Diário do Comércio
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Página 4
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Ano
90
- Nº 2
4.05
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23h
50
ISSN 1679-2688
9 771679 268008
24058
Cerco à ilhade escravidãocubana no Brasil
A refugiada Ramona Rodríguez (foto) escapou da ilhabrasileira em que 7.400 médicos cubanos são mantidosescravos de Havana, em desafio à Constituição doBrasil e a acordos internacionais. Um procuradorquer isonomia para o Mais Médicos, que paga a maiorparte dos salários para Cuba. O MP do Trabalho e oDEM buscam a solução, uma Lei Áurea. Pág. 5
Pedro Ladeira/Folhapress
Ante o contrato expostopela refugiada Ramona,concluiu o procurador
Sebastião Caixeta: otratamento aos cubanos
viola a lei no Brasil.
O PROCURADOR
O DEMPartido quer ação coletiva que
garanta a todos os médicoscubanos o salário integral
de R$ 10 mil pago pelogoverno brasileiro a médicos
de outras nacionalidades.
FOI UM RAIO!Enquanto o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico, Hermes Chipp, diz que um raio é
possível causa do apagão, a presidente Dilma reafirma: é preciso um sistema à prova de raios. Pág. 17
São Paulovai ter de sambar
sem abadásDecreto de Haddad proíbe também cordas que
separem trio elétrico do público. Afinal, oCarnaval é um "conjunto de manifestaçõesvoluntárias, não hierarquizadas, de cunhofestivo e sem caráter competitivo". Pág. 9
O assunto foisumariamente ignorado
no jornal cubano,que exaltou os rumos do
Mais Médicos.
Ramona? Que Ramona?
up!Volks em nova eracom novo carrode motor 1.0 e trêscilindros. Pág. 21
Divulgação
Dave Yoder/NYT
Vai pedir prisãodomiciliar. Pág. 7
P I Z Z O L ATOQU E RA ITÁLIA
San Marino é comouma pérola na Bota.Boa Viagem. P á g. 22
OS TURISTASTA M B É M Jennifer Lawrence e Amy Adms (foto), belas, densas,
são o elo dramático que sustenta o show de ChristianBale e Bradley Cooper em Tra p a ç a , o filme de hoje.
Arte, humor. Na tela, na música.
Sony Pictures/Divulgação
Há 50 anos, os Beatles pousavam na América.Para uma conquista eterna. Pág. 11
As corticeiras dePortugal combatem
os fungos e retomammercados do NovoMundo ocupados
pela rolha sintética(acima). Pág. 11
A rolhade cortiçar e s p i ra !
Arquivo DC
2 DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014
A ONDA É TIRARVOTO DE PEDRA
Joel Rodrigues/Estadão Conteúdo
Alguns movimentos sociais não escondem sua tristeza; o MST precisou ser acalmado esta semana pelo PT.José Márcio Mendonça
DILMA NA BERLINDA
A razão principal das criticasà presidente Dilma é mesmo
a sua total falta de tato no tratocom os políticos, os partidos,os sindicatos, os movimentos
sociais e os empresários.
Marina Silva vai estrear
como puxadora de voto
do candidato socialista.
É uma missão espinhosa
para a ex-ministra,
porque Eduardo Campos
segura a lanterninha
entre os candidatos .
ÔN I BU S : O PA P E L DA GCMO prefeito Haddad usou a queima de ônibus para
responsabilizar a PM e, por tabela, o governador Alckmin,
alegando que é competência do Estado garantir a ordem e
o direito dos cidadãos de ir e vir. Até onde sei a Guarda Civil
Municipal foi criada para colaborar na segurança dos
cidadãos , na proteção de bens e serviços quando for
necessário! Desconhecimento ou má fé do prefeito?
Marithza Ruiz- SP
JOSÉ MÁRCIO MENDONÇA
Já não é segredo para nin-
guém o desgosto, o des-
conforto, do núcleo políti-
co duro do PT com a presi-
dente Dilma Rousseff e, por ta-
bela com o prefeito Fernando
Haddad. O assunto já vazou
até em almoços em que esta-
vam presentes pessoas deste
acampamento, embora se-
jam simpáticas do petismo e
de confiança.
Por núcleo político duro do PT
entenda-se o grupo que se for-
ma em torno do ex-presidente
Lula, nas franjas do Instituto Lu-
la, e composto basicamente de
petistas históricos. Não confun-
dir com o núcleo político duro do
Palácio do Planalto nem com o
(ainda em formação) núcleo
político duro da reeleição. Lula é
a presença superior nesses
dois últimos, como consultor e
palavra decisiva no Palácio do
Planalto e como principal men-
tor da reeleição.
Arazão principal da quei-
xa não é, propriamente,
a respeito das políticas
oficiais e da condução do go-
verno, apesar de haver tam-
bém restrições pontuais neste
ponto. É por isso que, como já
aconteceu em meados de
2013, voltaram a circular nos
ares da capital da República
insinuações para a substitui-
ção imediata do ministro da
Fazenda Guido Mantega pelo
ex-presidente do Banco Cen-
tral, Henrique Meirelles.
A ida de Meirelles para o
posto teria, segundo seus de-
fensores, duas vantagens: (1)
daria um sinal para os agentes
econômicos privados, empre-
sários, mercado financeiro in-
terno e externo de que as pro-
messas de austeridade fiscal
de Dilma dos últimos tempos
vão ser cumpridas; (2) permi-
tiria mudanças no rumo da po-
lítica econômica, hoje critica-
da até por alguns economistas
conselheiros (ou que já o fo-
ram) da presidente.
Ébarulho que não deve
render, mas há a fuma-
ça, engrossada pela
presença de Aloizio Merca-
dante na estratégica Casa Ci-
vil. Brasília inteira sabe que
Mercadante estava no movi-
m e n t o p ró - M e i re l l e s d e
2012. É óbvio que se teme
que um reversão na econo-
mia prejudica governo e alia-
dos na urna.
Contudo, a razão principal
das criticas à presidente Dil-
ma é mesmo a sua "total"(esta
é a expressão usada em certas
rodas) falta de tato político.
Coisa que já era sabida há mui-
to, que incomodava, porém
não irritava tanto. Falta de tato
no trato com os políticos, os
partidos, os sindicatos, os mo-
vimentos sociais e o mundo
empresarial e financeiro de
um modo geral. Quando vie-
ram os idos de junho passado,
um pouco assustada e um
pouco acuada, Dilma faz mo-
vimentos de aproximação,
com todos esses parceiros e
parecia ter tomado gosto (ou
pelo menos se rendido à ne-
cessidade) pela coisa.
Aprevalência de um am-
biente de mal estar
mais ou menos genera-
lizado, aqui e lá fora, em diver-
sas camadas, mostra que não
funcionou para valer (se ele
aconteceu mesmo ou foi ape-
nas fachada) o abrandamento
político da presidente. Os par-
tidos estão de um modo geral
insatisfeitos – o guloso PMDB
mais do que todos – e a novela
da reforma ministerial está
cheia de ruídos perigosos para
a campanha. Alguns movi-
mentos sociais não escondem
mais sua tristeza; o MST , por
exemplo, precisou ser acal-
mado esta semana pelo PT.
Com os empresários não é
diferente. De público –com ra-
ras exceções – elogiam, dão
votos de confiança, todavia,
na prática, preferem esperar
para ver. O mercado financei-
ro e as bolsas, onde o dinheiro
dá o seu recado, está uma
montanha russa, mas com
tendência a apontar movi-
mentos mais para baixo que
para cima.
Repetindo o que foi dito aqui
em outro comentário, este
pessoal está cada vez mais co-
mo São Tomé, com tinturas de
São Francisco: quer ver para
crer e só entrega depois de re-
ceber (no caso, sinais confiá-
veis de uma política fiscal mais
austera e mais segura).
Lula, nosso animal políti-
co mais brilhante, sabe
que um clima desses,
mesmo que não aconteça ne-
nhum desastre, não é o me-
lhor para quem vai disputar
uma reeleição. A questão é co-
mo mudar, e em prazo curto,
uma personalidade forte co-
mo a da presidente.
JOSÉ MÁRCIO MENDONÇA
É J O R N A L I S TA E
A N A L I S TA POLÍTICO
EYMAR MASCARO
As candidaturas
presidenciais de
Dilma Rousseff
(PT), Aécio Neves (PSDB)
e Eduardo Campos (PSB)
devem crescer e ganhar
pontos nas pesquisas
quando Lula, Fernando
Henrique e Marina Silva
começarem a fazer a
campanha e a "vender"
a melhor imagem dos
candidatos na televisão.
A dúvida que ainda
rondava o PSB era sobre
o tititi de que Marina
poderia substituir
Campos na cabeça de
chapa, caso continuasse
alcançando o dobro do
índice de intenção de
voto do conquistado
pelo governador
pernambucano. Parece,
no entanto, que ao lançar
seu projeto de governo,
Eduardo Campos se
fixou como candidato
presidencial do partido,
com a difícil missão
de apear Dilma Rousseff
do poder.
Lula mostrou nas
últimas eleições que é
capaz de tirar votos da
cartola, sem ser mágico,
como ficou evidenciado
ao eleger candidatos-
postes que lançou por
livre e espontânea
vontade, sem dar
satisfações ao partido,
levando Dilma Rousseff
à presidência e Fernando
Haddad à prefeitura de
São Paulo.Já Fernando
Henrique não teve a
oportunidade de revelar
se ainda tem pique para
alavancar os candidatos
tucanos, porque foi
“c o n g e l a d o” nas eleições
de presidente e prefeito
da capital paulista pelo
candidato José Serra.
Nas duas
oportunidades, os
corneteiros do PSDB
convenceram Serra a
"esconder" FHC do
eleitorado, com o
argumento de que o ex-
presidente atravessava
uma fase de
impopularidade, que
mais tirava do que dava
votos ao candidato.
Marina Silva, por sua
vez, vai estrear
como puxadora de voto
do candidato socialista.
É uma missão espinhosa
para a ex-ministra,
porque Eduardo Campos
segura a lanterninha
entre os candidatos
nas pesquisas.
Fernando Henrique
deve insistir na tese de
que Aécio Neves tem
obrigação de vencer
os adversários em pelo
menos dois dos três
principais colégios
eleitorais do País - São
Paulo, Minas e Rio,
pela ordem- se quiser se
eleger presidente da
República. As três regiões
somam mais de 55
milhões de votos, quase
a metade do total de
eleitores : 132 milhões.
Pela lógica, o candidato
tucano será o mais
votado em seu estado,
Minas. Mas é duvidoso
que Aécio seja o mais
votado também em São
Paulo, apesar do apoio do
governador Geraldo
Alckmin, do esforço de
FHC e do suposto
empenho do arredio José
Serra.Ganhar em São
Paulo, com seus
32 milhões de eleitores,
é essenciall para
qualquer candidato.
Já no Rio, o PSDB
costuma levar uma
surra de votos do PT. O
Rio cataloga 10 milhões
de eleitores. Os tucanos
não devem esquecer
que Aécio Neves era
governador de Minas,
em 2010, quando Dilma
Rousseff venceu José
Serra no seu estado, nos
dois turnos.
Também Alckmin já
era governador paulista
em 2012, quando Lula
"plantou" um segundo
poste, desta vez,
"iluminando" a Praça do
Patriarca, sede da
Prefeitura, elegendo
Fernando Haddad
sucessor de Gilberto
Kassab. O que deixa o
tucanato de cabelo em pé
é que o problema da (in)
segurança pública em
São Paulo compromete o
prestígio de Geraldo
Alckmin, podendo
refletir-se na campanha
de Aécio no estado.
EYMAR MA S C A RO É
J O R N A L I S TA E C O M E N TA R I S TA
POLÍTICO
PresidenteRogério Amato
Vice-PresidentesAlfredo Cotait NetoAntonio Carlos PelaCarlos Roberto Pinto MonteiroCesário Ramalho da SilvaEdy Luiz KogutJoão Bico de SouzaJosé Maria Chapina AlcazarLincoln da Cunha Pereira FilhoLuciano Afif DomingosLuís Eduardo SchoueriLuiz Gonzaga BertelliLuiz Roberto GonçalvesMiguel Antonio de Moura GiacummoNelson Felipe KheirallahNilton MolinaRenato AbuchamRoberto Mateus OrdineRoberto Penteado de CamargoTicoulatSérgio Belleza FilhoWalter Shindi Ilhoshi
Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira ([email protected]). Editor de Reportagem: José Maria dos Santos([email protected]). Editores Seniores: chicolelis ([email protected]), José Roberto Nassar([email protected]), Luciano de Carvalho Paço ([email protected]), Luiz Octavio Lima([email protected]), Marcus Lopes ([email protected]) e Marino Maradei Jr. ([email protected]).Editores: Cintia Shimokomaki ([email protected]), Heci Regina Candiani ([email protected]), Tsuli Narimatsu([email protected]) e Vilma Pavani ([email protected]. Subeditores: Rejane Aguiar e Ricardo Osman.Redatores: Adriana David, Evelyn Schulke, Jaime Matos e Sandra Manfredini. Repór teres: André de Almeida, Karina Lignelli, KetyShapazian, Lúcia Helena de Camargo, Mariana Missiaggia, Paula Cunha, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli e Sílvia Pimentel.Editor de Fotografia: Agliberto Lima. Arte e Diagramação: José dos Santos Coelho (Editor), André Max, Evana Clicia Lisbôa Sutilo,Gerônimo Luna Junior, Hedilberto Monserrat Junior, Lino Fernandes, Paulo Zilberman e Sidnei Dourado.
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Esta publicação é impressa em papelcertificado FSC®, garantia de manejo florestalresponsável, pela S.A. O Estado de S. Paulo.
FALE CONOSCO
Fundado em 1º de julho de 1924
A falta de tato político da presidente Dilma está lhe valendo muitas críticas – vindas dos próprios petistas.
CRISE ENERGÉTICA?As autoridades do PT já ensaiam a dança da
chuva à vista da estiagem que jogou a níveis
"preocupantes" os reservatórios das hidrelétricas, além do
stress com o sistema de geração e transmissão de energia,
devido ao calor acima da média Afinal, após as críticas à
questão energética no período tucano, esperava-se que
não se repetisse a crise energética do ano 2000.
Sílvio Natal- SP
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 3
Para que serve a direita?
TOMBA MAIS UM HERÓI MENSALEIRO
DIREITA DES MAT ERI AL IZO U-S E POR COMPLETO E ATUALMENTE NÃO TEM SUBSTANCIALIDADE.
A esquerdaé a única forçarealmente existentena vida nacional.O único papelhistórico da "direita"nos dias atuais éser o nome do male isentar deculpas aquelesque o praticam.
NEIL
suando em bicasFerreira
OLAVO DE CARVALHO
Os dados da situação
são bastante cla-
ros. Quando o mes-
mo governo que
prepara, estimula e financia
arruaças emite um decreto
que lhe permite usar as Forças
Armadas para reprimi-las, e
quando, ao mesmo tempo, as
autoridades e os arruaceiros
se acusam mutuamente de
"direitistas", está na hora de o
cidadão avisado lembrar-se,
caso já os conheça, dos versos
de Antonio Machado:
"A distinguir me paro
las voces de los ecos,
y escucho solamente,
entre las voces, una."
Essa voz única é a da es-
querda nacional –o único mo-
vimento político que existe, o
único que tem um projeto,
a i n d a q u e c o n f u s o , e o s
meios de ação para executá-
lo. A "direita", de tanto esva-
ziar-se ideologicamente, de
tanto renunciar a toda identi-
dade própria, de tanto se
amoldar servilmente aos va-
lores, critérios e conveniên-
cias de seus inimigos, parece
ter alcançado finalmente o
seu ideal: desmaterializou-
se por completo e atualmen-
te não tem mais substanciali-
dade que a de um mero nome
feio, um xingamento usado
nas discussões internas da
e s q u e rd a .
Essa condição só não
equivale à perfeita ine-
xistência porque esse
nome feio tem uma função his-
tórica a cumprir, e a tem cum-
prido de maneira exemplar.
Sem ele, a esquerda, que
domina praticamente sem
oposição o Estado, a cultura, a
mídia, a educação e a mente
da sociedade, tendo mesmo a
seus pés todos os antigos oli-
garcas regionais que um dia
personificaram a "direita",
não teria como explicar para si
mesma e para a opinião públi-
ca por que ainda não conse-
guiu, com tantos recursos e
defrontando-se com tão pou-
ca ou nula resistência organi-
z a d a , c r i a r
neste país o
p a r a í s o d e
paz e de pros-
peridade so-
cialistas que
ela promete
há sete déca-
das.
N ã o t e r i a
como explicar
os setenta mil
h o m i c í d i o s
anuais, a dis-
tribuição or-
giástica de fa-
vores milioná-
rios aos altos
funcionários e
amigos do go-
verno, a cor-
r u p ç ã o a m-
pl iada até à
escala do in-
descritível, o
c re s c i m e n t o
galopante do
consumo de
drogas, a de-
s o r d e m e o
medo genera-
l i z a d o s , o s
horrores e ab-
j e ç õ e s d a
educação na-
cional e o en-
dividamento -
mons t ro de
u m p o v o a
quem todos
os dias se diz
que não deve
se preocupar,
porque tem
todas as con-
tas pagas (ver no endereço
h t t p :/ / d i n h e i r op u b l i c o . bl o g f o-lh a. uo l. com .b r/ 20 13/ 08 /3 1/ ju-ros - da-divida- consomem-tan-to -dinheiro-publico-quanto -a-educacao/).
Eis a função histórica que
cabe à palavra "direita".
Direi que é a de um bode
expiatório? Não, porque para
sacrificar um bode expiatório
é preciso um bode, não ape-
nas a palavra que o designa.
Na medida em que xingam
uma à outra de direitistas, a
esquerda "de cima" e a es-
querda "de baixo" – personifi-
cadas simbolicamente pela
presidente Dilma Rousseff e
pelos black blocks –, sem sa-
crificar nada mais que um ver-
bete de dicionário, se absol-
vem e se isentam da obriga-
ção de enxergar a miséria e a
vergonha que, em nome de
um socialismo que nem sa-
bem dizer qual seja, têm espa-
lhado por toda parte.
O que quer que ambas fa-
çam de errado, de torpe, de
criminoso, vai para a conta de
SXC
uma "direita" que, não existin-
do, também nada paga pelos
crimes que lhe imputam.
Mas o apelo a essa pres-
tidigitação vocabular
não funcionaria, não
teria credibilidade nem mes-
mo para esses artistas do au-
to-engano que são os militan-
tes de esquerda, se não hou-
vesse no quadro nacional al-
gumas coisas que, sem ser a
direita política, podem fazer
as vezes dela "ad hoc".
A primeira dessas coisas é
a burguesia. Ela existe e, co-
mo dizia Marx, tem interes-
ses objetivos a defender. O
fato de que essa classe só se
relacione com as autorida-
des na base dos afagos e bei-
jinhos, de que portanto veja
com horror a mera sugestão
de combatê-lo no campo po-
lítico, deve, nesse quadro,
ser negligenciado para que
se possa proclamar, com o sr.
Leonardo Boff, que "os atores
da direita estão bem posicio-
nados institucionalmente e
politicamente" e que para
desalojá-los é preciso dar to-
do apoio à sra. Dilma Rous-
seff – ou, com o deputado
psolista Ivan Valente, que pe-
la mesmíssima razão é preci-
so denunciar a presidente co-
mo uma reencarnação do ge-
neral Médici.
As duas hipóteses funcio-
nam igualmente bem: a única
força política existente se ab-
solve dos seus pecados, e a
inexistente, é claro, também
nada paga por eles.
Asegunda coisa que se
parece vagamente
com uma direita políti-
ca são os jornalistas e bloguei-
ros que criticam ao mesmo
tempo o governo e os arrua-
ceiros, a esquerda oficial e a
oficiosa. Sem nenhuma cone-
xão partidária, sem subsídios
de qualquer espécie e sem ne-
nhum plano nem mesmo hipo-
tético de tomada do poder,
eles são uma oposição mera-
mente cultural, sem meios
nem desejo de ação política.
Mas, como dizem o que pen-
sam, e o que pensam ecoa al-
guma insatisfação popular di-
fusa, é claro que as duas es-
querdas apontam neles a ar-
ma polêmica do interesse
capitalista e advertem que
são "uma ameaça às liberda-
des civis".
Dessa maneira a esquerda
governante é dispensada de
explicar sua aliança promís-
cua com a burguesia, a es-
querda arruaceira dispensada
de explicar sua aliança pro-
miscua com o governo, e a
burguesia assegurada de que
tudo o que faça de ruim em
parceria com o governo será
debitado na conta de jornalis-
tas sem um tostão furado no
bolso, que desprezam tanto a
ela quanto ao governo.
Ficam assim tranqüiliza-
das as consciências es-
querdistas de cima e de
baixo, bem como as de seus
aliados burgueses, felizes de
que aqueles que não a repre-
sentam de maneira alguma se-
jam apontados como seus re-
presentantes e castigados no
lugar dela sob esse pretexto.
Esse é o único papel histórico
da "direita" hoje em dia: ser o
nome do mal e isentar de cul-
pas aqueles que o praticam. A
indústria brasileira de alucinó-
genos verbais é uma das mara-
vilhas da tecnologia moderna.
OL AVO DE CA RVA L H O É J O R N A L I S TA ,E N S A Í S TA E P RO F. DE FILOSOFIA
Este é um texto de
ficção. Qualquer
semelhança com
situações e personagens da
vida real talvez não seja
mera coincidência; podem
estar relacionados de
alguma maneira com
a vida real. Não garanto;
nada é o que parece.
Não acredite em tudo
que lê, principalmente
naquilo que escrevo.
Só um pouquinho até peço
que acredite, mas não
exagere; deixe o exagero
por minha conta, que nisso
sou PhD Maxima Cum Laude.
O fato de ficção
que mais me impressionou
nesta semana, e a todos
que têm vergonha na cara
(como milhões de pessoas
que existem, como nunca
antes "neçepaíz";, só na
eleição de 2010 somamos
mais de 44 milhões), é que o
fugido guerrilheiro das
comprar bolsas de mais de
10 mil euros pra cima.
Depois, um almoço
ligeiro na Piazza
Navona, tida como a mais
bela do mundo, em frente da
riquíssima Embaixada do
Brasil, desprezada pela
Miss Piggy quando foi
assistira à posse do
Papa Chico de Deus.
Para esconder-se na
Toscana, nem pensar: só o
Claudio Carsughi, que mora
lá e trabalha na Jovem Pan.
Cidadezinhas de nada,
cheias de estátuas de
homens pelados e igrejas
cheias de túmulos de papas
e um certo desconhecido
Nicolò Machevelli.
Isso sem contar com
aquela casinha (térrea ?)
que abriga quase 300
retratos da Madona
Co´l Bambino, imagine só
que chatice, parede
por parede cheias da
mesma coisa. Teria dito
em Roma: "Conte
comigo fora dessa".
Mas tem a farmácia
secular em que
Hannibal Cannibal
Lecter adquiria a
fragrância com que
perfumava suas
cartas para a Clarice,
do FBI. Pizzolato
não tinha tempo
para essas besteiras
porque a luta
proletária é ação
em tempo integral.
A emergência dele,
que teve o heroísmo
testemunhado e alardeado
pelo portador de
semelhante munição para a
Revolução Democrática
Popular Sindicalista, foi o
recebimento de um saco
de supermercado cheio
de dinheiro confiscado das
forças direitistas
decadentes, imediatamente
transferido para suas burras
pessoais, e culminou na
compra de um apartamento
de luxo na zona sul do
Rio de Janeiro, para servir
de aparelho de sua (dele)
p ro p r i e d a d e .
O fato é ficção porque
se for extraditado pela
direita decadente que
domina a Itália, será
imediatamente solto pelas
autoridades sindicalistas,
paulatinamente investidas
de poder cada dia mais
poderoso, mas ainda não
Populares Democráticas –
você não perde por esperar.
Oassassino
re v o l u c i o n á r i o
italiano Cesare Battisti
foi condenado a ser
devolvido à direita
decadente da Itália
pelo ainda quase
independente STF, que
depois da injusta
condenação dos
mensaleiros, naquele
julgamento de exceção, está
cada vez mais cumpanhero;
a Câmara Federal e o
Senado já são cumpanheros,
alegadamente comprados
e pagos pelas fortunas
Mensaleiras.
Pizzolato, o gravatinha
borboleta ex-diretor do
Banco do Brasil, tombou
quando vivia clandestino
Itália, com documentos
falsos e dinheiro suspeito.
Lutava pelas forças
populares de um Brasil tão
necessitadas de heróis,
condenados pela direita
decadente em julgamento
de exceção.
Fará companhia aos
guerrilheiros tipo Dirceu
e Genoíno, no Panteão da
Glória Nacional. Torço para
que a Itália seja mesmo tão
direitista e decadente como
os populares democratas
sindicalistas a acusam
de ser. Que fique por lá para
curtir uma cana mais do
que heroica.
Ele foi condenado por
ter, revolucionariamente,
expropriado milhões de reais
do Visanet, ou em benefício
do partido político ao qual
pertence ou dele mesmo,
ou mezzo a mezzo –mezzo
aliche mezzo mussarela.
Já foi sentenciado;
que se cumpra a sentença
do "Julgamento de Exceção"
a que foi injustamente
submetido. O Julgamento foi
de "Exceção" mesmo, houve
a exceção de um – Oi zum
zum zum tá faltando um.
Suei em bicas pra
terminar este texto,
mas o calorão eu sei do
que se trata: culpa do FHC.
Atrasei barbaridade o envio
deste texto para redação
porque o Apagão de energia
que castigou 11 Estados e 6
milhões de pessoas e rondou
a minha casa, sei também do
que se trata: culpa do FHC.
Só não puseram
nas costas do FHC as
escapadelas noturnas de
moto da Miss Piggy,
emulando François
Hollande, que li no Augusto
Nunes ou Reinaldo
Azevedo – ou outro jornalista
que respeito e acredito,
mas que li, li.
Parem o mundo pro FHC
descer e descansar o
lombo um pouquinho de
tanta chibatada injusta,
agora que supostamente
está em lua de mel.
Se ele não descansara pra
suar a camisa, o partido dele
vai tomar uma sova braba
daqui a pouco, em outubro;
Deus nos livre e guarde,
amém Jesus todos nós.
NEIL FERREIRA É PUBLICITÁRIO
forças populares da
República Democrática
Popular Sindical
Mensaleira, cumpanhero
Pizzolato, tombou no exílio
forçado na Itália.
Ele vivia no auge da
sua luta em prol da
emergência econômica dos
emergentes cumpanheros,
principalmente a
emergência econômica dele
mesmo, flanando em Roma –
das escadarias da Piazza
d´Espagna, emendando o
passeio pela Via Del Corso,
com um pit stop naquele
café que é tido como o mais
antigo da cidade, aberto
por um grego há mais ou
menos uns 200 anos, para
olhar, com uma xícara de
algum café raro na mão,
no outro lado da rua,
a fila de cumpanheras dus
cumpanheros, pra
entrar na loja Prada e
Reprodução
4 DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014
[email protected]������ ����� �����
�����
Colaboração:
Paula Rodrigues / Alexandre Favero
MAIS: a carnavalesca RosaMagalhães criou num carroum efeito especial: homensentram, de repente, numarmário e saem travestidos.
MISTURA FINA
Fotos: Inez Lamsweerde & Vinoodh Matadin
Trabalhoescravo
Primeiracapa
��� Gisele Bündchen é capa erecheio (em ensaio com dosede sensualidade) da revistabimestral Porter, do e-commerceNet-a-porter, que chega às
bancas internacionais. Na chamada de capa, a história demodelo brasileira é anunciada: A Vida Privada de uma Mulherde US$ 300 milhões. É a primeira edição física da loja virtual eas leitoras poderão tirar fotos das roupas e acessórios quegostar e um aplicativo a levará direto ao site de compras. O e-commerce já é famoso por sua revista digital lançada em 2000.
��� Eles estão debutando nacapa de revistas e, seguindoa tendência, aparecem compouca roupa, dando receitas deseu bom físico e em publica-
ções voltadas para saúde. Juliana Paiva, 20 anos (esquerda),está Boa Forma e é a mocinha de Além do horizonte: malha,gosta de staud up paddle e agora, está adorando remar. Já CamilaCamargo, 28 anos, filha de Zezé di Camargo e irmão de Wanessa,está em Corpo a Corpo e estreando na Globo em Em Família:“Já tentei tudo e continuo fazendo tudo: o que vale é o equilíbrio”.
Contra feudo��� Pecuaristas de Goiás e regiões vizinhas estãose unindo para enfrentar a ação quase predatóriaque João Batista, o Junior Friboi, vem utilizandopara comprar todas as cabeça de gado e acabarditando o preço da carne no Brasil, especialmenteno Centro-Oeste. Junior não esconde que usará
todo o poder financeiro do grupo para se eleger governador de Goiás.Os pecuaristas denunciam a tentativa da família de “criar um feudo” naregião. A propósito: o ator Tony Ramos acaba de renovar ser contratocom a Friboi, com o mesmo cachê do primeiro, ou seja, R$ 3 milhões.E Junior Friboi está em terceiro lugar nas pesquisas.
��� O pedido de asilo damédica cubana Ramona MatosRodriguez, do programa MaisMédicos, pode se transformarem poderosa arma da oposição
na campanha presidencial. Ela argumenta que foi vitima de“trabalho escravo no Brasil”, apresentando contrato assinado coma Sociedade Mercantil Cubana Comercializadora de ServiçosMédicos, na contramão do discurso do governo petista, quesempre afirmou que o contrato tinha a intermediação da Organiza-ção Mundial da Saúde. Ramona sente-se enganada: nunca lhedisseram que os demais médicos ganhariam R$ 10 mil mensais.Para ela, eram US$ 400 aqui e mais US$ 600 quando retornasse.
“Envelhecer é uma tragédia. De que adianta cabeça boa, se o corpoestá caindo? De que adianta mente ótima e b... caída?”
Exportandogolpes��������������� Matéria do jornal argentino La Nación (já dedicou outras aomesmo assunto) fala sobre a onda de assaltos e golpes quecresce a cada dia especialmente em Buenos Aires e que “jáfazem parte do cotidiano dos brasileiros de São Paulo e Rio deJaneiro”. No começo, eram apenas os punguistas, que atuavamnas plataformas de metrô; depois, começaram os furtos debolsas de mulheres nas ruas da cidade, mais ainda em artériasmovimentadas como a famosa Calle Florida. Agora, novidadesão os telefonemas simulando seqüestro de algum parente –e que, na realidade, são fictícios. E o La Nación não resiste:“São novos golpes exportados pelo Brasil”.
SempreGisele
LUCIANA GIMENEZ // 44 anos, preocupada com o avanço de sua idade.
IN OUT�
�
Poucas pérolas.Muitas pérolas.
O enredo da mangueiraé Um Conto Potiguar:Natal na Copa do Mundo,onde cabe tudo, até ho-menagem a Parada Gay.
Unindo forças��� O vereador Ricardo Young,ex-PV e hoje no PPS, serácandidato ao governo de SãoPaulo e poderá ganhar umaaliança do PSB e do grupo RedeSustentabilidade. Ou seja: teriaEduardo Campos e Marina Silva,ex-companheira do PV, em seupalanque. O staff de GeraldoAlckmin perderia o apoio dossocialistas. Só que pesquisasinternas do PSDB indicam quemaior número de candidatosao governo paulista acabariabeneficiando Geraldo Alckmin.
APOSENTADO��� O nome de HenriquePizzolato surgiu no escândalodo mensalão em junho de 2005quando a secretária de MarcosValério, Fernando KarinaSomaggio (hoje, ela mora numsitio no interior de São Paulo), omencionou em depoimento noConselho de Ética. Garantiuque ele era muito chegado aopublicitário mentor do esquema.Depois, antecipando sua queda,em julho do mesmo ano, pediusua aposentadoria no Banco doBrasil. De lá para cá, recebepontualmente, seu beneficio.
Quem ajudou��� O jantar que aconteceráhoje em Ribeirão Preto, interiorde São Paulo, organizado pelousineiro Maurílio Biaggi, queconvocou empresários daregião para conhecerem melhoro candidato Alexandre Padilha,teve uma ajuda e tanto: comdiscrição, quem telefonou paraos poderosos da região foi o ex-ministro Antonio Palocci, que jáfoi prefeito da cidade. Paloccinão estará presente, Lula estarálá e quer que Biaggi aceite service de Padilha na corrida aogoverno de São Paulo.
BEM-AMADO��� A revista Junior, dedicadaao público gay, acaba de elegero modelo e repórter do TVFama, Franklin David, como ohomem mais sexy do Brasil.Na enquete promovida pelapublicação, ele venceu o atorCaio Castro por uma diferençade apenas 0,3% dos votos. Nalista também figuravam nomescomo Cauã Reymond, MateusSolano, Malvino Salvador eoutros tantos. Detalhe: oprefeito de São Paulo, FernandoHaddad, teve quatro votos.
Família unida��� A família Tatto quer aumen-tar sua participação na política.Conta com dois vereadores emSão Paulo, Arselino e Jair, alémde um deputado estadual, Enio.Deputado federal e muito ligadoa Marta Suplicy, Jilmar Tattoocupa a Secretaria de Transpor-tes do prefeito Fernando Haddade virou expert em transito.Ele deve permanecer nocargo e outro irmão, NilsonTatto, deve sair candidato àCâmara Federal.
Área de tradição��� O endereço que o presi-dente francês François Hollandeelegeu para encontrar suaamante, a atriz Julie Gayet, naRue du Cirque, em Paris, não énovidade no mundo das aventu-ras sexuais dos governantes. Arevelação está no livro A Sagados Amantes, do historiadorJean des Cars. Era ali que,em 1848, o então presidenteNapoleão, que se tornaria oimperador Napoleão III, faziade tudo com sua amante, amilionária inglesa (e tambématriz) Miss Howard. O livro deJean já está na quarta edição,poucas semanas depois deter sido lançado.
TROCA-TROCA��� Como a ministra Maria doRosário, de Direitos Humanos,deve deixar o cargo paraconcorrer, no Rio Grande doSul, a uma cadeira na CâmaraFederal, até se cogitou o nomede Ideli Salvatti para seu posto.Agora, contudo, o nome daministra Eleonora Menicucci(Mulheres) ganha maior fôlegopara o lugar. Ela é amiga deDilma, esteve presa com elano presídio Tiradentes, em1971 e foi sua colega defaculdade em Belo Horizonte.É totalmente a favor do aborto.
