edição física da loja virtual eas leitoras poderão tirar fotos das roupas e acessórios quegostar e um aplicativo a levará direto ao site de compras. O e-commerce já é famoso por sua revista digital lançada em 2000.

��� Eles estão debutando nacapa de revistas e, seguindoa tendência, aparecem compouca roupa, dando receitas deseu bom físico e em publica-

ções voltadas para saúde. Juliana Paiva, 20 anos (esquerda),está Boa Forma e é a mocinha de Além do horizonte: malha,gosta de staud up paddle e agora, está adorando remar. Já CamilaCamargo, 28 anos, filha de Zezé di Camargo e irmão de Wanessa,está em Corpo a Corpo e estreando na Globo em Em Família:“Já tentei tudo e continuo fazendo tudo: o que vale é o equilíbrio”.

Contra feudo��� Pecuaristas de Goiás e regiões vizinhas estãose unindo para enfrentar a ação quase predatóriaque João Batista, o Junior Friboi, vem utilizandopara comprar todas as cabeça de gado e acabarditando o preço da carne no Brasil, especialmenteno Centro-Oeste. Junior não esconde que usará

todo o poder financeiro do grupo para se eleger governador de Goiás.Os pecuaristas denunciam a tentativa da família de “criar um feudo” naregião. A propósito: o ator Tony Ramos acaba de renovar ser contratocom a Friboi, com o mesmo cachê do primeiro, ou seja, R$ 3 milhões.E Junior Friboi está em terceiro lugar nas pesquisas.

��� O pedido de asilo damédica cubana Ramona MatosRodriguez, do programa MaisMédicos, pode se transformarem poderosa arma da oposição

na campanha presidencial. Ela argumenta que foi vitima de“trabalho escravo no Brasil”, apresentando contrato assinado coma Sociedade Mercantil Cubana Comercializadora de ServiçosMédicos, na contramão do discurso do governo petista, quesempre afirmou que o contrato tinha a intermediação da Organiza-ção Mundial da Saúde. Ramona sente-se enganada: nunca lhedisseram que os demais médicos ganhariam R$ 10 mil mensais.Para ela, eram US$ 400 aqui e mais US$ 600 quando retornasse.

“Envelhecer é uma tragédia. De que adianta cabeça boa, se o corpoestá caindo? De que adianta mente ótima e b... caída?”

Exportandogolpes��������������� Matéria do jornal argentino La Nación (já dedicou outras aomesmo assunto) fala sobre a onda de assaltos e golpes quecresce a cada dia especialmente em Buenos Aires e que “jáfazem parte do cotidiano dos brasileiros de São Paulo e Rio deJaneiro”. No começo, eram apenas os punguistas, que atuavamnas plataformas de metrô; depois, começaram os furtos debolsas de mulheres nas ruas da cidade, mais ainda em artériasmovimentadas como a famosa Calle Florida. Agora, novidadesão os telefonemas simulando seqüestro de algum parente –e que, na realidade, são fictícios. E o La Nación não resiste:“São novos golpes exportados pelo Brasil”.

SempreGisele

LUCIANA GIMENEZ // 44 anos, preocupada com o avanço de sua idade.

IN OUT�

Poucas pérolas.Muitas pérolas.

O enredo da mangueiraé Um Conto Potiguar:Natal na Copa do Mundo,onde cabe tudo, até ho-menagem a Parada Gay.

Unindo forças��� O vereador Ricardo Young,ex-PV e hoje no PPS, serácandidato ao governo de SãoPaulo e poderá ganhar umaaliança do PSB e do grupo RedeSustentabilidade. Ou seja: teriaEduardo Campos e Marina Silva,ex-companheira do PV, em seupalanque. O staff de GeraldoAlckmin perderia o apoio dossocialistas. Só que pesquisasinternas do PSDB indicam quemaior número de candidatosao governo paulista acabariabeneficiando Geraldo Alckmin.

APOSENTADO��� O nome de HenriquePizzolato surgiu no escândalodo mensalão em junho de 2005quando a secretária de MarcosValério, Fernando KarinaSomaggio (hoje, ela mora numsitio no interior de São Paulo), omencionou em depoimento noConselho de Ética. Garantiuque ele era muito chegado aopublicitário mentor do esquema.Depois, antecipando sua queda,em julho do mesmo ano, pediusua aposentadoria no Banco doBrasil. De lá para cá, recebepontualmente, seu beneficio.

Quem ajudou��� O jantar que aconteceráhoje em Ribeirão Preto, interiorde São Paulo, organizado pelousineiro Maurílio Biaggi, queconvocou empresários daregião para conhecerem melhoro candidato Alexandre Padilha,teve uma ajuda e tanto: comdiscrição, quem telefonou paraos poderosos da região foi o ex-ministro Antonio Palocci, que jáfoi prefeito da cidade. Paloccinão estará presente, Lula estarálá e quer que Biaggi aceite service de Padilha na corrida aogoverno de São Paulo.

BEM-AMADO��� A revista Junior, dedicadaao público gay, acaba de elegero modelo e repórter do TVFama, Franklin David, como ohomem mais sexy do Brasil.Na enquete promovida pelapublicação, ele venceu o atorCaio Castro por uma diferençade apenas 0,3% dos votos. Nalista também figuravam nomescomo Cauã Reymond, MateusSolano, Malvino Salvador eoutros tantos. Detalhe: oprefeito de São Paulo, FernandoHaddad, teve quatro votos.

Família unida��� A família Tatto quer aumen-tar sua participação na política.Conta com dois vereadores emSão Paulo, Arselino e Jair, alémde um deputado estadual, Enio.Deputado federal e muito ligadoa Marta Suplicy, Jilmar Tattoocupa a Secretaria de Transpor-tes do prefeito Fernando Haddade virou expert em transito.Ele deve permanecer nocargo e outro irmão, NilsonTatto, deve sair candidato àCâmara Federal.

Área de tradição��� O endereço que o presi-dente francês François Hollandeelegeu para encontrar suaamante, a atriz Julie Gayet, naRue du Cirque, em Paris, não énovidade no mundo das aventu-ras sexuais dos governantes. Arevelação está no livro A Sagados Amantes, do historiadorJean des Cars. Era ali que,em 1848, o então presidenteNapoleão, que se tornaria oimperador Napoleão III, faziade tudo com sua amante, amilionária inglesa (e tambématriz) Miss Howard. O livro deJean já está na quarta edição,poucas semanas depois deter sido lançado.

TROCA-TROCA��� Como a ministra Maria doRosário, de Direitos Humanos,deve deixar o cargo paraconcorrer, no Rio Grande doSul, a uma cadeira na CâmaraFederal, até se cogitou o nomede Ideli Salvatti para seu posto.Agora, contudo, o nome daministra Eleonora Menicucci(Mulheres) ganha maior fôlegopara o lugar. Ela é amiga deDilma, esteve presa com elano presídio Tiradentes, em1971 e foi sua colega defaculdade em Belo Horizonte.É totalmente a favor do aborto.

��� DILMA Rousseff afastou ogeneral Gonçalves Dias, chefede segurança pessoal de Lulaem 2012, mas poderá chamá-lode volta. Ficou muito assustadacom protestos quando chegavaà Arena das Dunas, em Natal.Os carros da comitiva foramapedrejados e os manifestanteschegaram muito perto dosveículos.

��� A DEMORA do presidentedo Supremo, Joaquim Barbosa,em assinar a ordem de prisãode João Paulo Cunha, fez comque o mensaleiro desseprejuízo dos cofres públicos deR$ 32,2 mil só em janeiro. É asoma do salário de deputado(R$ 26,7 mil), mais R$ 5,5 milusados de verba de gabinete. Eenquanto Cunha não renunciarou for cassado, continuarárecebendo seus vencimentosda Câmara Federal.

��� AS NOVAS pesquisas doIbope para a Presidência daRepública incluirão o nome dovice-presidente do PSC, pastorEveraldo Pereira. CarlosAugusto Montenegro, dono doinstituto, acredita que, mesmonanico, o partido com oevangélico pode surpreendernas urnas.

��� A BRIGADERIA, umfenômeno na área de gulosei-mas tipicamente brasileiro,vai abrir sua primeira filial emMiami e até o final do ano,abre mais uma, em Nova York.Cada docinho, com cara deBrasil, custa R$ 4 e os saboressão os mais surpreendentes.

��� TAMBÉM André Ramos eBruno Chateaubriand, juntos há16 anos, resolveram oficializara união, mês que vem: acerimônia será no 6º andar doCopacabana Palace e festadepois, na Gávea.

��� QUEM diria: na gravaçãode seu programa de culináriano canal Fox, esta semana,Palmirinha Onofre, 82 anos,pediu um selinho ao convidadoAlexandre Frota. Ele foiapanhado de surpresa, masnão recusou: tascou um beijonela. Palmirinha foi às alturas.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 5

Um dia após pedir re-

fúg io ao governo

brasileiro, a médica

cubana Ramona Matos Ro-

driguez, de 51 anos, que

abandonou o programa

Mais Médicos, recebeu e

aceitou uma oferta de em-

prego da Associação Médi-

ca Brasileira (AMB) que tem

lutado contra o desrespeito

à legislação trabalhista bra-

sileira no programa de saú-

de do governo Dilma.

Ela deve começar a traba-

lhar na área administrativa

da entidade na próxima se-

gunda-feira.

Além da associação, Ra-

mona também havia rece-

bido uma proposta para tra-

balhar na Federação Nacio-

nal dos Médicos enquanto

aguardava uma decisão so-

bre o seu futuro no País.

A AMB divulgou uma nota

afirmando ainda que ajuda-

rá a profissional a revalidar

o diploma médico, ofere-

cendo até mesmo capacita-

ção, se este for o desejo dela.

"A AMB também está à dispo-

sição para dar apoio humani-

tário e garantir acesso a todos

os instrumentos políticos e le-

gais para viabilização do asilo

político aos profissionais cu-

banos que estão atuando no

Brasil", informou.

"Agora tenho a oportunida-

de de trabalhar e de ter um

emprego normal. Estou muito

feliz porque agora sou livre",

disse Ramona Rodriguez.

AC O L H I M E N TOIndagado sobre o caso, o mi-

nistro das Relações Exterio-

res, Luiz Alberto Figueiredo,

disse que o Brasil tem que "se

aparelhar melhor para aco-

lher pessoas que pedem abri-

go no País". Segundo ele, o go-

verno vem observando um au-

mento do número de pedidos

de permanência de estrangei-

ros e a estrutura de acolhi-

mento tem que ser aperfei-

çoada. Ele disse que apesar de

reconhecer que o caso de Ra-

mona tem que ser resolvido

pelo Comitê Nacional para os

Refugiados (Conare), do Mi-

nistério da Justiça, "o Brasil

tem tradição de acolhimen-

to". "É como no caso dos hai-

tianos que entram, sem docu-

mentos, em busca de refúgio.

Para eles, é dado o direito de

entrar, viver e trabalhar no

Brasil enquanto o processo é

examinado pelo Conare", de-

clarou o ministro. (Agências)

Ramona vaitrabalhar emassociação

MP pode 'revolucionar' o Mais MédicosMinistério Público do Trabalho quer garantir que médicos cubanos recebam o salário integral e promete levar a questão até as mais altas instâncias da Justiça

Depois da revelação

do caso da médica

cubana Ramona Ro-

driguez e de visitas

a alguns Estados, o procura-

dor do Ministério Público do

Trabalho, Sebastião Caixeta,

garante que não faltam pro-

vas de que o programa Mais

Médicos institui uma relação

de trabalho –e, não, uma bolsa

de especialização – e defende

que é necessário equiparar o

salário dos médicos cubanos

ao dos demais profissionais

(R$ 10 mil mensais).

Caixeta deve finalizar, ain-

da este mês, o inquérito civil

que investiga as relações de

trabalho no Mais Médicos,

apontando para a necessida-

de de correção do programa -

caso não seja possível por en-

tendimentos extrajudiciais,

avisa que a polêmica deverá

chegar à Justiça. "Vamos exi-

gir que [os médicos cubanos]

recebam os valores [pagos

aos demais médicos, R$ 10 mil

mensais], inclusive os atrasa-

dos", afirma o procurador.

Paralelamente, o DEM vai

entrar com uma representa-

ção no Ministério Público do

Trabalho sugerindo que

uma ação coletiva garantin-

do que todos os médicos cu-

banos que integram o pro-

grama Mais Médicos rece-

bam integralmente a bolsa

de R$10 mil paga pelo go-

verno brasileiro a médicos

estrangeiros de outras na-

cionalidades.

Atualmente, 7.400 médi-

cos cubanos foram selecio-

nados para o programa. A in-

dicação é que os cubanos re-

cebem apenas 10% do valor

da bolsa.

DIREITOS TRABALHISTASSegundo o procurador, o

contrato de trabalho apre-

sentado pela cubana Ramo-

na e inspeções feitas em di-

ferentes cidades não dei-

xam dúvidas de que os pro-

fissionais do Mais Médicos

têm configurada uma rela-

ção de trabalho com o go-

verno brasileiro.

Assim, diz, devem ter co-

bertos direitos trabalhistas

como o 13º salário, FGTS e

ter garantida a isonomia.

Caixeta afirma ter visto do-

Sidney Lins Jr. / Agência Liderança

" Va m o spedir que a

P ro c u r a d o r i a -Geral doTr a b a l h o

patrocine umaação coletiva

a todos osmédicos

cubanos queestão sendotratados de

formadesigual,

desumana edesrespeitosa",

avisou o líderdo DEM,

MendonçaFilho.

Não há mais oque discutir emtermos de prova. Alegislação brasileiraprevalece à cubana.SE BA S T I Ã O CA I X E TA ,PR OCURADOR DO MINISTÉRIO

PÚ B L I CO DO TR ABALHO

cumento bancário de um mé-

dico cubano indicando o depó-

sito de US$ 400 em sua conta,

o que seria, segundo explica-

do por Ramona, a parte do sa-

lário que Cuba paga aos médi-

c o s n o B r a s i l – o u t r o s

US$ 600 seriam depositados

em uma con-

ta em Cuba.

" N ã o h á

m a i s o q u e

discut i r em

t e r m o s d e

prova" , de-

fende o pro-

c u r a d o r.

"A legisla-

ção brasileira

prevalece à

cubana. Não

v a i t e r n e-

nhum contra-

to que se sobreponha à nossa

legislação", diz o deputado

Ronaldo Caiado (DEM-GO).

O líder do DEM, Mendonça

Filho, afirma que a ação do par-

tido vai cobrar ainda o ressar-

cimento retroativo dos cuba-

nos. "Vamos pedir que a Procu-

radoria-Geral do Trabalho pa-

trocine uma ação coletiva a

todos os médicos cubanos que

estão sendo tratados de forma

desigual, desumana e desres-

peitosa", avisa.

Segundo os oposicionistas,

só no caso de Ramona, ela te-

ria direito a

receber pelo

menos R$ 36

mil. Orienta-

d a p e l a a s-

sessoria jurí-

dica do DEM,

a médica rei-

v i n d i c a r á

também res-

s arc i me nt o

p o r d a n o s

m o r a i s . " O

Brasil terá de

r e s p o n d e r

por dano moral não só à médi-

ca cubana, mas a todos os cu-

banos", diz Caiado.

Procurada sobre uma even-

tual ação de Ramona contra o

governo, a Advocacia-Geral

da União (AGU) afirmou que,

como ainda não há uma ação

concreta, caso em que a AGU

atuaria, a reportagem deveria

procurar o Ministério da Saú-

de. A Saúde ainda não se ma-

nifestou sobre a prometida

ação trabalhista.

Na quarta-feira, o ministro

da Saúde, Arthur Chioro, fez

um duro ataque à oposição

diante do pedido de refúgio da

médica. Para ele, a oposição

está fazendo uma "explora-

ção política" do episódio e ten-

tou "boicotar o quanto pode" a

realização do programa.

Na edição de ontem do jor-

nal cubano Granma n e nh um a

linha sobre Ramona Rodri-

guez, apenas a exaltação ao

programa Mais Médicos.

Ramona está hospedada na

casa do deputado Abelardo

Lupion (DEM-PR). A oposição

reage às críticas de que a cu-

bana teria pedido visto na Em-

baixada dos Estados Unidos

porque tem um namorado em

Miami. "O que estamos discu-

tindo é muito mais grave", re-

bate Mendonça. (Agências)

Ilha iniciou preparação em 2012Cubana que abandonou o Mais Médicos revela que foi treinada para vir ao Brasil em 2012, seis meses antes do anúncio por Dilma.

Amédica cubana que

abandonou o progra-

ma Mais Médicos, Ra-

mona Rodriguez, re-

velou ontem que já se prepa-

rava para trabalhar no Brasil

desde o fim de 2012, quando o

governo cubano divulgou o

programa brasileiro no País.

No entanto, a presidente Dil-

ma Rousseff só anunciou o

Mais Médicos cerca de seis

meses depois.

A médica informou que fez

dois cursos de preparação na

ilha de Fidel. O primeiro, de

português, foi realizado em

novembro de 2012. O segun-

do, foi cursado em fevereiro de

2013. Era um curso de prepa-

ração para colaborar com o

Brasil, tendo sido aprovada

com a avaliação "bom". O cur-

so teve duração de 224 horas.

Segundo Ramona, um brasi-

leiro foi enviado à Cuba para

ministrar um curso.

No início da discussão sobre

o programa Mais Médicos, o

governo brasileiro negou que

a intenção seria priorizar a vin-

da de profissionais cubanos

para atuar no interior do País.

A medida provisória que criou

o programa foi editada em ju-

lho de 2013 e só foi aprovada

pelo Congresso em setembro.

CONTRATO SÓ NA VÉSPERARamona contou que o go-

verno cubano, por meio do Mi-

nistério da Saúde Pública do

país, fez o convite e parte do

treinamento para o trabalho

em 2012, mas só informou as

condições e o salário três dias

antes do embarque para o

Brasil. "Eles diziam que não ti-

nham autorização para falar

sobre isso (pagamentos)",

disse a médica. Segundo ela, o

contrato com as condições de

pagamento e regras só foi

apresentado na véspera do

embarque, em 27 de setem-

bro de 2013. Nenhum outro

documento sobre o Mais Médi-

cos foi apresentado .

"Não temos internet em Cu-

ba. O governo vendia o progra-

ma como algo muito interes-

sante, mas depois ficamos sa-

bendo que o interessante não

era para nós", afirmou.

REMUNERAÇÃOSua fala é uma referência aos

valores repassados aos médi-

cos cubanos que recebem US$

400 por mês no Brasil e outros

US$ 600 são depositados em

uma conta em Cuba. Este valor

só poderá ser sacado quando

os profissionais retornarem ao

país. Enquanto isso, profissio-

nais de outros países recebem

salário de R$ 10 mil.

ACORDO SUSPEITOO contrato de trabalho dela

chama a atenção por ter sido

assinado com a Sociedade

Mercantil Comercializadora

de Serviços de Médicos Cuba-

no. Isso porque a vinda dos

médicos cubanos para o Brasil

é intermediada pela Organiza-

ção Pan-Americana de Saúde

(Opas), que recebe os recur-

sos do governo brasileiro e os

transfere para Cuba mensal-

mente. Além de R$ 10 mil por

médico, há ainda o pagamen-

to de outros gastos à Opas, in-

cluindo taxa de administração

e outros custos.

Ramona disse se sentir en-

ganada por Cuba. Clínica-ge-

ral, chegou ao País em outubro

e atuava em um posto de saú-

de de Pacajá, uma pequena ci-

dade no Pará. Ela diz ter deci-

dido deixar o Mais Médicos ao

descobrir que o valor de R$ 10

mil pago pelo governo brasi-

leiro a outros médicos estran-

geiros era muito superior ao

que ela recebia. ( Fo l h a p r e s s )

Ed Ferreira/Estadão Conteúdo

Mendonça Filho (DEM-PE): "Não tem como distinguir um médico cubano de um espanhol".

6 DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Quem está na tevê emprestando sua imagem a uma peça publicitária é o ex-jogador de futebol, isto fica muito claro.Romário, deputado federal (PSB - RJ)

PTB segue PMDB e abremão de indicar nome

O partido, que não foi convocado oficialmente, tinha Benito Gama entre os cotados para o Turismo.

Integrantes da Executiva

Nacional do PTB decidi-

ram ontem que não indi-

carão nome para compor

o governo da presidente Dil-

ma Rousseff na reforma minis-

terial deste ano.

Essa decisão ocorre um dia

depois de o PMDB da Câmara

dos Deputados se rebelar con-

tra o Palácio do Planalto e,

em documento , t omar a

mesma iniciativa.

"O PTB abre mão da indica-

ção. Não foi chamado oficial-

mente mas, se for, não vai in-

dicar", disse o presidente na-

cional do partido, Benito Ga-

ma. Na dança das cadeiras da

Esplanada dos Ministérios, ele

estava cotado para assumir o

Ministério do Turismo.

Segundo Gama, a decisão

foi tomada após consulta por

telefone com outros integran-

tes da Executiva Nacional do

PTB. Apesar de abrir mão da

indicação, Gama afirma que a

legenda continuará apoiando

a candidatura à reeleição da

presidente Dilma.

O dirigente, que atualmen-

te ocupa o cargo de vice-presi-

dente de governo do Banco do

Brasil, deve deixar o posto nos

próximos dias para se dedicar

à candidatura à Câmara dos

Deputados pela Bahia.

Este é o segundo gesto de

"desembarque" tomado por

um partido da base aliada nas

últimas 24h.

Na quarta-feira, integran-

tes da bancada do PMDB da

Câmara aprovaram um docu-

mento em que "deixam à dis-

posição" da presidente Dilma

a indicação dos nomes que

irão integrar os ministérios.

Durante o encontro, que du-

rou cerca de três horas, reali-

zado em um dos plenários da

Casa, vários deputados foram

ao microfone se queixar do

tratamento dado pela presi-

dente à bancada.

"Neste momento o que nós

decidimos é que a bancada do

PMDB na Câmara cansou des-

se processo de cargos, que

tem que indicar, que não tem

que indicar, que vai tirar, que

vai dar ministério. Não vamos

aceitar esse tipo de discus-

s ã o " , a f i rm o u o l í d e r d o

PMDB na Câmara, Eduardo

Cunha (RJ).

Um dos objetivos centrais

da presidente Dilma Rousseff

com a reforma ministerial é

ampliar sua aliança para dis-

putar a reeleição neste ano,

mas as primeiras negociações

semearam mais tensão do

que união entre os aliados, e

as dificuldades para expandir

a base governista aumentam

a cada dia.

Além de questões políticas,

Dilma tem dificuldade em

atrair nomes de peso para

pastas como a do Desenvolvi-

mento, Indústria e Comércio.

Novos ministros assumem os

postos apenas por meses e di-

ficilmente conseguem impri-

mir suas marcas na adminis-

tração pública. (Agências)

O PTB abremão da indicação.Não foi chamadooficialmentemas, se for,não vai indicar.BE N I TO GAMA, PRESIDENTE

N AC I O N A L DO PA RT I D O

A bancada doPMDB cansou desseprocesso que temque indicar, que nãotem que indicar, quevai tirar, que vai darministério.DE P U TA D O ED UA R D O CUNHA

REFORMA MINISTERIAL

Afif descarta deixar cargoatual para ocupar MDIC

Na lista dos cotados

para assumir o

Ministério do

Desenvolvimento Indústria

e Comércio Exterior

(MDIC), o atual ministro da

Secretaria da Micro e

Pequena Empresa, Afif

Domingos, diz que

pretende continuar no

atual posto. Ao ser

indagado sobre a

possibilidade de mudança

de pasta, Afif

brincou fazendo referência

à sigla do Ministério

do Desenvolvimento: "Não

Midica isso".

Afif assumiu a pasta da

Micro e Pequena Empresa

em maio do ano passado

logo que a pasta foi criada

pela presidente Dilma

Rousseff para acomodar o

PSD no governo.

"Há um jogo de encaixe

de peças na reforma

ministerial, mas não está

nos meus planos deixar a

Secretaria da Micro e

Pequena Empresa. Tenho

um ano pesado de trabalho

pela frente e se eu

aceitasse iria interrompê-

lo". Quanto a uma possível

indicação para o ministério

de um outro nome do PSD,

Afif respondeu: "Parece

que a solução do MDIC não

vai passar por uma questão

partidária. Busca-se um

perfil que tenha uma

interlocução com o

empresariado". (EC)

Patrícia Cruz/LUZ

Afif: "Nãoestá nosmeus planosdeixar aSecretariada Microe PequenaEmpresa".

PSC desistede Direitos Humanos

Abancada evangélica na

Câmara dos

Deputados desistiu de

lutar pelo comando da

Comissão de Direitos

Humanos na Casa, que em

2013 foi presidida pelo

deputado pastor Marco

Feliciano (PSC-SP).

O motivo é que o PT já

sinalizou que pretende

reocupar a presidência da

comissão, que em 2013

provocou polêmica com

projetos apresentados por

Feliciano, apontados como de

caráter homofóbico. O PT,

porém, terá de enfrentar o

deputado Jair Bolsonaro (PP-

RJ), que manifestou interesse

em presidir a comissão.

Além do interesse do PT em

reocupar o posto – o partido

tem preferência em indicar

nomes por ser a maior

bancada da Casa – o u t ro

motivo para a desistência da

bancada evangélica é que a

cúpula da Casa pretende

desmembrar a comissão de

Turismo e Desporto em duas,

o que possibilita que o PSC

presida uma comissão.

"É bom que o PT esse ano dê

prioridade a essa comissão. O

ano passado não deu", disse o

líder do PSC, André Moura. Mas

não revelou se o PSC prefere

PT ou PP no comando. "Se for o

PT, vamos respeitar a

indicação do PT, mesmo

alguém contrário ao Feliciano.

Se recair ao PP, vamos apoiar a

indicação do Bolsonaro". (EC)

Caffarelli, no 2º posto importante.

Passou praticamente

em branco no merca-

do financeiro a indica-

ção do vice-presiden-

te do Banco do Brasil Paulo Ro-

gério Caffarelli para o segundo

posto mais importante do Mi-

nistério da Fazenda.

Ele assumirá o cargo de se-

cretário-executivo do minis-

tro Guido Mantega visando

melhorar a comunicação en-

tre mercado e setor privado.

Operadores e analistas elo-

giaram a iniciativa, mas afir-

mam desconhecer a ele e o

que ele pensa sobre a política

econômica, o que pode não

ajudar muito a melhorar a tro-

ca de informações com o mer-

cado financeiro.

Caffarelli é graduado em di-

reito e funcionário de carreira

do banco estatal. E é um ilus-

tre desconhecido nas mesas

de operação financeira.

"Como veio da área de cré-

dito do Banco do Brasil, ele po-

de conhecer empresas, mas,

para o mercado, o diálogo não

muda muito", disse o sócio de

uma gestora de recursos.

Para analistas, mais do que

ao mensageiro, os ouvidos do

mercado estão atentos às

mensagens. Delas, a mais es-

perada é a economia que o go-

verno deve fazer em suas des-

pesas este ano.

O anúncio é aguardado para

a semana que vem.

Agências de classificação

de risco e analistas esperam

que o governo modere gastos,

para evitar um rebaixamento

da nota de crédito do País.

A iniciativa poderia contri-

buir ainda para esfriar o con-

sumo e ajudar o Banco Central

a controlar a inflação e evitar

aumentos dos juros.

Além da sinalização, porém,

o mercado quer saber como o

governo ajustará suas contas,

diante de um crescimento

econômico ainda baixo e que

tende a deprimir a arrecada-

ção de impostos.

Manobras recentes para fe-

char as contas deixaram ana-

listas desconfiados.

"Se chamaram o Caffarelli

na esperança de que ele vá

convencer o mercado, estão

perdendo tempo. A essa altu-

ra, mesmo que ele seja muito

competente, a demanda por

mudanças passa por muito

mais do que trocar a secreta-

ria-executiva", disse Sérgio

Vale, economista-chefe da

consultoria MB Associados.

Ontem, no dia seguinte à no-

tícia, a Bolsa subiu 2,39% e o

dólar à vista recuou 0,69%, (R$

2,385). Operadores atribuem a

maré positiva a um movimento

global de otimismo com os EUA

e a alta de das ações de empre-

sas de energia.

"A nomeação é neutra. A in-

tenção do governo é melhorar

seu relacionamento com o

mercado financeiro, mas isso

não vai acontecer dessa for-

ma. Só diante de resultados

concretos e medidas efetivas,

o mercado só passará a ver

melhor o governo", disse Júlio

Hegedus, economista-chefe

da consultoria Lopes Filho.

( Fo l h a p r e s s )

SUCESSÃO ESTADUAL

PSDB tenta acordocom PSB para mirar PT

Ocomando do PSDB já

admite enfrentar o

PSB na disputa pelo

governo de São Paulo mesmo

que o partido não

desembarque do governo

Geraldo Alckmin.

Com a resistência da ex-

senadora Marina Silva (PSB)

de que seu partido fique ao

lado dos tucanos nas eleições

para o governo estadual, a

cúpula do PSDB negocia nos

bastidores um acordo de

"convivência" sem ataques

mútuos entre os candidatos e

o compromisso de apoio no

segundo turno.

A fórmula não agrada

Alckmin, que preferia o aliado

Márcio França (PSB) na sua

chapa como vice-governador.

Líderes do PSDB afirmam,

porém, que a solução se

tornou a mais "viável" diante

do impasse dentro do PSB.

Pré-candidato do PSDB à

Presidência, o senador Aécio

Neves (MG) disse a

interlocutores que não vai

"perder tempo" discutindo

alianças com o PSB onde não

for possível viabilizá-las. Em

contrapartida, as duas siglas

vão evitar os ataques diretos

para mirar no PT e na

candidatura à reeleição da

presidente Dilma Rousseff.

Em São Paulo, Aécio não vê

danos à candidatura de

Alckmin se o PSB lançar

candidato próprio. Marina

defende candidatura própria

do PSB-Rede em São Paulo,

especialmente de seus

aliados Walter Feldman,

deputado, ou do vereador

Ricardo Young (PPS). Campos

se vê no dilema de apoiar

Marina ou agradar França.

Ontem, Alckmin se recusou

comentar as declarações do

ex-ministro da saúde e pré-

candidato do PT ao Palácio

dos Bandeirantes, Alexandre

Padilha, de que o PCC seria

"uma criação dos 20 anos de

governo do PSDB".

"Eleição, só no segundo

semestre, depois das

convenções. Debate eleitoral

tem sua hora", disse o

governador. Padilha havia

dito que "nestes 20 anos, o

que nós vimos foi a criação do

PCC, em vez de o PSDB criar

uma política de segurança,

uma polícia mais presente,

mais próxima da população,

com ações cada vez mais

inteligentes. (Agências)

Oprocesso de criação daRede Sustentabilidade, da

ex-senadora Marina Silva, foidefinitivamente para o arquivodo Tribunal Superior Eleitoral(TSE). Conforme o andamentodo caso, ocorreu o que échamado nos meios jurídicos detrânsito em julgado, ou seja,quando uma decisão torna-sedefinitiva e não pode ser maismudada. Ontem, foideterminado oencaminhamento do processopara o Arquivo Central do TSE.

