Diário do Comércio

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Conclusão: 23h35 www.dcomercio.com.br São Paulo, quinta-feira, 21 de julho de 2011 Ano 87 - Nº 23.419 Jornal do empreendedor R$ 1,40 ISSN 1679-2688 9 7 7 1 6 7 9 2 6 8 0 0 8 2 3 4 1 9 HOJE Muitas nuvens. Pode garoar à noite. Máxima 27º C. Mínima 17º C. AMANHÃ Chuvoso durante o dia e à noite. Máxima 20º C. Mínima 14º C. TRIIIIIM!!! R$ 4 MILHÕES POR HORA. AS GARRAS DO LEÃO NA TELEFONIA. ESTA CENA JÁ É DA COPA DE 2014 Kassab assinou isenção. Depois, Alckmin disse que bancará mais 20 mil lugares no Itaquerão. Sanchez tinha mesmo de chorar... Pág.8 Depois da ciclovia, a ciclorrota. Prioridade à 'magrela' na zona sul. Pág. 10 Os fanáticos passageiros da 'busologia' Sabem e colecionam tudo sobre ônibus. Pág. 11 Agliberto Lima/DC Joerg Carstensen/EFE João Carlos Mazella/AE Bruno Poletti/AE Transportes: outras três demissões. E ainda vem mais. Com as exonerações de ontem, total chega a 15 – e mais dois nomes serão desligados. Para o ministro Passos, as baixas não se devem às denúncias de corrupção. O TCU aponta superfaturamento de R$ 78 milhões em obras do Dnit. Págs.5e6 O socorro mais rápido do Velho Continente Nicolas Sarkozy (França) e Angela Merkel (Alemanha) buscam saída para a Grécia. Pág. 20. Editorial. Pág.3 Dobra multa a quem desrespeita consumidor A mínima passou a R$ 400 e a máxima, a R$ 6 milhões. Pág. 15 IMPOSTÔMETRO R$ 800 bilhões amanhã, 31 dias mais cedo. Velocidade com que o dinheiro entra nos cofres públicos só tem aumentado. Pág. 15 Dados da Associação Brasileira de Telecomunicações mostram quanto os brasileiros recolheram por hora em impostos sobre conta de telefone fixo e de celular, durante 2010. Pág. 15 Copom manda mais 0,25 e juro chega a 12,5% ao ano É a quinta alta seguida, justificada pelos "riscos de inflação". Para Rogério Amato, presidente da ACSP, a Selic "já está muito elevada e seu impacto vem se fazendo sentir mais na produção do que no consumo". Pág. 13 Tributo fora do figurino Brasileiro gasta mais com imposto que com roupa. Pág. 15 Newton Santos/Hype

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21 jul 2011

Transcript of Diário do Comércio

Conclusão: 23h35 www.dcomercio.com.br São Paulo, quinta-feira, 21 de julho de 2011

Ano 87 - Nº 23.419 Jornal do empreendedorR$ 1,40

ISSN 1679-2688

9 771679 268008

23419

HOJEMuitas nuvens. Pode garoar à noite.

Máxima 27º C. Mínima 17º C.

AMANHÃChuvoso durante o dia e à noite.

Máxima 20º C. Mínima 14º C.

TRIIIIIM!!! R$ 4 MILHÕESPOR HORA. AS GARRAS

DO LEÃO NA TELEFONIA.

ESTA CENA JÁ É DA COPA DE 2014Kassab assinou isenção. Depois, Alckmin disse que bancará mais 20 mil lugares no Itaquerão. Sanchez tinha mesmo de chorar... Pág. 8

Depoisda ciclovia, a

ciclorrota.Prioridade à 'magrela' na zona sul. Pág. 10

Os fanáticospassageiros da

' bu s o l o g i a 'Sabem e colecionam tudo sobre ônibus. Pág. 11

Agliberto Lima/DC

Joer

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Bruno Poletti/AE

Transportes: outrastrês demissões.

E ainda vem mais.Com as exonerações de ontem, total chega a 15 – e mais

dois nomes serão desligados. Para o ministro Passos, as baixasnão se devem às denúncias de corrupção. O TCU aponta

superfaturamento de R$ 78 milhões em obras do Dnit. Págs. 5 e 6

O socorro maisrápido doVelho ContinenteNicolas Sarkozy (França) e AngelaMerkel (Alemanha) buscam saída paraa Grécia. Pág. 20. Editorial. Pág. 3

Dobra multa aquem desrespeita

consumidorA mínima passou a R$ 400

e a máxima, a R$ 6 milhões. Pág. 15

IMPOSTÔMETROR$ 800 bilhões amanhã,

31 dias mais cedo.Velocidade com que o dinheiro entra nos

cofres públicos só tem aumentado. Pág. 15

Dados da Associação Brasileira deTelecomunicações mostram quanto os brasileirosrecolheram por hora em impostos sobre conta de

telefone fixo e de celular, durante 2010. Pág. 15

Copom manda mais 0,25 ejuro chega a 12,5% ao ano

É a quinta alta seguida, justificada pelos "riscos deinflação". Para Rogério Amato, presidente da ACSP, a Selic

"já está muito elevada e seu impacto vem se fazendosentir mais na produção do que no consumo". P á g. 13

Tributo forado figurinoBrasileiro gasta maiscom imposto quecom roupa. Pág. 15

Newton Santos/Hype

quinta-feira, 21 de julho de 20112 DIÁRIO DO COMÉRCIO

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opiniãoA questão em jogo é saber se é possível conciliar a política com as necessidades econômicas e em que dimensão.

José Márcio Mendonça

PRESSÕESC O L AT E RA IS

JOSÉ

MÁRCIO

MENDONÇA

A presidente Dilma quer mesmo ocombate à inflação. Mas, ao

mesmo tempo, não quersacrificar a festa de consumoda sociedade, principalmenteo da chamada nova classe C.

Saiu ontem mais um bo-letim de conjuntura doInstituto de PesquisaEconômica Aplicada

(IPEA), órgão ligado àquela se-cretaria-ministério, que ficou co-nhecida como Sealopra, quandofoi comandada pelo economistaRoberto Mangabeira Unger e ho-je abriga Wellington MoreiraFranco, do PMDB, da cota do vi-ce Michel Temer.

Por uma coincidência, que nãoé mera coincidência coisa nenhu-ma, saiu no mesmo dia, na mes-ma quarta-feira em que o BancoCentral decidiu promover maisum aumento de 0,25 ponto per-centual na taxa básica de juros – eprepara sua ata em que indicarápara o mercado financeiro se che-gou ao limite de alta neste ano ouse vai puxar a Selic um poucomais para cima até dezembro.

O IPEA, que foi ligado a váriosministérios, a maior parte do tem-po ao Planejamento , e que hoje es-tá numa secretaria da Presidênciada República, nasceu no regimemilitar como um centro de estu-dos independentes. E, por incrívelque pareça, mesmo nos temposmais agudos dos generais, mante-ve autonomia nos seus trabalhos.

Empregou muitos críticos dapolítica econômica do regimemilitar, que deram dores de cabe-ça aos ministros de então e quedepois ocuparam postos de rele-vo nos governos da redemocrati-zação. Para ficarmos somentecom um deles, foi o caso do ex-ministro da Fazenda nos oitoanos de Fernando Henrique Car-doso, Pedro Malan.

De uns tempos de Lula para cá,o IPEA, por seu comando, mesmoa contragosto de parte de sua equi-pe, foi posto a serviço das políticasdo governo. A par de seus estudostécnicos, produz também análisese projeções ao figurino oficial.

E ssa carta de conjunturasaída ontem da prateleira– contrariando o que diz

boa parte dos especialistas e a pró-pria cautela do Banco Central, queainda está observando no que vaidar, dados os números contraditó-rios que estão por aí – asseguraque as medidas macropruden-ciais adotadas nos últimos mesesjá deram certo. E que a economiabrasileira já desacelera, que a in-

flação anual vai ficar entre 5% e 6%(a previsão generalizada é mais doque isso). E, que, portanto, não hánecessidade de novas medidasantiinflacionárias – entenda-se:aumento de juros.

É tudo o que a parte políticado governo, o Ministérioda Fazenda, e, em parte a

presidente Dilma Rousseff que-rem esgoelar de público, mas nãodevem. A realidade é que Dilmaquer mesmo o combate à inflação,porque sabe o valor político dospreços baixos gerando mais rendano bolso do trabalhador. Mas, aomesmo tempo, não quer sacrificara festa de consumo da sociedade,principalmente o da chamada no-

va classe C (ou classe C do Lula). Éisso que ela deseja, segurar a infla-ção sem violência.

É preciso entender que a presi-dente ainda precisa firmar sua po-pularidade neste ano e preparar oterreno para as eleições do ano quevem. E isto pode ser dificultado,óbvio, no caso de uma inflaçãomais alta. Mas pode também so-frer tropeços com uma economiapouco aquecida.

Por essas e outras é que oBanco Central, desde oinício do ano, já desistiu

de levar este ano para o centro dameta de 4,5%. Isso iria exigirmuita "maldade econômica".Embora Alexandre Tombini esua turma jurem de mãos juntas,todos os dias, os sinais são de quetal objetivo vai ficar mesmo para2013. Outro sinal são as camba-lhotas com o dólar: este não podecair demais porque prejudica (jáestá prejudicando) uma parte daindústria nacional. Não pode,contudo, ser mais ajustado, por-que pode bater na inflação.

É este equilíbrio – que às vezesparece um salto mortal de trape-zista sem rede de proteção – queDilma e seus assessores buscam eo obsequioso IPEA garante que jáestá sendo atingido. A questãoreal em jogo é saber se é possívelconciliar a política com necessida-des e desafios econômicos e emque dimensão. Lula tentou em2010 – e a inflação ainda não vol-tou a ficar obediente até agora.

JOSÉ MÁRCIO MENDONÇA

É J O R N A L I S TA E A N A L I S TA POLÍTICO

LUIZ

OLIVEIRA

RIOS

Por que ter umavisão holística

O profundoconhecimentode uma parte, sema visão do todo,é muito perigoso.Isso porque todoconhecimentoestanque é,por si mesmo,um conhecimentojá morto.

Newton Santos/Digna Imagem

O dilema do governo é como resolver a questão inflacionária sem afetar o poder de compra – e os votos – da população.

Diferentemente deuma visão de "raio X",ao modo de Super-Man,

a holística é uma visão globalsobre dado fenômeno, algoou uma entidade. Claroque um "raio X", que foca dadoponto, destaca o que sequer ver particularizado, epor isso, em muitos casos, esserecurso é necessário.

Tenho dito que dos bonsprofessores a gente nuncaesquece, pois inculcam namente dos alunos não asrespostas estereotipadas, mas asede de aprender por meio daformulação de perguntasinteligentes, que espicaçamo cérebro para que este exerciteo pensar na buscadas melhores soluções.

Certa vez, para explicara importância de ter uma visãoholística sobre tudo,um desses bons professoresfez a seguinte pergunta:"Qual é o melhor médicocardiologista?" Nós, alunos,respondemos: é aquele quese especializa cada vez mais nasua área de atuação.

E o professor: "Errado!Especializar-se é obrigaçãode qualquer profissional,de qualquer área. O melhorcardiologista é aquele quetambém entende de dor debarriga. E sabem por quê?Porque se não, ele entenderácada vez mais do coraçãohumano, como um órgão, masentenderá cada vez menosde gente, do indivíduo".

Sábias palavras, pois hoje emdia, parece que em todas as

áreas dos saberes humanosproliferam os conhecimentosestanques, ou seja, de altaespecialização em umaparte, mas com muitas "áreascegas" em outras, perdendo-seassim a visão do todo sinérgico.Piada antiga já dizia que umespecialista é alguém queconhece cada vezmais o mínimo de algo,a ponto de saber cada vezmenos o máximo desse algo.

É óbvio que umaespecialidade profissional,em qualquer área, é sempreimportante, porém osseus benefícios só serãoconcretizados se o seupossuidor for humilde ereconhecer que tambémé um aprendiz em progressodentro da sua própriaespecialidade, e que nessaaprendizagem contínua há queabrir espaço para outros saberesno seu universo de atuação – daía necessidade de sedesenvolver, sim, uma visãoholístic a.

O profundo conhecimento deuma parte, sem a visão do todo,é muito perigoso. Todoconhecimento estanque é, porsi mesmo, um conhecimentomorto, até porque, naconjuntura complexa emque vivemos, a única certezaé a certeza das incertezas.

E por que será que Sócrates,quatro séculos antes de Cristo,cunhou a instigante máxima:"Todo o meu saber consiste emsaber que nada sei"? Talvez sejaa máxima mais conhecida dosábio grego. Naquela época, játendo sacado que algumas"verdades" não resisitiriam àprova do tempo, ele não tevemedo de assumir sua ignorânciaafir mativa.

E qual é a diferença entre"ignorância afirmativa" e asdemais ignorâncias? É quena "ignorância afirmativa"as pessoas aceitam suaslimitações e não hesitam embuscar ajuda. Ou, comodiria o pensador e folcloristabrasileiro Luiz da CâmaraCascudo: "É preciso umluzeiro para iluminar as nossasmuitas i n g u i n o ra n ç a s ".

As demais ignorânciassão as "ignorâncias burras", emque a arrogância advinda dostítulos e dos diplomasnão raro cega seu possuidor,impedindo-o de continuarna senda de aprendizagemdiária e, o que é pior, amiúdegerando a impossibilidade detrabalhar em equipe – poisquem quer trabalhar ao lado deum "Dr. sabe-tudo"?.

Reconhecer as própriaslimitações, pessoais e

profissionais, não deve afetara autoestima de ninguém:muito pelo contrário, pois quemassim procede revelamaturidade emocional etransmite a terceiros um sinal deconfiabilidade. Agindo assim, apessoa fará o melhor dentro doslimites máximos de seusconhecimentos enão se negará a aprendercom o outro – pois cada pessoa,independentemente de suaescolaridade, é uma fonte dec u l t u ra .

O inesquecível GuimarãesRosa já dizia: "Mestre, derepente, é quem aprende,e não quem ensina". Nummundo em que as mudançasacontecem em velocidadeestonteante, devemos tera humildade de reconhecer:a cada dia acordamos um poucomais ignorantes ...

LUIZ OLIVEIR A RIOS É P RO F I S S I O N A L

DE MARKETING E VENDAS E CO LU N I S TA

DO DIÁRIO DO CO M É RC I O. E-MAIL:OLIVEIR A.RIOS@H OTM A I L .CO M

quinta-feira, 21 de julho de 2011 3DIÁRIO DO COMÉRCIO

opinião SERÁ PRECISO UMA REVOLUÇÃO CULTURAL PARA A GRÉCIA SE EQUILIBRAR ECONOMICAMENTE.

Podem os gregosvirar alemães?

THOMAS L.FRIEDMAN

CIDADE LIMPA:SÓ UMA FARSA

Quando foilançado, oprograma CidadeLimpa nos fez crerque realmenteteríamos praças eruas arrumadas,uma cidadebonita. Mas nadadisso aconteceu.

Há alguns anos, nacidade de São Paulo,fomos surpreendidos

com o infeliz ProgramaCidade Limpa. Queimaginávamos que fosserealmente o que parecia ser,uma limpeza na cidade, compraças arrumadas e bonitas,ruas adequadas, calçadasem condições de se andar,etc. Uma cidade turística defato e também para os seuscidadãos. E, claro, suamanutenção ad eternum.Nos enganamos umavez mais. Como dizia umpersonagem da televisão:"E eu acreditei!".

Só que o programa, narealidade, não era o queparecia. Percebemos quesignificava apenas eliminarcartazes de rua e fachadas deestabelecimentos, tornando-a mais suja ainda, até porquepoucos estabelecimentosderam uma melhorada nafachada. Muitas delas foramapenas "garibadas". E semfalar na dificuldade criadapara se localizar alguma loja.Imaginemos Paris, New York,Las Vegas, Tókio, com estemalfadado "desprograma".

É só andar pela cidadepara verificar o abandono:mato alto, ruas mal ounão varridas, canteiroscentrais de ruas malcuidados. Parques e praçasabandonados ou quase.Praticamente não há umarua decente na cidade, com opiso em condições de seandar, e sem ficarmoschacoalhando dentro docarro. Pode-se ver na cidade,no meio da rua, parafusos eporcas perdidas. E nãoconsta que a Prefeituraindenize os motoristas ou osajude na manutenção doveículo prejudicado por ela.

Nossas ruas estãoesburacadas. Em alguns

lugares, pode-se dizer quesão buracos com algumarua. Não há uma rua queesteja lisa, bem asfaltada.E ficamos pensando nafortuna dos IPVAs e nosimpostos gerais pagos.

Quase não hárecapeamento de ruas e nemse pode dizer que seja bemfeito. Em geral se tapaburacos – isso quando éfeito. Há só uma troca depaisagem: onde havia umburaco, passa a haver umamontanha. Em qualquerburaco fechado surge uma"barriga", e os veículossofrem um tranco ao atingi-lo O asfalto nunca está nomesmo nível da via pública,valendo para as estradas.Nelas, só sabemos que umburaco foi tapado seobservarmos a cor domaterial, que é diferente.

E quando se recapeia,raramente se pinta as faixas.Também não se renova apintura gasta, destinada adividir os fluxos. E isto é lei detrânsito, o que significa que oprimeiro a descumprir asnormas legais é a Prefeitura.Por que então somosmultados por andar a apenas1 km acima da velocidadepermitida? Só a prefeiturapode descumprir as normas?Entendemos que isso éinconstitucional. Somostodos iguais perante a lei,mas alguns são mais iguaisdo que outros, como diz ovelho ditado.

Com a falta de pintura, oque se vê é o caos. Osmotoristas, pela falta dapintura, parecem considerarque a rua é só deles, que só

existe uma faixa. E ninguémconsegue ultrapassar o carroda frente , a não ser à força.

É certo que é um problemanosso, dos motoristasbrasileiros, com certeza dospiores do mundo. Mas a culpaprincipal é do poder público.Quando há faixas pintadas, osmotoristas respeitam mais. É onosso eterno problemacultural, insanável. Problema,novamente, de educação, eque perdurará por muitotempo, já que a educação,moral ou ética, está cada vezmais em baixa entre nós.

O que acontece com ossemáforos é medonho. Nossasautoridades parecem nãosaber o que é sincronização. Équase regra que, quandoparamos num sinal vermelho,o da frente está verde. Bastaabrir o nosso e... bingo – o dafrente vira vermelho. E ossemáforos seguintes lembramuma árvore de natal. Bolavermelha, bola verde, bolaverde, bola vermelha, etc.

