Diário do Comércio

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Rei Página 4 Ano 87 - Nº 23.686 Jornal do empreendedor R$ 1,40 Conclusão: 23h45 www.dcomercio.com.br São Paulo, sábado, domingo e segunda-feira, 11, 12 e 13 de agosto de 2012 ISSN 1679-2688 9 7 7 1 6 7 9 2 6 8 0 0 8 2 3 6 8 6 União sindical contra Dilma As centrais sindicais postaram em seus sites uma nota de repúdio ao "autoritarismo" do governo com os servidores federais em greve, que apoiam. Pág.6 Roberto Macedo, o Economista do Ano. Coordenador do Conselho de Economia da ACSP recebe prêmio hoje. Pág. 16 Ele não se move, mas cuida da mobilidade. Rick fez o Mobilize. Ele tem a mesma doença que Stephen Hawking. Pág.9 HOJE: Haddad abre série com candidatos a prefeito na ACSP Haddad (PT) se apresentará às 17h. O www.acsp.com.br vai transmitir. Pág .7 Na vez de Jefferson, sobra para Lula. No julgamento do Mensalão, defesa pedirá citação do ex-presidente. Pág.5 Marcos Mendes/LUZ Newton Santos/Hype DA RAINHA PARA O Lalo de Almeida/Folhapress Pascal Lauener/Reuters Pelé foi a surpresa no apagar da chama olímpica em Londres. O estádio o recebeu como à Rainha: aplaudindo de pé. Agora, é com o Brasil. Voltamos com 17 medalhas, só três de ouro. A prata mais lamentada foi a do futebol. A meta para 2016: 30 medalhas. A fábrica espanhola que desafia a crise A Fernandez y Roche faz chapéus. E prospera graças aos judeus ortodoxos. Pág. 17 Terremoto: o Irã conta 300 mortos. Foram dois terremotos seguidos e 36 tremores secundários no sábado, no noroeste iraniano. As buscas (foto) já foram encerradas. Pág.8 Farshid Tighehsaz/Isna/Reuters Caderno de Esporte

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13 ago 2012

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Page 1: Diário do Comércio

Rei

Página 4

Ano 87 - Nº 23.686 Jornal do empreendedor R$ 1,40

Conclusão: 23h45 www.dcomercio.com.br São Paulo, sábado, domingo e segunda-feira, 11, 12 e 13 de agosto de 2012

ISSN 1679-2688

9 771679 268008

23686

União sindical contra DilmaAs centrais sindicais postaram em seus sites uma

nota de repúdio ao "autoritarismo" do governo comos servidores federais em greve, que apoiam. Pág. 6

Rober toMacedo, oEconomistado Ano.Coordenador doConselho de Economiada ACSP recebeprêmio hoje. Pág. 16

Ele não semove, mascuida dam o b i l i d a d e.Rick fez o Mobilize.Ele tem a mesmadoença que StephenHawking. Pág. 9

HOJE:Haddad abre sériecom candidatos aprefeito na ACSPHaddad (PT) se apresentará às 17h. Ow w w. a c s p . c o m . b r vai transmitir. Pág . 7

Na vez deJefferson, sobrapara Lula.No julgamento do Mensalão, defesapedirá citação do ex-presidente. Pág. 5

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Newton Santos/Hype

DA RAINHA PARA O

Lalo de Almeida/Folhapress

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Pelé foi a surpresa no apagar dachama olímpica em Londres.

O estádio o recebeu como à Rainha:aplaudindo de pé. Agora, é com oBrasil. Voltamos com 17 medalhas,

só três de ouro. A prata maislamentada foi a do futebol. A meta

para 2016: 30 medalhas.

A fábricaespanhola quedesafia a criseA Fernandez y Roche fazchapéus. E prospera graçasaos judeus ortodoxos. Pág. 17

Te r re m oto :o Irã conta300 mortos.Foram dois terremotosseguidos e 36 tremoressecundários no sábado,no noroeste iraniano.As buscas (foto) jáforam encerradas. Pág. 8

Farshid Tighehsaz/Isna/Reuters

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sábado, domingo e segunda-feira, 11, 12 e 13 de agosto de 20122 DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Pre s i d e nteRogério Amato

V i ce - Pre s i d e nte sAlfredo Cotait NetoAntonio Carlos PelaCarlos Roberto Pinto MonteiroClaudio VazEdy Luiz KogutÉrico Sodré Quirino FerreiraFrancisco Mesquita NetoJoão de Almeida Sampaio FilhoJoão de FavariLincoln da Cunha Pereira FilhoLuciano Afif DomingosLuís Eduardo SchoueriLuiz Gonzaga BertelliLuiz Roberto GonçalvesNelson Felipe KheirallahNilton MolinaPaulo Roberto PisauroRenato AbuchamRoberto FaldiniRoberto Mateus Ordine

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É fundamental que a empresa possa ampliar a produção sem onerar demasiadamente seus custos.Delfim Netto

PRIMEIRO, O EMPREGO!

DELFIM

NETTO

O governo poderia olhar agorapara os demais setores da

produção, ampliando os prazosde recolhimento do IPI.

Adiminuição da alí-quota do IPI dos au-tomóveis produziuseus efeitos

– praticamente aca-bou com o excesso deestoques nas fábricas– e o que se esperadas empresas éque continuem abatalhar para re-duzir preços e me-lhorar a qualida-d e , d e f o r m a amanter aquecida ademanda dos pro-dutos da indústria.

Acredito que o go-verno pode aprovei-tar agora para olhar aforma de arrecada-ção nos demais seto-res da produção, am-pliando os prazos de re-colhimento do impos-to, uma vez que a cadamomento se observaque há um constrangi-mento de crédito na pe-quena e média indústria.

As empresas não têmacesso ao crédito por váriosmotivos, dentre os quais o fatode que os bancos estão muitocontidos, preocupados em pri-meiro lugar com a evolução dopróprio setor, num mundo emque a persistência da crisebancária continua criandoenormes dificuldades para ofinanciamento à produção.

Seria muito bom para a so-ciedade se o governo federal,em lugar de servir a um únicosetor, prorrogasse por 30, 60ou 90 dias o prazo de recolhi-

mento do IPI nos demais seg-mentos industriais, que agorapagam antes do faturamento.E deveria negociar acordoscom os estados para estestambém concederem prazosna arrecadação.

Nãoé preciso fazer essamudança ins tanta-neamente, mas pode-

ria iniciar com uma semanapor mês e depois ir subindo osprazos de tal forma a dar aospequenos e médios empre-

sários uma folga para queeles recuperem o fôlego, re-novando o entusiasmo e re-tomando os seus projetos de

ampliação da capacidade.Seria uma forma muito mais

eficiente de usar o produto daarrecadação, permitindo mu-

dar esse regime terrível queobriga a empresa a recorrer aocrédito bancário para recolhero tributo antes de receber o fa-turamento. É fundamentalque a empresa possa ampliara produção sem onerar dema-siadamente seus custos.

Mais importante até do quea simples isenção a uns pou-cos setores, será mais útil am-pliar o acesso a um universomaior de empresas, benefi-ciando toda a economia.

É evidente que essas isen-

ções, as desonerações de fo-lha e a dilatação de prazos derecolhimento dos impostossão medidas que somentetêm justificativa se a contra-partida for a manutençãodos empregos.

Seria absurdo o governoabrir mão de impostospara manter o nível da

atividade e simultaneamenteestimular o corte de postos detrabalho. O objetivo maior detoda a política econômica – oupelo menos este deveria serem qualquer lugar do mundo –é dar sustentação aos níveisde emprego.

O Brasil tem atualmenteuma situação melhor do que amaioria dos países nessestempos de crise porque enten-deu, desde o início, que o fun-damental era garantir o em-prego de sua gente.

Na busca desse objetivo,não somente ampliou as con-dições de aumentar a ofertade trabalho como de tambémexpandir o consumo e melho-rar os padrões da distribuiçãoda renda na sociedade – cons-truindo, enfim, uma situaçãobastante confortável em ma-téria de emprego.

ANTÔNIO DELFIM NE T TO É P RO F E S S O R

E M É R I TO DA FEA-USP, EX-M I N I S T RO DA

FA Z E N DA , DA AG R I C U LT U R A E DO

PL A N E JA M E N TO

C O N TATO D E L F I M N E T TO @TERRA.COM.BR

PAULO

SAAB

SEM GRAVATA? SÓ NO CHUVEIRO...Avida, todos sabem,

é feita de ironias. Ecom elas também se

escreve a história. Em 1972,eu era repórter da JovemPan e estudava jornalismono período da manhã, naatual Unip, e direito à noite,no Largo São Francisco. Dedia, nas aulas de jornalismo enas reportagens, eu nãousava terno e gravata.À noite, para frequentar osbancos da Academia deDireito da USP, era obrigado ausar gravata e para issoprecisava mudar de roupa, àsvezes até no carro, comdificuldade, estacionadono velho centro paulistano.

O Centro AcadêmicoXI de Agosto vinha lutandojunto à direção da faculdadepela abolição do usoobrigatório da gravata nasdependências da escola.Engajei-me na campanha atépelo desconforto a que erasubmetido diariamente.

Era diretor da Faculdade deDireito da USP o professorJosé Pinto Antunes, conhecidopor Pantú. O presidente doCentro Acadêmico eraAntonio de Gouveia Junior.

No pouco tempo de quedispunha, atuei na daDiretoria Social do Centrona campanha pela aboliçãodo acessório.

Na reportagem daemissora de rádio eu

cobria de tudo um pouco. Erarepórter da "Geral", no jargãojornalístico. Certodia, de plantão no horário doJornal da Manhã (perdendoaula de comunicação,mas era bolsista da própriarádio...) num intervalocomercial, o todo-poderosoFernando Vieira de Melo,diretor de jornalismo(e de tudo) da rádio, meperguntou na frente dodono da emissora (AntonioAugusto Amaral de Carvalho,o Tuta): "Ô garoto, o quesignifica Augusto?", com

olhar maroto. Respondi nalata: "Soberbo, soberano".Até hoje acho que ele pensouque eu ia indicar o Tuta edizer: é ele...

Naquela mesma tarde,Vieira de Melo me chamouem seu "aquário" naredação e comunicou: "Apartir de amanhã vocêcomeça a cobrir o Paláciodo Governo. De paletó egravata". Era o governoLaudo Natel, no períodomilitar, em que osgovernadores eramnomeados pelo podercentral e referendados noEstado. Vigia o AI-5 e oDecreto 477, que proibiaatividades políticas nasfaculdades e colégios.

No dia seguinte, paletócomprado às pressas,gravata já surrada pelo uso

noturno, abri meu posto dereportagem no Palácio dosBandeirantes onde ficaria pormais três anos. À noite fuipara a faculdade,paramentado. Não preciseime trocar, pois estivera degravata o dia todo.

No Centro Acadêmico XIde Agosto havia muitomovimento. Estavamcomemorando o decretointerno de abolição do usoda centenária gravata!Depois daquele episódiocoincidente, e atérecentemente, eu só tirava agravata na hora do banho...

A"juventude" de hojeem dia, com todo

respeito e liberdade quedesfruta, não sabe de nada...Nem causa tem num paísinfestado pelos maus valorese pela corrupção oficialdesenfreada.

BRASIL DE HOJENa lista de ex-presidentes

do Centro Acadêmico XI deAgosto, consta no ano de1985 (dez anos após aminha formatura) o nome deFernando Haddad, eleitopelo partido interno

denominado"Pravda" –como se sabe,o antigo nome do jornaloficial do Partido Comunistada União Soviética de Lenine Stalin, entre outros.

Candidato à prefeiturapaulistana em 2012 eex-ministro da Educaçãode Lula e Dilma, Haddadconseguiu não ser

contaminado– ao menos,não emtodos ossentidos. Éum feliztorcedor doTricolor doMorumbi.Em 2005,quando eleainda eraministro,entreguei-lhe em mãos

a camisa doSão Paulo

autografada portodos os jogadores,

campeões do Paulistãodaquele ano.Belos e bons tempos em queo Tricolor ganhava algo!

PAU LO SAAB É J O R N A L I S TA E E S C R I TO R

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ontei

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Page 3: Diário do Comércio

sábado, domingo e segunda-feira, 11, 12 e 13 de agosto de 2012 3DIÁRIO DO COMÉRCIO

opinião QUANDO A CHINA TREME OU BALANÇA, QUASE TODOS OS OUTROS PAÍSES SÃO AFETADOS.

Fé em São DimasJOÃO

UBALDO

RIBEIRO

PAULO

BRITO

UM PERFIL DOS CONSUMIDORES CHINESES

Na ilha, a situação na-cional, como sem-pre, é acompanhadaatentamente. E há

repercussões interessantes,como o mais novo filho de Bili-biu da Misericórdia. Bilibiu estáentradinho nos anos, mas con-tinua, depois de uns vinte outrinta filhos com esposas e ra-parigas diversas, em franca ati-vidade procriativa.

Contam-me que ele confessaaos amigos que quer parar."Mas não posso, tenho mulherpara atender, tenho responsa-bilidade", diz ele. E, na terra quejá deu ao mundo Edminoel-sons, Crismátemos, Agala-teias, Voshitonluizes, Rosex-celsas, Widmarksons e tantosoutros exemplos de criativida-de onomástica, ele se destacapela originalidade com que cos-tuma batizar os filhos.

Assim de cabeça, para citarapenas alguns, lembremosCompulsórimo José (pedreirohoje em Salvador, assim cha-mado em alusão ao emprésti-mo compulsório), JKBrasílica(professora primária tambémradicada em Salvador, cujo no-me verdadeiro não tem essastrês iniciais maiúsculas porqueo escrivão bronqueou) e Rai-mundo Jangojânio (barraqueirona feira de São Joaquim, igual-mente radicado em Salvador,nome em clara homenagemaos dois presidentes).

Não nascia filho de Bilibiu jáfazia algum tempo, mas agoravem mais um por aí. Hoje emdia, adivinhar o sexo da criançaperdeu a graça, porque a mu-lher vai ao hospital, faz lá umexame que televisiona a barri-ga por dentro e volta sabendose é homem ou mulher. E esseque vai nascer daqui a uns me-ses é homem, de maneira queBilibiu não precisou esperar pa-ra encontrar um nome. Acha

bonito o do ex-tesoureiro do PTe o menino deverá ser batizadocomo Dilúvio Soares. DilúvioSoares da Abolição, depois deacrescentado o nome de famí-lia de Bilibiu.

Houve quem quisesse dis-suadi-lo, mas ele é mais teimo-so do que cinco mulas – e embreve poderemos contar comDilúvio Soares entre nossosmais jovens conterrâneos, ailha sempre na vanguarda.

Há outras repercussõesaqui e ali. De fonte lim-pa, soube que Negão,

dono do festejado Restauran-te do Negão, no largo da Qui-tanda, está estudando ummenu para a alta estação, emque o ponto alto vai ser umaesplêndida moquequinha dearraia, à altura do renome gas-tronômico da casa. Até aí, ne-nhuma novidade, só que essamoqueca vai ser inteiramentede arraias pequenininhas,miudinhas mesmo, uma mo-queca de arraia miúda.

O nome dessa moqueca será"Moqueca da Cadeia". É um be-lo lance mercadológico. O fre-guês entra, pede o cardápio epergunta o que é moqueca dacadeia, ao que lhe respostamque se trata de uma moquequi-nha de arraia, e mais nada di-zem até a chegada do prato.

Vendo então aquelas ar-raias miudinhas, o freguês in-quirirá sobre a razão e aí, comum formoso sorriso nativo, agarçonete explicará que é mo-

queca da cadeia e na cadeia sóentra arraia miúda, ele não sa-bia? Como todo prato do Ne-gão, essa moqueca deverá sermagistral e, com certeza, setornará o must do próximo ve-rão; Negão é esperto.

Tem também o Tira-gostoCPI (uma farta porção de bocasde siri), o Zé Polvinho Brasileiro(polvo frito, com uma lula re-cheada de farofa por cima), o Pi-rão Político (feito com farinhado mesmo saco) e o Baiacu dosOutros, que ainda não sei bemcomo é, mas acho que é algumacoisa com o governo.

E quem pensar que Zeca-munista está alheio a tudo,não conhece a fibra do velhoagitador. De fato, ele passoualguns dias ausente, mas es-tava em cidades bem maio-res, defendendo um trocadono pôquer e aproveitando ashoras vagas para organizarnúcleos locais de seu Institu-to Político de Corrupção Apli-cada, com o que almeja, co-mo acho que já contei, "tirarda marginalidade milhões decorruptos hoje excluídos esem oportunidade, pois, en-quanto houver uma só voca-ção de corrupto sem ter ondecorromper ou ser corrompi-da, não haverá uma verda-deira democracia no Brasil".

Diz ele que ficou muitoanimado com a recepti-vidade dos prefeitos e

vereadores contatados. "Todossão ladrões ou aspirantes", dis-

se ele. "Tenho de reconhecerque nosso país é fantástico, opotencial é incalculável."

Mas o julgamento do men-salão o vem preocupandobastante. Num papo meioconfessional, ele me disseque estava com medo de quehouvesse condenações .Com que cara ia ficar, diantedos futuros alunos e profes-sores do instituto, a quem ga-rantira por A mais B que a car-reira de corrupto não ofere-cia nenhum risco? Mais umapedra nos obstáculos à Revo-lução. O passado não oferecerazões para temer o pior, masnunca se sabe.

– Bem, só me resta torcer. Etambém fiz uma promessa aSão Dimas.

– Como é? Você o quê? SãoDimas?

– O padroeiro dos ladrões, vo-cê não tem nada que estranhar.Ladrão-também não é filho deDeus? Então tem direito a santopadroeiro. Esse São Dimas erade uma grande linhagem de la-drões, o pai dele ganhou o títulode Princeps Latronum, do ramodesde o berço, bom santo, es-tou por dentro de tudo, conver-sei com o padre.

– Mas como é esse negócio desanto com você? Outro dia, vo-cê passou pela frente da igreja etirou o chapéu. Tudo bem, vocêdisse que era por educação.Mas fazer promessa a santo?

– Resolvi que também vouentrar na onda e ser pragmáti-co, estou jogando em todas as

frentes. Prometi ao santo que,se o pessoal do mensalão forabsolvido, não só mando rezaruma novena para ele, como fe-cho a pizzaria de Tinho e mandoservir pizza de graça a quemaparecer, do meio-dia à meia-noite, alimentando os famintose propagando o símbolo dosapadroados dele.

– Mas, rapaz, quem diria,um comunista fazendo pro-messa a santo.

– Você não entende nada dealta política. Tem quem vá to-mar a bênção a Dr. Maluf. Eu fuiao santo. Me considero em me-lhor colocação.

JOÃO UBA L D O RI B E I RO É C RO N I S TA ,RO M A N C I S TA E P E RT E N C E À ACADEMIA

BRASILEIRA DE LETRAS.

Para informar seo mundo vai bem ounão, observadores

em geral e economistas emparticular se baseiam emdiversos termômetros – eum deles sempre é a China.Não era assim 30 anos atrás,quando tanto China quantoRússia representavambasicamente riscosmilitares, fazendo oscilaros orçamentos de defesado mundo ocidentalmas não suas economiascomo um todo.

Agora, quando aChina treme ou balança,praticamente todosos outros países sãoafetados. Neste ano, issoestá acontecendo: a crisemundial também estáincomodando o governo eos empresários daquelepaís, porque a demandamundial caiu, o volume decompras idem e parte dasalvação dos chineses– tal como acontece aqui– é o seu mercado interno.

Com uma população de1,4 bilhão de habitantesconsumindo de tudo, a China

tem uma classe média quejá representa 60% doscidadãos, ou 817 milhões dehabitantes. É praticamentequatro vezes o tamanhoda população brasileira, ouseja, um potencial deconsumo gigantesco sobqualquer perspectiva.

O publicitário TomDoctoroff, presidente dafilial da agência depropaganda J. WalterThompson em Shangai, fezuma boa análise desseassunto em What ChineseWant: Culture, Communismand China's Modern Consumer("O que querem os chineses:cultura, comunismo eo moderno consumidor daChina", editora PalgraveMacmillan, 272 páginas).

Há vinte anos trabalhandono país, Doctoroff assistiuà chegada de marcascomo Apple, Starbucks,Buick, Nike e muitasoutras, como também viua ascensão de marcalocais, todas interessadasem capturar e dominaruma parte desse mercado.

Vender na China não ésimples, ele explica:

muitos empreendimentosocidentais fracassarampor não entenderem oconsumidor chinês. Asempresas ocidentais quevão para lá têm de lidar comum número enorme devariáveis, mas praticamenteapenas duas tendênciasessenciais: de um lado, umaelevada taxa de poupança eaversão ao pagamento dejuros; de outro, umaatração pelo luxo, e adisposição dos chineses empagar até 20% mais do queo salário de um ano inteiropor um carro novo.

Por mais que haja uma

aparente ocidentalizaçãodos costumes, incluindo apopularização do Natal, oque acontece é que osconsumidores chinesesestão se modernizando,conta Doctoroff, mas semabandonar a sua cultura.Hoje, os chineses até seinteressam por marcas quesejam, não "estrangeiras",mas "globais", e queconsigam atender ao eternoconflito do cidadão chinês,dividido entre ambiçõese deveres – mais do queidentidade pessoal, o chinêscultiva seus laços com afamília e a nação. Não existeindividualismo como noocidente. Essa é a charada

que todo anúncio e todoproduto devem resolver.

É por isso que um anúnciode cerveja, por exemplo,não pode apenas apelarpara o prazer proporcionadopela bebida: é precisoligar o ato de beber a temaspragmáticos como oaumento da confiança ouganhos financeiros.

Analogamente, umartista não tem o mesmovalor social de umengenheiro ou de umprofessor, já que osbenefícios da arte sãointangíveis. É um país ondepoucas pessoas procurampsicólogos, por temeremperder sua personalidade;

onde não ter filhos éconsiderado um fracassoirrecuperável. E, se por umlado os chineses são maisdo que adeptos dosdispositivos digitais comoos computadores,notebooks, celulares tabletse smartphones, seucomportamento no comércioeletrônico mostra que elescontinuam fieis às tradições:fecham negócios online,mas muitas transações entrevendedor e compradorcontinuam sendo concluídasfrente a frente.

Por mais que a produçãoda China tenha caído, elaainda cresce a quase 8% aoano, e a sua demanda pormatérias primas e energiatambém é enorme, podendocomprometer a ofertamundial de vários dessesitens, como mostra aeconomista DambisaMoyo. Nascida em Zâmbia,formada em seu país mascom pós-graduações naEuropa (Oxford) e EUA(Harvard), Moyo , ela fazum alerta não só sobre umapossível escassez, comotambém sobre o impactoque desta sobre os preços– e suas consequências.

Estas previsões estão emseu último livro: Winner Take

All: China's Race forResources and What it Meansfor Us ("O vencedor levatudo: a corrida da China porrecursos e o que issosignifica para nós", EditoraAllen Lane, 272 páginas).

Como em economianenhuma previsão éperfeita ou à prova decontestações, as teses deDambisa Moyo sobre ademanda de commoditiese minerais por parte daChina sofrem ataques devários colegas e dejornalistas especializados,especialmente por serembaseadas nas projeçõesde séries históricas.

Os críticos dizemque é uma abordagem

"malthusiana", ou seja,que ela não considera aspossíveis evoluções datecnologia. Pode ser – masnão há como prevermelhor: as conclusões deseus estudos mostramsimplesmente o queacontecerá se as condiçõesatuais não mudarem.

Pode-se argumentarcontra as hipóteses deDambisa Moyo com a futuradescoberta de maisminas e jazidas, ou como desenvolvimento devariedades mais produtivasde plantas, mas isso demoraanos, às vezes décadas paraque implique a mudança deuma tendência. Hoje, oBrasil é um grande produtorem agropecuária, mas épúblico o fato de que aEmbrapa e as universidadesbrasileiras passaram osúltimos 40 anos trabalhandopara que isso acontecesse.

PAU L O BR I TO É J O R N A L I S TA ,G R A D UA D O EM ECONOMIA E MESTRE

EM COMUNICAÇÃO E SEMIÓTICA

Os chineses têm aversão a pagar juros, mas gostam de luxo

Consumidores chineses estão

se modernizando

Reinhard Krause/Reuters

Divulgação

Page 4: Diário do Comércio

sábado, domingo e segunda-feira, 11, 12 e 13 de agosto de 20124 DIÁRIO DO COMÉRCIO

CHARGE DO DIA

De sírios e libaneses333 O ex-ministro Miguel Jorge, o vice-presidenteMichel Temer, o publicitário Roberto Duailibi eNabiha Abdalla Chohfi, criadora do Hospital doCoração, são alguns dos biografados no livroLibaneses e Sírios que Fazem o Brasil, de CarlosAbumrad, que acaba de ser lançado em SãoPaulo. Suas famílias têm em comum com tantas

outras, que vieram da Síria e do Líbano, a busca de melhores oportuni-dades no país. O livro é o segundo da série de biografias que integramo projeto Arabian Cult e ainda terá uma série de outros lançamentos.

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Colaboração:Paula Rodrigues / A.Favero

333 A presidente DilmaRousseff gosta de rótulos: agora,chama de novo ciclo da econo-mia brasileira sua tentativade discutir com empresários

alternativas para o crescimento do país, que anda rolando ladeiraabaixo. A cereja do bolo é a simplificação do PIS/Cofins, mais aredução do custo de energia. Só que a legislação do PIS/Cofins émuito complicada: é uma engenharia tributária de resultados fiscaisdifíceis de serem calculados – e mostrados. E o governo precisa tomarmedidas que provoquem resultados visíveis. A redução das tarifasde energia pode acontecer na renovação das concessões do setorelétrico. Mais: novas medidas devem ajudar a indústria no geral, nãoapenas setores, como as montadoras e fabricantes de linha branca.E a anunciada redução de juros, por sinal, ainda não mostrou nada,especialmente porque a maioria dos bancos exibe dados falsos.

333 Alexandre Birman é filhode Anderson Birman (Arezzo),criou a marca Schutz e acaba deinaugurar, em São Paulo, a segundaloja de calçados com seu nome no

Shopping Iguatemi (a primeira é na Rua Oscar Freire). Sapatosde piton, outros com detalhes metálicos e escapins cap toe, sãoas marcas registradas de Alexandre Birman, que vai abrir logouma Schutz em Nova York. Na noite de inauguração, estavamlá Johana Stein Birman, primeira-dama da marca (esquerda),Iara Jereissatti, primeira-dama do Iguatemi (centro) e Paolade Orleans e Bragança (direita).

MAIS: a ordem é direta deDilma Rousseff. Quem forapanhado em flagrante,como na escolhinha, vaipara fora da classe.

MISTURA FINA

Como votar333 O presidente do SupremoTribunal Federal, Ayres Britto,começa a semana definindocomo vai se dar a leitura dos votosdo julgamento do mensalão. Serádefinido se cada ministro proferiráde uma única vez o voto sobre acondenação ou absolvição detodos os réus, se a opção serápor núcleos do esquema ou se adeliberação se dará analisandoum réu de cada vez. Por outrolado, os grandes advogados queparticipam do julgamento domensalão, apostam que os votosde Joaquim Barbosa e RicardoLewandowski serão básicos,formando dois pólos. Só queninguém arrisca um placar.

TRILOGIA DE FÉ333 O Osservatore Romanoacaba de anunciar que o PapaBento 16 já terminou o terceirovolume de sua trilogia Jesusde Nazaré, aguardado pelacomunidade católica em todo oplaneta. Os livros são sobre avida e ensinamentos de Jesuse o terceiro tem como foco suainfância. A partir do originalem alemão, língua de Bento16, serão feitas diversastraduções em todo o mundo eo lançamento acontecerá aomesmo tempo em diversospaíses e antes do final do ano.

Servidores do Executivofederal estão proibidosde espiar o mensalão noSTF por celular, internetou até na TV Justiça.

Foto: BusinessNews

Dois anos antes333 Faltando quase dois anospara a Copa de 2014, grupo departicipantes do governo – entreeles, personagens da CasaCivil, Gabinete de SegurançaInstitucional, Secretaria Geralda Presidência e Ministério dosEsportes – já discutem quais ex-autoridades futebolísticas da Fifae da CBF estarão no camaroteda Presidência da Repúblicana abertura e encerramentodo campeonato mundial. Asconversas – e as muitasdiscussões – passam tambémpelo Itamaraty, especialmentedepois da repercussãointernacional das denunciasenvolvendo João Havelangee Ricardo Teixeira. Resumoda ópera: por sua história,Havelange, que estará com98 anos na época, estará nocamarote. Teixeira não devepassar nem na porta.

MAIS CARROS333 As importadoras deautomóveis aguardam onovo regime automotivo aser determinadopelogovernoparaanunciar investimentosnopaís. A Land Rover quer investirR$ 200 milhões numa fábricae produzir aqui o Freelander.As obras poderiam começarno anoquevem,masdependemda aprovação do desconto doIPI. Se não der, a Land Roverleva a fábrica para o México.Por outro lado, a Ferrari estavase preparando para inaugurarsua primeira loja no Brasil, noRio, no Fashion Mall. Em cimada hora, adiou o projeto – esem data para retomá-lo.