Em outubro de 2013, oplenário do TSE havia rejeitadoo pedido de registro da Rede.

REDE ARQUIVADO

Romário abre precedente inédito na Câmara

.Ó..R B I TA

Antecipando-se ao projetodo governo federal de criar

um banco nacional deimpressões digitais que permitaa identificação eletrônica decada cidadão, o governo de SãoPaulo lançou ontem um novomodelo de RG que terá, entreoutras, a coleta informatizadadas impressões digitais.

Os dados biométricos ficarãoarmazenados num banco pelosistema Afis (SistemaAutomático de Identificação deImpressões Digitais). Sistemasemelhante já existe em Estadoscomo Rondônia, MS e RS.

IDENTIFICAÇÃO

Filho do ex-ministro JoséDirceu, o principal

condenado no processo doMensalão, o deputado federalZeca Dirceu (PT-PR) pode virarréu pelo crime de ter feito bocade urna na eleição de 2010. Osministros vão decidir serecebem denúncia doMinistério Público.

O MP denunciou Zeca Dirceupor ter afixado adesivos queindicavam o então candidato adeputado. O MP sustenta queele cumprimentou eleitores emesários, alto, no local devotação, conduta quecaracterizaria boca de urna.

DIRCEUZINHO

OSupremo Tribunal Federal(STF) extinguiu um

inquérito contra o presidentedo PR, senador AlfredoNascimento (AM). O ministroTeori Zavascki, acatou parecerda Procuradoria-Geral daRepública segundo o qual oparlamentar não poderia serpunido porque ocorreu aprescrição do inquérito.

Alfredo Nascimento era alvode investigação por supostaprática de crime deresponsabilidade na época emque o ex-ministro de Dilma foiprefeito de Manaus (AM).

STF PRESCRIÇÃO

Reprodução

Principal estrela da seleçãobrasileira tetracampeã do

mundo em 1994, o ex-atacanteRomário, deputado federal a partirde 2011, é desde o final do mêspassado garoto-propaganda dacerveja Devassa.

O contrato (valoresdesconhecidos) constitui fato nomínimo raro em Brasília, o de umpolítico que aceita estrelar acampanha publicitária deuma empresa.

Dos vários funcionários eórgãos técnicos da Câmaraconsultados nos últimos dias,nenhum disse ter registrode precedente.Romário é o principal nome doPSB no Rio de Janeiro e é cotadopara disputar o Senado este ano.Eleito com mais de 147 mil votosem 2010, a sexta maiordo Estado, ele aparece em duas

propagandas da cerveja na tevêjogando pelada nas praias do Rio.

A área técnica da Câmaraafirmou que, a princípio, não háimpedimento legal em umdeputado virar garotopropaganda de uma empresaparticular, embora aComissão de Constituição eJustiça da Casa, que nuncaanalisou caso similar, possa terposição diversa.Romário afirmou quesua atuação como deputado nãoestá "em negociação".

"Quem está na tevêemprestando sua imagem a umapeça publicitária é o ex-jogador defutebol, um campeãomundial que integra oimaginário popular brasileiro,isto fica muito claro nacampanha", alega ele. O casopromete novos capítulos.

NA TRILHA DAS DOAÇÕESOprocurador-geral da República, Rodrigo Janot, e aprocuradora Carolina Medeiros, analisam pedidos

para começar investigação sobre as "vaquinhas" pelainternet, de José Genoino e de partido Delúbio

Soares , que arrecadaram R$ 700 mil e R$ 1 milhão.

JOÃO PAULO QUER TRABALHARPreso desde terça-feira, na Papuda, o deputado

federal João Paulo Cunha (PT-SP) já seguiu oexemplo de mensaleiros como Delúbio Soares e

pediu autorização à Vara de Execuções Penais para,durante o dia, sair da prisão e ir à Câmara – t ra b a l h a r.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 7

Pizzolato é um cidadão preso provisoriamente para fins de extradição.Francesco Fallica, diretor da divisão de cooperação internacional da polícia italiana

Extradição dePizzolato só

depende da ItáliaEm questões de extradição, costuma prevalecer o princípio da reciprocidade.

Pela primeira vez, uma

autoridade italiana

admitiu que existem

brechas para extradi-

tar Henrique Pizzolato ao Bra-

sil, apesar dele ter dupla cida-

dania. Foragido desde novem-

bro do ano passado, o ex-dire-

t o r d o B a n c o d o B r a s i l

condenado no processo do

Mensalão foi preso na manhã

de quarta-feira na Itália.

"Existe um tratado bilateral

com o Brasil que permite que

se extradite o cidadão com du-

pla nacionalidade. Ele é um ci-

dadão preso provisoriamente

para fins de extradição", disse

o diretor da divisão de coope-

ração internacional da polícia

italiana, Francesco Fallica.

Com a prisão de Pizzolato,

começou a correr o prazo de

40 dias para que o Brasil enca-

minhe à Itália um pedido ofi-

cial de extradição.

Segundo Fallica, o caso pas-

sará à esfera judicial que vai

decidir o mérito do pedido bra-

sileiro e, em caso positivo, a

decisão final caberá ao Minis-

tério da Justiça italiano. A ação

correrá na Corte de Apelação

de Bolonha, que tem jurisdi-

ção sobre Modena, onde Piz-

zolato está preso.

NÃO MAIS DA ITÁLIAO diretor do Instituto de Re-

lações Internacionais da USP,

Pedro Dallari, considera que

as chances de extradição de

Pizzolato são remotas, já que

Constituição do Brasil veda a

extradição de seus cidadãos e

pelo princípio da reciprocida-

de a Itália deve adotar a mes-

ma postura baseando no polê-

mico caso do terrorista italia-

no Cesare Battisti.

Para o ministro do Supremo

Tribunal Federal , Marco Auré-

lio Mello, as leis italianas não

proíbem a extradição, por is-

so, caso exista concordância

do governo requerido, ela po-

deria sim ser realizada.

Pizzolato deve responder

na Itália por uso de documento

falso. No momento de sua pri-

são, os "carabinieri" encontra-

ram cerca de uma dezena de

documentos pessoais em seu

nome e em nome de Celso Pi-

zzolato, o irmão dele morto em

1978 em um acidente. Um dos

documentos era uma carteira

de motorista emitida na Espa-

nha. (Agências)

As leis italianasnão proíbem aextradição, por isso,caso exista concor-dância do governorequerido, poderiaser realizada.MAR CO AURÉLIO ME L LO (STF)

Pizzolato deseja ficar na Itália ealegará que não há perigo de fugirDefesa vai pedir para que ele aguarde o processo de extradição em liberdade

AJustiça italiana vai deci-

dir hoje, em Bolonha, se

o ex-diretor do Banco

do Brasil Henrique Pizzolato

poderá esperar em liberdade

ou não pela decisão do proces-

so de extradição. Segundo o

advogado de Pizzolato, Loren-

zo Bergami, seu cliente deve

rejeitar uma volta voluntária

ao Brasil. Diante da corte, vai

defender a tese de que não há

o perigo de fuga e que Pizzola-

to poderia esperar a tramita-

ção do processo em liberdade

ou em prisão domiciliar.

Condenado a 12 anos e 7

meses de prisão por envolvi-

mento no Mensalão, Pizzolato

deixou o Brasil para evitar a

condenação. Desde novem-

bro era considerado foragido.

Ele foi para Itália, país onde

tem segunda cidadania.

Bergami contou que esteve

ontem com o ex-diretor, preso

desde quarta-feira em uma

penitenciária de Modena. Se-

gundo ele, o brasileiro está "vi-

sivelmente abatido" e insiste

na tese de que é inocente e de

que não pretende voltar tão

cedo ao Brasil.

No Mensalão, Pizzolato foi

acusado de liberar irregular-

mente o repasse de R$ 73 mi-

lhões da Visanet para a agên-

cia de publicidade de Marcos

Valério. Foi condenado por la-

vagem de dinheiro, corrupção

passiva e peculato.

'NÃO VOLTO'A partir da recusa de Pizzo-

lato de voltar voluntariamen-

te ao Brasil, a Justiça italiana

deve iniciar o exame da extra-

dição um processo que pode

levar, pelo menos, seis meses.

O objetivo do ex-diretor do BB

é conseguir autorização para

aguardar a decisão em prisão

domiciliar, com uso de brace-

lete eletrônico, para monito-

ramento judicial.

A solicitação para extradi-

ção precisa ser formalizada

pelo Supremo Tribunal Federal

e será analisada por um procu-

rador de Bolonha.

Pizzolato também vai res-

ponder, à Justiça italiana, a

processo por falsidade ideoló-

gica por uso de documentos

falsos apreendidos com ele

durante a sua prisão em nome

de um irmão dele morto há. Se

condenado, pode pegar até 3

anos de prisão.

VERGONHA AO PTLíder do PT na Câmara, o de-

putado federal Vicentinho

(SP) disse ontem que a situa-

ção de Pizzolato provocou um

"sentimento de vergonha e

constrangimento" dentro do

PT. "A postura requer uma pro-

funda investigação. Ninguém

fugiu. João Paulo Cunha (depu-

tado) e José Genoino (ex-pre-

sidente do PT) não saíram de

casa, não fugiram. Apesar de

Pizzolato ser militante, não

podemos compactuar com es-

sa postura", afirmou o líder.

"Se alguém foge, é porque fez

algo errado". ( E C / Fo l h a p r e s s )

Jamil Chade/Estadão Conteúdo

Penitenciária de Modena, onde Pizzolato já está preso.

Dilma anuncia vagas para cursosdestinados a presidiários

Preocupada com a atual situação carcerária no País, ela promete saídas.

Apresidente Dilma

Rousseff afirmou on-

tem, pelo Twitter,

que o governo federal vai

oferecer, no 1º semestre

deste ano, 32 mil vagas em

cursos de capacitação para

presos e ex-presidiários,

por meio do programa Pro-

grama Nacional de Acesso

ao Ensino Técnico e Empre-

go (Pronatec).

As vagas do Pronatec ao

sistema penitenciário já ha-

viam sido anunciadas no

ano passado – quando fo-

ram previstas 55 mil vagas

para todo o ano de 2014.

"Serão distribuídas por

todo o País vagas em mais

de 600 cursos, ajudando a

dar melhor perspectiva de

vida para quem deixa a pri-

são. Investir na educação

da população carcerária é

fundamental para facilitar o

retorno dessas pessoas à

vida em sociedade", publi-

cou a presidente.

Na ocasião do anúncio,

em fevereiro de 2013, foi

explicado que os cursos se-

riam prioritariamente des-

tinados aos presos do regi-

me semiaberto – caso dos

petistas José Dirceu e Delú-

bio Soares, do Mensalão.

Dirceu e Delúbio também

começaram um curso de di-

reito constitucional por cor-

respondência na Papuda,

oferecido por uma entidade

privada. Já o Pronatec ofe-

rece diversos cursos técni-

cos e tem entre seu público-

alvo, entre outros, os bene-

ficiários do Bolsa Família.

( Fo l h a p r e s s )

Márcio Fernandes/Estadão Conteúdo

Detentos na Casa de Detenção do Complexo de Pedrinhas (MA)

Pedrinhas:mais uma rebelião.

Um princípio de motim

terminou com

detentos feridos no

Complexo Penitenciário de

Pedrinhas, em São Luís (MA).

A rebelião, que começou na

manhã de ontem, ocorreu nos

presídios São Luís 1 e 2.

Segundo a Secretaria de

Estado de Justiça e

Administração Penitenciária

do Maranhão, a Polícia Militar

e a Força Nacional precisaram

intervir para controlar o

motim. Alguns detentos

tiveram ferimentos leves e

foram atendidos no

ambulatório do complexo.

Segundo a polícia, o

movimento é uma reação ao

trabalho de revista diário e

mais criterioso que está

sendo realizado nos

estabelecimentos penais

de São Luís.

O sistema carcerário do

Maranhão vive uma crise

que culminou com a morte

de 66 presos. Só na

penitenciária de

Pedrinhas, 63 foram

mortos. O assunto foi

criticado por organismos

internacionais como a

Organização dos Estados

Americanos. A

Procuradoria Geral ainda

estuda se pedirá

intervenção federal no

sistema penitenciário sob

gestão de Roseana Sarney

(PMDB). ( Fo l h a p r e s s )

8 DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

PRISIONEIRO DE GUERRAMilitantes do Taleban afegão

divulgam vídeo em que afirmamter capturado 'Colonel', um

cachorro do Exército dos EUA.

PERIGO NO ARMinistério da Saúde iranianoinvestiga se sinais para bloquearTV estrangeira podem causarcâncer e abortos espontâneos

Taleban: decoração aberto.

Governo do Paquistão e grupo insurgente iniciam conversas de paz

Mian Khursheed/Reuters

Siddiqui (à esq.), do governo, e Ul-Haq, do Taleban, negociam fim de sete anos de conflito no Paquistão.

Negociadores do go-

verno do Paquistão e

do Taleban reuniram-

se por mais de três horas em

Islamabad, ontem, na pri-

meira rodada de encontros

com o objetivo de pôr fim a

um conflito de sete anos.

Os insurgentes lutam para

derrubar o governo central e

estabelecer um rígido gover-

no islâmico, mas o primeiro-

ministro Nawaz Sharif acre-

dita que o movimento está

pronto para negociar a paz e

interromper os confrontos.

Irfan Siddiqui, chefe da de-

legação do governo, exaltou

a reunião, dizendo que os

representantes do grupo in-

surgente "reagiram acima

das expectativas".

"E les ouv i ram nossas

preocupações e disseram

suas preocupações com o co-

ração aberto", explicou Sid-

diqui aos repórteres. "Nós

compartilhamos a mesma

meta, de tornar este país pa-

cífico, de acordo com os ensi-

namentos islâmicos."

Maulana Sami-ul-Haq, re-

presentante do movimento,

disse que haverá uma discus-

são entre as lideranças e que

uma nova reunião será mar-

cada depois disso.

O diálogo acontece num

momento em que aumentam

os ataques no Paquistão. Se-

gundo um recente relatório,

no ano passado houve mais

de 1,7 mil atentados no país -

61% deles perpetrados pelo

Taleban e aliados. (Agências)

Mais uma dor decabeça para

Cristina KirchnerPromotoria argentina quer interrogar vice-presidente do país por corrupção

APromotoria argenti-

na pediu à Justiça on-

tem que o vice-presi-

dente do país, Ama-

do Boudou, seja convocado

para interrogatório em um ca-

so onde é investigado por sus-

peitas de atos de corrupção.

Esta é a primeira vez que a Jus-

tiça do país convoca um vice-

presidente no exercício da

função para prestar depoi-

mento em inquérito. Além de

Boudou, o promotor público

federal Jorge Di Lello pediu a

convocação do titular da Ad-

ministração Pública Federal

de Rendas Públicas (Afip), Ri-

cardo Echegaray, equivalente

à Receita Federal.

O suposto envolvimento do

vice-presidente no caso deno-

minado "Ciccone" e o interro-

gatório acentuam a fragilida-

de enfrentada pelo governo

da presidente Cristina Kirch-

ner, em meio à queda de popu-

laridade e da desconfiança so-

bre os rumos do país, além da

crise cambial, somada à infla-

ção elevada.

O escândalo envolvendo

Boudou estourou em janeiro

de 2012, quando a Justiça co-

meçou a investigar irregulari-

dades na venda de uma gráfi-

ca de impressão de dinheiro,

placas e passaportes, chama-

da "Ciccone Calcográfica", pa-

ra o fundo administrado por

um amigo de infância do vice-

presidente, Alejandro Vander-

broele. Após a venda, a gráfica

passou a chamar-se Compa-

nhia de Valores Sul-americana

S.A, e fechou milionário con-

trato com a Casa da Moeda pa-

ra imprimir 410 milhões em

notas de 100 pesos.

Vandebroele foi apontado

pela ex-esposa Laura Muñoz

como testa-de-ferro de Bou-

dou na aquisição da ex-Cicco-

ne. Ela decidiu revelar a trama

por medo das ameaças do em-

presário. Conforme declara-

ções à Justiça, seu ex-marido

comprou a empresa que esta-

va em falência com a ajuda de

Boudou, quando era ministro

de Economia durante o pri-

meiro mandato de Cristina Kir-

chner. A manobra teria come-

çado em julho de 2010, quan-

do Ricardo Echegaray solici-

tou à Just iça Comercia l a

falência da companhia. O pe-

dido foi aceito em agosto do

mesmo ano.

Na ocasião, a Casa da Moe-

da só tinha capacidade insta-

lada para imprimir 55% da de-

manda de dinheiro do país e o

David Fernández/EFE - 04/02/14

Patrimônio de Boudou cresceu 69% entre 2009 e 2010

Banco Central teve que enco-

mendar à Casa da Moeda do

Brasil a impressão de 13 mi-

lhões de notas de 100 pesos.

Em setembro de 2010, a Afip

pediu a suspensão da falência

da companhia. E, imediata-

mente depois, foi adquirida

pelo fundo de investimento

The Old Fund S.A, cuja cara vi-

sível é de Vandebroele.

Nos últimos anos, o Ministé-

rio Público conseguiu reunir

provas para imputar a Boudou

delitos de "negociações in-

compatíveis com a função pú-

blica e enriquecimento ilícito".

De 2009 para 2010, seu patri-

mônio aumentou 69%.

O promotor sustenta que

Boudou utilizou o cargo de mi-

nistro de Economia para bene-

ficiar os acionistas da gráfica.

Di Lello convocou ainda toda a

família Ciccone, que vendeu a

empresa ao fundo do amigo de

Boudou, além de outros envol-

vidos na causa.

O juiz Ariel Lijo não tem um

prazo para responder à solici-

tação da Promotoria.

Após a divulgação do pedi-

do de interrogatório para Bou-

dou, a oposição voltou a ata-

cá-lo e a pedir sua renúncia.

"Boudou é um delinquente,

mas não menos que os demais

de seu partido", afirmou nas

redes sociais a deputada Elisa

Carrió, da UNEN.

A opositora previu que Bou-

dou, que também ocupa o car-

go de presidente do Senado

argentino, renunciará "no fi-

nal de fevereiro ou no início de

março". (Agências)

Não no quintalda Rússia!

Assessor de Putin adverte EUA por armar 'rebeldes' na Ucrânia

Um importante assessor

do Kremlin acusou os

Estados Unidos, on-

tem, de armarem os "rebel-

des" ucranianos e alertou que

poderia haver uma interven-

ção russa para manter a segu-

rança na Ucrânia. A advertên-

cia foi feita no mesmo dia em

que a subsecretária de Estado

norte-americana para Assun-

tos Europeus, Victoria Nuland,

reuniu-se com o presidente

ucraniano, Viktor Yanukovich.

Sergei Glazyev, assessor do

presidente Vladimir Putin e

com responsabilidade nas re-

lações com a Ucrânia, afirmou

que a "interferência" norte-

americana descumpria um

tratado de 1994, segundo o

qual Washington e Moscou ga-

rantiriam juntos a segurança e

a soberania da Ucrânia depois

que Kiev se desfez do arsenal

nuclear da era soviética.

Os característicos comen-

tários duros do assessor, na

véspera de um esperado en-

contro entre Putin e Yanukovi-

ch, na abertura dos Jogos

Olímpicos de Inverno de So-

chi, podem aumentar as ten-

sões com Washington e na

própria Ucrânia.

Questionado pelo jornal

ucraniano Ko mmersant se a

Rússia poderia "ativamente

intervir" se a crise ucraniana

piorar, Glazyev citou o Memo-

rando de Budapeste de 1994:

"De acordo com o documento,

a Rússia e os EUA são os que

garantem a soberania e a inte-

gridade territorial da Ucrânia e

são obr igados a in te rv i r

quando conflitos dessa natu-

reza acontecem".

"E o que os norte-america-

nos estão fazendo agora, uni-

lateralmente interferindo nos

assuntos internos da Ucrânia,

é o descumprimento claro do

tratado. O acordo é por garan-

tias e ação coletivas."

Por sua vez, o presidente

ucraniano disse à emissária

norte-americana que só por

meio de diálogos e de um com-

promisso comum será possí-

vel encerrar a crise.

Ele reiterou seu compromis-

so com uma reforma constitu-

cional, embora rejeite que as

mudanças sejam introduzidas

pela 'via rápida', pulando o re-

gulamento estipulado pela

própria Carta Magna, como

pretende a oposição.

Os protestos começaram

em novembro após a Ucrânia

rejeitar um acordo com a União

Europeia em troca de ajuda fi-

nanceira de Moscou. Os con-

frontos dividiram as potências,

com a UE e os EUA do lado da

oposição e a Rússia apoiando o

governo. (Agências)

Gleb Garanich/Reuters

Ucraniana caminha em frente à polícia antidistúrbios que protege o Parlamento em Kiev

Turquia no mundo do 'Big Brother'Parlamento amplia controle da internet pelo governo

ATurquia está

prestes a se

t ra ns f orma r

em um buraco negro

d e n t r o d o m a p a

mundial da internet,

temem os internau-

tas, depois que foi

aprovada, na noite

de quarta-feira, uma

nova lei de controle

de conteúdos que

não desmerece o

"Big Brother" imaginado por

George Orwell.

Isto não era o que se espera-

va o ativista Gürkan Özturan

quando, em 2010, o governo

turco, o mesmo que agora

aprovou a lei que põe o país no

mesmo patamar de China ou

Irã, levantou a proibição do

YouTube e renunciou uma lei

de controle após protestos.

"Pensamos que com os pro-

testos pacíficos tínhamos con-

seguido ampliar as liberda-

des", lembra Özturan em con-

versa com à agência Efe, "mas

agora será muito pior".

A lei, que passará pela san-

ção do presidente Abdullah

Gül, autoriza o governo a blo-

quear qualquer site sem pedir

autorização à Justiça.

Com a medida, as ope-

radoras devem bloquear

uma página até quatro

horas após receberem a

ordem da Diretoria de Te-

lecomunicações, órgão

que fiscaliza a internet.

Antes, um site só podia

ser proibido depois de

uma decisão judicial, o

que levava 24 horas.

As empresas também

terão que guardar por

dois anos os históricos de in-

ternet de seus usuários.

O governo diz que o objetivo

é garantir a privacidade dos

internautas. Mas a oposição

acredita que o Executivo teme

que a internet tenha se trans-

formado em uma plataforma

para divulgar vídeos de minis-

tros envolvidos em casos de

corrupção. (Agências)

Osman Orsal/Reuters

Site poderá ser bloqueado sem decisão judicial

Aconta no Twitter do

McDonald's da

Argentina sofreu uma

enxurrada de reclamações

de clientes. Motivo: falta

ketchup nas lanchonetes.

Segundo o jornal El Clarín, o

produto viria do Chile e não

estaria chegando devido

às restrições do governo.

Batata fritasem ketchup

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 9

CARNAVAL 2014

Blocos abrem a folia paulistanaGrupos mais famosos esperam receber até 20 mil foliões nas ruas de São Paulo. Folia vai até dia 3 de março e acontece nos quatro cantos da Cidade.

Mariana Missiaggia

Prepare-se. A folia pré-

carnaval já começou e

os desfiles acontecem

até o dia 4 de março.

São mais de 48 blocos de rua e

cordões pelos quatro cantos

da Cidade. Os grandes blocos

que participam do Carnaval

de rua de São Paulo esperam

receber até o dobro de foliões

em relação ao ano passado.

"Ano passado foi um marco

para o Carnaval de rua da Ci-

dade, com muitos blocos nas

ruas e em várias regiões. Nes-

te ano, nossa expectativa é

que vai bombar ainda mais",

acredita Silvia Lopes, do Nois

Trupica Mais Não Cai, que es-

pera reunir 10 mil pessoas, o

dobro de 2013.

Amanhã, o concurso de

marchinhas, realizado pelo

bloco no Centro Cultural Rio

Verde, na Vila Madalena, vai

premiar três canções por me-

lhor letra, intérprete e menção

honrosa. As marchinhas esco-

lhidas serão tocadas durante

o desfile do bloco, dia 23.

No dia 28, os integrantes do

tradicional Acadêmicos do Bai-

xo Augusta vão se concentrar

na Rua Marquês de Paranaguá,

na Consolação, e desfilarão até

a Praça Roosevelt com o tema

paz e amor. Além de reunir 15

mil pessoas, o Baixo Augusta é

o bloco independente que irá

reunir o maior número de artis-

tas, como as cantoras Pitty e Tu-

lipa Ruiz, e as atrizes Marisa Or-

th e Alessandra Negrini.

O Esfarrapados, um dos

mais antigos de São Paulo, de

1947, aguarda mais de 20 mil

foliões nas ruas do Bixiga, no

dia 3 de março.

Comemorando a 24º edi-

ção, o Pholia na Luz, maior

evento pré-carnaval de rua de

São Paulo, vai trazer 15 agre-

miações para as ruas da re-

gião da Luz, no Centro, entre

os dias 22 e 23. A novidade

deste ano será a apresenta-

ção do Bloco Fuzuê SP, no en-

cerramento do primeiro dia

(22), que virá com uma partici-

pação especial – a bateria da

escola de samba da Mocidade

Independente de Padre Mi-

guel, do Rio. O evento deve

reunir dez mil pessoas.

A Prefeitura cadastrou os blo-

cos para regulamentar a folia e

também oferecer subsídio da

taxa cobrada pela Companhia

de Engenharia de Tráfego, in-

clusão no plano de comunica-

ção municipal, banheiros quí-

micos, sinalização, grades de

proteção e ambulâncias.

“É difícil ter um número exa-

to de blocos, bandas e cordões

que saem, pois há muitos. Por

isso, essa organização é bem-

vinda, desde que não interfira

na essência do carnaval de

rua”, diz Cândido José de Sou-

za Neto, presidente da Asso-

ciação das Bandas Carnava-

lescas de São Paulo.

Daniela Souza/Estadão Conteúdo

Bloco Pilantragi, em Perdizes, que desfilou na semana passada.

Haddad proíbe uso deabadás e cordas nosblocos de São Paulo

Os blocos

carnavalescos de

São Paulo não

poderão ter abadás ou

cordas que separem o trio

elétrico do público. As

diretrizes para a folia na

Cidade foram publicadas

na edição de ontem do

"Diário Oficial" do

m u n i c í p i o.

Segundo o decreto

assinado pelo prefeito

Fernando Haddad (PT), a

justificativa para a não

segregação dos foliões é

de que o Carnaval é um

"conjunto de

manifestações

voluntárias, n ão

hierarquizadas, de cunho

festivo e sem caráter

competitivo".

"Tratando-se de

ocupação temporária de

bens públicos, nas

manifestações do

Carnaval de Rua não

poderão ser utilizadas

cordas, correntes, grades e

outros meios de

segregação do espaço que

inibam a livre circulação do

público, permitindo-se o

uso de vestuário distintivo

que apenas identifique o

respectivo grupo, sem que

se constitua em elemento

condicionante à

participação", estabelece

o artigo 3º do decreto

municipal. A medida vai na

contramão de cidades

como Salvador, que há

anos tem o Carnaval de rua

segregado por cordas e

abadás.

O decreto também criou

uma comissão

intersecretarial para tratar

do Carnaval de rua da

cidade. A ideia é

estabelecer um

"permanente diálogo com

os responsáveis pelos

blocos e assemelhados,

assim como moradores e

c o m e rc i a n t e s

eventualmente envolvidos

ou interessados".

A comissão ainda

pretende fazer um

planejamento detalhado

dos eventos para

"minimizar os impactos

nas áreas em que

ocorrerem, maximizando

seu proveito comunitário".

Diversas secretarias

compõem a comissão,

como a de Segurança

Urbana, Direitos Humanos

e Cidadania, Saúde e

Transporte. (Fo l h a p r e s s )

Apartir de hoje e toda

sexta-feira até o Car-

naval, os leitores do

Diário do Comércio rec ebe-

rão todas as informações

da festa de Momo.

Enredos CEPConhecidos como CEP, os

enredos sobre Cidade, Esta-

do ou País vão vir com força

neste ano. A Vai-Vai terá co-

mo tema Paulínia, com o en-

redo: "Nas chamas da Vai-

Vai, 50 anos de Paulínia". A

cidade de Foz do Iguaçu será

o tema da Tom Maior: "Foz do

Iguaçu, destino do mundo!

A sinfonia das águas em Tom

Maior". Já a Imperador do

Ipiranga vai sambar para

São Caetano: "Os quatro

deuses encantados sobre a

benção de São Caetano".

A Mocidade Alegre, atual

bi-campeã do carnaval

paulistano, terá como enre-

do: "Andar com fé eu vou,

que a fé não costuma fa-

lhar" e, sob essa ótica, vai

visitar vários locais: da fé de

baianos às religiões de ju-

deus e muçulmanos, que vi-

rão lado a lado no desfile.

Ensaios TécnicosNeste final de semana

acontecem os ensaios téc-

nicos gerais no Sambódro-

mo, com entrada franca.

Hoje: Camisa Verde e Bran-

co (22h). Amanhã: Morro da

Casa Verde (19h), Mocida-

de Alegre (20h), Unidos de

Vila Maria (21h), Rosas de

Ouro (22h), Nenê de Vila

Matilde (23h) e Leandro de

Itaquera (0h). Domingo:

Tom Maior (18h), Imperador

do Ipiranga (19h), Acadê-

Mercadão de SP: pastel,mortadela e internet grátis.

Em testes desde o fim de

janeiro, a conexão gra-

tuita à internet no Mer-

cado Municipal de São Paulo,

no Centro, foi lançada ontem.

Além do Mercadão, outros

dois pontos da Capital já con-

tam com o serviço: o Pátio do

Colégio, no Centro, e a Praça

Dilva Gomes Martins, em Artur

Alvim, na zona leste.

O vão livre do Museu de Arte

de São Paulo (Masp) e as pra-

ças Benedito Calixto, em Pi-

nheiros, e Fortunato da Silvei-

ra, em São Miguel Paulista, se-

rão os próximos pontos a rece-

ber o Projeto Praças Digitais. A

Prefeitura espera implemen-

tar 120 pontos de internet wi-fi

livres, a maioria na zona leste

da Capital.

A velocidade da conexão se-

rá de 512 quilobits e não é ne-

cessário fazer cadastro prévio

do internauta para acessar.

Serão gastos com o projeto R$

9,2 milhões, anualmente - R$

6,4 mil é o custo médio de cada

Praça Digital por mês.

Quem estava no Mercado

ontem testou a rede de Wi-Fi. A

administradora Camila Cava-

lhero, 41, não conseguiu aces-

sar a rede de conexão. "Pode

ser por causa do meu aparelho

de celular, não sei", disse. Já o

marido, o médico Marco Cava-

lheiro, 50, conseguiu acessar

rapidamente. "No meu celu-

lar, o sinal é excelente." (Esta-dão Conteúdo)

Epitácio Pessoa/Estadão Conteúdo

Usuário testa a internet grátis inaugurada ontem no Mercadão

micos do Tatuapé (20h) e

Colorado do Brás (21h).