Aí os experts querem saberpor que o trânsito da

cidade é tão ruim. E nósvibramos dentro do carroquando o congestionamentodo fim da tarde é de "apenas"100 quilômetros. Sugerimos àPrefeitura que nos pergunte, elhe diremos por que o trânsitoé caótico. Faremos até mais ede graça: daremos umaconsultoria para solucionarnossos problemas, criadospelo poder público.

Katerina Sokou, 37anos, uma jornalistaque cobre finançaspara o Kathimerini,

um jornal diário, contou-me estahistória: um grupo de alemães,membros do Parlamento Bávaro,veio a Atenas (onde me encontro)logo depois que a criseeconômica explodiu aqui e seencontrou com alguns políticos,jornalistas, acadêmicos eadvogados em um bar, para falarda economia grega. Sokou teve aimpressão de que os alemãesestavam tentando descobrir sepodiam emprestar dinheiro àGrécia. Foi como um paísentrevistando outro paraconceder um empréstimo.

"Eles não estavam aquicomo turistas; nós estávamosfornecendo-lhes informaçõessobre quantas horastrabalhamos", lembra-se Sokou."Parecia realmente quetínhamos de convencê-los sobreos nossos valores."

A observação de Sokou mefez recordar um comentário deDov Seidman, autor do livroHow ("Como", em português) ediretor-executivo da LRN, queajuda as empresas a construíremculturas empresariais éticas.A globalização de mercadose de pessoas se intensificou paraum novo grau nos últimoscinco anos, com o surgimento dasredes sociais, do Skype, dosderivativos, da conectividaderápida e sem fio, dossmartphones baratos e dacomputação em nuvem.

"Quando o mundo está tãoligado assim", argumentouSeidman, “os valores e oscomportamentos de todas aspessoas importam mais do quenunca, porque eles têm impactonas pessoas mais do que nunca.(...) Passamos de conectadospara interconectados, paraeticamente interdependentes".

Quando fica maisdifícil se proteger contra ocomportamento irresponsável deoutro cara, completa Seidman,

tanto ele quanto você secomportam com maisresponsabilidade – ou os doisvão sofrer as consequências,tenha você feito algo errado ounão. Isso é duplamente verdadequando dois países diferentescompartilham a mesma moeda,mas não o mesmo governo.

Essa é a razão pelaqual essa história não ésobre taxas de juros.

É sobre valores. Os alemãesagora estão dizendo aos gregos:"Vamos lhes emprestardinheiro, contanto que vocês secomportem como alemães namaneira como vocês poupam,quantas horas trabalham,quantos dias duram suas fériase como pagam os seusimpostos sistematicamente".

Infelizmente, porém, essesdois países são muito diferentesculturalmente. Eles lembramum casal sobre o qual sepergunta, depois do divórcio:"Como os dois chegaram apensar que podiam se casar?"

A Alemanha é o epítomede um país que enriqueceufabricando coisas. A Grécia,lamentavelmente, após terentrado na União Europeia.em 1981, tornou-se na verdadeapenas outro petropaís doOriente Médio – só que em vezde poços de petróleo, ela temBruxelas, que constantementebombeia subsídios, ajudae euros com taxas de jurosbaixos para Atenas.

Recursos naturais criamcorrupção, com gruposcompetindo para controlar atorneira. É exatamente isso oque ocorreu na Grécia quando

ela teve acesso a gigantescosempréstimos de euro e subsídios.O empreendedorismo naturaldos gregos foi canalizadopara a direção errada – numacompetição por fundos econtratos governamentais.

Sem dúvida, não foitudo desperdiçado. A Gréciateve uma verdadeira onda demodernização nos anos 1990.Mas, após 2002, ela pôs os péspara cima, achando que já tinhachegado lá, e muito"europetróleo" da UniãoEuropeia voltou a financiar umsistema patrimonial corrupto,com o qual os políticos loteiamempregos públicos e projetospara as cidades em troca devotos. Isso reforçou um Estadodo bem-estar social gigantesco,em que jovens sonhavam comum emprego público tranquiloe todo mundo, de taxistas acaminhoneiros, de farmacêuticosa advogados, recebeupermissão para barrar aentrada da concorrência, o queinflava os preços artificialmente.

A entrada na UniãoEuropeia "foi umagrande oportunidade

para o desenvolvimento, e nósa perdemos", explicou DimitrisBourantas, professor deadministração na Universidadede Atenas. "Também nãoaproveitamos a vantagem de teros (antigos) países socialistas emvolta da Grécia. E também nãoaproveitamos a vantagem docrescimento da economia global.Perdemos todas elas porque osistema político estava focadono crescimento da administraçãopública – não em encorajar o

empreendedorismo, aconcorrência, a estratégiaindustrial ou as vantagenscompetitivas". E afirmou:"Criamos um Estado comgrandes ineficiências,corrupção e uma enormeburocracia. Éramos o últimopaís soviético na Europa".

Por isso, completou, é que osgregos, quando se mudam paraos EUA, usam suas habilidadese empreendedorismo de formaque os capacitam a prosperarno comércio."Mas, aqui naGrécia, o sistema encorajasimplesmente o oposto. Osinvestidores aqui lhe dizem quea burocracia envolvida paracomeçar um novo negócio éesmagadora. É uma loucura: aGrécia é o único país no mundoonde os gregos não agem comogregos. O Estado de bem-estarsocial deles, financiado pelopetroeuro, os deixou assim."

Com o declínio deBeirute e de Dubai,Atenas deveria ter se

tornado o centro de serviçosdo Mediterrâneo Oriental. Emvez disso, Chipre e Istambulassumiram esse papel. A Gréciaagora não deve desperdiçaresta crise. Enquanto instituíaalgumas reformas no anopassado, o primeiro-ministroGeorge Papandreou me disse:"O que é mais frustrante é aresistência no sistema. Como sefaz uma mudança na cultura?"

Será preciso uma revoluçãocultural. E isso só pode ocorrerse os dois principais partidosda Grécia se unirem,apertarem as mãos e juntosforçarem uma mudança radicalde cima para baixo na culturagovernamental. Sem isso,a Grécia nunca será capaz depagar seus empréstimos.

THOMAS L. FRIEDMAN É C O L U N I S TA

DO NEW YORK TIMES E TRÊS VEZES

GANHADOR DO PRÊMIO PULITZER

TRADUÇÃO: RODRIGO GARCIA

SAMIR

KEEDI

A Alemanha querque a Grécia secomporte comoela, que assumaseus valores.Mas são culturasmuito diferentes,emboracompartilhem damesma moeda.

Citar as árvores das viaspúblicas é supérfluo.

Basta uma chuvinha merreca epronto: árvores no chão,trânsito mais caótico, carrosperdidos sob elas etc.

Se quiser uma torcida nopé, para ficar em casa por unsdias vendo TV, é fácil: bastaandar pelas nossas calçadas,tão esburacadas e irregularesquanto as ruas. Sobre osmoradores de rua nem vamosfalar, apenas é inadmissívelque a mais rica e poderosacidade do País os tenha.

Cabe aqui umaperguntinha. Para que servemesmo o poder público? Osdirigentes são eleitos ounomeados para quê, mesmo?E os altos impostos quepagamos? Estamos tendouma séria crise de amnésia.Precisamos de ajuda. Para queservem mesmo estas coisas?

Ray Croc (McDonald´s):Devemos nos disciplinar paranão cairmos na tentação defazer aquilo para o qual nãoestamos preparados.

SAMIR KEEDI É E CO N O M I S TA ,P RO F E S S O R DA ADUANEIR AS E

U N I V E R S I T Á R I O, CO N S U LTO R E

AU TO R DE DIVERSOS L I V RO S EM

CO M É RC I O EX TERIOR,R E P R E S E N TA N T E BR ASILEIRO NA

CC I - PARIS PR A RE VISÃO DO

IN COT E R M S 2010.SAMIR@ADUANEIR AS.CO M .BR

quinta-feira, 21 de julho de 20114 -.GERAL DIÁRIO DO COMÉRCIO

21 de Julho

São Lourençode Brindisi

Nasceu em Brindisi, na Itália, em 1559. Aindajovem, se tornou frade capuchinho. Sábio e

erudito, foi o grande pregador na luta contra oserros protestantes e embaixador do Papa Paulo

V junto a príncipes e reis em conflito. NaOrdem, foi seu guardião e definidor geral.

Solução

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quinta-feira, 21 de julho de 2011 5DIÁRIO DO COMÉRCIO

A FA S TA M E N TO SMais três servidoresperdem o cargo naárea do ministériodos Transportes

AMEAÇAE a presidenteDilma anunciadisposição demanter a "faxina"

política

Transportes: mais3 exonerações

Givaldo Barbosa/AOG - 22/12/2009

Genro: descrença.

Tarso defende Caron.Mas acha que ele deve sair

Ogovernador do RioGrande do Sul, TarsoGenro (PT), fez ontem

uma defesa contundente dodiretor de Infraestrutura Ro-doviária do DepartamentoNacional de Infraestrutura deTransportes (Dnit), HideraldoCaron, durante entrevista àimprensa ontem na sede daAssociação Gaúcha das Emis-soras de Rádio e Televisão.

"Eu conheço ele (Caron) há30 anos e duvido que tenha co-metido alguma ilegalidadepor motivo doloso ou por inte-resse próprio", afirmou o go-

vernador, que, no entanto, su-geriu que o petista deixe o car-go. "Eu digo mais: eu, se fosseele, eu saía de lá para ajudar apresidente (Dilma Rousseff) acriar um novo ambiente."

Caron está sob ameaça deperder o cargo por pressão doPR, que exige que todos os no-mes colocados sob suspeita deirregularidades sejam afasta-dos, como outros já foram.

"Para evitar o denuncismogeneralizado é preciso separaro que é corrupção, o que é de-núncia de alguém insatisfeito eo denúncia política." (AE)

Eduardo Lopes, Cleilson Queiroz e Pedro Ivan Guimarães Rogedo perderam o cargo

Governador gaúcho duvida de má conduta do petista e propõe que ele ajude Dilma

Ogoverno exonerouontem mais trêsservidores do setorde Transportes .

Afilhado do deputado e secre-tário-geral do PR, ValdemarCosta Neto (SP), Eduardo Lo-pes deixou o ministério, alémde Cleilson Queiroz e PedroIvan Guimarães Rogedo quesaíram da Valec (estatal de fer-rovias). As demissões foramdefinidas na última segunda-feira entre o ministro PauloSérgio Passos e a presidenteDilma Rousseff.

Ao todo, já somam 15 as de-missões por causa das denún-cias de superfaturamento e pa-gamento de propina envol-vendo o ministério, a Valec e oDnit (Departamento Nacionalde Infraestrutura de Transpor-tes). Anteontem, foram seisexonerados, sendo cinco liga-dos ao PR e um ao PT.

As exonerações de Lopes eRogedo foram registradas on-

tem no Diário Oficial da Uniãocomo "a pedido" – expressãoutilizada para informar que osservidores estão saindo poriniciativa própria e não que fo-ram demitidos (leia mais sobredenúncias e demissões no setor napágina seguinte).

Reestruturação – Segundo oministério, as demissões fa-zem parte do processo de rees-truturação do setor, que en-frenta uma crise por conta dasdenúncias de corrupção há 18dias. As acusações que provo-caram a renúncia de AlfredoNascimento vieram à tona nodia 2 de julho, quando a revistaVe ja revelou um suposto es-quema de cobrança de propi-nas em obras federais adminis-tradas pela pasta.

O diretor-geral do Dnit, LuizAntonio Pagot, e o diretor-pre-sidente da Valec, José Francis-co das Neves, também são cita-dos na reportagem.

Segundo a revista, o esque-

ma seria coordenado por Val-demar, e renderia ao partidoaté 5% do valor dos contratosfirmados pela pasta e sob a ges-tão do Dnit e da Valec.

Na ocasião, a presidente Dil-ma ordenou o afastamento dosdois assessores e dos dois dire-tores citados.

Nascimento caiu no dia 6,quando reportagem do jornalO Globo revelou que o patrimô-nio do filho do ministro, Gus-tavo Morais Pereira, cresceu86.500% em dois anos.

Ao pedir demissão, ele afir-mou que encaminharia à PGR(Procuradoria-Geral da Repú-blica) pedido de abertura deinvestigação e que autorizariaa quebra dos seus sigilos ban-cário e fiscal. Paulo Sérgio Pas-sos, então secretário-executivoda pasta, assumiu o posto.

Funcionários do departa-mento em outros estados de-vem ser exonerados nos próxi-mos dias. (Agências)

Fábio Motta/AE

Dilma: decisão de não contrariar a opinião pública.

Dilma sinaliza que continuaráa dispensar acusados

Ap re s i d e n t e D i l m aRousseff manterá oestilo "rigoroso" no

dia a dia e a "faxina" nos minis-térios, sempre que surgiremdenúncias consideradas rele-vantes. Em meio a queixas dealiados pelas demissões de re-presentantes do PR no setor deTransportes, ela demonstraque não vai contrariar a opi-nião pública e vê sintonia entreseu governo e as manifesta-ções divulgadas na imprensa.

O Planalto avalia que asqueixas dos aliados à posiçãode Dilma, especialmente emrelação às demissões, são ten-tativas de moldar um compor-tamento já conhecido.

Dilma e sua equipe dizemque foi possível manter a mar-ca da "austeridade" durante a"limpa" nos transportes, com15 demissões. Ela continuará adispensar envolvidos em acu-sações, mas já avisou que nãose tornará "refém" nem da im-prensa, nem de dossiês.

Assessores do governo di-

zem que o momento da relaçãode Dilma com os aliados nãocausa preocupação, apesar dehaver mal estar na base de sus-tentação do Planalto. Até mes-mo a cúpula do PT está apreen-siva com seu estilo duro. Natentativa de amenizar o clima,auxiliares da presidente obser-vam que não há divergênciascom o PMDB, maior partido dabase. Eventuais divergênciasno futuro, dizem, devem sertratadas caso a caso.

No alvo – Ontem, Dilma re-cebeu o ministro das Cidades,Mario Negromonte, da cota doPP. A pasta está na lista de pos-síveis novos alvos de sua "faxi-na", assim como Trabalho, co-mandada por Carlos Lupi, doPDT, informaram assessoresdo governo. Em recados quechegaram nos últimos dias aogabinete da presidente, alia-dos dizem que até concordamcom as mudanças, mas recla-mam da forma dura com queela vem agido em relação aosrepresentantes do PR.

Sem recuo – Nas últimas se-manas, assessores do governomais próximos de Lula fize-ram pressão, nos bastidores eem público, para que Dilma re-cuasse da decisão de demitirLuiz Antonio Pagot, diretor doDepartamento Nacional de In-fraestrutura de Transporte(Dnit), apadrinhado do sena-dor Blairo Maggi (PR-MT).Dilma manteve a demissão.Auxiliares dela avaliam que ogrupo próximo a Lula acalmouo PR com a versão de que a saí-da de Pagot foi apenas políticae de mudança administrativa.

Nas próximas semanas, apresidente pretende retomar,os encontros no Alvorada comrepresentantes de partidosaliados. A pauta de votaçõesno Congresso terá projetos im-portantes e a presidente nãoquer passa a imagem de isola-mento. Ela precisará contarcom o apoio dos aliados, atémesmo nas sabatinas dos no-vos escolhidos para substituiros demitidos do Dnit. (AE)

Ela demonstra que prosseguirá "faxina" e avisa: não se tornará refém de dossiês

quinta-feira, 21 de julho de 20116 DIÁRIO DO COMÉRCIO

O Dnit é uma sigla maldita e a presidente Dilma Rousseff deveria extingui-loDeputado federal Otávio Leite (PSDB-RJ)política

O drible deQueiroz na ValecDemitido da estatal gerenciava licitações e tem empresa na construção civil

Ogoverno, ao pro-mover ontem maistrês demissões noM i n i s t é r i o d o s

Transportes, atingiu CleilsonGadelha Queiroz, até então ge-rente de licitações e contratosda Valec, estatal do setor ferro-viário vinculada à pasta. Ele ésócio e administrador da FCTransportes, empresa com se-de em Brasília que presta servi-ços a empreiteiras. Seu parcei-ro é Fernando de Castilho, ana-lista de infraestrutura da Va-lec, que não foi exonerado.

Castilho foi mantido, embo-ra o Palácio do Planalto tenhaconsiderado "grave" o fato deos dois empregados da estatalatuarem no setor da constru-ção civil, apesar da situaçãonão ser ilegal. O estatuto doservidor proíbe que funcioná-rios da União atuem na gerên-cia ou administração de em-presas privadas. A regra nãovale para empregadores públi-cos contratados pela Consoli-dação das Leis do Trabalho(CLT), caso de Queiroz.

Tudo a ver – A FC Transpor-tes foi criada em março de2007, cerca de um ano e oitomeses depois de Queiroz sernomeado gerente de licitaçõese contratos da Valec. Castilhotambém já presidiu mais deuma "comissão especial de lici-tação", de acordo com registrosno Diário Oficial da União.

A Receita Federal tambéminforma que a empresa delestrabalha com "serviços de ope-ração e fornecimento de equi-pamentos de transportes e ele-vação de cargas e pessoas parauso em obra" e terraplanagem.Na Junta Comercial do DistritoFederal consta que a FC Trans-portes também tem uma filialno Tocantis, estado no qual háobras da Norte-Sul e, futura-mente, haverá da Oeste-Leste,duas das principais ferroviasno Brasil. Queiroz disse quesua empresa tem caminhõesbasculantes, que são alugadosa construtoras. Ele também ga-rantiu que a FC não recebe di-nheiro público. Como a em-presa trabalha como subcon-

tratada de outras empreiteiras,é quase impossível rastrear nosistema federal de gastos sehouve algum pagamento.

Te s t e m u n h a s – Apesar doscuidados, duas pessoas afir-maram que a FC Transportesatuou em obras da Norte-Sul,empreendimento sobre o qualQueiroz deu dezenas de deci-

De acordo com Queiroz, es-sa informação "não procede".Ele listou dois clientes da FC,ambas construtoras do Mara-nhão. Uma, a Ducol Engenha-ria, tem contratos com o gover-no estadual e com o Ministériode Minas e Energia.

A lisura – O ex-gerente de li-citações e contratos da Valecnegou que exista conflitos deinteresses entre sua atuaçãocomo empregado público eempresário do setor de obras.Segundo Queiroz, a sua em-presa não disputa licitaçõesnem faz serviços em qualquerconstrução que envolva recur-sos federais. Ele também des-qualificou a informação dadapelo seu funcionários sobre aparticipação da FC na ferroviaNorte-Sul. "Se ele falou isso, fa-lou erradamente. A gente nun-ca trabalhou para o governo".