Do outro lado333 Há dias, depois de ter sidoliberado por seus médicos paraas campanhas municipais, Lularecebeu, na mesma tarde, seuadvogado e compadre RobertoTeixeira e o ex-ministro DelfimNetto, que aconselhava o ex-presidente quando esteve nopoder e agora, vira e mexe, estácom Dilma Rousseff. Com Delfim,a conversa ficou em torno daeconomia mundial e a posiçãodo Brasil. Quase no final davisita, Lula lembrou o que Delfimanda fazendo no PMDB: “Vocêestá dando força na áreaeconômica da campanha doChalita?” E o ex-ministro na maiorsinceridade: “Estou, sim: ele éo candidato do meu partido”. Ea conversa não esticou.

SÓ DUAS333 O ex-ministro José CarlosDias, que defende Kátia Rabelono julgamento do mensalão,reclamou porque a ministraCarmen Lucia saiu do plenário.Não sabia que, nos últimoscincoanos,elasófaltouaduassessões plenárias. Uma delasfoi para visitar Itamar Franco nohospitalemSãoPaulo(quandoele foi governador de Minas,Carmen Lucia chefiava oMinistério Publico mineiro).Outra foi no dia de sua posseno TSE. Não falta nem agoraem sessão plenária algumano STF mesmo acumulandoa presidência do TSE.

Coca-cola não é suco de frutas, avião não é pássaro e usuário dedrogas não é traficante.

Novo ciclode Dilma

Festa desapatos

Só 76 igrejas333 Como parte das comemorações do centenário de nasci-mento de Jorge Amado, está sendo lançado, Bahia de Todos osSantos – Guia de ruas e mistérios de Salvador, 26 anos depoisde sua primeira edição. O livro ganhou revisões do próprioescritor diversas vezes até 1986. Em 1945, ele falava de uma“cidade provinciana, doce, bela” e reclama que era “pobre dehotéis, paupérrima de restaurantes, sem teatros e pequenavida noturna”. Depois, fala de João Gilberto, Caetano Veloso,Gilberto Gil, Mário Cravo e Mãe Stella de Oxossi. E sobre asigrejas: “Diz a lenda que Salvador conta com 365 igrejas,uma para cada dia do ano. Dizem os amigos dos númerosexatos que igrejas e capelas somam 76, pouco importa”.

Vocaçãoprecoce

333 A modelo brasileira YasminBrunet, 24 anos, filha de LuizaBrunet, que está voltando a morar noBrasil com o namorado (e modelo)Evandro Soldati, acaba de ganhar

um ensaio na revista italiana Max, onde faz topless sem amenor cerimônia. Ela sempre teve vocação precoce nessahabilidade: muito jovem, foi fotografada toda nua para um livrode Terry Richardson (ela numa página, Luiza na outra). Na matériade Max, Yasmin conta que seu jogador de futebol favorito éWagner Love, do Flamengo e o mais sexy, Thiago Silva, hojejogando no Paris Saint-Germain.

333 QUALQUER prognósticosobre o resultado do julgamentodo mensalão, é um tiro no escuro.São 38 réus que podem provocaraté 1.089 sentenças distintas esomar 3,7 mil anos caso condena-dos, todos eles, à pena máxima.

333 O SENADO tem maisservidores comissionados,contratados sem concurso do queconcursados: são 3.190 contra3.174. Apesar dos comissionadosserem maioria, o salário médiodos efetivos é muito superior:R$ 24,9 mil contra 6,5 mil. Emmédia, um servidor do Senado,concursado ou não, ganha pertode 15,7 mil. Em julho, a Casagastou quase R$ 100 milhõescom remuneração de servidores:R$ 79 milhões com efetivos e R$20,7 milhões com comissionados.

333 SEGUNDO a Anatel, atelefonia brasileira precisaria deR$ 380 bilhões para tirar o atraso.È o equivalente a 380 Maracanãs.

333 QUEM diria: o cheiro defeijão do Brasil serviu de inspira-ção para o novo perfume deChanel, Coco Noir. A fragrânciaconta com notas da semente maispopular do cardápio verde eamarelo, além de perfumesde rosas, jasmim, incenso debaunilha. O novo perfume serálançado dia 17 na Europa.

333 ESTÁ constituída a fila dosque deverão ir depor na CPI doCachoeira do final deste mês atéa primeira quinzena de setembro:por ordem, Luiz Antonio Pagot,ex-Dnit; Fernando Cavendish,dono da Delta; e Paulo Vieirade Souza, ex-Dersa. O advoga-do de Paulo é José Luis deOliveira Lima, o Juca, queanda ganhando holofotes nadefesa de José Dirceu nojulgamento do mensalão.

333 O CANTOR Zezé DiCamargo, que já anunciouoficialmente a separação de Zilu,acha mulher “muito complicada”.E explica: “Estou solteiro, não temninguém mesmo. Queria amar asmulheres, namorar as mulheres,transar com as mulheres ecasar com os homens. Homemnão dá problema, mulher émuito problemática”.

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Peep toe.Cap toe.

FREI BETTO // criando frases de adesão à campanha peladescriminalização das drogas.

Page 5: Diário do Comércio

sábado, domingo e segunda-feira, 11, 12 e 13 de agosto de 2012 5DIÁRIO DO COMÉRCIO

Voltem aotrabalho!.

Ordem dapresidente Dilma

Rousseff para quesua equipe "não

perca um minuto"da jornada de

trabalho vendo ojulgamento do

processo doMensalão pela TV

Justiça.

M U I TO SMais uma leva deréus busca hojeconvencer STF desua inocência

P O U CO SMas apenas 11%dos brasileirosacreditam que elesserão condenados

política

O silênciodela

[Andressa] podeter sido umaforma deassentir.

Deputado OdairCunha (PT-MG),relator da CPI do

Cachoeira.

Pelo jeito, a bela resolveu ser fera. Mentirosa!Cascateira!

Senadora Kátia Abreu (PSD-TO), depois de acusarAndressa Mendonça de ser responsável por tentativa de

chantagem.

Lógico que estou chateada.Não só eu quanto a

sociedade toda. Foi machismo!Comentário da assessora

parlamentar Denise RochaLeitão, que protagonizou um

vídeo em que aparecefazendo sexo e foiexonerada do

Senado semanapassada.

Sempre respeitei seu dinamismo, mas tínhamosvidas profissionais distintas. Posso responder

pelo que conheço e pela minhaconduta.

Andréa Aprigio, ex-mulher deCachoeira, dizendo que a relação

que mantém com o bicheiro édecorrente da "cordialidade do

vínculo familiar" existenteentre eles.

Meu marido não é bicheiro.O Carlos que eu conheço é

empresário. Trabalhou comloteria no Estado de Goiás.Andressa Mendonça, atual mulher

do bicheiro, que optou por semanter em silêncio na CPI.

A denúncia éfantasmagórica, e o

Ministério Público ignorouprovas dos autos nua ecruelmente para sustentarsua tese.

Alberto Zacharias Toron,advogado de defesa do deputadoe candidato a prefeito de Osasco,

João Paulo Cunha (PT-SP).

Acho que o sofrimento éindelével. A pena da

execração pública é perpétuae cruel.

Advogado Antonio CláudioMariz de Oliveira, na defesa da

ex-diretora do Banco Rural,Ayanna Tenório, destacando, em

sua exposição no STF, que elanão atuava na área financeira.

Eu nãotenho um

Lula nem umnão Lula comocabo eleitoral.

José Serra,candidato

tucano àP re f e i t u r a

de São Paulo.

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Defesa de Jeffersonpedirá a citação de Lula

Advogado pretende questionar da tribuna por que o nome dele não foi incluído no processo do Mensalão

Oex-presidente LuizInácio Lula da Silvadeverá ser nova-mente citado hoje,

na retomada do julgamentodo mensalão no Supremo Tri-bunal Federal. A defesa dopresidente do PTB, RobertoJefferson, pretende questio-nar da tribuna por que o nomeLula não foi incluído no proces-so do mensalão, mesma per-gunta que levou ao tribunalem seguidas petições. Todasrejeitadas.

Nas alegações finais enca-minhadas ao STF, o advogadode Jefferson, Luiz FranciscoCorrêa Barbosa, classificoucomo "omissão" a decisão doentão procurador-geral da Re-pública, Antonio Fernando deSouza, de não incluir nas suasinvestigações e na denúncia onome de Lula.

Na sexta-feira passada, asdefesas do deputado Valde-mar Costa Neto (PR-SP), do ex-tesoureiro do extinto PL, Jacin-to Lamas e de seu irmão, Anto-nio Lamas, citaram o ex-presi-dente ao pedir a absolvição deseus clientes. Os advogadosdestacaram que Lula deveriater sido investigado.

Um dos integrantes da Cor-te afirmou reservadamenteque o nome de Lula não foi in-cluído no processo por estra-tégia do Ministério Público. SeLula fosse denunciado, as in-vestigações ficariam trava-das. Em recente entrevista aojornal O Estado de S. Paulo, o mi-nistro Marco Aurélio Mellotambém questionou a ausên-cia de Lula: "Você acha que umsujeito safo como o presidenteLula não sabia?".

Roteiro - O advogado de Jef-ferson seguirá o mesmo rotei-ro dos demais réus. Confirma-rá que houve repasses de re-cursos, como acusa o Ministé-rio Público, mas insistirá natese de que o dinheiro era par-te de um acordo eleitoral entrePTB e PT. Assim, tentará livrarseu cliente das acusações decorrupção passiva e de lava-gem de dinheiro.

Barbosa afirmará que a acu-sação não confirma a supostacompra de votos. Além disso,o advogado dirá que seu clien-te não tinha como supor que odinheiro teria origem ilegal.

O STF ouvirá, até a quarta-feira, as últimas defesas dosréus. O relator do processo,ministro Joaquim Barbosa, co-meça a proferir seu voto naquinta-feira. De acordo comas estimativas de integrantesdo tribunal, o ministro deve le-var três ou quatro dias paraconcluir a leitura de seu voto.Depois, votará o ministro Ri-cardo Lewandowski, revisorda ação. Em seguida, se hou-ver tempo, o ministro CezarPeluso antecipa seu voto. Pe-luso completa 70 anos no dia 3de setembro e deve deixar a

Corte até o dia31 deste mês.

Descrença –A p e s a r d e ama io r ia dosb r a s i l e i r o s(73%) querera condenaçãod o s r é u s d oM e n s a l ã o ,apenas 11%deles acredi-tam que de fa-to isso ocorrerá. Já quando apergunta é sobre a absolviçãodos acusados, apenas 5%quer que isso aconteça, mas43% acreditam que eles nãoserão punmidos.

Os númeross ã o d e u m apesqu i sa doDatafolha, pu-blicada ontemno jornal Fo lh ade S. Paulo. Oinstituto entre-vistou 2.562brasileiros, em1 5 9 m u n i c í-pios do País, nodia 9 passado.

A margem de erro é de doispontos porcentuais, para maisou para menos.

A pesquisa também mostraque 37% dos entrevistadosacreditam que haverá conde-

nação, mas sem ir para a pri-são. Além disso, metade dospesquisados diz que o casonão terá influência sobre o vo-to nas eleições para prefeito,que ocorrem neste ano.

Sobre as informações doMensalão, 81% dos entrevis-tados dizem saber o que foi oescândalo, e 75% que 38 réusforam denunciados e estãosendo julgados pelo STF.

Outra dado do levantamen-to é que 82% dos entrevista-dos acham que o Mensalão foium caso de corrupção, 7%acredita que foi caixa dois decampanha eleitoral e 11% nãosabem. (Agências)

José Cruz/ABr

De volta: ministros do STF retomam sessão com defesa de mais cinco réus. Apenas 11% da população acreditam que haverá condenações.

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Page 6: Diário do Comércio

sábado, domingo e segunda-feira, 11, 12 e 13 de agosto de 20126 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Ficha Limpa já 'pegou' nesta eleiçãoÉ o que acredita o procurador regional eleitoral de São Paulo, André de Carvalho Ramos. A Procuradoria recebeu 23 recursos de candidatos impugnados pela nova lei.

Victor Soares/ABr – 22.07.2003

Paulo André de Carvalho Ramos: "TRE rechaçou todas as alegações".

Mário Tonocchi

A escolhade um candidatocom ficha limpadeveria serprioridadepara ospartidos políticos.

PAU LO DE CAR VALHO RAMOS

Diferentemente deoutros anos, amaioria dospartidos estárespeitando aproporcionalidadeentre os sexos.

PAU LO DE CAR VALHO RAMOS

A Polícia Federal é o principal órgão de inteligência do PaísRenato Figueiredo, presidente de sindicato da PF, em MG.política

Centrais apoiam greve edenunciam 'autoritarismo'Sindicalistas se reúnem em favor de servidores, reclamam do tratamento dado a eles e cobram negociações

As principais centraissindicais do País di-v u l g a r a m o n t e muma carta de apoio à

greve dos servidores federaisem todo o Brasil. O documen-to, assinado pelos presidentesda CTB, CUT, Força Sindical,Nova Central e UGT, foi publi-cado no site das entidades erepudia o que chama de "auto-ritarismo" do governo no tratodas demandas dos trabalha-dores. O comunicado tambémdefende o aprofundamentodas negociações entre as par-tes para a normalização dosserviços públicos afetados.

A paralisação já conta commais 30 categorias e 350 milservidores, entre policiais fe-derais, fiscais da Receita, ins-petores da vigilância sanitá-ria, professores e outros. A fal-ta de efetivo vem causadotranstornos como filas nos ae-roportos, bloqueio de merca-dorias nos portos, cancela-mentos das aulas nas univer-sidades e atrasos no funciona-mento do Judiciário federal.

No comunicado, as centraispedem a regulamentação daConvenção 151 – da Organiza-ção Internacional do Trabalho(OIT) –, que trata do direito àgreve e organização coletivados trabalhadores. As entida-des criticam o corte de ponto ea substituição de grevistas pe-lo governo, já que isso "serveapenas para acirrar os ânimose pôr lenha na fogueira do des-contentamento do funciona-lismo público federal".

As centrais atribuem a si-tuação atual à falta de disposi-ção desta e de outras adminis-trações em dialogar com osfuncionários, e afirmam que"há décadas (os trabalhado-res são) submetidos a uma po-lítica de desvalorização dacarreira e de arrocho salarial".Reafirmam também que a saí-da para a paralisação está nadisposição das partes de sesentarem à mesa e negocia-rem "até a exaustão".

Toninho Almada/AE

Policiais federais protestam no aeroporto de Confins, em BH: pizza de cinco comprimento e 10 quilos.

ALei da Ficha Limpa"pegou" já na pri-meira eleição emque entrou em vigor,

neste ano. É o que acredita oprocurador regional eleitoralde São Paulo, Paulo André deCarvalho Ramos. De acordocom ele, desde o último dia 3até agora, a Procuradoria rece-beu 23 recursos de candidatosimpugnados pela nova lei quebarra candidatos com fichas-sujas nas eleições.

Em 15 dos pedidos, a Procu-radoria (PRE-SP) acredita quedevem ser mantidas as im-pugnações. "Nos julgamentosque tivemos até agora, umaquestão surpreendente é queo TRE rechaçou todas as ale-gações dos advogados", afir-mou Ramos.

Segundo o procurador,praticamente todos os candi-datos barrados pela FichaLimpa ocuparam cargos pú-blicos e tiveram contas re-provadas pelo Tribunal deContas do Estado (TCE) e pe-lo Tr ibuna l de Contas daUnião (TCU), encarregadosda fiscalização do uso de re-cursos públicos. Outro moti-vo é a condenação em órgãoscolegiados por improbidadeadministrativa. "Essa tam-bém é uma hipótese muitofrequente", afirmou Ramos.

O procurador regional elei-toral disse ainda que, mais do

que à aplicação da lei, os can-celamentos das candidaturasdevem-se à escolha dos no-mes pelos partidos políticos.

"A escolha de um candidatocom ficha limpa deveria serprioridade para os partidospolíticos", observou.

Os candidatos impugnados

podem recorrer ao TribunalSuperior Eleitoral (TSE) ou aoSupremo Tribunal Federal(STF). Para o procurador, en-tretanto, não terão êxito: "Pe-lo que tenho visto das argu-mentações, entendo que difi-cilmente esses recursos al-cançarão êxito".

Fatos pretéritos– Entre os ca-sos de candidatos barradosestá o de Terezinha do CarmoSalesse (PTB), de Bento deAbreu, condenada por capta-ção ilícita de sufrágio, em2004. A candidata argumen-tou que não haveria inelegibi-lidade, uma vez que a conde-nação ocorreu antes da vigên-cia das alterações trazidasp e l a L e i C o m p l e m e n t a r135/2010 (Ficha Limpa).

No entanto, para o procura-dor regional eleitoral, a aplica-ção da Lei da Ficha Limpa écorreta, mesmo em relação afatos pretéritos.

"É de conhecimento geralque, quando do julgamentodas Ações Declaratórias deConstitucionalidade nº 29 e nº30, as questões relativas à in-constitucionalidade da LeiComplementar nº 135/2010foram examinadas a fundo eafastadas pelo Supremo Tri-bunal Federal", afirmou o pro-curador no recurso.

O TRE-SP, por unanimidade

e acolhendo o parecer da PRE-SP, rejeitou a alegação de in-constitucionalidade de aplica-ção da Lei da Ficha Limpa a fa-tos pretéritos, e manteve o in-deferimento do registro decandidatura de Terezinha doCarmo Salesse.

Para fazer valer a Lei da Fi-cha Limpa e requerer as im-pugnações de candidatoscondenados por órgãos cole-giados, a Procuradoria lançoumão de listas de tribunais decontas, Justiça Civil, Militar eEleitoral, e até de conselhosregionais profissionais. Emcinco dias – prazo que a lei de-termina para que sejam pedi-das as impugnações – analisa-ram 80 mil candidatos. ParaRamos, até o momento não hánotícias de que algum candi-dato "ficha-suja" tenha esca-pado da análise.

Criada por meio de projetopopular, a Lei da Ficha Limpa(Le i Complementar 135/2010) torna inelegíveis pes-soas condenadas em órgão

colegiado (segunda instância)por diversos tipos de crimescomuns e eleitorais nos oitoanos anteriores à eleição. Naseleições de 2010, o SupremoTribunal Federal (STF) sus-pendeu decisões baseadas nalei, mas considerou que ela seaplica a todos os casos naseleições de 2012.

Co ta s – A Procuradoria Re-gional Eleitoral de São Paulotambém atua no cumprimen-to do parágrafo 3º do artigo 10da Lei 9.504/1997. Esse dispo-sitivo estabelece que, dascandidaturas apresentadaspelo partido ou coligação, de-ve haver um mínimo de 30% eum máximo de 70% de candi-daturas de cada sexo.

Um dos casos emblemáti-cos de aplicação da lei de co-tas de gênero nas eleiçõesdeste ano, em São Paulo, se-gundo Ramos, ocorreu em Jaú,no interior.

Na sessão do último dia 7deste mês, o Tribunal Regio-nal Eleitoral de São Paulo inde-feriu toda a chapa da coliga-ção entre PSD e PSL, por des-cumprimento das cotas decandidaturas por sexo. A coli-gação tinha mais de 70% decandidatos homens.

"Creio que também esta-mos caminhando bem nessequesito das cotas. Agora, dife-rentemente de outros anos, amaioria dos partidos está res-peitando a proporcionalidadeentre os sexos", observou oprocurador regional.

Maioria está de olhonos mensaleiros

JOSÉ

MÁRCIO

MENDONÇA

Havia muitas dúvidas– e também muitatorcida – a respeito

do conhecimento e do inte-resse da população brasi-leira não propriamente polí-tica do Mensalão e do julga-mento da dita Ação Penal470 no Supremo TribunalFederal (STF).

Para muitos, o interesseera pequeno ou nenhum, oque deixaria mais tranqui-los alguns dos réus, teme-rosos de alguma influênciada opinião pública no votodos ministros da SupremaCorte, embora todos façamquestão de dizer que acre-ditam num julgamento pu-ramente técnico. E deixatambém aliviados os quetemem influência eleitoraldas decisões do STF.

Estas ainda são duasquestões em aberto – al-gum peso da sociedade e opeso das condenações ouabsolvições nas urnas mu-nicipais de outubro, o quesó se saberá depois deacontecidas. Porém, a dúvi-da sobre como o Mensalão érecebido pela populaçãocomeça a ser dissipada. Aocontrário do que disse nasexta-feira passada o presi-dente do PT, deputado esta-dual Rui Falcão, os brasilei-ros não estão atentos ape-nas à Olimpíada de Londrese às peripécias dos perso-nagens das novela das no-ve Avenida Brasil.

O exemplo se encontrana pesquisa divulgada on-tem pelo jornal Folha de S.Pa u l o , na qual foram ouvi-das 2.562 pessoas na quin-ta-feira, quarto dia de julga-mento. Do universo dospesquisados, 81% dizemque tomaram conhecimen-to do Mensalão e 75% têmconhecimento do julga-

mento. Segundo ainda o le-vantamento do DataFolha,73% acham que os réus de-vem ser condenados (ape-nas 5% defendem que elessejam inocentados), massomente 11% acreditamque serão punidos de fato.

Essas não são boas notí-cias para os advogados eseus patrocinados, apesardos argumentos que osmais estrelados dos defen-sores já desfilaram no ple-nário do Supremo TribunalFederal. A batalha da opi-nião pública pelo menos atéagora está sendo perdidapor eles. O que explica umcerto nervosismo já visívelna bancada dos advoga-dos. Parece que algumasestratégias das defesasnão se encaixaram bem emfavor dos réus no caso.

Ao que tudo indica, os co-roados defensores, con-fiantes demais no início dojulgamento no STF, come-çaram a sentir que seu co-nhecido brilho não está sen-do tão intenso assim. E quetambém, embora concate-nadas, as defesas estãoapresentando algumascontradições entre si.

P i zz a – Policiais federais deMinas Gerais distribuíram on-tem uma pizza gigante no Ae-roporto Internacional de Con-fins, na Grande Belo Horizon-te. O ato, iniciado às 11h30, foiorganizado pelo Sindicato dosPoliciais Federais do Estado deMinas Gerais (Sinpef-MG) e,segundo seus dirigentes, ser-viu em especial para mostrar orisco do aumento da corrup-ção com a falta de investimen-

to na Polícia Federal.Agentes, escrivães e papi-

loscopistas da PF estão emgreve no País desde o dia 7.

A pizza, de 5 metros de com-primento e 10 quilos, foi distri-buída a passageiros e funcio-nários do aeroporto. Seus 300pedaços acabaram em 45 mi-nutos e foram acompanhadosde panfletos com as principaisreivindicações dos grevistas:reestruturação da carreira,

reajuste salarial, contrataçãode mais funcionários e uma di-reção sindical mais represen-tativa da categoria policial.

A pizza, segundo o presi-dente do sindicato Sinpef-MG,Renato Figueiredo, é uma alu-são ao julgamento do Mensa-lão, bem como a todos os pro-cessos abertos por conta deinvestigação da PF. "A PolíciaFederal é o principal órgão deinteligência do País". (AE)

3,2 mil ex-prefeitos na disputaA maioria (570) é de MG. Desse total, 2.736 tentam a reeleição – 75% dos eleitos em 2008.

Cerca de 3,3 mil ex-pre-feitos disputarão elei-ções de outubro. Um es-

tudo da Confederação Nacio-nal dos Municípios (CNM)aponta que 3.299 prefeitoseleitos nos anos de 1996,2000 e 2004 buscam um novomandato em 2012.

O número supera o total de2.736 políticos eleitos em2008 e que tentam na eleiçãode outubro a reeleição, o quecorresponde a 74,8% dos pre-

feitos que tinham condiçõesde concorrer novamente aocargo em todo o Brasil.

Os prefeitos eleitos em1996 e que concorrem a umnovo mandato somam 793 eestão presentes em todos osestados. A lista inclui ainda1.431 candidatos que foramprefeitos de 2001 a 2004 e1.075 que exerceram manda-to entre 2005 e 2008.

Minas Gerais é o Estado quetem mais candidatos nesta si-

tuação, quando são analisa-dos os números absolutos.Dos políticos que estão na dis-puta pelas prefeituras minei-ras, 570 foram prefeitos emmandatos anteriores, a maio-ria entre 2001 e 2004. MinasGerais possui 853 municípios,15% do total brasileiro.

O campeão em termos pro-porcionais, no entanto, é o Riode Janeiro. O estado tem 92municípios e 77 ex-prefeitosna disputa. (AE)

Page 7: Diário do Comércio

sábado, domingo e segunda-feira, 11, 12 e 13 de agosto de 2012 7DIÁRIO DO COMÉRCIO

Haddad iniciasérie de encontros naAssociação Comercial

AAssociação Comer-cial de São Paulo(ACSP) abre hojeuma série de encon-

tros e debates com os princi-pais candidatos à prefeiturapaulistana nas eleições desteano. O primeiro convidado aapresentar suas propostas eexplicar suas intenções é o pe-tista Fernando Haddad (PT),que confirmou presença paraas 17h desta segunda-feira.

O encontro será realizadono 9° andar da sede da ACSP,na Rua BoaVista, 51, nocentro de SãoPaulo. O de-bate tambémpode ser as-sistido pelaWeb TV ACSPno seguinteendereço ele-t r ô n i c o :w w w. a c s p .c o m . b r.

O presiden-te da ACSP eda Federaçãodas Associa-ções Comer-ciais do Esta-do de São Pau-lo (Facesp),Rogério Ama-to , a f i rmouque é uma tradição da históriademocrática da Associaçãopromover o ciclo de debatescom os principais candidatos.

"É uma importante oportu-nidade para conhecer de per-to seus programas de governoe para mostrar o que nós, em-preendedores, achamos ne-cessário para o desenvolvi-mento econômico, social ecultural da nossa cidade", ob-servou Amato.

Raízes municipais – De acor-do com o presidente da ACSP eda Facesp, como as Associa-ções Comerciais têm raiz emseus municípios, crescemsuas responsabilidades nosprocessos de escolha em elei-ção para prefeitos, contribuin-do para o debate e o levanta-mento das necessidades tan-to dos empresários como dacomunidade.

"Trata-se de um momento

em que, aqui em São Paulo, asnossas 15 sedes distritais po-dem apresentar propostas detrabalho construídas a partirdos problemas reais que cadauma delas vivencia diaria-mente junto a seus associadose entidades parceiras, emsuas regiões de atuação na ca-pital. E vamos cumprir essepapel mais uma vez nesteano", afirmou Amato.

Reivindicações – A Associa-

ção Comercial de São Pauloprepara uma lista de reivindi-cações coletadas entre suas15 distritais espalhadas pelacidade de São Paulo. O texto,contendo as solicitações e asreivindicações gerais e espe-cíficas de cada região cobertapelas distritais, será entreguea todos os candidatos a prefei-to nesta eleição municipal deoutubro.

Agenda – A lista dos encon-

tros com os candidatos prevêpara o dia 20 deste mês a pre-sença de Soninha Francine, doPPS. Já no dia 27, ainda deagosto, haverá um encontro eum debate com o candidato doPDT Paulinho da Força.

Gabriel Chalita (PMDB) temencontro marcado para o dia 3de setembro, enquanto CelsoRussomanno participa de de-bate no dia 11 de setembro.

Prêmio Maiores e Melhores–

O candidato tucano José Serraencerra o ciclo de encontroscom os candidatos no dia 24de setembro. Nesse mesmodia será realizada a entregadas premiações da Edição2012 do prêmio Maiores e Me-lhores da Associação Comer-cial de São Paulo.

Comprometimento– A Distri-tal Norte da ACSP realizou, nofinal do mês passado, seu en-contro com vereadores liga-dos aos bairros da região.

No evento, denominado"Comprometimento do Ve-reador com a Zona Norte", oscandidatos receberam um do-

cumento re-lac ionando25 reivindica-ç õ e s n a sáreas de se-gurança, ilu-minação pú-blica, melho-rias no siste-ma v iá r io etra nspor te,entre outras,que os mem-bros da Distri-t a l N o r t ea p r o va ra mcomo "princi-pais necessi-dades" da re-gião.

P ar t i c i pa-r a m , p e l oPSD, o coro-

nel Camilo; e, pelo DEM, o em-presário David Fernandes, am-bos candidatos pela primeiravez ao legislativo.

Também compareceram,disputando a reeleição, pelomesmo partido, o PSD, o ve-reador Ushitaro Kamia. PeloPSDB, compareceu o verea-dor Claudinho de Souza; peloPSDB, o vereador Aníbal deFreitas Filho; e pelo PP, o ve-reador Wadih Mutran.