Sambódromo do Anhembi:

Avenida Olavo Fontoura,

1209 – Metrô Santana. In-

formações: 2853-4555.

Ingressos à vendaNeste ano, a Liga Inde-

pendente das Escolas de

Samba optou por comercia-

lizar diretamente os ingres-

sos das arquibancadas e ca-

marotes, sem empresas in-

termediárias. Os preços fo-

r a m m a n t i d o s . Pa r a o

desfile do Grupo Especial,

sexta-feira, (28/2) e sábado

(1/3), os preços das arqui-

bancadas partem de R$

90,00. Para o Grupo de

Acesso, no domingo, (2 de

março), as arquibancadas

custam a partir de R$ 30.

Mais preços, mapas de lo-

calização e compra online

e m w w w. i n g r e s s o s l i-

gasp.com.br/como -com-

p r a r. a s p

Bodas de Pratada Velha Guarda

A Mocidade Alegre come-

mora os 25 anos de funda-

ção da Velha Guarda da Mo-

rada do Samba neste do-

mingo, dia 9, em sua qua-

dra, a partir das 18h. Além

dos sambas da escola vão

ser lembradas as antigas

marchinhas de carnaval,

com presença de todos os

setores da escola. Ingres-

sos à venda por R$ 15. Nova

quadra da Mocidade Ale-

gre: Rua Samaritá, 1020 -

Bairro do Limão. Telefone:

(11) 3857-7525 e 3857-

3611. Site: www.mocida-

d e a l e g re . c o m . b r

10 DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Molhado de suor em vir-

tude dos 34°C que

desceram sobre a cidade

anteontem, Antonio "To-

co" Lenzi, 47 anos, estava

com a cabeça no deserto

de Saara. No quesito calor,

era lá que gostaria de es-

tar. Antes que alguém o su-

ponha estar trocando seis

por meia dúzia, inclusive

com desvantagem, uma vez

que o termômetro chega roti-

neiramente aos 50°C naquelas

areias, é preciso esclarecer que

sua opção não é absurda.

Habituado, há muitos anos, a

trabalhar no deserto como guia

turístico de expedições obvia-

mente aventurosas – aliás, en-

contra-se em São Paulo justa-

mente para preparar a tempora-

da do ano –, ele sabe que o calor

saariano, apesar de mais eleva-

do, é perfeitamente suportável

por se tratar de clima seco. "É su-

ficiente usar roupas de algodão

para proteger a pele. A tempera-

tura do corpo é mantida razoa-

velmente. No clima úmido de São

Paulo, ao contrário, temperatu-

ras altas provocam desconforto e

até indisposições".

A explicação de Toco decifra

um enigma para nós, leigos, que

nos espantamos em ver aquelas

pessoas caminhando no deserto

como se estivessem à beira-mar.

"Além disso", ensina Toco, "se a

temperatura estiver em 50°C ao

sol, cai pela metade, quase em

torno de 20°C, à sombra. É bem

melhor." À noite, a situação tor-

na-se mais favorável. En-

quanto paulistanos dor-

mem com ar-condicionado

l igado ou vent i ladores

zumbindo, no Saara cai um

frio que pode chegar aos

graus negativos, facilitan-

do o sono.

Também é surpreenden-

te ouvi-lo dizer que não é

necessário beber água a to-

da hora como ocorre nos picos

dos nossos verões. "Às vezes eu

passo um dia com 200 ml de

água", diz ele, desfazendo ligei-

ramente a aura de singularidade

que cerca os camelos.

O espírito aventureiro de To-

co não se restringe ao Saara.

Seu currículo é vastíssimo a res-

peito. Só para vocês tiverem

uma ideia: já acompanhou o na-

vegador Amyr Klink e o sertanis-

ta Sidney Possuelo em peripé-

cias inimagináveis. É uma espé-

cie de Indiana Jones sem chico-

te ou inimigos a abater.

Prefeitura interrompe o Clube EscolaSecretaria diz que programa será reformulado, para dobrar o número de atendidos, e garante que modalidades como tênis e polo aquático não deixarão de exi s t i r.

Juliana Resende *

APrefeitura de São

Paulo interrompeu

temporariamente o

Clube Escola, pro-

grama de recreação e lazer

para toda a população, que

aproveitava para fazer aulas

gratuitas de esportes em seus

equipamentos esportivos.

O projeto, criado em maio

de 2007, durante a gestão do

ex-prefeito Gilberto Kassab

(PSD) pelo deputado federal

Walter Feldman (PSDB), então

Secretário Municipal de Es-

portes, Lazer e Recreação,

atendeu 15 mil pessoas, entre

c r i a n ç a s ,

a do l es ce n te s

e adultos, em

2013.

Para este

ano, a Prefei-

tura promete

que o progra-

ma se rá re-

fo rmu lad o ,

visando do-

brar o núme-

ro de atendi-

dos pelas ati-

vidades.

Em 30 de dezembro do ano

passado, os contratos dos

convênios dos prestadores de

serviço do Clube Escola com a

Secretaria de Esportes, Lazer

e Recreação (Seme) vence-

ram. "Não serão realizadas re-

novações automáticas", infor-

ma a assessoria de imprensa

da Seme, afirmando que no-

vos editais darão continuida-

de ao programa até "fevereiro

ou março".

"Estamos muito decepcio-

nados", diz Simone Adriana

Major Veiga, 44, ex-aluna de

tênis no Parque Esportivo do

Trabalhador (PET), juntamen-

te com o marido, Antonio Soa-

res Veiga Neto, 46, e o filho Éri-

co Major Veiga, 16, que come-

çou há três anos no Clube Es-

cola e hoje joga também pela

Federação Paulista de Tênis.

“Os professores eram super-

qualificados e conseguiam

equilibrar o nível do grupo,

bastante heterogêneo", la-

menta Simone.

A Seme garante que moda-

l idades como tênis e polo

aquático "não deixarão de

existir" e que mais lutas, como

boxe e jiu-jitsu, serão incluídas

no programa. Além disso, o

projeto passará de 50 para

100 Clubes da Comunidade

(CDCs), que

agora terão

de adminis-

trar eles pró-

prios as ativi-

dades.

C us t o – S e-

gundo o Insti-

tuto Patrícia

M e d r a d o ,

que forneceu

aulas de tênis

entre outras

m od al id ad es

aos centros, o

custo médio para aulas, coor-

denação, administração e for-

necimento de material foi de

R$ 636 mil em 2013. Cerca de

550 alunos foram atendidos

nas aulas de tênis.

"O que vier dificilmente será

tão bom quanto o que já esta-

va implementado com suces-

so", acredita Mariana Ferraz

Kastrup, 40, moradora do Pa-

caembu, cujo filho fazia tênis

no Clube Escola do estádio.

"Pagamos IPTU de R$ 9 mil por

ano e era a única coisa que

usávamos do governo. Esta-

mos muito chateados."

Um abaixo-assinado com

cerca de 500 assinaturas pe-

dindo a continuidade do pro-

grama foi entregue pelo presi-

dente da Associação Viva Pa-

caembu, Rodrigo Mauro, ao

prefeito Fernando Haddad

(PT) e ao secretário municipal

de Esportes, Celso Jatene.

"O Pacaembu pode ser até

privatizado e eles não comen-

taram nada sobre o Clube Es-

cola", diz Mauro.

“Um mês antes do término

do contrato recebemos uma

carta avisando que o convênio

não seria renovado”, diz Patrí-

cia Medrado, cujo instituto es-

tá no Clube Escola desde sua

implementação. Além do tê-

nis, também havia aulas de fu-

tebol, futsal, ginástica, capo-

terapia (capoeira adaptada

para terceira idade) e ginásti-

ca artística.

O Instituto Patrícia Medrado

atendeu 24 centros esporti-

vos municipais no primeiro e

segundo anos, 6 unidades no

terceiro ano, e 5 do quarto ano

em diante: Pacaembu (Zona

Oeste), PET (Zona Leste), Bol-

sa D’Água (Zona Sul), Basileia

(Zona Norte) e Cidade Santa

Bárbara (Zona Leste). No to-

tal, o convênio do Instituto Pa-

trícia Medrado custava à Se-

me R$ 1.094.794,55.

Edi tais – A Seme prometia

para o final de janeiro a publi-

cação de editais para centros

de administração direta como

o Pacaembu e o PET, contem-

plando atividades esportivas

e culturais como tênis, polo-

aquático e dança de salão – e

garantindo a sua retomada.

Ricardo Vasconcelos e Dila-

ne Machado de Vasconcelos,

pais de Pedro, aluno de tênis

no Pacaembu, escreveram

uma carta ao secretário de Es-

Alexandre Rezende/Folhapress

Equipe olímpica de boxe feminino do Reino Unido treinando com a seleção brasileira em um Clube Escola

portes, Carlos Jatene, e ao pre-

feito Haddad, em que cobra-

ram justificativas à interrup-

ção do Clube Escola e contra-

tação de novos professores.

"Por que (o programa) não

pôde ser mantido até que se

faça outra licitação, a fim de

que os alunos possam usufruir

desse direito custeado pelo di-

nheiro do contribuinte duran-

te as férias, e por que projetos

que estão dando certo têm de

ser extintos?", questionaram.

"A resposta da Prefeitura à

carta foi vaga e burocrática",

a f i rm a r a m .

Pedro, de 19 anos, conta

que o tênis o beneficiou social-

mente, além de melhorar sua

saúde, graças à atividade físi-

ca. "Emagreci 16 quilos nos

quase três anos que fiz aulas –

que só paravam por duas se-

manas no fim do ano", conta.

Pedro não tem condição de

pagar aulas particulares e

criou um grupo no Facebook

pela continuidade do Clube

Escola. "Gostamos do nosso

professor e queremos que ele

continue", diz, referindo-se a

Paulo Arcuri. do Instituto Patrí-

cia Medrado.

Procurado pela reporta-

gem, Erik Seegerer, coorde-

nador do projeto de polo-

aquático Oficina da Piscina,

cujo contrato com o Clube Es-

cola também data do início do

programa e foi encerrado, pre-

feriu não comentar a decisão

da Prefeitura pela desconti-

nuidade.

Seleção – Atleta da seleção

brasileira tetra-campeão sul-

americano e três vezes vice-

campeão de Jogos Pan-Ameri-

canos, Seegerer criou o proje-

to para “expandir e dissemi-

nar a prática da modalidade

para além dos clubes particu-

lares e, assim, possibilitar que

crianças de todas as faixas

econômicas tivessem acesso

a esse esporte”.

“Após um mapeamento das

piscinas públicas, criou-se um

modelo de ensino, em que a

modalidade é a ferramenta

para o aprendizado de objeti-

vos pedagógicos e de inclusão

social”, diz o site do Oficina da

Piscina, que teve origem com

o Clube Escola. Agora, seu fu-

turo é incerto.

A Seme argumenta que “um

dos diferenciais dos chama-

mentos públicos do Programa

Clube Escola para 2014 é a

d es c en t ra l iz a çã o”. Além dis-

so, diz que o número de moda-

lidades vai aumentar, assim

como os usuários. Nas artes

marciais dez modalidades se-

rão oferecidas, “a u m e nt a n d o

de 2 para 7 mil atendidos”.

* Especial para o DC

O que vierdificilmente será tãobom quanto o que jáestavaimplementado comsucessoMARIANA FERR AZ KA S T RU P, MOR A-DOR A DO PAC AEMBU

E mbora ainda não

s a i b a , o p a p a

Francisco deu seu

primeiro passo

em direção a uma futura e

possível santificação. Por seu

intermédio, Dona Maria Ter-

so de Oliveira, 50 anos, fun-

cionária de uma empresa de

limpeza, mãe de sete filhos e

moradora no Parque do En-

genho, periferia da Zona Sul, teve,

de um dia para o outro, seus exa-

mes marcados no Sistema Unifica-

do de Saúde (SUS) após quase dois

anos de inútil mobilização.

Sua via sacra, para usar expres-

são familiar à Sua Santidade, co-

meçou em 2012 com insuportá-

veis cólicas menstruais que a leva-

vam mensalmente ao hospital de

Campo Limpo. Exames feitos em

convênio de saúde indicaram ci-

rurgia para remover miomas. Pos-

teriormente, nesse sentido, recor-

reu ao SUS, iniciando o longo perío-

do de expectativa. Em outubro

passado, inspirada em procedi-

mento postal bem sucedido de um

menino, ela escreveu ao papa pe-

dindo seu auxílio, preenchendo

frente e verso de uma folha de ca-

derno grande. Amigos e vizinhos

empreenderam demorada pes-

quisa para levantar o endereço,

sem saber que poderiam obtê-lo

com facilidade por meio da Nun-

ciatura Apostólica.

Nesse ínterim, coincidiu que

cerca de 10 dias atrás, o SUS con-

vocou-aase apresentarnaUnida-

de de Saúde Básica (UBS) do Par-

que do Engenho. Certamente, tra-

tava-se dos ansiados exa-

mes pré-operatórios. Mas o

atendente abafou suas espe-

ranças ao anunciar, agora

com data marcada, um novo

e longo tempo de espera. O

marido, que a acompanhava,

lembrou que a missiva papal

estava na sua bolsa e apre-

sentou-a ao rapaz. Foi como

se estendesse um inexorável

Royal Straight Flush–a mais podero-

sa combinação do pôquer – numa

mesa de jogo. O documento foi lido

atentamente, xerox foram tiradas,

consultas feitas e, no dia seguinte,

tudo estava acertado. No entanto,

apoiando-se no exemplo de São

Tomé, santo que gosta das certe-

zas definitivas, Dona Maria postou

sua carta para a Santa Sé na quinta

feira. Ela é católica e devota de

Nossa Senhora Aparecida. Quan-

do sobra um dinheirinho, Dona

Maria se junta a uma dessas ex-

cursões dominicais para home-

nageá-la na sua basílica.

O PRIMEIRO MILAGRE DE FRANCISCO

Divulgação L.C.Leite/Luz-23/08/12

Max

Ros

si/Re

uter

s

OS DOIS CALORES DE TOCO

Luca

Gal

uzzi

/Div

ulga

ção

Dona Maria com seusexames e a carta quepropiciou o 'milagre'

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 11

A rolha nossa de cada diaCHINA

Desde 2005, o con-

sumo de vinhos

não para de crescer na

China. Os chineses já

ultrapassaram france-

ses e italianos no con-

sumo de vinhos tintos,

mostram números da

Vinexpo, uma grande

feira de negócios de

vinho que terá seu

evento asiático em Hong Kong, em maio (na

foto, um dos cartazes). Mais de 155 milhões

de caixas de 12 garrafas foram vendidas na

China em 2013, contra 150 milhões na França.

e-BOOKThe World Atlas of Wi-

ne, de Hugh Johnson

e Jancis Robinson, já na

7ª edição, é obra de re-

ferência de quem apre-

cia vinhos e gosta de es-

tudá-los. Foi atualizado

para incluir temas como

mudanças climáticas.

No Brasil, é publicado

pela Nova Fronteira. Pois a obra ganhou versão

eletrônica, que não é simples adaptação da obra

parruda. No i-Pad, o desfile de fotografias é com-

pletado com um show de mapas interativos.

Teatro no Itaú CulturalA peça O Homem Que Amava Quadros, inspirada em obra de

Stephen Michael King, fica em cartaz sábado (8) e domingo (9). ItaúCultural. Av. Paulista, 149. Sessões às 18h. Grátis.

Aquele performático funeral em Nova York,

organizado pelo vinicultor californiano

Randall Grahm, entrou para a história dos

vinhos e da arte. No caixão, Monsieur Thierry Bou-

chon (brincadeira com a palavra francesa para sa-

ca-rolhas, tire -bouchon). Ao lado do finado, a crítica

inglesa Jancis Robinson exclamando: Oh, Corky,Oh, Corky, para um "corpo" todo feito de rolha

(co rk , em inglês), escultura do descolado artista

Wes Modes. A revista Wine Spectator aderiu à brin-

cadeira e publicou um obituário: Thierry Bouchon

(1585-2002), conhecido pelos amigos como Cor-

ky, teria morrido depois de uma longa doen-

ça, sendo a toxina 2,4,6-Tricloroanisol

(TCA) a responsável por sua partida.

TCA é o composto resultante do fun-

go que ataca a cortiça e acaba estra-

gando e comprometendo os vinhos, mal

que atingiu seu pico nas últimas décadas do

século 20. Quem não passou por um vinho

bouchonné, com seu aroma de papel molhado ou

papelão mofado, levante a mão. Algumas pesqui-

sas mostram que até 6% das garrafas produzidas

em todo mundo foram contaminadas e descarta-

das nos piores momentos da "praga". As viúvas de

Corky, principalmente as do Novo Mundo, parti-

ram com razão e sem compaixão para novos rela-

cionamentos, com rolhas sintéticas (e até colori-

das) e screwcaps (vedantes de rosca, em alumí-

nio).

Carlos de Jesus Amorim, diretor de marketing e

comunicação da Corticeira Amorim – líder mundial

das rolhas naturais em parceria com 600 produto-

res portugueses, a maioria do Alentejo, detentor

de 25% do mercado –, deve estar rindo à toa com a

anunciada "ressurreição" de Corky. Amorim reco-

nhece que erraram ao dispender muita energia na

"guerra de relações públicas" no final dos anos

1990 e pouca no ataque ao TCA, mas diz que já cor-

reram atrás do prejuízo investindo pesado em pes-

quisa e inovação. O controle de qualidade é feito

envolvendo os parceiros, desde a colheita. As ins-

talações foram completamente reformadas, os

pellets de madeira, aposentados. A parte da corti-

ça próxima às raízes da planta, mais vulneráveis

aos fungos, agora são descartadas. A presença

mínima de TCA é detectada por refina-

dos exames com técnicas de cromato-

grafia, levando as peças contamina-

das a eficientes escaldamentos profi-

láticos. "Agora a batalha da indústria

de rolhas é para reconquistar o cora-

ção dos consumidores", disse Amo-

rim ao jornalista Tom Cannnavan.

Todas essas providências têm levado à re-

tomada do mercado. Os vinicultores também gos-

taram da uniformização e da classificação dos ti-

pos de rolha, com redução das variações de qua-

lidade de vinhos de uma mesma safra guardado

sob as mesmas condições. A vinícola australiana

Rusden, no Barossa Valley, acaba de deixar as

sc re wca ps de lado, de volta às rolhas de cortiça.

Amorim comemora porque os maiores mercados

concorrentes estão justamente na Austrália, Nova

Zelândia e África do Sul. Na Nova Zelândia, somen-

te 30% das garrafas levam rolhas de cortiça. A Cor-

ticeira Amorim tem apoiado movimentos de retor-

no à rolha natural em vários mercados-chave, co-

Corticeira no Alentejo: recuperação da imagem.

mo no Reino Unido. O site da empresa informa que

"a icônica cave sul-africana Klein Constantia anun-

ciou um retorno à rolha natural no seu Sauvignon

Blanc premium, o Perdeblokke Sauvignan Blanc e

a vinícola Rutherford, sediada no Vale do Napa, ab-

dicou da utilização de vedantes de plástico devido

a problemas técnicos e de sustentabilidade".

Os contendores (fabricantes de rolhas naturais

e os de vedantes sintéticos) não estão mais em de-

bate sangrento, batalhas que renderam até um

clássico com tiradas shakespereanas To Cork orNot to Cork, de George Taber. Todos apostam na for-

ça da inovação. A líder das rolhas sintéticas, a No-

macorc, acaba de firmar uma parceria com a bra-

sileira Brasken para o fornecimento do plástico à

base de etanol da cana-de-açúcar. O Polietileno I'mGr ee n garante pontos de sustentabilidade à em-

presa, já que contribui para reduzir a emissão dos

gases do efeito estufa. Mas os fabricantes dos po-

límeros já entram na defensiva: dizem que suas ro-

lhas apresentam o mesmo desempenho das de

cortiça, que permitem a entrada controlada de oxi-

gênio. E não têm, absolutamente, TCA.

José Guilherme R. Ferreiraé membro da Academia Brasileira de

Gastronomia e autor de Vinhos no Mar Azul – ViagensE n o g a st r o n ô m i c a s (Editora Terceiro Nome)

CINEMAA cor do $$$

Lúcia Helena de Camargo

Baseado em uma história real, Tr a p a ç a(American Hustle, 2013, EUA, 138 minutos),

dirigido por David O. Russell, é uma divertida

história sobre malandros e picaretas. Christian

Bale, fora de forma (engordou 18 quilos para fazer o

personagem, em mais uma de suas grandes

transformações), ostenta uma barriguinha e uma

peruca ridícula. Ele vive o golpista Irving Rosenfeld.

Ao conhecer Sydney Prosser (Amy Adams), as

trapaças ficam mais elaboradas, com a moça

assumindo a “persona” de uma lady britânica.

Eles vão um pouco longe demais e são pegos pelo

agente do FBI (Bradley Cooper) cujas intenções

acabam investidas de exagerada ambição. Em

determinado ponto, o desafio é entender quem está

enganando quem, até o novelo ser deslindado.

A mulher de Irving, Rosalyn (Jennifer Lawrence),

de início apenas uma caipira entretida em armar o

cabelo com laquê e pintar as unhas, se revela parte

importante da trama.

Na edição 2014 do Oscar, Trapaça concorre a dez

prêmios: melhor filme, diretor, ator (Bale), atriz

(Adams), ator coadjuvante (Cooper), atriz

coadjuvante (Lawrence), além de roteiro original,

edição, direção de arte e figurino. Curiosamente, não

concorre na categoria maquiagem e cabelo, área na

qual o filme se esmera, ao retratar toda a, digamos,

exuberância dos penteados dos anos de 1970.

BEATLES A descoberta da América

Ana Barella

Há exatamente meio

século, John Lennon,

Paul McCartney, George

Harrison e Ringo Star

desembarcavam no Aeroporto

Internacional John F Kennedy.

Dois dias depois, se

apresentaram no programa de

televisão americano, The EdSullivan Show. E ao tocarem os

hits Can´t Buy Me Love, Twist andShout, She Loves You, I WannaHold Your Hand e Please PleaseMe, seduziram um país inteiro,

desencadendo a Beatlemanía.

Naquele dia, eles bateram

todos os recordes de audiência

da época: 73 milhões de

americanos assistiram ao Fa bFo u r pela televisão. Dois meses

depois da histórica

apresentação, já estavam com

cinco canções no topo da tabela

da Billboard. E logo depois, com

14 músicas. Somente a canção IWanna Hold Your Hand vendeu

250 mil cópias, isso em apenas

três dias.

Durante esses cinquenta

anos, os Beatles foram

inspiração para diversas

gerações. Não só no ambito

musical, mas comportamental

mcanções", explica.

E completa: "Eram

um quarteto com

muita

personalidade, e midiáticos.

Paul, o bonitinho; John, o

intelectual; George, o

espiritualista e Ringo,

um verdadeiro palhaço".

Brocchi também tenta

desvendar porque o Fa bFo u r ainda conquista.

"É inacreditável

como ainda são atuais.

Além disto, eles

conseguem trazer

personalidade para

canções que não são

de sua autoria, como

Twist and Shout",ex p l i c a .

O beatlemaníaco também

conta que esse encantamento

vai muito além das canções.

Explica que cada membro

da banda tem uma história

pessoal muito forte e

única, pois cada um teve

experiências pessoais

muito distintas: John,

na política; Paul, na

familiar, George, na

espiritual e Ringo, nas festas.

Para escutar, curtir ao vivo, e vestir.Os cinquenta anos do início da

beatlemanía podem ser

celebrados pelos fãs de

diferentes modos. Seja

escutando suas canções, indo à

shows covers ao vivo, ou

comprando produtos

licenciados. O DCultura fez uma

seleção de como aproveitar

esta data.

A rádio online AccuRadio

( w w w. a c c u r a d i o. c o m ) ,

disponibilizou um especial dos

Beatles nos EUA, com versões

originais das músicas. É só

acessar e celebrar!

Já no SESC Bom Retiro, a festa

acontecerá nos dias 13 e 27 de

fevereiro, às 18h, nos shows da

banda Beatles Jazz, que faz

versões jazzísticas das músicas

do grupo. É de graça.

Beatles na cabeça. E nos

pés. Essa é a ideia da

nova linha de tênis da

marca Vans, que criou

modelos inspirados no

filme Yellow Submarine,

do quarteto de

Liverpool.

Nomacorc:plástico verde

do Brasil.

Os Beatles tocando no programa que alavancaria verdadeira histeria das fã.

e cultural. Com suas

canções, mudaram

a música pop que

conhecemos hoje.

O dia 9 de fevereiro foi

apenas um teaser da

chamada invasão

britânca na música

americana.

Para Eduardo

Bocchi,

beatlemaníaco

assumido e professor

do curso, Beatles:História, Arte e Legado,

lecionado na Puc Rio, a

impressão que os Beatles

causaram nesta

apresentação foi a de

encantamento: "As

músicas eram

alegres e tinham raízes

típicamente americanas.

E eles tinham um ar

infantil, mas bem

humorado. Os jovens se

identificavam com esta

postura irreverente.

Além disto,

d i f e re n t e m e n t e

dos outros artistas

da época, eles

escreviam suas próprias

Fotos: Corteceria Amorim

Sony Pictures/Divulgação

Bradley Cooper. Christian Bale: irresistíveis picaretas.

Foto

s: A

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C

12 DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

.L..EILÃO

Recorde porobra de Picasso

Acasa de leilões

Sotheby's, em Londres,

vendeu, ontem, o

quadro Composition auMinotaure, de PabloPicasso, pelo valor de 10,4milhões de libras (cerca deR$ 40,8 milhões), o preçomais alto já alcançado poruma obra em papel doartista, conforme informao jornal El País, daEspanha.

A peça, uma aguada

de 50,2 por 65,2 cm,

pertencia à coleção do

marchand Jan Krugier, e

data de maio 1936,

véspera da Guerra Civil

na espanhola.

O preço inicial da obra

era 1,8 milhão de libras

(cerca de R$ 7,06

milhões) e a casa havia

estimado um máximo

de 2,5 milhões de libras

(R$ 9,8 milhões) por ela.

.L..I T E R AT U R A

Luzes emCharlie Chaplin

O único romance de

Charles Chaplin,

"Footlights", que

serviu de inspiração

para o filme "Luzes da

Ribalta", será publicado

mais de 60 anos depois

que o ator e diretor de

cinema britânico o

escreveu, em 1948. As

várias partes da obra,

em forma de

manuscritos e roteiros

datilografados,

permaneciam nos

arquivos Chaplin da

Cinemateca de Bolonha,

na Itália, encarregada

de digitalizar todos os

trabalhos do cineasta e

que agora publicará o

romance. (EFE)

.V..IDA ANIMAL

Doce convivênciaEstes animais, em convivência para lá de pacífica,

vivem juntos no Rocky Ridge Refuge, no estado de

Arkansas (EUA). O refúgio foi criado há 20 anos

por Janice Wolf para ajudar animais selvagens e

domésticos carentes de cuidados médicos.

w w w. b o r e d p a n d a . c o m

.L..EILÃO

Vendida a Harley dopapa Francisco

Uma moto Harley

Davidson do papa

Francisco, um presente ao

pontífice dado pelo dono

da mítica marca de

motocicletas, foi

arrematada ontem, em

Paris, por 210 mil euros

(cerca de R$ 683 mil). Os

euros auferidos no leilão

serão destinados à

associação Caritas Roma.

A moto, uma Dyna Super

Glide Custom 2013 de

1.585 cc, leva a assinatura

do papa no depósito de

combustível. (EFE)

Prédios feitos de céu"Buildings Made of Sky" é

projeto do artista Peter

Wegner, graduado pela

Universidade de Yale. Suas

fotografias desenham

prédios no céu, no recorte

de grandes edifícios.

www.lensculture.com/peter -wegner

.L..OTERIAS

Concurso 3410 da QUINA

14 37 53 68 72

.O..LIMPÍADA

Sochi: a imprensa reclama.A

cerimônia de abertura

da Olimpíada de

Inverno de Sochi, na

Rússia, acontece hoje. Mas,

na véspera da solenidade, a

cidade-sede ainda tinha

problemas. Principalmente

para os profissionais da

mídia. "Meu hotel não tem

internet, nem água quente,

nem cortina, nem móveis.

Bem, três das quatro

lâmpadas estão

funcionando", disse no

Twitter o jornalista canadense

Jian Ghomeshi, destacqeo

para cobertura.

"A CNN reservou 11

quartos em um hotel para a

mídia em Sochi há cinco

meses. Nós estamos aqui há

um dia e apenas um quarto

está disponível", escreveu o

jornalista Harry Reekie, da

CNN, em seu Twitter.

No resort de Rosa Khutor,

na vila de Esto Sadok, onde

vão acontecer várias provas,

operários ainda trabalham

em reformas de prédios que

vão receber jornalistas. O

jornal americano Washington

Post destaca em seu site que

há lixo espalhado pelos

cantos das ruas próximas ao

Parque Olímpico, onde

atletas vão se hospedar e

participar de competições.

Uma conta no Twitter foi

criada com o nome "Sochi

Problems" : já tem mais de 62

mil seguidores. Reúne fotos e

depoimentos dos principais

problemas encontrados na

cidade. (Folhapress)

RODIN NA PAREDE - Um novo mural do grafiteiro Eduardo Kobra, em São Paulo, começa a

repercutir em sites de design. Este é baseado na escultura O Pensador, de Rodin.

s

Alexander Demianchuck/Reuters

Flagradosem perfeita

convivência:um cão recosta

a cabeça nocarneirinho,

o u t rocachorrão

cuida depintinhos,

enquanto ogato é cercado

de pequenosa m o ro s o sro e d o r e s .

GREGAS E ELÁSTIC AS

Atletas dos EUA, em exibição ontem.

O artista chinês Li

Hongbo tem alterado o

classicismo de

esculturas gregas,

dando elasticidade aos

modelos até então

parados no tempo. Uma

série delas está exposta

na galeria Klein Sun, em

Nova York.

www.funofar t.com/li-hongbos-

flexible-sculptures/

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 13

Transparência

Karina Lignelli

Na Papelaria Rosário,

no Centro, o sistema

está funcionando e

não gerou custo ex-

tra. Já na loja de calçados e

acessórios femininos Gata &

Sapato, no mesmo bairro,

apesar de dúvidas pontuais, o

software já está em fase de

testes. Mas nem todos são co-

mo eles: o Imposto na Nota,

uma iniciativa da Associação

C o m e rc i a l d e S ã o Pa u l o

(ACSP) e do movimento "De

Olho no Imposto" – que garan-

te transparência de informa-

ções ao contribuinte na hora

da compra – ainda é alvo de

dúvidas por parte dos comer-

ciantes e demais empresá-

rios. O projeto Imposto na No-

ta virou lei e determina que no-

tas e cupons fiscais informem

ao consumidor o valor aproxi-

mado dos tributos que inci-

dem sobre produtos e serviços

em todo o País.