Queiroz também acusou."Estão começando a jogar coi-sas e fazer ilação", afirmou. "AValec não tem nada a ver com aFC. São duas coisas distintas",garantiu. Castilho não abriu aboca, mas a estatal informouque a versão dele era a mesmade Queiroz. O ministro dosTransportes, Paulo Sérgio Pas-sos, disse que desconhecia aFC Transportes. ( Fo l h a p re s s )

Passos: "Namedida em

que hajanecessidade decompatibilizar

o ajuste damáquina para

o seu bomfuncionamento,

eu farei"

Estão começando ajogar coisas e fazerilação. A Valec nãotem nada a ver coma FC. São duascoisas distintas.

CLEILSON QUEIR OZ, DONO DA

FC E DEMITIDO DA VALEC

sões. Uma dessas pessoas é umfuncionário da própria FC, quese identificou como Francisco.Outra pessoa que confirmou ahistória é a atual gerente devendas de uma concessionáriade caminhões de Gurupi (TO),da qual Queiroz disse ter ad-quirido os seus veículos. A ge-rente afirmou que a FC traba-lhou na Norte-Sul, mas nãosoube dizer em que trecho.

Demissão por corrupção?Não, é só 'ajuste', diz Passos

Oministro dos Trans-portes, Paulo SérgioPassos, disse ontem

que as demissões em sua pastafazem parte de "ajustes neces-sários". Ele esteve, a pedido dapresidente Dilma Rousseff, emPernambuco e na Paraíba paravistoriar as áreas atingidas pe-las fortes chuvas ocorridas nosúltimos dias nos dois estados.

Passos explicou que "assu-miu o Ministério dos Trans-portes e, ao fazê-lo, entendoque são necessários ajustes eesses ajustes tem sido feitos",afirmou durante a sua passa-gem pelo Recife e após ser rece-bido pelo governador Eduar-do Campos (PSB). "Natural-mente, na medida em que hajanecessidade de compatibilizaro ajuste da máquina com aqui-lo que seja necessário, comaquilo que eu entenda que sejanecessário para o seu funcio-namento, eu farei", enfatizou.

O ministro afirmou aindaque está acompanhando o an-damento das atividades e osurgimento de necessidadesna pasta para avaliar novas de-cisões. "Não posso adiantar sevai haver novos cortes no mi-nistério", disse. "Estou me in-teirando e acompanhando dia-riamente as atividades do mi-nistério. O que eu posso garan-tir é que tomarei todas asmedidas adequadas".

Confiança – O ministro fezquestão de ressaltar que temautonomia para agir e que oajustamento é "fundamentalpara o bom desempenho dosTransportes". Ele assegurouque tem "autonomia e a con-

fiança da presidente e enquan-to tiver vou tomar as decisõesque entenda que devo adotar."Apesar do discurso, Passos sa-lientou que quando for neces-sário, "vou submeter qualquertipo de assunto à sua conside-ração", numa referência a pre-sidente Dilma.

Indagado se na gestão do go-verno do ex-presidente LuizInácio Lula da Silva tambémhavia aumento de preços dasobras no ministério, Passosrespondeu que os aditivos sãoum procedimento normal.

a projeto, nem tampouco apro-vando ou assinando aditivos",l e m b ro u .

Sobre possíveis diferençasentre os aditivos nos dois últi-mos governos, Passos afirmouque os aditivos não são frutode decisões monocráticas eque não tem conhecimento dequalquer aditivo que tenha si-do tratado como exceção forado ritual normal.

Obrigações listadas – Sobreos contratos de concessões, oministro ressaltou que cabe àAgência Nacional de Trans-portes Terrestres (ANTT) fis-calizar os trabalhos. "Se, de al-guma forma, obrigações lista-das não estão sendo cumpri-das, cabe a agência atuar noseu papel regulador, no seu pa-pel fiscalizador, e então adotaras medidas e as sanções cabí-veis e previstas", explicou. "Seeu tiver conhecimento, comoministro, de alguma coisa nes-se sentido, que não está se efe-tivando de acordo com o quereza o contrato, seguramente,eu vou agir".

Estragos – Passos sobrevo-ou a BR-101 e a PE-60 ao ladodo governador Eduardo Cam-pos para ver de perto as rodo-vias atingidas pelas enchentesem Pernambuco. As duas rece-bem grande fluxo de veículosdiariamente e estão completa-mente esburacadas. A PE-60 éusada para quem segue em di-reção ao litoral Sul e, apesar deser uma estrada estadual, estáno cronograma do Dnit. Pas-sos deve anunciar ainda estasemana verbas para recupera-ção das duas malhas. (AE)

No Recife, ministro procurou descaracterizar as medidas na sua pasta

Não posso adiantarse vai haver novoscortes. Estouacompanhandodiariamente asatividades doministério.

PAU LO S SÉR GIO PASSOS

"Não há nenhuma transgres-são do ponto de vista legal",observou, ao lembrar que oDepartamento Nacional de In-fraestrutura de Transporte(Dnit) tem mais de mil contra-tos ativos. "'É preciso entenderque os aditivos foram celebra-dos pelo órgão executor, comoum procedimento normal,dentro da legalidade, dentrodo que prevê a Lei de Licita-ções", assegurou. "Digo isso deuma maneira geral, porquenão cabe a ministro de Estadoficar examinando pagamento

TCU aponta superfaturamentoOs valores chegam a R$ 78 milhões apenas em seis obras comandadas pelo Dnit

Um novo relatório doTribunal de Contas daUnião (TCU), divul-

gado ontem pelo Jornal Nacio-n a l, aponta superfaturamentode mais de R$ 78 milhões emobras do Departamento Na-cional de Infraestrutura deTransporte (Dnit). Ao todo, 73obras comandadas pelo Dnitem rodovias brasileiras estãosendo fiscalizadas pelo TCU.Os técnicos do tribunal já des-cobriram superfaturamentonos contratos de execução deseis obras. Todas fazem partedo Programa de Aceleração doCrescimento (PAC).

Em Alagoas, o problema es-tá na conservação e recupera-ção da BR-101. No Paraná, fo-

ram reprovadas as obras deconstrução da BR -487 e docontorno rodoviário em Ma-ringá, na BR -376. No Pará, oproblema foi na pavimentaçãoda BR- 230. Já no Rio Grande doNorte, o problema está nasobras de melhoria da BR-101.

Em Rondônia, na construçãoda BR-429.

Bagrinho – Apesar de todasas evidências, o ministro PauloBernardo, das Comunicações,disse que só toma conheci-mento das irregularidades pe-la imprensa. "Sou bagrinho",disse. Ele foi citado por LuizAntonio Pagot, diretor afasta-do Dnit, durante audiência naCâmara Federal. Pagot afir-mou que recebia ordens deBernardo, quando ocupava oMinistério do Planejamentono governo Lula, para fazeraditivos em obras para alavan-car a candidatura de DilmaRousseff à presidência. Um diadepois, no Senado, negou terrecebido qualquer pedido.

Tucanosquerem ofim do Dnit

Os deputados federais doPSDB, Otávio Leite (RJ) e

Raimundo Gomes de Matos(CE), defenderam ontem aextinção do DepartamentoNacional de Infraestrutura eTransporte (Dnit). Os doistucanos avaliam que a medidaé necessária, já que a autarquiaé alvo contínuo de denúnciasde irregularidades, comosuperfaturamento de obras,contratação de empresaconsiderada inidônea eproibida de fazer convênio como poder público. Para osparlamentares, as demissõesanunciadas pelo governofederal não são suficientes paradesfazer a estrutura montada"por apadrinhados políticosque aparelham a autarquia" epromovem irregularidades. "ODnit é hoje uma sigla maldita ea presidente Dilma Rousseffdeveria extingui-lo", disseOtávio Leite, sugerindo acriação de um novo órgão,descentralizando verbas esobre o qual a população tenhaconhecimento do queacontece. "Vemos que a cadadenúncia aparecem outras. É ofio de uma meada que nãoacaba", afirmou Leite. ParaRaimundo Mato "há um câncerinstalado e se não houver umaextinção total e oremanejamento dos servidores,nada haverá solução. É precisolimpar", disse. ( Fo l h a p re s s )

Carlos Mazella/Foto Arena/AE

Célio Jr/Ae - 28/4/2011

Paulo Bernardo: "bagrinho".

quinta-feira, 21 de julho de 2011 7DIÁRIO DO COMÉRCIO

Onde o governo conseguiria colocar pessoas no Rio com esse valor (R$ 56 por dia)? É prejuízo, isso?Luis Carlos Alcoforado, advogado de Agnelo Queirozpolítica

Lúcio Távora/A Tarde/AE

Aquele abraço: Lula volta a cumprimentar dona Canô.

No Dia do Amigo, Lula visita dona CanôEx-presidente fez questão de incluir a ida à casa da matriarca dos Veloso em sua passagem pela Bahia

Oex-presidente LuizInácio Lula da Silvavisitou na tarde de

ontem Dona Canô – mãe doscantores Caetano Veloso eMaria Bethânia – em sua casa,na cidade de Santo Amaro daPurificação (BA).

"Hoje é o Dia do Amigo e porisso eu vim visitar uma ami-ga", disse Lula na porta da ca-

sa, onde está colado um adesi-vo com a estrela do PT.

Segundo o governador daBahia, Jaques Wagner (PT),que acompanhou o ex-presi-dente, "logo que Lula soubeque Dona Canô estava acama-da, ele quis incluir Santo Ama-ro em sua visita à Bahia".

Dona Canô, que tem 103anos, ficou internada durante

uma semana, no início de ju-lho, no Hospital São Rafael, emSalvador. O motivo da interna-ção foram problemas respira-tórios e dores abdominais. Se-gundo Lula, o estado de saúdedela é muito bom.

Crise– Lula evitou falar coma imprensa sobre a crise no Mi-nistério dos Transportes, mascomentou o caso quando pro-

vocado sobre os sucessivosafastamentos de funcionáriosdo governo.

"As demissões podem che-gar a 100, a mil, a 10 milhões. Sóexiste uma forma de a pessoanão ser investigada e punida:não cometer erros. Se cometererro, será punida. Tenho certe-za de que a presidente Dilmapensa como eu". (Agências)

Ação apurasuperfaturamentode R$ 10 bi no DF

Por decisão judicial, os bens do governador Agnelo Queiroz estão bloqueados

Aação judicial queresultou no blo-queio dos bens dog o v e r n a d o r d o

Distrito Federal, Agnelo Quei-roz, foi provocada por uma in-vestigação de superfatura-mento no aluguel da Vila doPan. A ação foi ajuizada peloMinistério Público Federal emmaio, sob o argumento de queo custo do aluguel de 1.490apartamentos da Vila do Pansimplesmente aumentou 62%sobre o orçamento inicial, pas-sando de R$ 15,4 milhões paraR$ 25 milhões.

Além de Agnelo, são réus naação o vice-presidente do Co-mitê Organizador dos JogosRio-2007 e Comitê OlímpicoBrasileiro (COB), André Gus-tavo Richer, o ex-presidente da

62por cento foi o

aumento no aluguelde 1.490

apartamentos da Vilado Pan, segundo

levantamento feitopelo MP

Caixa, Jorge Eduardo Mattoso,o ex-secretário de Esporte deAlto Rendimento, André Al-meida Cunha Arantes, o Co-mitê Organizador do Pan e aconstrutora Agenco.

De acordo com o procuradorÉdson Abdon Filho, Arantes,Richer e o Co-Rio cometeramimprobidade ao se omitir nafiscalização de verbas públi-cas. Mattoso, assinalou Ab-don, não tinha justificativa le-gal para permitir o pagamentode R$ 25 milhões à Pan 2007.

Para o advogado de AgneloQueiroz, Luis Carlos Alcofora-do, o governador não pode serculpado pela liberação do di-nheiro, porque não participouda execução do convênio. Se-gundo ele, não há superfatura-mento na quantia paga no alu-guel. "Se o dinheiro for dividi-do por todos os atletas, dáR$ 56 por dia. Onde o governoconseguiria colocar pessoas noRio de Janeiro com esse valor?É prejuízo, isso?"

Elza Fiúza/ABr - 27/06/2011

Só o salário: o STJ confirmou ontem que somente o salário de Agnelo Queiroz está liberado.

Bens indisponíveis – O Su-perior Tribunal de Justiça (STJ)confirmou ontem que devemficar indisponíveis os bens deAgnelo Queiroz. O ministroCastro Meira analisou no iní-cio do mês um pedido da defe-sa do governador para que osbens que estavam indisponí-veis desde junho, por determi-nação da Justiça Federal do Riode Janeiro fossem liberados,mas ele determinou apenas aliberação dos salários.

Ação pública – A indisponi-bilidade dos bens foi decreta-da em uma ação civil públicaproposta pelo Ministério Pu-blico Federal para investigarsuspeitas de improbidade ad-ministrativa no emprego deverbas públicas aplicadas paraa realização dos Jogos Pana-mericanos de 2007. Na época,Agnelo exercia o cargo de mi-nistro dos Esportes.

Segundo o advogado do go-vernador, a decisão da Justiça

Federal do Rio de Janeiro blo-queou bens de outros envolvi-dos na ação, mas não quis citarseus nomes. Ele também nãoinformou quais bens do gover-nador foram bloqueados. Omérito da ação será julgado pe-lo Superior Tribunal de Justiça(STJ) após o recesso de julho.

Nas eleições do ano passa-do, Agnelo declarou à JustiçaEleitoral ter R$ 1,1 milhão, di-vididos entre contas correntes,carros e imóveis. (AE)

quinta-feira, 21 de julho de 20118 DIÁRIO DO COMÉRCIO

DIVISÃO TÉCNICA DE SUPRIMENTOS - SMS.3ABERTURA DE LICITAÇÕESEncontra-se aberto no Gabinete:PREGÃO ELETRÔNICO 154/2011-SMS.G, processo 2011-0.088.536-2, destinado ao registro de preços para o FORNECIMENTO de MEDICAMENTOS ESSENCIAIS VI, para a Divisão de Suprimentos - SMS.3/Área Técnica de Medicamentos, do tipo menor preço. A abertura/realização da sessão pública de pregão ocorrerá a partir das 11 horas do dia 15 de agosto de 2011, a cargo da 1ª Comissão Permanente de Licitações da Secretaria Municipal da Saúde.RETIRADA DE EDITALO edital do pregão acima poderá ser consultado e/ou obtido nos endereços:http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br, ou, no gabinete da Secretaria Municipal de Saúde, na Rua General Jardim, 36 - 3º andar - Vila Buarque - São Paulo/SP - CEP 01223-010, mediante o recolhimento de taxa referente aos custos de reprografia do edital, através do DAMSP, Documento de Arrecadação do Município de São Paulo.DOCUMENTAÇÃO - PREGÃO PRESENCIALOs documentos referentes ao credenciamento, os envelopes contendo as propostas comerciais e os documentos de habilitação das empresas interessadas, deverão ser entregues diretamente ao pregoeiro, no momento da abertura da sessão pública de pregão.

SECRETARIA DA SAÚDE

ITAQUERÃO: AGORA VAI!Kassab assina lei que vai conceder incentivos fiscais de até R$ 420 milhões para a construção do estádio, de 65 mil pessoas, que deve abrir a Copa de 2014

Em evento recheado depolíticos e de carto-las, o prefeito Gilber-to Kassab confirmou

a expectativa da torcida corin-tiana e assinou ontem a lei quepode conceder incentivos fis-cais de até R$ 420 milhões parao clube do Parque São Jorgeconstruir o seu es-tádio para 65 milpessoas na zonaleste de São Paulo,orçado em R$ 820milhões. Ao rece-ber o documentooficialmente san-cionado, o presi-dente do Corin-thians , AndresSanchez, chorou.

Como já haviadeclarado, Kas-sab vetou o artigo proposto pe-la Câmara Municipal de só li-berar o benefício mediante aconfirmação da abertura daCopa do Mundo de 2014 na ca-pital paulista. Brasília, BeloHorizonte e Salvador tambémconcorrem. "As isenções justi-ficam o investimento na re-gião, independentemente dojogo inaugural. Com a abertu-ra, a receita gerada será de R$1,5 bilhão. Sem ela, ficará entreR$ 700 e 800 milhões".

Ele ainda citou a F-1 no autó-dromo de Interlagos para ar-

gumentar a situação. "Todoano, são investidos R$ 30 mi-lhões para o evento, mas o lu-cro é de R$ 100 milhões".

"Acredito que em algumassemanas será anunciado o es-tádio da abertura da Copa. Es-tou muito otimista", acrescen-tou o prefeito.

A lei, assinadano cante i ro deobras do estádio,prevê a emissãode Certificadosde Incentivo aoDe sen vol vim en-to (CIDs) parabancar até 60% dovalor investido,não podendo ul-trapassar o tetod e R $ 4 2 0 m i-lhões.

Os certificados poderão serusados, por exemplo, para pa-gamento de Imposto sobre Ser-viços (ISS) e ou de Imposto Pre-dial e Territorial Urbano (IP-TU), sendo próprios ou de ter-ceiros. Os incentivos fiscaispreveem ainda redução de50% no IPTU referente ao imó-vel pelo prazo de dez anos, di-minuição de 60% no ISS e aba-timento de 50% do Imposto so-bre Transmissão de Bens Imó-veis (ITBI).

Os CIDs foram alvo de críti-cas de alguns políticos, que

consideram um benefício a umclube. O Corinthians rebate aargumentação dizendo que"isentar do ISS os serviços deconstrução foi um compromis-

so assumido pelas 12 cidades-sede perante a Fifa".

Bola na rede – "O primeirogol da Copa do Mundo de 2014foi marcado hoje", ressaltou ogovernador Geraldo Alckmin(PSDB), que também estava noevento. Ele disse que o gover-no estadual será responsávelpelas obras de mobilidade ur-bana em torno do estádio.

"Vai ser um legado enormeem termos de transporte para azona leste".

Além do governador e doprefeito, compareceram à ceri-mônia o ministro do Esporte,Orlando Silva, o diretor supe-rintendente da Odebrecht emSão Paulo, Carlos ArmandoPaschoal, deputados esta-duais e vereadores.

Segundo Andres Sanchez, ovalor da retirada dos dutos da

Petrobras já está incluído nopreço total de R$ 820 milhõesda obra da arena. Técnicos daconstrutora Odebrecht, po-rém, alegam que isso aindanão entrou na conta.

Página virada – O ministrodo Esporte, Orlando Silva Jr.,afirmou que enviou, na terça-feira, documento para o presi-dente do COL (Comitê Organi-zador Local do Mundial), Ri-cardo Teixeira, decidir o palcoda abertura da maneira maisrápida possível, antes de outu-bro (novo prazo), para nãoatrapalhar o planejamento doPaís. "O estádio de São Paulo éum assunto resolvido. Vamosvirar a página".