É uma oportunidade para mostrarmos o que achamos necessário para o desenvolvimento da cidade.Rogério Amato, presidente da ACSP e da Facesp.política

Os encontros na ACSP com os principais candidatos à prefeitura já viraram tradição, diz o presidente Amato.

Mário Tonocchi

Amato: "Cumpriremos esse papel mais uma vez neste ano".

Nelson Antoine/AE – 2/8/2012

investido em Direitos de Crédito em (a) moeda corrente nacional; (b) títulos de emissão do Tesouro Nacional; (c) títulos de emissão do BancoCentral do Brasil; (d) operações compromissadas lastreadas nos títulos mencionados nas alíneas “b” e “c” acima, contratadas com InstituiçõesAutorizadas (conforme definido no Regulamento); (e) cotas de fundos de investimento de renda fixa, administrados ou não pela Administradora,que apliquem preponderantemente nos ativos listados em “b” e “c” acima; e (f) certificados e recibos de depósito bancário e demais títulos, valoresmobiliários e ativos financeiros de renda fixa de emissão das Instituições Autorizadas, exceto cotas do Fundo de Desenvolvimento Social (FDS).Os valores integrantes da Reserva de Amortização e Resgate poderão ser aplicados exclusivamente em Ativos Financeiros com liquidez diária.6. Patrimônio Líquido: O patrimônio líquido do Fundo corresponderá ao somatório dos valores dos Direitos de Crédito e dos Ativos Financeirosintegrantes da Carteira do Fundo, subtraídas as exigibilidades referentes aos Encargos do Fundo referidos no Capítulo XXI do Regulamento eàs provisões referidas no Capítulo XVIII no Regulamento (o “Patrimônio Líquido”). 7. As Cotas: As Cotas consistem em frações ideaisrepresentativas do patrimônio do Fundo. O Fundo possui duas classes de Cotas Subordinadas, sendo elas: Cotas Subordinadas Mezanino e CotasSubordinadas Junior. Não há data estabelecida para a emissão de Cotas Seniores pelo Fundo, sendo certo que a mesma não ocorrerá até oencerramento da oferta de Cotas Subordinadas Mezanino. Quando emitidas, as Cotas Seniores gozarão de prioridade de amortização e/ouresgate em relação às Cotas Subordinadas Mezanino e às Cotas Subordinadas Junior. As Cotas Subordinadas Mezanino gozam de prioridadede amortização e/ou resgate em relação às Cotas Subordinadas Junior. As Cotas Subordinadas Junior subordinam-se às Cotas Seniores e àsCotas Subordinadas Mezanino para efeito de amortização e/ou resgate, observado o disposto no Regulamento do Fundo. 8. As CotasSubordinadas Mezanino: As Cotas Subordinadas Mezanino são transferíveis e terão a forma escritural, permanecendo em contas de depósitoem nome de seus titulares. As Cotas Subordinadas Mezanino constituem frações ideais do patrimônio do Fundo. As Cotas Subordinadas Mezaninotêm as seguintes características, vantagens, direitos e obrigações comuns: (a) prioridade de amortização e/ou resgate em relação às CotasSubordinadas Junior; (b) valor unitário de emissão de R$ 1.000,00 (um mil reais); (c) seu valor unitário calculado todo dia útil, para efeito dedefinição de seu valor de integralização, amortização ou resgate, observados os critérios definidos no Artigo 39 do Regulamento; e (d) direito detodas e quaisquer matérias objeto de deliberação nas Assembleias Gerais de Cotistas, sendo que a cada Quota Subordinada Mezaninocorresponderá 1 (um) voto. 9. Informações Adicionais: O Prospecto do Fundo contém informações adicionais e complementares a este Anúnciode Início, que possibilitam aos potenciais investidores uma análise detalhada dos termos e condições da Oferta e dos riscos a ela inerentes. Érecomendada aos potenciais investidores a leitura do Prospecto do Fundo, antes da tomada de qualquer decisão de investimento. III.ADMINISTRADORA DO FUNDO O Fundo é administrado pela Socopa - Sociedade Corretora Paulista S/A, sociedade anônima, inscrita sobo CNPJ/MF sob o nº 62.285.390/0001-40, com sede na Avenida Brigadeiro Faria Lima, 1.355 – 3° andar, na Cidade de São Paulo, Estado de SãoPaulo. IV. CUSTODIANTE O Banco Paulista S.A., sociedade anônima, inscrita no CNPJ/MF sob n° 61.820.817/0001-09, com sede na Av.Brigadeiro Faria Lima, 1.355 – 1° andar, na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo é o responsável pela prestação dos serviços de escrituraçãodas Cotas do Fundo, de custódia e controle dos Direitos de Crédito integrantes da Carteira do Fundo, de forma a cumprir com o Artigo 38 daInstrução CVM 356, na qualidade de instituição financeira regularmente autorizada pelo Banco Central do Brasil e credenciada perante a CVM,para prestar os serviços de custódia qualificada, escrituração e controladoria ao Fundo (o “Custodiante” ou o “Agente Escriturador”, conforme ocaso), nos termos da regulamentação aplicável. V. GESTORA DA CARTEIRA Para prestação de serviços de gestão da Carteira, o Fundocontratou a High Seas Mira Capital Administradora De Carteiras De Recursos E Consultoria Ltda., empresa com sede na Avenida dasAméricas, nº 15.511, loja E - Parte, na Cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, inscrita no CNPJ sob o nº 05.946.654/0001-26. VI.CONSULTORA DE CRÉDITO Para prestação de serviços de consultoria de crédito, o Fundo contratou a Money Plus Participações Ltda.,sociedade limitada empresária, inscrita perante o CNPJ/MF sob o no 09.154.317/0001-57, com sede na Rua da Consolação, 1.681, 4o andar, cj.41, Bairro da Consolação, Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo. VII. CEDENTE DOS DIREITOS DE CRÉDITO A originadora e cedentedos Direitos de Crédito para o Fundo será a Money Plus SCMEPP Ltda., entidade autorizada a funcionar pelo BACEN, com sede na Cidadede São Paulo, Estado de São Paulo, na Rua da Consolação, 1.681, 4o andar, cj. 41, Bairro da Consolação, Cidade de São Paulo, Estado de SãoPaulo inscrita no CNPJ/MF sob nº 11.581.339/0001-45. VIII. EMPRESA DE AUDITORIA Para prestação de serviços de auditoria das contasdo Fundo foi contratada a Ernst & Young Terco Auditores Independentes S/S, sociedade com sede na cidade de São Paulo, Estado deSão Paulo, na Av. Presidente Juscelino Kubitschek, 1830, Torre I - 5º E 6º, inscrita no CNPJ/MF sob nº 61.366.936/0001-25. IX. AGÊNCIADE CLASSIFICAÇÃO DE RISCO As Cotas do Fundo têm classificação de risco atribuída pela Liberum Ratings Serviços FinanceirosLtda., sociedade inscrita sob o CNPJ/MF sob o nº 14.222.571/0001-75, com sede na Rua Tabapuã, 145. Cj-29 na cidade de São Paulo,Estado de São Paulo. O relatório de classificação de risco deverá ser atualizado, no mínimo, trimestralmente, e ficar à disposição dosCotistas na sede e agências da Administradora. X. OUTRAS INFORMAÇÕES O Prospecto, o Regulamento do Fundo e o Suplemento dasOfertas estão disponíveis na sede e na página da rede mundial de computadores da Administradora (www.socopa.com.br). Maisinformações poderão ser obtidas junto à Administradora, no endereço abaixo indicado: • Socopa - Sociedade Corretora Paulista S/A,Avenida Brigadeiro Faria Lima, 1.355 – 3° andar, na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo. Endereço eletrônico: https://negocios.socopa.com.br/Arquivo/FIDCMoneyPlus_Prospecto.pdf. Adicionalmente, o Prospecto, o Regulamento do Fundo e os Suplemen-tos das Ofertas encontram-se à disposição dos investidores para consulta e reprodução nas páginas da rede mundial de computadores daCVM e da CETIP, conforme indicado a seguir: • Comissão de Valores Mobiliários Rua Sete de Setembro, nº 111, 5º andar, Centro, CEP20159-900, Rio de Janeiro - RJ Endereço eletrônico: www.cvm.gov.br • Cetip S.A. - Mercados Organizados Avenida Brigadeiro Faria Lima,1.663 1º andar, Jardim Paulistano CEP: 01452-001, São Paulo - SP Endereço eletrônico: www.cetip.com.br/Comunicados-Documentos(Categoria de Documento: Prospectos de Fundos de Investimento – Cotas de Fundos Fechados/Título: FIDC Money Plus Microfinanças/ Ano : 2012) A Oferta foi registrada na CVM, em 07 de agosto de 2012, mediante protocolo dos documentos exigidos no parágrafo primeirodo Artigo 20, Parágrafo 1º da Instrução CVM 356, sob o nº CVM/SRE/RFD/2012/016. As aplicações do Fundo, referidas no Regulamentoe Prospecto, apresentam riscos e não há garantia de completa eliminação da possibilidade de perdas para o Fundo e para o investidor. Oinvestimento no Fundo sujeita o investidor a riscos, conforme descrito na seção “Fatores de Risco” do Prospecto e do Regulamento. Aindaque a Administradora mantenha um sistema de gerenciamento de riscos da Carteira, não há garantia de completa eliminação depossibilidade de perdas no Fundo e para o investidor. Além disso, a rentabilidade obtida pelo Fundo no passado não representa garantiade rentabilidade futura para o investidor. As informações contidas neste Anúncio de Início estão em consonância com o Prospecto e como Regulamento do Fundo. É recomendada a leitura cuidadosa do Prospecto e do Regulamento, com especial atenção às informações quetratam do objetivo e política de investimento do Fundo, da composição da Carteira do Fundo e das disposições do Prospecto e doRegulamento que tratam dos fatores de risco aos quais o Fundo e o investidor estão sujeitos. Ainda que a Administradora mantenha sistemade gerenciamento de riscos, não há garantia de completa eliminação de possibilidade de perdas para o Fundo e para o investidor. Alémdisso, a rentabilidade que venha a ser obtida pelo Fundo não representará garantia de rentabilidade futura para o investidor. O Fundo nãoconta com garantia de sua Administradora, da Gestora, do Custodiante, dos Cedentes, da Consultora do Fundo, ou de qualquer mecanismode seguro ou, ainda, do Fundo Garantidor de Créditos - FGC. A rentabilidade obtida no passado não é garantia de rentabilidade futura. Aoinvestidor é recomendada a leitura cuidadosa do Prospecto e do Regulamento do Fundo ao aplicar seus recursos.

Leia o prospecto definitivo antes de aceitar a oferta. “O registro da presente distribuição não implica, por parte da CVM,garantia da veracidade das informações prestadas ou em julgamento sobre a qualidade do Fundo, de sua Administradora

ou das Cotas a serem distribuídas.”

Nos termos do Regulamento do Fundo, a Administradora está autorizada a emitir, em nome do Fundo, uma ou mais classes de Cotas SubordinadasMezanino. A distribuição pública das Cotas Subordinadas Mezanino foi deliberada pela Administradora em 11 de maio de 2012. A Oferta de CotasSubordinadas Mezanino foi registrada na Comissão de Valores Mobiliários (a “CVM”), em 07 de agosto de 2012, sob o nº CVM/SRE/RFD/2012/016, mediante protocolo dos documentos exigidos no parágrafo primeiro do Artigo 20 da Instrução CVM nº 356, de 17 de dezembro de 2001(a “Instrução CVM n° 356/01”). As Cotas Seniores e Subordinadas Junior poderão ser objeto de distribuição pública com esforços restritos oupública, nos termos do Capítulo XIII do Regulamento. Não há programação para a emissão de Cotas Seniores pelo Fundo, sendo certo que amesma não ocorrerá até o encerramento da oferta de Cotas Subordinadas Mezanino. A publicação deste Anúncio de Início marca o início doperíodo da distribuição das Cotas Subordinadas Mezanino, o qual se encerrará em 5 de fevereiro de 2013. I. CARACTERÍSTICAS DA OFERTA1. A Oferta: A Oferta compreenderá o total de 3.000 (três mil) Cotas Subordinadas Mezanino, com valor nominal de R$1.000,00 (um mil reais)na Data da 1a Subscrição de Cotas Subordinadas Mezanino, perfazendo um total de R$ 3.000.000,00 (três milhões de reais). As Cotas serão todasescriturais e mantidas em conta de depósito em nome dos seus respectivos titulares, correspondentes a frações ideais do patrimônio líquido doFundo (o “Patrimônio Líquido”). 2. Regime de Distribuição e Instituição Responsável pela Distribuição: As Cotas Subordinadas Mezaninoserão colocadas pela SOCOPA – SOCIEDADE CORRETORA PAULISTA S.A., sociedade anônima, inscrita sob o CNPJ/MF sob o nº 61.820.817/0001-09,com sede na Av. Brigadeiro Faria Lima, 1.355 – 3° andar, na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, em regime de melhores esforços emmercado de balcão organizado e serão registradas para distribuição no MDA - Módulo de Distribuição de Ativos da CETIP, a qual efetuará a liquidaçãoda distribuição e a custódia eletrônica das Cotas. 3. Valor Mínimo de Investimento: O valor mínimo individual de aplicação por investidor interessadoem adquirir as Cotas Subordinadas Mezanino no âmbito das Ofertas será de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais). 4. Data de Emissão das CotasSubordinadas Mezanino: A Data de Emissão das Cotas Subordinadas Mezanino é 15 de agosto de 2012. 5. Prazo de Distribuição das CotasSubordinadas Mezanino: As Cotas Subordinadas Mezanino serão publicamente distribuídas em até 180 (cento e oitenta) dias, contados da datada publicação deste Anúncio de Início. 6. Meta de Rentabilidade: As Cotas Subordinadas Mezanino terão ainda como Meta de RentabilidadePrioritária a acumulação de 160% (cento e trinta e cinco por cento) das Taxas DI, calculadas diariamente, sob forma de capitalização composta, combase em um ano de 252 dias úteis, sendo, portanto, o acréscimo do valor unitário de referência entre dois dias úteis imediatamente adjacentes definidoconforme fórmula a seguir (a “Meta de Rentabilidade Prioritária”):

7. Negociação das Cotas Subordinadas Mezanino: As Cotas Subordinadas Mezanino serão registradas para negociação na CETIP S.A. -Mercados Organizados, de acordo com a legislação vigente, observado que: (i) os Cotistas do Fundo (os “Cotistas”) serão responsáveis pelopagamento de todos os custos, tributos ou emolumentos decorrentes da negociação ou transferência de suas Cotas; e (ii) caberá exclusivamenteaos eventuais intermediários da negociação assegurar que os adquirentes das Cotas sejam investidores qualificados nos termos da legislaçãoem vigor (os “Investidores Qualificados”). Na hipótese de negociação das Cotas Seniores, a transferência de titularidade para a conta de depósitodo novo Cotista e o respectivo pagamento do preço será processado pelo Agente Escriturador (o “Agente Escriturador”) somente após a verificação,pelo intermediário que representa o adquirente, da condição de investidor qualificado do novo Cotista. 8. Condições de Subscrição eIntegralização das Cotas Subordinadas Mezanino: As Cotas Subordinadas Mezanino serão emitidas por seu valor unitário de emissão,estabelecido na forma do Regulamento, acrescido dos valores correspondentes à remuneração calculada na forma do Artigo 39 do Regulamento,a partir da data de subscrição das Cotas Subordinadas Mezanino, na data em que os recursos sejam colocados pelos Investidores Qualificadosà disposição do Fundo. A condição de Cotista caracteriza-se pela abertura, pelo Agente Escriturador, de conta de depósito em nome do investidor.Quando de seu ingresso no Fundo, cada Cotista deverá assinar o Termo de Adesão ao Regulamento (o “Termo de Adesão ao Regulamento”) eindicar um representante responsável e seu respectivo endereço de correio eletrônico para o recebimento das comunicações que lhe sejamenviadas pelo Administrador ou pelo Custodiante (o “Custodiante”), nos termos do Anexo II do Regulamento. Não será cobrada taxa de ingressopelo Administrador. A integralização das Cotas Subordinadas Mezanino poderá ser efetuada por meio de: (i) Transferência Eletrônica Disponível- TED, mediante débito em conta de titularidade do Cotista; ou (ii) por meio do MDA - Módulo de Distribuição de Ativos, operacionalizado pela CETIP– CETIP S.A. - Mercados Organizados. 9. Amortização e Resgate de Cotas Subordinadas Mezanino: As Cotas Subordinadas Mezanino serãoresgatadas após 42 (quarenta e dois) meses contados da Data de Emissão (a “Data de Resgate”), observado o previsto no Capítulo XIV doRegulamento. As Cotas Subordinadas Mezanino, estas serão amortizadas em 36 parcelas mensais a partir do 7o mês contado da data inicial daOferta. Os pagamentos da amortização serão realizados no dia 30 de cada mês, sendo cada data de pagamento da amortização uma “Data deAmortização”. O valor a ser pago como amortização em cada Data de Amortização correspondera a 2,7% (dois inteiros e sete décimos por cento)do valor das Cotas Subordinadas Mezanino em cada Data de Amortização. A ocorrência de feriado na cidade em que seja sediada a Administradoranão alterará a data prevista para qualquer resgate ou amortização, devendo as mesmas ser pagas nas datas originalmente previstas. Na hipótesede a data prevista para qualquer resgate ou amortização não ser dia útil ou ser feriado na cidade de São Paulo, referida amortização ou resgateserá realizado no primeiro Dia Útil ou Dia útil na cidade de São Paulo, conforme o caso, imediatamente subsequente. 10. Data de Início deDistribuição Pública das Cotas Subordinadas Mezanino: A Oferta de Cotas Subordinadas Mezanino terão o seu início na data de publicaçãodeste Anúncio de Início. 11. Razão de Garantia: A Consultora verificará, todo Dia Útil, (i) desde a Data da 1ª Subscrição de Cotas SubordinadasMezanino até a última data de resgate de Cotas Subordinadas Mezanino, se a relação, expressa em valores percentuais, entre o valor da somatóriadas Cotas Subordinadas Junior do Fundo do Patrimônio Líquido e Valor do Patrimônio Líquido do Fundo (a “Razão de Garantia das CotasMezanino”) é igual ou superior a 10% (dez por cento) (a “Relação Mínima das Cotas Mezanino”). II. INFORMAÇÕES SOBRE O FUNDO E ASCOTAS SUBORDINADAS MEZANINO 1. O Fundo: O Fundo foi constituído em 11 de maio de 2012, sob a forma de condomínio fechado. O Fundocaracteriza-se por ser “monocedente” e “multi-sacados”, estando o Fundo habilitado a adquirir direitos de crédito decorrentes de operações decrédito em microfinanças celebradas pela Money Plus SCMEPP Ltda., formalizadas por meio de Cédulas de Crédito Bancário emitidas pelosDevedores, e que sejam garantidas por alienação fiduciária de veículos (em conjunto com seus respectivos anexos, seguros, garantias e outrosinstrumentos vinculados, conforme aplicável), sendo que cada parcela devida sob cada cédula de crédito bancário, será consideradaindividualmente um Direito de Crédito (os “Direitos de Crédito”). Os Direitos de Crédito adquiridos pelo Fundo contarão com a coobrigação daCedente e com a obrigação de recompra por esta, caso os mesmos não sejam adimplidos por seus Devedores. 2. Objetivo do Fundo: O objetivodo Fundo é proporcionar aos seus Cotistas a valorização de suas Cotas por meio da aplicação de seu Patrimônio Líquido na aquisição de (i) Direitosde Crédito que atendam aos Critérios de Elegibilidade estabelecidos no Capítulo V do Regulamento; e (ii) Ativos Financeiros, observados todosos índices de composição e diversificação da carteira do Fundo estabelecidos no Regulamento (a “Política de Investimento e Composição daCarteira”). 3. Prazo de Duração do Fundo: O Fundo tem prazo de duração indeterminado. 4. Público-Alvo e Considerações Quanto àAdequação do Investimento: O Fundo é destinado exclusivamente a Investidores Qualificados. O investimento nas Cotas SubordinadasMezanino do Fundo é adequado a investidores que tenham por objetivo alcançar retornos superiores à Taxa DI. A rentabilidade alvo não representa,nem deverá ser considerada, sob qualquer hipótese ou circunstância, como uma promessa, obrigação, garantia ou sugestão de rentabilidade daAdministradora aos Cotistas. O investimento nas Cotas Subordinadas Mezanino do Fundo não é adequado a investidores que (i) necessitem deliquidez considerável, uma vez que a negociação das Cotas Subordinadas Mezanino no mercado secundário brasileiro é restrita; e (ii) não estejamdispostos a correr risco de crédito de pessoas físicas em operações de microfinanças, e/ou da Cedente. 5. Política de Investimento,Diversificação e Composição da Carteira do Fundo: Decorridos 90 (noventa) dias do início das atividades do Fundo, este deverá ter alocadono mínimo 50% (cinquenta por cento) do seu Patrimônio Líquido em Direitos de Crédito, observados os Critérios de Elegibilidade estabelecidosno Capítulo V do Regulamento. O Fundo poderá, conforme o caso, alocar a totalidade do saldo remanescente de seu patrimônio líquido não

ANÚNCIO DE INÍCIO DA 1ª DISTRIBUIÇÃO PÚBLICA DE COTAS SUBORDINADAS MEZANINOFundo de Investimento em Direitos Creditórios Money Plus Microfinanças

CNPJ/MF n° 15.675.220/0001-92

Cedente Custodiante Administrador Gestor Auditores Agência de Classificação de Risco

A SOCOPA – SOCIEDADE CORRETORA PAULISTA S.A., sociedade anônima, inscrita sob o CNPJ/MF sob o nº 62.285.390/0001-40, com sede na Av. Brigadeiro Faria Lima, 1.355 – 3° andar, na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo (a “Administradora”), comunica o inícioda distribuição pública de até 3.000 (três mil) Cotas Subordinadas Mezanino de emissão do FUNDO DE INVESTIMENTO EM DIREITOS CREDITÓRIOS MONEY PLUS MICROFINANÇAS (o “Fundo”), com Valor Unitário de Emissão de R$ 1.000,00 (mil reais) na Datada 1ª Subscrição de Cotas (as “Cotas Subordinadas Mezanino” e a “Oferta”), no montante total de:

R$3.000.000,00

Classificação de Risco das Cotas Subordinadas Mezanino Liberum Ratings BB-(f)* de Longo Prazo / CP4(f)* de Curto PrazoCódigo ISIN das Cotas Subordinadas Mezanino: BRMNYPCTF004

Classificação na ANBIMA: FIDC FinanceiroFoco de Atuação: FIDC Financeiro Multicarteira

Luiz Prado/Luz – 15/12/2011

Haddad: apresentação de planos de governo a empreendedores.

Page 8: Diário do Comércio

sábado, domingo e segunda-feira, 11, 12 e 13 de agosto de 20128 DIÁRIO DO COMÉRCIO

SÍRIALíder de oposiçãovolta a defenderzona deexclusão aérea

ISR AELExército testasistema de avisourgente àpopulação por SMSnternacional

O Egito aposentaseus generais

Em anúncio surpresa, o presidenteMohammed Morsi reduz poderes dos militarese afasta dois poderosos generais, entre eles

o ministro da Defesa, Hussein Tantawi.

Em um movimento sur-presa de consequên-cias imprevisíveis, opresidente egípcio,

Mohammed Morsi, remodelouontem a cúpula das poderosasForças Armadas do país ao co-locar na reserva o marechalHussein Tantawi, ministro daDefesa, e o chefe do Estado-Maior do Exército, Sami Anan.Morsi ainda anulou um decre-to que dava amplos poderesàs Forças Armadas no país.

Morsi (na foto, entre Tantawi eAn an ) indicou dois generaispara os lugares vagos. Tan-tawi e Anan se tornarão conse-lheiros presidenciais, sugerin-do que ambos teriam concor-dado com a decisão.

O presidente, ligado à Irman-dade Muçulmana, tambémsubstituiu os comandantes daMarinha e da Aeronáutica e no-meou o juiz Mahmoud Mekki co-mo seu vice-presidente – o se-gundo vice a ser nomeado nopaís em 30 anos. O ex-presi-dente Hosni Mubarak, que foideposto em um levante em2011, havia nomeado o seuchefe de espionagem Omar Su-leiman como o segundo no po-der apenas poucos dias antesde ser forçado a renunciar.

Durante o regime de Muba-rak, Mekki defendeu a inde-pendência do Judiciário dopaís e criticou com frequênciaas fraudes eleitorais.

Disputa - No entanto, a deci-são mais controvertida foi umanova declaração constitucio-nal que anula a aprovada pelosmilitares em junho, poucas ho-ras depois do fechamento dasurnas das eleições.

Desta forma, Morsi retira a cúpula militar doPoder Legislativo e inicia o caminho do Egito ru-mo a um Estado civil.

Na época, os críticos dos militares falaram deum "golpe de Estado brando" quando as ForçasArmadas aprovaram as emendas constitucio-

nais de forma unilateral."O presidente decidiu anular a declaração

constitucional adotada em 17 de junho pelo CSFA(Conselho Supremo das Forças Armadas), quedirigia então o país e no qual se apropriava do Po-der Legislativo", disse o porta-voz da Presidên-

cia, Yasser Ali, em anúncio pela TV estatal.Não estava claro se o presidente tinha a au-

toridade constitucional para revogar o decre-to. Nem se as mudanças haviam sido acorda-das com os militares ou seriam um contra-ata-que surpresa de Morsi.

Morsi assumiu oficialmentea Presidência do Egito no dia30 de junho. Desde então, eletrava duro braço de ferro comos militares pelo controle dopaís. Apesar de transferiram opoder a Morsi, os militares nãosaíram de cena.

O general Mohamed el Asserdisse à Reuters que as decisõestinham sido "baseadas em con-sultas com Tantawi e com oconselho militar".

Agora é preciso esperar areação do Exército e da socie-dade egípcia perante uma ma-nobra que outorga a Morsi, opouco carismático líder ligadoà Irmandade Muçulmana, umpoder praticamente absoluto.

Morsi passa a "gozar de todasas prerrogativas estipuladas nacláusula 56" da Constituiçãoprovisória, entre as quais está aautoridade legislativa.

O Parlamento está atual-mente dissolvido por uma de-cisão do Tribunal Constitucio-nal, que encontrou irregulari-dades em sua formação.

Morsi tentou reinstalar a Ca-sa, mas em julho a SupremaCorte suspendeu a decisãopresidencial.

Sinai - As mudanças anun-ciadas por Morsi acontecemtambém após o assassinatode 16 policiais egípcios por mi-litantes radicais, há uma se-mana, na Península do Sinai. Oepisódio, próximo da fronteiracom Israel e Faixa de Gaza, te-ria envergonhado os militarese exposto graves falhas de se-gurança das forças egípcias.

Em resposta, Morsi demitiuna semana passada o chefe deinteligência horas depois que

helicópteros bombardearam alvos no Sinai, omaior ataque na zona em quase 40 anos.

As operações militares continuam. Ontem,tropas egípcias mataram sete supostos mili-tantes rebeldes após invadirem seus esconde-rijos perto da fronteira com Israel. (Agências)

Arte sobre foto - Divulgação/Reuters

ISNA/Reuters

Irã encerrabusca por

s obreviventesTerremotos que abalaram noroeste

do país mataram pelo menos 300 pessoas

Equipes de resgate encerra-ram ontem as buscas por so-breviventes dos dois terremo-tos no noroeste do Irã que ma-taram pelo menos 300 pessoase feriram mais de 2,6 mil no sá-bado, informaram as autorida-des iranianas. Pelo menos 20 vi-larejos foram totalmente des-truídos. Ahmad Reza Shajiei,responsável pelas operaçõesde resgate, informou que maisde 5 mil tendas foram armadaspara abrigar as mais de 16 mil

pessoas que ficaram sem teto.Segundo o governo, as bus-

cas terminaram relativamenterápido porque a área nas cerca-nias do epicentro dos tremoresé remota e pouco populosa.

"Eu vi pessoas que tiveram acasa inteira destruída", disseTahir Sadati, um fotógrafo lo-cal, à Reuters. "As pessoas pre-cisam de socorro, de roupas,barracas, cobertores, pão."

A Organização das NaçõesUnidas (ONU), Estados Uni-

dos, Rússia, Turquia e os Emi-rados Árabes Unidos oferece-ram ajuda ao povo no Irã.

O primeiro tremor do sábadoatingiu magnitude 6,4 e ocor-reu 60 quilômetros a nordestede Tabriz, uma cidade longedas áreas de petróleo e das usi-nas nucleares conhecidas doIrã. O segundo tremor ocorreu11 minutos depois e teve mag-nitude 6,3. A região ainda foiatingida por cerca de 36 tremo-res secundários. (Agências)

Mehr/Reuters

86 anos de FidelO ex-presidente cubano Fidel Castro completa 86 anos, hoje, longe

da vista, mas não da lembrança, enquanto os cubanos refletemsobre o seu futuro e o deles em uma época de mudança em um dosúltimos países comunistas do mundo.