��� DILMA Rousseff afastou ogeneral Gonçalves Dias, chefede segurança pessoal de Lulaem 2012, mas poderá chamá-lode volta. Ficou muito assustadacom protestos quando chegavaà Arena das Dunas, em Natal.Os carros da comitiva foramapedrejados e os manifestanteschegaram muito perto dosveículos.
��� A DEMORA do presidentedo Supremo, Joaquim Barbosa,em assinar a ordem de prisãode João Paulo Cunha, fez comque o mensaleiro desseprejuízo dos cofres públicos deR$ 32,2 mil só em janeiro. É asoma do salário de deputado(R$ 26,7 mil), mais R$ 5,5 milusados de verba de gabinete. Eenquanto Cunha não renunciarou for cassado, continuarárecebendo seus vencimentosda Câmara Federal.
��� AS NOVAS pesquisas doIbope para a Presidência daRepública incluirão o nome dovice-presidente do PSC, pastorEveraldo Pereira. CarlosAugusto Montenegro, dono doinstituto, acredita que, mesmonanico, o partido com oevangélico pode surpreendernas urnas.
��� A BRIGADERIA, umfenômeno na área de gulosei-mas tipicamente brasileiro,vai abrir sua primeira filial emMiami e até o final do ano,abre mais uma, em Nova York.Cada docinho, com cara deBrasil, custa R$ 4 e os saboressão os mais surpreendentes.
��� TAMBÉM André Ramos eBruno Chateaubriand, juntos há16 anos, resolveram oficializara união, mês que vem: acerimônia será no 6º andar doCopacabana Palace e festadepois, na Gávea.
��� QUEM diria: na gravaçãode seu programa de culináriano canal Fox, esta semana,Palmirinha Onofre, 82 anos,pediu um selinho ao convidadoAlexandre Frota. Ele foiapanhado de surpresa, masnão recusou: tascou um beijonela. Palmirinha foi às alturas.
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 5
Um dia após pedir re-
fúg io ao governo
brasileiro, a médica
cubana Ramona Matos Ro-
driguez, de 51 anos, que
abandonou o programa
Mais Médicos, recebeu e
aceitou uma oferta de em-
prego da Associação Médi-
ca Brasileira (AMB) que tem
lutado contra o desrespeito
à legislação trabalhista bra-
sileira no programa de saú-
de do governo Dilma.
Ela deve começar a traba-
lhar na área administrativa
da entidade na próxima se-
gunda-feira.
Além da associação, Ra-
mona também havia rece-
bido uma proposta para tra-
balhar na Federação Nacio-
nal dos Médicos enquanto
aguardava uma decisão so-
bre o seu futuro no País.
A AMB divulgou uma nota
afirmando ainda que ajuda-
rá a profissional a revalidar
o diploma médico, ofere-
cendo até mesmo capacita-
ção, se este for o desejo dela.
"A AMB também está à dispo-
sição para dar apoio humani-
tário e garantir acesso a todos
os instrumentos políticos e le-
gais para viabilização do asilo
político aos profissionais cu-
banos que estão atuando no
Brasil", informou.
"Agora tenho a oportunida-
de de trabalhar e de ter um
emprego normal. Estou muito
feliz porque agora sou livre",
disse Ramona Rodriguez.
AC O L H I M E N TOIndagado sobre o caso, o mi-
nistro das Relações Exterio-
res, Luiz Alberto Figueiredo,
disse que o Brasil tem que "se
aparelhar melhor para aco-
lher pessoas que pedem abri-
go no País". Segundo ele, o go-
verno vem observando um au-
mento do número de pedidos
de permanência de estrangei-
ros e a estrutura de acolhi-
mento tem que ser aperfei-
çoada. Ele disse que apesar de
reconhecer que o caso de Ra-
mona tem que ser resolvido
pelo Comitê Nacional para os
Refugiados (Conare), do Mi-
nistério da Justiça, "o Brasil
tem tradição de acolhimen-
to". "É como no caso dos hai-
tianos que entram, sem docu-
mentos, em busca de refúgio.
Para eles, é dado o direito de
entrar, viver e trabalhar no
Brasil enquanto o processo é
examinado pelo Conare", de-
clarou o ministro. (Agências)
Ramona vaitrabalhar emassociação
MP pode 'revolucionar' o Mais MédicosMinistério Público do Trabalho quer garantir que médicos cubanos recebam o salário integral e promete levar a questão até as mais altas instâncias da Justiça
Depois da revelação
do caso da médica
cubana Ramona Ro-
driguez e de visitas
a alguns Estados, o procura-
dor do Ministério Público do
Trabalho, Sebastião Caixeta,
garante que não faltam pro-
vas de que o programa Mais
Médicos institui uma relação
de trabalho –e, não, uma bolsa
de especialização – e defende
que é necessário equiparar o
salário dos médicos cubanos
ao dos demais profissionais
(R$ 10 mil mensais).
Caixeta deve finalizar, ain-
da este mês, o inquérito civil
que investiga as relações de
trabalho no Mais Médicos,
apontando para a necessida-
de de correção do programa -
caso não seja possível por en-
tendimentos extrajudiciais,
avisa que a polêmica deverá
chegar à Justiça. "Vamos exi-
gir que [os médicos cubanos]
recebam os valores [pagos
aos demais médicos, R$ 10 mil
mensais], inclusive os atrasa-
dos", afirma o procurador.
Paralelamente, o DEM vai
entrar com uma representa-
ção no Ministério Público do
Trabalho sugerindo que
uma ação coletiva garantin-
do que todos os médicos cu-
banos que integram o pro-
grama Mais Médicos rece-
bam integralmente a bolsa
de R$10 mil paga pelo go-
verno brasileiro a médicos
estrangeiros de outras na-
cionalidades.
Atualmente, 7.400 médi-
cos cubanos foram selecio-
nados para o programa. A in-
dicação é que os cubanos re-
cebem apenas 10% do valor
da bolsa.
DIREITOS TRABALHISTASSegundo o procurador, o
contrato de trabalho apre-
sentado pela cubana Ramo-
na e inspeções feitas em di-
ferentes cidades não dei-
xam dúvidas de que os pro-
fissionais do Mais Médicos
têm configurada uma rela-
ção de trabalho com o go-
verno brasileiro.
Assim, diz, devem ter co-
bertos direitos trabalhistas
como o 13º salário, FGTS e
ter garantida a isonomia.
Caixeta afirma ter visto do-
Sidney Lins Jr. / Agência Liderança
" Va m o spedir que a
P ro c u r a d o r i a -Geral doTr a b a l h o
patrocine umaação coletiva
a todos osmédicos
cubanos queestão sendotratados de
formadesigual,
desumana edesrespeitosa",
avisou o líderdo DEM,
MendonçaFilho.
Não há mais oque discutir emtermos de prova. Alegislação brasileiraprevalece à cubana.SE BA S T I Ã O CA I X E TA ,PR OCURADOR DO MINISTÉRIO
PÚ B L I CO DO TR ABALHO
cumento bancário de um mé-
dico cubano indicando o depó-
sito de US$ 400 em sua conta,
o que seria, segundo explica-
do por Ramona, a parte do sa-
lário que Cuba paga aos médi-
c o s n o B r a s i l – o u t r o s
US$ 600 seriam depositados
em uma con-
ta em Cuba.
" N ã o h á
m a i s o q u e
discut i r em
t e r m o s d e
prova" , de-
fende o pro-
c u r a d o r.
"A legisla-
ção brasileira
prevalece à
cubana. Não
v a i t e r n e-
nhum contra-
to que se sobreponha à nossa
legislação", diz o deputado
Ronaldo Caiado (DEM-GO).
O líder do DEM, Mendonça
Filho, afirma que a ação do par-
tido vai cobrar ainda o ressar-
cimento retroativo dos cuba-
nos. "Vamos pedir que a Procu-
radoria-Geral do Trabalho pa-
trocine uma ação coletiva a
todos os médicos cubanos que
estão sendo tratados de forma
desigual, desumana e desres-
peitosa", avisa.
Segundo os oposicionistas,
só no caso de Ramona, ela te-
ria direito a
receber pelo
menos R$ 36
mil. Orienta-
d a p e l a a s-
sessoria jurí-
dica do DEM,
a médica rei-
v i n d i c a r á
também res-
s arc i me nt o
p o r d a n o s
m o r a i s . " O
Brasil terá de
r e s p o n d e r
por dano moral não só à médi-
ca cubana, mas a todos os cu-
banos", diz Caiado.
Procurada sobre uma even-
tual ação de Ramona contra o
governo, a Advocacia-Geral
da União (AGU) afirmou que,
como ainda não há uma ação
concreta, caso em que a AGU
atuaria, a reportagem deveria
procurar o Ministério da Saú-
de. A Saúde ainda não se ma-
nifestou sobre a prometida
ação trabalhista.
Na quarta-feira, o ministro
da Saúde, Arthur Chioro, fez
um duro ataque à oposição
diante do pedido de refúgio da
médica. Para ele, a oposição
está fazendo uma "explora-
ção política" do episódio e ten-
tou "boicotar o quanto pode" a
realização do programa.
Na edição de ontem do jor-
nal cubano Granma n e nh um a
linha sobre Ramona Rodri-
guez, apenas a exaltação ao
programa Mais Médicos.
Ramona está hospedada na
casa do deputado Abelardo
Lupion (DEM-PR). A oposição
reage às críticas de que a cu-
bana teria pedido visto na Em-
baixada dos Estados Unidos
porque tem um namorado em
Miami. "O que estamos discu-
tindo é muito mais grave", re-
bate Mendonça. (Agências)
Ilha iniciou preparação em 2012Cubana que abandonou o Mais Médicos revela que foi treinada para vir ao Brasil em 2012, seis meses antes do anúncio por Dilma.
Amédica cubana que
abandonou o progra-
ma Mais Médicos, Ra-
mona Rodriguez, re-
velou ontem que já se prepa-
rava para trabalhar no Brasil
desde o fim de 2012, quando o
governo cubano divulgou o
programa brasileiro no País.
No entanto, a presidente Dil-
ma Rousseff só anunciou o
Mais Médicos cerca de seis
meses depois.
A médica informou que fez
dois cursos de preparação na
ilha de Fidel. O primeiro, de
português, foi realizado em
novembro de 2012. O segun-
do, foi cursado em fevereiro de
2013. Era um curso de prepa-
ração para colaborar com o
Brasil, tendo sido aprovada
com a avaliação "bom". O cur-
so teve duração de 224 horas.
Segundo Ramona, um brasi-
leiro foi enviado à Cuba para
ministrar um curso.
No início da discussão sobre
o programa Mais Médicos, o
governo brasileiro negou que
a intenção seria priorizar a vin-
da de profissionais cubanos
para atuar no interior do País.
A medida provisória que criou
o programa foi editada em ju-
lho de 2013 e só foi aprovada
pelo Congresso em setembro.
CONTRATO SÓ NA VÉSPERARamona contou que o go-
verno cubano, por meio do Mi-
nistério da Saúde Pública do
país, fez o convite e parte do
treinamento para o trabalho
em 2012, mas só informou as
condições e o salário três dias
antes do embarque para o
Brasil. "Eles diziam que não ti-
nham autorização para falar
sobre isso (pagamentos)",
disse a médica. Segundo ela, o
contrato com as condições de
pagamento e regras só foi
apresentado na véspera do
embarque, em 27 de setem-
bro de 2013. Nenhum outro
documento sobre o Mais Médi-
cos foi apresentado .
"Não temos internet em Cu-
ba. O governo vendia o progra-
ma como algo muito interes-
sante, mas depois ficamos sa-
bendo que o interessante não
era para nós", afirmou.
REMUNERAÇÃOSua fala é uma referência aos
valores repassados aos médi-
cos cubanos que recebem US$
400 por mês no Brasil e outros
US$ 600 são depositados em
uma conta em Cuba. Este valor
só poderá ser sacado quando
os profissionais retornarem ao
país. Enquanto isso, profissio-
nais de outros países recebem
salário de R$ 10 mil.
ACORDO SUSPEITOO contrato de trabalho dela
chama a atenção por ter sido
assinado com a Sociedade
Mercantil Comercializadora
de Serviços de Médicos Cuba-
no. Isso porque a vinda dos
médicos cubanos para o Brasil
é intermediada pela Organiza-
ção Pan-Americana de Saúde
(Opas), que recebe os recur-
sos do governo brasileiro e os
transfere para Cuba mensal-
mente. Além de R$ 10 mil por
médico, há ainda o pagamen-
to de outros gastos à Opas, in-
cluindo taxa de administração
e outros custos.
Ramona disse se sentir en-
ganada por Cuba. Clínica-ge-
ral, chegou ao País em outubro
e atuava em um posto de saú-
de de Pacajá, uma pequena ci-
dade no Pará. Ela diz ter deci-
dido deixar o Mais Médicos ao
descobrir que o valor de R$ 10
mil pago pelo governo brasi-
leiro a outros médicos estran-
geiros era muito superior ao
que ela recebia. ( Fo l h a p r e s s )
Ed Ferreira/Estadão Conteúdo
Mendonça Filho (DEM-PE): "Não tem como distinguir um médico cubano de um espanhol".
6 DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014
Quem está na tevê emprestando sua imagem a uma peça publicitária é o ex-jogador de futebol, isto fica muito claro.Romário, deputado federal (PSB - RJ)
PTB segue PMDB e abremão de indicar nome
O partido, que não foi convocado oficialmente, tinha Benito Gama entre os cotados para o Turismo.
Integrantes da Executiva
Nacional do PTB decidi-
ram ontem que não indi-
carão nome para compor
o governo da presidente Dil-
ma Rousseff na reforma minis-
terial deste ano.
Essa decisão ocorre um dia
depois de o PMDB da Câmara
dos Deputados se rebelar con-
tra o Palácio do Planalto e,
em documento , t omar a
mesma iniciativa.
"O PTB abre mão da indica-
ção. Não foi chamado oficial-
mente mas, se for, não vai in-
dicar", disse o presidente na-
cional do partido, Benito Ga-
ma. Na dança das cadeiras da
Esplanada dos Ministérios, ele
estava cotado para assumir o
Ministério do Turismo.
Segundo Gama, a decisão
foi tomada após consulta por
telefone com outros integran-
tes da Executiva Nacional do
PTB. Apesar de abrir mão da
indicação, Gama afirma que a
legenda continuará apoiando
a candidatura à reeleição da
presidente Dilma.
O dirigente, que atualmen-
te ocupa o cargo de vice-presi-
dente de governo do Banco do
Brasil, deve deixar o posto nos
próximos dias para se dedicar
à candidatura à Câmara dos
Deputados pela Bahia.
Este é o segundo gesto de
"desembarque" tomado por
um partido da base aliada nas
últimas 24h.
Na quarta-feira, integran-
tes da bancada do PMDB da
Câmara aprovaram um docu-
mento em que "deixam à dis-
posição" da presidente Dilma
a indicação dos nomes que
irão integrar os ministérios.
Durante o encontro, que du-
rou cerca de três horas, reali-
zado em um dos plenários da
Casa, vários deputados foram
ao microfone se queixar do
tratamento dado pela presi-
dente à bancada.
"Neste momento o que nós
decidimos é que a bancada do
PMDB na Câmara cansou des-
se processo de cargos, que
tem que indicar, que não tem
que indicar, que vai tirar, que
vai dar ministério. Não vamos
aceitar esse tipo de discus-
s ã o " , a f i rm o u o l í d e r d o
PMDB na Câmara, Eduardo
Cunha (RJ).
Um dos objetivos centrais
da presidente Dilma Rousseff
com a reforma ministerial é
ampliar sua aliança para dis-
putar a reeleição neste ano,
mas as primeiras negociações
semearam mais tensão do
que união entre os aliados, e
as dificuldades para expandir
a base governista aumentam
a cada dia.
Além de questões políticas,
Dilma tem dificuldade em
atrair nomes de peso para
pastas como a do Desenvolvi-
mento, Indústria e Comércio.
Novos ministros assumem os
postos apenas por meses e di-
ficilmente conseguem impri-
mir suas marcas na adminis-
tração pública. (Agências)
O PTB abremão da indicação.Não foi chamadooficialmentemas, se for,não vai indicar.BE N I TO GAMA, PRESIDENTE
N AC I O N A L DO PA RT I D O
A bancada doPMDB cansou desseprocesso que temque indicar, que nãotem que indicar, quevai tirar, que vai darministério.DE P U TA D O ED UA R D O CUNHA
REFORMA MINISTERIAL
Afif descarta deixar cargoatual para ocupar MDIC
Na lista dos cotados
para assumir o
Ministério do
Desenvolvimento Indústria
e Comércio Exterior
(MDIC), o atual ministro da
Secretaria da Micro e
Pequena Empresa, Afif
Domingos, diz que
pretende continuar no
atual posto. Ao ser
indagado sobre a
possibilidade de mudança
de pasta, Afif
brincou fazendo referência
à sigla do Ministério
do Desenvolvimento: "Não
Midica isso".
Afif assumiu a pasta da
Micro e Pequena Empresa
em maio do ano passado
logo que a pasta foi criada
pela presidente Dilma
Rousseff para acomodar o
PSD no governo.
"Há um jogo de encaixe
de peças na reforma
ministerial, mas não está
nos meus planos deixar a
Secretaria da Micro e
Pequena Empresa. Tenho
um ano pesado de trabalho
pela frente e se eu
aceitasse iria interrompê-
lo". Quanto a uma possível
indicação para o ministério
de um outro nome do PSD,
Afif respondeu: "Parece
que a solução do MDIC não
vai passar por uma questão
partidária. Busca-se um
perfil que tenha uma
interlocução com o
empresariado". (EC)
Patrícia Cruz/LUZ
Afif: "Nãoestá nosmeus planosdeixar aSecretariada Microe PequenaEmpresa".
PSC desistede Direitos Humanos
Abancada evangélica na
Câmara dos
Deputados desistiu de
lutar pelo comando da
Comissão de Direitos
Humanos na Casa, que em
2013 foi presidida pelo
deputado pastor Marco
Feliciano (PSC-SP).
O motivo é que o PT já
sinalizou que pretende
reocupar a presidência da
comissão, que em 2013
provocou polêmica com
projetos apresentados por
Feliciano, apontados como de
caráter homofóbico. O PT,
porém, terá de enfrentar o
deputado Jair Bolsonaro (PP-
RJ), que manifestou interesse
em presidir a comissão.
Além do interesse do PT em
reocupar o posto – o partido
tem preferência em indicar
nomes por ser a maior
bancada da Casa – o u t ro
motivo para a desistência da
bancada evangélica é que a
cúpula da Casa pretende
desmembrar a comissão de
Turismo e Desporto em duas,
o que possibilita que o PSC
presida uma comissão.
"É bom que o PT esse ano dê
prioridade a essa comissão. O
ano passado não deu", disse o
líder do PSC, André Moura. Mas
não revelou se o PSC prefere
PT ou PP no comando. "Se for o
PT, vamos respeitar a
indicação do PT, mesmo
alguém contrário ao Feliciano.
Se recair ao PP, vamos apoiar a
indicação do Bolsonaro". (EC)
Caffarelli, no 2º posto importante.
Passou praticamente
em branco no merca-
do financeiro a indica-
ção do vice-presiden-
te do Banco do Brasil Paulo Ro-
gério Caffarelli para o segundo
posto mais importante do Mi-
nistério da Fazenda.
Ele assumirá o cargo de se-
cretário-executivo do minis-
tro Guido Mantega visando
melhorar a comunicação en-
tre mercado e setor privado.
Operadores e analistas elo-
giaram a iniciativa, mas afir-
mam desconhecer a ele e o
que ele pensa sobre a política
econômica, o que pode não
ajudar muito a melhorar a tro-
ca de informações com o mer-
cado financeiro.
Caffarelli é graduado em di-
reito e funcionário de carreira
do banco estatal. E é um ilus-
tre desconhecido nas mesas
de operação financeira.
"Como veio da área de cré-
dito do Banco do Brasil, ele po-
de conhecer empresas, mas,
para o mercado, o diálogo não
muda muito", disse o sócio de
uma gestora de recursos.
Para analistas, mais do que
ao mensageiro, os ouvidos do
mercado estão atentos às
mensagens. Delas, a mais es-
perada é a economia que o go-
verno deve fazer em suas des-
pesas este ano.
O anúncio é aguardado para
a semana que vem.
Agências de classificação
de risco e analistas esperam
que o governo modere gastos,
para evitar um rebaixamento
da nota de crédito do País.
A iniciativa poderia contri-
buir ainda para esfriar o con-
sumo e ajudar o Banco Central
a controlar a inflação e evitar
aumentos dos juros.
Além da sinalização, porém,
o mercado quer saber como o
governo ajustará suas contas,
diante de um crescimento
econômico ainda baixo e que
tende a deprimir a arrecada-
ção de impostos.
Manobras recentes para fe-
char as contas deixaram ana-
listas desconfiados.
"Se chamaram o Caffarelli
na esperança de que ele vá
convencer o mercado, estão
perdendo tempo. A essa altu-
ra, mesmo que ele seja muito
competente, a demanda por
mudanças passa por muito
mais do que trocar a secreta-
ria-executiva", disse Sérgio
Vale, economista-chefe da
consultoria MB Associados.
Ontem, no dia seguinte à no-
tícia, a Bolsa subiu 2,39% e o
dólar à vista recuou 0,69%, (R$
2,385). Operadores atribuem a
maré positiva a um movimento
global de otimismo com os EUA
e a alta de das ações de empre-
sas de energia.
"A nomeação é neutra. A in-
tenção do governo é melhorar
seu relacionamento com o
mercado financeiro, mas isso
não vai acontecer dessa for-
ma. Só diante de resultados
concretos e medidas efetivas,
o mercado só passará a ver
melhor o governo", disse Júlio
Hegedus, economista-chefe
da consultoria Lopes Filho.
( Fo l h a p r e s s )
SUCESSÃO ESTADUAL
PSDB tenta acordocom PSB para mirar PT
Ocomando do PSDB já
admite enfrentar o
PSB na disputa pelo
governo de São Paulo mesmo
que o partido não
desembarque do governo
Geraldo Alckmin.
Com a resistência da ex-
senadora Marina Silva (PSB)
de que seu partido fique ao
lado dos tucanos nas eleições
para o governo estadual, a
cúpula do PSDB negocia nos
bastidores um acordo de
"convivência" sem ataques
mútuos entre os candidatos e
o compromisso de apoio no
segundo turno.
A fórmula não agrada
Alckmin, que preferia o aliado
Márcio França (PSB) na sua
chapa como vice-governador.
Líderes do PSDB afirmam,
porém, que a solução se
tornou a mais "viável" diante
do impasse dentro do PSB.
Pré-candidato do PSDB à
Presidência, o senador Aécio
Neves (MG) disse a
interlocutores que não vai
"perder tempo" discutindo
alianças com o PSB onde não
for possível viabilizá-las. Em
contrapartida, as duas siglas
vão evitar os ataques diretos
para mirar no PT e na
candidatura à reeleição da
presidente Dilma Rousseff.
Em São Paulo, Aécio não vê
danos à candidatura de
Alckmin se o PSB lançar
candidato próprio. Marina
defende candidatura própria
do PSB-Rede em São Paulo,
especialmente de seus
aliados Walter Feldman,
deputado, ou do vereador
Ricardo Young (PPS). Campos
se vê no dilema de apoiar
Marina ou agradar França.
Ontem, Alckmin se recusou
comentar as declarações do
ex-ministro da saúde e pré-
candidato do PT ao Palácio
dos Bandeirantes, Alexandre
Padilha, de que o PCC seria
"uma criação dos 20 anos de
governo do PSDB".
"Eleição, só no segundo
semestre, depois das
convenções. Debate eleitoral
tem sua hora", disse o
governador. Padilha havia
dito que "nestes 20 anos, o
que nós vimos foi a criação do
PCC, em vez de o PSDB criar
uma política de segurança,
uma polícia mais presente,
mais próxima da população,
com ações cada vez mais
inteligentes. (Agências)
Oprocesso de criação daRede Sustentabilidade, da
ex-senadora Marina Silva, foidefinitivamente para o arquivodo Tribunal Superior Eleitoral(TSE). Conforme o andamentodo caso, ocorreu o que échamado nos meios jurídicos detrânsito em julgado, ou seja,quando uma decisão torna-sedefinitiva e não pode ser maismudada. Ontem, foideterminado oencaminhamento do processopara o Arquivo Central do TSE.
Em outubro de 2013, oplenário do TSE havia rejeitadoo pedido de registro da Rede.
REDE ARQUIVADO
Romário abre precedente inédito na Câmara
.Ó..R B I TA
Antecipando-se ao projetodo governo federal de criar
um banco nacional deimpressões digitais que permitaa identificação eletrônica decada cidadão, o governo de SãoPaulo lançou ontem um novomodelo de RG que terá, entreoutras, a coleta informatizadadas impressões digitais.
Os dados biométricos ficarãoarmazenados num banco pelosistema Afis (SistemaAutomático de Identificação deImpressões Digitais). Sistemasemelhante já existe em Estadoscomo Rondônia, MS e RS.
IDENTIFICAÇÃO
Filho do ex-ministro JoséDirceu, o principal
condenado no processo doMensalão, o deputado federalZeca Dirceu (PT-PR) pode virarréu pelo crime de ter feito bocade urna na eleição de 2010. Osministros vão decidir serecebem denúncia doMinistério Público.
O MP denunciou Zeca Dirceupor ter afixado adesivos queindicavam o então candidato adeputado. O MP sustenta queele cumprimentou eleitores emesários, alto, no local devotação, conduta quecaracterizaria boca de urna.
DIRCEUZINHO
OSupremo Tribunal Federal(STF) extinguiu um
inquérito contra o presidentedo PR, senador AlfredoNascimento (AM). O ministroTeori Zavascki, acatou parecerda Procuradoria-Geral daRepública segundo o qual oparlamentar não poderia serpunido porque ocorreu aprescrição do inquérito.
Alfredo Nascimento era alvode investigação por supostaprática de crime deresponsabilidade na época emque o ex-ministro de Dilma foiprefeito de Manaus (AM).
STF PRESCRIÇÃO
Reprodução
Principal estrela da seleçãobrasileira tetracampeã do
mundo em 1994, o ex-atacanteRomário, deputado federal a partirde 2011, é desde o final do mêspassado garoto-propaganda dacerveja Devassa.
O contrato (valoresdesconhecidos) constitui fato nomínimo raro em Brasília, o de umpolítico que aceita estrelar acampanha publicitária deuma empresa.
Dos vários funcionários eórgãos técnicos da Câmaraconsultados nos últimos dias,nenhum disse ter registrode precedente.Romário é o principal nome doPSB no Rio de Janeiro e é cotadopara disputar o Senado este ano.Eleito com mais de 147 mil votosem 2010, a sexta maiordo Estado, ele aparece em duas
propagandas da cerveja na tevêjogando pelada nas praias do Rio.
A área técnica da Câmaraafirmou que, a princípio, não háimpedimento legal em umdeputado virar garotopropaganda de uma empresaparticular, embora aComissão de Constituição eJustiça da Casa, que nuncaanalisou caso similar, possa terposição diversa.Romário afirmou quesua atuação como deputado nãoestá "em negociação".
"Quem está na tevêemprestando sua imagem a umapeça publicitária é o ex-jogador defutebol, um campeãomundial que integra oimaginário popular brasileiro,isto fica muito claro nacampanha", alega ele. O casopromete novos capítulos.
NA TRILHA DAS DOAÇÕESOprocurador-geral da República, Rodrigo Janot, e aprocuradora Carolina Medeiros, analisam pedidos
para começar investigação sobre as "vaquinhas" pelainternet, de José Genoino e de partido Delúbio
Soares , que arrecadaram R$ 700 mil e R$ 1 milhão.
JOÃO PAULO QUER TRABALHARPreso desde terça-feira, na Papuda, o deputado
federal João Paulo Cunha (PT-SP) já seguiu oexemplo de mensaleiros como Delúbio Soares e
pediu autorização à Vara de Execuções Penais para,durante o dia, sair da prisão e ir à Câmara – t ra b a l h a r.
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 7
Pizzolato é um cidadão preso provisoriamente para fins de extradição.Francesco Fallica, diretor da divisão de cooperação internacional da polícia italiana
Extradição dePizzolato só
depende da ItáliaEm questões de extradição, costuma prevalecer o princípio da reciprocidade.
Pela primeira vez, uma
autoridade italiana
admitiu que existem
brechas para extradi-
tar Henrique Pizzolato ao Bra-
sil, apesar dele ter dupla cida-
dania. Foragido desde novem-
bro do ano passado, o ex-dire-
t o r d o B a n c o d o B r a s i l
condenado no processo do
Mensalão foi preso na manhã
de quarta-feira na Itália.
"Existe um tratado bilateral
com o Brasil que permite que
se extradite o cidadão com du-
pla nacionalidade. Ele é um ci-
dadão preso provisoriamente
para fins de extradição", disse
o diretor da divisão de coope-
ração internacional da polícia
italiana, Francesco Fallica.
Com a prisão de Pizzolato,
começou a correr o prazo de
40 dias para que o Brasil enca-
minhe à Itália um pedido ofi-
cial de extradição.
Segundo Fallica, o caso pas-
sará à esfera judicial que vai
decidir o mérito do pedido bra-
sileiro e, em caso positivo, a
decisão final caberá ao Minis-
tério da Justiça italiano. A ação
correrá na Corte de Apelação
de Bolonha, que tem jurisdi-
ção sobre Modena, onde Piz-
zolato está preso.
NÃO MAIS DA ITÁLIAO diretor do Instituto de Re-
lações Internacionais da USP,
Pedro Dallari, considera que
as chances de extradição de
Pizzolato são remotas, já que
Constituição do Brasil veda a
extradição de seus cidadãos e
pelo princípio da reciprocida-
de a Itália deve adotar a mes-
ma postura baseando no polê-
mico caso do terrorista italia-
no Cesare Battisti.
Para o ministro do Supremo
Tribunal Federal , Marco Auré-
lio Mello, as leis italianas não
proíbem a extradição, por is-
so, caso exista concordância
do governo requerido, ela po-
deria sim ser realizada.
Pizzolato deve responder
na Itália por uso de documento
falso. No momento de sua pri-
são, os "carabinieri" encontra-
ram cerca de uma dezena de
documentos pessoais em seu
nome e em nome de Celso Pi-
zzolato, o irmão dele morto em
1978 em um acidente. Um dos
documentos era uma carteira
de motorista emitida na Espa-
nha. (Agências)
As leis italianasnão proíbem aextradição, por isso,caso exista concor-dância do governorequerido, poderiaser realizada.MAR CO AURÉLIO ME L LO (STF)
Pizzolato deseja ficar na Itália ealegará que não há perigo de fugirDefesa vai pedir para que ele aguarde o processo de extradição em liberdade
AJustiça italiana vai deci-
dir hoje, em Bolonha, se
o ex-diretor do Banco
do Brasil Henrique Pizzolato
poderá esperar em liberdade
ou não pela decisão do proces-
so de extradição. Segundo o
advogado de Pizzolato, Loren-
zo Bergami, seu cliente deve
rejeitar uma volta voluntária
ao Brasil. Diante da corte, vai
defender a tese de que não há
o perigo de fuga e que Pizzola-
to poderia esperar a tramita-
ção do processo em liberdade
ou em prisão domiciliar.
Condenado a 12 anos e 7
meses de prisão por envolvi-
mento no Mensalão, Pizzolato
deixou o Brasil para evitar a
condenação. Desde novem-
bro era considerado foragido.
Ele foi para Itália, país onde
tem segunda cidadania.
Bergami contou que esteve
ontem com o ex-diretor, preso
desde quarta-feira em uma
penitenciária de Modena. Se-
gundo ele, o brasileiro está "vi-
sivelmente abatido" e insiste
na tese de que é inocente e de
que não pretende voltar tão
cedo ao Brasil.
No Mensalão, Pizzolato foi
acusado de liberar irregular-
mente o repasse de R$ 73 mi-
lhões da Visanet para a agên-
cia de publicidade de Marcos
Valério. Foi condenado por la-
vagem de dinheiro, corrupção
passiva e peculato.
'NÃO VOLTO'A partir da recusa de Pizzo-
lato de voltar voluntariamen-
te ao Brasil, a Justiça italiana
deve iniciar o exame da extra-
dição um processo que pode
levar, pelo menos, seis meses.
O objetivo do ex-diretor do BB
é conseguir autorização para
aguardar a decisão em prisão
domiciliar, com uso de brace-
lete eletrônico, para monito-
ramento judicial.
A solicitação para extradi-
ção precisa ser formalizada
pelo Supremo Tribunal Federal
e será analisada por um procu-
rador de Bolonha.
Pizzolato também vai res-
ponder, à Justiça italiana, a
processo por falsidade ideoló-
gica por uso de documentos
falsos apreendidos com ele
durante a sua prisão em nome
de um irmão dele morto há. Se
condenado, pode pegar até 3
anos de prisão.
VERGONHA AO PTLíder do PT na Câmara, o de-
putado federal Vicentinho
(SP) disse ontem que a situa-
ção de Pizzolato provocou um
"sentimento de vergonha e
constrangimento" dentro do
PT. "A postura requer uma pro-
funda investigação. Ninguém
fugiu. João Paulo Cunha (depu-
tado) e José Genoino (ex-pre-
sidente do PT) não saíram de
casa, não fugiram. Apesar de
Pizzolato ser militante, não
podemos compactuar com es-
sa postura", afirmou o líder.
"Se alguém foge, é porque fez
algo errado". ( E C / Fo l h a p r e s s )
Jamil Chade/Estadão Conteúdo
Penitenciária de Modena, onde Pizzolato já está preso.
Dilma anuncia vagas para cursosdestinados a presidiários
Preocupada com a atual situação carcerária no País, ela promete saídas.
Apresidente Dilma
Rousseff afirmou on-
tem, pelo Twitter,
que o governo federal vai
oferecer, no 1º semestre
deste ano, 32 mil vagas em
cursos de capacitação para
presos e ex-presidiários,
por meio do programa Pro-
grama Nacional de Acesso
ao Ensino Técnico e Empre-
go (Pronatec).
As vagas do Pronatec ao
sistema penitenciário já ha-
viam sido anunciadas no
ano passado – quando fo-
ram previstas 55 mil vagas
para todo o ano de 2014.