"São Paulo tem o maior nú-mero de hotéis, é o destino damaior parte dos voos interna-cionais, tem a melhor infraes-

trutura, os melhores serviços...É evidente que a maior cidadedo Brasil é favorita em qual-quer cenário para receber aabertura", afirmou o ministro.

As outras cidades que con-correm a receber o jogo inau-gural da abertura da Copa doMundo de 2014 são Brasília,Salvador e Belo Horizonte.

O ministro voltou a defen-der que a Fifa antecipe o anún-cio do palco da abertura. "Namedida em que as quatro cida-des resolveram o tema estádio,quanto antes se decidir ondeserá a abertura, melhor", afir-mou Orlando Silva.

A capital paulista foi descar-tada pela Fifa para receber aCopa das Confederações de2013, competição consideradaum teste para o Mundial de2014. (Agências)

Após os jogos, a estrutura será retirada. Nenhum parafuso ficará com o Corint h i a n s.Emanuel Fernandes, secretário estadual de Planejamento e Desenvolvimento e coordenador do Comitê Paulista.política

As isençõesjustificam oinvestimentona região,independente-mente do jogoinaugural.

GILBER TO KASSAB

Rodrigo Coca/Foro Arena/AE

André Lessa/AE

Fim da expectativa: acompanhando a cerimônia no local, torcedores festejam assinatura da lei de incentivos fiscais que beneficia o Corinthians

Kassab assinaisenção fiscalpara Itaquerão;Sanchez,presidente doCorinthians,chora; e Alckmincomemora.

Geraldo Alckmin: apoio estadual ao evento de abertura foi "o primeiro gol da Copa", brincou.

Mister Shadow/AE

Alckmin banca a diferença: R$ 70 milhõesGoverno paulista anuncia que assume os 20 mil lugares necessários para a construção do Itaquerão e, assim, garantir a estreia do Mundial de 2014 em São Paulo

Cristina Kirchner no Brasil

Apresidente da Argen-tina, Cristina Kirch-ner, deve antecipar

sua visita ao Brasil para o pró-ximo dia 29. Inicialmente pro-gramada para 10 e 11 de agos-to, a viagem deve ser remarca-da a pedido da Argentina.

Como na véspera a presi-dente Dilma Rousseff irá à pos-se do presidente eleito do Peru,Ollanta Humala, e volta a Bra-sília na madrugada do dia 29, aagenda da visita de Cristinaainda não está fechada.

A visita faz parte da sequên-cia de encontros bilaterais se-

mestrais entre a presidênciabrasileira e seus colegas doMercosul e da Venezuela.

Alguns temas espinhososaguardam o encontro entre asduas presidentes. Entre eles, asbarreiras comerciais levanta-das pela Argentina para pro-dutos brasileiros e a conse-quente retaliação do Brasil.

Também deve entrar na pau-ta o uso da triangulação de im-portações – quando produtosde fora do Mercosul, marcada-mente os chineses, usam osparceiros da região para dri-blar barreiras comerciais. (AE) Cristina: visita antecipada para o próximo dia 29

Enrique Marcarian/Reuters - 14/03/2011

Para ter uma arena emSão Paulo com capaci-dade para receber a

abertura da Copa do Mundode 2014, o governador GeraldoAlckmin decidiu bancar a dife-rença de 20 mil lugares neces-sária para a primeira partidado torneio no futuro estádioem Itaquera. Isso custará cercade R$ 70 milhões, valor quenão está dentro do orçamentode R$ 820 milhões estipuladopela Odebrecht para a constru-ção do futuro estádio.

Carlos Armando Paschoal,diretor superintendente daOdebrecht, confirmou a infor-mação em entrevista à rádioCBN. "Isso não está nos R$ 820milhões. Não está no nossocontrato. Vai ser uma obra a sercontratada pelo governo do es-tado de São Paulo".

O executivo explicou que ovalor da obra está previsto pa-ra uma arena de 48 mil lugares,incluindo toda a estrutura de

camarotes e dentro do padrãoFifa para a abertura de Copa.

Desde o princípio, o presi-dente do Corinthians, AndrésSanchez, bateu o pé dizendoque não pagaria a diferençapara ter um estádio de abertu-ra de Copa. O principal empe-cilho era a capacidade. No clu-be, todos entendiam que o cus-to de se manter um estádiomaior era inviável.

Assim, as pesquisas aponta-ram uma arena para 48 mil lu-gares, número que não se en-caixava apropriadamente pa-ra uma abertura. A solução en-contrada para ter o primeirojogo foi convencer o governoestadual a completar a soma.

"O que o estado vai fazer édar apoio logístico ao eventode abertura da Copa e não aoestádio do Corinthians. Após arealização dos jogos, essa es-trutura será retirada. Nenhumparafuso dessa estrutura pro-visória ficará com o Corin-

thians", explicou Emanuel Fer-nandes, secretário estadual dePlanejamento e Desenvolvi-mento e coordenador do Co-mitê Paulista.

Tudo resolvido – O diretorsuperintendente da Odebre-cht em São Paulo, Carlos Ar-mando Paschoal, anunciouontem que o contrato para aconstrução o futuro estádio doCorinthians, o Itaquerão, seráassinado na semana que vem.

De acordo com ele, ainda fal-tam certos "detalhes" de or-dem jurídica e formal para ahomologação do negócio, masgarantiu que "os aspectos téc-nicos, econômicos e financei-ros já estão resolvidos".

Ainda segundo Paschoal, oandamento da obra está den-tro do cronograma oficial e ofuturo estádio ficará pronto atéseis meses antes da aberturado Mundial de 2014. "Vamosfazer em 31 meses, mais ou me-nos", garantiu. (AE)

quinta-feira, 21 de julho de 2011 9DIÁRIO DO COMÉRCIO

LÍBIAFrança: MuamarKadafi pode ficarno país africano,se ele renunciar.

E Q UA D O RJuiz decreta prisãode diretores dejornal por críticas aopresidente Correanternacional

Fome voltaa assombrar

a SomáliaCrise humanitária

atinge mais de3,5 milhões de pessoas

AOrganização das Na-ções Unidas (ONU) de-clarou ontem estado

de fome em duas regiões daSomália por conta da estia-gem que afeta mais de 10 mi-lhões de pessoas no Chifre daÁfrica. A crise, que atinge asregiões de Bakool e Baixa Sha-belle, ambas localizadas nosul do país, chegou ao seu piornível em 20 anos. Segundo aONU, são necessários US$ 300milhões em ajuda internacio-nal para "salvar vidas".

Pelos cálculos da organiza-

ção, 3,7 milhões de pessoasna Somália, o equivalente aquase metade da população,estão em risco.

"Se não agirmos agora, a fo-me irá se espalhar para todasas oito regiões do sul da Somá-lia em dois meses", alertouMark Bowden, coordenadorhumanitário para a Somália.

Segundo a ONU, fome im-plica ingerir menos de 2.100calorias por dia, desnutriçãoem mais de 30% das crianças eduas mortes a cada 10 mil pes-soas por dia. (Ag ê n c i a s )Mulher com bebê no colo faz fila em acampamento em Mogadício. Segundo a ONU, a fome no país atingiu seu pior nível em 20 anos.

A melhor defesa é o ataquePremiê britânico nega culpa em escândalo de grampos ilegais e dispara contra a oposição

Op r i m e i ro- m i n i s t robritânico, DavidCameron, foi ques-tionado ontem por

quase três horas, respondeu aperguntas de 136 parlamenta-res, mas não fez o que a oposiçãoqueria: pedir desculpas por tercontratado como secretário deComunicação um ex-editor dotabloide News of the World sus -peito de incentivar escutas ile-gais e suborno de policiais.

A sessão extraordinária doParlamento começou às 11h30(horário local). Todos sabiamque seria um embate entre o go-verno conservador e a oposiçãotrabalhista – e a Casa lotou.

Membros do Partido Con-servador estavam lá para pro-teger seu primeiro-ministro.Aplaudiam suas intervenções eapupavam as da oposição.

Já os trabalhistas tentavamcolar em Cameron a imagem dealguém sem liderança, que nãoagiu por conflito de interesses.Vaiavam o premiê e aclamavamseu líder, Ed Miliband.

Sob pressão da oposição pararenunciar, Cameron disse queAndy Coulson, seu ex-porta-voz e também ex-editor do ta-bloide, negou ter conhecimentodas escutas usadas por seus re-pórteres. Mas afirmou que só fa-rá um pedido de desculpas se ainvestigação policial provar queCoulson estava envolvido.

Em tom de lamentação, Ca-meron disse: "Sobre a decisãode contratá-lo... foi minha de-cisão. É claro que me arrepen-do e lamento profundamente ofuror que isso causou. Vendoem retrospectiva, eu não terialhe oferecido o cargo."

BS kyB - Cameron tambémnão negou que tenha conversa-do com executivos do conglo-merado de Rupert Murdoch so-bre a compra que o empresárioqueria fazer da BSkyB, maioroperadora de TV paga do país.A aquisição dependia de apro-vação do governo.

Ele repetiu que não teve con-versas "inapropriadas" sobre onegócio, sem dar detalhes so-bre as apropriadas.

S ol uç õe s - O premiê tentoumostrar liderança. Ele propôsmudar a relação da imprensacom políticos e polícia, impedira concentração da mídia (veícu-los impressos, mídias sociais eTV) e criar um órgão indepen-dente para regular os jornais.

Tra balhis tas - A oposição,claro, não saiu convencida. O lí-der dos trabalhistas disse queCameron preferiu manter a leal-dade a Coulson a cumprir suasobrigações como premiê. Eleafirmou também que o governoagiu deliberadamente para es-conder os crimes do então secre-tário de Comunicações.

O premiê também atacou ostrabalhistas, que segundo ele te-riam cortejado Murdoch. Omagnata, embora tenha fecha-do o News of the World, ainda édono de três jornais na Grã-Bre-tanha, entre eles o The Times.

"Tom Baldwin ainda trabalhanos escritórios do Partido Tra-balhista", disparou Cameron,referindo-se ao estrategista quefoi acusado de obter ilegalmen-te informações financeiras em1999, quando trabalhava comorepórter do The Times. Baldwinnão foi encontrado para comen-tar o assunto. (Agências)

Sob vaias e aplausos, David Cameron tentou mostrar liderança. Casa lotada: audiência na Câmara dos Comuns britânica foi um embate entre governo conservador e oposição trabalhista.

Peña Esclusa diz que as acusações do governo têm motivação política Goran Hadzi (centro) é acusado de ter cometido crimes de guerra

Venezuela: líder daoposição sai da prisão.

Alejandro Peña Esclusa,um opositor do presiden-

te Hugo Chávez preso no anopassado sob acusação de es-conder explosivos em sua resi-dência, teve a libertação orde-nada pela Justiça da Venezuelapor motivo de saúde, anun-ciou sua esposa ontem.

Peña Esclusa, presidente daUnoAmérica, descobriu hátrês meses que padece de umcâncer na próstata e ontem re-cebeu o benefício da liberdadecondicional, disse Indira Ra-mírez, ao canal Globovisión.

O líder opositor foi preso emjulho do ano passado, acusadode esconder explosivos e ar-mas em sua casa. Ele nega aculpa e diz que as acusações

têm motivação política.A Justiça venezuelana não co-

mentou a soltura, mas na terça-feira a Procuradoria-Geral dopaís informou que o Poder Judi-ciário pretendia avaliar dezenasde casos nos quais réus e conde-nados poderiam vir a ser bene-ficiados por medidas humani-tárias por razões de saúde.

Benevolência - No sábado, opresidente venezuelano, HugoChávez, que está em Cuba tra-tando um câncer, conclamou asautoridades judiciais a conce-derem benefícios a detentoscom problemas de saúde.

Ativistas dizem que até dezpresos anti-Chávez haviam si-do impedidos de terem atendi-mento médico. (Agências)

Sérvia detém últimoforagido de guerra

ASérvia prendeu ontem oúltimo suspeito impor-

tante de crimes de guerra daex-Iugoslávia que ainda esta-va foragido, encerrando o queo presidente do país qualificoucomo uma página "onerosa" nahistória nacional, e aumentan-do as chances de adesão de Bel-grado à União Europeia.

Goran Hadzic, que foi líderdos sérvios da Croácia na épocada guerra de independênciadesse país (1991-95), foi captu-rado por forças sérvias na regiãodo Parque Nacional de FruskaGora, cerca de 65 quilômetrosda capital. Ele estava armado,mas não resistiu à prisão.

Uma pintura roubada, atri-buída ao artista italiano Ame-

deo Modigliani, deu às autori-dades uma pista essencial paralocalizar Hadzic.

"A solução veio com a infor-mação de que ele pretendia ven-der uma pintura roubada deModigliani, pois estava ficandosem dinheiro", disse o promotorsérvio Vladimir Vukcevic.

Hadzic, de 52 anos, coman-dou como déspota um dos trêsenclaves sérvios na Croácia e éacusado de ordenar a morte decentenas de civis.

A prisão de Hadzic é crucialpara as ambições sérvias deadesão à UE, pois elimina asombra de conivência de Bel-grado com crimes de guerra,que afetou durante anos suacandidatura. (Agências)

LIBERTADO! CAPTURADO!

Divulgação/Reuters

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quinta-feira, 21 de julho de 201110 DIÁRIO DO COMÉRCIO

VOUDE

B ICIC

L E TA

PELA CONVIVÊNCIA PACÍFICADiariamente, Manoel Tadeu Guimarães pedalasete quilômetros entre sua casa e o trabalho.Cicatrizes pelo corpo exemplificam a tensa

relação de motoristas com ciclistas.cidades

Ciclorrota tenta aliviartensão entre carros e bikes

Quinze quilômetros de vias da zona sul da cidade amanheceram ontemcom uma novidade: a criação da ciclorrota, uma aposta da Prefeitura para

alivar a tensão que existe entre motoristas e ciclistas. Nessas ruas eavenidas, a velocidade máxima será de 30 km/h. Não haverá faixas exclusivas.

Desenhos de bicicletas no asfalto indicarão que, nessas vias, a prioridade decirculação é das bicicletas. Ciclistas aprovam a medida, mas com algumas reservas.

Já faz 15 anos que o autôno-mo Manoel Tadeu Guima-rães, de 40 anos, percorreem sua bicicleta os sete

quilômetros que separam oJardim Miriam, onde mora, eseu local de trabalho, no bairrodo Brooklin. Ao longo dessesanos, a convivência com osmotoristas não foi fácil e cus-tou-lhe três cicatrizes no rosto,uma no braço, além das incon-táveis feridas no ego que rece-be diariamente, de casa ao tra-balho. "Eles não respeitam o ci-clista. Todo o dia é palavrão eofensas que nem posso falar.Buzina é direto", disse.

Na tentativa de aliviar a ten-sa relação nas ruas entre ciclis-ta e motorista, a Companhia deEngenharia de Tráfego (CET)pôs ontem em funcionamentoda chamada ciclorrota. Em li-nhas gerais, essa é mais umatentativa de promover o com-partilhamento das ruas entrecarro e bicicleta. Diferente dasciclofaixas, que funcionamapenas aos domingos e feria-dos, na ciclorrota a bicicleta vaicircular em qualquer dia da se-mana, em qualquer horário.

A ciclorrota foi montada nazona sul, mais especificamenteem ruas do Jardim Cordeiro,Brooklin e Chácara Santo Anto-nio. O trajeto tem 15 quilôme-tros e liga os Parques Cordeiro,na avenida Professor VicenteRao, e Severo Gomes, próximoa avenida Santo Amaro. A me-dida tomou como base o artigo58 do Código de Trânsito Brasi-leiro (CTB) e que privilegia a bi-ke em relação à bicicleta.

O t r a j e t o ( c o n f i r a e mw ww.d c om erc io.c o m. br ) é basi-camente feito por ruas resi-denciais, evitando avenidascongestionadas. Segundo aCET, na ciclorrota a velocida-de foi reduzida para 30 km/h,de modo a equilibrar a potên-cia dos dois meios de trans-porte. As duas exceções são asruas Verbo Divino e Alexan-dre Dumas, onde a velocida-de máxima é de 40km/h.

No bairro, há pelo menos 15dias, a ciclorrota já era conheci-da de alguns moradores e pes-soas que trabalham na região.Alguns gostaram da novida-de, mas levantaram dúvidasquanto à eficácia da medidacom o passar do tempo.

Um dos motivos que des-pertam descrença é o respeitodos motoristas ao ciclista e aolimite de velocidade. Em algu-mas ruas, a velocidade não di-minuiu, como alega a CET,mas aumentou. Foi o caso dasruas Miranda Guerra e rua Far-rapos, que ainda têm as anti-gas placas com a velocidadeantiga de 20 km/h.

"Moro na região há oito anose ando de bicicleta nos fins desemana. Acho bacana a pro-posta da Prefeitura, mas só da-rá certo se o motorista respei-tar o limite no bairro e se sou-ber dividir o espaço com a bi-c i c l e t a . U m a p e s s o a n abicicleta dificilmente irá supe-rar o limite de velocidade, mase o carro? Aqui eles andambem acima dos 30 km/h", afir-mou o advogado AlexandreSolon, de 42 anos.

Eles disse que os carros e asmotos são soberanos de segun-

da à sexta-feira. Nesses locais,motoristas e motoqueiros nor-malmente usam a ciclorrotapara fugir dos congestiona-mento das avenidas VicenteRao, Vereador José Diniz e ou-tras da zona sul.

Assim, segundo moradorese trabalhadores da região,quase não sobra espaço paraas bicicletas durante a sema-na. As poucas que circulampor essas vias são as de funcio-nários e de vigias, que usam a" m a g re l a " c o m o m e i o d etransporte. Nos fins de sema-na, a situação muda, com a in-vasão das bicicletas nos par-

ques Cordeiro e Severo Go-mes. "Durante os dias de se-mana é difícil, pois têm oscongestionamentos. Aliás, édifícil acreditar que um moto-rista vai dividir o espaço deuma rua com uma bicicleta",afirmou o vigia Genival da Sil-va Terto, de 25 anos, há seistrabalhando na região.

Outra rara bicicleta que cir-cula pela região durante a se-mana é a pertence a Guima-rães, que gostou da propostada Prefeitura. "Sou a favor. Po-lui menos e faz bem à saúde. Sóespero que as pessoas nos res-peitem", disse ele.

Segundo a assessoria de im-prensa da CET, não há previ-são de multa para o motoristaque não respeitar a bicicleta naciclorrota. Na verdade, o queexiste é a multa nos casos de ex-cesso de velocidade ou qual-quer outra forma de desrespei-to a legislação de trânsito.

A CET informou ainda queas bicicletas podem circularem qualquer rua da cidade enão apenas nas ciclorrotas.Afinal, para isso, há permissãoexpressa do CTB, desde querespeitadas algumas medidasde trânsito, como circular nafaixa mais à direita das vias.