Fidel está longe do público há quase dois meses, sem aparecernem publicar artigos na mídia estatal desde 19 de junho.

Para comemorar o aniversário do ex-líder, foram anunciadasexposições e feiras populares por todo o país. (Agências)

ISNA/Reuters

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Page 9: Diário do Comércio

sábado, domingo e segunda-feira, 11, 12 e 13 de agosto de 2012 9DIÁRIO DO COMÉRCIO

ESFORÇO RECOMPENSADORicky em sua estação de trabalho.

Doença tirou-lhe todos osmovimentos. Agora, ele se comunica

por meio de um leitor óptico.cidades

O físico Stephen Hawking, que sofre da mesma doença.

Ricky Ribeiro, especialista em administração pública, sofre de esclerose lateral amiotrófica e usa programa especial para se comunicar.

Fotos de Newton Santos/Hype

Limite, uma palavrasem sentido para Ricky.

Vítima de esclerose lateral amiotrófica, doença que lhetirou todos os movimentos, mas não afetou sua mente,Ricky Ribeiro é um dos responsáveis pelo portalMobilize – Mobilidade Urbana Sustentável. Como ofísico Stephen Hawking, ele se comunica por meio deum leitor que interpreta os movimentos de sua pupila.

Marisa Folgato

Ricky Ribeiro tem 31anos e é um exemplode superação. Gra-duado em Adminis-

tração Pública pela FundaçãoGetúlio Vargas (FGV-EAESP),com mestrado em Sustentabili-dade pela Universidade Politéc-nica da Catalunha e MBA Exe-cutivo pela Universidade deBarcelona, ele é um dos respon-sáveis pela elaboração dos pro-jetos do portal Mobilize – Mobi-lidade Urbana Sustentável, queentre fevereiro e abril realizou oLevantamento Calçadas doBrasil. O trabalho foi desenvol-vido por uma equipe de mais de20 profissionais coordenadospor Ricky que, teoricamente,teria uma séria limitação: a es-clerose lateral amiotrófica,doença degenerativa que lhe ti-rou todos os movimentos, semafetar sua mente.

Hoje, Ricky Ribeiro se co-munica por meio de um equi-pamento, o tobii eye, um lei-tor óptico que interpreta osmovimentos da pupila. "Crieiuma tabela de comunicaçãocom palavras usuais e outracom o alfabeto para me co-municar quando não estouno computador." A doença éa mesma do físico StephenHawking, um dos principaiscientistas do mundo.

A esclerose se manifestouem 2008. "Trabalhava e mora-va no Recife, costumava correrna praia, andar de bicicleta, fa-zer esportes, mas comecei asentir que a perna falhava e àsvezes eu caía." Foram seis me-ses entre os primeiros sintomase a descoberta da doença.

Um choque – "No dia em querecebi o diagnóstico, entreina internet, li sobre a doençae tudo era negativo. Foi umchoque, fiquei muito triste echorei. Mas minha tristezadurou apenas um dia." Já nodia seguinte reagiu. "Foqueiem duas coisas: tentar com-bater a doença de todas asformas possíveis e escolheratividades prazerosas parafazer quando não estivesseem tratamento."

Acupuntura, medicina or-tomolecular, transplante decélulas-tronco, tratamentoespiritual, medicina alemã,além de fisioterapia, fono, te-rapia ocupacional etc. Ten-tou de tudo. "Também fiz cur-so de fotografia, aula de polí-tica, estudei, visitei parquese equipamentos culturais pe-la cidade, dividi apartamento

com minha irmã, viajei en-quanto pude e encontrei mui-to meus amigos." Segundoele, tudo foi mais fácil porquetem "o privilégio de ter umafamília que nunca mediu es-forços para buscar todas asalternativas de tratamentose lazer".

Cidadania – Após um ano dededicação aos tratamentos,resolveu part ir para umaação mais social. "Comecei apesquisar sobre mobilidadeurbana sustentável." Encon-trava apenas poucas infor-mações espalhadas pela in-ternet. "Percebi que não exis-tia um único endereço eletrô-n i co que reun i s se todosesses dados e idealizei o Mo-bilize, que concretizei com aajuda de amigos."

Da ideia até o Mobilize no arforam oito meses. O portal éparte da Associação Abaporu,que Ricky e dois amigos cria-ram em 2003 para atuar emprojetos sócio-educativos emeducação e cidadania.

Referência – Segundo ele, aintenção é fazer do Mobilize(w w w.m o b i l i z e .o r g. b r ), que en-trou no ar este ano, referênciana geração de conteúdo sobremobilidade urbana sustentá-vel, fomentar o debate públicosobre a temática e "disseminar

uma cultura cidadã participati-va em prol da melhoria da qua-lidade de vida nas cidades".

Os resultados já estão apare-cendo. "Lançamos o site com oEstudo Mobilize 2011, um diag-nóstico inédito da mobilidadeurbana no Brasil." A campanhadas calçadas surgiu após aconstatação, nesse estudo, deque 30% dos deslocamentosdiários nas cidades são feitos apé. "Quando buscamos dadossobre as condições das calça-das (acessibilidade, obstácu-los, pavimentação, ilumina-ção...), nenhum órgão públicodispunha das informações.Criamos a campanha com o ob-jetivo de chamar a atenção pa-ra um tema tão básico, mas es-quecido por todos: afinal, todossomos pedestres!"

Calçadas – O relatório finalda Campanha Calçadas doBrasil deve ser entregue for-malmente para autoridadesdos Ministérios Públicos (Es-tadual e Federal) e Ministériodas Cidades. Foram avalia-dos 102 endereços de 12 ca-pitais brasileiras. A situaçãomais alarmante é a da Ladei-ra da Fonte, em Salvador,que obteve nota 0,25 de umtotal de 10. O melhor no ran-king foi o Calçadão da Barra,com a maior nota (10), a mes-

ma da Avenida Faria Lima(uma quadra após a AvenidaEuropa), em São Paulo. "Es-tamos fazendo a nossa partecomo cidadãos. Cabe aos go-vernantes fazerem a partedeles também."

Os planos não param: paraa Semana de Mobilidade Ur-bana, em setembro, o Mobili-ze lançará uma nova seção, aAcompanhe a Mobilidade nasCidades. “Será um instru-mento para que qualquerpessoa possa conhecer asobras e cobrar o cumprimen-to de promessas e prazos.”

Na tela do computador de Ricky Ribeiro, trabalho sem limites.

O portal Mobilize – Mobilidade Urbana Sustentável: um dos trabalhos foi o Levantamento Calçadas do Brasil.

Charles W. Luzier/Reuters - 26/04/2007

Mobilidade –Ele ressalta queo tema mobilidade, com certe-za, está ganhando evidênciapela proximidade da Copa, em2014, e das Olimpíadas, em2016. "O Brasil tem uma exce-lente oportunidade para mos-trar sua competência. Por ou-tro lado, tem também umagrande responsabilidade."

Será a chance, conforme Ri-cky, de reverter "décadas dedescaso dos governos compolíticas públicas que priori-zassem o transporte coletivosustentável como metrô etrens, valorizassem o cami-

nhar como meio de locomoçãoe preservação da saúde e in-corporassem a bicicleta comomeio de transporte".

Ou seja, hora de o Mobilize eRicky arregaçarem as mangasde novo. "Perdi os movimen-tos, mas tenho o privilégio deter todo o tempo para pensar.Até o mês passado, ficava oitohoras por dia trabalhando noMobilize. Agora, após umabroncopneumonia e uma in-ternação, ganhei uma tra-queostomia, estou em trata-mento, mas já vou voltando atrabalhar no Mobilize".

Page 10: Diário do Comércio

sábado, domingo e segunda-feira, 11, 12 e 13 de agosto de 201210 DIÁRIO DO COMÉRCIO

ac spdi s t r i t ai s

GIrAgendas da Associação

e das distritais

Hoje� Debates – Às 17h, opresidente da ACSP, RogérioAmato, coordena a primeirareunião do Ciclo de Debatescom os candidatos àPrefeitura, com a presençade Fernando Haddad, daColigação Para Mudar eRenovar São Paulo. Rua BoaVista, 51/9º andar, plenária.

� Vila Maria – Às 19h30,reunião Empreender/Núcleode Beleza. Rua doImperador, 1660.

Amanhã� Pinheiros – Às 19h,abertura oficial dascomemorações doaniversário do bairro emparceria com a subprefeiturade Pinheiros. SimãoÁlvares, 517� Jabaquara – Às 19h30, 22ªreunião Ordinária da DiretoriaExecutiva e Conselho Diretor,com a palestra Os seis passospara obter sucesso nosnegócios, com Patrícia Atui –da Action Coach. AvenidaSanta Catarina, 641.

� São Miguel – Às 19h30, 15ªreunião ordinária daDiretoria Executiva eConselho Diretor. Av.Marechal Tito, 1042.� Tatuapé - Às 19h30,reunião ProjetoEmpreender/NúcleoAutomoti vo. Rua:Apucarana, 1.388.

Quarta� China - Às 9h, o presidenteda ACSP, Rogério Amato,abre seminário sobreHuizhou, China. Teatrodo Hotel Renaissance,alameda Santos, 2233,Cerqueira César.� Comus - Às 17h, oconselheiro da ACSP José

Candido Senna coordena areunião do Comitê deUsuários de Portos eAeroportos do Estado de SãoPaulo (Comus), com palestrade Sildomar Tavares deArruda, cerente deInfraestrutura da ALL -América Latina Logística.Rua Boa Vista, 51/11º andar.� Pinheiros – Às 18h, missaem ação de graças peloaniversário do bairro emparceria com aSubprefeitura de Pinheiros.Igreja da Cruz Torta, av.Professor FredericoHermann Junior, 105.

Quinta� Comércio Exterior – Às 17h,

o conselheiro da ACSPRoberto Ticoulat coordenareunião do Conselho deComércio Exterior. Rua BoaVista, 51/11º andar.� Santo Amaro – Às 18h,reunião da CTPU-D,coordenada por LuizAugusto Barbosa. AvenidaMário Lopes Leão, 406.� Mooca – Às 19h30,palestra sobre Motores P7,ministrada pela SPAAL,reunião do Núcleo deReparadores Automotivosdo Projeto Empreender,realizada por PedroFerreira Filho. Rua Madre deDeus, 222.� Penha – Às 19h30, 23ª

reunião ordinária e 8ªedição da Homenagem àMaçonaria Penhense,beneficente, com rendadestinada à Creche Izabel.Golden House, avenidaCondessa Elizabeth deRobiano, 2100.

Sexta� Penha – Às 9h30 e 14h30curso de coral infantojuvenil. Às 15h30, curso decoral adulto. AvenidaGabriela Mistral, 199.

Sábado� Pinheiros – Às 15h30, showcom Orleans Jazz Band eRicardo Herz Trio. Praçados Omaguás S/N, emfrente à FNAC.

Agora, elas sãoe m p re g a d o ra s .

O percentual de mulheres entre os empregadoresera de 24% em 2001 e subiu para 29% em 2009.

Carl Dwyer/SXC

O Sebrae-SP projetaque, em 2020, 42%dos empregadorespaulistas serãomulheres.

André de Almeida

É importante cadamulher,profissionalmente,descobrir as suashabilidades eaprofundá-las.

MA LCO M MO N TG O M E RY,G I N E CO LO G I S TA E E S C R I TO R .

A máxima eficiênciatem como base umasérie decomportamentosempreendedores.

LILIANA CHERFEN,DIRETOR A DA INDÚSTRIA DE

SISTEMAS DE COMUNIC AÇÃO.

É importante terpaixão pelo que sefaz. Empreender égratificante.

PAOL A TU C U N D U VA ,SÓCIA DA ROTO V I C LAVA N D E R I A

INDUSTRIAL E APRESENTADOR A

DO PROGR AMA ALMA

DO NE G Ó C I O.

A capacitaçãocontribuiu muitopara o crescimentoda empresa.

ROSANA SA N J U L I A N O,FUNDADOR A DA COOPER AR TE E

VENCEDOR A E S TA D UA L DO

PRÊMIO SEBR AE MULHER DE

NEGÓCIOS 2010.

A ACSP e suasdistritaiscolaboram para aformalização ecapacitação dessasempreendedoras.

RI TA DE CÁSSIA CA M PAG N O L I ,SUPERINTENDENTE DA DI S T R I TA L

SA N TO AMAR O DA AC S P.

Aparticipação dasmulheres no mun-do do empreende-dorismo vem cres-

cendo nos últimos anos, in-clusive em um grupo que co-labora de forma especial coma economia paulista: as em-pregadoras. Segundo pes-quisa do Serviço Brasileiro deApoio às Micro e PequenasEmpresas de São Paulo (Se-brae-SP), 31% das empresasformalmente constituídas noEstado entre 1995 e 1997eram propriedade de mulhe-res. Entre 2003 e 2007, essafatia subiu para 37%.

Dados da Pesquisa Nacionalpor Amostra de Domicílios(PNAD), feita pelo InstitutoBrasileiro de Geografia e Esta-tística (IBGE), ainda mostramque o percentual de mulheresentre os empregadores, queera de 24% em 2001, subiu pa-ra 29% em 2009. Mantida aatual tendência de expansão,o Sebrae-SP projeta que, em2020, 42% dos empregadorespaulistas serão mulheres.Quanto aos empreendedorespor conta própria, ou seja, em-preendimentos sem empre-gados, a participação das mu-lheres aumentou de 32% para38% de 2001 para 2009. Em2020, a projeção é que estenúmero suba para 47%.

Diante desse quadro e como objetivo de compartilhar his-tórias de mulheres que conse-guiram sucesso em micro epequenas empresas, além decooperativas, gerando rique-za e novos postos de trabalho,os escritórios regionais do Se-brae-SP na capital se uniram epromoveram o evento 'Mulhe-res de Negócios'.

O encontro foi realizado se-mana passada na Casa dePortugal, no bairro da Liber-dade. "A proposta foi abrir

um espaço para que elas fa-lassem de seus trabalhos ede suas rotinas, além de tro-carem experiências", dissePatrícia Marinangelo, umadas organizadoras.

Experiências - No início doencontro, três empresárias desucesso em seus ramos deatuação contaram suas expe-riências, discutiram sobre oavanço feminino no mercadode trabalho, apontaram pon-tos fortes e fracos no comandode pequenas e médias empre-sas, entre outras questões.Uma delas foi a empreendedo-ra Paola Tucunduva, sócia daRotovic Lavanderia Industriale apresentadora do ProgramaAlma do Negócio.

Em sua palestra, que teve otítulo 'Liderança Feminina',Paola ressaltou a importân-cia de se trabalhar em equi-pe, sempre em busca da má-xima eficiência. "É importan-te ter paixão pelo que sefaz e, constantemente, estarem busca do auto conheci-mento. Empreender é gratifi-cante", afirmou.

Para a diretora da indústriade sistemas de comunicaçãopara chamadas de enferma-

gem Sincron, Liliana Cher-fen, a máxima eficiência de-fendida por Paola tem comobase uma série de comporta-mentos empreendedores.Entre eles destacam-se o pla-ne jamento s i s temát i co ,comprometimento, persis-tência, exigência de qualida-de e excelência, autocon-fiança, estabelecimento demetas, riscos calculados eboa rede de contatos.

A mesma opinião tem a fun-dadora da CooperArte, Rosa-na Sanjuliano, vencedora es-tadual do Prêmio Sebrae Mu-lher de Negócios 2010 na ca-tegoria negócios coletivos.Fundada em 2008, a coope-rativa garante trabalho e ren-

da para dezenas de jovens naregião da Vila Prudente. "Oprocesso de capacitação doSebrae e, posteriormente, oprêmio, contribuíram muitopara o crescimento da em-presa", contou Rosana.

Serviços – O portfólio com osprodutos e serviços ofereci-dos pelo Sebrae-SP tambémfoi apresentado, da mesmaforma que a edição de 2012 doPrêmio Mulher de Negócios,destinado a estimular e dar vi-sibilidade ao empreendedo-rismo feminino. Este ano, asinscrições, gratuitas, podemser feitas até o dia 31 destemês e maiores informaçõespodem ser obtidas no endere-ç o w w w . m u l h e r d e n e g o-cios.sebrae.com.br.

No final do encontro, o gine-cologista, obstetra e escritorMalcom Montgomery falou so-bre as características própriasda mulher que precisam ser tra-balhadas ao longo do caminhoprofissional, do empreendedo-rismo e da maternidade, a as-pectos como concentração e in-teligência emocional. "É impor-tante cada mulher, profissio-nalmente, descobrir as suashabilidades e aprofundá-las.Ela deve aceitar e trabalharsem culpa, de forma equilibra-da, as três facetas inerentes aosexo feminino, ou seja, ser

mãe, esposa e profissional nomercado de trabalho", disse.

Avanço - Na opinião da supe-rintendente da Distrital SantoAmaro da Associação Comer-cial de São Paulo (ACSP), Ritade Cássia Campagnoli, as mu-lheres estão assumindo o pa-pel de empregadoras e em-p r e s á r i a sc o m m u i t ac o m p e t ê n-c i a . "A indanão estão emcondições dei g u a l d a d ec o m o s h o-mens, princi-palmente asp e q u e n a sempr eende-d o r a s . M a st ra ta -se deum avanço que deve ser co-memorado", afirmou.

De fato, as mulheres já são46% dos empreendedores indi-viduais (EIs) registrados no es-tado de São Paulo. Elas lideramo ranking de formalização nosetor de serviços: 75% no co-mércio de roupas; 77% em ca-beleireiros e 56% em lanchone-tes, por exemplo. "A ACSP esuas distritais colaboram para a

formalização e capacitaçãodessas trabalhadoras por meiode suas comissões, palestras,sessões de negócios, entre ou-tras ações. Além disso, a enti-dade é uma das gestoras doCentro de Cidadania da Mulherda Prefeitura de São Paulo",concluiu a dirigente.

NA FORMALIDADEAs mulheres já são 46% dos

empreendedores individuais (EIs)registrados no Estado. Elas lideram o

ranking de formalização.

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sábado, domingo e segunda-feira, 11, 12 e 13 de agosto de 2012 11DIÁRIO DO COMÉRCIO

facespregionais

Nem só de flores vive HolambraProjeto chamado Roteiro Turístico

pretende qualificar hotéis, restaurantes eagências de viagem do município paulista.

Fotos: Divulgação

A estância turística de Holambra é conhecida por preservar a cultura dos imigrantes holandeses e pela produção de flores e plantas ornamentais

À esquerda,o Museu doImigrante.Abaixo, oHolambraGarden Hotel,que integra oprograma dequalificaçãodo Sebrae.

Portal de entrada da cidade de Holambra

André de Almeida

Em Marília, açõesdirigidas aosempreendedores.

Em reunião entre a AssociaçãoComercial e Industrial de Marília(Acim) e o Escritório Regional do

Sebrae da cidade foi acertada uma série deações com objetivo de assessorar oempreendedor local. "Vamos fazer comque o empreendedor tenha suporte paramelhorar o desempenho da própriaempresa", disse Libânio Victor Nunes,presidente da Acim. "Temos váriosprogramas, mas podemos melhorar aoferta de atendimento”, afirmou FábioRavazi Gerlach, gerente do Sebrae.

Será possível desenvolver um trabalhode atendimento único e coletivo na sede daAcim ou pelo Programa Sebrae Móvel, emregiões da cidade apontadas pela Acim."Poderemos promover palestras, oficinas,cursos e investir em atividades detecnologia e inovações”, disse EltonAquinori Yokomizo, consultor do Sebrae.Na parte de orientação ao EmpreendedorIndividual (EI) e ao Micro EmpreendedorIndividual (MEI), ações pontuais serãorealizadas entre as duas instituições.

Ficou decidido que nos dias 26 desetembro, 17 de outubro e 21 de novembroacontecerão encontros com empresáriospela manhã, quando Acim e Sebraeorientarão sobre questões como gestão,marketing e legislação. "Hoje 69% dosempreendedores querem trabalharformalizados. Isto é um universo muitogrande que devemos atingir", disse Fábio.

DESDE NOVEMBROLançado oficialmente em novembrode 2011, o programa foi implantadoefetivamente no início deste ano. No

total, participam 22 empresas.

Um projeto de qualifi-cação de empreen-dimentos está cola-borando para o de-

senvolvimento da colorida Ho-lambra, no interior paulista,estância turística conhecidanacionalmente por preservara cultura de seus imigrantesholandeses e por ser a maiorprodutora de flores e plantasornamentais da América Lati-na. O projeto em questão, cha-mado Roteiro Turístico de Ho-lambra, é desenvolvida emparceria com o Serviço Brasi-leiro de Apoio às Micro e Pe-quenas Empresas (Sebrae) etem o poio da prefeitura e daAssociação Comercial e Em-presarial (ACE).

Lançado oficialmente emnovembro de 2011, o progra-ma foi implantado efetiva-mente no inicio deste ano. Nototal, 22 empresas de três se-tores foram contempladas:gastronomia – 14 bares, res-taurantes e confeitarias; hote-laria – seis hotéis, pousadas ecampings; e duas agências deturismo receptivo. A meta épreparar os proprietários dasempresas e os profissionais daárea para aprimorar a gestãodos negócios e os serviços ofe-recidos aos turistas e aosclientes locais.

"Uma vez preparados, res-

taurantes, agências, bares ehotéis, e demais empresas in-tegrantes, poderão oferecermelhores serviços, o que é de-cisivo para agradar ao visitan-te e garantir seu retorno a Ho-lambra" , a f i rma C láud iaAdriana Mouro, gestora doprojeto pelo Sebrae . "O pro-grama pretende trabalhartambém para inserir o municí-pio, cada vez mais, no merca-do turístico nacional".

Metodologia - Desde o iniciodo projeto, as empresas parti-cipam de encontros, capacita-ção, discussões, seminários,consultorias individuais e visi-tas técnicas. A última delas foirealizada à Feira Internacionalde Produtos e Serviços para aAlimentação Fora do Lar, a Fis-pal, em São Paulo. Na primeirafase, que vai até dezembro de2013, os empresários discuti-rão atendimento ao cliente,técnicas de venda, pós-vendae infraestrutura dos estabele-cimentos. Todo processo deconsultoria é gratuito.

Grande parte das ativida-des – encontros, cursos e ofici-nas de capacitação – é realiza-da na sede da ACE, que teveum papel fundamental na mo-bilização e formação dos gru-pos. "A maioria dos participan-tes é composta por nossos as-sociados. Trata-se de um pro-jeto muito interessante, jáque, além de fortalecer o turis-mo, beneficiará o segmento

comercial e de serviços", res-salta Suzi Celegatti, gerenteda ACE. Até o final do mês,mais dois segmentos irão inte-grar o projeto: atrativos turís-ticos e artesanato.

Outra fase – Depois de con-cluída a primeira etapa, sehouver interesse, o grupo deempresas segue para a faseseguinte, que engloba concei-tos de administração, fluxo decaixa, marketing, financeiro,entre outros. "No final da pri-meira fase, as empresas queparticiparem de todo o pro-cesso de capacitação e se ade-quarem, farão parte de um ca-tálogo turístico que mostraráos principais atrativos do mu-nicípio e que será distribuídoem agências de turismo doPaís e em feiras e eventos", dizCláudia Mouro.

Na área de hotelaria, o pro-grama já promoveu dois semi-nários e dois encontros devo-lutivos. Nas reuniões, o grupodiscutiu questões práticas so-

bre os temas dos seminários.Outra ação foi a consultoria in-dividual. O consultor visitoucada uma das empresas paraconhecer de perto o empreen-dimento, analisá-lo e discutircom o proprietário ou gerente,as adaptações e melhorias ne-cessárias. Os setores de gas-tronomia e agências de turis-mo também passaram poratendimento semelhante.

Aprovação - Apesar de o pro-jeto ainda não estar concluído,os participantes aprovam ainiciativa, que torna o dia a diade suas empresas mais efi-ciente. Uma das integrantesdo projeto desde o inicio é a ge-rente do Holambra Garden ho-tel, Ivonne de Wit. Com basenas atividades, a funcionáriajá conseguiu implementar no-vas ideias na gestão.

"O projeto tem trazido dis-cussões práticas a respeito dahotelaria atual e está fazendocom que reavaliemos nossasrotinas. A proposta do catálo-go também nos ajudará mui-to", diz Ivonne. O programaainda permitiu um reagrupa-

mento do setor e a retomadado Núcleo de Hospedagem daACE, do qual participam em-presas do segmento.

Outra participante é a em-presária Izilda Aparecida Me-nendes, da Casa da Esfiha."Passei a enxergar proble-mas e soluções que antes nãovia. O projeto chegou no mo-mento certo, pois estavapensando em buscar umaconsultoria, o que me custa-ria um bom dinheiro".

O mesmo ponto de vistatem Daiana Tamata da Silva,da agência de turismo Ho-lambrasil. Ao ingressar nomercado, recentemente,Daiana recebeu orientaçõesque a ajudaram a planejarmelhor o negócio e a conhe-cer ainda mais a área em queatua. "Futuramente, o proje-to, além de oferecer a capaci-tação, também vai colaborarpara a divulgação da empre-sa", conclui.

Page 12: Diário do Comércio

sábado, domingo e segunda-feira, 11, 12 e 13 de agosto de 201212 DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Acesse www.dcomercio.com.br para ler a íntegra das notícias abaixo:

E M C A R T A Z

S ÃO PAULO

Bienal do Livro: um sucesso.

H UMOR

Fabricando uma pin-upO ator norte-americano Robert

Downey Jr. virou o tema de umabrincadeira divertida: vários artistasrecriam sua imagem como pin-up.

h t t p : / / p i n - u p - r d j . t u m b l r. c o m /

Obras doar tistag r á f i co

Fe rn a n d oRo drigues

estãoexpostas no

Ib otiramaBar. RuaAu g u s t a ,

1236.

A RTE

Economia verdeMenos consumo, mais investimentos em meio ambiente. Essaé a mensagem do artista Yuken Teruya, que criou uma sériede imagens intitulada: "Construindo uma economia verde".

Veja outras ilustrações no site.http://bit.ly/P563Ov

C ÃES E GATOS

Hospital públicovai ganhar espaço

O único hospitalveterinário público doBrasil, destinado a cães egatos, foi inaugurado há 42dias na capital paulista e jáanuncia a ampliação doespaço físico. O novoprédio, que fica a 200metros do antigo, sesomará ao já existente paraque a equipe do hospitaleleve a quantidade deatendimentos em 20% a25%. (Fo l h a p r e s s )

A ARTEDA GRAVIDADE

Desafiando a lei dagravidade, o artista coreanoYun-Woo Choi usa jornais erevistas para instalações.

w w w. y u n w o o c h o i s t u d i o . c o m

L OTERIA

Mega-Senaacumula: R$ 28 mi.

A Mega-Sena acumuloudepois que ninguém acertouas seis dezenas do concurso1.415, sorteado na noite desábado. A expectativa é queo próximo sorteio, naquarta-feira, pague R$ 28milhões para o bilheteganhador. Na últimasemana, excepcionalmente,a Mega-Sena teve trêsconcursos – um na terça,outro na quinta e um nosábado, quando foramsorteados os números26 - 36 - 40 - 46 - 49 - 51.

I MAGENS

Arte manipuladaO artista digital Crymz

faz uma manipulação deimagens para recriarretratos clássicos comrostos de celebridades,como a 'Rainha AmyWinehouse' e a 'MonalisaSpears'. Mais no site.http://cr ymz.deviantart.com/galler y/

E XPOSIÇÃO

Fila impressionanteSob sol forte, um gran-

de número de pes-soas enfrentou on-tem filas de até qua-

tro horas, desde o início da ma-nhã, para visitar a exposiçãoImpressionismo: Paris e a Mo-d e r ni d a d e , em cartaz no Cen-tro Cultural Banco do Brasil, naregião central de São Paulo.

No sábado, a espera era deduas horas, segundo os orga-nizadores da mostra.

A exposição reúne 85 obras

do movimento impressionistavindas do Museu D'Orsay, emParis. De cores intensas, pin-celadas soltas e figuras coti-dianas, as pinturas podem sercontempladas pelo públicoque resiste na fila.

Há desde quadros do fran-cês Claude Monet a obras doholandês Vincent Van Gogh.

A chamada "virada impres-sionista", que atravessou amadrugada de sábado paradomingo, recebeu mais de 16

mil pessoas, segundo a orga-nização. Durante a semana, afila começou às 8h, duas horasantes do CCBB abrir.

Surpreendido pela grandeprocura do público, o centrocultural já marcou novas da-tas para a "virada impressio-nista". O evento acontecerános dias 7 e 8 de setembro e 5 e6 de outubro. (Fo l h a p r e s s )

CCBB: Rua Álvares Penteado, 112, Centro.

Tel. (11) 3113-3651. Grátis.