"Serão distribuídas por
todo o País vagas em mais
de 600 cursos, ajudando a
dar melhor perspectiva de
vida para quem deixa a pri-
são. Investir na educação
da população carcerária é
fundamental para facilitar o
retorno dessas pessoas à
vida em sociedade", publi-
cou a presidente.
Na ocasião do anúncio,
em fevereiro de 2013, foi
explicado que os cursos se-
riam prioritariamente des-
tinados aos presos do regi-
me semiaberto – caso dos
petistas José Dirceu e Delú-
bio Soares, do Mensalão.
Dirceu e Delúbio também
começaram um curso de di-
reito constitucional por cor-
respondência na Papuda,
oferecido por uma entidade
privada. Já o Pronatec ofe-
rece diversos cursos técni-
cos e tem entre seu público-
alvo, entre outros, os bene-
ficiários do Bolsa Família.
( Fo l h a p r e s s )
Márcio Fernandes/Estadão Conteúdo
Detentos na Casa de Detenção do Complexo de Pedrinhas (MA)
Pedrinhas:mais uma rebelião.
Um princípio de motim
terminou com
detentos feridos no
Complexo Penitenciário de
Pedrinhas, em São Luís (MA).
A rebelião, que começou na
manhã de ontem, ocorreu nos
presídios São Luís 1 e 2.
Segundo a Secretaria de
Estado de Justiça e
Administração Penitenciária
do Maranhão, a Polícia Militar
e a Força Nacional precisaram
intervir para controlar o
motim. Alguns detentos
tiveram ferimentos leves e
foram atendidos no
ambulatório do complexo.
Segundo a polícia, o
movimento é uma reação ao
trabalho de revista diário e
mais criterioso que está
sendo realizado nos
estabelecimentos penais
de São Luís.
O sistema carcerário do
Maranhão vive uma crise
que culminou com a morte
de 66 presos. Só na
penitenciária de
Pedrinhas, 63 foram
mortos. O assunto foi
criticado por organismos
internacionais como a
Organização dos Estados
Americanos. A
Procuradoria Geral ainda
estuda se pedirá
intervenção federal no
sistema penitenciário sob
gestão de Roseana Sarney
(PMDB). ( Fo l h a p r e s s )
8 DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014
PRISIONEIRO DE GUERRAMilitantes do Taleban afegão
divulgam vídeo em que afirmamter capturado 'Colonel', um
cachorro do Exército dos EUA.
PERIGO NO ARMinistério da Saúde iranianoinvestiga se sinais para bloquearTV estrangeira podem causarcâncer e abortos espontâneos
Taleban: decoração aberto.
Governo do Paquistão e grupo insurgente iniciam conversas de paz
Mian Khursheed/Reuters
Siddiqui (à esq.), do governo, e Ul-Haq, do Taleban, negociam fim de sete anos de conflito no Paquistão.
Negociadores do go-
verno do Paquistão e
do Taleban reuniram-
se por mais de três horas em
Islamabad, ontem, na pri-
meira rodada de encontros
com o objetivo de pôr fim a
um conflito de sete anos.
Os insurgentes lutam para
derrubar o governo central e
estabelecer um rígido gover-
no islâmico, mas o primeiro-
ministro Nawaz Sharif acre-
dita que o movimento está
pronto para negociar a paz e
interromper os confrontos.
Irfan Siddiqui, chefe da de-
legação do governo, exaltou
a reunião, dizendo que os
representantes do grupo in-
surgente "reagiram acima
das expectativas".
"E les ouv i ram nossas
preocupações e disseram
suas preocupações com o co-
ração aberto", explicou Sid-
diqui aos repórteres. "Nós
compartilhamos a mesma
meta, de tornar este país pa-
cífico, de acordo com os ensi-
namentos islâmicos."
Maulana Sami-ul-Haq, re-
presentante do movimento,
disse que haverá uma discus-
são entre as lideranças e que
uma nova reunião será mar-
cada depois disso.
O diálogo acontece num
momento em que aumentam
os ataques no Paquistão. Se-
gundo um recente relatório,
no ano passado houve mais
de 1,7 mil atentados no país -
61% deles perpetrados pelo
Taleban e aliados. (Agências)
Mais uma dor decabeça para
Cristina KirchnerPromotoria argentina quer interrogar vice-presidente do país por corrupção
APromotoria argenti-
na pediu à Justiça on-
tem que o vice-presi-
dente do país, Ama-
do Boudou, seja convocado
para interrogatório em um ca-
so onde é investigado por sus-
peitas de atos de corrupção.
Esta é a primeira vez que a Jus-
tiça do país convoca um vice-
presidente no exercício da
função para prestar depoi-
mento em inquérito. Além de
Boudou, o promotor público
federal Jorge Di Lello pediu a
convocação do titular da Ad-
ministração Pública Federal
de Rendas Públicas (Afip), Ri-
cardo Echegaray, equivalente
à Receita Federal.
O suposto envolvimento do
vice-presidente no caso deno-
minado "Ciccone" e o interro-
gatório acentuam a fragilida-
de enfrentada pelo governo
da presidente Cristina Kirch-
ner, em meio à queda de popu-
laridade e da desconfiança so-
bre os rumos do país, além da
crise cambial, somada à infla-
ção elevada.
O escândalo envolvendo
Boudou estourou em janeiro
de 2012, quando a Justiça co-
meçou a investigar irregulari-
dades na venda de uma gráfi-
ca de impressão de dinheiro,
placas e passaportes, chama-
da "Ciccone Calcográfica", pa-
ra o fundo administrado por
um amigo de infância do vice-
presidente, Alejandro Vander-
broele. Após a venda, a gráfica
passou a chamar-se Compa-
nhia de Valores Sul-americana
S.A, e fechou milionário con-
trato com a Casa da Moeda pa-
ra imprimir 410 milhões em
notas de 100 pesos.
Vandebroele foi apontado
pela ex-esposa Laura Muñoz
como testa-de-ferro de Bou-
dou na aquisição da ex-Cicco-
ne. Ela decidiu revelar a trama
por medo das ameaças do em-
presário. Conforme declara-
ções à Justiça, seu ex-marido
comprou a empresa que esta-
va em falência com a ajuda de
Boudou, quando era ministro
de Economia durante o pri-
meiro mandato de Cristina Kir-
chner. A manobra teria come-
çado em julho de 2010, quan-
do Ricardo Echegaray solici-
tou à Just iça Comercia l a
falência da companhia. O pe-
dido foi aceito em agosto do
mesmo ano.
Na ocasião, a Casa da Moe-
da só tinha capacidade insta-
lada para imprimir 55% da de-
manda de dinheiro do país e o
David Fernández/EFE - 04/02/14
Patrimônio de Boudou cresceu 69% entre 2009 e 2010
Banco Central teve que enco-
mendar à Casa da Moeda do
Brasil a impressão de 13 mi-
lhões de notas de 100 pesos.
Em setembro de 2010, a Afip
pediu a suspensão da falência
da companhia. E, imediata-
mente depois, foi adquirida
pelo fundo de investimento
The Old Fund S.A, cuja cara vi-
sível é de Vandebroele.
Nos últimos anos, o Ministé-
rio Público conseguiu reunir
provas para imputar a Boudou
delitos de "negociações in-
compatíveis com a função pú-
blica e enriquecimento ilícito".
De 2009 para 2010, seu patri-
mônio aumentou 69%.
O promotor sustenta que
Boudou utilizou o cargo de mi-
nistro de Economia para bene-
ficiar os acionistas da gráfica.
Di Lello convocou ainda toda a
família Ciccone, que vendeu a
empresa ao fundo do amigo de
Boudou, além de outros envol-
vidos na causa.
O juiz Ariel Lijo não tem um
prazo para responder à solici-
tação da Promotoria.
Após a divulgação do pedi-
do de interrogatório para Bou-
dou, a oposição voltou a ata-
cá-lo e a pedir sua renúncia.
"Boudou é um delinquente,
mas não menos que os demais
de seu partido", afirmou nas
redes sociais a deputada Elisa
Carrió, da UNEN.
A opositora previu que Bou-
dou, que também ocupa o car-
go de presidente do Senado
argentino, renunciará "no fi-
nal de fevereiro ou no início de
março". (Agências)
Não no quintalda Rússia!
Assessor de Putin adverte EUA por armar 'rebeldes' na Ucrânia
Um importante assessor
do Kremlin acusou os
Estados Unidos, on-
tem, de armarem os "rebel-
des" ucranianos e alertou que
poderia haver uma interven-
ção russa para manter a segu-
rança na Ucrânia. A advertên-
cia foi feita no mesmo dia em
que a subsecretária de Estado
norte-americana para Assun-
tos Europeus, Victoria Nuland,
reuniu-se com o presidente
ucraniano, Viktor Yanukovich.
Sergei Glazyev, assessor do
presidente Vladimir Putin e
com responsabilidade nas re-
lações com a Ucrânia, afirmou
que a "interferência" norte-
americana descumpria um
tratado de 1994, segundo o
qual Washington e Moscou ga-
rantiriam juntos a segurança e
a soberania da Ucrânia depois
que Kiev se desfez do arsenal
nuclear da era soviética.
Os característicos comen-
tários duros do assessor, na
véspera de um esperado en-
contro entre Putin e Yanukovi-
ch, na abertura dos Jogos
Olímpicos de Inverno de So-
chi, podem aumentar as ten-
sões com Washington e na
própria Ucrânia.
Questionado pelo jornal
ucraniano Ko mmersant se a
Rússia poderia "ativamente
intervir" se a crise ucraniana
piorar, Glazyev citou o Memo-
rando de Budapeste de 1994:
"De acordo com o documento,
a Rússia e os EUA são os que
garantem a soberania e a inte-
gridade territorial da Ucrânia e
são obr igados a in te rv i r
quando conflitos dessa natu-
reza acontecem".
"E o que os norte-america-
nos estão fazendo agora, uni-
lateralmente interferindo nos
assuntos internos da Ucrânia,
é o descumprimento claro do
tratado. O acordo é por garan-
tias e ação coletivas."
Por sua vez, o presidente
ucraniano disse à emissária
norte-americana que só por
meio de diálogos e de um com-
promisso comum será possí-
vel encerrar a crise.
Ele reiterou seu compromis-
so com uma reforma constitu-
cional, embora rejeite que as
mudanças sejam introduzidas
pela 'via rápida', pulando o re-
gulamento estipulado pela
própria Carta Magna, como
pretende a oposição.
Os protestos começaram
em novembro após a Ucrânia
rejeitar um acordo com a União
Europeia em troca de ajuda fi-
nanceira de Moscou. Os con-
frontos dividiram as potências,
com a UE e os EUA do lado da
oposição e a Rússia apoiando o
governo. (Agências)
Gleb Garanich/Reuters
Ucraniana caminha em frente à polícia antidistúrbios que protege o Parlamento em Kiev
Turquia no mundo do 'Big Brother'Parlamento amplia controle da internet pelo governo
ATurquia está
prestes a se
t ra ns f orma r
em um buraco negro
d e n t r o d o m a p a
mundial da internet,
temem os internau-
tas, depois que foi
aprovada, na noite
de quarta-feira, uma
nova lei de controle
de conteúdos que
não desmerece o
"Big Brother" imaginado por
George Orwell.
Isto não era o que se espera-
va o ativista Gürkan Özturan
quando, em 2010, o governo
turco, o mesmo que agora
aprovou a lei que põe o país no
mesmo patamar de China ou
Irã, levantou a proibição do
YouTube e renunciou uma lei
de controle após protestos.
"Pensamos que com os pro-
testos pacíficos tínhamos con-
seguido ampliar as liberda-
des", lembra Özturan em con-
versa com à agência Efe, "mas
agora será muito pior".
A lei, que passará pela san-
ção do presidente Abdullah
Gül, autoriza o governo a blo-
quear qualquer site sem pedir
autorização à Justiça.
Com a medida, as ope-
radoras devem bloquear
uma página até quatro
horas após receberem a
ordem da Diretoria de Te-
lecomunicações, órgão
que fiscaliza a internet.
Antes, um site só podia
ser proibido depois de
uma decisão judicial, o
que levava 24 horas.
As empresas também
terão que guardar por
dois anos os históricos de in-
ternet de seus usuários.
O governo diz que o objetivo
é garantir a privacidade dos
internautas. Mas a oposição
acredita que o Executivo teme
que a internet tenha se trans-
formado em uma plataforma
para divulgar vídeos de minis-
tros envolvidos em casos de
corrupção. (Agências)
Osman Orsal/Reuters
Site poderá ser bloqueado sem decisão judicial
Aconta no Twitter do
McDonald's da
Argentina sofreu uma
enxurrada de reclamações
de clientes. Motivo: falta
ketchup nas lanchonetes.
Segundo o jornal El Clarín, o
produto viria do Chile e não
estaria chegando devido
às restrições do governo.
Batata fritasem ketchup
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 9
CARNAVAL 2014
Blocos abrem a folia paulistanaGrupos mais famosos esperam receber até 20 mil foliões nas ruas de São Paulo. Folia vai até dia 3 de março e acontece nos quatro cantos da Cidade.
Mariana Missiaggia
Prepare-se. A folia pré-
carnaval já começou e
os desfiles acontecem
até o dia 4 de março.
São mais de 48 blocos de rua e
cordões pelos quatro cantos
da Cidade. Os grandes blocos
que participam do Carnaval
de rua de São Paulo esperam
receber até o dobro de foliões
em relação ao ano passado.
"Ano passado foi um marco
para o Carnaval de rua da Ci-
dade, com muitos blocos nas
ruas e em várias regiões. Nes-
te ano, nossa expectativa é
que vai bombar ainda mais",
acredita Silvia Lopes, do Nois
Trupica Mais Não Cai, que es-
pera reunir 10 mil pessoas, o
dobro de 2013.
Amanhã, o concurso de
marchinhas, realizado pelo
bloco no Centro Cultural Rio
Verde, na Vila Madalena, vai
premiar três canções por me-
lhor letra, intérprete e menção
honrosa. As marchinhas esco-
lhidas serão tocadas durante
o desfile do bloco, dia 23.
No dia 28, os integrantes do
tradicional Acadêmicos do Bai-
xo Augusta vão se concentrar
na Rua Marquês de Paranaguá,
na Consolação, e desfilarão até
a Praça Roosevelt com o tema
paz e amor. Além de reunir 15
mil pessoas, o Baixo Augusta é
o bloco independente que irá
reunir o maior número de artis-
tas, como as cantoras Pitty e Tu-
lipa Ruiz, e as atrizes Marisa Or-
th e Alessandra Negrini.
O Esfarrapados, um dos
mais antigos de São Paulo, de
1947, aguarda mais de 20 mil
foliões nas ruas do Bixiga, no
dia 3 de março.
Comemorando a 24º edi-
ção, o Pholia na Luz, maior
evento pré-carnaval de rua de
São Paulo, vai trazer 15 agre-
miações para as ruas da re-
gião da Luz, no Centro, entre
os dias 22 e 23. A novidade
deste ano será a apresenta-
ção do Bloco Fuzuê SP, no en-
cerramento do primeiro dia
(22), que virá com uma partici-
pação especial – a bateria da
escola de samba da Mocidade
Independente de Padre Mi-
guel, do Rio. O evento deve
reunir dez mil pessoas.
A Prefeitura cadastrou os blo-
cos para regulamentar a folia e
também oferecer subsídio da
taxa cobrada pela Companhia
de Engenharia de Tráfego, in-
clusão no plano de comunica-
ção municipal, banheiros quí-
micos, sinalização, grades de
proteção e ambulâncias.
“É difícil ter um número exa-
to de blocos, bandas e cordões
que saem, pois há muitos. Por
isso, essa organização é bem-
vinda, desde que não interfira
na essência do carnaval de
rua”, diz Cândido José de Sou-
za Neto, presidente da Asso-
ciação das Bandas Carnava-
lescas de São Paulo.
Daniela Souza/Estadão Conteúdo
Bloco Pilantragi, em Perdizes, que desfilou na semana passada.
Haddad proíbe uso deabadás e cordas nosblocos de São Paulo
Os blocos
carnavalescos de
São Paulo não
poderão ter abadás ou
cordas que separem o trio
elétrico do público. As
diretrizes para a folia na
Cidade foram publicadas
na edição de ontem do
"Diário Oficial" do
m u n i c í p i o.
Segundo o decreto
assinado pelo prefeito
Fernando Haddad (PT), a
justificativa para a não
segregação dos foliões é
de que o Carnaval é um
"conjunto de
manifestações
voluntárias, n ão
hierarquizadas, de cunho
festivo e sem caráter
competitivo".
"Tratando-se de
ocupação temporária de
bens públicos, nas
manifestações do
Carnaval de Rua não
poderão ser utilizadas
cordas, correntes, grades e
outros meios de
segregação do espaço que
inibam a livre circulação do
público, permitindo-se o
uso de vestuário distintivo
que apenas identifique o
respectivo grupo, sem que
se constitua em elemento
condicionante à
participação", estabelece
o artigo 3º do decreto
municipal. A medida vai na
contramão de cidades
como Salvador, que há
anos tem o Carnaval de rua
segregado por cordas e
abadás.
O decreto também criou
uma comissão
intersecretarial para tratar
do Carnaval de rua da
cidade. A ideia é
estabelecer um
"permanente diálogo com
os responsáveis pelos
blocos e assemelhados,
assim como moradores e
c o m e rc i a n t e s
eventualmente envolvidos
ou interessados".
A comissão ainda
pretende fazer um
planejamento detalhado
dos eventos para
"minimizar os impactos
nas áreas em que
ocorrerem, maximizando
seu proveito comunitário".
Diversas secretarias
compõem a comissão,
como a de Segurança
Urbana, Direitos Humanos
e Cidadania, Saúde e
Transporte. (Fo l h a p r e s s )
Apartir de hoje e toda
sexta-feira até o Car-
naval, os leitores do
Diário do Comércio rec ebe-
rão todas as informações
da festa de Momo.
Enredos CEPConhecidos como CEP, os
enredos sobre Cidade, Esta-
do ou País vão vir com força
neste ano. A Vai-Vai terá co-
mo tema Paulínia, com o en-
redo: "Nas chamas da Vai-
Vai, 50 anos de Paulínia". A
cidade de Foz do Iguaçu será
o tema da Tom Maior: "Foz do
Iguaçu, destino do mundo!
A sinfonia das águas em Tom
Maior". Já a Imperador do
Ipiranga vai sambar para
São Caetano: "Os quatro
deuses encantados sobre a
benção de São Caetano".
A Mocidade Alegre, atual
bi-campeã do carnaval
paulistano, terá como enre-
do: "Andar com fé eu vou,
que a fé não costuma fa-
lhar" e, sob essa ótica, vai
visitar vários locais: da fé de
baianos às religiões de ju-
deus e muçulmanos, que vi-
rão lado a lado no desfile.
Ensaios TécnicosNeste final de semana
acontecem os ensaios téc-
nicos gerais no Sambódro-
mo, com entrada franca.
Hoje: Camisa Verde e Bran-
co (22h). Amanhã: Morro da
Casa Verde (19h), Mocida-
de Alegre (20h), Unidos de
Vila Maria (21h), Rosas de
Ouro (22h), Nenê de Vila
Matilde (23h) e Leandro de
Itaquera (0h). Domingo:
Tom Maior (18h), Imperador
do Ipiranga (19h), Acadê-
Mercadão de SP: pastel,mortadela e internet grátis.
Em testes desde o fim de
janeiro, a conexão gra-
tuita à internet no Mer-
cado Municipal de São Paulo,
no Centro, foi lançada ontem.
Além do Mercadão, outros
dois pontos da Capital já con-
tam com o serviço: o Pátio do
Colégio, no Centro, e a Praça
Dilva Gomes Martins, em Artur
Alvim, na zona leste.
O vão livre do Museu de Arte
de São Paulo (Masp) e as pra-
ças Benedito Calixto, em Pi-
nheiros, e Fortunato da Silvei-
ra, em São Miguel Paulista, se-
rão os próximos pontos a rece-
ber o Projeto Praças Digitais. A
Prefeitura espera implemen-
tar 120 pontos de internet wi-fi
livres, a maioria na zona leste
da Capital.
A velocidade da conexão se-
rá de 512 quilobits e não é ne-
cessário fazer cadastro prévio
do internauta para acessar.
Serão gastos com o projeto R$
9,2 milhões, anualmente - R$
6,4 mil é o custo médio de cada
Praça Digital por mês.
Quem estava no Mercado
ontem testou a rede de Wi-Fi. A
administradora Camila Cava-
lhero, 41, não conseguiu aces-
sar a rede de conexão. "Pode
ser por causa do meu aparelho
de celular, não sei", disse. Já o
marido, o médico Marco Cava-
lheiro, 50, conseguiu acessar
rapidamente. "No meu celu-
lar, o sinal é excelente." (Esta-dão Conteúdo)
Epitácio Pessoa/Estadão Conteúdo
Usuário testa a internet grátis inaugurada ontem no Mercadão
micos do Tatuapé (20h) e
Colorado do Brás (21h).
Sambódromo do Anhembi:
Avenida Olavo Fontoura,
1209 – Metrô Santana. In-
formações: 2853-4555.
Ingressos à vendaNeste ano, a Liga Inde-
pendente das Escolas de
Samba optou por comercia-
lizar diretamente os ingres-
sos das arquibancadas e ca-
marotes, sem empresas in-
termediárias. Os preços fo-
r a m m a n t i d o s . Pa r a o
desfile do Grupo Especial,
sexta-feira, (28/2) e sábado
(1/3), os preços das arqui-
bancadas partem de R$
90,00. Para o Grupo de
Acesso, no domingo, (2 de
março), as arquibancadas
custam a partir de R$ 30.
Mais preços, mapas de lo-
calização e compra online
e m w w w. i n g r e s s o s l i-
gasp.com.br/como -com-
p r a r. a s p
Bodas de Pratada Velha Guarda
A Mocidade Alegre come-
mora os 25 anos de funda-
ção da Velha Guarda da Mo-
rada do Samba neste do-
mingo, dia 9, em sua qua-
dra, a partir das 18h. Além
dos sambas da escola vão
ser lembradas as antigas
marchinhas de carnaval,
com presença de todos os
setores da escola. Ingres-
sos à venda por R$ 15. Nova
quadra da Mocidade Ale-
gre: Rua Samaritá, 1020 -
Bairro do Limão. Telefone:
(11) 3857-7525 e 3857-
3611. Site: www.mocida-
d e a l e g re . c o m . b r
10 DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014
Molhado de suor em vir-
tude dos 34°C que
desceram sobre a cidade
anteontem, Antonio "To-
co" Lenzi, 47 anos, estava
com a cabeça no deserto
de Saara. No quesito calor,
era lá que gostaria de es-
tar. Antes que alguém o su-
ponha estar trocando seis
por meia dúzia, inclusive
com desvantagem, uma vez
que o termômetro chega roti-
neiramente aos 50°C naquelas
areias, é preciso esclarecer que
sua opção não é absurda.
Habituado, há muitos anos, a
trabalhar no deserto como guia
turístico de expedições obvia-
mente aventurosas – aliás, en-
contra-se em São Paulo justa-
mente para preparar a tempora-
da do ano –, ele sabe que o calor
saariano, apesar de mais eleva-
do, é perfeitamente suportável
por se tratar de clima seco. "É su-
ficiente usar roupas de algodão
para proteger a pele. A tempera-
tura do corpo é mantida razoa-
velmente. No clima úmido de São
Paulo, ao contrário, temperatu-
ras altas provocam desconforto e
até indisposições".
A explicação de Toco decifra
um enigma para nós, leigos, que
nos espantamos em ver aquelas
pessoas caminhando no deserto
como se estivessem à beira-mar.
"Além disso", ensina Toco, "se a
temperatura estiver em 50°C ao
sol, cai pela metade, quase em
torno de 20°C, à sombra. É bem
melhor." À noite, a situação tor-
na-se mais favorável. En-
quanto paulistanos dor-
mem com ar-condicionado
l igado ou vent i ladores
zumbindo, no Saara cai um
frio que pode chegar aos
graus negativos, facilitan-
do o sono.
Também é surpreenden-
te ouvi-lo dizer que não é
necessário beber água a to-
da hora como ocorre nos picos
dos nossos verões. "Às vezes eu
passo um dia com 200 ml de
água", diz ele, desfazendo ligei-
ramente a aura de singularidade
que cerca os camelos.
O espírito aventureiro de To-
co não se restringe ao Saara.
Seu currículo é vastíssimo a res-
peito. Só para vocês tiverem
uma ideia: já acompanhou o na-
vegador Amyr Klink e o sertanis-
ta Sidney Possuelo em peripé-
cias inimagináveis. É uma espé-
cie de Indiana Jones sem chico-
te ou inimigos a abater.
Prefeitura interrompe o Clube EscolaSecretaria diz que programa será reformulado, para dobrar o número de atendidos, e garante que modalidades como tênis e polo aquático não deixarão de exi s t i r.
Juliana Resende *
APrefeitura de São
Paulo interrompeu
temporariamente o
Clube Escola, pro-
grama de recreação e lazer
para toda a população, que
aproveitava para fazer aulas
gratuitas de esportes em seus
equipamentos esportivos.
O projeto, criado em maio
de 2007, durante a gestão do
ex-prefeito Gilberto Kassab
(PSD) pelo deputado federal
Walter Feldman (PSDB), então
Secretário Municipal de Es-
portes, Lazer e Recreação,
atendeu 15 mil pessoas, entre
c r i a n ç a s ,
a do l es ce n te s
e adultos, em
2013.
Para este
ano, a Prefei-
tura promete
que o progra-
ma se rá re-
fo rmu lad o ,
visando do-
brar o núme-
ro de atendi-
dos pelas ati-
vidades.
Em 30 de dezembro do ano
passado, os contratos dos
convênios dos prestadores de
serviço do Clube Escola com a
Secretaria de Esportes, Lazer
e Recreação (Seme) vence-
ram. "Não serão realizadas re-
novações automáticas", infor-
ma a assessoria de imprensa
da Seme, afirmando que no-
vos editais darão continuida-
de ao programa até "fevereiro
ou março".
"Estamos muito decepcio-
nados", diz Simone Adriana
Major Veiga, 44, ex-aluna de
tênis no Parque Esportivo do
Trabalhador (PET), juntamen-
te com o marido, Antonio Soa-
res Veiga Neto, 46, e o filho Éri-
co Major Veiga, 16, que come-
çou há três anos no Clube Es-
cola e hoje joga também pela
Federação Paulista de Tênis.
“Os professores eram super-
qualificados e conseguiam
equilibrar o nível do grupo,
bastante heterogêneo", la-
menta Simone.
A Seme garante que moda-
l idades como tênis e polo
aquático "não deixarão de
existir" e que mais lutas, como
boxe e jiu-jitsu, serão incluídas
no programa. Além disso, o
projeto passará de 50 para
100 Clubes da Comunidade
(CDCs), que
agora terão
de adminis-
trar eles pró-
prios as ativi-
dades.
C us t o – S e-
gundo o Insti-
tuto Patrícia
M e d r a d o ,
que forneceu
aulas de tênis
entre outras
m od al id ad es
aos centros, o
custo médio para aulas, coor-
denação, administração e for-
necimento de material foi de
R$ 636 mil em 2013. Cerca de
550 alunos foram atendidos
nas aulas de tênis.
"O que vier dificilmente será
tão bom quanto o que já esta-
va implementado com suces-
so", acredita Mariana Ferraz
Kastrup, 40, moradora do Pa-
caembu, cujo filho fazia tênis
no Clube Escola do estádio.
"Pagamos IPTU de R$ 9 mil por
ano e era a única coisa que
usávamos do governo. Esta-
mos muito chateados."
Um abaixo-assinado com
cerca de 500 assinaturas pe-
dindo a continuidade do pro-
grama foi entregue pelo presi-
dente da Associação Viva Pa-
caembu, Rodrigo Mauro, ao
prefeito Fernando Haddad
(PT) e ao secretário municipal
de Esportes, Celso Jatene.
"O Pacaembu pode ser até
privatizado e eles não comen-
taram nada sobre o Clube Es-
cola", diz Mauro.
“Um mês antes do término
do contrato recebemos uma
carta avisando que o convênio
não seria renovado”, diz Patrí-
cia Medrado, cujo instituto es-
tá no Clube Escola desde sua
implementação. Além do tê-
nis, também havia aulas de fu-
tebol, futsal, ginástica, capo-
terapia (capoeira adaptada
para terceira idade) e ginásti-
ca artística.
O Instituto Patrícia Medrado
atendeu 24 centros esporti-
vos municipais no primeiro e
segundo anos, 6 unidades no
terceiro ano, e 5 do quarto ano
em diante: Pacaembu (Zona
Oeste), PET (Zona Leste), Bol-
sa D’Água (Zona Sul), Basileia
(Zona Norte) e Cidade Santa
Bárbara (Zona Leste). No to-
tal, o convênio do Instituto Pa-
trícia Medrado custava à Se-
me R$ 1.094.794,55.
Edi tais – A Seme prometia
para o final de janeiro a publi-
cação de editais para centros
de administração direta como
o Pacaembu e o PET, contem-
plando atividades esportivas
e culturais como tênis, polo-
aquático e dança de salão – e
garantindo a sua retomada.
Ricardo Vasconcelos e Dila-
ne Machado de Vasconcelos,
pais de Pedro, aluno de tênis
no Pacaembu, escreveram
uma carta ao secretário de Es-
Alexandre Rezende/Folhapress
Equipe olímpica de boxe feminino do Reino Unido treinando com a seleção brasileira em um Clube Escola
portes, Carlos Jatene, e ao pre-
feito Haddad, em que cobra-
ram justificativas à interrup-
ção do Clube Escola e contra-
tação de novos professores.
"Por que (o programa) não
pôde ser mantido até que se
faça outra licitação, a fim de
que os alunos possam usufruir
desse direito custeado pelo di-
nheiro do contribuinte duran-
te as férias, e por que projetos
que estão dando certo têm de
ser extintos?", questionaram.
"A resposta da Prefeitura à
carta foi vaga e burocrática",
a f i rm a r a m .
Pedro, de 19 anos, conta
que o tênis o beneficiou social-
mente, além de melhorar sua
saúde, graças à atividade físi-
ca. "Emagreci 16 quilos nos
quase três anos que fiz aulas –
que só paravam por duas se-
manas no fim do ano", conta.
Pedro não tem condição de
pagar aulas particulares e
criou um grupo no Facebook
pela continuidade do Clube
Escola. "Gostamos do nosso
professor e queremos que ele
continue", diz, referindo-se a
Paulo Arcuri. do Instituto Patrí-
cia Medrado.
Procurado pela reporta-
gem, Erik Seegerer, coorde-
nador do projeto de polo-
aquático Oficina da Piscina,
cujo contrato com o Clube Es-
cola também data do início do
programa e foi encerrado, pre-
feriu não comentar a decisão
da Prefeitura pela desconti-
nuidade.
Seleção – Atleta da seleção
brasileira tetra-campeão sul-
americano e três vezes vice-
campeão de Jogos Pan-Ameri-
canos, Seegerer criou o proje-
to para “expandir e dissemi-
nar a prática da modalidade
para além dos clubes particu-
lares e, assim, possibilitar que
crianças de todas as faixas
econômicas tivessem acesso
a esse esporte”.
“Após um mapeamento das
piscinas públicas, criou-se um
modelo de ensino, em que a
modalidade é a ferramenta
para o aprendizado de objeti-
vos pedagógicos e de inclusão
social”, diz o site do Oficina da
Piscina, que teve origem com
o Clube Escola. Agora, seu fu-
turo é incerto.
A Seme argumenta que “um
dos diferenciais dos chama-
mentos públicos do Programa
Clube Escola para 2014 é a
d es c en t ra l iz a çã o”. Além dis-
so, diz que o número de moda-
lidades vai aumentar, assim
como os usuários. Nas artes
marciais dez modalidades se-
rão oferecidas, “a u m e nt a n d o
de 2 para 7 mil atendidos”.
* Especial para o DC
O que vierdificilmente será tãobom quanto o que jáestavaimplementado comsucessoMARIANA FERR AZ KA S T RU P, MOR A-DOR A DO PAC AEMBU
E mbora ainda não
s a i b a , o p a p a
Francisco deu seu
primeiro passo
em direção a uma futura e
possível santificação. Por seu
intermédio, Dona Maria Ter-
so de Oliveira, 50 anos, fun-
cionária de uma empresa de
limpeza, mãe de sete filhos e
moradora no Parque do En-
genho, periferia da Zona Sul, teve,
de um dia para o outro, seus exa-
mes marcados no Sistema Unifica-
do de Saúde (SUS) após quase dois
anos de inútil mobilização.
Sua via sacra, para usar expres-
são familiar à Sua Santidade, co-
meçou em 2012 com insuportá-
veis cólicas menstruais que a leva-
vam mensalmente ao hospital de
Campo Limpo. Exames feitos em
convênio de saúde indicaram ci-
rurgia para remover miomas. Pos-
teriormente, nesse sentido, recor-
reu ao SUS, iniciando o longo perío-
do de expectativa. Em outubro
passado, inspirada em procedi-
mento postal bem sucedido de um
menino, ela escreveu ao papa pe-
dindo seu auxílio, preenchendo
frente e verso de uma folha de ca-
derno grande. Amigos e vizinhos
empreenderam demorada pes-
quisa para levantar o endereço,
sem saber que poderiam obtê-lo
com facilidade por meio da Nun-
ciatura Apostólica.
Nesse ínterim, coincidiu que
cerca de 10 dias atrás, o SUS con-
vocou-aase apresentarnaUnida-
de de Saúde Básica (UBS) do Par-
que do Engenho. Certamente, tra-
tava-se dos ansiados exa-
mes pré-operatórios. Mas o
atendente abafou suas espe-
ranças ao anunciar, agora
com data marcada, um novo
e longo tempo de espera. O
marido, que a acompanhava,
lembrou que a missiva papal
estava na sua bolsa e apre-
sentou-a ao rapaz. Foi como
se estendesse um inexorável
Royal Straight Flush–a mais podero-
sa combinação do pôquer – numa
mesa de jogo. O documento foi lido
atentamente, xerox foram tiradas,
consultas feitas e, no dia seguinte,
tudo estava acertado. No entanto,
apoiando-se no exemplo de São
Tomé, santo que gosta das certe-
zas definitivas, Dona Maria postou
sua carta para a Santa Sé na quinta
feira. Ela é católica e devota de
Nossa Senhora Aparecida. Quan-
do sobra um dinheirinho, Dona
Maria se junta a uma dessas ex-
cursões dominicais para home-
nageá-la na sua basílica.