Ivan Ventura

PM cria unidadepara patrulhar asduas marginais

Uma nova unidade da Polí-cia Militar será criada pa-

ra policiar os 43 km das margi-nais Tietê e Pinheiros. A 3ªCompanhia do 2º Batalhão dePoliciamento de Trânsito (BP-

Tran) será anunciada hoje. Amedida foi tomada após umaonda de arrastões nas duasvias, ocorrida nos últimos me-ses. A criação da nova unidadeda PM foi antecipada apósuma tentativa de assalto namarginal Pinheiros, na sema-na passada, contra a jornalistaJoanna de Assis, do SporTV.

Haverá viaturas em 54 pon-tos das vias expressas portempo indeterminado, além

de 28 motos. Na marginal Pi-nheiros, onde ladrões usarampedras para obrigar os moto-ristas a parar, terá viaturaspor 24 horas em quatro pon-tos. Em outros 13 trechos, ospoliciais permanecerão por12 horas. Na Tietê, a rotativi-dade dos policiais será maior.Ao longo do dia, eles se reve-zarão em 37 pontos. Cada via-tura ficará em um deles poraté 12 horas. (AE)

Bicicleta é uma alternativa.Transporte público é solução.

O músico David Byrne (de branco) pedalou pelas ruas de São Paulo

Luís Cleber/AE - 13/06/2011

Tirar as ruas 30% doscarros. Essa seria asolução para melhorar

o trânsito na cidade de SãoPaulo, de acordo comEduardo Vasconcelos,conselheiro da AssociaçãoNacional de TransportesPúblicos (ANTP). Paraalcançar essa meta, elesugere medidas comoimplantação do pedágiourbano, aumento nas taxasde estacionamento, nospreços dos combustíveis edos automóveis. "Falamosteoricamente, porque essasmedidas não são viáveis emtermos políticos", considera."Mas imaginemos que osestacionamentos na regiãoda avenida Paulista, porexemplo, passem a cobraruma diária de R$ 80 –parâmetro semelhante aoscobrados em Paris e Londres.Muita gente iria desistir de irde carro até lá", disse ele aoDiário do Comércio.

De qualquer forma,Vasconcelos vê com bonsolhos a recém abertaciclorrota. "Na medida emque forem abrindo essasrotas para bicicletas em maisbairros, tende a aumentar acultura para o uso dessetransporte. Talvez chegueuma hora em que alguém vávisitar um amigo e perguntequal a ciclorrota tomar parachegar ao local", almeja ele,que foi o mais aplaudidopalestrante no evento"Cidades - Bicicletas e oFuturo da Mobilidade", queaconteceu no Sesc Pinheirosna semana passada.

Idealizado por David Byrne,o debate contou ainda comMarcelo Cardinale Branco,secretário de Transportes doMunicípio de São Paulo epresidente da Companhia deEngenharia e Tráfego (CET) eda SPTrans; Arturo Alcorta,"Bike Repórter" da RádioEldorado e criador do siteEscola de Bicicleta.

Bicicleta é hoje o temafavorito de David Byrne, ex-vocalista e guitarrista dabanda Talking Heads (criadaem 1974 e extinta em 1991).Ele vai pedalando a todos oslugares. Seja em Nova York,

onde mora, ou nas diversaspartes do mundo nas quaistem feito palestrasdestinadas a discutir amobilidade urbana. Chegouao Sesc pedalando, rodeadode cicloativistas. E durantesua apresentação afirmou:"Sim, é possível andar de bikeem São Paulo". A plateia,composta em sua maioria porciclistas que usam a bike paraa locomoção diária, fez coroao discurso do músico. Mas épreciso lembrar que eleandou de bike na cidadeapenas um dia, e escoltadopor dezenas de colegas emduas rodas. Não foimencionado o recenteatropelamento de umexecutivo na avenidaSumaré.

Byrne acaba de lançar olivro "Diários de Bicicleta", noqual exibe fotos e discorresobre lugares que percorreua bordo de uma bike, comoBuenos Aires, Nova York eManila, nas Filipinas. Não hánenhuma cidade brasileiraentre elas. O fórum demobilidade que ele vemorganizando vai passar peloChile, Peru, Equador,Colômbia e México. "Se naDinamarca chegou-se àmarca incrível de 50% daspessoas indo para o trabalhode bicicleta, concluo que épossível criar a cultura paraque o uso desse meio detransporte cresça em todas aspartes do mundo", idealizaByrne. "Os comerciantes de láatestam: é bom para osnegócios, porque as pessoaspassam mais lentamente eobservam melhor asmercadorias expostas",ate s t a .

As bicicletas, porém,parecem ser apenas umaparte da solução. "Hoje temosde 1% a 2% das pessoas setransportando sobre duasrodas. Se em dez anosconseguirmos chegar a 10%será uma vitória", calculaEduardo Vasconcelos. "Pararesolver de verdade oproblema é preciso investirpesado em transportepúblico e parar de gastartrilhões em vias que só abremespaço para os carros. Issolevará tempo, dinheiro evontade política. Não hámágica," afirmou.

Fotos de Newton Santos/Hype

Faixa e novas placas identificam uma das ruas que integram a ciclorrota na zona sul da cidade

Lúcia Helena de Camargo

Desenho no asfalto é sinal que nessa via a bicicleta tem prioridade

CIC LOV I A

É uma viaseparada e muitasvezes paralela àsfaixas dos carros.

CIC LO FA I XA

É uma parte davia dedicada a

ciclistas, aosdomingos.

CIC LO R ROTA

Rua sem faixasexclusivas, mascom prioridadepara as bikes.

quinta-feira, 21 de julho de 2011 11DIÁRIO DO COMÉRCIO

Tenho saudade dos ônibus que eu dirigia.Ailton Amaragy Telles, ex-motorista da Cometacidades

'Busologia', uma paixão movida à diesel

Há quem goste de aviões, carros antigos, trens e caminhões. Mas hátambém quem goste de ônibus. São os "busólogos", os apaixonados

por ônibus e empresas. Em nome do hobby, dispensam tranquilamente oavião e não se incomodam de passar horas e horas nas estradas. A paixão

pelos coletivos é traduzida em maquetes, fotografias e todo tipo de materialreferente aos veículos e às empresas. Na semana passada, a Viação Cometa

recebeu um grupo de fãs da empresa em sua sede, na Vila Maria, zona norte.

zer aquilo escondido, pois fica-va com vergonha de gostar deônibus", diz, rindo. "Era comotira a foto de um muro", com-pleta o enfermeiro.

Motorista– Conversar comos fãs de ônibus também podeser um aprendizado da pró-pria história do cotidiano daspessoas, décadas atrás. Duran-te a visita ao Centro de Memó-ria da Viação Cometa, o moto-rista Ailton Amaragy Tellesdescobriu que faz parte da pró-pria história da empresa.

Ele trabalhou na Cometa en-tre 1960 e 1984, grande parte co-mo motorista da linha São Pau-lo-Rio. No museu da compa-nhia há uma foto dele, de quepe,posando em frente aos antigos"morubixabas", um modelo quefez sucesso na década de 60.

Elegância– Telles conta quea viagem para o Rio demoravacerca de sete horas pela Dutra,grande parte em pista única."A pista dupla só ia até Guaru-lhos e depois na Baixada Flu-minense. Avião era para pou-cos, a turma ia mesmo de ôni-bus, já que os trens entravamem decadência no Brasil. Tellestambém conta que a elegânciaera marca registrada dos con-dutores. "Só podíamos tirarpara almoçar", lembra.

Olhando para a sua fotos, aslembranças de um tempo quenão voltam mais são inevitá-veis. "Tenho saudade dos ôni-bus que eu dirigia", diz. Masnão eram mais desconfortá-veis, manuais e com poucos re-cursos? "Sim, mas era melhor.Tanta tecnologia pode dar so-no aos motoristas, pois elesnão precisam fazer nada",completa.

Marcus Lopes

Eles não se incomo-dam nem um poucoem passar horas emais horas viajando

de ônibus. Enquanto grandeparte da população migra paraa aviação, por causa dos preçosmais acessíveis das passagens,eles batem o pé e continuampelas estradas. São os b u s ól o-gos, uma categoria de aficiona-dos por ônibus e tudo ligado aeles, como miniaturas e histó-rias das empresas.

Não é só isso. Eles realmenteamam ônibus, a ponto de cole-cionar fotos, maquetes e visitargaragens. Falam com desen-voltura sobre modelos, moto-res e categorias – convencio-nal, executivo e leito. Nos finsde semana, trocam a praia porhoras nas rodoviárias tirandofotos dos veículos.

Na semana passada, umgrupo deles, fãs de carteirinhada Viação Cometa, reuniu-sena sede da empresa, na VilaMaria, zona norte. Em meio atantos ônibus, pareciam crian-ças em um parque de diver-sões, tamanha a alegria.

M u se u – E a Cometa real-mente é um templo para busó-logos. Um centro de memóriaconta a trajetória de uma dasmais tradicionais companhiasde ônibus brasileiras. Há fotos,maquetes, fotografias e diver-sos documentos cuidadosa-mente montados em um espa-ço interativo, como o Museudo Futebol. Ali, as pessoas po-dem, podem exemplo, ouvirantigas propagandas.

Mas o que leva uma pessoa agostar tanto de ônibus? Os pró-prios integrantes explicam. "Éuma coisa que vem da infância.Geralmente o primeiro presentedos meninos é um caminhão ouum ônibus", diz Jefferson Joséda Silva. Em relação à Cometa,ele lembra que, na infância, mo-rava pertinho da garagem, naVila Maria, e via aqueles come -tõ es prateados, reluzentes, pas-sando para lá e para cá.

"Como os veículos erammuito bem cuidados, causa-vam uma excelente impres-são", diz Silva, que nunca via-jou de avião, pois sempre optapelos rodoviários. Em casa,possui cerca de 50 miniaturas,entre caminhões e ônibus.

"Às vezes eu até me pergun-tava: será que sou normal?",brinca o autônomo Gilcilianode Oliveira, de Ribeirão Preto(SP). "Através do grupo vi quesim, pois há várias pessoascom o mesmo gosto", comple-tou. Natural do Vale do Paraí-ba, seu pai trabalhava na para-da da Cometa na Via Dutra, emRoseira (SP). "Aqueles ônibussempre me chamaram a aten-ção", diz Oliveira.

Orkut – A comunidade defãs da Cometa é bem organiza-da e possui comunidade noOrkut, onde trocam conheci-mentos e impressões. O mode-rador é Wilson Miccoli, quechegou a construir uma réplicaperfeita dos antigos e tradicio-nais flechas azuis da Cometa.

Já o enfermeiro Samuel PenaFilho, de Belo Horizonte, lem-bra com bom humor suas peri-pécias por causa do hobby.Quando era menino, ia com afamília para a praia na linhaBelo Horizonte-Rio – "a únicada Cometa que não passa peloestado de São Paulo", ressalta oestudioso da empresa.

Nas paradas para o lanche,pegava a máquina fotográficada família e, escondido, tiravafoto do ônibus. "Eu tinha de fa-

Fotos de Chico Ferreira/Luz

Ailton Amaragy Telles, ex-motorista: lembranças

Samuel Pena Filho: vergonha de tirar fotografias

Wilson Miccoli e sua maquete: comunidade no orkut

Gilciliano de Oliveira: ônibus chamavam sua atenção

Desembarque dos veículos GM Coach 502 no Porto de Santos, em 1954. Importados dosEstados Unidos, estes ônibus fizeram história na Viação Cometa, onde foram apelidados

de "morubixaba" – cacique ou chefe. De fato, eles eram caciques nas estradas, em especialna linha São Paulo-Rio. Havia até uma lenda que dizia que, para não se perder na neblina

da estrada, era só seguir as lanternas traseiras de um Cometa. A empresa, que hojepertence ao Grupo JCA, teve outros modelos lendários, como o Dinossauro e o Flecha Azul.

Reprodução/DC

VOUDE

ÔNIBUS

quinta-feira, 21 de julho de 201112 -.LOGO DIÁRIO DO COMÉRCIO

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L o goLogowww.dcomercio.com.br

Acesse www.dcomercio.com.br para ler a íntegra das notícias abaixo:

E M C A R T A Z

C ELEBRIDADES

Lady Gaga acusada de plágio

Nem semprecabe mais um

Em uma "brincadeira" queatraiu a atenção dos passantes,um guia turístico de Londrestentou encher uma dastradicionais cabines telefônicasvermelhas da cidade de turistas.O número máximo de pessoasque ele conseguiu "acomodar"na Phone Box foi dez.A "performance" aconteceuontem em Parliament Square,uma das mais movimentadasáreas do centro da capital inglesa.

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A EROPORTOS

EUA terá scannersmais discretos

Um novo programa para fazer arevista corporal de passageirosem aeroportos norte-americanosvai eliminar as imagens de corposnus, anunciou ontem aAdministração de Segurança nosTransportes (TSA). Depois dequeixas de passageiros, a TSAcomeçou neste ano a testar emquatro aeroportos um programapara os scanners que traça umcontorno genérico do corpo,destacando áreas em que sejadetectada qualquer anomalia,eliminando a imagem real dopassageiro. O uso dos scanners decorpo inteiro pela TSA vemaumentando desde dezembro de2009, quando um nigeriano abordo de um voo transatlânticoteria tentado detonar uma bombaescondida em sua cueca. Abomba não explodiu porcompleto, mas desencadeoumedidas de segurança paradetectar explosivos escondidossob roupas. As atualizações dosscanners corporais vão começar aser usadas nos próximos mesesnos 40 aeroportos queempregam os aparelhos. ( Re u te r s )

TUDO INCLINADOO Japão inaugurou no fim de

semana passado a montanha russamais íngreme do mundo. Localizada

no parque de diversões Fuji-QHighland, em Tóquio, a montanha

Takabisha tem vista do monte Fuji euma subida até o ponto mais alto em

ângulo de 90 graus. Após atingir otopo, vem a descida vertiginosa de

mais de 40 metros em ângulo de 121graus a uma velocidade que pode

chegar aos 160 km/h.A obra de engenharia custou

US$ 37 milhões.

A UTOMOBILISMO

Adeus, Sid MoscaMorreu na madru-

gada de ontem,no Hospital Al-bert Einstein, em

São Paulo, Cloacyr SidneyMosca, o Sid Mosca, artistaresponsável pela pintura doscapacetes de pilotos comoAyrton Senna e Emerson Fitti-paldi. Mosca sofria de câncerna bexiga há dois anos.

Mosca iniciou sua carreirano automobilismo como pilo-to, na década de 1970, mas lo-go se interessou mais pela pin-

tura dos carros e capacetes.Ele foi responsável pela pintu-ra de nove capacetes cam-peões mundiais: Emerson Fit-tipaldi (1972/1974), NelsonPiquet (1981/1983/1987),Ayrton Senna (1988/1990/1991) e Keke Rosberg (1982).Também pintou carros deequipes como Brabham, Lo-tus e Jordan.

Rubens Barrichello, PedroPaulo Diniz, André Ribeiro eRaul Boesel também tiveramcapacetes pintados pelo artista.

Marcelo del Pozo/Reuters

MODA MOVIMENTO - Modelo desfila um vestido flamenco durante a

"Moda de Sevilla". O evento promove os estilistas de moda locais, que

criam peças inspiradas nos trajes tradicionais flamencos.

A TÉ LOGO

Mais de 15 mil assistem ao pocket show ao vivo de Chico Buarque na internet

Métodos contraceptivos hormonais aumentam chance de contágio pelo HIV

Telescópio espacial Hubble encontra mais uma lua orbitando Plutão

A pop star Lady Gaga, quelevantou polêmicas quandoapareceu vestida de sereia emuma cadeira de rodas no palco,foi acusada pela atriz e cantoranorte-americana Bette Midler deplagiar seu número musical."Querida Lady Gaga, se você achaque essa sereia na cadeira derodas soa familiar, é porque émesmo! Eu venho interpretandouma sereia na cadeira de rodasdesde 1980. Fica com o vestidode carne e os peitos de fogos de

artifício, que a sereia já é minha",escreveu Midler no Twitter, semobter resposta. Midler, queaparece em diversos vídeos nainternet fantasiada com um trajeazul de sereia interpretando Ne wYork, New York, postou aindaoutros comentários maisdiplomáticos no Twitter, nosquais convidou a cantora parabrindarem juntas na festa doprêmio Emmy em setembro eassegurou que "as sereiasfabulosas podem coexistir".

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peregrinação a Meca, a cidadesaudita sagrada para os

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EFE

quinta-feira, 21 de julho de 2011 13DIÁRIO DO COMÉRCIO

C ARTÕESLucro da AmericanExpress nosegundo trimestrecresceu 31%

I N OVA Ç Ã OBrasil avançou 21posições emranking com 125países feito na Índiaeconomia

Copom leva jurosbásicos a 12,5%Comitê de PolíticaMonetária do BancoCentral determinou quintaalta seguida da taxa Selic –em 0,25 ponto percentual,como era esperado pelomercado. Decisão foiunânime e sem viés.

Em meio a dúvidas sobre o comporta-mento da economia e dos preços, oBanco Central (BC) anunciou ontemo quinto aumento consecutivo da ta-

xa básica de juros, a Selic.O Comitê de Política Monetária (Copom)

elevou a taxa que serve de referência para ocusto do dinheiro a empresas e consumidoresde 12,25% para 12,5% ao ano. A decisão já eraesperada pelo mercado.

"Avaliando o cenário prospectivo e o balançode riscos para a inflação, o Copom decidiu, porunanimidade, neste momento, elevar a taxa Se-lic para 12,50% a.a., sem viés", informou o BC.

P rev is ão – A expectativa de economistasconsultados pelo BC é de que haja pelo menosmais um aumento de 0,25 ponto percentual dataxa, na próxima reunião do Copom, marcadapara os dias 30 e 31 de agosto.

Parte dos analistas não descarta outro au-mento na reuniãoseguinte, marcadapara outubro, casohaja piora nos da-dos sobre inflaçãono Brasil e melho-ra no cenário inter-nacional.

O aumento dosjuros é parte dotrabalho iniciadono final de 2010para esfriar a eco-nomia e controlara inflação, que estáhoje no maior ní-vel em seis anos.No início do go-verno Dilma, os juros estavam em 10,75% aoano. Hoje, estão no maior nível desde março de2009. Antes de aumentar a taxa básica, o BC jáhavia anunciado restrições a financiamentos eretirado recursos da economia. O governo tam-bém cortou gastos do Orçamento e dobrou oImposto sobre Operações Financeiras (IOF) so-bre empréstimos para pessoas físicas.