Classificação: livreBruno Zanardo/AE

MISS SÃO PAULO - Francine Pantaleão (candidata de Jaú), 23 anos,vencedora do Miss São Paulo 2012, após receber a coroa durante evento noPalácio de Convenções do Anhembi, na zona norte da cidade.

A TÉ LOGO

Operário morre após ser atingido por placa de concreto no Alphaville

Homem é preso ao tentar extorquir R$ 280 mil em São José dos Campos

Unicamp abre três novos cursos de graduação em Limeira

Debates para o públicoadolescente e longas filasnas sessões de autógrafomarcaram o primeiro fim desemana da 22ª Bienal do

Livro de São Paulo, noPavilhão do Anhembi.Segundo a organização, 80mil pessoas passaram pelafeira no sábado.

L o goLogowww.dcomercio.com.br

VISU

AIS

J. Duran Machfee/AE

Page 13: Diário do Comércio

CAIXA 113

O seu consultor financeiro

sábado, domingo e segunda-feira, 11, 12 e 13 de agosto de 2012

economia

Olhe com CUIDADO seusEXTRATOS ba n c á r i o s

Atenção às tarifas que podemou não ser cobradas evitaprejuízos aos correntistas

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2007

RE JA N E TA M OTO

O que pode ounão pode cobrarConheça os serviços que podem ou não

ser cobrados e compare-os com os queestão nas cestas dos bancos. O importante ésaber o que você realmente usa.

Serviços essenciais

Dez serviços que não podem ser cobrados1 - Fornecimento de cartão de débito2 - 2ª via do cartão de débito que não seja

solicitada pelo cliente (não vale nos casos de perda,roubo, furto, danificação e outros motivos nãoimputáveis ao banco).

3 - Quatro saques por mês no caixa, por meio decheque ou em terminal de autoatendimento.

4 - Duas transferências entre contas na própriainstituição por mês

5 - Dois extratos por mês, com a movimentaçãodos últimos 30 dias.

6 - Consultas na internet7 - Fornecimento de extrato consolidado anual,

até 28 de fevereiro de cada ano, com a descrição dastarifas cobradas no período.

8 - Fornecimento de até dez folhas de chequespor mês

9 - Compensação de cheques10 - Prestação de serviço por meios eletrônicos,

no caso de contas exclusivamente eletrônicas.

Serviços prioritários

20 serviços que os bancos podem cobrar,segundo a resolução do BC 3.919

1 - Cadastro para início de relacionamento2 - Fornecimento de 2ª via de cartão de débito e

de poupança3 - Exclusão do Cadastro de Emitentes de

Cheques sem Fundos (CCF)4 - Contraordem (ou revogação) e oposição (ou

sustação) ao pagamento de cheque5 - Fornecimento de folhas de cheque e emissão

de cheque administrativo6 - Cheque visado7 - Saque de conta de depósito à vista e de

p oupança8 - Depósito identificado9 - Fornecimento de extrato mensal e de um

período da conta10 - Fornecimento de cópia de microfilme,

microficha ou assemelhado.11 - Transferência por DOC (incluindo

a g e n d a m e nto )12 - Transferência por TED (incluindo

a g e n d a m e nto )13 - Transferência entre contas na própria

instituição (mais de duas ocorrências)14 - Ordem de pagamento15 - Concessão de adiantamento a depositante16 - Cartão de crédito básico (nacional e

inter nacional)17 - Fornecimento de 2ª via de cartão de crédito18 - Utilização de canais de atendimento para

retirada (no País ou exterior)19 - Pagamento de contas com a função crédito20 - Avaliação emergencial de crédito

Serviços especiais

Cobrados com base em legislação eregulamentação específicas. Exemplos são osserviços referentes ao crédito rural, ao SistemaFinanceiro da Habitação (SFH), ao Fundo deGarantia do Tempo de Serviço (FGTS), ao FundoPIS/PASEP, às contas-salário e operações demicrocrédito (resolução nº 3.422).

Serviços diferenciados

20 serviços que podem ser cobrados desdeque o banco informe de maneira clara ascondições de utilização e de pagamento:

1 - Abono de assinatura2 - Aditamento de contratos3 - Administração de fundos de investimento4 - Aluguel de cofre5 - Aval e fiança6 - Avaliação, reavaliação e substituição de bens

recebidos em garantia.7 - Câmbio8 - Carga e recarga de cartão pré-pago9 - Cartão de crédito diferenciado10 - Certificação digital11 - Coleta ou entrega em domicílio12 - Corretagem envolvendo títulos, valores

mobiliários e derivativos.13 - Cu s t ó d i a14 - Envio de mensagem automática sobre a

movimentação ou lançamento em conta ou cartão15 - Extrato com informações adicionais16 - Fornecimento de atestados, certificados e

d e c l a ra ç õ e s.17 - Cópia ou segunda via de comprovantes e

do cumentos18 - Cartão de crédito personalizado19 - 2ª via emergencial de cartão de crédito20 - Leilões agrícolas

Fonte: Banco Central e Instituto de Defesa do Consumidor (Idec)

Você já olhou seu extra-to hoje? Sabe quais astarifas de serviços queseu banco pode co-

brar? A atenção para acompa-nhar a conta e o conhecimentosobre as cobranças corretas sãodesafios para o cliente. Emborao Banco Central (BC) regule astarifas que podem ser cobradas,os bancos lideram o ranking dereclamações do Procon-SP.Quem ocupa a primeira posiçãoé o Itaú, com 6.814 reclamaçõesneste ano. Do total, 3.562 quei-xas se referiam a cobranças in-devidas. Depois de Telefôni-ca/Vivo e Claro, a empresa quegerou mais queixas, foi o Bra-desco, com 3.537 queixas, sen-do 1.747 de cobrança indevida.

A diretora de atendimento doProcon-SP, Selma do Amaral, dizque de tempos em tempos sur-gem tarifas abusivas. Ela afirmaque o BC demorou para proibir atarifa de envio de boleto, consi-derada abusiva pela entidade."Outro caso é a tarifa de tercei-ros para automóveis, que ocliente pagava, mas na verdadeera uma comissão que o vende-dor recebia no momento da ven-da do automóvel. Ela é proibidadesde março do ano passado."

Ta r i fade cadastro

A cobrança hoje mais polêmi-ca é a tarifa de cadastro, cobra-da quando o cliente inicia rela-cionamento com o banco. O pro-blema é que, na prática, o con-sumidor tem arcado com essatarifa em mais de uma ocasiãoquando, por exemplo, faz finan-ciamento de veículo. "Recebe-mos muitas queixas de clientesque fazem o financiamento naconcessionária e são correntis-tas do banco que faz a operação.Eles já têm o cadastro, mas es-tão sendo cobrados de novo."

Em alguns casos, um serviçoque o banco prestava gratuita-mente passa a ser cobrado. Ojornalista João Sorima Neto con-ta que foi surpreendido por umatarifa de R$ 60 na hora de trocarreais por euros no Bradesco.

Cliente Prime há seis anos, elediz que nunca pagou pela opera-ção, que costuma fazer anual-mente. "A atendente disse queessa é uma tarifa sobre opera-ções de câmbio e que o valor é fi-xo", relata. O Bradesco infor-mou que a tarifa é referente àcompra e venda de papel moedae é cobrada desde março passa-do. Segundo o BC, a tarifa podeser cobrada por estar na catego-ria de serviços diferenciados(veja quadro).

Selma, do Procon-SP, diz queo único jeito de evitar o paga-mento de tarifas indevidas é oacompanhamento constantedo extrato. Outra recomenda-ção ao cliente é que avalie osserviços que de fato usa. É pos-sível adquirir só serviços essen-ciais, gratuitos e obrigatórios.

"Os gerentes não informamsobre essa opção. E a forma declassificação que o banco adotapara oferecer um pacote é combase na renda, mas, na verdade,a escolha do pacote deve obe-decer às necessidades de uso",diz a gerente Jurídica do Institu-to de Defesa do Consumidor

(Idec), Maria Elisa Novais. Se-gundo a diretora, poucos consu-midores pesquisam tarifas avul-sas, porque a maioria adere aum pacote. "O problema é quenão há padrão na maioria dospacotes de serviços dos bancos,o que dificulta a comparação",avalia.

Segundo ela, é difícil escolherpelo preço, assim como é classi-ficado no Sistema de Divulga-ção de Tarifas de Serviços Finan-ceiros da Federação Brasileirade Bancos (Febraban). No site, oconsumidor pode consultar astarifas de serviços prioritáriosavulsos e os valores dos diferen-tes pacotes. Pela regulamenta-ção, as instituições financeirassão obrigadas a oferecer um pa-cote padronizado (inclui cadas-tro, oito saques, quatro extratosmensais, dois extratos do mêsanterior e quatro transferênciasna própria instituição).

Para a coordenadora institu-cional da Proteste, Maria InêsDolci, o consumidor tem de ava-liar constantemente as cestasde serviços e, se for o caso, mu-dar o pacote. "O consumidorprecisa sempre questionar epesquisar no seu banco. Muitasvezes ele não tem ideia de quepode mudar de pacote", diz.

Coordenador Administrador Gestor Imobiliário Consultor de Investimentos Assessor Legal

I. NATUREZA DO EMlSSOR:O FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO BÚSSOLA - FII, registrado naComissão de Valores Mobiliários – CVM sob o código CVM nº 173-2, em 14de dezembro de 2010, é um fundo de investimento imobiliário, regido peloseu Regulamento, pela Instrução CVM nº 472/08 e pelas demais disposiçõeslegais e regulamentares que lhe forem aplicáveis (“Fundo”), e administradopelo BANCO PETRA S.A., instituição financeira com sede na Cidade de Curi-tiba, Estado do Curitiba, na Rua Pasteur, 463, inscrita no CNPJ/MF sob o nº11.758.741/0001-52 (“Administradora”).

II. CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DAS QUOTAS A SEREM DISTRIBUÍDAS:A emissão das quotas observará as seguintes características e condições apro-vadas na Assembleia Geral de Quotistas do Fundo realizada em 25 de abril de2011 e retificadas na Assembleia Geral de Quotistas do Fundo realizada em 14de junho de 2012:1. Número de Ordem da Emissão: 2ª (segunda) Emissão.2. Número de Séries: 4 (quatro) Séries.3. Quantidade de Quotas da Emissão: até 10.000 (dez mil) quotas.4. Quantidade Quotas da 1ª Série: até 3.000 (três mil) quotas.5. Quantidade de Quotas da 2ª Série: até 2.000 (duas mil) quotas.6. Quantidade de Quotas da 3ª Série: até 2.000 (duas mil) quotas.7. Quantidade de Quotas da 4ª Série: até 3.000 (três mil) quotas.8. Preço de Emissão das Quotas: R$ 1.000,00 (um mil reais) cada, atualizado

mensalmente conforme variação do resultado operacional do Fundo, calcu-lado pela somatória das provisões de receitas dos imóveis e rentabilidade fi-nanceira líquida, deduzidas as provisões das despesas do Fundo previstas noArtigo 33 do Regulamento, a partir da data da 1ª (primeira) integralização dequotas do Fundo, sendo a aplicação inicial mínima no valor correspondentea 50 (cinquenta) quotas, no âmbito da distribuição primária.

9. Montante da Emissão: o valor total da 2ª Emissão será de R$10.000.000,00 (dez milhões de reais).

10. Forma de Integralização: as quotas do Fundo serão integralizadas à vis-ta, em moeda corrente nacional, na data da subscrição. A critério da Ad-ministradora, poderá ser admitida a integralização de quotas em Imóveis,observado o previsto no Artigo 12 e seus parágrafos da Instrução CVM nº472/08, bem como a política de investimentos do Fundo.

11. Direitos das Quotas: As quotas do Fundo correspondem a frações ideaisde seu patrimônio, serão de uma única classe e terão a forma nominativae escritural. A cada quota corresponderá um voto nas deliberações da As-sembleia Geral de Quotistas do Fundo, que serão adotadas pela maioriasimples das quotas presentes em cada oportunidade, exceto nos casosespecíficos em que se exija quorum diverso de deliberação nos termosdo Regulamento. Nos termos do artigo 2º da Lei 8.668, de 25 de junhode 1993, conforme alterada, o quotista não poderá requerer o resgate desuas Quotas por se tratar de um fundo fechado.

12. Regime de colocação das Quotas: a colocação das quotas do Fundoserá realizada pelo Coordenador sob o Regime de Melhores Esforços

13. Público Alvo: o Fundo é destinado a investidores pessoas físicas e jurídi-cas, Investidores Institucionais, residentes e domiciliadas no Brasil ou noexterior, bem como fundos de investimento, doravante em conjunto de-nominados “Investidores”, sendo garantido aos Investidores o tratamentoigualitário e equitativo.

14. Prazo de Subscrição: o prazo de distribuição das quotas será de até 180(cento e oitenta) dias, contados da data de publicação deste Anúncio deInício de Distribuição.

15. Procedimento da Distribuição: a distribuição pública das quotas seráefetuada pelo regime de melhores esforços, não sendo utilizada a siste-mática de reserva. O Coordenador deverá assegurar: (i) que o tratamentoaos Investidores seja justo e equitativo; (ii) a adequação do investimento aoperfil de risco de seus respectivos clientes; (iii) que seus representantes devenda recebam previamente exemplar do Prospecto para leitura obrigató-ria e que suas dúvidas possam ser esclarecidas por pessoa designada pelopróprio Coordenador. Dessa forma, na distribuição das quotas do Fundo:(i) não será utilizada a sistemática que permita o recebimento de reservas;(ii) serão atendidos quaisquer Investidores interessados na subscrição dasquotas; e (iii) deverá ser observado ainda o disposto no item 11 abaixo, nãosendo admitidas quotas fracionárias.

16. Distribuição Parcial: Será admitida a subscrição parcial das quotas da2ª Emissão, desde que sejam colocadas, no mínimo, todas as quotas da1ª Série. Caso não seja subscrita a totalidade das quotas da 1ª Série, a 2ªEmissão será cancelada, ficando o Coordenador obrigado a ratear entreos subscritores, na proporção das quotas subscritas e integralizadas daemissão, os recursos financeiros captados pelo Fundo e, se for o caso, osrendimentos líquidos auferidos no período, sendo certo que não serãorestituídos aos quotistas os recursos despendidos com o pagamento detributos incidentes sobre a aplicação financeira, os quais serão arcadospelos quotistas na proporção dos valores subscritos e integralizados.

Caso não seja subscrita a totalidade das quotas das demais séries (2ª, 3ª e4ª Séries), o Administrador poderá cancelar o saldo não colocado e encer-rar a distribuição, a seu exclusivo critério e a qualquer tempo. Não poderáser iniciada a distribuição de uma nova Série de quotas antes de totalmen-te subscrita a distribuição da Série anterior.

17. Negociação: as quotas serão negociadas exclusivamente no mercado se-cundário junto à BM&FBovespa – Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros,observado o disposto no Prospecto e Regulamento do Fundo.

18. Declaração de Inadequação: o investimento em quotas de Fundos deInvestimento Imobiliário não é adequado a investidores que necessitem deliquidez, tendo em vista que os Fundos de Investimento Imobiliário encon-tram pouca liquidez no mercado brasileiro, a despeito da possibilidade deterem suas quotas negociadas em bolsa ou mercado de balcão organizado.Além disso, os Fundos de Investimento Imobiliário têm a forma de condo-mínio fechado, ou seja, não admitem a possibilidade de resgate de suasquotas, sendo que os seus quotistas podem ter dificuldades em realizar avenda de suas quotas no mercado secundário.

III. CARACTERÍSTICAS DO FUNDO:1. Objetivo: o Fundo, constituído sob a forma de condomínio fechado, é

uma comunhão de recursos e tem por objeto preponderante o investi-mento em negócios imobiliários, por meio da venda e compra de flats eunidades de condomínio-hotéis, tanto no que se refere a imóveis prontos,quanto em fase de incorporação e/ou construção (“Imóveis Alvo”), objeti-vando obter ganhos de capital com a venda, de acordo com deliberação doComitê de Investimentos, e desde que atendam aos critérios de enquadra-mento e à política de investimentos do Fundo. O Fundo poderá, ainda, (i)adquirir imóveis residenciais, comerciais ou mistos, tanto no que se referea imóveis prontos, quanto em fase de incorporação e/ou construção (“Ou-tros Imóveis” e, em conjunto com os Imóveis Alvo, “Imóveis”); e (ii) locarou arrendar os Imóveis enquanto não forem alienados.

2. Resgate: o Fundo é constituído sob a forma de condomínio fechado, nãohavendo resgate de quotas, a não ser por ocasião do término do prazo deduração do Fundo ou de sua liquidação.

3. Prazo de Duração: o Fundo terá prazo de duração indeterminado.4. Risco: as aplicações feitas pelo Fundo sujeitam-se aos riscos previstos na

seção “Fatores de Risco” do Prospecto.IV. COORDENADOR DA DISTRIBUIÇÃO:

Nome: PETRA - PERSONAL TRADER CORRETORA DE TÍTULOS E VALORESMOBILIÁRIOS S.A.Endereço: Rua Pasteur, 463 – 11º andar, Curitiba – PR

V. ADMINISTRADOR E ESCRITURADOR:Nome: BANCO PETRA S.A.Endereço: Rua Pasteur, 463, Curitiba – PR

VI. REGlSTRO NA CVM - COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS:A emissão foi registrada na CVM em 03/08/2012 sob o nº CVM/SER/RFI/2012/023

VII. DATA DO INÍCIO DA DISTRIBUIÇÃO DAS QUOTAS: 13/08/2012“O registro da presente emissão não implica, por parte da CVM, garantia deveracidade das informações prestadas ou em julgamento sobre a qualidadedo Fundo emissor, bem como sobre as quotas a serem distribuídas”.

VIII. INFORMAÇÕES ADICIONAIS:Maiores esclarecimentos a respeito desta distribuição, bem como cópias doRegulamento e do Prospecto e quaisquer outras informações complementaressobre a presente distribuição poderão ser obtidas junto ao Administrador, aoCoordenador, à Comissão de Valores Mobiliários ou ainda à BM&FBovespa –Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros, nos endereços abaixo:

BANCO PETRA S.A.Av. Paulista, 1842 – 1º andar, cj. 17 - 01310 923 - São Paulo – SP

Rua Pasteur, 463 – 11º andar - 80250-080 - Curitiba – PRTelefone: (11) 3526-9001 - Fac-símile: (11) 3526-9001

Website: www.bancopetra.com.br/documentos/BUSSOLA-PROSPECTO.pdfPETRA - PERSONAL TRADER CTVM S.A.

Av. Paulista, 1842 – 1º andar, cj. 17 - 01310 923 São Paulo – SPRua Pasteur, 463 – 11º andar - 80250-080 Curitiba – PRTelefone: (11) 3526-9001 - Fac-símile: (11) 3526-9001

Website: www.petracorretora.com.br/documentos/BUSSOLA-PROSPECTO.pdfCOMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS – CVM

Rua Sete de Setembro, 111 – 2°, 3°, 5°, 6° (parte), 23°, 26° ao 34° andaresCEP 20050-901 – Rio de Janeiro – RJ

Telefone: 55 21 3233-8686 - Website: www.cvm.gov.brRua Cincinato Braga, 340 – 2º, 3º e 4º andares

CEP 01333-010 – São Paulo – SPTelefone: 55 11 2146-2000

BM&FBOVESPA S.A. – Bolsa de Valores, Mercadorias e FuturosRua XV de Novembro, 275 - CEP 01013-001 - São Paulo – SP

Telefone: 55 11 3233-2000 - Website: www.bmfbovespa.com.br

Anúncio de Início de Distribuição Pública de Quotas doFUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO BÚSSOLA - FII

CNPJ/MF nº 13.083.342/0001-64

PETRA - PERSONAL TRADER CORRETORA DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS S.A.Rua Pasteur, 463 – 11º andar, Curitiba – PR

CNPJ/MF sob o nº 03.317.692/0001-94

COORDENADORComunica o início da distribuição pública de até 10.000 (dez mil) quotas nominativas e escriturais, com valor unitário de

R$ 1.000,00 (um mil reais) na data de emissão, divididas em 4 (quatro) séries, perfazendo o montante total de até

R$ 10.000.000,00

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sábado, domingo e segunda-feira, 11, 12 e 13 de agosto de 201214 -.ECONOMIA DIÁRIO DO COMÉRCIO

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sábado, domingo e segunda-feira, 11, 12 e 13 de agosto de 2012 15DIÁRIO DO COMÉRCIO

O consumidor está ávido por novos sabores.Rogério Byczyk, gerente de marketing da Predilectaeconomia

Molhos ganham mercadoFabricantes de temperos prontos para salada pegam carona na demanda pela alimentação saudável e concorrem entre si lançando cada vez mais sabores

Obrasileiro não temtradição como con-sumidor de molhospara salada, mas a

mudança de hábitos da popu-lação, impulsionada pela di-nâmica da vida urbana e o no-vo cenário econômico, trouxealento ao segmento, atual-mente abastecido por marcascomo Hellmann´s (Unilever);Liza (Cargill); Castelo e Predi-lecta. No ano passado, segun-do pesquisa Nielsen, o volumede vendas desses produtosnos supermercados cresceu4,3%, um salto de 2,723 mil to-neladas (em 2010) para 2,839mil toneladas.

O consumo junto ao auto-serviço reflete apenas um doslados da demanda. Atualmen-te, e especialmente nos gran-des centros urbanos, os mo-lhos prontos para salada tam-bém são servidos ao consumi-dor que se alimenta fora decasa, em estabelecimentoscomo restaurantes, lanchone-tes e padarias.

"O food service é um canalestratégico, porque gera ex-perimentação natural", justifi-ca a gerente comercial e demarketing da Castelo Alimen-tos, Gesica Cereser. A empre-sa lançou molhos para salada(rosé, italiano, limão, caseiro,balsâmico e parmesão) em2002 e sete anos depois os re-lançou em nova formulação eembalagem.

Atualmente, conta Gesica, aCastelo Alimentos vende osprodutos dessa categoria novarejo, no atacado e para dis-tribuidores especializados emfood service. O melhor desem-

penho da empresa com essesmolhos, detalha a executiva,acontece próximo aos gran-des centros. "A mulher tam-bém está mais presente nomercado de trabalho e buscapraticidade", acrescenta Ge-sica. Para a Castelo, tradicio-nalmente conhecida pelos vi-nagres da marca, os molhosprontos para salada represen-tam 3% do faturamento total.É pouco, mas tem crescido anoa ano, revela a executiva.

Nos Estados Unidos, elacompara, esses molhos sãovendidos em embalagens deum litro para o consumidor fi-

nal. Aqui, os volumes aindapequenos envolvidos nas ope-rações com molhos para sala-da afastam os grandes gruposdo segmento. A Castelo atuade forma mais concentrada noSudeste, mas se prepara paraexpandir a linha de molhos desalada para o Nordeste.

Hábitos – Por aqui, a empre-sa intensifica ações direciona-das aos jovens, para destacara importância da alimentaçãosaudável e o "toque diferen-ciado" que seus molhos po-dem proporcionar em outrasreceitas, além da salada. "Opróprio consumidor nos mos-

trou isso", justifica a gerente.De acordo com a pesquisa

Nielsen, os maiores cresci-mentos no volume de vendasde molho para saladas, de2010 para 2011, aconteceramnas regiões centro-oeste e

nordeste, com 20,6% e 11,7%,respectivamente.

"A Grande São Paulo e o inte-rior do estado (crescimento de3,5% e recuo de 3,4%, respec-tivamente, na mesma base decomparação) já têm a cultura

de consumo do molho para sa-lada, da alimentação fora dolar. Por isso o crescimento émaior no nordeste e no centro-oeste. E também por causa daascensão social nessas re-giões", justifica o analista demercado do instituto de pes-quisa, Marcelo Fazio.

Expansão – Na Predilec-ta, mais conhecida pelosseus molhos de tomate eprodutos derivados degoiaba, os molhos parasalada ainda são comple-mentos de linha, mas ob-servados como "uma ca-tegoria muito interes-sante", conforme defineo gerente de marketingRogério Byczyk.

Em maio último, du-rante a feira da Associa-ção Paulista de Super-mercados (Apas), a em-presa acrescentou três

novos sabores (ervas finas,iogurte e caseiro) à categoria,até então oferecida nas op-ções parmesan, italian, frenche lemont. "O consumidor estáávido por novos sabores", jus-tifica o executivo.

A Liza também divulgou, re-centemente, o lançamento deum novo sabor, o balsâmico.Com ele, a empresa passa atrabalhar com oito alternati-vas de molhos para salada. Deacordo com a empresa, a mar-ca é líder nesse mercado, com34,6% de participação no vo-lume total.

A concorrente Unilever,com atuação nesse segmentodesde 2010, não revela núme-ros. A empresa atua para oconsumidor final, com opçõesem embalagens de 475 ml e236 ml – nos sabores caseiro,italiano, parmesão e rosê.

Paulo Pampolim/ Hype

Fátima Lourenço

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ulga

ção

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sábado, domingo e segunda-feira, 11, 12 e 13 de agosto de 201216 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Roberto Macedo é o Economista do AnoO coordenador do Conselho de Economia da ACSP, Roberto Macedo, recebe hoje em São Paulo o prêmio da Ordem dos Economistas do Brasil (OEB)

Eliana Haberli mio como um reconhecimen-to do meu trabalho até aqui,Mas não quero saber de parar.Aposentadoria não está nomeu radar, adoro trabalhar, eacho que a aposentadoria po-de fazer mal à saúde. Conside-ro uma honra o fato de quepassei a integrar uma galeriade premiados com nomes co-mo Roberto Campos, Mário Si-monsen, Delfim Netto, Armí-nio Fraga, Celso Furtado, An-dré Lara Resende, EduardoGiannetti da Fonseca, entreoutros.

DC - O senhor não citou ovencedor do prêmio no anopassado, o ministro daFazenda, Guido Mantega.

Roberto Macedo – Do Mante-ga, continuo discordando, co-mo agora com a sua insistên-cia em que os bancos ampliema oferta de crédito. No mo-mento, com o mau estado daeconomia, afetando expecta-tivas de empresários e consu-midores, mais o já elevado en-dividamento e inadimplênciade muitos, seria razoável con-jecturar que também pode es-tar faltando demanda por par-te de interessados com perfisde risco aceitáveis pelos ban-cos.

DC - Quando um economistafaz alertas sobre os riscos quedeterminados caminhos decondução da políticaeconômica traz (por exemplo,excesso de gastos do governo efalta de investimentos) e acoisa não dá certo, sentealegria ou tristeza ao constatar

que estava correto?Roberto Macedo – Posso res-

ponder por mim. É um duplosentimento. A gente gosta deacertar, mas não do mal quevem quando a gente alertaquanto a um risco, e ele se ma-terializa. É preciso separaruma coisa da outra. E bommesmo é quando a gente acre-dita e dá certo. Como acrediteiem agosto de 2011 quando oBC optou por antecipar um ci-clo de redução da Selic (j ur osbásicos da economia), apesarda objeção do mercado. Espe-ro que continue dando certo.Politicamente, sou de oposiçãoao governo federal, mas nãotorço pelo seu fracasso na eco-nomia, porque todos nós per-deríamos com isso.

DC - Quais os principaisriscos da atual condução dapolítica econômicagovernamental?

Roberto Macedo – Para a po-lítica monetária, é o da infla-ção voltar. Se isso acontecer,espero que o BC e o governo

não reajam logo retomando areceita antiga, de aumentar aSelic e ficar nisso. No caso dospread, também entendo lou-vável o empenho do governoem reduzi-lo, mas ele tambémprecisa fazer sua parte, no ca-so dos depósitos compulsó-rios, dos impostos e avançarcom o cadastro positivo, paraampliar a correspondênciaentre o risco do tomador decrédito e os juros que ele paga.Vejo risco também nas medi-das que o governo vem to-mando para soerguer a econo-mia. Ele fica em medidas táti-

cas, apagando incêndios aquie ali, escolhendo quem vai le-var seus incentivos e desone-rações, em uma visão não arti-culada e parcial do que se pas-sa na economia. Falta umaabordagem com medidas co-ordenadas, estratégicas e deamplo alcance. Outra visãoque tenho do governo é a deque ele é obcecado com a ideiade ampliar a demanda, emparticular a de consumo e viacrédito, e relega a um segundoplano a expansão da oferta,que depende de investimen-tos.

DC - Na coletânea detrabalho "Para o PróximoPresidente", da revista DigestoEconômico, no final do governoLula, o senhor coordenouartigos que abordavam asposições citadas. Alguma coisamudou de lá para cá?

Roberto Macedo – A estraté-gia que vejo adequada conti-nua sendo aquela, a de focarna ampliação da taxa de in-vestimentos do governo e da

economia relativamente aoseu PIB (Produto Interno Bruto),e procurar remover todos osobstáculos que vêm impedin-do esse aumento, em particu-lar a postura do governo quearrecada demais e investe demenos. E ainda reluta em am-pliar as PPPs (Parcerias Público-Pr i v a d a s ) e, no caso do Pré-sal,insiste em dar à Petrobrasmais atribuições do que elaconsegue tocar, com o que fi-camos em uma espécie de"pré-Pré-sal" que não anda.