A complexidade do cálculo,

possíveis custos extras de im-

plantação ou até receio de in-

fluenciar a apuração dos im-

postos que recolhem (como o

Simples) têm feito essa adap-

tação ser mais lenta. Mas a dis-

criminação do imposto no va-

lor total da nota fiscal se torna-

rá obrigatória a partir de junho

deste ano. Exemplo de demo-

ra vem do setor de papelarias,

onde a maioria é formada por

pequenas e médias empre-

sas. Segundo Antônio Martins

Nogueira, presidente do Sim-

pa-SP (sindicato do setor), há

dúvida se as diferenças tribu-

tárias entre a grande varieda-

de de produtos vão impactar

os estabelecimentos.

"Estudamos fazer essa im-

plantação em grupo já que o

custo pode ser menor, e para

que exista padronização", ex-

plica.

Mas tudo é mais simples do

que se imagina: segundo

Othon de Andrade Filho, dire-

tor de Inteligência do Instituto

Brasileiro de Planejamento

Tributário (IBPT), parceiro da

ACSP na iniciativa, além de

não ser necessário contador

para se adaptar à legislação, o

instituto desenvolveu o IBP-

Tax – sistema que lista os im-

postos federais, estaduais e

municipais de mais de 100 de

milhões de itens. e está dispo-

nível para download gratuito

em seu site (veja entrevistaa b a i xo ) .

Quanto ao custo de implan-

tação do software, empresas

que emitem nota ou cupom

fiscal eletrônico podem tê-lo

ou não, dependendo do con-

trato com o fornecedor de

softwares ou da terceirização

do serviço, explica. "Cada ca-

so é um caso, mas o que esta-

mos vendo é que na maioria

não há custo, ou ele é diminu-

to", diz o especialista, que

lembra que o IBPT e a Associa-

ção Brasileira de Automação

Comercial (Afrac) criaram um

manual para orientar o desen-

volvedor de sistemas a fazer a

i n t e g r a ç ã o.

Hoje, o IBPT disponibiliza a

carga tributária média nacio-

nal, mas está trabalhando pa-

ra disponibilizar em breve o

Imposto na Nota por estado.

"Assim que isso ocorrer, fica-

rão evidentes as disparidades

tributárias nesse âmbito",

completa Andrade Filho.

Última hora – Pelo levanta-

mento do IBPT, por enquanto

apenas 8,7% dos 16 milhões

de estabelecimentos do Brasil

implantaram o sistema, sendo

que a maioria está em São

Paulo (31,7%). Nesse último

caso se encaixa a Papelaria

Rosário, que tem contrato de

manutenção de softwares e

solicitou a atualização – sem

custo por esse motivo – assim

que a lei começou a vigorar,

segundo o responsável Waldir

Fotos de Tina Cezaretti/Hype

Mascara. "Já mudamos para

não ter que fazer depois a to-

que de caixa", conta. Mas, se-

gundo ele, será preciso refor-

çar o trabalho de educação do

consumidor, já que muitos

não reparam na mudança.

"Quando entenderem esse

trabalho de moralização dos

tributos, começarão a ques-

tionar. Aí vai ser igual ao CPF

na nota", acredita.

Já Jussara Lupoli, proprietá-

ria da Gata & Sapato, procurou

se informar bastante antes de

implantar o Imposto na Nota,

pois temia que a mudança de

sistemática afetasse os esto-

ques ou o cálculo do Simples.

Para ela, apesar da importân-

cia da nova lei, só consumido-

res mais conscientes atentam

para isso. "(O imposto) Não é

empecilho para comprar. Não

importa se o produto tem 30%

de carga tributária, mas se ele

é mais barato. O jeito é fazer

nossa parte sem esperar

acontecer, já que o governo

mesmo só pensa em ser nosso

sócio", afirma.

Marcel Solimeo, economis-

ta-chefe da ACSP, diz que três

coisas explicam a demora no

mercado: o costume de "dei-

xar tudo para a última hora", a

expectativa dos comerciantes

pela regulamentação, "para

não ter que fazer antes e de-

pois mudar", e o desconheci-

mento, mesmo. "Tudo foi feito

de forma a facilitar as informa-

ções para o empreendedor e

está implícito nos termos da

lei, que está nos mínimos de-

talhes para que seja atendida

sem atropelos", afirma.

Para Rogério Amato, presi-

dente da ACSP e da Federação

das Associações Comerciais

do Estado de São Paulo (Fa-

cesp), como tudo o mais, o Im-

posto na Nota é um processo.

"(A adaptação) está mais deva-

gar do que gostaríamos, mas é

inexorável. Continuaremos a

fazer esse trabalho de cons-

cientização para acontecer de

vez, já que não representa

maiores custos e é uma mu-

dança que traz mais vanta-

gens do que desvantagens pa-

ra a sociedade", finaliza.

A partir de junho a discriminação dos impostos nanota fiscal será obrigatória. Mas não fique de cabelos

em pé. O processo é simples e quase sem custos.

Respostas para as principais dúvidas

Saindo na frente: WaldirMascara, da Papelaria Rosário,e Jussara, da Gata & Sapato.

na nota já

Confira as respostas às dú-

vidas sobre o Imposto na

N o t a e l a b o r a d a s p o r

Othon de Andrade Filho,

diretor de Inteligência do IBPT:

Só os empreendimentos varejistastêm que se adaptar à lei12.741/2012?

Não. Atacadistas, indústria, agro-

negócio e autônomos que emitem

documentos fiscais também. Se há

relação de consumo é necessário

informar a carga tributária ao con-

sumidor na nota fiscal. A exceção é

se a nota emitida tiver finalidade di-

versa de venda ao consumidor, co-

mo amostra grátis, remessa para

conserto e venda de insumos para

industrialização, por exemplo.

Há algum custo de implantação dosistema do Imposto na Nota?

Empresas que emitem nota ou

cupom fiscal eletrônico poderão ter

ou não custo. Depende do contrato

com a fornecedora do software. Há

empresas que pagam mensalidade

a esse fornecedor, onde está inclu-

sa a atualização de sistemas para

atendimento da legislação fiscal e

comercial. Há outras que possuem

software próprio e precisam tercei-

rizar essas mudanças, ou fazer

adaptações com funcionários pró-

prios de TI, por isso cada caso é um

caso. O que temos percebido é que,

na maioria dos casos, ou não há cus-

to ou o custo é diminuto.

No caso do arquivo que contémcarga tributária aproximada de todosos produtos e serviços, fornecidopelo IBPT (o IBPTax), há algum custopara a empresa?

R – Não há qualquer custo em re-

lação ao fornecimento dessas infor-

mações oferecidas pelo IBPT ao Mo-

vimento de Olho no Imposto. Nem

mesmo o Manual de Integração é co-

brado. Porém, é facultativo utilizar

os números disponibilizados pelo

IBPT, caso outra entidade forneça.

Fale mais sobre o IBPTax e como asempresas podem adaptá-lo aoImposto na Nota.

O arquivo é para ser usado pelo

software de automação comercial,

d i s p o n í v e l n o s i t e d o I B P T

(w ww.i bp t. or g. br ). Através desse ar-

quivo, padronizado em layout uni-

versal para uso em qualquer softwa-

re, o emissor de nota ou cupom fiscal

identifica a carga tributária aproxi-

mada, através da NCM (Nomenclatu-

ra Comum do Mercosul) ou NBS (No-

menclatura Brasileira de Serviços),

ou dos códigos da lei complementar

116. Essas informações já são usa-

das pelo empresário, por isso não há

necessidade de novo cadastro ou tra-

balho operacional. Uma vez adotado

o IBPTax, o sistema deve receber

atualizações a cada seis meses, con-

forme previsto em lei e de acordo

com o cronograma do IBPT, em junho

e dezembro de cada ano. Cada siste-

ma possui características próprias,

de modo que a atualização pode

ocorrer pela internet, por meio de

pendrive ou CD-ROM.

É possível que a implantação sejafeita em grupo, por empresas demenor porte, mas que comercializamgrande variedade de itens?

O problema da carga tributária já

foi resolvido. Agora a questão é de

software, não de grupo de trabalho.

Se o software tiver sido atualizado,

já está tudo pronto. O padrão de au-

tomação e o arquivo que contém a

tributação é gratuito. Recomenda-

mos que as empresas assistam à

palestra online que se encontra no

site do IBPT. A entidade está à dispo-

sição para dar palestras em asso-

ciações e sindicatos e orientar em-

presários. É muito simples colocar o

imposto na nota fiscal. Em razão da

complexa legislação tributária,

muitas entidades e empresas têm

medo. Mas quem tentou implantar,

conseguiu.

E no caso dos pequenos lojistasque ainda emitem NF manualmenteou não têm computador?

Recomenda-se a informatização

por questão de profissionalização do

negócio. Se a loja vende uma quan-

tidade reduzida de tipos de produtos

ou presta poucos serviços, vale a pe-

na ter uma lista para ajudar a preen-

cher esse dado na nota fiscal ma-

nualmente. Vale lembrar que no site

do IBPT é possível encontrar/consul-

tar a relação da carga tributária de

produtos e serviços.

Quando a empresa está noSimples Nacional, pagandopercentual reduzido, ainda assimdeve destacar carga tributária maiorna nota fiscal quando informada naNCM (como 35%, por exemplo)?

Sim, deve informar a alíquota que

está na tabela IBPTax do IBPT. Em-

bora as empresas do Simples Nacio-

nal paguem percentual reduzido de

tributo sobre a venda, não fazem jus

ao crédito tributário de etapas ante-

riores. Ou seja, se a empresa pagou

18% de Imposto sobre Circulação

de Mercadorias e Prestações de Ser-

viços (ICMS) + 15% de Imposto so-

bre Produtos Industrializados (IPI) +

1,65% de Programa de Integração

Social (PIS) + 7,6% de Contribuição

para Financiamento da Seguridade

Social (Cofins), esses impostos da

etapa anterior pagos pelas merca-

dorias ficam embutidos no preço. A

essa carga já paga ainda é acresci-

do o imposto do Simples Nacional,

que pode chegar a até mais 12% so-

bre a venda do consumidor.

Se a empresa não pagar impostosna venda, por ter sido objeto desubstituição tributária (caso decombustíveis, bebidas, cigarro), osistema faz o cálculo totalnormalmente de acordo com aNCM/NBS ou LC 116?

O IBPT já leva em conta diversos

fatores de ponderação para obter

os percentuais que oferece. Por

exemplo, em relação ao IPI, é des-

contado o valor agregado da indús-

tria ao consumidor e, deste modo, o

usuário da tabela IBPTax do IBPT

não precisa se preocupar com cál-

culos. O sistema faz automatica-

mente a correlação dos tributos do

IBPTax com a tabela com seu cadas-

tro de produtos e serviços – de s d e

que a NCM esteja adequadamente

parametrizada para o produto.

14 -.ECONOMIA DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 15

Temos uma necessidade muito grande de manter nossas exportaçõesLuiz Moan, presidente da Anfavea.

Embraer leva R$ 1, 4 bilhão do BNDESEmpréstimo financiará desenvolvimento dos projetos do avião executivo de médio porte Legacy 500 e da segunda geração da família de jatos comerciais E-Jets

OBNDES aprovou on-

tem empréstimo de

R$ 1, 4 bilhão à Em-

braer, empresa tra-

dicionalmente apoiada pelo

banco de fomento. Os recur-

sos serão aplicados em inova-

ção tecnológica, no desenvol-

vimento dos projetos do Lega-

cy 500, avião executivo de

médio porte e da segunda ge-

ração da família de jatos co-

merciais E-Jets.

Boa parte do apoio virá por

meio do Programa BNDES de

Sustentação do Investimento,

o BNDES PSI, linha especial de

crédito voltado para a aquisi-

ção de bens de capital e inova-

ção. Em alguns casos, depen-

dendo do escopo do financia-

mento e do risco da empresa

que tomou o empréstimo, as

taxas de juros do programa

são negativas, ou seja, abaixo

da inflação. O banco, porém,

não divulgou inicialmente as

condições do financiamento à

E m b r a e r.

"O projeto, a ser desenvolvi-

do predominantemente na

planta industrial de São José

dos Campos (SP), está em li-

nha com a prioridade do BN-

DES de incentivar investimen-

tos em inovação, que permi-

tam melhorar a produtividade

e aumentar a competitividade

das empresas brasileiras nos

mercados interno e interna-

cional", diz o banco, em nota.

Segundo o BNDES, os novos

modelos das aeronaves terão

redução no consumo de com-

bustível, nas emissões de ga-

ses, nível de ruído e custo de

manutenção. (Folhapress)

Divulgação/Embraer

Segunda geração dos E-jets: "em linha com aprioridade do BNDES de incentivar investimentos em

inovação", segundo o banco.Argentina freia mercado de carros

Ovolume recorde de

veículos vendidos em

janeiro não foi sufi-

ciente para sustentar uma re-

tomada mais firme da ativida-

de nas montadoras. A produ-

ção do setor recuou 18,7% em

relação a janeiro do ano passa-

do e avançou 2,9% sobre de-

zembro. Os dados foram divul-

gados hoje pela Anfavea (as-

sociação das montadoras).

As vendas do primeiro mês

do ano –312,6 mil unidades, re-

corde para período –c re s c e r a m

0,4%, em comparação a 2013.

Foram impulsionadas pela de-

sova estoque de unidades com

Imposto sobre Produtos Indus-

trializados (IPI) reduzido, fatu-

radas no ano passado e por

campanhas de promoção.

As previsões para o ano são

de crescimento modesto de

produção e de vendas, devido

à restrição do crédito, cresci-

mento menor da renda das fa-

mílias e baixa confiança, so-

mando-se ainda aos feriados

da Copa.

Para a produção, além de

um mercado interno morno,

há ainda uma perspectiva de

piora nas exportações, que,

no ano passado, ajudaram a

garantir um avanço recorde

da produção apesar da retra-

ção nas vendas internas. As

vendas externas ca í ram

28,9% em janeiro, para 25,8

mil unidades. A causa princi-

pal são as barreiras impostas

pelo governo argentino –corte

de até 27,5% na compra de im-

portados para conter a dete-

rioração das reservas.

A Argentina é o principal

parceiro comercial das fábri-

cas brasileiras do setor: com-

pra nove de cada dez carros

exportados pelo Brasil. O país

vive uma crise cambial e ado-

tou, em dezembro, medidas

de restrição

Segundo Luiz Moan, presi-

dente da Anfavea, o governo

brasileiro finaliza propostas

para contornar as barreiras.

"Estamos na expectativa e na

busca de uma solução o mais

rápido possível. Temos uma

necessidade muito grande de

manter nossas exportações",

afirmou. Para Moan, há chan-

ces de entendimento, já que

os dois mercados tem um

acordo de integração produti-

va e não apenas comercial.

(Folhapress)

O governo brasileiro exami-

na "com lupa" a nova Farm Bill

– lei agrícola norte-americana

–para verificar se está de acor-

do com os interesses do setor

do algodão do Brasil, que ven-

ceu uma disputa na Organiza-

ção Mundial do Comércio

(OMC) obtendo o direito de re-

taliar os Estados Unidos por

conta de subsídios considera-

dos ilegais. Os ministérios das

Relações Exteriores, da Agri-

cultura e do Desenvolvimen-

to, Indústria e Comércio Exte-

rior estão envolvidos na análi-

se da nova legislação.

A informação foi passada

ontem pelo ministro das Rela-

ções Exteriores, Luiz Alberto

Figueiredo, em audiência pú-

blica na Comissão de Relações

Exteriores do Senado –primei-

ra reunião do gênero a que

comparece desde que assu-

miu a chefia do Itamaraty.

O Brasil anunciou em de-

zembro consultas públicas pa-

ra avaliar possível retaliação

contra os EUA por conta da in-

terrupção no ano passado de

pagamentos aos produtores

brasileiros de algodão, como

compensação pelas perdas

geradas pelos subsídios con-

cedidos a produtores norte-

americanos.

Os pagamentos de quase

US$ 150 milhões por ano,

acertados entre os dois paí-

ses, deveriam ter sido manti-

dos até a aprovação de uma lei

agrícola dos EUA que atendes-

se aos interesses brasileiros.

O ministro disse que o repre-

sentante comercial dos EUA,

Michael Froman, teria assegu-

rado, em encontro na semana

passada, que nova a lei aten-

derá a demandas brasileiras.

"Temos obviamente uma

autorização da OMC (Organi-

zação Mundial do Comércio)

de retaliação. Mas, claro, não é

isso que nos interessa neces-

sariamente. O que nos inte-

ressa é resolver a questão, re-

solver a pendência, de modo a

atender os interesses dos pro-

dutores brasileiros. Todas as

possibilidades estão sobre a

mesa”, disse.

O chanceler falou também

aos senadores sobre o acordo

de livre comércio entre Merco-

sul e União Europeia. Reco-

nheceu dificuldades no pro-

cesso, mas demonstrou oti-

mismo, graças à "evolução

sensível" do empresariado na-

cional sobre a importância do

acordo e minimizou desenten-

dimentos com a Argentina.

"Todo processo de integração

tem dificuldades, mas essas

dificuldades são sanadas",

afirmou. (Agências)

Governo analisa lei agrícola dos EUA

Ed Fe

rreira

/Esta

dão

Con

teúd

o

Figueiredo: "O que nos interessa é resolver a questão".

16 DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

A japonesa Sony anuncia corte de 5 mil postos de trabalhoe US$ 988 milhões ao ano em custos fixos no longo prazo

Envie informaçõespara esta coluna.

E-mail: carlosfranco@revistap u b l i c i t t a . co m . b r

BOLO GIGANTE

Apple inauguraprimeira lojaoficial no Rio

Abertura será dia 15 e local foi escolhido por eventos esportivos

Aprimeira loja oficial da

Apple no Brasil abrirá

suas portas no próximo

dia 15 de fevereiro. A Apple

Store brasileira vai funcionar

no shopping de luxo Village

Mall, na Barra da Tijuca, zona

oeste do Rio de Janeiro.

O projeto da loja no Brasil

foi confirmado em novembro

de 2012.

A abertura está programa-

da para as 11 horas e, de acor-

do com email promocional en-

viado pela empresa a usuá-

rios, os primeiros 1.500 clien-

tes que visitarem a loja vão

ganhar uma camiseta come-

morativa.

O país é o 15º a ter uma Ap-

ple Store, o primeiro na Amé-

rica Latina. Há 422 Apple Sto-

re no mundo, segundo infor-

mações de dezembro do ano

p a s s a d o.

Em entrevista ao jornal "O

Globo", Peter Oppenheimer,

vice-presidente sênior e dire-

tor financeiro da Apple, es-

clareceu o motivo pelo qual a

ção dos visitantes. Em 2012, o

faturamento por empregado

das Apple Store nos Estados

Unidos era de aproximada-

mente US$ 1 milhão.

Em lojas da Apple, é possí-

vel ter assessoria gratuita e

suporte técnico para os produ-

tos da empresa. O usuário

marca um horário por meio do

site e é atendido por um fun-

cionário de forma exclusiva,

podendo realizar reparos ou

trocar o produto. O programa é

chamado One to One e tem um

custo de R$ 249 ao ano.

Na loja oficial, o cliente tam-

bém pode optar por adquirir

serviços de configuração para

o Mac comprado no local e trei-

namento de uso.

A Apple Store vai oferecer

periodicamente workshops

gratuitos sobre os principais

recursos dos produtos da Ap-

ple com duração de uma ho-

ra. Eles serão gratuitos, mas

vão exigir reserva, que pode

ser feita com a sua Apple ID.

(Fo l h a p r e s s )

empresa escolheu a cidade

do Rio de Janeiro, e não a ca-

pital paulista, para receber a

primeira sede física da Apple

Store do país.

"O Rio é uma cidade incrível

e queremos que a loja esteja

funcionando a tempo da reali-

zação da Copa do Mundo da FI-

FA e, mais adiante, da Olimpía-

da em 2016."

Atribui-se à Apple ter cha-

coalhado o setor do varejo de

eletrônicos com suas lojas re-

pletas de vendedores e de pro-

dutos expostos à manipula-

Sony diz adeus aos PCse fica com televisores

ASony aumentou os

esforços para

recuperar as

deficitárias operações com

eletrônicos, optando pela

saída do grupo da área de

computadores pessoais e

pela separação da unidade de

TVs. O conglomerado japonês

espera grandes perdas neste

ano. A empresa informou

ontem que a reestruturação

cortará 5 mil postos de

trabalho e 100 bilhões de

ienes (US$ 988 milhões) ao

ano em custos fixos no longo

prazo. Os prejuízos com

televisores têm atrapalhado

os esforços da Sony de

competir com gigantes como

Apple e Samsung.

A companhia, como

esperado nos últimos dias,

anunciou que a divisão de PCs

Vaio vai ser vendida para o

fundo de investimento Japan

Industrial Partners, que vai

criar uma companhia

separada para assumir as

operações da marca. A Sony,

inicialmente, manterá 5% de

participação na nova

empresa. Enquanto isso, a

divisão de televisores será

separada do grupo até julho.

Com custos de

reestruturação subindo ao

mesmo tempo em que os

negócios principais da

empresa com celulares e

entretenimento doméstico

ficam abaixo das

expectativas, a Sony

anunciou que espera prejuízo

líquido de 110 bilhões de

ienes (US$ 1,1 bilhão) no ano

fiscal que se encerra em

m a rç o.

Puxada por um forte

desempenho em sua unidade

de serviços financeiros no

trimestre de outubro a

dezembro, a Sony divulgou

um lucro operacional de 90,3

bilhões de ienes no trimestre.

Porém, com negócios

principais como

smartphones, PCs, TVs e

áudio mais fracos que o

esperado nos primeiros nove

meses do ano fiscal, a Sony

cortou a estimativa de lucro

operacional para o ano de

170 bilhões para 80 bilhões

de ienes. (Reuters)

Apublicidade brasileira movi-

mentou R$ 112,6 bilhões em

2013. É o que revela a pesquisa

"Ibope Media", apontando um cresci-

mento de 18,6% em relação a 2012. A

Copa das Confederações e as promo-

ções antecipadas para a Copa do Mun-

do de 2014 explicam o movimento. En-

tre os anunciantes, o destaque fica pa-

ra a Unilever que, depois de 11 anos,

volta a ocupar o topo do ranking, com a

então líder Casas Bahia assumindo a

segunda posição. Apesar da dança das

cadeiras, a agência de Roberto Justus,

a Y&R, que tem a conta da rede de va-

rejo de Samuel Klein continua no topo.

Em segundo lugar entre as agên-

cias, aparece a Borghi/Lowe, que era a

quinta em 2012. A Ogilvy se manteve

como terceira do ranking de agências,

seguida de AlmapBBDO, WMcCann,

Publicis, Africa, JWT, Havas Worldwide

e F/Nazca S&S.

Entre os produ-

tos da Unilever que

p a s s a r a m a g a-

nhar maior proje-

ção está Dove que,

com a campanha

da Ogilvy "Beleza

rea l e na tu ra l " ,

tem feito enorme

sucesso. Ao colo-

car em todas as pe-

ças da campanha,

inclusive no mate-

r ia l de ponto de

venda, mulheres

comuns, do dia a

dia, atraiu simpa-

tia e empa tia.

É exatamente a

fórmula que o no-

velista Manoel Car-

los, o Maneco, promete colocar no

elenco da novela global “Em famí-

li a. .. ”. É que as pessoas andam

cansadas de mentiras e qual-

quer menina sabe que não bas-

ta uma sandália para ela virar Gi-

sele Bündchen, então, o mundo

real, tem seu apelo.

O baianinho da Casas Bahia também

promete driblar neste ano, marcando

gols para a rede líder do varejo. A Y&R

ainda tem a conta, mas pode perder

parte, é uma disputa acirrada e a bola

está em campo.

Nessa página ilustrada pelos produ-

O baianinho daCasas Bahia devecontinuar brilhando

AMBEVinvestiu R$1,75 bilhão emmarcas comoBrahma, Skol eAntarctica.

APESAR de ser a maior empresabrasileira, ficou apenas na sextaposição entre os anunciantes.

OITAVA colocadaentre osanunciante:Vo l k s w a g e n .

BELEZA real e natural:linha Dove ganhoumaior projeção entreos produtos daU n i l e v e r.

tos e redes que coloca-

ram fermento no gi-

gante bolo publicitá-

rio, a Unilever tem ain-

da entre muitos outros

produtos Omo, Axe,

Hellmann’s e Kibon.

A grande surpresa

fica por conta do ter-

ceiro anunciante do

Brasil em 2013: o Grupo Genomma. Es-

se grupo farmacêutico, dono das mar-

cas Asepxia, Cicatricure e Goicoechea

para espinhas, rugas e varizes, decidiu

jogar pesado no mercado para con-

quistar o consumidor de classe C, que

começa a dar seus “rol ez in ho s” no

mundo do consumo. Esses produtos

tornam-se, assim, parceiros de seus

usuários. Deu resultado.

Já na quarta posição ficou a AmBev,

com investimento de R$ 1,75 bilhão pa-

ra sustentar marcas como Brahma,

Skol e Antarctica. Na quinta posição, fi-

cou a Caixa, onde programas de mora-

dia, móveis e eletrodomésticos popu-

lares fizeram a alegria das classes as-

cendentes.

A Petrobras, apesar do aniversário

de 60 anos, que teve no passado a cam-

panha “O petróleo é nosso” como mar-

co, ocupou apenas em sexto lugar no

ranking de anunciantes, embora seja a

maior empresa brasileira. A Hypermar-

cas aparece em sétimo, investindo pe-

sado em marcas como Doril, Benegrip,

Biotônico Fontoura, Zero-Cal e Adocyl.

A oitava posição foi da Volkswagen,

seguida de Vivo e Reckitt Benckiser, a do-

na de produtos de limpeza como Veja.

Entre os meios de comunicação, TV

ficou com a maior fatia do bolo, de

53%, uma queda suave de mero ponto

percentual em relação a 2012. O jor-

nal impresso passou de uma fatia de

18% para 16% e as revistas de 8% para

6%, ficando pela primeira vez abaixo

do investimento publicitário em inter-

net, de 7%. Sinal dos tempos e de que

o público está mais exigente, embora

as campanhas nem tanto. A classe C

agora já chegou, isso muda muito. O

ano que começa é decisivo. Vamos

a c o m p a n h a r.

RECKITTBenckiser:investiupesado paraanunciar itensde limpeza.

HYPERMARCAS,do BiotônicoFontoura:7º lugar.

Fotos: Divulgação

CAIXA:alegria paraa populaçãoda classe C.