Dados recentes mostram que a inflação caiunos últimos três meses, mas menos que o espe-rado pelo mercado. O Índice Nacional de Preçosao Consumidor Amplo (IPCA, índice oficialque serve de referência para o BC), acumula altade 6,71% em 12 meses, acima do teto da meta,que é de 4,5%, com dois pontos de tolerância.Crédito, produção industrial e vendas do co-mércio mostram desaceleração. Mas há dúvi-das se o ritmo mais brando de crescimento serásuficiente para segurar os preços, que devemvoltar a subir com força a partir de setembro.

Como o BC desistiu de trazer a inflação paraos 4,5% neste ano, para não causar uma reces-são, o objetivo agora é alcançar o centro da me-ta em 2012. As previsões do mercado e da pró-pria instituição ainda estão em volta de 5%.

Apesar do aumento, a taxa real de juros re-cuou de 6,86% na reunião do Copom de junhopara 6,77% ao ano agora. O número consideraa taxa básica descontada a inflação projetadapara os próximos 12 meses. Como as proje-ções de inflação subiram mais que os juros, ataxa real ficou menor. (Fo l h a p re s s )

Momento é de incertezas

A taxa alta tem maisimpacto naprodução do que noconsumo.

ROGÉRIO AM ATO, PRESIDENTE DA

ACSP E DA FAC E S P

Não é por aí que oconsumo diminui

Mais do que o aumento de0,25 ponto percentual nataxa Selic, já esperado

pelo mercado, o debate é sobre ométodo usado pelo governo paraconter o consumo e evitar que oíndice de inflação estabelecido paraeste ano não seja ultrapassado – aeficiência ou não da alta dos juros.Adianta manter o aperto monetáriopara evitar que as pessoascomprem, se elas continuamconsumindo assim mesmo?

Os analistas apontam outrassaídas para que o governomantenha a inflação no centro dameta. Uma solução seria asmedidas de contenção de crédito,que poderiam ser elaboradas pelonovo Comitê de EstabilidadeFinanceira (Comef) criadorecentemente pelo governo. Opesquisador do Centro deConjuntura da UniversidadeEstadual de Campinas (Unicamp),Guilherme Santos Mello, defendeuessa iniciativa. "É absolutamentenatural que haja alta nas vendas: odesemprego tem caído desde 2002,há maior distribuição de renda e asclasses C e D estão ganhando mais."

Mello disse que é possível evitaros riscos e adotar medidas para quemenos empresas se endividem emmoeda estrangeira. "O comitê podepreservar a segurança do sistemade crédito. O dinheiro custa caro noBrasil e muitas organizações vãoem busca de recursos lá fora. Esse éum bom negócio atualmente, com avalorização do real. Mas se houveralgum problema externo, que causea fuga de capital no Brasil, osempresários ficarão expostos àvariação cambial."

O pesquisador diz que a alta nataxa Selic tem pouca relevânciapara a população – e que, por isso,não deveria ser usada para conter oconsumo. "Os empresárioscalculam o retorno dosinvestimentos pela taxa de juros.Os bancos concedem empréstimosentre si também com base noíndice. Mas o consumidor nemsente a diferença, já que as taxascobradas anualmente no cartão decrédito, por exemplo, são de maisde 100%," disse.

Mello afirmou que outroproblema provocado pela políticado Banco Central (BC) é com

relação às importações: a indústrianacional está sentindo os efeitos doprocesso. "Não é mais possível usarcâmbio e juros para conter ainflação," disse.

Já o professor de economia efinanças do Ibmec-RJ, RuyQuintans, afirmou que a únicasaída do governo para conter ainflação é gastar menos – e nãoaumentar a taxa Selic. "Essecaminho não está dando certo. Aapreciação do câmbio fez com a quea indústria nacional perdessefôlego. E no segundo semestre trêscategorias importantes terãoaumento de salário: os petroleiros,os metalúrgicos e os bancários. Aalta da taxa de juros não vai conterum gasto maior, provocado porcrescimento na renda."

"O controle no consumo pode serconseguido com outros caminhos,como aumentar o compulsório dosbancos. A taxa de juros já é a maisalta do mundo – não deveria terainda mais aumento", avaliou, porsua vez, o professor de Finanças daEscola de Economia da FundaçãoGetúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP), Samy Dana.

Neide Martingo

Campeãomundial há umano e meio

Com taxa básica dejuros de 12,5% aoano, o Brasil

completa um ano e meio naliderança do ranking dospaíses com maiores jurosreais do planeta.

O País está na primeiraposição desde janeiro de2010, quando ultrapassouo segundo colocado àépoca, a Indonésia, após aquarta manutençãoconsecutiva da Selic.

Na segunda posiçãoaparece a Hungria, comtaxa real de 2,4% e naterceira o Chile, com 1,8%.

Apesar do aumento daSelic, a taxa real de jurosrecuou de 6,86% nareunião do Copom dejunho para 6,77% ao ano nareunião atual, com odesconto da inflaçãoprojetada para 12 meses.

O ranking do"campeonato mundial" dejuros é feito por JasonVieira, analistainternacional da Cruzeirodo Sul Corretora, com 40das maiores economias doplaneta. De acordo com osanalistas, a alta recente nospreços das commoditiesinfluencia as projeçõesinflacionárias pelo mundo."A inflação decommodities mantém umpeso diferenciado emalgumas projeções deinflação mundo afora,principalmente naseconomias emergentes, oque alterou diversasprojeções de índicesde preços e,consequentemente,algumas colocações noranking", explicou Vieira.

De acordo com olevantamento, para que oBrasil deixasse a primeiracolocação no ranking serianecessário um corte decinco pontos percentuaisna taxa básica de juros.Assim, o País chegaria aum juro real de 2,3%,ocupando a segundaposição, atrás da Hungria.

N e g a t ivo s – Enquanto oBrasil reforça sua liderançana lista, mais da metadedos países considerados nolevantamento registramjuro real negativo. Tantoque a taxa média geral dos40 países analisados ficouem -0,9%. Os últimoslugares do ranking dosjuros são ocupados porVenezuela (-6,1%), HongKong (-4,5%) e Cingapura(-4,3%). (Fo l h a p re s s )

Entidades empresariaiscriticam decisão

Opresidente da Fede-ração das Indústriasdo Estado de São

Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, re-pudiou a decisão do Comitêde Política Monetária (Co-pom) que elevou a taxa bási-ca de juros. Ele considerouque o quinto aumento conse-cutivo da taxa de juros irá ace-

lerar o processo de desindus-trialização nacional. "E pode-remos ter perdas de postosde trabalho, agravando os sé-rios problemas que já enfren-tamos com a competitividadebrasileira", observou.

O presidente da Fiesp su-geriu ainda que, em vez deelevar os juros, o governo fe-

deral deveria adotar medidasque efetivamente reduzam acarga tributária, equilibrem ataxa de câmbio e melhorem ainfraestrutura nacional.

Para a Federação do Co-mércio de Bens, Serviços eTurismo do Estado de SãoPaulo (Fecomercio-SP), adecisão do Copom foi um "ex-cesso de conservadorismo".A elevação, segundo a enti-dade, desagrada a todos ossetores produtivos, uma vezque não reflete o atual mo-

mento econômico brasileiro."Em termos práticos, o Índicede Preços ao ConsumidorAmplo (IPCA) e o Índice Na-cional de Preços ao Consu-midor (INPC) mostraram for-te desaceleração nos últimosdois meses e a componentesazonal da inflação se confir-mou", disse. O valor do finan-ciamento das pessoas físicase das pessoas jurídicas somahoje cerca de R$ 1,1 trilhão,segundo dados da entidade."Cada ponto percentual de ju-

ros, portanto, custa para em-presas e consumidores R$ 11bilhões a mais ao ano", com-pletou a Fecomercio.

Já para o economista doHSBC Constantin Jancso, amudança feita no texto do co-municado da reunião do Co-pom eleva a probabilidade dea autoridade monetária inter-romper a trajetória de aumen-to da taxa básica de juros por-que foi suprimida a expressão"ajuste por período suficien-temente prolongado". (AE)

Adecisão do Copom de elevar a Selic em 0,25ponto percentual já era esperada pelomercado, avaliou ontem o presidente da

Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e daFederação das Associações Comerciais doEstado de São Paulo (Facesp), Rogério Amato."Mas consideramos que, tendo em vista o cenárioexterno de incertezas, e a trajetória recente dainflação, a taxa básica deveria ter sido mantida,mesmo que fosse com um viés de alta. A taxa Selicjá está muito elevada e seu impacto vem sefazendo sentir mais na produção do que noconsumo, além de contribuir para uma valorizaçãoainda maior do real", disse.10,75

por cento ao ano era ovalor da Selic no

começo do ano. Como novo aumento, elapassou a ser a maisalta desde março

de 2009.

quinta-feira, 21 de julho de 201114 -.ECONOMIA DIÁRIO DO COMÉRCIO

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quinta-feira, 21 de julho de 2011 15DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Em uma conta de telefone em que o cliente gasta, por exemplo,R$ 100, o valor, em média, a ser pago em tributos é de R$ 142.economia

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abocanhaR$ 800 bi.

A arrecadação tributária do País alcança a cifra com 31 dias de antecedência emrelação ao ano passado. O valor é próximo do que foi arrecadado em 2006.

Aarrecadação tribu-tária dos governosfederal, estaduais em u n i c i p a i s v a i

atingir amanhã R$ 800 bilhões,de acordo com estimativa doInstituto Brasileiro de Planeja-mento Tributário (IBPT), queanalisa as informações passa-das para o Impostômetro, pai-nel eletrônico que indica a re-ceita de impostos em temporeal desde o primeiro minutodo ano.

Em 2010, o valor foi alcança-do 31 dias mais tarde, em 22 deagosto. Os números mostramque a velocidade com a qual odinheiro sai do bolso do contri-buinte e entra nos cofres públi-cos só tem aumentado. Aliás, omontante que o Impostômetrovai registrar amanhã – pratica-mente no meio do ano – é se-melhante ao volume arrecada-

do ao longo de todo 2006(R$ 817 bilhões).

Contrapartida – RogérioAmato, presidente da Associa-ção Comercial de São Paulo(ACSP) e da Federação das As-sociações Comerciais do Esta-do de São Paulo (Facesp), la-mentou o fato de o acréscimona arrecadação não ter o devi-do direcionamento. "Em todosos meses deste ano, a arrecada-ção de impostos do governo fe-deral bateu recordes, e os da-dos do semestre divulgadospela Receita Federal (do Brasil,RFB) mostram um crescimentoreal de 12,7%, com um aumen-to de R$ 77,068 bilhões sobre2010. É de se lamentar que umincremento tão expressivo daarrecadação fiscal não estejasendo utilizado para a elimi-nação do déficit público ou pa-ra a realização de investimen-tos indispensáveis", disse.

Na última terça-feira, a Re-ceita Federal divulgou a arre-

cadação federal dos primeirosmeses do ano, que chegou aR$ 465,61 – vale reforçar que acifra não inclui o que entrounos cofres dos governos esta-duais e municipais, mas ape-nas no da União. O montantesurpreendeu o próprio secre-tário da Receita, Carlos Alber-to Barreto.

Já a projeção do IBPT – quefaz a atualização do Impostô-metro – é de que a arrecadaçãototal com tributos em 2011 che-gue a R$ 1,4 trilhão, aproxima-damente R$ 200 bilhões a maisque em 2010.

M ol d a do – O coordenadorde estudos do IBPT, GilbertoLuiz do Amaral, lembrou que"o sistema tributário brasileiroestá excessivamente moldadopara tributar o consumo". Eleacrescentou ainda que "nospaíses desenvolvidos ocorre oinverso, tributa-se menos oconsumo e mais a renda e o pa-trimônio".

A tributação sobre o consu-mo onera mais a populaçãodas classes de baixa renda, queproporcionalmente às classesmais abastadas, comprome-tem um percentual maior dosrendimentos para consumirbens e tomar serviços. Estima-se que quem recebe até dois sa-lários-mínimos destine 54% darenda para pagamento de im-postos. Já quem ganha mais de30 salários-mínimos utiliza29% dos rendimentos para pa-gar tributos.

Educação – O painel do Im-postômetro, que desde abril de2005 está instalado na fachadada sede da ACSP, é um instru-mento para conscientizar o ci-dadão em relação à tributação.Ele simula a arrecadação deimpostos das três esferas degoverno.

Também é possível acompa-nhar essa evolução pela inter-net, no site w ww. i mp o s to m e-t r o. o rg . b r .

Telefonia geraR$ 320 bi emi m p o sto s

Os usuários dos serviços detelefonia pagaram R$ 320

bilhões em impostos nosúltimos 11 anos. Só em 2010,foram R$ 41,6 bilhões emtributos, que incidiram sobre ovalor que o cidadão paga pelosserviços. De acordo comlevantamento da AssociaçãoBrasileira de Telecomunicações(Telebrasil), em 2010 obrasileiro gastou, a cada hora,R$ 4 milhões em impostossobre a conta de telefone fixo emóvel. O levantamento nãoconsidera os impostos queincidem sobre a atividadeeconômica das prestadoras.

Em uma conta de telefoneem que o cliente gasta, porexemplo, R$ 100, o valor, emmédia, a ser pago em tributos éde R$ 142. Em alguns estadosbrasileiros, esse montante émaior, chegando a R$ 167,dependendo da alíquota doImposto sobre Circulação deMercadorias e Prestação deServiços (ICMS), que varia de25% a 35%.

Somados todos os encargos,a carga tributária do setor vaide 40% a 67% da receita líquidaobtida com a prestação dosserviços. Do montante detributos arrecadados no anopassado sobre os serviços detelefonia, R$ 28,3 bilhões foramde ICMS, o que corresponde a11% do total recolhido pelosestados com o imposto.

De 2000 a 2010, avançaramos tributos incidentes sobre osserviços de telefonia, de R$ 12,6bilhões para R$ 41,6 bilhões. Opercentual de tributos sobre areceita da telefonia fixa e móvelsubiu 31% no período, para42% em 2010. Estudo da GSMAssociation, que considerou 50países em desenvolvimento,mostra que o Brasil está emterceiro lugar entre as maiorescargas tributárias do mundo,perdendo para a Turquia eUganda. (RC I )

Gasto comroupa é menorque com tributo

As famílias brasileirasgastaram R$ 7,77 bilhões

em impostos diretos (comoImposto Predial e TerritorialUrbano – IPTU, Imposto sobre aPropriedade de VeículosAutomotores – IPVA, Impostosobre Serviços – ISS e Impostode Renda – IR) entre os anos de2002 e 2008. O valor supera osgastos com produtosessenciais, como vestuário, quefoi de R$ 7,5 bilhões no período.As informações são de umlevantamento da Federação doComércio de Bens, Serviços eTurismo do Estado de São Paulo(Fecomercio), realizado combase em dados das duasúltimas Pesquisas deOrçamento Familiar (POFs).

A pesquisa aponta que asfamílias da classe A são as quemais gastam com o pagamentode impostos diretos,R$ 1.555,28 por mês. Adistância para o gasto dasfamílias da classe B é grande,essas pagam em média R$ 334por mês. Já as famílias dasclasses C, D e E despenderam,ao mês, R$ 103,48, R$ 41,55 eR$ 14,27, respectivamente.

O vilão do sistema tributáriobrasileiro são os impostosindiretos, que se acumulam nacadeia produtiva e sãoembutidos nos preços deprodutos e serviços. E atributação sobre o consumoonera mais as classes de menorrenda (leia matéria a lado).

Quanto à variação dostributos ao longo do períodoanalisado, os estados dasregiões Norte e Nordesteforam os que apresentaram omaior aumento, mas também amaior retração da carga deimpostos diretos.

No Maranhão houve alta de128%, na Paraíba, 110%, e noPará, 97%. Por outro lado, noAcre houve queda de 53%, emTocantins, de 55%, e no Ceará,de 56%. (RC I )

Brasileiro confiante nopagamento de dívidas

Onúmero de famíliascom dívidas ou contasem atraso aumentou

em julho ante o mês anterior,porém houve uma melhora napercepção em relação à capaci-dade de pagamento, conformemostra a Pesquisa de Endivi-damento e Inadimplência doConsumidor (Peic), divulgadaontem pela Confederação Na-cional do Comércio (CNC).

Enquanto o percentual dasfamílias que dizem ter dívidasem atraso apresentou avançode 23,3% para 23,7% no perío-do, a proporção das que afir-mam não ter condições de pa-gar recuou de 8,4% no mês an-terior para 8,1%.

C o m p r o m i ss o – "Há umaperspectiva de que o mercadode trabalho vai continuar favo-rável. Como também houveuma queda do IPCA (Índice dePreços ao Consumidor Amplo)nos últimos meses e o rendi-mento real das famílias au-mentou, houve uma percep-ção de que é importante aten-der seus compromissos de dí-vidas nos próximos meses

para continuar consumindo",avaliou ontem o economista-chefe da CNC, Carlos Thadeude Freitas.

Na opinião do economista,as informações de inflação e demercado de trabalho tambémmostram que a inadimplênciavai aumentar de forma mode-rada nos próximos meses."Não há espaço para que elaaumente rapidamente, comomuitos achavam", afirmou.

C ré d it o – Ainda de acordocom a pesquisa, em julho o nú-mero de endividados caiu para

63,5%, ante 64,1% em junho. Opercentual, porém, ainda é su-perior aos 57,7% registradosem julho do ano passado. "Aqueda em relação ao mês ante-rior é reflexo das restrições aocrédito no País", explicou aeconomista Marianne LorenaHanson, da CNC.

"Podemos observar, desde oinício do ano, uma desacelera-ção na concessão de crédito.Então, é natural que o percen-tual de famílias endividadaslentamente vá se reduzindo.Não vai ser linear, porque o sal-do de crédito ainda está muitoalto", disse Marianne.

O tempo médio de compro-metimento com dívidas foi de6,8 meses, sendo que 25,2% dasfamílias endividadas estãocomprometidas até três mesese 29,4% por mais de um ano.

Vilão – O cartão de créditofoi apontado como um dosprincipais tipos de dívida por75,9% das famílias endivida-das, seguido por carnês, para21,8% e, em terceiro lugar, o fi-nanciamento de carro, para10,7%. (Agências)

CDC: multamínima sobepara R$ 400.

OMinistério da Justiçaconfirmou ontem que o

valor das multas pordesrespeito ao Código deDefesa do Consumidor(CDC) quase dobrou. A multamínima passou de R$ 212,82para R$ 400, ao passo queo valor máximo foi elevadode até R$ 3,19 milhões paraaté R$ 6 milhões.

A alteração consta nodespacho da consultoriaJurídica do Ministério daJustiça número 232,publicado no Diário Oficial daUnião (DOU) do último dia13. No despacho, o Ministérioda Justiça lembrou que asmultas não sofreram alteraçãodesde a extinção da UnidadeFiscal de Referência (Ufir),em dezembro de 2000, queservia de base para o valordas mesmas.