O PRIMEIRO MILAGRE DE FRANCISCO
Divulgação L.C.Leite/Luz-23/08/12
Max
Ros
si/Re
uter
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OS DOIS CALORES DE TOCO
Luca
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ção
Dona Maria com seusexames e a carta quepropiciou o 'milagre'
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 11
A rolha nossa de cada diaCHINA
Desde 2005, o con-
sumo de vinhos
não para de crescer na
China. Os chineses já
ultrapassaram france-
ses e italianos no con-
sumo de vinhos tintos,
mostram números da
Vinexpo, uma grande
feira de negócios de
vinho que terá seu
evento asiático em Hong Kong, em maio (na
foto, um dos cartazes). Mais de 155 milhões
de caixas de 12 garrafas foram vendidas na
China em 2013, contra 150 milhões na França.
e-BOOKThe World Atlas of Wi-
ne, de Hugh Johnson
e Jancis Robinson, já na
7ª edição, é obra de re-
ferência de quem apre-
cia vinhos e gosta de es-
tudá-los. Foi atualizado
para incluir temas como
mudanças climáticas.
No Brasil, é publicado
pela Nova Fronteira. Pois a obra ganhou versão
eletrônica, que não é simples adaptação da obra
parruda. No i-Pad, o desfile de fotografias é com-
pletado com um show de mapas interativos.
Teatro no Itaú CulturalA peça O Homem Que Amava Quadros, inspirada em obra de
Stephen Michael King, fica em cartaz sábado (8) e domingo (9). ItaúCultural. Av. Paulista, 149. Sessões às 18h. Grátis.
Aquele performático funeral em Nova York,
organizado pelo vinicultor californiano
Randall Grahm, entrou para a história dos
vinhos e da arte. No caixão, Monsieur Thierry Bou-
chon (brincadeira com a palavra francesa para sa-
ca-rolhas, tire -bouchon). Ao lado do finado, a crítica
inglesa Jancis Robinson exclamando: Oh, Corky,Oh, Corky, para um "corpo" todo feito de rolha
(co rk , em inglês), escultura do descolado artista
Wes Modes. A revista Wine Spectator aderiu à brin-
cadeira e publicou um obituário: Thierry Bouchon
(1585-2002), conhecido pelos amigos como Cor-
ky, teria morrido depois de uma longa doen-
ça, sendo a toxina 2,4,6-Tricloroanisol
(TCA) a responsável por sua partida.
TCA é o composto resultante do fun-
go que ataca a cortiça e acaba estra-
gando e comprometendo os vinhos, mal
que atingiu seu pico nas últimas décadas do
século 20. Quem não passou por um vinho
bouchonné, com seu aroma de papel molhado ou
papelão mofado, levante a mão. Algumas pesqui-
sas mostram que até 6% das garrafas produzidas
em todo mundo foram contaminadas e descarta-
das nos piores momentos da "praga". As viúvas de
Corky, principalmente as do Novo Mundo, parti-
ram com razão e sem compaixão para novos rela-
cionamentos, com rolhas sintéticas (e até colori-
das) e screwcaps (vedantes de rosca, em alumí-
nio).
Carlos de Jesus Amorim, diretor de marketing e
comunicação da Corticeira Amorim – líder mundial
das rolhas naturais em parceria com 600 produto-
res portugueses, a maioria do Alentejo, detentor
de 25% do mercado –, deve estar rindo à toa com a
anunciada "ressurreição" de Corky. Amorim reco-
nhece que erraram ao dispender muita energia na
"guerra de relações públicas" no final dos anos
1990 e pouca no ataque ao TCA, mas diz que já cor-
reram atrás do prejuízo investindo pesado em pes-
quisa e inovação. O controle de qualidade é feito
envolvendo os parceiros, desde a colheita. As ins-
talações foram completamente reformadas, os
pellets de madeira, aposentados. A parte da corti-
ça próxima às raízes da planta, mais vulneráveis
aos fungos, agora são descartadas. A presença
mínima de TCA é detectada por refina-
dos exames com técnicas de cromato-
grafia, levando as peças contamina-
das a eficientes escaldamentos profi-
láticos. "Agora a batalha da indústria
de rolhas é para reconquistar o cora-
ção dos consumidores", disse Amo-
rim ao jornalista Tom Cannnavan.
Todas essas providências têm levado à re-
tomada do mercado. Os vinicultores também gos-
taram da uniformização e da classificação dos ti-
pos de rolha, com redução das variações de qua-
lidade de vinhos de uma mesma safra guardado
sob as mesmas condições. A vinícola australiana
Rusden, no Barossa Valley, acaba de deixar as
sc re wca ps de lado, de volta às rolhas de cortiça.
Amorim comemora porque os maiores mercados
concorrentes estão justamente na Austrália, Nova
Zelândia e África do Sul. Na Nova Zelândia, somen-
te 30% das garrafas levam rolhas de cortiça. A Cor-
ticeira Amorim tem apoiado movimentos de retor-
no à rolha natural em vários mercados-chave, co-
Corticeira no Alentejo: recuperação da imagem.
mo no Reino Unido. O site da empresa informa que
"a icônica cave sul-africana Klein Constantia anun-
ciou um retorno à rolha natural no seu Sauvignon
Blanc premium, o Perdeblokke Sauvignan Blanc e
a vinícola Rutherford, sediada no Vale do Napa, ab-
dicou da utilização de vedantes de plástico devido
a problemas técnicos e de sustentabilidade".
Os contendores (fabricantes de rolhas naturais
e os de vedantes sintéticos) não estão mais em de-
bate sangrento, batalhas que renderam até um
clássico com tiradas shakespereanas To Cork orNot to Cork, de George Taber. Todos apostam na for-
ça da inovação. A líder das rolhas sintéticas, a No-
macorc, acaba de firmar uma parceria com a bra-
sileira Brasken para o fornecimento do plástico à
base de etanol da cana-de-açúcar. O Polietileno I'mGr ee n garante pontos de sustentabilidade à em-
presa, já que contribui para reduzir a emissão dos
gases do efeito estufa. Mas os fabricantes dos po-
límeros já entram na defensiva: dizem que suas ro-
lhas apresentam o mesmo desempenho das de
cortiça, que permitem a entrada controlada de oxi-
gênio. E não têm, absolutamente, TCA.
José Guilherme R. Ferreiraé membro da Academia Brasileira de
Gastronomia e autor de Vinhos no Mar Azul – ViagensE n o g a st r o n ô m i c a s (Editora Terceiro Nome)
CINEMAA cor do $$$
Lúcia Helena de Camargo
Baseado em uma história real, Tr a p a ç a(American Hustle, 2013, EUA, 138 minutos),
dirigido por David O. Russell, é uma divertida
história sobre malandros e picaretas. Christian
Bale, fora de forma (engordou 18 quilos para fazer o
personagem, em mais uma de suas grandes
transformações), ostenta uma barriguinha e uma
peruca ridícula. Ele vive o golpista Irving Rosenfeld.
Ao conhecer Sydney Prosser (Amy Adams), as
trapaças ficam mais elaboradas, com a moça
assumindo a “persona” de uma lady britânica.
Eles vão um pouco longe demais e são pegos pelo
agente do FBI (Bradley Cooper) cujas intenções
acabam investidas de exagerada ambição. Em
determinado ponto, o desafio é entender quem está
enganando quem, até o novelo ser deslindado.
A mulher de Irving, Rosalyn (Jennifer Lawrence),
de início apenas uma caipira entretida em armar o
cabelo com laquê e pintar as unhas, se revela parte
importante da trama.
Na edição 2014 do Oscar, Trapaça concorre a dez
prêmios: melhor filme, diretor, ator (Bale), atriz
(Adams), ator coadjuvante (Cooper), atriz
coadjuvante (Lawrence), além de roteiro original,
edição, direção de arte e figurino. Curiosamente, não
concorre na categoria maquiagem e cabelo, área na
qual o filme se esmera, ao retratar toda a, digamos,
exuberância dos penteados dos anos de 1970.
BEATLES A descoberta da América
Ana Barella
Há exatamente meio
século, John Lennon,
Paul McCartney, George
Harrison e Ringo Star
desembarcavam no Aeroporto
Internacional John F Kennedy.
Dois dias depois, se
apresentaram no programa de
televisão americano, The EdSullivan Show. E ao tocarem os
hits Can´t Buy Me Love, Twist andShout, She Loves You, I WannaHold Your Hand e Please PleaseMe, seduziram um país inteiro,
desencadendo a Beatlemanía.
Naquele dia, eles bateram
todos os recordes de audiência
da época: 73 milhões de
americanos assistiram ao Fa bFo u r pela televisão. Dois meses
depois da histórica
apresentação, já estavam com
cinco canções no topo da tabela
da Billboard. E logo depois, com
14 músicas. Somente a canção IWanna Hold Your Hand vendeu
250 mil cópias, isso em apenas
três dias.
Durante esses cinquenta
anos, os Beatles foram
inspiração para diversas
gerações. Não só no ambito
musical, mas comportamental
mcanções", explica.
E completa: "Eram
um quarteto com
muita
personalidade, e midiáticos.
Paul, o bonitinho; John, o
intelectual; George, o
espiritualista e Ringo,
um verdadeiro palhaço".
Brocchi também tenta
desvendar porque o Fa bFo u r ainda conquista.
"É inacreditável
como ainda são atuais.
Além disto, eles
conseguem trazer
personalidade para
canções que não são
de sua autoria, como
Twist and Shout",ex p l i c a .
O beatlemaníaco também
conta que esse encantamento
vai muito além das canções.
Explica que cada membro
da banda tem uma história
pessoal muito forte e
única, pois cada um teve
experiências pessoais
muito distintas: John,
na política; Paul, na
familiar, George, na
espiritual e Ringo, nas festas.
Para escutar, curtir ao vivo, e vestir.Os cinquenta anos do início da
beatlemanía podem ser
celebrados pelos fãs de
diferentes modos. Seja
escutando suas canções, indo à
shows covers ao vivo, ou
comprando produtos
licenciados. O DCultura fez uma
seleção de como aproveitar
esta data.
A rádio online AccuRadio
( w w w. a c c u r a d i o. c o m ) ,
disponibilizou um especial dos
Beatles nos EUA, com versões
originais das músicas. É só
acessar e celebrar!
Já no SESC Bom Retiro, a festa
acontecerá nos dias 13 e 27 de
fevereiro, às 18h, nos shows da
banda Beatles Jazz, que faz
versões jazzísticas das músicas
do grupo. É de graça.
Beatles na cabeça. E nos
pés. Essa é a ideia da
nova linha de tênis da
marca Vans, que criou
modelos inspirados no
filme Yellow Submarine,
do quarteto de
Liverpool.
Nomacorc:plástico verde
do Brasil.
Os Beatles tocando no programa que alavancaria verdadeira histeria das fã.
e cultural. Com suas
canções, mudaram
a música pop que
conhecemos hoje.
O dia 9 de fevereiro foi
apenas um teaser da
chamada invasão
britânca na música
americana.
Para Eduardo
Bocchi,
beatlemaníaco
assumido e professor
do curso, Beatles:História, Arte e Legado,
lecionado na Puc Rio, a
impressão que os Beatles
causaram nesta
apresentação foi a de
encantamento: "As
músicas eram
alegres e tinham raízes
típicamente americanas.
E eles tinham um ar
infantil, mas bem
humorado. Os jovens se
identificavam com esta
postura irreverente.
Além disto,
d i f e re n t e m e n t e
dos outros artistas
da época, eles
escreviam suas próprias
Fotos: Corteceria Amorim
Sony Pictures/Divulgação
Bradley Cooper. Christian Bale: irresistíveis picaretas.
Foto
s: A
rqui
vo D
C
12 DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014
.L..EILÃO
Recorde porobra de Picasso
Acasa de leilões
Sotheby's, em Londres,
vendeu, ontem, o
quadro Composition auMinotaure, de PabloPicasso, pelo valor de 10,4milhões de libras (cerca deR$ 40,8 milhões), o preçomais alto já alcançado poruma obra em papel doartista, conforme informao jornal El País, daEspanha.
A peça, uma aguada
de 50,2 por 65,2 cm,
pertencia à coleção do
marchand Jan Krugier, e
data de maio 1936,
véspera da Guerra Civil
na espanhola.
O preço inicial da obra
era 1,8 milhão de libras
(cerca de R$ 7,06
milhões) e a casa havia
estimado um máximo
de 2,5 milhões de libras
(R$ 9,8 milhões) por ela.
.L..I T E R AT U R A
Luzes emCharlie Chaplin
O único romance de
Charles Chaplin,
"Footlights", que
serviu de inspiração
para o filme "Luzes da
Ribalta", será publicado
mais de 60 anos depois
que o ator e diretor de
cinema britânico o
escreveu, em 1948. As
várias partes da obra,
em forma de
manuscritos e roteiros
datilografados,
permaneciam nos
arquivos Chaplin da
Cinemateca de Bolonha,
na Itália, encarregada
de digitalizar todos os
trabalhos do cineasta e
que agora publicará o
romance. (EFE)
.V..IDA ANIMAL
Doce convivênciaEstes animais, em convivência para lá de pacífica,
vivem juntos no Rocky Ridge Refuge, no estado de
Arkansas (EUA). O refúgio foi criado há 20 anos
por Janice Wolf para ajudar animais selvagens e
domésticos carentes de cuidados médicos.
w w w. b o r e d p a n d a . c o m
.L..EILÃO
Vendida a Harley dopapa Francisco
Uma moto Harley
Davidson do papa
Francisco, um presente ao
pontífice dado pelo dono
da mítica marca de
motocicletas, foi
arrematada ontem, em
Paris, por 210 mil euros
(cerca de R$ 683 mil). Os
euros auferidos no leilão
serão destinados à
associação Caritas Roma.
A moto, uma Dyna Super
Glide Custom 2013 de
1.585 cc, leva a assinatura
do papa no depósito de
combustível. (EFE)
Prédios feitos de céu"Buildings Made of Sky" é
projeto do artista Peter
Wegner, graduado pela
Universidade de Yale. Suas
fotografias desenham
prédios no céu, no recorte
de grandes edifícios.
www.lensculture.com/peter -wegner
.L..OTERIAS
Concurso 3410 da QUINA
14 37 53 68 72
.O..LIMPÍADA
Sochi: a imprensa reclama.A
cerimônia de abertura
da Olimpíada de
Inverno de Sochi, na
Rússia, acontece hoje. Mas,
na véspera da solenidade, a
cidade-sede ainda tinha
problemas. Principalmente
para os profissionais da
mídia. "Meu hotel não tem
internet, nem água quente,
nem cortina, nem móveis.
Bem, três das quatro
lâmpadas estão
funcionando", disse no
Twitter o jornalista canadense
Jian Ghomeshi, destacqeo
para cobertura.
"A CNN reservou 11
quartos em um hotel para a
mídia em Sochi há cinco
meses. Nós estamos aqui há
um dia e apenas um quarto
está disponível", escreveu o
jornalista Harry Reekie, da
CNN, em seu Twitter.
No resort de Rosa Khutor,
na vila de Esto Sadok, onde
vão acontecer várias provas,
operários ainda trabalham
em reformas de prédios que
vão receber jornalistas. O
jornal americano Washington
Post destaca em seu site que
há lixo espalhado pelos
cantos das ruas próximas ao
Parque Olímpico, onde
atletas vão se hospedar e
participar de competições.
Uma conta no Twitter foi
criada com o nome "Sochi
Problems" : já tem mais de 62
mil seguidores. Reúne fotos e
depoimentos dos principais
problemas encontrados na
cidade. (Folhapress)
RODIN NA PAREDE - Um novo mural do grafiteiro Eduardo Kobra, em São Paulo, começa a
repercutir em sites de design. Este é baseado na escultura O Pensador, de Rodin.
s
Alexander Demianchuck/Reuters
Flagradosem perfeita
convivência:um cão recosta
a cabeça nocarneirinho,
o u t rocachorrão
cuida depintinhos,
enquanto ogato é cercado
de pequenosa m o ro s o sro e d o r e s .
GREGAS E ELÁSTIC AS
Atletas dos EUA, em exibição ontem.
O artista chinês Li
Hongbo tem alterado o
classicismo de
esculturas gregas,
dando elasticidade aos
modelos até então
parados no tempo. Uma
série delas está exposta
na galeria Klein Sun, em
Nova York.
www.funofar t.com/li-hongbos-
flexible-sculptures/
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 13
Transparência
Karina Lignelli
Na Papelaria Rosário,
no Centro, o sistema
está funcionando e
não gerou custo ex-
tra. Já na loja de calçados e
acessórios femininos Gata &
Sapato, no mesmo bairro,
apesar de dúvidas pontuais, o
software já está em fase de
testes. Mas nem todos são co-
mo eles: o Imposto na Nota,
uma iniciativa da Associação
C o m e rc i a l d e S ã o Pa u l o
(ACSP) e do movimento "De
Olho no Imposto" – que garan-
te transparência de informa-
ções ao contribuinte na hora
da compra – ainda é alvo de
dúvidas por parte dos comer-
ciantes e demais empresá-
rios. O projeto Imposto na No-
ta virou lei e determina que no-
tas e cupons fiscais informem
ao consumidor o valor aproxi-
mado dos tributos que inci-
dem sobre produtos e serviços
em todo o País.
A complexidade do cálculo,
possíveis custos extras de im-
plantação ou até receio de in-
fluenciar a apuração dos im-
postos que recolhem (como o
Simples) têm feito essa adap-
tação ser mais lenta. Mas a dis-
criminação do imposto no va-
lor total da nota fiscal se torna-
rá obrigatória a partir de junho
deste ano. Exemplo de demo-
ra vem do setor de papelarias,
onde a maioria é formada por
pequenas e médias empre-
sas. Segundo Antônio Martins
Nogueira, presidente do Sim-
pa-SP (sindicato do setor), há
dúvida se as diferenças tribu-
tárias entre a grande varieda-
de de produtos vão impactar
os estabelecimentos.
"Estudamos fazer essa im-
plantação em grupo já que o
custo pode ser menor, e para
que exista padronização", ex-
plica.
Mas tudo é mais simples do
que se imagina: segundo
Othon de Andrade Filho, dire-
tor de Inteligência do Instituto
Brasileiro de Planejamento
Tributário (IBPT), parceiro da
ACSP na iniciativa, além de
não ser necessário contador
para se adaptar à legislação, o
instituto desenvolveu o IBP-
Tax – sistema que lista os im-
postos federais, estaduais e
municipais de mais de 100 de
milhões de itens. e está dispo-
nível para download gratuito
em seu site (veja entrevistaa b a i xo ) .
Quanto ao custo de implan-
tação do software, empresas
que emitem nota ou cupom
fiscal eletrônico podem tê-lo
ou não, dependendo do con-
trato com o fornecedor de
softwares ou da terceirização
do serviço, explica. "Cada ca-
so é um caso, mas o que esta-
mos vendo é que na maioria
não há custo, ou ele é diminu-
to", diz o especialista, que
lembra que o IBPT e a Associa-
ção Brasileira de Automação
Comercial (Afrac) criaram um
manual para orientar o desen-
volvedor de sistemas a fazer a
i n t e g r a ç ã o.
Hoje, o IBPT disponibiliza a
carga tributária média nacio-
nal, mas está trabalhando pa-
ra disponibilizar em breve o
Imposto na Nota por estado.
"Assim que isso ocorrer, fica-
rão evidentes as disparidades
tributárias nesse âmbito",
completa Andrade Filho.
Última hora – Pelo levanta-
mento do IBPT, por enquanto
apenas 8,7% dos 16 milhões
de estabelecimentos do Brasil
implantaram o sistema, sendo
que a maioria está em São
Paulo (31,7%). Nesse último
caso se encaixa a Papelaria
Rosário, que tem contrato de
manutenção de softwares e
solicitou a atualização – sem
custo por esse motivo – assim
que a lei começou a vigorar,
segundo o responsável Waldir
Fotos de Tina Cezaretti/Hype
Mascara. "Já mudamos para
não ter que fazer depois a to-
que de caixa", conta. Mas, se-
gundo ele, será preciso refor-
çar o trabalho de educação do
consumidor, já que muitos
não reparam na mudança.
"Quando entenderem esse
trabalho de moralização dos
tributos, começarão a ques-
tionar. Aí vai ser igual ao CPF
na nota", acredita.
Já Jussara Lupoli, proprietá-
ria da Gata & Sapato, procurou
se informar bastante antes de
implantar o Imposto na Nota,
pois temia que a mudança de
sistemática afetasse os esto-
ques ou o cálculo do Simples.
Para ela, apesar da importân-
cia da nova lei, só consumido-
res mais conscientes atentam
para isso. "(O imposto) Não é
empecilho para comprar. Não
importa se o produto tem 30%
de carga tributária, mas se ele
é mais barato. O jeito é fazer
nossa parte sem esperar
acontecer, já que o governo
mesmo só pensa em ser nosso
sócio", afirma.
Marcel Solimeo, economis-
ta-chefe da ACSP, diz que três
coisas explicam a demora no
mercado: o costume de "dei-
xar tudo para a última hora", a
expectativa dos comerciantes
pela regulamentação, "para
não ter que fazer antes e de-
pois mudar", e o desconheci-
mento, mesmo. "Tudo foi feito
de forma a facilitar as informa-
ções para o empreendedor e
está implícito nos termos da
lei, que está nos mínimos de-
talhes para que seja atendida
sem atropelos", afirma.
Para Rogério Amato, presi-
dente da ACSP e da Federação
das Associações Comerciais
do Estado de São Paulo (Fa-
cesp), como tudo o mais, o Im-
posto na Nota é um processo.
"(A adaptação) está mais deva-
gar do que gostaríamos, mas é
inexorável. Continuaremos a
fazer esse trabalho de cons-
cientização para acontecer de
vez, já que não representa
maiores custos e é uma mu-
dança que traz mais vanta-
gens do que desvantagens pa-
ra a sociedade", finaliza.
A partir de junho a discriminação dos impostos nanota fiscal será obrigatória. Mas não fique de cabelos
em pé. O processo é simples e quase sem custos.
Respostas para as principais dúvidas
Saindo na frente: WaldirMascara, da Papelaria Rosário,e Jussara, da Gata & Sapato.
na nota já
Confira as respostas às dú-
vidas sobre o Imposto na
N o t a e l a b o r a d a s p o r
Othon de Andrade Filho,
diretor de Inteligência do IBPT:
Só os empreendimentos varejistastêm que se adaptar à lei12.741/2012?
Não. Atacadistas, indústria, agro-
negócio e autônomos que emitem
documentos fiscais também. Se há
relação de consumo é necessário
informar a carga tributária ao con-
sumidor na nota fiscal. A exceção é
se a nota emitida tiver finalidade di-
versa de venda ao consumidor, co-
mo amostra grátis, remessa para
conserto e venda de insumos para
industrialização, por exemplo.
Há algum custo de implantação dosistema do Imposto na Nota?
Empresas que emitem nota ou
cupom fiscal eletrônico poderão ter
ou não custo. Depende do contrato
com a fornecedora do software. Há
empresas que pagam mensalidade
a esse fornecedor, onde está inclu-
sa a atualização de sistemas para
atendimento da legislação fiscal e
comercial. Há outras que possuem
software próprio e precisam tercei-
rizar essas mudanças, ou fazer
adaptações com funcionários pró-
prios de TI, por isso cada caso é um
caso. O que temos percebido é que,
na maioria dos casos, ou não há cus-
to ou o custo é diminuto.
No caso do arquivo que contémcarga tributária aproximada de todosos produtos e serviços, fornecidopelo IBPT (o IBPTax), há algum custopara a empresa?
R – Não há qualquer custo em re-
lação ao fornecimento dessas infor-
mações oferecidas pelo IBPT ao Mo-
vimento de Olho no Imposto. Nem
mesmo o Manual de Integração é co-
brado. Porém, é facultativo utilizar
os números disponibilizados pelo
IBPT, caso outra entidade forneça.
Fale mais sobre o IBPTax e como asempresas podem adaptá-lo aoImposto na Nota.
O arquivo é para ser usado pelo
software de automação comercial,
d i s p o n í v e l n o s i t e d o I B P T
(w ww.i bp t. or g. br ). Através desse ar-
quivo, padronizado em layout uni-
versal para uso em qualquer softwa-
re, o emissor de nota ou cupom fiscal
identifica a carga tributária aproxi-
mada, através da NCM (Nomenclatu-
ra Comum do Mercosul) ou NBS (No-
menclatura Brasileira de Serviços),
ou dos códigos da lei complementar
116. Essas informações já são usa-
das pelo empresário, por isso não há
necessidade de novo cadastro ou tra-
balho operacional. Uma vez adotado
o IBPTax, o sistema deve receber
atualizações a cada seis meses, con-
forme previsto em lei e de acordo
com o cronograma do IBPT, em junho
e dezembro de cada ano. Cada siste-
ma possui características próprias,
de modo que a atualização pode
ocorrer pela internet, por meio de
pendrive ou CD-ROM.
É possível que a implantação sejafeita em grupo, por empresas demenor porte, mas que comercializamgrande variedade de itens?
O problema da carga tributária já
foi resolvido. Agora a questão é de
software, não de grupo de trabalho.
Se o software tiver sido atualizado,
já está tudo pronto. O padrão de au-
tomação e o arquivo que contém a
tributação é gratuito. Recomenda-
mos que as empresas assistam à
palestra online que se encontra no
site do IBPT. A entidade está à dispo-
sição para dar palestras em asso-
ciações e sindicatos e orientar em-
presários. É muito simples colocar o
imposto na nota fiscal. Em razão da
complexa legislação tributária,
muitas entidades e empresas têm
medo. Mas quem tentou implantar,
conseguiu.
E no caso dos pequenos lojistasque ainda emitem NF manualmenteou não têm computador?
Recomenda-se a informatização
por questão de profissionalização do
negócio. Se a loja vende uma quan-
tidade reduzida de tipos de produtos
ou presta poucos serviços, vale a pe-
na ter uma lista para ajudar a preen-
cher esse dado na nota fiscal ma-
nualmente. Vale lembrar que no site
do IBPT é possível encontrar/consul-
tar a relação da carga tributária de
produtos e serviços.
Quando a empresa está noSimples Nacional, pagandopercentual reduzido, ainda assimdeve destacar carga tributária maiorna nota fiscal quando informada naNCM (como 35%, por exemplo)?
Sim, deve informar a alíquota que
está na tabela IBPTax do IBPT. Em-
bora as empresas do Simples Nacio-
nal paguem percentual reduzido de
tributo sobre a venda, não fazem jus
ao crédito tributário de etapas ante-
riores. Ou seja, se a empresa pagou
18% de Imposto sobre Circulação
de Mercadorias e Prestações de Ser-
viços (ICMS) + 15% de Imposto so-
bre Produtos Industrializados (IPI) +
1,65% de Programa de Integração
Social (PIS) + 7,6% de Contribuição
para Financiamento da Seguridade
Social (Cofins), esses impostos da
etapa anterior pagos pelas merca-
dorias ficam embutidos no preço. A
essa carga já paga ainda é acresci-
do o imposto do Simples Nacional,
que pode chegar a até mais 12% so-
bre a venda do consumidor.
Se a empresa não pagar impostosna venda, por ter sido objeto desubstituição tributária (caso decombustíveis, bebidas, cigarro), osistema faz o cálculo totalnormalmente de acordo com aNCM/NBS ou LC 116?
O IBPT já leva em conta diversos
fatores de ponderação para obter
os percentuais que oferece. Por
exemplo, em relação ao IPI, é des-
contado o valor agregado da indús-
tria ao consumidor e, deste modo, o
usuário da tabela IBPTax do IBPT
não precisa se preocupar com cál-
culos. O sistema faz automatica-
mente a correlação dos tributos do
IBPTax com a tabela com seu cadas-
tro de produtos e serviços – de s d e
que a NCM esteja adequadamente
parametrizada para o produto.
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 15
Temos uma necessidade muito grande de manter nossas exportaçõesLuiz Moan, presidente da Anfavea.
Embraer leva R$ 1, 4 bilhão do BNDESEmpréstimo financiará desenvolvimento dos projetos do avião executivo de médio porte Legacy 500 e da segunda geração da família de jatos comerciais E-Jets
OBNDES aprovou on-
tem empréstimo de
R$ 1, 4 bilhão à Em-
braer, empresa tra-
dicionalmente apoiada pelo
banco de fomento. Os recur-
sos serão aplicados em inova-
ção tecnológica, no desenvol-
vimento dos projetos do Lega-
cy 500, avião executivo de
médio porte e da segunda ge-
ração da família de jatos co-
merciais E-Jets.
Boa parte do apoio virá por
meio do Programa BNDES de
Sustentação do Investimento,
o BNDES PSI, linha especial de
crédito voltado para a aquisi-
ção de bens de capital e inova-
ção. Em alguns casos, depen-
dendo do escopo do financia-
mento e do risco da empresa
que tomou o empréstimo, as
taxas de juros do programa
são negativas, ou seja, abaixo
da inflação. O banco, porém,
não divulgou inicialmente as
condições do financiamento à
E m b r a e r.
"O projeto, a ser desenvolvi-
do predominantemente na
planta industrial de São José
dos Campos (SP), está em li-
nha com a prioridade do BN-
DES de incentivar investimen-
tos em inovação, que permi-
tam melhorar a produtividade
e aumentar a competitividade
das empresas brasileiras nos
mercados interno e interna-
cional", diz o banco, em nota.
Segundo o BNDES, os novos
modelos das aeronaves terão
redução no consumo de com-
bustível, nas emissões de ga-
ses, nível de ruído e custo de
manutenção. (Folhapress)
Divulgação/Embraer
Segunda geração dos E-jets: "em linha com aprioridade do BNDES de incentivar investimentos em
inovação", segundo o banco.Argentina freia mercado de carros
Ovolume recorde de
veículos vendidos em
janeiro não foi sufi-
ciente para sustentar uma re-
tomada mais firme da ativida-
de nas montadoras. A produ-
ção do setor recuou 18,7% em
relação a janeiro do ano passa-
do e avançou 2,9% sobre de-
zembro. Os dados foram divul-
gados hoje pela Anfavea (as-
sociação das montadoras).
As vendas do primeiro mês
do ano –312,6 mil unidades, re-
corde para período –c re s c e r a m
0,4%, em comparação a 2013.
Foram impulsionadas pela de-
sova estoque de unidades com
Imposto sobre Produtos Indus-
trializados (IPI) reduzido, fatu-
radas no ano passado e por
campanhas de promoção.
As previsões para o ano são
de crescimento modesto de
produção e de vendas, devido
à restrição do crédito, cresci-
mento menor da renda das fa-
mílias e baixa confiança, so-
mando-se ainda aos feriados
da Copa.
Para a produção, além de
um mercado interno morno,
há ainda uma perspectiva de
piora nas exportações, que,
no ano passado, ajudaram a
garantir um avanço recorde
da produção apesar da retra-
ção nas vendas internas. As
vendas externas ca í ram
28,9% em janeiro, para 25,8
mil unidades. A causa princi-
pal são as barreiras impostas
pelo governo argentino –corte
de até 27,5% na compra de im-
portados para conter a dete-
rioração das reservas.
A Argentina é o principal
parceiro comercial das fábri-
cas brasileiras do setor: com-
pra nove de cada dez carros
exportados pelo Brasil. O país
vive uma crise cambial e ado-
tou, em dezembro, medidas
de restrição
Segundo Luiz Moan, presi-
dente da Anfavea, o governo
brasileiro finaliza propostas
para contornar as barreiras.
"Estamos na expectativa e na
busca de uma solução o mais
rápido possível. Temos uma
necessidade muito grande de
manter nossas exportações",
afirmou. Para Moan, há chan-
ces de entendimento, já que
os dois mercados tem um
acordo de integração produti-
va e não apenas comercial.
(Folhapress)
O governo brasileiro exami-
na "com lupa" a nova Farm Bill
– lei agrícola norte-americana
–para verificar se está de acor-
do com os interesses do setor
do algodão do Brasil, que ven-
ceu uma disputa na Organiza-
ção Mundial do Comércio
(OMC) obtendo o direito de re-
taliar os Estados Unidos por
conta de subsídios considera-
dos ilegais. Os ministérios das
Relações Exteriores, da Agri-
cultura e do Desenvolvimen-
to, Indústria e Comércio Exte-
rior estão envolvidos na análi-
se da nova legislação.
A informação foi passada
ontem pelo ministro das Rela-
ções Exteriores, Luiz Alberto
Figueiredo, em audiência pú-
blica na Comissão de Relações
Exteriores do Senado –primei-
ra reunião do gênero a que
comparece desde que assu-
miu a chefia do Itamaraty.
O Brasil anunciou em de-
zembro consultas públicas pa-
ra avaliar possível retaliação
contra os EUA por conta da in-
terrupção no ano passado de
pagamentos aos produtores
brasileiros de algodão, como
compensação pelas perdas
geradas pelos subsídios con-
cedidos a produtores norte-
americanos.
Os pagamentos de quase
US$ 150 milhões por ano,
acertados entre os dois paí-
ses, deveriam ter sido manti-
dos até a aprovação de uma lei
agrícola dos EUA que atendes-
se aos interesses brasileiros.
O ministro disse que o repre-
sentante comercial dos EUA,
Michael Froman, teria assegu-
rado, em encontro na semana
passada, que nova a lei aten-
derá a demandas brasileiras.
"Temos obviamente uma
autorização da OMC (Organi-
zação Mundial do Comércio)
de retaliação. Mas, claro, não é
isso que nos interessa neces-
sariamente. O que nos inte-
ressa é resolver a questão, re-
solver a pendência, de modo a
atender os interesses dos pro-
dutores brasileiros. Todas as
possibilidades estão sobre a
mesa”, disse.
O chanceler falou também
aos senadores sobre o acordo
de livre comércio entre Merco-
sul e União Europeia. Reco-
nheceu dificuldades no pro-
cesso, mas demonstrou oti-
mismo, graças à "evolução
sensível" do empresariado na-
cional sobre a importância do
acordo e minimizou desenten-
dimentos com a Argentina.