A operadoraVivo foi anonaanuncianteno Brasil em2013

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO ECONOMIA/LEGAIS - 17

1. Data, hora e local: Em 30/12/2013, às 9h, na sede da Cia., localizada na Av. Angélica, 2.330/2.346/2.364, 9ºA, Sala 904,Consolação, CEP 01228-200, SP/SP. 2. Convocação e Presença: Convocação dispensada nos termos do art. 124, §4º, da Lei6.404/1976 (“LSA”), em virtude da presença de acionistas representando a totalidade do capital social. 3. Mesa: Presidente: Cesarde Araújo Mata Pires; Secretário: Mateus Coutinho de Sá Oliveira. 4. Ordem do Dia e Deliberações Tomadas: Discutidas asmatérias constantes da ordem do dia, foram tomadas, por unanimidade, as seguintes deliberações: 4.1. Criar um novo cargo deDiretor de Governança Corporativa na Diretoria Executiva da Cia., com as seguintes atribuições: (i) Propor aos acionistas políticase ações que assegurem o alinhamento da gestão, atividades e processos decisórios das empresas do grupo OAS às melhorespráticas de Governança Corporativa; (ii) Coordenar, dirigir e supervisionar o trabalho de discussão e desenvolvimento de projetosde governança corporativa; e (iii) Recomendar aos acionistas ações e políticas a serem adotadas para aprimoramento do processode governança corporativa do grupo OAS. 4.2. Em razão da deliberação acima, alterar o caput dos art. 7º, e os §1º, §3º e §4º doart. 8º e incluir o art. 12 no Estatuto Social da Cia. nos termos do Estatuto Social abaixo consolidado. 4.3. Eleger para o cargo deDiretora de Governança Corporativa, com mandato iniciando em 01/01/2014 e findando na AGO a realizar-se em 2016, a Sra.Maria Beatriz Lira Gomes Ferraz, brasileira, casada, advogada, portadora da carteira de identidade RG nº 26.610.538-2, SSP/SP, CPF/MF nº 272.376.328-50, com domicílio para fins do §2º, do Art. 149 da LSA, na Av. Angélica, 2.346, 9ºA, Consolação, SP/SP, CEP 01228-200; 4.4. Conhecer a renúncia do atual Diretor Financeiro e de Relação com Investidores da Cia., Sr. MateusCoutinho de Sá Oliveira, que permanecerá em seu cargo até 31/12/2013; 4.5. Em virtude da renúncia acima, eleger para o cargode Diretor Financeiro e de Relações com Investidores, com mandato iniciando em 01/01/2014 e findando na AGO a realizar-se em2016, o Sr. Josedir Barreto dos Santos, brasileiro, casado, advogado, portador da carteira de identidade RG nº 09074788-75,SSP/BA, CPF/MF nº 837.873.725-04, com domicílio, para fins do art. 149, §2º da LSA, na Av. Angélica, 2.346, 9ºA, Consolação,SP/SP, CEP 01228-200; 4.6. Assim, a partir de 01/01/2014, a Diretoria da Cia. ficará composta pelos seguintes Diretores, commandato unificado até AGO a realizar-se em 2016: (i) Josedir Barreto dos Santos, brasileiro, casado, advogado, portador dacarteira de identidade RG nº 09074788-75, SSP/BA, CPF/MF nº 837.873.725-04, ora eleito como Diretor Financeiro e de Relaçõescom Investidores; (ii) Maria Beatriz Lira Gomes Ferraz, brasileira, casada, advogada, portadora da carteira de identidade RG nº26.610.538-2, SSP/SP, CPF/MF nº 272.376.328-50, como ora eleita Diretora de Governança Corporativa; e (iii) Agenor XavierValadares, brasileiro, casado, advogado, portador da carteira de identidade RG nº 00921509,-34 SSP/BA, CPF/MF nº050.898.245-98, eleito como Diretor Jurídico na AGEO realizada em 30/04/2013; todos com domicílio, para fins do art. 149, §2ºda LSA, na Av. Angélica, 2.346, 9ºA, Consolação, SP/SP, CEP 01228-200. 4.7. Os Diretores ora eleitos tomarão posse mediante aassinatura de termo de posse lavrado no Livro de Atas de Reunião de Diretoria da Cia., dentro do prazo legal, onde deverão prestaras declarações de desimpedimento, dispensada a garantia de gestão. 4.8. Diante das alterações dispostas acima, promover areforma do estatuto social da Cia., que passará a vigorar com a redação que consta no Anexo I da presente ata. 5. Encerramento:Após lavrada, lida e aprovada, a presente ata foi assinada pelos presentes. 6. Assinaturas: Cesar de Araújo Mata Pires (Presiden-te); Mateus Coutinho de Sá Oliveira (Secretário); CMP Participações Ltda. (Acionista); LP Participações e Engenharia Ltda. (Acionis-ta).Confere com o original lavrado em livro próprio. São Paulo, 30/12/2013. Mateus Coutinho de Sá Oliveira - Secretário daMesa. JUCESP nº 32.062/14-0 em 21/01/14. Gisela S. Ceschin. Secr.-Geral. Estatuto Social - Cap. I - Denominação, Duração,Sede, Filiais e Objeto Social - Art. 1º - A OAS S.A. (“Cia.”) é uma sociedade por ações, regida pelo presente Estatuto Social epelas disposições legais que lhes forem aplicáveis, especialmente Lei nº 6.404/76, e suas alterações posteriores (“LSA”), vigoran-do por prazo indeterminado. Art. 2º - A Cia. tem sua sede e foro na Av. Angélica nºs 2.330/2.346/2.364, 9ºA, sala 904, B. Conso-lação, CEP 01228-200, SP/SP, local onde funciona o seu escritório administrativo, podendo abrir filiais, escritórios e representaçõesem qualquer localidade do país ou do exterior, mediante deliberação da Diretoria. §Único: A Cia. mantém filiais nas seguintes lo-calidades: (i) na Cidade e Estado do Rio de Janeiro, com endereço na Praia de Botafogo, 440, 19ºA, bairro Botafogo, CEP 22250-040, CNPJ/MF nº 14.811.848/0003-77, NIRE 33.9.0060969-6; (ii) na Cidade de Salvador/BA, com endereço na Av. Luiz ViannaFilho, 6462, Ed. Wall Street West, Torre B, 11ºA, sala 1102, CEP 41730-101, CNPJ/MF nº 14.811.848/0006-10, NIRE29.9.0070069-1; (iii) na Cidade de Goiânia/GO, com endereço na Al. do Botafogo, 553, Quadra 62, Lote 159, Setor Central, CEP74030-020, CNPJ/MF nº 14.811.848/0010-04, NIRE 52.9.0056365-9; (iv) na Cidade de Fortaleza/CE, com endereço na Av. Prof.Gomes de Matos, 648, Loja 204, Bom Futuro, CEP 60416-392, CNPJ/MF n° 14.811.848/0009-62, NIRE 23.9.0036924-7; (v) naCidade de Belo Horizonte/MG, com endereço na Av. Brasil, 1.483, 15ºA, sala 1503/1504, parte “A”, Funcionários, CEP 30140-003,CNPJ/MF nº 14.811.848/0011-87, NIRE 31.9.0199872-4; (vi) na Cidade de Porto AlegreRS, com endereço na Av. Padre Leopol-do Brentano, 110, sala 01, Humaitá, Porto Alegre/RS, CEP 90250-590, CNPJ/MF nº 14.811.848/0013-49, NIRE 43.9.0154657-2;(vii) na Cidade de Maceió/AL, com endereço na Av. Dr. Antônio Gouveia, 61, sala 704, Ed. Ocean Tower, Pajuçara, CEP 57030-170,CNPJ/MF nº 14.811.848/0014-20, NIRE 27.9.0032483-2; (viii) na Cidade de Londrina/PR, com endereço na Av. Juscelino Kubits-chek, 3.900, sala 1, V. Penterich, CEP 86010-540, CNPJ/MF nº 14.811.848/0015-00, NIRE 41.9.0125560-6; (ix) na Cidade deBelém/PA, com endereço na R. Bernal do Couto, 362, Umarizal, CEP 66055-080, CNPJ/MF nº 14.811.848/0017-72, NIRE15.9.0037560-7; e (x) na Cidade e Estado de São Paulo, com endereço na Av. Eliseu de Almeida nºs 1.650/1.836, Instituto dePrevidência, CEP 05533-000, CNPJ/MF nº 14.811.848/0016-91, NIRE 35.9.0435685-9. Art. 3º - A Cia. tem por objetivo sociala: (i) exploração da atividade de engenharia civil e da indústria de construção civil e pesada, inclusive gerenciamento e execuçãode projetos e obras; (ii) importação e exportação em geral; (iii) compra e venda de materiais, máquinas e equipamentos; (iv)compra e venda de imóveis sem corretagem; (v) locação de bens móveis; (vi) aproveitamento e exploração de jazidas minerais;(vii) serviços de dragagem e transporte/navegação marítima, fluvial e lacustre; (viii) manutenção e montagem industrial, instala-ções e montagens elétricas, eletrônicas, eletromecânicas e mecânicas; (ix) realização ou condução de atividades de pesquisa,projeto, desenvolvimento, industrialização, prestação dos serviços de tecnologia industrial básica, assistência técnica e transferên-cia de tecnologia, produção, reparo, conservação, revisão, conversão, modernização ou manutenção de Produto Estratégico deDefesa no País, consoante definição da Lei nº 12.598/12, incluídas a venda e a revenda somente quando integradas às atividadesindustriais supracitadas; e (x) participação como sócia ou acionista de outras sociedades no Brasil e no Exterior de qualquer ramo,podendo inclusive, constituir e participar em consórcio de empresas e abrir novos estabelecimentos, sucursais e filiais em qualquerlocalidade do Território Nacional e no Exterior. Cap. II - Capital Social e Ações - Art. 4º - O capital subscrito é de R$500.000.000,00, dividido em 500.000.000 de ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal, totalmente integralizadas emmoeda corrente nacional. Art. 5º - Às ações da Cia. são assegurados os direitos que a Lei confere às ações de cada espécie. §1º:Cada ação ordinária dá direito a um voto nas deliberações das Assembleias Gerais. §2º: A Cia., nos termos da Lei, poderá adquirirações de sua emissão, para cancelamento ou manutenção em tesouraria para posterior alienação, mediante autorização da AG.§3º: A Cia. poderá contratar, com instituição credenciada para serviços de agente emissor de certificados, a escrituração e guardados livros de registro e transferência de ações. Cap. III - Da Administração - Art. 6º - A Cia. será administrada por uma DiretoriaExecutiva, com os poderes conferidos em Lei e por este Estatuto Social, sendo ativa e passivamente representada nos termos doArt. 13 do presente Estatuto. §1º: A remuneração da Diretoria Executiva será fixada anualmente pela AG. §2º: Os membros daDiretoria Executiva tomarão posse na forma do que dispõe o artigo 149 da LSA, tendo os requisitos, impedimentos, deveres, obri-gações e responsabilidades contempladas na mesma Lei, arts. 145 a 158, dispensando-se a constituição de caução em garantiadas gestões. Art. 7º - A Diretoria Executiva é composta por 03 Diretores, residentes no País, eleitos e destituíveis, a qualquertempo, pela AG, com mandato de 03 anos, permitida a reeleição, com as designações seguintes: Diretor Financeiro e de Relaçãocom Investidores, Diretor Jurídico e Diretor de Governança Corporativa. §1º: Ao final de seus mandatos, os Diretores permanecerãoem seus cargos até a posse dos novos Diretores. §2º: Em caso de vacância ou impedimento definitivo de cargo da Diretoria, osubstituto será eleito pela AG e exercerá, quando for o caso, as funções pelo tempo que faltar ao Diretor substituído. Cap. IV -Funcionamento da Diretoria Executiva - Art. 8º - A Diretoria Executiva reunir-se-á, sempre que os interesses sociais o exigirem,e as reuniões serão convocadas por qualquer Diretor, mediante convocação escrita - através de carta, correio eletrônico ou outromeio de comunicação com comprovante de recebimento - contendo, além do local data e hora da reunião, a ordem do dia. Asconvocações deverão, sempre que possível, encaminhar as propostas ou documentos a serem discutidos ou apreciados. §1º: Asreuniões da Diretoria serão instaladas com a presença da maioria de seus membros em exercício, sendo o presidente da reuniãoescolhido entre os presentes. Considera-se presente à reunião o Diretor que estiver, na ocasião, (i) participando da reunião porconferência telefônica, vídeo conferência ou qualquer outro meio de comunicação que permita a identificação do Diretor e a comu-nicação simultânea com as demais pessoas presentes à reunião, ou (ii) que tiver enviado seu voto por escrito; ficando o presiden-te da reunião investido dos poderes para assinar a respectiva ata da Reunião da Diretoria em nome do Diretor que não estejapresente fisicamente. §2º: As reuniões da Diretoria serão realizadas, preferencialmente, na sede da Cia.. §3º: As deliberações daDiretoria Executiva serão tomadas mediante o voto favorável da maioria dos seus membros. §4º: Em se verificando qualquer im-passe entre os Diretores, a matéria objeto da discussão e impasse será levada à deliberação da AG, que decidirá em última instân-cia sobre o assunto. §5º: Todas as deliberações da Diretoria constarão de atas lavradas no respectivo livro de atas de reuniões daDiretoria e assinadas pelos membros da Diretoria que estiverem presentes, observado o disposto no final do §1º acima. Cap. V -Competência dos Diretores e Representação - Art. 9º - Compete aos Diretores, nos limites de suas respectivas atribuições: (i)propor à AG as diretrizes fundamentais, dentro dos objetivos e metas da Cia., para exame e deliberação; (ii) assegurar o bom an-damento dos negócios sociais, decidir e praticar todos os atos necessários à realização do objeto da Cia., desde que não sejam dacompetência exclusiva da AG e também não necessitem de prévia aprovação na forma deste Estatuto; (iii) promover convênios econtratar, dentro dos fins da Cia., com pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado, nacionais ou estrangeiras; (iv)

adquirir, onerar e alienar bens móveis, inclusive os integrantes do ativo permanente, prestar garantias a obrigações próprias eprestar quaisquer garantias a obrigações de terceiros, observado o disposto neste Estatuto Social; (v) aprovar, no âmbito de suaalçada, os critérios relativos aos cargos e salários e ao regime disciplinar dos empregados da Cia.; (vi) elaborar e apresentar aofinal de cada exercício social as Demonstrações Financeiras, na forma da LSA, instruídas com o Parecer dos Auditores Indepen-dentes, para apreciação do Conselho Fiscal, se instalado, e aprovação pela AG; (vii) elaborar o orçamento da Cia.; (viii) instalarescritórios de representação da Cia. em locais de interesse para os negócios sociais, quando necessário; (ix) aprovar normas, re-gimentos e manuais da Cia., dando sempre conhecimento à AG; (x) representar da Cia., ativa e passivamente, em juízo ou foradele, perante quaisquer terceiros e repartições públicas federais, estaduais ou municipais, bem como a praticar todos os atos ne-cessários ou convenientes à administração dos negócios sociais, respeitados os limites previstos em lei ou no presente EstatutoSocial. §Único. São expressamente vedados, sendo nulos e inoperantes em relação à Cia., os atos de qualquer dos sócios, Dire-tores ou procuradores da Cia. que a envolverem em obrigações relativas a negócios ou transações estranhas ao seu objeto social.Art. 10 - Compete ao Diretor Financeiro e de Relação com Investidores, dentre outras atribuições que lhe venham a ser estabele-cidas: (i) dirigir, coordenar e controlar as atividades de natureza financeira da Cia., tanto de captação como de aplicação de recur-sos; (ii) coordenar e supervisionar a gestão corporativa das informações gerenciais referentes a metas de vendas, rentabilidade,orçamento, fluxo de caixa, conta corrente e indicadores econômico-financeiros da Cia. e de suas sociedades controladas; (iii) geriras contas bancárias e determinar movimentação financeira das contas bancárias da Cia. e supervisionar estas operações em re-lação às suas sociedades controladas; (iv) gerir as atividades de tesouraria da Cia. e de suas sociedades controladas; (v) aprovarpagamentos e elaborar o orçamento, o fluxo de caixa, a planilha de rentabilidade e de controle de conta corrente da Cia.; (vi) pla-nejar e viabilizar operações com moedas estrangeiras, para a Cia. e suas sociedades controladas; (vii) obter, controlar e resgatarcauções junto às instituições financeiras; (viii) planejar, orientar e supervisionar a execução de planejamentos financeiro-tributá-rios; (ix) analisar, contratar e controlar empréstimos e financiamentos da Cia. e de suas sociedades controladas; (x) promover orelacionamento com instituições financeiras e com o mercado financeiro em geral; (xi) garantir aos acionistas o acesso às infor-mações de maneira democrática, transparente e precisa, inclusive prover informações sobre o desempenho e os resultados daCia.; (xii) prestar informações aos investidores e, se for o caso, ao mercado; e (xiii) desempenhar as demais atividades relaciona-das à sua área de atuação. Art. 11 - Compete ao Diretor Jurídico, dentre outras atribuições que lhe venham a ser estabelecidas:(i) dirigir, planejar e coordenar as atividades jurídicas da Cia.; (ii) assessorar a Cia. nos aspectos jurídicos, estudando e interpretan-do textos legais, leis, jurisprudências e demais documentos legais, com o fim de otimizar as atividades da Cia. e aplicá-los embenefício dos interesses sociais; (iii) orientar o corpo de advogados sob sua responsabilidade em questões jurídicas; e (iv) coorde-nar a contratação de advogados e escritórios de advocacia para a defesa dos interesses da Cia., podendo, para tanto, mas não selimitado a, assinar contratos de honorários e outorgar procuração “ad judicia”. Art. 12 - Compete ao Diretor de Governança Cor-porativa, dentre outras atribuições que lhe venham a ser estabelecidas: (i) Propor aos acionistas políticas e ações que asseguremo alinhamento da gestão, atividades e processos decisórios das empresas do grupo OAS às melhores práticas de GovernançaCorporativa; (ii) Coordenar, dirigir e supervisionar o trabalho de discussão e desenvolvimento de projetos de governança corpora-tiva; e (iii) Recomendar aos acionistas ações e políticas a serem adotadas para aprimoramento do processo de governança corpo-rativa do grupo OAS. Art. 13 - Observadas as exceções contidas no presente Estatuto Social, inclusive nos §s Segundo e Terceiroabaixo, os atos e operações de administração dos negócios sociais que importem responsabilidade ou obrigação para a Cia. ou quea exonerem de obrigações para com terceiros, poderão ser praticados, por (i) qualquer Diretor isoladamente; ou (ii) 01 procurador,observado quanto à nomeação de procuradores o disposto no §1º deste Artigo. §1º: A Cia. poderá, através de assinatura de 01Diretor - ou de 02 Diretores conjuntamente, se para os fins dispostos no §Segundo abaixo, constituir procuradores, outorgando--lhes, por prazo determinado não superior a 02 anos, poderes específicos de administração, exceto os poderes da cláusula “adjudicia” ou para a defesa dos interesses da Cia. em processos administrativos, que poderão ser outorgados por prazo indetermina-do. §2º: Fica estabelecido, que, os atos abaixo elencados dependerão da assinatura conjunta de: (a) 02 Diretores; (b) 01 Diretor e01 procurador, nos limites dos poderes que lhe forem conferidos; ou (c) 02 procuradores, nos limites dos poderes que lhes foremconferidos: (i) representação da Cia. perante instituições financeiras, realizando todo e qualquer ato referente a movimentação desuas contas correntes e aplicações financeiras; (ii) celebração de contratos de empréstimo, financiamento, derivativo, cessão decrédito e todo e qualquer contrato financeiro e respectivas garantias; (iii) emissão e endosso de duplicatas para efeito de descon-to, caução ou cobrança, assinatura de borderôs, recebimento e quitação em duplicatas de emissão da Cia.; (iv) concessão de avale/ou fiança, inclusive cartas de crédito, de fiança bancária e seguro garantia, exceto fianças concedidas em contratos de locação,nas quais será permitida a representação isolada por qualquer Diretor; (v) representação da Cia. perante agentes do sistema finan-ceiro de habitação; (vi) aquisição, oneração e/ou alienação de cotas ou ações de sociedades em que a Cia. ou sociedades de seugrupo econômico participe, com a finalidade de garantir financiamento de seus projetos ou empréstimos corporativos; (vii) aliena-ção, aquisição e/ou oneração de imóveis em nome da Cia., com a finalidade de garantir financiamento de projetos ou empréstimoscorporativos. §Terceiro: A prática dos seguintes atos depende da aprovação prévia e por escrito dos acionistas representando amaioria do capital social: (i) a alienação, aquisição e/ou oneração de imóveis, exceto com a finalidade de garantir financiamento deprojetos ou empréstimos corporativos; (ii) a alienação, aquisição e/ou oneração de participação societária, exceto com a finalidadede garantir financiamento aos projetos em que a Cia. ou sociedades de seu grupo econômico participe, direta ou indiretamente,como sócia ou acionista; (iii) a concessão de aval, fiança e dação de bens em garantia para negócios estranhos ao objeto social,ou para sociedades nas quais a Cia. não participe, direta ou indiretamente, como sócia ou acionista; (iv) a celebração de acordosde acionistas, quotistas e/ou de investimentos; (v) a orientação do voto da Cia. nas sociedades em que a Cia. participe quanto àsmatérias constantes do presente §e do Artigo 18 abaixo; e (vi) a aprovação pela Cia. das matérias constantes do presente §e doArt. 18 abaixo em relação às sociedades em que a Cia. participe. Cap. VI - Conselho Fiscal - Art. 14 - O Conselho Fiscal somen-te será instalado nos exercícios sociais em que for convocado mediante deliberação dos acionistas, conforme previsto em Lei. Art.15 - O Conselho Fiscal, quando instalado, será composto por no mínimo 03 e no máximo 05 membros e por igual número de su-plentes, eleitos pela AG de Acionistas, sendo permitida a reeleição, com as atribuições e prazos de mandato previstos em Lei. §1º:A remuneração dos membros do Conselho Fiscal será estabelecida pela AG de Acionistas que os eleger. §Segundo: Aplica-se aoConselho Fiscal, quanto às normas de eleição, requisitos, impedimentos, investidura, obrigações, deveres e responsabilidades oque dispõe a LSA, arts. 161 a 165, seus §s, incisos e alíneas. Cap. VII - Assembleias Gerais - Art. 16 - Respeitada a legislaçãoem vigor, a AG será convocada na seguinte ordem: (i) por qualquer dos Diretores; ou (ii) pelas pessoas legalmente habilitadas nostermos da LSA. §1º: Os trabalhos da AG serão dirigidos por mesa composta de presidente e secretário, escolhidos pelos acionistaspresentes. §2º: As Assembleias serão realizadas e as deliberações serão tomadas com base nos quoruns previstos na legislaçãoem vigor. Art. 17 - As Assembleias Gerais serão realizadas: (i) ordinariamente e anualmente, com a finalidade prevista no art. 132da LSA, nos quatro primeiros meses subsequentes ao encerramento do exercício social; e; (ii) extraordinariamente, sempre que osinteresses sociais o exigirem. §Único: O conjunto de acionistas e grupos de acionistas estrangeiros não podem exercer em cadaAG número de votos superior a 2/3 do total de votos que puderem ser exercidos pelos acionistas brasileiros presentes. Art. 18 -Compete à AG, além de outras matérias indicadas na lei ou neste Estatuto Social: (i) a reforma do presente Estatuto Social; (ii) aeleição e destituição de administradores da Cia.; (iii) a fixação e alteração da remuneração dos administradores e dos critérios departicipação nos lucros da Cia.; (iv) a aprovação de contas e das demonstrações financeiras; (v) a emissão de debêntures; (vi) aavaliação de bens que o acionista concorrer para formação do capital social; (vii) a transformação, fusão, incorporação e cisão daCia.; (viii) a declaração ou pedido de falência, recuperação judicial ou extrajudicial, dissolução, liquidação ou cessação do estadode liquidação da Cia., (ix) a destinação do lucro líquido e distribuição de dividendos; (x) a alteração das características, direitos ouvantagens das ações existentes e criação e emissão de outras classes ou espécies de ações; e (xi) a redução do dividendo obri-gatório. Cap. VIII - Exercício Social, Lucros e Dividendos - Art. 19 - O exercício social terá inicio em 01 de janeiro e terminaráem 31 de dezembro de cada ano, findo o qual serão elaborados o balanço geral e as demonstrações financeiras exigidas em lei.Art. 20 - Do resultado do exercício apurado na forma da legislação em vigor serão deduzidos os prejuízos acumulados, se houver,e a provisão para o Imposto de Renda. Art. 21 - Após procedidas as deduções referidas no Artigo anterior, a AG poderá atribuir aosadministradores e funcionários uma participação sobre os lucros remanescentes respeitadas as lotações legais. Art. 22 - O saldo,após deduzidas as participações no resultado, configurará o lucro liquido do exercício, que será objeto de proposta à AG, e terá aseguinte destinação: (i) 5% para a constituição de Reserva Legal, que não excederá 20% do Capital Social; (ii) formação de Re-servas para Contingências, caso haja necessidade; (iii) constituição de Reservas de Lucro a Realizar, se for o caso, na forma pre-vista pela legislação; (iv) pagamento de dividendos anuais obrigatórios de, no mínimo 25% sobre o lucro liquido do exercício,ajustado na forma da lei de acordo com as deduções previstas nos itens (i), (ii) e (iii) acima; e (v) a AG resolverá sobre o destino dosaldo remanescente do lucro líquido do exercício. Art. 23 - A Cia. poderá levantar balanços mensais e sobre eles decidir sobre opagamento de dividendos. §Único: A Diretoria Executiva poderá declarar dividendos intermediários à conta de reserva de lucrosverificada no Balanço. Cap. IX - Liquidação - Art. 24 - A Cia. entrará em liquidação nos casos previstos em Lei, competindo à AGeleger o liquidante e os membros do Conselho Fiscal que deverão funcionar no período da liquidação, fixando-lhes a remuneração.Cap. X - Das Disposições Gerais - Art. 25 - A Cia. é regida pela legislação brasileira aplicável às sociedades anônimas, pelasdisposições contidas no presente Estatuto Social e pelo Acordo de Acionistas celebrado pelos sócios. Confere com o original lavra-do em livro próprio. SP, 30/12/2013.Mateus Coutinho de Sá Oliveira - Secretário da Mesa.

OAS S.A.CNPJ/MF nº 14.811.848/0001-05 - NIRE 35.3.0038001-1

Ata da Assembleia Geral Extraordinária realizada em 30 de dezembro de 2013

PREFEITURA MUNICIPAL DE

TAUBATÉ/SPCONCORRÊNCIA PÚBLICA Nº 01/14

A Prefeitura Municipal de Taubaté, pela Presidência da Comissão Permanente de Licitaçõese com base na Lei Federal nº 8.666/93 e suas alterações, torna público aos interessados, quese acha aberta: Concorrência Pública nº 01/14 – Construção de uma Unidade Básica deSaúde Porte III no loteamento Parque 3 Marias, com vencimento às 08h30 do dia 12.03.14.O Edital completo encontra-se disponível no Departamento de Compras, no horário das 08hàs 12h e das 14h às 18h, podendo ser adquirido mediante recibo original de depósito doBanco Santander, Agência 0056 - Conta-corrente nº 45000273-2, no valor de R$ 52,00(Cinquenta e Dois Reais) cada edital ou gratuitamente no site desta Prefeiturawww.taubate.sp.gov.br.

Taubaté, 06 de fevereiro de 2014.Solange de Faria Santos – p/ Presidente C.P.L.

EMPRESA METROPOLITANA DE TRANSPORTESURBANOS DE SÃO PAULO S.A.

CNPJ: 58.518.069/0001-91

AVISO DE LICITAÇÃO - PREGÃO ELETRÔNICO EMTU/SP Nº 006/2014OBJETO: Contratação de empresa especializada para prestação de serviços de operação de coberturas de riscos em planode seguro de pessoas. REALIZAÇÃO DA SESSÃO PÚBLICA: 21.02.2014, às 10 horas, no endereço eletrônicowww.bec.sp.gov.br ou www.bec.fazenda.sp.gov.br. O edital está disponível na Internet, nos sítios: www.emtu.sp.gov.br,www.e-negociospublicos.com.br, www.bec.sp.gov.br e www.bec.fazenda.sp.gov.br. Outras informações poderão serobtidas pelos tels.: 11 4341-1196 ou 4341-1040.

SEAC-SP Sindicato das Empresas de Asseioe Conservação no Estado de São Paulo

C.N.P.J. nº 62.812.524/0001-34

Pelo presente edital, ficam os associados quites e em pleno gozo de seus direitos sindicais, convocadospara a Assembleia Geral Extraordinária, a realizar-se em 1ª Convocação no dia 24 de fevereiro de2014, na sede social situada à Av. República do Líbano, 1.204 - Jd. Paulista-SP, às 16h00, e 2ªConvocação às 16h30min. Discutir e deliberar sobre a seguinte ordem do dia: a) Criação de umacomissão com poderes para aprovar a implantação do SESMT - COLETIVO OU SESMT COMUM nosegmento de asseio e conservação junto com a FEMACO e demais entidades sindicais profissionaisdo mesmo segmento com a finalidade de firmar termo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho 2014.b) Assuntos Gerais.

São Paulo, 06 de fevereiro de 2014Rui Monteiro Marques - Presidente

EDITALDE PREGÃOELETRÔNICONº. 20/2014PROCESSON°. 3139/2013

OBJETO: Aquisição de equipamentos para execução através de método nãodestrutível, de mudança/substituição de ligações de água antigas, em materialgalvanizado, conforme edital. O Edital na íntegra poderá ser obtido nos siteswww.bb.com.br e www.saaesaocarlos.com.br - opção licitações. Abertura daspropostas às 09h00min do dia 21/02/2014 e o início da sessão de disputa às15h00min do dia 21/02/2014 (horário de Brasília).

Marcel Rodrigo dos Santos - PregoeiroSão Carlos, 06 de fevereiro de 2014. Gerência de Finanças e Suprimentos.

SERVIÇO AUTÔNOMODE ÁGUA E ESGOTO

AVISO DE LICITAÇÃO. MODALIDADE: PregãoPresencial 09/2014, PROCESSO: 17/2014,OBJETO RESUMIDO: REGISTRO DE PREÇOSDE MATERIAIS DE LIMPEZA, DATA E HORA DALICITAÇÃO: 20/02/2014 as 9h00, LOCAL DALICITAÇÃO: Sala de Licitações do PaçoMunicipal, na Praça Cel. Brasílio Fonseca, 35,Centro, Guararema – SP. O Edital poderá ser lidoe obtido na íntegra no Paço Municipal deGuararema, no período das 08h30min às 16h00.Os interessados poderão obter o Edital por e-mail,enviando mensagem eletrônica para o endereç[email protected], informando osdados da empresa, a modalidade e o número dalicitação. Outras informações podem ser obtidaspelo telefone (11) 4693-8016. MARCIO LUIZALVINO DE SOUZA, Prefeito Municipal.

SERVIÇOAUTÔNOMO DE ÁGUAE ESGOTO DE SOROCABAO Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Sorocaba comunica que se acha aberto, o Pregão

Eletrônico nº 02/2014 - Processo nº 11.892/2013, destinado a aquisição de tubo de ferro fundido

dúctil, SESSÃO PÚBLICA dia 21/02/2014 às 10:00 horas. Informações pelo site www.licitações-e.

com.br, pelos tel. (15) 3224-5810/5811/5812/5813/ 5814/5815/ 58165817/5819/5821/5822/5823/

5824/5825 e 5826, ou pessoalmente na Av. Pereira da Silva, nº 1.285, no Setor de Licitação e

Contratos. Sorocaba, 06 de fevereiro de 2014. Érica Aparecida de Menezes Ribeiro - Pregoeira

SERVIÇOAUTÔNOMO DE ÁGUAE ESGOTO DE SOROCABAO Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Sorocaba comunica que se acha aberto, o Pregão

Eletrônico nº 05/2014 - Processo nº 12.028/2013, destinado a aquisição de ladrilho padrão oficial,

SESSÃO PÚBLICA dia 21/02/2014 às 11:00 horas. Informações pelo site www.licitações-e.com.br,

pelos tel. (15) 3224-5810/5811/5812/5813/ 5814/5815/ 58165817/5819/5821/5822/5823/ 5824/5825

e 5826, ou pessoalmente na Av. Pereira da Silva, nº 1.285, no Setor de Licitação e Contratos.

Sorocaba, 06 de fevereiro de 2014. Ivan Flores Vieira - Pregoeiro

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PEDRO/SPTOMADA DE PREÇOS 01/2014

A Prefeitura do Município da Estância Hidromineral de Águas de São Pedro, com sede à PraçaPrefeito Geraldo Azevedo, 115, Centro, Águas de São Pedro/SP, torna público, para conhecimento deinteressados, que se acha aberta a TOMADA DE PREÇOS 01/2014, que objetiva a contratação deempresa de engenharia para executar obras e serviços de construção de uma Unidade Básica de Saúde– Porte III, por empreitada e preço global, com fornecimento de materiais, mão de obra e equipamentosnecessários. O edital e anexos poderão ser retirados diretamente no endereço supracitado, das 12:00às 16:00 horas, de segunda a sexta-feira, mediante o recolhimento da taxa de R$ 100,00. Será exigidocadastramento prévio, visita técnica e caução de participação. Os envelopes com a documentação e aproposta financeira deverão ser protocolados até as 13:30 horas do dia 11/03/2014 sendo que a aberturados mesmos será neste mesmo dia às 14:00 horas. Águas de São Pedro/SP, 06 de fevereiro de 2014.Paulo César Borges - Prefeito Municipal.

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PEDRO/SPTOMADA DE PREÇOS 02/2014

A Prefeitura do Município da Estância Hidromineral de Águas de São Pedro, com sede à PraçaPrefeito Geraldo Azevedo, 115, Centro, Águas de São Pedro/SP, torna público, para conhecimento deinteressados, que se acha aberta a TOMADA DE PREÇOS 02/2014, que objetiva a contratação deempresa de engenharia para executar obras e serviços de urbanização da entrada do parque Dr. Octáviode Moura Andrade, por empreitada e preço global, com fornecimento de materiais, mão de obra eequipamentos necessários. O edital e anexos poderão ser retirados diretamente no endereço supracitado,das 12:00 às 16:00 horas, de segunda a sexta-feira, mediante o recolhimento da taxa de R$ 100,00. Seráexigido cadastramento prévio, visita técnica e caução de participação. Os envelopes com a documentaçãoe a proposta financeira deverão ser protocolados até as 13:30 horas do dia 13/03/2014 sendo que aabertura dos mesmos será neste mesmo dia às 14:00 horas. Águas de São Pedro/SP, 06 de fevereiro2014. Paulo César Borges - Prefeito Municipal,

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE ANDRADINAEXTRATO DE ADITAMENTO CONTRATUAL. PROCESSO nº 43/13 –Dispensa nº 04/13. Objeto: Prestação dos serviços técnicos de informáticarelativos à cessão de informações do banco de dados do DETRAN para oprocessamento de multas de trânsito referentes ao município de Andradina/SP.Contratado: COMPANHIA DE PROCESSAMENTO DE DADOS DO ESTADODE SÃO PAULO – PRODESP. Fica ajustado entre as partes que o contrato emvigor será aditado no valor de R$ 4.174,20 (Quatro mil, cento e setenta e quatroreais e vinte centavos). As demais cláusulas e condições do contrato permaneceminalteradas. Data: 06 de fevereiro de 2014. JAMIL AKIO ONO - Prefeito.