DC - Como o País pode sedefender da crise do euro?

Roberto Macedo– Dessa e deoutras crises externas, a re-ceita óbvia é tornar a econo-mia brasileira menos depen-dente da economia mundial. Amelhor defesa seria ampliar apoupança interna e fortalecera economia com mais investi-mentos, para torná-la menosvulnerável aos ventos que so-pram de fora. Infelizmente, oBrasil e seu governo não acor-daram para essa obviedade.

A receita óbvia (do País se defender da crise externa) é tornar a economia brasileira menos dependente da economia mundial.Roberto Macedo, economistaeconomia

Uma trajetória que reúneacademia e mercado

Demais premiados

Oeconomista Rober-to Macedo, coorde-nador do Conselhode Economia da As-

sociação Comercial de SãoPaulo (ACSP) e ex-secretáriode Política Econômica do Mi-nistério da Fazenda, ganhou oprêmio Economista do Ano de2012, da Ordem dos Econo-mistas do Brasil (OEB), que vaiser entregue hoje. O prêmio éconcedido a profissionais quese destacam por sua contri-buição ao desenvolvimento epor estimular a reflexão sobrea complexidade econômicada sociedade. Segundo Ma-nuel Enriquez Garcia, presi-dente da OEB e do ConselhoRegional de Economia de SãoPaulo (Corecon-SP), o prêmiose tornou um dos mais respei-tados reconhecimentos aosprofissionais da área. Macedofoi indicado em uma lista comquatro nomes por economis-tas de todo o País e eleito pelosassociados da OEB. Falante,crítico e espirituoso, Macedo"esquece" propositalmentede citar o ministro da Fazenda,Guido Mantega, ganhador doprêmio no ano passado, naconversa com o Diário do Co-m é r ci o nas vésperas de rece-ber a homenagem.

DC - Ao receber esse prêmio,o senhor tem a sensação dedever cumprido?

Roberto Macedo – Nesta al-tura do campeonato, tenhovárias medições. Vejo o prê-

Fotos de Marcos Mendes/LUZ

Ex-secretáriode PolíticaEconômica doMinistério daFazenda,RobertoMacedo temreconhecimentopor suacontribuiçãoao País.

Do Mantega,continuodiscordando, comoagora com a suainsistência em queos bancos ampliema oferta de crédito.

ROBER TO MAC E D O, E CO N O M I S TA

Além do Economista do Ano, no evento dehoje da Ordem dos Economistas do Brasil,

no Buffet Rosa Rosarum, em São Paulo, serãoentregues os seguintes prêmios:

Economistas:Eduardo Henrique Accioly Campos -

Governador do Estado de PernambucoFrancisco da Silva Coelho - Ex-presidente da

Ordem dos Economistas do Brasil e ex-vice-presidente do Corecon-SP (em memória)

Economista ChefeRoberto Padovani - Votorantim Corretora

Economista do Setor PúblicoMiguel Colasuonno - Diretor Administrativo

da Eletrobrás - Centrais Elétricas Brasileiras

Indústria e SustentabilidadeAmbev - Companhia de Bebidas das

Américas - Victorio Carlos de Marchi

Ensino e PesquisaMaria Helena Garcia Zockun - Pesquisadora

da Fundação Instituto de PesquisasEconômicas

AgriculturaJorge Matsuda, do grupo Matsuda

Menção EspecialMansueto Almeida Júnior - Economista do

Instituto de Pesquisas Econômicas aplicadas(IPEA)

Medalha de Honra ao MéritoEdmar Bacha - Diretor do Instituto de

Estudos e Política Econômica da Casa dasGarças. (EH)

Roberto Macedo é economistapela Faculdade de Economia,

Administração e Contabilidade daUniversidade de São Paulo (FEAUSP) – onde também foi chefe doDepartamento de Economia ediretor– mestre e doutor emEconomia pela UniversidadeHarvard (EUA) – na qual foiassistente de professor titular.

Ele lecionou na UniversidadeMackenzie, foi professor visitantenas universidades de Kobe (Japão),Internacional da Flórida (EUA) e fezpós-doutorado na universidade deCambridge, Inglaterra. É assessorda Faculdade de Economia da FAAP,na qual é editor da Revista deEconomia & Relações Internacionais. Éconselheiro administrativo daNossa Caixa Desenvolvimento,agência de fomento do governoestadual. Foi economista do BancoCentral, presidente da Eletros(associação do setor deeletroeletrônicos de consumo), e doSindigás (de distribuidores de gásliquefeito de petróleo). Foipresidente da Ordem dosEconomistas do Brasil em duasgestões e membro do Comitê LatinoAmericano da Econometric Society.

Suas publicações incluem o livroSeu Diploma, sua Prancha – ComoEscolher a Profissão e Surfar noMercado de Trabalho, da Saraiva,

(1998); Macroeconomic volatility andsocial vulnerability in Brazil: theCardoso government (1995-2002) andperspectives; Financiamento delDesarollo Series, Santiago: NaçõesUnidas - CEPAL, 2004; Os Efeitos daPrivatização sobre o DesempenhoEconômico e Financeiro das EmpresasPr i v a t i z a d a s , em co-autoria, naRevista Brasileira de Economia,(2005); Fundamentos para aReformulação da PolíticaMacroeconômica, texto integranteda coletânea Para o próximoPr e s i d e n t e que coordenou para arevista Digesto Econômico, da ACSP,com 35 artigos de diversos autores,entre 2009 e 2010. (EH)

Macedo é mestre e doutor por Harvard

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sábado, domingo e segunda-feira, 11, 12 e 13 de agosto de 2012 17DIÁRIO DO COMÉRCIO

Eles (os chapéus) estão nos salvando da crise.Miguel Garcia Gutierrez, diretor-gerente da fábrica da Fernandez y Rocheeconomia

A fantástica fábrica de chapéus pretosApesar da crise econômica, a companhia Fernandez y Roche, fundada há 127 anos na Espanha, vai muito bem vendendo produtos para Jerusalém e Nova York.

Doreen Carvajal* res seitas hassídicas do mun-do, com mais de 150 mil mem-bros, deixaram a Hungria e aRomênia após a SegundaGuerra Mundial. Eles se esta-beleceram em Williamsburg,Brooklyn, seu reduto princi-pal. Há também comunidadesem Jerusalém e Londres.

A fábrica espanhola come-çou a fornecer chapéus paraenclaves do grupo no Broo-klyn em 1980, depois que umchapeleiro americano fechoue uma loja no Brooklyn, a KovaQuality Hatters, começou aprocurar novos fabricantes.

Hoje, a fábrica ainda produzmonteras tradicionais paratoureiros, um nicho de merca-do estável, e chapéus milita-res com copa alta e penacho,feitos a partir de uma coleçãode mais de dois mil moldes demadeira. Mas o segmento quetem crescido mais para a em-presa é o dos chapéus pretosbásicos de feltro. Mais de 12,5mil deles sãovendidos porano – sendoe m g r a n d eparte adquiri-dos pela cres-cente se i taSatmar. Maisde 70% de to-dos os seuschapéus sãoexportadospara os Esta-dos Unidos,Inglaterra, Ja-pão, Bélgica eIsrael.

O s c h a-péus produzi-d o s p a r a omercado ju-deu ortodoxonão estão listados em nenhumcatálogo ou site. Os três mo-delos populares aderem a ten-dências distintas: Bent Up,Snap Brim e The Clergy, quenão tem vinco na copa e se ligadiretamente à aba.

"Pode parecer que eles sãotodos chapéus pretos muitosemelhantes, mas na verdadeesse grupo inclui tendênciasdiferentes", disse Garcia. "Osestilos estão em constanteevolução, mudando a alturada copa ou a largura da aba."

Essas diferenças quase im-perceptíveis em chapéus pre-tos básicos são importantesmarcadores. A afirmação é deEster Muchawsky-Schnapper,etnógrafa e curadora de uma

popular ex-posição queestá atraindo800 pessoaspor dia ao Mu-seu de Israel,e m J e r u s a-lém, sobre avida e os cos-tumes dos ju-deus hassídi-cos, inclusivea se i ta Sat-m a r e s e u s

chapéus.Alguns grupos usam cha-

péus com fitas de cetim em to-da a copa que se dobra, fazen-

do uma curva do lado direito,enquanto outros preferemusá-lo no esquerdo, disse Mu-chawsky-Schnapper, acres-centando que essas diferen-ças refletem as escolhas dos lí-deres dos grupos e membros.As abas são uma característi-ca decisiva.

"É possível distinguir os di-ferentes grupos por seus cha-péus", disse ela, observandoque outra seita hassídica, oMovimento Lubavitch, atribuisignificado a um vinco em for-ma de triângulo na copa, quequer dizer "conhecimento, sa-bedoria e compreensão". OsSatmar de Jerusalém usam umchapéu bastante básico de pe-lo de coelho, que é mais avelu-dado que os chapéus dos Sat-

mar de Nova York, conta ela.Na vizinhança do Parque Bo-

rough, no Brooklyn, vive Al-bert Ehrman, da segunda ge-ração da sua família a cuidarda loja Kova Quality Hatters,que, com sua fachada de tijo-lo, já tem meio século de ida-de. Ele viaja todo ano para o sulda Espanha com a esposa, Mi-riam, para inspecionar pes-soalmente os chapéus da li-nha The Clergy, a mais popularentre seus clientes Satmar.

Máquinas – Neste verão, elepassou horas medindo abasde chapéus com uma pequenarégua de metal para verificarse estavam uniformes, exigin-do um "rebordo bom, fino" pa-ra o modelo The Clergy, querecentemente foi f icando

mais raro e sendo vendido poraté US$ 175 nos EUA. A fábricaestá equipada com madeirasraras, antigas máquinas depentear que datam da viradado século passado e são usa-das para produzir diferentesfeltros, feitos de peles de coe-lho, lebre e castor. A maioriados seus 40 funcionários co-nheceu o ofício na fábrica, por-que não existem aulas paramodistas.

No verão, quando o ar estáseco, o feltro ganha a forma decopa e é reforçado com umaresina dourada da Índia, antesde ser moldado adequada-mente. As costureiras adicio-nam cinteiros, fitas e etique-tas, algumas trabalhando emantigas máquinas de costuraWillcox e Gibbs.

"Tentamos deixar tudo per-feito", afirmou Ehrman, falan-do alto para conseguir ser ou-vido em meio ao barulho da fá-brica. "Nossos clientes sãomuito mais específicos do queas pessoas que atuam na fá-brica. A forma deve ser corre-ta. Quando usam o chapéu,eles querem ficar com umaaparência de frescor, não dequem vestiu algo comum."

Uma visita à loja de Ehrman

é um rito de passagem para asgerações de famílias que tra-zem os filhos de 13 anos paraescolher chapéus The Clergy eSnap Brim espanhóis, muitasvezes simplesmente chama-dos de "Roche", abreviação donome da empresa, Fernandezy Roche, embora, por coinci-dência, o nome também signi-fique "cabeça" em hebraico.

"É algo fascinante paramim", disse Simon YisraelFeuerman, de 49 anos, psico-terapeuta de Nova Jersey queusa o seu chapéu Snap Brimaos sábados e é da terceira ge-ração de clientes fiéis da "Ro-che" que compram na loja Ko-va. "A identidade masculina ébastante profunda na comuni-dade. O único momento emque se tem vaidade é quandose vai à Kova. Ficam olhandopara o chapéu", disse ele."Quando se está com o Roche,as diferenças são cruciais. Aaba é muito grande? Será queisso me deixa muito gordo?Não existe nada mais impor-tante do que o chapéu. Nemmesmo uma guerra nuclear."

O que ele acha do forro demarfim do seu chapéu SnapBrim ser estampado pelo no-me de uma distante empresade Sevilha e pelas palavras"Feito na Espanha"? "É algomuito distante", respondeuele, com uma leve risada."Ninguém pensa nisso. Aspessoas olham para você co-mo se você fosse louco. Na ca-beça das pessoas, o chapéupoderia ter vindo direto daépoca de Moisés."

* The New York Times

Unidade daFernandez yRoche: aempresacontinuaprósperagraças àsvendas dechapéus pretospara judeushassídicosSatmar deJerusalém e doBrooklyn.

Fotos de Laura Leon/International Herald Tribune

Desde sua fundação,127 anos atrás, a fá-brica Fernandez yRoche, situada no

entorno da capital da Andalu-zia, Sevilha, na Espanha, re-sistiu a todas as crises já en-frentadas por chapeleiros.

Ela superou a tendência denão usar chapéu que descar-tou os chapéus fedora na dé-cada de 1930. Sobreviveu àqueda da popularidade das bi-retas e dos chapéus "saturno"usados por padres católicosromanos. Agora, está passan-do pelas intempéries do declí-nio nas vendas espanholas dosímbolo mais básico da Anda-luzia, o chapéu cordobês deabas duras apreciado pormontadores de cavalo e tou-reiros de ocasião.

Mas, apesar da crise econô-mica espanhola, a empresa dechapéus continua próspera,graças a uma improvável fon-te de receitas: as vendas demilhares de chapéus pretospor ano para judeus hassídi-cos Satmar de Jerusalém e dobairro do Brooklyn, em NovaYork. "Eles estão nos salvandoda crise", disse Miguel GarciaGutierrez, de 35 anos, diretor-gerente da fábrica da Roche,oficialmente conhecida comoIndustrias Sombrereras Espa-ñolas, que opera em um par-que industrial em Salteras, acerca de 14 quilômetros de Se-vilha. "Temos um mercado im-portante na Espanha parachapéus tradicionais, mascom a crise, as vendas caíramentre 20% e 30% nos últimostrês anos. Mas nossas expor-tações de chapéus para os ju-deus ortodoxos estão aumen-tando."

Ar tis tas – O negócio estáprosperando, embora os arte-sãos únicos da Andaluzia este-jam sofrendo com a queda nademanda nos fracos merca-dos domésticos. Isso inclui to-do mundo, desde artistas cu-jas famílias há gerações fabri-cam "borlas" – as franjas de se-d a q u e b a l a n ç a m n o selaborados carros alegóricosreligiosos – até famílias quebordam vestes para as está-tuas da Virgem Maria que des-filam por Sevilha durante asimportantes atividades da se-mana de Páscoa.

Os Satmar, uma das maio-

Na linha de produção,Miguel Garcia Gutierrez,diretor da fábrica daRoche (ao centro, degravata), recebe doisclientes de Nova York.Por ano, são vendidosmais de 12,5 mil chapéuspretos básico de feltro.

As peças ganhamacabamento manual,mas sofisticado. Têm umpúblico fiel emimportantes mercados.

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sábado, domingo e segunda-feira, 11, 12 e 13 de agosto de 201218 -.ECONOMIA/LEGAIS DIÁRIO DO COMÉRCIO

2ª VARA DE FALÊNCIAS E RECUPERAÇÕES JUDICIAISEDITAL DE CITAÇÃO - PRAZO DE 20 DIAS - PROCESSO Nº 000054904-78.2011 - PEDIDO DE FALÊNCIA.O Doutor Caio Marcelo Mendes de Oliveira, MM. Juiz de Direito da 2ª Vara de Falências e RecuperaçõesJudiciais, do Foro Central Cível, da Comarca de de São Paulo, do Estado de São Paulo, na forma da Lei,etc. FAZ SABER a CONSTRUÇÕES LUZPER LTDA CNPJ/MF. 61.275.657/0001-56 que GERDAU AÇOSLONGOS S/A., ajuizou um PEDIDO DE FALÊNCIA por ser credora da quantia de R$ 48.939,99, representadapor duplicatas, devidamente protestadas. Estando a ré em lugar ignorado, foi deferida a citação poredital, para que em 10 dias, a fluir após os 20 dias supra, apresente defesa, podendo, nos termos doart. 98, parágrafo único da Lei 11.101/05 - depositar a quantia correspondente ao crédito reclamado, aser acrescida de juros, correção monetária, honorários advocatícios fixados em 10% do valor do débito,custas e despesas processuais, sob pena de decretação da falência. Será o presente edital, por extrato,afixado e publicado na forma da lei, sendo este Fórum localizado na Praça João Mendes s/nº, 16ºandar - salas 1618/1624, Centro - CEP 01501-900, Fone: 2171-6506. São Paulo, 17 de julho de 2012.

2ª Vara de Registros Públicos - SPEDITAL DE CITAÇÃO PRAZO DE 20 DIAS, expedido nos autos da Ação de Usucapião,PROCESSO Nº 0112315-50.2009.8.26.0100 (93/09) O(A) Doutor(a) Renata Mota MacielMadeira Dezem, MM. Juiz(a) de Direito da 2ª Vara de Registros Públicos, do Foro CentralCível, da Comarca de SÃO PAULO, do Estado de São Paulo, na forma da Lei, etc. FAZSABER a Espólios de Arcilio Martins e de Giomar Ayres Martins na pessoa de seus inventa-riantes, Ivo Define Frascá, réus ausentes, incertos, desconhecidos, eventuais interessados,bem como eventuais cônjuges, espólios e/ou sucessores, que Antônia Lopez Jimenez deAzevedo, Antônio Pinho de Azevedo ajuizou(ram) ação de USUCAPIÃO, tendo por objeto oimóvel localizado na Rua Alves de Souza, nº 38, corresponde aos lotes nºs 66 e 67 da qua-dra 04 do loteamento denominado Jardim Amália, no 29º Subdistrito-Santo Amaro, com á-rea de 672,00m2, contribuintes nºs 184.028.0066-0 e 184.028.0067-9, nesta Capital. Estan-do em termos, expede-se o presente edital para citação dos supramencionados para que,no prazo de 15 (quinze) dias, a fluir após o decurso do prazo do edital (20 dias), contestemo feito. Será o presente edital, por extrato, afixado e publicado na forma da lei. São Paulo,10 de agosto de 2012.

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30ª Vara Cível da CapitalCitação. Prazo 20 dias. Proc. nº 583.00.2009.225125-0 (2687/2009). A Dra. Maria RitaRebello Pinho Dias, Juíza de Direito da 30ª Vara Cível da Capital, na forma da lei, etc. FazSaber a Jane Aparecida Pinto de Camargo, RG. 11.739.766-SSP/MG e CPF.098.330.014-32 e a Osvaldo de Souza, RG. 20.526.196-6-SSP/SP e CPF. 279.343.848-07que, Ana Paula Martins do Monte e Outra lhes ajuizaram uma ação de rito Ordinário,objetivando a declaração de inexistência de relação jurídica entre requerentes e requeridos,com a consequente rescisão do contrato de despejo do imóvel situado na Alameda dosAnapurus, nº 1.563, apto. 32, Moema, São Paulo/SP, sem prejuízo dos aluguéis ainda nãopagos pelos requeridos e demais despesas inerentes à utilização do imóvel locado, osquais deverão ser pagos pelos requeridos às requerentes até a efetiva devolução daschaves; a condenação dos requeridos dos valores relativos aos aluguéis ainda não pagospelos requeridos e demais despesas inerentes à utilização do imóvel locado, acrescidos dejuros e correção monetária, conforme estipulado no Contrato de Locação; os quais deverãoser pagos às requerentes até a efetiva devolução das chaves; a condenação dos requeridosde valor relativo à indenização pelos danos morais causados pelos requeridos àsrequerentes em valor a ser arbitrado pelo MM. Juiz, além da condenação dos requeridos nopagamento dos honorários advocatícios. Estando os réus, em local ignorado, expede-se opresente edital para citação, para que em 15 dias, a fluir após os 20 dias supra, contestemo feito, sob pena de presumirem-se verdadeiros os fatos alegados. Será o presente edital,por extrato, afixado e publicado na forma da lei. São Paulo, 06 de julho de 2012.

No atual contexto, é natural as empresas adiarem investimentos para privilegiar a geração de caixa.Antonio Corrêa de Lacerda, professor de economiaeconomia

Brasil é desafiona transferênciade pessoal

Pesquisa da BrookfieldGlobal Relocation Ser-

vices indica que o Brasil é osegundo país mais desa-fiador para as empresasque querem transferir fun-cionários para o exterior.

Segundo a edição de2012 da pesquisa Tendên-cias para RealocaçõesGlobais, 9% das compa-nhias apontam problemasna mudança de trabalha-dores para o Brasil.

O país mais problemáti-co para 16% das empresaé a China. Em terceiro lu-gar vem a Índia.

En tra ves – Os principaisentraves citados pelasempresas para mandarfuncionários são as exi-gências trabalhistas lo-cais, o processo para obtervistos de trabalho, o idio-ma, o sistema fiscal e a fal-ta de infraestrutura em al-gumas localidades.

De acordo com a pesqui-sa, China, Brasil, Austráliae Índia, respectivamente,são os mercados mais pro-curados pelas empresasque querem transferir fun-cionários para emergen-tes. China e Brasil estãonos planos de 5% das com-panhias ouvidas.

Entre todos os merca-dos, o Brasil ocupa a 14ªposição, com 1% das res-postas. Segundo o levan-tamento, 20% das empre-sas apontaram os EUA co-mo destino para as trans-ferência de funcionários e14% indicaram a China.( Fo l h a p r e s s )

US$ 95 bilhões suspensosEssa é a soma de investimentos no País que foram extintos ou adiados pelas empresas nos últimos dois meses, diante da crise.

Nos últimos dois me-ses , pe lo menosUS$ 95 bilhões eminvestimentos no

Brasil foram suspensos ou ti-veram seus cronogramas deentrada em operação poster-gados. A lista inclui compa-nhias como Anglo American,Vale, Braskem, JAC Motors e,principalmente, a Petrobras.

Apenas a estatal do petró-leo revisou projetos orçadosem mais de US$ 50 bilhões. Asiderurgia também foi muitoafetada por essa pisada nofreio. O plano de investimen-tos do setor de US$ 17,4 bi-lhões até 2017, foi adiado semprevisão de retomada.

Além dos projetos que estãona geladeira, outros empreen-dimentos dados como certosagora enfrentam muita difi-culdade para sair do papel. É ocaso da construção de fábri-cas a inda em estudo porVolkswagen, Volvo, BMW eLand Rover, no Rio. Juntos, es-se projetos estão orçados emcerca de US$ 4 bilhões.

Estagnação – A interrupçãoreflete a cautela das compa-nhias diante da desacelera-ção da economia brasileira eda crise na Europa e nos Esta-dos Unidos, que reduz a de-manda externa por seus pro-dutos. "Nesse contexto, é na-tural as empresas adiarem in-vestimentos para privilegiar ageração de caixa", diz o pro-fessor de economia da PUC-SP, Antonio Corrêa de Lacer-da. Ele calcula que o ProdutoInterno Bruto (PIB) acumuladode julho de 2011 a junho de2012 esteja próximo de zero.

Lacerda classifica o quadrocomo um "efeito cautela" degrandes grupos, que não ve-em urgência em ampliar suacapacidade de produção. O la-do positivo, diz, é que não hou-ve projetos cancelados. O pro-blema é que o adiamento deplanos por empresas âncorasdo País gera uma reação emcadeia. "Quando uma Vale ouuma Petrobras adiam ou redu-zem investimentos, isso semultiplica Há um efeito mana-da entre fornecedores e con-correntes", acredita.

Cortes – O presidente da Va-le, Murilo Ferreira, não escon-de a preocupação com o atualmomento "desafiador". Du-

rante a divulgação do últimobalanço financeiro da minera-dora, Ferreira revelou que de-cidiu reavaliar semanalmenteo orçamento de todos os proje-tos de expansão e que a novapostura já vai nortear o planoestratégico da companhia pa-ra 2013.

Para o economista e presi-dente da Inter B Consultoria,Claudio Frischtak, o aumentoda capacidade ociosa da in-dústria nos últimos meses le-vantou uma "bandeira verme-lha" para o investimento. Ascompanhias, ressalta, só le-vam adiante projetos de ex-pansão quando há uma pers-pectiva positiva de cresci-

mento do mercado, o que nãose vislumbra atualmente. "Omercado jogou um balde deágua fria. Ainda tem investi-mentos avançando, mas nãono mesmo ritmo, não captan-do os mesmos recursos."

O sc i l aç ã o– Para FernandoPuga, chefe do departamentode análise econômica do BN-DES, essa série de adiamentosreflete a expressiva oscilaçãodo cenário mundial e a dificul-dade de se chegar a uma solu-ção para a crise europeia. Em-bora o BNDES acredite que oinvestimento vá crescer aci-ma do PIB nos próximos me-ses, o fraco desempenho doinício do ano impedirá uma re-

cuperação frente a 2011.No ano passado, a taxa de in-vestimento observada no Paísfoi de 19,3%, já abaixo do nívelanterior à crise.

"Na melhor das hipóteses,vamos manter constante a ta-xa de investimento em 2012,mas o cenário mais provável éde uma ligeira queda", diz.

Os desembolsos do BNDESde janeiro a maio cresceramapenas 1% frente a igual pe-ríodo de 2011, estacionandoem R$ 43,8 bilhões. Mas o eco-nomista destaca que houve al-ta nas consultas (27%) e en-quadramentos (13%), o quesinaliza a disposição para in-vestimentos futuros. (AE)

Empresas semostram

cautelosas comos recursos,

diante do freiona economia

brasileira e dacrise na

Europa, quereduz a

demanda porseus produtos.

Yuriko Nakao/ Reuters

Page 19: Diário do Comércio

sábado, domingo e segunda-feira, 11, 12 e 13 de agosto de 2012 ECONOMIA/LEGAIS - 19DIÁRIO DO COMÉRCIO

Companhia Agrícola Usina JacarezinhoCNPJ/MF n. 61.231.478/0001-17 – NIRE 35.3.0001135-0

Assembléia Geral Extraordinária – Edital de convocação.A Diretoria da Companhia Agrícola Usina Jacarezinho (“Cia.”) vem pela presente cancelar a convocação ocorrida nos dias 02, 03 e 04 de agosto ficando os acionistas devidamente convocados a participarem, em primeira convocação, da Assembléia Geral Extraordinária que se realizará no dia 17/08/2012, às 10:00 horas, na sede social da Cia., situada na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Rua Leopoldo Couto de Magalhães, n° 110, Condomínio Edifício JK Tower, conjuntos 21 e 22, parte, Jardim Paulista, CEP 04542-000, com a seguinte Ordem do Dia: (a) re-ratificar as deliberações da Assembléia Geral Extraordinária ocorrida no dia 17 de julho de 2012 que aprovou a 2ª emissão de debêntures da Companhia, para distribuição pública com esforços restritos de colocação (”Oferta Restrita”), nos termos da Instrução da Comissão de Valores Mobiliários nº476, de 16 de janeiro de 2009, para alterar determinadas características das debêntures. São Paulo, 08/08/2012. A Diretoria 09,10,11/08/2012

COMUNICADO - Abertura da empresa Ferreiro e Fernandes - Emergência Cardiológicae Pediátrica Ltda. em 05/07/2012, registro 33052 - 9º Cartório de Registro de Pessoa Jurídicada Capital - CNPJ 16.588.029/0001-76.

COMPANHIA DE CIMENTO RIBEIRÃO GRANDECNPJ Nº 27.184.944/0001-12 - NIRE 35300149068

EDITAL DE CONVOCAÇÃOFicam convocados os senhores acionistas da Companhia de Cimento Ribeirão Grande a se reuniremem Assembleia Geral Extraordinária, a ser realizada na sede social situada no Estado de São Paulo,na Avenida José Cesar de Oliveira, n.º 111 – 8º andar, no dia 20 de agosto de 2012 às 10h00 (dezhoras), para deliberarem sobre os assuntos constantes da seguinte Ordem do Dia: I - realizaçãode grupamento de ações da Companhia; II – definição das providências a serem adotadas, comrelação a possíveis frações de ações; III – adequação do art. 5º do estatuto social, tendo em vistaas modificações ocorridas; IV - outros assuntos. Os acionistas, para se fazerem representar naAssembleia por procurador, deverão depositar na sede da Companhia, com antecedência de cincodias da data da realização da mesma, o instrumento de mandato com poderes suficientes. Estão àdisposição dos interessados os documentos a serem deliberados na AGE.