"Todo processo de integração
tem dificuldades, mas essas
dificuldades são sanadas",
afirmou. (Agências)
Governo analisa lei agrícola dos EUA
Ed Fe
rreira
/Esta
dão
Con
teúd
o
Figueiredo: "O que nos interessa é resolver a questão".
16 DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014
A japonesa Sony anuncia corte de 5 mil postos de trabalhoe US$ 988 milhões ao ano em custos fixos no longo prazo
Envie informaçõespara esta coluna.
E-mail: carlosfranco@revistap u b l i c i t t a . co m . b r
BOLO GIGANTE
Apple inauguraprimeira lojaoficial no Rio
Abertura será dia 15 e local foi escolhido por eventos esportivos
Aprimeira loja oficial da
Apple no Brasil abrirá
suas portas no próximo
dia 15 de fevereiro. A Apple
Store brasileira vai funcionar
no shopping de luxo Village
Mall, na Barra da Tijuca, zona
oeste do Rio de Janeiro.
O projeto da loja no Brasil
foi confirmado em novembro
de 2012.
A abertura está programa-
da para as 11 horas e, de acor-
do com email promocional en-
viado pela empresa a usuá-
rios, os primeiros 1.500 clien-
tes que visitarem a loja vão
ganhar uma camiseta come-
morativa.
O país é o 15º a ter uma Ap-
ple Store, o primeiro na Amé-
rica Latina. Há 422 Apple Sto-
re no mundo, segundo infor-
mações de dezembro do ano
p a s s a d o.
Em entrevista ao jornal "O
Globo", Peter Oppenheimer,
vice-presidente sênior e dire-
tor financeiro da Apple, es-
clareceu o motivo pelo qual a
ção dos visitantes. Em 2012, o
faturamento por empregado
das Apple Store nos Estados
Unidos era de aproximada-
mente US$ 1 milhão.
Em lojas da Apple, é possí-
vel ter assessoria gratuita e
suporte técnico para os produ-
tos da empresa. O usuário
marca um horário por meio do
site e é atendido por um fun-
cionário de forma exclusiva,
podendo realizar reparos ou
trocar o produto. O programa é
chamado One to One e tem um
custo de R$ 249 ao ano.
Na loja oficial, o cliente tam-
bém pode optar por adquirir
serviços de configuração para
o Mac comprado no local e trei-
namento de uso.
A Apple Store vai oferecer
periodicamente workshops
gratuitos sobre os principais
recursos dos produtos da Ap-
ple com duração de uma ho-
ra. Eles serão gratuitos, mas
vão exigir reserva, que pode
ser feita com a sua Apple ID.
(Fo l h a p r e s s )
empresa escolheu a cidade
do Rio de Janeiro, e não a ca-
pital paulista, para receber a
primeira sede física da Apple
Store do país.
"O Rio é uma cidade incrível
e queremos que a loja esteja
funcionando a tempo da reali-
zação da Copa do Mundo da FI-
FA e, mais adiante, da Olimpía-
da em 2016."
Atribui-se à Apple ter cha-
coalhado o setor do varejo de
eletrônicos com suas lojas re-
pletas de vendedores e de pro-
dutos expostos à manipula-
Sony diz adeus aos PCse fica com televisores
ASony aumentou os
esforços para
recuperar as
deficitárias operações com
eletrônicos, optando pela
saída do grupo da área de
computadores pessoais e
pela separação da unidade de
TVs. O conglomerado japonês
espera grandes perdas neste
ano. A empresa informou
ontem que a reestruturação
cortará 5 mil postos de
trabalho e 100 bilhões de
ienes (US$ 988 milhões) ao
ano em custos fixos no longo
prazo. Os prejuízos com
televisores têm atrapalhado
os esforços da Sony de
competir com gigantes como
Apple e Samsung.
A companhia, como
esperado nos últimos dias,
anunciou que a divisão de PCs
Vaio vai ser vendida para o
fundo de investimento Japan
Industrial Partners, que vai
criar uma companhia
separada para assumir as
operações da marca. A Sony,
inicialmente, manterá 5% de
participação na nova
empresa. Enquanto isso, a
divisão de televisores será
separada do grupo até julho.
Com custos de
reestruturação subindo ao
mesmo tempo em que os
negócios principais da
empresa com celulares e
entretenimento doméstico
ficam abaixo das
expectativas, a Sony
anunciou que espera prejuízo
líquido de 110 bilhões de
ienes (US$ 1,1 bilhão) no ano
fiscal que se encerra em
m a rç o.
Puxada por um forte
desempenho em sua unidade
de serviços financeiros no
trimestre de outubro a
dezembro, a Sony divulgou
um lucro operacional de 90,3
bilhões de ienes no trimestre.
Porém, com negócios
principais como
smartphones, PCs, TVs e
áudio mais fracos que o
esperado nos primeiros nove
meses do ano fiscal, a Sony
cortou a estimativa de lucro
operacional para o ano de
170 bilhões para 80 bilhões
de ienes. (Reuters)
Apublicidade brasileira movi-
mentou R$ 112,6 bilhões em
2013. É o que revela a pesquisa
"Ibope Media", apontando um cresci-
mento de 18,6% em relação a 2012. A
Copa das Confederações e as promo-
ções antecipadas para a Copa do Mun-
do de 2014 explicam o movimento. En-
tre os anunciantes, o destaque fica pa-
ra a Unilever que, depois de 11 anos,
volta a ocupar o topo do ranking, com a
então líder Casas Bahia assumindo a
segunda posição. Apesar da dança das
cadeiras, a agência de Roberto Justus,
a Y&R, que tem a conta da rede de va-
rejo de Samuel Klein continua no topo.
Em segundo lugar entre as agên-
cias, aparece a Borghi/Lowe, que era a
quinta em 2012. A Ogilvy se manteve
como terceira do ranking de agências,
seguida de AlmapBBDO, WMcCann,
Publicis, Africa, JWT, Havas Worldwide
e F/Nazca S&S.
Entre os produ-
tos da Unilever que
p a s s a r a m a g a-
nhar maior proje-
ção está Dove que,
com a campanha
da Ogilvy "Beleza
rea l e na tu ra l " ,
tem feito enorme
sucesso. Ao colo-
car em todas as pe-
ças da campanha,
inclusive no mate-
r ia l de ponto de
venda, mulheres
comuns, do dia a
dia, atraiu simpa-
tia e empa tia.
É exatamente a
fórmula que o no-
velista Manoel Car-
los, o Maneco, promete colocar no
elenco da novela global “Em famí-
li a. .. ”. É que as pessoas andam
cansadas de mentiras e qual-
quer menina sabe que não bas-
ta uma sandália para ela virar Gi-
sele Bündchen, então, o mundo
real, tem seu apelo.
O baianinho da Casas Bahia também
promete driblar neste ano, marcando
gols para a rede líder do varejo. A Y&R
ainda tem a conta, mas pode perder
parte, é uma disputa acirrada e a bola
está em campo.
Nessa página ilustrada pelos produ-
O baianinho daCasas Bahia devecontinuar brilhando
AMBEVinvestiu R$1,75 bilhão emmarcas comoBrahma, Skol eAntarctica.
APESAR de ser a maior empresabrasileira, ficou apenas na sextaposição entre os anunciantes.
OITAVA colocadaentre osanunciante:Vo l k s w a g e n .
BELEZA real e natural:linha Dove ganhoumaior projeção entreos produtos daU n i l e v e r.
tos e redes que coloca-
ram fermento no gi-
gante bolo publicitá-
rio, a Unilever tem ain-
da entre muitos outros
produtos Omo, Axe,
Hellmann’s e Kibon.
A grande surpresa
fica por conta do ter-
ceiro anunciante do
Brasil em 2013: o Grupo Genomma. Es-
se grupo farmacêutico, dono das mar-
cas Asepxia, Cicatricure e Goicoechea
para espinhas, rugas e varizes, decidiu
jogar pesado no mercado para con-
quistar o consumidor de classe C, que
começa a dar seus “rol ez in ho s” no
mundo do consumo. Esses produtos
tornam-se, assim, parceiros de seus
usuários. Deu resultado.
Já na quarta posição ficou a AmBev,
com investimento de R$ 1,75 bilhão pa-
ra sustentar marcas como Brahma,
Skol e Antarctica. Na quinta posição, fi-
cou a Caixa, onde programas de mora-
dia, móveis e eletrodomésticos popu-
lares fizeram a alegria das classes as-
cendentes.
A Petrobras, apesar do aniversário
de 60 anos, que teve no passado a cam-
panha “O petróleo é nosso” como mar-
co, ocupou apenas em sexto lugar no
ranking de anunciantes, embora seja a
maior empresa brasileira. A Hypermar-
cas aparece em sétimo, investindo pe-
sado em marcas como Doril, Benegrip,
Biotônico Fontoura, Zero-Cal e Adocyl.
A oitava posição foi da Volkswagen,
seguida de Vivo e Reckitt Benckiser, a do-
na de produtos de limpeza como Veja.
Entre os meios de comunicação, TV
ficou com a maior fatia do bolo, de
53%, uma queda suave de mero ponto
percentual em relação a 2012. O jor-
nal impresso passou de uma fatia de
18% para 16% e as revistas de 8% para
6%, ficando pela primeira vez abaixo
do investimento publicitário em inter-
net, de 7%. Sinal dos tempos e de que
o público está mais exigente, embora
as campanhas nem tanto. A classe C
agora já chegou, isso muda muito. O
ano que começa é decisivo. Vamos
a c o m p a n h a r.
RECKITTBenckiser:investiupesado paraanunciar itensde limpeza.
HYPERMARCAS,do BiotônicoFontoura:7º lugar.
Fotos: Divulgação
CAIXA:alegria paraa populaçãoda classe C.
A operadoraVivo foi anonaanuncianteno Brasil em2013
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO ECONOMIA/LEGAIS - 17
1. Data, hora e local: Em 30/12/2013, às 9h, na sede da Cia., localizada na Av. Angélica, 2.330/2.346/2.364, 9ºA, Sala 904,Consolação, CEP 01228-200, SP/SP. 2. Convocação e Presença: Convocação dispensada nos termos do art. 124, §4º, da Lei6.404/1976 (“LSA”), em virtude da presença de acionistas representando a totalidade do capital social. 3. Mesa: Presidente: Cesarde Araújo Mata Pires; Secretário: Mateus Coutinho de Sá Oliveira. 4. Ordem do Dia e Deliberações Tomadas: Discutidas asmatérias constantes da ordem do dia, foram tomadas, por unanimidade, as seguintes deliberações: 4.1. Criar um novo cargo deDiretor de Governança Corporativa na Diretoria Executiva da Cia., com as seguintes atribuições: (i) Propor aos acionistas políticase ações que assegurem o alinhamento da gestão, atividades e processos decisórios das empresas do grupo OAS às melhorespráticas de Governança Corporativa; (ii) Coordenar, dirigir e supervisionar o trabalho de discussão e desenvolvimento de projetosde governança corporativa; e (iii) Recomendar aos acionistas ações e políticas a serem adotadas para aprimoramento do processode governança corporativa do grupo OAS. 4.2. Em razão da deliberação acima, alterar o caput dos art. 7º, e os §1º, §3º e §4º doart. 8º e incluir o art. 12 no Estatuto Social da Cia. nos termos do Estatuto Social abaixo consolidado. 4.3. Eleger para o cargo deDiretora de Governança Corporativa, com mandato iniciando em 01/01/2014 e findando na AGO a realizar-se em 2016, a Sra.Maria Beatriz Lira Gomes Ferraz, brasileira, casada, advogada, portadora da carteira de identidade RG nº 26.610.538-2, SSP/SP, CPF/MF nº 272.376.328-50, com domicílio para fins do §2º, do Art. 149 da LSA, na Av. Angélica, 2.346, 9ºA, Consolação, SP/SP, CEP 01228-200; 4.4. Conhecer a renúncia do atual Diretor Financeiro e de Relação com Investidores da Cia., Sr. MateusCoutinho de Sá Oliveira, que permanecerá em seu cargo até 31/12/2013; 4.5. Em virtude da renúncia acima, eleger para o cargode Diretor Financeiro e de Relações com Investidores, com mandato iniciando em 01/01/2014 e findando na AGO a realizar-se em2016, o Sr. Josedir Barreto dos Santos, brasileiro, casado, advogado, portador da carteira de identidade RG nº 09074788-75,SSP/BA, CPF/MF nº 837.873.725-04, com domicílio, para fins do art. 149, §2º da LSA, na Av. Angélica, 2.346, 9ºA, Consolação,SP/SP, CEP 01228-200; 4.6. Assim, a partir de 01/01/2014, a Diretoria da Cia. ficará composta pelos seguintes Diretores, commandato unificado até AGO a realizar-se em 2016: (i) Josedir Barreto dos Santos, brasileiro, casado, advogado, portador dacarteira de identidade RG nº 09074788-75, SSP/BA, CPF/MF nº 837.873.725-04, ora eleito como Diretor Financeiro e de Relaçõescom Investidores; (ii) Maria Beatriz Lira Gomes Ferraz, brasileira, casada, advogada, portadora da carteira de identidade RG nº26.610.538-2, SSP/SP, CPF/MF nº 272.376.328-50, como ora eleita Diretora de Governança Corporativa; e (iii) Agenor XavierValadares, brasileiro, casado, advogado, portador da carteira de identidade RG nº 00921509,-34 SSP/BA, CPF/MF nº050.898.245-98, eleito como Diretor Jurídico na AGEO realizada em 30/04/2013; todos com domicílio, para fins do art. 149, §2ºda LSA, na Av. Angélica, 2.346, 9ºA, Consolação, SP/SP, CEP 01228-200. 4.7. Os Diretores ora eleitos tomarão posse mediante aassinatura de termo de posse lavrado no Livro de Atas de Reunião de Diretoria da Cia., dentro do prazo legal, onde deverão prestaras declarações de desimpedimento, dispensada a garantia de gestão. 4.8. Diante das alterações dispostas acima, promover areforma do estatuto social da Cia., que passará a vigorar com a redação que consta no Anexo I da presente ata. 5. Encerramento:Após lavrada, lida e aprovada, a presente ata foi assinada pelos presentes. 6. Assinaturas: Cesar de Araújo Mata Pires (Presiden-te); Mateus Coutinho de Sá Oliveira (Secretário); CMP Participações Ltda. (Acionista); LP Participações e Engenharia Ltda. (Acionis-ta).Confere com o original lavrado em livro próprio. São Paulo, 30/12/2013. Mateus Coutinho de Sá Oliveira - Secretário daMesa. JUCESP nº 32.062/14-0 em 21/01/14. Gisela S. Ceschin. Secr.-Geral. Estatuto Social - Cap. I - Denominação, Duração,Sede, Filiais e Objeto Social - Art. 1º - A OAS S.A. (“Cia.”) é uma sociedade por ações, regida pelo presente Estatuto Social epelas disposições legais que lhes forem aplicáveis, especialmente Lei nº 6.404/76, e suas alterações posteriores (“LSA”), vigoran-do por prazo indeterminado. Art. 2º - A Cia. tem sua sede e foro na Av. Angélica nºs 2.330/2.346/2.364, 9ºA, sala 904, B. Conso-lação, CEP 01228-200, SP/SP, local onde funciona o seu escritório administrativo, podendo abrir filiais, escritórios e representaçõesem qualquer localidade do país ou do exterior, mediante deliberação da Diretoria. §Único: A Cia. mantém filiais nas seguintes lo-calidades: (i) na Cidade e Estado do Rio de Janeiro, com endereço na Praia de Botafogo, 440, 19ºA, bairro Botafogo, CEP 22250-040, CNPJ/MF nº 14.811.848/0003-77, NIRE 33.9.0060969-6; (ii) na Cidade de Salvador/BA, com endereço na Av. Luiz ViannaFilho, 6462, Ed. Wall Street West, Torre B, 11ºA, sala 1102, CEP 41730-101, CNPJ/MF nº 14.811.848/0006-10, NIRE29.9.0070069-1; (iii) na Cidade de Goiânia/GO, com endereço na Al. do Botafogo, 553, Quadra 62, Lote 159, Setor Central, CEP74030-020, CNPJ/MF nº 14.811.848/0010-04, NIRE 52.9.0056365-9; (iv) na Cidade de Fortaleza/CE, com endereço na Av. Prof.Gomes de Matos, 648, Loja 204, Bom Futuro, CEP 60416-392, CNPJ/MF n° 14.811.848/0009-62, NIRE 23.9.0036924-7; (v) naCidade de Belo Horizonte/MG, com endereço na Av. Brasil, 1.483, 15ºA, sala 1503/1504, parte “A”, Funcionários, CEP 30140-003,CNPJ/MF nº 14.811.848/0011-87, NIRE 31.9.0199872-4; (vi) na Cidade de Porto AlegreRS, com endereço na Av. Padre Leopol-do Brentano, 110, sala 01, Humaitá, Porto Alegre/RS, CEP 90250-590, CNPJ/MF nº 14.811.848/0013-49, NIRE 43.9.0154657-2;(vii) na Cidade de Maceió/AL, com endereço na Av. Dr. Antônio Gouveia, 61, sala 704, Ed. Ocean Tower, Pajuçara, CEP 57030-170,CNPJ/MF nº 14.811.848/0014-20, NIRE 27.9.0032483-2; (viii) na Cidade de Londrina/PR, com endereço na Av. Juscelino Kubits-chek, 3.900, sala 1, V. Penterich, CEP 86010-540, CNPJ/MF nº 14.811.848/0015-00, NIRE 41.9.0125560-6; (ix) na Cidade deBelém/PA, com endereço na R. Bernal do Couto, 362, Umarizal, CEP 66055-080, CNPJ/MF nº 14.811.848/0017-72, NIRE15.9.0037560-7; e (x) na Cidade e Estado de São Paulo, com endereço na Av. Eliseu de Almeida nºs 1.650/1.836, Instituto dePrevidência, CEP 05533-000, CNPJ/MF nº 14.811.848/0016-91, NIRE 35.9.0435685-9. Art. 3º - A Cia. tem por objetivo sociala: (i) exploração da atividade de engenharia civil e da indústria de construção civil e pesada, inclusive gerenciamento e execuçãode projetos e obras; (ii) importação e exportação em geral; (iii) compra e venda de materiais, máquinas e equipamentos; (iv)compra e venda de imóveis sem corretagem; (v) locação de bens móveis; (vi) aproveitamento e exploração de jazidas minerais;(vii) serviços de dragagem e transporte/navegação marítima, fluvial e lacustre; (viii) manutenção e montagem industrial, instala-ções e montagens elétricas, eletrônicas, eletromecânicas e mecânicas; (ix) realização ou condução de atividades de pesquisa,projeto, desenvolvimento, industrialização, prestação dos serviços de tecnologia industrial básica, assistência técnica e transferên-cia de tecnologia, produção, reparo, conservação, revisão, conversão, modernização ou manutenção de Produto Estratégico deDefesa no País, consoante definição da Lei nº 12.598/12, incluídas a venda e a revenda somente quando integradas às atividadesindustriais supracitadas; e (x) participação como sócia ou acionista de outras sociedades no Brasil e no Exterior de qualquer ramo,podendo inclusive, constituir e participar em consórcio de empresas e abrir novos estabelecimentos, sucursais e filiais em qualquerlocalidade do Território Nacional e no Exterior. Cap. II - Capital Social e Ações - Art. 4º - O capital subscrito é de R$500.000.000,00, dividido em 500.000.000 de ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal, totalmente integralizadas emmoeda corrente nacional. Art. 5º - Às ações da Cia. são assegurados os direitos que a Lei confere às ações de cada espécie. §1º:Cada ação ordinária dá direito a um voto nas deliberações das Assembleias Gerais. §2º: A Cia., nos termos da Lei, poderá adquirirações de sua emissão, para cancelamento ou manutenção em tesouraria para posterior alienação, mediante autorização da AG.§3º: A Cia. poderá contratar, com instituição credenciada para serviços de agente emissor de certificados, a escrituração e guardados livros de registro e transferência de ações. Cap. III - Da Administração - Art. 6º - A Cia. será administrada por uma DiretoriaExecutiva, com os poderes conferidos em Lei e por este Estatuto Social, sendo ativa e passivamente representada nos termos doArt. 13 do presente Estatuto. §1º: A remuneração da Diretoria Executiva será fixada anualmente pela AG. §2º: Os membros daDiretoria Executiva tomarão posse na forma do que dispõe o artigo 149 da LSA, tendo os requisitos, impedimentos, deveres, obri-gações e responsabilidades contempladas na mesma Lei, arts. 145 a 158, dispensando-se a constituição de caução em garantiadas gestões. Art. 7º - A Diretoria Executiva é composta por 03 Diretores, residentes no País, eleitos e destituíveis, a qualquertempo, pela AG, com mandato de 03 anos, permitida a reeleição, com as designações seguintes: Diretor Financeiro e de Relaçãocom Investidores, Diretor Jurídico e Diretor de Governança Corporativa. §1º: Ao final de seus mandatos, os Diretores permanecerãoem seus cargos até a posse dos novos Diretores. §2º: Em caso de vacância ou impedimento definitivo de cargo da Diretoria, osubstituto será eleito pela AG e exercerá, quando for o caso, as funções pelo tempo que faltar ao Diretor substituído. Cap. IV -Funcionamento da Diretoria Executiva - Art. 8º - A Diretoria Executiva reunir-se-á, sempre que os interesses sociais o exigirem,e as reuniões serão convocadas por qualquer Diretor, mediante convocação escrita - através de carta, correio eletrônico ou outromeio de comunicação com comprovante de recebimento - contendo, além do local data e hora da reunião, a ordem do dia. Asconvocações deverão, sempre que possível, encaminhar as propostas ou documentos a serem discutidos ou apreciados. §1º: Asreuniões da Diretoria serão instaladas com a presença da maioria de seus membros em exercício, sendo o presidente da reuniãoescolhido entre os presentes. Considera-se presente à reunião o Diretor que estiver, na ocasião, (i) participando da reunião porconferência telefônica, vídeo conferência ou qualquer outro meio de comunicação que permita a identificação do Diretor e a comu-nicação simultânea com as demais pessoas presentes à reunião, ou (ii) que tiver enviado seu voto por escrito; ficando o presiden-te da reunião investido dos poderes para assinar a respectiva ata da Reunião da Diretoria em nome do Diretor que não estejapresente fisicamente. §2º: As reuniões da Diretoria serão realizadas, preferencialmente, na sede da Cia.. §3º: As deliberações daDiretoria Executiva serão tomadas mediante o voto favorável da maioria dos seus membros. §4º: Em se verificando qualquer im-passe entre os Diretores, a matéria objeto da discussão e impasse será levada à deliberação da AG, que decidirá em última instân-cia sobre o assunto. §5º: Todas as deliberações da Diretoria constarão de atas lavradas no respectivo livro de atas de reuniões daDiretoria e assinadas pelos membros da Diretoria que estiverem presentes, observado o disposto no final do §1º acima. Cap. V -Competência dos Diretores e Representação - Art. 9º - Compete aos Diretores, nos limites de suas respectivas atribuições: (i)propor à AG as diretrizes fundamentais, dentro dos objetivos e metas da Cia., para exame e deliberação; (ii) assegurar o bom an-damento dos negócios sociais, decidir e praticar todos os atos necessários à realização do objeto da Cia., desde que não sejam dacompetência exclusiva da AG e também não necessitem de prévia aprovação na forma deste Estatuto; (iii) promover convênios econtratar, dentro dos fins da Cia., com pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado, nacionais ou estrangeiras; (iv)
adquirir, onerar e alienar bens móveis, inclusive os integrantes do ativo permanente, prestar garantias a obrigações próprias eprestar quaisquer garantias a obrigações de terceiros, observado o disposto neste Estatuto Social; (v) aprovar, no âmbito de suaalçada, os critérios relativos aos cargos e salários e ao regime disciplinar dos empregados da Cia.; (vi) elaborar e apresentar aofinal de cada exercício social as Demonstrações Financeiras, na forma da LSA, instruídas com o Parecer dos Auditores Indepen-dentes, para apreciação do Conselho Fiscal, se instalado, e aprovação pela AG; (vii) elaborar o orçamento da Cia.; (viii) instalarescritórios de representação da Cia. em locais de interesse para os negócios sociais, quando necessário; (ix) aprovar normas, re-gimentos e manuais da Cia., dando sempre conhecimento à AG; (x) representar da Cia., ativa e passivamente, em juízo ou foradele, perante quaisquer terceiros e repartições públicas federais, estaduais ou municipais, bem como a praticar todos os atos ne-cessários ou convenientes à administração dos negócios sociais, respeitados os limites previstos em lei ou no presente EstatutoSocial. §Único. São expressamente vedados, sendo nulos e inoperantes em relação à Cia., os atos de qualquer dos sócios, Dire-tores ou procuradores da Cia. que a envolverem em obrigações relativas a negócios ou transações estranhas ao seu objeto social.Art. 10 - Compete ao Diretor Financeiro e de Relação com Investidores, dentre outras atribuições que lhe venham a ser estabele-cidas: (i) dirigir, coordenar e controlar as atividades de natureza financeira da Cia., tanto de captação como de aplicação de recur-sos; (ii) coordenar e supervisionar a gestão corporativa das informações gerenciais referentes a metas de vendas, rentabilidade,orçamento, fluxo de caixa, conta corrente e indicadores econômico-financeiros da Cia. e de suas sociedades controladas; (iii) geriras contas bancárias e determinar movimentação financeira das contas bancárias da Cia. e supervisionar estas operações em re-lação às suas sociedades controladas; (iv) gerir as atividades de tesouraria da Cia. e de suas sociedades controladas; (v) aprovarpagamentos e elaborar o orçamento, o fluxo de caixa, a planilha de rentabilidade e de controle de conta corrente da Cia.; (vi) pla-nejar e viabilizar operações com moedas estrangeiras, para a Cia. e suas sociedades controladas; (vii) obter, controlar e resgatarcauções junto às instituições financeiras; (viii) planejar, orientar e supervisionar a execução de planejamentos financeiro-tributá-rios; (ix) analisar, contratar e controlar empréstimos e financiamentos da Cia. e de suas sociedades controladas; (x) promover orelacionamento com instituições financeiras e com o mercado financeiro em geral; (xi) garantir aos acionistas o acesso às infor-mações de maneira democrática, transparente e precisa, inclusive prover informações sobre o desempenho e os resultados daCia.; (xii) prestar informações aos investidores e, se for o caso, ao mercado; e (xiii) desempenhar as demais atividades relaciona-das à sua área de atuação. Art. 11 - Compete ao Diretor Jurídico, dentre outras atribuições que lhe venham a ser estabelecidas:(i) dirigir, planejar e coordenar as atividades jurídicas da Cia.; (ii) assessorar a Cia. nos aspectos jurídicos, estudando e interpretan-do textos legais, leis, jurisprudências e demais documentos legais, com o fim de otimizar as atividades da Cia. e aplicá-los embenefício dos interesses sociais; (iii) orientar o corpo de advogados sob sua responsabilidade em questões jurídicas; e (iv) coorde-nar a contratação de advogados e escritórios de advocacia para a defesa dos interesses da Cia., podendo, para tanto, mas não selimitado a, assinar contratos de honorários e outorgar procuração “ad judicia”. Art. 12 - Compete ao Diretor de Governança Cor-porativa, dentre outras atribuições que lhe venham a ser estabelecidas: (i) Propor aos acionistas políticas e ações que asseguremo alinhamento da gestão, atividades e processos decisórios das empresas do grupo OAS às melhores práticas de GovernançaCorporativa; (ii) Coordenar, dirigir e supervisionar o trabalho de discussão e desenvolvimento de projetos de governança corpora-tiva; e (iii) Recomendar aos acionistas ações e políticas a serem adotadas para aprimoramento do processo de governança corpo-rativa do grupo OAS. Art. 13 - Observadas as exceções contidas no presente Estatuto Social, inclusive nos §s Segundo e Terceiroabaixo, os atos e operações de administração dos negócios sociais que importem responsabilidade ou obrigação para a Cia. ou quea exonerem de obrigações para com terceiros, poderão ser praticados, por (i) qualquer Diretor isoladamente; ou (ii) 01 procurador,observado quanto à nomeação de procuradores o disposto no §1º deste Artigo. §1º: A Cia. poderá, através de assinatura de 01Diretor - ou de 02 Diretores conjuntamente, se para os fins dispostos no §Segundo abaixo, constituir procuradores, outorgando--lhes, por prazo determinado não superior a 02 anos, poderes específicos de administração, exceto os poderes da cláusula “adjudicia” ou para a defesa dos interesses da Cia. em processos administrativos, que poderão ser outorgados por prazo indetermina-do. §2º: Fica estabelecido, que, os atos abaixo elencados dependerão da assinatura conjunta de: (a) 02 Diretores; (b) 01 Diretor e01 procurador, nos limites dos poderes que lhe forem conferidos; ou (c) 02 procuradores, nos limites dos poderes que lhes foremconferidos: (i) representação da Cia. perante instituições financeiras, realizando todo e qualquer ato referente a movimentação desuas contas correntes e aplicações financeiras; (ii) celebração de contratos de empréstimo, financiamento, derivativo, cessão decrédito e todo e qualquer contrato financeiro e respectivas garantias; (iii) emissão e endosso de duplicatas para efeito de descon-to, caução ou cobrança, assinatura de borderôs, recebimento e quitação em duplicatas de emissão da Cia.; (iv) concessão de avale/ou fiança, inclusive cartas de crédito, de fiança bancária e seguro garantia, exceto fianças concedidas em contratos de locação,nas quais será permitida a representação isolada por qualquer Diretor; (v) representação da Cia. perante agentes do sistema finan-ceiro de habitação; (vi) aquisição, oneração e/ou alienação de cotas ou ações de sociedades em que a Cia. ou sociedades de seugrupo econômico participe, com a finalidade de garantir financiamento de seus projetos ou empréstimos corporativos; (vii) aliena-ção, aquisição e/ou oneração de imóveis em nome da Cia., com a finalidade de garantir financiamento de projetos ou empréstimoscorporativos. §Terceiro: A prática dos seguintes atos depende da aprovação prévia e por escrito dos acionistas representando amaioria do capital social: (i) a alienação, aquisição e/ou oneração de imóveis, exceto com a finalidade de garantir financiamento deprojetos ou empréstimos corporativos; (ii) a alienação, aquisição e/ou oneração de participação societária, exceto com a finalidadede garantir financiamento aos projetos em que a Cia. ou sociedades de seu grupo econômico participe, direta ou indiretamente,como sócia ou acionista; (iii) a concessão de aval, fiança e dação de bens em garantia para negócios estranhos ao objeto social,ou para sociedades nas quais a Cia. não participe, direta ou indiretamente, como sócia ou acionista; (iv) a celebração de acordosde acionistas, quotistas e/ou de investimentos; (v) a orientação do voto da Cia. nas sociedades em que a Cia. participe quanto àsmatérias constantes do presente §e do Artigo 18 abaixo; e (vi) a aprovação pela Cia. das matérias constantes do presente §e doArt. 18 abaixo em relação às sociedades em que a Cia. participe. Cap. VI - Conselho Fiscal - Art. 14 - O Conselho Fiscal somen-te será instalado nos exercícios sociais em que for convocado mediante deliberação dos acionistas, conforme previsto em Lei. Art.15 - O Conselho Fiscal, quando instalado, será composto por no mínimo 03 e no máximo 05 membros e por igual número de su-plentes, eleitos pela AG de Acionistas, sendo permitida a reeleição, com as atribuições e prazos de mandato previstos em Lei. §1º:A remuneração dos membros do Conselho Fiscal será estabelecida pela AG de Acionistas que os eleger. §Segundo: Aplica-se aoConselho Fiscal, quanto às normas de eleição, requisitos, impedimentos, investidura, obrigações, deveres e responsabilidades oque dispõe a LSA, arts. 161 a 165, seus §s, incisos e alíneas. Cap. VII - Assembleias Gerais - Art. 16 - Respeitada a legislaçãoem vigor, a AG será convocada na seguinte ordem: (i) por qualquer dos Diretores; ou (ii) pelas pessoas legalmente habilitadas nostermos da LSA. §1º: Os trabalhos da AG serão dirigidos por mesa composta de presidente e secretário, escolhidos pelos acionistaspresentes. §2º: As Assembleias serão realizadas e as deliberações serão tomadas com base nos quoruns previstos na legislaçãoem vigor. Art. 17 - As Assembleias Gerais serão realizadas: (i) ordinariamente e anualmente, com a finalidade prevista no art. 132da LSA, nos quatro primeiros meses subsequentes ao encerramento do exercício social; e; (ii) extraordinariamente, sempre que osinteresses sociais o exigirem. §Único: O conjunto de acionistas e grupos de acionistas estrangeiros não podem exercer em cadaAG número de votos superior a 2/3 do total de votos que puderem ser exercidos pelos acionistas brasileiros presentes. Art. 18 -Compete à AG, além de outras matérias indicadas na lei ou neste Estatuto Social: (i) a reforma do presente Estatuto Social; (ii) aeleição e destituição de administradores da Cia.; (iii) a fixação e alteração da remuneração dos administradores e dos critérios departicipação nos lucros da Cia.; (iv) a aprovação de contas e das demonstrações financeiras; (v) a emissão de debêntures; (vi) aavaliação de bens que o acionista concorrer para formação do capital social; (vii) a transformação, fusão, incorporação e cisão daCia.; (viii) a declaração ou pedido de falência, recuperação judicial ou extrajudicial, dissolução, liquidação ou cessação do estadode liquidação da Cia., (ix) a destinação do lucro líquido e distribuição de dividendos; (x) a alteração das características, direitos ouvantagens das ações existentes e criação e emissão de outras classes ou espécies de ações; e (xi) a redução do dividendo obri-gatório. Cap. VIII - Exercício Social, Lucros e Dividendos - Art. 19 - O exercício social terá inicio em 01 de janeiro e terminaráem 31 de dezembro de cada ano, findo o qual serão elaborados o balanço geral e as demonstrações financeiras exigidas em lei.Art. 20 - Do resultado do exercício apurado na forma da legislação em vigor serão deduzidos os prejuízos acumulados, se houver,e a provisão para o Imposto de Renda. Art. 21 - Após procedidas as deduções referidas no Artigo anterior, a AG poderá atribuir aosadministradores e funcionários uma participação sobre os lucros remanescentes respeitadas as lotações legais. Art. 22 - O saldo,após deduzidas as participações no resultado, configurará o lucro liquido do exercício, que será objeto de proposta à AG, e terá aseguinte destinação: (i) 5% para a constituição de Reserva Legal, que não excederá 20% do Capital Social; (ii) formação de Re-servas para Contingências, caso haja necessidade; (iii) constituição de Reservas de Lucro a Realizar, se for o caso, na forma pre-vista pela legislação; (iv) pagamento de dividendos anuais obrigatórios de, no mínimo 25% sobre o lucro liquido do exercício,ajustado na forma da lei de acordo com as deduções previstas nos itens (i), (ii) e (iii) acima; e (v) a AG resolverá sobre o destino dosaldo remanescente do lucro líquido do exercício. Art. 23 - A Cia. poderá levantar balanços mensais e sobre eles decidir sobre opagamento de dividendos. §Único: A Diretoria Executiva poderá declarar dividendos intermediários à conta de reserva de lucrosverificada no Balanço. Cap. IX - Liquidação - Art. 24 - A Cia. entrará em liquidação nos casos previstos em Lei, competindo à AGeleger o liquidante e os membros do Conselho Fiscal que deverão funcionar no período da liquidação, fixando-lhes a remuneração.Cap. X - Das Disposições Gerais - Art. 25 - A Cia. é regida pela legislação brasileira aplicável às sociedades anônimas, pelasdisposições contidas no presente Estatuto Social e pelo Acordo de Acionistas celebrado pelos sócios. Confere com o original lavra-do em livro próprio. SP, 30/12/2013.Mateus Coutinho de Sá Oliveira - Secretário da Mesa.