Pregão Eletrônico nº 6/2014Objeto: Registro Formal de Preços relativos à aquisição de material permanentepara atendimento das necessidades da Agência Nacional de Aviação Civil -ANAC, de acordo com as quantidades, especificações e localidades, conformeespecificações detalhadas constantes do Termo de Referência - Anexo “A” doedital, e ainda, de acordo com o disposto nos Anexos, para contratações futuras.Edital: 07/02/2014 de 09h00 às 12h00 e de 14h00 às 17h59.Entrega das Propostas: a partir de 07/02/2014.Abertura das Propostas: 19/02/2014 às 10h00 no www.comprasnet.gov.br

Gisele Aparecida Gonçalves de OliveiraPregoeira

AVISO DE LICITAÇÃO

Ministério daDefesa

AGÊNCIA NACIONALDE AVIAÇÃO CIVIL

Cyrela Milão Empreendimentos Imobiliários S.A.CNPJ/MF nº 07.273.971/0001-54 - NIRE 35.300.325.834

Extrato da Ata de Assembleia Geral Extraordinária no dia 30.12.2013Data, hora e local. 30.12.2013, 10hs, na sede social, Av. Engenheiro Roberto Zuccolo, 555, 1º and, sl. 1.001, parte,SP/SP. Convocação: Dispensadas. Presença: Totalidade do capital social. Mesa: Presidente: Claudio Carvalho deLima, Secretário: Rafael Novellino. Deliberações Aprovadas: 1. Redução do capital social em R$ 2.500.000,00,considerados excessivos em relação ao objeto, com o cancelamento de 2.500.000 ações ordinárias, todas nominativase sem valor nominal, sendo 1.250.000 ações ordinárias Classe A de titularidade da acionista Cyrela RJZEmpreendimentos Imobiliários Ltda. e 1.250.000 ações ordinárias Classe B de titularidade da acionista PDGRealty S.A. Empreendimentos e Participações, as quais receberão o valor da redução em moeda corrente dopaís, a título de restituição do valor das ações canceladas, passando o capital social de R$ 5.315.344,00 para R$2.815.344,00, dividido em 2.815.344 ações ordinárias, todas nominativas e sem valor nominal, sendo 1.407.672 açõesordinárias Classe A e 1.407.672 ações ordinárias Classe B.. 2. Autorizar os administradores a assinar todos osdocumentos necessários para a restituição dos valores devidos em razão da redução, após o quê, os acionistasarquivarão a presente ata consignando o novo valor do capital social. 3.Alteração do caput do art. 5º do Estatuto: �Art.5°. O capital social da Cia., totalmente subscrito e integralizado emmoeda corrente nacional é de R$ 2.815.344,00, divididoem 2.815.344 ações ordinárias, todas nominativas e sem valor nominal, sendo 1.407.672 ações ordinárias Classe A e1.407.672 ações ordinárias Classe B.�. 4. Não houve manifestação do Conselho Fiscal, por não estar em funcionamento.Encerramento:Nadamais, lavrou-se a ata. São Paulo, 30.12.2013. Claudio Carvalho de Lima - Presidente, Rafael Novellino- Secretário; Cyrela RJZ Empreendimentos Imobiliários Ltda., Claudio Carvalho de Lima e Rafael Novellino; PDGRealty S.A. Empreendimentos e Participações p.p Roberta Giraldes Frizzo e p.p Natalia Maria Fernandes Pires.

Fibam Companhia IndustrialCNPJ 61.410.395/0001-95 - Companhia Aberta

Ata da Reunião do Conselho de Administração de 24 de Janeiro de 2014Às 14h de vinte e quatro de janeiro de 2014, na sede social de Fibam Companhia Industrial, na Av. Humberto de AlencarCastelo Branco, 39, São Bernardo do Campo/SP, reuniram-se sob a direção do presidente do conselho, seus Conselheirosde Administração. O Sr. presidente esclareceu que o objetivo da reunião era a eleição da diretoria, cujo mandato se expira.Por unanimidade foram eleitos pelo período de dois anos, válido a partir de 1º/2/14: Diretor-Presidente, também com funçõesde Relações com o Mercado, Sr. Paolo Paperini, brasileiro, casado, engenheiro, portador do RG SSP/SP nº 4.681.615e CPF nº 513.883.088-00; Diretor Vice-Presidente, Sr. Ricardo Athos Paperini, brasileiro, solteiro, engenheiro, portadordo RG SSP/SP nº 2.981.261 e do CPF nº 033.087.328-82; e Diretor Industrial, Sr. Ricardo Brunger Paperini, brasileiro,solteiro, engenheiro, portador do RG SSP/SP nº 35.521.345-X e do CPF nº 291.190.928-30. Todos residentes e domiciliadosna Cidade de São Paulo/SP. Todos com os honorários atuais e sempre dentro dos limites �xados pela Assembleia GeralExtraordinária de 30/4/96. Os diretores ora eleitos declaram não estarem incursos em penalidades de Lei que os impeçamde exercer a atividade mercantil. Os cargos vagos serão acumulados pelo Diretor-Presidente. Em seguida lavrou-se esta ataque após lida e conferida, foi assinada. Paolo Paperini, Presidente do Conselho; Raul Erico Alberto Gollmann, Conselheiro;Marco Antonio Souza Cauduro, Conselheiro. A presente ata é cópia �el da ata lavrada em livro próprio. São Bernardo doCampo, 24 de janeiro de 2014 - Fibam Companhia Industrial. Paolo Paperini - Presidente do Conselho de Administração.JUCESP nº 51.421/14-8 em 5/2/14. Gisela Simiema Ceschin - Secretária-Geral.

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 6 de fevereiro de 2014, na Comarca da Capital, os

seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:

Requerente: Companhia Distribuidora de Alumínio S/A - Requerido: Redweb Soluções em Metais Ltda. - Rua Marcial, 184 - Mooca - 2ª Vara de Falências

Requerente: Brazil Consult Assessoria e Planejamento Ltda. Requerido: Itacaré Ville I Desenvolvimento Imobiliário SPE Ltda. - Rua Ramos Batista, 444 - 12º Andar - Vila Olimpia - 1ª Vara de Falências

Não há nenhuma linha de transmissão operando fora do limiteHermes Chipp, diretor-geral do ONS

A presidente não tolera raiosDilma rejeita a hipótese levantada por Hermes Chipp, diretor do órgão que coordena o sistema elétrico, segundo a qual uma descarga pode ter causado o apagão.

Apresidente Dilma

Rousseff reafirmou

ontem que o sistema

elétrico brasileiro

precisa ser à prova de raios,

depois que o diretor-geral do

Operador Nacional do Siste-

ma Elétrico (ONS), Hermes

Chipp, apontou uma descarga

elétrica como possível causa

do apagão desta semana. Um

grupo técnico começou a es-

tudar o que teria provocado os

dois curto-circuitos em linhas

de transmissão que levaram a

um apagão de energia em di-

versos Estados do país na ter-

ça-feira, e um relatório conclu-

sivo deve ficar pronto em até

15 dias.

"Uma das hipóteses é des-

carga elétrica", disse o diretor-

geral do ONS ao ser abordado

por jornalistas quando saía da

sede da autarquia. No fim da

tarde, o ministro da Comuni-

cação Social, Thomas Trau-

mann, disse a jornalistas que a

presidente Dilma reafirmou

sua declaração de 27 de de-

zembro de 2012 de que "o sis-

tema elétrico brasileiro neces-

sariamente precisa ser à pro-

va de raios".

"O Brasil é um dos países de

maior quantidade de raios do

mundo, o sistema elétrico bra-

sileiro foi montado para ser à

prova de descargas elétricas,

com uma gigantesca rede de

para-raios", afirmou o minis-

tro. "Se raios foram realmente

responsáveis pela queda no

fornecimento de energia na

última terça-feira, cabe ao

ONS apurar se os operadores

estão mantendo adequada-

mente sua rede de para-

raios."

Há informações de que des-

cargas elétricas foram detec-

tadas perto de uma das linhas

afetadas pelo curto-circuito.

"Os técnicos estão fazendo

uma releitura dos equipamen-

tos, para saber se a causa foi

um raio", disse Chipp.Mais

uma vez, ele descartou a pos-

sibilidade de falha humana ou

mecânica para o apagão des-

sa semana. "Mas pode ser que

o curto tenha sido provocado

por outros fenômenos. Falha

humana está descartada".

Consumo- A demanda por

energia no País atingiu novo

pico ontem, um dia após o apa-

gão que atingiu 13 estados.

Em todo o Brasil, a demanda

máxima atingiu 85.708 MW,

às 15h41, 1,6% acima dos

84.331 MW registrados na últi-

ma segunda-feira.

No Sudeste/Centro Oeste,

houve também novo pico, de

5 1 . 1 8 7 M W , t a m b é m à s

15h40, comparativamente a

50.854 MW também registra-

do na segunda. O Sul, que ha-

via batido recorde de consu-

mo três minutos antes do apa-

gão , na terça- fe i ra , com

17.412 MW, atingiu novo pata-

mar máximo ontem também,

de 17.771 MW. As informações

são do Operador Nacional do

Sistema Elétrico (ONS), que

atribuiu os picos às elevadas

temperaturas.

Os recordes de consumo no

Sul do País registrados na pri-

meira semana de fevereiro

vieram antes do que o ONS

previa. Segundo ata de reu-

nião do Comitê de Monitora-

mento do Setor Elétrico reali-

zada em dezembro, represen-

tantes do operador informa-

ram esperar picos de carga na

região para a segunda quinze-

na do mês.

O apagão da tarde de terça-

feira atingiu entre 5 milhões e

6 milhões de pessoas, segun-

do o ONS, em várias regiões do

país e tumultuou o trânsito de

metrópoles como São Paulo e

Rio. (Agências).

18 -.ECONOMIA/LEGAIS DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Janeiro maisfraco para

depósitos napoupança

Depósitos superam saques em R$ 1,744 bi

Os depósitos na ca-

derneta de poupan-

ça superaram os

resgates (a chama-

da captação l íqu ida) em

R$ 1,744 bilhão em janeiro, se-

gundo dados do Banco Central

(BC) divulgados ontem.

O valor é 24% menor que o

registrado em janeiro de 2013

(R$ 2,3 bilhões). Em relação a

dezembro, quando o resulta-

do foi de R$ 11,202 bilhões, a

queda foi ainda maior: 84%.

Esse é o 23º mês seguido

em que os depósitos ultrapas-

saram os saques na caderne-

ta. De acordo com o BC, em ja-

neiro, os depósitos na poupan-

ça ficaram em R$ 127,673 bi-

lhões, enquanto as retiradas

foram de R$ 125,929 bilhões.

Com o resultado do mês

passado, o saldo total da pou-

pança chegou a R$ 602,794 bi-

lhões, em comparação com

R$ 597,943 bilhões no fim do

ano passado.

Em 2013, a captação líquida

d a c a d e r n e t a f i c o u e m

R$ 71,048 bilhões, desempe-

nho recorde anual na série his-

tórica iniciada em 1995.

Apesar da captação líquida

menor, com a Selic no nível

atual (10,5% ao ano), a pou-

pança retoma vantagem so-

bre o rendimento médio de

fundos de renda fixa que havia

sido parcialmente perdida na

última elevação da taxa, em

novembro de 2013, para 10%

ao ano.

Só ganham sempre da pou-

pança, independentemente

do prazo de resgate, os fundos

com taxa de administração de

até 0,5% ao ano. Esses produ-

tos costumam exigir aplica-

ção mínima de R$ 50 mil.

No cenário de aumento de

juros, os títulos pós-fixados,

que acompanham a variação

de um índice, como a Selic, são

mais vantajosos. "Para o in-

vestidor conservador, os títu-

los atrelados à Selic são inte-

ressantes. As taxas que esses

papéis pagam acompanham a

elevação da Selic. Com o au-

mento, ele vai ganhar um juro

maior do que o que ganhava

antes", diz Michael Viriato,

professor do Insper, instituto

de ensino e pesquisa.

E a poupança só deve ser

considerada uma reserva de

emergência, afirma o profes-

sor do Insper. "Pela rentabili-

dade, o investidor já tem alter-

nativas tão seguras quanto a

poupança e que rendem mais.

Não há razão para investir

nesse tipo de aplicação, além

de manter uma reserva de fá-

cil acesso", diz. (Fo l h a p r e s s )

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO ECONOMIA/LEGAIS - 19

Companhia Mutual de SegurosCNPJ 75.170.191/0001-39 - NIRE 35300333047

Ficam convocados os Senhores Acionistas da Companhia Mutual de Seguros a se reunirem em Assembleia GeralExtraordinária, a ser realizada em 10.02.2014, às 11h, na sede social, localizada na Avenida Engenheiro LuizCarlosBerrini,nº 1.681,4º andar,CidadedasMonções,nestaCapital,para deliberaremsobre as seguintesmatériasconstantes da Ordem do Dia: 1 - Chamada de aumento do capital social no valor de R$ 8.000.000,00, mediante aemissão de 8.000.000 ações ordinárias, nominativas, ao preço unitário de R$ 1,00, a serem integralizadas mediantecapitalização de créditos, espécie ou bens; 2 - Fixação do prazo de exercício do direito de preferência aos acionistasausentes, na proporção do número de ações que possuírem em 03.02.2014; 3 - Outros assuntos de interesse daSociedade. São Paulo, 29.01.2014.MaurícioTadeu Di Giorgio - Diretor-Presidente.

A empresa INVERSORA BRASILEIRA AERONÁUTICA S.A., inscrita no CNPJ nº 61.358.065/0001-06, vem COMUNICAR o EXTRAVIO, dos seguintes documentos: Livro de Registro de Ações Nominativas, Livro de Transferência de Ações de Partes Benefi ciárias Nominativa, Livro de Pre-sença dos Acionistas, Livro de Atas das Reuniões do Conselho de Administração e Livro de Atas e Pareceres do Conselho Fiscal.

São Paulo, 29 de janeiro de 2014. (05, 06 e 07/02/2014)

A empresa ICOA INDÚSTRIA DE COMPONENTES AEROESPACIAIS S.A., inscrita no CNPJ nº 60.426.186/0001-77, vem COMUNICAR o EXTRAVIO, dos seguintes documentos: Livro de Re-gistro de Ações Nominativas, Livro de Transferência de Ações de Partes Benefi ciárias Nominativa, Livro de Presença dos Acionistas, Livro de Atas das Reuniões do Conselho de Administração e Livro de Atas e Pareceres do Conselho Fiscal.

São José dos Campos, 29 de janeiro de 2014. (05, 06 e 07/02/2014)

INVERSORA BRASILEIRA AERONÁUTICA S.A.CNPJ nº 61.358.065/0001-06

EDITAL DE CONVOCAÇÃO – 3ª ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIAFicam convocados os senhores acionistas da INVERSORA BRASILEIRA AERONÁUTICA S.A., a comparecerem à Assembleia Geral Extraordinária, a ser realizada no dia 17 de março de 2014 às 11h00min horas (PRIMEIRA CONVOCAÇÃO) e, às 16h00min horas (SEGUNDA CONVOCAÇÃO), na sede social, sita à Avenida Engenheiro Luiz Carlos Berrini nº 801, 4º Andar, São Paulo SP, a fi m de deliberarem sobre: a) Diminuição de Ações Subscritas; b) Subscrição de novos Acionistas; c) Exclusão de acionistas, por ter endereço incerto e ignorado; d) Adequação ao Novo Código Civil de 2002; e) Atualização dos dados cadastrais junto a JUCESP e todos os órgãos pertinentes; f) Atualização monetária do capital social subscrito; g) Eleição de nova diretoria; h) Alteração de endereço; i) Alteração do estatuto social; j) Aprovação e alteração de outros atos complementares de interesse da sociedade.

São Paulo, 26 de janeiro de 2014. (05, 06 e 07/02/2014)