O documento tambéminformou que a correção dasmultas passou a ter por base oÍndice Nacional de Preços aoConsumidor Amplo - Especial(IPCA-e). (Ag ê n c i a s )

Patrícia Cruz/LUZ

Renato Carbonari Ibelli

Houve umapercepção de que éimportante atenderseus compromissosde dívidas nospróximos mesespara continuarconsumindo

CA R LO S THADEU DE

FR E I TA S , CNC

Em todos osmeses desteano, aarrecadaçãode impostosdo governofederal bateurecordes.

ROGÉRIO AM ATO,ACSP E FAC E S P

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O ministério do Planejamento aumentou de 5,7% para 5,8% a previsão doÍndice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado em 2011.economia

Fluxo cambial disparaAs entradas de dólar no Brasil superaram as saídas em US$ 10,13 bilhões na primeira metade de julho

Vanderlei Almeida/AFP Photo

O resultado de julho está basicamente determinado pela entrada de US$ 7,36 bilhões no último dia 11

Amaior restrição im-posta pelo BancoCentral (BC) paraas apostas dos ban-

cos na valorização do real le-vou a uma corrida pelo dólarno dia 11 de julho que fez dis-parar os números do fluxocambial no mês. De acordocom informações divulgadasontem pelo BC, as entradas demoeda estrangeira no Brasils u p e r a r a m a s s a í d a s e mUS$ 10,13 bilhões na primeirametade de julho.

O resultado parcial destemês faz lembrar o desempe-nho do primeiro trimestre des-te ano, quando o fluxo apre-sentou saldos muito acima donormal e levou o governo aadotar uma sé-rie de medidaspara conter oingresso de dó-lares no Brasil,o que se mos-trou eficientenos meses se-guintes.

P o s i ç ã ove n d i d a – Oresultado dejulho está basi-camente deter-minado pelaentrada de ummontante deUS$ 7,36 bilhões no dia 11, sen-do US$ 6,89 bilhões no seg-mento financeiro, onde são re-gistrados empréstimos, inves-timentos, remessas e outrositens que não compõem a ba-lança comercial.

Esse foi o primeiro dia de vi-gência da medida cambialanunciada no dia 8, que res-tringia a aposta dos bancos navalorização do real (chamadade posição vendida) a US$ 1 bi-lhão ou o tamanho do patrimô-nio da instituição.

Ou seja, para tapar o buracocontábil proporcionado pelaposição vendida, os bancos fo-ram no mercado externo bus-car dólares e reduzir essa expo-sição. "O fluxo aumentou numdia para se ajustar a uma nor-

ma que o BC passou a exigir,que diminuiu o nível de expo-sição (cambial) do bancos. Aí,os bancos tiveram que captarmais para se adequar à nor-ma", explicou o ministro da Fa-zenda, Guido Mantega, emsua primeira entrevista apósretornar das férias. "Tanto éverdade que não há alteraçãona cotação do câmbio", refor-çou o ministro.

De acordo com declaraçãodo economista da TendênciasConsultoria Silvio CamposNeto, ao buscar os dólares forae não no mercado interno, asinstituições financeiras acaba-ram evitando uma desvalori-zação maior do real. "A medi-da acabou não tendo a eficácia

de elevar a de-manda por dó-lares no merca-do doméstico",avaliou Cam-pos Neto.

Ju ro s – O di-retor de pes-quisas da As-sociação Brain,André Sacco-nato, explicouque esse movi-mento de bus-car fechar a po-sição vendidacom recursos

tomados fora do País é natural,uma vez que o diferencial dejuros entre o Brasil e o exteriortende a favorecer muito essemovimento.

Apesar disso, o economistaconsiderou que a medida ado-tada pelo governo tem impac-to no sentido que a equipe eco-nômica deseja – ou seja, contri-bui para conter o processo devalorização do real.

Sacconato advertiu para orisco de o governo fazer medi-das de restrição ao mercado fu-turo. De acordo com ele, medi-das nesse sentido poderiamprejudicar operações de prote-ção (hedge) das empresas ouaté mesmo promover a migra-ção do mercado para outrospaíses. (AE)

6,89bilhões de dólaresentraram na área

f i n a n c e i ra ,com empréstimos,

investimentos er e m e s s a s.

IPC, da Fipe, sobe 0,27%

IPCA-15desacelera

Adesaceleração da infla-ção medida pelo Índice

de Preços ao Consumidor Am-plo-15 (IPCA-15) de 0,23% pa-ra 0,1%, na passagem de junhopara julho, foi puxada, em par-te, pela queda nos preços dosalimentos. O grupo registrourecuo de 0,39%, após uma va-riação de 0,11% na leitura ante-rior, de cordo com o InstitutoBrasileiro de Geografia e Esta-tística (IBGE).

Ocorreu queda generaliza-da nos preços, contra um au-mento em apenas poucositens. Entre os alimentos que fi-caram mais baratos, destacam-se cenoura (-11,96%), tomate(-5,18%), frutas (-5,16%) e hor-taliças (-4,99%) (AE)

OÍndice de Preços aoCo n s u m i d o r ( I P C ) ,apurado pela Funda-

ção Instituto de Pesquisas Eco-nômicas (Fipe), registrou infla-ção de 0,27% na segunda qua-drissemana do mês de julho,depois de ter apontado levecrescimento de 0,19% na pri-meira quadrissemana.

O indicador, que mede a in-flação do município de SãoPaulo, ficou acima da medianadas estimativas dos analistasque era de 0,25%. As previsõesiam de 0,21% a 0,34%. No se-gundo levantamento de ju-nho, o IPC havia registrado de-flação de 0,08%.

Dos sete grupos pesquisa-dos, dois tiveram desacelera-ção da alta de preços em com-paração com o levantamentoanterior: Vestuário, que pas-sou de uma inflação de 0,63%para uma deflação de 0,05%, eEducação, que havia apresen-

tado elevação de 0,21% na pri-meira quadrissemana e agoraapontou 0,2%.

O preço do etanol apresen-tou aceleração na Capital pau-lista, de acordo com levanta-mento realizado pela Fipe pormeio do IPC. Na segunda qua-drissemana do mês (períodode 30 dias terminado em 15 de

julho), o valor médio do com-bustível apresentou avanço de5,66% nos postos da cidade deSão Paulo, bem mais do que aleve alta de 0,54% observadana primeira quadrissemana domês (período de 30 dias encer-rado em 7 de julho).

S afra – Na opinião do coor-denador do IPC, Antonio Eval-

do Comune, o comportamen-to do etanol é surpreendentepara esse período do ano, jáque deveria ainda estar compreços mais em conta para oconsumidor, em decorrênciado recente início da safra da ca-na de açúcar.

"O álcool está surpreenden-te. Pelo nosso histórico de anosanteriores, o preço dele deve-ria estar bem mais baixo", afir-mou Comune.

Enquanto o etanol mostrapreços mais elevados que decostume, o valor da gasolinapermanece em queda no le-vantamento da Fipe. Na se-gunda quadrissemana, o pre-ço do combustível registrourecuo de 1,48%.

A variação negativa consta-tada pela Fipe ficou, no entan-to, menos expressiva que a daprimeira quadrissemana domês, quando houve declíniode 2,47%. (AE)

Lucas Lacaz Ruiz/AE

Preço do litro do etanol na cidade de São Paulo subiu 5,66%

Projeção do PIB é mantida em 4,5%Oministério do

Planejamento, norelatório de avaliação

de receitas e despesas doterceiro bimestre de 2011,manteve a projeção decrescimento da economia em4,5% para 2011. De acordocom o documento, divulgadoontem, o Produto InternoBruto (PIB) nominal estimado

para este ano é de R$ 4,109trilhões. O ministério, noentanto, aumentou de 5,7%para 5,8% a previsão doÍndice de Preços aoConsumidor Amplo (IPCA)acumulado em 2011.

Meta – Para o Índice Geralde Preços – DisponibilidadeInterna (IGP-DI), a projeçãofoi reduzida de 7,01% para

6,14% neste ano. Odocumento ressalta que anova projeção para o IPCAainda é compatível com ameta de inflação perseguidapelo Banco Central (BC).

O ministério doPlanejamento elevou aprojeção da estimativa decrescimento da massa salarialnominal de 11,71% para

13,36% em 2011. A taxa básicade juros (Selic) média foirevisada de 11,74% ao anopara 11,87% ao ano.

Câmbio e petróleo – Aprevisão para a taxa de câmbiomédia foi mantida em R$ 1,61por dólar. A projeção do preçomédio do petróleo foi elevadade US$ 103,31 para US$ 112,52por barril. (AE)

quinta-feira, 21 de julho de 2011 ECONOMIA/LEGAIS - 17DIÁRIO DO COMÉRCIO

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quinta-feira, 21 de julho de 201118 -.ECONOMIA/LEGAIS DIÁRIO DO COMÉRCIO

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A primeira etapa do leilão do trem-bala estáprevista para ocorrer em fevereiro de 2012.economia

Comércio comsaldo positivo

País deverá ter superávit graças ao preço em alta das commodities

AAssociação de Co-mércio Exterior doBrasil (AEB) revi-sou as estimativas

de comércio exterior para 2011,com o superávit subindo leve-mente de US$ 26,1 bilhões paraUS$ 26,26 bilhões. José Augus-to de Castro, presidente da en-tidade, explicou que o que sal-vará o superávit comercial bra-sileiro neste ano será o preçoem alta das commodities.

As importações e as exporta-ções do País neste ano devemcrescer praticamente na mes-ma magnitude, respectiva-mente 20,2% e 21,1% em rela-ção ao movimento de 2010.

O cenário nos dois setoresnão poderia ser mais diferente.Enquanto as compras externassão impulsionadas pelo dólarfraco, as exportações são con-centradas em commodities,que têm procura forte no mer-cado internacional. "Se nãohouvesse esta boa demandaatual por commodities, as ven-das externas brasileiras teriamum cenário diferente", disse.

O presidente da AEB alertouainda que, neste ano, a depen-dência das exportações decommodities, que represen-tam 71% do montante exporta-do pelo País, tornou-se cadavez mais visível.

Commodities – O executivoobservou que, apesar do au-mento previsto para as vendasexternas brasileiras, três com-modities devem ser responsá-veis por 35,7% das receitas to-tais de exportação do País até ofinal deste ano: o minério deferro, o complexo soja, e petró-leo e derivados.

Plano B – As incertezas ex-ternas também geram apreen-são. "No momento, estamosrespondendo à boa demandapor commodities no cenáriointernacional. Mas o problemaé que, se ocorrer algo no cená-rio externo – se por exemplo aChina reduzir sua demanda –não temos um plano B."

A ineficiência das medidasadotadas pelo governo federalpara conter a demanda inter-na, anunciadas em dezembrodo ano passado, também in-fluenciou as revisões das esti-mativas da AEB.

"Ainda temos forte deman-da e, além disso, aumentou aoferta de crédito no País. Issoestimula a demanda por im-portações", comentou o espe-cialista, ao analisar o aqueci-mento do mercado internob r a s i l e i ro .

O dólar fraco e a demandainterna forte também provo-cam redução no número de ex-portadoras e avanço no de im-portadoras.

É este o cenário que surge se-gundo os dados divulgadospelo Ministério do Desenvol-vimento, Indústria e ComércioExterior (MDIC). Os números,citados por Castro, não deixamespaço para dúvidas: 198 em-presas do País decidiram dei-xar de exportar entre os mesesde janeiro e maio deste ano. Emcontrapartida, nesse mesmoperíodo surgiram no País 3.156novas importadoras.

"O número de importadorasaté maio somou 31.688 empre-sas, mais que o dobro das ex-portadoras (14.631)", acres-centou o especialista.

"As exportadoras brasileirascada vez mais perdem o fôle-go", acrescentou o presidenteda AEB. (AE)

Agência cria normas parao transporte ferroviário

Três resoluções da ANTT definem pontos importantes do tráfego de carga

Rotas comerciais sob suspeitaOgoverno brasileiro

"está atento" a mano-bras de empresas es-

trangeiras com o objetivo deburlar punições comerciais emvigor no País, e deve abrir no-vas investigações para apurartriangulação e uso de falsosdocumentos de origem de pro-dutos nas próximas semanas.A informação foi fornecida pe-la secretária de Comércio Exte-rior, Tatiana Prazeres.

O aumento de exportaçõesda Argentina das mesmasmercadorias produzidas naChina – a preços mais baixosque o custo de fabricação –não é suficiente para demons-trar ilegalidade, disse a secre-

tária. "A primeira mensagemé que não basta que exista au-mento de importação paraque se conclua que haja trian-gulação. É importante quehaja produção do bem naque-la origem", disse a secretáriade Comércio Exterior.

Segundo Tatiana, "é nor-mal" que empresas brasilei-ras busquem outros fornece-dores depois que o governoencarece os artigos chineses.A opção por um país do Mer-cosul, que não paga tarifa namaioria dos produtos expor-tados ao Brasil, faria sentidosegundo essa hipótese.

Em maio, por exemplo, o go-verno abriu uma investigação

pública para verificar se ex-portadores chineses de cober-tores utilizam o Paraguai e oUruguai para escapar da tarifaantidumping aplicada pelogoverno aos artigos chineses.

A secretária Tatiana afir-mou que o crescimento nascompras de alguns produtos,que no caso dos alto-falanteschegou a 5.383% apenas noprimeiro semestre, levantadúvidas. Mas ressaltou queainda não há dados suficien-tes para abertura de investi-gação porque a base de com-paração é pequena. "É difíciltentar identificar tendências.Cabe ao governo ser mais ati-vo e combativo", disse.

Certificados – A estratégiachinesa de utilizar terceirospaíses para evitar puniçõescomerciais pode incluir, deacordo com Tatiana, o uso decertificados falsos de origem.O documento é um dos itensnecessários para comprovarque o produto foi realmentefabricado no país menciona-do na etiqueta, segundo re-gras da Organização Mun-dial do Comércio (OMC). Asinvestigações vão além daempresa que remete o objeto,porque, neste caso, o exporta-dor teria de obter o papel emuma câmara de comércio lo-calizada fora do Brasil, antesdo desembarque. (AE)

Se não houvesseesta boa demandapor commodities, asexportações teriamum cenáriodiferente.

JOSÉ AU G U S TO DE CASTR O,PRESIDENTE DA AEB

No caso específico do miné-rio, o produto deve responderpor US$ 39,036 bilhões da re-ceita, ou 15,96% dos ganhos to-tais do País com vendas exter-nas neste ano.

Para o especialista, é alto orisco de uma "reprimarização"da economia brasileira, quepode voltar a se posicionar nomercado internacional apenascomo fornecedora de maté-rias-primas.

As normas do governo tratam do direito de passagem de trens por linhas de outras concessionárias

Lalo de Almeida/Folha Imagem

AAgência Nacional deTransportes Terrestres(ANTT) publicou na

edição de ontem do D iárioOficial da União trêsresoluções envolvendo asnovas regras para otransporte ferroviário decargas no País. As resoluçõesda agência estabelecem, porexemplo, normas para odireito de passagem naslinhas férreas e um plano demeta de produção.

Segundo a ANTT, asconcessionárias ferroviáriasde cargas devem, mediantepagamento, compartilharsuas redes por meio do"direito de passagem" ou"tráfego mútuo".

O direito de passagemconsiste no uso, por umaconcessionária, dos trilhos deoutras para que seu tremalcance um destino, pagandouma espécie de "pedágio".

Já o tráfego mútuo prevê

que a concessionáriaferroviária "anfitriã" utilizeseus trens para transportar acarga da empresa que precisausar sua malha.

Nego ciação – As tarifas aserem pagas entre asconcessionárias serãodefinidas em processo denegociação, mas devem serlevadas em conta parcelas docusto operacional e daremuneração de capital.

Outra resolução fixa asregras para o estabelecimentode metas de produção aserem acertadas entre asconcessionárias e a ANTT.

Tais metas serão usadascomo base para calcular acapacidade de cada malha.

A mesma resolução prevêque a capacidade ociosa decada trecho de linha será"obr igator iamente"disponibilizada a outrasconcessionárias por direito depassagem ou tráfego mútuo.

Tre m - b a l a – A primeiraetapa do leilão do trem-bala,que definirá a tecnologia e aoperação do Trem de AltaVelocidade (TAV) que ligaráRio de Janeiro, São Paulo eCampinas, deve ocorrer emfevereiro de 2012, afirmou odiretor-geral da ANTT,Bernardo Figueiredo.

Segundo ele, o edital delicitação da primeira etapadeve entrar em consultapública em agosto e serpublicado em outubro.

Os consórcios precisarão dequatro meses, a partir dapublicação do edital, paraconcluírem os projetos.

Ele descartou a hipótese dogoverno conceder subsídioaos operadores do trem-bala,caso a demanda inicial fiqueaquém do esperado. "Só hápossibilidade de subsídio se ofluxo nos 40 anos deconcessão for negativo", disseFigueiredo. (Ag ê n c i a s )

quinta-feira, 21 de julho de 2011 19DIÁRIO DO COMÉRCIO

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE ANDRADINAEXTRATO DE HOMOLOGAÇÃO

Processo nº 062/11 – Pregão nº 30/11Objeto: Registro de Preços para contratação futura de empresa para forne-cimento de pneus, câmara de ar e protetores, em conformidade com AnexoI – Termo de Referência. Considerando a adjudicação constante da ata dostrabalhos da sessão pública de julgamento, lavrada pelo Sr. Pregoeiro, de-signada pela portaria nº 11.087/2011 de 04/01/2011; e a regularidade doprocedimento, hei por bem, com base na lei federal nº 10520, de 17 de julhode 2002, HOMOLOGAR, os itens do objeto licitado, às empresas: ArrozeiraSanta Lucia Ltda. (itens ganhos: 09, 11, 12, 19, 33, 47, 48, 52, 54); CaiadoPneus Ltda. (itens ganhos: 03, 40, 42); (Campneus Líder de PneumáticosLtda. (itens ganhos: 02, 04, 10, 13, 14, 15, 16, 18, 20, 21, 22, 24, 25, 26, 27,28, 29, 31, 38, 39, 41, 43, 44, 46, 49, 58); M. A. Proença Me (itens ganhos:01, 06, 07, 08, 17, 23, 30, 34, 36); Tová Comércio de Pneus Ltda. (itens gan-hos: 05, 32, 35, 45, 50, 51, 53, 55, 56, 59).

Andradina, 20 de julho de 2011.JAMIL AKIO ONO – Prefeito

FDE AVISA:Torna sem efeito a publicação do Diário do Comércio de 19-07-2011 - Suplemento: Economia - Página: 15, referente aoPregão (Eletrônico) de Registro de Preços nº 36/00496/11/05.