OAS S.A.CNPJ/MF nº 14.811.848/0001-05 - NIRE 35.3.0038001-1
Ata da Assembleia Geral Extraordinária realizada em 30 de dezembro de 2013
PREFEITURA MUNICIPAL DE
TAUBATÉ/SPCONCORRÊNCIA PÚBLICA Nº 01/14
A Prefeitura Municipal de Taubaté, pela Presidência da Comissão Permanente de Licitaçõese com base na Lei Federal nº 8.666/93 e suas alterações, torna público aos interessados, quese acha aberta: Concorrência Pública nº 01/14 – Construção de uma Unidade Básica deSaúde Porte III no loteamento Parque 3 Marias, com vencimento às 08h30 do dia 12.03.14.O Edital completo encontra-se disponível no Departamento de Compras, no horário das 08hàs 12h e das 14h às 18h, podendo ser adquirido mediante recibo original de depósito doBanco Santander, Agência 0056 - Conta-corrente nº 45000273-2, no valor de R$ 52,00(Cinquenta e Dois Reais) cada edital ou gratuitamente no site desta Prefeiturawww.taubate.sp.gov.br.
Taubaté, 06 de fevereiro de 2014.Solange de Faria Santos – p/ Presidente C.P.L.
EMPRESA METROPOLITANA DE TRANSPORTESURBANOS DE SÃO PAULO S.A.
CNPJ: 58.518.069/0001-91
AVISO DE LICITAÇÃO - PREGÃO ELETRÔNICO EMTU/SP Nº 006/2014OBJETO: Contratação de empresa especializada para prestação de serviços de operação de coberturas de riscos em planode seguro de pessoas. REALIZAÇÃO DA SESSÃO PÚBLICA: 21.02.2014, às 10 horas, no endereço eletrônicowww.bec.sp.gov.br ou www.bec.fazenda.sp.gov.br. O edital está disponível na Internet, nos sítios: www.emtu.sp.gov.br,www.e-negociospublicos.com.br, www.bec.sp.gov.br e www.bec.fazenda.sp.gov.br. Outras informações poderão serobtidas pelos tels.: 11 4341-1196 ou 4341-1040.
SEAC-SP Sindicato das Empresas de Asseioe Conservação no Estado de São Paulo
C.N.P.J. nº 62.812.524/0001-34
Pelo presente edital, ficam os associados quites e em pleno gozo de seus direitos sindicais, convocadospara a Assembleia Geral Extraordinária, a realizar-se em 1ª Convocação no dia 24 de fevereiro de2014, na sede social situada à Av. República do Líbano, 1.204 - Jd. Paulista-SP, às 16h00, e 2ªConvocação às 16h30min. Discutir e deliberar sobre a seguinte ordem do dia: a) Criação de umacomissão com poderes para aprovar a implantação do SESMT - COLETIVO OU SESMT COMUM nosegmento de asseio e conservação junto com a FEMACO e demais entidades sindicais profissionaisdo mesmo segmento com a finalidade de firmar termo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho 2014.b) Assuntos Gerais.
São Paulo, 06 de fevereiro de 2014Rui Monteiro Marques - Presidente
EDITALDE PREGÃOELETRÔNICONº. 20/2014PROCESSON°. 3139/2013
OBJETO: Aquisição de equipamentos para execução através de método nãodestrutível, de mudança/substituição de ligações de água antigas, em materialgalvanizado, conforme edital. O Edital na íntegra poderá ser obtido nos siteswww.bb.com.br e www.saaesaocarlos.com.br - opção licitações. Abertura daspropostas às 09h00min do dia 21/02/2014 e o início da sessão de disputa às15h00min do dia 21/02/2014 (horário de Brasília).
Marcel Rodrigo dos Santos - PregoeiroSão Carlos, 06 de fevereiro de 2014. Gerência de Finanças e Suprimentos.
SERVIÇO AUTÔNOMODE ÁGUA E ESGOTO
AVISO DE LICITAÇÃO. MODALIDADE: PregãoPresencial 09/2014, PROCESSO: 17/2014,OBJETO RESUMIDO: REGISTRO DE PREÇOSDE MATERIAIS DE LIMPEZA, DATA E HORA DALICITAÇÃO: 20/02/2014 as 9h00, LOCAL DALICITAÇÃO: Sala de Licitações do PaçoMunicipal, na Praça Cel. Brasílio Fonseca, 35,Centro, Guararema – SP. O Edital poderá ser lidoe obtido na íntegra no Paço Municipal deGuararema, no período das 08h30min às 16h00.Os interessados poderão obter o Edital por e-mail,enviando mensagem eletrônica para o endereç[email protected], informando osdados da empresa, a modalidade e o número dalicitação. Outras informações podem ser obtidaspelo telefone (11) 4693-8016. MARCIO LUIZALVINO DE SOUZA, Prefeito Municipal.
SERVIÇOAUTÔNOMO DE ÁGUAE ESGOTO DE SOROCABAO Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Sorocaba comunica que se acha aberto, o Pregão
Eletrônico nº 02/2014 - Processo nº 11.892/2013, destinado a aquisição de tubo de ferro fundido
dúctil, SESSÃO PÚBLICA dia 21/02/2014 às 10:00 horas. Informações pelo site www.licitações-e.
com.br, pelos tel. (15) 3224-5810/5811/5812/5813/ 5814/5815/ 58165817/5819/5821/5822/5823/
5824/5825 e 5826, ou pessoalmente na Av. Pereira da Silva, nº 1.285, no Setor de Licitação e
Contratos. Sorocaba, 06 de fevereiro de 2014. Érica Aparecida de Menezes Ribeiro - Pregoeira
SERVIÇOAUTÔNOMO DE ÁGUAE ESGOTO DE SOROCABAO Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Sorocaba comunica que se acha aberto, o Pregão
Eletrônico nº 05/2014 - Processo nº 12.028/2013, destinado a aquisição de ladrilho padrão oficial,
SESSÃO PÚBLICA dia 21/02/2014 às 11:00 horas. Informações pelo site www.licitações-e.com.br,
pelos tel. (15) 3224-5810/5811/5812/5813/ 5814/5815/ 58165817/5819/5821/5822/5823/ 5824/5825
e 5826, ou pessoalmente na Av. Pereira da Silva, nº 1.285, no Setor de Licitação e Contratos.
Sorocaba, 06 de fevereiro de 2014. Ivan Flores Vieira - Pregoeiro
PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PEDRO/SPTOMADA DE PREÇOS 01/2014
A Prefeitura do Município da Estância Hidromineral de Águas de São Pedro, com sede à PraçaPrefeito Geraldo Azevedo, 115, Centro, Águas de São Pedro/SP, torna público, para conhecimento deinteressados, que se acha aberta a TOMADA DE PREÇOS 01/2014, que objetiva a contratação deempresa de engenharia para executar obras e serviços de construção de uma Unidade Básica de Saúde– Porte III, por empreitada e preço global, com fornecimento de materiais, mão de obra e equipamentosnecessários. O edital e anexos poderão ser retirados diretamente no endereço supracitado, das 12:00às 16:00 horas, de segunda a sexta-feira, mediante o recolhimento da taxa de R$ 100,00. Será exigidocadastramento prévio, visita técnica e caução de participação. Os envelopes com a documentação e aproposta financeira deverão ser protocolados até as 13:30 horas do dia 11/03/2014 sendo que a aberturados mesmos será neste mesmo dia às 14:00 horas. Águas de São Pedro/SP, 06 de fevereiro de 2014.Paulo César Borges - Prefeito Municipal.
PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PEDRO/SPTOMADA DE PREÇOS 02/2014
A Prefeitura do Município da Estância Hidromineral de Águas de São Pedro, com sede à PraçaPrefeito Geraldo Azevedo, 115, Centro, Águas de São Pedro/SP, torna público, para conhecimento deinteressados, que se acha aberta a TOMADA DE PREÇOS 02/2014, que objetiva a contratação deempresa de engenharia para executar obras e serviços de urbanização da entrada do parque Dr. Octáviode Moura Andrade, por empreitada e preço global, com fornecimento de materiais, mão de obra eequipamentos necessários. O edital e anexos poderão ser retirados diretamente no endereço supracitado,das 12:00 às 16:00 horas, de segunda a sexta-feira, mediante o recolhimento da taxa de R$ 100,00. Seráexigido cadastramento prévio, visita técnica e caução de participação. Os envelopes com a documentaçãoe a proposta financeira deverão ser protocolados até as 13:30 horas do dia 13/03/2014 sendo que aabertura dos mesmos será neste mesmo dia às 14:00 horas. Águas de São Pedro/SP, 06 de fevereiro2014. Paulo César Borges - Prefeito Municipal,
PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE ANDRADINAEXTRATO DE ADITAMENTO CONTRATUAL. PROCESSO nº 43/13 –Dispensa nº 04/13. Objeto: Prestação dos serviços técnicos de informáticarelativos à cessão de informações do banco de dados do DETRAN para oprocessamento de multas de trânsito referentes ao município de Andradina/SP.Contratado: COMPANHIA DE PROCESSAMENTO DE DADOS DO ESTADODE SÃO PAULO – PRODESP. Fica ajustado entre as partes que o contrato emvigor será aditado no valor de R$ 4.174,20 (Quatro mil, cento e setenta e quatroreais e vinte centavos). As demais cláusulas e condições do contrato permaneceminalteradas. Data: 06 de fevereiro de 2014. JAMIL AKIO ONO - Prefeito.
Pregão Eletrônico nº 6/2014Objeto: Registro Formal de Preços relativos à aquisição de material permanentepara atendimento das necessidades da Agência Nacional de Aviação Civil -ANAC, de acordo com as quantidades, especificações e localidades, conformeespecificações detalhadas constantes do Termo de Referência - Anexo “A” doedital, e ainda, de acordo com o disposto nos Anexos, para contratações futuras.Edital: 07/02/2014 de 09h00 às 12h00 e de 14h00 às 17h59.Entrega das Propostas: a partir de 07/02/2014.Abertura das Propostas: 19/02/2014 às 10h00 no www.comprasnet.gov.br
Gisele Aparecida Gonçalves de OliveiraPregoeira
AVISO DE LICITAÇÃO
Ministério daDefesa
AGÊNCIA NACIONALDE AVIAÇÃO CIVIL
Cyrela Milão Empreendimentos Imobiliários S.A.CNPJ/MF nº 07.273.971/0001-54 - NIRE 35.300.325.834
Extrato da Ata de Assembleia Geral Extraordinária no dia 30.12.2013Data, hora e local. 30.12.2013, 10hs, na sede social, Av. Engenheiro Roberto Zuccolo, 555, 1º and, sl. 1.001, parte,SP/SP. Convocação: Dispensadas. Presença: Totalidade do capital social. Mesa: Presidente: Claudio Carvalho deLima, Secretário: Rafael Novellino. Deliberações Aprovadas: 1. Redução do capital social em R$ 2.500.000,00,considerados excessivos em relação ao objeto, com o cancelamento de 2.500.000 ações ordinárias, todas nominativase sem valor nominal, sendo 1.250.000 ações ordinárias Classe A de titularidade da acionista Cyrela RJZEmpreendimentos Imobiliários Ltda. e 1.250.000 ações ordinárias Classe B de titularidade da acionista PDGRealty S.A. Empreendimentos e Participações, as quais receberão o valor da redução em moeda corrente dopaís, a título de restituição do valor das ações canceladas, passando o capital social de R$ 5.315.344,00 para R$2.815.344,00, dividido em 2.815.344 ações ordinárias, todas nominativas e sem valor nominal, sendo 1.407.672 açõesordinárias Classe A e 1.407.672 ações ordinárias Classe B.. 2. Autorizar os administradores a assinar todos osdocumentos necessários para a restituição dos valores devidos em razão da redução, após o quê, os acionistasarquivarão a presente ata consignando o novo valor do capital social. 3.Alteração do caput do art. 5º do Estatuto: �Art.5°. O capital social da Cia., totalmente subscrito e integralizado emmoeda corrente nacional é de R$ 2.815.344,00, divididoem 2.815.344 ações ordinárias, todas nominativas e sem valor nominal, sendo 1.407.672 ações ordinárias Classe A e1.407.672 ações ordinárias Classe B.�. 4. Não houve manifestação do Conselho Fiscal, por não estar em funcionamento.Encerramento:Nadamais, lavrou-se a ata. São Paulo, 30.12.2013. Claudio Carvalho de Lima - Presidente, Rafael Novellino- Secretário; Cyrela RJZ Empreendimentos Imobiliários Ltda., Claudio Carvalho de Lima e Rafael Novellino; PDGRealty S.A. Empreendimentos e Participações p.p Roberta Giraldes Frizzo e p.p Natalia Maria Fernandes Pires.
Fibam Companhia IndustrialCNPJ 61.410.395/0001-95 - Companhia Aberta
Ata da Reunião do Conselho de Administração de 24 de Janeiro de 2014Às 14h de vinte e quatro de janeiro de 2014, na sede social de Fibam Companhia Industrial, na Av. Humberto de AlencarCastelo Branco, 39, São Bernardo do Campo/SP, reuniram-se sob a direção do presidente do conselho, seus Conselheirosde Administração. O Sr. presidente esclareceu que o objetivo da reunião era a eleição da diretoria, cujo mandato se expira.Por unanimidade foram eleitos pelo período de dois anos, válido a partir de 1º/2/14: Diretor-Presidente, também com funçõesde Relações com o Mercado, Sr. Paolo Paperini, brasileiro, casado, engenheiro, portador do RG SSP/SP nº 4.681.615e CPF nº 513.883.088-00; Diretor Vice-Presidente, Sr. Ricardo Athos Paperini, brasileiro, solteiro, engenheiro, portadordo RG SSP/SP nº 2.981.261 e do CPF nº 033.087.328-82; e Diretor Industrial, Sr. Ricardo Brunger Paperini, brasileiro,solteiro, engenheiro, portador do RG SSP/SP nº 35.521.345-X e do CPF nº 291.190.928-30. Todos residentes e domiciliadosna Cidade de São Paulo/SP. Todos com os honorários atuais e sempre dentro dos limites �xados pela Assembleia GeralExtraordinária de 30/4/96. Os diretores ora eleitos declaram não estarem incursos em penalidades de Lei que os impeçamde exercer a atividade mercantil. Os cargos vagos serão acumulados pelo Diretor-Presidente. Em seguida lavrou-se esta ataque após lida e conferida, foi assinada. Paolo Paperini, Presidente do Conselho; Raul Erico Alberto Gollmann, Conselheiro;Marco Antonio Souza Cauduro, Conselheiro. A presente ata é cópia �el da ata lavrada em livro próprio. São Bernardo doCampo, 24 de janeiro de 2014 - Fibam Companhia Industrial. Paolo Paperini - Presidente do Conselho de Administração.JUCESP nº 51.421/14-8 em 5/2/14. Gisela Simiema Ceschin - Secretária-Geral.
FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 6 de fevereiro de 2014, na Comarca da Capital, os
seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:
Requerente: Companhia Distribuidora de Alumínio S/A - Requerido: Redweb Soluções em Metais Ltda. - Rua Marcial, 184 - Mooca - 2ª Vara de Falências
Requerente: Brazil Consult Assessoria e Planejamento Ltda. Requerido: Itacaré Ville I Desenvolvimento Imobiliário SPE Ltda. - Rua Ramos Batista, 444 - 12º Andar - Vila Olimpia - 1ª Vara de Falências
Não há nenhuma linha de transmissão operando fora do limiteHermes Chipp, diretor-geral do ONS
A presidente não tolera raiosDilma rejeita a hipótese levantada por Hermes Chipp, diretor do órgão que coordena o sistema elétrico, segundo a qual uma descarga pode ter causado o apagão.
Apresidente Dilma
Rousseff reafirmou
ontem que o sistema
elétrico brasileiro
precisa ser à prova de raios,
depois que o diretor-geral do
Operador Nacional do Siste-
ma Elétrico (ONS), Hermes
Chipp, apontou uma descarga
elétrica como possível causa
do apagão desta semana. Um
grupo técnico começou a es-
tudar o que teria provocado os
dois curto-circuitos em linhas
de transmissão que levaram a
um apagão de energia em di-
versos Estados do país na ter-
ça-feira, e um relatório conclu-
sivo deve ficar pronto em até
15 dias.
"Uma das hipóteses é des-
carga elétrica", disse o diretor-
geral do ONS ao ser abordado
por jornalistas quando saía da
sede da autarquia. No fim da
tarde, o ministro da Comuni-
cação Social, Thomas Trau-
mann, disse a jornalistas que a
presidente Dilma reafirmou
sua declaração de 27 de de-
zembro de 2012 de que "o sis-
tema elétrico brasileiro neces-
sariamente precisa ser à pro-
va de raios".
"O Brasil é um dos países de
maior quantidade de raios do
mundo, o sistema elétrico bra-
sileiro foi montado para ser à
prova de descargas elétricas,
com uma gigantesca rede de
para-raios", afirmou o minis-
tro. "Se raios foram realmente
responsáveis pela queda no
fornecimento de energia na
última terça-feira, cabe ao
ONS apurar se os operadores
estão mantendo adequada-
mente sua rede de para-
raios."
Há informações de que des-
cargas elétricas foram detec-
tadas perto de uma das linhas
afetadas pelo curto-circuito.
"Os técnicos estão fazendo
uma releitura dos equipamen-
tos, para saber se a causa foi
um raio", disse Chipp.Mais
uma vez, ele descartou a pos-
sibilidade de falha humana ou
mecânica para o apagão des-
sa semana. "Mas pode ser que
o curto tenha sido provocado
por outros fenômenos. Falha
humana está descartada".
Consumo- A demanda por
energia no País atingiu novo
pico ontem, um dia após o apa-
gão que atingiu 13 estados.
Em todo o Brasil, a demanda
máxima atingiu 85.708 MW,
às 15h41, 1,6% acima dos
84.331 MW registrados na últi-
ma segunda-feira.
No Sudeste/Centro Oeste,
houve também novo pico, de
5 1 . 1 8 7 M W , t a m b é m à s
15h40, comparativamente a
50.854 MW também registra-
do na segunda. O Sul, que ha-
via batido recorde de consu-
mo três minutos antes do apa-
gão , na terça- fe i ra , com
17.412 MW, atingiu novo pata-
mar máximo ontem também,
de 17.771 MW. As informações
são do Operador Nacional do
Sistema Elétrico (ONS), que
atribuiu os picos às elevadas
temperaturas.
Os recordes de consumo no
Sul do País registrados na pri-
meira semana de fevereiro
vieram antes do que o ONS
previa. Segundo ata de reu-
nião do Comitê de Monitora-
mento do Setor Elétrico reali-
zada em dezembro, represen-
tantes do operador informa-
ram esperar picos de carga na
região para a segunda quinze-
na do mês.
O apagão da tarde de terça-
feira atingiu entre 5 milhões e
6 milhões de pessoas, segun-
do o ONS, em várias regiões do
país e tumultuou o trânsito de
metrópoles como São Paulo e
Rio. (Agências).
18 -.ECONOMIA/LEGAIS DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014
Janeiro maisfraco para
depósitos napoupança
Depósitos superam saques em R$ 1,744 bi
Os depósitos na ca-
derneta de poupan-
ça superaram os
resgates (a chama-
da captação l íqu ida) em
R$ 1,744 bilhão em janeiro, se-
gundo dados do Banco Central
(BC) divulgados ontem.
O valor é 24% menor que o
registrado em janeiro de 2013
(R$ 2,3 bilhões). Em relação a
dezembro, quando o resulta-
do foi de R$ 11,202 bilhões, a
queda foi ainda maior: 84%.
Esse é o 23º mês seguido
em que os depósitos ultrapas-
saram os saques na caderne-
ta. De acordo com o BC, em ja-
neiro, os depósitos na poupan-
ça ficaram em R$ 127,673 bi-
lhões, enquanto as retiradas
foram de R$ 125,929 bilhões.
Com o resultado do mês
passado, o saldo total da pou-
pança chegou a R$ 602,794 bi-
lhões, em comparação com
R$ 597,943 bilhões no fim do
ano passado.
Em 2013, a captação líquida
d a c a d e r n e t a f i c o u e m
R$ 71,048 bilhões, desempe-
nho recorde anual na série his-
tórica iniciada em 1995.
Apesar da captação líquida
menor, com a Selic no nível
atual (10,5% ao ano), a pou-
pança retoma vantagem so-
bre o rendimento médio de
fundos de renda fixa que havia
sido parcialmente perdida na
última elevação da taxa, em
novembro de 2013, para 10%
ao ano.
Só ganham sempre da pou-
pança, independentemente
do prazo de resgate, os fundos
com taxa de administração de
até 0,5% ao ano. Esses produ-
tos costumam exigir aplica-
ção mínima de R$ 50 mil.
No cenário de aumento de
juros, os títulos pós-fixados,
que acompanham a variação
de um índice, como a Selic, são
mais vantajosos. "Para o in-
vestidor conservador, os títu-
los atrelados à Selic são inte-
ressantes. As taxas que esses
papéis pagam acompanham a
elevação da Selic. Com o au-
mento, ele vai ganhar um juro
maior do que o que ganhava
antes", diz Michael Viriato,
professor do Insper, instituto
de ensino e pesquisa.
E a poupança só deve ser
considerada uma reserva de
emergência, afirma o profes-
sor do Insper. "Pela rentabili-
dade, o investidor já tem alter-
nativas tão seguras quanto a
poupança e que rendem mais.
Não há razão para investir
nesse tipo de aplicação, além
de manter uma reserva de fá-
cil acesso", diz. (Fo l h a p r e s s )
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO ECONOMIA/LEGAIS - 19
Companhia Mutual de SegurosCNPJ 75.170.191/0001-39 - NIRE 35300333047
Ficam convocados os Senhores Acionistas da Companhia Mutual de Seguros a se reunirem em Assembleia GeralExtraordinária, a ser realizada em 10.02.2014, às 11h, na sede social, localizada na Avenida Engenheiro LuizCarlosBerrini,nº 1.681,4º andar,CidadedasMonções,nestaCapital,para deliberaremsobre as seguintesmatériasconstantes da Ordem do Dia: 1 - Chamada de aumento do capital social no valor de R$ 8.000.000,00, mediante aemissão de 8.000.000 ações ordinárias, nominativas, ao preço unitário de R$ 1,00, a serem integralizadas mediantecapitalização de créditos, espécie ou bens; 2 - Fixação do prazo de exercício do direito de preferência aos acionistasausentes, na proporção do número de ações que possuírem em 03.02.2014; 3 - Outros assuntos de interesse daSociedade. São Paulo, 29.01.2014.MaurícioTadeu Di Giorgio - Diretor-Presidente.
A empresa INVERSORA BRASILEIRA AERONÁUTICA S.A., inscrita no CNPJ nº 61.358.065/0001-06, vem COMUNICAR o EXTRAVIO, dos seguintes documentos: Livro de Registro de Ações Nominativas, Livro de Transferência de Ações de Partes Benefi ciárias Nominativa, Livro de Pre-sença dos Acionistas, Livro de Atas das Reuniões do Conselho de Administração e Livro de Atas e Pareceres do Conselho Fiscal.
São Paulo, 29 de janeiro de 2014. (05, 06 e 07/02/2014)
A empresa ICOA INDÚSTRIA DE COMPONENTES AEROESPACIAIS S.A., inscrita no CNPJ nº 60.426.186/0001-77, vem COMUNICAR o EXTRAVIO, dos seguintes documentos: Livro de Re-gistro de Ações Nominativas, Livro de Transferência de Ações de Partes Benefi ciárias Nominativa, Livro de Presença dos Acionistas, Livro de Atas das Reuniões do Conselho de Administração e Livro de Atas e Pareceres do Conselho Fiscal.
São José dos Campos, 29 de janeiro de 2014. (05, 06 e 07/02/2014)
INVERSORA BRASILEIRA AERONÁUTICA S.A.CNPJ nº 61.358.065/0001-06
EDITAL DE CONVOCAÇÃO – 3ª ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIAFicam convocados os senhores acionistas da INVERSORA BRASILEIRA AERONÁUTICA S.A., a comparecerem à Assembleia Geral Extraordinária, a ser realizada no dia 17 de março de 2014 às 11h00min horas (PRIMEIRA CONVOCAÇÃO) e, às 16h00min horas (SEGUNDA CONVOCAÇÃO), na sede social, sita à Avenida Engenheiro Luiz Carlos Berrini nº 801, 4º Andar, São Paulo SP, a fi m de deliberarem sobre: a) Diminuição de Ações Subscritas; b) Subscrição de novos Acionistas; c) Exclusão de acionistas, por ter endereço incerto e ignorado; d) Adequação ao Novo Código Civil de 2002; e) Atualização dos dados cadastrais junto a JUCESP e todos os órgãos pertinentes; f) Atualização monetária do capital social subscrito; g) Eleição de nova diretoria; h) Alteração de endereço; i) Alteração do estatuto social; j) Aprovação e alteração de outros atos complementares de interesse da sociedade.