Odebrecht TransPort S.A.CNPJ/MF nº 12.251.483/0001-86 – NIRE 35.300.381.548

Ata de Assembleia Geral ExtraordináriaData, hora e local: Em 26 de dezembro de 2013, às 10 horas, na sede da Companhia, localizada na Avenida das Nações Unidas, nº 4.777, 5º andar – Sala 08, Alto de Pinheiros, São Paulo/SP, CEP 05477-000.Presença:Acionistas representando a totalidade do capital social, conforme assinaturas lançadas no Livro de Presença deAcionistas. Convocação: Dispensada a publicação de Edital de Convocação, conformedisposto no Artigo 124, § 4º, da Lei nº 6.404/76, conforme alterada (“Lei das S.A.”). Mesa: Paulo Henyan Yue Cesena, Presidente; Graziela Galli Ferreira Barioni, Secretária. Ordem do dia: (i) Deliberar sobre ahomologação do aumento do capital social da Companhia; (ii) Aprovar a alteração do endereço da sede social da Companhia; (iii) Reformar o estatuto social da Companhia, de forma a adequá-lo à novacomposição acionária da Odebrecht TransPort S.A.; e (iv) Aprovar a manutenção da atual composição do Conselho de Administração da Odebrecht TransPort S.A.. Deliberações: Iniciados os trabalhos, osacionistas deliberaram, por unanimidade, lavrar a presente ata sob a forma de sumário, nos termos do artigo 130, parágrafo 1º da Lei das S.A., ressalvado o direito de apresentação de manifestações de voto eprotestos, os quais serão rubricados pela Mesa e ficarão arquivados na sede da Companhia. Em seguida, os acionistas passaram ao exame do item (i) da ordem do dia tendo aprovada, por unanimidade, ahomologação do aumento de capital social da Companhia, no valor de R$ 1.428.571.464,59 (um bilhão e quatrocentos e vinte oito milhões, quinhentos e setenta e um mil, quatrocentos e sessenta e quatro reaise cinquenta e nove centavos), mediante a emissão, para subscrição particular, de 32.525.276 (trinta e dois milhões quinhentas e vinte e cinco mil duzentas e setenta e seis) ações ordinárias, todas nominativase sem valor nominal. Dessa formal, o capital social da Companhia passou de R$ 182.141.540,00 (cento e oitenta e dois milhões, cento e quarenta e um mil, quinhentos e quarenta reais), divididos em 182.141.540(cento e oitenta e dois milhões, cento e quarenta e um mil, quinhentas e quarenta) ações ordinárias, todas nominativas e sem valor nominal, para R$ 1.610.713.004,59 (um bilhão, seiscentos e dez milhões,setecentos e treze mil e quatro reais e cinquenta e nove centavos), dividido em 214.666.816 (duzentos e quatorze milhões, seiscentas e sessenta e seis mil, oitocentas e dezesseis) ações ordinárias, todasnominativas e sem valor nominal. As ações ordinárias ora emitidas farão jus aos mesmos direitos assegurados às atuais ações ordinárias de emissão da Companhia, sendo assegurado a tais ações direito aorecebimento de dividendos integrais da Companhia relativos aos exercícios em que esta auferir lucros passíveis de distribuição. Em razão da deliberação acima, o caput do Artigo 4º do estatuto social daCompanhia passará a vigorar com a seguinte redação: “Artigo 4º – O capital social é de R$ 1.610.713.004,59 (um bilhão, seiscentos e dez milhões, setecentos e treze mil e quatro reais e cinquenta e novecentavos), dividido em 214.666.816 (duzentos e quatorze milhões, seiscentas e sessenta e seis mil, oitocentas e dezesseis) ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal.” Colocado em votação o item (ii)da ordem do dia, os acionistas aprovaram, por unanimidade, a alteração do endereço da sede social da Companhia da Avenida das Nações Unidas, nº 4.777, 5º andar – Sala 08, Alto de Pinheiros, São Paulo/SP,CEP 05477-000, para Rua Lemos Monteiro, 120, 8º andar, Parte A, Butantã, CEP 05501-050. Em razão da deliberação acima, o caput do Artigo 1º do estatuto social da Companhia passará a vigorar com aseguinte redação: “Artigo 1º – A ODEBRECHT TRANSPORT S.A. (a “Companhia”), é uma sociedade anônima, com sede e foro na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, localizada na Rua LemosMonteiro, 120, 8º andar, Parte A, Butantã, CEP 05501-050, que se regerá por este Estatuto e pela legislação que lhe for aplicável.” No que se refere ao item (iii) da ordem do dia, os acionistas presentesaprovaram, por unanimidade, a reforma do estatuto social da Companhia, de forma a adequá-lo à nova composição acionária da Odebrecht TransPort S.A. Dessa forma, o estatuto social da Companhia passaráa vigorar com a redação constante do Anexo I a esta ata. Por fim, com relação ao disposto no item (iv) da ordem do dia, tendo em vista que o BNDESPAR não indicou membro para compor o Conselho deAdministração da Odebrecht TransPort S.A. os atuais membros titulares e suplentes do mesmo foram mantidos em seus cargos. Cumpre registrar que posteriormente haverá uma nova Assembleia GeralExtraordinária da Companhia para deliberar sobre a composição do Conselho de Administração da Odebrecht TransPort S.A.. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, foi encerrada a Assembleia, lavrando-se a presente ata que, após lida e aprovada, foi assinada por todos os presentes. São Paulo, 26 de dezembro de 2013. Mesa: Paulo Henyan Yue Cesena; Presidente; Graziela Galli Ferreira Barioni, Secretária.Acionistas presentes: Odebrecht S.A. e Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FI-FGTS. Certifico que este extrato confere com a ata, lavrada em livro próprio, da Assembleia GeralExtraordinária da Odebrecht Transport S.A. realizada em 26 de dezembro de 2013. São Paulo, 26 de dezembro de 2013. Graziela Galli Ferreira Barioni, Secretária. Junta Comercial do Estado de São Paulo.Certifico o registro sob o nº 28.157/14-0, em 17/01/2014. Gisela Simiema Ceschin, Secretária-Geral. Anexo I à Ata de Assembleia Geral Extraordinária da Odebrecht TransPort S.A., realizada em 26 de dezembrode 2013. Novo Estatuto Social da Companhia – Estatuto Social da ODEBRECHT TRANSPORT S.A. – Capítulo I – Nome, Sede, Objetivo e Duração. Artigo 1º – A ODEBRECHT TRANSPORT S.A. (a“Companhia”), é uma sociedade anônima, com sede e foro na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, localizada na Rua Lemos Monteiro, 120, 8º andar, Parte A, Butantã, CEP 05501-050, que se regerápor este Estatuto e pela legislação que lhe for aplicável. Parágrafo Único – A Companhia, mediante ato de sua Diretoria, pode abrir filiais, agências e escritórios, em qualquer parte do território brasileiro ou noexterior. Artigo 2º – A Companhia tem por objeto social: (i) a participação em consórcios ou no capital de sociedades que se proponham a desenvolver projetos, investir ou de fato operar ativos relacionados aosetor de infraestrutura de transporte e logística, incluindo rodovias, ferrovias, hidrovias, metrô, dutos, portos, aeroportos, infraestrutura urbana, mobiliário urbano, estacionamentos de veículos, meios depagamento, estações aduaneiras interior, portos secos e/ou centros logístico industrial aduaneiros; (ii) a operação de quaisquer desses ativos de infraestrutura, celebrando contratos de concessão de serviçospúblicos, projetos de parcerias público-privadas ou empreendimentos privados, atuando na cobrança dos serviços prestados, implantação, estudos ambientais ou outros, operação e manutenção doempreendimento, concessão ou parceria, podendo prestar serviços de consultoria, gestão e/ou supervisão no âmbito de tais atividades; e (iii) participar de consórcios ou de sociedades que explorem, direta ouindiretamente, quaisquer das atividades descritas nos itens (i) e (ii) acima. Parágrafo Único – A Companhia poderá exercer as atividades de seu objeto social no país ou no exterior, seja diretamente ou atravésde subsidiárias, ou através de participação em consórcios ou no capital de outras sociedades. Artigo 3º - O tempo de duração da Companhia é indeterminado. Capítulo II - Capital e Ações. Artigo 4º – O capitalsocial é de R$ 1.611.141.540 (um bilhão, seiscentos e onze milhões, cento e quarenta e um mil, quinhentos e quarenta reais), dividido em 214.676.573 (duzentos e quatorze milhões, seiscentas e setenta e seismil, quinhentas e setenta e três) ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal. Parágrafo 1º – Cada ação dará direito a um voto nas deliberações da Assembleia Geral. Parágrafo 2º – A Companhia nãopoderá emitir quaisquer valores mobiliários que não ações ordinárias, exceto se aprovado por acionistas representando a maioria do capital social. Artigo 5º – A subscrição e a integralização das açõesobedecerão aos seguintes critérios: (a) a importância mínima de realização inicial das ações que forem subscritas será aquela estabelecida em lei; (b) o prazo para integralização das ações subscritas será fixadopelo Conselho de Administração por ocasião de cada chamada de capital; e (c) a integralização de ações com bens, que não sejam créditos em moeda corrente, dependerá de aprovação da Assembleia Geral.Artigo 6º – Os acionistas terão preferência na subscrição de novas ações da Companhia na proporção da sua participação no capital social. Parágrafo Único – O prazo para exercício do direito de preferênciaserá de 30 (trinta) dias. Capítulo III - Órgãos Permanentes da Companhia. Artigo 7º – São órgãos permanentes da Companhia: (a) a Assembleia Geral; (b) o Conselho de Administração; e (c) a Diretoria.Capítulo IV - Assembleia Geral. Artigo 8º – AAssembleia Geral se reunirá, ordinariamente, nos 04 (quatro) primeiros meses que se seguirem ao término de cada exercício social, a fim de que sejam discutidosos assuntos previstos em lei e, extraordinariamente, sempre que os interesses da Companhia o exigirem. Parágrafo Primeiro –AAssembleia Geral será convocada pelo Presidente do Conselho deAdministraçãoou na forma da lei e presidida pelo acionista indicado entre os presentes que, por sua vez, deverá indicar, dentre estes, o Secretário. Parágrafo Segundo – A convocação para a Assembleia Geral se fará pelaimprensa, observadas as disposições legais. Independentemente das formalidades de convocação, será considerada regular a Assembleia Geral a que comparecerem todos os acionistas. Artigo 9º –O acionistapoderá fazer representar-se por procurador, respeitadas as disposições da lei. Artigo 10 – Depois de assinarem o Livro de Presença, os acionistas escolherão o Presidente e o Secretário, os quais dirigirão ostrabalhos da Assembleia Geral. Artigo 11 – Compete à Assembleia Geral, além do quanto previsto na Lei das S.A., deliberar sobre: a) abertura de capital da Companhia e/ou IPO da Companhia; b) início outérmino de dissolução, falência, liquidação, recuperação judicial ou extrajudicial da Companhia ou de qualquer sociedade controlada; c) avaliação e aprovação prévia de programas de outorga de opção decompra ou subscrição de ações aos administradores e/ou funcionários da Companhia, ou, ainda, aos administradores e/ou funcionários de suas controladas, que representem mais de 4% (quatro por cento) docapital social total da Companhia; d) redução de capital da Companhia; e) fusão, transformação, cisão ou incorporação (inclusive de ações) da Companhia, incorporação (inclusive de ações) pela Companhia ouqualquer reorganização societária com efeito equivalente envolvendo a Companhia; f) resgate de ações da Companhia, conforme proposta do Conselho de Administração; g) participação da Companhia emgrupos de sociedades, conforme artigo 265 da Lei das S.A.; h) emissão de debêntures conversíveis em ações, ações preferenciais ou de quaisquer outros títulos conversíveis em ações da Companhia; e i)destituição de membros do Conselho de Administração da Companhia. Parágrafo Único – As deliberações da Assembleia Geral, ressalvadas as exceções previstas em lei, no presente Estatuto Social e emeventuais acordos de acionistas, serão tomadas por maioria simples de votos. Capítulo V - Conselho de Administração. Artigo 12 – O Conselho de Administração da Companhia é composto por até 11 (onze)membros e respectivos suplentes, sendo 1 (um) Presidente e 1 (um) Vice-Presidente, eleitos pela Assembleia Geral da Companhia, com mandato unificado de 1 (um) ano, sendo permitida a reeleição. Artigo 13– O Conselho de Administração elegerá, entre seus membros, o seu Presidente e Vice-Presidente. Artigo 14 – Os membros do Conselho de Administração serão empossados mediante assinatura de termo deposse lavrado no Livro de Atas de Reuniões do Conselho de Administração e permanecerão em seus cargos até a posse de seus substitutos. Artigo 15 – Os membros do Conselho de Administração exercerãosuas funções até a eleição e posse de seus substitutos, a não ser em caso de renúncia durante o prazo de mandato. Artigo 16 – Em suas ausências ou impedimentos temporários, os membros do Conselho deAdministração, inclusive seu Presidente, serão substituídos pelos seus respectivos suplentes. Na ausência ou impedimento temporário do Presidente e de seu suplente, o Presidente indicará, entre os demaismembros do Conselho de Administração, quem o substituirá mediante representação na presidência do Conselho de Administração. Artigo 17 – No caso de vacância, será convocada a Assembleia Geral, dentrode 30 (trinta) dias, para eleger o titular que deverá cumprir o restante do mandato do substituído. Artigo 18 – O Conselho de Administração se reunirá ordinariamente, no mínimo, a cada 03 (três) meses e,extraordinariamente, sempre que convocado pelo Presidente, seu suplente ou por quaisquer 02 (dois) de seus membros. Parágrafo 1º – Ressalvado o disposto em acordo de acionistas arquivado na sede daCompanhia, entre o dia da convocação e o dia da realização da reunião extraordinária do Conselho de Administração, correrão, no mínimo, 12 (doze) dias-calendário, a menos que a maioria de seus membrosem exercício do Conselho de Administração fixe prazo menor, porém não inferior a 48 (quarenta e oito) horas. Parágrafo 2º – O Conselho de Administração somente deliberará com a presença da maioria deseus membros em exercício, admitida a representação de qualquer Conselheiro por qualquer membro titular ou suplente do Conselho de Administração por ele indicado, e as deliberações serão tomadas pormaioria de votos dos Conselheiros presentes à reunião, ressalvado o disposto emAcordo de Acionistas eventualmente existente e arquivado na sede da Companhia. Artigo 19 – A remuneração global anual dosadministradores da Companhia será fixada pela Assembleia Geral, cabendo ao Conselho de Administração a sua individualização. Artigo 20 – Compete ao Conselho de Administração: (i) aprovar políticas deaplicação geral da Companhia; (ii) aprovar a macroestrutura organizacional da Companhia; (iii) eleger e destituir o Diretor-Presidente e os demais Diretores da Companhia, estes últimos mediante proposiçãodo Diretor-Presidente, e fixar-lhes as respectivas remunerações, observado o limite geral estabelecido pela Assembleia Geral; (iv) fixar a orientação geral para negócios da Companhia; (v) aprovar ou alterar oPrograma de Ação da Companhia, a Política de Transações com Partes Relacionadas, o Regimento Interno do Comitê de Transações Estratégicas com Partes Relacionadas, a Política de Remuneração doConselho de Administração ou a Política de Assuntos Financeiros e Investimentos; (vi) acompanhar o desempenho do Diretor-Presidente e equipe na execução do Plano de Negócios da Companhia; (vii)submeter à Assembleia Geral propostas sobre fusão, cisão, incorporação envolvendo a Companhia, ou sua dissolução, e reforma estatutária; (viii) decidir sobre a constituição de outras sociedades, bem comoa aquisição, pela Companhia ou por quaisquer de suas subsidiárias, de participações em outras sociedades; (ix) autorizar a celebração de acordo de acionistas pelas sociedades controladas; (x) decidir sobrea aquisição ou resgate de ações da própria Companhia, para manutenção em tesouraria ou cancelamento, bem como a respectiva alienação, observadas as disposições legais e as normas editadas pelaComissão de Valores Mobiliários; (xi) decidir sobre a concessão de garantias, de qualquer valor, a quaisquer terceiros que não sejam sociedades investidas da Companhia, bem como sobre a concessão degarantias a suas sociedades investidas em valores superiores ao que vier a ser fixado pelo Conselho de Administração como competência da Diretoria, em reunião específica, ou em percentual superior àparticipação detida pela Companhia em tais sociedades investidas; (xii) escolher e destituir auditores independentes da Companhia; (xiii) fixar os limites dentro dos quais os Diretores poderão, sem a préviaautorização do Conselho de Administração, contratar empréstimos ou financiamentos, no país ou no exterior; (xiv) propor à Assembleia Geral a contratação de empréstimos e/ou capitalização, quando efetuadosatravés de emissão de títulos mobiliários conversíveis em capital da Companhia; (xv) deliberar sobre a assunção de obrigações em contratos de financiamento e/ou empréstimos que imponham restrições àdistribuição de dividendos ou à disponibilidade de ações da Companhia; (xvi) deliberar sobre a contratação de operações financeiras que contenham cláusula prevendo vencimento antecipado da dívida daCompanhia em caso de inadimplemento de obrigação de terceiros; (xvii) manifestar-se sobre as demonstrações financeiras e relatórios da administração ao final de cada exercício social, bem como sobre aproposta de distribuição do lucro líquido apurado e destinação de resultados e reservas; (xviii) aprovar a realização de investimentos de valor superior ao que vier a ser fixado pelo Conselho de Administraçãocomo competência da Diretoria, em reunião específica; (xix) decidir sobre a alienação, cessão ou oneração de bens do ativo não circulante ou alienação, cessão ou oneração de participações em sociedadesinvestidas, exceto no âmbito de operações de financiamento, quando o valor da operação ultrapassar de forma isolada ou agregada, em um mesmo exercício fiscal ou em um período de 12 meses, valor superiorao que vier a ser fixado pelo Conselho de Administração; (xx) aprovar a aquisição de bens e contratação de serviços de qualquer natureza fora do curso normal dos negócios; (xxi) decidir sobre qualquer contratoou transação entre a Companhia ou qualquer de suas sociedades investidas, de um lado, e, de outro, seu acionista controlador, qualquer pessoa que, direta ou indiretamente, controle, seja controlada por, estejasob controle comum ou esteja sob influência significativa do acionista controlador, ou qualquer administrador, membro do Conselho de Administração, diretores ou parentes até 2º (segundo) grau do acionistacontrolador ou de qualquer das pessoas referidas nesta alínea (xxi), desde que tal contrato ou transação envolva valor superior, de forma isolada ou agregada, a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos milreais) (considerado o ato isoladamente ou um conjunto de atos de mesma natureza e realizados num mesmo exercício social, ou no período de 12 meses, entre as mesmas partes); (xxii) aprovar o Regimentode Funcionamento do Conselho de Administração; (xxiii) autorizar a convocação, pelo Presidente do Conselho de Administração, de Assembleia Geral da Companhia; (xxiv) aprovar as matérias no âmbito dassociedades controladas e coligadas da Companhia que devam ser submetidas à aprovação do Conselho de Administração da Companhia; (xxv) alteração relevante nas políticas contábeis e práticas dedivulgação de informações da Companhia, exceto quando exigido por lei ou pelos princípios contábeis geralmente aceitos no Brasil; (xxvi) decidir sobre a concessão de empréstimos a terceiros que não sejamuma sociedade investida da Companhia; (xxvii) deliberar sobre reestruturações societárias, inclusive operações de incorporação, incorporação de ações, fusão, cisão ou transformação, em que qualquer dascontroladas da Companhia seja parte; (xxviii) apreciar a realização, por parte da Companhia, de operações estranhas ao seu objeto social; (xxix) propor o aumento de capital à Assembleia Geral, quandoconveniente; e (xxxi) aprovar de qualquer novo investimento pela Companhia ou por qualquer de suas controladas que não desenvolvam atividades operacionais, caso tal investimento implique o descumprimentode qualquer dos indicadores estabelecidos pelo Conselho de Administração ou em acordo de acionistas arquivado na sede da Companhia; (xxxii) caso qualquer dos indicadores mencionados na alínea (xxxi)acima seja descumprido e enquanto perdurar tal descumprimento, a aprovação ou realização de qualquer ato que implique saída de caixa da companhia ou de suas controladas que não desenvolvam atividadesoperacionais, excetuados: (i) os pagamentos ordinários referentes às despesas gerais e administrativas e de serviço de dívida (inclusive pagamento de juros e principal) da companhia ou de suas controladas,e (ii) pagamentos referentes a compromissos de investimento anteriormente assumidos por tais sociedades. Artigo 21 – Ao Presidente do Conselho de Administração, observado o disposto no Regimento deFuncionamento do Conselho deAdministração, compete: a) convocar e dirigir as reuniões do Conselho deAdministração; e b) convocar aAssembleia Geral, desde que autorizado pelo Conselho deAdministração.Artigo 22 – Ao suplente do Presidente ou, na sua ausência, a quem o Presidente indicar na forma do art. 16, compete substituir o Presidente em suas ausências e impedimentos mediante representação e, ainda,em caso de vacância, ocupar o cargo de Presidente até a eleição de novo titular. Capítulo VI – Diretoria. Artigo 23 – A Diretoria é composta de, no mínimo, 3 (três) e, no máximo, 9 (nove) membros, sendo umDiretor-Presidente e os demais Diretores sem designação específica, eleitos pelo Conselho de Administração. Artigo 24 – O mandato da Diretoria será de até 02 (dois) anos, permitida a reeleição. Parágrafo 1º– Os Diretores serão investidos nos seus cargos mediante assinatura de termo de posse lavrado no Livro de Atas de Reuniões da Diretoria. Parágrafo 2o – Os Diretores permanecerão em seus cargos, noexercício pleno de seus poderes, até a posse de seus substitutos. Artigo 25 – Nas ausências e impedimentos de qualquer dos Diretores, caberá ao Diretor-Presidente a indicação de seu substituto, entre osdemais Diretores. Parágrafo Único – O Diretor-Presidente poderá indicar, dentre os demais Diretores, seu substituto temporário em caso de ausências temporárias e impedimentos. Artigo 26 – Ocorrendovacância no cargo de Diretor, caberá ao Conselho de Administração eleger o substituto que exercerá o cargo pelo período remanescente do mandato. Caso a Diretoria seja composta de 07 (sete) ou maismembros, será facultado ao Conselho de Administração preencher ou não o cargo vago. Artigo 27 – Compete à Diretoria: a) a prática de todos os atos necessários ao funcionamento da Companhia, exceto osque, por lei ou por este Estatuto, sejam atribuição de outros órgãos; e b) elaborar o relatório anual da administração, as demonstrações financeiras e a proposta de destinação de resultado do exercício, a seremsubmetidas ao Conselho de Administração e à Assembleia Geral. Artigo 28 – Compete ao Diretor-Presidente: a) propor ao Conselho de Administração a macroestrutura organizacional da Companhia; b) definiro âmbito de responsabilidade e coordenar a atuação dos Diretores na execução do Programa de Ação do Diretor-Presidente para a Companhia que deve incluir, dentre outros itens, os objetivos empresariais eestratégicos de curto, médio e longo prazo e os orçamentos anuais e plurianuais da Companhia, e acompanhar a sua execução; c) representar a Companhia ativa e passivamente, em juízo ou fora dele, semprejuízo do disposto no Artigo 30 deste Estatuto; e d) convocar e presidir as reuniões da Diretoria. Artigo 29 – É facultado à Companhia nomear procuradores, devendo o instrumento respectivo ser assinadopor 02 (dois) membros da Diretoria. Parágrafo Único - As procurações deverão conter poderes específicos e, com exceção daquelas outorgadas a advogados para representação da Companhia em processosjudiciais ou administrativos, terão prazo de validade limitado a, no máximo, 01 (um) ano. Artigo 30 – Com as exceções constantes neste Estatuto, a Companhia só será obrigada pela assinatura conjunta de: a)02 (dois) Diretores; ou b) 01 (um) Diretor e 01 (um) Procurador ou 02 (dois) Procuradores com poderes específicos conferidos na forma do Artigo 29 deste Estatuto. Parágrafo 1o – Poderão ser assinados apenaspor 01 (um) Diretor, ou por 01 (um) dos Procuradores nomeados na forma deste Estatuto Social, os seguintes atos: a) endosso de cheques e ordens de pagamento para depósito bancário na conta da Companhia;b) autorização para movimentação da conta vinculada do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço; c) registro e emissão de documentos relacionados a assuntos trabalhistas, fiscais e alfandegários; e d)recebimento de quaisquer importâncias devidas, assinando os recibos e dando quitação. Parágrafo 2º – Em casos especiais poderão ser outorgados a 1 (um) só Diretor ou Procurador, poderes expressos paraa prática de atos especificados nos respectivos instrumentos, respeitada a regra do Artigo 29 deste Estatuto. Artigo 31 – A Diretoria se reunirá quando convocada pelo Diretor-Presidente. Parágrafo Único - ADiretoria poderá reunir-se com a presença de, no mínimo, a metade dos seus membros em exercício, sendo um deles o Diretor-Presidente ou seu substituto, na forma do Artigo 25, parágrafo único. Artigo 32– É vedado à Diretoria: a) contrair empréstimos em instituições que não sejam bancos que integrem a rede bancária oficial ou privada, no país ou no exterior, salvo mediante autorização expressa do ConselhodeAdministração; e b) a prática de atos de qualquer natureza relativa a negócios ou operações estranhas aos objetivos sociais, tais como a prestação de garantias a obrigações de terceiros, exceto às sociedadesinvestidas da Companhia ou se autorizado expressamente pelo Conselho de Administração. Capítulo VII – Comitê de Partes Relacionadas. Artigo 33 – A Companhia terá um Comitê de Partes Relacionadasde funcionamento permanente, composto por 3 (três) membros do Conselho de Administração da Companhia. Parágrafo 1º – As atribuições e funcionamento do Comitê de Partes Relacionadas obedecerão aodisposto na Política de Transações com Partes Relacionadas e em seu Regimento Interno. Capítulo VIII - Conselho Fiscal. Artigo 34 – O Conselho Fiscal, composto de, no mínimo, 3 (três) e, no máximo, 5(cinco) membros e seus respectivos suplentes, eleitos pela Assembleia Geral, funcionará de forma não permanente, na forma da lei. Artigo 35 – O mandato do Conselho Fiscal será de 1 (um) ano, permitida areeleição, sendo que a eleição deverá acontecer sempre por ocasião da Assembleia Geral Ordinária. Parágrafo Único - O Conselho Fiscal deverá adotar um Regimento próprio no qual serão estabelecidosprocedimentos sobre suas atribuições. Artigo 36 – Os membros do Conselho Fiscal terão a remuneração que lhe for estabelecida pela Assembleia que os eleger, observado, a respeito, o que dispuser a lei.Capítulo IX - Exercício Social, Demonstrações Financeiras e Distribuição de Lucros. Artigo 37 – O exercício social se inicia em 1º de janeiro e termina em 31 de dezembro de cada ano. Artigo 38 – Ao fimde cada exercício social, será levantado o balanço patrimonial e preparadas as demais demonstrações financeiras exigidas por lei. Parágrafo 1º – Do resultado do exercício, após as deduções dos prejuízosacumulados e das provisões para o Imposto de Renda, serão deduzidas, observados os limites legais, as participações dos Administradores e Empregados da Companhia, se e quando deliberado pelaAssembleia Geral, nos limites e formas previstos em lei. Parágrafo 2º – Do lucro líquido do exercício, aplicar-se-ão 5% (cinco por cento) na constituição da Reserva Legal, que não excederá de 20% (vinte porcento) do Capital Social, observado o disposto no parágrafo 1º do artigo 193 da Lei das S.A. Parágrafo 3º – Do lucro líquido ajustado, nos termos do artigo 202, inciso I, alínea “a”, da Lei das S.A., destinar-se-ão:(i) Aos acionistas um dividendo obrigatório não inferior a 25% (vinte e cinco por cento); e (ii) À Reserva de Realização de Investimentos um percentual de até 75% (setenta e cinco por cento), observado o limiteprevisto no artigo 199 da Lei das S.A. Parágrafo 4º – Fica facultado à Companhia o levantamento de balanços trimestrais e/ou semestrais; havendo lucro em tais balanços e no balanço anual, poderá haverdistribuição de dividendos, observadas as disposições da lei, por deliberação prévia do Conselho de Administração, vedada a distribuição “ad-referendum” pela Diretoria. Parágrafo 5º – O Conselho deAdministração poderá declarar dividendos intermediários à conta de lucros acumulados ou de reservas de lucros existentes no último balanço anual ou semestral. Parágrafo 6º – A Companhia, por deliberaçãodo Conselho de Administração, poderá pagar juros sobre o capital próprio aos seus acionistas, nos termos do artigo 9º, parágrafo 7º da Lei nº 9.249/95 e legislação pertinente, imputando-se o valor dos jurospagos ou creditados ao valor do dividendo obrigatório. Artigo 39 – Os dividendos e os juros sobre o capital próprio de que trata o parágrafo 6º do Artigo 37, atribuídos aos acionistas não renderão juros e, se nãoreclamados após 03 (três) anos a contar da data do início de pagamento de cada dividendo ou juros sobre o capital próprio, prescreverão em favor da Companhia. Capítulo X - Acordos de Acionistas. Artigo40 – A Companhia observará possíveis e eventuais acordos de acionistas que sejam arquivados em sua sede, na forma do Artigo 118 da Lei das S.A., sendo expressamente vedado aos integrantes da mesadiretora (incluindo o presidente) da Assembleia Geral ou do Conselho de Administração acatar declaração de voto de qualquer acionista signatário de acordo de acionistas, devidamente arquivado na sede social,que for proferida em desacordo com o que tiver sido ajustado no referido acordo. Parágrafo Único – As obrigações e responsabilidades resultantes de eventuais acordos serão válidas e obrigarão terceiros tãologo tais acordos tenham sido devidamente averbados nos livros de registro da Companhia. Os administradores da Companhia zelarão pela observância desses acordos e o Presidente da Assembleia Geral oudas reuniões do Conselho de Administração, conforme o caso, deverão agir de acordo com o estabelecido em lei. Capitulo XI – Arbitragem. Artigo 41 – Com exceção das controvérsias referentes a obrigaçõesque comportem, desde logo, execução judicial, todas as demais controvérsias resultantes deste Estatuto Social e suas disposições, da Lei das S.A. e demais normas aplicáveis à companhia, envolvendo aCompanhia, seus acionistas, Administradores e membros do Conselho Fiscal, incluindo quaisquer questões relacionadas à existência, validade, eficácia ou adimplemento contratual deverão ser, obrigatória,exclusiva e definitivamente, submetidas à arbitragem a ser administrada pela Câmara de Arbitragem do Mercado da BM&FBOVESPA (“Câmara de Arbitragem”), de acordo com o Regulamento de Arbitragem daCâmara de Arbitragem (“Regulamento de Arbitragem”), exceto pelos prazos, que serão contados em triplo. Artigo 42 – O tribunal arbitral (“Tribunal Arbitral”) será constituído por 03 (três) árbitros, sendo 01 (um)deles indicado pela(s) requerente(s), outro indicado pela(s) requerida(s) e o terceiro, que será o presidente do Tribunal Arbitral, indicado pelos 02 (dois) árbitros nomeados pelas partes. Caso estes não cheguema um consenso quanto ao terceiro árbitro, caberá ao Presidente da Câmara de Arbitragem nomeá-lo. O presidente do Tribunal Arbitral pode ou não ser membro do corpo de árbitros da Câmara de Arbitragem.Artigo 43 – Na hipótese de litisconsórcio, as partes litisconsortes deverão, de comum acordo, indicar um árbitro para compor o Tribunal Arbitral, mantendo-se a indicação dos outros dois árbitros em conformidadecom o artigo 42 supra. Na hipótese de os litisconsortes não entrarem em acordo com relação à indicação do árbitro que deve ser por eles indicado no prazo de 15 (quinze) dias a partir da notificação da Câmarade Arbitragem solicitando a nomeação do árbitro pelos litisconsortes, caberá ao Presidente da Câmara de Arbitragem nomeá-lo, na forma do Regulamento de Arbitragem, mantendo-se a indicação dos outrosdois árbitros em conformidade com o artigo 42 e o presente artigo 43. Na hipótese de procedimentos arbitrais envolvendo três ou mais partes com interesses distintos entre si, em que estas não possam serreunidas em blocos de requerentes e requeridas, tornando inviável a formação de litisconsórcio, os 03 (três) árbitros serão selecionados e indicados pelo Presidente da Câmara de Arbitragem, na forma doRegulamento de Arbitragem. Artigo 44 – Além dos impedimentos previstos no Regulamento de Arbitragem, nenhum árbitro designado de acordo com esta cláusula compromissória poderá ser funcionário,representante ou ex-funcionário de qualquer das partes ou de qualquer pessoa a ela ligada direta ou indiretamente, ou de proprietário de uma das partes ou de alguma pessoa a ele ligada direta ou indiretamente.Artigo 45 – A arbitragem terá sede na cidade de São Paulo, Estado de São Paulo. Artigo 46 – O idioma oficial para todos os atos da arbitragem ora convencionada será o português, sendo aplicáveis as leis daRepública Federativa do Brasil. O Tribunal Arbitral não poderá recorrer à equidade para resolução de controvérsias a ele submetidas. Artigo 47 – As partes declaram ter tomado conhecimento do Regulamentode Arbitragem, tendo concordado com todas as disposições ali contidas. O Regulamento de Arbitragem, conforme vigente nesta data, e as disposições da Lei n.º 9.307, de 23 de setembro de 1996, conformealterada (“Lei de Arbitragem”), integram este Estatuto Social no que lhe for aplicável. Artigo 48 – O procedimento arbitral prosseguirá à revelia de qualquer das partes, nos termos previstos no Regulamento deArbitragem. Artigo 49 – A decisão arbitral será definitiva, irrecorrível e vinculará as partes, seus sucessores e cessionários, que se comprometem a cumpri-la espontaneamente e renunciam expressamente aqualquer forma de recurso, ressalvado o pedido de correção de erro material ou de esclarecimento de obscuridade, dúvida, contradição ou omissão da sentença arbitral, conforme previsto no art. 30 da Lei deArbitragem, ressalvando-se, ainda, o disposto no Artigo 51, e o exercício de boa-fé da ação de nulidade estabelecida no art. 33 da Lei de Arbitragem. Se necessária, a execução da decisão arbitral poderá se darem qualquer juízo que tenha jurisdição ou que tenha competência sobre as partes e seus bens. Artigo 50 – A Parte que, sem respaldo jurídico, frustrar ou impedir a instauração do Tribunal Arbitral, seja por nãoadotar as providências necessárias dentro do prazo devido, seja por forçar a outra parte a adotar as medidas previstas no art. 7º da Lei de Arbitragem, ou, ainda, por não cumprir todos os termos da sentençaarbitral, arcará com a multa não compensatória equivalente a R$ 10.000,00 (dez mil reais) por dia de atraso, aplicável, conforme o caso, a partir (a) da data em que o Tribunal Arbitral deveria ter sido instaurado;ou, ainda, (b) da data designada para cumprimento das disposições da sentença arbitral, sem prejuízo das determinações e penalidades constantes de tal sentença. As Partes reconhecem que a multa oraprevista não será aplicável nas hipóteses previstas no Artigo 51. Artigo 51 – Os custos, despesas e honorários incorridos com o procedimento arbitral serão rateados entre as Partes em proporções iguais, atéa decisão final sobre a controvérsia a ser proferida pela Câmara de Arbitragem. Proferida a decisão final, a parte vencida deverá ressarcir, todos os custos, despesas e honorários incorridos pela outra parte,atualizados monetariamente com base na variação acumulada do IGP-M/FGV, calculado pro rata dies para o período compreendido entre a data em que os referidos custos, despesas e honorários tiverem sidoincorridos pela parte vencedora e a data em que o ressarcimento for efetivamente realizado e ainda, se for o caso, acrescidos de juros de 1% (um por cento) ao mês, calculados pro rata dies entre a data dadivulgação do laudo arbitral e a data em que o ressarcimento for efetivamente realizado. Caso a vitória de uma parte seja parcial, ambas arcarão com os custos, despesas e honorários incorridos, na proporçãode sua derrota, conforme decidido na sentença arbitral. Os honorários contratuais não poderão ser objeto de ressarcimento pela parte contrária. Artigo 52 -Sem prejuízo da validade desta cláusula compromissória,as Partes elegem, com a exclusão de quaisquer outros, o foro da Justiça Federal da Seção Judiciária de São Paulo, Estado de São Paulo, Brasil, quando e se necessário, para fins exclusivos de: (a) execuçãode obrigações que comportem, desde logo, execução judicial; (b) obtenção de medidas coercitivas ou procedimentos acautelatórios de natureza preventiva, provisória ou permanente, como garantia aoprocedimento arbitral antes da constituição do Tribunal Arbitral, sendo certo que após a sua constituição, caberá aos árbitros manter, revogar ou modificar tais medidas anteriormente requeridas ao PoderJudiciário; ou (c) obtenção de medidas de caráter mandamental e de execução específica, sendo certo que, atingida a providência mandamental ou de execução específica perseguida, restituir-se-á ao TribunalArbitral a ser constituído a plena e exclusiva competência para decidir acerca de toda e qualquer questão que tenha dado ensejo ao pleito mandamental ou de execução específica, podendo manter, revogar oumodificar tais medidas anteriormente requeridas ao Poder Judiciário. O ajuizamento de qualquer medida nos termos previstos neste Artigo não importa em renúncia à cláusula compromissória ou aos limites dajurisdição do Tribunal Arbitral. Artigo 53 - Antes da constituição do Tribunal Arbitral, o Presidente da Câmara de Arbitragem poderá consolidar procedimentos arbitrais que tenham causa de pedir ou objetocomuns, nos termos do Regulamento de Arbitragem. Após a sua constituição, o Tribunal Arbitral fica desde já autorizado a decidir sobre questões que se relacionem com este Estatuto Social, mas cujasobrigações constem de outros instrumentos, podendo, conforme o caso, proceder à consolidação de procedimentos de arbitragem que tenham sido instaurados posteriormente com fundamento nessesinstrumentos. A competência para reunião de procedimentos caberá ao Tribunal Arbitral que for constituído primeiramente, o qual deverá, ao decidir sobre a conveniência da consolidação, levar em consideraçãoque: (i) a nova disputa possua questões de fato ou de direito em comum com a disputa pendente; (ii) nenhuma das partes da nova disputa ou da disputa pendente sejam prejudicadas; e (iii) a consolidação nacircunstância não resulte em atrasos injustificados para a disputa pendente. Qualquer determinação de consolidação será vinculante às partes envolvidas nos procedimentos em questão. Artigo 54 – As Partesconcordam que a arbitragem deverá ser mantida em confidencialidade e seus elementos (incluindo-se, sem limitação, as alegações das partes, provas, laudos e outras manifestações de terceiros e quaisqueroutros documentos apresentados ou trocados no curso do procedimento arbitral) somente serão revelados ao Tribunal Arbitral, às partes, aos seus advogados e a qualquer pessoa necessária ao desenvolvimentoda arbitragem, exceto se a divulgação for exigida para cumprimento das obrigações impostas por Lei ou por qualquer autoridade reguladora, bem como para eventuais medidas judiciais nos termos da Lei deArbitragem, execução do laudo arbitral, medidas coercitivas ou procedimento cautelar. Capítulo XII - Disposições Gerais. Artigo 55 – A Companhia se dissolverá nos casos previstos em lei. Parágrafo Único– Em caso de dissolução extrajudicial da Companhia, compete à Assembleia Geral determinar o modo de liquidação, eleger o liquidante e o Conselho Fiscal para funcionar durante a fase de liquidação. Artigo56 – Os casos omissos neste Estatuto serão resolvidos pela Assembleia Geral e regulados de acordo com o que preceitua a Lei das S.A..

Pregão Presencial 05/2014José Francisco Martha, Prefeito Municipal de São Sebastião da Grama, leva ao conhecimento aoscredenciados no certame licitatório Pregão 05/2014, objeto: Aquisição de equipamentos e Materiaspermanentes, bem como ao público em geral que a fase de lances ocorrerá dia 19/02/2014, às 09:30horas, na Prefeitura Municipal de São Sebastião da Grama. Maiores informações poderão ser obtidaspelo Tel. (0XX19) 3646 9951, ou pelo e-mail: [email protected]

São Sebastião da Grama, 05 de fevereiro de 2014.José Francisco Martha

Prefeito Municipal

Prefeitura Municipal de São Sebastião da Grama

ALBERTI SERVIÇOS DE INFORMÁTICA LTDA., CNPJ nº 02.421.694/0001-66, Rua Comodoro, 144 - Jd.Santa Tereza, Embu das Artes/ SP, por seus sócios, DECLARA extinta a sociedade em 11/12/2013,conforme distrato social.

ALIMENTOS ANNIKA LTDA.-ME, CNPJ 04.522.534/0001-39, I.E. 116.204.126.112, estabelecida na Av. Cruzeiro do Sul,1.100, Lj 2.011, Santana, CEP: 03033-020, São Paulo, SP, comunica o extravio dos Equipamentos de ECFs (cupom fiscal),Modelo: NCR – ECF-IF 02-01, Fab: 00512001501, Versão 2.02, Autorização ECF 100587186 e Máquina Modelo NCR – ECF-IF 02-01, Fab: 00512001587, Versão 2.02, Autorização ECF 101870876, conforme Boletim de Ocorrência nº 69/2014 de05/02/2014 , não se responsabilizando pelo uso indevido de tais equipamentos.

DIGITAL FLEX LTDA. – EPP, torna público que requereu na CETESB a renovação da licença de Operação para atividade de serviços de confecção de Fotolitos, Clicheria e pré-impressão. Sita àRua Aracajú nº 80 - Núcleo Residencial Célia Motta – Barueri/ SP.