Torna sem efeito a publicação do Diário do Comércio de 19-07-2011 - Suplemento: Economia - Página: 15, referente aoPregão (Eletrônico) de Registro de Preços nº 36/00499/11/05.

SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO

SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO

FDE AVISA:PREGÃO (ELETRÔNICO) DE REGISTRO DE PREÇOS Nº 36/00496/11/05

OBJETO: Aquisição de Material Escolar - Kit EscolarA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que se achaaberta licitação para Aquisição de Material Escolar - Kit Escolar.As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital a partir de 21/07/2011, no endereço eletrônicowww.bec.sp.gov.br ou, na sede da FDE, na Supervisão de Licitações, na Av. São Luís, 99 - República - CEP: 01046-001 -São Paulo/SP, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verificar o edital na íntegra, através daInternet no endereço: http://www.fde.sp.gov.br.A sessão pública de processamento do Pregão Eletrônico será realizada no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.br, nodia 03/08/2011, às 09:30 horas e será conduzida pelo pregoeiro com o auxílio da equipe de apoio, designados nos autosdo processo em epígrafe e indicados no sistema pela autoridade competente.Todas as propostas deverão obedecer rigorosamente o estabelecido no edital e seus anexos e serão encaminhadas, por meioeletrônico, após o registro dos interessados em participar do certame e o credenciamento de seus representantespreviamente cadastrados. A data do início do prazo para envio da proposta eletrônica será de 21/07/2011, até o momentoanterior ao início da sessão pública.

JOSÉ BERNARDO ORTIZPresidente

SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO

FDE AVISA:PREGÃO (ELETRÔNICO) DE REGISTRO DE PREÇOS Nº 36/00499/11/05

OBJETO: Aquisição de Material Escolar - Mochila EscolarA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que se achaaberta licitação para Aquisição de Material Escolar - Mochila Escolar.As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital a partir de 21/07/2011, no endereço eletrônicowww.bec.sp.gov.br ou, na sede da FDE, na Supervisão de Licitações, na Av. São Luís, 99 - República - CEP: 01046-001 -São Paulo/SP, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verificar o edital na íntegra, através daInternet no endereço: http://www.fde.sp.gov.br.A sessão pública de processamento do Pregão Eletrônico será realizada no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.br, nodia 03/08/2011, às 09:30 horas e será conduzida pelo pregoeiro com o auxílio da equipe de apoio, designados nos autosdo processo em epígrafe e indicados no sistema pela autoridade competente.Todas as propostas deverão obedecer rigorosamente o estabelecido no edital e seus anexos e serão encaminhadas, por meioeletrônico, após o registro dos interessados em participar do certame e o credenciamento de seus representantespreviamente cadastrados. A data do início do prazo para envio da proposta eletrônica será de 21/07/2011, até o momentoanterior ao início da sessão pública.

JOSÉ BERNARDO ORTIZPresidente

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE ANDRADINADecisão da Comissão Permanente de Licitação no Processo 05/11, Con-corrência 01/11, objetivando a contratação de empresa especializada paraprestação de serviços de publicidade e marketing para fins de divulgaçãode projetos, programas, obras, serviços, campanhas e outras ações. Comu-nica que, após exame da documentação apresentada pela empresaEntrelinhas Publicidade Ltda., em obediência ao disposto no item 13.13 doedital, a CPJL decidiu por unanimidade, pela sua HABILITAÇÃO. Ficamdesde já franqueadas vistas aos autos do processo, abrindo-se o prazorecursal na forma da Lei.

Andradina, 20 de julho de 2011Adilson Dantas da Silva - Presidente da CPJL

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE ANDRADINAEXTRATO DE HOMOLOGAÇÃO E ADJUDICAÇÃO

PROCESSO Nº 55/11 – TOMADA DE PREÇOS Nº 06/11Objeto: Contratação de empresa especializada para a execução de obrasde engenharia no almoxarifado da Secretaria Municipal da Educação.Considerando a regularidade do procedimento, hei por bem, com base noinc. VI, do art. 43, da Lei Federal nº 8.666/93, de 21/06/1993, HOMOLO-GAR e ADJUDICAR o item do objeto licitado, à empresa: JepamConstruções e Assessoria Ltda.

Andradina, 20 de julho de 2011.JAMIL AKIO ONO – Prefeito

FUNDAÇÃO SABESP DE SEGURIDADE SOCIALAviso de Licitação

Objeto: Desenvolvimento de Sistemas e Objetos na Plataforma. NET e PL/SQL, CP, Nº 009/11, tipomenor preço. Os envelopes deverão ser entregues, no dia 22/08/11, às 10h30. Edital completo atravésdo site www.sabesprev.com.br/compras.

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CARLOSSecretaria Municipal de Saúde - Fundo Municipal de Saúde

Pregão Eletrônico FMS nº 052/2011 - Processo Administrativo nº 1861/2011Faço público, de ordem do Senhor Secretário Municipal de Saúde, que se encontra aberto o PregãoEletrônico nº 052/2011, tendo como objeto o registro dos preços de material de consumo médicohospitalar (gel hidroativo), conforme descrição, especificações e quantidades constantes nosAnexos II e V. O Edital na íntegra poderá ser obtido nos sites: www.bb.com.br ewww.saocarlos.sp.gov.br, opção Licitações. O recebimento e a abertura das propostas dar-se-ãoaté às 8 horas do dia 03 de agosto de 2011 e o início da sessão de disputa de preços será às 9 horase 30 minutos do dia 03 de agosto de 2011. Maiores informações pelo telefone (16) 3362-1350.

São Carlos, 20 de julho de 2011.Chayana Antonio de Moura - Pregoeira

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CARLOSSecretaria Municipal de Saúde - Fundo Municipal de Saúde

Pregão Eletrônico FMS nº 050/2011 - Processo Administrativo nº 1790/2011Faço público, de ordem do Senhor Secretário Municipal de Saúde, que se encontra aberto oPregão Eletrôniconº 050/2011, tendo como objeto o registro de preços de medicamentos para uso em pacientes atendidos nasunidades de saúde do município, constantes da Relação Municipal de Medicamentos (Remume), conformeespecificações e quantidades constantes nos Anexos II e V. O Edital na íntegra poderá ser obtido nos sites:www.bb.com.br e www.saocarlos.sp.gov.br, opção Licitações. O recebimento e a abertura das propostasdar-se-ão até às 8 horas do dia 02 de agosto de 2011 e o início da sessão de disputa de preços será às 10horas do dia 02 de agosto de 2011. Maiores informações pelo telefone (16) 3362-1350.

São Carlos, 20 de julho de 2011.Chayana Antonio de Moura - Pregoeira

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL

NOS TERMOS DO PROVIMENTO CSM CXC/84,INFORMAMOS QUE NO DIA 20 DE JULHO DE 2011 NÃOHOUVE PEDIDO DE FALÊNCIA NA COMARCA DA CAPITAL.

Quem está nesta feira tem que ter capacidade de entregar.Carolina Riente, gerente da Première Brasileconomia

Feira de negócios é coisa sériaO evento Première Brasil, que termina hoje em São Paulo, mostra as novidades da indústria têxtil e confirma o profissionalismo dos eventos do setor.

Fátima Lourenço

vo é ter uma oferta ampla deprodutos. Quem está aqui temque ter capacidade de entre-gar", disse a gerente da Premiè-re Brasil, Carolina Riente.

Equilíbrio – A análise do co-mitê, acrescentou ela, tambémconsiderou a necessidade deequilíbrio do número de expo-sitores nos vários segmentospresentes. A gerente explicouque a feira de São Paulo é a

quarta versão da francesa Pre-mière Vision, evento que estáhá 38 anos no mercado e tem 22edições anuais, realizadas emdiferentes países para apre-sentar as coleções primavera-verão e outono-inverno e astendências do ano seguinte.

As empresas que já se sub-meteram à análise em ediçõesdo evento realizadas em ou-tros mercados ficaram dispen-

sadas do processo. As que par-ticipam recebem estandesprontos, agrupados por seg-mento de atuação. "Garanti-mos ao expositor que o com-prador passará pelo seu estan-de. O objetivo dele é apresen-tar o produto para o visitante.Ele é um patrimônio. Se nãosair satisfeito, você perde a fi-delidade", afirmou Carolina.

A subsidiária francesa não

aplica a mesma dinâmica deseleção para outras feiras pro-movidas pela Fagga. Carolinatambém desconhece que a di-nâmica seja utilizada por ou-tros promotores. "Cada feiratem um perfil diferente, ummétodo de seleção particular",comentou. Entre eles, ela men-cionou a exigência de filiação àentidades do setor envolvido.

Na busca pelo profissiona-

lismo, também acontece a re-dução de ações promocionaispor parte dos expositores, "pa-ra não perder tempo com os sa-coleiros", como eles dizem, sereferindo aos visitantes inte-ressados em brindes.

Calçados – "Ainda há feirasque viram festa. Mas hoje, emSão Paulo e nas principais ca-pitais do Brasil, elas têm o ne-gócio como objetivo e são umgrande instrumento promo-cional para as empresas", disseo presidente da Francal Feiras,Abdala Jamil Abdala, respon-sável pela realização de 13eventos do gênero no País.

Na última Francal, no finalde junho, exemplificou, haviamil expositores. "Ali só entraprofissional do setor, compra-dores e envolvidos com o uni-verso de calçados, bolsas eacessórios", declarou Abdala."Um expositor do Rio Grandedo Sul encontra um lojista doAmazonas e pode se compararcom outros mil expositores,ver se o seu produto é condi-zente com o mercado, ouvirelogios e críticas do compra-dor. Sem profissionalismo, is-so não funciona", acrescentou.

Fora do Brasil, segundo Ab-dala, a profissionalização dosprodutores de feiras já estáconsolidada. Aqui, eles se pro-fissionalizaram, mas os equi-pamentos dos pavilhões dei-xam a desejar. "Não há pavi-lhão, em São Paulo, com praçade alimentação fixa, enferma-ria, pronto-socorro e infra-es-trutura de banco."

Ricardo Nunes compra a redeEletro Shopping, do Nordeste.

AMáquina de Vendas, fusão da RicardoEletro com Insinuante e City Lar, comprou51% da rede pernambucana Eletro

Shopping. Com isso, a varejista retoma a vice-liderança em vendas de eletrodomésticos emóveis no País perdida para o Magazine Luiza ese prepara ir às compras no Sul do País.

"Estamos seguindo o plano traçado de, até2014, ter mil lojas, 30 mil funcionários efaturamento de R$ 10 bilhões. Isso prevêaquisições na região Sul, com certeza", disseontem o presidente da Máquina de Vendas,Ricardo Nunes. O valor do negócio anunciadoontem não foi revelado.

Copersucar suspende ofertapública de ações na bolsa

Recursos – De acordo com Nunes, os recursospara a aquisição são provenientes do caixa daempresa e da capitalização de cerca R$ 500milhões feita em fevereiro pelo HSBC na redevarejista para criar um braço financeiro.

Com o negócio, a Máquina de Vendas terá 900lojas, faturamento de R$ 6,5 bilhões, 24 milfuncionários e estará presente em 301 cidadesespalhadas por 23 estados e o Distrito Federal.Até dezembro, a previsão é faturar R$ 7,2 bilhões.

Em um ano, é a segunda vez que a empresarecorre à fusão para se fortalecer no mercado eenfrentar o avanço da Globex, que reúne CasasBahia, Ponto Frio e Extra Eletro. (AE)

ACopersucar, maior comercializadorabrasileira de açúcar e etanol, anunciouontem a suspensão de sua oferta pública

inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), cujaprecificação estava prevista para a terça-feira, 19.Em comunicado divulgado ao mercado, acompanhia informou ter solicitado à Comissãode Valores Mobiliários (CVM) a interrupção doprazo de análise do pedido de registro daoperação por 60 dias, "em decorrência da atualconjuntura de mercado desfavorável à realizaçãoda oferta neste momento".

A operação, que previa emissões primária esecundária, poderia movimentar até R$ 2,7

bilhões, equivalendo à maior oferta públicainicial de ações a ser realizada no ano. A faixa depreço estimada pelos coordenadores daoperação – Itaú BBA (líder), Bank of AmericaMerrill Lynch, Credit Suisse e Goldman Sachs –era de R$ 14,50 a R$ 18,50.

A Copersucar é a terceira empresa brasileiraneste mês a suspender uma oferta, depois daprodutora de gás e petróleo Perenco e da TereosInternacional, do setor de açúcar.

A Copersucar, que foi uma cooperativa até2008, tem exclusividade na comercialização dosvolumes de açúcar e etanol produzidos porquase 50 unidades associadas. (Re u te r s )

Divulgação

Os expositores da Première Brasil participaram de rigoroso processo de seleção, segundo a empresa Fagga, promotora do evento.

Aempresa promoto-ra de feiras Fagga,do grupo francêsGL events, adotou

o que parece ser uma novidadeno processo local de comercia-lização dos espaços em feirasde negócios. Pela nova dinâ-mica, o candidato a expositorse submete à análise de umdossiê sobre a sua empresa e àpossibilidade de não ser sele-cionado para o evento.

O resultado do primeiroprocesso seletivo foi conheci-do nesta semana, em São Pau-lo, durante a "Première Brasiloutono-inverno 2012" , feira denegócios sobre as tendênciasda indústria têxtil promovidapela Fagga. A feira está sendorealizada no Transamérica Ex-po Center e termina hoje.

O evento reúne 121 indús-trias, de 19 países, fornecedo-ras de tecidos, fios, fibras, avia-mentos e design têxtil paraconfeccionistas de moda.

Ter fábrica própria foi umadas condições para participarda feira, mas o selection commi-tee, criado para analisar a docu-mentação dos expositores,também observou questõescomo capacidades produtiva ecriativa, qualidade de entrega,preço e balanço. A Fagga/GLevents não revelou nomes,mas há quem ficou de fora.

O modelo de seleção foi her-dado da França. "Este é umevento internacional. O objeti-

quinta-feira, 21 de julho de 201120 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Ninguém deve criar expectativas: a situação é muito séria e requer uma resposta.José Manuel Durão, presidente da Comissão Europeiaeconomia

RENOVAÇÃO DE FROTA – Na maior encomenda da história no setor aéreo,a companhia American Airlines confirmou ontem um pedido de 460 aviões, queserão comprados da Boeing e da Airbus nos próximos cinco anos. (EFE)

EUA correm contra orelógio para evitar calote

Opresidente dos Estados Uni-dos, Barack Obama, redobrouontem seus esforços para fe-

char um pacto bipartidário que resolvaa crise da dívida e evite a moratória,com uma nova convo-cação dos líderes repu-blicanos e democratasno Congresso.

Após um intervalode seis dias, o gover-nante norte-america-no voltou a chamarambos os partidos, se-paradamente, paratentar estreitar postu-ras a menos de duas se-manas do dia em que,segundo o Tesouro dosEUA, o país vai ficarsem fundos.

A nova medida, im-pulsionada pelo cha-mado "Grupo dos Seis", composto portrês senadores democratas e três repu-blicanos, foi aprovada pelo próprioObama – que a qualificou de "consis-tente" com seu próprio enfoque.

"A proposta do Grupo dos Seis é umenfoque amplo com o qual estamos deacordo. É um marco que nos permitetrabalhar em uma proposta bipartidá-ria de longo prazo", disse ontem Jay

Carney, porta-voz daCasa Branca.

Obama se mostrouesperançoso diante doplano do "Grupo dosSeis", que aponta umcorte de US$ 3,7 tri-lhões na próxima déca-da, já que prevê redu-ções no gasto público econtempla uma refor-ma tributária para au-mentar renda.

Diante da gravidadeda situação, a CasaBranca afirmou ontemque estaria disposta aaceitar um acordo de

curto prazo que permita evitar a mora-tória, se o Congresso precisar de "al-guns dias" para terminar de elaborarum acordo amplo que inclua uma redu-ção ambiciosa do déficit. (EFE)

3,7bilhões de dólares é oquanto seria cortado

em gastos do governodos EUA na próxima

década, segundoa proposta do

"Grupo dos Seis".

Lisi Niesner/Reuters

As preocupações em torno do euro foram lembradas ontem pelo presidente da Comissão Europeia

Alemanha e França: açãoconjunta para a Grécia.

Achanceler ale-m ã , A n g e l aM e r k e l , e op r e s i d e n t e

francês, Nicolas Sarkozy,somaram forças ontem, àsvésperas da cúpula da zo-na do euro, para apresen-tar às autor idades daUnião Europeia (UE) umalinha conjunta ao resgatefinanceiro à Grécia, e coma participação de "últimahora" do presidente BancoCentral Europeu (BCE),Jean-Claude Trichet.

Após várias horas dereunião a portas fechadas,e com Merkel decidida adefender a implicação doscredores privados – ban-cos e seguradoras – no res-gate, Trichet uniu-se aoencontro do qual hipoteti-

camente sairá o "embrião"de um acordo entre os 17membros da eurozona.

Trichet, que até agora ti-nha rejeitado uma rees-truturação da dívida gre-ga e também a intenção deBerlim de implicar os cre-dores privados da Grécia,pelo temor que se inter-prete como uma morató-ria "light", se uniu à reu-nião no final da tarde.

O consenso dependerádo grau de contribuiçãoque Merkel irá defender,enquanto persiste a incóg-nita sobre como se articu-lará esse envolvimento.Berlim pretende diluir osreceios dos contribuintesde que o resgate seja, naprática, custeado pelosalemães.

Euro – O presidente daComissão Europeia (CE),José Manuel Durão Barro-so, fez um apelo ontemaos líderes da zona do eu-ro para que encontremuma solução para a criseda dívida e a instabilidadeda moeda única na cúpulade hoje. "Ninguém devecriar expectativas: a situa-ção é muito séria e requeruma resposta", afirmou.

Ele disse ainda que, semuma solução, as conse-quências negativas serãosentidas em todos os can-tos da Europa e em outrospaíses. Para ele, é "hora dedecidir" e , com boa vonta-de de todos, será possívelconseguir uma solução.

A crise entrou numa fa-se mais séria desde que a

Itália foi puxada para den-tro do furacão. Dessa for-ma, a reunião não seráapenas sobre a Grécia,mas sobre todo o bloco.

Especialistas acreditamque será aprovada umaajuda financeira adicionalentre 100 bilhões de eurose 115 bilhões de euros paraa Grécia, com juros maisfavoráveis e prazos maislongos do que o socorro de110 bilhões de euros obti-do no ano passado.

O economista Paul Do-novan, do UBS, avalia queserá obtido um acordo bá-sico de suporte para a Gré-cia e também alguma aju-da para a Espanha. Entre-tanto, ele acredita que osdetalhes do plano ficarãopara depois. (Agências)

Lucas Jackson/Reuters