São Paulo, 07 de agosto de 2012.Walter Shalka - Diretor Presidente

Fazenda Sete Lagoas Agrícola S/ACNPJ/MF nº 52.746.419/0001-90 – NIRE 35.300.026.683

Ata da Reunião do Conselho de Administração de 04 de julho de 2012Data, Hora e Local: Em 04/07/2012, às 08 hs., na sede social da Cia., na Av. Prefeito Nelson Cunha, 800, Frente, sala1, Conchal-SP. Presença: Com a presença dos conselheiros titulares, Sra. Liliane Joseph Françoise Van Parys e Sr.Miklós János Náday, e do Conselheiro Suplente, Sr. Alexander Edmond Paulus Van Parys Piergili Mezzaroma. Mesa:Sra. Liliane Joseph Françoise Van Parys – Presidente e Sr. Alexander Edmond Paulus Van Parys Piergili Mezzaroma –Secretário. Ordem do Dia: Prestados os esclarecimentos necessários à instalação da presente Reunião do Conselhode Administração pela Presidente do Conselho, esta informou aos presentes que: “Com base nas demonstraçõesfinanceiras da Sociedade, levantadas em 30/06/2012 e transcritas no Livro Diário nº 158, cujas cópias estão em poderdos Srs. Conselheiros, a Cia. acumulava o lucro de R$3.332.602,37, de forma que propõe apresentar à Diretoria, a fimde que esta, a teor do que permite o § único do Art. 31, do Estatuto Social, e ad referendum da próxima AssembléiaGeral de Acionistas, delibere e aprove: a) distribuição antecipada de dividendos às 1.869 ações ordinárias e às 684ações preferenciais, no valor de R$1.240,09 por ação, num total de R$3.165.949,77. Assinado: Liliane J. F. Van Parys– Presidente do Conselho de Administração.” Deliberação: Colocada em discussão a matéria, ela foi aprovada porunanimidade, e, consequentemente, a seguinte proposta será apresentada à Diretoria: 1) antecipe dividendos às 1.869ações ordinárias e às 684 ações preferenciais, no valor de R$1.240,09 por ação, num total de R$3.165.949,77; e 2)que tal antecipação, de acordo com o Art. 31, § único, do Estatuto Social, seja submetida ao referendo dos acionistas,que deverão se manifestar na próxima Assembléia Geral de Acionistas. Encerramento: Não havendo qualquer outropronunciamento, a Sra. Presidente encerrou os trabalhos, lavrando-se a presente ata que lida e achada conforme,segue assinada pelos presentes. Conchal-SP, 04/07/2012. (ass.) Liliane Joseph Françoise Van Parys – Presidente doConselho e Conselheira Titular; Miklós János Náday – Conselheiro Titular; Alexander Edmond Paulus Van Parys PiergiliMezzaroma – Conselheiro Suplente e Secretário. Junta Comercial do Estado de São Paulo. Certifico o registro sob o nº342.293/12-6 em 06/08/2012. Gisela Simiema Ceschin – Secretária Geral.

Fazenda Sete Lagoas Agrícola S/ACNPJ/MF nº 52.746.419/0001-90 – NIRE 35.300.026.683

Ata da Reunião da Diretoria realizada em 04 de julho de 2012Data, Hora e Local: Em 04/07/2012, às 12 hs., na sede social da Cia., na Av. Prefeito Nelson Cunha, 800, Frente, Sala 1,Conchal-SP. Presença: Convocada a Diretoria, nos termos do Art. 16, dos Estatutos Sociais, e instalada seguindo o quedetermina o § 1º do mesmo artigo, estavam presentes os Diretores Financeiro, Técnico e Comercial, respectivamente,Sr. Carlos Van Parys de Wit, Sr. Alexander Edmond Paulus Van Parys Piergili Mezzaroma e Sr. Leon Van Parys de CamargoNáday.Ordem do Dia: Tomar conhecimento, deliberar e aprovar, ou não, a Proposta do Conselho de Administração da Cia.encaminhada a esta Diretoria, datada de 04/07/2012, e concebida nos seguintes termos: “Com base nas demonstraçõesfinanceiras da Sociedade, levantadas em 30/06/2012 e transcritas no Livro Diário nº 158, cujas cópias estão em poderdos Senhores Diretores, a Cia. acumulava o lucro de R$3.332.602,37: 1) antecipe dividendos às 1.869 ações ordinárias eàs 684 ações preferenciais, no valor de R$1.240,09 por ação, num total de R$3.165.949,77; e 2) que tal antecipação, deacordo com o Art. 31, § único, do Estatuto Social, seja submetida ao referendo dos acionistas, que deverão se manifestarna próximaAssembléia Geral de Acionistas.”.Assinado: Liliane J. F.Van Parys – Presidente do Conselho de Administração.”Deliberação: Colocada em discussão amatéria, ela foi aprovada por unanimidade, eis que à Diretoria cabe tal competência,nos termos do § único do Art. 31, do Estatuto Social. Consequentemente, será realizada: a) antecipação de dividendos às1.869 ações ordinárias e às 684 ações preferenciais, no valor de R$1.240,09 por ação, num total de R$3.165.949,77; eb) que tal antecipação, de acordo com o Art. 31, § único, do Estatuto Social, será submetida ao referendo dos acionistas,que deverão se manifestar na próxima Assembleia Geral de Acionistas. Encerramento: Nada mais havendo a deliberar, areunião foi encerrada, lavrou-se a presente ata que lida e achada conforme, segue assinada pelos presentes. Conchal-SP,04/07/2012. (ass.) Carlos Van Parys deWit – Diretor Financeiro; Alexander Edmond Paulus Van Parys Piergili Mezzaroma –Diretor Técnico; Leon Van Parys de Camargo Náday – Diretor Comercial. Junta Comercial do Estado de São Paulo. Certificoo registro sob o nº 342.294/12-0 em 06/08/2012. Gisela Simiema Ceschin – Secretária Geral.

ITOCHU Brasil S.A.CNPJ/MF nº 61.274.155/0001-00 – NIRE 35.300.014.723

Ata da Assembléia Geral Extraordinária realizada em 10 de julho de 2012Data e Local: Em 10 de julho de 2012, às 10:00 horas, em sua sede social, na Avenida Paulista,nº 37 – 19º andar, na Capital do Estado de São Paulo. Presença: Acionistas representando a tota-lidade do Capital Social, conforme se verificou pelas assinaturas constantes do Livro de Presençade Acionistas, dispensada a publicação de Editais de Convocação, conforme disposto no artigo124, § 4º, da lei 6.404/76. Mesa Diretora: Presidente da Mesa: Masaki Hayashi; Secretário daMesa: Ichizo Matsumura. Ordem do Dia: 01) Nomeação dos Srs. TAKAAKI ONISHI, YOSHITAKATERASAWA, NORIO MATSUI e Sra.YUKI MATSUMOTO para os cargos de Diretores Gerente; 02)Destituição dos Srs. KEN ARAI e YASUSHI NAGAI dos cargos de Diretores Superintendente deDivisão e SHINICHIYANO, SHINTA SHIMABUKURO, KAZUYOSHI SATO, MASAKITAKAHASHI eYUTO SUZUKI dos cargos de Diretores Gerente; e 03) Outros assuntos de interesse da sociedade.Deliberações:Foram aprovados por unanimidade de votos de todos os acionistas, com exceção doslegalmente impedidos: 01) A destituição dos Srs.KEN ARAI, do cargo de Diretor Superintendente deDivisão a partir de 28/05/2012;YASUSHI NAGAI, do cargo de Diretor Superintendente de Divisão apartir de 28/06/2012; SHINICHIYANO, do cargo de Diretor Gerente a partir de 12/04/2012; SHINTASHIMABUKURO, do cargo de Diretor Gerente a partir de 24/04/2012;KAZUYOSHI SATO, do cargode Diretor Gerente a partir de 31/05/2012; MASAKI TAKAHASHI, do cargo de Diretor Gerente apartir do dia 30/06/2012; e YUTO SUZUKI, do cargo de Diretor Gerente a partir de 30/06/2012, todosem virtude de seus retornos ao Japão, permanecendo vago estes cargos, até futura nomeação; ea nomeação dos Srs. TAKAAKI ONISHI, japonês, casado, do comércio, portador da identidadepara estrangeiro RNE nº V827.865-X, inscrita no CPF/MF sob nº 235.569.698-58, residente nacidade de São Paulo – SP, a partir de 01/06/2012; YOSHITAKA TERASAWA, japonês, casado, docomércio, portador da identidade para estrangeiro RNE nº V827.867-T, inscrita no CPF/MF sob nº235.569.588-13, residente na cidade de São Paulo – SP, a partir de 10/06/2012; NORIO MATSUI,japonês, casado, do comércio, portador da identidade para estrangeiro RNE nº V829.292-7, inscritano CPF/MF sob nº 235.587.138-85, residente na cidade de São Paulo – SP, a partir de 16/06/2012;e Sra.YUKI MATSUMOTO, japonesa, solteira, do comércio, portador da identidade para estrangeiroRNE nº:V446.885-B, inscrita no CPF/MF sob nº 235.569.678-04, residente na cidade de São Paulo– SP, a partir de 06/06/2012, para os cargos de Diretores Gerente e os seus mandatos terminarãojunto com os demais diretores, previsto para 30/04/2014, declaram expressamente, sob as penas dalei, que não estão impedidos de exercerem o comércio ou a administração da sociedade mercantil,em virtude de condenação criminal, nos termos do artigo 153 da lei nº 6.404 de 15 de dezembro de1976.Encerramento: Nada mais havendo a tratar o Sr. Presidente ofereceu a palavra a quem delaquisesse fazer uso e como ninguém se manifestou, declarou suspensos os trabalhos pelo temponecessário à lavratura desta Ata em livro próprio, a qual foi lida, aprovada e por todos assinada. SãoPaulo, 10 de julho de 2012. Presidente da Mesa – Masaki Hayashi e Secretário da Mesa – IchizoMatsumura. (Aa). ITOCHU CORPORATION – Pp. Masaki Hayashi; e MASAKI HAYASHI. A presenteé cópia fiel do original. São Paulo, 10 de julho de 2012. (ass.) Masaki Hayashi – Presidente da Mesa;Ichizo Matsumura – Secretário da Mesa. Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência eTecnologia. Junta Comercial do Estado de São Paulo. Certifico o registro sob o nº 314.896/12-0 em23/07/2012. Gisela Simiema Ceschin – Secretária Geral.

FDE AVISAPregão Eletrônico de Registro de Preços nº 67/00014/12/05

OBJETO: Aquisição de tablets e suas respectivas capas para a Rede Estadual de Ensino da Secretaria deEducação do Estado de São PauloA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que se achaaberta licitação para: Aquisição de tablets e suas respectivas capas para a Rede Estadual de Ensino da Secre-taria de Educação do Estado de São Paulo.As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital a partir de 13/08/2012, no endereço eletrô-nico www.bec.sp.gov.br ou na sede da FDE, na Supervisão de Licitações, na Av. São Luís, 99 - República - CEP:01046-001 - São Paulo/SP, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verificar o edital naíntegra, através da Internet no endereço: http://www.fde.sp.gov.br.A sessão pública de processamento do Pregão Eletrônico será realizada no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.br,no dia 24/08/2012, às 09:30 horas, e será conduzida pelo pregoeiro com o auxílio da equipe de apoio, designadosnos autos do processo em epígrafe e indicados no sistema pela autoridade competente.Todas as propostas deverão obedecer, rigorosamente, ao estabelecido no edital e seus anexos e serão encaminha-das, por meio eletrônico, após o registro dos interessados em participar do certame e o credenciamento de seusrepresentantes previamente cadastrados. A data do início do prazo para envio da proposta eletrônica será de 13/08/2012, até o momento anterior ao início da sessão pública.

JOSÉ BERNARDO ORTIZp

Presidente

SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO

MS SERVIÇOS DE REPOSIÇÃO DE MERCADORIAS E PRODUTOS AO CONSUMIDOR LTDA. -EPP, inscrita no CNPJ sob o nº 00.146.574/0001-72, Inscrição Estadual 117.141.917.116, estabelecidaà Rua Desembargador do Vale, 713, na cidade de São Paulo - SP, declara, para os devidos fins, que,na data de 01/04/2012, foram extraviados talão de Nota Fiscal – Faturas de numeração 000001 a 000300,emitidas para venda de produtos.

ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES DO HOSPITAL DAS CLÍNICASEdital de Convocação de Assembleia Geral Extraordinária para Alteração Estatutária

GERSON BATISTA, na qualidade de presidente da Associação dos Servidores do Hospital dasClínicas, no uso de suas atribuições estatutárias, convoca todos os associados no gozo de seusdireitos para participarem da Assembleia Geral Extraordinária, a ser realizada na Rua TeodoroSampaio, 305, 1° andar, no dia 12/09/2012, às 8h30min em primeira convocação e, às 9 horas, emsegunda convocação para discussão e deliberação sobre as propostas de alteração dos seguintesartigos do Estatuto Social: Ser acrescido o parágrafo único ao artigo 3° para que os associadosaposentados possam, até o prazo de 90 dias da data do desligamento, usufruir dos serviços daentidade com os mesmos direitos dos sócios regulares; Alterar os artigos 26° e 32° para que o mandatodo Conselho Fiscal e da Diretoria seja quatro anos; Alteração do parágrafo 7°, do art. 33°, para quea comissão Eleitoral seja indicada pelo presidente da entidade, assegurando-se a participação de ummembro de cada chapa concorrente. Alteração da redação do artigo 39° para que as alteraçõesestatutárias entrem em vigor imediatamente após sua aprovação na AGE.

São Paulo, 09 agosto de 2012.Gerson Batista - Presidente

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SANTA MARIA DA SERRA/SPAVISO DE LICITAÇÃO - CONCORRÊNCIA nº 01/2012

De conformidade com a necessidade desta Prefeitura Municipal, faço público, para conhecimento dos interessados, que seacha aberta, na Prefeitura deste Município, o Edital de CONCORRÊNCIA nº 01/2012, que tem como objeto a contratação deempresa especializada na execução de obras visando a construção da Creche Escola Dona Vila Tidinha na rua AntonioZambom Sobrinho, Vila Tidinha, por empreitada por preço global, pelo tipo de menor preço, regida pela Lei Federal nº 8.666/93, suas alterações e demais legislações expressas no item 5 deste Edital. Os envelopes dos licitantes com a documentaçãoe a proposta deverão ser entregues no Departamento de Compras e Licitações, sito à Praça Santo Zani n° 30, nesta cidade,até às 10:00 horas, do dia 18 de setembro de 2012. O início da abertura dos envelopes sera, às 11:00 horas, do dia 18 desetembro de 2012, na Sala de Licitações, sita à Praça Santo Zani n° 30, nesta cidade. Para participar da presente licitaçãoas empresas interessadas deverão efetuar garantia prévia de R$ 17.250,00 (Dezessete Mil, Duzentos e Cinquenta Reais),correspondente a 1% do valor estimado da licitação, em uma das modalidades previstas no "caput" e parágrafo 1º do artigo56, da Lei Federal nº 8.666/93, até o dia 13 de setembro de 2012. A Pasta Técnica, contendo o Edital e seus respectivosanexos, deverá ser retirada no Setor de Compras, sito á Praça Santo Zani n° 30, Paço Municipal desta cidade, a qual seráfornecida das 09:00 às 11:00 horas e das 13:00 às 15:00 horas. Para conhecimento do público, expede-se o presente Edital,que será publicado pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, do Município de Santa Maria da Serra, em jornal de grandecirculação no Estado e no Município e afixado em Quadro de Avisos, no saguão do Paço Municipal.

Santa Maria da Serra, 10 de agosto de 2012. a) JOSIAS ZANI NETO - Prefeito Municipal.

PREFEITURA MUNICIPAL DE IGARATÁAVISO DE LICITAÇÃO - PREGÃO PRESENCIAL Nº 10/2012 - PROC. ADM. Nº 1229/2012

Objeto: Aquisição de um veículo adaptado, tipo van, para transporte especial de cadeirantes.Credenciamento e abertura: 29/08/2012, às 14h00. Local da retirada do Edital: Rua Inácio Fernandes Fortes, s/nº- Piso Superior - Salão Paroquial, Centro, Igaratá - SP, mediante solicitação via e-mail: [email protected] informações: telefone: (11) 4658-1577 ramal 203.

Igaratá (SP), 10 de agosto de 2012.Fátima M. A. Prianti - Pregoeira

União Cultural Tcheco-BrasileiraCNPJ/MF 43.306.240/0001-21

Edital de Convocação - Assembléia Geral ExtraordináriaDe acordo com as atribuições que me são conferidas pelo estatuto social da União Cultural Tcheco-brasileira (“UNIÃO”),venho, por meio deste, convidá-los para participarem da Assembléia Geral Extraordinária que acontecerá no próximo dia 23de agosto de 2012, às 20:00 horas em primeira convocação e, em não havendo quorum em segunda convocação às 20:30horas, a fim de deliberar sobre a aprovação das contas do exercício de 2011, bem como alterar o Estatuto Social da UNIÃOpara constar a mudança da sede para a Rua Hideo Suguiyama, 79, CEP 04355-100, Parque Jabaquara, São Paulo–SP.São Paulo, 08 de agosto de 2012. José Hlavnicka-Presidente. (11,14 e 15/08/2012)

Requerente: Basfri S/A. Requerido: Turin Comércio e Entreposto de Carnes Ltda. Rua Tenente-Coronel Carlos da Silva Araujo, 370 – Loja 1 - Santo Amaro - 1ª Vara de Falências.Requerente: Jumbo Turismo Ltda. Requerido: Vidax Teleserviços S/A. Rua Sete de Abril, 230 - 10° Andar - Conjunto 103 - República - 2ª Vara de Falências.Requerente: Duplo Jato Anticorrosão S/C Ltda. Requerido: Macdarma Indústria e Comércio de Equipamentos para Ventilação e Exaustão Ltda. Rua Antonio Foster, 107 A – Vila Socor-ro - 2ª Vara de Falências.Requerente: Disconval Válvulas e Equipamentos Industriais Ltda. Requerido: Consórcio Alum-pe. Avenida Doutor Cardoso de Melo, 1.855 – Vila Olímpia - 1ª Vara de Falências. Requerente: Plati Comércio de Produtos de Higiene e Limpeza Ltda. Requerido: Wic Serviços Terceirizados Ltda. EPP. Rua Scipião, 64 - Sala 2 – Vila Romana - 2ª Vara de Falências.

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIALConforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram

ajuizados no dia 10 de agosto de 2012, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:

AVISO DE ABERTURA DE LICITAÇÃO - TOMADA DE PREÇOS Nº 013/2012.A Comissão Permanente de Licitação através de sua Presidente torna público e para conhecimento dosinteressados que se encontra aberta nesta Prefeitura – TOMADA DE PREÇOS Nº 013/2012, cujo objeto éa contratação de Empresa para implantação de 03 (três) academias ao ar livre, com fornecimento de todomaterial, equipamentos e mão de obra, conforme quantitativos e especificações descritas no Edital. O encer-ramento se dará no dia 30 de Agosto de 2012 às 09:00 horas. Poderão participar da licitação as empresasque possuem o Certificado de Registro Cadastral desta Prefeitura, e as que apresentarem e protocolarem todaa documentação necessária para o cadastro, até o terceiro dia anterior a data de recebimento dos Envelopes,ou seja, até o dia 27 de Agosto de 2012. O cadastramento deverá ser feito junto ao Departamento de Gestãode Suprimentos e Qualidade – Divisão de Licitações e Contratos, sito à Rua Alfredo Bueno, 1235 – Centro –Jaguariúna/SP, no horário das 08:00 às 16:00 horas. O Edital completo poderá ser consultado e adquirido nomesmo endereço citado acima, pelo valor de R$ 20,00 (Vinte Reais), ou obtido gratuitamente através do sitewww.jaguariuna.sp.gov.br, link Serviços a Empresas. Maiores informações poderão ser obtidas pelos telefo-nes: (19) 3867-9780, com a Senhora Antônia Brasilino, (19) 3867-9801, com Lílian, (19) 3867-9757, comAline; (19) 3867-9707, com Fernanda, (19) 3867-9786, com Elvis ou fone/fax (19) 3867-9779.C.P.L., 10 de Agosto de 2012.Antonia M. S. X. Brasilino - Presidente

A confirmação da extensão do IPI reduzido é esperada paraos últimos dias do prazo do benefício, no final do mês.economia

Novo pacote do governosai na quarta-feira

Ministro da Fazenda Guido Mantega diz que estímulo será direcionado à infraestrutura e ao investimento

Ogoverno federalprepara diversosincentivos à indús-tria para atenuar o

impacto da crise global, quedesacelerou a economia doPaís, disse o ministro da Fa-zenda, Guido Mantega, em en-trevista publicada ontem nojornal "Correio Braziliense".

A primeira fase desse paco-te será anunciada na próximaquarta-feira e incluirá "umaexpansão dos programas deinvestimentos em infraestru-tura", que propiciará "um ce-nário de alta da economia" du-

rante o segundo semestredeste ano, afirmou Mantega.

O ministro não revelou deta-lhes do plano, que poderia in-cluir concessões ao setor pri-vado, tanto nacional como es-trangeiro, nas áreas de portos,aeroportos, estradas e ferro-vias, e a reabertura da licita-

ção para a construção do tremde alta velocidade entre Rio deJaneiro e São Paulo.

Mantega admitiu que "mui-tos empresários se aterroriza-ram" pelo agravamento da cri-se global e seu impacto no Bra-sil, que reduziu as previsõesde crescimento neste ano de4,5% para menos de 3%.

O pacote de incentivos, se-gundo o ministro, melhoraráas percepções do setor priva-do, acelerará o ritmo do inves-timento privado e público e

Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr

Com estímulo para portos, aeroportos e trem-bala, ministro ainda acredita que pode elevar o PIB em 4%.

Serão medidas quefavorecerão ocrescimento pelavia do investimento,que hoje é aprioridade dogoverno.

GUIDO MANTEGA, MINISTR O

Mercado acreditana prorrogação

do IPI baixo

Mais 80 milhões de veículosAindústria automobilísti-

ca mundial deve colocareste ano nas ruas perto

de 80 milhões de veículos. Sãotantos automóveis que os pró-prios fabricantes já começama buscar medidas que evitemo colapso no trânsito nas gran-des cidades.

O grupo alemão Volkswa-gen, por meio de sua marcaAudi, vai apoiar projetos queapresentem soluções para ocaos urbano. O Brasil, que esteano deve ganhar mais 3,6 mi-lhões de novos veículos nasruas, está entre os seis paísesque concorrem ao apoio, com

um projeto na região da Luz,em São Paulo.

Se for eleito, o projeto brasi-leiro receberá apoio financei-ro da Audi. Os outros concor-rentes são da região chinesado Pearl River Delta, de Boston(EUA), de Mumbai (Índia), deTóquio (Japão) e de Istambul

(Turquia).Segundo o presidente mun-

dial da Audi, Rupert Stadler, ogrupo não se vê apenas comofabricante, mas como prove-dor de mobilidade e informa-ção. "A indústria precisa sepreocupar com a falta de es-paço em megacidades." (AE)

deverá reforçar a previsão ini-cial, que a economia brasileirachegue a expandir-se cerca de4% neste ano. "Será um con-junto de medidas que favore-cerá o crescimento" pela viado investimento, "que é a prio-ridade do governo neste mo-mento", indicou.

Na opinião de Mantega, ocenário também não é negati-vo para o País, se 2012 con-cluir com um crescimento eco-nômico próximo de 3%.

"Uma boa taxa de expansão

da economia é a média de 5%,mas isso quer dizer que umano pode ser de 6% e outro anode 3%, de modo que a médiase mantenha", destacou.

Mantega também ratificouque, por causa da crise global,o governo tem restrições orça-mentárias que lhe impedemde atender as reivindicaçõesde dezenas de setores da ad-ministração pública que estãoem greve. "Mas isso não querdizer que não haverá aumen-tos", comentou. (Agências)

Analistas do setorautomotivoacreditam que

haverá prorrogação daredução da alíquota doImposto sobre ProdutosIndustrializados (IPI) paraestimular o consumo deveículos, que termina nodia 31, apesar da negaçãodo ministro da Fazenda,Guido Mantega. Aconfirmação da extensão éesperada para os últimosdias do prazo.

Os representantes dosetor argumentam que o IPIreduzido reergueu ocomércio de veículos,levou a um ajuste dosestoques nas montadorese a partir de julho abriuespaço para uma retomadada produção, comconsequente alta nonúmero de empregados.Agora, dizem, não há razãopara o governointerromper o bommomento da indústriaautomotiva ecomprometer o já fracodesempenho do ProdutoInterno Bruto (PIB) de2012.

O ex-presidente da FordBrasil e diretor do Centrode Estudos Automotivos(CEA), Luiz Carlos Mello, dizacreditar "piamente" narenovação da política deincentivo à compra doautomóvel. "O governo nãoquer correr nenhum riscoem relação ao impacto queuma nova crise no setorteria na economia", afirma,em relação a uma eventualfreada no mercado deveículos caso o impostovolte a vigorar com aalíquota cheia.

O ex-vice-presidente deManufatura e Criação deProdução da Ford na

América do Sul e hojeconsultor Luc de Ferranafirma que todos osagentes do setor comquem tem conversadoconfiam na prorrogação dobenefício. Ferran destaca oefeito que o IPI reduzidoteve sobre os estoques dasmontadoras, que em abrilchegaram a 43 dias e aofinal de julho foramreduzidos a 27 dias devendas.

Julian Semple, consultorsênior da CarconAutomotive, acredita quehaverá a prorrogação, masa decisão será anunciadana última hora para nãointerromper a corrida doconsumidor àsconcessionárias em buscade um preço menor doveículo. "Sob o ponto devista das montadoras, émelhor apostar na corridaagora e fazer o anúncio daprorrogação só no últimomomento", diz.

Usados – Sempletambém chama a atençãopara os efeitos que o IPIreduzido teve sobre omercado de veículosusados. Assim que o pacotefoi anunciado, no dia 21 demaio, o preço dosautomóveis usadosdespencou,acompanhando a reduçãodos carros zero quilômetro.Após esse choque,segundo ele, o mercadodeu início a um processo deajuste de preços dosveículos de segunda mão."A prorrogação não ajudaaquele segmento, mas sehouver um novo choque, omercado demoraria aindamais para se ajustar",afirma. "Não prorrogar obenefício é ruim para todomundo." (AE)

Page 20: Diário do Comércio

sábado, domingo e segunda-feira, 11, 12 e 13 de agosto de 201220 DIÁRIO DO COMÉRCIO

economia

Angela Crespo é jornalista especializada em consumo.E-mail: [email protected]

RECLAMAÇÕES

AT U A L I Z A Ç Ã O

PROCON MUNICIPAL

Lei da Entrega

As empresas estãomelhorando seusserviços de entre-gas aos consumi-

dores. Essa é uma das inter-pretações que se pode fazerdos números do Procon-SPreferentes às queixas deconsumidores registradasno primeiro semestre sobreentregas em geral. Na com-paração com o mesmo pe-ríodo de 2011, houve redu-ção de 4,4 mil reclamaçõesno órgão público de defesado consumidor.

A outra interpretação é quehá muito ainda a se avançar.

Regulação em SP

São Paulo não foi a primei-ra cidade a instituir essetipo de legislação. Em

2001, no Rio de Janeiro, a Lei3.669 tornou obrigatória a fixa-ção de data e hora para a entre-ga de produtos ou realizaçãode serviços. Mas como "não pe-gou" e objetivando reverter es-se quadro, em 2011 entrou emvigor a Lei 5.911, determinan-do que as empresas têm a obri-gação de cumprir a norma an-terior e, mais, divulgá-la pormeio de afixação de cartazcom o seguinte texto: "É direitodo consumidor ter o produtoadquirido entregue em dia ehora pré-estabelecidos no atoda compra. Lei 3.669/2001". Anova lei estabelece, inclusive,o tamanho do aviso assim co-mo o corpo do texto. O nãocumprimento acarreta multas,que são dobradas em caso dereincidência.

Para São Paulo, a autora doprojeto de lei da Lei da Entrega,deputada Vanessa Demo, vaisugerir até dezembro altera-ções que visam impedir taxasextras e ampliar a divulgaçãoda lei, informa sua assessoriade imprensa. Ela está conver-sando com os líderes da banca-das dos partidos na Assem-bleia Legislativa para que se-jam aprovadas as alteraçõesnecessárias. "Vamos tentarobrigar a fixação de cartazes

ou informar de alguma manei-ra o consumidor que ele tem odireito de agendar o dia e o pe-ríodo, assim como acontececom a Lei Antifumo e a lei queproíbe a venda de bebidas al-coólicas para menores de 18anos", acrescenta Vanessa.

Mato Grosso do Sul tambémtem lei própria (Lei nº 3.903,de 19 de maio de 2010) de nor-matização de entrega, com afixação do dia e do turno paraentrega de produtos e execu-ção de serviços. E desde o dia2 de agosto, Minas Gerais tam-bém colocou em vigor lei pare-cida, que vem dividindo opi-niões entre comerciantes e re-presentantes dos consumido-res. A discussão tem a mesmapauta de todos os outros lo-cais onde a lei de entrega pas-sou a vigorar: a mobilidade ur-bana que impossibilita o cum-primento dos prazos.

Os Estados da Federaçãoque ainda não criaram lei pró-pria poderão ser beneficiadoscaso o Projeto de Lei 700/2011,de autoria do deputado Eli Cor-rêa Filho, seja aprovado. A ba-se do texto da nova lei é a legis-lação paulista sobre a Lei daEntrega. Em sua justificativa, odeputado diz “que cabe ao le-gislador identificar, conformea reclamação do consumidor,qual a medida mais correta aser tomada para defendê-lo”.