São Paulo, 26 de janeiro de 2014. (05, 06 e 07/02/2014)
Odebrecht TransPort S.A.CNPJ/MF nº 12.251.483/0001-86 – NIRE 35.300.381.548
Ata de Assembleia Geral ExtraordináriaData, hora e local: Em 26 de dezembro de 2013, às 10 horas, na sede da Companhia, localizada na Avenida das Nações Unidas, nº 4.777, 5º andar – Sala 08, Alto de Pinheiros, São Paulo/SP, CEP 05477-000.Presença:Acionistas representando a totalidade do capital social, conforme assinaturas lançadas no Livro de Presença deAcionistas. Convocação: Dispensada a publicação de Edital de Convocação, conformedisposto no Artigo 124, § 4º, da Lei nº 6.404/76, conforme alterada (“Lei das S.A.”). Mesa: Paulo Henyan Yue Cesena, Presidente; Graziela Galli Ferreira Barioni, Secretária. Ordem do dia: (i) Deliberar sobre ahomologação do aumento do capital social da Companhia; (ii) Aprovar a alteração do endereço da sede social da Companhia; (iii) Reformar o estatuto social da Companhia, de forma a adequá-lo à novacomposição acionária da Odebrecht TransPort S.A.; e (iv) Aprovar a manutenção da atual composição do Conselho de Administração da Odebrecht TransPort S.A.. Deliberações: Iniciados os trabalhos, osacionistas deliberaram, por unanimidade, lavrar a presente ata sob a forma de sumário, nos termos do artigo 130, parágrafo 1º da Lei das S.A., ressalvado o direito de apresentação de manifestações de voto eprotestos, os quais serão rubricados pela Mesa e ficarão arquivados na sede da Companhia. Em seguida, os acionistas passaram ao exame do item (i) da ordem do dia tendo aprovada, por unanimidade, ahomologação do aumento de capital social da Companhia, no valor de R$ 1.428.571.464,59 (um bilhão e quatrocentos e vinte oito milhões, quinhentos e setenta e um mil, quatrocentos e sessenta e quatro reaise cinquenta e nove centavos), mediante a emissão, para subscrição particular, de 32.525.276 (trinta e dois milhões quinhentas e vinte e cinco mil duzentas e setenta e seis) ações ordinárias, todas nominativase sem valor nominal. Dessa formal, o capital social da Companhia passou de R$ 182.141.540,00 (cento e oitenta e dois milhões, cento e quarenta e um mil, quinhentos e quarenta reais), divididos em 182.141.540(cento e oitenta e dois milhões, cento e quarenta e um mil, quinhentas e quarenta) ações ordinárias, todas nominativas e sem valor nominal, para R$ 1.610.713.004,59 (um bilhão, seiscentos e dez milhões,setecentos e treze mil e quatro reais e cinquenta e nove centavos), dividido em 214.666.816 (duzentos e quatorze milhões, seiscentas e sessenta e seis mil, oitocentas e dezesseis) ações ordinárias, todasnominativas e sem valor nominal. As ações ordinárias ora emitidas farão jus aos mesmos direitos assegurados às atuais ações ordinárias de emissão da Companhia, sendo assegurado a tais ações direito aorecebimento de dividendos integrais da Companhia relativos aos exercícios em que esta auferir lucros passíveis de distribuição. Em razão da deliberação acima, o caput do Artigo 4º do estatuto social daCompanhia passará a vigorar com a seguinte redação: “Artigo 4º – O capital social é de R$ 1.610.713.004,59 (um bilhão, seiscentos e dez milhões, setecentos e treze mil e quatro reais e cinquenta e novecentavos), dividido em 214.666.816 (duzentos e quatorze milhões, seiscentas e sessenta e seis mil, oitocentas e dezesseis) ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal.” Colocado em votação o item (ii)da ordem do dia, os acionistas aprovaram, por unanimidade, a alteração do endereço da sede social da Companhia da Avenida das Nações Unidas, nº 4.777, 5º andar – Sala 08, Alto de Pinheiros, São Paulo/SP,CEP 05477-000, para Rua Lemos Monteiro, 120, 8º andar, Parte A, Butantã, CEP 05501-050. Em razão da deliberação acima, o caput do Artigo 1º do estatuto social da Companhia passará a vigorar com aseguinte redação: “Artigo 1º – A ODEBRECHT TRANSPORT S.A. (a “Companhia”), é uma sociedade anônima, com sede e foro na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, localizada na Rua LemosMonteiro, 120, 8º andar, Parte A, Butantã, CEP 05501-050, que se regerá por este Estatuto e pela legislação que lhe for aplicável.” No que se refere ao item (iii) da ordem do dia, os acionistas presentesaprovaram, por unanimidade, a reforma do estatuto social da Companhia, de forma a adequá-lo à nova composição acionária da Odebrecht TransPort S.A. Dessa forma, o estatuto social da Companhia passaráa vigorar com a redação constante do Anexo I a esta ata. Por fim, com relação ao disposto no item (iv) da ordem do dia, tendo em vista que o BNDESPAR não indicou membro para compor o Conselho deAdministração da Odebrecht TransPort S.A. os atuais membros titulares e suplentes do mesmo foram mantidos em seus cargos. Cumpre registrar que posteriormente haverá uma nova Assembleia GeralExtraordinária da Companhia para deliberar sobre a composição do Conselho de Administração da Odebrecht TransPort S.A.. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, foi encerrada a Assembleia, lavrando-se a presente ata que, após lida e aprovada, foi assinada por todos os presentes. São Paulo, 26 de dezembro de 2013. Mesa: Paulo Henyan Yue Cesena; Presidente; Graziela Galli Ferreira Barioni, Secretária.Acionistas presentes: Odebrecht S.A. e Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FI-FGTS. Certifico que este extrato confere com a ata, lavrada em livro próprio, da Assembleia GeralExtraordinária da Odebrecht Transport S.A. realizada em 26 de dezembro de 2013. São Paulo, 26 de dezembro de 2013. Graziela Galli Ferreira Barioni, Secretária. Junta Comercial do Estado de São Paulo.Certifico o registro sob o nº 28.157/14-0, em 17/01/2014. Gisela Simiema Ceschin, Secretária-Geral. Anexo I à Ata de Assembleia Geral Extraordinária da Odebrecht TransPort S.A., realizada em 26 de dezembrode 2013. Novo Estatuto Social da Companhia – Estatuto Social da ODEBRECHT TRANSPORT S.A. – Capítulo I – Nome, Sede, Objetivo e Duração. Artigo 1º – A ODEBRECHT TRANSPORT S.A. (a“Companhia”), é uma sociedade anônima, com sede e foro na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, localizada na Rua Lemos Monteiro, 120, 8º andar, Parte A, Butantã, CEP 05501-050, que se regerápor este Estatuto e pela legislação que lhe for aplicável. Parágrafo Único – A Companhia, mediante ato de sua Diretoria, pode abrir filiais, agências e escritórios, em qualquer parte do território brasileiro ou noexterior. Artigo 2º – A Companhia tem por objeto social: (i) a participação em consórcios ou no capital de sociedades que se proponham a desenvolver projetos, investir ou de fato operar ativos relacionados aosetor de infraestrutura de transporte e logística, incluindo rodovias, ferrovias, hidrovias, metrô, dutos, portos, aeroportos, infraestrutura urbana, mobiliário urbano, estacionamentos de veículos, meios depagamento, estações aduaneiras interior, portos secos e/ou centros logístico industrial aduaneiros; (ii) a operação de quaisquer desses ativos de infraestrutura, celebrando contratos de concessão de serviçospúblicos, projetos de parcerias público-privadas ou empreendimentos privados, atuando na cobrança dos serviços prestados, implantação, estudos ambientais ou outros, operação e manutenção doempreendimento, concessão ou parceria, podendo prestar serviços de consultoria, gestão e/ou supervisão no âmbito de tais atividades; e (iii) participar de consórcios ou de sociedades que explorem, direta ouindiretamente, quaisquer das atividades descritas nos itens (i) e (ii) acima. Parágrafo Único – A Companhia poderá exercer as atividades de seu objeto social no país ou no exterior, seja diretamente ou atravésde subsidiárias, ou através de participação em consórcios ou no capital de outras sociedades. Artigo 3º - O tempo de duração da Companhia é indeterminado. Capítulo II - Capital e Ações. Artigo 4º – O capitalsocial é de R$ 1.611.141.540 (um bilhão, seiscentos e onze milhões, cento e quarenta e um mil, quinhentos e quarenta reais), dividido em 214.676.573 (duzentos e quatorze milhões, seiscentas e setenta e seismil, quinhentas e setenta e três) ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal. Parágrafo 1º – Cada ação dará direito a um voto nas deliberações da Assembleia Geral. Parágrafo 2º – A Companhia nãopoderá emitir quaisquer valores mobiliários que não ações ordinárias, exceto se aprovado por acionistas representando a maioria do capital social. Artigo 5º – A subscrição e a integralização das açõesobedecerão aos seguintes critérios: (a) a importância mínima de realização inicial das ações que forem subscritas será aquela estabelecida em lei; (b) o prazo para integralização das ações subscritas será fixadopelo Conselho de Administração por ocasião de cada chamada de capital; e (c) a integralização de ações com bens, que não sejam créditos em moeda corrente, dependerá de aprovação da Assembleia Geral.Artigo 6º – Os acionistas terão preferência na subscrição de novas ações da Companhia na proporção da sua participação no capital social. Parágrafo Único – O prazo para exercício do direito de preferênciaserá de 30 (trinta) dias. Capítulo III - Órgãos Permanentes da Companhia. Artigo 7º – São órgãos permanentes da Companhia: (a) a Assembleia Geral; (b) o Conselho de Administração; e (c) a Diretoria.Capítulo IV - Assembleia Geral. Artigo 8º – AAssembleia Geral se reunirá, ordinariamente, nos 04 (quatro) primeiros meses que se seguirem ao término de cada exercício social, a fim de que sejam discutidosos assuntos previstos em lei e, extraordinariamente, sempre que os interesses da Companhia o exigirem. Parágrafo Primeiro –AAssembleia Geral será convocada pelo Presidente do Conselho deAdministraçãoou na forma da lei e presidida pelo acionista indicado entre os presentes que, por sua vez, deverá indicar, dentre estes, o Secretário. Parágrafo Segundo – A convocação para a Assembleia Geral se fará pelaimprensa, observadas as disposições legais. Independentemente das formalidades de convocação, será considerada regular a Assembleia Geral a que comparecerem todos os acionistas. Artigo 9º –O acionistapoderá fazer representar-se por procurador, respeitadas as disposições da lei. Artigo 10 – Depois de assinarem o Livro de Presença, os acionistas escolherão o Presidente e o Secretário, os quais dirigirão ostrabalhos da Assembleia Geral. Artigo 11 – Compete à Assembleia Geral, além do quanto previsto na Lei das S.A., deliberar sobre: a) abertura de capital da Companhia e/ou IPO da Companhia; b) início outérmino de dissolução, falência, liquidação, recuperação judicial ou extrajudicial da Companhia ou de qualquer sociedade controlada; c) avaliação e aprovação prévia de programas de outorga de opção decompra ou subscrição de ações aos administradores e/ou funcionários da Companhia, ou, ainda, aos administradores e/ou funcionários de suas controladas, que representem mais de 4% (quatro por cento) docapital social total da Companhia; d) redução de capital da Companhia; e) fusão, transformação, cisão ou incorporação (inclusive de ações) da Companhia, incorporação (inclusive de ações) pela Companhia ouqualquer reorganização societária com efeito equivalente envolvendo a Companhia; f) resgate de ações da Companhia, conforme proposta do Conselho de Administração; g) participação da Companhia emgrupos de sociedades, conforme artigo 265 da Lei das S.A.; h) emissão de debêntures conversíveis em ações, ações preferenciais ou de quaisquer outros títulos conversíveis em ações da Companhia; e i)destituição de membros do Conselho de Administração da Companhia. Parágrafo Único – As deliberações da Assembleia Geral, ressalvadas as exceções previstas em lei, no presente Estatuto Social e emeventuais acordos de acionistas, serão tomadas por maioria simples de votos. Capítulo V - Conselho de Administração. Artigo 12 – O Conselho de Administração da Companhia é composto por até 11 (onze)membros e respectivos suplentes, sendo 1 (um) Presidente e 1 (um) Vice-Presidente, eleitos pela Assembleia Geral da Companhia, com mandato unificado de 1 (um) ano, sendo permitida a reeleição. Artigo 13– O Conselho de Administração elegerá, entre seus membros, o seu Presidente e Vice-Presidente. Artigo 14 – Os membros do Conselho de Administração serão empossados mediante assinatura de termo deposse lavrado no Livro de Atas de Reuniões do Conselho de Administração e permanecerão em seus cargos até a posse de seus substitutos. Artigo 15 – Os membros do Conselho de Administração exercerãosuas funções até a eleição e posse de seus substitutos, a não ser em caso de renúncia durante o prazo de mandato. Artigo 16 – Em suas ausências ou impedimentos temporários, os membros do Conselho deAdministração, inclusive seu Presidente, serão substituídos pelos seus respectivos suplentes. Na ausência ou impedimento temporário do Presidente e de seu suplente, o Presidente indicará, entre os demaismembros do Conselho de Administração, quem o substituirá mediante representação na presidência do Conselho de Administração. Artigo 17 – No caso de vacância, será convocada a Assembleia Geral, dentrode 30 (trinta) dias, para eleger o titular que deverá cumprir o restante do mandato do substituído. Artigo 18 – O Conselho de Administração se reunirá ordinariamente, no mínimo, a cada 03 (três) meses e,extraordinariamente, sempre que convocado pelo Presidente, seu suplente ou por quaisquer 02 (dois) de seus membros. Parágrafo 1º – Ressalvado o disposto em acordo de acionistas arquivado na sede daCompanhia, entre o dia da convocação e o dia da realização da reunião extraordinária do Conselho de Administração, correrão, no mínimo, 12 (doze) dias-calendário, a menos que a maioria de seus membrosem exercício do Conselho de Administração fixe prazo menor, porém não inferior a 48 (quarenta e oito) horas. Parágrafo 2º – O Conselho de Administração somente deliberará com a presença da maioria deseus membros em exercício, admitida a representação de qualquer Conselheiro por qualquer membro titular ou suplente do Conselho de Administração por ele indicado, e as deliberações serão tomadas pormaioria de votos dos Conselheiros presentes à reunião, ressalvado o disposto emAcordo de Acionistas eventualmente existente e arquivado na sede da Companhia. Artigo 19 – A remuneração global anual dosadministradores da Companhia será fixada pela Assembleia Geral, cabendo ao Conselho de Administração a sua individualização. Artigo 20 – Compete ao Conselho de Administração: (i) aprovar políticas deaplicação geral da Companhia; (ii) aprovar a macroestrutura organizacional da Companhia; (iii) eleger e destituir o Diretor-Presidente e os demais Diretores da Companhia, estes últimos mediante proposiçãodo Diretor-Presidente, e fixar-lhes as respectivas remunerações, observado o limite geral estabelecido pela Assembleia Geral; (iv) fixar a orientação geral para negócios da Companhia; (v) aprovar ou alterar oPrograma de Ação da Companhia, a Política de Transações com Partes Relacionadas, o Regimento Interno do Comitê de Transações Estratégicas com Partes Relacionadas, a Política de Remuneração doConselho de Administração ou a Política de Assuntos Financeiros e Investimentos; (vi) acompanhar o desempenho do Diretor-Presidente e equipe na execução do Plano de Negócios da Companhia; (vii)submeter à Assembleia Geral propostas sobre fusão, cisão, incorporação envolvendo a Companhia, ou sua dissolução, e reforma estatutária; (viii) decidir sobre a constituição de outras sociedades, bem comoa aquisição, pela Companhia ou por quaisquer de suas subsidiárias, de participações em outras sociedades; (ix) autorizar a celebração de acordo de acionistas pelas sociedades controladas; (x) decidir sobrea aquisição ou resgate de ações da própria Companhia, para manutenção em tesouraria ou cancelamento, bem como a respectiva alienação, observadas as disposições legais e as normas editadas pelaComissão de Valores Mobiliários; (xi) decidir sobre a concessão de garantias, de qualquer valor, a quaisquer terceiros que não sejam sociedades investidas da Companhia, bem como sobre a concessão degarantias a suas sociedades investidas em valores superiores ao que vier a ser fixado pelo Conselho de Administração como competência da Diretoria, em reunião específica, ou em percentual superior àparticipação detida pela Companhia em tais sociedades investidas; (xii) escolher e destituir auditores independentes da Companhia; (xiii) fixar os limites dentro dos quais os Diretores poderão, sem a préviaautorização do Conselho de Administração, contratar empréstimos ou financiamentos, no país ou no exterior; (xiv) propor à Assembleia Geral a contratação de empréstimos e/ou capitalização, quando efetuadosatravés de emissão de títulos mobiliários conversíveis em capital da Companhia; (xv) deliberar sobre a assunção de obrigações em contratos de financiamento e/ou empréstimos que imponham restrições àdistribuição de dividendos ou à disponibilidade de ações da Companhia; (xvi) deliberar sobre a contratação de operações financeiras que contenham cláusula prevendo vencimento antecipado da dívida daCompanhia em caso de inadimplemento de obrigação de terceiros; (xvii) manifestar-se sobre as demonstrações financeiras e relatórios da administração ao final de cada exercício social, bem como sobre aproposta de distribuição do lucro líquido apurado e destinação de resultados e reservas; (xviii) aprovar a realização de investimentos de valor superior ao que vier a ser fixado pelo Conselho de Administraçãocomo competência da Diretoria, em reunião específica; (xix) decidir sobre a alienação, cessão ou oneração de bens do ativo não circulante ou alienação, cessão ou oneração de participações em sociedadesinvestidas, exceto no âmbito de operações de financiamento, quando o valor da operação ultrapassar de forma isolada ou agregada, em um mesmo exercício fiscal ou em um período de 12 meses, valor superiorao que vier a ser fixado pelo Conselho de Administração; (xx) aprovar a aquisição de bens e contratação de serviços de qualquer natureza fora do curso normal dos negócios; (xxi) decidir sobre qualquer contratoou transação entre a Companhia ou qualquer de suas sociedades investidas, de um lado, e, de outro, seu acionista controlador, qualquer pessoa que, direta ou indiretamente, controle, seja controlada por, estejasob controle comum ou esteja sob influência significativa do acionista controlador, ou qualquer administrador, membro do Conselho de Administração, diretores ou parentes até 2º (segundo) grau do acionistacontrolador ou de qualquer das pessoas referidas nesta alínea (xxi), desde que tal contrato ou transação envolva valor superior, de forma isolada ou agregada, a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos milreais) (considerado o ato isoladamente ou um conjunto de atos de mesma natureza e realizados num mesmo exercício social, ou no período de 12 meses, entre as mesmas partes); (xxii) aprovar o Regimentode Funcionamento do Conselho de Administração; (xxiii) autorizar a convocação, pelo Presidente do Conselho de Administração, de Assembleia Geral da Companhia; (xxiv) aprovar as matérias no âmbito dassociedades controladas e coligadas da Companhia que devam ser submetidas à aprovação do Conselho de Administração da Companhia; (xxv) alteração relevante nas políticas contábeis e práticas dedivulgação de informações da Companhia, exceto quando exigido por lei ou pelos princípios contábeis geralmente aceitos no Brasil; (xxvi) decidir sobre a concessão de empréstimos a terceiros que não sejamuma sociedade investida da Companhia; (xxvii) deliberar sobre reestruturações societárias, inclusive operações de incorporação, incorporação de ações, fusão, cisão ou transformação, em que qualquer dascontroladas da Companhia seja parte; (xxviii) apreciar a realização, por parte da Companhia, de operações estranhas ao seu objeto social; (xxix) propor o aumento de capital à Assembleia Geral, quandoconveniente; e (xxxi) aprovar de qualquer novo investimento pela Companhia ou por qualquer de suas controladas que não desenvolvam atividades operacionais, caso tal investimento implique o descumprimentode qualquer dos indicadores estabelecidos pelo Conselho de Administração ou em acordo de acionistas arquivado na sede da Companhia; (xxxii) caso qualquer dos indicadores mencionados na alínea (xxxi)acima seja descumprido e enquanto perdurar tal descumprimento, a aprovação ou realização de qualquer ato que implique saída de caixa da companhia ou de suas controladas que não desenvolvam atividadesoperacionais, excetuados: (i) os pagamentos ordinários referentes às despesas gerais e administrativas e de serviço de dívida (inclusive pagamento de juros e principal) da companhia ou de suas controladas,e (ii) pagamentos referentes a compromissos de investimento anteriormente assumidos por tais sociedades. Artigo 21 – Ao Presidente do Conselho de Administração, observado o disposto no Regimento deFuncionamento do Conselho deAdministração, compete: a) convocar e dirigir as reuniões do Conselho deAdministração; e b) convocar aAssembleia Geral, desde que autorizado pelo Conselho deAdministração.Artigo 22 – Ao suplente do Presidente ou, na sua ausência, a quem o Presidente indicar na forma do art. 16, compete substituir o Presidente em suas ausências e impedimentos mediante representação e, ainda,em caso de vacância, ocupar o cargo de Presidente até a eleição de novo titular. Capítulo VI – Diretoria. Artigo 23 – A Diretoria é composta de, no mínimo, 3 (três) e, no máximo, 9 (nove) membros, sendo umDiretor-Presidente e os demais Diretores sem designação específica, eleitos pelo Conselho de Administração. Artigo 24 – O mandato da Diretoria será de até 02 (dois) anos, permitida a reeleição. Parágrafo 1º– Os Diretores serão investidos nos seus cargos mediante assinatura de termo de posse lavrado no Livro de Atas de Reuniões da Diretoria. Parágrafo 2o – Os Diretores permanecerão em seus cargos, noexercício pleno de seus poderes, até a posse de seus substitutos. Artigo 25 – Nas ausências e impedimentos de qualquer dos Diretores, caberá ao Diretor-Presidente a indicação de seu substituto, entre osdemais Diretores. Parágrafo Único – O Diretor-Presidente poderá indicar, dentre os demais Diretores, seu substituto temporário em caso de ausências temporárias e impedimentos. Artigo 26 – Ocorrendovacância no cargo de Diretor, caberá ao Conselho de Administração eleger o substituto que exercerá o cargo pelo período remanescente do mandato. Caso a Diretoria seja composta de 07 (sete) ou maismembros, será facultado ao Conselho de Administração preencher ou não o cargo vago. Artigo 27 – Compete à Diretoria: a) a prática de todos os atos necessários ao funcionamento da Companhia, exceto osque, por lei ou por este Estatuto, sejam atribuição de outros órgãos; e b) elaborar o relatório anual da administração, as demonstrações financeiras e a proposta de destinação de resultado do exercício, a seremsubmetidas ao Conselho de Administração e à Assembleia Geral. Artigo 28 – Compete ao Diretor-Presidente: a) propor ao Conselho de Administração a macroestrutura organizacional da Companhia; b) definiro âmbito de responsabilidade e coordenar a atuação dos Diretores na execução do Programa de Ação do Diretor-Presidente para a Companhia que deve incluir, dentre outros itens, os objetivos empresariais eestratégicos de curto, médio e longo prazo e os orçamentos anuais e plurianuais da Companhia, e acompanhar a sua execução; c) representar a Companhia ativa e passivamente, em juízo ou fora dele, semprejuízo do disposto no Artigo 30 deste Estatuto; e d) convocar e presidir as reuniões da Diretoria. Artigo 29 – É facultado à Companhia nomear procuradores, devendo o instrumento respectivo ser assinadopor 02 (dois) membros da Diretoria. Parágrafo Único - As procurações deverão conter poderes específicos e, com exceção daquelas outorgadas a advogados para representação da Companhia em processosjudiciais ou administrativos, terão prazo de validade limitado a, no máximo, 01 (um) ano. Artigo 30 – Com as exceções constantes neste Estatuto, a Companhia só será obrigada pela assinatura conjunta de: a)02 (dois) Diretores; ou b) 01 (um) Diretor e 01 (um) Procurador ou 02 (dois) Procuradores com poderes específicos conferidos na forma do Artigo 29 deste Estatuto. Parágrafo 1o – Poderão ser assinados apenaspor 01 (um) Diretor, ou por 01 (um) dos Procuradores nomeados na forma deste Estatuto Social, os seguintes atos: a) endosso de cheques e ordens de pagamento para depósito bancário na conta da Companhia;b) autorização para movimentação da conta vinculada do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço; c) registro e emissão de documentos relacionados a assuntos trabalhistas, fiscais e alfandegários; e d)recebimento de quaisquer importâncias devidas, assinando os recibos e dando quitação. Parágrafo 2º – Em casos especiais poderão ser outorgados a 1 (um) só Diretor ou Procurador, poderes expressos paraa prática de atos especificados nos respectivos instrumentos, respeitada a regra do Artigo 29 deste Estatuto. Artigo 31 – A Diretoria se reunirá quando convocada pelo Diretor-Presidente. Parágrafo Único - ADiretoria poderá reunir-se com a presença de, no mínimo, a metade dos seus membros em exercício, sendo um deles o Diretor-Presidente ou seu substituto, na forma do Artigo 25, parágrafo único. Artigo 32– É vedado à Diretoria: a) contrair empréstimos em instituições que não sejam bancos que integrem a rede bancária oficial ou privada, no país ou no exterior, salvo mediante autorização expressa do ConselhodeAdministração; e b) a prática de atos de qualquer natureza relativa a negócios ou operações estranhas aos objetivos sociais, tais como a prestação de garantias a obrigações de terceiros, exceto às sociedadesinvestidas da Companhia ou se autorizado expressamente pelo Conselho de Administração. Capítulo VII – Comitê de Partes Relacionadas. Artigo 33 – A Companhia terá um Comitê de Partes Relacionadasde funcionamento permanente, composto por 3 (três) membros do Conselho de Administração da Companhia. Parágrafo 1º – As atribuições e funcionamento do Comitê de Partes Relacionadas obedecerão aodisposto na Política de Transações com Partes Relacionadas e em seu Regimento Interno. Capítulo VIII - Conselho Fiscal. Artigo 34 – O Conselho Fiscal, composto de, no mínimo, 3 (três) e, no máximo, 5(cinco) membros e seus respectivos suplentes, eleitos pela Assembleia Geral, funcionará de forma não permanente, na forma da lei. Artigo 35 – O mandato do Conselho Fiscal será de 1 (um) ano, permitida areeleição, sendo que a eleição deverá acontecer sempre por ocasião da Assembleia Geral Ordinária. Parágrafo Único - O Conselho Fiscal deverá adotar um Regimento próprio no qual serão estabelecidosprocedimentos sobre suas atribuições. Artigo 36 – Os membros do Conselho Fiscal terão a remuneração que lhe for estabelecida pela Assembleia que os eleger, observado, a respeito, o que dispuser a lei.Capítulo IX - Exercício Social, Demonstrações Financeiras e Distribuição de Lucros. Artigo 37 – O exercício social se inicia em 1º de janeiro e termina em 31 de dezembro de cada ano. Artigo 38 – Ao fimde cada exercício social, será levantado o balanço patrimonial e preparadas as demais demonstrações financeiras exigidas por lei. Parágrafo 1º – Do resultado do exercício, após as deduções dos prejuízosacumulados e das provisões para o Imposto de Renda, serão deduzidas, observados os limites legais, as participações dos Administradores e Empregados da Companhia, se e quando deliberado pelaAssembleia Geral, nos limites e formas previstos em lei. Parágrafo 2º – Do lucro líquido do exercício, aplicar-se-ão 5% (cinco por cento) na constituição da Reserva Legal, que não excederá de 20% (vinte porcento) do Capital Social, observado o disposto no parágrafo 1º do artigo 193 da Lei das S.A. Parágrafo 3º – Do lucro líquido ajustado, nos termos do artigo 202, inciso I, alínea “a”, da Lei das S.A., destinar-se-ão:(i) Aos acionistas um dividendo obrigatório não inferior a 25% (vinte e cinco por cento); e (ii) À Reserva de Realização de Investimentos um percentual de até 75% (setenta e cinco por cento), observado o limiteprevisto no artigo 199 da Lei das S.A. Parágrafo 4º – Fica facultado à Companhia o levantamento de balanços trimestrais e/ou semestrais; havendo lucro em tais balanços e no balanço anual, poderá haverdistribuição de dividendos, observadas as disposições da lei, por deliberação prévia do Conselho de Administração, vedada a distribuição “ad-referendum” pela Diretoria. Parágrafo 5º – O Conselho deAdministração poderá declarar dividendos intermediários à conta de lucros acumulados ou de reservas de lucros existentes no último balanço anual ou semestral. Parágrafo 6º – A Companhia, por deliberaçãodo Conselho de Administração, poderá pagar juros sobre o capital próprio aos seus acionistas, nos termos do artigo 9º, parágrafo 7º da Lei nº 9.249/95 e legislação pertinente, imputando-se o valor dos jurospagos ou creditados ao valor do dividendo obrigatório. Artigo 39 – Os dividendos e os juros sobre o capital próprio de que trata o parágrafo 6º do Artigo 37, atribuídos aos acionistas não renderão juros e, se nãoreclamados após 03 (três) anos a contar da data do início de pagamento de cada dividendo ou juros sobre o capital próprio, prescreverão em favor da Companhia. Capítulo X - Acordos de Acionistas. Artigo40 – A Companhia observará possíveis e eventuais acordos de acionistas que sejam arquivados em sua sede, na forma do Artigo 118 da Lei das S.A., sendo expressamente vedado aos integrantes da mesadiretora (incluindo o presidente) da Assembleia Geral ou do Conselho de Administração acatar declaração de voto de qualquer acionista signatário de acordo de acionistas, devidamente arquivado na sede social,que for proferida em desacordo com o que tiver sido ajustado no referido acordo. Parágrafo Único – As obrigações e responsabilidades resultantes de eventuais acordos serão válidas e obrigarão terceiros tãologo tais acordos tenham sido devidamente averbados nos livros de registro da Companhia. Os administradores da Companhia zelarão pela observância desses acordos e o Presidente da Assembleia Geral oudas reuniões do Conselho de Administração, conforme o caso, deverão agir de acordo com o estabelecido em lei. Capitulo XI – Arbitragem. Artigo 41 – Com exceção das controvérsias referentes a obrigaçõesque comportem, desde logo, execução judicial, todas as demais controvérsias resultantes deste Estatuto Social e suas disposições, da Lei das S.A. e demais normas aplicáveis à companhia, envolvendo aCompanhia, seus acionistas, Administradores e membros do Conselho Fiscal, incluindo quaisquer questões relacionadas à existência, validade, eficácia ou adimplemento contratual deverão ser, obrigatória,exclusiva e definitivamente, submetidas à arbitragem a ser administrada pela Câmara de Arbitragem do Mercado da BM&FBOVESPA (“Câmara de Arbitragem”), de acordo com o Regulamento de Arbitragem daCâmara de Arbitragem (“Regulamento de Arbitragem”), exceto pelos prazos, que serão contados em triplo. Artigo 42 – O tribunal arbitral (“Tribunal Arbitral”) será constituído por 03 (três) árbitros, sendo 01 (um)deles indicado pela(s) requerente(s), outro indicado pela(s) requerida(s) e o terceiro, que será o presidente do Tribunal Arbitral, indicado pelos 02 (dois) árbitros nomeados pelas partes. Caso estes não cheguema um consenso quanto ao terceiro árbitro, caberá ao Presidente da Câmara de Arbitragem nomeá-lo. O presidente do Tribunal Arbitral pode ou não ser membro do corpo de árbitros da Câmara de Arbitragem.Artigo 43 – Na hipótese de litisconsórcio, as partes litisconsortes deverão, de comum acordo, indicar um árbitro para compor o Tribunal Arbitral, mantendo-se a indicação dos outros dois árbitros em conformidadecom o artigo 42 supra. Na hipótese de os litisconsortes não entrarem em acordo com relação à indicação do árbitro que deve ser por eles indicado no prazo de 15 (quinze) dias a partir da notificação da Câmarade Arbitragem solicitando a nomeação do árbitro pelos litisconsortes, caberá ao Presidente da Câmara de Arbitragem nomeá-lo, na forma do Regulamento de Arbitragem, mantendo-se a indicação dos outrosdois árbitros em conformidade com o artigo 42 e o presente artigo 43. Na hipótese de procedimentos arbitrais envolvendo três ou mais partes com interesses distintos entre si, em que estas não possam serreunidas em blocos de requerentes e requeridas, tornando inviável a formação de litisconsórcio, os 03 (três) árbitros serão selecionados e indicados pelo Presidente da Câmara de Arbitragem, na forma doRegulamento de Arbitragem. Artigo 44 – Além dos impedimentos previstos no Regulamento de Arbitragem, nenhum árbitro designado de acordo com esta cláusula compromissória poderá ser funcionário,representante ou ex-funcionário de qualquer das partes ou de qualquer pessoa a ela ligada direta ou indiretamente, ou de proprietário de uma das partes ou de alguma pessoa a ele ligada direta ou indiretamente.Artigo 45 – A arbitragem terá sede na cidade de São Paulo, Estado de São Paulo. Artigo 46 – O idioma oficial para todos os atos da arbitragem ora convencionada será o português, sendo aplicáveis as leis daRepública Federativa do Brasil. O Tribunal Arbitral não poderá recorrer à equidade para resolução de controvérsias a ele submetidas. Artigo 47 – As partes declaram ter tomado conhecimento do Regulamentode Arbitragem, tendo concordado com todas as disposições ali contidas. O Regulamento de Arbitragem, conforme vigente nesta data, e as disposições da Lei n.º 9.307, de 23 de setembro de 1996, conformealterada (“Lei de Arbitragem”), integram este Estatuto Social no que lhe for aplicável. Artigo 48 – O procedimento arbitral prosseguirá à revelia de qualquer das partes, nos termos previstos no Regulamento deArbitragem. Artigo 49 – A decisão arbitral será definitiva, irrecorrível e vinculará as partes, seus sucessores e cessionários, que se comprometem a cumpri-la espontaneamente e renunciam expressamente aqualquer forma de recurso, ressalvado o pedido de correção de erro material ou de esclarecimento de obscuridade, dúvida, contradição ou omissão da sentença arbitral, conforme previsto no art. 30 da Lei deArbitragem, ressalvando-se, ainda, o disposto no Artigo 51, e o exercício de boa-fé da ação de nulidade estabelecida no art. 33 da Lei de Arbitragem. Se necessária, a execução da decisão arbitral poderá se darem qualquer juízo que tenha jurisdição ou que tenha competência sobre as partes e seus bens. Artigo 50 – A Parte que, sem respaldo jurídico, frustrar ou impedir a instauração do Tribunal Arbitral, seja por nãoadotar as providências necessárias dentro do prazo devido, seja por forçar a outra parte a adotar as medidas previstas no art. 7º da Lei de Arbitragem, ou, ainda, por não cumprir todos os termos da sentençaarbitral, arcará com a multa não compensatória equivalente a R$ 10.000,00 (dez mil reais) por dia de atraso, aplicável, conforme o caso, a partir (a) da data em que o Tribunal Arbitral deveria ter sido instaurado;ou, ainda, (b) da data designada para cumprimento das disposições da sentença arbitral, sem prejuízo das determinações e penalidades constantes de tal sentença. As Partes reconhecem que a multa oraprevista não será aplicável nas hipóteses previstas no Artigo 51. Artigo 51 – Os custos, despesas e honorários incorridos com o procedimento arbitral serão rateados entre as Partes em proporções iguais, atéa decisão final sobre a controvérsia a ser proferida pela Câmara de Arbitragem. Proferida a decisão final, a parte vencida deverá ressarcir, todos os custos, despesas e honorários incorridos pela outra parte,atualizados monetariamente com base na variação acumulada do IGP-M/FGV, calculado pro rata dies para o período compreendido entre a data em que os referidos custos, despesas e honorários tiverem sidoincorridos pela parte vencedora e a data em que o ressarcimento for efetivamente realizado e ainda, se for o caso, acrescidos de juros de 1% (um por cento) ao mês, calculados pro rata dies entre a data dadivulgação do laudo arbitral e a data em que o ressarcimento for efetivamente realizado. Caso a vitória de uma parte seja parcial, ambas arcarão com os custos, despesas e honorários incorridos, na proporçãode sua derrota, conforme decidido na sentença arbitral. Os honorários contratuais não poderão ser objeto de ressarcimento pela parte contrária. Artigo 52 -Sem prejuízo da validade desta cláusula compromissória,as Partes elegem, com a exclusão de quaisquer outros, o foro da Justiça Federal da Seção Judiciária de São Paulo, Estado de São Paulo, Brasil, quando e se necessário, para fins exclusivos de: (a) execuçãode obrigações que comportem, desde logo, execução judicial; (b) obtenção de medidas coercitivas ou procedimentos acautelatórios de natureza preventiva, provisória ou permanente, como garantia aoprocedimento arbitral antes da constituição do Tribunal Arbitral, sendo certo que após a sua constituição, caberá aos árbitros manter, revogar ou modificar tais medidas anteriormente requeridas ao PoderJudiciário; ou (c) obtenção de medidas de caráter mandamental e de execução específica, sendo certo que, atingida a providência mandamental ou de execução específica perseguida, restituir-se-á ao TribunalArbitral a ser constituído a plena e exclusiva competência para decidir acerca de toda e qualquer questão que tenha dado ensejo ao pleito mandamental ou de execução específica, podendo manter, revogar oumodificar tais medidas anteriormente requeridas ao Poder Judiciário. O ajuizamento de qualquer medida nos termos previstos neste Artigo não importa em renúncia à cláusula compromissória ou aos limites dajurisdição do Tribunal Arbitral. Artigo 53 - Antes da constituição do Tribunal Arbitral, o Presidente da Câmara de Arbitragem poderá consolidar procedimentos arbitrais que tenham causa de pedir ou objetocomuns, nos termos do Regulamento de Arbitragem. Após a sua constituição, o Tribunal Arbitral fica desde já autorizado a decidir sobre questões que se relacionem com este Estatuto Social, mas cujasobrigações constem de outros instrumentos, podendo, conforme o caso, proceder à consolidação de procedimentos de arbitragem que tenham sido instaurados posteriormente com fundamento nessesinstrumentos. A competência para reunião de procedimentos caberá ao Tribunal Arbitral que for constituído primeiramente, o qual deverá, ao decidir sobre a conveniência da consolidação, levar em consideraçãoque: (i) a nova disputa possua questões de fato ou de direito em comum com a disputa pendente; (ii) nenhuma das partes da nova disputa ou da disputa pendente sejam prejudicadas; e (iii) a consolidação nacircunstância não resulte em atrasos injustificados para a disputa pendente. Qualquer determinação de consolidação será vinculante às partes envolvidas nos procedimentos em questão. Artigo 54 – As Partesconcordam que a arbitragem deverá ser mantida em confidencialidade e seus elementos (incluindo-se, sem limitação, as alegações das partes, provas, laudos e outras manifestações de terceiros e quaisqueroutros documentos apresentados ou trocados no curso do procedimento arbitral) somente serão revelados ao Tribunal Arbitral, às partes, aos seus advogados e a qualquer pessoa necessária ao desenvolvimentoda arbitragem, exceto se a divulgação for exigida para cumprimento das obrigações impostas por Lei ou por qualquer autoridade reguladora, bem como para eventuais medidas judiciais nos termos da Lei deArbitragem, execução do laudo arbitral, medidas coercitivas ou procedimento cautelar. Capítulo XII - Disposições Gerais. Artigo 55 – A Companhia se dissolverá nos casos previstos em lei. Parágrafo Único– Em caso de dissolução extrajudicial da Companhia, compete à Assembleia Geral determinar o modo de liquidação, eleger o liquidante e o Conselho Fiscal para funcionar durante a fase de liquidação. Artigo56 – Os casos omissos neste Estatuto serão resolvidos pela Assembleia Geral e regulados de acordo com o que preceitua a Lei das S.A..
Pregão Presencial 05/2014José Francisco Martha, Prefeito Municipal de São Sebastião da Grama, leva ao conhecimento aoscredenciados no certame licitatório Pregão 05/2014, objeto: Aquisição de equipamentos e Materiaspermanentes, bem como ao público em geral que a fase de lances ocorrerá dia 19/02/2014, às 09:30horas, na Prefeitura Municipal de São Sebastião da Grama. Maiores informações poderão ser obtidaspelo Tel. (0XX19) 3646 9951, ou pelo e-mail: [email protected]
São Sebastião da Grama, 05 de fevereiro de 2014.José Francisco Martha
Prefeito Municipal
Prefeitura Municipal de São Sebastião da Grama
ALBERTI SERVIÇOS DE INFORMÁTICA LTDA., CNPJ nº 02.421.694/0001-66, Rua Comodoro, 144 - Jd.Santa Tereza, Embu das Artes/ SP, por seus sócios, DECLARA extinta a sociedade em 11/12/2013,conforme distrato social.
ALIMENTOS ANNIKA LTDA.-ME, CNPJ 04.522.534/0001-39, I.E. 116.204.126.112, estabelecida na Av. Cruzeiro do Sul,1.100, Lj 2.011, Santana, CEP: 03033-020, São Paulo, SP, comunica o extravio dos Equipamentos de ECFs (cupom fiscal),Modelo: NCR – ECF-IF 02-01, Fab: 00512001501, Versão 2.02, Autorização ECF 100587186 e Máquina Modelo NCR – ECF-IF 02-01, Fab: 00512001587, Versão 2.02, Autorização ECF 101870876, conforme Boletim de Ocorrência nº 69/2014 de05/02/2014 , não se responsabilizando pelo uso indevido de tais equipamentos.
DIGITAL FLEX LTDA. – EPP, torna público que requereu na CETESB a renovação da licença de Operação para atividade de serviços de confecção de Fotolitos, Clicheria e pré-impressão. Sita àRua Aracajú nº 80 - Núcleo Residencial Célia Motta – Barueri/ SP.