ABAPA SECURITIZADORA S.A.CNPJ/MF 19.560.224/0001-86 - NIRE 353.004.618-19Ata da 1ª (Primeira) Assembléia Geral Extraordinária

Data,Hora e Local:Aos 03 dias domês de fevereiro do ano de 2014, às 14:00 horas, na sede social localizada à Rua doGrito, n.º 387,sala 114, Ipiranga,CEP:04.217-000, na cidadedeSãoPaulo, EstadodeSãoPaulo.Convocação:sendodispensadaa convocação, nostermos do Parágrafo 4º, do Artigo 124, da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, face a presença confirmada de todos os acionistas.Presença: reuniram-se os acionistas da sociedade, representando a totalidade do capital social da Abapa Securitizadora S.A.:GuiaAsset Participações Ltda., representada neste ato por seu sócio administrador, José Antonio Floresi Guizardi; Luciane LorenzetiBordon e Antonio de Souza Baroni e Elias Navarro.Para presidir a Assembleia foi eleito por unanimidade o Sr.Antonio de SouzaBaroni, que aceitando a incumbência convidou amim,Elias Navarro para secretariá-lo, no que aceitei, assim se constituindo amesa edando-se início aos trabalhos.OrdemdoDia: I -Aprovar o Aumento doCapital Social; II -Análise da proposta daDiretoria daSociedadepara emissão de debêntures privada e Fixação das características das debêntures a serem emitidas e autorização para a Diretoria daSociedadeecelebrar a respectivaEscrituradeEmissão;e III-Outrosassuntosde interessedasociedade.Deliberações:I -Osacionistas,combase noCapital Social no valor deR$1.000,00 (mil reais), representado por 1.000 (mil) ações ordinárias nominativas, no valor deR$1,00 (um real) cada uma, totalmente subscritas e integralizadas, decidem aumentar o Capital Social da sociedade, que passará para R$999.000,00 (novecentosenoventaenovemil reais), queserá representadopor499.500 (quatrocentosenoventaenovemil equinhentas)ações ordinárias nominativas comdireito a voto com valor nominal deR$ 1,00 (um real) cada, e 499.500 (quatrocentos e noventa e novemil e quinhentas) açõespreferenciais comvalor nominal deR$1,00 (um real) cada, cujo aumento no valor deR$999.000,00 (novecentose noventa e novemil reais), emmoeda corrente e legal do país, a integralizar no prazo de 96 (noventa e seis) meses, a partir desta data,conformeboletimdesubscriçãoanexo.Opresenteaumento restouaprovadopelosacionistas, dandoassimnova redação, o caput doArt.5º do Estatuto Social, passando a ser o capital social de R$ 1.000.000,00 (ummilhão de reais), que será representado por 500.000 (qui-nhentas mil) ações ordinárias nominativas com direito a voto com valor nominal de R$ 1,00 (um real) cada, e 500.000 (quinhentas mil)açõespreferenciaiscomvalornominaldeR$1,00(umreal)cada,permanecendo inalterados todososseusparágrafos.II -OSr.Presidentepôsemvotaçãoaanálisedapropostadadiretoriaparaemissãode2.000 (duasmil) debênturessimples, nomontantedeR$2.000.000,00(doismilhõesde reais), ao valor unitário deR$1.000,00 (mil reais) cadauma, sendoaprovadapelosacionistaspor unanimidadea referidaemissão tendoas seguintes características:1)QuantidadedeDebênturesaseremEmitidas:Será emitido um total de 2.000 (duasmil)debêntures simples.2)NúmerodeSéries:Aemissão será realizada em01 (uma) série.3)ModoePrazoparaSubscrição e Integrali-zação: 3.1) As debêntures serão integralizadas no prazo de 96 (noventa e seis) meses, em moeda corrente ou em créditos possuídospelos subscritores contra a emissora, no ato da subscrição, nos termos do Contrato de Promessa de Cessão e Aquisição de DireitosCreditórios e outras Avenças. 3.2) As debêntures deverão ser subscritas no prazo máximo de 96 (noventa e seis) meses, contados apartir de 28 de fevereiro de 2014.4)Datade Início daEmissão:Para todos os efeitos legais, a data de início da emissão das debênturesserá 28 de fevereiro de 2014.5)Valor Nominal Unitário eValorTotal da Emissão:Na data de início da emissão prevista no item 4, asdebênturesrepresentativasdestaemissãoterãoovalornominalunitáriodeR$1.000,00(milreais),perfazendoomontantedeR$2.000.000,00(doismilhões de reais).A emissão será realizada em01 (uma) série, sendoqueonúmero deDebêntures a ser alocado a cada série serádefinidodeacordocomademandapelasdebêntures.6)Forma:Asdebêntures terãoaformanominativa,nãoendossável.7)Modalidade:Simples, não conversíveis em ações. 8) Espécie: As debêntures serão da espécie subordinada. 9) Vencimento das Debêntures: Asdebêntures desta emissão vencerão no prazo 120 (centro e vinte)meses, contado a partir da data de emissão estabelecida no item4, ouseja, vencerão em28 de fevereiro de 2024 data emque aEmissora deverá pagar ao(s) debenturista(s) o respectivo valor nominal, devi-damente atualizado de acordo com o estabelecido no item 12.10) Colocação:O lançamento das debêntures será privado, sem a inter-mediação de Instituição Financeira. 11) Preço de Integralização:O preço unitário para integralização das debêntures desta emissãodeverá ter o seu valor nominal fixado em R$ 1.000,00 (mil reais), atualizado na forma prevista no item 12, calculados a partir de 28 defevereiro de 2014 até as datas das respectivas integralizações.12) Base deRemuneração: a)Abase de remuneração do valor unitáriodas Debêntures será de 0,5% (zero vírgula cinco por cento), expressa na forma de percentual ao mês, base 30 (trinta) dias. 13) DosPagamentos:Os pagamentos a que fizerem jus os debenturistas serão efetuados pelaEmissorapreferencialmente através de depósitoemconta(s) corrente(s)bancária(s)emnomedo(s)debenturista(s), aser indicada(s)pelo(s)mesmo(s).14)JurosMoratórios:Ocorrendoimpontualidade no pagamento de qualquer quantia devida aos debenturistas, os débitos em atraso ficarão sujeitos a juros de mora de1,0% (um por cento) aomês emulta não compensatória de 2% (dois por cento) sobre o valor do débito, além da remuneração tal comoestabelecido no item 12, calculados desde a data de inadimplência até a data do efetivo pagamento, independente de aviso, notificaçãoou interpelação judicial ou extrajudicial. 15) Aquisição Facultativa: A Emissora poderá a qualquer tempo adquirir debêntures destaemissão que estejam em circulação, por preço não superior ao de seu valor nominal atualizado na forma prevista no item 12, observadoo disposto no parágrafo 2º, do art.55 da Lei nº 6.404 de 15 de dezembro de 1976, as debêntures objeto deste procedimento poderão sernovamente colocadasemcirculação.16)VencimentoAntecipado:Declarar-se-áantecipadamente vencidas todasasobrigaçõesobjetoda emissão de que trata o presente instrumento e exigir o imediato pagamento pelaEmissora do valor nominal atualizado, acrescido dejuros remuneratórios até a data do efetivo pagamento, na ocorrência dos seguintes fatos: 16.1) protesto legítimo e reiterado de títuloscontra a Emissora, cujo valor global ultrapasse R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais), salvo se o protesto tiver sido efetuado por erro oumá fé de terceiro, desde que validamente comprovado pela Emissora, se for cancelado ou ainda se forem prestadas garantias, emqualquer hipótese, no prazomáximo de 3 (três) dias de sua ocorrência; 16.2) pedido recuperação judicial ou extrajudicial formulado pelaEmissora; 16.3) decretação de falência da Emissora; 16.4) falta de cumprimento, pela Emissora de qualquer obrigação prevista naEscritura de Emissão, desde que não sanada em 30 (trinta) dias, contados a partir da data do recebimento do aviso escrito que lhe forenviado;ou 16.5) vencimento antecipado de qualquer dívida da EMISSORA, previstas na Escritura de Emissão.17) Publicidade:Todosos atos societários e decisões decorrentes desta emissãoquedequalquer formavieremaenvolver interesses dos debenturistas deverãoser veiculadosna formadeavisos, em jornais degrandecirculação.18)DecadênciadosDireitosaosDebenturistas:Osdireitos a jurosmoratóriosdecaemnahipótesedenãocomparecimentopara recebimentopelosdebenturistasdestaemissão,dosvalorescorresponden-tes a quaisquer das obrigações pecuniárias daEmissora, nas datas previstas na Escritura de Emissão ou em comunicado previamentepublicado.Em cumprimento ao item III daOrdemdoDia o Sr.Presidente ofereceu a palavra aos presentes para trataremde assuntos deinteresse social e, como ninguém semanifestou, os trabalhos foram suspensos pelo tempo necessário à lavratura da presente Ata.Rea-bertos os trabalhos, esta Ata foi lida e, de forma unânime, aprovada e assinada pelos presentes, que autorizaram sua publicação semassuas assinaturas, conforme Artigo 130, Parágrafo Segundo, da Lei 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Na qualidade de Presidente eSecretária da Assembléia, declaramos que a presente é cópia fiel da Ata original lavrada no livro próprio, São Paulo, 03 de fevereiro de2014. (a.a.) - Antonio de Souza Baroni - Presidente, Elias Navarro - Secretário. Antonio de Souza Baroni-Presidente de Mesa eAcionista,EliasNavarro-Secretário e Acionista,GuiaAsset Participações Ltda.-Acionista eLuciane Lorenzeti Bordon-Acionista.

20 DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

O Google está mostrando que a Internet das Coisas não é uma tendência passagei raJason Johnson, da August.

Coisas demaispara a internet das coisas

A promessa da nova tecnologia que permitirá a montagemda casa do futuro atrai investidores, mas ainda levanta muitas dúvidas.

Jenna Wortham*

Acasa do futuro –com-

pleta, com ajudantes

robóticos e eletrodo-

mésticos automati-

zados – é tema recorrente na

ficção científica, mas o mundo

da tecnologia está determina-

do a transformá-la em realida-

de. Em breve, qualquer coisa

entre produtos para o jardim e

acessórios para o banheiro se-

rá controlada por um simples

toque no smartphone. Antes

de colocar o pé em casa, o mo-

rador poderá desligar o siste-

ma de segurança, ligar o chu-

veiro ou pré-aquecer o forno.

O conceito de colocar sen-

sores em objetos do dia a dia e

conectá-los à internet, cha-

mado de Internet das Coisas

(IoT, na sigla em inglês), está

cozinhando em fogo baixo há

muitos anos. Entretanto, o

anúncio em janeiro de que o

Google pagou três bilhões de

dólares pela Nest, fabricante

de eletrodomésticos que po-

dem ser conectados à inter-

net, colocou uma espécie de

selo de qualidade nesse mer-

cado nascente.

"O Google está mostrando

que a Internet das Coisas não é

uma tendência passageira",

afirma Jason Johnson, executi-

vo-chefe da August, fabrican-

te de fechaduras inteligentes

controladas por um aplicativo

para smartphones. "Esse é um

setor legítimo e eu estou em-

polgado com o fato de que

grandes empresas o estejam

levando a sério".

Até o momento, muitos dos

maiores avanços foram feitos

por empresas pequenas. A

SmartThings, s tartup de

Washington, D.C., vende um

kit de pequenos sensores que

monitoram os níveis de umi-

dade e detectam movimen-

tos. A Canary, de Nova York,

conta seu principal executivo,

Adam Sager, trabalha com um

sistema de segurança por ví-

deo que envia alertas ao notar

mudança drástica na tempe-

ratura, na qualidade do ar, nos

movimentos.

E, conforme sugere o acor-

do com o Google, grandes em-

presas já estão se posicionan-

do para também se tornarem

parte desse cenário crescen-

te. Muitas empresas de TV a

cabo, incluindo a Time Warner

Cable e a AT&T, oferecem sis-

temas domiciliares conecta-

dos que incluem eletrodomés-

ticos e lâmpadas. Até mesmo

a rede varejista Staples vende

produtos como lâmpadas que

são controladas por um aplica-

tivo para smartphones.

A Apple, que não quis fazer

comentários, também parece

ter algum interesse na área. O

sistema AirPlay da empresa

permite que o iPhone se trans-

forme em controle remoto, por

exemplo. Além disso, a em-

p resa c r i ou pa ten tes de

softwares que controlam apa-

relhos secundários, o que po-

deria incluir uma série de pro-

dutos domésticos.

Nova ondaCapitalistas de risco tam-

bém estão pegando essa onda

e investiram quase US$ 500

milhões em produtos conecta-

dos e empresas do setor, des-

de o início de 2012.

A motivação por trás de to-

dos esses produtos é óbvia: o

mercado global para produtos

domésticos conectados pode

chegar a US$ 40 bilhões nos

próximos cinco a sete anos,

afirma Gene Munster, analista

da Piper Jaffray.

Porém, há mais que dinheiro

em jogo. Trata-se da chance

de conseguir um lugar na nova

onda tecnológica e, possivel-

mente, se tornar um nome fa-

miliar entre os produtos para o

consumidor, talvez o equiva-

lente à nova geração da Apple

ou da General Electric. Toda-

via, para que isso seja possí-

vel, cada um dos novos com-

petidores precisa superar

uma série de dificuldades pa-

ra atrair a atenção no mercado

instável dos consumidores.

Parte considerável do en-

tusiasmo inicial em relação

aos produtos conectados

com a internet foi direciona-

da aos artigos que podem ser

"vestidos", como relógios in-

teligentes ou sensores para a

prática esportiva. Esses apa-

relhos muitas vezes acompa-

nham os níveis de atividade

física ou medem os sinais de

saúde, exibindo batimentos

cardíacos ou níveis de pres-

são sanguínea.

Contudo, à medida que as

capacidades aumentam e os

preços caem, as possibilida-

des para aparelhos inteligen-

tes também se expandem pa-

ra outras áreas. Agora, existe

uma demanda para os produ-

tos em questão.

Um dos problemas a resol-

ver é que custa caro criar uma

casa conectada. Ao menos por

enquanto, os produtos "inteli-

gentes" custam muitas vezes

mais que os tradicionais. Por

exemplo, o detector de fuma-

ça e monóxido de carbono da

Nest custa US$ 129 dólares,

muito à frente de similares a

US$ 40 dólares ou menos. A

Nest estima que o termostato

de US$ 249 seja seu produto

mais popular, mas ele está

presente em menos de 1% das

casas americanas.

Muitas pessoas também re-

lutam com a possibilidade de

adicionar mais aplicativos e

serviços digitais a suas vidas.

Além disso, muitos dos produ-

tos que já estão no mercado

não são plenamente compatí-

veis, já que muitas empresas

brigam para se tornar o servi-

ço dominante.

Isso sem falar nos dados

que são gerados por muitos

desses aparelhos –um grande

número de informações. Al-

guns usuários podem achar

que os alertas e notificações

frequentes são sufocantes ou

difíceis de entender.

Uma boa chanceAinda assim, muitas empre-

sas acreditam que a gama am-

pla de produtos e a riqueza dos

dados possíveis sejam um

bom argumento de vendas e

que, com o tempo, os consu-

midores irão superar isso.

A ideia de digitalizar deter-

minadas partes da vida pes-

soal "atraiu um movimento de

pessoas que gostam de criar

métricas para todas as coisas

e analisar cada aspecto de

suas vidas para melhorá-la",

afirma Cédric Hutchings, exe-

cutivo-chefe da Withings, fa-

bricante de produtos médicos

e monitores de sono conecta-

dos à internet.

A Withings é uma sociedade

limitada e não compartilha da-

dos sobre vendas, mas seus

Daniel Rosembaum/The New York Times

Hawkinson, da SmartThings e Sager, da Canary (foto abaixo): muitos dos maiores avanços foram feitos por empresas pequenas como as deles.

fundadores afirmam que ela

tem "crescido rapidamente

nos últimos cinco anos".

Aparelhos inteligentes tam-

bém precisam enfrentar te-

mores acerca de segurança e

privacidade. Um hacker pode-

ria, teoricamente, alvejar uma

fechadura inteligente ou um

sistema doméstico de segu-

rança, por exemplo, e muitas

questões foram levantadas

acerca dos dados coletados

pelos produtos e que podem

ser utilizados pelas empresas

que os fabricam.

A August, a empresa que es-

tá trabalhando para criar as fe-

chaduras inteligentes, não fa-

rá envios até ter certeza de

que o sistema está completa-

mente livre de falhas. Embora

a empresa diga que dezenas

de milhares de pessoas fize-

ram pedidos, ela está retar-

dando o lançamento do siste-

ma para uma rodada de testes

vigorosos feita por pesquisa-

dores de segurança, que bus-

carão falhas de segurança no

s o ft w a re .

Apesar de todas as dúvi-

das, a indústria de tecnologia

continua confiante acerca

das possibilidades. A compra

feita pelo Google deixou isso

claro, e o acordo deixou arre-

piados empresários e inician-

tes que concorrem – a maio-

ria longe dos holofotes – p or

um espaço no mercado cres-

cente.

"Este é o ano da virada", diz

Alex Hawkinson, fundador e

executivo-chefe da Smart-

Things. "Uma afirmação tão

contundente quanto essa por

parte das grandes empresas

de tecnologia faz todo mundo

começar a pensar sobre o es-

paço. Os grandes nomes estão

começando a acordar para a

oportunidade e é provável que

ela se acelere".

Entretanto, Hawkinson

afirmou que embora a novi-

dade da compra feita pelo

Goog le o t enha de i xado

igualmente animado e per-

plexo, ele acredita que tem

uma boa chance, assim como

qualquer outro empreende-

dor. "O Google nasceu por

conta do conhecimento, não

da IBM. E quando a onda era

social, foi a vez do Facebook,

não do Google. Portanto, te-

mos isso a nosso favor e pre-

cisamos ver como as coisas

se desenrolam".

*The New York Times

Benjamin Norman/The New York Times

Pela África, a IBM começa a montar seu supercomputador.

AIBM começou a instalar

ontem o "Projeto Lucy",

seu sistema de

supercomputador Watson em

Nairobi, Quênia, dizendo que ele

ajudará a lidar com obstáculos

ao desenvolvimento da África

tão diversos quanto

diagnósticos médicos, coleta de

dados econômicos e pesquisa

de comércio eletrônico.

O sistema utiliza inteligência

artificial e pode analisar

rapidamente grandes

quantidades de dados e

entender linguagem humana o

bastante para conseguir manter

conversas sofisticadas. Ele

venceu humanos no programa

de perguntas e respostas da TV

"Jeopardy", em 2011.

Segundo a maior fornecedora

de serviços de tecnologia do

mundo, o Projeto Lucy – nome

que homenageia o fóssil

humano mais antigo já

descoberto, encontrado no leste

da África – levará dez anos e

custará US$ 100 milhões.

"Acredito que impulsionará

toda uma era de inovação para

os empreendedores aqui", disse

a presidente-executiva da IBM,

Ginni Rometty, para

re p re s e n t a n t e s .

A tecnologia permitirá que as

partes mais empobrecidas da

África "pulem" estágios de

desenvolvimento que não

conseguiram alcançar por

serem muito caros. Será como a

disseminação dos celulares, que

se espalharam pelo continente

em locais onde não existia

virtualmente qualquer linha

terrestre, compara Michel Bézy,

um professor de tecnologia

baseado em Ruanda que ajudou

a desenvolver o sistema

Watson. (Reuters)

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 21

Nº 502

Uma Volkswageneufórica com o Não há outra forma

para expressar omomento vividopela montadoracom a chegada doup!. Parece mesmoo surgimento deuma nova erapara a empresa.

CHICOLELIS

C O M PA C T O S

Mais um conceitodo Ford Ka. Agora

com 4 portas.

Oup! (assim mesmo,

com minúsculas e ex-

clamação) representa

o que o presidente da

Volkswagen no Brasil, Thomas

Schmall, classifica de a "nova era

da empresa no País". E o entusias-

mo demonstrado por toda a dire-

toria da montadora no lançamen-

to do novo carro não deixa dúvidas

quanto a isto. O up! transformou a

vida da alemã por aqui.

A apresentação mostrou uma

grande festa, totalmente fora dos

padrões da VW. Carros percorriam

uma pista desenvolvida em um

enorme galpão, que foi transfor-

mado em uma cidade, com seus

pontos de comércio. Atrás dos car-

ros, uma espécie de passeata,

com todos os tipos de pessoas, co-

mo grupos de jovens, persona-

gens de Guerra nas Estrelas, famí-

lias. Tudo ao som de músicas mo-

vimentadas. Algo nunca visto em

lançamentos da marca.

E o carro mostrou-se digno da

festa, com seu design moderno,

desenvolvido pelo brasileiro Mar-

co Pavone, e um motor 1.0 de três

cilindros capaz de se igualar aos

1.4 do mercado, com a vantagem

de ser mais econômico que seus

concorrentes. Um detalhe em seu

estilo é que ele não apresenta uma

grade frontal como todas as mar-

cas – incluindo a VW –mostram nos

seus modelos. Ele repete o mesmo

tipo de frente do Renault Twingo,

Honda Civic e outros dos anos 90.

Sem grade aparente.

O MOTOR – O propulsor é flex,

com 75 cv usando gasolina e 82 cv

com etanol. A rotação é a mesma

para ambos, 6.250 rpm. Equipado

com sistema e-flex, dispensa o

tanquinho de partida a frio. E, de

acordo com a marca, é o carro flex

mais econômico do Brasil, com

consumo de 13,2 km/l na cidade e

14,3 km/l na estrada, no modelo

com ar e direção assistida.

Este motor é o mesmo que equi-

pa o Fox, da mesma VW, lançado

em meados doano passado. Entre-

tanto, tanto aperformance quando

o consumo do up! se justificam pelo

menor peso do carro (910 kg) e sua

excelente aerodinâmica.

Ele oferece seis versões, que

custam de R$ 26.900, o take up!

com duas portas (o quatro portas,

R$ 28.900), a R$ 39.390 do black

up!, white up! e red up!, todos ape-

nas com quatro portas. No total,

são 46 combinações de cores e

acabamentos, incluindo seis tipos

de bancos e 10 cores externas. E

todos, como manda a legislação,

com air-bags e ABS.

DIFERENTE DO EUROPEU – O

nosso up! é diferente do modelo

que vem fazendo sucesso na Ale-

manha, França, Itália e outros 50

países pelo mundo. Ele é maior –

3,60 m (6,5 cm) de comprimento,

permitindo que seu porta-malas te-

nha capacidade para 285 litros,

30% mais em relação ao vendido

em outros países. E o porta-malas

tem uma sobre-tampa, útil para es-

conder objetos dos "amigos do

alheio". Outra diferença é que a

tampa traseira aqui tem a metade

em aço, enquanto lá fora é toda de

vidro. Aqui, o carro é para cinco pes-

soas, e na Europa, quatro. Mas ele

não aumentou na largura. No tan-

que de combustível, 50 litros ao in-

vés dos 35 litros do europeu.

Aqui, em razão das más condi-

ções das nossas vias e para evitar

up!

Aprimeira versão do

conceito Ka foi

apresentada no ano

passado, na versão hatch

(cinco portas), e agora a Ford

mostrou, ainda sem nenhum

componente – apenas

carroceria –, o modelo

quatro portas. Ambos

deverão ser lançados ainda

neste primeiro semestre.

Steven Armstrong,

presidente da Ford América

do Sul, justifica o surgimento

do novo carro pelo

crescimento das vendas no

segmento. Segundo ele, o

mercado de compactos

responde por 60% das

vendas de carros no Brasil,

sendo o modelo quatro

portas responsável

isoladamente por 20% do

total nacional.

Armstrong destacou

também que, ao lançar os

dois modelos, a Ford estará

antecipando em um ano o

seu plano de colocar o Brasil

como integrante do projeto

Ford de globalização, que

deveria ocorrer somente em

2015. Ou seja, todos os

modelos aqui vendidos

serão encontrados em

outros países do mundo,

como a Índia, por exemplo,

que teve apresentação do

carro também nesta

semana, no salão do

automóvel em Nova Déli.

O Motor será um trêscilindros? A Ford não

informou qual motor será

colocado no novo Ka, mas

especula-se que haveria

uma versão com propulsor

de três cilindros que a marca

vem desenvolvendo no seu

centro de pesquisas. Se não

confirmada esta informação,

o carro seria impulsionado

por um 1.6. A certeza é

que haverá uma versão

1.0, que representa um

alto índice de vendas

no segmento.

Ainda que a Ford não

tenha revelado o Ka quatro

portas por dentro, fotos

mostram que seu espaço

interno responderá pelo

conforto para seus

ocupantes. Uma novidade

no carro é o My Ford Dock,

segundo a fábrica, uma

maneira inédita de usar,

guardar e recarregar

aparelhos de celular, MP3

e GPS integrados ao

sistema de conectividade.

problemas, ele é dois centíme-

tros mais alto.

SEGURANÇA: O CAMPEÃO – O

up! é o primeiro carro 1.0 fabrica-

do no Brasil que recebeu cinco

estrelas para os ocupantes da

frente e quatro estrelas para as

crianças instaladas no banco tra-

seiro, segundo resultados do

crash test do La-

tin NCAP, organi-

zação que avalia

a segurança dos

veículos.

MAIS QUE O 1.4– Quando os en-

genheiros da VW

anunciaram que

a performance do

up! com seu mo-

tor 1.0 era melhor

que a maioria dos

m o d e l o s 1 . 4 ,

muita gente tor-

ceu o nariz. Mas,

andando no novo

carro, com seu

peso reduzido, foi

possível confir-

mar a afirmação.

Com direção eletromecânica,

ele é extremamente agradável

de conduzir e o motor responde

bem nos momentos de ultrapas-

sagens, mesmo com o ar-condi-

cionado ligado.

Um carroagradável de

ver e de andar.A falta da

grade podecausar

estranheza,mas é por

pouco tempo.D e n t ro ,

conforto paraquatro, maspode levar 5

pessoas. Ele éa aposta da

VW para umcrescimento

ainda maior.

A Ford apresentou nesta semana a versãosedan do conceito do compacto Ka, que

deverá chegar ao mercado em maio.

O motor 1.0, três cilindros,40 kg mais leve e maiseconômico que um quatrocilindros, tem melhorperformance que muito 1.4.

22 DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

TURISMO EM ALTARepública de San Marinosoma 32 mil habitantese quase 2 milhõesde visitantes por ano.

FAÇAS AS MALAS

San Marino, o minúsculovizinho da Itália.

Evan Rail*

Fotos: Dave Yoder/The New York Times Service

Acima, Guaita,uma das torres

de vigia quedefinem apaisagem

do pequenopaís; ao lado,

as lojas naturística

Cidade deMarino.

O país montanhoso de apenas 62 quilômetros quadrados,próximo da costa do Mar Adriático, desperta para o turismo.

Os picos recortados

dos Apeninos? Ver-

tiginosos. O Adriáti-

co? De azul-celeste

ao turquesa. A cozinha farta da

Emilia-Romagna? Deliciosa

como sempre. A descrição po-

de parecer a de férias ideais na

Itália. Mas se você estiver des-

frutando o cenário maravilho-

so e um ótimo sangiovese na

minúscula República de San

Marino, não comece a falar no

quanto adora viajar à Itália.

"Nós somos pequenos, mas

somos um Estado – um Estado

completamente independen-

te", disse Sabrina Giancecchi,

samarinesa que trabalha no

escritório de turismo do país,

quando perguntei a ela sobre a

relação de San Marino com o vi-

zinho tão maior, com o qual

compartilha o idioma e boa

parte da história. "Até os pri-

meiros anos do século passa-

do, era muito difícil chegar

aqui, principalmente no inver-

no, então nós ficávamos muito

isolados. Hoje as coisas estão

bem diferentes."

O turismo agora é um grande

negócio para San Marino, um

país montanhoso de apenas 62

quilômetros quadrados

c e r c a d o

p e l a s re-

giões italia-

nas da Emi-

l ia - Ro ma g-

na e Marche,

a poucos qui-

lômetros da

costa do Mar

Adriático. Em-

bora os cidadãos de San Marino

somem perto de 32 mil habi-

tantes, com outros 17 mil vi-

vendo no exterior, o número de

visitantes ao país se aproxima

de 2 milhões por ano. A capital,

a Cidade de San Marino, sofre

claramente com o excesso de

lojas de suvenires. Mas por bai-

xo das bugigangas, os viajan-

tes descobrem a beleza real e a

personalidade peculiar de um

país minúsculo.

Como parte de uma viagem

maior à Emilia-Romagna, pas-

sei alguns dias buscando a au-

tenticidade em San Marino. Em

parte tinha vindo visitar um

amigo italiano, Daniele, que se

mudou para lá para viver com a

namorada, Lucia. Decidi, po-

rém, explorar a região por con-

ta própria antes de encontrá-

los. Minhas primeiras paradas

foram nas três antigas torres

de vigia que definem a paisa-

gem de San Marino, e sobem

acima do pico mais alto dos

Apeninos no país, o Monte Tita-

no. Em uma tarde de tempes-

tade e neve, caminhei pelos

antigos baluartes, entrando na

primeira torre de vigia, chama-

da Guaita, e subi várias esca-

das de mão de madeira e esca-

darias raquíticas até chegar ao

nível superior. Daquele peque-

no cômodo, 19 janelas davam

vista a todas as direções, com o

azul do Adriático e o litoral de

Rimini claramente visíveis a

leste. Logo abaixo eu via várias

das nove cida-

des do país ,

c on h ec i da s

como "castel-

li" (castelos).

O que ficou

ainda mais óbvio

daquela altura era o que havia

garantido a independência de

San Marino ao longo dos sécu-

los: a própria gravidade. Esta, e

muitas armas; eu encontrei

exemplares maravilhosos na

segunda torre, Cesta, e seu Mu-

seu de Armas Antigas.

História - Depois de ficar bo-

quiaberto com a coleção de

alabardas, martelos de guerra

e estojos cheios com pistolas

para duelo e espadas, eu me

dirigi ao Museu do Estado para

ver exposições da história pri-

mitiva do país, incluindo o re-

centemente restaurado te-

souro de Domagnano, impres-

sionante coleção de joias pro-

v a v e l m e n t e u s a d a s p o r

mulheres nobres da corte de

Teodorico, o Grande, rei dos

ostrogodos, que viveu a pouca

distância da costa do Adriáti-

co. Em outra parede, um escu-

do de armas esculpido em pe-

dra tirado dos portões da cida-

de do século 14 mostrava as

três torres de vigia e a antiga

divisa: "libertà" (liberdade).

Segundo a tradição, a busca

por liberdade religiosa levou

originalmente à fundação do

país, quando um perseguido

talhador de pedras cristão,

San Marino, se instalou no

Monte Titano em 301, dando à

nação a reivindicação de repú-

blica mais antiga do mundo.

Desde então, as coisas foram

modernizadas, mas o sistema

de governo praticamente não

foi alterado nos últimos 800

anos. O país tem dois chefes

de Estado –ambos conhecidos

como "capitães regentes" – e

seu Parlamento é eleito exata-

mente como na Idade Média.

No dia seguinte, visitei Bor-

go Maggiore, antiga cidade al-

cançável pelo teleférico que

sobe e desce o Monte Titano.

Ao contrário da turística Cida-

de de San Marino, esta não ti-

nha turistas nem lojas para tu-

ristas. Descobri velhos bairros

charmosos, deslizei por mi-

núsculas vielas entre casas de

pedra, fotografei exemplares

do Fiat 500, com qualidade de

museu, estacionados na pra-

ça do mercado, e disse "buon-

giorno" a muitas velhinhas –

"zdore" no dialeto local.

À medida que o meio-dia se

aproximava, comecei a ficar

com fome. Um carteiro reco-

mendou um restaurante próxi-

mo, o Hostaria da Lino, e alguns

minutos depois eu estava sen-

tado. A firme e macia "strozza-

preti", espécie de massa tran-

çada, era feita no restaurante,

chegando com molho de toma-

te amanteigado com muita rú-

cula fresca e pedações de quei-

jo Grana Padano. Junto com a

pasta, um pratão de bife "ta-

gliata" coberto com cogumelos

aromáticos, e abençoei o car-

teiro de todo o meu coração.

Quando encontrei Daniele e

Lucia, San Marino já começara

a parecer um lugar delicioso,

mas levemente estranho. O

que dizer de um país cujo

Grande Prêmio de Fórmula 1 –

o GP de San Marino –acontece

em um país estrangeiro, bem

como sua regata anual? Um

país cujos selos valem apenas

para endereços domésticos?

E tem a questão da locomo-

ção. Para ver além da Cidade

de San Marino, dá para pegar

ônibus locais que rodam o

país, conhecidos como linhas

"domésticas". Ou se precisar

ir a um dos “castelli” d i s t a n-

tes, também pega-se um ôni-

bus "internacional" que segue

até Rimini, Itália, a menos de

16 quilômetros dali.

Contei algumas de minhas

observações a Daniele quan-

do o vi no dia seguinte, traba-

lhando na cozinha da minús-

cula pizzaria e restaurante de

Lucia, chamado Cacao, em

castello de Domagnano. "San

Marino é um lugar estranho",

ele respondeu sorrindo. "Nem

sei dizer se existe mesmo."

As velhinhas em Borgo Mag-

giore eram reais, bem como os

panoramas, a velha fortaleza

de pedra sobre o Monte Titano e

o “pas sat ell i” que Lucia então

colocava à minha frente – tiras

macias de massa fresca com al-

cachofra e pedaços macios de

peixe do Adriático –, um melho-

res pratos que comi durante a

viagem inteira.

Daniele traduziu o que eu

disse para um freguês na me-

sa ao lado. O homem integra-

va o Parlamento de San Marino

e queria saber o que um es-

trangeiro pensava de sua ter-

ra natal. Em outro país, encon-

trar um parlamentar em uma

pizzaria de bairro não seria im-

possível, só incomum. Já na

minúscula República de San

Marino, onde mais ele iria?

* New York Times News Service

ONE DORMIRHotel Joli: Viale Federico D’Urbino 36,

hoteljoli.sm. Recém-renovado, fora

dos portões da antiga Cidade de San

Marino. Diárias em torno de 100 euros.

Hotel Cesare: Via Salita alla Rocca 7,

hotelcesare.com. No coração da

Cidade de San Marino, quartos

estilosos e ótimo restaurante.

Diárias a partir de 100 euros.

ONDE COMERHostaria da Lino: Piazza Grande 47,

hostariadalino.com. No Borgo

Maggiore, serve deliciosa

massa feita na casa.

Cacao: XXV Marzo 12,

cacaoilristorantino.com. Em

Domagnano, pizza artesanal e

receitas clássicas da Romagna.

Uma praça sobre o Monte Titano (acima); e espadasno Museu de Armas Antigas em Cesta (à esq.).

O "strozzapreti" da Hostariada Lino.