A Lei da Entrega obriga fornecedores de bens e serviços a combinar com oconsumidor o turno para a entrega de produtos ou a realização do serviço.

Fique por dentro

NOTIFICAÇÃOA Secretaria Nacional do Consumidor

(Senacon), do Ministério da Justiça, criadarecentemente, notificou Banco do Brasil, Itaú,Bradesco, Votorantim, Volkswagem,Gmac SA, HSBC, Safra, Honda e Santander paraprestar esclarecimentos por cobrança abusivade taxas em financiamento de veículos.As instituições terão dez dias para fazer osesclarecimentos.

A ação é resultado das denúncias deconsumidores nos Procons de todo o País.A justificativa para a notificação é que se tornoucomum a cobrança de taxas entre R$ 30 eR$ 2,5 mil na contratação de financiamentos.

É crime a vendade produto vencido

OTribunal de Justiça deMinas Gerais condenou

um comerciante porcomercializar produtosalimentícios vencidos ou seminformação sobre a validade.Ele deverá prestar serviços àcomunidade e pagarprestação pecuniária de umsalário mínimo. A decisãoreformou parcialmentesentença de primeirainstância.

O comerciantefoi pego emfiscalização daVigilância Sanitáriae denunciado peloMinistério Público(MP) em 2010.

Na época, eledeclarou àDelegacia de Políciaque, tendo sidonotificado pelaReceita Estadual quanto àobrigatoriedade de emitirnota fiscal, ficou envolvidocom a aquisição deequipamentos e outrospreparativos, conformeinformações da assessoriade comunicação do Tribunal.

Em primeira instância, odono do estabelecimento foicondenado a dois anos dedetenção em regime aberto.Depois, a pena foisubstituída por prestação de

serviços à comunidade epagamento de dois saláriosmínimos a entidade públicaou privada com fim social.

O comerciante apelou e odesembargador do Tribunalentendeu que “o laudo nãoera genérico ou inespecífico,o proprietário ourepresentante legal doestabelecimento comercialresponde administrativa ecriminalmente pelasinfrações cometidas em

virtude daexposição à vendadaqueles produtosimpróprios aoconsumo”. Por fim,disse que “o delitode expor à vendade mercadoriascom o prazo devalidade expiradose configura pela

simples possibilidade dedano à saúde doconsumidor”.

O magistrado considerouque a decisão não mereciareforma quanto à prestaçãode serviços, mas no que diziarespeito à prestaçãopecuniária. Ele acolheu opedido do comerciante ereduziu o valor a ser doadopara um salário mínimo.Fonte: Tribunal de Justiça deMinas Gerais (TJMG)

O QUE DIZ O CDCArtigo 56As infrações das normas de defesa do con-

sumidor ficam sujeitas, conforme o caso, àsseguintes sanções administrativas, semprejuízo das de natureza civil, penal e das de-finidas em normas específicas:

I - multa;II - apreensão do produto;III - inutilização do produto;IV - cassação do registro do produto junto

ao órgão competente;V - proibição de fabricação do produto;

VI - suspensão de fornecimento de produ-tos ou serviço;

VII - suspensão temporária de atividade;VIII - revogação de concessão ou permis-

são de uso;IX - cassação de licença do estabelecimen-

to ou de atividade;X - interdição, total ou parcial, de estabe-

lecimento, de obra ou de atividade;XI - intervenção administrativa;XII - imposição de contrapropaganda.Parágrafo único. As sanções previstas

neste artigo serão aplicadas pela autorida-de administrativa, no âmbito de sua atribui-ção, podendo ser aplicadas cumulativa-mente, inclusive por medida cautelar, ante-cedente ou incidente de procedimento ad-ministrativo.

Artigo 57A pena de multa, graduada de acordo

com a gravidade da infração, a vantagemauferida e a condição econômica do forne-cedor, será aplicada mediante procedi-mento administrativo, revertendo para o

Fundo de que trata a Lei nº 7.347, de 24 dejulho de 1985, os valores cabíveis à União,ou para os Fundos estaduais ou municipaisde proteção ao consumidor nos demais ca-sos. (Redação dada pela Lei nº 8.656, de21.5.1993)

Parágrafo único. A multa será em montan-te não inferior a duzentas e não superior atrês milhões de vezes o valor da Unidade Fis-cal de Referência (Ufir), ou índice equivalen-te que venha a substituí-lo. (Parágrafo acres-centado pela Lei nº 8.703, de 6.9.1993)

Isso porque o número de re-gistros sobre entregas é ain-da alto: representaram 8% dototal de 286 mil registros so-bre todos os assuntos. Ou se-ja, 23 mil consumidores noprimeiro semestre tiveramalgum conflito com seu forne-cedor na questão entrega.

O total de 23 mil é referentea todos os tipos de problemas,não só o não cumprimento daLei Estadual nº 13.747/09, co-nhecida como a Lei da Entregacom Hora Marcada, que desde2009 já rendeu às empresas560 autuações efetuadas peloProcon-SP.

As multas var iaram deR$ 212 a R$ 3 milhões.

A Lei da Entrega obriga for-necedores de bens e serviçosa combinar (e cumprir) com oconsumidor o turno – manhã,tarde ou noite – para a entre-ga de produtos ou a realiza-ção do serviço.

As empresas que atuam fo-ra do Estado de São Paulo,mas realizam entregas a con-sumidores paulistas, tam-bém estão sujeitos à determi-nação legal, assim como asassistências técnicas e em-presas que atuam na instala-ção de telefone, de internet

ou de TV por assinatura. Qual-quer companhia que precisair até o consumidor tem decombinar primeiro com ele adata e o turno. E cumprir.

Segundo o Procon-SP, a leinão obriga nenhuma empre-sa a entregar mercadorias ouprestar serviços ao consumi-dor nos três períodos. O quedetermina é que se devecombinar dia e período com oconsumidor. "Uma empresapode estabelecer que só en-trega na parte da manhã eem alguns dias da semana.Isso não faz com que ela este-ja descumprindo a lei."

Na capital paulista, o prefeito Gilberto Kassabinstituiu, por meio do Decreto 53.241, de 27 de ju-nho de 2012, o Procon municipal, mas com o no-me de Serviço de Apoio ao Consumidor – oSAC municipal.

Ele funcionará dentro da estrutura da Procura-doria-Geral do Município e será comandado porum procurador municipal.

O objetivo é, depois de analisar as reclamaçõesde consumidores e de entidades de defesa doconsumidor, convocar a empresa denunciada pa-ra a assinatura de Termo de Ajustamento de Con-duta (TAC) visando a solucionar a questão de for-ma coletiva. Poderá, ainda, impetrar ação civil pú-blica na Justiça se a empresa convocada se negara assinar o TAC. O novo serviço municipal não faráfiscalização e nem aplicará punições administra-tivas às empresas.

Obrigar osestabelecimentoscomerciais a manter em localvisível o livro de reclamaçõesdos consumidores é aproposta do Projeto de Lei3418/12, do deputadoGabriel Guimarães (PT-MG),que tramita pela CâmaraFederal. Se oestabelecimento tiver site,também deverádisponibilizar “livro” virtualcom a mesma finalidade.Nesses livros, o consumidorpoderá anotar suareclamação, que deverá serencaminhada aos órgãos dedefesa do consumidor.Conforme a Agência Câmara,

em sua justificativa para oprojeto, o parlamentar"observa que, atualmente,muitos consumidoresdeixam de registrar suasreclamações, o que gera umafalsa sensação deregularidade emestabelecimentos onde osproblemas comconsumidores sãofrequentes". "O livro dereclamações vai suprir essalacuna", afirmou.

O projeto de lei tramita emcaráter conclusivo e seráanalisado pelas comissões deDefesa do Consumidor; e deConstituição e Justiça e deCidadania.

Os três projetos deatualização do Código deDefesa do Consumidor (CDC)foram lidos no plenário doSenado na semana passada.As propostas de mudançado CDC são no comércioeletrônico,superendividamentodo consumidor eações coletivas.Um dos Projetos de Lei (PLS

281/2012) cria nova seção noCDC para tratar de comércioeletrônico; outro, o PLS282/2012 disciplina as açõescoletivas, assegurandoagilidade em seu andamentona Justiça e prioridade paraseu julgamento; e o terceiro,PLS 283/2012, regulamentao crédito ao consumidor eprevine osuperendividamento.

Consumidores continuamregistrando suas queixas

no Procon-SP

ainda gera muitasreclamações

Page 21: Diário do Comércio

sábado, domingo e segunda-feira, 11, 12 e 13 de agosto de 2012 21DIÁRIO DO COMÉRCIO

Festa de encerramento de Londres-2012: a presença de elementos da cultura brasileira mostra que o mundo do esporte já olha para o Rio-2016, a primeira edição de uma Olimpíada numa cidade sul-americana

O fracasso de Oscar, Neymar, Hulk e companhia na final olímpica aumenta a preocupação com o rendimento da Seleção na Copa de 2014

Jonne Roriz/AE

Paul Hanna/Reuters

AOlimpíada queconsagrou onadador norte-americano Michael

Phelps como o mais vitoriosoatleta de todos os tempos, serendeu ao jamaicano UsainBolt como o mais velozhabitante do planeta Terra eviu mais uma vez adiado osonho brasileiro de um ourono futebol é passado. Agora,o mundo do esporte já olhapara o Rio-2016, a primeiraedição de uma Olimpíadanuma cidade sul-americana.

E os brasileiros olham osresultados de seus atletas emLondres com certapreocupação. Foram 17medalhas, o maior número dahistória, mas apenas trêsouros, tantos quanto emAtlanta-1996 e em Pequim-2008, menos do que os cincoconquistados em Atenas-2004. Será que dá mesmopara acreditar na projeçãofeita pelo Comitê OlímpicoBrasileiro de 30 medalhas,daqui a quatro anos, no Rio?

Para isso, a entidade apostaque metade dos pódios seráobtido por esportestradicionais do País: vela, judô,atletismo, basquete, vôlei,futebol. O restante viria cominvestimento pesado emesportes com potencial paraum grande número deconquistas. O carro-chefe doBrasil daqui a quatro anos seráo judô. "Nosso objetivo ésermos a maior potência domundo no Rio", revela NeyWilson, diretor técnico daequipe brasileira. "Vamos lutarpara termos condições debrigar pelas 14 medalhas emjogo", disse, animado pelamedalha de ouro e três debronze conquistadas pelo judôbrasileiro em Londres. Paraalcançar esse objetivoambicioso, o judô aposta naequipe, que, segundo os

técnicos Luis Shinohara eRosicleia Campos, é jovem eexperiente. Sarah Menezes,Felipe Kitadai, Mayra Aguiar eRafael Silva, medalhistasneste ano, são esperançaspara o Rio.

Em outros esportes, nãofaltam projetos. A nataçãofeminina, por exemplo, teráum plano de urgênciacolocado em prática já nospróximos dias, segundo aConfederação Brasileira de

Desportos Aquáticos. Umaequipe de jovens talentos vaise reunir para treinamentoespecífico e participação emcompetições internacionais.

Outras modalidades serãofortemente incentivadas peloCOB em sua pretensão deduplicar o número demedalhas. O boxe é umadelas. Após quebrar emLondres o jejum de 44 anossem pódio, os pugilistassonham: "Vamos ter um

caminho semelhante ao dojudô", garante o técnico JoãoCarlos, há 16 anos nocomando da seleçãobrasileira. "Em Londres,tínhamos potencial para subirseis vezes ao pódio. No Rio,vamos brigar por medalhasnas 13 categorias (dez nomasculino e três no feminino)."

No handebol, a honrosaparticipação do time feminino,perdendo nas quartas de finalpara a Noruega, campeã

mundial e olímpica, criou aesperança de uma grandeparticipação em 2016. O timemasculino também ganharáincentivo maior nos próximosquatro anos.

O atletismo, que nãorendeu uma medalha sequerem Londres, também teráinvestimento pesado paraque um time forte possacompetir em 2016. Atletasimportantes como MaurrenMaggi e Fabiana Murer

deverão ser substituídas pornovas promessas.

Para concretizar a previsãode 30 medalhas no Rio deJaneiro, o COB aposta quemetade será conquistada poresportes tradicionais do País.Em Londres, no entanto,apenas o judô, com quatromedalhas, e o vôlei, comoutras quatro distribuídas porquadra e praia, fizeram aalegria dos brasileiros. Ofutebol feminino, pelaprimeira vez na históriaolímpica, não chegou sequeràs semifinais. E o futebolmasculino, depois de venceros cinco primeiros jogos,voltou a perder uma finalolímpica, como nos jogos deLos Angeles-1984 e Seul-2008, adiando mais uma vezo sonho do ouro olímpico,único título que ainda estáfaltando à Seleção cincovezes campeã do mundo.

A derrota de Neymar,Oscar, Hulk, Marcelo, ThiagoSilva e companhia, na final dacompetição contra o México,surpreendeu até o presidenteda Fifa, Joseph Blatter, quefez um involuntário alerta aofutebol brasileiro: "Nãopodemos esquecer que aequipe que estava em campoera a seleção nacional".Blatter pode até terexagerado um pouco, mastem uma boa dose de razão,pois a equipe querepresentou o Brasil emLondres é, pelo menos, abase da seleção principal. Hábons motivos, portanto, paraque os dirigentes do futebolse preocupem com o futuroimediato, aquele que serájogado em campos brasileirosantes que a tocha olímpicaaporte no Rio em 2016. Vêmaí a Copa das Confederações,no ano que vem, eprincipalmente a Copa doMundo, em 2014.

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Page 22: Diário do Comércio

sábado, domingo e segunda-feira, 11, 12 e 13 de agosto de 201222 DIÁRIO DO COMÉRCIO

VIRADA PRA CÁ,VIRADA PRA LÁ

Não temos time para estar lá embaixo.”Bruno, goleiro do Palmeirasesporte

No Morumbi, o São Paulo de Maicon abriu a contagem no primeiro tempo, com Cícero, mas no segundo acabou derrotado pelo Grêmio por 2 a 1

Mario Ângelo/AE

As viradas marcarama rodada do Brasilei-ro nos jogos dos ti-mes paulistas. O São

Paulo perdeu do Grêmio, o Co-rinthians venceu o Coritiba e aPonte foi derrotada pelo Inter,todos pelo placar de 2 a 1.

No Morumbi, o São Paulodisputava diretamente umadas primeiras posições com oGrêmio. Saiu na frente no pri-meiro tempo, com um gol deCícero, mas, no segundo, so-freu o empate (gol de cabeçado zagueiro Werley, aos 21 mi-nutos) e a virada (André Lima,já aos 46). Assim, em vez deentrar no G-4, o tricolor parouno sétimo lugar. “Isso atrapa-lha a arrancada que quería-mos dar”, reconheceu o técni-co Ney Franco. “Mas não pode-mos desistir do campeonato,que nem chegou à metade.”

Quem também parece nãoter desistido é o Corinthians.Após três empates seguidos,voltou a vencer. A vítima foi oCoritiba, no Paraná, que saiuna frente no fim do primeirotempo com um gol de ÉvertonRibeiro, mas, no segundo, so-freu dois gols, marcados porPaulinho, de cabeça, e por Ro-marinho, de letra, aos 45. Como resultado, o time do técnicoTite, invicto há oito rodadas,voltou à 10ª colocação, mascontinua a 17 pontos do líderAtlético-MG, que se consoli-dou ainda mais na liderançaao vencer o Vasco, até entãoseu mais direto perseguidor,por 1 a 0. “É uma vitória com acara do nosso time”, definiu olateral-esquerdo corintianoFábio Santos, que saiu aos 19do segundo tempo, substituí-do pelo atacante Martínez.“Não desistimos em momentoalgum. Tem de ser assim.” Ou-tro que não desistiu foi o Inter,mesmo após sofrer o primeirogol da Ponte Preta, no Beira-Rio. Com um gol de Mike mar-cado nos últimos instantes, oColorado chegou aos 2 a 1 econtinua sua briga com o Grê-mio por um lugar no G-4.

Três jogos, estes sem vira-das, completaram a rodadapara os paulistas. No sábado,o Santos saiu perdendo por 2 a0 para o Atlético-GO, no Pa-caembu, mas conseguiu che-gar ao empate por 2 a 2. No do-mingo, a Portuguesa ficou no 1a 1 com o Botafogo, no Canin-dé, e o Palmeiras, que seguena zona de rebaixamento, per-deu outra: 1 a 0 para o Flumi-nense, novo vice-líder, no Rio.

São Caetanosai do G-4

Arodada da Série B ter-minou com o São Cae-tano, t ime paul ista

mais bem colocado na compe-tição, fora do G-4. Mesmo jo-gando em casa, no sábado, oAzulão ficou no empate (1 a 1)com o líder Criciúma. Enquan-to isso, jogando fora, no Valedo Paraíba, o Joinville fez 3 a 0no Guaratinguetá, alcançou omesmo número de pontos doSão Caetano (30) e passa,agora, a superá-lo na quartacolocação pelo número de vi-tórias (9 contra 8), primeirocritério de desempate.

Todos os demais times doEstado de São Paulo conti-nuam muito mais próximos dorebaixamento que da zona deacesso à Série A. Com a derro-ta por 1 a 0 para o ASA, em Ara-piraca (AL), na sexta-feira, oGuarani caiu da 14ª para a 15ªposição. Já dentro da zona dedegola, estão o Bragantino(17º), que na terça passadaperdeu em casa para o Ipatin-ga, por 2 a 0, o Guaratinguetá(18º) e o Grêmio Barueri (20º eúltimo colocado), que tam-bém na sexta perdeu maisuma: 2 a 0 para o Ceará, emFortaleza. Demais resultados:na terça, América-RN 0 x 2Atlético-PR e Avaí 3 x 1 ABC. Nosábado, Goiás 2 x 0 Boa, Amé-rica-MG 1 x 2 Vitória e Paraná 4x 0 CRB. Amanhã tem rodadacompleta: Joinville x Braganti-no, Criciúma x América-RN,Ipatinga x Paraná, Vitória xGuará, CRB x Ceará, Guarani xAvaí, Barueri x Goiás, Atlético-PR x ASA, Boa x São Caetano eABC x América-MG.

� No sábado, pela Série C,

o Santo André fez 2 a 1

no líder Caxias e se

aproximou do G-4 do

Grupo B. No domingo,

o Oeste perdeu (1 a 0) para

a Chapecoense e é 6º

no mesmo grupo.

Na Série D, o Mogi Mirim

empatou fora com o líder

Cianorte-PR (0 a 0) e é

segundo no Grupo 7. O

Marília ganhou do

Concórdia-SC, 1 a 0, em

casa, mas é só o 4º

colocado. No Grupo 8, o

Mirassol, último colocado,

perdeu outra: 4 a 0 para o

Juventude, em Caxias (RS).

PELO BRASIL

SÉRIE B

No Paraná, o Corinthians saiu perdendo do Coritiba por 1 a 0, mas conseguiu virar o resultado também para 2 a 1, gols de Paulinho e Romarinho

Joka Madruga/AE

Page 23: Diário do Comércio

sábado, domingo e segunda-feira, 11, 12 e 13 de agosto de 2012 23DIÁRIO DO COMÉRCIO

O CARABolt é "imitado" por Mo Farah, campeão dos 5.000 m e 10.000 m: jamaicano foi a grande figura dos Jogos

Eddie Koegh

Usain Bolt repetiu emLondres quase to-dos os seus feitos daOl impíada de Pe-

quim, em 2008: ganhou trêsmedalhas de ouro, nos 100 mrasos, 200 m e revezamento4x100 m. Só não bateu três re-cordes mundiais: o único veiono sábado, na prova coletiva,36s84 e mais uma vitória im-placável da Jamaica. Foi o sufi-ciente para virar lenda - tantoque sua comemoração carac-terística foi imitada por diver-sos vencedores nos últimosdias - como se vê na foto aci-ma, de sábado, com outro as-tro, o fundista britânico Mo Fa-rah, vencedor dos 5.000 m edos 10.000 m.

“Não dá para ficar melhor doque isso”, afirmou o corredor

depois de sua terceira vitória,que não foi nada fácil - tantoque os americanos igualaramo recorde mundial anterior, de37s04, que a Jamaica bateu noMundial de 2011.

A vitória só começou a serselada pelo terceiro homem,Yohan Blake, o “escudeiro” deBolt, prata dos 100 m e 200 m.Ele superou Tyson Gay e en-tregou o bastão a Bolt, queconseguiu manter e ampliar avantagem sobre Ryan Bailey.“Quando Yohan Blake supe-rou Tyson, eu sabia que tinhaacabado, porque Bailey não iame ultrapassar”, contou Bolt.“Peguei o bastão e pensei: cor-ra por sua vida’. Mas Bolt é ummonstro", lamentou Bailey.

A prova teve até direito a umpequeno suspense: Bolt que-

ria levar embora o bastão, masum árbitro da pista disse queele teria de devolver a peça,ou o time seria desclassifica-do. Só depois que ele entregouo bastão é que o placar confir-mou a vitória jamaicana.

Bolt se sentiu até no direitode confrontar o presidente doCOI, Jacques Rogge, paraquem o jamaicano ainda não éuma lenda. “Eu ganhei três ou-ros, em duas Olimpíadas. Seisso não é suficiente, o que épreciso fazer?”, rebateu. Masele já disse que pode estar noRio em 2016 para continuarescrevendo sua história. “Há apossibilidade. Vai ser difícilporque Blake vai estar melhore surgirão outros gatos rápi-dos, mas agora não tenho ob-jetivos. Só quero festejar."

� O ugandense Ste p h e n

K iprotich venceu a

maratona de Londres e

garantiu o primeiro ouro

olímpico para seu país

desde 1972, após assumir

a liderança a 5 km do fim.

Os quenianos Abel Kirui

e Wilson Kipsang

completaram o pódio. O

Brasil teve dois entre os 10

primeiros: Marilson dos

Santos foi o quinto; Paulo

Roberto de Paula, o oitavo.

� Foi mais duro do que Kevin Durant, LeBron James e

Kobe Bryant esperavam, mas os EUA levaram o ouro no

basquete com a vitória sobre a Espanha por 107 a 100,

definida apenas nos minutos finais. Durant fez 30 pontos.

OS CARASTécnicos não ganham

medalhas, mas nempor isso José RoberoGuimarães e Bernar-

dinho Rezende deixam de fi-gurar entre os grandes heróisolímpicos brasileiros. Se atle-tas fossem, seus currículos es-tariam no topo do panteão: ZéRoberto como o maior cam-peão, com três medalhas deouro, e Bernardinho como omais “medalhado", com seispódios. Eles não são amigos etêm personalidades bem dife-rentes, mas, cada um a seumodo, ajudaram o vôlei doBrasil a estar no póio da maio-ria das competições, especial-mente em Olimpíadas.

Campeão com o time mas-culino em Barcelona-92 e como feminino em Pequim-2008,Zé Roberto liderou um timedesacreditado, que precisoude um Pré-Olímpico regional,perdeu dois jogos na fase declassificação, salvou seis mat-ch points contra a Rússia, nasquartas de final, e perdeu o pri-meiro set da final por 25/11,mas buscou a virada e venceuos sets seguintes por 25/17,25/20 e 25/17. “Eu gostaria deser um grande escritor paraescrever uma história comoesta, mas não tenho capacida-de, só Deus. É um final extre-mamente feliz”, disse.

Para Bernardinho, a festaacabou com gosto amargo pe-la derrota de virada para aRússia na decisão, parciais de19/25, 20/25, 29/27, 25/22 e15/9. Ele não sabe se fica nocargo. “Nossa base é boa, e te-mos meninos novos chegan-do. Mas, nos próximos anos,vamos ter que correr algunsriscos e o técnico tem de serexclusivo”, diz o treinador,que se reveza entre a seleçãoe o time feminino do Unilever.

José Roberto Guimarães ganhou o terceiro ouro olímpico da carreira

Bernardinho tem seis medalhas no currículo, como atleta e técnico

Fotos: Ivan Alvarado/Reuters

� A pernambucana Ya n e

M arques levou o bronze

no pentatlo moderno, a

última medalha a ser

definida nos Jogos de

Londres. Ela chegou na

liderança à última prova, o

combinado de corrida e

tiro, empatada com Laura

Asadauskaite, da Lituânia,

que levou o ouro, e

acabou ultrapassada pela

britânica Samantha

Murray. “Eu estava pronta.

É o resultado de um

trabalho muito bem-feito.

Espero que essa vitória

seja um divisor de águas

no esporte e que desperte

a atenção das pessoas

para ele”, afirmou a atleta

de 28 anos.

� Quando o locutor

anunciou a vitória do

lutador de azul na final da

categoria até 75 kg do

boxe, Esquiva Falcão

olhou para seu uniforme.

Ele estava de vermelho e

teve de se contentar com

a prata, melhor resultado

do País. ”Paquerado” pelo

MMA, ele jura: “Vou ficar

no boxe olímpico e ser

ouro no Rio.”

Mark Blinch/Reuters

Sergio Perez/Reuters

Darren Staples/Reuters

Damir Sagolj/Reuters

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Page 24: Diário do Comércio

sábado, domingo e segunda-feira, 11, 12 e 13 de agosto de 201224 -.ESPORTE DIÁRIO DO COMÉRCIO

�Celso Unzelte

almanaque

Há 92 anos, as trêsprimeiras medalhas

Reprodução/Arquivo Celso Unzelte

Ahistória das medalhas doBrasil começa na Olim-

píada de Antuérpia, na Bélgi-ca, em 1920, justamente aprimeira vez em que o paísdisputou os Jogos. A equipede tiro (foto à direita) trouxenossas três primeira meda-lhas: ouro com GuilhermeParaense (primeiro da se-gunda fileira, da esquerdapara a direita), na prova depistola de velocidade. Prata

Morreu na segunda

passada, 6/8, aos 58 anos,

o ex-zagueiro Ant ô n i o

Ca rl o s, campeão paulista

pelo Santos em 1978.

Há 79 anos, em 13

de agosto de 1933,

o Palestra Itália ( at u a l

Palmeiras) inaugurava as

arquibancadas de

concreto de seu estádio,

atualmente em reforma.

108medalhas tem agora

o Brasil em toda a história

dos Jogos Olimpícos.

São 23 de ouro, 30 de

prata e 55 de bronze. As

medalhas de ouro vieram

com a vela (6), o atletismo

(4), o judô (3), o vôlei (4),

o vôlei de praia (2), o

hipismo, a natação, a

ginástica e o tiro (1 cada).

C U RTA S

Nosso recorde de medalhasO Brasil jamais havia voltado de umaOlimpíada com tantas medalhas como

agora. Foram 17 (3 de ouro,5 de prata e 9 de bronze), que valeram

o 22º lugar. Números que superama campanha de Pequim 2008 em uma

prata e um bronze, mas, em ouros, ficamatrás das 5 medalhas conquistadas emAtenas 2004. Nesta página, todos osmedalhistas brasileiros em Londres.

com Afrânio da Costa (na foto,ao lado de Paraense), na provade tiro de pistola a 50 m. Ebronze no tiro de pistola em

equipe, que era integradatambém por SebastiãoWolf, Dario Barbosa e Fer-nando Soledade.

Graças àqueles resulta-dos, o Brasil terminou

a Olimpíada de 1920 em15º lugar, até hoje sua me-lhor colocação. As 17 me-dalhas em Londres 2012deixaram o Brasil em 22º.Superam em uma prata eum bronze as 15 medalhasde Pequim 2008 (3 de ou-ro, 4 de prata e 8 de bron-ze), quando o país ficou em23°. O maior número deouros conquistados, noentanto, segue sendo o deAtenas 2004: 5, mais duaspratas e três bronzes, tota-lizando as 10 medalhasque colocaram o Brasil em16º lugar naqueles JogosOlímpicos.

Sarah Menezes (judô) Arthur Zanetti (ginástica) Seleção feminina de vôlei

Thiago Pereira (natação) Alison e Emanuel (vôlei de praia)

Esquiva Falcão (boxe) Seleção masculina de futebol Seleção masculina de vôlei

Yamaguchi Falcão (boxe) Robert Scheidt e Bruno Prada (vela) Larissa e Juliana (vôlei de praia) Yane Marques (pentatlo)

Felipe Katai (judô) Mayra Aguiar (judô) Rafael Silva (judô) Cesar Cielo (natação) Adriana Araújo (boxe)

Flavio Florido/Folhapress Flavio Florido/Folhapress Lalo de Almeida/Folhapress

Satiro Sodré/Folhapress Flavio Florido/Folhapress

Flavio Florido/Folhapress Moacyr Lopes Junior/Folhapress Ivan Alvarado/Reuters

Jonne Roriz/AE Toru Hanai/Reuters Leo Barrilari/Folhapress Satiro Sodré/AE Murad Sezer/Reuters

Murad Sezer/Reuters

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Lalo de Almeida/Folhapress FIVB Mike Hutchings/Reuters