ABAPA SECURITIZADORA S.A.CNPJ/MF 19.560.224/0001-86 - NIRE 353.004.618-19Ata da 1ª (Primeira) Assembléia Geral Extraordinária
Data,Hora e Local:Aos 03 dias domês de fevereiro do ano de 2014, às 14:00 horas, na sede social localizada à Rua doGrito, n.º 387,sala 114, Ipiranga,CEP:04.217-000, na cidadedeSãoPaulo, EstadodeSãoPaulo.Convocação:sendodispensadaa convocação, nostermos do Parágrafo 4º, do Artigo 124, da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, face a presença confirmada de todos os acionistas.Presença: reuniram-se os acionistas da sociedade, representando a totalidade do capital social da Abapa Securitizadora S.A.:GuiaAsset Participações Ltda., representada neste ato por seu sócio administrador, José Antonio Floresi Guizardi; Luciane LorenzetiBordon e Antonio de Souza Baroni e Elias Navarro.Para presidir a Assembleia foi eleito por unanimidade o Sr.Antonio de SouzaBaroni, que aceitando a incumbência convidou amim,Elias Navarro para secretariá-lo, no que aceitei, assim se constituindo amesa edando-se início aos trabalhos.OrdemdoDia: I -Aprovar o Aumento doCapital Social; II -Análise da proposta daDiretoria daSociedadepara emissão de debêntures privada e Fixação das características das debêntures a serem emitidas e autorização para a Diretoria daSociedadeecelebrar a respectivaEscrituradeEmissão;e III-Outrosassuntosde interessedasociedade.Deliberações:I -Osacionistas,combase noCapital Social no valor deR$1.000,00 (mil reais), representado por 1.000 (mil) ações ordinárias nominativas, no valor deR$1,00 (um real) cada uma, totalmente subscritas e integralizadas, decidem aumentar o Capital Social da sociedade, que passará para R$999.000,00 (novecentosenoventaenovemil reais), queserá representadopor499.500 (quatrocentosenoventaenovemil equinhentas)ações ordinárias nominativas comdireito a voto com valor nominal deR$ 1,00 (um real) cada, e 499.500 (quatrocentos e noventa e novemil e quinhentas) açõespreferenciais comvalor nominal deR$1,00 (um real) cada, cujo aumento no valor deR$999.000,00 (novecentose noventa e novemil reais), emmoeda corrente e legal do país, a integralizar no prazo de 96 (noventa e seis) meses, a partir desta data,conformeboletimdesubscriçãoanexo.Opresenteaumento restouaprovadopelosacionistas, dandoassimnova redação, o caput doArt.5º do Estatuto Social, passando a ser o capital social de R$ 1.000.000,00 (ummilhão de reais), que será representado por 500.000 (qui-nhentas mil) ações ordinárias nominativas com direito a voto com valor nominal de R$ 1,00 (um real) cada, e 500.000 (quinhentas mil)açõespreferenciaiscomvalornominaldeR$1,00(umreal)cada,permanecendo inalterados todososseusparágrafos.II -OSr.Presidentepôsemvotaçãoaanálisedapropostadadiretoriaparaemissãode2.000 (duasmil) debênturessimples, nomontantedeR$2.000.000,00(doismilhõesde reais), ao valor unitário deR$1.000,00 (mil reais) cadauma, sendoaprovadapelosacionistaspor unanimidadea referidaemissão tendoas seguintes características:1)QuantidadedeDebênturesaseremEmitidas:Será emitido um total de 2.000 (duasmil)debêntures simples.2)NúmerodeSéries:Aemissão será realizada em01 (uma) série.3)ModoePrazoparaSubscrição e Integrali-zação: 3.1) As debêntures serão integralizadas no prazo de 96 (noventa e seis) meses, em moeda corrente ou em créditos possuídospelos subscritores contra a emissora, no ato da subscrição, nos termos do Contrato de Promessa de Cessão e Aquisição de DireitosCreditórios e outras Avenças. 3.2) As debêntures deverão ser subscritas no prazo máximo de 96 (noventa e seis) meses, contados apartir de 28 de fevereiro de 2014.4)Datade Início daEmissão:Para todos os efeitos legais, a data de início da emissão das debênturesserá 28 de fevereiro de 2014.5)Valor Nominal Unitário eValorTotal da Emissão:Na data de início da emissão prevista no item 4, asdebênturesrepresentativasdestaemissãoterãoovalornominalunitáriodeR$1.000,00(milreais),perfazendoomontantedeR$2.000.000,00(doismilhões de reais).A emissão será realizada em01 (uma) série, sendoqueonúmero deDebêntures a ser alocado a cada série serádefinidodeacordocomademandapelasdebêntures.6)Forma:Asdebêntures terãoaformanominativa,nãoendossável.7)Modalidade:Simples, não conversíveis em ações. 8) Espécie: As debêntures serão da espécie subordinada. 9) Vencimento das Debêntures: Asdebêntures desta emissão vencerão no prazo 120 (centro e vinte)meses, contado a partir da data de emissão estabelecida no item4, ouseja, vencerão em28 de fevereiro de 2024 data emque aEmissora deverá pagar ao(s) debenturista(s) o respectivo valor nominal, devi-damente atualizado de acordo com o estabelecido no item 12.10) Colocação:O lançamento das debêntures será privado, sem a inter-mediação de Instituição Financeira. 11) Preço de Integralização:O preço unitário para integralização das debêntures desta emissãodeverá ter o seu valor nominal fixado em R$ 1.000,00 (mil reais), atualizado na forma prevista no item 12, calculados a partir de 28 defevereiro de 2014 até as datas das respectivas integralizações.12) Base deRemuneração: a)Abase de remuneração do valor unitáriodas Debêntures será de 0,5% (zero vírgula cinco por cento), expressa na forma de percentual ao mês, base 30 (trinta) dias. 13) DosPagamentos:Os pagamentos a que fizerem jus os debenturistas serão efetuados pelaEmissorapreferencialmente através de depósitoemconta(s) corrente(s)bancária(s)emnomedo(s)debenturista(s), aser indicada(s)pelo(s)mesmo(s).14)JurosMoratórios:Ocorrendoimpontualidade no pagamento de qualquer quantia devida aos debenturistas, os débitos em atraso ficarão sujeitos a juros de mora de1,0% (um por cento) aomês emulta não compensatória de 2% (dois por cento) sobre o valor do débito, além da remuneração tal comoestabelecido no item 12, calculados desde a data de inadimplência até a data do efetivo pagamento, independente de aviso, notificaçãoou interpelação judicial ou extrajudicial. 15) Aquisição Facultativa: A Emissora poderá a qualquer tempo adquirir debêntures destaemissão que estejam em circulação, por preço não superior ao de seu valor nominal atualizado na forma prevista no item 12, observadoo disposto no parágrafo 2º, do art.55 da Lei nº 6.404 de 15 de dezembro de 1976, as debêntures objeto deste procedimento poderão sernovamente colocadasemcirculação.16)VencimentoAntecipado:Declarar-se-áantecipadamente vencidas todasasobrigaçõesobjetoda emissão de que trata o presente instrumento e exigir o imediato pagamento pelaEmissora do valor nominal atualizado, acrescido dejuros remuneratórios até a data do efetivo pagamento, na ocorrência dos seguintes fatos: 16.1) protesto legítimo e reiterado de títuloscontra a Emissora, cujo valor global ultrapasse R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais), salvo se o protesto tiver sido efetuado por erro oumá fé de terceiro, desde que validamente comprovado pela Emissora, se for cancelado ou ainda se forem prestadas garantias, emqualquer hipótese, no prazomáximo de 3 (três) dias de sua ocorrência; 16.2) pedido recuperação judicial ou extrajudicial formulado pelaEmissora; 16.3) decretação de falência da Emissora; 16.4) falta de cumprimento, pela Emissora de qualquer obrigação prevista naEscritura de Emissão, desde que não sanada em 30 (trinta) dias, contados a partir da data do recebimento do aviso escrito que lhe forenviado;ou 16.5) vencimento antecipado de qualquer dívida da EMISSORA, previstas na Escritura de Emissão.17) Publicidade:Todosos atos societários e decisões decorrentes desta emissãoquedequalquer formavieremaenvolver interesses dos debenturistas deverãoser veiculadosna formadeavisos, em jornais degrandecirculação.18)DecadênciadosDireitosaosDebenturistas:Osdireitos a jurosmoratóriosdecaemnahipótesedenãocomparecimentopara recebimentopelosdebenturistasdestaemissão,dosvalorescorresponden-tes a quaisquer das obrigações pecuniárias daEmissora, nas datas previstas na Escritura de Emissão ou em comunicado previamentepublicado.Em cumprimento ao item III daOrdemdoDia o Sr.Presidente ofereceu a palavra aos presentes para trataremde assuntos deinteresse social e, como ninguém semanifestou, os trabalhos foram suspensos pelo tempo necessário à lavratura da presente Ata.Rea-bertos os trabalhos, esta Ata foi lida e, de forma unânime, aprovada e assinada pelos presentes, que autorizaram sua publicação semassuas assinaturas, conforme Artigo 130, Parágrafo Segundo, da Lei 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Na qualidade de Presidente eSecretária da Assembléia, declaramos que a presente é cópia fiel da Ata original lavrada no livro próprio, São Paulo, 03 de fevereiro de2014. (a.a.) - Antonio de Souza Baroni - Presidente, Elias Navarro - Secretário. Antonio de Souza Baroni-Presidente de Mesa eAcionista,EliasNavarro-Secretário e Acionista,GuiaAsset Participações Ltda.-Acionista eLuciane Lorenzeti Bordon-Acionista.
20 DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014
O Google está mostrando que a Internet das Coisas não é uma tendência passagei raJason Johnson, da August.
Coisas demaispara a internet das coisas
A promessa da nova tecnologia que permitirá a montagemda casa do futuro atrai investidores, mas ainda levanta muitas dúvidas.
Jenna Wortham*
Acasa do futuro –com-
pleta, com ajudantes
robóticos e eletrodo-
mésticos automati-
zados – é tema recorrente na
ficção científica, mas o mundo
da tecnologia está determina-
do a transformá-la em realida-
de. Em breve, qualquer coisa
entre produtos para o jardim e
acessórios para o banheiro se-
rá controlada por um simples
toque no smartphone. Antes
de colocar o pé em casa, o mo-
rador poderá desligar o siste-
ma de segurança, ligar o chu-
veiro ou pré-aquecer o forno.
O conceito de colocar sen-
sores em objetos do dia a dia e
conectá-los à internet, cha-
mado de Internet das Coisas
(IoT, na sigla em inglês), está
cozinhando em fogo baixo há
muitos anos. Entretanto, o
anúncio em janeiro de que o
Google pagou três bilhões de
dólares pela Nest, fabricante
de eletrodomésticos que po-
dem ser conectados à inter-
net, colocou uma espécie de
selo de qualidade nesse mer-
cado nascente.
"O Google está mostrando
que a Internet das Coisas não é
uma tendência passageira",
afirma Jason Johnson, executi-
vo-chefe da August, fabrican-
te de fechaduras inteligentes
controladas por um aplicativo
para smartphones. "Esse é um
setor legítimo e eu estou em-
polgado com o fato de que
grandes empresas o estejam
levando a sério".
Até o momento, muitos dos
maiores avanços foram feitos
por empresas pequenas. A
SmartThings, s tartup de
Washington, D.C., vende um
kit de pequenos sensores que
monitoram os níveis de umi-
dade e detectam movimen-
tos. A Canary, de Nova York,
conta seu principal executivo,
Adam Sager, trabalha com um
sistema de segurança por ví-
deo que envia alertas ao notar
mudança drástica na tempe-
ratura, na qualidade do ar, nos
movimentos.
E, conforme sugere o acor-
do com o Google, grandes em-
presas já estão se posicionan-
do para também se tornarem
parte desse cenário crescen-
te. Muitas empresas de TV a
cabo, incluindo a Time Warner
Cable e a AT&T, oferecem sis-
temas domiciliares conecta-
dos que incluem eletrodomés-
ticos e lâmpadas. Até mesmo
a rede varejista Staples vende
produtos como lâmpadas que
são controladas por um aplica-
tivo para smartphones.
A Apple, que não quis fazer
comentários, também parece
ter algum interesse na área. O
sistema AirPlay da empresa
permite que o iPhone se trans-
forme em controle remoto, por
exemplo. Além disso, a em-
p resa c r i ou pa ten tes de
softwares que controlam apa-
relhos secundários, o que po-
deria incluir uma série de pro-
dutos domésticos.
Nova ondaCapitalistas de risco tam-
bém estão pegando essa onda
e investiram quase US$ 500
milhões em produtos conecta-
dos e empresas do setor, des-
de o início de 2012.
A motivação por trás de to-
dos esses produtos é óbvia: o
mercado global para produtos
domésticos conectados pode
chegar a US$ 40 bilhões nos
próximos cinco a sete anos,
afirma Gene Munster, analista
da Piper Jaffray.
Porém, há mais que dinheiro
em jogo. Trata-se da chance
de conseguir um lugar na nova
onda tecnológica e, possivel-
mente, se tornar um nome fa-
miliar entre os produtos para o
consumidor, talvez o equiva-
lente à nova geração da Apple
ou da General Electric. Toda-
via, para que isso seja possí-
vel, cada um dos novos com-
petidores precisa superar
uma série de dificuldades pa-
ra atrair a atenção no mercado
instável dos consumidores.
Parte considerável do en-
tusiasmo inicial em relação
aos produtos conectados
com a internet foi direciona-
da aos artigos que podem ser
"vestidos", como relógios in-
teligentes ou sensores para a
prática esportiva. Esses apa-
relhos muitas vezes acompa-
nham os níveis de atividade
física ou medem os sinais de
saúde, exibindo batimentos
cardíacos ou níveis de pres-
são sanguínea.
Contudo, à medida que as
capacidades aumentam e os
preços caem, as possibilida-
des para aparelhos inteligen-
tes também se expandem pa-
ra outras áreas. Agora, existe
uma demanda para os produ-
tos em questão.
Um dos problemas a resol-
ver é que custa caro criar uma
casa conectada. Ao menos por
enquanto, os produtos "inteli-
gentes" custam muitas vezes
mais que os tradicionais. Por
exemplo, o detector de fuma-
ça e monóxido de carbono da
Nest custa US$ 129 dólares,
muito à frente de similares a
US$ 40 dólares ou menos. A
Nest estima que o termostato
de US$ 249 seja seu produto
mais popular, mas ele está
presente em menos de 1% das
casas americanas.
Muitas pessoas também re-
lutam com a possibilidade de
adicionar mais aplicativos e
serviços digitais a suas vidas.
Além disso, muitos dos produ-
tos que já estão no mercado
não são plenamente compatí-
veis, já que muitas empresas
brigam para se tornar o servi-
ço dominante.
Isso sem falar nos dados
que são gerados por muitos
desses aparelhos –um grande
número de informações. Al-
guns usuários podem achar
que os alertas e notificações
frequentes são sufocantes ou
difíceis de entender.
Uma boa chanceAinda assim, muitas empre-
sas acreditam que a gama am-
pla de produtos e a riqueza dos
dados possíveis sejam um
bom argumento de vendas e
que, com o tempo, os consu-
midores irão superar isso.
A ideia de digitalizar deter-
minadas partes da vida pes-
soal "atraiu um movimento de
pessoas que gostam de criar
métricas para todas as coisas
e analisar cada aspecto de
suas vidas para melhorá-la",
afirma Cédric Hutchings, exe-
cutivo-chefe da Withings, fa-
bricante de produtos médicos
e monitores de sono conecta-
dos à internet.
A Withings é uma sociedade
limitada e não compartilha da-
dos sobre vendas, mas seus
Daniel Rosembaum/The New York Times
Hawkinson, da SmartThings e Sager, da Canary (foto abaixo): muitos dos maiores avanços foram feitos por empresas pequenas como as deles.
fundadores afirmam que ela
tem "crescido rapidamente
nos últimos cinco anos".
Aparelhos inteligentes tam-
bém precisam enfrentar te-
mores acerca de segurança e
privacidade. Um hacker pode-
ria, teoricamente, alvejar uma
fechadura inteligente ou um
sistema doméstico de segu-
rança, por exemplo, e muitas
questões foram levantadas
acerca dos dados coletados
pelos produtos e que podem
ser utilizados pelas empresas
que os fabricam.
A August, a empresa que es-
tá trabalhando para criar as fe-
chaduras inteligentes, não fa-
rá envios até ter certeza de
que o sistema está completa-
mente livre de falhas. Embora
a empresa diga que dezenas
de milhares de pessoas fize-
ram pedidos, ela está retar-
dando o lançamento do siste-
ma para uma rodada de testes
vigorosos feita por pesquisa-
dores de segurança, que bus-
carão falhas de segurança no
s o ft w a re .
Apesar de todas as dúvi-
das, a indústria de tecnologia
continua confiante acerca
das possibilidades. A compra
feita pelo Google deixou isso
claro, e o acordo deixou arre-
piados empresários e inician-
tes que concorrem – a maio-
ria longe dos holofotes – p or
um espaço no mercado cres-
cente.
"Este é o ano da virada", diz
Alex Hawkinson, fundador e
executivo-chefe da Smart-
Things. "Uma afirmação tão
contundente quanto essa por
parte das grandes empresas
de tecnologia faz todo mundo
começar a pensar sobre o es-
paço. Os grandes nomes estão
começando a acordar para a
oportunidade e é provável que
ela se acelere".
Entretanto, Hawkinson
afirmou que embora a novi-
dade da compra feita pelo
Goog le o t enha de i xado
igualmente animado e per-
plexo, ele acredita que tem
uma boa chance, assim como
qualquer outro empreende-
dor. "O Google nasceu por
conta do conhecimento, não
da IBM. E quando a onda era
social, foi a vez do Facebook,
não do Google. Portanto, te-
mos isso a nosso favor e pre-
cisamos ver como as coisas
se desenrolam".
*The New York Times
Benjamin Norman/The New York Times
Pela África, a IBM começa a montar seu supercomputador.
AIBM começou a instalar
ontem o "Projeto Lucy",
seu sistema de
supercomputador Watson em
Nairobi, Quênia, dizendo que ele
ajudará a lidar com obstáculos
ao desenvolvimento da África
tão diversos quanto
diagnósticos médicos, coleta de
dados econômicos e pesquisa
de comércio eletrônico.
O sistema utiliza inteligência
artificial e pode analisar
rapidamente grandes
quantidades de dados e
entender linguagem humana o
bastante para conseguir manter
conversas sofisticadas. Ele
venceu humanos no programa
de perguntas e respostas da TV
"Jeopardy", em 2011.
Segundo a maior fornecedora
de serviços de tecnologia do
mundo, o Projeto Lucy – nome
que homenageia o fóssil
humano mais antigo já
descoberto, encontrado no leste
da África – levará dez anos e
custará US$ 100 milhões.
"Acredito que impulsionará
toda uma era de inovação para
os empreendedores aqui", disse
a presidente-executiva da IBM,
Ginni Rometty, para
re p re s e n t a n t e s .
A tecnologia permitirá que as
partes mais empobrecidas da
África "pulem" estágios de
desenvolvimento que não
conseguiram alcançar por
serem muito caros. Será como a
disseminação dos celulares, que
se espalharam pelo continente
em locais onde não existia
virtualmente qualquer linha
terrestre, compara Michel Bézy,
um professor de tecnologia
baseado em Ruanda que ajudou
a desenvolver o sistema
Watson. (Reuters)
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 21
Nº 502
Uma Volkswageneufórica com o Não há outra forma
para expressar omomento vividopela montadoracom a chegada doup!. Parece mesmoo surgimento deuma nova erapara a empresa.
CHICOLELIS
C O M PA C T O S
Mais um conceitodo Ford Ka. Agora
com 4 portas.
Oup! (assim mesmo,
com minúsculas e ex-
clamação) representa
o que o presidente da
Volkswagen no Brasil, Thomas
Schmall, classifica de a "nova era
da empresa no País". E o entusias-
mo demonstrado por toda a dire-
toria da montadora no lançamen-
to do novo carro não deixa dúvidas
quanto a isto. O up! transformou a
vida da alemã por aqui.
A apresentação mostrou uma
grande festa, totalmente fora dos
padrões da VW. Carros percorriam
uma pista desenvolvida em um
enorme galpão, que foi transfor-
mado em uma cidade, com seus
pontos de comércio. Atrás dos car-
ros, uma espécie de passeata,
com todos os tipos de pessoas, co-
mo grupos de jovens, persona-
gens de Guerra nas Estrelas, famí-
lias. Tudo ao som de músicas mo-
vimentadas. Algo nunca visto em
lançamentos da marca.
E o carro mostrou-se digno da
festa, com seu design moderno,
desenvolvido pelo brasileiro Mar-
co Pavone, e um motor 1.0 de três
cilindros capaz de se igualar aos
1.4 do mercado, com a vantagem
de ser mais econômico que seus
concorrentes. Um detalhe em seu
estilo é que ele não apresenta uma
grade frontal como todas as mar-
cas – incluindo a VW –mostram nos
seus modelos. Ele repete o mesmo
tipo de frente do Renault Twingo,
Honda Civic e outros dos anos 90.
Sem grade aparente.
O MOTOR – O propulsor é flex,
com 75 cv usando gasolina e 82 cv
com etanol. A rotação é a mesma
para ambos, 6.250 rpm. Equipado
com sistema e-flex, dispensa o
tanquinho de partida a frio. E, de
acordo com a marca, é o carro flex
mais econômico do Brasil, com
consumo de 13,2 km/l na cidade e
14,3 km/l na estrada, no modelo
com ar e direção assistida.
Este motor é o mesmo que equi-
pa o Fox, da mesma VW, lançado
em meados doano passado. Entre-
tanto, tanto aperformance quando
o consumo do up! se justificam pelo
menor peso do carro (910 kg) e sua
excelente aerodinâmica.
Ele oferece seis versões, que
custam de R$ 26.900, o take up!
com duas portas (o quatro portas,
R$ 28.900), a R$ 39.390 do black
up!, white up! e red up!, todos ape-
nas com quatro portas. No total,
são 46 combinações de cores e
acabamentos, incluindo seis tipos
de bancos e 10 cores externas. E
todos, como manda a legislação,
com air-bags e ABS.
DIFERENTE DO EUROPEU – O
nosso up! é diferente do modelo
que vem fazendo sucesso na Ale-
manha, França, Itália e outros 50
países pelo mundo. Ele é maior –
3,60 m (6,5 cm) de comprimento,
permitindo que seu porta-malas te-
nha capacidade para 285 litros,
30% mais em relação ao vendido
em outros países. E o porta-malas
tem uma sobre-tampa, útil para es-
conder objetos dos "amigos do
alheio". Outra diferença é que a
tampa traseira aqui tem a metade
em aço, enquanto lá fora é toda de
vidro. Aqui, o carro é para cinco pes-
soas, e na Europa, quatro. Mas ele
não aumentou na largura. No tan-
que de combustível, 50 litros ao in-
vés dos 35 litros do europeu.
Aqui, em razão das más condi-
ções das nossas vias e para evitar
up!
Aprimeira versão do
conceito Ka foi
apresentada no ano
passado, na versão hatch
(cinco portas), e agora a Ford
mostrou, ainda sem nenhum
componente – apenas
carroceria –, o modelo
quatro portas. Ambos
deverão ser lançados ainda
neste primeiro semestre.
Steven Armstrong,
presidente da Ford América
do Sul, justifica o surgimento
do novo carro pelo
crescimento das vendas no
segmento. Segundo ele, o
mercado de compactos
responde por 60% das
vendas de carros no Brasil,
sendo o modelo quatro
portas responsável
isoladamente por 20% do
total nacional.
Armstrong destacou
também que, ao lançar os
dois modelos, a Ford estará
antecipando em um ano o
seu plano de colocar o Brasil
como integrante do projeto
Ford de globalização, que
deveria ocorrer somente em
2015. Ou seja, todos os
modelos aqui vendidos
serão encontrados em
outros países do mundo,
como a Índia, por exemplo,
que teve apresentação do
carro também nesta
semana, no salão do
automóvel em Nova Déli.
O Motor será um trêscilindros? A Ford não
informou qual motor será
colocado no novo Ka, mas
especula-se que haveria
uma versão com propulsor
de três cilindros que a marca
vem desenvolvendo no seu
centro de pesquisas. Se não
confirmada esta informação,
o carro seria impulsionado
por um 1.6. A certeza é
que haverá uma versão
1.0, que representa um
alto índice de vendas
no segmento.
Ainda que a Ford não
tenha revelado o Ka quatro
portas por dentro, fotos
mostram que seu espaço
interno responderá pelo
conforto para seus
ocupantes. Uma novidade
no carro é o My Ford Dock,
segundo a fábrica, uma
maneira inédita de usar,
guardar e recarregar
aparelhos de celular, MP3
e GPS integrados ao
sistema de conectividade.
problemas, ele é dois centíme-
tros mais alto.
SEGURANÇA: O CAMPEÃO – O
up! é o primeiro carro 1.0 fabrica-
do no Brasil que recebeu cinco
estrelas para os ocupantes da
frente e quatro estrelas para as
crianças instaladas no banco tra-
seiro, segundo resultados do
crash test do La-
tin NCAP, organi-
zação que avalia
a segurança dos
veículos.
MAIS QUE O 1.4– Quando os en-
genheiros da VW
anunciaram que
a performance do
up! com seu mo-
tor 1.0 era melhor
que a maioria dos
m o d e l o s 1 . 4 ,
muita gente tor-
ceu o nariz. Mas,
andando no novo
carro, com seu
peso reduzido, foi
possível confir-
mar a afirmação.
Com direção eletromecânica,
ele é extremamente agradável
de conduzir e o motor responde
bem nos momentos de ultrapas-
sagens, mesmo com o ar-condi-
cionado ligado.
Um carroagradável de
ver e de andar.A falta da
grade podecausar
estranheza,mas é por
pouco tempo.D e n t ro ,
conforto paraquatro, maspode levar 5
pessoas. Ele éa aposta da
VW para umcrescimento
ainda maior.
A Ford apresentou nesta semana a versãosedan do conceito do compacto Ka, que
deverá chegar ao mercado em maio.
O motor 1.0, três cilindros,40 kg mais leve e maiseconômico que um quatrocilindros, tem melhorperformance que muito 1.4.
22 DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014
TURISMO EM ALTARepública de San Marinosoma 32 mil habitantese quase 2 milhõesde visitantes por ano.
FAÇAS AS MALAS
San Marino, o minúsculovizinho da Itália.
Evan Rail*
Fotos: Dave Yoder/The New York Times Service
Acima, Guaita,uma das torres
de vigia quedefinem apaisagem
do pequenopaís; ao lado,
as lojas naturística
Cidade deMarino.
O país montanhoso de apenas 62 quilômetros quadrados,próximo da costa do Mar Adriático, desperta para o turismo.
Os picos recortados
dos Apeninos? Ver-
tiginosos. O Adriáti-
co? De azul-celeste
ao turquesa. A cozinha farta da
Emilia-Romagna? Deliciosa
como sempre. A descrição po-
de parecer a de férias ideais na
Itália. Mas se você estiver des-
frutando o cenário maravilho-
so e um ótimo sangiovese na
minúscula República de San
Marino, não comece a falar no
quanto adora viajar à Itália.
"Nós somos pequenos, mas
somos um Estado – um Estado
completamente independen-
te", disse Sabrina Giancecchi,
samarinesa que trabalha no
escritório de turismo do país,
quando perguntei a ela sobre a
relação de San Marino com o vi-
zinho tão maior, com o qual
compartilha o idioma e boa
parte da história. "Até os pri-
meiros anos do século passa-
do, era muito difícil chegar
aqui, principalmente no inver-
no, então nós ficávamos muito
isolados. Hoje as coisas estão
bem diferentes."
O turismo agora é um grande
negócio para San Marino, um
país montanhoso de apenas 62
quilômetros quadrados
c e r c a d o
p e l a s re-
giões italia-
nas da Emi-
l ia - Ro ma g-
na e Marche,
a poucos qui-
lômetros da
costa do Mar
Adriático. Em-
bora os cidadãos de San Marino
somem perto de 32 mil habi-
tantes, com outros 17 mil vi-
vendo no exterior, o número de
visitantes ao país se aproxima
de 2 milhões por ano. A capital,
a Cidade de San Marino, sofre
claramente com o excesso de
lojas de suvenires. Mas por bai-
xo das bugigangas, os viajan-
tes descobrem a beleza real e a
personalidade peculiar de um
país minúsculo.
Como parte de uma viagem
maior à Emilia-Romagna, pas-
sei alguns dias buscando a au-
tenticidade em San Marino. Em
parte tinha vindo visitar um
amigo italiano, Daniele, que se
mudou para lá para viver com a
namorada, Lucia. Decidi, po-
rém, explorar a região por con-
ta própria antes de encontrá-
los. Minhas primeiras paradas
foram nas três antigas torres
de vigia que definem a paisa-
gem de San Marino, e sobem
acima do pico mais alto dos
Apeninos no país, o Monte Tita-
no. Em uma tarde de tempes-
tade e neve, caminhei pelos
antigos baluartes, entrando na
primeira torre de vigia, chama-
da Guaita, e subi várias esca-
das de mão de madeira e esca-
darias raquíticas até chegar ao
nível superior. Daquele peque-
no cômodo, 19 janelas davam
vista a todas as direções, com o
azul do Adriático e o litoral de
Rimini claramente visíveis a
leste. Logo abaixo eu via várias
das nove cida-
des do país ,
c on h ec i da s
como "castel-
li" (castelos).
O que ficou
ainda mais óbvio
daquela altura era o que havia
garantido a independência de
San Marino ao longo dos sécu-
los: a própria gravidade. Esta, e
muitas armas; eu encontrei
exemplares maravilhosos na
segunda torre, Cesta, e seu Mu-
seu de Armas Antigas.
História - Depois de ficar bo-
quiaberto com a coleção de
alabardas, martelos de guerra
e estojos cheios com pistolas
para duelo e espadas, eu me
dirigi ao Museu do Estado para
ver exposições da história pri-
mitiva do país, incluindo o re-
centemente restaurado te-
souro de Domagnano, impres-
sionante coleção de joias pro-
v a v e l m e n t e u s a d a s p o r
mulheres nobres da corte de
Teodorico, o Grande, rei dos
ostrogodos, que viveu a pouca
distância da costa do Adriáti-
co. Em outra parede, um escu-
do de armas esculpido em pe-
dra tirado dos portões da cida-
de do século 14 mostrava as
três torres de vigia e a antiga
divisa: "libertà" (liberdade).
Segundo a tradição, a busca
por liberdade religiosa levou
originalmente à fundação do
país, quando um perseguido
talhador de pedras cristão,
San Marino, se instalou no
Monte Titano em 301, dando à
nação a reivindicação de repú-
blica mais antiga do mundo.
Desde então, as coisas foram
modernizadas, mas o sistema
de governo praticamente não
foi alterado nos últimos 800
anos. O país tem dois chefes
de Estado –ambos conhecidos
como "capitães regentes" – e
seu Parlamento é eleito exata-
mente como na Idade Média.
No dia seguinte, visitei Bor-
go Maggiore, antiga cidade al-
cançável pelo teleférico que
sobe e desce o Monte Titano.
Ao contrário da turística Cida-
de de San Marino, esta não ti-
nha turistas nem lojas para tu-
ristas. Descobri velhos bairros
charmosos, deslizei por mi-
núsculas vielas entre casas de
pedra, fotografei exemplares
do Fiat 500, com qualidade de
museu, estacionados na pra-
ça do mercado, e disse "buon-
giorno" a muitas velhinhas –
"zdore" no dialeto local.
À medida que o meio-dia se
aproximava, comecei a ficar
com fome. Um carteiro reco-
mendou um restaurante próxi-
mo, o Hostaria da Lino, e alguns
minutos depois eu estava sen-
tado. A firme e macia "strozza-
preti", espécie de massa tran-
çada, era feita no restaurante,
chegando com molho de toma-
te amanteigado com muita rú-
cula fresca e pedações de quei-
jo Grana Padano. Junto com a
pasta, um pratão de bife "ta-
gliata" coberto com cogumelos
aromáticos, e abençoei o car-
teiro de todo o meu coração.
Quando encontrei Daniele e
Lucia, San Marino já começara
a parecer um lugar delicioso,
mas levemente estranho. O
que dizer de um país cujo
Grande Prêmio de Fórmula 1 –
o GP de San Marino –acontece
em um país estrangeiro, bem
como sua regata anual? Um
país cujos selos valem apenas
para endereços domésticos?
E tem a questão da locomo-
ção. Para ver além da Cidade
de San Marino, dá para pegar
ônibus locais que rodam o
país, conhecidos como linhas
"domésticas". Ou se precisar
ir a um dos “castelli” d i s t a n-
tes, também pega-se um ôni-
bus "internacional" que segue
até Rimini, Itália, a menos de
16 quilômetros dali.
Contei algumas de minhas
observações a Daniele quan-
do o vi no dia seguinte, traba-
lhando na cozinha da minús-
cula pizzaria e restaurante de
Lucia, chamado Cacao, em
castello de Domagnano. "San
Marino é um lugar estranho",
ele respondeu sorrindo. "Nem
sei dizer se existe mesmo."
As velhinhas em Borgo Mag-
giore eram reais, bem como os
panoramas, a velha fortaleza
de pedra sobre o Monte Titano e
o “pas sat ell i” que Lucia então
colocava à minha frente – tiras
macias de massa fresca com al-
cachofra e pedaços macios de
peixe do Adriático –, um melho-
res pratos que comi durante a
viagem inteira.
Daniele traduziu o que eu
disse para um freguês na me-
sa ao lado. O homem integra-
va o Parlamento de San Marino
e queria saber o que um es-
trangeiro pensava de sua ter-
ra natal. Em outro país, encon-
trar um parlamentar em uma
pizzaria de bairro não seria im-
possível, só incomum. Já na
minúscula República de San
Marino, onde mais ele iria?
* New York Times News Service
ONE DORMIRHotel Joli: Viale Federico D’Urbino 36,
hoteljoli.sm. Recém-renovado, fora
dos portões da antiga Cidade de San
Marino. Diárias em torno de 100 euros.
Hotel Cesare: Via Salita alla Rocca 7,
hotelcesare.com. No coração da
Cidade de San Marino, quartos
estilosos e ótimo restaurante.
Diárias a partir de 100 euros.
ONDE COMERHostaria da Lino: Piazza Grande 47,
hostariadalino.com. No Borgo
Maggiore, serve deliciosa
massa feita na casa.
Cacao: XXV Marzo 12,
cacaoilristorantino.com. Em
Domagnano, pizza artesanal e
receitas clássicas da Romagna.
Uma praça sobre o Monte Titano (acima); e espadasno Museu de Armas Antigas em Cesta (à esq.).
O "strozzapreti" da Hostariada Lino.